Tabloide Especial Educação

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Editorial Chega outubro e aqui estamos lançando mais um tabloide especial sobre educação. Este é um projeto do Jornal da Economia que já dura alguns anos e que foi idealizado com uma proposta simples, porém importante: falar sobre educação de uma forma simples e informal aos pais, que algumas vezes possam sentir-se um pouco perdidos na difícil tarefa de educar seus filhos. A educação é o futuro de qualquer nação e a forma com que ela é apresentada ao aluno, principalmente em seus primeiros anos, é essencial. Por conta disso, procuramos nos focar especificamente nas crianças pequenas trazendo matérias embasadas em fatos científicos e também na opinião de profissionais gabaritados na área educacional. Abordamos a educação formal e também procuramos não nos focar no processo estudantil e sim na educação fora no mundo escolar, onde ela é tão importante e onde acreditamos ser onde os pais mais tem dúvidas. Assim, se você nos deixar, entramos mais uma vez na sua vida levando um pouco do que aprendemos durante a produção das matérias que ilustram estas páginas, na esperança de que ela possa te ajudar a entender melhor o que se passa na cabeça destes pequenos que tanto amamos e como podemos fazer para lhes ensinar a serem membros produtivos da nossa sociedade.

Ana Paula Vasques / Anderson Chiara Coordenação do Projeto Martha Mello Administração Mércia Ciaramello


O ambiente familiar na educação

Divulgação

Rafael Barbosa

______________________ Imaginemos uma missa sendo celebrada em uma manhãde domingo. A cerimônia religiosa está sendo realizada normalmente e todas as pessoas estão sentadas e ouvindo com a atenção o sermão discursado pelo padre... isto é, quase todas as pessoas, já que um garotinho está brincando de correr pela igreja, o que atrai olhares curiosos e de reprovação de boa parte dos presentes para com os pais do pequeno. Agora imaginemos que este mesmo garotinho tenha sido o único da sua classe a tirar a nota dez em uma prova. Quando os pais falam orgulhosos sobre isso aos conhecidos, eles irão elogiar o feito, mas os complementos são dados apenas a criança. Estas são duas histórias

que eu mesmo presenciei e que mostram um fato curioso sobre a forma como enxergamos o comportamento infantil. Quando uma criança faz algo repreensível, a culpa é geralmente atribuída aos pais, mas quando o feito é digno de nota, as congratulações são dadas unicamente a criança. Segundo a Psicóloga e especialista em Análise do Comportamento Aplicada Carina Paula Costelini Isper, a presença dos pais está ligada a educação de uma criança em todo os âmbitos. "Segundo estudiosos do comportamento humano, as atitudes das crianças (e mesmo dos adultos) devem ser analisadas através de três principais pontos: a cultura, a genética e o ambiente. A família faz parte desses três contextos", afirmou em artigo publicado no portal Psicoterapia Comporta-

mental Infantil. Nossa cultura, por exemplo, molda nossa relação com respeito a alimentação, o convívio social, a forma como nos vestimos, dentre outros, sendo justamente o convívio com nossos pais que irá moldar a nossa relação com estes elementos. Um exemplo muito interessante citado pela psicóloga é a forma como as crianças japonesas tendem a ser mais disciplinadas e obedientes, devido ao rigor da cultura japonesa quanto ao seguimento de regras. A presença dos pais afeta até mesmo as nossas características genéticas de forma surpreendente. Muitos aspectos são definidos pela hereditariedade, como a cor da pele e até mesmo a nossa predisposição a tomar determinadas atitudes, como a agressividade. Entretanto é importante reiterar que o comportamento dos pais é funda-

mental para o desenvolvimento do comportamento da criança. Estima-se que filhos de casais violentos têm 2 ou 4 vezes mais probabilidades de apresentarem problemas comportamentais ligados a violência, por exemplo. "É importante esclarecer que comportamentos como agredir, desobedecer e desrespeitar não são transmitidos hereditariamente! Predisposições genéticas podem favo-

recer determinadas atitudes, mas não podem ser consideradas as causas disso" afirmou Isper em seu artigo. O ambiente também é um fator importante no desenvolvimento infantil, já que é ele que estabelece as relações que a criança terá em sua vida. Sendo o ambiente familiar a primeira e, geralmente, a mais longa experiência em grupo que os pequenos tem, ela será fundamental para

que a criança molde sua atitude ao copiar as condutas dos pais, irmãos, avós, etc. "A transmissão de características hereditárias não pode ser escolhida pelos pais, mas os hábitos ensinados, os modelos passados e as consequências dadas diante de certas condutas são de responsabilidade da família e podem determinar muitas das atitudes dos filhos", completa Carina Paula Costelini Isper.


Mordendo para conhecer Reprodução / Internet

Rafael Barbosa

______________________ Todo o pai sabe que as crianças passam por determinadas fases durante o crescimento e uma das mais incompreendidas, é a conhecida "fase oral". Este estágio do desenvolvimento infantil geralmente dura até os dois anos, embora possa se estender até os três, e consiste basicamente na época em que a criança usa a boca para conhecer o que está ao seu redor e apreciar as diversas experiências do mundo. É pela boca que os pequenos começam a sentir as primeiras sensações externas do corpo, como o calor, o frio, o duro, o macio, a dor, as cócegas e, principalmente, o prazer. Mas embora esta fase seja extremamente natural, ela acaba assustando os pais por diversos motivos, como o fato da crianças sentir a necessidade de colocar tudo na boca, o que pode transformar aquela gostosa visita a praia em um grande momento de tensão. O outro motivo para tamanha preocupação está na famosa "fase da mordida", quando além de colocar as coisas nas bocas, as crianças também começam literalmente a mostrar seus dentinhos ao mundo, o que pode gerar alguns problemas. O amiguinho não quis emprestar o brinquedo?

