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EVAmagazine
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lá leitoras! Matamos mais um leão! Chegamos à segunda edição da EVA Magazine. Ficamos muito felizes com o carinho e a alegria com que nossas leitoras e leitores receberam nossa revista. Sucesso absoluto em todas as cidades por onde distribuímos nossa primeira edição. Algumas pessoas e anunciantes, que ainda duvidavam de nossa capacidade empreendedora, ficaram totalmente surpresos, ao receber em mãos, nossa edição inicial. Ouvimos alguns comentários: “de primeiro mundo!”, “excelente qualidade”, “visual clean” “diagramação moderna”, “leitura agradável e fácil”, “revista de capital”. Isso nos deu um ânimo muito grande, e nos mostrou que estamos no caminho certo. São tantas mensagens recebidas, que não seria possível colocá-las aqui na revista. Agradecemos a todos que incentivaram, aos que duvidaram, aos que enviaram mensagens de encorajamento, de solidariedade, de felicitação e de carinho. Nessa edição fizemos pequenas modificações sem mexer na estrutura geral; a maioria das sugestões foram feitas por nossas leitoras. Modificamos, também, alguns detalhes técnicos. Alguns artigos já são respostas de pedidos que recebemos; ampliamos um pouco o espaço para artigos de nossos correspondentes
internacionais, e iniciamos nosso sistema de assinaturas. Agora as leitoras podem receber em casa ou no trabalho, as próximas edições da EVA Magazine. Fizemos uma fanpage no Facebook, e recebemos mais de duzentos “likes” em uma semana, o que nos deixou bastante felizes. Estamos estruturando o site, para uma melhor interação com nosso público, e mais novidades estão chegando. Nesta edição dedicada às mães, muitas amigas nos pediram para fazermos diversos tipos de homenagens, porém, contrariando-as, preferimos trazer artigos interessantes sobre filhos, alimentos saudáveis, instinto materno, feng shui e outros, de grande interesse para mamães e futuras mamães antenadas. Esperamos que vocês se deleitem lendo os artigos, e continuem enviando seus comentários, sugestões e críticas, para que com esse feedback, possamos melhorar cada vez mais a revista. Quero deixar aqui, para todas vocês, mães, uma frase que encontrei em um boletim da empresa Ciba Vision, que sintetiza o nosso pensamento: “Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos atenciosos e dedicados possa mudar o mundo; somente eles conseguem fazer isso”. Mãe é tudo de bom! Uma boa leitura!
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contato@evamagazine.com.br 37 3321-8442 37 9919-5485 www.evamagazine.com.br DIRETOR RUDJI MAYAL DIRETORA COMERCIAL KAREN PEREIRA
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Câncer Ginecológico
DIRETOR DE ARTE JOE BAZILIO JORNALISTA RESPONSAVEL ELAINE CRISTINA MARTINS MG 10237 JP CAPA Modelo - ana luisa silva rodrigues foto - ranieri ribeiro make up - MARIANE SILVA COLABORADORES Anna Lobo de Carvalho CONSUELO REIS FONSECA Cristiane Maria de Faria Fábio R. R. Belo Dr. Fábio Rodrigues Teixeira Fernanda Alfinito Helena Akiko Kai Isabella Amorim Arraes Dra. Isabela Iside Gagliardo Soares Joel Aparecido Bazilio Costa Káthia Leal Dr. Marden H. Vilela María Fernanda Cuervo Ledesma - México Olívio Jekupé Taísa Pires Dra. Vivian Goldberger IMPRESSÃO EDIOURO GRÁFICA E EDITORA LTDA. TIRAGEM 5.000 EXEMPLARES
24 Discriminação
Racial
26 Transtornos
Alimentares
28 Pele Saudável
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Mulheres das Cavernas
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Obesidade Infantil
40 48 Endometriose
Alimentos Saudáveis
O desenvolvimento da linguagem verbal da criança
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Arteterapia 46 Ser Mulher: Direito de todas 54 Alegria das compras 56
68 Instinto Materno
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Paris Verdades e Mitos sobre a Geladeira
84 Ortodontia Estética
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76 A Saúde Bucal durante a Gestação
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Mais Copas para o Brasil
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Guarda-Roupas
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outono / inverno
Você se alimenta bem?
78 A Importância de uma relação comunicativa com os filhos Maio2013
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Literatura
Vida,
segundo meus pensamentos
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epois de um dia complicado de trabalho, numa belíssima quinta-feira de outono, fiquei imaginando que ia até o estacionamento da empresa, ligava meu carro – popular, 1.0
e financiado - e dirigia até a rua Augusta, famosa pelos bares, boates, lojas vintage e casas de shows. Admirava, em minha imaginação, cada trecho, porque, apesar de sofrer com os diversos problemas encontrados por aqui, gosto infinitamente da beleza singular da minha cidade. Enfim, a única coisa que eu desejava era chegar em casa com alguma tranquilidade e paz de espírito, pois em São Paulo, pelo fato de convivermos com um trânsito terrível, não se pode mais sonhar com rapidez e agilidade nos trajetos. A verdade é que, alguns metros depois, chegando à Avenida Europa, imaginei ser surpreendida por um letreiro piscante que adornava a fachada de uma loja de automóveis de luxo. Tratava-se de uma pergunta feita, claro, aos motoristas que passavam por aquele local, já que eram raros os pedestres por ali (são poucos os que transitam a pé em bairros nobres da minha cidade). Surpreendi-me, sim, pois a loja queria saber o quão viva eu estava. Refletia, com minha cabeça sagaz: estava muito viva. Assim como milhares de pessoas, acordava cedo, trabalhava o dia inteiro e estudava. E não: não precisava de um carro daqueles pra me sentir melhor, ou mais viva. Na avenida, os automóveis a minha frente seguiam lentamente. Lentamente, também, eu me despedia da atmosfera de luxo e de glamour das ruas dos Jardins, e, como ouvisse um estalo dentro de minha mente imaginativa, voltava à porta de saída da empresa na qual trabalho como auxiliar de escritório. Chovia muito. Fui embora a pé, com a certeza de estar mais viva do que nunca.
Isabela Amorim Arraes
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Câncer
Ginecológico O que é câncer ginecológico? O termo câncer ginecológico é bem abrangente, não é uma doença única. Geralmente é usado para definir as neoplasias malignas que surgem nos órgãos reprodutores femininos, ou seja; nos ovários, nas trompas, na vagina e no próprio útero. Cada um deles é considerado como uma doença diferente por terem causas, prognósticos e tratamentos diversos.
É uma doença silenciosa ou possui alguns sinais e sintomas? Em geral os sintomas não são específicos. Por exemplo, o câncer do colo uterino, em suas fases iniciais pode permanecer oculto, sem sintomas por vários anos, pois as lesões em sua maioria são microscópicas ou com poucos milímetros. Neste caso o câncer só se manifesta em fases mais avançadas e mesmo assim, a maioria das pacientes só se queixa de corrimento ou sangramento após a relação sexual. Sintomas como dores na pelve ou sangramento irregular só aparecem tardiamente. O câncer dos ovários ainda é também um grande desafio, pois a maioria dos casos só é descoberta, em geral quando a paciente queixa de aumento do volume do abdome, isto é quando o tumor já tem vários centímetros. Por outro lado temos o câncer de vulva, que pode ser observado e diagnosticado com facilidade, em geral como uma ferida que não cicatriza, muitas vezes associada à coceira ou dor na região próxima à entrada da vagina.
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mulheres próximas ou logo após a menopausa. Qualquer mulher já menopausada que apresente sangramento tipo menstruação deve procurar o seu ginecologista para ser examinada e se necessário, ser solicitado o exame de ultrassom da pelve. Já o câncer do colo uterino, apesar de não apresentar sintomas nas fases iniciais é facilmente identificado em exames simples, feitos de rotina em consultório. È um câncer perfeitamente evitável. Os exames de citologia oncótica (também chamado papanicolau ou “preventivo”) e a biópsia são eficazes para o rastreamento e diagnóstico das lesões precursoras da doença vários anos antes do surgimento do câncer invasor. O tratamento destas lesões é simples e eficaz na grande maioria dos casos.
Existe um grupo de risco ou estilo de vida ou mesmo hereditariedade para este tipo de câncer? O câncer de ovário e das mamas tem fatores genéticos envolvidos, isto é mulheres com história destes tipos de câncer na família devem ficar atentas. O câncer do endométrio está mais relacionado a fatores como excesso de peso, hipertensão e diabetes, além do uso indevido, sem controle adequado, de hormônios após a menopausa. O câncer do colo uterino está relacionado ao HPV, portanto mulheres sexualmente ativas, com vários parceiros durante a vida, sem o uso adequado de preservativos podem se expor a este vírus e consequentemente terem um risco aumentado para este tipo de câncer.
É possível preveni-lo? Se sim, como?
E quanto ao HPV?
Depende, como nós dissemos, trata-se de várias doenças diferentes. O câncer de ovário, por exemplo, é um dos tipos mais agressivos e geralmente não se apresenta com sinais ou sintomas característicos que façam com que a mulher ou o médico possam suspeitar da doença em fases iniciais. Além disso, não existem exames ou testes específicos para o seu diagnóstico, não se pode “rastrear” a doença. Já existem testes genéticos que podem determinar o “risco” de desenvolver a doença, mas eles só são indicados naquelas mulheres com história familiar deste tipo específico de câncer. Outro tipo de câncer, o câncer do endométrio também chamado do corpo do útero, geralmente se apresenta em
O HPV é um vírus exclusivo dos seres humanos. Ele é transmitido por contato direto, em geral durante o ato sexual. Sabemos que ele é responsável por quase todos os casos de câncer do colo uterino, além de uma grande porcentagem dos cânceres de vulva, vagina, ânus e também das vias aéreas superiores. Existem vários tipos de HPVs, alguns são mais relacionados às verrugas, e podem ser eliminados pelo sistema imunológico. Já outros permanecem por mais tempo no organismo, pois são eliminados com dificuldade e por este motivo são chamados de oncogênicos, isto é, causadores de tumores. Não existem medicamentos eficazes para a eliminação do vírus, uma vez que ele infecte o organismo. As estratégias se baseiam na prevenção da infecção, seja com o uso de preservativos e da vacinação.
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foto: Stock Photo
Dra. Isabela Iside Gagliardo Soares Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) – FEBRASGO Especialista em Genitoscopia – Sociedade Brasileira de Patologia Trato Genital Inferior Especialização em Cirurgia Oncológica Ginecológica – IBCC - Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer Mestrado em Ciências da Saúde CAPES III, UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei Professora Docente da UFSJ; Membro Efetivo do Corpo Clínico do Hospital São João de Deus/Hospital do Câncer/ACCCOM
Nas pessoas que já manifestaram a infecção, podemos tratar as lesões precursoras do câncer, geralmente com cauterização ou pequenas cirurgias.
vírus terão pouco ou nenhum benefício. Portanto o raciocínio, de quanto antes melhor, pode ser válido no caso da vacinação.
E quanto às vacinas existentes?
A conscientização deve ser feita em todas as idades, tanto para a mulher quanto para o homem?
Atualmente são comercializadas duas vacinas, e apesar das duas serem eficazes, ainda se discute qual delas deverá ser adotada para vacinação em larga escala. O custo destas vacinas ainda é alto, e mesmo já tendo sido adotadas em vários países, no Brasil elas ainda só estão disponíveis em clínicas particulares. Transita pelo Senado Federal um projeto de lei que institui a sua adoção no calendário básico de vacinação, mas ele ainda está em fases de discussão, sem prazo para votação ou aprovação. São candidatas a serem vacinadas meninas a partir dos nove anos, ou antes de iniciarem a sua vida sexual. Não existe uma idade limite para o uso da vacina, porém sabemos que as mulheres que já entraram em contato com o
Sim. Todas as mulheres deveriam ser orientadas em relação à prevenção, procurando seu médico regularmente e discutindo as opções. É muito triste quando atendemos uma paciente com câncer, e ouvimos o relato de que ela procurava todo ano seu cardiologista e fazia testes para ver se a glicose e o colesterol estavam altos, mas na verdade, por medo ou vergonha, ela deixou de fazer um simples exame de prevenção ou mamografia. Qualquer médico se sente frustrado nestas ocasiões. Não existe idade para começar nem para parar de se cuidar.
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Cavernas
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uem pensa que as mulheres das cavernas tem os cabelos desgrenhados, unhas quebradas e sujas, mãos e pés rústicos e pele áspera, como a milhões de anos atrás, se enganou. As mulheres das cavernas da atualidade são bonitas, inteligentes, elegantes e muito bem cuidadas! A equipe de EVA Magazine esteve em Pains, uma pequena cidade no centro-oeste de Minas Gerais, considerada a “capital do calcário”, para entrevistar essas intrépidas mulheres, que se embrenham no meio da mata com a mesma tranquilidade que adentram um salão de beleza.
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fotos: Joe Bazilio
Mulheres das
“A pesquisa de cavernas é uma atividade que exige um certo preparo físico, pois muitas vezes, é necessário fazer caminhadas de até, oito horas por dia, para fazer o que os espeleólogos chamam de prospecção. Isso significa vasculhar, milimetricamente, uma determinada região, para encontrar as cavidades nas rochas que tenham potencial para exploração. Muitas vezes, depois de descobertas, as cavernas devem ser percorridas, medidas, mapeadas, fotografadas e, para realizar esse trabalho, é preciso fazer escaladas, muitas vezes complicadas, se arrastar por dutos muito estreitos, se equilibrar em passagens perigosas, descer de rappel até grandes profundidades, atravessar áreas com água até o pescoço e tudo isso, na maior escuridão, tendo como iluminação, apenas as “carbureteiras”, pequenas chamas acesas num dispositivo preso ao capacete ou lanternas de led, que possuem uma iluminação mais eficiente, porém, mais direcionada”, revela Ana Luisa Silva Rodrigues, 27 anos, estudante de 27 anos, que está no 7º período de Engenharia Ambiental e Sanitária, a atual presidente do Espeleogrupo Pains – EPA, entidade sem fins lucrativos que há 19 anos pesquisa as cavernas da região e luta pela sua conservação. Ana Luisa conta que começou a se interessar por cavernas há oito anos atrás, quando recebeu um convite do, então presidente do EPA, Lucélio Nativo e do secretário do grupo Antônio Lucas, ambos de Pains. “Fui pela primeira vez conhecer as cavernas e confesso que, apesar do medo inicial, me apaixonei pela atividade. Descobri a importância de conhecer para preservar e a relação íntima da espeleologia com as ciências correlatas como a biologia, a geologia, a paleontologia, a arqueologia, a educação ambiental, etc.
Pude conhecer outros profissionais, durante as pesquisas e isso me motivou a estudar essa área, o que aconteceu com muitos dos membros da equipe”, ressalta Ana. “Posso afirmar que o conhecimento obtido nessas pesquisas, me ajudou muito nos estudos acadêmicos, valendo, demais, a experiência prévia”. Nayana Fátima dos Santos, é categórica em afirmar que isso é uma verdade. Há cinco anos no grupo, Nayana fez licenciatura em Ciências Biológicas e atualmente faz Pós-graduação em Educação Ambiental e Sustentabilidade. Ela entrou para o grupo, por achar os estudos um pouco monótonos. Procurou o EPA e acabou se apaixonando pela pesquisa, o que a ajudou, sobremaneira, nos estudos. “A minha primeira experiência na espeleologia foi na gruta do Brega. Percorremos vários salões, desde a entrada da caverna e no meio da pesquisa paramos no salão principal, que tem, aproximadamente, uns seis mil metros quadrados. O chefe da equipe pediu que todos fossem se separando e nos colocamos, cada um, num quadrante daquele salão, distantes mais ou menos uns oitenta metros de cada lado. Aí, pediu que apagássemos todas as luzes e fizéssemos silêncio absoluto, o que, naquele momento, me fez ficar bastante apavorada; na verdade, entrei em pânico! Não ter absolutamente qualquer luminosidade que fosse, nem ouvir o menor som, o que me permitiu ouvir as batidas do meu coração, me assustou muito. Confesso que tive vontade de sair correndo. Aos poucos fui me acalmando e pude respirar aliviada, quando nos pediram para acender novamente as lanternas e carbureteiras. Foi uma experiência inesquecível!” Já, Sabrina Aparecida da Silva Borges, 21 anos, que é técnica em Segurança do Trabalho, a mais
Nayana saindo de um duto estreito - Gruta do Isaias - Pains - MG Maio2013
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nova do grupo, com apenas seis meses, conta a sua experiência. “ O que mais me assustou, realmente, nas cavernas, foram os morcegos”. A Ana me convidou pra fazer uma saída de campo com a equipe e eu fui, por curiosidade. Posso afirmar que, apesar do medo, foi uma experiência incrível! O contato com a natureza, com as rochas, a terra, o silêncio, a escuridão, saber que existem mulheres nessa área, me fizeram mudar um pouco meu modo de ver as coisas aqui fora. Já não dou tanta importância a muitas coisas que valorizava antes. A vida é mais simples e mais objetiva agora”, conclui. “Muita gente acha que espeleologia é só para homens, por causa do ambiente, muitas vezes, infestado de aranhas, escorpiões, cobras, etc. Temos que lembrar que a mulher tem representantes em todas as áreas e, o bacana na espeleologia, é que não é necessária nenhuma especialização, basta termos dedicação e persistência”, diz Nayana. “Participar das pesquisas não estraga as unhas, nem os cabelos, como algumas pensam. Nem ficamos menos femininas, por termos que fazer, algumas vezes muito esforço físico, “comermos poeira”, nos lambuzarmos de lama e, às vezes, até, de “guano” (fezes de morcego). É uma verdadeira academia na natureza”, brinca ela. Claro que, no início, a gente fica com medo, principalmente dos morcegos e escorpiões mas, vamos aprendendo como lidar com as diversas situações que vivenciamos debaixo da terra”, arremata. “Não senti ansiedade, nem claustrofobia. Quando comecei, na Barra, tive Monolito na entrada da Gruta do Isaias - Pains - MG
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a oportunidade de encontrarmos a “Lucélia” um esqueleto antigo de uma índia de alguma tribo que viveu nessa região, há muitos anos atrás. Foi emocionante! Esse contato com a natureza, o silêncio, a tranquilidade, é muito gratificante, é a paz”, garante Ana. Sabrina conta que, logo no início, passou um verdadeiro “perrengue”. Fiquei curiosa com um salão que estava à mostra no alto da parede da caverna e decidi escalar pra ir pesquisar, mas, aos agarrar uma rocha saliente, a mesma soltou-se da parede e eu caí, tendo a sorte de me desviar daquela rocha, mas acabei o dia com muitas dores no corpo, vários arranhões e um corte na parte de trás da cintura”, (mostra uma cicatriz grande). Eva Magazine perguntou, a elas, se é uma atividade perigosa. “Todo trabalho tem os seus riscos. Temos que andar equipados. Andamos muito no mato, então, é imprescindível o uso de botas, perneiras, capacete, iluminação, etc., os equipamentos básicos. Além disso, recebemos, periodicamente, aulas de primeiros socorros, resgate em cavernas, técnicas verticais, geologia, espeleologia, fotografia, arqueologia, uso de GPS, mapeamento, etc. Apesar de termos regiões de difícil orientação, nunca nos perdemos, pois andamos com pessoal que conhece bem as matas de Pains e região e usamos GPS” explica Ana Luisa. “A maioria dos integrantes já teve oportunidade de trabalhar com as grandes empresas de consultoria no setor, que fazem levantamento para as empresas mineradoras, aqui na região e fora dela. Alguns amigos de equipe, que começaram só por curiosidade, hoje estão estudando em importantes universidades do país”, comenta Nayana. Segundo a presidente, Ana Luisa, novos membros são bem vindos, bastando para isso, entrar em contato com o Espeleogrupo EPA. É um mundo fascinante debaixo dos nossos pés, que nos dá grandes emoções e nos ajuda a encontrar um pouco de calma, reflexão e tranquilidade nesse mundo caótico e apressado em que estamos vivendo.
