CAROL HASMANN JESSICA RANGEL KARINA FRANÇA
NO V V VOLUME II
SUMÁRIO
04 Introdução
08 Parte 1 As tipologias de museu, segundo Montaner
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Parte 3 Uma especulação no bairro do Recife
Parte 2 Análise do Museu Kolumba
Introdução Introdução
Josep Maria Montaner
“Os museus contemporâneos seguiram na esteira dos protótipos do movimento moderno e de algumas realizações dos anos cinquenta, recuperando valores tipológicos dos museus históricos; ao mesmo tempo, porém, eles realizam uma completa transformação de sua concepção convencional.” (MONTANER, 2003)
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O trabalho proposto nesse segundo volume retrata a Arquitetura Cultural, mais especificamente os museus contemporâneos seguindo as diretrizes do autor Montaner, em seu livro 'Museus para o século XXI'. Neste será analisado suas tipologias e características, além de uma análise detalhada do Museu Kolumba de Peter Zumthor. O tema abordado pela equipe é a 'A falsa inovação da arquitetura' parafraseando a música de Cazuza "O tempo não para" de 1988 que fala sobre a hipocrisia da sociedade, do sujeito e o quão controversos somos. Somos as estudantes Ana Carolina Hasmann, Jessica Rangel e Karina França, da cadeira de Arquitetura Contemporânea, orientada pela professora Ana Luisa Rolim, do sexto período (2020.2) da UNICAP, apresentando-lhes N.O.V.A. volume 2!
DICIONÁRIO MUSEU SUBSTANTIVO MASCULINO
1.TEMPLO DAS MUSAS. 2.INSTITUIÇÃO DEDICADA A BUSCAR, CONSERVAR, ESTUDAR OBJETOS DE
INTERESSE
DURADOURO
OU
DE
VALOR
ARTÍSTICO,
HISTÓRICO
ETC."O MUSEU HISTÓRICO NACIONAL"
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TIPOLOGIAS DE MUSEU Segundo M
O MUSEU-MUSEU
O MUSEU QUE SE VOLTA PARA
SI MESMO
Montaner
O MUSEU COLAGEM
O ANTI-MUSEU
Museu Museucomo como organismo organismoextraordinário extraordinário
Frank Lloyd Wright
Esse tipo de museu, geralmente, acontece em contextos urbanos consolidados, a obra se destaca em relação ao entorno. Frank Lloyd Wright é quem estreia esse museu com uma estética mais artística, como uma grande escultura inspirada em formas orgânicas.
"O que se configura como organismo singular, como fenômeno extraordinário, como acontecimento excepcional, como ocasião irrepetível” (MONTANER, 2003). Os edifícios são tão exuberantes que o visitante recorda apenas o contentor e fica com uma ideia confusa e vaga do conteúdo expositivo do interior, oculto, máscara pelo exterior.
Museu Guggenhein
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Museu Soumaya Arquiteto: FR-EE / Fernando Romero Enterprise Ano: 2011 Local: Cidade do México. México O Museu Soumaya retem em seu conteúdo o ideal expressionista presente no conceito do organismo extraordinário.
Musée des Confluences Arquiteto: Coop Himmelb(l)au Ano: 2014 Local: Lyon, França A ánalise do Museu Soumaya se aplica perfeitamente ao Musée des confluences quando se depara com sua estética extravagante e única que se destaca de seu entorno.
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AAevolução evoluçãoda dacaixa caixa
Le Corbusier
Esse tipo de museu evolui a ideia primitiva e ao mesmo tempo moderna do museu, ou seja, um museu que começa como um armário ou caixa. A flexibilidade e os avanços tecnológicos dos espaços internos facilitam a resolução dos problemas e as transformações de certas coleções em constante crescimento e de determinados critérios museológicos em evolução. Manteve-se a ideia da caixa, mas transformando totalmente sua concepção. O interior da caixa opaca e simbólica do museu, começou-se a diluir.
Um espaço neutro, um forte suporte tecnológico e a máxima plurifuncionalidade são a melhor resposta ao caráter sempre mutante e complexo do museu contemporâneo. E os avanços conceituais e tecnológicos permitiram que se fosse evoluindo da caixa simples, fechada e opaca à megaestruturas e as pavilhões transparentes, ou seja, um museu como caixa polifuncional e eletrônica.
Museu de Arte Ocidental
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Fórum Carmen Wurth Arquiteto: David Chipperfield Architects Ano: 2020 Local: Künzelsau, Alemanha O Fórum Carmen Wurth tem notoreamente a forma básica da caixa em sua composição simples e absoluta resultando assim, em uma maior flexibilidade de espaços internos.
