JOÃO
BATISTA ALVES
DA
SILVA
JR.
CAMPINAS, 2021
JOÃO BATISTA ALVES DA SILVA JÚNIOR RA - 004201702737
ORIENTADOR
RAUL TEIXEIRA PENTEADO NETO
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
CAMPINAS, 2021
T
rabalho de conclusão de curso apresentada, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, apresentado à Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Msc. Raul Teixeira Penteado Neto.
AGRADECIMENTOS
A
Ao longo do meu processo de formação, muitas foram as pessoas que me deram suporte e incentivo, e, ao concluir essa etapa, para algumas delas gostaria de expressar a minha gratidão. Primeiramente agradeço ao meu namorado, Pedro, que me deu total suporte e me ajudou durante as incasáveis horas de desenvolvimento deste trabalho. Agradeço aos meus pais, Maria José e João, por serem um grande exemplo de garra e comprometimento. Aos meus familiares, em especial agradeço a minha tia, Maurília, por me incentivar no início desta jornada. Aos meus amigos e colegas, que de forma empática dividiram e trocaram experiências e suporte no decorrer da minha formação. E por fim aos professores da instituição, especialmente ao Professor Raul Teixeira Penteado Neto por me orientar no desenvolvimento deste trabalho.
SUMÁRIO
S
LISTA DE SIGAS
LISTA DE SIGLAS
PÁG. 08
PÁG. 00
LISTA DEFIGURAS LISTA DE FIGURAS PÁG. PÁG. 0800
1
RESUMO / ABSTRACT
PÁG. 11 RESUMO/ ABSTRACT PÁG. 00
INTRODUÇÃO
PÁG. 12 INTRODUÇÃO PÁG. 00
2
REFERENCIAL TEÓRICO
ANÁLISE URBANA PÁG. 18 RECORTE PÁG. 19
5 3
JUSTIFICATIVA PÁG. 50
ANÁLISE DO LOTE SELECIONADO PÁG. 54 SITUAÇÃO PÁG. 55 LEVANTAMENTOS PÁG. 56
PÁG. 14
LINHA DO TEMPO PÁG. 20
CONFRONTANTES PÁG. 58
HISTÓRICO DAS UNIVERSIDADES PÁG. 14
LEVANTAMENTOS PÁG. 22
CORTES PÁG. 59 TOPOGRAFIA PÁG. 60
UNIVERSIDADES NO BRASIL PÁG. 15 HISTÓRICO DAS MORADIAS ESTUDANTIS PÁG. 17
REFERENCIAL TEÓRICO
DIAGNÓSTICO PÁG. 42 DIRETRIZES PÁG. 44
4
OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO PÁG. 52
IMPLANTAÇÃO URBANA PÁG. 46 DETALHAMENTO DO PROJETO PÁG. 48
CLIMA E INSOLAÇÃO PÁG. 60 HISTÓRICO PÁG. 61 LEGISLAÇÃO PÁG. 61 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO PÁG. 62 JUSTIFICATIVA PÁG. 63
PÁG. 00
ANÁLISE URBANA
DETALHAMENTO DO PROJETO
PÁG. 00
PÁG. 00
DIAGNÓSTICO PÁG. 00
DIRETRIZES
IMPLEMENTAÇÃO URBANA
PÁG. 00
PÁG. 00
6
PROJETO REFERENCIAL PÁG. 64
7
PROJETO PÁG. 78
CONCEITO E PARTIDO PÁG. 80
MORADIA ESTUDANTIL UNIFESP - OSASCO PÁG. 65
PROGRAMA DE PROJETO PÁG. 81 FLUXOGRAMA PÁG. 82
MORADIA ESTUDANTIL DA UNICAMP PÁG. 69
PLANO DE MASSAS PÁG. 83 IMPLANTAÇÃO GERAL PÁG. 84 PLANTA PAV. TÉRREO PÁG. 85
MORADIA ESTUDANTIL OLYMPE DE GOUGES PÁG. 74
PLANTA PAV. INFERIOR PÁG. 86 PLANTA PAV. TIPO PÁG. 87 APARTAMENTOS PÁG. 88
CORTES 3D PÁG. 89 ESTRUTURA PÁG. 90 CORTES PÁG. 94 DETALHAMENTOS PÁG. 96 CONFORTO TÉRMICO PÁG. 97 MATERIALIDADE PÁG. 98 PERSPECTIVAS GERAIS PÁG. 99 PERSPECTIVAS APTOS. PÁG. 106
8
BIBLIOGRAFIA PÁG. 108
FIES Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior PROUNI Programa Universidade Para Todos ABMES Associação Brasileira De Mantenedoras De Ensino Superior SENCE Secretaria Nacional Da Casa Do Estudante IBGE Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística USF Universidade São Francisco PUC Pontifícia Universidade Católica SANASA Sociedade De Abastecimento De Água E Saneamento S/A UNIP Universidade Paulista ZM2 Zona Mista 2 ZC2 Zona De Centralidade 2 HU Habitação Unifamiliar HM Habitação Multifamiliar HMH Habitação Multifamiliar Horizontal HMV Habitação Multifamiliar Vertical CSEI Comércio/ Serviço/ Institucional/ Industrial HCSEI Habitação/ Comércio/ Serviço/ Institucional/ Industrial CONDEPACC Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas DOT Desenvolvimento Orientado Pelo Transporte ZEIS Zona Especial De Interesse Social EMDEC Empresa Municipal De Desenvolvimento De Campinas UNICAMP Universidade Estadual De Campinas CRUSP Conjunto Residencial Da Universidade De São Paulo USP Universidade De São Paulo RUF Ranking Universitário Folha UNIFESP Universidade Federal De São Paulo
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIGLAS
Figura 1 - Universidade de Bolonha | Fonte: https://www.estudarfora.org.br/universidade-debolonha-bolsas/. Acesso em 14/04/2021 14 Figura 2 - Universidade de Sorbonne | Fonte: https://www.bresil.campusfrance.org/master-emrelacoes-internacionais-na-pantheon-sorbonne. Acesso em 14/04/2021 15 Figura 3 - Universidade de Berlim | Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Humboldt_ de_Berlim. Acesso em 14/04/2021 15 Figura 4 - Universidade do Rio de Janeiro | Fonte: https://saudemental.ufop.br/reformapsiquiatrica. Acesso em 14/04/2021 16 Figura 5 - UNICAMP | Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/brasil/unicamp-datas-vestibular. html. Acesso em 14/04/2021 16 Figura 6 - Moradia estudantil da Escola de Minas de Ouro Preto | Fonte: https://www.wikiwand. com/pt/Universidade_Federal_de_Ouro_Preto. Acesso em 24/04/2021 17 Figura 7 - CRUSP | Fonte: https://mapio.net/pic/p-85303706/. Acesso em 24/04/2021
17
Figura 8 - Moradia da UNICAMP | Fonte: https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/ read/projetos/13.154/4895. Acesso em 24/04/2021 17 Figura 10 - Situação do terreno | Fonte: Google Earth
19
Figura 9 - Macroescala e microescala da situação | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 19 Figura 11 - Mapa de zoneamento de acordo com a legislação vigente | Fonte: Produzido pelo autor em 2021 22 Figura 12 - Diagrama de coeficiente de aproveitamento | Fonte: Produzido pelo autor em 2021 22 Figura 13 - Diagrama de recuos | Fonte: Produzido pelo autor em 2021 23 Figura 14 - Mapa de patrimônio | Fonte: Produzido pelo autor em 2021 Figura 15 - Fabrica SWIFT | Fonte: Wiki Commons
24
Figura 16 - Pátio da USF Swift | Fonte: Site da USF
24
Figura 17 - Calçada com andorinhas | Fonte: Site da Folhago
Figura 36 - Diagrama de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
33
Figura 67 -Fachada da Moradia Estudantil da UFIFESP Osasco 2015 | Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/770051. Acesso em 12/04/2021. 65
Figura 37 - Mapa de áreas verdes| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 34 Figura 38 - Mapa de hidrografia | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Figura 39 - Mapa de hieraquia viária| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 Figura 40 - Mapa de fluxos | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Figura 68 - Implantação esquemática da moradia estudantil 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/770051. Acesso em 12/04/2021 66
35
37
Figura 41 - Mapa de hieraquia viária| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
38
Figura 42 - Mapa de caminhabilidade | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
39
Figura 43 - Mapa de mobiliários | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Figura 69 - Planta esquemática do térreo da moradia estudantil 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/770051. Acesso em 12/04/2021 66
36
Figura 70 - Planta esquemática do pavimento tipo da moradia estudantil 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com. br/br/770051. Acesso em 12/04/2021 67 Figura 71 - Planta esquemática do dormitório 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/770051. Acesso em 12/04/2021 67 Figura 73 - Elevação esquemática da moradia estudantil 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/770051. Acesso em 12/04/2021 67
39
Figura 44 - Mapa de pontos de interesse| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 40 Figura 45 - Mapa de infraestrutura| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 41
Figura 72 - Isométrico do dormitório 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/770051. Acesso em 12/04/2021 67
Figura 46 - Mapa de diagnóstico| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
42
Figura 75 - Vista esquemática da moradia estudantil 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/770051. Acesso em 12/04/2021 68
Figura 47 - Mapa de diretrizes| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
44
Figura 74 - Vista esquemática do térreo da moradia estudantil 2015. | Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/770051. Acesso em 12/04/2021 68
Figura 48 - Mapa de Implantação urbana| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 46
Figura 76 - Vista da fachada da moradia estudantil da UNICAMP por Nelson Kon | Fonte http://www.nelsonkon. com.br/en/residencia-estudantil-da-unicamp/. Acesso em 12/04/2021. 69
Figura 49 - Mapa de Implantação urbana| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 48 Figura 50 - Macroescala e microescala da situação | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 Figura 51 - Situação do terreno | Fonte: Google Earth
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24
Figura 53 - Mapa de fluxos | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
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Figura 54 - Mapa de LUOS | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
57
Figura 55 - Mapa de gabarito | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
57
Figura 79 - Vista da moradia estudantil da UNICAMP por Nelson Kon Fonte | http://www.nelsonkon.com.br/en/residencia-estudantil-da-unicamp/. Acesso em 12/04/2021. 71 Figura 80 - Vista esquemática do térreo da moradia estudantil. | Fonte: https://www.cal.iel.unicamp.br/?p=979. Acesso em 12/04/2021 72
Figura 18 - Mapa de ZEIS | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
25
Figura 19 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
25
Figura 56 - Mapa de situação do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 58
Figura 21 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
25
Figura 57 - Cortes esquemáticos do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
59
Figura 20 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
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Figura 22 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
25
Figura 59 - Diagrama climático do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
60
Figura 58 - Topografia do terreno | Fonte: Prefeitura de Campinas
Figura 23 - Mapa do plano diretor| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 26
Figura 60 - Evolução do lote urbano | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
Figura 25 - Mapa de distribuíção de renda| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 28
Figura 61 - Diagrama de siituação do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
Figura 27 - Mapa de distribuíção de gabarito| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 Figura 29 - Mapa hipsométrico| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
31
Figura 30 - 3D da topografia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
31
Figura 31 - 3D da topografia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
31
30
61 61
Figura 62 - Vista da Av. Jorge Tibiriçá observando a porção noroeste do terreno | Fonte: Google Maps 62 Figura 63 - Vista da esquina das Av. Jorge Tibiriçá e Av. Eng. Augusto Figueiredo observando a porção oeste do terreno | Fonte: Google Maps 62 Figura 64 - Vista da Av. Eng. Augusto Figueiredo observando a porção sudoeste do terreno | Fonte: Google Maps 62
Figura 32 - Mapa de uso do solo| Fonte: Produzido pelo autor em 2021 32 Figura 33 - Mapa de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
30
Figura 81 - Vista da moradia estudantil. | Fonte: https://www.cal.iel.unicamp.br/?p=979. Acesso em 12/04/2021 72
60
Figura 24 - Mapa de demografia | Fonte: Produzido pelo autor em 2021 27 Figura 26 - Mapa de alfabetizção | Fonte: Produzido pelo autor em 2021 29
33
Figura 34 - Diagrama de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
33
Figura 35 - Diagrama de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
33
Figura 77 - Mapa espacial da distancia entre a moradia da UNICAMP e a Moradia Estudantil Dom Nery| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 70 Figura 78 - Planta esquemática do térreo da moradia estudantil. Fonte: https://www.cal.iel.unicamp.br/?p=979. Acesso em 12/04/2021 71
Figura 52 - Mapa de vias | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 56
24
Figura 28 - Mapa de cheios e vazios| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
55
Figura 65 - Vista da Rua Santana observando as casas confrontantes à sudeste do terreno | Fonte: Google Maps 62 Figura 66 - Mapa de localização do terreno em relação ao entrono | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 63
Figura 82 - Tabela de usos da moradia. | Fonte: https://www.cal.iel.unicamp.br/?p=979. Acesso em 12/04/2021 72 Figura 83 - Vista aérea da UNICAMP | Fonte: https://www.cal.iel.unicamp.br/?p=979. Acesso em 12/04/2021 73 Figura 84 - Vista da fachada da moradia estudantil. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/br/897225/ moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 74 Figura 85 - Implantação da moradia estudantil. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 75 Figura 86 - Vista esquemática do átrio da moradia estudantil. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/ br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 75 Figura 87 - Planta do pavimento tipo da moradia estudantil. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/ br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 76 Figura 88 - Desenho esquemático da distribuição interna dos dormitórios. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily. com.br/br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 76 Figura 89 - Vista isométrica do dormitório. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 76
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
9
Figura 90 - Foto da distribuição da bancada do dormitório. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/ br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 76
Figura 120 - Vista da escada rampa olhando para a circulação principal do edifício| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 103
Figura 91 - Vista esquemática da implantação do edifício. | Fonte: ArchDaily (https://www.archdaily.com.br/ br/897225/moradia-estudantil-olympe-de-gouges-ppa-architectures. Acesso em 12/04/2021 77
Figura 121 - Vista do jardim elevado sobre a biblioteca| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
103
Figura 123 - Vista da jardim elevado sobre a biblioteca| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
103
Figura 92 - Fluxograma | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 82 Figura 93 - Evolução formal | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
83
Figura 94 - Plano de massas| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
83
Figura 122 - Vista do horizonte visivel dos fundos do projeto| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
ALVES, João Batista. Dom Nery – Moradia Estudantil para Ensino Superior. TCC (Graduação. Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade São Francisco, Campinas, 2021.
