SAUDE EM FOCO PET ED. 03

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Saúde em Informativo do Programa de Educação pelo Trabalho PET / UFRN-FACISA Santa Cruz/RN Edição nº.03 Ano II - Abr. a Jun. de 2011

F CO PET Saúde - Vigilância

PET

na festa de Santa Rita

Alunos do PET Santa Cruz participam de ações de conscientização na Festa em comemoração a um ano de inauguração da imagem de Santa Rita Leia matéria especial nas páginas 04 e 05

PapoT

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[ESPECIAL] PET participa do II Madalena Nesta edição, leia um caderno especial com as ações do PET na II Mostra de Ciências, Pesquisa, Arte, Cultura e Cidadania da Região do Trairí Pág. 08

PET é importante instrumento de formação e capacitação para o trabalho

Índices de Desenvolvimento Humano e de Gini: Um estudo na cidade de Santa Cruz, RN

Pacto pela vida: metas alcançadas no município de Santa Cruz

Comportamento da morbidade infantil hospitalar em serviços de saúde de Santa Cruz/RN: Uma série histórica de 2000 a 2007

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Que as causas de mortalidade infantil no Brasil se alteraram ao longo das últimas Você Sabia? décadas??? Pág. 02


editorial

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A cidade de Santa Cruz está em festa, não só em homenagem à sua padroeira, como também em comemoração a um ano de inauguração da estátua de Santa Rita de Cássia, maior imagem religiosa do Mundo. Para participar da Festa, o PET Santa Cruz realizou atividades de conscientização para que tanto os visitantes fiquem atentos ao consumo consciente de alimentos. Preparamos, portanto, uma seção especial com a cobertura do trabalho dos alunos do PET, além de um resumo da história de Santa Rita de Cássia. Nesta edição, preparamos uma cobertura especial da Participação do PET na II Madalena, Mostra de Ciências, Pesquisa, Arte, Cultura e Cidadania da Região do Trairí, que está publicado em um caderno especial. Convidamos você a ler também os artigos científicos produzidos pelos colaboradores do PET que tratam da saúde do município de Santa Cruz. Esperamos que você goste desta edição e aguardamos sua participação através do email petsantacruz@gmail.com .

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Você Sabia

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Que alimentos estragados são diferentes de alimentos contaminados?

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Produtos estragados contém microrganismos deteriorantes. Esses produtos apresentam alteração de cor, odor, sabor,textura e, por isso, são rejeitados pelos consumidores. Produtos contaminados contém microrganismos patogênicos. Esses produtos não apresentam alterações nas suas características (cor, odor, sabor e textura) e, portanto, são consumidos sem que se perceba qualquer problema. O consumidor irá perceber depois, com sintomas como dores de barriga, vômitos e diarréia. FONTE: Manual «Segurança dos ALimentos-SEBRAE/SP

VOCÊ SABIA... que as causas de mortalidade infantil no Brasil se alteraram ao longo das últimas décadas? Nos anos 80 as principais causas de óbitos infantil no Brasil estavam relacionadas às doenças infecto contagiosas, que sofreram um declínio nas décadas seguintes, crescendo em importância as causas perinatais, que são decorrentes de problemas durante a gravidez, parto e nascimento, respondendo por mais de 50 % das causas de óbitos no primeiro ano de vida. FONTE: Ministério da Saúde

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PE

PET é importante instrumento de formação e capacitação para o trabalho O Programa de Educação pelo Trabalho- PET-Saúde Vigilância trabalha o ensino e a extensão de forma integrada em várias cidades do Brasil, proporcionando aos alunos, conhecimento teórico e prático sobre o sistema de saúde na região em que o programa é implantado. Em Santa Cruz/RN, o PET funciona numa parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e as secretarias municipal e estadual de saúde. Para falar um pouco sobre a importância desse projetom, o Saúde em Foco entrevistou o professor Antonio de Lisboa Lopes Costa, Assessor Acadêmico da Pró-Reitoria de Extensão da UFRN. Saúde em Foco: Como o Senhor vê as ações dos PETs Saúde em nossa UFRN? ANTÔNIO COSTA - Os Pets (Saúde da família, Vigilância em Saúde e Saúde mental, Crack, Álcool e outras drogas) vieram para impulsionar de forma muito positiva o ensino, a pesquisa e a extensão nas unidades básicas de saúde e Estratégia de Saúde da família, fortalecendo a integração ensino-serviço-comunidade. Estes cenários de práticas contribuem para que os alunos da saúde conheçam a realidade e os principais problemas que muitas vezes interferem na consolidação do SUS que queremos. Outro aspecto importante foi à inserção de 450 alunos da saúde nas unidades básicas, resultando numa discussão no âmbito dos cursos sobre os projetos pedagógicos e o perfil de formação desejado conforme os princípios do SUS. Quais são as contribuições do Pet saúde para a educação tutorial em vigilância em saúde? ANTÔNIO COSTA- O Pet-Saúde contribui para a formação pelo trabalho, sendo assim um instrumento de capacitação em serviço dos profissionais de saúde como também de iniciação ao trabalho dirigido aos alunos de graduação. Essa educação tutorial fortalece a compreensão do aluno do que realmente seja vigilância em saúde no seu sentido mais amplo, considerando a promoção da saúde como um requisito fundamental para todos os profissionais. Como se encontra a interface ensino-serviço (em especial de vigilância em saúde) após o início das atividades dos grupos pet UFRN? ANTÔNIO COSTA - A interface ensino-serviço encontra-se em um estágio privilegiado já que hoje temos uma participação efetiva junto a Comissão de Integração Ensino-Serviço das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Realizamos de forma sistemática capacitações e reuniões visando o aperfeiçoamento das nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão nas unidades, mesmo diante das grandes dificuldades porque passam às unidades de saúde do Município de Natal o trabalho desenvolvido aponta para a obtenção de bons resultados em todas as experiências avaliadas. Como o Senhor avalia as ações do Pet saúde-vigilância de Santa Cruz? ANTÔNIO COSTA - Quero expressar que fiquei bastante impressionado com as ações desenvolvidas pelo Pet-Vigilância de Santa Cruz. Vocês estão realizando ações de extensão que contribuem de forma decisiva para a formação profissional e cidadã. Esse tipo de atitude faz com que a extensão seja uma atividade curricular sistemática no dia a dia da Universidade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO - VIGILÂNCIA EM SAÚDE - Santa Cruz/RN Coordenador do PET: Damião Ernane de Souza Edição de texto: Adriana Magalhães / Jeferson Rocha / Thayse Hanne Diagramação: Jeferson Rocha Contato: petsantacruz@gmail.com Tiragem: 250 exemplares Apoio: Secretaria do Estado da Saúde (RN) / V Unidade Regional de Saúde Pública / Prefeitura Municipal de Santa Cruz / Secretaria Municipal de Saúde


