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Mundo pet | da Redação

Será que ele está doente? Os animais de estimação se machucam, sentem dor, ficam doentes e deprimidos. Mas, já que não podem se explicar com palavras, é preciso que o dono atente aos sinais de que algo não vai bem

C

ada animal tem o seu jeito particular, seu temperamento, sua forma de brincar, dormir, andar pela casa, e tudo mais que o dono atento conhece muito bem. Qualquer alteração nessa rotina do bichinho — como não subir no sofá ou no colo, ficar encolhido nos cantos, se esconder etc. — pode significar algum problema. As mudanças comportamentais são frequentemente o primeiro sintoma que eles apresentam quando a saúde não vai bem. Se isso acontece, o dono deve redobrar a atenção e tentar localizar de onde vem a dor, se vem da pata, das costelas ou do focinho, por exemplo. Assim que consegue identificar qual o local que está sensível, o proprietário pode julgar melhor com qual urgência deve procurar por ajuda médica. De acordo com o veterinário mestrado em cirurgia pela Universidade São Paulo (USP), José Roberto July, é ainda mais difícil verificar os primeiros sintomas nos gatos que nos cães. Quando o gato passa a se esconder muito, perde o apetite, para de se lamber ou o faz compulsivamente o dono deve atentar à necessidade de levá-lo para avaliação de um veterinário. Já casos de depressão nos pets só devem ser aceitos depois de vários exames

Muitas vezes os pets apresentam os mesmos sintomas que seus donos, sejam eles físicos ou psicológicos. É comum o cachorrinho de uma mulher que está com depressão apresentar o mesmo quadro. Então, cuidado com a sua saúde para que ela não afete a do seu bichinho também 92 | VIVA SAÚDE

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laboratoriais que não encontram nenhuma anormalidade com a saúde clínica. “No frio, os bichinhos também precisam de mais cuidados. Por sentirem mais dor em antigos machucados ou nas articulações (artrose), podem ficar manhosos, assim como os humanos”, afirma July. Outras doenças frequentes nesses animais são cálculos uretrais (que obstruem a uretra), paralisia na coluna, hemorragia interna em consequência de um tumor e edema pulmonar. Para prevenir, ele recomenda que se incentive a atividade física e comer moderadamente de acordo com o perfil do animal. Manter um ambiente agradável também ajuda, assim como visitar o veterinário regularmente.

Caso de emergência “Se o animal, normalmente de grande porte, acabou de comer, começou a brincar, e de repente não se mexe mais, o dono deve leválo ao hospital, pois pode ser um caso de torção de estômago”, explica o veterinário José Roberto July. Nesses casos, confirmados através da radiografia, ele deve passar por uma cirurgia de emergência para reverter o acidente. Apesar de ser mais comum em cachorros de grande porte, é possível acontecer em qualquer animal. Para evitar esse tipo de problema, July recomenda três ou quatro refeições ao dia (em vez de apenas uma), para não dilatar o estômago e deixá-lo preso após

Focinho quente é sinal de febre? Não. Olhos ou focinho secos e pelos quebradiços são sinais de problemas internos, mas não febre. Para se ter certeza da temperatura do animal, usa-se um termômetro retal. Quando a febre está muito alta, o dono pode perceber pela alteração na respiração do gato ou do cachorro, que fica bastante ofegante. Como eles não têm nenhuma outra forma de resfriar a sua temperatura, tentam trocar o ar quente pelo frio, no pulmão, para esfriar o corpo. Mas isso não significa que todas as vezes que o bichinho está ofegante ele tem febre. “Podem ser outros problemas ou apenas em razão dos exercícios que ele praticou”, explica July.

Uma edição com pedigree. Vários, para dizer a verdade... Os filhotes de animais são desajeitados, vulneráveis, engraçados e muito cativantes. Eles têm um poder enorme de nos encantar. E é este encanto que surge nas 1001 fotos deste Almanaque, que traz essas criaturas fofas no seu ambiente natural.

COLABORAÇÃO: JÉSSIE PANEGASSI (ESTAGIÁRIA) / FOTOS: SHUTTERSTOCK

NA HORA DE LEVAR O PET DOENTE AO VETERINÁRIO ● Procure sempre se proteger, pois quando estão com dores os bichos

ficam muito mais propensos a morder para que possam se defender. ● Faça com que a respiração do animal esteja desobstruída.

Cuidado para não apertar o pescoço dele com a coleira. ● Não leve o seu bichinho no colo, isso pode deslocar uma vértebra na

hora da locomoção. Prefira levá-lo em alguma superfície plana, como

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uma tábua, ou até na caminha (se ela for de consistência rígida). ● Explique ao médico veterinário tudo o que foi observado no

comportamento do pet, e o local que acredita ser proveniente da dor.

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