NHAC nele. O papai ou a mamãe não estão me dando atenção? NHAC neles. Isto sem contar quando o totó não entrar no caminho do pequeno. Segundo os especialistas, é importante ter em mente que é absolutamente natural que um bebê comece a morder, pois o impulso vem da necessidade da criança de se expressar. "Nessa primeira etapa da vida, a criança ainda não domina a linguagem. Então, a forma que ela tem para se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, como morder, bater, puxar o cabelo", explicou Marilene Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo ao portal Educar para Crescer. Outra dica importante é a de que este comportamento é aprendido com o contato da criança com os próprios adultos ou com os pequenos a sua volta. Então se você pensou

que aquelas brincadeiras de fingir estar mordendo as mãos ou pés dos pequenos eram inofensivas, pense de novo. No caso do seu filho, sobrinho ou qualquer criança tentar morder você ou outra pessoa, a melhor forma de lidar com a situação é ensiná-lo que aquilo é errado. "O adulto deve mostrar à criança que há outros meios de expressar-se ou de conseguir o que se quer. Pode-se dizer, por exemplo: 'se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele', ou 'você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo'", diz Marilene Proença. Segundo a especialista, o papel do adulto é transformar a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem, fazendo com que a criança passe a entender o mundo através das palavras e não através apenas das sensações. Uma regra simples, mas que pode ser muito útil, principalmente quando você ver aqueles dentinhos afiados indo em sua direção.


Ao Mestre com Carinho - Professora Gema Arquivo Pessoal

Rafael Barbosa

______________________ Uma trajetória de sucesso, mas que começou com a luta para vencer os preconceitos de uma época onde a educação era um privilégio das pessoas financeiramente abastadas e destinado principalmente aos homens. Na opinião dele, como a da maioria das pessoas da época, mulheres não precisavam estudar", conta. Sem apoio, Gema deixou de estudar após o ginásio e somente foi voltar aos estudos com a chegada do magistério ao Horácio Maney Lane, em 1966. Na época, com 24 anos, Gema já era uma mulher casada e com dois filhos, porém mesmo assim decidiu que iria retomar sua trajetória estudantil e ingressou em uma classe composta de adultos que, assim como ela, queriam retomar o tempo perdido. Mas voltar às aulas não foi fácil e, apenas no primeiro ano, 10 colegas já haviam desistido da escola. Entretanto, Gema não só continuou, como também deu seus primeiros passos na carreira de professora. Por estar adiantada nos estudos, começou a dar aulas de reforço para os jovens e, tempos depois expandiu seus horizontes ao idealizar um curso preparatório de admissão ao Ginásio juntamente com uma amiga, já que devido às poucas vagas da época, os alunos precisavam estar aptos para entrarem no Ginásio Estadual . A partir do segundo ano de preparação Gema teve que tocar a iniciativa sozinha, mas mesmo assim o projeto deu

certo e nos quase cinco anos de existência do curso, a professora chegou a ter turmas de 50 alunos, com um índice de aprovação de 100%. Por coincidência, quando se formou no magistério, surgiram dois concursos: um para a vaga de professora para Escola Municipal e outro para o mesmo cargo em uma Escola Estadual. Gema passou nos dois concursos e no início conseguiu dar aula em duas Escolas , Vila Amaral e Emei da Praça da República ,até que foi obrigada escolher uma e assim, optou pela EMEI Bandeirantes ,por ser uma Escola mais completa. Gema sempre teve um carinho especial pelas crianças e sempre procurou dar aulas para os pequenos. "Acho engraçado quando penso que, quando muito nova, não tinha muita paciência com as crianças "Não sei dizer por que mudei tão drasticamente de opinião, talvez o fato de já ter dois filhos quando comecei a lecionar, mas apesar de ter dado aulas para todas as idades ao longo dos anos, sempre lembro com carinho dos meus pequenos", comenta. Gema conta que na época o professor era muito mais do que um educador, sendo alguém que cuidava e muitas vÊzes fazia o papel de mãe da criança, ensinando muito mais do que o simples A, B e C para os alunos, levando-os para ensinamentos para fora da sala de aula. Um exemplo eram as aulas com sucata, que ministrava aos seus alunos como forma de trabalharem a criatividade, enquanto lhes ensinava a aproveitarem materiais

usados e evitarem o desperdício. A proposta deu tão certo que Dona Gema foi convidada a ensinar outros professores da Rede Estadual e Municipal a utilizarem está didática, chegando a percorrer escolas rurais para promover está prática. No governo do Prefeito Mario Luiz Campos de Oliveira, foi nomeada "Orientadora Artística das EMEIs", com a responsabilidade da organização geral de todas as Emeis, onde permaneceu até o fim de seu mandato. No governo do Prefeito Sanches,foi nomeada Chefe da Divisão da Cultura, o trabalho seria na Brasital,e foi grande, foram criadas as Oficinas de ; música,coral "Albertina de Castro",oficinas de artes, oficina de dança, iniciação musical, curso de línguas na Biblioteca,, palestras com escritores famosos,e muitos eventos. Trabalhou com os artesãos, com as Corporações musicais, e sempre nesses trabalhos tinha um dedinho de professora. Por ocasião da morte do Prefeito Sanches, e por motivos particulares , encerrou seu trabalho , requereu sua aposentadoria,, com 31 anos de trabalho, 18 em sala de aula e 13 em cargos de confiança,em 8 gestões consecutivas. Após dois anos, montou o"Espaço Cultural Gemma",com cursos dos mais variados, inclusive cursos profissionalizantes, mais uma vez se viu também como "professora". Trabalhou com o Espaço Cultural por 15 anos. Hoje tem um Projeto novo "Outono da Vida " dedicado as pessoas de

