Viver mais e Receber melhor
Junta de Freguesia
Memória
descritiva
complementar,
Plano de Utilização e Funcionamento da actividade para o período posterior à conclusão
da
operação,
Plano
de
Actividades para o período posterior à http://jf.real-pct.net
FREGUESIA DE REAL
com Identidade e Memória
conclusão Intervenção
da
Operação;
Plano
de
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O homem que conhece a história do seu torrão natal afeiçoa-se mais a este porque em cada momento evoca uma recordação: ora é de sentimentos que se compõe uma grande parte da nossa vida. José Leite de Vasconcellos
Constituído ao mesmo tempo por elementos materiais e imateriais, o mundo rural possui um património cultural, edificado, natural e paisagístico de infinita riqueza. Este património, que urge preservar, funciona igualmente como motor de desenvolvimento do território em que se situa. Reconhecer o valor do passado, proteger e valorizar o património rural, torná-lo conhecido, acessível e interactivo com as populações rurais é uma tarefa indispensável à manutenção dos equilíbrios ecológicos, à preservação da auto-estima e do desenvolvimento económico, social e cultural. Esta tarefa incumbe, não só às instituições oficiais e entidades privadas ao sector, mas também às populações que deverão ter orgulho no património existente no seu território.1
Equipa de Promoção e Desenvolvimento dos Territórios Rurais (2009) – Guia de Observação do Património Rural. [s.n.]: Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, p. 13 1
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HISTORIAL DA INSTITUIÇÃO E COMPETÊNCIAS
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CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
6
RESPONSÁVEL PELO PROJECTO
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NECESSIDADE DO PROJECTO PARA A COMUNIDADE E OBJECTIVOS A ALCANÇAR
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OBJECTIVOS GERAIS
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OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
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ACÇÕES A DESENVOLVER
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BENEFICIAÇÃO DO FONTENÁRIO E LAVADOURO DE REAL E ENVOLVENTE
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BENEFICIAÇÃO DO FORNO COMUNITÁRIO DE REAL
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BENEFICIAÇÃO DO ANTIGO LAGAR DO EIRÔ E ENVOLVENTE
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LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS MONUMENTOS
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ESTUDO DO PATRIMÓNIO CULTURAL E NATURAL DA FREGUESIA
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BENEFICIAÇÃO DO PARQUE DA LAMEIRA
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PERCURSO PEDESTRE
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SINALÉTICA DO TURÍSTICO-CULTURAL
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PLANO DE ANIMAÇÃO
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Historial da Instituição e competências Freguesia é a unidade de base da organização administrativa do país cujas origens se perdem no tempo remontando às paróquias católicas. Com a reforma administrativa liberal da primeira metade do sec. XIX separaram-se as estruturas eclesiásticas e civis e surgiu a Junta de Paróquia como entidade gestora da Paróquia, enquanto unidade administrativa civil. A designação de Freguesia surge a reforma republicana de 1916, passando a Junta de Paróquia a designar-se Junta de Freguesia. Ao longo dos anos a autonomia das Freguesias foi diminuta, só tendo progredido na III República, culminando com a publicação da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2001, de 11 de Janeiro, onde são definidas as actuais competências das Freguesias. A Freguesia de Real deve remontar ao sec. XIV, altura em que devido à estabilidade política do reino e ao aumento demográfico a malha eclesiástica aumentou com a criação de novas paróquias. As competências actuais da Freguesia, no que diz respeito a investimentos, são: Gerir, conservar e promover a limpeza de balneários, lavadouros e sanitários públicos Gerir e manter parques infantis públicos Gerir, conservar e promover a limpeza dos cemitérios Conservar e promover a reparação de chafarizes e fontanários Promover a conservação de abrigos de passageiros existentes na freguesia Gerir e conservar a rede viária vicinal (caminhos agrícolas e rurais) Apesar de não ter competências directas no domínio socioeconómico, tais pertencem aos Municípios, a Freguesia tem apoiado nos últimos anos a realização de diversas iniciativas, quer através de apoio financeiro, quer apoio logístico, quer através da co-organização das iniciativas. Dos últimos três anos destacamos: Festa da Música do concelho, 30 Maio 2008 (co-organização com a Câmara Municipal)
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória Magusto Comunitário, Novembro de cada ano (co-organização com a Fábrica da Igreja, Associação Cultural, Recreativa e Social de Real e Irmandade das Almas) Passeio Cultural para Idosos, Agosto 2009 I Prova de Vinho Caseiro, Abril 2010 (apoio financeiro à Associação Cultural, Recreativa e Social de Real) Sessão de Divulgação para agricultores, Fevereiro 2011 (apoio logístico à CONFAGRI) Sessão de Divulgação sobre Produção de Cogumelos, Março 2011 (apoio logístico à Dão Flora – Associação de Produtores Florestais)
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Caracterização do Território
Fig. 1: Mapa da Freguesia de Real (Escala 1:17647 Fonte. IGP)
Administrativamente pertence ao concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu, NUT II de Dão Lafões. Confina a Norte e Este com a freguesia de Castelo de Penalva, a Sul com as freguesias de Freixiosa e de Quintela de Azurara, do concelho de Mangualde e a Oeste com a freguesia de Germil e a dita de Quintela de Azurara. Eclesiasticamente pertence ao arciprestado de Penalva do Castelo, zona pastoral do Alto Dão e diocese de Viseu. A sua área estende-se por 4,7 Km2 e é marcada pelo vale do rio Ludares a Sul e pela Serra de Vila Mendo, mais conhecida por Serra de Real, a Norte.
