Itinerários da Fé - Português

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UM PASSEIO PELAS IGREJASHISTÓRICAS DO RIO DE JANEIRO E NITERÓI


ÍNDICE

Motivação 04 Agradecimentos 05 Patrimônio eclesiástico do Rio de Janeiro 06 Mosteiro de São Bento – Igreja Abacial Nossa Senhora de Monserrate 08 Igreja de Santa Rita 14 Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos 18 Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte 22 Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens 26 Igreja de Nossa Senhora da Candelária 30 Igreja de Santa Cruz dos Militares 34 Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores 38 Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Antiga Sé) 42 Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo 46 Igreja de São José 50 Igreja Nossa Senhora do Bonsucesso 54 Igreja de Santa Luzia 58 Igreja e Convento de Santo Antônio 62 Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência 66 Catedral Metropolitana de São Sebastião e Museu Arquidiocesano de Arte Sacra 70 Igreja do Santíssimo Sacramento (Antiga Sé) 76 Igreja de São Francisco de Paula 80 Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro 84 Convento e Igreja de Santa Teresa 88


Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro 92 Basílica de Santa Teresinha do Menino Jesus 96 Igreja de Nossa Senhora da Glória 100 Basílica da Imaculada Conceição 104 Igreja e Colégio de Santo Inácio 108 Igreja de São João Batista da Lagoa 112 Basílica do Imaculado Coração de Maria 116 Santuário Nacional de Nossa Senhora da Penha de França 121 Patrimônio eclesiástico de Niterói 124 Catedral Metropolitana São João Batista 126 Igreja de São Lourenço dos Índios 130 Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora 134 Igreja de São Francisco Xavier 138 Igreja Nossa Senhora da Conceição 142 Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem 146 Cristo Redentor de braços abertos Glossário 152 Bibliografia 155 Créditos 156

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MOTIVAÇÃO O peregrino que vivenciar o itinerário da fé, pelos trinta e quatro espaços sagrados propostos neste livro, deve estar consciente de que Deus lhe proporcionará uma experiência ímpar. Ao longo do trajeto será possível visualizar diferentes representações de espiritualidades materializadas, variadas formas do fazer artístico realizado ao longo dos séculos por pessoas da mais simples formação, às mais eruditas. Pessoas que, independentemente de sua formação cultural, foram capazes de expressar sua experiência com Deus através das artes visuais: da pintura à arquitetura, passando pela estatuária. Durante esse percurso o peregrino terá oportunidade de conhecer novos espaços que poderão se tornar inesquecíveis. Para que isso aconteça é preciso estar de coração aberto e vivenciar a experiência transcendental. Que o sinuoso itinerário, percorrido através dessas colinas sagradas, seja visto aos pés do Redentor como sinal da ascensão espiritual de cada peregrino e que se deixe cada vez mais envolver pelo Criador da eternidade. D. Mauro Murilo Maia Fragoso, OSB Professor na Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro

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AGRADECIMENTOS A publicação do presente livro contou com o auxílio de muitas pessoas e instituições, e é quase impossível agradecer a todos nominalmente. Ainda assim, gostaríamos de agradecer, especialmente, aos pesquisadores e a todos aqueles que tornaram possível a sua edição. Nesse sentido, vale ressaltar a ajuda inestimável das Arquidioceses do Rio de Janeiro e de Niterói. Embora extensa, gostaríamos de pontuar a participação dos seguintes docentes: Profª Márcia Valéria Teixeira Rosa, Professora Assistente DEPM/CCH da UNIRIO; Profª Helena Uzeda, Coordenadora de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UNIRIO; Prof. Ms. Cesar Augusto Ornellas Ramos, Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense e Professor-pesquisador do Centro Universitário La Salle (UNILASALLE-RJ); Profª Marli Assis Martins, Especialista em Docência do Ensino Superior da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro, D. Mauro Murilo Maia Fragoso, OSB, Professor na Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro; além da Equipe da JMJ Rio2013 de Niterói, nas pessoas da Bárbara Leal, Roberta Vale e Ingrid Lucas. Não poderíamos nos esquecer dos padres, monges, freis, freiras, provedores(as), administradores(as), secretários(as), e também das Irmandades que muito contribuíram com as informações e a acolhida à equipe dos Itinerários da Fé, do comitê de Atos Culturais da JMJ 2013, nos 34 espaços sagrados visitados. E a todos que deram a vida a esta ideia, que faz parte de um sonho da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 no coração de Cristo. Que Deus abençoe a todos. Setor Atos Culturais

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PATRIMÔNIO ECLESIÁSTICO DO RIO DE JANEIRO Ao visitante que pretenda conhecer a cidade do Rio de Janeiro, um conselho: esteja aberto ao novo, receptivo à beleza e motivado para a experiência da diversidade. Fundada sob o signo da cristandade, em 1º de Março de 1565, pelo colonizador português Estácio de Sá, São Sebastião do Rio de Janeiro foi erguida pelo esforço de lusitanos, indígenas e jesuítas, espelhando sua face nas águas tranqüilas da Baía de Guanabara, plantada entre o oceano azul e as montanhas verdejantes. Cidade-porto, praça mercantil, capital da colônia (1763-1808), sede da metrópole portuguesa (1808-1821), centro decisório do Império (18221889) e da república brasileira (1889-1960), o Rio de Janeiro apresenta sua trajetória influenciada pela presença marcante da Igreja Católica e pela espiritualidade de sua população miscigenada. O espaço urbano carioca é pontilhado por edificações eclesiásticas de grande relevância, não apenas pelo aspecto religioso, mas também pela perspectiva estética, artística e histórica. Do alto de seus morros, colinas e outeiros, venerandas construções sacras definiram a paisagem da cidade. Na parte mais antiga do núcleo urbano, originalmente entre lagunas, charcos e praias, sobressaem o Mosteiro de São Bento e o Convento de Santo Antônio, que hoje podem ser identificados por entre os arranha-céus do centro financeiro. Igrejas como as de Nossa Senhora do Monte do Carmo, São José e Santa Cruz dos Militares, por exemplo, definiam a antiga Rua Direita (atual Primeiro de Março), ao fim da 6


qual se ergue ainda hoje, na Praça Pio X, a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, com suas torres e zimbório de longe avistados. Muitas igrejas foram edificadas no coração da velha cidade colonial, convertida numa das maiores metrópoles da América Latina. Igrejas que evocam acontecimentos e despertam lembranças no ciclo das gerações: a Antiga Sé (construída no século XVI e demolida em 1922 com o arrasamento do Morro do Castelo), Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, Santa Luzia, Santa Rita, Nossa Senhora Mãe dos Homens, Santíssimo Sacramento, São Francisco de Paula, São Francisco da Penitência, dentre outras. As igrejas de Nossa Senhora da Glória do Outeiro e de Nossa Senhora da Penha, tradicionais santuários coloniais ainda hoje muito frequentados, guardam histórias de fé, esperança e caridade. Em meio à cidade cosmopolita de hoje, na Avenida Chile, ergue-se a moderna Catedral Metropolitana de São Sebastião. No burburinho da cidade trabalhadora, festiva e devota, peregrinos urbanos visitam as igrejas em busca de silêncio, introspecção e conforto espiritual. Descobrir as nuances do patrimônio eclesiástico carioca significa vivenciar uma dupla experiência: renovar a fé e aprofundar a cultura. Conhecer tais capelas, igrejas e mosteiros, contemplando estilos que vão do barroco ao modernismo, significa caminhar pela história, preservar a memória e cultivar o espírito, contribuindo para uma sociedade mais fraterna. Em cada rua, uma igreja. Em cada igreja, uma história. Em cada história, muitas vidas. Prof. Ms. Cesar Augusto Ornellas Ramos. Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Professor-pesquisador do Centro Universitário La Salle (UNILASALLE-RJ) 7


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MOSTEIRO DE SÃO BENTO Endereço: Rua Dom Gerardo, 68 – Centro

Estilos: Exterior – Chão, Interior - talha dourada e policromada.

Tels.: 2206-8100

Possui: Talhas dourada e policromada

Website: http://www.osb.org.br/

Arquitetura de Fr. Bernardo de São Bento; talha e escultura de Frei Domingos da Conceição e José da Conceição, Simão da Cunha e Alexandre Pereira.

Tipo: Mosteiro Horário de abertura: Diariamente de 07:00 às 18:00h

Religiosidade popular / Curiosidade: A missa dominical das 10:00h é muito concorrida devido ao canto gregoriano e ao uso do incenso na liturgia. No ramo educacional, o Mosteiro mantém um colégio e uma faculdade.

Horário de Missas: Dias da semana: 07:30h - Missa conventual com canto gregoriano Domingos: 10:00h - Missa conventual solene com canto gregoriano; 18:10h Missa rezada

Celebrações do Padroeiro: Trânsito de São Bento em 21 de março; Solenidade em 11 de julho.

Horário de Ofícios: Laudes: Dias da semana: 06:45h; Domingos: 07:15h

Acessibilidade: Adaptado

Vésperas: Dias da semana: 18:00h; Sábados: 17:00h; Domingos: 17:30h

Resenha histórica A Ordem Beneditina remonta a São Bento de Núrsia (480 - 547) com as sucessivas fundações de Subiaco e Monte Cassino, na atual Itália. Ao longo da Idade Média o lema ora et labora foi-lhe atribuído em virtude dos intercâmbios entre oração e trabalho. No Brasil, os primeiros beneditinos se instalaram na cidade de Salvador, Bahia, em 1582. De Salvador, partiram para Olinda, em Pernambuco, onde fundaram o segundo mosteiro da América. Em 1590 Frei Pedro Ferraz e Frei João Porcalho fundaram o mosteiro do Rio de Janeiro sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, a 9


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qual foi mudada para Nossa Senhora de Monserrate em 1602. O culto à Nossa Senhora de Monserrate teve sua origem na Península Ibérica, nas proximidades de Barcelona, onde foi construído o primeiro Santuário. Seu nome deriva da cadeia montanhosa, semelhante a uma serra, onde está situado. A iconografia representa a Virgem de Monserrate entronizada, portando cetro real, com o menino ao colo. Este por sua vez traz em sua mão esquerda o globo terrestre, ao passo que a mão direita, com dedos em posição de benção apontam para a mãe como medianeira da graça. Ambas as imagens são coroadas devido à procedência da realeza davídica. Ao longo dos séculos XVI e XIX, o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro edificou sua igreja e seu complexo monástico. Do claustro, a instituição se expandiu por toda costa fluminense tornando-se um dos principais fornecedores de açúcar e de gado bovino para corte. Em 1827, a Província brasileira obteve sua independência da Congregação Portuguesa, originando então a Congregação Beneditina do Brasil. Com a escassez de religiosos no final do século XIX, a Congregação Brasileira foi restaurada pelos beneditinos boironenses, de Beuron, Baviera, Alemanha. Os boironenses iniciaram a restauração pela Abadia de Olinda, Pernambuco, em 1895 e chegaram ao Rio de Janeiro em 1903.

Templo Dentro das concepções plásticas do período, há um visível contraste entre a austera fachada e a riqueza decorativa do interior, com talhas do período colonial português. A construção da Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monserrate teve início no ano de 1633 e contou com a mão de obra de monges, cativos e artífices liberais, da fundação à ornamentação. Como no coro alto, seu principal elemento decorativo é a folha de acanto. No vértice do retábulo do altar-mor, encontra-se a imagem da Virgem de Monserrate, ladeada por São Bento e Santa Escolástica. Ainda no teto 10



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da capela-mor, há quatorze painéis que retratam as aparições da Virgem a santos da Ordem Beneditina. Há sete altares laterais, cuja presença de Nossa Senhora e santos mártires completam a propagação da fé.

Simbologia O Arco cruzeiro é guarnecido de quatro figuras simbólicas que marcam a transição entre o presbitério e a nave da igreja. Á altura das cornijas, duas imagens alegóricas, a Esperança com sua cruz que, à maneira de âncora, segura a nave no porto, enquanto aguarda sua partida definitiva para a Jerusalém celeste; a Fé que, com o cálice do Sangue de Cristo, sustenta corpo e alma dos devotos passageiros; abaixo, próximos às colunas de fuste reto, dois anjos tocheiros, cada qual com seu escudo sobre os respectivos ventres que marcam as duas principais Horas litúrgicas do dia. O anjo do lado da epístola, à direita de quem entra no templo, traz sobre o corpete, que lhe cobre o torso, a estrela que anuncia

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o Ofício de Vésperas ao cair do sol. A estrela é um atributo mariano, símbolo da transição entre o Antigo e o Novo Testamento, prenúncio da aurora e da Luz fulgurante que é o Cristo Senhor. Do lado do evangelho, à esquerda do visitante que adentra a capela-mor, sobre o corpete do anjo, a figura do sol como anúncio do Ofício de Laudes, símbolo da Ressurreição de Cristo como Sol de Justiça. Entre os arcos que separam a nave das capelas laterais, há doze figuras de meio vulto: quatro reis simbolizando os nobres da realeza que construíram mosteiros em seus territórios ou que abdicaram o trono para se tornarem monges; quatro Bispos e quatro Papas. Os Bispos, identificáveis pela mitra e cruz de haste dupla, simbolizando o múnus moral e espiritual que esses clérigos exercem sobre seus fiéis. Os Papas são representados com tiara tríplice e cruz de haste tríplice, lembrando que além do seu múnus episcopal é também regente dos Estados Pontifícios. O Papa que, sendo ministro ordenado, oferece culto a Deus em favor dos seus fiéis; como mestre ensina a reta conduta moral; e rei, administra os bens temporais da Igreja. Há ainda duas capelas laterais dedicadas a Santa Ida de Louvain e Santa Francisca Romana. Entre os bancos da nave e a portada de madeira está o para-vento, peça que tem por finalidade interromper a corrente de ar que pode prejudicar a combustão das velas. Sob o coro, em semicírculo, há um atlante circundado por cariátides, figuras que segundo a mitologia grega, suportavam a abóbada celeste.

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IGREJA DE SANTA RITA Endereço: Largo de Santa Rita s/n - Centro Contato: Tels. 2233-2731 Website: www.matrizdesantarita.org.br Tipo: Igreja Diocesana Horário de abertura: Dias da semana: De 07:00 às 19:00h; sábados: de 08:00 às 12:00h; domingos: de 07:00 às 12:00h. Horário das Missas: Dias da semana: 07:00, 07:30, 08:00, 09:00, 09:30, 10:00, 12:15, 18:00h. Estilos: Interior – rococó, fachada - parte inferior estilo clássico com medalhão da padroeira acima da portada, acima da cimalha e contrastando com a parte inferior, aparece frontão barroco, com curvas e contra-curvas. Possui: Na sacristia encontram-se uma escultura e uma pintura primitivas de Santa

Rita de Cássia e um lavabo em mármore importado de Lisboa, com embrechados de mármores e, no centro, a águia bicéfala, símbolo da sabedoria e dupla natureza de Cristo. Religiosidade popular / Curiosidade: A Paróquia mantém um trabalho social, distribuindo mensalmente cestas básicas a 150 famílias cadastradas. O templo guarda relíquias de Santa Rita de Cássia e do Santo Lenho. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Muitos escravos foram batizados nessa igreja, inclusive o famoso escritor brasileiro Machado de Assis. O casal doador do terreno exigiu que após sua morte eles fossem sepultados no altar mor. Festa: 22 de maio Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica Santa Rita de Cássia é uma das Santas mais populares na Igreja Católica. É conhecida como a Santa dos Casos Impossíveis por suas impressionantes respostas às orações, como também pelos notáveis sucessos de sua própria vida. Um dos atributos iconográficos de Santa Rita é a palma com três coroas, simbolizando sua condição de esposa, mãe e religiosa. Manuel Nascente Pinto e esposa, originários do bispado do Porto, eram devotos de Santa Rita e trouxeram consigo uma pintura e uma escultura de Santa Rita. Ambas foram doadas à irmandade instituída para a construção do templo. Em 1751, o bispado do Rio de Janeiro criou a freguesia de Santa 15


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Rita. Dois anos mais tarde, foi instituída a Irmandade do Santíssimo Sacramento, que passou a dividir com a de Santa Rita a propriedade da igreja, facilitando a execução de várias obras. Datam dessa época o frontão sinuoso e o coroamento da torre. A talha rococó do interior foi executada entre 1753 e 1759.

Templo Sua fachada é sóbria, com portada neoclássica em substituição à primitiva portada que possuía elementos decorativos. À esquerda possui um campanário. A igreja é de nave única, possuindo quatro altares laterais e uma capela-mor alongada. A igreja conserva parte do acervo religioso do século XVIII. Entre ele estão: São Miguel, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Graça e Santa Ana com Maria. O altar-mor comporta as imagens da padroeira Santa Rita, Santo André Avelino e Santo Agostinho, escritor da Regra sob a qual viveu Santa Rita. Entre o arco cruzeiro e óculo encontra-se uma cartela com um ostensório entalhado em madeira, como reminiscência da Irmandade do Santíssimo Sacramento. No segundo piso, há o consistório com dois altares e teto em caixotões com pinturas alusivas à Santa Rita.