Gema Francisca Masetto Alonso, ou Dona Gema como é caridosamente conhecida, é uma figura conhecida em São Roque, principalmente devido aos muitos anos em que atuou como professora mais de 50 anos,é colunista do Jornal da Economia, tem horário na

Radio Coluna F M 87,5, um BLOG para divulgar seus artigos e novamente

volta a ser professora com um novo curso: "Oficina Da Memória"agora trabalhando com Jovens Idosos. "Uma vez professora, sempre professora!" diz Gema. Quando perguntamos sua opinião sobre o ensino no Brasil, a professora nos fala que o ensinar deve ser mais do que o que está escrito nas apostilas. "Devemos ensinar os alunos sobre as matérias básicas, mas também precisamos profissionalizá-los, para que eles se acostumem e se preparem desde cedo para o mercado de trabalho, para que tenham uma profissão e aprendam sobre a vida", completa. Um conselho poderoso, vindo de alguém que levou saber a centenas de pessoas ao longo da vida.


Alimentação saudável na idade escolar Reprodução / Internet

Fabiana Justo Gastrônoma formada pelo CEUNSP, pós graduada em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos e pós graduanda em Gastronomia e Negócios em Alimentação. Todo mundo sabe da importância de comer bem: traz benefícios para a saúde, ajuda a nos manter ativos para realizar as tarefas do dia a dia e melhora até o humor.

Uma alimentação saudável é aquela que reúne todas as substâncias químicas de que o corpo precisa para funcionar corretamente. Na escola, um espaço ocupado por crianças e jovens, isso se torna ainda mais relevante. Porém todo mundo sabe que a oferta de alimentos saudáveis nas cantinas e lanchonetes que funcionam dentro das escolas costuma ficar bem abaixo do desejável. Cheiros, sons, iluminação, conforto, condições de limpeza e outras características do ambiente, influenciam na quantidade de alimentos que ingerimos e o prazer de desfrutar da alimentação. Locais limpos, tranquilos e confortáveis ajudam a concentração no ato de comer e convidam a que se coma devagar, contribuindo para que

não comamos em excesso. Você já refletiu sobre isso? Como é a alimentação na escola do seu filho? A escola é um local privilegiado para a promoção da saúde e prevenção do sobrepeso e da obesidade. Algumas ações realizadas no ambiente escolar contribuem para formação de hábitos alimentares saudáveis e facilitam o consumo desses alimentos pelas crianças e adolescentes. Por exemplo: a substituição da comercialização nas cantinas escolares de alimentos

considerados não saudáveis por preparações mais saudáveis; a oferta de frutas e hortaliças na alimentação escolar e nas cantinas comerciais; a restrição à propagandas de alimentos com quantidades elevadas de açúcares, gorduras saturadas e trans e sódio. Você sabia que o governo federal proporciona a oferta de refeições no ambiente escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, a 45 milhões de alunos da educação básica de escolas públicas, inclusive comunitárias, federais, filantrópicas e escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos e em áreas indígenas? Os cardápios escolares devem conter alimentos variados, seguros e que respeitem a cultura, tradições e hábitos alimentares saudáveis, priorizando, sempre que possível, os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos. Todos os municípios têm conselhos que são responsáveis por fiscalizar a alimentação ofertada pelo PNAE. Aqui em São Roque o

CAE ( Conselho de Alimentação Escolar )é um órgão fiscalizador bastante atuante que tem como membros , representantes da Sociedade Civil , além de pais de alunos, professores, funcionários das escolas e representantes do Poder Executivo, que tem como objetivo além de fiscalizar a alimentação da rede publica, cobrar dos órgãos públicos a aplicação das verbas recebidas pelo governo federal , além de prestar contas à respeito da funcionalidade do Programa de Alimentação Escolar no município. . As reuniões são mensais e acontecem toda primeira quinta - feira de cada mês na Sala dos Conselhos localizada no prédio do Departamento de Educação do Município ( antigo prédio do Sesi), e são abertas ao publico. Para apoiar as ações de promoção da alimentação saudável no ambiente escolar em escolas particulares, o Ministério da Saúde elaborou o "Manual das cantinas saudáveis - promovendo a alimentação saudável",

que possibilita aos donos e donas de cantinas transformarem seu local em um ambiente promotor da alimentação saudável. Por questões de praticidade, custo e armazenamento, é mais fácil encontrar produtos industrializados, que têm prazo de validade maior - mas causam mais danos à saúde que os alimentos in natura. O domínio dos salgadinhos, doces e chocolates, porém, já é questão de saúde pública. Em 2008, a Sociedade Brasileira de Pediatria publicou uma compilação de diversos estudos sobre o tema, que mostra que o aumento do número de crianças com excesso de peso varia de 10,8% a incríveis 33,8% conforme a cidade ou região. Diversos outros problemas, como diabetes, hipertensão arterial, alterações ortopédicas e elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos, têm se tornado frequentes entre a garotada. Que tal reformular a lancheira de casa que vai para a escola ? Que tal participar ativamente para entender como ajudar junto ao CAE do seu município ? Ou talvez reunir junto à direção da escola do seu filho e cantina para que todos possam traçar uma meta na alimentação das crianças e jovens ? Atente-se: " Nós somos o que comemos ".