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória A altitude média da freguesia é de 475 metros acima do nível do mar, sendo os pontos mais baixos na Lameira, Ribeira, junto do Rio Lodares, com 440 metros acima do nível do mar, e o ponto mais alto junto ao alto da Serra de Real com 690 metros. A aldeia da Ribeira está a uma cota de cerca 450 metros, estando a sede de freguesia um pouco mais elevada, a 530 metros. O estrato geológico da freguesia divide-se entre os xistos e os granitos. A Nordeste e Este da aldeia de Real predominam os xistos biotitico-moscoviticos e metagrauvaques com intercalações de quartzitos finos e alguns filões de aplito-pegmatito. A restante área da freguesia é marcada pela existência de granitos porfiroides de grão grosseiro. Nalgumas zonas encontra-se feldspato que foi outrora explorado. No vale do Ludares encontramos os aluviões e depósitos de fundo de vale formados durante o Holocénico. Desconhece-se até ao momento qualquer vestígio que comprove a ocupação humana na freguesia antes da Idade Média (séc. XI/XII). No entanto, a sua localização conjugada com os solos férteis do vale do Ludares poderá ter atraído populações que aqui se instalaram durante o domínio romano (séc. I a IV d.C.), cujos vestígios não foram ainda detectados. A primeira menção documental, apesar de indirecta, que se conhece a Real surge no foral de Zurara (1109-1112), actual concelho de Mangualde, onde é referido o “ribulo Ryal” como fronteira a Norte. Nas Inquirições de 1258 surge explicitamente as aldeias de Real e Ribeira, que no conjunto tinham seis fogos e trinta habitantes, constituindo assim a freguesia actual com mais habitantes na altura. Em documento de 14332 são referidas propriedades doadas ao Cabido da Sé de Viseu na zona da ponte da Baralha, que já na altura era referida3. Pelo Cadastro da População do reino de 15274 sabemos que as duas aldeias da Freguesia tinham quarenta famílias, sendo Real a terceira sede de freguesia mais populosa do concelho a par das Antas, com trinta e três famílias.
BMV – Biblioteca Municipal de Viseu D. Miguel da Silva, Livro dos Tresllados da Sé de Viseu, escrito por Jerónimo Costa e Manoel Henriques, 1703. Livro I, Documento 287, Folio 741v.º. Copia do Séc. XVIII 3 Não se tratava da actual ponte que foi construída apenas no sec. XIX. 4 Cf. COLLAÇO, João Maria Tello de Magalhães (1929) – Cadastro da População do reino (1527): Actas das Comarcas Damtre Tejo e Odiana e da Beira. Lisboa: [s.n.], p. 163-4 2
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória No período pós-terramoto de 1755 surge um inquérito a todos os párocos do continente, conhecido por “Memórias Paroquiais”, que nos dá uma imagem mais ou menos fiel da realidade. Segundo o pároco da altura, Real tinha 66 fogos e 162 pessoas, e a Ribeira 22 fogos e 54 pessoas, perfazendo um total de 88 fogos e 216 pessoas. Existia a Irmandade das Almas agregada ao Santíssimo Sacramento, que estava erecta na Igreja Paroquial. Na Ribeira havia a capela de N.ª Sr.ª da Ouvida, que pertencia aos moradores. O pároco era apresentado pelo abade do Castelo de Penalva, que lhe pagava a renda de seis mil reis. Na freguesia cultivava-se principalmente milho, mas também, centeio, trigo, cevada, vinha, oliveiras, castanheiros e árvores de fruto. Havia vários moinhos e um lagar de azeite, alguns moinhos, senão todos, e o lagar de azeite situavam-se junto do rio Ludares. Servia-se do correio da cidade da Guarda que passava por Quintela a caminho de Viseu. O pároco refere duas serras, a de São Domingos5 e a do Fial, que em algumas partes eram cultivadas, sendo o fruto mais abundante o centeio. Havia nelas também criação de gado que recolhia ao povo e caça de coelhos e perdizes. O Rio Ludares criava ruivacos e bordalos em pouca abundância que só se pescavam entre Abril e Junho. Nas suas margens apenas se cultivava milho e algum trigo por estas serem pouco fertilizadas com as águas do rio; tinham alguns amieiros e salgueiros. Existiam duas pontes de pau, a da Baralha e uma na Ribeira. Com a reforma administrativa do século XIX surgiu a proposta da Ribeira, com o seu território na margem esquerda do Rio Ludares, passar a integrar a freguesia de Quintela de Azurara e concelho de Mangualde. Contudo, a Ribeira e Real desde os tempos medievais, pelo menos, formavam uma unidade territorial integrada nas “terras de Penalva” e por isso tal proposta não teve acolhimento. Ambas as povoações são servidas fundamentalmente pela Estrada Municipal n.º 615, que dá acesso à sede do concelho e ao vizinho concelho de Mangualde, mas tem bastantes deficiências ao nível dos caminhos agrícolas, os quais são constantemente atingidos pelas
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Actual serra de Vila Mendo ou Serra de Real.