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IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO DOS HOMENS PRETOS Endereço: Rua Uruguaiana, 77 – Centro

Museu do Negro.

Contatos: Tels. 2224-2900 / 2224-0205

Religiosidade popular / Curiosidade: De 1737 a 1808, foi Sede episcopal. Foi cenário da preparação para o Dia do Fico (dia em que o príncipe regente D. Pedro anunciou sua intenção de ficar no Brasil. Na fachada da igreja há uma placa de bronze referente ao acontecimento), e também cenário do movimento de luta pela abolição da escravatura. No templo repousam os restos mortais do Mestre Valentim, um dos principais artistas do Brasil colonial.

Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 17:00h Horário das Missas: Dias da semana: 08:00, 12:00 e 16:00h; sábados: 12:00h e 1º domingo do mês:15:00h. Estilos: Fachada do século XVIII, interior foi modificado devido a um incêndio em 1967. Possui: O que chama a atenção são as imagens dos padroeiros: Nossa Senhora do Rosário e a de São Benedito.

Festa: 04 de Abril: Nossa Senhora do Rosário; 08 de Outubro: São Benedito. Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica A devoção à Nossa Senhora do Rosário teve início com os dominicanos em cerca do ano 1200. Graças aos missionários portugueses, sua propagação chegou até ao Reino do Congo. No Rio de Janeiro, o culto à Nossa Senhora do Rosário é datada de 1639. Os devotos tinham a imagem da sua padroeira na igreja de São Sebastião, 19


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no Morro do Castelo. Foi erigida oficialmente como Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito em 1669. Nossa Senhora do Rosário, teve sua devoção divulgada na Europa e na África pelos dominicanos e no Brasil pelos capuchinhos. A Virgem é representada sobre nuvens com querubins trazendo o Menino Jesus no braço esquerdo e o rosário na mão direita. São Benedito descendente de negros etíopes, nasceu em São Filadelfo, na Sicília. Depois de ter vivido como eremita, ingressou na Ordem franciscana como leigo, vivendo no Convento de Santa Maria de Jesus, em Palermo, onde atuou como cozinheiro e superior. Iconograficamente é representado como jovem, vestindo hábito franciscano. Atributos iconográficos: pano de prato numa das mãos, avental com flores, ou carregando o Menino Jesus nos braços sobre um manto. Quando a igreja de São Sebastião estava prestes a ser transformada em catedral, decidiu-se retirar a imagem de Nossa Senhora do Rosário para construir um templo dedicado à esta invocação. Assim, iniciou-se a edificação da igreja em 1700, em terreno doado à Irmandade na Rua da Vala (Atualmente Rua Uruguaiana). Em 1737, estando a igreja do Castelo ameaçada de desabar, a Sé foi transferida para a igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, onde ficou até 1808, quando a Sé passou para a igreja do Convento dos Carmelitas, mais próximo à residência da família real. No início do século XIX, por duas vezes a igreja abrigou o Senado da Câmara. Os negros do Rosário, na segunda metade do século XVIII, realizaram festas, restaurando a Corte do Rei do Congo, um desfile com rei e rainha, em cortejo público, com músicas e danças típicas. Durante muitos anos a Igreja serviu de refúgio para os negros escravos fugitivos, sendo grande o número de instrumentos de tortura que traziam consigo. Por esse motivo é um local de afirmação identitária para a comunidade de negros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos da cidade do Rio de Janeiro.

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Templo A igreja conservou fachada do século XVIII, a portada, em lióz, encimada por medalhão da padroeira. No século XIX, sofreu uma reforma. Ao lado da igreja, funciona o Museu do Negro, centro da religiosidade popular, onde são guardadas peças de suplício de escravos, textos, gravuras e material iconográfico em geral. Em particular, os objetos utilizados pela escrava Anastácia.

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IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO E BOA MORTE Endereço: Rua Buenos Aires, 71 - Centro Contatos: Tels. 2252-7488 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana e sábados: De 08:30 às 15:30h Horário das Missas: Dias da semana: 10:00h; sábado: 11:45h. Estilos: A construção começou em 1735, sendo que a fachada foi alterada por sucessivas mudanças, e apresenta frontão e campanário do século XX, Altar-mor em estilo Rococó. Possui: Altar-mor em estilo rococó executado por Mestre Valentim. Religiosidade popular / Curiosidade: Altar em forma de sarcófago escondido

por frontão retilíneo ornado em prata. No retábulo, próximo às cabeceiras do altar, há duas espanholetes com feições indígenas. No passado foi comum celebrar Nossa Senhora da Boa Morte em 14 de agosto e sua Assunção no dia seguinte. Em salvaguarda ao dogma da Assunção de Maria, a celebração da Boa Morte foi suprimida. Nos primórdios do século XX, a igreja teve uma de suas laterais mutilada devido à abertura da Avenida Rio Branco, na qual em 1904 foi construído um edifício pelo arquiteto René Barba. Festa: 08 de dezembro: Nossa Senhora Conceição; 15 de agosto: Nossa Senhora Boa Morte Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica Em 1700 havia uma pequena capela na Rua do Rosário, esquina da Rua Miguel Couto (Antiga Ourives), pertencente à Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, conhecida como igreja do Hospício, destinada a hospedar os religiosos em trânsito. A Igreja de São Sebastião, situada no morro do Castelo e antiga Sé do Rio de Janeiro, era sede de várias Irmandades, entre essas a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos que existia desde 1700. Uma vez transferida a Sé, a Irmandade dos Pardos obteve a autorização de ocupar essa pequena capela. 23


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No Convento dos Carmelitas Calçados, uma irmandade sob a invocação de Nossa Senhora da Assunção e Boa Morte, erguida em 1663, ocorreu que, no ano de 1734, estando insatisfeitos alguns irmãos e os frades do recolhimento religioso, esses membros resolveram deixar os carmelitas e fundar outra irmandade com o título de Nossa Senhora da Boa Morte. E assim o fizeram indo abrigar-se na capela de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos. Estabeleceram mais adiante a junção da Ordem de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos com a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, sob a denominação de Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte. Segundo a tradição, a Virgem apareceu a várias pessoas, confirmando a sua Conceição Imaculada e, após a proclamação do dogma pelo Papa Pio IX, deu-se a conhecer em Lourdes a Bernadette Soubirous dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Ela é representada sobre o globo terrestre, esmagando com pé uma cobra, símbolo do pecado original, mãos postas em sentido de oração. Veste túnica branca e manto azul. A lua a seus pés vincula Maria à Mulher do Apocalipse. O astro noturno que anuncia a plenitude da luz solar, que é o Cristo. Geralmente as imagens de Nossa Senhora da Boa Morte são de vestir e tem cabelos naturais. Ela é representada deitada em esquife ou cama, com as mãos postas, ou cruzadas, sobre o peito.

Templo O primeiro projeto para a construção da igreja é de 1738, mas, devido aos poucos recursos financeiros que dispunham as Irmandades e aos desencontros entre elas, só foi concluída em 1853. Na sóbria fachada do templo com três portas, pode-se ler a data: 1785. Em 1916, refez-se uma torre sineira, seguindo as tendências da época. No interior, o altar-mor foi executado por Mestre Valentim. O madeiramento do forro do teto, datado de 1838, foi executado por José Mário Trindade.

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IGREJA NOSSA SENHORA MÃE DOS HOMENS Endereço: Rua da Alfândega, 54 – Centro Contatos: Tels. 2253-0665 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 07:00 às 15:00h. Horário das Missas: Dias da semana: 07:45 e 12:30h. Estilos: A fachada é uma versão simplificada do estilo pombalino e o interior é rococó. Possui: A decoração interior subordinase ao espaço arquitetônico. A nave é em forma octógono alongado. No altar-mor a imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens, obra do Mestre Inácio Ferreira

Pinto, e nas paredes da Capela-mor representações da Anunciação, à direita e Assunção, à esquerda. Religiosidade popular / Curiosidade: A devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens chegou ao Brasil através de Irmão Lourenço na segunda metade do século XVIII. No Rio de Janeiro, a devoção teve início em um modesto oratório, origem idêntica a muitas Irmandades na cidade e no Brasil. Foi um dos locais em que Tiradentes se refugiou no Rio de Janeiro, pouco antes de sua captura. Festa: Primeiro domingo de maio Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica A devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens chegou ao Brasil com o Irmão Lourenço na segunda metade do século XVIII, instalado na Serra do Caraça, Minas Gerais. No Rio de Janeiro, a devoção teve início em um modesto oratório. Origem semelhante a de muitas irmandades no Brasil. Com o crescimento do número de devotos, escolheram um local próximo ao oratório para construir a capela, na atual Rua da Alfândega. Em 1758, o Bispo Diocesano Dom Antônio do Desterro, monge beneditino, fundou a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens, dando início à construção da igreja. 27


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Templo Destacam-se na fachada a porta central, de dimensões maiores que as duas laterais, e o frontão, cujo emblema representa a Virgem coroada e a inscrição Stella Matutina (Estrela da manhã). O corpo da igreja é formado por nave única, onde se encontram quatro tribunas e dois púlpitos. Na capela-mor, o retábulo rococó para a imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens foi executado por Inácio Ferreira Pinto, em 1789. Durante anos, a Irmandade carecia de recursos para completar a obra da igreja. Em 1836, a igreja sofreu reforma, como pintura e douramento, abertura dos púlpitos, troca do assoalho e revestimento do presbitério com mármore. Em 1848, foi refeita a pintura na igreja e a reconstrução do camarim para a imagem do Nossa Senhora Mãe dos Homens. A igreja possui dois altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, a imagem de São José e, à direita, a Sagrada Família, destacando-se as características austeras do estilo neoclássico, executadas por Antônio de Pádua e Castro, em 1850. Em 1803, foi realizada reforma na torre e 1856, na fachada. Na capelamor, as pinturas dos quatro Evangelistas, Anunciação e Ascensão, executadas por Joaquim Lopes de Barros Cabral, em 1816.



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IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA Endereço: Praça Pio X – Centro Contatos: Tels. 2233-2324 Tipo: Irmandade Horário de abertura: De 08:00 às 17:00h. Horário das Missas: Dias da semana: 12:15h; domingo: 10:30 e 12:00h. Estilos: Neoclássico e Art Nouveau. Possui: No frontispício, destacam-se os vitrais executados em Munique, e estão alinhados às três portas da entrada,

esculpidas em bronze pelo português Teixeira Lopez e premiadas na Exposição Universal de Paris de 1900. As pinturas do teto são obras de João Zeferino da Costa. Religiosidade popular / Curiosidade: Largamente representada em fotografias e pinturas pela sua monumentalidade e posição estratégica é um dos símbolos da Cidade do Rio de Janeiro. Festa: 02 de Fevereiro Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica A invocação de Nossa Senhora da Candelária tem origem na Ilha de Tenerife, nas Canárias. Dois pastores encontraram em uma gruta, a imagem de uma Senhora com um filho no colo, ladeado por numerosas candeias (velas). Os nativos começaram a honrar Aquela senhora e com a chegada de um cristão espanhol nos fins século XV, explicou-lhes que se tratava da Virgem com Jesus. Nossa Senhora é representada de pé com o Menino Jesus no braço esquerdo, na mão direita segura um círio ou candeia. A primitiva igreja de Nossa Senhora da Candelária foi construída no século XVII, a pedido dos devotos Antônio Martins da Palma e sua esposa Leonor Gonçalves, como forma do cumprimento de promessa feita quando atravessavam o Atlântico e sofreram uma forte tempestade. 31


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Templo A cúpula externa e as oito estátuas que a ladeiam foram executadas em lióz, entre 1865 e 1877, e representam os quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), as três virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade) e a personificação da Igreja em forma de mulher. No nártex encontra-se o quebra-vento, cujo vitral retrata São Pedro e São Paulo. Desenhos dos pintores Zeferino da Costa e Henrique Bernardelli. O altar-mor, as capelas laterais e as paredes internas são revestidos com mármore de Carrara. Encontra-se também no revestimento, o rosa de Verona, refletindo a influência italiana. O teto na nave principal apresenta seis grandes painéis do pintor João Zeferino da Costa, narrando cenas da história da igreja: A Partida, A Tempestade, A Chegada ao Rio de Janeiro, O Voto Cumprido, A Sagração da Pedra Fundamental, A Inauguração. O pintor também executou os painéis da abóboda da capela-mor, da cúpula, da parede e teto do coro. A igreja possui oito altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes, São Miguel e na capela funda, Santíssimo Sacramento, e à direita, Nossa Senhora da Piedade, Sagrada Família, São Manuel e na capela funda, Nossa Senhora das Dores. Os dois púlpitos com escadas e um abafa-voz em mármore e bronze, foram executados pelo português Rodolfo Pinto do Couto, em estilo Art Nouveau e inaugurados em 1931.

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IGREJA DE SANTA CRUZ DOS MILITARES Endereço: Rua Primeiro de Março nº 36 Centro

semelhante às igrejas de Lisboa da mesma época.

Contatos: Tels. 2509- 3878

Possui: Talhas e retábulos em estilo Rococó de Mestre Valentim.

Website: www.irmandade.com.br Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 09:00 às 16:00h. Horário das Missas: Segunda, quarta e sexta – feira: 12:30h; sábado: 12:30h (Devoção do Bom Jesus dos Aflitos). Estilos: A igreja é em estilo rococó no seu interior, e a fachada estilo pombalino

Religiosidade popular / Curiosidade: A Irmandade da Santa Cruz dos Militares foi agregada ao Vaticano em 1923 pelo Papa Pio XI. O que implica que as orações realizadas nessa igreja recebem as mesmas graças e indulgências como se fossem na Basílica de São Pedro em Roma. Festa: 14 de setembro Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica Esta igreja tem origem em um antigo forte, o de Santa Cruz, que foi construído nos princípios da fundação do Rio de Janeiro. Em ruínas, serviu de cemitério aos militares, que ali edificaram uma pequena capela. No século XVII, foi feita uma capela maior, mantida por marinheiros devotos de São Pedro Gonçalves Telmo e militares. Em 1780 deu-se a reconstrução do templo, de acordo com o projeto do brigadeiro José Custódio de Sá e Faria. Após 30 anos de obras, foi consagrada em 28 de setembro de 1811.

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Templo Sua fachada possui estilo pombalino, com uma única torre nos fundos do edifício. Sua aparência geral é de inspiração italiana. Possui três retábulos, dois púlpitos, arco cruzeiro e coro alto. Nas paredes estão os painéis alusivos à Paixão de Cristo. Entre 1853 e 1869, a ornamentação passou por reformas, sob a direção de Antônio de Pádua e Castro. Construíram as tribunas da nave e capela-mor e a talha nas arcadas da entrada, com escudos militares do Império brasileiro e de Portugal. A nave é bem iluminada devido às amplas aberturas na abóbada. Dentre a iconografia destacam-se São Pedro Gonçalves Telmo e Nossa Senhora das Dores. No altar-mor figuram Nossa Senhora da Piedade, entronizada, e o Senhor Morto no sarcófago. Em 1924, o templo sofreu um incêndio e na sua reconstrução passou por diversas modificações. Como principal elemento da Paixão de Cristo, a Cruz se tornou símbolo de fé e esperança. Sendo a padroeira do templo, está largamente representada entre os elementos decorativos. Na tarja do arco cruzeiro está representada a Santa Face de Cristo.

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LAPA DOS MERCADORES Endereço: Rua do Ouvidor, 35 - Centro Contatos: Tels. 2509-2339 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 14:00h. Estilos: Frontispício tem uma combinação de elementos barrocos e neoclássicos o interior é rococó Possui: Galilé fazendo a transição entre a rua e nave da igreja por tríplice arcada.