Já conversou com seu filho hoje? Reprodução / Internet

Rafael Barbosa

______________________ Os pais são uma das principais fontes de informação dos filhos. Porém infelizmente muitos adultos não conhecem a importância em se manter uma comunicação saudável com seus pequenos, principalmente quando o assunto não é agradável ou diante daquelas perguntas "cabeludos" que as crianças fazem às vezes. Antes de tudo é preciso que se entenda uma coisa: as crianças entendem o que se passa a sua volta. "Elas (as crianças) podem não ter a mesma capacidade cognitiva e emocional do adulto, porém possuem uma sensibilidade muito aflorada! Elas captam com muita facilidade o que está acontecendo", afirmou

a Psicóloga Clínica e Especialista em Psicoterapia da Infância e Adolescência, Manoela Yustas Mallmann, em artigo publicado no portal Mâe de Guri. Segundo a profissional, crianças são seres em desenvolvimento, que estão constantemente conhecendo o mundo e utilizando sua imaginação para preencher determinadas lacunas e por isso, a falta de comunicação é perigosa, pois sem o dialogo apropriado elas podem formular teorias, inclusive assumindo a culpa ou responsabilidades infundadas. Entretanto, isso não quer dizer que você tenha que bancar o Luiz Fernando Guimarães e dar uma de "Super Sincero" com a criança. O excesso de informação também é um problema, já que assim

você corre um sério risco de bombardear o pequeno com informações que ele não está pronta para receber. Equilibrio é a chave na comunicação e para isso algumas dicas são importantes. Primeiro ouça atentamente as perguntas que a

criança tem a fazer e nunca a interrompa quando ela estiver falando, pois além de desrespeitoso, você acaba não deixando que esta encontre novas formas de se expressar e organizar seus pensamentos para uma boa comunicação. Evite dar respostas

apressadas e cuidado com o seu vocabulário, procurando conversar de uma forma que o pequeno possa compreender o que você quer dizer e sempre tome cuidado com o seu linguajar, evitando palavras complicadas e claro, de baixo calão.

Se não souber o que responder, não invente nada. Seja sincero e fale sem constrangimento que irá pensar no assunto ou buscar ajuda para responder o questionamento da criança e tome cuidado, pois expressões faciais e corporais, além do nosso tom de voz, algumas atitudes comunicam mais que muitas palavras "Através do diálogo as crianças aprendem que esse é o melhor caminho para resolver os problemas e colocá-los em palavras. Admitir os sentimentos envolvidos ajuda, e muito, a criar saídas novas e saudáveis", diz Mallmann. Acima de tudo, procure ser sincero e deixe claro que você é uma pessoa a quem a criança sempre pode recorrer para conversar, o que irá aumentar a segurança e confiança entre vocês.


Cinco dicas na hora de escolher a escola do seu filho Reprodução / facebook

Rafael Barbosa

______________________ Escolher a escola do seu filho é uma decisão que sempre confunde a cabeça dos pais. O que eu procuro? Quais são os pontos mais importantes? O que é indispensável para uma boa instituição? Para ajudá-lo a diminuir um pouco desta pressão, separamos 10 dicas que vão ajudá-lo olhar com mais atenção para . 1- Faça uma lista Saiba exatamente o que você espera que a escola ofereça ao seu filho e faça uma lista colocando tudo aquilo que você considera imprescindível, como proximidade da residência, opção de período integral

ou oferta de cursos extracurriculares. Ter em mente o que se busca é meio caminho para encontrar o que se quer. 2- Saiba o que e como a escola quer ensinar Procure entender qual o seu método de ensino da instituição, que materiais eles passam aos alunos e principalmente qual o a metodologia de ensino da escola. Existem basicamente três tipos de metodologias: a tradicional, a lúdica e a socioconstrutivista. A tradicional prioriza a disciplina dos alunos e o cumprimento de regras da instituição, enquanto a lúdica está focada nas brincadeiras, deixando o caráter pe-

dagógico em segundo plano. Já a socioconstrutivista tem um grande enfoque no planejamento de situações de aprendizagem e conteúdos para cada faixa etária. Veja como a escola lida com estas três frentes de ensino e veja qual lhe agrada mais. 3. Preste atenção ao espaço físico da insti-

tuição Veja se a escola tem espaços amplos de lazer e principalmente se ela oferece a segurança que seu filho precisa. Existem escadas com grade de proteção e corrimão ou, são utilizadas rampas? As janelas dos andares superiores têm telas? Existem protetores nas tomadas elétri-

cas? OS produtos de limpeza mantidos fora de alcance dos pequenos? As salas são arejadas? Todas estas dicas de segurança são importantes e lembre-se de prestar atenção aos detalhes mesmo que eles pareçam insignificantes, como a coerência visual do local, onde as portas devem ter uma cor diferente das paredes, e se os ambientes deixam que as crianças possam escolher na hora de utilizarem livros, brinquedos e etc. 4- Converse com os outros pais Se possível, visite a escola durante o horário de saída ou entrada dos alunos para conhecer pais. São nestes horários que os

pais vão buscar os seus filhos, oferecendo a oportunidade perfeita para que você converse com eles e peça opiniões sobre a escola, como a sua rotina, alimentação, o método de ensino e etc. Uma ação simples e que irá ajudá-lo a conhecer mais profundamente a instituição. 5- Não deixe o seu filho de fora Quando restarem algumas poucas opções, leve seu filho para conhecer a escola, afinal ele é quem irá estudar no local. Observar se o seu filho simpatiza com o ambiente, os alunos e os profissionais do lugar deve ser um dos critérios mais importantes na hora de escolher onde ele irá estudar.