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Índices de Desenvolvimento Humano e de Gini: Um estudo na cidade de Santa Cruz, RN Mayara Silva Fernandes do Rêgo¹ / Nathália Nagle Araújo Costa 1/ ANA MARIA GOMES DOS SANTOS 2/ DELAYNE AZEVEDO DE Oliveira ALEXANDRE 2/ THAYSE HANNE Câmara Ribeiro DO NASCIMENTO 3/ Nila Patrícia Freire Pequeno 4/ Nathália Nagle Araújo Costa 1

RESUMO: O índice de desenvolvimento humano (IDH) e o índice de GINI são dois dos principais indicadores sociais relacionados a qualidade de vida e desigualdade social, respectivamente. Este trabalho demonstra como o município de Santa Cruz (RN) se posiciona em relação a esses indicadores, além da correlação existente entre eles. O objetivo deste trabalho foi de identificar o índice de GINI e o IDH da cidade de Santa Cruz nos anos de 2003 e 2000 respectivamente, para logo em seguida compará-los aos do Estado do Rio Grande do Norte e do Brasil nos referidos anos. O método usado foi a coleta de dados obtidos a partir do Atlas de Desenvolvimento Humano do PNUD e o banco de dados oficial do IBGE. Os resultados foram apresentados em gráficos para melhor compreensão. A partir dele foi identificado que o crescimento econômico correlaciona-se com a redução da desigualdade social. PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento Humano, Renda, Saúde e Desigualdade social. INTRODUÇÃO O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para medir a qualidade de vida das pessoas em várias regiões do mundo. Para isso, três fatores são analisados: renda per capita que é medida a partir do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, a longevidade, medida a partir da esperança de vida ao nascer e a Educação, onde se usa a taxa de matrículas combinadas com o número de pessoas alfabetizadas a partir dos 15 anos de idade (Silva, Panhoca, 2007) Este índice varia de 0 a 1, onde quanto mais próximo de 0 for o IDH de uma região, pior será a qualidade de vida das pessoas e quanto mais próximo de 1 esse índice estiver, melhor será a qualidade de vida da população. O Índice de GINI é utilizado para se medir a desigualdade social, ou seja, a distribuição de renda de uma população. Ele também varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 0 estiver esse indicador, melhor será, pois estará mostrando que menos desigual é a distribuição de renda da região em análise (Steiner, 2006). Contudo, quanto mais próximo de 1 estiver, pior será a distribuição de renda, pois mostrará que a maior parte da renda de um país está concentrada na mão de uma minoria, enquanto que a maioria da população divide a pouca renda que sobrou. Diante da importância de se conhecer estes índices, este trabalho teve como objetivo apresentar os índices de GINI e IDH da cidade de Santa Cruz/RN comparando-os com os índices do Rio Grande do Norte (RN) e do Brasil, para melhor se entender os níveis de qualidade de vida e desigualdade social neste município. uma criança devem fazer parte do dia-a-dia dos serviços de saúde, com a finalidade de se identificar os problemas, as estratégias e medidas de prevenção de óbitos evitáveis, de modo que o país diminua as desigualdades nas taxas de mortalidade e alcance melhores níveis de sobrevivência infantil e assim qualidade de vida. METODOLOGIA Os dados de IDH foram obtidos do Atlas de Desenvolvimento Humano, disponível no site do PNUD e os dados sobre os Índices de GINI foram obtido no site do IBGE. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), referentes a cidade de Santa Cruz/RN foi consultado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, do ano de 2000 também disponível no site do PNUD. Após a coleta, optou-se por comparar os dados de Santa Cruz com os do RN e Brasil. Nos bancos pesquisados, o estudo se deu dentro dos últimos dez anos. Buscou-se apresentar por meio de gráficos, os resultados referentes a cada índice. RESULTADOS A princípio buscavam-se dados referentes aos últimos dez anos, porém, só estavam disponíveis nos bancos de dados pesquisados informações do ano de 2000 para IDH e IDH-M e do ano de 2003 para Índice de GINI, portanto, as comparações dos indicadores foram feitas de acordo com as datas correspondentes. O município de Santa Cruz apresentou no ano 2000 o IDH baixo (0,655) quando comparados ao do RN (0,705) e o Brasil (0,649) (Gráfico 1). O melhor IDH do RN pertence a capital Natal (0,788). A nível nacional o melhor IDH pertence a São Caetano do Sul (0,919), São Paulo (SP). De acordo com os dados, pode-se observar que Santa Cruz se encontra em um patamar baixo, quando comparado ao melhor IDH do RN e do Brasil. Ainda em São Caetano do Sul (SP) temos uma renda de 0,896, quando em Santa Cruz 0,554, retratando um padrão baixo de qualidade de vida neste município, possivelmente refletida por essa baixa renda, baixa longevidade (0,702) e Gráfico 1 – IDH: Santa Cruz, RN e Brasil (2000) menor nível educacional de seus habitantes (0,709). Com um padrão tão baixo, faz-se necessário trabalhar dentro das três categorias analisadas no IDH. Acreditar na articulação dos sistemas econômico, educacional e saúde como a única forma de alavancar o desenvolvimento humano. Mais recentemente, tivemos a divulgação do novo valor do IDH do Brasil referente a 2010, ocupando o 73º lugar entre 169 países o valor é de 0,699. Com essa evolução, o Brasil apresentou uma taxa média anual de crescimento de 0,73% na última década. O GINI estadual é subdividido em quatro subcategorias com valores que variam entre eles. No RN, o GINI varia dentre essas quatro faixas, em ordem decrescente: 0,53 a 0,45 – Natal, Mossoró, Caicó e Santa Cruz (0,45); Menor que 0,45 a 0,41 – em Assu, Macaíba; Menor que 0,41 a 0,37 – Tangará, Japi; Menor que 0,37 a 0,33 – em Tibau e Baia Formosa (IBGE, 2003) Santa Cruz apresenta-se como a 4ª cidade a ter um índice de desigualdade social alto, com valores próximos aos da capital Natal. Enquanto que as cidades vizinhas da região do Trairí encontram-se em um nível mais baixo de desigualdade (IBGE, 2003). Natal, Mossoró, Caicó e Santa Cruz, são cidades pólo de sua região. Todas concentram o comércio, e o fato de serem as cidades com elevado índice de desigualdade, supõe que a concentração de renda obtida no comércio Valor Desejável ainda é realidade de uma minoria. O GINI do RN é de 0,49 e do país está em 0,58 (Gráfico 2) evidenciando que Gráfico 2 – Índices de GINI: Santa Cruz, RN e Brasil (2003) um dos grandes problemas brasileiros para o desenvolvimento é o acesso à renda pelos mais pobres. É necessário reconhecer que se trata ainda de um dos países mais desiguais do mundo. É sabido também que entre as formas mais eficazes de reduzir as desigualdades está a educação universal e de qualidade. Estima-se que cerca de até 50% da desigualdade social brasileira seja devida à educação (Steiner, 2006). Porém, sabe-se que não basta que a questão da escolaridade esteja encaminhada para que o desenvolvimento econômico de um país esteja garantido. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do IDH está associado ao crescimento econômico e os valores refletem a interação dos fenômenos da vida real. O IDH e o GINI foram úteis para a descrição geral das condições de Santa Cruz nos dias de hoje, onde é clara a desigualdade social e o baixo desenvolvimento humano. O cenário desejável é de crescimento econômico associado à redução de desigualdades. Para isso, é condição necessária, mas não suficiente, um melhor desempenho no item conhecimento para superar os problemas identificados. 1-Discentes do Curso de Graduação em enfermagem da FACISA/UFRN e Bolsistas do PET--Saúde Vigilância; 2- Enfermeira, servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz e preceptora do PET-Saúde Vigilância. 3-Professora da FACISA/UFRN e colaboradora PET-Saúde Vigilância 4-Professora da FACISA/UFRN e tutora PET—Saúde Vigilância. Santa Cruz/RN, 2011. Contato: thaysehanne@facisa.ufrn.br / 4. Colaborador do Projeto PET-Saúde da FACISA – Faculdade de Ciências do Trairi/UFRN – Santa Cruz/RN; REFERÊNCIAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estastísticas (IBGE). Banco de Dados: Cidades, Estados e País. Disponível em: www.ibge.gov.br / MANULESCU, F.M.K. ZOTTELE, R.A. A posição do município de São José dos Campos (SP) em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano(IDH) e ao Índice de Gini. São Paulo, 2004. / Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Atlas do desenvolvimento humano do Brasil. PNUD; 2003. Disponível em: www.pnud. org.br/atlas/ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório do Desenvolvimento Humano – 2009 (RDH). Disponível em: http://www.pnud.org.br/rdh/ SILVA, O. M. P. da. PANHOCA, L. A contribuição da vulnerabilidade na determinação do índice de desenvolvimento humano: estudando o estado de Santa Catarina. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.5, Set./Out. 2007. / STEINER, João.E. Conhecimento: gargalos para um Brasil no futuro. Estudos Avançados, São Paulo, v.20, n.56, Jan./Abr. 2006.