Espeleologia: estudo das cavernas. Spelaeum=caverna / logos=estudo. Pela legislação brasileira a definição de caverna é toda cavidade natural em rocha que seja capaz de comportar um homem em pé. Há, porém, uma classificação de importância. Existem as que são importantes e de relevância por suas características, e há outras descartáveis para as ciências. Existem cavernas verticais que são, comumente chamadas de “abismos”. A espeleologia é uma ciência muito importante por ser multidisciplinar. Envolve a geografia, a geologia, biologia, hidrogeologia, geomorfologia, paleontologia e outras que estudam esse ambiente. As cavernas são um registro das eras passadas no nosso planeta, tanto geológico, quanto paleontológico e arqueológico. Há indícios inclusive, do clima de épocas passadas. Ali são encontrados registros e vestígios de animais, plantas, insetos, etc. Estromatólitos são resquícios fósseis de algas e conchas que viveram há milhões de anos atrás. No caso de Pains, há achados que datam de 800 milhões de anos, quando toda essa área ainda era o fundo do mar. Há a importância ainda relacionada às águas, os recursos hídricos, pois foram as águas que fizeram surgir as cavernas, e à própria sobrevivência de alguns animais, desde pequenos insetos, até os grandes mamíferos como as onças, capivaras, etc. Maio2013
Sushi
A milenar arte asiática da comida saudável
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Lições de como comer corretamente o sushi Lição número 1: jamais — sob hipótese alguma — molhar o arroz no shoyu. Isso pode destruir o bolinho ou deixar o sushi muito salgado. Os japoneses molham só um pedaço do peixe. O chef mostra como fazer isso de forma fácil: a gente deve deitar o sushi de lado. Um palito encosta no peixe e outro no fundo do sushi. É só rodar um pouquinho a mão e a gente consegue encostar somente o peixe no shoyu. Lição número 2: não se deve temperar o shoyu com gengibre e raiz forte, como os brasileiros fazem. O gengibre deve ser comido antes do sushi, e de vez em quando durante a refeição, porque limpa a boca e abre o paladar para os sabores que a gente vai experimentar. A raiz forte já foi colocada pelo chef durante a preparação. Não precisa mais. Lição número 3: os rolinhos também não devem ser molhados no shoyu. O jeito certo é usar gengibre como um pincel para temperá-los com um pouquinho de molho de soja. Lição número 4: os peixes gordurosos, como o atum, devem ser comidos por último. O sushi mais apreciado pelos japoneses é feito da barriga do atum. É também o mais caro. Uma peça dessas deve custar R$ 20. Se colocar muito shoyu, só vai se sentir o gosto do molho, não vai apreciar o gosto de peixe. Deve ser uma molhada rápida. O objetivo é aproveitar o sushi, apreciar como os japoneses conseguiram transformar, uma simples mistura de arroz e peixe cru, em um prato cheio de sabores delicados e sutis.
foto: Fotolia
história do sushi remonta à necessidade de conservação de peixe cru, através de técnicas desenvolvidas no Sudeste Asiático. A cabeça e as vísceras eram retiradas, os filés do peixe cru eram salgados e acondicionados em um barril de madeira com camadas de arroz cozido entre eles. Com a fermentação natural do arroz, ocorria a liberação de ácido láctico, o que azedava o peixe e garantia sua conservação. O longo processo de armazenamento (de 1 a 3 anos) tornava o arroz impróprio para consumo e somente o peixe era aproveitado. Ao ser introduzida no Japão, no século VII, essa técnica sofreu uma pequena modificação: a utilização de pedras para prensar o peixe cru e o arroz. Estava criado o tipo de sushi “Nare zushi”, que tinha o odor e sabor fortes como características. No século XV, um tipo de sushi chamado “Nama Nare zushi” foi criado. Basicamente, tratava se do “Nare zushi” com um período de fermentação menor (cerca de 1 mês), o que já permitia o consumo do arroz e do peixe juntos. É considerada a primeira forma do sushi moderno. A introdução do vinagre no preparo do arroz para sushi ocorreu no século XVII, em Edo (atual Tóquio) pelo médico Matsumoto Yoshiichi. Isto possibilitou a redução do tempo de preparo do sushi para 1 dia. Com a fartura de pescados e frutos do mar na baía de Tóquio, o peixe passou a ser consumido cru e fresco. Além do ganho em tempo de preparo do sushi, o vinagre adicionou um sabor especial ao prato. Este tipo de sushi é chamado de “Haya zushi”. Ainda no final do século XVII, um novo tipo de sushi é criado na região de Osaka: o “Oshi zushi”. Numa caixa de madeira, o arroz de sushi e o peixe cru são colocados com um peso por cima para comprimi los. O sushi é cortado em pedaços retangulares. O estilo de sushi de Osaka ficou conhecido como “Estilo Kansai”. No século XVIII surge aquele que é considerado o primeiro sushiman da história: Hanaya Yohei. Ele criou o tipo de sushi mais popular, o “Niguiri zushi”. Um bolinho de arroz de sushi com uma fatia de peixe cru por cima, para consumo imediato, que podia ser manuseado com as mãos, dispensando os hashis. Como não havia refrigeradores, os peixes eram marinados em molho de soja ou vinagre e o tamanho era aproximadamente o dobro dos atuais. Finalmente, no século XX, com a globalização, o sushi espalhou-se por todo o mundo. A grande inovação destes tipos de sushi era a utilização apenas da força das mãos para realizar a prensagem, feita em esteiras de bambu (sudare), somente com as mãos. Além do sabor, a preocupação do homem moderno com uma alimentação saudável, fez do sushi, um sucesso mundial e criou um novo tipo de sushi: o “Kawari zushi”.
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Você sabe trabalhar em Quantas vezes, no colégio, éramos obrigados a fazer trabalhos em grupo, e quantas vezes ficávamos chateados com os colegas que só aproveitavam, para tirar boas notas, aproveitando-se do nosso esforço e dedicação, sem participar, sequer, da equipe?
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Equipe
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aber trabalhar em equipe é essencial para qualquer carreira! E, apesar de estarmos expostos a isso por toda a nossa vida, em várias empresas, esse tipo trabalho é prejudicado por colaboradores que preferem trabalhar individualmente, a unir suas forças e atuar em grupo. Para te ajudar a desenvolver esta competência, apresentamos duas dicas importantes para quem gosta de trabalhar em equipe: Use o bom senso – Procure sempre o bom senso em tudo. Pense bem antes de falar e esteja pronto a ouvir o outro. Sempre que for emitir alguma opinião, um feedback, que possa envolver alguma crítica aos seus companheiros de equipe, escolha bem as palavras, seja assertivo, para não ferir ninguém. Verifique 100%, se seu raciocínio está correto, antes de defender, categoricamente, algum ponto de vista. Compartilhe a responsabilidade – O trabalho em equipe, às vezes, sofre de um fenômeno chamado “preguiça social”. A “preguiça social” ocorre, quando membros do grupo não se esforçam ao máximo, pois têm a sensação de não “ser tão responsável pelo resultado” ou, não “ser muito importante para alcançar uma meta”. É importante evitar este comportamento, pois, a partir do momento que você está trabalhando em grupo, não importa que o erro não seja diretamente seu, se alguém falhar, a culpa também é sua e se alguém acertar, o acerto também pertence ao grupo. Então, assuma a responsabilidade, seja leal aos seus colegas e honre o sentimento de grupo. O trabalho em equipe nos revela algo belo, que é chegar aonde, sozinhos, não chegaríamos. Consiste ainda em mostrar para nós mesmos que precisamos cocriar e estabelecer conexão uns com os outros. Mas, estar inserido em grupo, em busca
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de um resultado é um trabalho de relacionamento que se assemelha a um conjunto de engrenagens interligadas: os atritos são naturais, mas o mais importante é que a máquina continue funcionando. Segundo pesquisas de algumas consultorias, realizadas no Brasil e em outros países, com cerca de 60 mil empresas, de diferentes segmentos, para 17% dos entrevistados a Colaboração/Trabalho em grupo, é a competência comportamental mais relevante em um profissional, e também a mais rara de se encontrar no mercado atualmente.
Mulheres são melhores que os homens Segundo uma pesquisa realizada pela Proceedings of the Royal Society foi observado que os homens não são competitivos incondicionais, pois mudam a sua estratégia diante do comportamento feminino, que é mais de cooperação", explica Rolf Kuemmerli, um dos autores do estudo. Ainda segundo os cientistas, os resultados indicam que as mulheres têm um papel importante na formação de uma sociedade bem-sucedida porque estão mais focadas na cooperação do que na competição. Ponto pra vocês, mulheres!
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Obesidade Infantil Os hábitos alimentares de uma criança e o grau de atividade física desempenham, ambos, um importante papel na sua saúde e peso. fotos: Shutterstock
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número de crianças obesas continua a crescer. Ao longo das duas últimas décadas, este número cresceu em mais de 50%, e o número de crianças, “extremamente” obesas, praticamente dobrou. Os médicos e profissionais de saúde determinam se uma criança é obesa medindo o peso e a altura. Apesar das crianças registrarem menores problemas relacionados ao peso, do que os adultos, as crianças obesas têm um elevado risco de se tornarem adolescentes e adultos obesos. Por sua vez, os adultos com problemas de peso podem ter várias complicações de saúde, incluindo doenças coronárias, diabetes, problemas de coração, pressão arterial elevada e mesmo certas formas de câncer.
determinar se existe, de fato, um problema, ou se a variação de peso é natural da idade, relacionando os padrões de crescimento com a idade, peso e altura, de modo a determinar se a sua criança é, ou não, obesa. De qualquer forma, aferir a obesidade infantil de forma categórica é perigoso, e muito difícil, mesmo para profissionais do ramo, pois o crescimento nesta fase, é bastante imprevisível. Por exemplo: é normal para os rapazes, terem um surto de crescimento no peso e estabilizar mais tarde. Caso se verifique, de fato, um problema, siga todos os conselhos do seu médico relacionados com alterações nos hábitos alimentares e práticas de nutrição infantil, bem como no estilo de vida da sua criança.
Quais os principais fatores para a obesidade infantil?
Como posso ajudar?
As crianças podem tornar-se obesas por variadas razões. As mais comuns são fatores genéticos, falta de atividade física, padrões de alimentação pouco saudáveis, ou uma combinação destes fatores. Em casos raros, um problema de foro médico, como uma desordem endócrina, pode levar uma criança a se tornar obesa. O seu médico pode realizar um exame físico e análises sanguíneas para excluir esta hipótese.
Fatores Genéticos Crianças cujos pais ou irmãos tenham excesso de peso, têm um risco acrescido de se tornarem, elas próprias, obesas. Apesar dos problemas de peso serem comuns dentro de algumas famílias, nem todas as crianças com uma história familiar de obesidade irão tornar-se, também, obesas.
Dê-lhe apoio Uma das coisas mais importantes que você pode fazer para ajudar crianças com excesso de peso, é comunicar-lhes que, para você, elas estão bem e que você as ama, independentemente do seu peso. Os sentimentos das crianças sobre si próprias baseiam-se, muitas vezes, nos sentimentos dos próprios pais sobre elas. Se aceitar a sua criança com qualquer peso, elas terão melhores probabilidade de sentir-se bem consigo próprias. É igualmente importante falar sobre a obesidade, e permitir à criança partilhar as suas preocupações, já que é a sua
Estilo de Vida Os hábitos alimentares de uma criança e o grau de atividade física desempenham, ambos, um importante papel na sua saúde e peso. A crescente popularidade da televisão, computadores, videogames e outros fenômenos tecnológicos de interação virtual, contribuem para a inatividade física e sedentarismo, desde tenra idade. O tempo médio que uma criança passa vendo televisão, por semana, é 24 horas, tempo útil que poderia ser passado praticando um esporte, ou outra atividade física.
Meu filho tem excesso de peso? Se desconfia que a sua criança é obesa, fale com um pediatra ou médico especializado. Um profissional está capacitado para fast-food em frente a TV: Perigo!
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criança, quem melhor sabe que tem um problema de peso. Por estas razões, as crianças obesas necessitam de suporte, aceitação, e encorajamento dos seus pais.
O Foco na Família Os pais não devem discriminar os filhos e isolá-los devido ao peso, mas sim concentrar-se em mudar, aos poucos, o grau de
exemplo, pode marcar um passeio noturno com a sua família em vez de passar a noite a vendo televisão. Contudo, certifique-se que estas atividades, em família, podem ser desenvolvidas num ambiente seguro. • Seja sensível às necessidades particulares da sua criança. Crianças com excesso de peso podem sentir-se pouco confortáveis em participar de determinadas atividades. É fundamental, para desenvolver o gosto pelo rxercício, ajudar a criança a encontrar atividades que não sejam particularmente difíceis ou embaraçosas. • Reduza a quantidade de tempo que você e a sua família passam em atividades sedentárias, como jogos de vídeo, navegar na Internet ou ver televisão. • Seja mais ativo ao longo do dia e encoraje toda a família a adotar os mesmos hábitos. Suba e desça escadas ao invés de andar de elevador, ou caminhe até ao emprego e deixe o carro em casa. • O objetivo é não tornar o exercício físico uma obrigação ou algo indesejado, mas, antes, mostrar como a criança pode divertir-se com isso e fazer dela parte integrante da vida cotidiana.
Ensine à sua família hábitos de alimentação saudável Uma alimentação saudável desde tenra idade, ajuda a criança a olhar para a comida de forma equilibrada e necessária para o crescimento, desenvolvimento e como fonte energética. A melhor forma de começar é, aprender mais, acerca das necessidades nutricionais da criança, através da leitura de livros ou falando com um profissional de saúde, e dar-lhe, depois, opções saudáveis de alimentação, dando-lhes a possibilidade de escolher o que comer.
Algumas formas de ajudar a sua criança a desenvolver bons hábitos alimentares: atividade física da família e os hábitos alimentares. O envolvimento da família ensina todos, não apenas as crianças, a adquirirem hábitos de alimentação saudáveis.
Aumento da atividade física da família Atividade física regular, em combinação com uma alimentação saudável, é a forma mais eficiente de controle de peso que existe. É, também, uma parte fundamental de um estilo de vida saudável. Eis algumas formas simples de aumentar a atividade física da sua família: • Seja um modelo para a sua criança. Se a criança vê que você é fisicamente ativo e diverte-se ao sê-lo, o mais provável é que imite este comportamento, aprenda a gostar de esportes e continue a praticar ao longo de toda a vida. • Planeje exercícios conjuntos com vários membros da família, como passeios, dançar, andar de bicicleta ou natação. Por
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Não coloque a criança numa dieta rígida As crianças nunca devem ser colocadas em dietas rígidas para perderem peso, a não ser por razões médicas e com acompanhamento médico. Limitar o que as crianças comem pode ser extremamente prejudicial para a sua saúde e interferir com o crescimento e desenvolvimento. Para promover um crescimento sustentado e prevenir a obesidade, os pais devem ter cuidados nutricionais e fornecer uma variedade de alimentos, de todos os grupos alimentares, como respeito pela pirâmide alimentar. A pirâmide alimentar ilustra a importância de uma alimentação equilibrada entre os grupos de alimentos, em padrões diários.
Reduza progressivamente as gorduras da dieta da sua família
Tente fazer o máximo de refeições possíveis, em família Tente fazer das refeições, atividades divertidas e saudáveis, com conversas e partilha, e não um tempo em que se discute ou se está de mau humor. Se as refeições forem períodos desagradáveis, as crianças irão comer depressa para se levantarem da mesa e podem associar a alimentação com o stress.
Envolva as crianças nas compras e preparação de alimentos Estas atividades dão aos pais, pistas sobre as preferências alimentares dos seus filhos, ensinam as crianças sobre nutrição, e dão a elas, uma sensação de pertencimento e cumplicidade em todo o processo. Adicionalmente, as crianças poderão estar mais abertas a experimentar alimentos, que elas próprias prepararam ou ajudaram a preparar.
Desencoraje as refeições em frente ao televisor Tente comer as refeições ou lanches apenas nas áreas designadas da sua casa, como a sala de refeições ou cozinha. Comer enquanto se vê televisão, pode interferir com a capacidade que as crianças têm de saber quando estão satisfeitas e conduzir a excesso de ingestão de alimentos. Reduzir as gorduras é uma boa forma de cortar as calorias, sem privar a criança dos nutrientes essenciais. Formas simples de reduzir a gordura incluem, ingerir produtos lácteos magros, aves sem pele e carnes magras. Contudo, deve ter em atenção que, quaisquer alterações na dieta e hábitos alimentares das crianças, devem ser supervisionados por um profissional de saúde. Adicionalmente, as gorduras não devem ser cortadas em crianças com menos de 2 anos, sendo que, a partir dessa idade, as crianças devem adotar uma dieta alimentar que contenha até 30% de calorias provenientes de gorduras, até aos 5 anos.
Não corte drasticamente os doces Apesar de ser importante ter cuidado com a gordura, sal e açúcares nos alimentos que são fornecidos às crianças, todos os alimentos têm um papel moderado na dieta.
Oriente as escolhas da sua família, não se torne um ditador Faça com que existam várias escolhas alimentares disponíveis na casa. Esta variedade vai fazer com que as crianças aprendam a fazer escolhas de alimentação saudável.
Encoraje a sua criança a comer devagar Uma criança consegue detectar a satisfação, se comer com ponderação
Não utilize a comida para punir ou recompensar Utilizar a comida como punição pode ter efeitos negativos. Por exemplo, castigar uma criança sem jantar faz com que a criança se preocupe com o apetite que vai ter mais tarde. Como resultado, as crianças irão comer sempre que tiverem oportunidade. A utilização de doces para recompensar é, também, uma prática errada, visto que as crianças podem ter a sensação de que estes alimentos são mais “valiosos” que os restantes. Por exemplo, dizer ao seu filho que pode comer a sobremesa se comer todos os vegetais traduz uma mensagem errada sobre os vegetais.
Assegure-se que as refeições fora de casa são equilibradas Informe-se sobre o programa alimentar da escola do seu filho ou filha, ou faça, você própria, o almoço em casa, para a criança levar, com uma variedade de alimentos. Faça, de igual modo, opções saudáveis quando comer em restaurantes.
Seja um exemplo As crianças aprendem depressa, e aprendem pelo melhor exemplo. Ser um bom exemplo para os seus filhos ao comer uma variedade de alimentos e ser fisicamente ativa, vai ensinar aos seus filhos, um estilo de vida e hábitos alimentares saudáveis, que podem seguir pelo resto das suas vidas.
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Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória a um massacre ocorrido em 1960, em decorrência de protestos realizados na cidade de Sharpeville, na África do Sul. A ação reuniu vinte mil negros em protesto contra a Lei do Passe, que obrigava os negros a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Segundo a socióloga Maria Luiza Beischt, o preconceito racial, no caso brasileiro, opera fundamentalmente em três dimensões: a moral, a intelectual, e a estética. Esse preconceito é reforçado através de atribuições, piadas e brincadeiras. A base desse preconceito racial, é a idéia de que o negro é inferior na escala humana. Antigamente a ciência explicava as diferenças culturais, como inferioridade racial. Hoje, esse preconceito reside no âmbito da subjetividade, é aprendido junto com outras pessoas, no convívio social, e vai se acumulando em todos os contatos sociais, desde a primeira infância. O preconceito racial expressa o sentido histórico de inferioridade, gestado a partir das relações de dominação e subalternidade, entre senhores e escravos, durante quase quatrocentos anos de escravidão no Brasil que, como modelo econômico e social, fundou a sociedade brasileira”. Os efeitos dessa história ecoam até hoje nas condições de desigualdade social e econômica enfrentada, até hoje, pela população negra e mestiça no Brasil. Muitas vezes um olhar de desdém ou um sorriso de escárnio indicam o sentido da mensagem, o portador do conjunto de características físicas visadas pelo preconceito
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ação Racial já sabe o que o espera e já tem de antemão a expectativa de vê-lo manifestar-se. O corpo do negro já o condena, já o desvaloriza e o inferioriza. É fundamental, para um desenvolvimento tranqüilo, que a criança se sinta valorizada pelo seu corpo, seu intelecto e sua moral. É essa experiência de valorização da sua imagem, que o preconceito racial tentar impedir, na criança e no jovem negro. O governo brasileiro tenta conter o preconceito através de leis, o que torna a situação, ainda mais polêmica. As cotas para negros em universidades, criaram uma celeuma em torno do tema pois, muitos negros acham que é um protecionismo estúpido, inferiorizando ainda mais a raça, como se eles não fossem capazes de alcançar seus objetivos, por serem inferiores. “Acho que, se partirmos dessa premissa, deveria haver cotas para índios, deficientes, etc. Devemos alcançar o sucesso através da nossa capacidade e não por causa da nossa cor”, comenta Antônio Carlos Marins, negro, estudante de matemática na USP. “Desde pequeno sofri na pele, o preconceito. Sou filho do morro, minha mãe é nordestina e trabalha como lavadeira. Meu pai é pedreiro, é negro como eu, mas me educou de forma correta, dizendo que somos todos iguais por dentro, somos humanos, não importa a cor. Se cheguei onde estou agora, é porque “ralei muito” e nunca desisti dos meus objetivos. Vi a maioria dos meus amigos, negros e brancos se perderem por “caminhos fáceis” e nunca mais retornarem. Foi muita gente dizendo que, quem nasce na favela, “não dá coisa que presta”. Eu decidi vencer e aqui estou, a caminho da vitória, com muita garra!” arremata.