103
Figura 124 - Vista dos fundos do terreno| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 104 Figura 125 - Vista da fachada da Avenida Eng. Augusto Figueiredo| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 104
Figura 95 - Corte 3D de uma seção geral do complexo | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 89 Figura 96 - Corte 3D de uma seção dupla do complexo | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 89 Figura 97 - Corte 3D de uma seção do sistema de circulação| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
89
Figura 99 - Detalhe em 3D da estrutura em concreto armado| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
92
Figura 98 - Corte 3D destacando elementos estruturais de uma seção do sistema de circulação| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 92 Figura 100 - Detalhe em perspectiva do telado verde| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
96
Figura 126 - Vista da entrada da bilioteca| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 104 Figura 128 - Vista do interior da biblioteca| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 105 Figura 129 - Vista da fachada confrontante com o terreno vizinho| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 105 Figura 131 - Vista da varanda da biblioteca| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
105
Figura 101 - Detalhe em perspectiva e em planta do brise asa de avião, usado no projeto| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 96
Figura 130 - Vista da implantação| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 105
Figura 102 - Corte 3D esquemático do sistema de ventilação do apartamento tipo| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 97
Figura 132 - Vista da cozinha e sala de jantar| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
106
Figura 133 - Vista da cozinha e sala de jantar| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
106
Figura 103 - Corte 3D esquemático do sistema de ventilação no prédio| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 97
Figura 135 - Vista do closet| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
106
Figura 134 - Vista do closet| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
106
Figura 104 - Seção de detalhe do apartamento| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
Figura 136 - Vista do banheiro| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
107
98
Figura 105 - Seção de detalhe da Biblioteca e Jardim| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
98
Figura 106 - Seção de detalhe da circulação geral e térreo| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 Figura 107 - Perspectiva da frente do edifício| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
98
99
Figura 108 - Vista da fachada da Avenida Jorge Tibiriçá| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
R
Figura 127 - Vista do jardim entre o edifício e a Av. Eng. Augusto figueiredo| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 104
Figura 137 - Vista do dormitório e varanda| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
107
Figura 139 - Vista do home office integrado| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
107
Figura 138 - Vista geral do dormitório| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
107
RESUMO
E
ste trabalho final de graduação apresenta estudos e levantamentos realizados afim do desenvolvimento de um projeto arquitetônico para uma moradia estudantil particular visando atender estudantes do ensino superior, no Bairro Jardim Santa Eudóxia, na região sudeste da cidade de Campinas, São Paulo. Implantado em sítio próximo a três universidades, com finalidade de implementar uma edificação de abrigo à estudantes que residem em áreas distantes, facilitando assim seu acesso à universidade. O projeto visa proporcionar ambientes de integração e tipologias compactas de habitação, oferecendo suporte e segurança aos seus residentes por um preço acessível. Nessa primeira etapa olhamos para o atual cenário da educação superior privada no Brasil e a problemática da habitação estudantil, seguido da reflexão sobre a história do tema no cenário mundial, passando pelo território nacional, até a chegada na cidade de Campinas com a construção da moradia universitária da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), partimos para o levantamento urbano do entorno da área de estudo, mais especificamente do Bairro Jardim Santa Eudóxia, qual possui grande potencial devido a infraestrutura consolidada e pela quantidade de vazios urbanos, possíveis para a implantação do projeto, além da presença de uma concentração de instituições de ensino superior. Segue com a justificativa do tema, com atenção especial à contribuição do ambiente da moradia estudantil na formação acadêmica e o papel da saúde mental inclusiva no ambiente de apoio a universidade, culmina na apresentação das referências projetuais em decorrência do estudo do programa, viabilidade e qualidade estética. Palavras-chave: Moradia estudantil; lar para estudantes; universidades particulares; habitação; educação.
100
ABSTRACT
Figura 109 - Vista da fachada interna, com detalhe para a quadra poliesportiva| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 100 Figura 110 - Vista da fachada da esquina do complexo| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 Figura 111 - Vista da praça interna | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
100
Figura 112 - Vista da praça interna| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
101
Figura 113 - Vista da entrada da recepção| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 Figura 115 - Vista da praça interna| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 Figura 114 - Vista da recepção| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
100
T 101
101
101
Figura 116 - Vista do corredor interno do térreo| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
102
Figura 117 - Vista da circulação principal no primeiro pavimento| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 102 Figura 119 - Vista da circulação principal | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 102 Figura 118 - Vista do corredor de acesso aos apartamentos| Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 102
his final undergraduate work presents studies and surveys carried out in order to develop an architectural project for a private student housing aimed at attending higher education students, in Bairro Jardim Santa Eudóxia, in the southeastern region of the city of Campinas, São Paulo. Installed on a site close to three universities, with the purpose of implementing a building for students who live in distant areas, thus facilitating their access to the university. The project aims to provide integration environments and compact housing types, offering support and security to its residents at an affordable price. In this first stage, we look at the current scenario of private higher education in Brazil and the problem of student housing, followed by reflection on the history of the theme on the world stage, passing through the national territory, until the arrival in the city of Campinas with the construction of housing University of Campinas State University (UNICAMP), we started the urban survey of the surroundings of the study area, more
specifically the Bairro Jardim Santa Eudóxia, which has great potential due to the consolidated infrastructure and the amount of urban voids, possible for the implantation of the project, in addition to the presence of a concentration of higher education institutions. It continues with the justification of the theme, with special attention to the contribution of the student housing environment in academic training and the role of inclusive mental health in the university support environment, culminating in the presentation of project references as a result of the study of the program, feasibility and quality aesthetics. Keywords: Student housing; home for students; private universities; housing; education.
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
11
INTRODUÇÃO
O
s estudos apresentados a seguir são resultado das disciplinas de Projeto Integrado e Trabalho Final de Graduação do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade São Francisco. O estudo urbanístico foi desenvolvido em grupo para que o recorte pudesse ser o mais abrangente possível, abraçando todas as áreas onde os integrantes estudam seus projetos. Desse modo, com o levantamento completo, partiu-se para as propostas de intervenção urbana em pontos críticos observados no levantamento, contemplando toda a região com melhorias urbanísticas. A partir do estudo realizado com mapas, observouse a presença de instituições de ensino superior muito próximas uma das outras. Estas, particulares e sem apoio a moradia, atraem pessoas de diversas localidades pela sua extensa matriz curricular. Levando em consideração o mercado imobiliário de campinas pensou-se em uma moradia estudantil de baixo custo e que oferecesse apoio aos estudantes que lá residissem. moradia estaria localizada em um sítio próximo ao triângulo formado pelas instituições, sendo elas a Universidade São Francisco, a Universidade Paulista e a Universidade São Leopoldo Mandic, facilitando o acesso rápido e sem a necessidade de transporte automotivo. Historicamente a moradia estudantil pode ser vista como um sistema de apoio aos estudantes de uma certa instituição, oferecendo abrigo e suporte a seus moradores, visto que estes viajavam longas distancias para estudar e a volta pra casa todos os dias se tornava inviável. (OSSE, 2008)
O papel da universidade na sociedade é fundamental para a constante evolução da comunidade como um todo, formando profissionais que entendam o bem comum e contribuam para a solução de problemas e conflitos de toda natureza. Para Anísio Teixeira, “São as universidades que fazem, hoje, com efeito, a vida marchar. Nada as substitui. Nada as dispensam. Nenhuma instituição é tão assombrosamente útil” (TEIXEIRA, 1988).
Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) no ano de 2020, a evasão em universidades privadas cresceu em 31%, os fatores apontados para este crescimento é o conjunto de perda de renda somados aos custos que envolvem uma formação privada.
Partindo desse princípio, devemos também lançar o olhar para a sociedade e estrutura que envolve o ambiente acadêmico. Muito se discute sobre a grade curricular e boa qualidade de prédios e estruturas para a formação do indivíduo quanto profissional, por outro lado, questões ligadas ao bem-estar e suporte a formação do mesmo são tidas como elementos secundários.
Entendendo que um aspecto como moradia é de primeira grandeza nas preocupações de tais estudantes, que muitas vezes não residem próximos ou no mesmo município das universidades, o sistema de apoio oferecido pela moradia estudantil de baixo custo se torna essencial para a retenção desses discentes. Se enquadrando, assim como os programas de ingresso citados anteriormente, instrumento de uma transformação social.
Se nos últimos anos houve avanço nos programas de ingresso ao ensino superior privado, aqui podemos citar as iniciativas como Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e Programa Universidade Para Todos (PROUNI), que alteraram o cenário até então elitista dominante e possibilitaram o acesso de grupos com menos poder aquisitivo e muitas vezes a margem da sociedade de estar no ambiente acadêmico, os programas de auxílio para a permanência destes indivíduos não acompanharam tal avanço. Esse cenário fez e faz com que uma parcela dos estudantes de instituições privadas desista da graduação em decorrência de fatores como mensalidade, alimentação, transporte, moradia que se somam muitas vezes a rotina de trabalho e estudo.
Dentre as tipologias de moradia existentes reservadas a estudantes, podemos apontar, segundo a Secretaria Nacional da Casa de Estudante - SENCE, três tipos básicos: alojamento estudantil; casa de estudantes e república estudantil. • Denomina-se alojamento estudantil a moradia de propriedade da instituição de ensino superior, e /ou secundaristas públicas que com estas mantenham vínculo gerencial administrativo; • Casa de estudante é a moradia estudantil administrada de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculos com a administração de instituição de ensino superior ou secundarista; • República estudantil é o imóvel locado coletivamente para fins de moradia estudantil (SENCE, 2006)
Nesse estudo vamos nos ater a tipologia de casa do estudante, apresentada acima, por se tratar de uma moradia desvinculada de administração pública ou de instituições de ensino, o que se enquadraria em soluções já ofertadas por universidades e que não atendem o montante que necessita da mesma, e, também não ser de inteira responsabilidade do estudante como uma república estudantil, que dentre outros aspectos exigem do morador custos e garantias que acabam se somando as dificuldades da graduação particular. Por isso, o termo escolhido, casa do estudante, se torna um tipo de habitação que possibilita o subsídio de baixo custo ao estudante, sem vínculos com imobiliárias locais ou com proprietários, tornando o acesso mais democrático com relação a burocracias e mais inclusivo se levarmos em conta os cenários socioeconômicos. Essa problemática, embora atual, não é novidade dos nossos tempos, já que num breve olhar sobre a história, percebemos que a relação entre a busca por ensino e conhecimento se correlaciona também com o deslocamento e assim com a necessidade moradia.
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R
No século XVI, dois importantes acontecimentos históricos abalaram o extenso domínio e influencia que a Igreja Católica exercia sobre a sociedade europeia, o que também englobou o papel da instituição sobre as universidades. Os referidos eventos foram a Reforma – que se deu com o surgimento das igrejas anglicanas, luteranas, calvinistas, entre outras - e a Contrarreforma – conjunto de medidas que a Igreja Católica tomou para conter o avanço do protestantismo – dando início a mudanças significativas na esfera educacional do período e possibilitando que mais tarde em 1694, fosse fundada a Universidade de Hall, na Alemanha, qual ficou conhecida como a primeira universidade aberta, ou seja, livre de influências religiosas de qualquer tipo. Com esse rompimento entre a Igreja e a universidade, o conceito de liberdade cátedra foi introduzido, tornando possível que em 1809 a Universidade Berlim realizasse experimentos científicos que iam completamente contra aos princípios religiosos, o que garantiu aos professores e alunos a busca por conhecimento sem restrições ideológicas.
REFERENCIAL TEÓRICO DO TEMA
Segundo CASTELNOU (2005), as universidades de Santo Domingo (1538), com sede na cidade de mesmo nome na República Dominicana; San Marcos (1551) em Lima, no Peru; México (1554); e Córdoba (1613), na Argentina, como as primeiras universidades latino-americanas. Posteriormente, surgiram as primeiras norte-americanas: Harvard (1636) em Cambridge Massachusetts e Yale (1701) em New Haven Connecticut.
1.1 HISTÓRICO DAS UNIVERSIDADES
A
universidade como conceito que conhecemos hoje, provavelmente se iniciou na Europa durante o final dos séculos XI e começo do século XII, período historicamente conhecido como Idade Média, onde apesar da grande influência da Igreja Católica sobre a produção intelectual, direcionadas em sua maioria a estudos teológicos, foi uma fase de fomentação do conhecimento científico precedendo o Renascimento. Sendo a criação da Universidade de Bolonha, fundada em 1088, na Itália, a primeira instituição ocidental a se aproximar do formato hoje empregados como “universidade”, seguida pela Universidade Sorbonne, na França, em 1150. TEIXEIRA (1998)
1.2 UNIVERSIDADES NO BRASIL O panorama da universidade brasileira teve início com a vinda da coroa portuguesa para o Brasil, entre 1807 e 1808, com a família real vieram milhares de cortesãos, com isso surge a necessidade da criação de instituições e escolas focadas no ensino superior para a nova corte agora instalada em terras brasileiras. Dentre os cursos oferecidos estavam medicina, direito e engenharia, as instituições não se caracterizavam como universidades.
Precedendo Bolonha ou Sorbonne, é conhecido que a Igreja Católica e a monarquia, instituições magnas do período, conferiam aos monastérios o título de Studium Generale, o que indicava que estas instituições apresentavam renome mundial. Acadêmicos de um Studium Generale podiam ministrar seus conhecimentos em outros institutos, prática muito semelhante ao conceito de intercambio, que enriquece a formação do indivíduo a partir de sua imersão em uma cultura heterogênea à sua.
Na República do século XX houve uma unificação das faculdades do território o que ocasionou o surgimento das primeiras universidades brasileiras. Historicamente podemos considerar a Universidade do Rio de Janeiro em 1920 como a primeira do Brasil de acordo com TEIXEIRA (1998). Figura 1 - Universidade de Bolonha
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Figura 3 - Universidade de Berlim
Figura 2 - Universidade de Sorbonne
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Em 1920, pelo Decreto nº 14.343, a Universidade do Rio de Janeiro foi criada, sendo considerada oficialmente a primeira universidade do Brasil. “Segundo alguns estudiosos, a razão principal da criação da Universidade do Rio de Janeiro teria sido a necessidade diplomática de conceder o título de doutor honoris causa ao rei da Bélgica em visita ao país” (SOUZA, 2012, p. 51). A criação da Universidade do Rio de Janeiro deu-se primordialmente com a união da Escola Politécnica, a Escola de Medicina e a Faculdade de Direito, acontece então a estruturação da universidade, mesmo com as instituições funcionando de forma isolada e sem integração entre suas áreas. A Universidade do Rio de Janeiro era voltada mais ao ensino do que à pesquisa, tendo caráter elitista (Oliven, 2002).
No mundo todo, a partir da década de 1950, houve uma corrida dos jovens para o ensino superior, formando, na década seguinte, um grupo de expressão política que adquiriu uma visibilidade social considerável. No caso brasileiro, a partir da década de 1960, a juventude de classe média passou a ter maior acesso à Universidade, o que até então era privilégio das classes mais abastadas. Somente nos últimos anos do século XX, observou-se algum acesso das classes mais baixas às instituições de ensino superior (HOBSBAWM, 1995). Na cidade de Campinas a UNICAMP é considerada a primeira universidade a ser instalada em seu perímetro. Em 9 de setembro de 1965, o Conselho Estadual de Educação designou a Comissão Organizadora da Universidade de Campinas com a finalidade de estudar e planejar a instalação de uma universidade, uma vez que, somente a Faculdade de Medicina estava em funcionamento. A pedra fundamental da Universidade foi lançada em 05 de outubro de 1966. Depois de aprovado o relatório final a Universidade entra na sua fase real de construção. Nos dias de hoje é visível o avanço da inclusão nas instituições de ensino superior, com programas governamentais de ingresso a essas instituições, uma grande parcela de brasileiros é beneficiada e consegue o que antes era reservado apenas para indivíduos com melhor condição de renda.
Figura 4 - Universidade do Rio de Janeiro
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Figura 5 - UNICAMP
1.3 HISTÓRICO DAS MORADIAS ESTUDANTIS Desde a antiguidade existem relatos de deslocamento humano em busca de conhecimento. Na Grécia antiga, por volta dos séculos XII ao VIII a.C., após atingir certa idade a criança nobre se mudava para outros palácios para aprender, já na educação espartana, durante o século IV a.C, a educação acontecia longe do núcleo familiar, não havia distinção entre espaço de residência e espaço de obtenção de conhecimento, uma vez que ambos eram interligados.
As moradias estudantis no Brasil despontam no cenário com o então propósito de acolher os estudantes com dificuldades econômicas vindos de outros municípios (GARRIDO, 2012). As classes menos favorecidas financeiramente passam a ter acesso à universidade graças à assistência estudantil oferecida, tornando-se incluídas no ensino superior. No entanto, voltam a se configurar como excluídas quando separadas dos outros estudantes com necessidades de assistência. (SOUZA, 2005)
Durante a idade média, os monastérios detinham a responsabilidade da educação religiosa. Nessa época começam a surgir universidades no ocidente e o papel da Igreja Católica na educação se estende, iniciando-se então a cultura o intercambio. A princípio os estudantes se reuniam em edificações próximas as instituições e geralmente segregavam-se por país de origem segundo ARANHA (2006).