Religiosidade popular / Curiosidade: Conta a lenda que, mais de mil anos atrás, uma moça muda recuperou a voz ao encontrar a imagem de Nossa Senhora escondida em uma lapa na região de Quintela, em Portugal. A capela erguida no local deu origem ao culto à Nossa Senhora da Lapa, aquela que acolhe todos os que se encontram em situações de sofrimento. Festa: 8 de setembro Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica Na Travessa do Comércio, no início do século XVII, existia um oratório público que reunia pequenos comerciantes para rezar à Nossa Senhora da Lapa. Em 20 de junho de 1747, negociantes e lojistas próximos decidiram organizar-se em Irmandade e edificar uma igreja. Conseguiram comprar três prédios, foram demolidos e no mesmo ano começaram a construção. As pedras vieram da Ilha das Cobras, o granito da pedreira da Glória, e os portais de mármore de lióz de Portugal. Em 6 de agosto de 1750 houve a sagração da igreja. Em 1771 concluiu-se a talha, que incluía três retábulos, o arco-cruzeiro, a grande tribuna do órgão e o guarda-corpos das tribunas menores da nave e da capela-mor. A fachada atual data de 1869 e 1873, quando foi ampliado o espaço da capela-mor. 39


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Templo A fachada é simples, de bloco único, a galilé é separada da rua por três arcadas em cantaria, à entrada da igreja, acima dessas mais três portas com balcões em mármore de Lisboa, sobre a porta do centro, um frontão interrompido com um medalhão com a representação da coroação da Virgem pela Santíssima Trindade. Sobre as portas laterais, imagens de Santo Adriano, à esquerda e são Bernardo, à direita. Acima há um frontão triangular, tendo no tímpano um relógio circular, e nas extremidades esculturas à esquerda, São Felix e à direita, São João da Mata, são esculturas portuguesas. Campanário com volutas e pináculos laterais, em mármore branco italiano. A torre tem cobertura bulbosa rendilhada com pináculos, encimada por uma cruz sobre um globo. Ao entrar observa-se no seu interior um espaço iluminado por fonte de luz vinda do alto, no altar-mor o Cristo Crucificado que tem a invocação de Bom Jesus da Caridade e a imagem de Nossa Senhora da Lapa. Destaque para pinturas do teto, com representação da Virgem. Internamente há um átrio, a entrada um pára-vento em madeira envidraçado de branca e azul. Na segunda metade do séc. XIX, houve complementação da ornamentação e um dos principais executores foi Antônio de Pádua e Castro, professor da Academia de Belas Artes, responsável pelo novo projeto decorativo, tribunas da capela-mor, púlpito e ornatos. Na cúpula da nave estão representados os quatro evangelistas: Mateus (anjo), João (águia), Marcos (leão) e Lucas (boi). Na capela-mor, há pinturas de Santo Antônio e São Narciso entre a coroa acima do relevo do retábulo, com o tema coroação da Virgem pela Santíssima Trindade. Nas paredes laterais, quatro painéis com cenas marianas. Na cúpula circular estão representados: os rostos de Cristo na Paixão, Nossa Senhora das Dores, São Pedro e São Paulo; o símbolo da eucaristia, galhetas do ofertório, o Cordeiro e as tábuas da Lei.

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - ANTIGA SÉ Endereço: Rua Primeiro de Março Centro Contatos: Tels. 2242-7766 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 07:00 às 16:00h, sábados e domingos: de 10:00 às 14:00h. Missas da semana: 8:00h, sábados: 10:00h Estilo: Rococó Possui: No forro do teto da capela-mor encontra-se pintura de Nossa Senhora do Carmo entregando o escapulário a São Simão Stock. É possível distinguir elementos da construção pertencentes aos

séculos XVIII, XIX e XX. Após o período de restauração em 2005, foi aberto o Museu de Sítio Arqueológico da Antiga Sé. Religiosidade popular / Curiosidade: A maioria das igrejas foram erigidas a partir das devoções que surgiram nos oratórios do centro da cidade. Atrás da Igreja, na Rua do Carmo 38, temos ainda, um desses poucos oratórios, tendo este sido dedicado a Nossa Senhora do Cabo da Boa Esperança. Festa: 16 de julho Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica Os frades carmelitas chegaram ao Rio de Janeiro em 1590 e receberam a doação de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Ó na antiga Rua Direita, atual Praça XV. Iniciaram a construção do convento em 1619, e da igreja a partir de 1761. Os religiosos viveram neste convento até a chegada da corte do Príncipe Regente D. João VI em 1808, quando foram transferidos para outra residência a fim de alojar os membros da Família Real e a Corte, uma vez que o Palácio dos Governadores (atual Paço Imperial) não comportava a quantidade de pessoas. D. João VI elevou a igreja de Nossa Senhora do Carmo à Capela Real Portuguesa, pela proximidade com sua residência e comodidade para 43


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frequentar as celebrações dos Ofícios Divinos. Ainda em 1808, o Príncipe Regente assina um alvará elevando a Capela Real à Catedral da Sé, permanecendo até 1976.

Templo Com a abertura da Rua do Cano (atual Sete de Setembro), em 1857, foram demolidas a torre e a portaria do antigo Convento. Um passadiço era utilizado como ligação entre o Palácio e a igreja para passagem da Família Real assistir as celebrações litúrgicas. A fachada foi muito alterada desde o século XIX, e completada pelo arquiteto português Pedro Alexandre Carvoé em 1822. Da primitiva construção, destacam-se na entrada três portas em estilo pombalino. Com o acréscimo da torre, esta foi decorada com as armas e o chapéu cardinalício e a imagem de São Sebastião, padroeiro da cidade. Após a portada encontra-se o nártex, onde se destaca o quebra-vento com as imagens de São Pedro e São Paulo. No interior da igreja, destacase a talha rococó, executada por Inácio Ferreira Pinto em 1795. Este entalhador é autor também dos retábulos nas capelas fundas laterais. A igreja possui sete altares laterais a partir da entrada, à direita, São João Batista, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Cabeças e São Pedro de Alcântara (este em particular, executado em mármore de Carrara, presenteado a D. Pedro I) e à esquerda, São João Nepomuceno, a Sagrada Família e o Sagrado Coração de Jesus. Nas paredes laterais alternam-se tribunas e os oito painéis elípticos, que representam os apóstolos, executados por José Leandro de Carvalho, retratista oficial da corte. Entre os ornamentos dos púlpitos, destaca-se a estrela, atributo mariano invocado na ladainha lauretana e elemento heráldico dos carmelitas. A capela-mor era ocupada pela Família Real e depois a Imperial, membros da Corte e, a nave, destinada às damas do Paço.

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IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE NOSSA SENHORA DO MONTE DO CARMO Endereço: Rua Primeiro de Março, s/nº Centro

Website: www.igrejanscarmorj.com.br

em madeira, prata e cantaria. Capela do Noviciado, executada entre 1796 e 1797. Na sacristia, imagem original do oratório de Nossa Senhora do Cabo da Boa Esperança, datada de 1763.

Tipo: Irmandade

Religiosidade popular / Curiosidade:

Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 16:00h, sábados: de 08:00 às 11:00h. Horário das Missas da semana: Segunda às 12:00h

A maioria das igrejas foram erigidas a partir das devoções que surgiram nos oratórios do centro da cidade. Atrás da Igreja, na Rua do Carmo 38, temos ainda, um desses poucos oratórios, tendo este sido dedicado a Nossa Senhora do Cabo da Boa Esperança.

Contatos: Tels. 2242-4828

Estilos: Fachada em estilo Pombalino. Possui: Os altares laterais foram executados por Luís da Fonseca Rosa, segundo iconografia devocional carmelitana: representação dos Passos da Paixão, executados pelo Mestre Valentim entre os anos de 1772 e 1800. Ornatos

Festa: 16 de julho - Nossa Senhora do Carmo; 15 de Outubro - Matriarca do Carmelo, Santa Teresa D´Ávila Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica Construída por devotos de Nossa Senhora do Carmo, reunidos em irmandade em 1648, a Igreja tem sua origem na Capela da Paixão de Cristo, primeira capela dos irmãos terceiros, construída de 1661 a 1669, projeto do português Manuel Alves Setúbal. Em 16 de julho de 1755, dia de Nossa Senhora do Carmo, os irmãos

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lançaram a pedra fundamental do novo templo, em terreno vizinho ao da Igreja e Convento do Carmo. A invocação a Nossa Senhora do Carmo tem origem da Palestina, remontando ao profeta Elias no monte Carmelo, na Samaria. Onde também orava o profeta Eliseu. Nos primeiros tempos do cristianismo, eremitas construíram um convento sob a invocação de Nossa Senhora. A Virgem está representada com hábito carmelita: túnica e escapulário marrom, escudo da Ordem sobre o escapulário, capa e véu brancos. Na mão esquerda segura o Menino Jesus e na direita o escapulário entregue a São Simão Stock, igualmente vestido do hábito carmelita.

Templo A igreja foi concluída em 1768, cujo frontispício possui elementos típicos da arquitetura pombalina, estilo que marcou o período de reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755. Em 1761, foi benzido o medalhão em lióz que se encontra sobre a portada principal, retratando a aparição de Nossa Senhora do Carmo entregando o escapulário para São Simão Stock. A nave é de planta retangular e provida de capelas laterais. A decoração interna é marcada por talha dourada sobre um fundo claro, executada em diferentes períodos, pelos entalhadores: Luís da Fonseca Rosa, Mestre Valentim da Fonseca e Silva, e Antônio de Pádua e Castro. Os altares laterais foram executados por Luís da Fonseca Rosa, seguindo à iconografia carmelita da representação dos Passos da Paixão. Salientam-se as colunas salomônicas vinculando a Capela ao túmulo de São Pedro e, por sua vez ao Templo de Jerusalém. Na capela-mor, a imagem de Nossa Senhora do Carmo ocupa a base da pirâmide do camarim central e, no topo, Cristo Crucificado. Próximo ao camarim, as imagens devocionais da ordem ocupam dois nichos, Santa Teresa d’Avila, à esquerda, e o conjunto escultórico composto pelas três Santas Mãe: Santa Emerenciana, Santana e a Virgem Maria, à direita. Entre 1772 e 1800 Mestre Valentim realizou trabalhos decorativos em madeira, prata e cantaria. A Capela do Noviciado, foi executada entre os anos de 1796 e 1797. 48


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IGREJA DE SÃO JOSÉ Endereço: Av. Presidente Antônio Carlos, s/n – Centro Contatos: Tels. 2553-4545 / 2231-0630 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 12:00h e de 14:00 às 17:00h, domingos: de 08:30 às 11:00h. Missas da Semana: Terças e quartas às 12:00h e na primeira sexta-feira do mês às 12:00h. Domingos às 09:00 e às 10:00h. Estilos: Neoclássico, mesclando-se ao barroco tardio

Possui: No altar-mor, destaca-se a imensa imagem de São José. A talha pesada que cobre as paredes da igreja, de estilo rococó tardio, é do Mestre Simeão de Nazaré, aluno de Mestre Valentim. Religiosidade popular / Curiosidade: O segredo de São José se encontra detrás do altar. Tradição passada de geração a geração entre o povo carioca. Festa: 19 de março Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica A história dessa igreja remonta ao ano de 1608, quando no mesmo local, já havia uma ermida de taipa dedicada a São José, nas proximidades do mar e com frente voltada para a Rua da Misericórdia. Como no final século XVIII o templo encontrava-se em avançado estágio de degradação, a irmandade resolveu reedificá-lo. Em 1808, o projeto foi entregue a Felix José de Souza, sofrendo modificações realizadas pelo arquiteto português João da Silva Muniz. As obras foram concluídas em 1824.

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Templo A fachada principal e as laterais são marcadas por pilastras e cunhais de cantaria, que contrastam com o branco das paredes em cal. O interior é constituído pela nave central, ladeada por dois corredores. No pavimento superior, alinham-se as tribunas. A talha que cobre as paredes da igreja é obra do Mestre Simeão de Nazaré, aluno de Mestre Valentim. A sacristia, simples e bem conservada, possui arcazes de jacarandá lavrado. No altar-mor, destaca-se a imagem de São José. Atrás do altar, há outra representação de São José assistido em seu leito de morte pelo filho Jesus e Nossa Senhora. Os sinos da Igreja de São José são famosos por sua sonoridade. O carrilhão foi montado em 1883. O ingresso à igreja é feito pela porta em madeira almofadada. No interior da igreja encontram-se o sacrário e a pia batismal que pertenceram à Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo.

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DE BONSUCESSO Endereço: Largo da Misericórdia, s/nº Centro Contatos: Tels. 2220-3001 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: Das 08:00 às 15:30h Estilos: Barroco jesuítico italiano. A nave é recoberta pela talha em estilo rococó tardio. Possui: Na entrada da nave, destacam-se três altares e um púlpito. Uma via sacra, composta de diferentes painéis pintados e montados em estandartes próprios para

procissões, remanescentes da igreja de Santo Inácio, demolida com o Morro de Castelo. Essas importantes peças maneiristas datam de fins do século XVI. Religiosidade popular / Curiosidade: Antes essa igreja teria como invocação Nossa Senhora da Misericórdia, não se sabe a data precisa que modificou e passou a ser Nossa Senhora do Bonsucesso que antes ficava em um altar lateral. Presume-se que foi por volta de 1705 com a construção do novo templo. Festa: 9 de junho - Padre Anchieta; 08 de Setembro – Nossa Senhora de Bonsucesso Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica A igreja de Nossa Senhora de Bonsucesso situava-se ao pé da ladeira da Misericórdia, caminho íngreme de acesso ao Morro do Castelo, importante sítio histórico da fundação da cidade do Rio de Janeiro, onde se encontrava a igreja e o Colégio dos Jesuítas. O trecho da ladeira existente ao lado da igreja é remanescente do Morro do Castelo arrasado em 1922. A igreja faz parte do complexo arquitetônico da Santa Casa da Misericórdia. A devoção a Nossa Senhora do Bonsucesso surgiu com a chegada da estátua da Virgem, trazida de Portugal. Desde 1639, 55


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comemora-se a sua festa no domingo seguinte ao dia 8 de setembro. A primeira construção da capela, em barro, data da época da fundação da Santa Casa da Misericórdia (1582). A atual igreja foi reconstruída em 1754. No final do século XVIII, acrescentou-se à fachada a portada em pedra de lióz e o frontão que serve de campanário, adornado de volutas e pináculos.

Templo A nave é recoberta pela talha em estilo rococó tardio, pintada em branco com frisos dourados. O púlpito e o abafa-voz, em estilo barroco do século XVIII, pertenceram ao antigo Colégio dos Jesuítas e a tradição atribuiu-lhes grande importância histórica por terem sido utilizados por José de Anchieta (1517-1570) e Manoel da Nóbrega (1534-1597). No altar-mor, cujo retábulo foi refeito em 1820, está a imagem de Nossa Senhora de Bonsucesso, logo abaixo de Cristo Ressuscitado. Na sacristia destacam-se os arcazes em jacarandá, o lavabo em mármore policromado (século XVIII), o relógio e o pequeno altar, onde é venerada Santa Isabel, padroeira da Santa Casa.

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IGREJA DE SANTA LUZIA Endereço: Rua Santa Luzia, 490 – Castelo

fachada.

Contatos: Tels. 2220-4367

Possui: A igreja possui a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, trazida por Fernão de Magalhães em 1519.

Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 09:00 às 19:00h Horário das Missas: Segunda de 09:00 até às 14:30h, terça: 12:00h Estilos: A fachada apresenta elementos do estilo neoclássico. Os três altares foram executados por Antônio de Pádua e Castro, o mesmo artista que reconstruiu a

Religiosidade popular / Curiosidade: Atrás do altar, encontra-se a Sala das Promessas, com uma imagem de Santa Luzia em mármore branco, os devotos lavam os olhos e o rosto e bebem a água, ainda crendo nos seus poderes. Festa: 13 de dezembro Acessibilidade: Adaptado (entrada pelo estacionamento)

Resenha histórica A devoção a Santa Luzia, virgem e mártir, remonta ao século IV ou V. Foi martirizada com uma espada que atravessou-lhe a garganta por defender sua virgindade. Representada em trajes nobres, traz a palma do martírio numa das mãos e na outra uma salva com os dois olhos extraídos. Uma pequena ermida consagrada a Santa Luzia era, em 1592, o único edifício na praia da Piaçava, posteriormente chamada de Praia de Santa Luzia. Nela, estabeleceram-se durante quinze anos, os primeiros frades franciscanos. Em 1732, a irmandade decidiu edificar nova igreja em terreno próximo, na mesma praia, com fachada muito singela, contava com uma torre e uma só porta de entrada. Em 1872, o templo sofreu remodelação, assumindo maiores proporções, segundo o projeto de Antônio de Pádua

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e Castro. São desta época as duas altas torres e as duas portas laterais. A Rua Santa Luzia foi aberta por imposição de D. João VI que pretendia se locomover com sua carruagem diretamente do Convento da Ajuda à igreja, para cumprir promessa e assistir à Missa - por este motivo, uma tribuna na capela-mor era destinada à Família Real. Com o desmonte do Morro do Castelo aterrou-se a Praia de Santa Luzia e ocultou a fonte de água considerada milagrosa para as enfermidades dos olhos. A igreja de Santa Luzia, a Santa Casa de Misericórdia e a igreja de Nossa Senhora de Bonsucesso, foram as únicas edificações que sobreviveram ao arrasamento do Morro do Castelo.

Templo A fachada apresenta elementos do estilo neoclássico. Os três altares foram executados por Antônio de Pádua e Castro, o mesmo artista que reconstruiu a fachada. A igreja possui dois altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, e à direita São João, imagem do século XIX. Paisagisticamente em posição estratégica, a Igreja de Santa Luzia foi retratada por vários pintores e fotógrafos. Ainda hoje, sua paisagem natural pode ser vista numa representação documental que se encontra entre a nave da igreja e a sacristia.