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória intempéries, uma vez que são em terra batida, o que dificulta o acesso às propriedades agrícolas e florestais. A freguesia de Real mantém uma estreita relação com o meio natural, apresentando características predominantemente rurais e a população essencialmente agrícola, com predominância para o cultivo da vinha e olival. Esta região é dotada de várias potencialidades, sendo as principais relativas aos seus produtos endógenos essencialmente a produção de vinho e azeite de elevada qualidade. É de salientar a existência de alguns rebanhos de gado ovino, dos quais dois pertencem a produtores de queijo, sendo o leite dos restantes vendido a terceiros. Existem, ainda, de empresários de construção civil, canalização e banquetes e pequeno comércio. Em prol das actividades de dinamismo cultural destacam-se a Associação Cultural, Recreativa e Social de Real, que mantém uma escola de música em funcionamento, uma Tuna e uma secção desportiva. Como principais problemas temos a destacar:
Envelhecimento da população;
Tendência para uma desertificação;
Abandono precoce do ensino escolar, contribuindo para uma taxa superior à desejada de analfabetismo;
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Aumento da taxa de desemprego.
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Responsável pelo Projecto O responsável pelo projecto será Pedro Pina Nóbrega, actual presidente da Junta de Freguesia, licenciado em Arqueologia e História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Mestre em Estudos do Património pela Universidade Aberta. Membro do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, da Associação Cultural Azurara da Beira, e do Instituto de Arqueologia e Paleociências das Universidades Nova de Lisboa e do Algarve. Profissional liberal na área da sua formação tem realizado diversos trabalhos para a administração local e central, destacando-se: Coordenação do Projecto “Gestão do Património Cultural do concelho de Mangualde”, para a Câmara Municipal de Mangualde Monografia da Freguesia de Alcafache, para a Freguesia de Alcafache, Mangualde Monografia da Freguesia de Meruge, para a Freguesia de Meruge, Oliveira do Hospital Inventário do Património Arquitectónico no concelho de Penalva do castelo, para a extinta Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais Transcrição e Estudo das Memórias Paroquiais de Penedono, para o Município de Penedono Comissariado Cientifico da Exposição “Arte, Poder e Religião nos tempos medievais”, para Município de Viseu Inventário dos Bens Móveis da Sé de Viseu, para Cabido da Sé Catedral de Viseu Monografia da Freguesia de Valflor, para a Freguesia de Valflor, Meda Ao longo da sua formação académica trabalhou essencialmente sobre os concelhos de Mangualde e Penalva do Castelo, o que lhe permite ter uma noção actual da realidade patrimonial da região e da Freguesia de Real em concreto. Como membro do Departamento do Bens Culturais da Diocese de Viseu tem desenvolvido actividades de consultadoria na área dos Bens Culturais para paróquias e outras
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória entidades diocesanas, concepção e montagem de exposições temáticas de arte sacra, actividades de animação e divulgação de bens culturais. No âmbito da Associação Cultural Azurara da Beira coordenou projectos sobre o património arqueológico do concelho de Mangualde e sobre a história da actividade arqueológica neste concelho, cujos resultados têm vindo a ser apresentados em conferências e publicações. Publicações: NÓBREGA, P.P. (2008) - "O actual concelho de Mangualde nas Memórias Paroquiais (1732-1758)". Mangualde: Associação Cultural Azurara da Beira NÓBREGA, P. P. (2007) - "Uma viagem por terras de Alcafache". Alcafache: Junta de Freguesia de Alcafache. NÓBREGA, P. P. (2007) - Sepulturas escavadas na rocha da freguesia de Quintela de Azurara. "Beira Alta". Viseu, 66: 3-4, pp. 247-292. NÓBREGA, P. P. (2005) - Alberto Osório de Castro e a “Citânia da Raposeira”: O “desentulhar” das memórias mangualdenses em finais do séc. XIX. "Beira Alta". Viseu, 64: 3-4, pp. 247-292. NÓBREGA, P. P. (2004) - Árula votiva de Quintela de Azurara (Mangualde). "Ficheiro Epigráfico". Coimbra, 77, f. 348. NÓBREGA, P. P. (2004) - Árula votiva de Antas (Penalva do Castelo). "Ficheiro Epigráfico". Coimbra, 75, f. 335. Comunicações: 2005: Sepultura Medieval do Alto da Quintinha (Mangualde). V Congresso de Arqueologia do Interior Norte e Centro de Portugal (com Catarina Tente e Filipa Neto) 2004: Arqueologia mangualdense e penalvense: novas achegas de velhos tempos. IV Congresso de Arqueologia Peninsular