Hoje no Brasil existem mais de 115 Casas de Estudantes espalhadas por todo território nacional, as quais se apresentam das mais diversas formas, desde pequenas casas coloniais como as repúblicas estudantis de Ouro Preto em Minas Gerais, até modernos conjuntos residenciais como o CRUSP, na Cidade Universitária de São Paulo.
No Brasil, o primeiro registro que se tem de uma moradia para estudantes remonta aos anos entre 1850 e 1860, porém a mais relevante fica em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, surgiu espontaneamente pela necessidade de mestres e alunos que precisavam se fixar na cidade para cursar ou lecionar na Escola de Minas de Ouro Preto, que oferecia cursos na área de geologia, mineração e engenharia.
Figura 6 - Moradia estudantil da Escola de Minas de Ouro Preto
Ao aproximar o recorte, trazendo-o para Campinas, encontramos a Moradia Estudantil da UNICAMP, construída em 1992 e projetada por Joan Villà, atende mais de mil estudantes, possui referencias europeias na sua forma de implantação e latinoamericanas em seu método construtivo de acordo com CARPANETTI (2010).
Figura 7 - CRUSP
Figura 8 - Moradia da UNICAMP
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LEVATAMENTOS
ANÁLISE URBANA
2.1.1 - RECORTE
C
ampinas está localizada no interior do estado de São Paulo, distante a 99km do noroeste da capital, ocupa a área de 797,6 km², da qual 238,323 km² estão em perímetro urbano e os 559,277 km² restantes constituem a zona rural. Em 2020, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1.213.792 habitantes, sendo o terceiro município mais populoso de São Paulo. A região metropolitana de Campinas possui em seu perímetro um total de vinte municipalidades e somam ao todo aproximadamente três milhões de habitantes segundo o IBGE, possuí índice de desenvolvimento humano de 0,805 considerado muito alto.
eixos viários e mobiliários de interesse, dividida em duas por um trecho da linha férrea ainda em funcionamento, podemos então usar como parâmetro o que pode ser feito onde a infraestrutura é precária e o que pode ser melhorado onde já existem diversos equipamentos. O recorte foi feito com base nas pesquisas e ajustada conforme os levantamentos foram sendo desenvolvidos, abraçando uma área com tipologias diversas e grande potencial para o tema desse trabalho.
Em seu território, Campinas concentra o total de vinte e três instituições de ensino superior, segundo site oficial da Prefeitura de Campinas, fazendo com que seja destino de grande interesse intelectual, atualmente responsável por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro. Além de concentrar um enorme valor histórico construído e preservado em sua malha, a cidade oferece muitos destinos culturais e atrações artísticas.
Figura 9 - Macroescala e microescala da situação | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
A escolha da área de estudo foi primordialmente determinada pela diversidade de faixas de renda, infraestruturas e áreas com potencial construtivo, encontrados na região denominada “Esmeraldina”, que abrange os bairros Jardim São Gabriel, Jardim do Vale, Vila Carminha, Jardim Cura d’Ars, Vila Santa Odila, Swift, Jardim Santa Eudóxia, Jardim Carlos Lourenço, Jardim Andorinhas, Jardim Itatiaia, Jardim Itayu, Jardim New York, Jardim São Pedro, Chácara São Domingos e Parque dos Cisnes. O recorte possui aproximadamente uma área de 6,30 km². A área de estudo está localizada ao sudeste da cidade de Campinas e próxima a importantes Figura 10 - Situação do terreno
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O setor de serviços da área ganha destaque;
Implantação do primeiro loteamento fechado em área urbana da região;
2006
Instituição da UNIP (Universidade Paulista)
2000
1996 Implantação da Rodovia dos Bandeirantes;
Consolidação da primeira favela na região (Jardim São Fernando);
1998
1980 1974
1955
1972
Instituição da SANASA;
Estabelece o primeiro condomínio fechado na região de São Pedro; Implantação da Rodovia Santos Dumont;
1988
Implantação da Rodovia Anhanguera
Chegada de grandes industrias em Campinas; Inicio da urbanização da região de estudo;
O Seminário Imaculada de Campinas passa ser sede da PUC (Pontifícia Universidade Católica de Campinas); Implantação da Rodovia Dom Pedro I;
1978
Companhia Paulista de Estradas de Ferro
1948
1872
1950
1948
1930
Crise Econômica Cafeeira; Economia com perfil industrial e Serviços; Consolidação do Jardim Esmeraldina;
Implantação da Rodovia Anhanguera
Construção do Seminário Imaculada de Campinas (atual sede da USF no Swift – Campinas)
Surgimento dos empreendimentos verticais.
2.1.2 - Linha do tempo
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2.1.3 - ZONEAMENTO
Permeabilidade Permeabilidade na ZM2 (Zona Mista 2)
A
área de estudo possui dois zoneamentos distintos: ZM2 (Zona Mista 2) e ZC2 (Zona de Centralidade 2). Compreende os parâmetros urbanísticos destes zoneamentos: ZM2 - Zona Mista 2 - Residencial de média densidade (Uso residencial, misto e não-residencial de baixa e média incomodidade adequados a hierarquia viária). Coeficiente de Aproveitamento ZM2 - Mínimo 0,5 e Máximo 2,0 (ou seja, permitida a área de construção total de no mínimo metade da área total do lote e no máximo do dobro da área total do lote). ZC2 - Zona de Centralidade 2 - Definida pelos eixos do DOT (Desenvolvimento Orientado pelo transporte) de média densidade habitacional com mescla de usos residencial, misto e não residencial de baixa, média e alta incomodidade. Coeficiente de Aproveitamento ZC2 - Mínimo 0,5 e Máximo 2,0 (ou seja, permitida a área de construção total de no mínimo metade da área total do lote e no máximo do dobro da área total do lote.)
Figura 11 - Mapa de zoneamento de acordo com a legislação vigente | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
Terreno do projeto Figura 12 - Diagrama de coeficiente de aproveitamento | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
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Coeficiente de aproveitamento
Coeficiente de aproveitamento
Coeficiente de aproveitamento
0,50
1,00
2,00
Usos permitidos pela lei de uso e ocupação do solo: Tipologias de ocupação de acordo com a lei de Uso e Ocupação do Solo do município de Campinas: I - HU: habitação unifamiliar II - HM: habitação multifamiliar destinada a mais de uma habitação no lote, subdividindo-se em: a) HMH: habitação multifamiliar horizontal, edificações residenciais isoladas ou geminadas; b) HMV: habitação multifamiliar vertical; III - CSEI: destinada ao comércio, serviço, institucional ou industrial; IV - HCSEI: mista, destinada à habitação, comércio, serviço, institucional e/ ou industrial.
Lotes menores que 500,00m² - 0,1 Lotes maiores que 500,00m³ - 0,2 Para demais usos (Misto) Lotes menores que 5.000,00m² - 0,1 Lotes maiores que 5.000,00m³ - 0,2 Permeabilidade na ZC2 (zona de centralidade 2) Lotes menores que 500,00m² - 0,1 Lotes maiores que 500,00m³ - 0,2 Para demais usos (Misto) Lotes menores que 400,00m² - 0,1
Recuos e Afastamentos Usos na ZM2 (Zona Mista 2) HU, HMH, HMV, CSEI e HCSEI Usos na ZC2 (zona de centralidade 2) HU, HMV, CSEI e HCSEI
a) para lotes com área menor ou igual a 5.000,00m² na ZM1 e ZM2: 1,50m (quando houver aberturas para todas as divisas do lote, vias particulares de circulação e áreas comuns); b) para lotes com área maior que 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) na ZM1 e ZM2: 1. 1,50m (quando houver aberturas para todas as divisas do lote e áreas comuns); 2. 5,00m em relação a vias particulares frontais; 3. 2,00m em relação a vias particulares laterais; c) 6,00m frontalmente e 3,00m lateralmente entre agrupamentos de unidades habitacionais.
Figura 13 - Diagrama de recuos | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
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2.1.4 - PATRIMÔNIO
2.1.5 - ZEIS
N
o recorte foram identificadas áreas que se configuram como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), abaixo destacadas no mapa com levantamento fotográfico.
C
onforme levantamento, não foram encontrados bens tombados na área de estudo, apenas um bem em estudo de tombamento, se trata do antigo Seminário Dom Nery, prédio que hoje está ocupado pela Universidade São Francisco. No mapa foram demarcados edificações e elementos que na pesquisa se tornaram bens passíveis de tombamento, são eles a antiga Fábrica Swift do Brasil, as calçadas de pedra portuguesa com desenho de andorinha e a linha férrea que divide o recorte.
LOCAL 01
Hoje em decadência, o prédio da antiga fábrica da Companhia SWIFT do Brasil,o complexo industrial que deu nome ao bairro foi posteriormente ocupado pela Coca-Cola, a Matarazzo, a Rações Anhanguera.
Figura 19 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
LOCAL 03
Figura 15 - Fabrica SWIFT | Fonte: Wiki Commons
LOCAL 02
Figura 20 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
LOCAL 04
Antigo prédio do seminário Dom Nery, posteriormente ocupado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) e atualmente sede da USF (Universidade São Francisco). Edificação processo
em nº Nº
estudo 03/13
de pelo
tombamento, CONDEPACC.
Figura 21 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
Figura 16 - Pátio da USF Swift | Fonte: Site da USF Figura 14 - Mapa de patrimônio | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
24
Terreno do projeto
Linha férrea (passível de tombamento)
Prédio da USF (em estudo de tombamento)
Antiga Fábrica SWIFT (passível de tombamento)
Calçadas com Andorinhas (passível de tombamento)
TFG 2021 - CAMPINAS
As calçadas em pedra portuguesa com desenho de andorinha são símbolos da cidade de Campinas, conhecida como cidade das andorinhas que sobrevoavam o céu em grandes grupos, al.
Figura 22 - Imagem das construções | Fonte: Google Street View
Figura 18 - Mapa de ZEIS | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
Terreno do projeto
Áreas de ocupação irregular e ZEIS (Zona especial de interesse social) Figura 17 - Calçada com andorinhas | Fonte: Site da Folhago
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2.1.6 - PLANO DIRETOR
2.1.7 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA Densidade demográfica 3964,34 HAB/KM²
S
egundo levantamentos realizados em sites como o IBGE e o da Prefeitura Municipal de Campinas, podemos constatar a alta densidade demográfica dentro do recorte, mais específicamente na região norte do mapa, onde também encontramos ocupações irregulares.
A
pós leitura do corpo legislativo vigente na cidade de Campinas, em especifico o Plano Diretor de 2018, conseguimos levantar diretrizes urbanas que serão aplicadas dentro do recorte que estamos estudando. As diretrizes viárias consistem em planos estratégicos para implementação de novas vias e requalificação das existentes, cadastramento de glebas, na análise de parcelamentos de áreas e empreendimentos e no desenvolvimento de projetos executivos, sob prévio estudo de viabilidade.
Após análise da pesquisa feita pelo IBGE, observa-se que a faixa etária dentro do recorte aponta para uma maioria feminina na população, onde a população é em sua maioria é adulta, com indíce baixo de recém nascidos e crianças de até 5 anos.
No plano diretor também encontramos a diretriz que prevê a implantação de parques lineares, que acompanhariam certos cursos d’água da cidade formando um cinturão verde, assim como melhora a qualidade de vida daqueles que residem próximos a ele.
Figura 23 - Mapa do plano diretor| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA Diretrizes viárias
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TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 24 - Mapa de demografia | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto Parque linear
LEGENDA Corpos d’água
Terreno do projeto
0 - 2879 Hab/km²
5839 - 10102 hab/km²
2880 - 5838 hab/km²
10103 - 20009 hab/km²
20010 - 636058 hab/km²
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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2.1.8 - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
2.1.9 - ALFABETIZAÇÃO
Índice de desenvolvimento humano municipal é de 0,805, considerado alto.
A
O
distribuição socioespacial da alfabetização é muito semelhante à distribuição da renda: na região sul e leste concentra um índice inferior de alfabetização em relação a região norte. No mapa os dados são apresentados através de manchas das cores mais claras às mais escuras. O ícone no mapa representa os setores censitários com população idosa predominantemente analfabeta (acima de 65%).
mapa de renda domiciliar apresenta as informações mapeadas por setor censitário referente à renda média domiciliar, das cores mais quentes para as mais frias. A distribuição socioespacial da renda na área de estudo é nítida: nas regiões sul e leste concentram-se grande parte da população de baixa renda. Ao norte encontra-se a população com renda mais elevada. As regiões com menor renda por domicilio há maior concentração de moradores e nas regiões de alta renda há uma incidência de menor número de moradores, exceto na região próximo a universidade UNIP, onde há uma grande concentração de pessoas com maior renda.
Figura 25 - Mapa de distribuíção de renda| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
28
Figura 26 - Mapa de alfabetizção | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto
LEGENDA
1,4 e 3,5 salários mínimos
5,1 e 8,1 salários mínimos
Setor censitário com menos de 100 habitantes
3,5 e 5,1 salários mínimos
8,1 e 44,3 salários mínimos
Setor censitário desabilitado
TFG 2021 - CAMPINAS
Terreno do projeto
entre 80 e 93,6%
entre 96,5 e 98,3%
Escola
entre 93,6 e 96,5%
acima de 98,3%
setor com população idosa majoritariamente analfabeta (acima de 65%)
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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2.1.10 - GABARITO
2.1.11 - CHEIOS E VAZIOS
2.1.12 - TOPOGRAFIA
A
o analisar o mapa podemos perceber que a topografia da região é muito acidentada, apresentando um desnível total de 115 metros. As cores mais quentes representam os pontos mais elevados, enquanto que as mais frias equivalem aos pontos mais baixos. Além disso, pode-se constatar que a forma da topografia impacta diretamente no desenho orgânico das vias.
Figura 30 - 3D da topografia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Figura 27 - Mapa de distribuíção de gabarito| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA 1 a 2 Pavimentos 3 a 5 Pavimentos
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Figura 28 - Mapa de cheios e vazios| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
Terreno do projeto 6 a 10 Pavimentos 11 a 15 Pavimentos
Terreno do projeto
LEGENDA
Terreno do projeto Figura 31 - 3D da topografia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
16 a 20 Pavimentos Vazios 21 Pavimentos
Figura 29 - Mapa hipsométrico| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Cheios
770 a 785 m
725 a 735 m
755 a 765 m
710 a 720 m
740 a 735 m
695 a 705 m
680 a 690 m 660 a 675 m
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2.1.13 - USO REAL DO SOLO
2.1.14 - MORFOLOGIA
A
ocupação predominante da área é residencial, com a presença de diversos serviços na região oeste e sul, assim como a presença de várias instituições nessa faixa, o território também apresenta áreas consideráveis de vazios e conta com grandes áreas verdes na sua porção leste.
O
desenho das quadras no recorte segue a forma orgânica, por conta da topografia acidentada e não tem padrão de tamanho. Para entender as tipologias dos lotes e ruas da região separamos três s principais analisadas no local, os esquemas elaborados para explicalas sofrem alteração por isso foi feito em cima de uma média.
1
Ocupação: Núcleo Familiar São Fernando Os lotes não tem definição de tamanho ou testada, é super presente a autoconstrução, utilizando Tijolo cerâmico, muitas vezes sem reboco, ou barracos de madeira, as ruas grande parte delas sem pavimentação não tem separação entre as faixas de rolamento e passeio público, é comum a presença de vielas entre as construções.