Para saber mais: O que é Racismo - Joel Rufino dos Santos - Coleção Primeiros Passos – Ed. Brasiliense Racismo e anti-racismo na educação – repensando nossa escola – Eliane Cavalleiro – Summus Editorial Não somos racistas – Ali Kamel – Nova Fronteira Maio2013
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Transtornos Alimentares
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s transtornos alimentares prevalecem sobretudo entre mulheres adolescentes e jovens adultas, mas cerca de 5 a 10% dos casos ocorrem com rapazes. As vítimas sentem-se normalmente impotentes em relação às suas vidas, sofrem de baixa auto-estima e têm uma fraca imagem do seu corpo. Usam a comida, seja a restrição da comida ao ponto de passarem fome, ou o excesso de comida ao ponto de ficarem obesos, como forma de ganhar controle sobre alguns aspectos das suas vidas. Algumas formas comuns de transtorno alimentar: Anorexia Nervosa: é uma condição em que as pessoas restringem a ingestão de comida, às vezes para valores tão baixos como 300 calorias por dia. Bulimia Nervosa: caracteriza-se por períodos de indulgência em grandes quantidades de comida para depois vomitar ou usar laxantes para eliminar a comida do corpo. Transtorno de Compulsão Alimentar: o excesso compulsivo de alimentação ocorre, quando as pessoas comem em demasia, mas não queimam as calorias e ganham peso em excesso. Ortorexia: é a obsessão doentia por alimentação saudável, o que em excesso e não regulado, pode ser prejudicial. Qualquer um destes transtornos alimentares tem consequências nutricionais muito graves e um forte impacto na saúde dos indivíduos. Nutrição para transtornos alimentares Uma boa nutrição é essencial a todos e, especialmente, às pessoas em recuperação de um transtorno alimentar. Primeiro, certifique-se de que a pessoa com o transtorno foi avaliada por um médico qualificado e, que se encontra num plano de tratamento. Uma terapia nutricional com um nutricionista credenciado, aliada à uma psicoterapia e farmacologia ou formas variadas de medicina alternativa, pode ajudar uma pessoa, em recuperação de um transtorno alimentar. Parte de um plano de tratamento eficaz, consiste em ajudar a pessoa a regressar a um padrão de alimentação saudável. O corpo de uma pessoa que tem passado fome está num estado terrível e precisa de alimentos nutritivos para recuperar energia, restabelecer o equilíbrio químico e melhorar a clareza mental. Os seguintes alimentos podem ajudar na recuperação de um transtorno alimentar: ● Alimentos integrais: concedem nutrientes que revitalizam o corpo. O pão de centeio integral, arroz integral, fruta e legumes frescos e carnes magras darão aos corpos desgastados um aumento de energia. As comidas processadas oferecem açúcar, xarope de milho com alto teor de frutose, gordura, cereais refinados e muito pouco no que diz respeito a nutrientes. ● Cálcio: presente em produtos lácteos magros e vegetais folhados ajudam a fortalecer os ossos e os dentes. As dietas excessivas roubam cálcio dos ossos, tornando-os frágeis. As jovens que sofrem, devido a um transtorno alimentar, mostraram ter uma massa óssea semelhante à de mulheres idosas. Além do mais, vomitar em excesso destrói o esmalte dos dentes; ● Carnes magras, legumes e peixe: proporcionam as proteínas necessárias das quais um corpo mal nutrido precisa; ● Os ácidos graxos do Ômega 3: encontrado no peixe, ovos e nozes, estimulam o coração. Quem sofre de anorexia, corre o risco de ter problemas cardíacos e arritmia cardíaca, pois, o corpo não tem gordura suficiente para sustentar o funcionamento cardíaco; ● Os líquidos e sódio da água e bebidas desportivas: são neces-
sários para restabelecer o desequilíbrio de eletrólitos e restituir a perda de água, devido à desidratação provocada por vomitar em excesso, ou pelo uso de laxantes e de diuréticos. Os atletas que sofrem de transtornos alimentares precisam de aconselhamento nutricional especializado. Esportes como a luta livre, corrida, ballet e ginástica, que dão ênfase a corpos magros e tonificados, apresentam um número excepcionalmente elevado de praticantes com transtornos alimentares. Estes atletas restringem a comida, têm um índice de massa corporal muito baixo, abusam de bebidas proteicas e suplementos e tentam perder o peso da água, com diuréticos e saunas. Os atletas devem concentrar-se numa alimentação baseada em alimentos, em vez de suplementos, carbonatos e gorduras para a energia, proteínas para os músculos, fluidos e eletrólitos adequados, e vitaminas e eletrólitos para manter a performance e o equilíbrio nutricional. Por que usar a nutrição para prevenir transtornos alimentares? As práticas de boa nutrição podem ajudar a prevenir transtornos alimentares. Os jovens vão buscar a sua imagem corporal e auto -estima no mundo que os rodeia. Envolver as crianças na preparação da comida e ensinar-lhes a reconhecer imagens corporais realistas, pode prepará-las para hábitos saudáveis, que podem ser-lhes úteis ao longo da vida. Ajude-os a focar na boa saúde e alimentos saudáveis, em vez do seu peso e do que a balança diz. As crianças podem ser atarracadas mas, saudáveis, se comerem alimentos corretos e fizerem exercício. Ensinem as crianças a comer quando têm fome e não por razões emocionais. Deixe-as saber que não há nenhuma boa razão para terem de passar fome. Não critique o peso de uma criança, nem se queixe do seu tamanho. Desenvolva, previamente, planos de comida saudável e mantenha-se firme na sua execução. Sinais de alerta Procure sinais que possam indicar que uma pessoa jovem possa estar a caminho de uma transtorno alimentar: contar obsessivamente as calorias de tudo o que come, só comer “dieta” ou alimentos baixos em gordura, dizer que está gorda quando, de fato, está muito magra, abusar de laxantes, pesar-se constantemente e fazer exercício em excesso.
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Pele Saudável
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sar o recurso do botox ou gastar centenas, por vezes, milhares de reais em cremes, que fingem desafiar a idade, não são as únicas formas de manter a sua pele com um aspecto fresco, vigoroso e saudável. Uma das estratégias mais eficazes para fortalecer a saúde da sua pele é nutrir o corpo através de uma alimentação saudável e equilibrada. As pesquisas demonstram que, consumir certos tipos de alimentos, pode ajudar a prevenir rugas, danos causados pela exposição ao sol e manter a pele hidratada. Na próxima vez que for às compras, faça também uma lista de alimentos para a sua pele.
Folhas Verdes
A vitamina A, um dos nutrientes mais importantes para a saúde da pele, combate o envelhecimento precoce, a formação de escamas e a desidratação. A vitamina A é também essencial para a renovação celular e promove o crescimento de nova pele. O espinafre e o brócolis, por exemplo, são excelentes fontes de vitamina A, sejam frescos, crus, cozidos ou a vapor. Os legumes de folha verde são excelentes agentes para a saúde da pele.
Peixe
Os ácidos graxos Ômega 3 encontrados no peixe, como no salmão, atum, sardinhas ou mesmo no marisco, possuem propriedades anti-inflamatórias, que combatem os danos causados pela exposição prolongada ao sol. Apesar de consumir peixe ser uma excelente forma de manter a sua pele radiante e gloriosa, mantenha moderado o consumo de marisco, de modo a não ingerir mercúrio em excesso. Comer peixe duas a três vezes por semana é suficiente, especialmente se a sua dieta já contempla bastante alimentos saudáveis para a pele.
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As frutas e legumes que possuem pigmentação vermelha apresentam altas taxas de antioxidantes que ajudam a prevenir o enrugamento precoce da pele. As batatas-doces, tomates e o melão, por exemplo, podem ajudar a manter a sua pele firme e brilhante. Acrescente mais frutas e legumes como estes à sua alimentação diária. Em vez de fazer purê de batata ou batatas cozidas com a batata regular, utilize batatas-doces com um pouco de açúcar amarelo e um pouco de manteiga. Quando fizer um sanduíche ou salada para o lanche, acrescente umas fatias de tomate, e troque as batatas fritas ou salgados por fatias frescas de melão.
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Frutos vermelhos e hortaliças
Cítricos
Consumir citrinos numa base diária vai ajudar a manter a sua pele hidratada, o que a longo prazo vai prevenir as rugas. A vitamina C é um antioxidante muito poderoso que pode manter o colágeno na estrutura da sua face e impedir a flacidez. Contudo, e porque a vitamina C é solúvel na água, os níveis desta vitamina que podem ser armazenados no seu corpo, são reduzidos, o que significa que terá de fortalecer o seu “estoque” natural, diariamente. As laranjas são uma das melhores fontes de vitamina C, mas as toranjas, limões e limas são, também, excelentes escolhas para manter os níveis de vitamina C regulares. O colágeno começa a desaparecer a partir dos 30 anos, então, comece a armazenar a partir de agora! Misture laranja ou toranja nas saladas para uma combinação saudável e fresca de Verão. Esprema uns limões, lima ou laranjas e beba revigorantes limonadas ou laranjadas. Esprema um quarto de limão por cima de peixe grelhado ou de frango para um condimento exótico. As opções são variadas, seja criativo.
Chás
Os antioxidantes conhecidos como EGCG são uma poderosa substância que pode prevenir a acne, danos causados por exposição solar e inflamações de pele. O EGCG é, também, conhecido por combater o cancro da pele e outros tumores. Os chás, como o chá verde, chá preto ou chá branco são as melhores formas de ingerir o EGCG, já que bastam entre quatro a seis copos de chá por dia, para beneficiar dos efeitos do EGCG na sua pele. Substitua gradualmente o café diário por chá. Complementarmente, irão ajudar a sua pele, os antioxidantes presentes no chá, que são poderosos promotores de saúde para todo o organismo.
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Hidroginástica
Sua mãe merece mais saúde!
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iferente do que muita gente pensa, a hidroginástica não é uma atividade para ser praticada só pela terceira idade. A hidroginástica oferece benefícios para qualquer idade. A hidroginástica é um exercício divertido, praticada em grupo, com música agitada para não ficar parado um só instante. Os exercícios são agradáveis, seguros, estimulantes e eficazes.
Vantagens
ÀÀ Melhora os níveis de força e desenvolvimento dos principais grupos musculares. ÀÀ Aumenta a circulação sanguínea e a resistência do sistema cárdio-respiratório. ÀÀ Tonifica os músculos. ÀÀ Melhora a flexibilidade das articulações.
Riscos
ÀÀ Desde que você tenha feito uma consulta médica anterior, não há nenhum tipo de problema. ÀÀ Como a hidroginástica é praticada com a água no nível do ombro, o peso do corpo diminui, 90%. ÀÀ Isso quase elimina os impactos musculares e das articulações. ÀÀ Quanto mais baixo o nível da água, maior será o impacto.
Quem deve fazer
A hidroginástica é uma das únicas atividades indicadas para quem tem pouco ou nenhum condicionamento físico. Por isso, pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento, podem praticá-la. Pessoas lesionadas e idosos procuram essa atividade para aumentar a força muscular. Também é indicada para quem tem problemas na coluna e para gestantes, já que previne dores lombares e cervicais, aumenta a circulação nas pernas, facilitando o parto e sua posterior recuperação. Para se perceber os benefícios da hidroginástica é preciso praticá-la pelo menos 3 vezes por semana, 45 minutos por dia, durante 3 meses. Para um melhor desempenho cardiovascular, a frequência cardíaca desejada é entre 70% a 85%. Para queimar gorduras e diminuir o peso, a frequência cardíaca ideal é entre 55% e 70%, promovendo um gasto calórico de 260 a 400 kcal/hora.
Importante
Sempre encaixar o quadril e manter a postura ereta. Enquanto estiver se exercitando, manter todo o pé apoiado no chão e contrair o abdômen. Além disso, é essencial que se mantenha a respiração contínua, sem bloqueá-la. Evite comer 2 horas antes de iniciar o exercício.
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Cristiane Maria de Faria Professora de hidroginástica
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Azeite e a saúde
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s gorduras representam 33% do total da energia ingerida diariamente. Para uma alimentação saudável, seria essencial substituir o consumo de gorduras saturadas por monoinsaturadas, como é o caso do azeite de oliva, chave para uma saúde melhor. As últimas novidades nutricionais coincidem em assinalar que o uso de azeite de oliva reduz o colesterol e ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares. Isso devido ao seu alto teor de ácidos monoinsaturados. Além disso, numerosos pesquisadores, médicos e nutricionistas afirmam que o azeite de oliva é uma fonte rica em vitamina E, que protege contra o câncer e as doenças do coração. Por ser extraído da fruta e especialmente rico em antioxidantes, retarda o processo de envelhecimento celular.
Outros benefícios do azeite de oliva são: DD Ajuda a prevenir a arteriosclerose e seus riscos DD Melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas DD Digere-se com maior facilidade do que qualquer outra gordura comestível, DD Não tem colesterol e proporciona a mesma caloria dos outros óleos DD Acelera as funções metabólicas DD Produz efeito protetor e tônico da epiderme DD Estimula o crescimento e favorece a absorção de cálcio e a mineralização.
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O azeite de oliva é o mais adequado para ser consumido tanto ao natural como em fritura. Em virtude de sua composição, o azeite de oliva mantém suas propriedades, mesmo nas temperaturas mais elevadas. Uma fritura feita em azeite de oliva, na temperatura adequada, protege o alimento mantendo suas propriedades e incorporando seus elementos positivos.
Origens Os olivais cobrem vastas áreas da região mediterrânea, particularmente da Espanha. Em maio, as flores nascem em todo seu esplendor. Entre junho e outubro elas amadurecem. No início, as azeitonas são verdes. Com o tempo, ficam escuras até adquirir cor preta. Tanto as mais verdes quanto as maduras podem ser apreciadas. A colheita da azeitona acontece geralmente entre novembro e fevereiro. Cada oliveira gera cerca de 15 a 50 quilos de azeitona. Após 24 horas de colhidas, as azeitonas são levadas para a trituradora. Nessa fase, se produz uma pasta da fruta inteira, inclusive do caroço. Geralmente, esse processo é realizado em trituradoras de pedra de granito. A pasta é estendida em cestos, que são empilhados e colocados em prensas. A prensa aplica forte pressão e, à medida que o faz, a pasta se transforma num suco composto por água e azeite. Numa próxima etapa, o azeite fica repousando e a água vegetal é tirada em centrifugadoras. Após esse processo, obtém-se aproximadamente um quilo de azeite de oliva virgem para cada cinco quilos de azeitona.
O Azeite de Oliva e a pele A oliveira e o azeite de seu fruto têm sido parte da cultura mediterrânea desde suas origens. Além de ser utilizado na alimentação, servia como remédio e produto de beleza, entre outros. Há cinco mil anos, as mulheres egípcias descobriram os efeitos benéficos do azeite de oliva para sua pele e passaram a utilizá-lo como emoliente. A partir de então, criaram o primeiro sabonete, misturando azeite, essências e cinzas. Os gregos o utilizavam para massagens, confiando em seu poder para aumentar a beleza e a virilidade. Foi comprovado que o azeite de oliva é uma forma natural de manter a beleza da pele, das unhas e dos cabelos. O azeite de oliva possui vitaminas A, D, K e E, e é um poderoso antioxidante, o que ajuda a retardar o envelhecimento da pele. A oliveira é uma árvore capaz de se regenerar e se autoproteger. Por todas as suas propriedades, ele se revelou como uma estrela da cosmética. Suas aplicações na área da estética e beleza são inumeráveis: funciona como anti-rugas, hidratante e suavizante para peles secas; é purificador, calmante, e serve para amolecer as impurezas da pele e tornar mais fácil a remoção; melhora a elasticidade da pele, dá brilho aos cabelos e é perfeito para banhos relaxantes e massagens. Aproveite os benefícios do azeite de oliva e experimente essas receitas caseiras à base desse óleo fantástico. Você vai se surpreender com os resultados.
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Esfoliador natural
Creme anti-rugas
Lave o rosto com água morna, para amaciar a pele. Espalhe suavemente, por todo o rosto, uma colher de sobremesa de azeite de oliva. Coloque uma colher de chá de açúcar na palma da mão e espalhe gentilmente por todo o rosto, tomando cuidado com os olhos. Vá massageando a pele, delicadamente, por aproximadamente, 20 minutos. Em seguida, lave o rosto com água morna. O azeite que ficar no rosto, deve-se retirar com uma toalha úmida, sempre delicadamente. Faça isso uma vez por semana. Loção para fios fracos Misture 2 col. (sopa) de vinagre de maçã, 2 col. (sopa) de mel e 2 col. (sopa) de azeite. Passe nos cabelos e cubra a cabeça com uma toalha quente. Deixe agir por 20 minutos e lave. Aplique uma vez por semana. Óleo condicionador para o cabelo Junte 2 colheres (sopa) de azeite com algumas folhas frescas de alecrim. Amasse bem com os dedos e aplique nos fios, massageando suavemente. Deixe agir por 20 minutos e lave. Aplique uma vez por semana.
Umedeça de leve a ponta do dedo indicador em azeite virgem e massageie o rosto delicadamente, de baixo para cima e do centro para os lados. Ao final, lave o rosto com água em abundância. Repita uma vez por semana. Fortalecedor de unhas Se as suas unhas se partem com facilidade, mergulhe-as em azeite morno e massageie com um pouco de limão. Creme clareador de cotovelo Misture azeite de oliva extra virgem e bicarbonato de sódio até formar uma pasta grossa. Aplique no cotovelo por 5 minutos. Lave e passe um hidratante. Faça isso de uma a duas vezes por semana.
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Astrologia, Búzios, Num Qual a sua opinião?
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s registros mais antigos sugerem que a Astrologia surgiu no terceiro milênio AC. Ela teve um importante papel na formação das culturas, e sua influência é encontrada na Astronomia antiga, nos Vedas, na Bíblia, e em várias disciplinas, através da história. De fato, até a Era Moderna, Astrologia e Astronomia eram indistinguíveis. A Astronomia começou a divergir gradualmente da Astrologia na época de Ptolemeu, e essa separação culminou no século XVIII, com a remoção oficial da Astrologia do meio universitário. Só no século XX é que a Astrologia retornou a algumas universidades, especificamente nos EUA, após desenvolverse naquilo que é hoje, a Astrologia Contemporânea. A Astrologia (do grego astron, "astros", e logos, "palavra", "estudo") é uma crença segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes poderiam, hipoteticamente, prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos mundanos. É, como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta para definição das personalidades humanas. Jung em seus estudos chamava a este conceito de sincronicidade. Os astrólogos afirmam que o movimento e posições dos corpos celestes podem influenciar diretamente, ou representar, eventos na Terra e em escala humana. Alguns astrólogos definem a Astrologia como
uma linguagem simbólica, uma forma de arte, ou uma forma de vidência, enquanto outros a definem como ciência social e humana. Durante séculos a Astrologia se baseou na observação de objetos astronômicos e no registro de seus movimentos. Mais recentemente, os astrólogos têm usado dados coletados pelos astrônomos e organizados em tabelas chamadas efemérides, que mostram as posições dos corpos celestes. A ferramenta principal da Astrologia é o Horóscopo (também conhecido como carta natal, carta astrológica, mapa natal, mapa de nascimento, ou apenas carta). Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a posição dos corpos celestes, vistos de certo local, que pode variar desde o centro da Terra, à sua superfície, e até tendo o Sol como ponto central. A interpretação do mapa leva em consideração: A posição destes corpos em relação aos signos do zodíaco O cálculo das dignidades astrológicas A posição absoluta e relativa destes corpos dentro de um dos sistemas de casas astrológicas Os aspectos astrológicos: relação trigonométrica dos corpos celestes entre si.