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Festa no Alto de Santa Rita: Fé e conscientização Alunos do PET-VS de Santa Cruz aproveitaram a festa de Santa Rita de Cássia para contribuir com a educação alimentar os fiéis

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Santuário de Santa Rita erguido em Santa Cruz, onde está a maior imagem católica do mundo, é um dos principais pontos de visitação da capital do Trairi, fazendo de Santa Cruz uma rota do turismo religioso brasileiro. O Santacruzense fez da devoção a Santa Rita, padroeira da cidade, uma atração para o local. A imagem da santa foi erguida com 46 metros de altura. Se contabilizado o pedestal de 6 metros, a Santa Rita erguida em Santa Cruz chega a 52 metros. A obra une religiosidade do povo ao fomento do turismo local. Semanalmente cerca de 3 mil pessoas visitam o Santuário. A estimativa é da própria paróquia local. Desde a inauguração, 26 de junho de 2010, o Santuário de Santa Rita estabeleceu alguns rituais, um deles é a missa que acontece no dia 22 de cada mês, lembrando o dia da Santa que é 22 de maio. A festa de Santa Rita de Cássia de 2011 que se realizou nesse mês de maio, teve um marco importante, foi a primeira vez que a população santacruzense e turistas

comemoraram o dia da padroeira da cidade com o santuário já inaugurado. Outros dois pontos importantes no combate são a regularização de abastecimento de água e adequação dos reservatórios domiciliares inadequados para reservatórios vedados. Em entrevista ao jornal Tribuna do Norte de 11 de março de 2011, o presidente da Sociedade de Infectologia do Rio Grande do Norte, Hênio Lacerda, aponta esses dois pontos de infra-estrutura unidos aos maus hábitos da população como responsáveis pelo aumento dos casos em todo o estado. “A nossa distribuição da água é intermitente. Hoje eu tenho água, mas amanhã eu não tenho e aí as pessoas precisam armazenar água e isso é um ponto favorável para proliferação do mosquito. Além disso, a irregularidade da coleta de lixo, ruas que não são calçadas, falta de saneamento básico junto com a falta de colaboração da população produzem condições para proliferação do mosquito. Do ponto de vista do poder público, ainda temos uma vigilância epidemiológica deficitária”, explica o infectologista.