2
Figura 34 - Diagrama de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Pricipais vias: Avenida Jorge Tibiriçá
3
Tamanho de Lote - 250 m², testada do Lote - 10 m, com recuos laterais. A maioria das edificações seguem os recuos frontal e lateral. A grande maiorias das construção são feitas de Alvenaria, rebocadas e pintadas, com muros baixos e portões com elementos vazados as calças são grandes. Figura 35 - Diagrama de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Figura 32 - Mapa de uso do solo| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
Demais vias: Rua Victor Falson
Figura 33 - Mapa de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
Terreno do projeto
Habitação
Serviço
Área Verde
Comércio
Institucional
Vazio
Terreno do projeto
1
Áreas de vulnerabilidade
2
3
Vias principais
Tamanho de Lote - 250 m², testada do Lote - 10 m. A maioria das edificações seguem os recuos frontal e lateral. A grande maiorias das construção são feitas de alvenaria, rebocadas e pintadas, com muros baixos e portões com elementos vazados as calças são grandes. Figura 36 - Diagrama de morfologia| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
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2.1.15 - ÁREAS VERDES
2.1.16 - HIDROGRAFIA
D
D
efinição de áreas verdes, segundo o Plano Diretor de 2018: “Aquela que possui funções ecológicas e sociais, cuja área permeável ocupe, no mínimo, 70% de sua área total, possuindo vegetação em qualquer porte (herbácea, arbustiva e/ou arbórea), ocorrendo em áreas públicas ou privadas, rurais ou urbanas(...)”. Sendo divididas em 8 categorias: Bosque, Parque, Praça, Unidade de Conservação, Bem Natural Tombado, Vegetação Natural, Reserva Legal e Área de Preservação Permanente.”.
Figura 37 - Mapa de áreas verdes| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
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APP Preservada
Nascente
APP Não Preservada
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Figura 38 - Mapa de hidrografia | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto
Curso d’água
e acordo com as ocorrências registradas pela Defesa Civil de Campinas, existem atualmente 28 pontos de enchentes ou inundações no município. A avaliação e diagnóstico destas áreas críticas, elaborados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, dispostos e especializados no mapa “Localização dos Pontos Críticos de Alagamento e Inundação”.
LEGENDA Maciço Arbóreo
Terreno do projeto
Curso d’água
Baixa Suscetibilidade a Inundação
Ponto de recorrencia de Inudação e Enchente
Média Suscetibilidade a Inundação
Alta Suscetibilidade a Inundação
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2.1.17 - HIERARQUIA VIÁRIA
2.1.18 - FLUXOS
A
A
hierarquia das vias ficou definida de acordo com a nossa análise da área de estudo. Em vermelho, marcamos as rodovias com (média de 110km/h) que permitem os veículos transitarem sem controle de semáforos.
s análises de Fluxo na Região levaram em consideração as informações sobre Trânsito do Google Maps nos dias 08/03(segunda) as 20h15, dia 12/03 (sexta) as 10h45 e dia 14 (domingo) as 19h24 (a cidade de Campinas se encontrava na fase Vermelha na pandemia do Covid-19 que pode impactar nos fluxos da região), nas visitas realizada dia 13/03 das 14h as 17h, e também nas nossas percepções de vivencia da área.
Consideramos as vias arteriais (média de 60km/h) as linhas verdes onde percebemos as conexões entre os bairros e controlada por semáforos, de amarelo, destacamos as vias coletoras (média 40km/h) que fazem a conexão com as vias locais e com as vias arteriais. E as vias locais, são as demais da área contendo sinalização para controle de velocidade sendo (média de 30km/h).
As linhas verdes que representam o baixo fluxo, são pelo fato de termos como predominância nessas regiões as residências, o que fica mais liberado de um grande fluxo comparado as linhas amarelas de médio fluxo e das vermelhas de alto fluxo que são pelo fato de terem pontos de comércio e serviços e instituições como as universidades que geram fluxos intensos em determinados horários. Por nossas percepções, fora da pandemia em períodos de estudos, as vias que levam até as universidades constam um fluxo intenso em determinados horários e principalmente fim da tarde.
Figura 39 - Mapa de hieraquia viária| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
36
Figura 40 - Mapa de fluxos | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto
LEGENDA
Rodovias
Vias coletoras
Diretriz via arterial
Vias arteriais
Corpo d’água
Diretriz via coleora
TFG 2021 - CAMPINAS
Baixo fluxo
Terreno do projeto Médio fluxo
Alto fluxo
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
37
2.1.19 - LINHA DE ÔNIBUS
O
transporte público de Campinas está dividido, segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) em 4 áreas formando o Sistema InterCamp e nossa região de estudo está inserida na área operacional 3 (verde). As empresas responsáveis pela área verde são VB Transportes 3 e Pádova. Atualmente é necessário modificar as rotas que se sobrepõem, equilibrar o atendimento entre as ruas bem abastecidas e as distantes das linhas de ônibus e estender as rotas em direção aos bairros Jardim Cura D’ars, Jardim Santa Eudoxia, Jardim Tamoio.
2.1.20 - CAMINHABILIDADE
2.1.21 - MOBILIÁRIO
D
A
urante o levantamento foram identificados pontos de insegurança, marcados abaixo, assim como pontos houve aberturas de caminhos feitos pela população, a topografia acidentada também pode ser considerada como fator que prejudica a caminhabilidade.
área é carente de mobiliários como lixeiras e bancos de permanência, não existe um padrão para os pontos de ônibus.
LEGENDA
BAIRRO
Figura 41 - Mapa de hieraquia viária| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto
38
TFG 2021 - CAMPINAS
TEMPO(MIN.)
LINHAS
Vila Orozimbo Maia
28 a 38
408, 367, 349, 367, 502, 360, 366
SWIFT
14 a 34
349, 366, 341, 408, 612, 385, 499, 403, 344, 383, 397, 342, 341
Jardim Cura D’ars
19 a 22
193, 23, 408, 359 ,342, 353, 386, 381, 332, 253
Jardim São Pedro
22 a 29
674, 359, 366, 349, 408, 362, 190, 121, 192, 114, 413, 117, 410, 131, 197, 135, 416, 115, 391, 342, 385
Jardim Itayu
26 a 41
366, 408, 345, 386, 368, 381, 342, 332, 349
Jardim Tamoio
37 a 48
366, 349, 345, 368, 408, 342
Jardim Andorinhas
35 a 50
366, 368, 386, 362, 193, 612, 618
Jardim New York
31 a 37
336, 349, 345, 408, 368, 385
Jardim Santa Eudóxia
14 a 32
408, 357,377, 348, 386, 368, 378, 349, 366, 678, 381, 362, 252, 251
Jardim Carlos Loureço
17 a 29
349, 408, 253, 261, 299, 289
Jardim Itatiaia
23 a 33
366, 408, 345, 386, 368, 381, 342, 385
Jardim Estoril
34 a 40
342, 349, 359, 408, 385
Jardim São Gabriel
29 a 34
341, 193, 173, 240, 173, 385, 250
Vila Carminha
29 a 33
341, 349, 253, 683, 677, 342, 674, 359
Vila Alberto Simões
18 a 26
349, 674, 359, 366, 408, 341
Linha Intermunicipal
20 a 30
675
Figura 42 - Mapa de caminhabilidade | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LEGENDA
Figura 43 - Mapa de mobiliários | Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto
Terreno do projeto
LEGENDA
Quadras
Trilho do trem
Caminhabilidade perigosa
Mobiliários condições
Ruas sem calçadas
Caminhos criados
Pontos de permanência
Área sem sinalização
em
boas
Áreas com pouca iluminação pública
Área de permanencia co mobiliários precários
Linha do trem sem sinalização
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
39
2.1.22 - PONTOS DE INTERESSE
2.1.23 - INFRAESTRUTURA
C
A
om mapa podemos observar na área de estudos lugares/usos/ euipamentos que devemos levar em consideração na nossa análise, entendendo o que já é ofertado e significativo para o contexto urbano e como podemos futuramente, através de planejamento e estruturação, contribuir com uma proposta.controle de velocidade sendo (média de 30km/h).
área de estudo concentra pontos de muito interesse público, como instituições governamentais, escolas, universidades e comércio de alta demanda. LEGENDA ETA I e II (Estações de Tratamento de Água Sanasa) e DOMASA 3
LEGENDA
Unidades de Educação e Raio de Influência (Infantil 300m; Fundamental 1500m)
Unidades de Educação e Raio de Influência (Infantil 300m; Fundamental 1500m)
Área destinada a esgotamento Sistema Samambaia Unidades assistência e atendimento a saúde Área destinada a esgotamento Sistema Anhumas
Área de ocupação
SE Andorinha (AND) - CPFL (Posto de transmissão elétrica)
Rede de supermercados Unidades de educação
SE Andorinha (AND) - CPFL (Posto de transmissão elétrica)
Futuros empreendimentos imobiliários Transmissora / Comunicação Segurança pública
Unidades de Policia / Delegacia / Postos de Viatura
Região de feiras
Reservatório de Água Sanasa
Parque ecológico Antena Transmissora
Linha do trem Figura 44 - Mapa de pontos de interesse| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto
Corpos d’água Rod. José Roberto Teixeira Magalhães Rod. Francisco Von Zuben Rua Abolição
Figura 45 - Mapa de infraestrutura| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Diretrizes viárias, futuros arruamentos
Terreno do projeto
Ruas não asfaltadas Linhas Principais de Recalque emissoras ETE Samambia Ribeirão anhumas e Ribeirão Samambia
40
TFG 2021 - CAMPINAS
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
41
DIAGNÓSTICO
2.2 - DIAGNÓSTICO LEGENDA Área de ocupação irregular, ZEIS de indução, área de preservação permanente (APP) ocupada, infraestrutura precária, escassez de espaços de lazer com bons mobiliários, sem pavimentação, alta densidade demográfica e baixa renda; Falta de equipamentos de educação, infraestrutura moderada;
Área de ocupação irregular, APP ocupada em área de recorrência e suscetibilidade de Inundação;
Gabarito alto, alta renda, densidade demográfica, próximo à grandes instituições;
Área de fácil acesso a universidades com habitação unifamiliares, com gabarito baixo e acesso a infraestrutura, mobiliário. Média renda, alto índice de alfabetização;
Presença de ecoponto, serviços de infraestrutura e comunicação; via de alto fluxo; novos empreendimentos na região; conexão Campinas - Valinhos;
Áreas passíveis de expansão imobiliária - área vazia e sujeita a especulação imobiliária; Linha férrea - Barreira física. Falta de conexão viária, sem iluminação, sem sinalização, caminhabilidade precária e perigosa; Área predominantemente de habitação unifamiliares, com gabarito baixo e com acesso a infraestrutura. Média renda, alto índice de alfabetização; Vegetação degradada seguindo o Ribeirão Samambaia, que está em risco devido a sua má preservação e por falta de mata ciliar - falta de mobiliário urbano, falta de calçada, com muito mato, entulho - baixa caminhabilidade; Habitações unifamiliares, com gabarito baixo e com acesso a infraestrutura, , média renda. Alto índice de alfabetização com fácil acesso a rodovias; Área de ocupação na obra embargada, irregular Cursos d’água Figura 46 - Mapa de diagnóstico| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
Terreno do projeto DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
43
DIRETRIZES
2.3 - DIRETRIZES DIRETRIZES GERAIS HABITAÇÃO: -Requalificação das habitações precárias da região. MEIO AMBIENTE : -Criação de um Eixo verde em toda a região, através de Parque lineares ao longo dos córregos, grandes avenidas e praças. MOBILIDADE: -Requalificação de ruas e calçadas precárias. -Criação de novas vias de ligação entre bairros. EDUCAÇÃO: -Criação de novos equipamentos e programas de educação. LAZER: -Criação de novos equipamentos de lazer. -Recuperação dos equipamentos de lazer existentes.
LEGENDA Cursos d’água. Criação de mobiliário com identidade para toda a área. Propor conexões entre as vias que percebemos a necessidade de melhorar a circulação entre os bairros, assim criando um fluxo sem desvios.
Criação de um parque linear ao longo dos córregos, promovendo a recuperação da mata ciliar e a recuperação hídrica, gerando também um espaço de lazer e permanência em toda a região Criação de um parque linear ao longo das avenidas.
Linha férrea - Inserção de equipamentos de iluminação e avisos sonoros Área destinada a realocação das famílias. Requalificação das passagens de pedestres sobre a linha do trem, com sinalização, acessibilidade, pontos de permanência e mobiliários adequados.
Criação de Moradia estudantil para atender a demanda das universidades da região e coworking comunitário.
Criação de passagens de automóveis conectando os bairros que estão separados pela linha do trem.
Criação de FABLAB integrando diversos atores, promovendo novas oportunidades de emprego.
Regulamentação de vias, pavimentação, sinalização, mobiliário e acessibilidade. Criação de escolas e espaços educativos
Criação de equipamentos de cultura e lazer para estimular o convívio social e promover a integração com a comunidade.
Estudo da obra embargada para que as melhores medidas sejam dadas tanto a construção quanto para as famílias que a ocupam.
Área de risco geotecnico com recorrencia de enchentes - realocação de população.
Regularização da área junto a prefeitura e criação de um projeto de assistência técnica.
Sentido para onde as familias vão ser removidas.
Remoção das casas próximas ao córrego, recuperação da mata ciliar e criação de parque linear, realocação de famílias e criação de uma ONG.
Figura 47 - Mapa de diretrizes| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
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TFG 2021 - CAMPINAS
Criação de um parque/praça para requalificar e proporcionar espaços de permanência ao local, conectados ao parque linear.
Inserção de EcoPonto na região.
Terreno do projeto DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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IMPLANTAÇÃO URANA
2.4 - IMPLANTAÇÃO URBANA LEGENDA DA CAIXA DE FERRAMENTAS VIAS V1
- Novas vias em grandes avenidas.
L1 - Centro cultural
V2
- Novas vias locais
L2 - Praça
V3
-Via sobre a linha ferroviária
AMBIENTAL
V4
- Cruzamento de vias
A1 - Recuperação da mata ciliar
V5
- Regularização de vias
A2 - Criação do Ecoponto
CAMINHO DE PEDESTRES C1
- Adequação de calçadas
C2
- Rampa de transposição do trem
C3
- Passagem de pedestres sobre a linha do trem
EDUCAÇÃO / PROFISSIONAL E1
- Escola de nível fundamental
E2
- Centro de integração escola e comunidade
E3
- Eduação profissionalizante
E4
- Coworking comunitário
E5 - FABLAB
Terreno do projeto
A3 - Bosque A4 - Vegetação rasteira A5 - Parque linear em área de APP
MOBILIÁRIO M1 - Iuminação pública M2 - Playground M3 - Bebedouro M4 - Sinalização Vertical M5 - Ponto de ônibus
LEGENDA
HABITAÇÃO
Detalhamento do projeto urbano próximo a área do projeto Novas vias
H1 - Habitação de interesse social
Vias existentes de suporte às novas vias
H2 - Habitação estudantil
Figura 48 - Mapa de Implantação urbana| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
LAZER E CULTURA
Linha Férrea Ciclovia
H3 - Regularização de lotes
Córregos
H4 - Realocação de famílias
Áreas de Habitação a serem destinados projetos de acordo com as ferramentas
H5 - Remoção de famílias
Parque linear / Áreas permeaveis Áreas urbanas qualificadas e consolidadas
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TFG 2021 - CAMPINAS
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
47
DETALHAMENTO DO PROJETO URBANO
2.5 - DETALHAMENTO DO PROJETO URBANO PRÓXIMO
N
esse detalhamento, consta a passarela que irá fazer a conexão entre os bairros que são cortados pela linha férrea. A proposta é de criar a transposição com segurança, sinalização e dar acesso ao espaço público que atualmente a área carece de lazer. Além dessa proposta, temos na implantação todos
os projetos para melhorias da área, na qual está sendo proposto as vielas da ocupação um calçamento adequado com pedras portuguesa e a criação das vagas para estacionamentos dos veículos dos moradores na praça de frente a ocupação que também será requalificada.
