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Dezembro 2015

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Relembrando o Núcleo e muito mais este semestre! Investigadores de Topo Sobrevive aos Exames!

Dezembro, 2015 // Número 5/15 Coordenador: João Cardoso // Edição: João Cardoso Pelouro da Comunicação e Imagem: Dulce Duarte, Inês Almeida, Jéssica Tavares, João Cardoso, João Carlos Filipe, Luís Henriques, Margarida Marques, Maria Inês Alfaiate, Tiago Gonçalo.

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Editorial Com o final deste semestre, chegamos também às maiores épocas festivas do ano. Para tal efeito, temos grandes prendas para todos os nossos leitores, para irem de férias com muito material de leitura de qualidade, algo que reflita sobre estes meses, tanto a nível de trabalho do nosso núcleo, como a nível de investigação.

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Destaques Entrevistámos… . Helena Freitas//3 . Ricardo Rodrigues//7

Sabias que…//11 Descobre Coimbra//12

Portanto, nesta edição podem Atividades do contar com entrevistas de nomes de grande relevo de duas áreas de estudo Núcleo//13 contrastantes dentro de biologia, Notas Culturais//15 alguma ajuda para aqueles que quebram com o “barulho das luzes” Conquistas da durante a época que se segue às UC//16 festividades. E como também não podia deixar de ser, mais um espaço Dicas de icónico da nossa cidade, bem como Sobrevivência//17 uma curiosidade do desconhecido de muitos. Contem também com novas Passatempos do descobertas científicas, as nossas Biólogo//20 típicas reviews culturais, e um passar de olhos pelas grandes atividades organizadas pelo Núcleo de Estudantes de Biologia este semestre. E como não podia deixar de ser, os sempre entretidos Passatempos do Biólogo, para desanuviar do cansaço nos exames. Saudações académicas, João Cardoso

Gostavas de ver um texto teu, ou algo que aches interessante publicado no Biótopo? Envia tudo para -2neb.comunicacao@gmail.com!


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Entrevistámos… Helena Freitas – DCV/CEF João Carlos Filipe Entrevistámos Helena Freitas, coordenadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e Deputada à Assembleia da República. Professora Catedrática, Helena Freitas conta-nos as suas escolhas enquanto estudante e os seus desafios políticos da atualidade.

Tirou a licenciatura em Coimbra. Porquê biologia? Bem, se calhar um pouco por circunstâncias. Sempre quis uma ciência, uma que fosse mais revolucionária numa perspetiva de entrada no novo século. A certa altura ainda estive indecisa entre física e biologia, mas como esta estava mais ligada ao funcionamento da vida acabei por a escolher. Mas sem grandes expectativas! Eu não sabia exatamente o que ia encontrar aqui. Eu vivia em Coimbra e não tinha propriamente uma vocação específica, podia ter acabado noutra coisa. Mas não nasceu em Coimbra… Não, por razões familiares nasci numa aldeia do Minho de onde a minha família materna é, enquanto a paterna é de Coimbra. Portanto eu sempre vivi assim dividida entre dois meios diferentes. Passei as minhas férias de verão e Natal nessa aldeia portanto tenho grande relação afetiva com ela.

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Esse período da sua infância, num meio mais rural e com maior contacto com a Natureza, influenciou a sua escolha académica? Tenho a certeza que sim, foi determinante. Embora na altura não tivesse essa consciência. A liberdade que a Natureza sempre potenciou em mim, essa sensação que eu tenho da minha infância. O andar de bicicleta, conhecer as árvores, ver os ninhos de aves. O explorar. Quando terminou estudos em Coimbra, doutoramento na Alemanha? Sim, ainda ponderei a área mas acabei por envergar pela Ecologia. Achei fascinante, mas sabia que tinha de sair de Portugal, a área da Botânica pouco tinha de referências cá. Tive de fazer o meu caminho. Iniciei os meus contactos e encontrei. Escrevi a um professor alemão, e acabei por ter uma resposta positiva. Um dia parti! Na altura já dava aulas aqui, e tive de conciliar. Com o pós-doutoramento, nos Estados Unidos, fica mais ligada à área de alterações climáticas… Exato, contactei o Harold Mooney de Stanford, para trabalhar com ele. Concorri a uma bolsa para estudar o efeito do Carbono nos ecossistemas. Acabei por ir, foi uma experiência também muito forte. Harold Mooney marcou-a? Sim, foi meu professor e amigo, sempre me disse para não voltar para Portugal. Mas voltei. Uma pessoa absolutamente brilhante e capaz de antecipar a ciência de uma forma incrível. Orientou-me e quando regressei e quis fazer o meu grupo em Coimbra sabia que não havia condições para continuar o trabalho dos E.U. mas entretanto surgiram outras temáticas, como as invasões biológicas, que já com Harold Mooney discutia.