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Necessidade do projecto para a Comunidade e objectivos a alcançar A Freguesia de Real, assume diversos objectivos para o território de intervenção, nomeadamente um Desenvolvimento Sustentável que tenha em consideração os principais recursos existentes, tais como a conservação da paisagem existente, do património cultural, dos produtos endógenos de qualidade (vinho, azeite e queijo), técnicas artesanais. O necessário equilíbrio para um desenvolvimento sustentável que tem de ter em conta os recursos existentes, as características locais e a preservação do meio ambiente, condições para um território se poder desenvolver harmoniosamente com respeito pelos seus diversos valores. A concretização das linhas estratégicas de desenvolvimento materializa-se na execução de um conjunto de acções, que, apesar de inseridas na esfera da competência da Freguesia, ultrapassa de forma clara as mesmas, alargando-se a toda a comunidade local, designadamente aos diferentes agentes económicos e sociais. As Autarquias Locais, designadamente as Freguesias assumem um papel fundamental na dinamização do tecido social, que supera a simples visão de satisfação das necessidades básicas, pressupondo uma atitude mais interveniente, incitadora e, sobretudo, congregadora das vontades dos paroquianos na procura de um futuro melhor, na perspectiva de garantir o desenvolvimento sustentável da Freguesia de Real. Pretende-se, com a execução do presente projecto a preservação da identidade e da memória da comunidade, uma maior atractividade do território e um desenvolvimento da economia local, através da requalificação do património cultural e natural e da sua animação e divulgação. Através da melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais, evita-se o êxodo rural e potencia-se a atractividade do território. É nesta perspectiva que a Freguesia de Real se assume como protagonista no desenvolvimento de determinadas opções estratégicas, com o principal objectivo de criação de condições que permitam a fixação de população, num esforço de igual promoção da sua regeneração, dando oportunidades objectivas aos mais novos, contribuindo assim para a inversão do processo de desertificação humana que afecta a generalidade da Região passando por várias prioridades:
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória Melhoria das acessibilidades aos terrenos agrícolas e florestais; Valorização dos produtos endógenos de qualidade; Melhoria da qualidade de vida; Promoção do potencial turístico; Promoção do artesanato; Promoção Cultural. Os objectivos do projecto foram definidos tendo em conta a sua coerência com a missão e competências legais da entidade promotora, a focalização nos resultados prioritários e a sua articulação com objectivos definidos em planos que abranjam o território de intervenção.
Objectivos Gerais Valorizar o espaço de vivência da comunidade, a qualidade de vida dos cidadãos e a sua Identidade Criar simultaneamente melhores condições de acolhimento para quem vem do exterior
Objectivos Específicos Identificação e interpretação de 100% dos elementos patrimoniais da Freguesia Permitir uma melhor utilização de três equipamentos enquadráveis no Património Rural Permitir uma utilização por crianças e seniores de uma zona de lazer associada a uma paisagem natural (Vale do Ludares) Atrair ao território novos visitantes Potenciar o conhecimento sobre a história e o património rural (cultural e natural) às gerações actuais (>25 anos) Transmissão às gerações futuras (<25 anos) conhecimentos sobre as práticas agro-florestais e sobre a história e o património rural
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Acções a Desenvolver Para a concretização dos objectivos supra referidos foram planeadas oito acções que se interligam entre si e abrangem a totalidade do território da Freguesia. Estas acções vão de encontro ao preconizado na Estratégia Local de Desenvolvimento no que diz respeito ao Património e Turismo e na aposta no turismo rural/cultural como imagem de destino. A definição das acções a desenvolver foi um processo que partindo da Junta de Freguesia envolveu, além da Assembleia de Freguesia e da Assembleia de Compartes, a população da Freguesia. Desde Novembro de 2009 foram realizadas três sessões públicas onde foram abordados os investimentos a fazer e a submeter a pedido de apoio ao PRODER. Por outro lado, o boletim informativo trimestral também foi um veículo de informação sobre este processo. As acções têm como destinatários directos a população da Freguesia, e como destinatários indirectos os visitantes e turistas que se desloquem ao nosso território.