Figura 49 - Mapa de Implantação urbana| Fonte: Produzido pelo autor em 2021
48
TFG 2021 - CAMPINAS
Terreno do projeto
Limites do projeto urbano
200 DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
49
C
ampinas é considerada um dos polos educacionais mais importantes do estado de São Paulo, por concentrar três entre as setenta mais bemconceituadas instituições de ensino superior no Brasil, segundo o RUF (Ranking Universitário Folha, 2019), sendo destas oito Universidades, incluindo a Universidade São Francisco, e quinze Faculdades, segundo site oficial da Prefeitura de Campinas, totalizando vinte e três instituições de ensino superior.
JUSTIFICATIVA
Este trabalho parte do princípio de experiências pessoais, com base nas viagens diárias de Monte Sião, Minas Gerais, para cidade de Campinas, São Paulo, para tornar possível a participação em aulas na Universidade São Francisco, somando quatro horas por dia apenas a caminho da faculdade, além da potencialidade acerca do tema que a cada ano se torna mais popular entre a comunidade universitária, principalmente pelos estudantes de universidades particulares, visto que estes não tem acesso a moradia gratuita oferecida pelas instituições, já que este tipo de auxílio se restringe apenas a estudantes de universidades públicas que ofertam vagas em alojamentos, quando existem. Analisando o impacto que morar em residências estudantis causa, GARRIDO (2012, p. 212) afirma que “os estudos têm revelado que estudantes que moram dentro do campus apresentam envolvimento acadêmico superior ao daqueles que vivem fora”. O “viver dentro do campus” nesse caso, representa também as moradias encontradas próximas às universidades, que oferecem contato bastante próximo ao local de estudo. Habitar em uma moradia estudantil tem muitos impactos positivos na formação do estudante. Além da criação de senso de comunidade, espaços de exercício do respeito, tolerância (SCUSSEL, 2012), também há um aumento no envolvimento em atividades de interação social e competência social e de envolvimento acadêmico. (GARRIDO, 2012)
Na área de estudo que compreende a região do bairro Jardim Santa Eudóxia, na cidade de Campinas, onde o projeto de moradia estudantil será implantado, existem três universidades particulares, sendo elas UNIP (Universidade Paulista), São Leopoldo Mandic e USF (Universidade São Francisco), configurando a região como ponto de interesse para estudantes. No entorno existem mobiliários e serviços de interesse como restaurantes, supermercados, bares, postos de gasolina e papelarias, garantindo aos estudantes e moradores da região uma grande infraestrutura de serviços, no entanto, para moradia, o custo de vida nas proximidades se torna um empecilho, uma vez que é considerado alto e existem poucas opções viáveis para moradia de boa qualidade que ofereça segurança e privacidade por um preço minimamente acessível ao morador. A proposta de uma moradia estudantil no bairro faria com que houvesse uma renovação da população, em uma área que já é valorizada. A proposta carrega consigo diretrizes de requalificação e valorização da infraestrutura existente. Alunos das universidades da região, vindos das mais variadas localidades, terão uma opção de moradia que seria compatível com sua renda, além de oferecer segurança e serviços de apoio à saúde mental. O nome dado ao complexo vem de uma homenagem a João Batista Corrêa Nery, popularmente conhecido como Dom Nery, o primeiro bispo da cidade de Campinas e responsável por avanços significativos na educação em Campinas, ele promoveu a criação da Creche Bento Quirino, da Escola Agrícola, do Seminário – atualmente sede da Universidade São Francisco, Swift - e do Colégio Diocesanos — o Liceu Salesiano. Além disso o Externato São João recebeu esse nome em sua homenagem.
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
51
4.1 - GERAIS
OBJETIVO
GERAL E
ESPECÍFICO
E
laborar um projeto de moradia estudantil para estudantes do ensino superior particular, caracterizado pelo acesso mais democrático e de baixo custo, que priorize o bem-estar social e psicológico dos seus residentes os auxiliando na progressão acadêmica e integração social. Implantada em uma região com boa infraestrutura de apoio que não oferece moradia acessível para os estudantes oriundos de outras cidades.
4.2 - ESPECÍFICOS • • • • • • •
Identificar as fragilidades dos programas de moradias existentes; Solucionar problemática da habitação para estudantes na área; Criar um projeto que esteja em conformidade com o entorno, sem gerar grandes impactos; Prever melhorias urbanas para áreas com fragilidades; Criar sistema democrático de acesso aos serviços oferecidos pela moradia; Projetar um edifício permeável e 100% acessível para seus usuários; Prever um programa com capacidade de expansão sem grandes interferências na forma final do edifício; • Incentivar o convívio social por meio de áreas livre e atividades; • Utilizar materiais ecológicos e planejar o funcionamento do edifício utilizando energia limpa.
52
TFG 2021 - CAMPINAS
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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5.1 - SITUAÇÃO
ANÁLISE DO LOTE
SELECIONADOS
D
epois de análise dos terrenos mais favoráveis, o terreno escolhido para a implantação do projeto proposto para o Trabalho Final de Graduação está localizado na esquina da Avenida Jorge Tibiriçá com a Avenida Eng. Augusto Figueiredo no bairro Jardim Santa Eudóxia no município de Campinas, com área total de 15,769.26 m² e frentes para vias coletoras, está sob a zona denominada ZM2 (Zona mista 2) e pode comportar o uso proposto por este trabalho. A testada do lote fica situada à Avenida Jorge Tibiriçá, orientada ao norte, fazendo com que sua esquina seja a área de maior incidência solar durante o ano, considerando a presença de edificações com gabarito mais alto na sua frente, atravessando a Avenida Jorge Tibiriçá. Os ventos predominantes vêm da extremidade do terreno que fica junto à divisa com as casas da rua Santana.
Á
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54
TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 50 - Macroescala e microescala da situação | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
Figura 51 - Situação do terreno | Fonte: Google Earth
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
55
5.2 - VIAS
5.3 - FLUXOS
5.4 - USO E OCUPAÇÃO
O terreno fica no cruzamento entre duas avenidas importantes, a Avenida Jorge Tibiriçá e a Avenida Engenheiro Augusto Figueiredo, classificadas como vias arteriais de alta circulação.
Levantamento feito baseado nas análises de trafego do Google nos dias 08/03 as 20h15, dia 12/03 as 10h45 e dia 14 as 19h24. E na visita realizada dia 13/03 das 14h as 17h.
A região é predominantemente residencial, com uso institucional sendo o segundo mais dominante devido as universidades, e com alguns pontos de comércio e serviço.
LEGENDA
Arteriais
Coletoras
Locais
TERRENO
LEGENDA
Alto
Médio
200m Figura 52 - Mapa de vias | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
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TFG 2021 - CAMPINAS
Leve
TERRENO
200m Figura 53 - Mapa de fluxos | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
LEGENDA
Residencial
Institucional
Comercial
5.5 - GABARITO
Vazio
Área verde
TERRENO
Levantamento feito baseado nas análises de trafego do Google nos dias 08/03 as 20h15, dia 12/03 as 10h45 e dia 14 as 19h24. E na visita realizada dia 13/03 das 14h as 17h. LEGENDA
1 a 2 Pav.
3 a 5 Pav.
6 a 10 Pav.
200m Figura 54 - Mapa de LUOS | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
11 a 15 Pav.
TERRENO
200m Figura 55 - Mapa de gabarito | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
57
A sudeste do mapa, aos fundos do terreno, estuda-se a inserção de uma rua de acesso, que atenderia as duas seções do terreno, beneficiando ambos os projetos.
A vizinhança confrontante possui características socioeconômicas distintas, a começar pela frente do terreno, logo após a travessia da Avenida Jorge Tibiriçá existe um conjunto de prédios com gabarito mais alto do que o restante do bairro, vale destacar que esses empreendimentos começaram a surgir no bairro predominantemente residencial e de gabarito baixo em 2006. Em contraste ao alto gabarito dos conjuntos residenciais, a lateral direita do terreno, acessada pela Avenida Eng. Augusto Figueiredo possui edificações com uso misto e de gabarito baixo, ocupadas majoritariamente pela classe média baixa do bairro. Logo ao lado, aos fundos do terreno de estudo, existem construções de caráter irregular e ocupadas pela classe baixa em uma espécie de vila, a rua de acesso (Rua Santana) não possui meio fio ou calçada e termina ao lado da linha férrea. Observando o terreno como colocado ao lado, segmentado em duas seções, uma destinada ao projeto de uma colega, Julia Tatiane de Campos, que estuda a implantação de um coworking público, este que servirá como um mobiliário de apoio a moradia estudantil e vice versa. Os acessos de cada seção são demonstrados pelas setas em branco.
N
Na figura também é possível identificar o uso real do solo, dado pelas cores nas edificações do entorno imediato, bem como a relação do sítio e o contexto urbano onde está inserido.
5.7 - CORTES
5.6 - CONFRONTANTES
O
terreno tem como limite frontal e lateral direito as Avenidas Jorge Tibiriçá e Eng. Augusto Figueiredo. Pelo lado esquerdo a linha férrea, em um desnível de quase 10m do nível da rua, aos fundos confronta com residências de caráter irregular e com risco de deslizamento sendo acessadas por uma rua (rua Santana) pavimentada, porém sem calçadas ou meio fio.
os cortes esquemáticos, o declive da seção onde será implantada a moradia estudantil fica evidente, sendo em sua maioria plano, apenas com um declive direcionado a sua porção sudeste e leste
Figura 56 - Mapa de situação do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021 Figura 57 - Cortes esquemáticos do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
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DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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5.8 - TOPOGRAFIA
5.10 - HISTÓRICO
A
nalisando a morfologia do terreno via imagens obtidas pelo Google Earth, pode-se constatar que o lote esteve vazio desde 2005, data do registro mais antigo disponível no mapa, apenas com vestígios de vegetação que cresceram no entorno do lote e modificações no entorno.
C
omo mencionado anteriormente, o terreno possui topografia regular e relativamente plana com exceção de um talude de aproximadamente 4 metros. Acompanhando o nível da Avenida Jorge Tibiriçá, aos fundos existe um acesso derivado da Avenida Eng. Augusto Figueiredo. É possível visualizar pela imagem ao lado a existência de um grande desnível não porção nordeste do terreno por conta da linha férrea instalada no local. Outro grande desnível ocorre ao leste, junto a um pequeno conjunto de residências da Rua Santana
Figura 60 - Evolução do lote urbano | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
5.11 - LEGISLAÇÃO
O
5.9 - CLIMA E INSOLAÇÃO Figura 58 - Topografia do terreno | Fonte: Prefeitura de Campinas
s parâmetros urbanísticos definidos pela Lei complementar nº 208, de 20 de dezembro de 2018 que dispõe sobre parcelamento, ocupação e uso do solo no município de Campinas, se referem ao gabarito de altura máxima permitida para as edificações, aos afastamentos, à área construída, à taxa de ocupação, ao coeficiente de aproveitamento e à taxa de permeabilidade do lote urbano. A NBR 9050 traz critérios e parâmetros para projeto, construção, instalação e adaptação de equipamentos e espaços, para que este seja acessível para todos. A norma regula o dimensionamento de circulação, rampas e ambientes para que estes sejam totalmente acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida. Na lei é considerada a medida de 0,80m x 1,20m como a projeção de uma cadeira de rodas, portanto, ao projetar ambientes devese verificar a circulação usando essa medida, garantindo seu acesso.
C
ampinas é uma cidade situada no oeste do estado de São Paulo, possui clima tropical de inverno seco, com maior periodo de chuvas durante os meses de dezembro e março, os ventos dominantes são da região sudeste. No sítio de estudo, as áreas de maior incidência solar estão orientadas às Avenidas Jorge Tibiriçá e Engenheiro Augusto Figueiredo e os ventos dominantes vindos do sudeste, cortam o terreno na diagonal.
Já a NBR 9077 estabelece medidas e critérios para o dimensionamento de saídas de emergência, planejamento de rotas de fuga e projetos de prevenção a incêndios em escadas. Levando em consideração aspectos como materialidade, uso e dimensão da edificação, a norma prevê a imposição rotas de fuga levando a saídas de emergência e acesso a escadas devidamente protegidas por portas corta-fogo e antecâmaras.
Visando o maior conforto térmico nas edificações, serão adotadas as diretrizes projetuais que visam aberturas médias sombreadas, o que garante ventilação adequada no verão e insolação no inverno, também são indicados alvenarias de vedação leves e refletoras e coberturas isoladas, como estratégia passiva é indicada a ventilação cruzada no edifício.
Figura 61 - Diagrama de siituação do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
Figura 59 - Diagrama climático do terreno | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
60
TFG 2021 - CAMPINAS
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
61
5.14 - FINANCIAMENTO
5.13 - JUSTIFICATIVA
5.12 - LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
O
O
terreno escolhido tem uma área total de 15,769.26 m², que pode ser considerada grande e pode comportar um projeto com médio impacto, visto que está inserido na ZM2, zona que permite grande quantidade de usos, e na esquina de duas avenidas, conta ainda com uma linha de trem ao lado esquerdo (perspectiva de quem vê pela Av. Jorge Tibiriçá). Possui ótima acessibilidade e está localizado em uma área com fluxo médio para alto de veículos, sua topografia é relativamente plana, com a presença de grande talude mais alto que ocupa metade do terreno, contudo, somando as justificativas anteriormente citadas a principal razão da escolha dessa área é a localização próxima de três Universidades instaladas nas proximidades, sendo elas a UNIP - Universidade Paulista, Universidade São Leopoldo Mandic e USF - Universidade São Francisco, por ordem de proximidade. São universidades que atraem grande quantidade de estudantes de diversos históricos e localidades, nos três horários do dia, garantindo acesso de milhares de estudantes à área diariamente, seja através de transporte público, privado ou fretado.
Figura 62 - Vista da Av. Jorge Tibiriçá observando a porção noroeste do terreno | Fonte: Google Maps
Figura 64 - Vista da Av. Eng. Augusto Figueiredo observando a porção sudoeste do terreno | Fonte: Google Maps
UNIP MANDIC GABARITO ALTO
EXTRA
LOCAL
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US
TO
Figura 63 - Vista da esquina das Av. Jorge Tibiriçá e Av. Eng. Augusto Figueiredo observando a porção oeste do terreno | Fonte: Google Maps
62
TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 65 - Vista da Rua Santana observando as casas confrontantes à sudeste do terreno | Fonte: Google Maps
USF
FI
GU
EI
plano de financiamento e manutenção da Moradia Estudantil Dom Nery deriva de iniciativa privada aliada a políticas públicas e particulares por parte da prefeitura e instituições de ensino, respectivamente. Inicialmente o projeto seria inteiramente dedicado a estudantes que pudessem se manter na moradia pagando um aluguel, que por ser mais atrativo em relação aos preços do mercado na região, ainda sim acarretaria num comprometimento de renda, podendo ser inviável aos estudantes. Nesse estudo, também são levadas em consideração as condições atuais da Moradia Estudantil da UNICAMP, que hoje em dia se encontra totalmente ocupada, abrindo a possibilidade entre um consórcio entre o governo do estado e a iniciativa privada que mantém a Dom Nery, ampliando assim, ainda mais o alcance da moradia e servindo como modelo para os próximos empreendimentos de mesmo caráter. Também foi estudada a possibilidade entre um acordo entre a Prefeitura Municipal de Campinas e as instituições de ensino interessadas, onde a prefeitura poderia custear parte da mensalidade da moradia para alunos que as universidades julgassem competentes para tanto, tais como alunos bolsistas, alunos com rendimento acadêmico acima da média e alunos que prestam algum tipo de serviço à instituição, isso tudo pode ser visto como um programa de incentivo aos estudantes e beneficiaria uma grande parcela de possíveis moradores da Dom Nery. Não podemos esquecer de citar que as propostas de financiamento provêm da necessidade de trazer esse projeto o mais próximo possível da realidade, beneficiando ao público e se tornando minimamente viável. O projeto deve atender aos estudantes de forma mista, os que desejam ingressar de forma particular deverão se submeter ao pagamento do aluguel mensal sem descontos, já aqueles que pretendem usufruir de bolsa moradia deverão se dirigir a administração de sua instituição de ensino e se candidatar para uma vaga. Os alunos da UNICAMP que desejam se candidatar a uma vaga na Dom Nery terão que, do mesmo modo, checar a viabilidade e elegibilidade junto a administração da Universidade.
