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Meu pet | por Jéssie Panegassi

Fisioterapia é também alternativa para pets Quando eles já estão mais velhinhos ou sofreram algum tipo de acidente, a prática pode devolver o bem-estar e prolongar a vida dos animais

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FOTOS: SHUTTERSTOCK.

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quela briga com o bichano do vizinho, o brinquedo esquecido que fez que o cachorro caísse escada abaixo, aquela patinha quebrada que sempre volta a doer, o antigo amigo da família – que parece até um vovozinho – que já não consegue se sustentar por muito tempo em pé... Cães e gatos, assim como os humanos, estão sujeitos a doenças, acidentes e sintomas da velhice. Nesses casos, a fisioterapia veterinária pode ser de grande ajuda também para os bichinhos. “Ela visa diminuir o tempo de recuperação e o uso de medicamentos, que sobrecarregam os rins e o fígado, em cães e gatos”, afirma Luiz Fernando, veterinário e fisioterapeuta da clínica Professor Israel (MG). O especialista explica que a prática se divide em dois focos primários: o primeiro é a reabilitação do que fez alguma cirurgia ou lesou algum tendão e/ou músculo, conseguindo um maior alongamento e fortalecimento muscular – resultado que é bastante similar nos humanos – e o segundo são os exercícios controlados para a perda de peso e fortalecimento cardiovascular nas mascotes. As lesões de coluna também são bastante beneficiadas por esse tipo de abordagem terapêutica. “A fisioterapia pode tratar desde inflamações diretas na reWWW.REVISTAVIVASAUDE.COM.BR

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gião dos ossos da coluna até fortalecer a musculatura que a sustenta. Com isso se consegue, inclusive, diminuir as crises de dor ao longo de toda a vida do animal de estimação”, defende Fernando.

Como é que ela funciona?

Normalmente os pacientes da fisioterapia veterinária são os cães. Gatos, pelo seu tipo de comportamento, agilidade e pouco peso, normalmente não têm problemas que necessitem desse tipo de tratamento. “Os que mais frequentam as clínicas são os cães de médio e grande porte e a partir dos 7 anos”, diz Fernando. O médico-veterinário especializado nesse tipo de tratamento utiliza as próprias mãos durante as sessões. Ele faz massagens, alongamentos e algumas posições especiais necessárias para o tratamento. “Também são utilizados aparelhos próprios, como a laserterapia, outros que transmitem calor, e esteira aquática. Com isso, o animal consegue usar a força para vencer a densidade da água”, explica Fernando. “Esse tipo de exercício também é benéfico por diminuir a pressão e o atrito nas articulações enquanto é realizado”, esclarece Daniele Augusto, fisioterapeuta veterinária do Pet Hotel Dog Life (SP). Terapias com água morna exercem uma pressão no corpo que, quando movimentado, faz uma espécie de massagem que ativa a circulação. Contudo, não deve ser utilizada em animais com feridas abertas.

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Para que o animal permaneça cooperando enquanto tratado, o dono deve acompanhar as sessões pelo menos no começo, até que ele se adapte. O tamanho do bichinho não influencia nos resultados. “Essa técnica já é mundialmente comprovada e utiliza uma força padronizada para o animal pequeno, médio e grande”, conclui Fernando.

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