Os sinais de alerta para a identificação do transtorno de déficit de atenção Divulgação

Edyleine Bellini Peroni Benczik é Psicóloga e Neuropsicóloga, Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Mestre em Psicologia Escolar e Proprietária do Psiquê Núcleo de Psicologia e Neuropsicologia O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é considerado uma desordem neurobiológica que afeta entre 3 a 7% da população infantil, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo. Hoje, estima-se que 50% a 80% das pessoas que tiveram o TDAH na infância continuam a apresentar na vida adulta, sintomas significativos associados a importantes prejuízos em diversas esferas da vida cotidiana. O DSM-5 descreve o TDAH como um conjunto de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que se manifestam por meio de um padrão persistente e freqüente ao longo do tempo. Estes sintomas dizem respeito ao excesso de agitação, inquietação, falta de autocontrole, falar em demasia, interromper os outros, responder antes de ouvir a pergunta inteira, incapacidade para protelar respostas, como também distrair-se com facilidade, não prestar atenção à detalhes, dificuldade para memorizar compromissos, organizar e realizar tarefas e perder objetos. Os sintomas do TDAH

aparecem cedo na vida da criança, mas tornam-se mais graves a partir do ingresso desta na escola, porque durante o processo de aprendizagem escolar a criança necessita focar mais a sua atenção e permanecer sentada durante as aulas. Quando uma criança se levanta, sem permissão, é distraída ou não segue as instruções, não é só porque ela sofre de TDAH, mas porque há uma deficiência crônica complexa, envolvida em processos de autocontrole e na capacidade de inibir respostas negativas a um estímulo, mesmo que o aluno estivesse consciente das consequências, o que o predispõe a enfrentar dificuldades para fazer o que se espera dele. Estudiosos têm apontado estas dificuldades como um prejuízo nas Funções Executivas que se localizam na área Pré-Frontal do cérebro, entre as quais cita-se o déficit na inibição de respostas, atenção sustentada, memória de trabalho não verbal e verbal, planejamento, noção de tempo, regulação da emoção e na fluência verbal e não verbal. No âmbito familiar e escolar, este transtorno é sentido como um fator que promove dificuldades no convívio e no dia a dia. Os adultos acusam a criança de "não escutar", de não seguir regras e normas, de não conseguir completar as solicitações mais simples, de reagir com agressividade e de não tolerar frustração. O excesso de atividade motora, o alto nível de impulsividade evidenciada na antecipação das respostas e na inabilidade para esperar a sua vez, diante de um acontecimento, pode provocar, geralmente, um impacto negativo nas relações sociais e ou familiares e promover um alto nível de estresse com quem

convive com a criança ou adolescente. Por outro lado, os adultos tendem a encarar a criança com TDAH, como inoportuna, aversiva e desobediente, ou ainda, preguiçosa, mal-educada e incoveniente, e que tem muita dificuldade para se adaptar no ambiente onde convive e para corresponder às expectativas dos adultos. As crianças com TDAH apresentam também uma frequente rotina de evitação, postergação e esquecimento das tarefas cotidianas. Os pais descrevem uma rotina familiar estressante, pois as tarefas mais simples podem se tornar uma missão quase impossível de o filho realizar, como por exemplo, tomar banho, escovar os dentes, sentar para as refeições, de se preparar para dormir, pegar no sono e fazer as tarefas de casa. Sem supervisão de um adulto, ele poderá começar outras três atividades sem terminar o que começou e, os pais ficam rapidamente desencorajados, ocupando grande parte do seu tempo de lazer com a criança, principalmente com o dever de casa, que se manifesta como uma das mais importantes incapacidades invisíveis da criança. O ambiente escolar é uma das áreas mais comprometidas na vida do estudante com TDAH. Desta forma, professores e coordenadores são elementos chave no processo de identificação do transtorno, eles atuam como mediadores ou como um apoio para a família no sentido de indicar o estudante para uma avaliação, ocasionalmente indicando quais especialidades deverão ser consultadas. É claro que não é responsabilidade direta da escola ou do professor realizar o diagnós-

tico do TDAH, mas sim identificar dificuldades e prejuízos e compartilhar estes dados com os pais, mesmo que no primeiro momento, os pais estejam defensivos e não os aceitem. A identificação precoce do quadro determinará a extensão na qual as dificuldades de atenção e hiperatividade estão interferindo nas suas habilidades acadêmicas, afetivas e sociais, possibilitando o estabelecimen-

to de uma proposta de prevenção de problemas, antes do seu agravamento, evitando assim a exacerbação dos sintomas, o nível grave de prejuízos e o grau de sofrimento do estudante. O conhecimento e a postura dos professores com relação ao TDAH são cruciais, pois a equipe escolar que é avessa ao diagnóstico, quer por desconhecimento ou por razões teóricas e filosóficas,

com receio de rotulação e estigmatização, e às intervenções escolares, necessárias a estes estudantes, não colaboram com o processo escolar destes alunos, colocando em risco o seu desempenho escolar, o qual se constitui em uma experiência de vida que tem um enorme impacto no emocional do estudante e da sua família. O sistema escolar deve ter consciência de seu papel, flexibilizando suas exigências, minimizando os riscos secundários ao TDAH, como fracasso escolar, rejeição, repetência, evasão e exclusão, cujos efeitos negativos na personalidade podem ser de uma magnitude que nem sempre é avaliada e prevista por aqueles que definem e aplicam as normas escolares.