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IGREJA E CONVENTO DE SANTO ANTÔNIO Endereço: Largo da Carioca s/nº - Centro Contatos: 2262-0129 Website: www.franciscanos.org.br Tipo: Convento Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 18:00h Horário das Missas: Segunda a sexta-feira (exceto terça): 09:00, 10:00, 11:00, 12:30h; terça-feira: De 07:00 às 12:00, 15:00, 17:00, 18:00h; sábado: 09:00 e 11:00h; domingo: 10:00h Estilos: A partir da última intervenção em 1920, a fachada foi remodelada em estilo neocolonial. No entanto, seguindo a tradição construtiva franciscana, a estrutura arquitetônica é simples com única nave e sem capelas laterais. Atualmente a fachada está sendo restaurada, assim como todo seu interior

mor, são poucas as existentes dessa época na cidade do Rio de Janeiro. Religiosidade popular / Curiosidade: Na fachada de Igreja fica a imagem de Santo Antônio do Relento protegendo a Baía da Guanabara. Segundo a tradição, em 1710, por intervenção da imagem, os invasores franceses foram expulsos da cidade do Rio de Janeiro. Por esse feito recebeu soldo militar até 1911. Santo Antônio é conhecido como o Santo Casamenteiro. As mulheres que desejam se casar, e não o conseguem após alguns anos e diversas tentativas, recorrem à intervenção de Santo Antônio. Por isso é significativo o número de solteiras que frequentam essa igreja na esperança de encontrar um esposo. Festa: 13 de junho Acessibilidade: Não adaptado

Possui: A escultura de Santo Antônio é do século XVII, em madeira, fica no altar-

Resenha histórica Os primeiros frades franciscanos chegaram ao Rio de Janeiro em 1592, chefiados por Frei Antônio das Chagas. Em 1607, receberam a doação do Morro do Carmo, que beneditinos e carmelitas haviam recusado. Em 1608, a pedra fundamental foi levada em procissão pelo Governador Afonso de Albuquerque. Entre os anos de 1608 e 1616 tiveram início as obras da igreja e 63


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convento, sob a administração de Frei Vicente do Salvador. No triênio seguinte, entre 1617 e 1620 as obras da igreja foram consideradas como concluídas. Seguindo a moda arquitetônica daquela época, o acesso ao templo se realizava por tríplice arcada. Também o interior era igualmente guarnecido de três altares, o principal e dois colaterais. Entre os anos de 1697 e 1920 o templo passou por diversas intervenções arquitetônicas.

Templo A arquitetura da igreja apresenta como características pilastras de cantaria encimadas por coruchéus. Não possui torre e os sinos estão instalados em dupla arcada no telhado do convento, próximo ao beiral. A decoração barroca restringe-se a capela-mor completamente recoberta de talha dourada. No retábulo do altar-mor, Santo Antônio. Nas laterais, junto ao arco cruzeiro: a Imaculada Conceição, padroeira da Província Franciscana, no passado com sede no Rio de Janeiro, atualmente sediada em São Paulo; e São Francisco de Assis, fundador da Ordem dos Frades Menores. No forro, pinturas alusivas à vida de Santo Antônio. Na lateral, à direita do visitante, separada por grade de ferro, encontra-se a capela de Nossa Senhora da Conceição, pertencente à Ordem da Penitência. Na balaustrada do coro alto, encontram-se os bustos dos santos franciscanos mártires no Japão. Em 1932 foi instalado o órgão de tubos proveniente da Alemanha. Atrás da igreja conventual, encontra-se a sacristia, com o piso de mármore e pintura de teto narrando a história de Santo Antônio; dois painéis de azulejos portugueses, nas paredes; os móveis são de jacarandá, entre os quais sobressai o arcaz; e o lavabo de mármore português, coroado com a alegoria da Pureza. Adjacente à sacristia encontra-se o mausoléu, onde estão os sarcófagos dos infantes do Império, Dom João Carlos Bartolomeu, filho de Dom Pedro I com Dona Leopoldina; Dom Antônio Afonso e Dom Afonso, filhos de D. Pedro II com Dona Teresa Cristina.

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IGREJA DA VENERÁVEL ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA Endereço: Largo da Carioca, 5 – Centro Contatos: Tels. 2262-0197 Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: De 09:00 às 12:00h e das 13:00 às 16:00h Estilos: Barroco Possui: A igreja possui todo o interior em talha dourada. No altar-mor, o Cristo Seráfico com três pares de asas. No forro do teto, encontra-se pintura em perspectiva, executada entre os anos de 1737 e 1740. O traço característico de

Manuel de Brito é verificado nos medalhões no centro dos painéis que cobrem as paredes. Já o risco de Francisco Xavier de Brito está presente na ornamentação do arco cruzeiro e nos anjos tocheiros. Religiosidade popular / Curiosidade: Podese ver atualmente atrás da Igreja uma nova Capela que fica no subsolo, onde antes nesse local era uma antiga senzala. Festa: 4 de outubro Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica Em 1619, é instituída a Ordem dos Terceiros de São Francisco no Rio de Janeiro e instalada em uma pequena capela perpendicular à igreja conventual, à direita do visitante. No século XVIII a primitiva capela foi substituída por outra, ao lado da igreja conventual. Muitas alterações na decoração descaracterizaram a aparência original, como a colocação do túmulo do príncipe Dom Pedro Carlos de Bourbon e Bragança na parede lateral direita, em 1817. No retábulo-mor da Igreja da Penitência, como já dito, o Cristo Seráfico, São Francisco e Nossa Senhora da Conceição. Nas paredes laterais, pinturas dos quatro evangelistas. No teto, pintura de Nossa Senhora da Conceição. 67


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Templo Construção iniciada no século XVIII e concluída em 1736, cuja nave retangular possui pequenas dimensões. A fachada é borromínica, arrematada por colunas de cantaria encimadas por coruchéus, três portadas em lióz. O revestimento de talha dourada foi realizado por Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito, entre os anos de 1726 e 1743. A igreja possui seis altares laterais dedicados a São Ivo, São Roque e Santa Isabel de Portugal, à esquerda de quem adentra o templo; Santa Rosa Viterbo, São Gonçalo do Amarante e São Vicente Ferrer, à direita do visitante. Das cornijas do arco cruzeiro irrompem dois dragões que servem de lampadários. O piso da capela-mor e a base do altar são revestidos com mármore embutido.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE SÃO SEBASTIÃO E MUSEUARQUIDIOCESANO DE ARTE SACRA Endereço: Av. Chile, 245, Centro Contatos: Tels. 2240-2669 Website: www.catedral.com.br Tipo: Catedral Horário de abertura: Todos os dias: De 07:00 às 17:30h. Horário das Missas: Segunda-feira a sábado às 10:00h; domingo às 11:00h

Possui: Quatro grandes vitrais, nas cores azul, amarelo, vermelho, verde. Uma cruz em bronze pendente ao presbitério. Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. Religiosidade popular / Curiosidade: Grande cruz pendente retratando o calvário com Maria e João Evangelista. Festa: 20 de Janeiro Acessibilidade: Adaptado

Estilo: Contemporâneo

Resenha histórica A Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro criada em 1676, por bula papal de Inocêncio XI, inicialmente foi instalada na igreja de mesmo padroeiro (existente no Morro do Castelo). Ao longo de três séculos teve ainda outras instalações provisórias. Somente na segunda metade do século XX é que contou com sua Sede própria. Com a decadência do Morro do Castelo, em 1734, a Diocese foi transferida para a Igreja de Santa Cruz dos Militares, onde permaneceu até 1737. Quando então foi transferida para a Igreja de Nossa Senhora 71


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do Rosário e São Sebastião dos Homens Pretos, permanecendo lá até a chegada da Família Real, em 1808. D. João VI, príncipe regente de Portugal e Brasil, transferiu-a para a igreja conventual dos carmelitas, onde permaneceu até o ano de 1972. O projeto da atual Catedral foi elaborado sob o episcopado de Dom Jaime de Barros Câmara e inaugurada pelo Cardeal Eugênio de Araújo Sales, no ano de 1972.

São Sebastião, o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, nasceu em Narbona (França), em 256 e faleceu em 286. Foi a Roma a fim de se alistar no exército imperial. O Imperador Diocleciano o fez capitão da guarda pretoriana. Sua indulgência para com os prisioneiros cristãos desagradou a Diocleciano que o condenou a flechadas. Donde lhe advém o atributo iconográfico. Tido como morto foi lançado ao

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rio. Sobrevivendo às flechas e águas, foi socorrido por Santa Irene. Recobradas as forças, novamente se apresentou a Diocleciano que mandou espancá-lo até a morte. Seu corpo foi recolhido do esgoto público por Santa Luciana que o sepultou nas catacumbas romanas.

Templo A atual Catedral ergue-se com sua forma cônica, topo aplainado, 75 metros de altura e capacidade de abrigar cerca de vinte mil pessoas em pé. O projeto arquitetônico é de autoria do Professor Edgard Oliveira Fonseca, contando com o auxílio de outros arquitetos. Na parte externa, destaca-se o campanário, inaugurado em 7 de julho de 1985. No teto do templo, jaz uma cruz grega transparente. O arquiteto encontrou a inspiração de seu projeto nas pirâmides maias, optando pela forma circular que simboliza a equidistância e a proximidade em relação a Deus. Os vitrais possuem forma trapezoidal nas cores azul, amarela, vermelha e verde, simbolizando os quatro principais múnus da Igreja: unidade, santificação, universalidade e apostolicidade. Isto é, mantendo a tradição apostólica, seus membros se espalham pelos quatro cantos da Terra, evangelizando e formando um só corpo cuja cabeça é Cristo. A Cruz que paira sobre o altar, e as esculturas de São Sebastião e Santana, padroeira secundária da Arquidiocese, bem como a Porta da Fé, com suas 48 placas de bronze em relevo, foram executadas por Humberto Cozzo. Atrás do presbitério fica a sacristia, com seu interior revestido em mármore branco e painéis representando as Missões entre os povos indígenas. Entre a sacristia e o vitral dos fundos, encontra-se a Capela do Santíssimo Sacramento. Nas paredes externas da sacristia, há dois nichos, onde estão abrigadas as imagens de Nossa Senhora com o Menino e São José. Cada nicho possui um pequeno altar à sua frente. A Pia Batismal, esculpida em granito, está à esquerda do presbitério. 73


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Ao redor do templo, tem-se as catorze estações da Via Sacra, feitas de bronze em relevo, executadas por Mazeredo.

Museu Arquidiocesano de Arte Sacra O Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, organizado pela museóloga Helena Pavão, conta com variado acervo que perfaz um total superior a cinco mil peças catalogadas entre pintura, escultura, porcelana, pratearia, mobiliário e indumentária religiosa. Horário de visitas: Quartas-feiras: de 09:00 às 12:00h e de 13:00 às 16:00h. Sábados e domingos: de 09:00 às 12:00h.

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IGREJA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO - ANTIGA SÉ Endereço: Av. Passos, 50 - Centro

Tipo: Igreja

as imagens da Fé, Esperança e Caridade, as três virtudes teologais, executadas em mármore, e acima desta o Livro dos Sete Selos, representando os Sete Sacramentos.

Horário de abertura: Dias da semana: de 07:30 às 12:00 e das 14:00 às 17:00, sábados das 07:30 às 12:00, domingo das 08:00 às 12:00

Religiosidade popular / Curiosidade: Na entrada da nave, abaixo do coro, encontra-se o batistério, cuja pia batismal é a mais antiga da cidade.

Estilos: Apresenta grande imponência e suntuosidade, próprias da arquitetura neoclássica

Festa: 1º domingo após a Páscoa

Contatos: Tels. 2224-0205, 2221-9165

Acessibilidade: Não adaptado

Possui: No frontispício, há um nicho com

Resenha histórica A Irmandade do Santíssimo Sacramento foi instituída entre os anos de 1567 e 1569, na antiga Catedral de São Sebastião, localizada no morro do Castelo. Quando a igreja de São Sebastião ficou em ruínas, a irmandade enfrentou dificuldades em ser abrigada em nova sede. Decidiram na compra de terreno em 1816. O projeto de autoria de João da Silva Muniz e sua sagração ocorreram em 1859.

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Templo No frontispício, há um nicho com as imagens da Fé, Esperança e Caridade, as três virtudes teologais, executadas em mármore, e acima desta o Livro dos Sete Selos, representando os Sete Sacramentos. As duas torres em agulha, projeto do arquiteto José Bittencourt da Silva, foram terminadas em 1875. A ampla nave, com alto pé direito, apresenta grande imponência e suntuosidade, próprias da arquitetura neoclássica. A nave é revestida com talha, executada por Antônio de Pádua e Castro. Na entrada da nave, abaixo do coro, encontra-se o batistério, cuja pia batismal é a mais antiga da cidade. A igreja possui quatro altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda de São Sebastião, Nossa Senhora das Dores, e à direita, São Miguel e Nossa Senhora do Terço. À direita da capela-mor, está a capela Nossa Senhora da Piedade, com uma imagem da padroeira, decorada com rica talha executada por Manuel Narciso de Figueiredo e pinturas no forro do teto.

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IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA Endereço: Largo de São Francisco s/nº Centro Contatos: Tels. 2509-0070 / 2509-0069 Tipo: Igreja Horário de abertura: Dias da semana: De 09:00 às 12:30h. Horário das Missas: Dias da semana: Às 12:00h Estilos: Seguindo a tradicional arquitetura portuguesa, a igreja possui duas torres com base quadrangular, nave retangular, corredores laterais, capela-mor ladeada de sacristia e capela privativa. O interior da igreja tem revestimento de talha neoclássica.

Possui: Os vitrais do coro representam cenas da vida de São Francisco e são provenientes de Munique. Na capela-mor, a talha rococó foi executada por Mestre Valentim da Fonseca e Silva, como também a talha da capela privativa de Nossa Senhora da Vitória. Religiosidade popular / Curiosidade: Acontecimentos históricos realizados na Igreja: Em 1815, solene Te Deum para celebrar a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Em 1831, solenidade de comemoração ao juramento à Constituição Brasileira. Festa: 2 de Abril Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica No antigo Largo da Sé, a venerável Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula foi instituída em 1756 pelo bispo D. Antônio do Desterro e, no ano seguinte, recebeu um terreno para construir sua igreja. Em 1759 é lançada a pedra fundamental para a construção da igreja, inspirada na igreja de São Francisco de Lisboa e concluída somente em 1801.

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Templo A fachada apresenta frontão curvilíneo de cantaria, sustentado por pilastras de ordem toscana. A portada original barroca foi substituída pela atual, com traços característicos do estilo neoclássico. A porta de madeira foi executada por Antônio de Pádua de Castro. Ladeando o frontispício, duas torres com terminações em bulbos revestidos de azulejos, são arrematados por coruchéus. O interior da igreja tem revestimento de talha neoclássica. A nave central é ladeada por dez colunas coríntias, que sustentam o entablamento, e é decorada com pesada ornamentação. A igreja possui seis altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, São João Batista, São Francisco Sales, Nossa Senhora da Conceição, e à direita São José, São Miguel Arcanjo, Nossa Senhora das Dores, executados por Antônio de Pádua e Castro. Na capela-mor, a talha rococó foi executada por Mestre Valentim da Fonseca e Silva, como também a talha da capela privativa de Nossa Senhora da Vitória, pertencendo à sua última fase. No altar-mor, a imagem do padroeiro da Ordem está sobre um trono e na decoração predominam os elementos rococó. As pinturas das paredes da capela foram executadas por Manoel da Cunha, um escravo que conseguiu aperfeiçoar suas técnicas na Europa e comprar alforria com o pagamento de seus trabalhos. Acontecimentos históricos realizados na Igreja: Em 1815, solene Te Deum para celebrar a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Em 1831, solenidade de comemoração ao juramento à Constituição Brasileira.

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO DA LAPA DO DESTERRO Endereço: Rua da Lapa, 111 – Lapa

camarim do altar-mor.

Contatos: 2242-7251

Religiosidade popular / Curiosidade: Na nave há quatro altares, num dos quais se encontra Nossa Senhora da Lapa, imagem do século XVIII, que desde 1810 até 1849 esteve no interior do Convento. Essa imagem é a mesma que era utilizada na procissão de 16 de julho, em honra a padroeira.