Quem era Santa Rita? O

nome Rita é uma abreviação de Margherita, nome original dado pelos pais Antônio e Amada Mancini à menina que tanto pediam a Deus, e que nasceu na Itália em 22 de maio de 1381. Educada, segundo o cristianismo, Rita passou sua infância e sua juventude, auxiliando seus pais na lavoura. Recém-nascida e sempre colocada num cesto, que fazia às vezes de berço, no próprio campo, certa vez foi encontrada envolta de abelhas brancas que lhe pousavam na face, sem ferí-la. Quando jovem casou-se com Paulo Fernando. Tiveram dois filhos: João Tiago e Paulo Maria. O marido, de gênio forte e colérico, maltratou-a muitas vezes. Rita, graças à bondade de coração e às suas preces, conseguiu convertê-lo para Deus. Ele morreu assassinado, vítima de lutas políticas de época. Os filhos, jovens, quiseram vingar a morte do pai. Rita, preferindo vêlos mortos que transgredindo a lei divina, pediu a Deus que os levasse para o céu antes de se mancharem com aquele crime. Morreram ambos, dizimados por uma peste que arrasou a Europa naquela época. Viúva e sem filhos, Rita dedicou-se ao socorro dos pobres e enfermos, ajudando a uns e outros, com alimento, visita, conforto e trabalho. Sentindo o chamado de Deus, procurou o Convento das Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, em Cássia, para tornar-se religiosa.

Um dia, rezando perante o crucifixo, pediu a Cristo a graça de sofrer com Ele. Um espinho desprendeu-se da imagem e fincou-se-lhe na fronte, abrindo uma chaga dolorosa e purulenta, que durante mais de quinze anos a fez sofrer muito. Em 1450 ano santo, desejando ir a Roma, com suas companheiras de hábito e não o podendo por causa da chaga na fronte, Rita a Deus pediu esta graça e a chaga fechou-se, tornando-se a abrir quando de volta ao Convento. Muito jejum, muita penitência, muita oração eram sua maneira de viver. Gravemente enferma, vivendo num pobre catre, no fundo de uma humilde cela, Rita recebeu a visita de sua prima. Pediu a esta que fosse até Roca Porena e lá em sua antiga casa, colhesse para ela um figo e um botão de rosa. Era pleno inverno, tudo sepultado sobre a mais densa neve, e no entanto a prima encontrou o figo e rosa no jardim de Rita. No dia 22 de maio de 1457, Rita entregou sua bela alma a Deus. No campanário do Convento, os sinos começaram a repicar festivamente, tangidos por mãos misteriosas. A chaga da fronte fechou-se na mesma hora e no lugar do habitual mal cheiro que dela se exalava, passou a exalar um discreto perfume. Tantos foram os milagres e as graças que milhares de devotos seus receberam de Deus, por intercessão sua, que ficou conhecida como a “Santa dos Impossíveis”. O Papa Leão XIII, canonizou-a no dia de Pentecostes, 24 de maio de 1900, Ano Santo.


C A P A

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PET vai ao Alto F

A imagem da santa foi erguida com 46 metros de altura, sendo a maior estátua religiosa do Mundo

rente à toda expectativa da festa de maio desse ano, o Projeto PET – Saúde Vigilância Sanitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, se fez presente para trabalhar durante todo o mês. Uma das ações do PET é a prevenção de Doenças Transmitidas por Alimentos, (DTA's). As DTA's constituem um importante problema de saúde pública, tanto para os países desenvolvidos, como para os em desenvolvimento. As DTA's são causadas por agentes, os quais penetram no organismo humano através da ingestão de água ou alimentos contaminados. Perante a tal realidade tivemos como objetivo uma campanha de cunho educativo visando à promoção e prevenção da saúde alimentar no município de Santa Cruz/RN. O público alvo é a população local e os turistas que chegam á cidade. Trabalhamos a temática por meio de participação de ações na comunidade tais como distribuição de panfletos informativos, entrevistas semanais na rádio local, informes em blogs e sites da região, elaboração de oficinas para a população como um todo, elaboração de minicursos de boas práticas alimentícias para preparação dos agentes de saúde e merendeiras, panfletagem no Alto de Santa Rita com instruções sobre os cuidados que deveremos ter na escolha dos alimentos que são vendidos por ambulantes. Durante todos os finais de semana do mês de maio, alunos do projeto PET se fizeram presentes para realizar as atividades. Foram tiradas dúvidas e esclarecidas informações acerca da escolha de estabelecimentos e alimentos seguros. Assim, o grupo “Vigilância em Saúde com vista ao turismo sustentável” vem trabalhando com a população e os visitantes da cidade de Santa Cruz evidenciando a importância do cuidado especial em relação à higiene e a sanidade das refeições visaando contribuir com a saúde e a segurança alimentar.

46 METROS

Além da estátua de 46 metros, o complexo Alto de Santa Rita de Cássia é composto de restaurantes, área para celebrações e eventos, estacionamento, salas para atendimento em saúde, segurança, administração e uma loja de artigos religiosos.