Museu da Silésia Arquiteto: Riegler Riewe Architekten Ano: 2013 Local: Katowice, Polônia O Museu da Silésia, assim como o Fórum Carmen Wurth tem seu destaque em sua forma modular que se desenvolve em seu entorno e desmitificando o ideal de caixa.
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O Oobjeto objetominimalista minimalista
Tadao Ando
Parafraseando o autor, "com o mínimo de forma conseguir o máximo de transformação do museu existente” (MONTANER, 2003). Esse incorpora obras de arte, museografia, abrange o entorno em uma mesma lógica de rigidez, firmeza e irracionalidade.
Esse tipo de museu adota formas bastantes definidas de caixa, são obras que recriam as formas mais essenciais e estruturais e tentam ir mais além da evolução do tempo e dos recursos tecnológicos. Essa tipologia se apresenta fortemente nas intervenções de museus, citadas por Montaner que com o mínimo formal consegue transformar a construção existente. Museu de Arte Moderna
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Moritzburg Museum Arquiteto: Nieto Sobejano Ano: século XV Local: Alemanha O Moritzburg Museum é um exemplar da arquitetura militar gótica da Alemanha do século XV. O museu sofreu uma intervenção de coberta quando precisou ser expandido. O escritório Nieto Sobejano Arquitectos foi responsável pela alteração.
Pavilhão Pierre Lassonde no Museu Nacional de Belas Artes Arquiteto: OMA Ano: 2016 Local: Canadá O Pavilhão Pierre Lassonde contempla os atributos minimalistas quando notoriamente apresenta formas marcadas da caixa se desenvolvendo e evoluindo a partir de sua estrutura racional.
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OOmuseu-museu museu-museu
Josef Paul Kleihues
Essa tipologia coloca a essência da própria disciplina arquitetônica, na estrutura espacial do edifício, tradição tipológica do museu. Possui sua maior característica na projeção e gestão, em que toda ênfase é colocada na essência do próprio preceito arquitetônico. Esse tipo de museu configura a estrutura dos edifícios a partir do caráter das coleções, entendendo o tipo arquitetônico como algo que vem se definindo e deve ter continuidade.
Para intervir em museus já existentes pode ser adotados espécies de síntese entre a tradição tipológica que atende a estrutura existente e o mecanismo minimalista que podem conferir unidade à diversidade. O museu é entendido como a presença de diversos extratos arqueológicos e históricos a espera de serem interpretados e inseridos em uma nova ordem tipológica.
Fundação Pilar e Joan Miró
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MEPE
MACS
Arquiteto: Gehry Partners Architects Ano: 1929 Local: PE, Brasil
Arquiteto: Gehry Partners Architects Ano: 1947 Local: Santiago, Chile
O Museu do estado no Recife, Brasil mostra a relação do arquétipo ligado diretamente a tradição de tipologias antecedentes, constando seu enfoque na forma básica e essencial da arquitetura.
O Museu de arte contemporânea de Santiago se inspira no arquétipo e faz uma leitura histórica do contexto inserido, se preocupando na continuidade e desenvoltura do que o precede.
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OOmuseu que se museu que se volta voltapara parasisimesmo mesmo
Álvaro Siza
Esse tipo de museu é caracterizado por Montaner como resultado de uma forma orgânica, como no Museu-Museu e expressionista como no Objeto extraordinário. Essa museologia se situa entra uma planta mais livre e uma mais desmarcada, sendo essa em questão, a junção entre as citadas, ou seja, uma planta livre e desmarcada. É importante considerar, ainda, que o Museu que volta para si mesmo considera informações espaciais anteriores.
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Portanto, esse distingui os objetos em exposição e confeccionando espaços próprios com a sua finalidade direcionada para esses e o espaço exterior considerando o contexto urbano inserido. Outro aspecto presente no museu que se volta para si mesmo é a procura pela luz natural e vistas para seu entorno, mostrando-se neutro com espaços específicos.
Fundação Iberê Camargo
Museu Mimesis
Museu Chinês da Coleção de Design da Bauhaus
Arquiteto: Alvaro Siza, Jun Sung Kim, Castanheira & Bastai Arquitectos Associados Ano: 2009 Local: Paju-si, Coreia do Sul
Arquiteto: Carlos Castanheira, Álvaro Siza Ano: 2018 Local: Hangzhou, China
O Museu Mimesis apresenta as características dessa tipologia pois é uma obra neutra com espaços específicos, com uma forma minimalista.
