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Agência de Notícias da AIDS

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Dobra número de denúncias de crimes de homofobia em São Paulo

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ENVIAR | IMPRIMIR | A+ A30/04/2013 - 16h30 Em audiência pública sobre o sistema nacional de enfrentamento à violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) em São Paulo, Gustavo Bernardes, da Secretaria de Direitos Humanos, afirmou que número de denúncias contra crimes homofóbicos mais do que dobrou de 2011 para 2012, foram de 197 casos em um ano para 404 no outro. A reunião aconteceu nessa segunda-feira, 29 de abril. Gustavo explicou que o aumento do número de denúncias é um fenômeno presenciado no Brasil inteiro, não apenas em São Paulo, e que se deve possivelmente pelo o aumento do reconhecimento do serviço e da discriminação no País. Ele apresentou uma palestra com um cronograma das atividades contra a homofobia promovidas pelo governo federal desde 2004 e respondeu as perguntas dos presentes. A audiência contou com a presença de ativistas da causa LGBT, profissionais de saúde, como Márcia Giovanetti, do Programa Estadual de DST/Aids-SP, e autoridades da Secretaria de Direitos Humanos. Segundo Gustavo, as vítimas desse tipo de crime são, principalmente, mulheres jovens e negras. Já os que menos denunciam são as travestis e transexuais, possivelmente por medo de alguma represália ainda maior. “Esses dados devem ser olhados com cautela, pois sabemos que muitas denúncias não são registradas”, comentou. O atendimento de saúde dessa população também ganhou destaque no evento, apesar dos elogios ao uso do nome social no cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) para as travestis. Gedilson dos Santos, do Fórum da Juventude LGBT do Estado de São Paulo e Conselheiro Gestor do Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids Doutor Sérgio Arouca, no Itaim Paulista, disse que quando o homossexual “se descobre como portador do vírus HIV ou de outra DST, ele sofre uma violência ainda maior, pois além de ser uma população que já é estigmatizada, há também o preconceito por ter o HIV”, defende. “Você alcançar a pessoa para fazer o teste não quer dizer que ela vai fazer o tratamento, porque isso implica uma exposição”, afirma. “Quando ele precisa ir até um serviço especializado para realizar o tratamento, levando-se em conta o estigma por ser homossexual e agora tendo que se expor também como portador do HIV, esse jovem acaba se sentindo violado e opta por não realizar o tratamento, principalmente quando ele tem entre 16 e 24 anos”, completa. Jéssie Panegassi

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