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Voltou a dar aulas entretanto? Exato, concorri para professora associada. Foi difícil, ganhei concurso mas não foi fácil aceitarem-me. Era muito jovem. Não passei tempos fáceis. Entretanto convidaram-me para a direção do IPJ e eu aceitei por um ano. Mais tarde surgiu a LPN – Liga para a Proteção da Natureza e também fui começando os pilares para um grupo de investigação. Mais uma vez regressou à Universidade de Coimbra… Quando voltei, ainda me inscrevi em Direito e cheguei a ir a umas aulas, mas depois lá vi que aquilo era um mundo completamente diferente e desisti. Nem tinha disponibilidade. Finalmente, um pouco “contra-corrente” crio a unidade de investigação que sempre quis. Haviam algumas divergências com a FCT. E é assim criado o Centro de Ecologia Funcional? Exato, formalmente a funcionar desde 2009 mas no fundo desde 2004 que os trabalhos para ser criada se iniciaram. Tive de esperar pelas oportunidades e sempre tive a preocupação de me rodear por bons profissionais mas também com capacidades humanas. Sinto que hoje temos já um bom grupo que partilha responsabilidades. No passado Verão, aceitou encabeçar a lista por Coimbra do Partido Socialista para as legislativas de 2015. O que a moveu para isso? Isso foi realmente uma situação que eu não previa, de todo. Surpreendeu-me este convite, nunca me passou pela cabeça ser deputada. Mas já há algum tempo que pensava, isto não podia continuar assim. Portugal estava a ficar um país completamente desequilibrado e desigual, a desinvestir nas áreas onde tem de investir, educação e ciência. E eu senti-me na obrigação de fazer alguma coisa, não sabia bem por onde. Acabei por aceitar, uma experiência radical, do zero! Sei que houve alguma expectativa de agora fazer parte do governo mas o meu objetivo de agora foi estar na Assembleia da -5-


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República. Nunca quis deixar completamente Coimbra e não gosto de atropelar as coisas que me são essenciais. Recentemente defendeu que Portugal deve valorizar os seus recursos naturais. Que políticas ambientais claramente têm falhado? Acho que o mais grave é não termos noção da dimensão da sustentabilidade e perenidade das políticas ecológicas em Portugal. Nunca são pensadas a longo prazo. E é preciso incorporar o conhecimento científico de forma a preparar o futuro. Não desperdiçar os recursos, todos, a começar pelos financeiros. Para responder mesmo à pergunta, reabilitação dos nossos rios e rever legislação relativa à plantação do eucalipto são dois exemplos. A conservação da Natureza tem de voltar à agenda política do governo. Preservar os nossos recursos é valorizar-nos. Para terminar, quer deixar alguns conselhos aos colegas estudantes? Eu confio e acredito nas instituições de ensino, acho que temos gente capaz e muito qualificada. Nós vivemos num mundo global, é sempre possível trabalharmos bem. E não há instância nenhuma em democracia em que eu, estando insatisfeito, não possa fazer exposição do problema e tenho toda a legitimidade de pedir justificações das respostas dadas. Deve haver exigência de transparência. No domínio da Biologia, acho que se formos descobrindo aquilo que nos motiva e desperta curiosidade, acho que devemos fazer esse caminho. Têm tudo para ter uma vida feliz.

