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VIAGEM * 69 Fotografia Tobias Klose
Fotografia Tobias Klose
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EXTERIOR DO LAGO THINGVELLIR
MERGULHADORES EM SILFRA CRACK
RIO ZAMBEZE
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VICTORIA FALLS
Mergulhar em Silfra no lago Rafting no rio Zambeze, Thingvellir, Islândia Zâmbia A
Acreditamos firmemente que viajar é das paixões mais enriquecedoras e gratificantes que podemos ter na vida. Mas se a esta prática pudermos aliar a experiência de sensações únicas, desafios capazes de testar os nossos limites físicos e psicológicos, e emoções que de tão fortes nos marcam para sempre, então pouco mais há a acrescentar a este irrecusável itinerário. Inspira-te nas aliciantes sugestões de viagens que aqui te propomos e asseguramos-te aventuras delirantes acompanhadas de poderosas descargas de adrenalina. Atreves-te a descobri-las? POR JOANA JERVELL
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Silfra, situado no Parque Nacional Thingvellir – declarado Património Mundial pela Unesco, é um local único de mergulho no planeta. A sua água gelada (com temperaturas que oscilam entre os 2 aos 4ºC durante todo o ano) é das mais transparentes que alguma vez viste e consegues dispor de visibilidade até mais de 100 metros de profundidade. Estas condições, juntamente com a importância geológica deste lugar, atraem anualmente mergulhadores de todo o mundo. Basicamente, a água proveniente do glaciar Langjökull, a 50 km de distância, percorreu durante mais de 30 anos os terrenos de lava vulcânica desaguando no norte do lago Thingvellir, através de poços subterrâneos, até chegar, finalmente, à Silfra Crack, ou seja, uma fenda rochosa. Uma vez mergulhando dentro desta peculiar fissura – estreita no início mas que ganha maior amplitude com a profundidade - os scuba divers encontram-se literalmente entre dois continentes – a América e a Euroásia (junção dos continentes europeu e asiático). A limpidez da água é inigualável e durante os teus mergulhos aproveita para bebê-la sempre que te apetecer. A Padi Dive Center Iceland realiza packs de mergulho de 1 a 2 dias, incluindo visitas guiadas ao Parque Nacional Thingvellir. Toda a informação em Dive.is.
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Várias vezes palco do Camel White Water Challenge, um dos maiores desafios do rafting internacional, o rio Zambeze inaugurou o seu primeiro circuito comercial de rafting em 1981 e até hoje esta actividade não parou de crescer. Partindo da Zâmbia, onde nasce, e desaguando no Oceano Índico, a parte mais espectacular do seu curso são as Victoria Falls, as maiores cataratas do mundo com 1708 m de extensão. Entusiastas de kayaking e rafting procuram frequentemente a Zâmbia e o Zimbabué para fazerem arriscadas descidas neste rio, integrando a lista top 10 mundial dos melhores rios para a prática de desportos a remo. Segundo a British Canoe Union, o rio Zambeze é de nível 5, ou seja “ extremamente difícil, com longos e violentos troços, inclinações íngremes, grandes quedas e zonas de pressão”. A experiência consiste em debateres-te com aproximadamente 20 km de fortes correntes ao longo de 21 troços devidamente identificadas com sugestivos nomes como Starway to Heaven ou Comercial Suicide. No final desta viagem de pura adrenalina, e depois de teres desfrutado de um merecido mergulho nas suas águas, é possível ainda observares os crocodilos que se encontram a determinada altura do rio. Entra em zambezisafari.com os descobre este e outros programas emocionantes que te são sugeridos.
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SHISHA PANGMA
Escalar o Shisha Pangma, Tibete
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Shisha Pangma é a 14ª montanha mais alta do mundo com uma altitude de 8013 metros e está situada nos Himalaias tibetanos, a poucos quilómetros da fronteira com o Nepal. Devido ao isolamento político do Tibete pouco se soube acerca desta montanha até 1980, altura em que foi aberta aos montanhistas ocidentais, sendo o último dos picos mais altos do mundo a ser alcançado. A escalada do Shisha Pangma é considerada uma das mais difíceis pela exigência física e condições climáticas adversas como as avalanches e ventos fortes, e durante 30 anos pouco mais de 200 alpinistas chegaram ao seu cume… um deles foi o português João Garcia e a sua equipa que lograram este feito em 2006. Com 10 possíveis vias de ascensão, a via noroeste é a mais comum por ser, claramente, a mais segura, acessível e a que te leva de forma mais “directa” ao topo desta montanha, considerada sagrada para o povo tibetano e cujo nome significa “cume que domina a planície”. Consulta explorehimalaya.com e fica a par de todos os pormenores para te lançares nesta vertiginosa viagem.
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SAVANA QUENIANA COM O KILIMANJARO AO FUNDO
Ascensão ao Kilimanjaro, Tanzânia
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Situado a norte da Tanzânia, Kilimanjaro ou Oldoinyo Oibor, como é conhecida no dialecto maasai, é uma das maiores montanhas isoladas do mundo e o seu cume, Uhuru Peak, com 5 895m, é o mais alto do continente africano. A aventura começa na vasta savana do Quénia, onde se avistam ao longe girafas e elefantes, e termina nos glaciares do cume desta lendária montanha. Apesar da altitude, alcançar o “topo do continente africano” é bastante acessível e todos os anos milhares de montanhistas viajam a este ponto do globo em busca desta experiência. Existem seis trilhos/ rotas para subir a montanha com diversas características e graus de dificuldade e o alojamento é providenciado com a presença de acampamentos ao longo do percurso. Os montanhistas começam a fase final da escalada por volta da meia noite e, no cume, são recompensados com um espectacular nascer do sol. Para completares esta aventura podes ainda desfrutar de mais dois atractivos programas: a realização de um safari - Lago Manyara, Serengeti e Ngorongoro - e uma visita à ilha de Zanzibar. Em agências como a Nomad (nomad.pt) e Rotas do Vento (rotasdovento.pt) podes encontrar este e outros “adventure packs” de viagens em todo o mundo.
HELI SKIING
Heli Skiing, Nepal
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Sabes que uma habitual subida de teleférico nunca te permitirá chegar aos picos mais altos e inacessíveis onde a neve, virgem e macia, aguarda ser tocada, pela primeira vez, pelos teus skis. Desafiamos-te por isso, a descobrires, seguramente, a forma mais emocionante de esquiares, capaz de te levar bem mais alto do que alguma vez imaginaste. Chama-se Heli Skiing e, como facilmente se deduz, trata-se de viajares de helicóptero até ao topo das montanhas mais “apetecíveis” e, uma vez no spot desejado, estás à distância de um salto de deslizares numa extasiante “pista natural” que se estende à tua volta. Nós compomos ainda mais o “retrato” e propomos-te a cadeia montanhosa maior do mundo, os Himalaias, como pano de fundo. Com a Himalayan Heliski Guides – primeira e única companhia de heli ski no Nepal – vais poder desfrutar de vertiginosas decida até 2 mil metros, sem qualquer rasto da presença humana e rodeado pela beleza de picos montanhosos de 7 a 8 mil metros. Se és um sério aficionado de ski ou snowboard, consegues adaptar-te facilmente a diferentes condições off piste, e preferes escapar-te dos circuitos mais comerciais desta prática desportiva para explorares livremente os teus limites, então não vais querer perder esta memorável experiência. Toda a informação em heliskinepal.com.