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Beneficiação do Fontenário e Lavadouro de Real e envolvente
Fig.s 1 e 2: Aspectos actuais do Fontenário
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Fig. 3: Localização do Fontenário (1), do antigo Lagar do Eirô (2) e do Forno Comunitário (3). Fonte: SIG DRAPC
A água sempre constituiu um factor importante para a economia e para a vivência da comunidade realense. Do fontenário de Real brota a água não só para o consumo humano mas também para irrigar as terras mais a Sul, sendo repartida entre os regantes pelo uso e costume local. O fontenário de forma sub-triangular recortada é no seu todo formado em granito, saindo a água por uma bica para um primeiro tanque e daqui para um tanque maior que serve de lavadouro. A água chega até ele por uma conduta metálica desde o poço, ao qual se tem acesso por uma galeria recentemente alvo de uma intervenção de consolidação. Mais tarde foi lhe feita uma cobertura incaracterística em cimento, de terraço para servir, igualmente, de coreto. A Intervenção projectada visa expurgar o conjunto destes elementos incaracterísticos e dotá-lo de uma cobertura em madeira com quatro águas. A zona envolvente, que se situa a uma cota mais elevada, será dotada de uma vedação para salvaguardar a segurança das pessoas. O jardim lateral, onde ainda se conserva uma
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória antiga pia, será remodelado de forma a torná-lo mais aprazível e evitar o depósito de lixo e outros detritos. A zona fronteira ao tanque do lavadouro, correspondente ao tanque da água para regadio, que hoje se encontra de cimento será calcetada com cubo de granito de forma que se uniformize com o pavimento circundante. Investimentos a realizar: Rub
Trabalho
Valor s/IVA
Valor C/IVA
62
Beneficiação do Fontenário
7783,90 8250,93
123
Intervenção na envolvente
942,50
17
999,05
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X X
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Beneficiação do Forno Comunitário de Real
Fig.s 4,5,6: Aspectos do Forno no estado actual
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Fig. 7: Localização do Fontenário (1), do antigo Lagar do Eirô (2) e do Forno Comunitário (3). Fonte: SIG DRAPC
O pão sempre foi uma dos principais alimentos, sendo remota a sua origem. Era comum nas aldeias haver os fornos comunitários para a população menos abastada pudesse cozer o seu pão. Muitos destes fornos pertenciam a confrarias ou às paróquias, o que não era o caso da nossa freguesia. Na nossa freguesia o Forno comunitário de Real sempre pertenceu ao povo, tendo sido por ele construído numa casa de alvenaria de traça tradicional aproveitada para o efeito. Com o passar dos anos e com algumas intervenções menos cuidados, ele já não serve cabalmente a comunidade para o fim que foi construído. Assim, urge efectuar uma intervenção de preservação que o dote de alguns melhoramentos de forma a poder voltar a ser utilizado pela comunidade, expurgando-o de acrescentos menos característicos. Face à sua idade a câmara do forno há muito que vem evidenciando ruína tendo já caídos diversos tijolos da sua cúpula. Por isso terá que ser efectuada uma câmara nova no
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória mesmo lugar da actual. O pio de recolha das cinzas será dotado de uma grelha amovível que permitirá usá-lo não só para recolha de cinzas mas também para grelhador. As únicas janelas e portas existentes são de ferro, material algo incaracterísticos e que se não coaduna com as paredes em alvenaria de pedra à mostra. Serão substituídas por janela e porta de alumínio lacado castanho de forma a permitir um melhor enquadramento e menor impacto visual. Proceder-se-á à ultimação da electrificação do forno, já iniciada anteriormente mas não terminada. No exterior será colocado um corrimão para facilitar o acesso a pessoas de mobilidade reduzida, bem como será efectuado um compartimento para depósito de lenha. O telhado em lusalite será totalmente substituído por telha de cano característica da região bem como será efectuada uma nova cobertura da chaminé. Investimentos a realizar: Rub
Trabalho
62
Beneficiação do Forno Comunitário
20
Valor s/IVA
Valor C/IVA
4980,60 5279,44
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X
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Beneficiação do antigo Lagar do Eirô e envolvente
Fig.s 8,9: Aspectos actuais do antigo lagar e do WC Público
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Fig. 10: Localização do Fontenário (1), do antigo Lagar do Eirô (2) e do Forno Comunitário (3). Fonte: SIG DRAPC
No centro da aldeia existe uma casa solarenga, denominada solar dos Castilhos ou dos Viscondes de Banho, integrada na Quinta da Aveleira. De entre os vários equipamentos agrícolas que esta quinta dispunha contava-se um lagar de azeite adossado à fachada lateral da casa. Na década de 80 do sec. XX a Junta de Freguesia comprou o referido lagar para alargamento da rua, mas como forma de preservar a memória daquele equipamento não aproveitou todo o espaço para arruamento. A uma cota superior face ao arruamento, ficou o engenho do lagar com as pedras e varas e a zona envolvente foi demarcada e mais tarde utilizada para jardim infantil e construção de casas de banho. O jardim infantil já foi desmantelado por não cumprir os requisitos legais e as casas de banho adossadas à casa solarenga tornaram-se num elemento incaracterístico. A intervenção proposta passa pela adaptação do engenho numa fonte com espelho de água em circuito fechado, preservando todos os seus elementos e dando um destaque ao conjunto que hoje não tem, passando despercebido a quem nos visita.
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória Na zona envolvente propõe-se uma intervenção que visa proporcionar à comunidade alguns equipamentos, como as casas de banho públicas e um equipamento infantil, bem como proporcionar um melhor enquadramento ao monumento adaptação. A árvore existente, que já apresenta danos consideráveis, será substituída por outra árvore mais jovem. Será instalado um equipamento lúdico infantil de forma a proporcionar este tipo de divertimento à população infantil (em Real não existe nenhum parque infantil) e por outro lado perpetuar a memória do primeiro e único parque infantil que houve em Real. A zona das casas de banho será resguardada por uma parede onde será colocado o brasão da freguesia em material característico da região (granito) Investimentos a realizar: Rub 62 50 123
23
Trabalho Beneficiação do antigo lagar
Valor s/IVA
Valor C/IVA
3550,00 3763,00
Intervenção na Envolvente: 4000,00 4240,00 Adaptação do WC Público Intervenção na Envolvente: 4326,32 4585,90 Ajardinamento
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X X X
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Limpeza e Conservação de pequenos monumentos
Fig.s 11, 12, 13, 14, 15, 16: Cruzeiro da Lameira, Cruzeiro de Real, Cruz dos Mortórios, Alminhas da Roda, Cruz dos Mortórios, sepultura medieval.