Impactos do uso da tecnologia no desenvolvimento infantil Divulgação

Patrícia Maria Torres Marchetti de Góes - Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela UFMG, graduada em Psicologia- UFMG, pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional - UEMG e pós-graduada em Infância, Cultura e Práticas Educativas FUMEC. Quem se lembra das brincadeiras de infância: pular corda, brincar de amarelinha, es-

conde-esconde, pega-pega? Hoje em dia, essas brincadeiras já não fazem mais parte do cotidiano das crianças e, muitas vezes, são vivenciadas apenas na escola em projetos de resgate à cultura popular. Até mesmo a bola e a boneca, o patins e a bicicleta estão sendo esquecidos e substituídos pelos dispositivos eletrônicos. Qual será o impacto dessa mudança no desenvolvimento infantil? Atualmente, a tecnologia é o alicerce das relações sociais e está presente em quase todas as nossas atividades da vida diária. Antes mesmo de ir para a escola e ser alfabetizada, muitas crianças já sabem manusear tablets, ios, androids e encontrar palavras-chave que as levam para o mundo da diversão.

Essa ação, que muitas vezes é vista com bons olhos pelos pais, pode se tornar uma fonte de aprendizagem perigosa para as crianças. Quando entregamos um dispositivo eletrônico com acesso ilimitado à internet em suas mãos, elas recebem também acesso livre a diversas infor-

mações e monitorá-las é fundamental. Uma criança de 02 anos já é capaz de acessar aplicativos de vídeos para ver os filmes da Peppa, da Masha, do Patati Patata, pois os conteúdos mais vistos geralmente ficam salvos no histórico. Porém, outros conteúdos também estão disponíveis nestes aplicativos. Em um toque, vídeos com cenas inadequadas para idade, com conteúdos e linguagens inapropriadas, começam a ser visualizados e copiados pelos pequenos. Faz-se necessário acompanhar o que as crianças e jovens estão assistindo e acessando na internet e verificar a censura indicada em cada um deles. Já existem aplicativos que monitoram ou bloqueiam alguns conteúdos da internet e impedem o diálogo com estranhos e o fornecimento de informações pessoais. Como muitas vezes os jogos eletrônicos não precisam de companhia para se brincar, as crianças estão perdendo o contato com grupo e não fazem mais interações sociais. Podemos notar também uma interferência na expressão de sentimentos e desejos. Elas preferem entrar no seu mundo virtual e acabam isolando-se em casa, no quarto, já que esse mundo as satisfazem. Por outro lado, sabe-se que

as crianças que utilizam a tecnologia no seu dia-a-dia tendem a ser mais inteligentes e utilizam o recurso verbal de maneira surpreendente, uma vez que possuem acesso a diversas informações e enriquecem seu vocabulário. Dessa forma, não devemos abolir o uso dos recursos tecnológicos. Torna-se necessário orientar os pequenos quanto ao seu uso para que esses dispositivos e o acesso livre às informações possam contribuir de forma positiva e servir como um aliado no processo de desenvolvimento. Além dos impactos no desenvolvimento emocional e social, podemos observar influências negativas na aprendizagem acadêmica das crianças. De acordo com a Dra. Ana Luiza Navas, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o uso sem limites das tecnologias e o acesso à internet tem impactado na aprendizagem da leitura e da escrita. Ao ler um texto no dispositivo eletrônico, muitas vezes o leitor não chega ao final do texto, pois é convidado a abrir inúmeras abas que o levam a outros conteúdos. Dessa forma, o nível de compreensão textual fica reduzido e a capacidade de leitura comprometida.

Outro impacto na aprendizagem é a perda da habilidade de escrita manual. As capacidades psicomotoras necessárias para o desenvolvimento da coordenação motora fina, habilidade necessária para uma boa grafia e que antes eram desenvolvidas nas atividades físicas e recreativas, não estão sendo trabalhadas e o ato de escrever está sendo substituído pelo de teclar. Até mesmo a aprendizagem da escrita correta das palavras está sendo comprometida. Além da correção automática das palavras pelo corretor ortográfico, presente em quase todos os aplicativos, a internet e os usuários da rede social compreendem o que está escrito mesmo com a ortografia incorreta. Como podemos perceber, o uso indiscriminado da tecnologia e o acesso livre à internet na infância podem causar diversos impactos no desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo da criança. A desconstrução dos laços familiares, o comprometimento do desempenho escolar, a dependência e incapacidade de lidar com frustações e o aumento da ansiedade são alguns dos exemplos. Manter o diálogo com as crianças, explicando os motivos pelos quais é preciso ter cautela e esclarecendo suas dúvidas, pode evitar muitos contratempos. É preciso estabelecer regras e combinados para não ocorrer exageros na hora de utilizar os dispositivos eletrônicos e acessar a internet. Mas fica uma questão: será que os pais e familiares também não estão gastando muito tempo nestes dispositivos e deixando de lado os momentos de interação com as famílias? O exemplo é a maior fonte de aprendizagem.


Brincar faz bem a saúde Reprodução / facebook

Tio China é educador, recreador e sócio-proprietário da Ativa Lazer Pesquisas mostram que através das brincadeiras a criança forma conceitos, seleciona idéias, estabelece decisões e relações lógicas, percebendo seus limites através dos direitos e deveres, aprendendo a conviver e a participar, mantendo sua individualidade e res-

peitando ao outro. Quando elas estão em contato com o jogo, com a brincadeira, com o lúdico, estão em um momento de aprendizado único, que não poderão desenvolver essas habilidades de outra forma. A diversidade dos jogos e exploração de diferentes objetos e materiais durante as brincadeiras faz com que eles tenham a criação e a ampliação do seu REPERTÓRIO MOTOR, que quanto mais amplo, maior o número de atividades poderá explorar. Através das brincadeiras, o aprendizado passa a ser de forma natural, trabalhando nas crianças aspectos cognitivos, motores e afetivos. Os avanços tecnológicos, games, computa-

dores, TVs e toda a ligação com o mundo virtual levam a constatação de que as crianças brincam cada vez menos. Isso significa que brincam sozinhas, sem a companhia