Esse museu se volta tanto para o seu conteúdo como para o seu entorno, essa obra tem tom neutro e seus espaços permitem flexibilidade o fluxo dos visitantes.
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Museu colagem Museu colagem
Hans Hollein
Dos meados do anos oitenta, o Museu colagem se resulta da combinação da cultura de massa do anos oitenta, sendo esse, o resultado de um aspecto de recorte e adição de trechos e fragmentos, teorizada no livro collage city de Rowe e Koetter (1978), essa tipologia se comunica com a massa com ar de diversão, se expressando a partir da forma e no conteúdo. Se caracteriza como um tipo de
colagem pós-moderna que se destacou com a cultura popular de massa e obteve um alto destaque em varias cidades. "Em direção ao interior e ao local para recompor a coesão social, em direção ao exterior e ao global para reforçar a imagem urbana e turística." (MOTANER, 2003) Essa tipologia de museu costuma apresentar um teor aditivo, expandindo-se de acordo com o conteúdo vigente nele inserido.
Staatsgalerie
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Biomuseo Arquiteto: Gehry Partners Architects Ano: 2014 Local: PanamĂĄ
O Biomuseo demonstra claramente o aspecto de colagem descrito por Montaner como aditivos de trechos e fragmentos que ao se agruparem forma algo Ăşnico no contexto urbano.
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OOanti-museu anti-museu
Duchamp
Essa tipologia diz a respeito dos museus que querem deixar de sêlos, dissolvendo-se na realidade, negando qualquer solução convencional e representativa. A ideia genérica do anti-museu se consolidou quando houve uma crise definitiva da caixa branca, pura e definida de arquitetura moderna, seguindo o impulso de ampliação das possibilidades de conteúdos e continentes para um museu.
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O anti-museu se utiliza espaços metropolitanos que não pertencem às redes de museu como utilização de vitrines de armazéns, edifícios a ponto de serem derrubados, obras em construção, quartos de hotel ou estações de metrô. Quase nunca estão localizados nos centros representativos das cidades, mas nos bairros periféricos e muitas vezes em lugares perdidos na paisagem. "Consolidou-se como crise definitiva da caixa branca." (MOTANER,2003)
Le Magasin
Museu Errante
Pavilhão Pulp Press
Arquiteto: Héctor Ayarza Ano: 2019 Local: Panamá
Arquiteto: A2 Architects Ano: 2013 Local: Jevnaker, Noruega
O que faz esse museu encaixar nessa tipologia é sua forma, por ser um container em si e nunca estar fixado à um local, levando para todas as cidades do Panamá a cultura.
Esse museu fica localizado em um lugar incomum, os visitantes só percebem sua função ao entrar na construção.
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Formas Formasde de desmaterialização desmaterialização
Steven Holl
Esse tipo de museu explora caminhos bastantes diversos, tenta se diluir e desaparecer, alcançar uma mítica desmaterialização recorrendo sua própria essência material: energia, luz e transparência. A desmaterialização pode ser desenvolvida de diversas formas, desde a caixa transparente e leve até formas que se camuflam atrás de outras edificações. Essa tendência niilista tem origem nas obras de Mavelich, Moholy-Nagy e Duchamp. O objetivo é a dissolução do espaço.
Os museus e as coleções se converteram-se em polos de atração, turístico. Esse arquétipo de museu é ativo e integrado ao consumo e a relação do museu com a cidade e a sociedade, passou-se a ser um lugar de continua transformação, com princípios sempre relativos e revisáveis e uma multiplicidade de modelos e formas que tem muito a ver com o caráter poliédrico e multicultural do século XXI.
Le Carré d'Art
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Museu Liyang
Museu da Moeda
Arquiteto: CROX Ano: 2019 Local: Changzou, China
Arquiteto: Costa Lopes Ano: 2015 Local: Luanda, Angola
Esse museu se desenvolve a partir do perfil da natureza à sua volta. Também utiliza o elemento chinês, Jiaoweiqin, como um dos partidos para sua forma.
Essa obra aparace com duas propostas, a primeira é de passar o museu para o subterrâneo permitindo silêncio no local e a segunda é cria uma praça que celebre o local e anuncie a entrada do museu. Sua forma única fica em destaque no meio de edifícios históricos.