RE
DO
Figura 66 - Mapa de localização do terreno em relação ao entrono | Fonte: Elaborado pelo autor em 2021
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
63
PROJETOS DE REFERÊNCIA
Por mais que a necessidade de soluções originais dentro da arquitetura seja muito pertinente, replicar e estudar métodos já propostos e comprovados é uma maneira de se obter resultados tão satisfatórios quanto aqueles que foram fruto da pura inspiração. O embasamento conceitual e técnico para o desenvolvimento desse trabalho provém a priori do estudo e análise de projetos reunidos nesta seção, levando em conta seu contexto histórico, programa de usos, concepção formal, conformidade com a topografia, soluções construtivas e materialidade. Serão os projetos: Moradia Estudantil da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) de Osasco, Residencial Estudantil da UNICAMP e a Moradia Olympe de Gouges.
imaginar significa recordar aquilo que a memória escreveu dentro de nós em confronto com as exigências e as condições, mas também elevar as exigências e as condições ao nível da sua real complexidade, e por fim restituí-las na simplicidade oblíqua do projeto. (Gregotti APUD Siza,2012, p.13)
6.1 - MORADIA ESTUDANTIL DA UNIFESP OSASCO. FICHA TÉNCICA Arquitetos: Albuquerque + Schatzmann arquitetos Ano: 2015 Local: Osasco, São Paulo Área: 8.988,00 m²
Figura 67 - Fachada da Moradia Estudantil da UFIFESP Osasco 2015
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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N
a construção do complexo de moradias, o conceito primário foi a racionalidade adjunto da flexibilidade, priorizando o uso de materiais e sistemas construtivos inteligentes, visando agilidade, durabilidade, fácil manutenção e segurança. Todo o projeto é ordenado no módulo de 1.20m que define estrutura, fechamentos e espaços. O programa de necessidades do empreendimento é relativamente extenso, garantindo aos moradores uma ampla infraestrutura de serviços, contendo ao todo 29 itens, sendo eles: Quadra poliesportiva, praça, cineclube e miniteatro, biblioteca, ateliê, jardim, hall (escada e elevador), academia, cozinha central, espaço multiuso, sala de jogos, dormitórios, manutenção, administração, segurança/ bombeiros, depósito de lixo, medição de energia, entrada de energia, copa terceirizados, descanso terceirizados, banheiro, lavanderia central, bicicletário, reservatório de água, depósito central, vestiário terceirizados, caixa d’água, estacionamento visitantes.
A
racionalidade e a flexibilidade estão ligadas diretamente com a necessidade de pensar o complexo de forma sustentável. O tempo de vida útil da edificação está garantido no emprego de materiais duráveis, no uso de técnicas industriais e na universalidade da planta tipo – possibilitando versatilidade futura de uso. A préfabricação e a coordenação dimensional minimizam as perdas e desperdícios na produção. Espaço
Figura 68 - Implantação esquemática da moradia estudantil 2015.
Área (M²)
Uso privativo
F
inalista do concurso da UNIFESP, tem como proposta a construção de um complexo de moradia estudantil na cidade de Osasco, o projeto foi desenvolvido pela equipe do escritório Albuquerque + Schatzmann em parceria com os arquitetos Diego Tamanini e Felipe Finger, no ano de 2015.
Área (m²)
Quartos Individuais
8,64
Autosserviço quartos individuais
23,05
Quartos Dupla
17,28
Autosserviço quartos dupla
23,05
Quartos família
43,20
Autosserviço quartos Família
(incluso)
Figura 71 - Planta esquemática do dormitório 2015.
Figura 72 - Isométrico do dormitório 2015.
Áreas técnicas
Espaço estar
25,90
Bicicletário
43,20
Espaço de estudo
14,40
Cabine energia
12,60
Reservatório de água
18,00
Uso coletivo geral
Figura 69 - Planta esquemática do térreo da moradia estudantil 2015.
Espaço Uso coletivo imediato
Uso coletivo intermediário
Os arquitetos projetaram o edifício de forma que houvesse pouca interferência na topografia existente, ao fazer isso, foi criado um prédio que aparenta leveza e permeabilidade, onde o usuário se sente convidado a adentrar e usufruir do ambiente construído. No contexto urbano, o projeto configura dois acessos em dois níveis diferentes, fazendo com que haja facilidade no acesso da rua, as três torres não fogem do gabarito próximo, se limitam a seis pavimentos.
Figura 70 - Planta esquemática do pavimento tipo da moradia estudantil 2015.
Hall de acesso
4,60
Depósito
20,00
Espaço multiuso
124,01
Manutenção
45,10
Biblioteca
191,00
Sala de ADM
22,55
Cineclube
173,00
Sala de segurança
16,00
Sala de jogos
124,00
Vestiário
43,00
Ateliê
43,00
Copa
35,00
Cozinha central
90,00
Descanso
40,00
Lavanderia
50,40
Dep. Lixo
16,00
Banheiro
21,40
Banheiro
20,00
Área total construída – 8.988,47m² Figura 73 - Elevação esquemática da moradia estudantil 2015.
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DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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6.2 - MORADIA ESTUDANTIL DA UNICAMP. FICHA TÉNCICA Arquitetos: Joan Villá Ano: 1989 Local: Campinas, São Paulo Área: 22.000,00 m²
Figura 75 - Vista esquemática da moradia estudantil 2015.
Figura 74 - Vista esquemática do térreo da moradia estudantil 2015.
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TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 76 - Vista da fachada da moradia estudantil da UNICAMP por Nelson Kon
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
69
Figura 79 - Vista da moradia estudantil da UNICAMP por Nelson Kon
Figura 78 - Planta esquemática do térreo da moradia estudantil.
P
rojetado por Joan Villà, na década de 90, com grande apelo a relação com o contexto urbano, utilizando de técnicas construtivas modernas e vanguardistas, este importante projeto está situado no bairro de Barão Geraldo, dentro da cidade universitária da Universidade Estadual de Campinas. Sua história começou nos laboratórios da UNICAMP coordenados pelo arquiteto, onde os alunos sob sua orientação desenvolveram painéis aramados com tijolos furados, pesando no máximo cem quilos, facilitando seu transporte e instalação. A construção da moradia começou no ano de 1992 em um terreno ligeiramente inclinado e com potencial ambiental, tendo a participação de estudantes que na época ocuparam a universidade em reivindicação de seus direitos. O complexo de 22.000m² construído em sistema modular e escalonado, permite criar residências compartilhadas para dois ou quatro estudantes, com três cômodos e um pátio de acesso ajardinado, com grandes parques, pequenos recintos arborizados para reunir-se a comer ou estudar, ruas para pedestres e pátios comunitários, terraços em cada unidade, além de muitos espaços dedicados a usos comunitários da residência.
70
TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 77 - Mapa espacial da distancia entre a moradia da UNICAMP e a Moradia Estudantil Dom Nery
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
71
O
desenho triangular é formado por quadrados (modulação 4,05x4,05 m) dos três ambientes internos de cada unidade. Estes quadrados modulares reafirmam a implantação modular. Na base são quinze módulos térreos. quadrados, com o seguinte ritmo: um cheio (alvenaria), um aberto (pátio da unidade), um cheio e um pátio maior para cirulação vertical. Na segunda fileira são treze módulos, sendo os da extremidade térreos e os onze restante assobradados. Na terceira fileira de nove módulos estão o encontro entre as unidades assobradas que estão de frente para a base. Este encontro se dá alternando um módulo que tem frente pra base, um pátio e um módulo das unidades que tem frente para o vértice. O pátio faz ligação entre as duas frentes, tendo acesso por ambos os lados, estabelecendo a conexão entre ambas configurando assim um jogo de cheios e vazios, com caimentos das coberturas de uma água sempre para o lado de fora da unidade. (DUALIBI,2013)
Figura 80 - Vista esquemática do térreo da moradia estudantil.
O programa da moradia é simples e conta com unidades replicadas pelas quadras de forma que algumas ficassem no térreo e outras no pavimento acima, sendo acessadas por uma escada externa que protege a entrada da unidade inferior (Figura 39). Cada apartamento é ventilado por amplas janelas e contam com bancadas de concreto em suas bases.
Setor
Compartimento
Quantidade
Íntimo
Quarto para 4 alunos
226
Quarto estúdio
27
Centro de convivência
4
Salas de estudo
13
Quadra poliesportiva
1
Social
Esportivo
Figura 82 - Tabela de usos da moradia.
72
Figura 81 - Vista da moradia estudantil.
TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 83 - Vista aérea da UNICAMP
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
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6.3 - MORADIA ESTUDANTIL OLYMPE DE GOUGES. FICHA TÉNCICA Arquitetos: PPA Architcture Ano: 2017 Local: Toulouse, França Área: 14.641,00m²
E
sta referência internacional projetada pelo escritório PPA Architcture em 2017 e está localizado na cidade de Toulouse, na França. O complexo atende a Universidade de Paul Sabatier. A moradia estudantil conta com 48 quartos por pavimento, além de área de apoio para limpeza e sala de estudo. Os quartos são todos individuais e possuem uma pequena copa e um banheiro. Existem armários para apoio distribuídos na circulação dos andares. A circulação vertical acontece a partir de 4 escadas. Existem 615 alojamentos para estudantes e 3 apartamentos para funcionários divididos em dois edifícios. O programa consiste na demolição de um complexo antigo e reconstrução de 615 alojamentos estudantis, 3 apartamentos para funcionários, edifício comunitário e paisagismo da universidade, construído em técnica modular e seca, sua construção foi rápida e eficaz gerando pouco impacto na rotina dos estudantes, o exterior do prédio é coberto por painéis brancos onde o observador não identifica o que é parede e o que é janela, conferindo a fachada um movimento orgânico.
Setor Íntimo Serviço
Social
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Figura 84 - Vista da fachada da moradia estudantil.
Compartimento Quarto individual Banheiro do quarto Armários Apoio Correio Bicicletário Sala de estudo Sala DIY Lazer social Frisbee Quadra de basketball Espaço de festa Lazer ao ar livre
Figura 85 - Implantação da moradia estudantil.
Área 16,37m² 1,82m² 10,75m² 16,79m² 15,95m² -
Figura 86 - Vista esquemática do átrio da moradia estudantil.
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
75
A
planta da moradia estudantil Olympe de Gouges é simétrica e conta com fluxo continuo em todos os corredores, as escadas e áreas de uso comum dedicadas aos moradores e funcionários ficam nas extremidades inferiores do grande átrio central, com vista pra um grande jardim no térreo. Todas as unidades da moradia são iguais, sendo multiplicadas de forma dupla espelhada para favorecer o eixo hidrossanitário da planta, as escadas são dispostas nos dois corredores mais amplos com vista ao átrio e também em módulos protegidos em ambientes nas extremidades interiores da planta. Com essa modulação de unidades, a planta tipo conta com 48 apartamentos, distribuídos de forma que 38 unidades tenham vista para o exterior do prédio e 10 tenham vista para o átrio central. Cada apartamento possuí mobiliário para dar suporte ao morador, com armários embutidos e bancada multiuso, os apartamentos são compactos, de fácil manutenção e econômicos.
Figura 87 - Planta do pavimento tipo da moradia estudantil.
Figura 88 - Desenho esquemático da distribuição interna dos dormitórios.
76
TFG 2021 - CAMPINAS
Figura 89 - Vista isométrica do dormitório.
Figura 90 - Foto da distribuição da bancada do dormitório.
Figura 91 - Vista esquemática da implantação do edifício.
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
77
PROJETO
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
79
7.1 - CONCEITO E PARTIDO
O
conceito do projeto será a representação de uma relação paradoxal entre o sólido e o permeável, mostrando o choque das duas ideias opostas. A princípio, o projeto visa a integração dos seus serviços juntos às instituições de ensino superior, o que se estende ao projeto do coworking que estará situado ao lado, na porção vizinha do terreno de estudo. A proposta é criar um edifício que proporcione ao seu usuário a sensação de hospitalidade, criando um ambiente seguro e acolhedor. Aliada a regularidade da planta está a modularidade dos ambientes, que juntas formarão um complexo funcional e com qualidade plástica. A leveza, trabalhada em cores e materiais contrastará com a brutalidade no emprego do concreto aparente, proporcionando ambientes próprios para a moradia, convívio social e estudo. No que se refere a concepção do projeto, o estudo preliminar da implantação do edifício se baseia na necessidade de atender ao seu público alvo oferecendo moradia de qualidade e serviços de suporte necessários. A moradia oferece ambientes, antes de tudo acessíveis, onde haja troca de conhecimento e construção do espírito de comunidade, visando o respeito das diferenças. Os ambientes de uso privativo valorizam a privacidade e individualidade dos residentes, havendo a opção de customização do espaço com mobiliários reconfiguráveis, o dormitório será um ambiente fácil de ser limpo e mantido pelo seu ocupante, uma vez que partirá do indivíduo a responsabilidade da manutenção em ordem de estadia. Para tanto, o projeto visa a versatilidade e permeabilidade controlada do ambiente construído, seguindo conceitos ecológicos contemporâneos de construção e funcionamento para que seu impacto ambiental seja reduzido.
80
TFG 2021 - CAMPINAS
7.2 - PROGRAMA DO PROJETO Como partido, a planta do edifício seguirá linhas ortogonais e racionais em ambientes de moradia e serviços, representando a ordem, individualidade e a rotina na vida pessoal, fatores importantes para o melhor desempenho na vida acadêmica. Os ambientes coletivos e de estudo, por sua vez, as linhas uma vez ortogonais se transformarão em linhas orgânicas, representando a liberdade, comunidade e a criatividade, essenciais na produção intelectual individual ou em grupo. A acessibilidade no edifício é tida como ponto primordial, desde o acesso pela rua até o acesso individual aos dormitórios e espaços coletivos. O prédio conta com elevadores e rampas, possibilitando o acesso funcional em todo o conjunto, vale ressaltar que estes métodos também serão aplicados nas áreas de lazer esportivo e serviços. Tendo em vista o corpo legislativo e o sítio onde será implantado o projeto, o complexo será disposto de forma verticalizada com galerias horizontais, a fim de melhor aproveitar o espaço e criar acessos otimizados, no entanto o edifício respeitará o gabarito do entorno, não ultrapassando seis pavimentos em seu ponto mais alto, servindo como incentivo a redução do gabarito global da região. A implantação proposta visa o mínimo de alteração na topografia, intervindo somente em pontos que possam se tornar críticos ou de extrema importância. Dentro da ideia de construção ecológica, vale salientar que os espaços e equipamentos de uso privado serão construídos com materiais certificados e que garantem reciclagem, sempre com instruções para orientar o usuário de forma que o mesmo contribua para a manutenção do ambiente construído. Ainda no que se refere a ecologia, o pátio térreo será revestido com piso drenante, com cuidado especial ao paisagismo, visto que será o acesso principal do complexo, pelas avenidas Jorge Tibiriçá e Engenheiro Augusto Figueiredo. O terraço do edifício, que servirá como mirante e espaço de socialização, adotará o teto verde, descartando a cobertura tradicional e contribuindo para o conforto térmico da edificação.
