Freguesia de Real
Entre o vale e a serra Ficha Técnica: Textos: Dão Flora
Organização: Freguesia de Real
Fotografias: Dão Flora - Associação de Impressão: Desigm Produtores Florestais e Junta de Freguesia de Real
Financiado pelo P ro g ra m a de Desenvolvimento Rural 2007-2013, no âmbito do Projecto “Viver Mais e Receber Melhor, com Identidade e Memória” Julho 2013
Freguesia de Real: entre o vale e a serra
1
Espadana dos montes
Narcisos
Gilbardeira
Tojo
Dedaleira
Campo de Margaridas
A flora da freguesia apresenta grande variedade, quer expressa por espécies isoladas ou em manchas. A coexistência desta variedade compõe uma paisagem magnífica e atractiva. No estrato herbáceo e arbustivo aparecem fundamentalmente espécies da família das ericáceas, leguminosas e cistáceas, em que se destacam as urzes, as giestas, o medronheiro, os narcisos, o rosmaninho, a gilbardeira, os tojos, as margaridas, as malvas, as azedas, as sargacinha, a arruda, a espadana dos montes, as tanchagens. No arbóreo aparecem as espécies florestais (pinheiros, carvalhos e eucaliptos), a oliveira e outras espécies frutícolas.
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2
Pinheiro bravo adulto
Povoamento juvenil
Paisagem florestal
Povoamento adulto
Acumulação de caruma
Pinheiro resinado
O Pinheiro-bravo (Pinus pinaster Ait.) é uma árvore autóctone da Península Ibérica e predominante na freguesia de Real. É uma árvore de grande porte, podendo atingir 30 - 40 m de altura. A sua madeira é utilizada principalmente para pranchas e aglomerados. A resinagem durante os anos 70 teve um papel muito importante para os habitantes desta freguesia, esta prática foi se perdendo com a entrada da China no mercado da resina. A resina é um líquido viscoso que é excretado pelo pinheiro para selar e se proteger qualquer ferida. Apresenta uma coloração amarelo acastanhado e no contacto com o ar torna-se duro e forma uma crosta quebradiça e pegajosa. A resina fossilizada é conhecida como âmbar e é considerada uma pedra semi-preciosa.
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3
Carvalhos
Medronho
Folhas de Carvalho americano no Outono
Plantação
Encontro de povoamentos
Plantação
As folhosas pertencem ao grupo das angiospérmicas, com características muito variadas de espécie para espécie. Das presentes destacamos os carvalhos, os castanheiros, os sobreiros e os eucaliptos. Nos últimos anos, temos assistido a um aumento das áreas com eucaliptos. Podemos observar o Carvalho-negral (Quercus pyrenaica), Carvalho-alvarinho (Quercus robur) e o Carvalho-americano (Quercus rubra). Numa forma mais tímida encontramos os castanheiros, já os sobreiros e medronheiros encontram-se em expansão através da regeneração natural.
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4
Hipparchia alcyone
Esquilo
Eurranthis plummistaria
Nymphalis antiopa
Teia com orvalho
Sapo
A diversidade da vegetação e das características do terreno fornece habitats para uma grande variedade de fauna. Para além dos encontros com os animais domésticos, podemos observar a fauna selvagem, apesar de não ser de tão fácil visionamento, dos quais referimos o esquilovermelho, o coelho-bravo, a raposa, o javali, a doninha, a cobra, o lagarto, o rato, o ouriço-cacheiro. Vários tipos de borboletas marcam a sua presença.
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5
Pôpa
Ave em pleno vôo
Ninho de pica-pau
Aves em descanso
Rabirruivo
Alvéola-branca
As aves têm fascinado o Homem desde sempre pela capacidade de voar, tem-se adaptado a um determinado habitat, pelo que muitos pássaros servem de indicadores de um local. Algumas espécies vivem muito próximas das povoações. Em voo ou pelos seus cânticos podemos observar, com a ajuda dos binóculos, alvéolobranca, andorinha, carriça, cuco, gaio, melro, poupa, perdiz, pica-pau, pisco-de-peitoruivo, rabirruivo, tordo e verdilhão.
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6
Caprinos a pastar no Baldio da Lameira
Ovelhas tosquiadas
Alvéola-branca com as ovelhas
Cabra a pastar
Rebanho nas margens do Ludares, Ribeira
Ovelha com os borregos
No vale de Ludares são vários os rebanhos que pastoreiam tranquilamente as pastagens e lameiros. Após a ordenha, o leite irá ser transformado em queijo de excelente qualidade, designadamente o Queijo Serra da Estrela. O queijo produz-se de forma artesanal, a partir do leite cru de ovelha da raça Bordaleira e/ou Churra. Esta pratica é um dos símbolos da identidade e cultura dos habitantes.
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7
Levada no Rio Ludares, Ribeira
Leito do Rio Ludares
Rio Ludares ao Chão do Rio/Ereiras
Margens do Ludares, Baralha
Levada no Rio Ludares, Ribeira
Rã
O meio ribeirinho constitui uma singularidade ambiental e paisagística determinante nos espaços em que se desenvolve. A existência de um leito, provoca uma série de mudanças importantes nas condições ecológicas dos terrenos adjacentes. Neste habitat encontramos alguns répteis, peixes e aves. Destaca-se a rã, a salamandra, a cobra, o bordalo, o ruivaco, a enguia, o cuco, o verdilhão, o gaio e a garça.
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8
Caminho da Bôcha para o Alto da serra
Baldio do Cruzeiro
Baldio da Costa, Ribeira
Panorâmica de Real com os Baldios ao fundo
Exploração de mineira
Exploração de mineira
A maioria da propriedade é de domínio privado, no entanto na freguesia de Real existem terrenos comunitários, vulgo de Baldios, que são terrenos possuídos e geridos pela comunidade local. Assumem particular importância quer pelos recursos naturais, culturais e paisagísticos. Outrora eram locais para apanha de lenha, folhado, mato, pasto. Actualmente os Baldios estão arborizados com o pinheiro-bravo e o eucalipto. Na freguesia situa-se uma importante mina de feldspato que foi explorada ao longo de vários anos e que hoje já se encontra em processo de reconversão.
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9
Apicultura
Antigo Canal de Rega
Antigo canal de rega
Caminho do cimo da rua
Olival
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10
Boleto-baio
Mata bois
Quinta Merenda
Amieiro com amentilhos
Erva-de-SĂŁo-Roberto
Bolsa de pastor
PlĂĄtano Bastardo