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Pacto pela vida: metas alcançadas no município de Santa Cruz Isabel Lorena Felipe Fonseca ¹ / Orione Mendonça 1 / Larissa Rayane Varela / ANA MARIA GOMES DOS SANTOS 2/ Redianne Medeiros da Fonseca 2/ THAYSE HANNE Câmara Ribeiro DO NASCIMENTO 3

RESUMO O Pacto pela Vida tem como foco central estabelecer um conjunto de prioridades a serem assumidas pelos gestores das três esferas. As prioridades estão expressas em objetivos, metas e indicadores, que são definidas nacionalmente, mas que permitem que os gestores identifiquem situações a partir da realidade local. O objetivo do presente trabalho é analisar os indicadores acordados no Pacto pela a vida no município de Santa Cruz/RN, comparando metas pactuadas e os resultados alcançados desde o início de sua vigência. Para a realização do trabalho foram utilizados indicadores do pacto pela vida, e as informações disponíveis no sistema SISPACTO. PALAVRAS-CHAVE: pacto pela vida; Santa Cruz/RN; SISPACTO. INTRODUÇÃO O pacto pela saúde é resultado de acordo firmado entre o Ministério da Saúde e os Conselhos Nacionais dos Secretários de Saúde (CONASS) e dos Secretários Municipais de Saúde (CONASSEMS), publicado na Portaria/GM nº399, de 22 de fevereiro de 2006, o qual propõe uma série de mudanças na gestão e no processo de pactuação que envolve os gestores e o controle social do Sistema Único de Saúde (SUS). O Pacto se divide em três componentes: o Pacto pela Vida, o Pacto de Gestão do SUS e o Pacto em Defesa do SUS (BRASIL, 2006). O Pacto pela Vidatem como foco central estabelecer um conjunto de prioridades a serem assumidas pelos gestores das três esferas. As prioridades estão expressas em objetivos, metas e indicadores, que são definidas nacionalmente, mas que permitem que os gestores indiquem situações específicas a partir da realidade local (SCHNEIDER et al. 2009). As prioridades do pacto pela vida são: saúde do idoso; controle do câncer do colo do útero e de mama; redução da mortalidade infantil e materna; fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; promoção da Saúde e fortalecimento da Atenção Básica (BRASIL, 2006). Nesse contexto, o presente trabalho visa analisar os indicadores aderidos no Pacto pela a vida no município de Santa Cruz/RN, identificando as metas pactuadas e os resultados alcançados. METODOLOGIA Foram avaliados os indicadores pactuados no município de Santa Cruz-RN correspondentes ao Pacto pela Vida. Os dados foram coletados pelo SISPACTO (Sistema de Informações com dados do Pacto pela Saúde), registrando-se as metas e resultados obtidos desde o início da vigênciado Pacto pela Vida (2006) até o ano de 2009. Ressalta-se que o SISPACTO foi implantado no ano de 2007, portanto,utilizou-se como base os dados locais do ano de 2006 para que se planejassem as metas do ano de 2007. Do mesmo modo, alguns indicadores só foram pactuados a partir do ano de 2008, então, os resultados do ano de 2007 foram usados como base para se estabelecer a meta do ano subsequente. Sendo assim, os resultados se referem apenas ao ano em que cada indicador foi avaliado. Sabendo-se que o SISPACTO possui indicadores classificados em principais e complementares. Para se atingir os objetivos do presente estudo, considerou-se como critério de inclusão os indicadores elencados como “PRINCIPAIS”.Todos os dados acerca dos indicadores principais foram coletados, tabulados e tiveram o percentual de cobertura da meta calculados através de uma regra de três simples, considerando: valor da meta (100%) e resultado obtido (x %). Posteriormente, os dados foram compilados em uma única tabela contendo informações sobre as metas, os resultados e os percentuais de cobertura das metas, dos quais se apresentam neste estudo os indicadores que em algum momento do período avaliado apresentou sua meta atingida ou superada (resultados superiores às expectativas). Os indicadores que em nenhum momento apresentaram os resultados iguais ou superiores às metas também constam no presente estudo no escopo da discussão. RESULTADOS Os indicadores principais dos três anos totalizaram 41 itens avaliados. Destes, 17 (41,5%) dos indicadores alcançaram as metas estabelecidas pelo município de Santa Cruz, pelo menos uma vez no período entre 2007 e 2009 (tabela 1). Acerca dos indicadores com metas não atingidas no período do estudo, elenca-se a seguir os principais dados. Analisando o indicador “média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas”, apesar de ter evoluído entre 2008 e 2009, a referência de 1,5 consultas por habitantes ao ano ainda não foi alcançada. O que indica que é necessário ampliar o acesso da comunidade aos serviços básicos de saúde. Os valores do indicador “razão de exames citopatológico cervico-vaginais na faixa etária de 25 a 59 anos” em relação à população-alvo, em determinado local, por ano, mostram que as metas não foram alcançadas, sendo este um fator preocupante, pois o objetivo deste exame é a prevenção do câncer do colo do útero. Dentre todos os tipos de câncer, o de colo uterino tem um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100% quando diagnosticado precocemente. Isso é possível acontecer porque a patologia tem uma fase pré-clínica longa, e o exame para detecção precoce, o papanicolau, é eficiente, de baixo custo e fácil realização (GREENWOOD, 2006). O indicador “percentual de tratamento/seguimento no nível ambulatorial das lesões precursoras do câncer de colo do útero (lesões de alto grau - NIC II E NIC III)” também não atingiu as metas objetivadas. Portanto, ressalta-se que a taxa de morbi- mortalidade para a população feminina pode aumentar. O indicador “proporção da população cadastrada pela estratégia saúde da família”, mostra que apesar de não atingir 100% da população, o percentual foi superior a 95% em todo o período. A preocupação em se atingir esse indicador é proporcionar a população atendimento e acompanhamento nos serviços de saúde. A Estratégia de Saúde da Família (ESF) visa à promoção da saúde, a integralidade da assistência ao usuário como sujeito integrado à família, ao domicílio e à comunidade. A ESF engloba os cuidados com a saúde da comunidade, incluindo tratamento para as doenças mais comuns, como diabetes e a Hipertensão Arterial Sistêmica, representando o primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde (VASCONCELLOS, ET. al 2010). Quanto ao indicador “taxa de internação por diabetes mellitus e suas complicações na população de 30 anos e mais”, é bem mais alta do que o esperado, sugerindo que trabalhos de orientação sobre a patologia sejam feitos com a população a fim de reduzir esses números relacionados à complicações/agravamento da patologia. A proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados não atingiu a meta em nenhum dos anos, assim, não se sabe ao certo a morte das mulheres em idade fértil em Santa Cruz. Portanto, esse indicador é muito importante para se saber as causas das mortes e para que haja alguma intervenção nas causas de morte.A proporção de casos de doenças de notificação compulsória (DNC) encerrados oportunamente após notificação não são satisfatórias, pois os resultados não atingiram as metas. Isso indica que não há um encerramento em tempo oportuno dos dados, o que pode implicar também no atraso na alimentação no Sistema Nacional de Informações de Agravos e Notificação (Sinan), dificultando o trabalho de planejamento em saúde e intervenção em relação a prevenção e tratamento das DNC no município. CONCLUSÃO Diane do exposto, observa-se que apesar do empenho do governo municipal, menos da metade dos indicadores atingiram as metas propostas pelos gestores de saúde. Como pontos positivos elencam-se: o respeito à receita própria aplicada em saúde; Índice de alimentação regular nas bases de dados nacionais obrigatórias; Proporção de doenças exantemáticas investigadas adequadamente; Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal; Proporção de investigação de óbitos infantis, Proporção de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidas; e Percentual de Unidades de Saúde que desenvolvem ações no campo da atividade física.