A
princípio, o projeto visa a integração dos seus serviços juntos às instituições de ensino superior, o que se estende ao projeto do coworking que estará situado ao lado, na porção vizinha do terreno de estudo. A proposta é criar um edifício que proporcione ao seu usuário a sensação de hospitalidade, criando um ambiente seguro e acolhedor. Aliada a regularidade da planta está a modularidade dos nidade, visando o respeito das diferenças.
Pedagogia Psicologia Terapia Enfermaria
SETOR DE SAÚDE E APOIO 1 10,00 Sala de apoio o pedagógico. 1 10,00 Sala de apoio o psicológico. 1 10,00 Sala de terapia. 1 10,00 Sala equipada com itens de primeiros socorros.
B.W.C. TOTAL
2 8
Lavanderia cental Banheiros Vestiários Central de limpeza
Programa de necessidades Compartimento Dormitório tipo 01 - Loft TOTAL
Quant. (un.) 115 115
SETOR PRIVATIVO Área (m²) Descrição 60,00
Cozinha, jantar, espaço para estudo, dormitório, B.W.C. e varanda
6900,00
Recepção
SETOR ADMINISTRATIVO 1 30,00 Área com cadeiras de espera e balcão de controle
Administração Arquivo Guarita TOTAL
1 1 2 5
Espaço de convivência
SETOR SOCIAL E ESPORTIVO 2 30,00 Ambiente de estar com mobiliário configurável.
Biblioteca Salas de estudo
1 6
20,00 10,00 10,00 80,00
200,00 5,00
Mirante (Terraço verde)
Espaço com 02 estações de trabalho Sala com armários de arquivo Controle de acesso na entrada do edifício
Biblioteca com acesso público. Salas com mesa e cadeira anexas a biblioteca.
3,00 66,00
Banheiros PNE.
SETOR TÉCNICOS E DE SERVIÇOS 1 50,00 Lavanderia automatizada. 6 10,00 Banheiros nos espaços coletivos. 1 20,00 Vestiários de apoio aos usos esportivos. 2 10,00
D.M.L Depósito
6 1
10,00 20,00
Depósito de material de limpeza Depósito geral.
Central de água Central de internet e câmeras (T.I.)
1 1
10,00 10,00
Sala de controle da água. Sala de controle de internet e circuito CTV.
Central de lixo
1
20,00
Reservatórios
1
Estacionamento
1
3000,00
Área coberta com 139 vagas, seguindo os parâmetros estabelecidos pela Lei Complementar nº 208, de 20 de dezembro de 2018
Sala de terceirizados
1
80,00
Sala de estar para funcionários terceirizados.
Vestiários de terceirizados TOTAL
1 27
30,00 400,00
274
10.980,00
TOTAIS
Reservatórios de abastecimento.
Vestiário para funcionários terceirizados.
Terraço livre no telhado do edifício.
Sala de cinema
1
60,00
Sala para exibição de mídia sujeito a reserva.
Salas multiuso
9
30,00
Salas com uso configurável pelos ocupantes.
Quadra poliesportiva
1
TOTAL
34
Quadra poliesportiva para uso dos moradores. 620,00
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
81
7.3 - FLUXOGRAMA
O
s acessos principais do complexo derivam das avenidas Jorges Tibiriçá e Engenheiro Augusto Figueiredo para a praça central, que distribui os fluxos pelo prédio. A torre de circulação central é a responsável pela conexão dos volumes
7.4 - PLANO DE MASSAS principais com o restante do terreno, a escada rampa depois da torre de circulação liga a praça central com a biblioteca no nível inferior.
O
s volumes foram pensados de forma que o prédio pudesse criar uma praça central, como se um bloco tivesse sido dividido em dois com uma torre os ligando ao chão, o volume da biblioteca entra abaixo do nível principal com acesso em nível pela avenida Engenheiro Augusto Figueiredo. Todos os usos administrativos e de serviço estão localizados no térreo.
Figura 94 - Plano de massas
Figura 92 - Fluxograma
SOCIAL
ADMINISTRAÇÃO
CIRCULAÇÃO
SERVIÇO
BIBLIOTECA
PRIVATIVO
GARAGEM
Figura 93 - Evolução formal
82
TFG 2021 - CAMPINAS
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
83
ENTRADA SECUNDÁRIA
4.67 10.00
5.00
0.00
A
-7.45
ENTRADA DA BIBLIOTECA
AVENIDA ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
U
0.00
5.00
5.00
17 5.00
18 5.00
19 5.00
20 5.00
21 5.00
22 5.00
5.00
84
TFG 2021 - CAMPINAS
10
ESCALA GRÁFICA
20
30
40
50 1:500
5.00
5.00
5.00
20.00
3.00
2.71
19.01 6.12
D
8.91
D
-7.32
S 21
12
D
1.99
15.00
15.00
5.00
D
6.00
3.00
14.30
O
13
13
S 13
18
06
13
13
13
13
D
1.90
22.62
15.00
14
06
06
21 -7.83
0.30 0.30
06
C
12.92
15
15
13
17
16
S D
4.00
9.85
30.15
15.00
13.62
16.38
7.75
0.15
12.93
12.53
18.37 2.00
4.90
3.75
D
13
2.07
P 5.00
4.65
R
B
S T
14.85
10.00
10.00
18.37
-7.93
0.05
7.75
21.62
20
16.50
2.81
16.00
D S
22
21
10.00
2.55
9.25
08
2.10
C
3.15
1.88
S AÚ D E
05
0.15
N
Q
5.00
28
27
2.07
10.01
M
26
21
2.35
L
5.00
2.00
08
21.10
K
25
2.10
J
07
06
06
49.38
2.35
6.61
19
ENTRADA ESTACIONAMENTO
11
2.10
14.40
0.30
10
09
04 06
06
06
06
1.30
5.00 5.00
10.01
21.44
ENTRADA SECUNDÁRIA
A
0.00
AVENIDA ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
-7.45
ENTRADA DA BIBLIOTECA
0.00
U
0
0
24
23
3.56
16.38
5.00
B
13.62
D
3.56
5.00
S T
15.00
12.53
12.93
30.15
9.85
7.75
18.37
7.02
R
14.85
14.30 4.90
2.00
5.00
5.00
5.00
Q
10.00
5.00
16
S SO
P
15
A
03
4.67
20.21
5.00
TELHAS METÁLICAS i=10%
5.00
14
ACE
07
01
5.00
13
DE
O
5.00
12
RUA
5.00
N
D
I
20.21
12.08
S
7.02
C
11
06
01
10.00
-8.01
48.82
2.10
3.20
34.27
04
06
8.99 4.90
2.35
11.73
20.00
D
ENTRADA PRINCIPAL
15.00
16.35
22.62
03
05
4.55
16.50
16.00
3.20
5.00
02
VIA DE DESACELERAÇÃO
12.89
5.00
7.67
5.00
6.02 9.06
3.20
5.00
10
B
21
5.00
1.88
D
5.00
09
71.24
C
5.00
08
5.00
08
16.63
5.00
2.55
5.00
3.15
2.10
2.35
10
2.35
5.00
C
ENTRADA PRINCIPAL
5.00
0.00
5.00
07
19 - Caixa d’água 20 - Terraço verde 21 - Torre de circulação 22 - Praça central
-9.09
B
73
0 74
14.40
02
55.90
5.00
06
13 - Sala multiuso 14 - Academia 15 - Vestiário 16 - Hall do cinema 17 - Cinema 18 - Quadra poliesportiva
-0.51
5.00
09
21.44
21.00
5.00
05
2.08
A
-9.09
A
28.27
5.00
5.00
04
8.99
5.00
03
12.23
5.00
02
14.55
5.00
20.00
5.00 5.00 5.00
10.00
L
5.00
01
28
27
2.10
5.00
26
2.08
5.00
25
2.00
5.00
24
23
07 - Sala de segurança / T.I. 08 - Terapia / Psicologia 09 - Enfermaria 10 - Pedagogia 11 - Apoio a lavanderia 12 - Lavanderia central
2.35
5.00
22
3.75
5.00
21
10.40
5.00
20
71.24
5.00 5.00
5.00
19
D
K
5.00
5.00
18
TELHAS METÁLICAS i=10%
J
M
5.00
17
9.25
7.67
5.00
B
16.63
D I
5.00
16
5.00
5.00
15
5.00
5.00
14
5.00
13
5.00
5.00
12
5.00
5.00
11
5.00
5.00
10
-0.14
C
AVENIDA JORGE TIBIRIÇA
5.00
09
-0.51
B
7.5 - IMPLANTAÇÃO GERAL
5.00
08
01 - Recepção / Hall 02 - Arquivo 03 - Administração 04 - Sala dos terceirizados 05 - D.M.L. 06 - Banheiro
5.00
5.00
07
5.00
5.00
06
AVENIDA JORGE TIBIRIÇA
5.00
05
2.81
A
5.00
04
7.6 - PLANTA PAV. TÉRREO (NÍVEL 0,30)
5.00
03
06 - Escada-rampa 07 - Quadra poliesportiva 08 - Guarita 09 - Caixa d’água 10 - Faixa de desaceleração
0 73
02
01 - Prédio 01 02 - Prédio 02 03 - Torre de circulação 04 - Terraço verde / Biblioteca 05 - Praça central
5
01
LEGENDA
N
N
LEGENDA
10
ESCALA GRÁFICA
20
30
40
50 1:500
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
85
5.00
5.00
5.00
01
5.00
A
5.00
3.15
B
2.35
O 24.25
5.00
04
5.00
P
-4.50
55.64 10,00
56.14
17.92
03
23.84
S
04
03
Q R
A
10.00
-4.50
5.24 -7.12
25.50
5.00
B
3.71
5.00
03
S
B
T
5.00
5.00
11 5.00
12 5.00
14
13 5.00
5.00
15 5.00
A
16
17
5.00
18
5.00
5.00
19 5.00
20 5.00
21 5.00
71.24
5.00
01
5.00
10
6.62
22
S D
D
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
5.00
01 48.67
5.00
86
TFG 2021 - CAMPINAS
10
ESCALA GRÁFICA
20
30
40
50 1:500
5.00
25 5.00
26 5.00
28
27 5.00
5.00
07
DS
D 15.00
3.20
18.66
37.24
5.00
J 01
K 5.00
1.85 5.00
L M
D S
3.20
4.55
C
C 22.22
33.67
3.20
48.67
5.00
10.01
N O P
2.52
S D
01
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
03 04
04 03
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
05
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
06
17.71
30.00 86.36
Q
SD
13.54
15.00
R S
12.23
16.38
30.00
A
B
T U
0
0
24
23
5.00
27.14
06
5.00
04
5.00
09
2.62
5.00
05
5.00
08
5.00
12.77
04
5.00
23.29
N
06
23.54
5.00
7.95
04
5.00
07
5.00
C
S
13.90
5.00
7.50
C
5.00
06
5.00
02
I
5.00
23.78
S
5.00
05
5.00
7.8 - PLANTA PAV. TIPO (NÍVEL 4,30)
4.65
4.65 16.00
07
S
2.81
11.27
PNE
2.81
48.90
49.40
5.00
S
8.91
5.00 5.00
ESTACIONAMENTO 139 VAGAS
PNE
09
15.15 2.14
04
C
D
18.86
L M
5.00
D
21.71
PNE
K
14.15
13.65
D
9.25
5.00
-3.20
08
03
A
10 21.64
-4.57
J
02
14.55
5.00
28
27
77.35
D 5.00
5.00
26
-8.18
77.86
C
I
5.00
25
11.44
5.00
24
23
22.77
5.00
22
6.12
5.00
21
13.67
20
7.55
5.00
19
8.73
5.00
18
3.64
10.00
5.00
17
2.81
8,00
B
5.00
16
2.70
5.00
15
2.70
5.00
14
10.08
5.00
13
23.73
5.00
12
2.70
5.00
11
7.45
5.00
10
13.50
5.00
09
6.05
5.00
08
4.60
5.00
B
5.00
07
5.00
7.7 - PLANTA PAV. INFERIOR (NÍVEL - 4,50)
5.00
A
5.00
06
05 - Dormitório 06 - Varanda 07 - Caixa d’água
7.67
5.00
05
01 - Circulação 02 - Cozinha 03 - Closet 04 - Banheiro
14.40
5.00
04
5.00
5.00
03
09 - Guarita 10 - Caixa d’água
5.00
02
05 - Administração 06 - D.M.L. 07 - Torre de circulação 08 - Garagem
7.92
01
01 - Hall de acesso a moradia 02 - Biblioteca 03 - Banheiro 04 - Sala de estudo
LEGENDA
N
N
LEGENDA
10
ESCALA GRÁFICA
20
30
40
50 1:500
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
87
TELHADO METÁLICO
CIRCULAÇÃO PRINCIPAL CORREDOR
COZINHA
CLOSET
DORMITÓRIO
SHAFT PARA INFRAESTRUTURA E VENTILAÇÃO
COZINHA
2,50
4,75
PORTA DE CORRER 0,80 X 2,10
R CO
Corte 1
PORTA DE CORRER 0,80 X 2,10
2,10
DORMITÓRIO E OFFICE
CLOSET
COZINHA E JANTAR
PORTA DE ABRIR 1,00 X 2,30
ÃO CIRCULAÇ L A IP C PRIN
CLOSET
COZINHA
PRÉDIO 1
ESC: 1 : 50
VENEZIANA REGULÁVEL
10
Laje
2,30
2,13
2,10
1,20
2,30
1,60
28
50
2,80
15
Piso
PLANTA BAIXA Corte 1
0,00
7.10 - CORTES 3D
REVESTIMENTO ATÉ O TETO
IREDO
Figura 95 - Corte 3D de uma seção geral do complexo
DORM.
VENEZIANA REGULÁVEL
FIGUE
CORTE 3D 01
VARANDA
VENEZIANA REGULÁVEL
USTO
GARAGEM
PLANTA BAIXA TÉRREO ANTEPROJETO BRISE METÁLICO REVESTIDO EM FOLHA DE MADEIRNA NATURAL
ACESSO SECUNDÁRIO
PRAÇA PRINCIPAL
Corte 1
3,00
1,20
AV. EN G. AU G
R
O RED
2,50
PORTA DE CORRER 0,80 X 2,10
VARANDA
7.9 - APARTAMENTOS
B.W.C.
B.W.C
4,75
4,75
PORTA DE CORRER 4,75 X 2,30
GUARDA-CORPO H=1,10M
DORM.
1,90
3,27 5
A PRAÇ
L
CIPA
PRIN
M
E RAG
GA
GU
AR
BIBLIO TECA
O
AÇ TERR
IM JARD
A
A MP
AR AD
DA -
CO
RP
O
DE
VID
RO
ESC
PAINEL DE VIDRO LAMINADO LOW-E ESCADA METÁLICA
ESC: 1 : 50
CORTE 3D 02
Figura 96 - Corte 3D de uma seção dupla do complexo
88
TFG 2021 - CAMPINAS
CORTE 3D 03
Figura 97 - Corte 3D de uma seção do sistema de circulação
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
89
TFG 2021 - CAMPINAS
concepção do projeto. O paviemnto subsolo possui área construída consideravelmente maior que o térreo e os pavimentos tipo, isso devido a garagem que sozinha ocupa 3.010,20m² de área construída e esta situada logo abaixo da praça de entrada.