Tipo: Irmandade Horário de abertura: Dias da semana: Das 07:00 às 19:00h. Sábados: das 08:00 às 12:00h. Estilos: A fachada em estilo barroco Possui: O altar-mor e os altares laterais foram esculpidos entre 1775 e 1780. Na mesma época, Mestre Valentim esculpiu o

Festa: 16 de Julho Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica No século XVIII, o bairro da Lapa era uma praia conhecida como Areias de Espanha, e desenvolveu-se em torno do seminário e capela dedicada à Nossa Senhora da Lapa do Desterro, construídos em 1751. Os frades carmelitas, por ocasião da chegada de D. João VI, tiveram que desocupar o convento no Largo do Carmo, atual Praça XV, para moradia do monarca. Receberam então como residência o antigo seminário e a capela da Lapa. Em 1810, houve o translado da imagem de Nossa Senhora do Carmo, que desde então ocupa o altar-mor.

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Templo O autor do projeto original, de 1751, é o engenheiro militar e brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim. A construção, porém, sofreu várias reformas e em 1886 as torres ganharam azulejos. A fachada em estilo barroco é ladeada por uma torre à esquerda, tendo a segunda torre ficado inacabada, à espera da instalação de uma sineira, caso chegasse a ser matriz. O altar-mor e os altares laterais foram esculpidos entre 1775 e 1780. Na mesma época, Mestre Valentim esculpiu o camarim do altar-mor.

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CONVENTO DE SANTA TERESA Endereço: Ladeira de Santa Teresa, 52 Contatos: 2224-1040 Tipo: Convento Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 18:00. Domingos e feriados: De 09:00 às 16:30. Horário das Missas: domingo 08:00h; durante a semana somente às 07:00h Estilos: Altar-mor em estilo rococó. Possui: Na portaria, datada do século XVII, destaca-se a barra de azulejos ao longo das paredes contando a história

de Adão e Eva, e numa saleta ao lado do cilindro de madeira, usado na comunicação das freiras enclausuradas e o exterior, encontra-se uma réplica da cela de Madre Maria José de Jesus, em processo de beatificação. Religiosidade popular / Curiosidade: Este é o primeiro convento de carmelitas descalças no Brasil, e surgiu a partir do empenho pessoal de uma leiga, Jacinta Pereira Aires, com o apoio do bispo do Rio de Janeiro em 1750. Festa: 15 de Outubro Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica O conjunto monástico é um marco que caracteriza o perfil histórico do bairro da Lapa. Os altos muros brancos erguem-se como defesa e proteção desse lugar de recolhimento e devoção, e realçam a entrada do Convento de Santa Teresa. A área externa oferece privilegiada vista panorâmica, abrangendo desde a Catedral Metropolitana e o aqueduto da Carioca até o Pão de Açúcar, com a vista da Baía de Guanabara. No século XVI, havia uma ermida consagrada a Nossa Senhora do Desterro, fundada por Antônio Gomes do Desterro. O convento foi fundado pela Madre Jacinta de São José e, inicialmente, situou-se na Chácara da Bica, sendo mais tarde transferido para este local. 89


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Templo O conjunto arquitetônico apresenta sobriedade na decoração, limitada às essenciais molduras de cantaria que, em contraste com o branco das paredes, sublinham a função diferente desses elementos. A igreja tem uma única nave e uma decoração em talha branca, com frisos de ouro emoldurando o altar-mor em estilo rococó. No altarmor, encontram-se a imagem da Sagrada Família, de Nossa Senhora do Carmo e Santa Teresa d‘Ávila. Na portaria, datada do século XVII, destaca-se a barra de azulejos ao longo das paredes contando a história de Adão e Eva, e numa saleta ao lado do cilindro de madeira usado na comunicação das freiras enclausuradas e o exterior, encontra-se uma réplica da cela de Madre Maria José de Jesus, em processo de beatificação.

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA DO OUTEIRO Endereço: Praça Nossa Senhora da Glória, 135 - Glória Contatos: 2225-2869 / 2285-2600 Website: www.outeirodagloria.org.br Tipo: Irmandade Horário de abertura: De 09:00 às 17:00h Horário das Missas: domingo às 09:00 e às 11:00h Estilos: A igreja possui planta poligonal. O pórtico de entrada é formado por três arcos em cantaria, com torre sineira única acoplada ao corpo central. Possui: O altar-mor é ocupado pela

imagem de Nossa Senhora da Glória, com Menino Jesus no colo, trajando ricas vestes, com cetro e coroa de prata. As paredes laterais da nave e do altar-mor possuem decoração com painéis de azulejos, executados entre 1735 e 1740. A Irmandade possui um Museu na parte posterior da igreja. Religiosidade popular / Curiosidade: Durante a festa da padroeira em agosto, há a cerimônia da Troca de vestes, onde um grupo de senhoras (aias de Nossa Senhora) colocam uma nova veste na imagem. Festa: 15 de Agosto Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica Em 1567, houve o combate entre franceses e tamoios contra os portugueses nas encostas do Outeiro Uruçumirim, atual da Glória, episódio onde Estácio de Sá foi mortalmente ferido. Em 1671, o ermitão Antônio de Caminha edifica a pequena capela dedicada à Nossa Senhora da Glória, numa posição de destaque quando avistada pelos navegantes ao chegar à baía, assinalando o perfil da cidade do Rio de Janeiro. Entre 1714 e 1739, a pequena capelinha foi substituída por um templo e levou muito tempo para ser concluída, coincidindo com a fundação da Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Atrás da igreja, fica situado o Museu de Arte Sacra, aberto à visitação. Além da localização privilegiada no adro e da devoção popular, a igreja da Glória teve muita importância na história da Monarquia no Brasil, 93


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desde a chegada de D. João VI, em 1808. Foram batizados a primogênita do Príncipe Regente, a princesa D. Maria da Glória - cujo nome já denota a devoção - e, mais tarde, Pedro, filho de D. Pedro I, que viria a ser também imperador, assim como vários personagens da família real.

Templo A igreja possui planta poligonal, constituída de dois prismas octogonais entrelaçados, e foi executada pelo engenheiro militar, tenente-coronel José Cardoso Ramalho. Apesar da imponência arquitetônica, transmite simplicidade quase austera. O pórtico de entrada é formado por três arcos em cantaria, com torre sineira única acoplada ao corpo central. Embaixo da torre encontra94


se um alpendre, executado em mármore de lióz. Na porta principal, encontra-se o medalhão com a imagem de Nossa Senhora da Glória. Na entrada da nave encontram-se duas pias, em mármore de lióz, executadas na segunda metade do século XVIII. As paredes laterais da nave e do altar-mor possuem decoração com painéis de azulejos, executados entre 1735 e 1740. São desenhos monocromáticos, baseados no livro Cântico dos Cânticos, do Antigo Testamento, representando Sulamita, um pastor e um anjo num cenário de jardins. Entre 1740 e 1745, foram executados os painéis de azulejos do coro, representando personagens do Antigo Testamento, em um cenário de paisagem. A igreja possui dois altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, São Gonçalo e à direita, Santo Amaro. As talhas dos altares correspondem a um período de transição entre o rococó e o neoclássico e foram executados no final do século XVIII ou início do século XIX. As lâmpadas de prata dos três altares foram doadas por D. Pedro II e são provenientes do século XIX. Sob o arco do cruzeiro, encontra-se o emblema do Império, que marca a estreita relação entre a monarquia e a igreja.

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BASÍLICA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS Endereço: Rua Mariz e Barros, 354 Tijuca Contatos: Tel. 2569-8904 Tipo: Basílica Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 19:00. Sábados: de 07:00 ás 17:00. Domingos: De 07:00 ás 19:00. Horário das Missas: Dias da semana: às 07:00, 08:00 e 18:30h; Sábados às 07:00, 08:00 e 16:00; domingo às 07:00, 08:30, 10:00, 11:30 e 18:30h. Estilos: A fachada em estilo românico.

Possui: Possui painéis que representam a vida de Santa Terezinha, e passagens bíblicas, assim como treze vitrais. Na abóboda da Capela-mor pintura de Santa Terezinha. Sob o altar da Relíquia de Santa Terezinha encontra-se a relíquia de São Justino. Religiosidade popular / Curiosidade: Em altar lateral há uma relíquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, tendo todo dia 30 de cada mês, benção e imposição da relíquia em todas as Missas. Festa: 1º de Outubro Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica Em 1920, chegou ao Rio de Janeiro um grupo de Padres Carmelitas, e depois de um ano conseguiram arrematar, em leilão, o prédio pertencente à Baronesa de Itacuruçá. Da sala de visitas abriram uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, em 1921. Em 1924, começa a construção da nova igreja. Em 1926, ano da canonização da santa, ela foi inaugurada. Em 1927, foi elevada pelo Papa Pio XI à dignidade de Basílica, sendo a primeira do Rio elevada a essa condição. 97


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Templo Seu estilo é românico. A fachada compõe-se de três partes verticais, sendo suas laterais mais baixas e ligadas ao centro por grandes volutas. Sobre as laterais e o frontão triangular central possui esculturas de anjos. Um para-vento em madeira separa o átrio da nave, O coro é sustentado por duas colunas, onde guarda um belo órgão. A nave, com teto em forma de abóboda, é dividida em três partes, sendo a central a de maior tamanho. Oito pilares fazem essa divisão, quatro em cada lateral. No terceiro pilar à esquerda há um púlpito octogonal em mármore, tendo imagens em relevo, sobre cada face. Possui painéis que representam a vida de Santa Terezinha, e passagens bíblicas, assim como vitrais que são em número de treze. Na parte esquerda da nave há um espaço com grade com as imagens de Nossa Senhora da Conceição e São Justino, e tendo ainda uma relíquia de Santa Terezinha. Seguindo há um confessionário e um altar com o Sagrado Coração de Jesus e de Santa Maria Margarida de Alacoque, e após esse outro confessionário com as imagens de Santo Antônio ladeada por duas portas, uma delas dá acesso à Capela do Menino Jesus de Praga, com dois anjos e uma imagem de Santa Terezinha, nesse recinto há também vitrais. Do lado direito da lateral da nave, um altar de Nossa Senhora de Fátima, um confessionário e mais um altar com a imagem de São João da Cruz, após esse, um altar com São José. Nas laterais da capela-mor encontram-se dois altares: No lado esquerdo, Nossa Senhora do Carmo ladeada por São Vicente à esquerda e São Sebastião à direita. No lado direito, o altar de Santa Teresa de Jesus, tendo a esquerda Santa Zita e à direita São Paulo. O altar-mor tem vários painéis, Santa Teresinha está em um nicho de mármore, lateralmente há duas colunas coríntias que sustentam um frontão. Os altares são feitos de mármore de Carrara, os vitrais são obras do artista Cavaliere Formenti.

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA Endereço: Rua das Laranjeiras, s/n Laranjeiras Contatos: Tel. 2225-0735 Tipo: Igreja Horário de abertura: Dias da semana: de 07:00 às 19:00. Sábados: de 07:00 ás 18:00. Domingos: de 07:30 ás 21:00. Horário das Missas: Dias da semana: 17:00 e 18:00, Sábados: 15:00 e 17:00, Domingos: 07:30, 09:00, 10:30, 12:00, 17:00, 18:30 e 20:00h.

Possui: Uma Capela Batismal rodeada de vitrais e uma Pia Batismal com símbolos do Sacramento. Na sala dos cumprimentos tem uma escultura da Última Ceia em tamanho natural. Religiosidade popular / Curiosidade: Por trás do frontão encontra-se um terraço tendo, em cada um dos quatro ângulos, uma escultura em mármore – a Fé, a Esperança, a Caridade e a Religião. Festa: 15 de Agosto Acessibilidade: Adaptado

Estilos: Neoclássico

Resenha histórica Em 1834, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora da Glória e em consequência a sede paroquial. A irmandade do Santíssimo Sacramento de Nossa Senhora da Glória foi fundada em 1835, por Antônio Joaquim Pereira de Velasco. A pedra fundamental foi lançada em 1842, cuja cerimônia foi presidida pelo bispo Dom Manuel de Araújo e acompanhada por D. Pedro II, que recebeu o título Provedor Perpétuo da Irmandade.

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Templo A fachada, com colunas, frontão e larga escadaria, representa um dos exemplos mais típicos e raros da arquitetura neoclássica religiosa, cujo projeto foi executado pelos engenheiros Júlio Koeler e Carlos F. G. Riviere, inspirado na igreja de Saint Martin in the Fields em Londres. Por depender dos donativos dos devotos, a igreja foi finalmente inaugurada em 1872. A torre, localizada atrás do frontão, foi acrescentada ao projeto original ainda no século XIX. A nave possui decoração neoclássica. A igreja possui seis altares laterais representando a partir da entrada, à direita, São Miguel Arcanjo, Senhor da Agonia e Sagrado Coração de Jesus, e à esquerda, São José, Nossa Senhora da Cabeça, Nossa Senhora das Dores. No altar-mor, encontra-se a imagem de Nossa Senhora da Glória inserida em imenso camarim.

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BASÍLICA DA IMACULADA CONCEIÇÃO Endereço: Praia de Botafogo, 266 Botafogo Contatos: Tel. 2551-5048 Tipo: Basílica Menor Horário de abertura e das Missas: Todos os dias das 07:00 ás 18:00 Estilos: Neogótico Possui: A igreja possui diferentes vitrais: os do altar-mor possuem as imagens de Santa Catarina Labouré ajoelhada aos pés de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, à direita; Santa Margarida Maria adorando

o Coração de Jesus, ao centro; e Santa Bernadete contemplando a Imaculada Conceição, à esquerda. Os vitrais do lado esquerdo da nave, representam os mistérios de Jesus, Maria e José. Os vitrais da direita da nave, representam os mistérios de Jesus. Religiosidade popular / Curiosidade: Atualmente encontra-se no seu interior o túmulo de Odete Vidal, Odetinha, que está em processo de beatificação. Festa: 08 de dezembro Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica Em 1886, foi lançada a pedra fundamental para construção da capela do Colégio Imaculada Conceição (organização das Irmãs Vicentinas, filhas da Caridade de São Vicente de Paulo), sendo esse último inaugurado em 1884. Em 1892, foi inaugurada a capela. Em 1960, foi criada a Paróquia da Imaculada Conceição e transformada de Capela em Matriz. Em 2002, a Matriz foi elevada à condição de Basílica Menor da Imaculada Conceição.

Templo A Igreja tem um estilo neogótico, foi inaugurada em 1881, com projeto do padre Clavelin. Sua fachada em bloco único, é dividida em três segmentos com pilares, cujo topo é ornamentado por pináculos. A 105


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porta da entrada possui ogivas alongadas em arquivoltas, e na lateral encontram-se janelas duplas em ogivas alongadas. Tanto a porta quanto as janelas são encimadas por frontão triangular. Sobre o frontão da porta encontra-se uma rosácea, lembrando as vinte e quatro consagradas ao Coração de Jesus, característica desse estilo. Acima, sobressai a torre com terminação piramidal encimada por uma cruz, e ao centro dela encontra-se um nicho com a escultura do Senhor Jesus sob duas janelas geminadas ogivais. Na porta, em madeira trabalhada, encontra-se um medalhão com um crucifixo sobre um coração em chamas com a inscrição Charitas Christ Urget Nos (A caridade em Cristo nos impulsiona); descendo alguns degraus na parte da frente, encontram-se dois anjos de cada lado. Na entrada, encontra-se o quebra-vento, em madeira trabalhada com vitrais em arco ogival, com a imagem da Virgem ao centro e símbolos sacro nas laterais. A nave é dividida por arcos sustentados por colunas em mármore róseo, onde estão os altares laterais. Nas paredes laterais e no altar–mor encontram-se trinta e dois vitrais. No altar-mor, os vitrais possuem as imagens de Santa Catarina Labouré ajoelhada aos pés de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa à direita; Santa Margarida Maria adorando o Coração de Jesus ao centro; e Santa Bernadete contemplando a Imaculada Conceição, à esquerda. Os vitrais do lado esquerdo da nave, representam os mistérios de Jesus, Maria e José. Os vitrais da direita da nave, representam os mistérios de Jesus. A igreja possui altares laterais representando a partir da entrada, à direita, a imagem do Sagrado Coração de Jesus, em tamanho natural, vinda da França. À esquerda há um confessionário de madeira e um púlpito em mármore decorado.