de amigos, vizinhos e irmãos. Esse "brincar sozinha" modifica o comportamento das crianças, que amadurecem antes do tempo e acabam excluin-

do da sua infância o prazer do convívio com seus iguais, não aprendendo o desenvolvimento das relações humanas. Conversar, brincar, discutir e até mesmo brigar e perdoar

são elementos indispensáveis a nossa vida e só os aprendemos com o convívio com outros seres humanos. No mundo consumista que vivemos, são muitos os pedidos por brinquedos novos e os pais acabam seduzidos p e l a s c r i a n ç a s. M a s como muitas vezes não sabem brincar, o maior prazer acaba sendo o consumo e não o ato de brincar. Devemos cada vez mais dar importância às brincadeiras das crianças e principalmente brincar com elas, pois é a atividade mais natural do mundo para elas. A forma mais rica de brincar é quando as crianças são livres para explorar o mundo, seguir sua imaginação e criar regras.


Bullyng: como pais e professores devem lidar com esta situação? Divulgação

O Bullying é um tema que está em recorrente discussão, principalmente no âmbito escolar, onde cada dia mais casos são relatados por parte dos adolescentes e crianças. Porém, tal atitude não fica apenas na escola, e acaba afetando outras instâncias da vida das pessoas que sofrem com essa "violência". Para Ana Regina Caminha Braga, psicope-dagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, é importante consolidar seus conceitos e lutar para o combate de sua progressão no meio escolar. "O papel que a escola precisa desempenhar em relação ao bullying com as crianças, é o de amenizar qualquer distância que menospreza ou impossibili-

ta o outro de mostrar o seu potencial", explica a especialista. Segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (APRA PIA), o bullying está relacionado a todas as formas de atitudes agressivas, realizadas de forma voluntária e repetitiva sem motivação evidente, cometidas por um ou mais estudantes contra outro, causando dor e angústia e realizada dentro de uma relação desigual de poder. No Brasil, 20% dos estudantes alegam já ter praticado algum tipo de bullying, tals dados foram levantados pelo IBGE, que entrevistou mais de 100 mil alunos de escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Na mesma

pesquisa, 51,2% dos estudantes não souberam especificar um motivo para ter cometido tal agressão. A maioria dos casos está relacionada à aparência do corpo, seguida da aparência do rosto, raça/cor, orientação sexual, religião e região de origem. Geralmente, tais atos acontecem sem o conhecimento dos

pais e professores, com consequências graves como o medo e insegurança, que atrapalham não só os estudos, como a vida pessoal daquela criança ou adolescente. De acordo com Ana Regina, a escola precisa trabalhar e se desenvolver para que a tomada de consciência aconteça de modo ge-

ral, desde a equipe pedagógica, o administrativo até os discentes. "Devemos estar atentos para detectar o processo e trabalhar em prol dos alunos vitimizados pelo Bullying. Essa mobilização talvez seja uma alternativa para diminuir tal sofrimento. Cabe também ao núcleo escolar proporcionar aos alunos a participação em feiras culturais, exposições, diálogo com outros colegas e assim por diante, deixando-os mais à vontade no meio", detalha. Segundo a especialista, essas crianças e adolescentes chegam aos consultórios com bastante dificuldade e sofrimento, e, infelizmente, a maior parte delas não terá atendimento adequado, e, em alguns casos,

nem o reconhecimento da situação. Por isso, para a melhor forma de combater o bullying é investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Orientar os pais para que possam ajudar, pois os mesmos devem estar sempre alertas para o problema, seja o filho vítima ou agressor, ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. "O Bullying é um problema sério que precisa ser extinto, com o apoio do colégio, pais e próprios alunos.", completa a especialista. Fonte: P+G Comunicação Integrada



A importância dos jogos pedagógicos no ambiente escolar Os jogos pedagógicos são excelentes recursos didáticos para serem utilizados em salas de aula. Com eles, é possível facilitar o aprendizado, bem como promover o desenvolvimento e evolução dos alunos. Um dos principais diferenciais desse tipo de jogo é que ele torna o aprendizado um processo lúdico e divertido, o que acaba por atrair e manter a atenção das crianças, inclusive por facilitar o entendimento das informações e assimilação de conhecimentos. Além disso, o jogo pedagógico promove o desenvolvimento de habilidades pontuais dos alunos. Ao utilizá-lo em sala de aula, é possível aprimorar o intelectual dos alunos, bem como estimular seu raciocínio lógico, memória, capacidade de concentração e observação. Justamente por isso, esse tipo de jogo faz com que os alunos passem a ter melhor

desempenho escolar, o que ocorre não somente na matéria em que o recurso foi utilizado, mas também em outras. Outro ponto desenvolvido ao fazer uso dos jogos pedagógicos é o social, sobretudo quando se fala em brincadeiras realizadas em grupos ou duplas. O motivo é simples: a interação entre os alunos é maior, melhorando suas habilidades sociais. Nesse caso, há um aprimoramento da capacidade de comunicação dos alunos, que passam a se expressar melhor. Ademais, facilita-se a formação de amizades, transmitindo ainda valores como colaboração, respeito ao próximo e regras, de modo a auxiliar na formação das crianças. Os benefícios dos jogos pedagógicos não param por aí: esses poderosos recursos estimulam e aprimoram a coordenação motora e criatividade dos alunos, espe-

cialmente brinquedos com peças para montar ou que exijam a elaboração de estórias, por exemplo. Mas, quando utilizar os jogos pedagógicos na sala de aula? Isso varia de acordo com o programa pedagógico dos professores, porém há uma dica especial para isso: fazer uso desses recursos após a explicação teórica da matéria. Assim, o jogo funcionará como um complemento, fazendo com que os alunos coloquem em prática o conhecimento recém-adquirido, de modo a facilitar a assimilação das informações. Deseja transformar o aprendizado num processo diferenciado e otimizar a formação educacional e desenvolvimento dos alunos? Então, invista nos jogos pedagógicos e conquiste esses resultados! Fonte: Portal Brink Mobil