Os signos e as características humanas Os signos do zodíaco representam características da psicologia humana da seguinte forma: Áries - ação, impetuosidade, impulsividade. Touro - calma, possessividade, inércia. Gêmeos - dúvida, dispersão, movimento. Câncer - sentimento, acolhimento, intuição. Leão - honra, egocentrismo, coragem. Virgem - razão, exigência, crítica. Libra - equilíbrio, diplomacia, diálogo. Escorpião - intensidade, sexualidade. Sagitário - objetividade, individualidade. Capricórnio - persistência, trabalho, resistência. Aquário - originalidade, criatividade, eloquência. Peixes - sensibilidade, sensitividade, idealismo.
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merologia e Tarot Búzios O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizadas nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana, instaladas em muitos países das Américas. Existem muitos métodos de jogo. O mais comum, consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adotam ao cair sobre ela. O adivinho, antes, reza e saúda todos os Orixás e, durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando, assim, as respostas às dúvidas que lhes são colocadas No Brasil, os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África), são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios ou Merindelogun. São usados para consultar o futuro, de acordo com a religião Batuque, Candomblé, Omoloko, Tambor de Mina, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste ou
como adorno, em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas. Também são usados em outras religiões afro-descendentes em vários países. Sua origem é médio-oriental, mais precisamente, da região da Turquia. Penetrou na África junto com as invasões daqueles povos aos africanos. Foi adotado pelas mulheres, pelo fato de que o Opele-Ifa e Opon-Ifa (jogos divinatórios originalmente africanos), é destinado somente aos homens. Entrou na vida e na cultura Yoruba e enraizou-se tão profundamente que hoje o Merindilogun (jogo de búzios) é mais conhecido que o verdadeiro oráculo dos Babalawos (o Opele-Ifa e Opon-Ifa) e, também, o mais utilizado aqui no Brasil. Nem todas as pessoas podem ler búzios. Esta prática está destinada apenas a pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral, estão predestinadas às mães, pais, ou filhos de santo, após a obrigação de sete anos, com o recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos, dados pela mãe ou pai de santo.
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Num3rolog1a O conceito de Numerologia abrange supostas relações místicas entre números e a vida das pessoas. São vários os sistemas, tradições e crenças. Numerologia e advinhações por meio de sistemas como a isopsefia, foram populares entre os antigos matemáticos, como Pitágoras. Porém, hoje em dia, a Numerologia é tida como uma pseudomatemática pelos cientistas. Hoje, a numerologia é associada com paranormalidade, juntamente com a astrologia e outras artes de adivinhação. O termo também é usado para designar uma fé maior em padrões numéricos, mesmo quando não se pratica a real numerologia. A numerologia moderna contém muitos aspectos de uma grande variedade de culturas e antigos professores, incluindo a Babilônia, Pitágoras e seus seguidores (na Grécia, 6º século a.C.), filosofia astrológica da Alexandria helenística, o sistema da Cabala, dos Hebreus, o antigo Cristianismo místico e Gnosticismo, os Vedas Indianos, o “Círculo dos Mortos” da China, o Livro dos Mestres da Casa Secreta (Ritual dos Mortos), do Egito Os numerólogos interpretam os resultados e as conotações de cada número para fazer recomendações ou teorizar sobre o futuro da pessoa. As recomendações geralmente incluem: zz Dias ou números de sorte; zz Os melhores caminhos na carreira profissional para o temperamento numerológico da pessoa; zz Tendências negativas a evitar; zz Qualidades positivas a enfatizar; zz O que procurar em um parceiro. Como a astrologia, a numerologia é um tipo de misticismo aplicado, associando um símbolo místico à vida de uma pessoa. Por este motivo, algumas pessoas afirmam que a numerologia as ajudou a tomar decisões pessoais ou financeiras. No entanto, não há prova de que o sistema funcione ou de que haja alguma relação entre os números e os conceitos associados a eles. Traduzindo nomes em números O processo de traduzir palavras em números é o centro da numerologia. A prática tem suas raízes na gematria grega, latina e hebraica, ou a prática de transformar palavras em números para o propósito de adivinhação. Tem-se usado a gematria para estudar e interpretar a Torá, a Bíblia e outros textos religiosos. Os numerólogos se concentram principalmente nos nomes das pessoas, usando uma tabela simples para transformar os nomes em números.
NÚMERO BASEADO NA DATA DE NASCIMENTO
27 / 09 1957 27 + 9 + 1957 = 1993 1 + 9 + 9 + 3 = 22 2+2=4 CORRESPONDÊNCIA DE NÚMEROS E LETRAS
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a
b
c
d
e
f
g
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i
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k
l
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p
q
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v
w
x
y
z
NÚMERO BASEADO NO NOME
JOS É C ARL OS D A S IL V A
1 6 1 5 3 1 9 3 6 1 4 1 193 4 1 SOMA DOS NÚMEROS = 59 5 + 9 = 14 1+4=5 FORMAS DOS NÚMEROS
4
3
2
9
6
6
NÚMEROS QUADRADOS
ATRIBUTOS DOS NÚMEROS DE 1 A 9 1 - Ego, ambição, liderança, determinação, força de vontade. 2 - Paz, emoção, harmonia, equilíbrio, dualidade, receptividade. 3 - Sorte, alegria, versatilidade, criatividade, expressividade. 4 - Ordem, instinto, eficiência, perseverança, praticidade. 5 - Aventura, casamento, curiosidade, versatilidade, excentricidade, sensitividade. 6 - Lealdade, harmonia, perfeição, honestidade, idealismo, vida em família. 7 - Magia, solidão, mistério, sabedoria, inteligência. 8 - Karma, equilibrio, autoridade, sucesso material. 9 - Perdão, compaixão, inspiração, espiritualidade, possessividade, amor divino.
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NÚMEROS TRIANGULARES
NÚMEROS RETANGULARES
Tarot
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Tarot ou Tarô é um jogo de cartas jogado na França e em outros países francófonos, composto por um baralho de 78 cartas. A Fédération Française de Tarot publicou as regras oficiais do jogo. Jogos da mesma família com diferentes nomes são também jogados em outros países da Europa central, na região da Floresta Negra, no sul da Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria e no norte da Itália. Desde o século XVIII as cartas passaram a ser usadas para a previsão do futuro e desde fins do século XIX elas integram o cerne do esoterismo moderno, juntamente com a Cabala, a astrologia e a alquimia medieval. As cartas de tarô surgiram entre os séculos XV e XVI no norte da Itália, e foram criadas para um jogo de mesmo nome, que era jogado pelos nobres e pelos senhores das casas mais tradicionais da Europa continental. O tarô, também conhecido como tarot, tarocchi, tarock e outros nomes semelhantes, é caracteristicamente um conjunto de cartas composto por vinte e um trunfos, um Curinga e quatro conjuntos de naipes, com quatorze cartas cada, dez cartas numeradas e quatro figuras (uma a mais por naipe, que o baralho lusófono). A primeira grande publicidade acerca do uso divinatório do tarô veio de um ocultista francês chamado Alliette, sob o pseudônimo de “Etteilla” (seu nome ao contrário), que atuou como vidente e cartomante logo depois da Revolução Francesa. Etteilla desenhou o primeiro baralho esotérico, adicionando atributos astrológicos e motivos “egípcios” a várias cartas, elementos alterados do Tarô de Marselha, e incluindo textos com significados divinatórios escritos nas cartas. Mais tarde Mademoiselle Marie-Anne Le Normand popularizou a divinação, durante o reinado de Napoleão I, pela influência que exercia sobre Josefina de Beauharnais, primeira esposa do monarca. Contudo, ela não usava o tarô típico. Desde então as cartas de tarô são associadas ao misticismo e à magia. O tarô não foi amplamente adotado pelos místicos, ocultistas e sociedades secretas até os séculos XVIII e XIX. A tradição começou em 1781, quando Antoine Court de Gébelin, um clérigo protestante suíço, e também maçom, publicou Le Mond Primitif, um estudo especulativo que incluía o simbolismo religioso e seus remanescentes no mundo moderno.
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Alimentos Saudáveis Considere o seguinte raciocínio:
1. Alimentos com pouca gordura são saudáveis. 2. Doces não têm gordura. 3. Logo, os rebuçados são saudáveis. Faz sentido? Claro que não, mas é esse o tipo de argumento que as empresas alimentares utilizam. No nosso caso, começamos o raciocínio com uma falsa premissa. Isto acontece porque o termo “pouca gordura” é muitas vezes um código para “alta concentração de açucares” - um atributo que torna os alimentos pouco saudáveis.
Fazer escolhas saudáveis não é tão simples como saber que feijão tem muita fibra, ou que as frutas possuem bastante antioxidantes benéficos para a saúde. Muitas das vezes, os produtores acrescentam ingredientes, como açúcares, que tornam, instantaneamente, um bom alimento, numa má opção. Como resultado, muitos dos produtos que pensamos serem saudáveis, são tudo, menos isso. É por isso que criamos uma lista de 10 supostos alimentos “saudáveis” dos quais podemos (e devemos) manter distância.
Barras de cereais e frutas Prós: São feitos com aveia, um produto nutricional e rico em fibras, indispensável para uma alimentação saudável. Contras: Os flocos de aveia estão colados uns aos outros com ingredientes de elevada concentração de frutose, como, xarope de milho, mel ou malte de cevada. Todos eles elevam rapidamente o nível de açúcar no sangue. A alternativa saudável: Coma o seu snack à moda antiga. Misture cereais com frutas vermelhas e um pouco de leite.
Croutons Prós: A sua pequena dimensão contribui muito pouco para as calorias da sua refeição, e acrescentam um agradável e saboroso efeito crocante. Contras: A maioria dos croutons são feitos com a mesma farinha refinada que se usa para fazer pão branco, um alimento com um índice glicêmico superior ao açúcar. A alternativa saudável: Amêndoas fatiadas torradas. São crocantes, não têm açúcar, e possuem gorduras monoinsaturadas (o mesmo tipo de gorduras encontradas no azeite).
Pretzels Prós: 280 grs têm apenas 110 calorias. Contras: Estes produtos pobres em gorduras apresentam elevadíssimos índices glicêmicos, superiores mesmo a sorvetes ou balas. A alternativa saudável: Queijo frito crocante.
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Feijão em lata Prós: O feijão é preparado com fibras, o que ajuda a manter o apetite saciado e diminui a velocidade de absorção de açúcares no sistema sanguíneo. Contras: O feijão é, normalmente, enlatado com um molho acastanhado feito com açúcares branco e amarelo. E como as fibras estão localizadas no interior do feijão, não têm a oportunidade de interferir na velocidade com que o açúcar é digerido. Considere que uma chícara de feijão enlatado contém cerca de 24 grs de açúcar. A alternativa saudável: Feijão enlatado em água. Consegue-se obter todos os benefícios dos legumes, sem o açúcar extra.
Sushi de camarão (estilo California Roll) Manteiga de Amendoim com redução de Gorduras Prós: Toda a manteiga de amendoim possui uma quantidade considerável de gordura monoinsaturada saudável para o coração e circulação sanguínea, mesmo as com redução. Contras: Muitas marcas comerciais de manteiga de amendoim acrescentam açúcar em pó, o mesmo tipo utilizado na decoração de bolos. As manteigas de amendoim com redução de gorduras são as piores, porque possuem mais açúcar em pó e menos gordura monoinsaturada. A alternativa saudável: Procure manteiga de amendoim natural com 100% gordura de amendoim e que não contenha açúcar em pó adicional.
Molho de Saladas Light Prós: Reduzir na gordura, diminui as calorias que o molho contém. Contras: São adicionados açúcares para dar sabor. Contudo, o principal aspecto é que a remoção da gordura, diminui a capacidade do corpo de absorver muitas das vitaminas presentes nos vegetais. A alternativa saudável: Faça o seu próprio molho de saladas feito com azeite e seja moderado nas doses utilizadas.
Saladas com massa Prós: A grande maioria de saladas com massa incluem uma variedade de legumes frescos. Contras: O principal ingrediente é massa feita com farinhas brancas, um produto semelhante ao pão. A alternativa saudável: Salada de ovo não tem qualquer impacto no açúcar do sangue. A Universidade de Connecticut realizou um estudo que demonstra que não existe correlação entre o consumo de ovo e doenças de coração.
Prós: A alga que enrola o sushi contém nutrientes essenciais, como o selênio, cálcio e ômega-3. Contras: é basicamente um cubo de açúcar japonês. Os dois ingredientes principais são arroz branco e uma “imitação” de camarão, ambos com hidratos de carbono de rápida digestão e praticamente nenhuma proteína. A alternativa saudável: Sushi de atum ou salmão. Estas variedades possuem uma menor concentração de hidratos de carbono prejudiciais à saúde e possuem proteínas de elevada qualidade.
Frutas Enlatadas Iogurte com fruta no fundo Prós: Iogurte e fruta são dois dos alimentos mais saudáveis conhecidos pelo Homem. Contras: O xarope de milho não é. Esse produto é utilizado para fazer a geleia de fruta no fundo dos iogurtes. A alternativa saudável: Opte por iogurtes light, que contêm cerca de 90% menos açúcares que os iogurtes normais.
Prós: O ingrediente principal é fruta, indiscutivelmente um alimento saudável. Contras: Muitas marcas preservam as frutas em xaropes ricos em açúcar. Meia chícara de fruta enlatada contém 23 grs de açúcares adicionais. A alternativa saudável: Procure por frutas enlatadas com 100% sumo, em vez de xarope.
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Qual é o seu ritmo?
“Eu louvo a dança, pois ela liberta o ser humano do peso das coisas, une o solitário à comunidade. Eu louvo a dança, que tudo pede e tudo promove; saúde, mente clara e uma alma alada. Dança é a transformação do espaço, do tempo e do ser humano. Eu louvo a dança! Ser humano, aprenda a dançar! Senão, os anjos do céu não saberão o que fazer de você.”
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Santo Agostinho
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S
e você quer ter um corpo saudável, livre dos riscos de problemas cardíacos, ganhar condicionamento físico e ainda por cima tonificar os músculos, saiba que tudo isso é possível se você começar a dançar! Além disso tudo, a dança ainda proporciona muito prazer, e não pense que estamos falando apenas das danças tradicionais como dança de salão, balé ou sapateado. Todas as danças são super saudáveis para o corpo e mente! Se você tem vontade de começar a dançar, mas ainda não tem certeza se é uma boa opção, continue lendo nosso artigo e descubra todos os benefícios que a dança proporciona.
Vantagens de dançar
A principal vantagem de dançar está no benefício que ela traz à mente. Assim como qualquer atividade física, a dança libera endorfina, um hormônio que está relacionado ao prazer. A dança também ajuda no condicionamento físico e na perda calórica, ou seja, se você não gosta muito das atividades de queima de gordura corporal, como corrida, bicicleta, ou aeróbica, dançar pode realmente te ajudar a perder peso! Outra vantagem que a dança proporciona, é a interação com outras pessoas e também, um pouco da perda da timidez. Ao dançar, tanto o homem, quanto a mulher, acabam entrando em um novo mundo, e levam parte dessa interatividade para sua vida cotidiana.
Quais são os tipos de dança?
Você pode escolher, pois, existem milhares de academias públicas e particulares, com aulas de, praticamente, todos os tipos de dança. Você pode preferir dançar ritmos que são melhores para dança de casais, como samba de gafieira, salsa, merengue, lambada, forró, maxixe, bolero, rumba, tango, soltinho, pagode, zouk, valsa, e muitos outros. Para quem prefere dançar sozinho, também existem variações dos ritmos acima, como também outros tipos de dança, como a dança de rua, que pode ser dançada em grupo ou sozinho, brake, axé, funk, samba, pagode, dança do ventre, balé, free step, hip-hop, dança contemporânea, etc.
Quanto tempo uma pessoa leva para aprender?
Se você não é tímido, e já possui algum tipo de desenvoltura, pode aprender os primeiros passos de qualquer dança em menos de um mês. A quantidade de vezes, por semana, que você pratica uma dança, pode ajudar a aprender mais rápido. Essa é uma questão muito pessoal, mas podemos dizer que, pessoas tímidas costumam levar um pouco mais de tempo para aprender uma dança, visto que, a timidez pode deixar o corpo mais duro.
recomendam que crianças a partir dos 5 anos já podem aprender. Muitas pessoas só começam a se interessar pela dança depois dos 25 anos, e ainda mais pessoas só começam a dançar depois que passam dos 60. Para esses, é importante saber que, esse tipo de atividade, proporciona grandes vantagens aos idosos. Principalmente, no que diz respeito ao equilíbrio e fortalecimento das pernas.
Para as crianças
Para as crianças, então, a dança pode ativar e desenvolver capacidades positivas que lhe acompanharão pelo resto da vida. Ela trabalha e fortalece a musculatura, estimula a coordenação motora, flexibilidade, postura, tem maior consciência corporal, noções de espaço, além de melhorar sua integração social. Musicalidade, ritmo e criatividade também estão entre os ganhos. Um caráter mais global envolve o seu ensino, já que há um envolvimento maior com outras artes e conceitos: música, artes plásticas, nutrição e educação física. “É uma atividade que exige concentração, e as crianças aprendem a ter respeito a algumas regras, assim como no esporte. Desenvolvem a autoconfiança, porque, de certa forma, desafia um pouco o corpo e sociabiliza o contato com outras crianças”. No início do aprendizado, os movimentos naturais de cada criança, são os elementos da dança. As aulas tem caráter mais lúdico e descontraído, respeitando as condições físicas e psíquicas de cada idade, as necessidades globais e as aspirações de cada um. Estudiosos da área afirmam que, a dança, aliada à educação, proporciona elementos que favorecem o desenvolvimento do ser humano, numa espécie de complementação de sua formação pessoal. Crianças que tiveram aulas de dança no período pré-escolar, certamente, terão mais facilidade de serem alfabetizadas, afirmam.
Dançar estimula disciplina e criatividade nas crianças.
Um dos fatores mais significativos no aprendizado da dança é a disciplina. A atividade gera, além da consciência corporal e musical, um sentido maior de organização e pontualidade. Nem todos estão qualificados para ensinar a dançar, pois, a atividade, mal dirigida, traz algumas complicações. Podem aparecer problemas como, dores de coluna, deslocamento de bacia”, etc. Procure academias ou professores confiáveis e de bom nível técnico. Crianças que dançam ficam mais extrovertidas, desinibidas. Então, sapatilhas nos pezinhos!
Qual é a melhor idade para se aprender a dançar?
Assim como tudo na vida, quanto mais cedo damos início a uma atividade, mais fácil será aprendermos. Com esse pensamento, muitos professores de dança
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Feng Shui O que é Feng Shui? É uma pergunta simples mas de difícil resposta. É uma arte-ciência desenvolvida há séculos atrás, na China. Ensina como balancear as energias de um dado espaço para assegurar a boa sorte para as pessoas que ali vivem. Feng significa vento e Shui siginifica água. Na cultura chinesa, a água e o vento estão associados à boa saúde. Dessa forma, O Feng Shui bom, significa sorte e o Feng Shui mau significa infortúnio, má sorte. Ele é baseado na visão Taoista e compreensão da natureza, particularmente, na idéia de que a terra é viva e cheia de Chi, ou, energia. O Feng Shui está se tornando cada vez mais popular nos países longe da China. As principais ferramentas do Feng Shui são a Bússola e o Baguá. O Baguá é um mapa de energia de forma octagonal contendo os símbolos do I Ching, o antigo oráculo, no qual o Feng Shui está baseado. Conhecer o mapa de energia (Baguá) da sua casa, irá ajudá-lo a entender as conexões de áreas específicas de Feng Shui da casa, com as áreas específicas de sua vida como, amor, dinheiro, saúde, etc. A bússola, também chamada Luo Pan, é usada para acessar informações mais profundas de uma construção. São círculos concêntricos, arranjados ao redor de uma agulha magnética. Luo Significa tudo e Pan, tigela, livremente traduzido como “tigela que contém todos os mistérios do universo”. O Feng Shui oferece uma variedade de acessórios para melhorar a sua vida. Do uso de aquários, para atrair prosperidade, ao uso de cristais e fontes, uso de cores, relógios, espelhos, moedas, flores, aromas, etc. Há muitas maneiras de melhorar a energia de sua casa ou escritório, com a aplicação correta do bom Feng Shui.