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Comportamento da morbidade infantil hospitalar em serviços de saúde de Santa Cruz/RN: Uma série histórica de 2000 a 2007 I

Ávila Kelly de Medeiros Nicolau/ IIJoana Eliza Pontes de Azevedo/IIIAdriana Magalhães /IVJosé Jailson de Almeida Júnior

1 INTRODUÇÃO Embora já seja conhecida a deficiência de dados advindos das bases e sistemas de informação em saúde, em virtude das notificações defeituosas, alguns pesquisadores ainda utilizam os registros de morbidade hospitalar para conhecer a realidade acerca da morbidade de determinadas populações. Portanto, segundo OLIVEIRA (2010), o estudo das causas de internação hospitalar em crianças de zero a quatro anos no Brasil permite compreender o perfil de adoecimento e conseqüentemente elaborar planos de intervenção que previnam agravamento das doenças a fim de reduzir e evitar a internação hospitalar. Em todo o país, tais pesquisas têm apresentado certa regularidade nas notificações de morbidade, apontando quase sempre as Doenças do Aparelho Respiratório e as infecciosas e parasitárias (principalmente diarréicas) como principais responsáveis pelos altos índices de morbidade infantil. Além disto, as crianças que se enquadram na faixa etária de menores de cinco anos de idade, apresentam níveis de internação maiores que todos os outros grupos etários. Desta forma, este trabalho tem como objetivo identificar nos dados oficiais disponibilizados no DATASUS as causas de hospitalização de crianças de um a quatro anos, no período de 2000 a 2007, com vistas a compreender quais grupos de causas têm levado as crianças à hospitalização nos anos de 2000 a 2007 no município de Santa Cruz-RN. 2 METÓDOS Após consulta ao SINAN, utilizando a tabulação do programa Tabwin, os dados foram armazenados em planilha do Excel, ordenados pela lista de morbidade do CID 10. Devido a pouca disponibilidade de dados amplos sobre a morbidade, este trabalho requer um futuro estudo epidemiológico transversal que avance no sentido de realmente identificar os fatores de risco mais eminentes. Serão somente apresentadas às oscilações anuais e as morbidades mais freqüentes. A apresentação dos dados processados em informações será feita através de gráficos e tabelas, auxiliando numa melhor compreensão. 3 RESULTADOS A morbidade infantil hospitalar por Doenças infecciosas e parasitárias no município de Santa Cruz/RN apresenta irregularidade no período em estudo (2000 a 2007). Este grupo do CID 10 inclui: diarréia e gastrenterite de origem infecciosa, tuberculoses, dengue e hepatites entre outras patologias. Inicialmente no ano de 2000 (110 casos), a notificação dos casos encontra-se elevada com relação aos seis anos seguintes, 2001 (96 casos); 2002 (48 casos); 2003 (47 casos); 2004 (51 casos); 2005 (61 casos); e 2006 (62 casos). Do ano de 2001 a 2002 podemos notar uma aparente redução significativa dos casos; Do ano de 2002 a 2004 essas reduções são mantidas. No entanto a partir de 2005 podemos observar uma leve tendência no aumento de casos. Por fim em 2007 verificamos claramente um aumento preocupante, com relação aos anos anteriores, apresentando um total de 114 casos de morbidade hospitalar por Doenças Infecciosas e Parasitárias. Entre este grupo do CID 10, o município de Santa Cruz revela como patologias mais comuns as doenças infecciosas intestinais. No ano de 2000 e 2001 não verificamos oscilações, havendo o mesmo número de casos (70 casos). Já no periodo de 2002 (20 casos) a 2003 (25 casos) podemos notar considerável aumento de casos de Outras Doenças Infecciosas intestinais. De 2003 (25 casos) a 2005 (35 casos) ocorrem sem muita significância movimentos na curva. No entanto de 2005 (35 casos) a 2007 ( 69 casos) notamos um aumento brusco em relação aos anos anteriores. No caso das Outras Doenças Infecciosas e parasitárias, verificamos que a notificação de casos de 2000 e 2001 é desprezivel, não sendo notificado nenhum caso. No entanto de 2002 (23 casos) a 2003 (15 casos) ocorre uma subida abrupta desta morbidade. No ano de 2004 (18 casos) há uma redução, com aumento em 2005 (23 casos). Novamente uma leve redução ocorre em 2006 (18 casos). Por fim de 2006 (18 casos) a 2007 (32 casos) podemos observar o pico máximo de casos de todo o periodo em estudo. As outras Doenças Bacterianas apresentam de 2000 (24 casos) a 2002 (3 casos) uma redução significativa, voltando a ter um pequeno aumento em 2003 ( 5 casos) e mantendo-se pelos próximos quatro anos estáveis. Quanto as casos de Septicemia, observou-se que ano de 2000 (5 casos) ao ano de 2002 (0 casos) uma queda nos casos de Septicemia no município. No entanto, de 2003 (2 casos) a 2004 (1 caso) verificamos pouco aumento significativo, retornando a apresentação de leve queda no ano de 2004 (1 caso). De 2005 a 2007 elevase ainda que pouco (2 casos) e mantém-se estável. Em relação aos casos de Dengue Clássico, observou-se que nos anos de 2000 a 2004 a notificação foi desprezível. No entanto de 2004 a 2005 (1 caso) percebemos um pequeno aumento, seguido