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ANÁLISE DO MUSEU KOLU
O MUSEU-MUSEU
O MUSEU QUE SE VOLTA PARA
UMBA
SI MESMO
O MUSEU COLAGEM
O ANTI-MUSEU
Museu Kolumba Museu Kolumba
Peter Zumthor
Ficha técnica Arquiteto: Peter Zumthor Local: Kôln, Alemanha Ano: 2007 Área: 1.750m² (área da exposição) Contexto histórico A Paróquia de Saint Kolumba, com estilo romano e depois ampliado na época do gótico tardio, era maior e mais importante igreja da cidade. A igreja durou décadas até ser destruída por um bombardeio em 1943, tendo uma única peça que saiu ilesa, a imagem gótica da Virgem.
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Em 1949, foi construído por um arquiteto local (Gottfried Böhm), uma capela ortogonal que servia como homenagem e esperança à cidade. E em escavações feitas em 1970, foram descobertos, nas ruínas da igreja, vestígios de casas romanas e de eras posteriores, tornando o sítio arqueológico da igreja, um local com muita história da cidade. Em 1997, a Art Kolumba Society tomou posse do terreno da igreja, a mesma também era detentora de um grande acervo de arte cristã e tinha ânsia para homenageá-la, por isso, no mesmo ano foi lançado um concurso para construir o que seria o museu. A proposta vencedora foi de Zumthor que prometia conservar as ruínas e construir um sítio arqueológico sem impactar seu símbolo de monumento histórico.
A análise O conceito do "objeto minimalista" de Montaner se aplica ao museu Kolumba por apresentar formas definidas, demarcadas e que exprime a estrutura. A tipologia em questão apresenta, ainda, uma estética minimalista e que reformula o modelo básico de museu. Contudo, ao analisar a sua tipologia, se obteve uma reflexão maior acima das características do "museu que volta para si mesmo". O objeto de estudo em questão demonstra, apesar da negação da forma mais orgânica, uma complexidade interior e introspecção, além da pontual importância para seu conteúdo com espaços demarcados feitos para cada exposição, buscando focos de luz natural que se articulam introvertidamente para a vista do entorno. É interessante observar que a tipologia, segundo Montaner, se aplica principalmente para arquitetura pós-guerra, com conteúdo bem específico e de valor histórico.
Imagem da Virgem
Cidade após bombardeio de 1943
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Por fim, apesar de aspectos minimalistas, o Kolumba foi classificado como museu voltado para si mesmo, com seu volumes neutros, adaptáveis para cada ambiente que se alternam com as articulações de aberturas tímidas dos cobogós para o lado externo, se comunicando com o seu entorno de maneira mais retraída, retendo-se ao seu conteúdo em específico. Os tijolos queimados, feitos exclusivamente para o projeto e com tom acolhedor, pousam sobre as ruínas sem causar aversão, tendo um bom diálogo com o novo e o antigo. Vista para pátio 1.
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Perfurações na fachada com intuito de iluminar as ruínas de formas diferentes a cada estação do ano.
01 06 02
03 07
04 05
01 - Entrada 02 - Foyer 03 - Pátio 04 - Escavações | Ruínas 05 - Sacristia | Pátio 2 06 - Capela 07 - Passarela
Planta baixa do térreo.
A distribuição do layout Zumthor dividiu o museu em três grandes setores: as ruínas, as galerias e os pátios. No térreo, é onde está as ruínas mais as escavações que mostram vestígios de construções anteriores a igreja, também nesse pavimento, está a capela construída como símbolo de esperança. O lobby e as ruínas são dispostos com vistas para o pátio, já a entrada para a
capela se da por uma porta separada para a rua. O átrio com vista para as ruínas e o pátio podem ser acessados ao atravessar uma cortina de couro pesado, para dar a impressão que o visitante está indo para o outro espaço-tempo. O pátio ladeado pelo lobby e a sala de ruínas é um espaço a parte do museu, onde os visitantes podem relaxar e curtir eventos sociais.
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01 - Galeria 02 - Almoxarifado
02
01
01
01 - Galeria 02 - Torre de galeria 03 - Sala de leitura 04 - Corredor
Planta baixa do primeiro pavimento.
Para acessar as galerias no primeiro pavimento, o visitante deve subir um estreita e comprida escada, esse elemento mostra a disciplina e a simplicidade de Zumthor. As galerias foram dispostas de forma orgânica, sem um caminho lógico ou linear, permitindo que o visitante explore da forma que se sentir mais a vontade. E em cada galeria o pé-direito assume uma altura diferente formando assim galerias torre e galerias íntimo.