Na Freguesia existem pequenos monumentos característicos do património rural, materialização da fé e crença das suas gentes. Todos construídos em granito possuem hoje um aspecto menos cuidado devido à agregação de linquens e outros fungos e vegetação que necessita de ser retirada de forma a dar-lhe um aspecto renovado e ajude a preserva-los. Todos estes monumentos situam-se em espaços públicos (largos ou vias):
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória Cruzeiro da Lameira Cruzeiro de Real Cruzes dos Mortórios (ao longo da EM 615) Alminhas da Roda Alminhas ao João Gomes (sede da Junta de Freguesia) Cruciformes da Tv. João de Castilho Cruciformes da Fonte da Ribeira Sepultura medieval (baldio da Tapada)
4 1 2
3
5 Fig. 17: Localização do Cruzeiro de Real (1), Alminha da Roda (2), Alminha ao João Gomes (3), Cruciforme da Tv. João de Castilho (4), Sepultura medieval (5). Fonte: SIG DRAPC
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória
3
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Fig. 18: Localização do Cruzeiro da Lameira (1), do Cruciforme da Fonte da Ribeira (2), da cruz dos Mortórios.
Esta acção complementa a acção do Percurso Pedestre da Freguesia, visto que todos estes se situam junto a este percurso e constituirão os seus pontos notáveis. Investimentos a realizar: Rub 62
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Trabalho Limpeza dos monumentos
Valor s/IVA
Valor C/IVA
1500,00 1845,00
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X
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Estudo do Património Cultural e Natural da Freguesia Por iniciativa do responsável técnico deste projecto e de Paulo Jorge de Sousa Lemos, actualmente Presidente e Tesoureiro da Junta de Freguesia, levou-se a cabo um pequeno estudo monográfico da freguesia e a implementação de um site na Internet com o resultado deste estudo (www.real-pct.net). Face ao tempo e aos recursos disponíveis foi apenas um pequeno estudo sobre a história e o património cultural e um pequeno site feito por nós próprios sem qualquer aprumo técnico e gráfico. Urge agora completar o estudo sobre a história e o património cultural e realizar o estudo sobre o património natural, a fauna, a flora e as práticas (saber-fazer) agro-florestais da freguesia. Atendendo à formação do responsável técnico do projecto se limitar ao património cultural será necessário proceder à aquisição de serviços para o estudo do património natural, da flora e da fauna, bem como para o levantamento das práticas agro-florestais da freguesia. Por outro lado torna-se necessário a aquisição de material informático essencial para a recolha e tratamento da informação e elaboração dos respectivos estudos. O trabalho final será materializado em dois produtos distintos: uma monografia e um conjunto de exposições fotográficas. A monografia reunirá num só volume todo o estudo sobre a história, o património cultural e natural, a flora, a fauna e as práticas agro-florestais, num discurso acessível e profundamente ilustrado. Será apresentada em sessão pública e distribuída gratuitamente à população da Freguesia. Será, igualmente, oferecida a diversas instituições como forma de divulgação. Assumindo que o registo fotográfico é parte da construção da identidade e da memória de uma comunidade, pretendemos levar a cabo um conjunto de exposições cujas temáticas serão: património cultural, património natural, gentes e lugares. Com as exposições “Património Cultural” e “Património Natural” pretende-se chamar a atenção das pessoas para a riqueza patrimonial do território através da captura de pequenos pormenores dos vários elementos patrimoniais da Freguesia. A maioria deles sobejamente
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória conhecidos da população, mas que nem sempre foram capazes de olhar para eles com a atenção devida para captar os pormenores que serão expostos nas exposições. Pretende-se estimular a sensibilidade da comunidade para um olhar diferente sobre o seu património. Por seu lado, com a exposição “Gentes e lugares” pretende-se captar aspectos do quotidiano da comunidade reforçando a sua identidade comunitária. O cozer o pão, o amanhar a terra, o regadio, o lavadouro, a ida à missa, a procissão, os cafés, os jogos, os cantos e recantos das aldeias, serão captados pelas objectivas. Cada exposição será composta por um conjunto de cerca de 15/20 fotografias (30x40cm) que estarão expostas num local da Freguesia e disponíveis no Portal da Freguesia. De forma a divulgar a Freguesia e sua comunidade estabelecer-se-ão parcerias com outras entidades para as exposições no seu conjunto ou de forma singular possam estar expostas noutros espaços (ex. Câmara Municipal de Penalva do Castelo, Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo, Instituto Português da Juventude – Viseu, etc.). Esta acção é complementar às acções Percurso Pedestre e Sinalética da Freguesia. Investimentos a realizar: Rub 71
Trabalho Aquisição de material informático
Valor s/IVA
Valor C/IVA
1407,00 1730,61
90
Aquisição de serviços do levantamento da fauna, flora e 2000,00 2460,00 práticas agro-florestais Edição da Monografia 3050,00 3751,50 Construção do Portal da Freguesia 1000,00 1230,00
50
Exposições de Fotografia
81 78
28
1002,00 1232,46
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X X
X
X
X X X
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Beneficiação do Parque da Lameira
Fig. 19: Localização do Parque da Lameira
A Lameira no vale do rio Ludares e junto da aldeia da Ribeira é um dos espaços naturais de excelência da Freguesia, constituindo uma zona baldia ribeirinha. Outrora lugar de pastagem e de apanha de erva e tojos de toda a comunidade, viu nas décadas de 80/90 do sec. XX parte do seu espaço ser ocupado por fossas cépticas que serviam toda a parte antiga da aldeia. Tal facto descaracterizou o espaço e levou à degradação do espaço natural. Já no séc. XXI a Junta de Freguesia decidiu inverter o processo de degradação, e reconhecendo o valor natural do espaço decidiu encetar diversas obras de beneficiação. Foi melhorado o acesso à Lameira e foi criado um parque de lazer com bancos, mesas, churrasqueiras, fontenário, Casa de banho e Parque Infantil. A Câmara Municipal encerrou as fossas cépticas transferindo os esgotos para uma nova ETAR construída nas imediações, mas fora da área baldia.