de queda em 2006 (0 caso). Por fim em 2007 (9 casos) abruptamente ocorre elevação. O outro grupo de Doenças que apresenta destaque na notificação de morbidade hospitalar infantil no Município são as Doenças do Aparelho Respiratório. Estas apresentam do ano de 2000 (164 casos) a 2001 (73 casos) uma redução significativa nos casos. De 2001 (73 casos) a 2002 (93 casos) ocorre uma pequena elevação seguida de queda nos próximos três anos 2003 (67 casos), 2004 (48 casos) e 2005 (43 casos). De 2005 a 2007 podemos observar elevações consecutivas com 43, 57 e 88 casos respectivamente. Dentro do grupo das Doenças do Aparelho Respiratório podemos observar que duas patologias emergem como grandes responsáveis pela morbidade hospitalar infantil no município: A Pneumonia e a Asma. A Pneumonia no ano de 2000 (140 casos) a 2001 (40 casos) apresentou consideravel redução na morbidade hospitalar infantil. No entanto de 2001 (40 casos) a 2002 (70 casos) verificamos aumento, seguido de queda em 2003 (50 casos), 2004 (39 casos) e 2005 (36 casos). Porém, de 2005 (36 casos) a 2006 (42 casos) ocorre um retorno no aumento dos casos conservando esta tendência no ano seguinte (62 casos). Em relação aos casos de asma do município, podemos observar que do ano de 2000 (25 casos) ao ano de 2004 (5 casos) ocorreu um declínio. No ano de 2004 (5 casos) a 2005 (10 casos) observamos um aumento, seguido de queda em 2006 (7 casos) e uma nova subida em 2007 (19 casos). CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos observar que do ano de 2000 a 2007 as doenças infecciosas e parasitárias oscilaram sem muita representatividade, apesar de apresentarem em alguns momentos aumentos dos casos, além destas as doenças do aparelho respiratório também se comportam semelhantemente. Os dados coletados oferecidos pelos sistemas, por si só, nos apresentam poucas informações acerca dos indícios que possivelmente podem ter influenciado a curva do gráfico. Assim sendo, para que este estudo torne-se um útil instrumento de pesquisa, necessitamos desenvolver um estudo transversal que nos indique de fato, os fatores de risco, e outras informações sobre as condições de saúde dessa população especifica. Espera-se que esse trabalho contribua para a formulação ou reorientação de práticas de vigilância em saúde continuamente alerta, orientadas para a as necessidades deste grupo que carece de extrema atenção por parte dos serviços de saúde, impactando positivamente na saúde dos mesmos e na redução de gastos públicos com, por exemplo, internações evitáveis. 4 REFERÊNCIAS BARROS, M. B. DE A.; Morbidade e mortalidade hospitalar de crianças menores de um ano, em Ribeirão Preto, SP, 1975. Revista de Saúde Pública. São Paulo, 1981. CAETANO, J. R. de M.; BORDIN, I. A. S.; PUCCINI, R. F.; PERES, C. A. Fatores associados à internação hospitalar de crianças menores de cinco anos, São Paulo, SP. Revista de Saúde Pública 2002. / COSTA, M.C.N., LEITE, A.P., CRUZ, A.N.L., CABRAL, A.P.G., ZARIFE, A.S., KRAYCHETE, A.G., FERNANDES, B.H., LEITE, C.E.B., GALVÃO, C.M., ANDRADE, C.M.S., OLIVEIRA, C.S., LEITE, C.F., PEREIRA, E.L.A., ARAÚJO, E.L., OLIVEIRA, G.M.S., COUTO, G.S., SOMBRA, I.L., SANTOS, R.C.P., FERREIRA, R.F., SARMENTO, A.M.P. & NETO, B.M. Mortalidade e morbidade em um hospital pediátrico de Salvador - 1983. Rev. Baiana de Saúde Pública, 1985. / LANDMANN, J. Saúde e assistência médica; determinantes. Revista Div. nac. Pneumol.sanit., 1978. / OLIVEIRA, B. R. G. de; VIERA, C. S.; COLLET, N. ; LIMA, R. A. G. de.; Causas de hospitalização no SUS de crianças de zero a quatro anos no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2010. / SANTOS, P. L. dos; Morbidade referida, situação vacinal e acesso a serviços de saúde por pré-escolares. Ribeirão Preto, 2009. I

Aluna de Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Bolsista do PET- Vigilância; Santa Cruz/RN, Brasil. / IIAluna de Graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Bolsista do PET- Vigilância; Santa Cruz/RN, Brasil. / IIIOrientadora do Projeto PET-Saúde da FACISA – Faculdade de Ciências do Trairi/UFRN – Santa Cruz/RN; / IVColaborador do Projeto PET-Saúde da FACISA – Faculdade de Ciências do Trairi/UFRN – Santa Cruz/RN;


Saúde em FOCO - abr-jun/2011- Pág 08

PET no Ar

Colaboradores do PET-VS levam saúde pelas ondas da Rádio Santa Cruz AM 1.410

Alunos promovem atividade nas Unidades Básicas de Saúde de Santa Cruz

PET ações

Alimentação Segura Outro espaço de PET-ações educativas acerca das “5 chaves para uma alimentação segura”, foram as Unidades Básicas de Saúde do Município, onde foram realizadas rodas de conversas e atividades lúdicas com as pessoas que se encontravam na sala de espera.

Muito Mais Santa Cruz

PET-VS no SBAN

Através de programas na rádio Santa Cruz 1410 AM às quartas-feiras a partir das 18h30 abrimos mais um canal de comunicação com a população local é o “'PAPO SAÚDE: PET NO AR” estamos informando a população sobre doenças que são veiculadas por alimentos e as cinco chaves para uma alimentação segura.