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IGREJA DE SANTO INÁCIO Endereço: Rua São Clemente, 226 Botafogo Contatos: 3184-6200 Tipo: Igreja Horário de abertura: Dias da semana: de 07:00 às 19:00h. Sábados: de 07:00 ás 19:00h. Domingos: de 07:00 ás 20:00h. Horário das Missas: Dias de semana e sábado ás 07:00 e às 18:00h; domingo às 08:00, 11:00, 18:00 e 19:15h. Estilos: Românico e maneirista

Possui: Os vitrais acima dos altares correspondem as santos homenageados. No vitral do coro, a imagem de Inácio de Loyola sendo carregado pelos soldados, quando foi ferido no cerco em Pamplona, em 1521, quando foi tocado por Deus, deixando a vida de vaidades para seguir a Cristo. Religiosidade popular / Curiosidade: Subsolo cripta com restos mortais jesuítas falecido no Rio de Janeiro. Festa: 31 de Julho Acessibilidade: Adaptado

Resenha histórica A Companhia de Jesus fundada por Santo Inácio de Loyola, tinha como missão estar a serviço da Igreja onde fosse necessário. Em 1773 o Papa suprimiu as atividades da Ordem. Colégios e residências foram fechadas. Restaurada a Ordem em 1814, por Pio VII. No Brasil, a Companhia de Jesus está distribuída em três províncias e duas regiões. No Rio de Janeiro, a Companhia abrange o Colégio Santo Inácio, a Pontifícia Universidade Católica (PUC), a Casa de Retiros Padre Anchieta e a Residência João XXIII. Com a construção do Colégio Santo Inácio na rua São Clemente, que começou em 1909, deu-se o início da Igreja também. Foi abençoada pelo Cardeal Arcoverde, em 1912, mesmo sem terminar. Em 1931, foi inaugurado o altar-mor. A igreja foi terminada em 1935 e em 1960, sofreu modificações. 109


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Templo Possui traços arquitetônicos em estilo românico e maneirista, com altar-mor e dois laterais fazendo o braço da cruz. As colunas da nave criam espaços para os altares laterais. Os vitrais acima dos altares correspondem as santos homenageados. No vitral do coro, a imagem de Inácio de Loyola sendo carregado pelos soldados, quando ferido no cerco em Pamplona, em 1521, onde foi tocado por Deus, deixando a vida de vaidades para seguir a Cristo. Na cúpula, encontram-se afrescos representando os evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João. As paredes da nave são decoradas com anagramas litúrgicos e símbolos da Companhia. O altar-mor é inspirado em uma das principais Igrejas de Roma. Santo Inácio está usando paramentos tradicionais da missa, com olhar voltado para o Senhor, numa atitude de acolhida a sua vontade. Abaixo, um nicho com um relicário, com relíquia de Santo Inácio e de outros santos jesuítas. No Alto dois anjos com o lema inaciano: Ad maiorem Dei gloriam para a maior glória de Deus. Altares: Coração de Jesus e de Nossa Senhora das Vitórias; Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690); Beato Inácio de Azevedo e companheiros (chamada mártires do Brasil); são Francisco Xavier (15061552); a Pietà e Descida da Cruz; No altar do Beato José de Anchieta (1534-1597), o relevo em cimento é diferente do conjunto da igreja, colocado em 1980, época da beatificação de Anchieta. Altar dos três Lírios da Companhia: João Berchmans (1599-1621), Luiz de Gonzaga (1568-1591) e Estanislau Kostka (1550-1568), esses santos morreram quando eram estudantes. Suas vidas são exemplos de comportamento e conduta. Altar São José; Santo Antônio e Santa Terezinha, devoção popular.

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IGREJA MATRIZ SÃO JOÃO BATISTA DA LAGOA Endereço: Rua Voluntários, 287 - Botafogo

e apresenta grandes proporções arquitetônicas.

Contatos: Tels. 2226-2926 / 2266-6897

Religiosidade popular / Curiosidade: Ao início século XX, foi instalado o órgão, considerado uns de melhor sonoridade do Rio de Janeiro.

Tipo: Igreja Horário de abertura: Dias da semana: de 07:00 às 18:00. Sábados: de 08:00 ás 19:00. Domingos: de 08:00 ás 12:00.

Festa: 24 de Junho

Estilo: Neoclássico

Acessibilidade: Adaptado

Possui: A igreja tem estilo neoclássico

Resenha histórica A freguesia de São João Batista da Lagoa situava-se na Capela de Nossa Senhora da Conceição, próxima a Lagoa Rodrigues de Freitas desde 1732, mas em 1826, a Capela desabou e a matriz foi transferida para a Capela de São Clemente ainda menor. Em 1831, Joaquim Batista de Leão doou um terreno na rua nova de São Joaquim, lançando no mesmo ano a pedra fundamental da nova igreja. A capela-mor foi sagrada em 1836. Em 1958, com o alargamento da Rua Voluntários da Pátria, o Vigário da época decidiu demolir a igreja e reconstruir outra. Desapareceram os altares laterais, a Capela do Santíssimo e o retábulo em madeira de estilo rococó tardio. Com isso, a abóboda rachou e a fachada inclinou. Houve um protesto dos fiéis, substituíram o pároco, assumindo o Pe. Arlindo Thiessen, que salvou a Matriz, e em 1967, foi restaurada. 113


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Templo A igreja tem estilo neoclássico e apresenta grandes proporções arquitetônicas. Está situada em nível superior da rua, com uma escadaria em frente a sua fachada. Foi edificada em bloco único, ornada com colunas jônicas e frontão triangular encimado por uma cruz. Ladeando o frontispício, duas torres possuem terminação bulbosa, encimadas por uma cruz e janelas em arco nas quatro faces. A Igreja possui uma portada central, e duas portas de cada lado e acima delas, janelas. Logo ao entrar, encontra-se um quebra-vento em madeira com vitrais do Sagrado Coração de Jesus, à esquerda e do Sagrado Coração de Maria, à direita. À esquerda, encontra-se o Batistério, com figuras do Batismo de Jesus, em alto relevo. À direita, uma escada dá acesso ao coro, que abriga um órgão de tubos. A nave é única, com cinco passagens de cada lado para os corredores laterais, tendo três tribunas acima delas. O teto da nave é em forma de abóboda com cinco vitrais em cada lateral, ornado com colunas jônicas. Nos corredores laterais, encontram-se nichos com as imagens de São Sebastião, Santa Terezinha, São José e de Santo Antônio, antecedido por dois confessionários. Nos corredores laterais, encontram-se nichos com as imagens, à esquerda, São Sebastião, Santa Terezinha e São José e à direita, somente o de Santo Antônio, antecedido por dois confessionários. O arco-cruzeiro é decorado com motivos florais, na capela-mor, o teto tem detalhes floridos, e uma claraboia. A igreja possui dois altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, Nossa Senhora das Dores e à direita, São Miguel. No retábulo central, encontra-se o relevo Agnus Dei, formado por colunas jônicas com fustes canelados. Ao centro, encontra-se a imagem de São João Batista, tendo acima um Crucifixo e abaixo um Sacrário em dourado; à esquerda, imagem do Sagrado Coração de Jesus, à direita de Nossa Senhora da Conceição.

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BASÍLICA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Endereço: Rua Coração de Maria, 66 Méier Contatos: Tel. 2501-3553 Tipo: Basílica Menor Horário de abertura: Dias da semana: de 07:00 às 20:00h. Sábados: de 07:00 ás 18:00h. Domingos: de 08:00 ás 20:00h. Horários das Missas: Dias da semana: 07:00, 10:00 e 19:00h. Sábados: 07:00, 10:00 e 17:00h. Domingos: 07:00, 08:30, 10:00, 18:00 e 20:00h.

Possui: Edificação em estilo neumorisco, diferente das igrejas existentes no Rio de Janeiro, com seu interior com pinturas em listras recortados por grandes arcos. Religiosidade popular / Curiosidade: Em 16 de Setembro de 1929 desabou o arco do cruzeiro, levando junto o forro e o telhado. Foram feitas reformas estruturais, conservando-a até o presente momento. Festa: 08 de Agosto Acessibilidade: Adaptado

Estilos: Neumourisco

Resenha histórica Os primeiros padres missionários claretianos da Península Ibérica, chegaram em 1907 na cidade do Rio de Janeiro e ocuparam o Morro de Todos os Santos. Eles foram capelães das Irmãs do Colégio Nossa Senhora das Dores e instalaram-se com o propósito de construir uma igreja. Compraram um terreno no Méier em 1908, e em 1909 lançaram a pedra fundamental, cuja planta foi executada pelo arquiteto e urbanista espanhol Adolfo Morales de Los Rios. A igreja é uma das únicas igrejas no Brasil construída em estilo neomourisco. Em 1912, foi inaugurada a primeira parte da Igreja e em 1914, os padres entraram definitivamente na comunidade. Em 1917, foi inaugurada o restante da igreja, porém somente em 1924 chegou-se ao final da torre.

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Templo A fachada tem edificação quadrilátera, com três umbrais arqueados, e sobre essa, uma torre com terminação piramidal encimada por uma cruz, com três relógios. Tem um espaço reservado ao campanário, porém sem sinos. As duas portas de entrada são em madeira de jacarandá brasileiro. Internamente, encontra-se um hall sob o coro, que abriga um grande órgão e a esquerda, encontra-se uma pia batismal com a imagem do Batismo de Jesus. A nave tem formato de cruz latina, com dois braços laterais antes do presbitério. As paredes foram decoradas com mosaicos coloridos. O teto tem pinturas em listras, recortado por grandes arcos. A igreja possui quatro altares laterais representando a partir da entrada, à esquerda, cada um com três imagens, Nossa Senhora de Fátima, Menino Jesus de Praga e Nossa Senhora do Carmo; São Miguel, Nossa Senhora Aparecida e Santa Terezinha; Nossa Senhora das Dores, ladeada por dois anjos; Sagrada Família. À direita, São Vicente de Paulo, Nossa Senhora da Paz e Santo Antônio; São Geraldo, Santa Zita e São Jorge; Santa Maria Goretti, Nossa Senhora da Conceição e Santa Inez; Santo Antônio Maria Claret ladeado por dois anjos. No lado esquerdo do braço da cruz latina da nave, encontra-se um altar dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, ladeado à esquerda por Santa Margarida Maria de Alacoque e à direita Santa Teresa D’Avila. E no braço à direita, um altar com São José, à sua direita, São Judas Tadeu, e à esquerda São Sebastião. No altar-mor, encontra-se a imagem do Imaculado Coração de Maria, inserido em um baldaquino com decoração mourisca, suspenso por quatro colunas. Sobre ele, uma decoração que remete a uma coroa dourada.

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SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA Endereço: Largo da Penha,19 - Penha Contatos: Tel. 2501-3553 Website: www.santuariopenhario.org.br Tipo: Santuário Mariano Horário das Missas: Dias da semana e sábados: às 08:00h. Domingos: ás 08:00 e ás 17:00h. Estilos: A igreja é eclética. Seu interior segue o rococó. Seu frontispício frontal é neogótico. Possui: Escadaria com 382 degraus para chegar à Igreja, onde muitos fiéis pagam promessas subindo-a de joelhos.

mais importantes do Rio. Foi criada em 1635, como ermida, é o elemento formador de todo o bairro que leva seu nome. O português Baltazar de Abreu Cardoso, certo dia, vistoriando essas terras, deparouse com uma cobra. Então ele gritou: “Valeime Nossa Senhora”. Imediatamente apareceu um lagarto, inimigo mortal das serpentes. Após acreditar nesse milagre, Baltazar mandou erguer a pequena capela que deu origem ao atual santuário. Festa: Outubro Acessibilidade: Por possuir um bondinho, a acessibilidade é ampla para todos.

Religiosidade popular / Curiosidade: A Igreja da Penha é uma das quatro igrejas

Resenha histórica A devoção à Nossa Senhora da Penha de França tem origem na Europa, datando do século XV. Segundo o Padre Colunga, em seu livro Nuestra Señora de Peña de Francia, um peregrino francês de nome Simão Vela, em 19 de maio de 1434, descobriu em Penha de França, um monte situado na serra do mesmo nome em Salamanca, a imagem de Nossa Senhora. Simão Vela construiu, em princípio, uma pequena ermida, que mais 121


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tarde se transformou em grandioso templo. Esta devoção passou para a Portugal e com os portugueses chegou ao Brasil. A história mais antiga data de 1535, no Espírito Santo, com o franciscano Frei Pedro Palácios. O santuário do Rio de Janeiro é a segunda cidade a consagrar-se à Nossa Senhora da Penha.

Templo Seu frontispício é em estilo neogótico, com duas imensas pirâmides em mármore coroando as torres sineiras. A igreja é de nave única, com um só altar-mor. Sua decoração é com ornatos e símbolos em estuque. Uma claraboia ilumina o interior do templo. Possui dois lustres em cristal. No altar-mor está o orago do templo: Nossa Senhora da Penha de França. Na sacristia, um belo arcaz, comporta um retábulo do século XVIII, no qual fica uma imagem de Nossa Senhora do Rosário do século XVII. Um lavabo em pedra de lióz embeleza essa sacristia. Em compartimento separado, está o Batistério, onde fica a pia batismal em formato de grande concha. Ao fundo, a cena do Batismo de Cristo. A Igreja está a 69 metros de altitude, voltada para o mar, e para lá chegar, foram esculpidos 382 degraus na rocha viva. Atualmente, com as novas tecnologias, no sopé do morro, há uma estação com o bondinho que leva os fiéis diretamente ao famoso Santuário.

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PATRIMÔNIO ECLESIÁSTICO DE NITERÓI As cidades do Rio de Janeiro e de Niterói possuem suas trajetórias históricas entrelaçadas, pois ambas foram fundadas no contexto dos conflitos entre portugueses e franceses pelo domínio territorial da Baía de Guanabara, durante a segunda metade do século XVI. Na margem leste da mesma baía, denominada “barreiras vermelhas da banda d’além”, os padres da Companhia de Jesus fundaram, em 1573, o aldeamento de São Lourenço dos Índios, reunindo nativos da tribo Temiminó, chefiada pelo cacique Araribóia. Uma capela dedicada a São Lourenço era o núcleo do povoado. Eis o marco inicial de ocupação da região do atual Município de Niterói. A referida capela ainda se encontra de pé, no alto do Morro de São Lourenço, em sua terceira reedificação, verdadeira jóia da arquitetura jesuítica no Brasil. A ocupação da região da Praia Grande se desenvolveu através de engenhos de cana-de-açúcar e fazendas policultoras, no decorrer dos séculos XVII e XVIII, tendo como pontos de referência várias capelas, com destaque para as sedes das freguesias de São Lourenço dos Índios, São Sebastião de Itaipu, São João Batista de Caraí e São Gonçalo do Amarante, importantes núcleos de fixação populacional. Capelas como as de São Domingos, Nossa Senhora da Boa Viagem e de São Francisco Xavier eram consideradas pelos habitantes não apenas como

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locais sagrados, de elevação espiritual, mas também como pontos de observação para a navegação e locais de refúgio em caso de ataques inimigos. Locais de oração e baluartes de defesa Em 1819, por iniciativa do Rei de Portugal, D.João VI, foi fundada na região a Vila Real da Praia Grande (reunindo as freguesias supra citadas), elevada em 1835 a categoria de Imperial Cidade de Niterói, capital da Província do Rio de Janeiro. A paisagem niteroiense do século XIX foi delineada pela presença de edificações eclesiásticas, com destaque para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e para a Catedral de São João Batista, monumentos sacros de grande relevância religiosa e artística, verdadeiros marcos na história da cidade. O peregrino que percorrer os caminhos do patrimônio eclesiástico de Niterói terá a possibilidade de vivenciar experiências inusitadas, enriquecedoras tanto do ponto de vista espiritual como em termos culturais. Por exemplo, em São Lourenço dos Índios e São Francisco Xavier o visitante terá contato com as tradições indígenas e com o projeto colonial jesuítico; na Ilha da Boa Viagem se deslumbrará com a vista paradisíaca e se comoverá com o silêncio tocante da singela capelinha debruçada sobre o mar; na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, com sua longa escadaria e feições barrocas, evocará uma das mais antigas devoções locais e das janelas da Catedral de São João Batista contemplará o crescimento da cidade, com seu perfil de centro mercantil. Muitas surpresas aguardam o visitante nesta jornada, sendo uma delas os aspectos arquitetônicos peculiares da Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em estilo neogótico e neobizantino, sob inspiração de Bossan. Oriente e Ocidente se encontram nas arcadas e abóbadas da igreja supra citada, evocando mensagens de tolerância, diálogo e paz entre os homens. Peregrinemos com o olhar atento, a mente aberta e o coração sereno.

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CATEDRAL METROPOLITANA SÃO JOÃO BATISTA DE NITERÓI Endereço: Praça D. Pedro II, s/n, Centro, Niterói - RJ Contatos: Tel.: (21) 2620-2529 Website: www.catedraldeniteroi.com.br Tipo: Catedral Horário de abertura: Dias da semana: De 08:00 às 18:00h. Sábado de 08:00 às 14:00h. Horário das Missas: Segunda - feira, 18:30h. Terça a Sexta - feira, 07:00, 12:15 e 18:30h. Sábado, 16:00 e 18:00h. Domingo,

07:00, 10:00 e 18:30h. Estilos: Barroco Possui: Mobiliário de época, órgão, imagens sacras. Religiosidade popular / Curiosidade: Às terças-feiras, no horário das 18:30, a Missa é especialmente dedicada a Santo Antônio, e há distribuição de pães abençoados aos fiéis após a celebração. Festa: 24 de Junho Acessibilidade: Não adaptado.