Um pouco de história O Feng Shui tem uma história que remonta a mais ou menos 2.000 anos (alguns dizem ter até 5.000 anos). Como um doutrina organizada, ele tem sido praticado desde a dinastia Tang, onde podemos encontrar famosos mestres do Feng Shui utilizando o método para selecionar locais apropriados ou textos de Feng Shui que eram requeridos para os exames imperiais. (Corte do imperador Hi Hsang, 888 A.D.) Um dos mais famosos nomes do Feng Shui da história é o do mestre Yang Yun Sang, que deixou um legado de vários textos clássico de Feng Shui. É considerado o fundador da escola paisagística de Feng Shui. Através dos seus textos, mestre Yang enfatizou a importância de se selecionar locais onde havia “energia do dragão” ou “sopro do dragão”, que se traduz num exame cuidadoso da formação do terreno, montanhas, colinas, vales, assim como, as águas. A energia vital ou Chi, contida em locais específicos era descrito como “encontrar o dragão e sua toca”, e as formações naturais eram simbolizadas por “dragão verde”, “tigre branco”, etc.
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Arteterapia A
arteterapia é uma especialização profissional que utiliza diversos meios artísticos e processos criativos com fins terapêuticos, educativos, de prevenção, reabilitação e desenvolvimento
pessoal. O uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas iniciou-se no início do século XIX, pelo médico alemão Johann Christian Reil, contemporâneo de Pinel. Ele estabeleceu um protocolo terapêutico, com fins de cura psiquiátrica onde incluiu o uso de desenhos, sons e textos, para estabelecimento de uma comunicação com conteúdos internos do paciente. Carl Jung, também trabalhou com o fazer artístico, como forma de atividade criativa e integradora da personalidade. A arte, como terapia, se diferencia das outras disciplinas que utilizam elementos artísticos, como a educação artística, porque utiliza os materiais, as técnicas, o processo artístico e a obra em si, para fins terapêuticos. Esta disciplina busca resgatar o efeito curativo da expressão artística. A prática da Arteterapia pode ser baseada em diferentes referenciais teóricos, como a Psicanálise, a Psicologia Analítica, a Gestalt-terapia, dentre outras abordagens, advindas, especialmente, do campo da Psicologia, que considera fundamental, a compreensão do arteterapeuta acerca do ser humano. Desta forma, os conceitos em Arteterapia diferenciam-se amplamente, conforme a abordagem seguida pelo arteterapeuta. As técnicas da terapia artística não se centram no valor estético do trabalho artístico, e sim, sobre o processo terapêutico, considerando
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que todo indivíduo, tendo ou não, formação artística, possui a capacidade latente de projetar seus conflitos internos por meio da arte. No final, a obra realizada é um elo entre o paciente e o arteterapeuta. O valor terapêutico das artes, seja ela, visual, musical ou corporal, tem gerado uma alternativa nas áreas de Medicina, Educação e Serviço Social. Já existe há mais de 50 anos nos EUA, Inglaterra, Espanha, França, Alemanha, e alguns outros países. No Brasil, ficaram conhecidos, os trabalhos desenvolvidos por Ulysses Pernambucano, já no início do século XX, que gerou a monografia de Silvio Moura, em 1923, "Manifestações Artísticas nos Alienados". Outro nome importante é Osório César, que desenvolveu sua prática e pesquisas no Hospital do Juquery, em Franco da Rocha-SP. Publicou em 1929 o livro "A Expressão Artística nos Alienados", onde propõe uma forma de compreender as produções artísticas destes indivíduos. Nesse hospital é inaugurada, oficialmente, a Oficina de Pintura, em 1923 e a Escola Livre de Artes Plásticas, em 1949. Outro nome importante no país é de Nise da Silveira, que desenvolveu seu trabalho no Hospital Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Devemos ressaltar a importância de Lou de Olivier, pelo seu extenso trabalho, não só em Arteterapia mas em áreas correlatas, iniciado nos anos 80, implantando no Brasil a diversificação nos tratamentos arteterapêuticos. Foi reconhecida como precursora da Multiterapia, que reúne varias vertentes artísticas e terapêuticas.
Para saber mais Psicopedagogia e Arte terapia - Teoria e Prática na Aplicação em Clínicas e Escolas – Lou de Olivier – Ed. Wak Maio2013
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O desenvolvimento da
linguagem verbal da crianรงa O que se deve fazer para ajudar no desenvolvimento da fala da crianรงa?
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mbora seja certo que a criança pode entreter-se, sozinha, com um brinquedo, para falar, ela necessitará de um interlocutor, que a escutará e falará com ela. Sem a cooperação dos pais e a ajuda dos que convivem com ela, não se pode pensar numa evolução satisfatória da fala. A criança, desde que nasce, recebe informações diversas do meio ambiente: sons, luz, a textura da fralda, da pele da mãe, do formato do seio, o calor materno, etc. Tudo isto a influencia e ela o assimila, uma vez que, durante os 4 ou 5 primeiros anos de vida, a mente infantil é como uma esponja que vai absorvendo de tudo. É nesta época que a criança aprende a maioria das coisas que vai saber quando adulto. Nessa fase, tudo o que oas pais ou adultos que se relacionam com ela, influi em sua conduta, molda-a com as atitudes e cada palavra marca-a, indelevelmente, condicionando-a em seu desenvolvimento. As crianças não crescem, nem desenvolvem-se bem, sem a ajuda dos adultos. Portanto, deve-se otimizar a influência destes, no processo evolutivo da criança. Falar com o bebê desde a barriga Deve-se conversar com o bebê a todo momento, mesmo antes de nascer e poder compreender as palavras. Isso vai fazê-lo sentir segurança, proteção e estímulo para, também, se comunicar. Deve-se estimulá-lo de maneira natural, nomeando as coisas e as atividades compartilhadas com ele: “vou calçar o sapatinho”, “agora tá na hora do banho”, etc. Dessa forma o bebê irá aprender que cada coisa tem seu nome. Posteriormente, ele começa a entender as palavras mas não é capaz de pronunciá-las. Os pais muitas vezes, se esquecem desse detalhe e começam a exigir que a criança repita as palavras corretamente. Fazem isso com insistência e pressão, para que repita uma, duas, várias vezes. Como a criança não atingiu a fase de articulação perfeita, a exigência, às vezes, faz com que a criança não queira falar mais nada. O que fazer, então? Bem, não há coisa melhor do que falar com a criança, mas sem exigências ou pressão, visto que às vezes, os adultos quer que eles realizem coisas que ainda não têm capacidade, sem perceber as possibilidades e inclinações dela.
te, imitar seus próprios sons e os de quem o rodeia. Os gestos são especialmente apropriados para acompanhar os sons, estimulando, ainda mais a fala da criança. Ex: Vrum, vrum – ao ver um carro (pode-se acompanhar com as mãos) Bum! – quando alguma coisa cai ou arrebenta. (abrir os braços, arregalar os olhos) Ai, ai! – quando se sente dor. (colocar a mão onde está doendo, fazer cara triste) Hummmm! – quando há um cheiro ruim. (abanar o nariz ou tapá-lo com os dedos) Miau, au, au, cócóricó, etc. – quando estiver na presença dos animais. (tentar imitar os gestos) Dessa maneira, o estimulamos a imitar e repetir. Aos poucos, deve-se fazer perguntas simples e responder mostrando, de acordo com a idade. Ex: “Cadê o seu nariz?”, e tocando com a ponta do dedo, “Tá aqui!”, até que a criança responda por si mesma e repita o toque com suas próprias mãos. Isso ajuda-a, também, a reconhecer as partes do corpo e outras coisa à sua volta, que além de dar alegria a ela, não corre o risco de cansá-la. Quando ela se tornar mais velha, não basta falar, temos que entender a importância de também, ouví-la. Se mostramos interesse em ouvir, ela se sente incitada a falar, e deixamos que ela se expresse à sua maneira. Assim, ela vai treinando sua vocalização e formulação de idéias, mesmo que, ainda, de forma reduzida e ininteligível. Nunca tire a palavra da boca da criança. Deixe que ela mesma termine a frase. Não antecipe a resposta quando questionada por outro adulto (as mães costumam fazer isso). Espere que ela responda à sua maneira e corrija, carinhosamente, se necessário. Esta atitude da mãe, priva a criança da possibilidade de entender-se com outra pessoa que, talvez, tenha outra maneira de falar. É óbvio que os pais a entendem perefeitamente, pelo convívio diário, mas, para que ela fale com outras pessoas, deve romper a timidez, para, logo em seguida esforçar-se para expres-
De que maneira? Paciência! Essa é a solução e também, carinho e compreensão. Eis algumas dicas que podemos utilizar: Nomear com algum ênfase, todos os objetos e situações com os quais a criança tem contato. Imitar o bebê nos primeiros sons (gugu, dádá, brrrr, etc.). Ao escutar os sons que estamos emitindo, sentir-se-á estimulado a imitar-nos e repeti-los. Assim, irá, rapidamen-
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sar-se, o que torna-se estimulante para desenvolver a fluidez verbal. As crianças costumam interromper a conversa dos adultos e, na maioria das vezes, os pais a repreendem. Porém, quanto menor a criança, menos capaz de protelar as questões e idéias que a impressionam e a inquietam. Sendo assim, as perguntas afloram “aos montes” justamente nesses momentos. Noutros casos, é uma necessidade de socializar-se, imitar os pais na conversa, demonstrar que estão se inteirando do assunto, mesmo que não tenham a menor idéia do que está sendo dito. Por isso, pedir que a criança espere sua vez, é praticamente impossível. É preferível, então, que os pais interrompam, por breves momentos, a conversa, e tentem satisfazer, de alguma maneira, as suas inquietações. Tempo para conversar com a criança. -Dê tempo e atenção à criança. Deixe-a tagarelar e instigue-a a emitir sons vocais. -Repita os sons que ela se esforça em emitir, animando -a com manifestações de interesse e alegria. Repita os sons sempre de maneira carinhosa e com a voz suave. -Nunca utilize, apenas, o “não, não”, mas fale como faria com qualquer pessoa inteligente. Assim ela recebe do adulto, um exemplo para imitar. O balbuciar, os sons guturais, etc., não são, ainda, uma linguagem, mas não há dúvida que, é com eles que a criança tenta expressar importantes sensações e espera produzir reações nos outros. Geralmente, a fala propriamente dita, inicia-se, por volta dos 15 a 18 meses. A criança, nessa idade, atinge o desenvolvimento suficiente, das estruturas neurofisiológicas e psíquicas para articular palavras carregadas de intenção comunicativa. Isso depende, também, da
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influência dos pais ou adultos, que desempenham um papel fundamental na aquisição e desenvolvimento da linguagem verbal. O progresso da fala se dará de forma mais rápida e eficiente se levarmos em conta o seguinte: -A criança aprende a falar do mesmo modo que ouve seus pais ou adultos que estão próximas dela. Se não pronuncia bem as palavras, é porque assim aprendeu com os pais ou outros adultos. -No começo, os adultos devem imitar os sons do bebê para estimulá-lo a repetir e aperfeiçoar a sua expressão. Posteriormente, à medida que cresce, a criança imitará e não mais deverá ser imitada. É nessa fase que os adultos não devem mais usar linguagem incorreta ou “linguagem de bebê”. Ex: “papai té um bezinho”, “nenê gota di papá bulaça”. Use o vocabulário simples e correto de adulto. -Se os pais e outros adultos falarem entre eles e com a criança, de maneira sensata, clara e inteligível, ela aprenderá a falar da mesma forma. -A criança precisa de um modelo para aprender a falar, mas não deve ser corrigida continuamente. É suficiente que ela escute os pais conversando, clara e corretamente, para que os pequenos defeitos de pronúncia iniciais desapareçam automaticamente. -A criança aprenderá a falar bem, se tiver oportunidade de exercitar-se o bastante. Não devemos usar a máxima de nossos tataravós, “não fale nada, se não te perguntarem”, pois, tornará difícil a espontaneidade da fala da criança. -Filhos de famílias viciadas em televisão, costumam ter que ficar em silêncio, o que, geralmente tráz, como consequência, o atraso no desenvovimento da fala.
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tualmente, se fala muito sobre o quanto nossa sociedade é machista e patriarcal, bem como também sobre as lutas das mulheres para conseguir muitos dos direitos adquiridos. Mas, se olharmos mais de perto esse tipo de relação homem-mulher, será que estamos realmente evoluindo e crescendo, a fim de que nossa sociedade se torne uma sociedade saudável? Será que a mulher tem se posicionado de forma a ser respeitada? Um pouco de história nos ajuda a pensar sobre essas perguntas. Na antiguidade, existia a sociedade pagã. As relações homem-mulher nessa sociedade eram mais igualitárias, as diferenças respeitadas, havendo mulheres até entre os deuses. Outras sociedades da época eram a greco-romana e a judaica. Nelas as relações homen-mulher não se davam da mesma forma que na pagã. Surgiram
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o racionalismo, o patriarcalismo, um único deus-homem, o sentimento deixado de lado e a mulher desrespeitada. Na sociedade greco-romana somente os homens ricos podiam ter direito a voz e na judaica, a mulher era considerada impura, por causa da menstruação. Passaram-se os anos e a mulher percebeu que deveria fazer algo para que essa relação doentia mudasse. Houveram manifestações*, como a de 8 de março de 1857, no qual mulheres que trabalhavam em uma fábrica de tecidos, na cidade de N. York, reivindicaram salários iguais aos dos homens (foram reprimidas com violência, trancadas na fábrica e esta foi incendiada, matando mais de 130 tecelãs carbonizadas, num ato desumano). Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em
homenagem às mulheres mortas na fábrica. *Queima de sutiãs - O episódio conhecido com Bra-Burning, ou em português “a queima dos sutiãs”, foi um protesto com cerca de 400 ativistas do WLM (Women’s Liberation Movement – Movimento de Liberação das Mulheres) na realização do concurso de Miss América em 7 de setembro de 1968, em Atlantic City, EUA. Com o objetivo de acabar com a exploração comercial realizada contra as mulheres, as ativistas se aproveitaram do concurso de beleza (que era tido como uma visão arbitrária e opressiva em relação às mulheres). Assim, elas colocaram no chão, onde ocorria o evento, sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de laquê, maquiagens, revistas, espartilhos, cintas e outros objetos que simbolizavam a beleza feminina. Embora a “queima” propriamente dita, nun-
Anna Lobo de Carvalho Psicóloga
Ser mulher Um direito de todas
ca tenha ocorrido, a atitude das manifestantes foi “incendiária”. O nome “queima dos sutiãs” foi dado pela mídia. Feminismo - é um movimento social, filosófico e político com início aproximado, no século XIX e início do século XX. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelo direito ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação Revolução Sexual - Também conhecida glo-
balmente como uma época de "liberação sexual" é uma perspectiva social que desafia os códigos tradicionais de comportamento relacionados à sexualidade humana e aos relacionamentos interpessoais. O fenômeno ocorreu em todo o mundo ocidental dos anos 1960 até os anos 1970. A liberação sexual incluí uma maior aceitação do sexo fora das relações heterossexuais e monogâmicas tradicionais, principalmente do casamento. Lei Maria da Penha - Essa lei foi criada com os objetivos de impedir que os homens assassinem ou batam nas suas esposas, e proteger os direitos da mulher. O caso nº 12.051/OEA, de Maria da Penha Maia Fernandes, foi o caso homenagem à lei 11.340. Ela foi espancada de forma brutal e violenta diariamente pelo marido durante seis anos de casamento. Em 1983, por duas
vezes, ele tentou assassiná-la, tamanho o ciúme doentio que ele sentia. Na primeira vez, com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda, por eletrocussão e afogamento. Após essa tentativa de homicídio ela tomou coragem e o denunciou. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado, para revolta de Maria com o poder público. Seria bom, se nós, mulheres, fossemos respeitadas e aceitas assim como somos. Não por causa de um feminismo qualquer, mas por ser direito e dever de todo e qualquer cidadão, seja homem ou mulher. Essa questão é muito sutil e delicada, mas é necessária para que possamos criar, juntos, uma sociedade mais saudável, onde todos cresçam, aprendam com as diferenças e tenham liberdade de expressão.
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Alegria
das COMPRAS
Ainda não existe um estudo científico
e frutas que pudessem ampliar a dieta da
mostrando porque as mulheres gostam
família. Uma frutinha aqui, uma lenha ali,
tanto de comprar. Seja o que for, rou-
a mulher era a grande colhedora da na-
pas, sapatos, maquiagem, utensílios
tureza. O tempo passou, mas este hábito
para a casa. Algumas amam até fazer
ficou na gene feminina. Hoje, o hábito de
compras de mercado, só pelo prazer
consumir representa uma evolução daque-
de comprar. Outras voltam das com-
la mulher colhedora da pré-história. Não
pras e deixam as sacolas lacradas
podendo simplesmente colher! A mulher
por semanas, outras compram 30
de hoje compra, e adora comprar! Portan-
bases, 40 pós, 200 batons, alguém
to, caras leitoras, não se sintam culpadas
pelo amor de Deus, usa 30 bases
por gostarem tanto de um shopping. Isto
em um período de tempo tão cur-
é genético! Apesar de o hábito de comprar
to para que elas
das mulheres serem, sempre, motivo de pi-
não
passem
validade? tender!
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ada para os homens, em parte, ao menos, eles parecem ter razão. As mulheres ten-
Pesquis-
dem mesmo a fazer mais compras por im-
amos se existe al-
pulso do que os homens, segundo aponta
gum fator genético
estudo encomendado pela Confederação
ou próprio do gênero
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e
feminino que faz com
pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
que nós tenhamos
A pesquisa mostra que 47% das entrevista-
prazer
comprando?
das já realizaram compras não planejadas
Será que isso é uma
em momentos de tristeza, angústia ou an-
doença? Encontramos
siedade. Entre os homens, esse percentual
teoria: Na pré-história,
cai para 37%. Para as mulheres, a baixa au-
cabia ao homem a tarefa inglória de ir à
toestima e a insatisfação com a aparência
caça, buscar carboidratos para alimentar
são os principais motivos para as compras
sua família. À mulher, cabia a missão de
por impulso. A TPM é usada por uma a cada
cuidar do lar, ou melhor, da caverna. Sua
três mulheres para justificar compras não
rotina era limpar o ambiente, cuidar dos fil-
planejadas. Homens costumam comprar
hos, preparar a comida. Por sua iniciativa, a
por conta da ansiedade com algum evento
mulher também gostava de sair da caver-
que se aproxima, como férias, viagens ou
na e buscar, na natureza, objetos, vegetais
festas.
a
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da
Vai en-
seguinte
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Pode ser a mais básica das mulheres, a mais simples, não tem jeito, nós amamos um shopping, quando se fala em compras os olhos brilham, é um fato incontestável.
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fotos: Shutterstock
Como lidar com a
fotos: Shutterstock
E
stamos permanentemente vivendo oportunidades de aprendizado e crescimento a partir de nossas escolhas. Quando não as realizamos de forma consciente e em sintonia com nossa verdade interna, isso se reflete externamente, em nosso corpo físico, em nossos relacionamentos e em todas as situações em que vivemos.Quando tomamos repetidamente escolhas de forma inconsciente, estes reflexos se manifestam a princípio de forma mais sutil e limitada. Apresentam-se como pequenos mal estares físicos e acidentes, ou em pequenas brigas e desentendimentos em nosso dia-a-dia. Quando não aprendemos a enxergar e compreender as lições que essas situações nos mostram enquanto ainda sinalizam de modo menos intenso, podem se amplificar em doenças graves, grandes perdas ou acidentes, e até mesmo traições afetivas. Culminação extrema de um longo processo anterior, as traições em relacionamentos nunca acontecem à toa. Sempre apontam uma situação subjacente, essa sim o foco de nossa atenção ao se lidar com a traição. A responsabilidade nunca é exclusivamente do "traidor". Ele pode ter sido o agente ativo, mas o "traído" é também agente, ainda que passivamente. Ao vivenciar uma traição é importante que, apesar de toda a dor, se encare conscientemente a situação. Acesse o processo subjacente buscando sua própria responsabilidade nele. A principal pergunta não é "Porque ele(a) fez isso?" ou "O que eu fiz de errado?", mas "O que essa traição mostra sobre mim? Que questões minhas estão envolvidas na situação?". Evite a armadilha de culpar o outro ou a si mesmo, pois isso também significa negação e fuga, apenas
agravando a situação."Evite a armadilha de culpar o outro ou a si mesmo, pois isso também significa negação e fuga, apenas agravando a situação." Uma vez detectada sua questão, assuma sua responsabilidade, enxergue e aceite a situação como ela realmente é. Saia do papel de vítima e de culpa, e comprometa-se com você mesmo em enxergar e aprender efetivamente a lição implícita na situação. Você pode procurar ajuda terapeutica e orientação profissional. Não importa qual o caminho escolhido, mas ao realizar esse compromisso, concretize-o em ações e nas transformações necessárias. Perdoar uma traição significa antes de tudo, perdoar a si mesmo: aceitar sua verdade e assumir seu aprendizado na situação. Só assim será capaz de enxergar a verdade do outro e assim, perdoá-lo. Se isso significa que vai haver reconciliação ou não, não importa. Sem o autoperdão, a lição que a traição veio mostrar continua não aprendida. A raiz da traição continua não resolvida dentro de você, e futuramente ela se mostrará novamente em outra situação desagradável, ou até mesmo em outra traição, seja com o mesmo parceiro ou com outro. Entrar em contato com a raiz da traição dentro de si pode ser extremamente doloroso. Se até o momento houve negligência em relação a essas questões, bem provavelmente elas não devem ser fáceis de se encarar. No entanto, por mais dolorido que seja o processo, mergulhe e liberte-se. Encare suas lições ao invés de mascarar a dor. Vá ao âmago da questão principal e resolva não só essa traição, mas todas as situações que vieram antes dela. Liberte-se para vivenciar um futuro com novas experiências mais agradáveis.