AV. JORGE TIBIRIÇÁ
AV. JORGE TIBIRIÇÁ
7.11 - ESTRUTURA 90
AV. ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
PLANTA DE EIXOS NÍVEL TÉRREO E DOS PAVIMENTOS TIPO
A
planta de eixos contempla a distribuição racional da estrutura mista do complexo, com grandes colunas cilíndricas de concreto, laje nervurada em concreto armado de alta resistência e estrutura metálica com steel deck, a estrutura suporta vãos de até dez metros e se enquadra na malha 5x5m que serviu de base na
a estutura aparente geraria na estética do edifício foi considerada e tratada intencionalemte para que refletisse o o conceito estrutural do complexo, o concreto aparente e as linhas ortogonais serviram como apoio na construção da linguagem estrutural/utilitasrista/estética do prédio.
7.11 - ESTRUTURA
T
odo o projeto da moradia estudantil Dom Nery foi pensado desde o início dentro de uma grade de eixos de cinco em cinco metros, o que padronizou a distribuição arquitetônica, o uso dos espaços e a plástica final do prédio. Desde o inicio dos esboços, o impacto que
AV. ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
PLANTA DE EIXOS NÍVEL INFERIOR (GARAGEM E BIBLIOTECA) DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
91
NÚCLEO DE CONCRETO
N
a vista isométrica é possivel notar a malha formada pelas vigas que formam a laje nervurada e a distribuição dos pilares de concreto, no detalhe 01 vemos uma ampliação do núcleo que sustenta a passarela e as escadas, ambas de estrutura metálica. O elevador está localizado no mesmo núcleo, em uma caixa de concreto armado. O detalahe 02 mostra a relação da laje nervurada com o pilar cilíndrico de concreto de Ø0,50m. No mesmo detalhe estão as cubetas ,que servem de molde para a laje nervurada.
ESTRUTURA METÁLICA
ESCADA METÁLICA
STEEL DECK
DO
AV . JO
RG
E EIR
U
ET
IBIR
TO
S GU
IÇÁ
FIG
FACHADA AV. JORGE TIBIRIÇÁ
7.12 - FACHADAS
7.11 - ESTRUTURA
Figura 98 - Corte 3D destacando elementos estruturais de uma seção do sistema de circulação
AU . NG
FACHADA AV. ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
.E AV
Figura 99 - Detalhe em 3D da estrutura em concreto armado
92
TFG 2021 - CAMPINAS
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
93
3.04
-3.20
2.85 2.85
3.10
+0.40
+0.30
14.00
2.85 2.85 -2.10
-4.50
+0.15
PERFIL NATURAL DO TERRENO
ESCADA-RAMPA
+0.00
+0.30
FREE
2.90
BIBLIOTECA
AVENIDA JORGE TIBIRIÇÁ
3.50
3.68
+0.30
2.32 2.48
13.00
AVENIDA ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
4.18
3.85
+4.30
3.68
+0.30
3.10
2.68
+7.30
3.10
+7.30
3.30 2.00 3.00
2.68
+10.30
19.80
+10.30
18.80
2.68
+13.20
2.00
2.68
+13.30
21.15
+16.30
2.68
2.00 19.00
+19.30
+4.30
LIMITE DO TERRENO CONFRONTANTE COOLWORKING - ESPAÇOS COMPARTILHADOS DE TRABALHO
TELHADO METÁLICO I=10% ESTRUTURA METÁLICA COM CALHA CENTRAL
5.00
PAINEL DE BRISES
GUARDA CORPO H=1,20M
1.00
LAJE NERVURADA
2.85
CIRCULAÇÃO PRINCIPAL
FREE
O WN L D O A D@ R E IV T C A R S . C O M
+0.00
-3.20 FREE
O WN L D O A D@ RE V I T C A R S . C O M
O WN L D O A D@ RE V I T C A R S . C O M
GARAGEM LIMITE DO TERRENO CONFRONTANTE RESIDÊNCIAS DA RUA SANTANA
0
CORTE AA
10
20
30
40
ESCALA GRÁFICA
0
CORTE CC
50
10
20
30
40
ESCALA GRÁFICA
50 1:500
1:500
CIRCULAÇÃO PRINCIPAL EM ESTRUTURA METÁLICA TELHADO METÁLICO I=10% ESTRUTURA METÁLICA COM CALHA CENTRAL
CIRCULAÇÃO PRINCIPAL EM ESTRUTURA METÁLICA
2.68
+7.30
+7.30
2.68
+4.30
+4.30
2.68
10
ESCALA GRÁFICA
20
30
40
50 1:500
AVENIDA JORGE TIBIRIÇÁ
21.00
2.68 2.68 2.68
+7.30
+4.30
+0.30
GUARITA
GARAGEM
FREE O D
WN L O
RE V I T C A R S . C O
D@ A M
FREE O D
WN L O
FREE
D@ A
RE V I T C A R S . C O
O D M
WN L O
FREE D@ A
RR E V IE V IT T A C C A S .R R S .C OC OMM
O D
WN L O
FREE
D@ A
RE V I T C A R S . C O
O D M
WN L O
FREE D@ A
RE V I T C A R S . C O
O D M
WN L O
RE V I T C A R S . C O
FREE D@ A M
O D
WN L O
RE V I T C A R S . C O
D@ A M
PERFIL NATURAL DO TERRENO
-3.20
LIMITE DO TERRENO CONFRONTANTE RESIDÊNCIAS DA RUA SANTANA
2,70
0
+7.30
RESERVATÓRIO
18.90
-3.20 FREE O WN L D O A D@ R E IV T C A R S . C O M
+10.30
2.88
GARAGEM FREE O WN L D O A D@ RE V I T C A R S . C O M
+13.30
3.68
AVENIDA ENG. AUGUSTO FIGUEIREDO
+16.30
2.68
21.25
15.00
3.68
21.30
+0.30
7.13 - CORTES
CORTE BB
TFG 2021 - CAMPINAS
+0.30
2.88
LIMITE DO TERRENO CONFRONTANTE COOLWORKING - ESPAÇOS COMPARTILHADOS DE TRABALHO
2.00
+10.30
+19.30
24.50
+10.30
2.68 2.32
2.68 2.68 2.68
19.00
+13.30
3.68
7.13 - CORTES 94
+16.30
2.68
RESERVATÓRIO
2.68
2.00
TELHADO METÁLICO I=10% ESTRUTURA METÁLICA COM CALHA CENTRAL
CORTE DD
1:500 50
ESCALA GRÁFICA 40
30
20
10
0
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
95
BRISES
O
A instalação de um telhado verde é uma ótima alternativa sustentável atualmente, pois dentre os diversos benefícios inclui-se também uma melhoria térmica no ambiente, protegendo o edifício de temperaturas extremas, especialmente no verão, fazendo com que a temperatura interna diminua em até 3°C, dispensando assim o uso de ar condicionado.
ESTRUTURA DE FIXAÇÃO ESTRUTURA DE SUPORTE
SUBSTRATO MEMBRANA
BRISE ASA DE AVIÃO METÁLICO REVESTIDO EM LAMINA DE MADEIRA NATURAL
SISTEMA DE DRENAGEM
NÚCLEO BASCULANTE
MANTA
LAJE
TFG 2021 - CAMPINAS
Para isso, foram introduzidos os brises, venezianas, varandas, marquises e telhados verdes, técnicas essas que conferem qualidade estética ao complexo e ainda agem como mecanismos de grande eficiencia no controle da temperatura.
Instalados em todas as faces do edifício, como meio de reduzir o impacto dos raios solares nos ambientes envidraçados, o brise também age fortemente como elemento estético, sua propriedade de cofiguração livre confere ao edifício a caracteristica de fachada viva, por manter todas as faces visiveis em constante movimento.
VEGETAÇÃO
Figura 100 - Detalhe em perspectiva do telado verde
96
O
brise, introduzido no território nacional durante o modernismo, tem a simples função de proteger a edificação e os ambientes dos raios solares, acarretando na redução das temperaturas e compondo a estética. Existentem muitos modelos de brises disponíveis no mercado hoje em dia, neste projeto foi adotado o brise vertical asa de avião, com mecanismo que permite o usuário rotaciona-lo como desejar.
3,00 M
7.14 - DETALHAMENTOS GERAIS
telhado verde ou ecológico consiste em uma técnica arquitetônica de aplicação e de uso tanto de solo, como de vegetação em coberturas de residências, escritórios, fábricas, dentre outras edificações.
D
urante o processo de concepção do projeto, o contexto de conforto térmico se tornou um ponto de interrogação, já que a proposta era construir em um terreno onde a insolação se tornava um problema, o prédio precisava ser eficiente ao tratar da temperatura dentro de seus ambientes e minimizar o impacto negativo dentro dos apartamentos.
ESTRUTURA QUE PERMITE A MOVIMENTAÇÃO DOS BRISES
Figura 101 - Detalhe em perspectiva e em planta do brise asa de avião, usado no projeto
Os brises asa de avião foram intalados em todas as faces dos dois volumes principais do edifício, sendo móveis, cada morador configura a quantidade de luz que deixa entrar em sua unidade.
7.15 - CONFORTO TÉRMICO
TELHADO VERDE
As venezianas foram intaladas no topo de paredes para promover ventilação constante em certos ambientes.
CORTE ESQUEMÁTICO - APARTAMENTO
CORTE ESQUEMÁTICO - PRÉDIO
Figura 102 - Corte 3D esquemático do sistema de ventilação do apartamento tipo
Figura 103 - Corte 3D esquemático do sistema de ventilação no prédio
DOM NERY - MORADIA ESTUDANTIL
97
VENEZIANA MÓVEL DE VENTILAÇÃO PERMANENTE - COR CINZA METÁLICO
REVESTIMENTO EM PORCELANATO POLIDO 80X80CM PLATIBANDA DE CONCRETO PRÉ MOLDADO
TELHAS METÁLICAS TRAPEZOIDAIS TIPO SANDUÍCHE PINTADAS EM BRANCO
TRELIÇA METÁLICA
CALHA METÁLICA CENTRAL
PILAR CILÍNDRICO EM CONCRETO ARMADO REVESTIDO EM RESINA EPÓXI COM APARÊNCIA MARMORIZADA
BRISE METÁLICO VERTICAL DO TIPO ASA DE AVIÃO, ABAS REVESTIDAS EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL
BRISE METÁLICO VERTICAL DO TIPO ASA DE AVIÃO, ABAS REVESTIDAS EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL VENEZIANA MÓVEL DE VENTILAÇÃO PERMANENTE - COR CINZA METÁLICO
PORTA BALCÃO 4 FOLHAS DE CORRER, ESQUADRIA DE ALUMÍNIO BRANCO POLIDO
GUARDA-CORPO EM VIDRO DE SEGURANÇA LAMINADO 10MM
7.16 - MATERIALIDADE
Figura 104 - Seção de detalhe do apartamento
PISO EM PORCELANATO RETIFICADO 80X80CM COM TEXTURA ANTIDERRAPANTE
LAJE NERVURADA EM CONCRETO ARMADO APARENTE BANCADA EM GRANITO SÃO GABRIEL E METAIS EM AÇO INOX
PERFIS METÁLICOS I EM PINTURA INTUMESCENTE NA COR PRETO LAJE NERVURADA EM CONCRETO ARMADO APARENTE FORRO EM RIPAS DE MADEIRA NATURAL
GUARDA-CORPO EM VIDRO DE SEGURANÇA LAMINADO 10MM
PILAR CILÍNDRICO EM CONCRETO ARMADO REVESTIDO EM RESINA EPÓXI COM APARÊNCIA MARMORIZADA
TELHADO VERDE COM CAMADA FINAL REVESTIDA EM GRAMA ESMERALDA PAREDES DE VEDAÇÃO EM ALVENARIA ACABADAS EM CONCRETO APARENTE
LAJE NERVURADA EM CONCRETO ARMADO APARENTE
PISO EM PORCELANATO RETIFICADO 80X80 CM COM TEXTURA ANTIDERRAPANTE
GUARDA-CORPO EM VIDRO DE SEGURANÇA LAMINADO 10MM - CORRIMÃO EM MADEIRA
PAINEL CORTINA DE VIDRO LAMINADO LOW-E, COM PELÍCULA DE SEGURANÇA ESQUADRIAS EM ALUMÍNIO ESCOVADO NA COR PRETO
PILAR CILÍNDRICO EM CONCRETO ARMADO REVESTIDO EM RESINA EPÓXI COM APARÊNCIA MARMORIZADA PAINEL CORTINA DE VIDRO LAMINADO LOW-E, COM PELÍCULA DE SEGURANÇA ESQUADRIAS EM ALUMÍNIO ESCOVADO NA COR PRETO
PORTA DE ALUMÍNIO E VIDRO AUTOMÁTICA COM ACESSO CONTROLADO PISO EM PORCELANATO RETIFICADO 80X80 COM TEXTURA ANTIDERRAPANTE ESPELHO D’ÁGUA EM PASTILHAS MESCLADAS 5X5CM
DETALHE 02
7.17 - PERSPECTIVAS GERAIS
DETALHE 01
PORTAS DE CORRER EM MADEIRA NA COR BRANCO
Figura 105 - Seção de detalhe da Biblioteca e Jardim
DETALHE 03
Figura 107 - Perspectiva da frente do edifício
Figura 106 - Seção de detalhe da circulação geral e térreo
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Figura 108 - Vista da fachada da Avenida Jorge Tibiriçá
Figura 110 - Vista da fachada da esquina do complexo
Figura 112 - Vista da praça interna
Figura 115 - Vista da praça interna
Figura 109 - Vista da fachada interna, com detalhe para a quadra poliesportiva
Figura 111 - Vista da praça interna
Figura 113 - Vista da entrada da recepção
Figura 114 - Vista da recepção
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Figura 116 - Vista do corredor interno do térreo
Figura 119 - Vista da circulação principal
Figura 120 - Vista da escada rampa olhando para a circulação principal do edifício
Figura 123 - Vista da jardim elevado sobre a biblioteca
Figura 117 - Vista da circulação principal no primeiro pavimento
Figura 118 - Vista do corredor de acesso aos apartamentos
Figura 121 - Vista do jardim elevado sobre a biblioteca
Figura 122 - Vista do horizonte visivel dos fundos do projeto
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Figura 124 - Vista dos fundos do terreno
Figura 127 - Vista do jardim entre o edifício e a Av. Eng. Augusto figueiredo
Figura 128 - Vista do interior da biblioteca
Figura 131 - Vista da varanda da biblioteca
Figura 125 - Vista da fachada da Avenida Eng. Augusto Figueiredo
Figura 126 - Vista da entrada da bilioteca
Figura 129 - Vista da fachada confrontante com o terreno vizinho
Figura 130 - Vista da implantação
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7.18 - PERSPECTIVAS DO APARTAMENTO TIPO 106
Figura 132 - Vista da cozinha e sala de jantar
Figura 135 - Vista do closet
Figura 136 - Vista do banheiro
Figura 139 - Vista do home office integrado
Figura 133 - Vista da cozinha e sala de jantar
Figura 134 - Vista do closet
Figura 137 - Vista do dormitório e varanda
Figura 138 - Vista geral do dormitório
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ARANHA, M. L. História da Educação e da Pedagogia: geral e Brasil. São Paulo: Moderna, 2006.
PROGRAMA
DO PROJETO BIBLIOGRÁFIA
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GARRIDO, Edleusa Nery. Moradia estudantil e formação do (a) estudante Universitário (a). 2012. 269f. Tese (Doutorado em educação) – Faculdade de educação, Universidade estadual de Campinas, Campinas, SP: 2012.
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GREGOTTI, V. O outro. In: SIZA, Á. Imaginar a evidência. São Paulo: Estação Liberdade, 2012. Território da arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 2001.
SOUZA, J. G. Evolução histórica da universidade brasileira: abordagens preliminares. Revista de Educação, Campinas, nº 1, p. 42-58, 2012.
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TEIXEIRA, Anísio. Educação e Universidade. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1.988.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação” com data de referência em 1º de julho de 2020 <https://www.ufjf.br/ladem/2020/08/28/ibge-divulga-