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03
02
01 01
01 04 02
02 01
Planta baixa do segundo pavimento das galerias. Volumes de áreas delimitadas e bem demarcadas que se adaptam segundo seu conteúdo.
Escadas que levam as galerias
Cortina de couro
Ruínas
Integração do novo com o velho
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Vista do térreo do museu, é possível ver a passarela passar gentilmente pelas ruínas de forma que os visitantes vejam-as sem danifica-las.
Vista do exterior do museu, é possível ver seus traços de introspecção na sua fachada. O autor teve sua atenção voltada para a neutralidade e para seu acervo, fechando-se para o entorno com poucas janelas e aberturas para o contexto urbano. Apesar das poucas janelas, Zumthor teve o cuidado de dispôlas de forma que o visitantes ainda consigam interagir com o entorno.
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Vista do exterior, onde fica posicionado as escadas de emergência. Zumthor teve o cuidado das escadas não ficarem em um local de destaque e ainda assim não destoasse do resto da construção.
Vista para o pátio 2, esse em especifíco tem a função de ser um espaço de relaxamento para os visitantes e também para eventos sociais.
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ESPECULAÇÃO ESPECULAÇÃ DO RECIFE DO RECIFE
O MUSEU-MUSEU
O MUSEU QUE SE VOLTA PARA O NO BAIRRO ÃO NO BAIRRO
SI MESMO
O MUSEU COLAGEM
O ANTI-MUSEU
Construção atual
A proposta A especulação no bairro do Recife vem como uma forma de propor um museu temporário para um terreno localizado no coração do bairro do Recife, entre as ruas da Moeda e Madre de Deus, onde são vistos diversas edificações históricas. Atualmente, o terreno é ocupado por uma construção desgastada, sem personalidade e totalmente murada, que não se relaciona nem um pouco com seu entorno. Para essa proposta a equipe incorporou no museu as mesmas tipologias e características presentes no Museu Kolumba de Peter Zumthor, adaptando para a
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Proposta da equipe
realidade do local. Começando pela premissa do Museu que volta para si mesmo, o Museu NOVA traz elementos em sua fachada que são comuns de fachadas da época colonial portuguesa, gabarito coindizente com o entorno e suas exposições serem dedicadas a esse momento da história. Para contemplar as características do museu como Objeto minimalista, a equipe propôs uma fachada mais pura e simplificada, apesar dos elementos coloniais, e bem demarcadas como também adotou cores pouco vivídas, além de dispor as salas das galerias de forma orgânica.
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01 - Recepção 02 - Exposição 03 - Escadas 4.1 - WC Feminino 4.2 - WC Masculino 05 - Reserva técnica
02 03 4.1 4.2 05 Pavimento térreo
O layout A equipe dispôs no pavimento térreo a recepção que indicada por um grande balcão quadrado e um amplo vão onde é exposto artefatos ligados a colonização portuguesa. As escadas ficam localizada logo atrás da recepção. Também nesse andar, ficam os banheiros feminino e masculino e a reserva técnica.
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01 - Vazado 02 - Cafeteria 03 - Circulação 04 - Galeria
01 02 04 03 04
04 04
Primeiro Pavimento
No primeiro pavimento se encontra a cafeteria vazada para a entrada no térreo, também nesse andar se encontram mais salas de exposição, onde foram dispostas de forma que o visitante entrasse nelas conforme sua curiosidade, de maneira orgânica.
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Já no segundo pavimento, há mais duas salas de exposição, seguindo o mesmo projeto do primeiro pavimento, que o visitante que escolhe o percurso, nesse andar também tem um vazado que permite as pessoas de interagirem com os outros pavimentos.
01 - Vazado 02 - Circulação 03 - Galerias
01 03
02
03
Segundo pavimento
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Questionamento Que fica... " Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão a caridade de quem me detesta " Cazuza, 1988
Será
que
a
arquitetura
cultural
está
vivendo ou só sobrevivendo? Para quem ou o que ela está vivendo? Sua importância está na sua estética ou no seu conteúdo?
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?
Referências Referente à Parte 1: "Museus para o século XXI" de Josep Maria Montaner Referente à Parte 2: Fotografia: Rasmus Hjortshøj – COAST Studio, Jose Fernando Vasquez, Guido Erbring, Farbanalyse https://issuu.com/bekfortes/docs/pca_kolumba_museum https://www.archdaily.com/72192/kolumba-musuem-peterzumthor https://www.archute.com/kolumba-museum-peter-zumthor/ https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/05.0 51/3912 Referente à Parte 3: Imagem 'Construção atual': Google maps 2020
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