Saúde bucal das crianças Como posso ajudar meu(s) filho(s) a cuidar dos dentes e evitar cáries? Ensinar seu filho a cuidar dos dentes desde pequeno é um investimento que trará benefícios para o resto da vida dele. Comece dando o exemplo: cuide bem dos seus próprios dentes. Isto mostra a ele que a saúde bucal é importante. Atitudes que tornam o cuidado com os dentes algo interessante e divertido (como, por exemplo, escovar os dentes junto com ele ou deixá-lo escolher sua própria escova) incentivam a boa higiene bucal. Para ajudar seu filho a proteger seus dentes e gengiva e para ajudálo a reduzir o risco de cáries, ensineo a seguir os seguintes passos: * Escovar pelo menos três vezes ao dia com um creme dental que contém flúor para remover a placa bacteriana (aquela película pegajosa que se forma sobre os dentes e que é a principal causa das cáries). * Usar fio dental diariamente para remover a placa que se aloja entre os dentes e abaixo da gengiva, evitando que ela endureça e se transforme em cálculo dental. Depois que o cálculo se forma, só o dentista pode removê-lo. * Adotar uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e amido. Estes alimentos produzem os ácidos da placa que causam cáries. * Usar produtos que contêm flúor (inclusive o creme dental). Certifique-se de que a água que suas crianças bebem contém flúor. Se a água não contiver flúor, seu dentista ou pediatra poderá prescrever suplementos diários de flúor. * Ir ao dentista para exames regulares. Que técnicas de escovação posso ensinar a meus filhos? Observe seu filho escovar os dentes. Auxilie-o até que ele se habitue ao seguinte: * Use uma pequena quantidade de creme dental com flúor. Não deixe a criança engolir o creme dental. * Use uma escova de cerdas macias e escove primeiro a super-

fície interna de cada dente, onde o acúmulo de placa é geralmente maior. Escove suavemente. * Escove a superfície externa de cada dente. Posicione a escova em um ângulo de 45 graus ao longo da gengiva. * Escove com movimentos para frente e para trás. * Escove a superfície de cada dente usada para mastigar. Escove suavemente. * Use a ponta da escova para limpar atrás de cada dente frontal, na arcada superior e inferior. Quando a criança deve começar a usar o fio dental? O fio dental remove as partículas de alimentos e placa bacteriana que se instala entre os dentes e que a escova sozinha não consegue retirar. Por isso, comece a usá-lo quando a criança tiver quatro anos. Ao completar oito anos, as crianças já podem usar o fio dental sem auxílio dos pais. Oqueéselantedentalecomo sabersemeufilhoprecisausá-lo? O selante dental cria uma barreira altamente eficaz contra as cáries. O selante é uma película fina de plástico (resina) aplicada à superfície dos dentes permanentes posteriores, onde a maioria das cáries se forma. A aplicação do selante não dói e pode ser feita durante uma consulta ao dentista. O dentista poderá informar se é recomendável fazer esta aplicação nos dentes de seu filho. O que é o flúor e como saber se meu filho está recebendo a quantia certa de flúor? O flúor é uma das melhores maneiras de evitar as cáries. Tratase de um mineral natural que se combina com o esmalte dos dentes, fortalecendo-os. Muitas empresas de distribuição de água adicionam a quantia de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Para saber se a água que você tem em casa contém flúor e qual a quantidade de flúor que apresenta, ligue para a empresa de distribuição de água no seu município. Se a água que você recebe não tem flúor (ou não con-

tém a quantidade adequada), seu pediatra ou dentista poderá recomendar gotas de flúor ou um enxagüante bucal, além de um creme dental com flúor. Qualéaimportânciadaalimentaçãonasaúdebucaldacriança? Para que seu filho desenvolva dentes resistentes, é necessário que ele tenha uma alimentação equilibrada. Sua alimentação deve conter uma ampla variedade de vitaminas e sais minerais, cálcio, fósforo e níveis adequados de flúor. Assim como o flúor é o maior protetor dos dentes do seu filho, as guloseimas são seu maior inimigo. Os açúcares e amidos que fazem parte de vários tipos de alimentos e de bolachas, biscoitos, doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita combinam-se com a placa bacteriana produzindo substâncias ácidas. Estas substâncias atacam o esmalte e podem formar cáries. Cada "ataque" pode durar até 20 minutos, após o término da ingestão do alimento. Até as "beliscadas" podem criar ataques ácidos da placa. Portanto, é recomendável não comer entre as refeições. O que fazer se meu filho quebrar um dente? Em qualquer caso de ferimento na boca, você deve comunicar-se imediatamente com o dentista. Ele fará um exame na área afetada e determinará o tratamento adequado. Você pode dar um analgésico para evitar que a criança sofra até chegar ao consultório. Se possível, guarde a parte quebrada do dente e mostre-a ao dentista. No caso de cair o dente em razão de um acidente, leve-o ao dentista o mais rápido possível. Evite tocar muito no dente e procure não limpá-lo. Coloque-o em água ou leite até chegar ao consultório do dentista*. Em alguns casos é possível reimplantá-lo. * Pode ser que seja possível recolocá-lo na boca de seu filho através do procedimento de reimplante. Fonte: Colgate.com.br


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