O grupo Pet Saúde: “Vigilância em Saúde com vista ao turismo sustentável”, continua presente mensalmente no Projeto “Muito Mais Santa Cruz”. O Projeto é promovido pela prefeitura de santa cruz e tem como objetivo levar mais saúde em um dia de ação comunitária em um bairro do município.

O Pet Saúde Santa Cruz também se fez presente em e v e n t o científico, apresentando 4(quatro) trabalhos no Congresso Nacional de Nutrição S B A N realizado na cidade de Fortaleza-CE, os quais divulgaram informações sobre controle higiênicosanitário em serviços que atuam em distintos segmentos de alimentação coletiva.

Encontro de PETs

PET no Peti

O Pet Vigilância em Saúde de Santa Cruz participou do I ENCONTRO DOS PETS DA UFRN. O evento reuniu Tu t o r e s , P r e c e p t o r e s , M o n i t o r e s , Coordenadores de Curso, Chefes de Departamento, Diretores dos Centros envolvidos e Pró-Reitores no Hotel Praia Mar, em Natal. A discussão abordou os temas: Contribuição dos PETs na qualidade do ensino; Responsabilidade Social da UFRN como Instituição Pública; Visão do Processo de Trabalho na Sociedade; e Ensino, Pesquisa e Extensão nos PETs. Nosso Pet Saúde se destacou pelas ações de extensão e pela publicação do “Boletim Saúde em FOCO”.

Os grupos PET Saúde santa cruz rodas de conversa, atividades lúdicas e oficinas para 160 mães de alunos e alunos que participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI. Em momento recíproco de informações, opiniões e sugestões foram abordados os temas: Dengue: prevenção e tratamento; e Saúde da mulher: planejamento familiar e repercussões de uma gravidez indesejada Ainda foram trabalhados de forma lúdica e criativa temas tais como: diarréia e doenças respiratórias. Na oportunidade foi ensinada a correta lavagem de mãos junto às crianças como ferramenta de prevenção dessas doenças. A atividade contou com a utilização de fantoches em uma pequena peça teatral e uma oficina sobre a correta lavagem as mãos como modo de prevenção de doenças.

PET e o Turismo Tendo em vista a aproximação com da Festa de Santa Rita e o conseqüente aumento do número de visitantes na cidade de Santa Cruz, no mês de maio, o PET Saúde Vigilância de Santa Cruz fortaleceu suas ações relacionadas com a prevenção da principal doença do viajante, as Doenças Transmitidas por Alimentos- DTA's.


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Encarte especial do Boletim Saúde em Foco Edição nº.03 Ano II - Abr. a Jun. de 2011

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Pet participou da Mostra de Ciências, Pesquisa, Arte, Cultura e Cidadania da Região do Trairi – MADALENA/ FACISA, onde aconteceram várias atividades, uma delas foi a oficina de “Boas Práticas de Manipulação para Merendeiras: compreendendo os nós críticos no preparo da alimentação escolar”, com duração de quatro horas (dia 16 de junho). Os alunos PET contextualizaram a temática abordando, de forma lúdica e participativa, a importância da alimentação escolar para a nutrição e saúde dos estudantes, bem como, para a prevenção de doenças (crônicas e causadas por alimentos). As merendeiras elaboraram coletivamente painéis que indicam os entraves existente nas escolas públicas de santa cruz que dificultam a implantação das Boas práticas de manipulação de alimentos.

Promovendo a Alimentação Segura e Saudável

Universidade vai a praça

O Pet Vigilância em Saúde também realizou a “Oficina Passe – Promovendo a Alimentação Segura e Saudável”, uma ação voltada ao público escolar realizada em uma escola privada do município, com atividades lúdicas como peças teatrais, jogos educativos, gincana e atividades artísticas, voltada para crianças da educação infantil. Reconhecendo a necessidade do registro das ações do PET, alunos e preceptores participaram da Oficina de Fotografia, com conteúdo teórico-prático.

Os alunos do PET também apresentaram trabalhos no Universidade vai a Praça do II Madalena

CADERNO ESPECIAL


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De olho no rádio Durante o mês de junho continuaram as gravações na rádio Santa Cruz, foram realizadas orientações sobre a compra, armazenamento, preparo, consumo e acondicionamento de sobras de alimentos, visando a elaboração e consumo alimentação s e g u r a p e l a população. E para aprimorar esta ação os alunos, preceptores e tutora participaram da Oficina teórico-prática“Comunicação Radiofônica - aprenda a falar no rádio!”,

II Fórum de Vigilância em Saúde de Santa Cruz O II Fórum de Vigilância em Saúde ocorreu em junho e contou em sua abertura com a participação de representante da Secretaria Estadual, Secretaria Municipal e FACISA/UFRN. Profissionais da Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmitidas por Alimentos da Secretaria Estadual e da Vigilância em Sanitária de Santa Cruz participaram da mesa redonda com a discussão sobre a “Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmitidas por Alimentos – DTAs”. Os trabalhos apresentados foram produzidos pelos participantes do PET (discentes, preceptores, tutora e colaboradores), através do qual divulgaram-se as ações e pesquisas dos grupos 1 e 2 . O evento foi parte integrante da programação do quadro Ciência & Prosa da II Mostra de Ciências, Pesquisa, Arte, Cultura e Cidadania da Região do Trairí MADALENA.

Em destaque: O Pet Saúde de Santa Cruz/RN teve destaque na II Mostra de Ciências, Pesquisa, Arte, Cultura e Cidadania da Região do Trairí-MADALENA, o trabalho intitulado “PET VIGILÂNCIA EM SAÚDE: ESTIMULANDO O CONSUMO DE ALIMENTOS SEGUROS NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ/RN apresentou as ações realizadas com a comunidade e recebeu premiação ao final do evento. PARABÉNS AOS PETIANOS G2!

PET-VS no www.facisa.ufrn.br/madalena

2011

CADERNO ESPECIAL


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