Reflexões que ajudam a descobrir sua postura Como eu me coloco no relacionamento? Minha postura é agressiva? Ou muito passiva? Tenho muito medo de perder meu(inha) parceiro(a)? Faço de tudo para não abrir mão do relacionamento? Há questões mal resolvidas com meu parceiro? Que comportamentos e atitudes minhas contribuíram para que se tornassem mal resolvidas? Quais questões do relacionamento tenho evitado lidar? Quero e estou disposto a tentar resolvê-las? Meu parceiro está pronto para um compromisso de fidelidade? Estou disposto e tenho estrutura emocional para (re)construir esse compromisso? Construo ilusões e expectativas com base nos meus sonhos e espero que meu parceiro atenda a elas?
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P A R I S
P
aris, França. Muitos sonham em visitar essa grandiosa cidade. Paris é uma das cidades francesas mais populosas, mundialmente conhecida e que possui um grande fluxo de turistas. Construida às margens do Rio Sena, ela se revela em beleza, grandiosidade e marcas históricas, das construções que remetem à Idade Media, passando pelos rastros das Guerras Mundias, até construções mais modernas que influenciam o mundo inteiro, como a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e o Museu do Louvre.
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Distrito de La Defense
Ao chegar em Paris, a primeira coisa que nos chama a atençao, é a quantidade de pessoas andando e o movimento de carros, que se assemelha muito ao da cidade de São Paulo. E, quando você se dá conta de onde você está, aparece um sentimento de proximidade com a cidade, pois, a partir daquele momento, não é uma relação através de filmes, fotos ou um lugar inatingível. Voce está ali, respirando cultura. Como você já deve saber, um dos mais conhecidos pontos turísticos de Paris é a Torre Eiffel. Existem duas maneiras de subir até o segundo andar: pelas escadas ou elevador, sendo que, pelas escadas, é mais barato, custa apenas, 10 euros. Depois que se chega ao segundo andar, você pode pegar o elevador, por mais 10 euros e ir até o topo. A vista de Paris lá do alto é, realmente, deslumbrante! No topo, colocaram comparações com as construções mais altas de vários países do mundo, além da distância da Torre até o país em referência. Atualmente a Torre Eiffel é usada como antena de rádio. Outros dois pontos turisticos que devem ser visitados são a Catedral de Notre Dame e o Museu do Louvre. A imponente e grandiosa catedral está situada, relativamente perto da Torre Eiffel, e pode ser visitada, internamente, de graça. É uma visita imperdível, por sua história. O Museu do Louvre é gratuito para os moradores da União Europeia, mas, para estrangeiros, a entrada custa 10 euros. É, realmente, um “prato cheio” para quem gosta de museus e arte. Além disso, existe, ainda, um quarteirão, muito famoso em Paris que se chama Montmartre. Este é um lugar que todos aqueles que assistiram ao filme “O fabuloso destino de Amelie Poulin” e o têm como um dos filmes favoritos, fazem questão de visitar. Foi justamente neste quarteirão que o filme foi rodado, podendo ser encontrados, a praça das setas azuis, o bar, onde Amelie trabalhava e até a quitanda que aparece no filme. Ao caminhar pelo quarteirão, a gente se sente como se estivesse no filme, principalmente à noite, quando se pode ouvir até as músicas da trilha sonora do filme, tocada nos bares e restaurantes. O sistema de metrô de Paris é, relativamente, bem feito. Dá pra perceber que não foi reformado há muito tempo. As estações não estão bem cuidadas, além de que, para fazer a transferência, de uma estação para a outra, há um longo caminho a percorrer. Um aspecto curioso, que chama a atenção nessas estações, são as cadeiras disponíveis para espera, são para uma pessoa e distantes, uma da outra, mais de um metro, revelando um pouco das características dos parisienses como, frieza e uma certa arrogância, pois reagem com preconceito quando percebem que o outro não fala francês, ou até mesmo, quando possui sotaque de outra região.
Basílica de Sacré Cœur
Uma dica: Não deixem de provar o “macarron” francês. Impossível estar em Paris e não experimentar esse doce. C´est délicieux!
Museu do Louvre
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Torre Eifel
Arco do Triunfo
Catedral de Notre-Dame
Rio Sena
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SÍNDROME DA
VIROSE ESTRESSADA
A
combinação entre a correria do dia a dia, preocupações, horas extras no trabalho e pouco tempo de descanso, é suficiente para incorporar na rotina uma companhia mais do que indesejada: o estresse. “Um dos efeitos bem conhecidos do estresse é a compulsão alimentar que também desencadeia patologias associadas como obesidade, hipertensão, entre outras”, explica Dra. Vivian Goldberger, nutricionista do Emagrecentro. O ponto de partida para evitar o desânimo e o cansaço é aderir a uma alimentação equilibrada. Além disso, comer corretamente é fundamental para evitar um efeito dominó de vários males para o organismo. Veja que existem maneiras simples e saudáveis de repor suas energias até o topo: 1 Priorize fibras na sua dieta diária, elas fazem seu intestino funcionar regularmente. Este órgão ajuda na produção de serotonina, o poderoso hormônio responsável por controlar o humor e é a peça-chave para varrer a fadiga da sua vida. Alimentos: frutas, verduras, legumes e grãos cereais integrais tipo farelo ou flocos de aveia (contém 1 substância chamada “avenina” que possui ação relaxante). 2 Outra fonte de bem-estar é o triptofano, um aminoácido precursor da serotonina e presente nas vitaminas do complexo B, principalmente a B6, mas cuidado com consumo de álcool, pois este impede a sua absorção. Alimentos: leite, queijos (tipo ricota, cottage e minas), leguminosas (tipo feijão, lentilha e soja), abacate, gérmen trigo e levedo de cerveja. 3 Atenção ao consumo de magnésio. Este mineral é essencial para a produção de energia a partir da glicose. Alimentos: folhosos verde-escuros (tipo agrião, brócoles, couve, espinafre e coentro) e oleaginosas (tipo avelã e nozes). 4 Fuja dos alimentos com alto índice glicêmico, pois dão um pique de energia passageiro, fazendo você sentir fome rápido, além de serem engordativos. Alimentos: mel, açúcar, doces, pão branco, farinha, bolos e refrigerantes. 5 Incremente sua alimentação com vitamina C, responsável pela oxigenação das células combatendo a indisposição. Alimentos: acerola, mamão, goiaba, kiwi, pimentão, brócoles, couve-flor e salsinha. 6 Uma noite bem dormida também é pré-requisito para combater o cansaço. Durante o sono o organismo produz melatonina, um hormônio antioxidante que remove os radicais livres do organismo e proporciona sensação de bem-estar e relaxamento. Mas, antes de dormir, fique longe de alimentos estimulantes como café/chocolate/chá e bebidas alcoólicas. 7 Viva o aqui e o agora: procure controlar sua ansiedade com exercícios de relaxamento, meditação ou uma atividade física de sua preferência. Vale também ouvir música, ler um bom livro... Vá adiante, devagar e sempre, pois a melhora se dá de forma contínua. Nunca avance mais que um dia de cada vez!
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Te assusta só de saber que está chegando o período da sua menstruação? Suas dores são tão intensas que você fica de cama, chorando? Sabia que as dores intensas, podem ter uma origem patológica e você ainda não se deu conta?
Endometr O
foto: Shutterstock
útero, que é o lugar onde se implanta o embrião, é coberto por um tecido chamado endométrio, o qual por ação hormonal, se desprende, durante o período menstrual, causando o sangramento tão conhecido. Em algumas ocasiões, o desprendimento pode chegar a ser patológico, dando lugar a uma doença chamada endometriose. A endometriose é uma doença que se caracteriza pela presença desse tecido em zonas que não correspondem ao útero. Se desenvolve na pelve, e no abdômen, ovários, na superfície exterior do útero, nas membranas e ligamentos da pelve e abdômen inferior, trompas de Falópio e nos espaços entre a bexiga, o útero e o reto. Menos frequente, o tecido endometrial cresce fora do útero ou na parede do reto, da bexiga dos intestinos e do apêndice. Em raras ocasiões, a endometriose se desenvolve em áreas muito distantes do trato reprodutivo, como nos pulmões, braços, músculos e pele. O mais interessante é que o tecido endometrial ectópico, costuma comportar-se como se estivesse no lugar correto, respondendo às mudanças hormonais da mulher e podendo liberar sangue durante a menstruação, causando dores abdominais intensas. Conforme este tecido vai crescendo, pode interferir na fertilidade feminina já que cobre ou cresce dentro dos ovários ou deforma e obstrui as trompas de Falópio. O tecido endometrial dos ovários podem formar grandes quistos chamados endometriomas. Ainda não se descobriu a verdadeira origem desta doença, contudo, alguns investigadores têm várias teorias a respeito. Chegaram a pensar que se deve a um desvio do desprendimento do endométrio até as trompas de Falópio, ao invés de eliminá-lo através da vagina. Pensase que o tecido endometrial na pele ou pulmões é transportado até aí, através do sangue, por meio da linfa.
A gravidade dos sintomas está determinada ao local onde o tecido se encontre. Uma mulher que apresente um pequeno tecido endometrial fora do útero, poderá sentir fortes dores, ao passo que outra que apresente grandes áreas de endometriose, poderá, talvez, não apresentar nenhum tipo de sintoma. A doença tem uma solução ou os sintomas são para sempre? Para determinar que as dores intensas provêm da doença, o médico deverá rever seus sintomas, seu histórico clínico e ginecológico e todos os antecedentes familiares da doença. É necessário, uma laparoscopia pélvica para identificar algum tecido endometrial dentro da pelve ou abdômen e para retirar tecido anormal para fazer um exame microscópico. A endometriose não se pode prevenir. Contudo, esta condição pode desparecer se a mulher toma contraceptivos ou fica grávida. Sem tratamento, a endometriose é um problema de longo curso que dura, geralmente, até a menopausa.
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riose
Qual tratamento é indicado ao se descobrir a doença? Controle da dor: Mediante uso de analgésicos, que nã o requerem receita médica. Controle da dor combinado com um controle dos níveis hormonais: Alguns tratamentos diminuem a dor por diminuírem os efeitos dos hormônios femininos nas áreas de tecido endometrial. Os medicamentos que podem ajudar são os contraceptivos orais e os medicamentos chamados “agonistas do hormônio liberador de gonadotropina”. Esses medicamentos atuam sobre a glândula pituitária para diminuir, notavelmente, os níveis de hormônio feminino. Isso gera uma “falsa menopausa”, que faz com que a endometriose desapareça por um tempo. Tratamentos cirúrgicos conservadores (laparoscopia e laparotomia): Durante a laparoscopia, o médico cauterizará pequenas áreas de tecido endometrial ou usará um laser para vaporizá-las. O médico, poderá, também, cortar todo o tecido que possa estar colocando seus órgãos genitais em uma posição incorreta. Estas intervenções se realizam, normalmente, durante a mesma sessão de laparoscopia em que é detectada a endometriose. Histerectomia (extração do útero): Nas mulheres que já não querem mais ficar grávidas ou naquelas com com fortes dores, que as tornam incapacitadas, o médico poderá tratar da endometriose, retirando o útero, juntamente com os ovários e a trompa de Falópio.
Em geral uma mulher tem mais risco de ter endometriose se se apresentam qualquer um desses fatores: • Se tem um fluxo menstrual abundante. • Se tem um ciclo menstrual curto (menos de 27 dias). • Se tem algum parente próximo com endometriose.
O risco é menor que a média se tem os seguintes fatores: • Se o seu peso é ligeiramente menor que o normal. • Se realiza exercícios físicos regularmente. • Se teve muitas gestações. • Se tiver usado contraceptivos orais.
Sintomas
Muitas mulheres com endometriose não chegam a apresentar nenhum sintoma. Contudo, as que a possuem, têm experimentado os seguintes sintomas: • Fortes dores menstruais, geralmente com fluxos abundantes. • Dores na pelve e abdômen, normalmente antes e durante a menstruação. • Dor nas costas. • Dor, durante e imediatamente após as relações sexuais. • Gotejamento vaginal antes da menstruação. • Sintomas intestinais como, dor ao evacuar, diarreia, constipação e, raramente, sangue nas fezes. • Dor ao urinar ou, raramente, sangue na urina. • Infertilidade ou perda de gestações repetidas.
Lesões uterinas
aderências
(endometriose)
María Fernanda Cuervo Ledesma Formanda de Medicina na Universidade de Veracruz, México Maio2013
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Existe instinto materno?
foto: Santana Dardot
Nesse texto, gostaria de examinar se existe instinto materno a partir da perspectiva proposta pela Psicanálise. Farei esse exame a partir da foto ao lado.
1. O que é instinto? Primeiro, vamos às definições mais básicas. O que é instinto? Instinto é um comportamento não aprendido, inato e hereditário. Varia pouquíssimo entre os indivíduos da mesma espécie. Para que o conceito tenha algum valor, é importante lembrar ainda, que, animais não “desaprendem” um instinto. Assim definido, fica evidente que nos humanos os instintos desempenham um papel menor em nossa vida cotidiana. Alguns exemplos: no que tange à agressividade, os animais têm padrões comportamentais muitos mais fixos que os nossos. Obviamente, esses padrões tendem a ficar mais flexíveis entre mamíferos e ainda mais entre mamíferos domesticados. Vemos, no entanto, pouca variação entre répteis ou invertebrados. Quanto a nós, somos agressivos sem razão biológica evidente: matamos, humilhamos e agredimos por motivos os mais diversos possíveis. Não somos violentos por razões instintivas: mais uma vez, é enorme a variação individual dos motivos que fazem as pessoas ficarem agressivas. No que tange à sexualidade também temos uma variação infinita de comportamentos. Nossa espécie não é determinada pelo cio da fêmea como em muitas outras e nosso comportamento
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sexual é altamente atrelado ao prazer, distanciando-se em grande medida do objetivo biológico da reprodução. Da masturbação à orgia, do celibato à ninfomania... pouco importa: parece não haver regra muito rígida determinando como obteremos ou controlaremos nosso prazer sexual. No que diz respeito à sobrevivência, também não podemos confiar na força biológica de um instinto para nos manter vivos. Lamentavelmente, é possível tirar sua própria vida – e isso também por qualquer motivo. Da mesma forma, podemos amar outras coisas – algum outro, um objeto, a Pátria – muito mais que a nós mesmos e por essas coisas estaríamos também dispostos a sacrificar nossa própria existência. Finalmente, quanto ao instinto materno podemos dizer que não encontramos de forma alguma um padrão muito fixo entre as fêmeas humanas de como cuidar dos seus bebês. Fica cada vez mais evidente que a maternagem é um comportamento aprendido, social e historicamente determinado. Podemos dizer que cada mulher é mãe à sua maneira. Algumas terão imensa alegria em desempenhar essa tarefa, outras cairão em profunda depressão. Ainda haverá aquelas que não hesitarão em bater e humilhar sua cria; enquanto outras, abdicarão de suas próprias vidas para se dedicar exclusivamente aos seus bebês. Insisto: não
há padrão, não há uma força biológica que obrigue uma mulher a ser uma mãe carinhosa ou protetora. 2. Uma mãe A foto acima é de Santana Dardot e faz parte da exposição Para Si que pode ser vista aqui: http://santanadardot.com/Para-Si. Assim que vi essa imagem, percebi que seria uma ótima oportunidade para dizer algumas coisas sobre a maternidade de um ponto de vista psicanalítico. Um amigo me advertiu que essa fotografia talvez tenha uma genealogia, qual seja as fotos reunidas no livro Many are Called, por Walker Evans. Tratam-se de registros de pessoas dentro do metrô. Instantâneos da vida cotidiana, de pessoas desconhecidas com quem convivemos por esses breves momentos de uma viagem entre uma estação e outra. Pois bem, a primeira reação que tive ao ver essa mãe e seus dois filhos adormecidos foi de pena. A mala imensa, as mochilas das crianças, tudo parece um tanto cansativo (o sono) e pesado (redobrado, talvez, pela obesidade). Essa primeira impressão serve para explicitar algo que tenho insistido em apontar em alguns textos e aulas. O peso da maternidade. Temos idealizado enormemente o que é ser mãe. Como se a maternidade fosse um momento de pura alegria. Mesmo o ditado popular que diz que ser mãe é padecer no Paraíso mantém essa idealização. A imagem talvez tenha me causado certo mal-estar à primeira vista porque ela mostra algo que deveria ter permanecido oculto: que a maternidade também é um trabalho, também é esforço e que talvez o Paraíso nem exista diante de tanto padecer. O sorriso do apresentador de TV, no cartaz acima da mãe, aumenta o sadismo da cena. Onde estará o pai das crianças? Num segundo momento, entretanto, percebi que minha interpretação exagerava demais o sofrimento da mãe. Talvez ela esteja viajando com as crianças para se divertir. Afinal, o menino e a menina dormem tranquilos um sobre o outro e os dois sobre o corpo confortável da mãe – de repente a obesidade-peso cede lugar ao corpo que acolhe. O verbo confortare significa originalmente fortalecer, animar. Fábio R. R. Belo (Professor Adjunto I – UFMG)
Segunda interpretação, portanto: a mãe como lugar de força, de segurança. Se a mala é grande e pesada, não podemos esquecer de que foi essa mãe quem a carregou até ali. E se as crianças estão ali dormindo também foi porque houve uma mãe que as deixou tranquilas o suficiente para poderem descansar. 3. Afinal, qual mãe? Não preciso escolher uma interpretação ou outra. Talvez possamos acolher ainda outras. O importante é lembrar que cada mãe exercerá sua função de acordo com suas possibilidades. Nenhuma mãe deveria se sentir culpada por não ser aquela mãe da propaganda de manteiga: sempre sorridente, bonita, pronta para brincar. A psicanálise, no entanto, convida as mães a pensarem sobre os desejos e as fantasias implicadas na tarefa da maternidade. Se nossa espécie é a única que pode matar seus bebês por simples requinte de crueldade, ela também é a única que adota seus filhotes para além de qualquer apelo biológico. Entre o polo do sadismo e o polo de um acolhimento masoquista (aquele que prevê o esquecimento de si mesma), há uma infinidade de modos de exercer a maternagem. Existe uma expressão excelente de um psicanalista chamado Donald Winnicott e que permite perceber o quão singular é a tarefa de ser mãe. Ele chama essa mãe dedicada comum de mãe suficientemente boa. Esse “suficientemente” é, por definição, impreciso e pessoal. Ninguém saberá ao certo o quão dedicada precisará ser, para ser uma mãe razoavelmente boa. O fato de não terem instinto materno obriga toda mulher a compor sua própria viagem – para aproveitar ainda a foto de Dardot. Viagem única que exige trabalho não apenas no cuidado com as crianças, mas também sobre si mesma. Toda mãe descobre que deve se reinventar tão logo empreende essa jornada de acolher o outro. A infinita equação entre o peso e a delícia do cuidado, entre carregar as malas e chegar ao destino desejado, é um trabalho sem garantias. E é exatamente por isso que a psicanálise sugere pensar na maternidade como projeto. Sem garantias biológicas, apenas nossas frágeis, mas poderosas amarras de desejo.