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória Devido a nova legislação e à quantidade de água no local tornou-se urgente proceder à Beneficiação da zona onde se situa o parque infantil, quer implementando um colector de água pluviais, já realizado, quer colocando um pavimento de amortização na zona do Parque Infantil, a realizar. Tornou-se, também, necessário a melhoria do caminho que atravessa esta zona baldia afectado pela má drenagem das águas.
Fig. 20 e21: Antes e depois da intervenção de colocação do colector
Por outro lado, cada vez se acentua o envelhecimento da população, que apesar disso, pratica as chamadas caminhadas passando por esta zona de lazer. Assim, pretende-se colocar neste espaço dois equipamentos geriátricos que vão completar esta zona de lazer e recreio. Com esta acção pretende-se valorizar todo este espaço natural junto ao rio Ludares cercado por terrenos agrícolas (lameiros) ainda hoje cultivados. Esta acção complementa o Percurso Pedestre que por aqui passa. Investimentos a realizar: Rub 127 127 127
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Trabalho Beneficiação do parque de lazer
Valor s/IVA
Valor C/IVA
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X
4875,00 5167,50
Colocação de colector de águas 3500,67 3710,71 pluviais Beneficiação do caminho 1264,83 1530,45
X X
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Percurso Pedestre
Fig. 22: Trajecto do Percurso Pedestre
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória Tem-se assistido nos últimos anos a um renascer do interesse por andar a pé, quer seja em circuitos urbanos, quer em circuitos em ambiente rural de menor ou maior escala. Dando resposta a este crescente interesse surgiram um pouco por todo o país diversos Percursos Pedestres a maioria deles devidamente homologados como Pequenas Rotas pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP). A nossa Freguesia não foge à regra e nos últimos anos verifica-se uma crescente prática do caminhar a pé, normalmente ao fim de um dia de trabalho. No entanto, várias pessoas já manifestaram o desejo que fosse implementado um percurso pedestre na Freguesia pelos caminhos rurais que antigamente se percorriam e que hoje apenas quem cultiva as terras o utiliza e em parte. Aliás, o assunto chegou a ser sugerido pela Assembleia de Freguesia para inclusão no Plano de Actividades da Freguesia. Por outro lado reconhecemos as vantagens do pedestrianismo para o bem-estar e para a saúde das pessoas, pois é uma actividade multifacetada, com poucas dificuldades técnicas e que ao mesmo tempo desenvolve uma prática harmoniosa com a natureza, relaxante e agradável. Algo que pode ser exercido sozinho, em grupo ou em família, dos “8 aos 80”. A existência de um percurso pedestre na freguesia, aliado a uma eficaz estratégia de divulgação, será um factor de atracção de turistas/caminhantes à Freguesia o que terá impacto, mesmo que numa pequena escala, na economia local, quer no sector da alimentação e bebidas, quer no sector dos produtos endógenos, visto que na Freguesia existem duas queijarias. A implantação deste percurso será sujeito a processo de homologação a instruir junto da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), o qual comporta a elaboração do projecto, o registo, a implementação em si, a homologação e a sua manutenção. O percurso pedestre desenvolver-se-á por cerca de 9,15km no perímetro das duas aldeias da Freguesia (conforme mapa anexo) de forma circular tendo o seu início no Baldio da Costa na aldeia da Ribeira (uma das principais entradas na freguesia). A sua implementação obedecerá às regras constantes do Regulamento de Homologação de Percursos Pedestres (RHPP) da FCMP. É atravessada uma zona essencialmente florestal e agrícola, sendo uma pequena parte percorrida na aldeia de Real e outra ainda menor na Estrada Municipal 615 por inexistência
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória de alternativas. Optou-se por caminhos rurais já existentes, alguns deles ainda utilizados com frequência, outros devido ao abandono das áreas agrícolas e sua conversão em florestal têm uma utilização menor. Todo o percurso será alvo de uma limpeza do mato que exista. Ao longo do percurso encontram-se cerca de 17 pontos notáveis que serão alvo de uma limpeza e valorização e da respectiva sinalização nos termos do art. 15º do RHPP. Nos termos do artigo 12º do RHPP será colocado um painel informativo no local de início do percurso, com a informação constante do artigo 23º do RHPP. Sendo o local do Sobreiro mais ou menos o meio do percurso, sendo uma zona de lazer e sendo, igualmente, a outra importante entrada na Freguesia será também aqui colocado um painel informativo. Na parte do percurso coincidente com o PR 1 MGL “Trilho do Ludares” do concelho de Mangualde serão colocadas placas de indicação do percurso nos termos dos artigos 14º, 35º e 36º do RHPP. No restante percurso serão colocadas marcas nos termos dos artigos 30º a 34º do RHPP, preferencialmente em suporte natural e/ou já existente, não o sendo possível, em postes a colocar para o efeito. Nos termos do artigo 38º do RHPP será editado um folheto com a informação estipulado neste artigo. Complementarmente será efectuada a respectiva divulgação no Portal da Freguesia e noutros canais de divulgação do pedestrianismo na Internet. Esta acção será complementada com a limpeza dos cruzeiros, alminhas, cruciformes e sepultura medieval e com a acção de levantamento da fauna e flora e das práticas agroflorestais da freguesia. Investimentos a realizar: Rub 76 127 88 82