Resenha histórica A primeira referência que temos a respeito da construção de uma capela ou ermida em honra de São João Batista, em terras niteroienses, data de meados do século XVII. Trata-se da capela de São João Batista de Icaraí, erguida por volta de 1644, num outeiro denominado Morro da Pedra, nas cercanias da atual Rua Gavião Peixoto, no bairro de Icaraí. Após a fundação da Vila Real da Praia Grande, pelo Rei de Portugal D. João VI, em 1819, a sede da Freguesia de São João Batista foi transferida para a capela de Nossa Senhora da Conceição, templo do século XVII situado num outeiro nas proximidades da Praia Grande, sede da vila, 127


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em local mais acessível que os longínquos areais de Icaraí. No contexto do Plano de Edificação da Vila Real da Praia Grande, datado de 1820, havia sido prevista a construção de uma igreja matriz. Tal igreja matriz foi erguida em terrenos doados à Irmandade de São João Batista. As obras da igreja começaram em 1821, sendo o templo sagrado apenas em 1831. Em virtude da Vila Real da Praia Grande ter sido elevada em 1835 à categoria de Imperial Cidade de Niterói, capital da Província do Rio de Janeiro, o poder público considerou construir uma nova igreja. Em 1842, foi lançada a pedra fundamental da nova Igreja Matriz de São João Batista, no mesmo Largo do Rossio, sendo a antiga igreja demolida poucos anos depois, em 1849. A solenidade de sagração do novo templo ocorreu no Domingo de Páscoa de 1854, sendo as imagens sacras entronizadas em 24 de junho do mesmo ano, com a presença do Imperador D. Pedro II e da Imperatriz D. Teresa Cristina.

Templo Construída em linhas sóbrias de inspiração neoclássica, a igreja matriz de São João Batista foi, durante muitas décadas, o prédio mais alto do centro de Niterói, pois suas torres quadrangulares podiam ser avistadas de vários pontos da cidade. Numa de suas torres foi instalado, ainda no século XIX, um grande sino de bronze, denominado João Suíço, homenagem ao benemérito doador. Com a elevação do Bispado do Rio de Janeiro à categoria de Arcebispado, através da bula Ad universas orbis ecclesias, do Papa Leão XIII, em 1892, o mesmo documento pontifício criou o Bispado de Niterói, com sede na igreja matriz de São João Batista. Durante a Revolta da Armada (1893-1894), bombardeios frequentes atingiram a cidade de Niterói; assim sendo a sede do Bispado foi transferida provisoriamente, em 1895, e retornando a Niterói somente em 1907. A igreja matriz de São João Batista passou a ser denominada Catedral de Niterói por decreto de 25 de Fevereiro de 1908.

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IGREJA DE SÃO LOURENÇO DOS ÍNDIOS Endereço: Praça General Rondon, s/n, São Lourenço, Niterói - RJ Contatos: Tel.: (21) 2722-3709 Tipo: Capela Horário de abertura: As visitas devem ser marcadas com a Secretaria de Cultura. Horário das Missas: domingo às 09:30h Estilos: Jesuítico Possui: O retábulo de madeira é

considerado pelo arquiteto Lúcio Costa como o mais belo exemplar brasileiro da arte jesuítica. Religiosidade popular / Curiosidade: Na região existiam indígenas canibais que tinham o costume de assar os europeus que capturavam, por isso quiseram dar o nome de São Lourenço a Igreja. Festa: 10 de Agosto Acessibilidade: Não adaptado

Resenha histórica No alto do morro de São Lourenço, entre os bairros do Fonseca e Santana, encontramos a capela de São Lourenço dos Índios, uma das mais antigas capelas coloniais brasileiras, verdadeiro marco de fundação da atual cidade de Niterói. Construída originalmente em taipa, por volta de 1570, em terras do aldeamento jesuítico de São Lourenço, segundo correspondência do padre Gonçalo de Oliveira. São Lourenço foi diácono da Igreja, em 257 foi intimado a entregar os bens da Igreja, sob sua guarda. Lourenço reuniu os fiéis pobres e necessitados e apresentou-os como bens da Igreja. Morreu mártir em 258. Em 1578, por iniciativa do padre jesuíta Brás Lourenço, a capela foi reconstruída e em 1586 sofreu considerável ampliação, tendo sido neste ano representado em seu adro o Auto de São Lourenço, peça inserida na estratégia de catequese dos jesuítas, considerada uma das primeiras 131


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manifestações teatrais ocorridas no contexto do Brasil colonial. A capela de São Lourenço foi elevada à categoria de paróquia em 1758. Após a expulsão da Companhia de Jesus dos domínios portugueses, em 1759, a mesma capela passou ao domínio do Bispado do Rio de Janeiro. Com a criação da Vila Real da Praia Grande, em 1819, as freguesias locais foram desmembradas do termo da cidade do Rio de Janeiro, sendo a de São Lourenço sediada na célebre capela, passando a integrar o termo da nova vila, ao lado das freguesias de São João Batista de Caraí, São Sebastião de Itaipu e São Gonçalo do Amarante. Dentre os visitantes ilustres que deixaram descrições sobre a capela de São Lourenço dos índios no decorrer do século XIX, podemos assinalar o viajante naturalista germânico Maximilian, Príncipe de Wied-Neuwied, que visitou o aldeamento em 1815, além do Imperador D.Pedro II, que peregrinou a São Lourenço em 1841 e 1854, durante visitas oficiais a Niterói. Defronte à igreja, na atual Praça General Rondon, existia o antigo adro dos jesuítas, o cemitério dos caboclos, exatamente no local onde haviam as tibicueras, solo sagrado onde os indígenas sepultavam seus mortos em grandes urnas de barro, chamadas camocins, indicando ser a área um importante sítio arqueológico.

Templo Em 1627, no local da antiga capela de taipa, foi erguido um templo de pedra e cal, em estilo jesuítico, com nave única, coro sobre a entrada e frontão triangular. No interior do mesmo foi instalada uma pia batismal de pedra de lióz, além de um púlpito para pregação. O piso original era de tijoleiras de barro cozido, sendo o arco - cruzeiro revestido de madeira. O prédio apresentava ainda sacristia, com lavabo em pedra de lióz, além de campanário - arcada com dois sinos laterais. Entretanto, o ponto alto da edificação era o retábulo barroco, representativo da primeira fase dos retábulos jesuíticos (1620-1670), finamente trabalhado em madeiras brasileiras (cedro e canela), ricamente dourado, com a imagem do mártir São Lourenço. Segundo o arquiteto e urbanista Lúcio Costa, o referido altar poderia ser considerado uma das maiores relíquias da arte jesuítica no Brasil. 132


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BASÍLICA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA Endereço: Rua Santa Rosa, 207, Santa Rosa, Niterói - RJ Contatos: Tel. (21) 2715-3350 Website: www.bnsaniteroi.com.br Tipo: Basílica Horário de abertura: Segunda - feira a sábado, de 8:00 às 11:00h e de 15:00 às 20:30h; domingo, de 08:00 às 11:30h e de 15h às 20:30h. Horário das Missas: Segunda a sexta feira, 06:30, 07:30 e 19:30h; sábado, 06:30, 07:30 e 17:00h; domingo, 07:30, 10:30, 17:30 e 19:30h.

Possui: Imagens sacras, órgão monumental, mobiliário de época e esculturas em mármore de Carrara. Religiosidade popular / Curiosidade: Nas Missas de domingo de manhã, a liturgia é acompanhada pelo som do órgão monumental. Às 07:30, ele é manipulado eletronicamente; às 10:30, ele é tocado pelo próprio padre. Festa: 24 de Maio No dia 24 de cada mês, as duas Missas da manhã são dedicadas à padroeira. Acessibilidade: Adaptado

Estilos: Gótico, com influência do estilo árabe.

Resenha histórica Templo católico dedicado a Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira principal da Arquidiocese de Niterói. As origens da referida igreja remontam a uma pequena capela erguida por iniciativa do padre salesiano Miguel Borghino, em 1884, no terreno do Colégio Salesiano Santa Rosa, fundado em 14 de Julho de 1883. Os padres salesianos pertenciam a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, fundada em 1859, na Itália, por João Melchior Bosco (1815-1888), grande devoto de Nossa Senhora Auxiliadora, canonizado pelo Papa Pio XI, em 01 de Abril de 1934. A invocação mariana de Nossa Senhora Auxiliadora teve origem no século XVI. Em 07 de Outubro de 1571, sob a inspiração da Virgem 135


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Maria, uma armada cristã, venceu a armada dos turcos otomanos, na célebre batalha naval de Lepanto, cercanias da Grécia, derrotando o poderio muçulmano no Mar Mediterrâneo. A partir de tal fato, a devoção popular instituiu a expressão Nossa Senhora auxiliou os cristãos na batalha, em defesa da fé católica. Em comemoração ao Ano Mariano e ao 4º centenário de descobrimento do Brasil, os padres salesianos empreenderam a construção de um monumento a Nossa Senhora Auxiliadora, no alto do Morro da Atalaia, atrás do Colégio Salesiano. O diretor do colégio, Padre Luís Zanchetta lançou a pedra fundamental do monumento em 03 de maio de 1890, sendo o projeto de autoria do padre salesiano Domingos Delpiano, de inspiração neogótica e neobizantina, apresentando forte influência do arquiteto francês Pierre Bossan. Com um pedestal de quatro faces, de mármore nacional, medindo seis metros de altura, o monumento apresenta uma coluna de vinte e oito metros, sobre a qual foi colocada a imagem da Virgem Maria, em cobre batido, medindo seis metros e pesando cerca de duas toneladas, tendo sido a mesma modelada em Munique (Alemanha). O monumento foi inaugurado em 08 de Dezembro de 1900, pelo Bispo D. Francisco do Rego Maia. O acesso ao monumento, mirante privilegiado, era feito a través de ladeira e por intermédio de um plano inclinado funicular (hoje desativado).

Templo Em 08 de Dezembro de 1901 foi lançada a pedra fundamental da basílica, que seria construída em substituição a antiga capela. O projeto da nova igreja foi apresentado pelo padre salesiano Domingos Delpiano, o mesmo autor do projeto do Monumento a Nossa Senhora Auxiliadora, reproduzindo as feições estéticas neogóticas e neobizantinas. Inspirado pelas formas monumentais da Basílica de Notre-Dame de Fourvière, em Lyon (França), erguida entre 1872 e 1876, com base no projeto do arquiteto Pierre Bossan, (tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade), o padre Domingos Delpiano desenvolveu um projeto de complexa execução, combinando estilos diferentes, resultando numa obra ímpar, no contexto da arquitetura religiosa no Brasil. As obras 136


foram concluídas em 24 de Dezembro de 1918. Em 30 de Maio de 1920 ocorreu a bênção do brasão de mármore na fachada do templo, com as armas da Basílica Vaticana, ao qual o santuário estava agregado, pelo Cardeal D. Sebastião Leme. A planta do santuário é em cruz latina, com nave principal e capelamor. As duas capelas laterais projetadas não foram executadas. Dotada de oito altares laterais e de um altar-mor inteiramente executado em mármore de Carrara, a Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora teve sua torre sineira construída em 1932, durante a gestão do Padre Paulo Consolini. Em 12 de Setembro de 1950 o Papa Pio XII elevou à condição de Basílica a igreja em questão. Em 1954 o Padre Virgínio Fistarol adquiriu o órgão de tubos para a Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora. Tal instrumento, o maior órgão da América Latina e o quinto do mundo em seu gênero, foi encomendado a Fabbrica D’Organi Giovani Tamburini, na cidade de Crema (Itália), possuindo o mesmo cinco teclados e um pedaleiro de 32 notas e 134 registros, além de 11.130 tubos. O órgão da basílica foi inaugurado em 16 de Abril de 1956, com um recital do maestro Angelo Germani, organista da Basílica de São Pedro (Roma).

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IGREJA DE SÃO FRANCISCO XAVIER Endereço: Avenida Quintino Bocaiúva, s/n, São Francisco, Niterói - RJ Contatos: Tel. (21) 2711-1670 Website: www.paroquiasaofranciscoxavier. org Tipo: Capela Horário de abertura: Segunda a Sexta feira, de 8:00 às 17:00h; Sábado de 8:00 às 11:30h. Horário das Missas: Segunda - feira às 07:30h.

índios, em barro cozido. Há dois relógios de sol com as insígnias de 1587 e um armário de jacarandá com a data de 1696 gravada na madeira. Religiosidade popular / Curiosidade: A referida capela constitui um patrimônio histórico de beleza arquitetônica e paisagística, sendo um marco da presença jesuíta no Recôncavo da Guanabara. Festa: 3 de Dezembro Acessibilidade: Não adaptado.

Estilos: Jesuítico Possui: O púlpito de madeira e a escada são originais. A pia batismal foi feita pelos

Resenha histórica Situada no cume de um outeiro, entre as praias de São Francisco e Charitas, a capela de São Francisco Xavier é uma das mais antigas do município de Niterói. Erguida em fins do século XVII, em terras da Fazenda do Saco, originalmente de propriedade de Mateus Antunes, que havia adquirido a propriedade dos herdeiros de Martim Paris, em 1659 e vendido aos padres da Companhia de Jesus. São Francisco Xavier, nasceu em 07 de abril de 1506 no Castelo de Javier, região de Navarra. Ordenou-se sacerdote e ingressou na Companhia de Jesus em 24 de junho de 1536. Por volta de 1542 recebeu a missão 139


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de evangelizar em Goa (Índia). Pregou no Cabo Comorim, converteu os Paravas e batizou milhares de indianos em Travancor. Em 1548 viajou pelas Ilhas Molucas e Ceilão, em atividade missionária. Em 1549 desembarcou no Japão, enfrentando com humildade e determinação as resistências locais ao Evangelho. Em 1551 tentou iniciar suas pregações na China, porém, adoeceu gravemente, falecendo em 03 de Dezembro de 1552. Canonizado em 1621 pelo Papa Gregório XV, foi considerado cofundador da Companhia de Jesus, ao lado de Santo Inácio de Loyola e proclamado Apóstolo do Oriente e Padroeiro das Missões pelo Papa Pio X, em 1904. Os jesuítas prestaram sua homenagem a São Francisco Xavier e ergueram, na Fazenda do Saco, uma capela em sua honra. Após a publicação do alvará em 1759, expulsando a Companhia de Jesus dos domínios portugueses, a Coroa confiscou os bens dos jesuítas, e em 1869, vendeu a capela e suas alfaias ao governo da Província do Rio de Janeiro. Após a proclamação da República (15 de novembro de 1889) ocorreu a separação entre o Estado e a Igreja. Assim sendo, em 1892, a capela de São Francisco Xavier passou a ser então subordinada à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Jurujuba até 1913. Em 1929, D. José Pereira Alves, Bispo Diocesano de Niterói, entregou a capela de São Francisco Xavier aos padres da Congregação de D.Orione, Pequena Obra da Divina Providência, fundada em 1899, na Itália, por Luís Orione (1872-1940), canonizado pelo Papa João Paulo II em 2004.

Templo Uma capela foi construída entre 1662 e 1696, em alvenaria de pedra e cal, possuindo nave única e púlpito lateral. A fachada é coroada por frontão triangular e pequena torre sineira coroada por volutas. Nas paredes externas existem dois relógios de sol, com as insígnias da Companhia de Jesus. No interior do templo existe uma pia batismal de cerâmica, influenciada pela estética indígena. Na sacristia existe um armário com a data de 1696 gravada na madeira. O antigo sino de bronze apresenta a inscrição: “Fundido em 1587 e refundido em 1948”. 140


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IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Endereço: Rua da Conceição, 216 – Centro – Niterói, RJ

exposta uma relíquia do lenho da Santa Cruz.

Contatos: Tel. (21) 2717-0154

Religiosidade popular / Curiosidade: A festa de Nossa Senhora da Conceição, consiste numa das maiores manifestações religiosas de Niterói, atraindo anualmente milhares de fiéis ao topo da colina sagrada. Foram confeccionados, para a imagem de Nossa Senhora da Conceição, diversos mantos com os quais é alternadamente adornada.

Tipo: Igreja da Arquiconfraria Horário de abertura: Terça - feira a sábado, de 08:00 às 12:00h e de 14:00 às 17:00h; domingo, de 8:00 às 13:00h. Horário das Missas: Terça - feira ás 19:00h, sábados ás 16:30h e os Domingos ás 11:00h. Estilo: Barroco Possui: Museu de arte sacra, onde está

Festa: 8 de Dezembro Acessibilidade: Não adaptada

Resenha histórica Erguida por volta de 1660, numa encosta situada no fim da antiga Rua Direita da Conceição (anteriormente denominada Caminho de São João Batista de Icaraí, atual Rua da Conceição), a referida capela foi obra da devoção de Antônio Correia de Pina, homem pardo, denominado popularmente como Pai Correia. Após vagar pela região da Praia Grande durante muitos anos, pedindo esmolas aos devotos da Virgem Maria, Antônio de Pina construiu a primeira capela no alto do outeiro.