Luz, Câmera, Suor! Diário de uma assistente de fotografia
P
rimeiro dia de filmagem. Cena dos dois personagens principais, fugindo dos militares. Estão no topo de uma colina, onde há uma pedra gigante, em formato de cálice. O sol esta saindo. O plano é um “contra luz” do sol, ele vai “estourar” a imagem. A luz vai transformar a cena em um branco intenso. Tudo precisa ser muto rápido. Tenho 47 anos, pequena, delicada. Sou segunda assistente de fotografia de dois experientes fotógrafos de 25 anos cada um. Não há tempo para melindres, o sol esta subindo e a cena precisa ser filmada, antes que ele apareça por completo. Três malas de equipamentos precisam ser levadas por mim, da estrada de terra, ao pé da colina. Eu não tenho força nos bracos, nem nas pernas. O primeiro assistente dá instruções, em palavras rápidas e num vocabulário que entendo pouco. Tremo, mas mesmo assim façoo algo que, com certeza, vai ser corrigido. Não sei o que é um filtro “ND”, tampouco um filtro “Sunset”. Não sei qual é a lente “50mm’ e qual adaptador para ela. Sei muito pouco, mas sei que preciso saber, e rápido. No meio da tensão da filmagem, um olhar generoso que me tranquiliza. O fotógrafo é um amigo, que aceitou meu pedido de “me leva pra essa “roubada”. Quero aprender” e pergunta se está tudo bem. Me sinto mais confortável. Me sinto parte de um trio, de uma equipe de fotografia! Mas o que é fotografia? Por que ele escolhe esse enquadramento” e não outro? Por que essa lente e não aquela? Porque ele não pensa e coloca a câmera num lugar e não em outro? Por que ele sabe que aqui é o lugar perfeito? É perfeito! No fim do dia eu pego os cartões de memória da câmera e faço o “back-up”, que nada mais é do que verificar o material filmado e armazenar em um “HD”. Nada demais, se não fosse pelo simples fato de ver, todos os dias, todas as cenas, todos os takes, todos os ângulos e correções das cenas filmadas. Ali estava meu aprendizado sobre fotografia. As respostas das peguntas que me fiz durente o dia todo. A câmera estava ali, porque só poderia estar ali, para dar significado à cena. O enquadramento estava fechado ou aberto daquela maneira porque só poderia ser daquela forma. Porque o fotógrafo
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tinha o olhar de quem olha por dentro, pra dentro, com a alma da cena latejando em expressão. A câmera estava naquele lugar, porque não haveria outro ângulo para retratar aquela cena, aquela emocão, aquele olhar, aquilo que chamamos de “cinema”. Foi no primeiro dia que entendi o que era “fazer cinema”. Não era só uma câmera, com uma lente e um filtro, que, como um terceiro olho, me fazia entrar em um mundo, onde não havia domínio de mim mesma, porque não havia controle da minha emoção. Era muito mais do que isso. Fazer cinema é costurar uma técnica, que se torna tão diluida, quase imperceptível, com uma intenção, uma fala, um dizer, uma provocação sobre o outro desconhecido. Não importa quem assiste. Não importa quem é essa pessoa. Importa que, qualquer pessoa que se atreva a estar sentada numa sala escura, vai escutar, vai ser manipulada por imagens, por sons, diálogos, história, e mais, pela alma de quem confecciona, de quem fabrica, de quem tece. Quem se senta numa sala escura é, até a luz se acender, uma personagem a mais do filme, vivendo as mesmas emoções e dramas, depois não é mais nada além de si mesmo. Isso é cinema! Essa é a magica! Essa é a transformaão que todo diretor, fotógrafo, editor quer fazer acontecer. E para isso, faz-se necessário, uma equipe toda se envolvendo com algo que é tão pessoal. Entrar no uviverso do diretor, realizar o seu desejo, ser seu servo, com a dedicação de quem busca realizar aquilo que não é seu. Eu me senti assim, durante esses vinte e quatro dias de filmagem, escrava feliz, do diretor de fotografia, que se transforma nos “braços” do diretor, para que ele realize seu desejo mais íntimo, enquanto fotógrafo: transformar em poesia, as imagens. Fim do primeiro dia de filmagem. Me deito na cama, para dormir. O sono não vem. Ansiedade. Excitação. Apreensão. Inseguranca. Tenho que cumprir minha função, da melhor maneira possivel. Tenho uma responsabilidade muito maior do que imaginava. Levar comigo, todos os dias, a possibilidade de fazer realizar o que não me pertence. Fazer acontecer o desejo do outro. Durmo. Segundo dia. Cinco horas da manhã. Sinto que nos olhares, uns para
foto: Joe Bazilio
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Quatro horas da manhã. O despertador toca. Me levanto rápido da cama. Está frio. Está escuro ainda.
os outros, há mais cumplicidade. Somos só nós. Me sinto mais viva e mais liberta do meu tempo vivido, mais liberta da minha condição de mulher. Respiro fundo e sorrio. Agora, posso me reinventar como mulher e com a idade que eu quiser. Isso, porque não há quem faça a função de maquinista, aquele que carrega o peso do “set”. Pessoa que faz musculação paga! Nesse momento entendi que poderia passar para uma outra dimensão de mim mesma, e eu fiz isso. Apesar dos olhares e espantos que causei, apesar das gentilezas de oferecimento de ajuda, cada vez que passava com pesos nas mãos, apesar da aparência ”masculinizada”, apesar da delicadeza ficar de fora, todos esses dias, ali, eu fui ao máximo do meu feminino, da minha juventude, da minha disponibilidade de troca, da minha aceitação, do meu anonimato, da minha presença e autoria. Ali, eu fui ao máximo de mim mesma, conduzida por dois meninos que, foram meus mestres no olhar, e, por atalho, mestres da minha descoberta. Agradeço a mim mesma por ter telefonado para esse diretor de fotografia, para perguntar: “onde compro uma fita DAT?”
Fernanda Alfinito Maio2013
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fotos: Elianinha / Rudji Mayal
Ana Carla, Sâmela Oliveira, Linda Alessandra Rossi e Marcelley Faria
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ucesso absoluto o 5° desfile de lançamento da coleção Outuno Inverno da Linda M.A. O evento foi realizado no dia 4 de Abril no Barão 527 e contou com a presença do Mister Terra, Marco Túlio Bernardes, que abriu o desfile com seu charme e elegância, juntamente com as doze modelos formiguenses. Os proprietários, Linda Alessandra Rosse e Matheus Silveira, fazem a cada estação, uma apresentação das novas tendências da moda. Além das belíssimas modelos, do ambiente muito agradável e de muita gente bonita, o público ainda foi brindado com um show da famosa dupla formiguense João Marcos e Nando. Aline Fernanda e Juliana Aline, vendedoras da loja, deram todo o suporte para a realização deste belíssimo evento. A equipe de Eva Magazine deseja muito sucesso a Linda e toda a sua equipe.
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Desfile Roberta Costa Chamise em seda gloss estampada, cinto em pedraria
Gabriela Soares Camisa em musseline com aplicação nos punhos, saia estampa onça
Sâmela Oliveira
Monalisa Carvalho
Francielly Cardoso
Ana Luiza
Natalia Castro
Conj. estampa onça árabe
Vestido seda com estampa de zebra e cinto de courp com pedraria
Camisa de tricoline estampada, short jeans trabalhado com spikes e cinto todo revestido em estrass
Vestido de musseline em onça com cinto de couro
Vestido tubinho preto manga longa com franjas na gola e brincos em pedraria dourado
Linda Modas Giovanna Ribeiro Cropped estampado onça, calça jeans sking verde militar e cinto revestido em estrass
Marcelley Faria Cropped nude liso, calça pantalona em cós alto estampa zebra e cinto elástico e couro com fivela e braceletes
Luciana Souza Vestido preto detalhes em paetê e tule e blazer amarelo, brincos com cruzes
Outono Inverno Virginea Melloni
Ana Carla Soares Blusa seda estampada ampla, mini-saia verde militar com spikes
Camisa musseline com estampas em corentes, calça skinny cobre, cinto de duas voltas com placas
O valor da
mãe guarani na cultura
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ei que todos nessa vida tem mãe, e nós nas comunidades guarani também temos nossas mães, e gostaria de falar sobre ela, porque sei o quanto ela foi importante no passado para a cultura guarani e que é importante até os dias de hoje. Nas aldeias muitos sabem que temos uma vida diferente daquela do povo da cidade, que vivem uma agitação diária, e que muitas vezes as mães tem que trabalhar e tem que deixar seus filhos em creches ou em escolas, ou com algum parente, por isso sei que nas aldeias a vida é diferente , mas elas trabalham também, onde tem uma vida diária, onde levanta cedo, tem seus compromissos, e nesse mundo ela vive o dia todo ao lado de seus filhos, e por isso ela tem uma grande importância nesse mundo cultural, pois os filhos aprendem muitas coisas com ela, e sendo assim, acredito a cultura guarani sobreviveu por muitos obstáculos, mas a cultura é preservada e vivida até os dias de hoje basicamente por causa das nossas mães. Com aquele olhar simples do dia a dia a criança está sempre ao seu lado, e ali vai observando e querendo imitá-la. Como exemplo, quero citar a mãe quando está fazendo artesanato, quando ela vai e se senta ao lado de uma ´´arvore e começa a preparar pra fazer um cesto, ou um arco e flecha, ou uma pulseira, ou um chocalho, ali os filhos querem fazer igual, e sendo assim essa criança vai crescer culturalmente aprendendo, muitas vezes as crianças observam que a mãe
vai plantar um pouco de milho, de mandioca, ou de batata doce, ai vai a criança junto, ela nem chama, mas a curiosidade das crianças faz com que elas estejam ao lado, por isso é que diariamente as mães guarani tem um forte valor de ensinamento cultural, e podemos dizer que vivemos nesse país antes dos jurua kuery, os não índios, terem vindo pra cá, e sofremos muitos preconceitos mas graças as nossas mães guarani estamos vivo até os dias de hoje, e com nossa própria religião, a própria língua. Por isso tenho que elogiá-las sempre e dizer que elas têm que continuar falando na língua guarani, e ensinar nossas crianças que vem e os que virão, para que nossa cultura Guarani continue viva. Mesmo sabendo que muitos não entendem, mas o importante é que nós Guarani entendamos e possamos valorizar as mães sempre. Eu como exemplo, sou pai, e sempre tenho que sair para fazer algumas coisas , muitas vezes até na cidade, e por isso tenho que estar ausente dos filhos, mas minha mulher ela está sempre ao lado deles, e sei que as crianças estão ali e aprendendo a cultura guarani todos os dias, principalmente a língua, que é uma das coisas mais sagrada no mundo guarani, e as mães fazem esse papel muito bem, por isso, meus filhos todos eles aprenderam bem a cultura, desde bebê, e gostaria de falar o nome dos meus filhos, Kerexu Mirin, Tupã Mirin, Jeguaka Mirim, Jekup Mirim.
* O texto não sofreu correção alguma, está como escrito pelo próprio autor.
Olívio Jekupé Poeta e escritor e presidente da associação guarani nhe´e porã, Aldeia krukutu. São Paulo - SP
Livros de Literatura Nativa. Autor: Olívio Jekupé. 1- O saci verdadeiro- Ed. UEL 2- Arandu ymanguaré - Ed. Evoluir 3- Xerekó arandu. A morte de Kretã - Ed. Peirópolis 4- Iarandu. O cão falante - Ed. Peirópolis 5- Verá o contador de história - Ed. Peirópolis. 6- 500 anos de angústia - livro de poemas - encontrado só na aldeia Krukutu. 7- Ajuda do Saci - Ed. DCL 8-Tekoa. Conhecendo uma aldeia indígena - Ed. Global. 9-Indiografie - Ed. Costa & Nolan - Milão - Itália 10-Literatura escrita pelos povos indígenas - Ed. Scortecci 11-Conhecendo uma aldeia indígena - em andamento - Ed.Global. 12-O canto do poi poi - em andamento - Ed. Global 13- Coletanea guarani - Ed. FTD.
A saúde bucal durante a gestação Como você já sabe, seu estilo de vida e seus hábitos durante a gravidez podem afetar sua saúde, além da saúde de seu bebê ainda não nascido. Devido a todas as coisas para as que você deve se preparar, a saúde oral pode não ser exatamente primordial em seus pensamentos. Mas a manutenção da saúde dos dentes e das gengivas é necessária, para evitar o risco de desenvolver gengivite na gravidez e estabelecer uma boa saúde oral em longo prazo. O cuidado dental durante o primeiro trimestre O primeiro trimestre da gravidez (as primeiras 13 semanas) é o momento de desenvolvimento da maior parte dos principais órgãos do bebê. Se você consulta com o seu dentista durante o primeiro trimestre, informe que está grávida e receba somente um controle e uma limpeza de rotina. Se for possível, posponha qualquer trabalho dental importante até depois do primeiro trimestre. No entanto, se você tiver uma emergência dental, não espere! As infecções da boca podem ser nocivas para você e o bebê. Consulte o seu dentista imediatamente, e assegure-se de que todos os profissionais dentistas que a examinem saibam que você está grávida. Conheça o maior risco de gengivite Durante a gravidez, 50 a 70 por cento de todas as mulheres experimentam uma condição denominada gengivite da gravidez. Por isso, é vital prestar mais atenção à rotina de escovação diária e uso de fio dental, para manter a placa sob controle. Aqui se indica como: • Escove os dentes com um creme dental anti-gengivite. Assegure-se de ler cuidadosamente o rótulo, para assegurar que o creme dental contenha ingredientes que combatam a gengivite. • Use fio dental com regularidade. Inclusive se a gengivite faz que suas gengivas se inchem e sangrem, você deve continuar o uso de fio dental. Com o uso diário de fio dental, você pode eliminar mais placa que com a escovação somente e ajudar a reduzir o risco de desenvolver gengivite da
gravidez. • Enxágue com enxaguante bucal anti-gengivite. O enxágue sem álcool é o passo final para eliminar os germes e melhorar a higiene oral durante a gravidez. Conheça os medicamentos que toma Alguns antibióticos e medicamentos analgésicos podem ser tomados durante a gravidez e inclusive podem ser necessários. No entanto, um grupo de antibióticos, as tetraciclinas e antibióticos relacionados, podem causar hipoplasia (desenvolvimento insuficiente) do esmalte dental, e/ou descoloração dos dentes permanentes nas crianças. Assegure-se de informar ao seu médico que você está grávida, se ele lhe indicar este medicamento. Saiba manejar as mudanças na boca Durante a gravidez, você pode experimentar sintomas de disgeusia (mudança nas papilas gustativas ou sabor desagradável na boca) ou ptialismo (muita saliva). Para ajudar a superar o sabor desagradável na boca: • Escove os dentes com freqüência, e faça bochechos com uma mistura de bicarbonato de sódio e água (1/4 de colherinha de bicarbonato de sódio em uma xícara de água) para ajudar a neutralizar os níveis de pH • Acrescente limão à água, beba limonada ou chupe gotas cítricas • Use talheres e utensílios de plástico, para reduzir o sabor metálico Para superar o incremento de saliva, beba abundante líquido, a fim de incrementar a deglutição. Pergunte a um profissional antes de usar fluoreto Embora muitas vitaminas pré-natais contenham fluoreto, ainda é incerto o valor do fluoreto, e sua recomendação em mulheres grávidas, e nem todos estão de acordo a esse respeito. Assegure-se de consultar com o seu médico se esse tema desperta sua curiosidade. O importante é estar atenta à qualquer alteração e consultar um profissional sempre que surgirem dúvidas.
Dr. Fábio Rodrigues Teixeira Cirurgião-Dentista Especialista em Endodontia Professor do Instituto Henrique Bassi Consultor Técnico-Científico da Easy Equipamentos Odontológicos
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Mantenha a saúde oral em primeiro lugar em seus pensamentos
Especialmente par A importância de uma relação comunicativa com os filhos
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ãe traz, em sua essência, a ternura, o carinho, o amor (em todas as suas formas). É como uma bela e delicada flor que exala um aroma único e muito especial. Apesar de não ser mãe, é possível imaginar o quanto as mulheres se sentem revitalizadas ao dar à luz. Chega a ser, em muitos casos, instintivo. É como se muitas mulheres já nascessem com um desejo latente de ser mãe. Mas, nem tudo, são flores. A tarefa de ser mãe não se restringe ao período da gestação, que, por si só, é único; tão pouco os mimos, os sorrisos espontâneos dos filhos, as gracinhas, os instantes marcantes e pra lá de especiais. Ainda que como mera espectadora, é notório que todas essas sensações são fundamentais para essa relação, por vezes, conflitante. Assim, é demandada uma árdua, dignificante e honrada responsabilidade: a de educar os filhos. Muitos ousam apontar os erros e defeitos de nós, adultos, como sendo consequência de falta de uma boa educação na infância e adolescência. É uma carga muito pesada e, jamais, deve ser atribuída apenas às mães (ou pais). Existem incontáveis outros fatores que fogem ao controle dos mais cuidadosos. Entretanto, pais e mães devem conhecer melhor a vida dos filhos, de modo a orientá-los sem recriminações desnecessárias. Agora, peço licença aos pais para dar um destaque, ainda maior, a essas mulheres que fazem tudo com tanto amor e carinho. Porém, mesmo que texto seja um conselho especial para elas, é indispensável que os pais compreendam e ajudem às mães, cotidianamente, nesse processo de educação e formação. Pode parecer pretensão fazer tal afirmativa, mas, na realidade, é apenas um conselho justificável. Apesar o assunto central do artigo ser as formas de comunicação,
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talvez, as colocações a seguir possam ser transpostas em discussões que abordem os mais diversos assuntos. Primeiramente, se tem uma coisa que parece ser notória é a importância de ter a mãe como amiga. Isso pode ser meio caminhado andado quando o assunto é a tênue e, em alguns momentos, frágil relação familiar. De novo, você deve estar pensando quão pretensioso é este conselho. Entretanto, ele é baseado em observações e estudos como pesquisadora da área da comunicação. E, no cenário da expansão e facilidade de acesso aos meios de comunicação, especialmente, daqueles que são considerados “massivos”, por atingirem uma grande parcela da população, é que o artigo pretende se enveredar. Atualmente, a oferta de informação e formas de interação é tão vasta que chega a assustar. Por isso, é recomendável as mães fazerem algumas perguntas que possam servir de reflexão e orientação. Sei o que meu filho assiste na televisão? Alguma vez, ainda que de forma discreta, acompanhei e até me inteirei do conteúdo e das mensagens que eles têm acesso? E os jogos? Quais recursos utilizam? São violentos? A “moral da história” será importante para a formação do meu filho? Como ele se interage a partir das mais diversas ferramentas de comunicação (internet, celular, tablets e outras tecnologias)? Tento observá-lo e, em alguns momentos, até restringir, de forma educativa, o acesso a alguns conteúdos e contatos? Parecem perguntas simples, mas são de suma importância para que as mães (também, os pais) possam avaliar os usos e interpretações que os filhos fazem destes mecanismos. O importante é a reflexão sobre as mensagens, ideologias e formas de reproduzir aquilo que se aprende nos meios de comunicação. Sobre isso, é fun-
foto: Stock Photo
ra as mães damental mencionar que não se entende por mecanismos comunicativos, somente, a televisão, o rádio, os suportes impressos (jornais e revistas), internet e afins. Eles são compostos, também, de games, de equipamentos eletrônicos diversos e, até, do famigerado tamagotchi (aparelhinho que simulava as necessidades de um animalzinho, muito usado em um passado não muito distante). E tudo isso produz sentido e pode ser agregado à formação de crianças, jovens e adultos. Tais ferramentas permitem, em alguns aspectos, a interação que, também, é social e não se restringe àquela indivíduo/máquina. Uma cena presenciada, apresentada a seguir, mostra um fato ocorrido em uma escola, com alunos entre 6 e 7 anos de idade e chamou a atenção desta articulista, na época em que lecionava. Um menino que parecia muito tímido, quase nunca falava, nem era de participar da rodinha que os alunos faziam, costumeiramente, em torno das professoras, quando se aproximavam deles. Chegava a ser intrigante e, de certo modo, preocupante a dificuldade que tinha em interagir com os demais colegas. Até que, em um determinado momento da aula, os pequenos estudantes podiam brincar, se divertir com os coleguinhas. Foi aí, que este aluno montou uma arma com brinquedo de peças de encaixe. E, como se não bastasse, começou a fingir que atirava nos demais colegas. As carinhosas tentativas de sugerir a montagem de outro objeto, foram em vão. Naquele momento, surgiram diferentes ideias e justificativas para que ele tivesse aquela atitude, tão diferente da dos demais. Mas uma coisa é certa. De algum modo, essa criança viu ou teve contato próximo com essa imagem. É inconcebível, pensar que ele tenha inventado uma arma de fogo, ainda que com brinquedo de montar.