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Valor s/IVA
Trabalho Sinalização do Percurso Pedestre Zonas de Lazer do Pedestre Material informativo
Percurso
Homologação Pedestre
Percurso
do
Valor C/IVA
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
1575,00
1937,25
X X
1500,00
1845,00
X
1000,00
1230,00
9699,00 11929,77
X
X
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Sinalética do turístico-cultural Uma boa sinalética é muito importante, não só por uma questão de orientação, mas principalmente pelo impacto positivo que deixa a quem visita. Os visitantes ao chegarem a um território querem ser bem recebidos e ver que o território está preparado para os receber. Em cada uma das entradas da Freguesia, que são 3, iremos colocar um totem com uma mensagem de boas vindas e um slogan apelando à nossa riqueza patrimonial. Ao longo da estrada será colocada sinalética direccional e de início e fim de localidade de forma a orientar melhor os visitantes para os pontos de interesse da Freguesia.
Investimentos a realizar: Rub 76
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Trabalho Sinalização turístico-cultural
Valor s/IVA
Valor C/IVA
3003,00 3693,69
Programação prevista 2010 2011 2012 2013
X
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Plano de Animação Após a aprovação do pedido de apoio e assinatura do contrato será realizada uma sessão pública para divulgação do projecto e apresentação dos dados preliminares sobre o estudo da História e Património Cultural. Com esta sessão pretende-se captar o interesse da população para o projecto e fomentar a sua colaboração. A população terá um papel muito importante na acção “Estudo do Património Cultural e Natural da Freguesia”, pois será uma fonte de informação privilegiada e será também o principal destinatário desta acção, fomentando a identidade e a memória da comunidade. Os três elementos patrimoniais que irão ser beneficiados (Forno, Fontenário e Lavadouro e Antigo Lagar) estão disponíveis para uso da população de forma livre e contínua. A Junta de Freguesia assume a sua limpeza e manutenção. Será dada devida divulgação das acções realizadas junto da população de forma a potenciar a sua devida utilização. A inauguração do Percurso Pedestre será realizada com uma Caminhada que será amplamente divulgada e para a qual iremos propor parceria à Câmara Municipal de Penalva do Castelo, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo, ao Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões III, à Associação Cultural Recreativa e Social de Real e à Dão Flora – Associação de Produtores Florestais. Esta proposta de parceria pretende que além de uma simples caminhada inaugural seja também uma actividade promotora do exercício físico saudável, com possível rastreio e controlo de glicemia, tensão arterial, Índice de Massa Corporal e também de divulgação de boas práticas na floresta de forma a respeitar a natureza e a evitar o risco de incêndio. Anualmente a Junta de Freguesia promoverá esta caminhada, independentemente de conseguir estabelecer a referida parceria. Apostará numa ampla divulgação não só na Freguesia e na região, como também junto de organizações de pedestrianismo e de sítios na internet de comunidades virtuais de pedestrianismo (ex. http://www.ocaos.org/). Serão colocadas em locais estratégicos junto dos valores culturais ou naturais de “caches” com objectos relacionados com a Freguesia de forma a fomentar o geocaching. As “caches” serão devidamente registadas em plataformas electrónicas das comunidades virtuais de goecaching. Esta nova modalidade constitui um importante factor de atractividade dos
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Viver mais e Receber melhor com Identidade e Memória territórios. Os “geocachers” em busca das caches ficam a conhecer melhor o território envolvente e promovem a sua divulgação, gerando uma verdadeira cadeia de divulgação dos territórios. As exposições fotográficas estarão patentes num espaço da Freguesia de forma rotativa, e será proposta a outras entidades uma parceria para que as possam receber nomeadamente Câmara Municipal de Penalva do Castelo e Instituto Português da Juventude – Viseu. O portal na Internet será mantido e actualizado regularmente com notícias sobre a freguesia e fomentar-se-á o contributo das forças vivas da freguesia. A monografia da freguesia será apresentada em sessão pública e será distribuída gratuitamente à população da freguesia, bem como a outras instituições para divulgação da História e do Património rural. A zona de lazer da Lameira, no vale do Ludares, será mantida ao longo do ano sendo de livre acesso a sua utilização.
Real, 13 de Maio de 2011 O Presidente da Junta de Freguesia
______________________________________________________ Pedro Pina Nóbrega
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