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Com o crescimento do número de peregrinos, em 27 de agosto de 1671 foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, recebendo a capela uma doação de 200 braças de terra para seu patrimônio, cedidas por Gastão Soares de Souza e sua esposa D. Maria Soeiro Soares de Souza, herdeiros do cacique Araribóia. Nossa Senhora da Conceição é uma antiga invocação mariana, consagrada pela devoção popular, na Europa, desde o século VII. Tratase do dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, que afirmava ter sido a Virgem Maria concebida (gerada) sem o pecado original, plenamente santa, cheia de graça. Em 1640, o Rei de Portugal, D.João IV, consagraria o seu reino à Imaculada Conceição. Tal devoção chegou ao Brasil Colonial em 1549, através do trabalho missionário dos Frades Menores Capuchinhos, na Bahia. Em 08 de Dezembro de 1854 o Papa Pio IX proclamou o referido dogma, reafirmado em 1858 pelas aparições de Nossa Senhora da Conceição à camponesa Bernadette Soubirous, em Lourdes (França). A capela de Nossa Senhora da Conceição passou a ser freqüentada pelas famílias abastadas de fazendeiros da Freguesia de São João Batista de Icaraí e do povoado de São Domingos da Praia Grande. Por ocasião da fundação da Vila Real da Praia Grande, em 1819, por ordem do Rei de Portugal, D.João VI, foi celebrado na capela em questão um Te Deum Laudamus, missa solene em ação de graças pela instalação da mesma vila. Ao longo da primeira metade do século XIX, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição tornou-se o principal templo católico da Vila Real da Praia Grande, estando situada nos limites da mesma, cujo plano urbanístico foi de autoria do arquiteto francês Arnaud Julien Pallière e do juiz de fora José Clemente Pereira. Entre 1839 e 1854 foi igreja matriz de Niterói, durante as obras para a construção da Catedral de São João Batista. Em 1850 a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição foi elevada à Confraria, por provisão do Bispo do Rio de Janeiro.

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Templo Situada no alto de expressiva escadaria, nas imediações do Hospital Santa Cruz, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição possui fachada coroada por sinuoso frontão de inspiração barroca. A porta principal é arrematada por um painel de azulejos representando a Virgem Maria; possui torre sineira robusta, com acabamento piramidal. No interior do templo podemos destacar sua nave única, com abóbada de berço dotada de pequena claraboia. Emoldurando o altar-mor estão os cadeirais de madeira trabalhada. A direita da nave principal, uma passagem guarnecida por colunas jônicas dá acesso a uma capela lateral. A igreja possui um expressivo acervo artístico, núcleo do Museu de Arte Sacra da Arquiconfraria de Nossa Senhora da Conceição. O campanário da Conceição é o mais alto do centro da cidade.

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IGREJA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM Endereço: Ilha da Boa Viagem, Niterói, RJ Contatos pelo site: www.escoteirodomar. org Tipo: Capela Horário de abertura e das Missas: Todos os quartos domingos de mês, às 10:00h. Estilos: Erguida em meados do século XVII. De estilo colonial, é construída em granito, visualizando-se em seu interior a simplicidade.

Possui: O altar principal guarda a imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem. Religiosidade popular / Curiosidade: Foi reconstruída diversas vezes perdendo um pouco de sua característica inicial, tendo sido quase totalmente destruída por um incêndio criminoso. Festa: 15 de Agosto Acessibilidade: Não adaptada

Resenha histórica Situada no cume da Ilha da Boa Viagem, nas cercanias do Forte de Gragoatá, no litoral guanabarino de Niterói, a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem foi erguida originalmente em 1650, por iniciativa do fidalgo português Diogo Carvalho da Fontoura, Provedor da Real Fazenda do Rio de Janeiro. Desde seus primórdios a referida capela foi centro de peregrinações e procissões marítimas, promovidas por pescadores e navegantes, em busca de proteção divina para as longas travessias do Oceano. Nossa Senhora da Boa Viagem é uma antiga invocação da Virgem Maria, na península ibérica. Os marinheiros portugueses já no século XIII eram devotos de Nossa Senhora da Boa Viagem, protetora dos viajantes 147


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em geral e dos navegadores em particular. Uma das capelas mais antigas dedicadas a tal devoção foi erguida em 1618, nas cercanias de Lisboa. Os pescadores e marujos devotos faziam suas preces na intenção de uma boa viagem por mares tempestuosos ou ainda agradeciam o regresso seguro, após longas e perigosas viagens. A devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem chegou ao Brasil no século XVII, com a construção de capelas na Bahia e em Pernambuco, além da famosa capela na Ilha da Boa Viagem, na Baía de Guanabara. Em virtude de sua posição estratégica, a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem desempenhou três funções básicas, ao longo de sua história: orago religioso, posto de observação da Baía de Guanabara e baluarte fortificado para resistir aos possíveis invasores. Em 1711, durante os combates que resultaram na tomada da cidade do Rio de Janeiro pela frota do corsário francês René Duguay-Trouin, a capela original foi incendiada, arruinando-se completamente. Com o objetivo de reedificar o antigo templo, em 1718 foi fundada uma irmandade que empreendeu as obras de reconstrução da capela, concluídas em 1734, definindo suas feições atuais, com alpendre, consistório e sacristia. Visitada no decorrer do século XIX por inúmeros viajantes estrangeiros, além do Imperador D. Pedro II (1854), a capela em questão foi retratada em inúmeras gravuras, pinturas e litografias que ilustravam os relatos dos viajantes. Em 1860 e 1893 o templo colonial sofreu dois grandes incêndios, sendo o segundo provocado pelos bombardeios de artilharia naval, por ocasião da Revolta da Armada (1893-1894) evento em que parte da Marinha do Brasil se rebelou contra o governo do Marechal Floriano Peixoto, então Presidente da República. Desde fins do século XIX a Ilha da Boa Viagem era frequentada por pintores apaixonados por suas paisagens bucólicas e multicoloridas. Em 1883 o pintor bávaro Johann Georg Grimm, um dos precursores do chamado paisagismo brasileiro, mestre do pintor Antônio Diogo da Silva Parreiras, percorreu as imediações da Boa Viagem, retratando suas impressões em quadros de notável expressividade. Restaurada em 1909 pela Sociedade Protetora dos Homens do Mar, com base no projeto do arquiteto Thomas Driendl, e em 1934 pela

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comunidade da paróquia de São Domingos, liderada pelo padre Luís Arnaud e pelo Almirante Benjamin Sodré, precursor do movimento escoteiro no Brasil, a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico Nacional – SPHAN, em 1938. A capela, subordinada à Paróquia de São Domingos, passou a ser administrada, a partir de 1946, pelo Apostolado de Nossa Senhora da Boa Viagem, com o apoio do grupo escoteiro “Gaviões do Mar”, sediado na ilha desde 1937.

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Foto: Pedro Kirilos_Riotur


CRISTO REDENTOR DE BRAÇOS ABERTOS Endereço: Rua Cosme Velho, 513 Cosme Velho Contatos: Tel. (21) 2558-1329 Website: www.corcovado.com.br Tipo: Santuário Horário de abertura: Todos os dias das 8:30 às 18:30 horas

Possui: Na base da estátua há uma Capela de Nossa Senhora da Aparecida. A padroeira do Brasil. Religiosidade popular / Curiosidade: O Cristo Redentor em 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas da modernidade. Acessibilidade: Adaptada

Estilos: Art Deco, sendo a escultura nesse estilo mais famosa do mundo.

Resenha histórica O Cristo Redentor é uma escultura religiosa de Jesus Cristo, Ele está de braços abertos, possui 38 metros de altura onde 8 é do pedestal. Situa-se no Parque Nacional da Tijuca no topo do morro do Corcovado a 710 metros do nível do mar. A obra de construção do monumento começo em 1926, seu projeto foi feito pelo engenheiro Heitor da Silva Costa sendo inaugurado em 12 de outubro de 1931. Nessa ocasião sua Santidade o Papa Pio XI enviou saudação ao Cardeal Leme, fazendo-o seu representante oficial na inauguração. Tem uma vista espetacular da cidade do Rio de Janeiro, podendo vê–lá por vários ângulos. Ao comemorar os 75 anos do Cristo Redentor, à 12 de outubro de 2006, o então Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Eusébio Sheid declarou Cristo Redentor como Santuário Católico do Brasil. O Cristo Redentor é um dos locais mais visitados na cidade do Rio de Janeiro, sendo símbolo da cidade e também do Brasil. A Igreja ou Capela de Nossa Senhora da Aparecida, fica aos pés do Cristo Redentor, na base da estátua e apresenta estilo moderno minimalista (sem adornos). Nesta Capela se celebram Missas todos os dias as 11:00 horas. 151


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GLOSSÁRIO Abóboda (Arquitetura): Obra de alvenaria arqueada em que os elementos que a constituem (pedras, tijolos etc.) se apóiam uns nos outros, assumindo a forma de cobertura. Altar-mor: Altar que está em frente da nave principal da igreja. Arco-cruzeiro: Arco que separa a nave, ou o transepto, da capela-mor ou do coro, situando-se no cruzeiro, transversalmente ao eixo principal da construção. Art Nouveau: É um estilo artístico que surgiu na França na década de 1890. Espalhou-se pela Europa, Estados Unidos e outros países do mundo, inclusive chegando ao Brasil. Este estilo artístico atingiu vários setores artísticos como, por exemplo, designe, arquitetura, artes decorativas, artes gráficas e criação de móveis. Prevaleceu em destaque no mundo das artes até o final da década de 1920. Átrio: Espaço compreendido entre a porta da rua e a escada ou as portas que dão ingresso ao interior de uma casa ou edifício. Barroco: Arquitetura e Literatura Estilo nascido sob a inspiração da Contrarreforma, e que se desenvolveu nos séc. XVI (segunda metade), XVII (período áureo) e XVIII (decadência), como evolução do Renascimento hispanizado. Capela-mor: Capela principal de uma igreja. Fluminense: Natural ou habitante do Estado do Rio de Janeiro. Frontão: É um conjunto arquitetônico de forma triangular que decora normalmente o topo da fachada principal de um edifício, sendo constituído por duas partes essenciais: a cimalha (base) e as empenas (dois lados que fecham o triângulo). Provém da arquitetura clássica greco-romana. 152


Frontispício: Face principal de um monumento. Galilé: É uma galeria entre a parede do frontispício e a porta da nave em algumas igrejas. Irmandade: Fraternidade, parentesco entre irmãos. Confraria. Jacandará: Nome comum a algumas espécies de árvores da família das leguminosas, cuja madeira é muito usada na fabricação de móveis (marcenaria fina) e obras de talha. Lióz: Diz-se de uma pedra calcária, branca e dura. Mestre Inácio Ferreira Pinto (1765 – 1828): Foi um entalhador e arquiteto ativo no Rio de Janeiro na época colonial. Entre 1785 e a segunda década do século XIX realizou vários trabalhos de talha dourada, em estilo barroco rococó, para vários templos da cidade, como o Mosteiro de São Bento (capela-mor, capela do Santíssimo Sacramento), Igreja do Convento do Carmo (altar-mor, altares laterais, capela de Nossa Senhora dos Passos), Convento de Santa Teresa (altares vários), entre muitos outros. Projetou a igreja de Nossa (1781), já demolida. Contemporâneo do Aleijadinho e de Mestre, foi um dos melhores escultores da cidade no final da época colonial. Mestre Valentim (1745 – 1813): Escultor, entalhador, arquiteto, urbanista. Pertenceu à Irmandade dos Pardos de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito. Entre 1779 e 1790, foi o principal construtor de obras públicas da cidade do Rio de Janeiro nas áreas de saneamento, abastecimento e embelezamento urbano, trabalhou na decoração da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, executou talha e imagens sacras para as igrejas de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte, São Pedro dos Clérigos, Santa Cruz dos Militares e Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco. Múnus: Encargo. Emprego. Ofício. Funções que um indivíduo tem de exercer. Nártex: Pórtico elevado na frente da nave das basílicas cristãs, onde ficavam os catecúmenos. 153


ITINERÁRIOS DA FÉ

Nave: Parte da igreja que se situa entre o átrio e o altar, ou entre as colunas sustentadoras da abóbada. Neorrenascentista: Que apresenta influências do Renascimento. Neoclássico: É um movimento artístico que, a partir do final do século XVIII, reagiu ao barroco e ao rococó, e reviveu os princípios estéticos da antigüidade clássica, atingindo sua máxima expressão por volta de 1830. Não foi apenas um movimento artístico, mas cultural, refletindo as mudanças que ocorrem no período, marcada pela ascensão da burguesia. Para-vento: Anteparo de madeira usado no interior das igrejas, à frente da entrada principal, com o objetivo de abrigá-las dos ventos e impedir que as velas se apaguem, e para que não fiquem devassadas. Pináculo: O ponto mais alto de um lugar (edifício, torre, etc.). Pombalino: Estilo arquitetônico e decorativo relativo ao estadista português Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal (1699-1782). Após o terremoto devastador em Lisboa (1755) Pombal comandou a reconstrução da “baixa”, no centro da cidade. Rococó: Diz-se de, ou estilo artístico que floresceu na Europa ocidental e dominou grande parte do séc. XVIII, do fim da época barroca até a gênese do pré-romantismo, e que se caracterizava pelo excesso de ornatos. Volutas: Ornato em espiral de um capitel de coluna. Maneirista (estilo): Foi o período entre os anos 1515 até 1610, entre o Renascimento e o Barroco. Caracteriza-se por ser um estilo ilusionista e com efeitos de lisuras, na pintura e escultura apresenta torção. Na arquitetura gosto virtuosíssimo e inesperado. Fora da Itália foi um estilo destinado a poucos, sem expressão. Podendo ser analisado como uma categoria e não como estilo.

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BIBLIOGRÁFIA BARATA, Mário. Igreja da Ordem 3ª da Penitência do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro Agir S/A, 1975. CARVALHO, Orlindo José. Templos Católicos do Rio de Janeiro. Ed. Vozes ltda. 2009. CAVALCANTI, Nireu. O Rio de Janeiro Setecentistas: a vida e a construção da cidade, da invasão francesa até a chegada da corte. Rio de Janeiro Jorge Zahars Editora Ltda., 2004. COARACY, Vivaldo. Memórias da cidade do Rio de Janeiro: quatro séculos de história. Rio de Janeiro, Documenta Histórica Editora, 2008. IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO. História e Restauração. Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, Fundação Roberto Marinho, 2009. IGREJA DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO DO RIO DE JANEIRO. Texto Mateus Ramalho Rocha. RJ:Studio HMF, Lúmen Christi, 1992. MAZEREDO- Arte na Catedral. Ed. Loyola, SP, 2003. OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro. Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro. Brasília, DF: Iphan/Programa Monumenta,2008, vols. 1,2 e3. ZARUR, Dahas. Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, da irmandade da Misericórdia. Rio de Janeiro, 4ª Ed.1997.

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REALIZAÇÃO

Instituto Jornada Mundial da Juventude Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro e Presidente do Instituto JMJ

Dom Paulo Cezar Costa Vice-presidente do Instituto JMJ

Dom Antonio Augusto Dias Duarte

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro e Vice-presidente do Instituto JMJ

Mons. Joel Portella Amado Secretário-Executivo

Cônego Marcos William Bernardo Diretor de Atos Culturais

Gustavo Costa Ribeiro Gerente de Atos Culturais

Elsa Vázquez

Secretária-Executiva de Atos Culturais

Paula Andrea García García Coordenadora de Turismo Religioso

Mirian Passos Correia

Voluntária de Turismo Religioso

Maria Fátima Carazza de Faria Voluntária de Itinerários da Fé

Editores Paula Andrea García García D. Mauro Murilo Maia Fragoso, OSB Texto D. Mauro Murilo Maia Fragoso, OSB Profª Márcia Valéria Teixeira Rosa Profª Marli Assis Martins Prof. Ms. Cesar Augusto Ornellas Ramos Maria Fátima Carazza de Faria

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Pesquisa Profª Márcia Valéria Teixeira Rosa Profª Marli Assis Martins Prof. Ms. Cesar Augusto Ornellas Ramos Fatima Carazza Revisão Ortográfica Marcelo Padilha Mirian Passos Correia Maria Fátima Carazza de Faria Profª Márcia Valéria Teixeira Rosa Design Gustavo Huguenin (Brasil) Filipe Teixeira (Portugal) Hayla de Deus (Brasil) Fotografia Alex Santana Mazullo Angélica dos Santos Rocha Edilson Silva Pinto Fernanda Lima Lopes Isabely Fernander Martinho Jonas de Faria Pavão Ronaldo de Freitas Corrêa Frei Roger Brunório GLP

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"Ide e fazei discípulos entre todas as nações!" (Mt 28, 19)


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