Káthia Leal
Jornalista, especialista em gestão estratégica de marketing e mestre em comunicação e interações midiáticas. Assessora de comunicação e imprensa da Prefeitura de Córrego Fundo.
Neste contexto, existem várias possibilidades de o garotinho ter tido presenciado o uso do objeto. Pode ter sido alguém próximo, parentes, talvez, que utilizem esse artefato. Mas pode ser, também, nos desenhos animados, nos jogos, ditos, infantis que trazem mais destruição e sangue do que os mais sensacionalistas noticiários jornalísticos ou os filmes de censura limitada para certas idades. Principalmente, para os meninos, são raros ou, talvez, inexistentes, conteúdos que não tragam grandes batalhas e muita intolerância. Alguns pesquisadores da área da comunicação, inclusive, se debruçam a analisar quais são os efeitos do que se assiste e, até, se vivencia em jogos digitais sobre a formação do caráter, na educação e, de maneira mais na ampla, no futuro das crianças e adolescentes. Também, é importante reforçar os casos de pedofilia, cada vez mais comuns, na internet e fora dela e que causam terríveis transtornos para aqueles que sofrem abusos. Por todos esses motivos, é relevante que as mães e pais tenham sempre uma atenção especial com os filhos, procurem ser amigos deles. Uma relação de diálogo, respeito, compreensão e carinho é, sem dúvidas, um caminho que pode proporcionar a melhor educação e relação em família. Procurem ser presentes e não deleguem, jamais, à televisão ou a qualquer outro aparelho eletrônico a graça de ser mãe ou pai. No mais, um abraço e muitas felicitações a cada mãe que ler este artigo. Ser mãe é uma dádiva, mas exige muito dessa pessoa que representa a esperança, a continuidade e, em suma, a vida. Parabéns pelo seu dia e, principalmente, por essa missão tão grandiosa e sublime.
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Cultura
Dorothea Lange
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orothea Margaretta Nutzhorn, filha de imigrantes alemães, nasceu em 26 de maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA. Foi vítima de paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho, que caracterizava-se pela retratação dos pobres e camponeses norte-americanos, que sofriam com a crise nos Estados Unidos na década de 30. O trabalho infantil e a exploração da mão de obra, são outros temas que podem ser vistos em suas fotografias. É autora de uma das fotografias mais reproduzidas no mundo, “Mãe Emigrante” de 1936 Trabalhou com o fotógrafo Arnold Genthe e encorajada por ele, que lhe deu a primeira máquina fotográfica. Dorothea começou como autodidata e, mais tarde, estudou fotografia na Columbia University, tendo como professor, o fotógrafo Clarence H. White. Em 1918 muda-se para São Francisco, lança-se como freelancer, montando o seu próprio estúdio em Berkeley. Com a Grande Depressão no auge, após a quebra das bolsas de valores de Nova York, Lange trocou o estúdio pela fotografia de rua e percorreu mais de 20 estados americanos registrando a pobreza que assolava o interior naquela época. Junto com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu, durante os anos 30, 22 estados do sul e oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentavam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Dorothea Lange foi umas das primeiras a perceber a importância do testemunho fotográfico e a fazer “documentarismo social”. Morreu em 1965, vítima de câncer no esôfago.
Mãe emigrante - 1936 Maio2013
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Você sabe usar sua
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Taísa Pires Graduada em Ciências Biológicas no Centro Universitário de Formiga- MG Especializada em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UNICAMP
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ão vários mitos e verdades sobre a utilização desse eletrodoméstico. É de suma importância que todos saibam como manusear o seu refrigerador, assim como os produtos armazenados nele. Desta forma, podemos evitar doenças por contaminação microbiana, gastos com um aparelho novo e, também, evitar o aumento gradual na sua conta de energia.
Há muitas dúvidas sobre o que se pode ou não pode fazer com o seu refrigerador. Coisas como, colocar o microondas em cima dele, secar roupas em cima da sua grade, se alimentos quentes danificam o eletrodoméstico, dentre outras. Existem muitos métodos de prolongar a vida últil do seu refrigerador, mas nem todo mundo sabe qual é o mais eficaz. Seguem algumas dicas sobre o uso correto do seu aparelho. Sabe aquela roupa úmida que você acha que não vai dar tempo de secar, totalmente, no varal e você resolve colocar atrás da sua geladeira? NÃO é uma boa idéia, pois a grade localizada na parte posterior possui dutos por onde passa o fluído que retira o ar quente da geladeira e o dissipa. Roupas úmidas vão dificultar a dissipação do ar, diminuindo a eficiência da refrigeração, havendo maior gasto de energia e comprometendo a vida útil do motor. Encostar a geladeira na parede também compromete o bom funcionamento, sendo ideal, deixar um espaço de aproximadamente 35 cm. O ato de abrir a geladeira várias vezes ao dia, aumenta o consumo de energia. O calor externo entra, cada vez que a geladeira é aberta, fazendo com que ela trabalhe mais, para manter o ar no interior, gelado. Guardar alimentos, ainda quentes, é prejudicial? Sim, tanto para o alimento quente, quanto para os alimentos que já estavam na geladeira e para o próprio eletrodoméstico pois, o refrigerador vai precisar trabalhar mais para manter o seu interior frio, promovendo um grande gasto de energia. O alimento quente vai trocar calor com os alimentos já frios, podendo, assim, aumentar o crescimento microbiano. O ideal é esperar até duas horas, pois o calor impede a contaminação e só depois levá-lo à geladeira. Acelerar o degelo do congelador com secador de cabelos é eficaz, porém, é necessário tomar algumas precauções: Usar, sempre, sapatos com sola de borracha e verificar se o piso não se encontra molhado. Se possível, retire, antes, todos os alimentos do congelador, para que o calor do secador não altere seu estado de conservação. Muitas pessoas acreditam que, se deixarem os ovos na porta da geladeira, eles ficarão sujeitos à contaminação por Salmonela. É verdade, a bactéria consegue penetrar através da casca e com o abre/fecha da porta, a alteração de temperatura facilita a contaminação. Importante: Nunca lave os ovos. A casca do ovo tem a propriedade de absorver água. A sujeira da lavagem poderá penetrar por ela e contaminá-lo. Outro cuidado que se deve tomar é com a manteiga. Muita gente não gosta de guardá-la na geladeira, pois o frio a endurece e dificulta seu manuseio. Mesmo assim, é essencial que ela seja conservada em temperaturas baixas, pois produtos lácteos estragam facilmente e podem se tornar uma cultura para microorganismos. Ao contrário do que muitos pensam, o frio do refrigerador não mata os microorganismos, apenas retarda sua proliferação. Portanto, evitem “recongelar” alimentos que já foram descongelados. Devido a um crescimento microbiano durante o descongelamento, o alimento, poderá já estar contaminado, além de que, este sofre perda de nutrientes e água quando é descongelado. Com a repetição deste processo haverá grande diminuição das propriedades nutritivas, alteração do sabor, da cor e da textura. A melhor forma de descongelar um alimento é sob refrigeração, ou seja, tire-o do congelador e coloque-o na geladeira pois, o descongelamento em temperatura ambiente pode facilitar a contaminação. Expor o seu refrigerador a fontes de calor como o micro-ondas, fogão e o próprio sol, também não é recomendado. Ao colocar o micro-ondas, fogão ou outra fonte de calor próximo à geladeira, fará com que o motor trabalhe mais para manter a temperatura adequada, consumindo, assim, mais energia. O sol, além de ser uma fonte de calor excessivo, poderá alterar a parte externa, danificando sua pintura.
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Ortodontia
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utilização de aparelhos estéticos tem indicação no tratamento ortodôntico principalmente em pacientes adultos que relutam na colocação de aparelhos ortodônticos pela aparência dos bráquetes metálicos. São dois os principais fatores desmotivadores do uso de aparelhos ortodônticos por parte dos adultos: tempo prolongado do tratamento e aparência anti-estética dos bráquetes. Devido a essa maior procura por aparelhos estéticos, a indústria de materiais tem buscado oferecer alternativas de tratamentos estéticos. Existem no mercado dois tipos de aparelhos ortodônticos fixos, os convencionais que são os metálicos e os estéticos que podem ser de policarbonato, porcelana ou safira. O aparelho estético de Policarbonato é o aparelho menos resistente dos três, apresenta índices de deslocamento e de quebra maior que a porcelana e a safira. Os aparelhos de Porcelana são mais resistentes e os bráquetes raramente se deslocam ou quebram. Esteticamente é um aparelho superior ao policarbonato, mas ainda com
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uma coloração mais opaca. A Safira apresenta um resultado estético superior aos outros materiais com um aspecto translúcido que deixa o aparelho mais discreto ainda. Dependendo do tipo de material, os bráquetes podem sofrer alterações de cor durante o tratamento, os de policarbonato estão mais susceptíveis a essas alterações. Já os de porcelana ou safira não sofrem alterações. Outro cuidado que se deve ter é com relação às borrachinhas, como são transparentes é comum pigmentarem facilmente com alimentos e bebidas escuras. A troca frequente vai manter o aparelho sempre com um aspecto agradável. Como os materiais estéticos usados são mais caros, é normal haver diferença nos valores cobrados nos tratamentos com esses tipos de aparelhos. Os aparelhos estéticos representam uma alternativa para os pacientes que não querem ter um sorriso metálico, e são usados, normalmente, para todos os problemas ortodônticos. Dr. Marden H. Vilela Cirurgião dentista / Ortodontista
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fotos: Rudji Mayal
Estética
Mais Copas para o Brasil
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m levantamento realizado pela empresa Value Partners Brasil Ltda, contratada pelo Ministério dos Esportes e publicada no site “Portal da copa”, revela números extraordinários no que se refere aos investimentos necessários para a realização da copa do mundo de futebol no Brasil. Estima-se que serão aplicados R$ 33,1 bilhões de reais somente em infraestrutura nos seguimentos de telecom, energia, transporte, hotelaria, mobilidade urbana, etc. Só em estádios, serão gastos R$ 5,7 bilhões, em reformas ou construções de novas arenas. Embora todos esses investimentos tragam, sem dúvida, grandes melhorias e um considerável avanço para o país e sua população, fato que representa um aspecto positivo da realização desse evento, algumas perguntas e reflexões parecem-me inevitáveis: de onde vem esse dinheiro todo? Como, num país onde a falta de recursos acarreta péssimos serviços públicos, onde os hospitais e escolas vivem grandes dificuldades, onde falta assistência de caráter básico aos mais necessitados, onde há, ainda, uma grande parcela da população que vive entre a pobreza e a miséria; como em tão pouco tempo e com tal agilidade, as principais forças econômicas da sociedade e os órgãos oficiais, se uniram para levantar, de forma tão rápida e eficaz, essa soma impressionante? Seria, talvez, um milagre, atribuído aos deuses do futebol? Só o estádio do Corinthians, em São Paulo, custará a impressionante quantia de R$ 850 milhões e, uma boa parte desse montante, sairá de forma direta ou indireta dos cofres públicos. Muitos poderão dizer: é a magia da copa que contagia e abre as trancas dos cofres, públicos ou não. Ahhh, que doce magia essa!
Quem sabe poderíamos então, fazer outros campeonatos mundiais aqui em nosso país. Tenho algumas sugestões: Campeonato Mundial da Educação, e assim, com a mesma competência, todos se uniriam em torno do objetivo de construir as melhores escolas, as mais modernas universidades. Seria investido, como nunca se investiu, em treinamento de professores e profissionais ligados à educação. Haveria o mesmo clamor popular, em prol de que, as rígidas regras de controle da economia, fossem abrandadas, de forma a possibilitarem uma maior participação de todos os interessados em patrocinar o evento. Disputariamos, também, o Campeonato Mundial de Saúde, e bilhões seriam angariados para construção de novos hospitais e outros seriam inteiramente reformados e modernizados. O sistema público de atendimento seria totalmente reformulado, de forma a não mais haverem filas de espera para simples consultas e todas as cirurgias seriam realizadas nas mais modernas salas e com os melhores e mais eficientes equipamentos existentes no mundo. O congresso nacional debateria novas leis, para que indústrias e marcas famosas de medicamentos, pudessem participar de forma mais ostensiva dos investimentos necessários às grandes mudanças. Haveria uma mobilização nacional em torno desses eventos, e o povo poderia ganhar as ruas empunhando bandeiras e gritando: Vitória! Vitória!...da saúde sobre a doença, da educação sobre a ignorância.... Mas será que isso vai ser mesmo possível, algum dia, ou seremos sempre e eternamente o “pais do futebol”, campeões dos gramados, mas perdedores na prosperidade social, na educação, na cidadania. Faremos valer nossa vocação a uma democracia próspera, a um pais de igualdades superiores, ou nos contentaremos com as benesses questionáveis de mais uma copa, distraídos e subornados por uma moderna politica de panis et circenses.
Joel Aparecido Bazilio Costa Músico, poeta e escritor
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Guarda-roupas Blazer, Ex-b R$ 269,70;
Camisa, The Best R$ 239,70;
outono / inverno
Andreia Santos Cinto R$ 90,00;
Brinco R$ 29,90;
Calรงa, Mais R$ 209,70;
Bolsa, Plataforma R$ 150,00;
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Bolsa R$ 149,70;
Camisa R$ 210,00;
Camisa Dep贸sito R$ 210,00;
Short, Ex-b R$ 209,80;
Brinco R$ 58,90;
Cinto R$ 68,70;
Cal莽a, Dep贸sito R$ 239,70; Bolsa R$ 149,70;
Brinco R$ 24,90; Maio2013
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Colete Jeans, Di Collani R$ 109,90;
Blusa, Girraz R$ 84,90;
Short Jeans, Di Collani R$ 171,90;
Vestido estampa onรงa, Girraz (Acompanha cinto dourado) R$ 144,90;
outono / inverno
iaiรก boutique 90
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Blusa com renda, Girraz R$ 64,90;
Cinto com pedras R$ 45,00;
Calรงa estampada, Girraz R$ 195,90;
Conjunto Blusa Manga Longa + Saia de veludo, Pakita R$ 129,90;
Camiseta, Turma da Malha R$ 43,90;
Calça, Akioshi R$ 73,90; Sapato Fiorela, Pampili R$ 74,90;
Camiseta, Turma da Malha R$ 55,90;
Calça, Akioshi R$ 79,90;
Sobretudo, Turma da Malha R$ 199,90;
Jaqueta linha, Kyly R$ 78,90; Tênis, Kidy R$ 74,90;
Camiseta, Specs R$ 29,90;
Sapato Fiorela onça, Pampili R$ 74,90;
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outono / inverno
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Conjunto Blusa Manga Longa + Short Jeans, Planet Kids R$ 176,90;
Você se alimenta bem? A alimentação da mulher nos tempos pós-modernos pode estar colaborando no adoecimento?
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fazer as refeições juntos, sendo, assim, momentos corriqueiros, para a época. Sem pressa, as refeições eram preparadas com zelo e carinho e os pratos podiam ser apreciados por todos os membros da família, num momento de confraternização. Após a ascensão da mulher no mercado de trabalho, a mesma, além de tentar conciliar as obrigações que sempre lhe competiam, passou a ter as preocupações relacionadas ao trabalho. Sendo superioras ou subordinadas em seu local de trabalho, vieram as preocupações, angústias e as pressões. Todos esses fatores “enjaulados”, fez com que elas buscassem na comida, um momento de prazer, para aliviarem-se. Comer, sem saber o porquê e para que! Normalmente, na busca por comida, encontramos um dos grandes vilões da atualidade: os CARBOIDRATOS! Isso se justifica porque, uma vez que nos alimentamos desse nutriente, ajudamos a produzir serotonina, substância responsável pela sensação de prazer e bem estar. Encontramos carboidrato no arroz, no pão, no doce, no chocolate...e logo depois, vem a preocupação: “exagerei, vou engordar!”. E para tentarmos evitar o
foto: Shutterstock
relação que temos com a comida é muito mais do que levá-la à boca, como forma de se alimentar. Na verdade, buscamos nela, o prazer de comer. Ao longo da minha vida profissional venho me deparando com esse fato, que deixa sempre, algumas interrogações. As leitoras entenderão os questionamentos, pois são baseados em histórias reais. Dois pontos principais serão abordados sobre a mulher e a comida. O primeiro deles está relacionado ao papel da mulher na sociedade. Há algumas décadas, a mulher casada, tinha como função, na sociedade, apenas servir sua família com suas obrigações domésticas como: manter a casa impecável, educar seus filhos e preparar as refeições para os membros da família. Nessa época, todos sentavam-se à mesa para
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problema, buscamos de forma desenfreada, o “corpo perfeito”, que é algo imposto pela sociedade de consumo, da qual fazemos parte. Ao mesmo tempo em que somos bombardeadas por imagens de corpos esculturais, veiculadas pelas revistas e pela televisão, nos deparamos com vitrines de lanchonetes e padarias que nos fornecem aquilo que evitamos. Existe essa dualidade em nossas vidas... entre o sim e o não. Vivemos em busca de solucionar a equação: sentir prazer em comer e ter o corpo perfeito. Comer para satisfazer o ego e para acalmar sentimentos “enjaulados”. Ainda nessa perspectiva da mulher no mercado de trabalho, nos deparamos com outra grande mudança, que permitiu uma transição de aspectos mais técnicos, sob o ponto de vista nutricional. Uma vez assumido o papel de mulher moderna, aquelas que, hoje, ocupam cargos com boa remuneração, que permita um certo conforto em suas casas, podem delegar funções às suas secretárias domésticas de como preparar refeições nutritivas ou não. Mas, aquelas que ainda tentam assumir todas as funções dentro e fora do lar, normalmente não conseguem manter uma alimentação com boa qualidade nutricional. Buscam preparações práticas e muitas vezes industrializadas. E, esse alimento, industrializado, prático e que dispensa pré-preparo e preparo, pode desencadear o início de um processo de adoecimento como, constipação intestinal que, por sua vez, aumenta o risco de desenvolver um câncer de intestino. Há, ainda, a obesidade, que pode levar a doenças articulares, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, depressão, etc. Essa mudança no estilo de vida de mulher “dona de casa” apenas, para mulher com inúmeras funções dentro e fora do lar, tem colaborado para o surgimento do stress nessas “guerreiras” que, aliado ao sedentarismo, alimentação deficiente, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas, torna, cada vez mais frequente, de acordo com os dados estatísticos, o aumento de casos de mulheres com câncer e doenças do coração como, infarto agudo e AVC (acidente vascular cerebral). Portanto, é importantíssimo repensar sobre as atuais práticas alimentares e sobre o estilo de vida, se quisermos continuar sendo essas mulheres “guerreiras” e, ao mesmo tempo, aquela que carrega, em seu dia-a-dia, a graça de ser mulher e mãe.
Helena Akiko Kai Nutricionista
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A voz das leitoras Parabéns! Fantástica! Revista de primeiro mundo! Conteúdo, belas fotos, facilidade de leitura, uma maravilha! Espero que continue! Luiza Maria da Silveira - Adm. de Empresas - São Paulo - SP
Diagramação bacana, conteúdo excelente e bem variado! Parabéns! Núbia Kássia - Gerente UNOPAR - Lagoa da Prata - MG
Quando vi nem acreditei que era uma revista da nossa região! Parece revista de São Paulo! Boa sorte à toda a equipe! Jeniffer Mello - Formanda em Psicologia - Belo Horizonte - MG
Quero parabenizar e agradecer à toda a equipe da revista Eva Magazine pelo presente que nós da região centro-oeste ganhamos. Simplesmente maravilhosa! Maria Andrada - Professora Universitária - Formiga - MG
Uma revista maravilhosa! Gostaria, se possivel, de ver uma matéria sobre osteoporose. Obrigada! Marcela Fernandes de Paula - Pedagoga - Divinópolis - MG
Envie sugestões de temas, opiniões e críticas para redacao@evamagazine.com.br
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