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Ricardo Rodrigues - CNC João Carlos Filipe Estivemos à conversa com Ricardo Rodrigues, coordenador da equipa de investigação do CNC - Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) recentemente distinguida pela norte-americana Alzheimer Association pelo seu trabalho desenvolvido em recetores neuronais. Conhecemos um pouco do seu percurso como estudante e mais recentemente a investigação que lidera. Obteve a sua licenciatura em bioquímica, na FCUL. O que levou a essa escolha? Sempre quis fazer investigação. Na altura não sabia muito bem onde, mas estive a ver os programas dos vários cursos. Reparei que bioquímica era a mais transversal: mais química, mais física, mais matemática e pensei, bem, isto é o que me dá mais valências. Mais do que na altura seguir por exemplo biologia, que me pareceu mais focado. Mas ainda ponderou Biologia? Sim claro! Na altura até concorri a medicina por insistência dos meus pais. Felizmente não entrei. Mas se tivesse colocado medicina dentária em primeiro teria entrado. Era agora dentista! Mas coloquei logo bioquímica a seguir e correu bem.

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Todas a candidaturas para Lisboa? Não, umas para Coimbra e outras para o Porto também. Mas bioquímica só em Lisboa porque era isso que queria e assim entrava mesmo. Durante a Licenciatura alguma vez ponderou algum tipo de programa de mobilidade para o estrangeiro? Nunca me chamou o interesse embora na altura esses programas começavam a ganhar fama, terminei a licenciatura e passei logo a Doutoramento. O doutoramento, cá em Coimbra? Sim, com o Professor Rodrigo Cunha que agora é aqui professor na Faculdade de Medicina de Coimbra. Já era meu professor em Lisboa e ele vinha para cá quando eu iniciei o estágio de licenciatura e comecei a trabalhar com ele. Fiz então o doutoramento também com ele aqui, mas sempre quis que fosse “misto”, para ter experiências lá fora. Estive em Cambridge, Londres, Madrid… pequenos períodos em cada de 3 a 4 meses, durante os 4 anos. O trabalho desenvolvido na tese de doutoramento, já era relacionado com o que faz atualmente? Sim, recetores de ATP e saber exatamente o que fazem no cérebro em particular nas sinapses. É então daí que surge este trabalho, em particular nas falhas sinápticas da doença de Alzheimer. Alguma razão para ter escolhido este tema específico? Eu queria trabalhar com recetores, sempre achei interessante e sobretudo na interação entre recetores. Portanto, não tem mesmo a ver com doenças diretamente, logo não vende tão bem ao público em Portugal, mas eu acredito que em termos de terapêutica nos próximos anos é onde vamos marcar a diferença.

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Afirma isso com bastante certeza… Parece-me que seja a melhor estratégia para modificar o funcionamento do cérebro. Ou seja, não entrar mesmo lá dentro, a transdução de sinal é uma “caixa negra”, não sabemos muito bem as consequências da manipulação da transdução de sinais. Os nossos modelos não vendem tão bem nas publicações científicas mas dão maior margem para uma intervenção terapêutica como é o caso deste nosso projeto ligado ao Alzheimer. O seu grupo de investigação, como está estruturado e que formações base o constituem? A minha ideia de grupo sempre foi de algo pequeno com uma estrutura hierárquica bem definida, em “pirâmide”, ou seja um investigador principal e depois “post-docs” que garantam o bom funcionamento dos alunos de doutoramento e porventura de alunos de mestrado. Infelizmente já não consigo estar no laboratório todos os dia para ajudar todas estas pessoas por isso é bom que haja “post-docs” que permitam que toda a informação chegue àqueles que ainda precisam de orientação. A certa altura os investigadores principais estão tão ocupados com politiquices que até deixamos de saber fazer ciência! A maioria dos nossos colaboradores provém todos de Biologia e Bioquímica, naturalmente. Foram recentemente distinguidos pela Alzheimer Association, o qual inclui um prémio de 100mil dólares. Contribui para aliviar algum stress financeiro? Sim, quer dizer, pode parecer muito, mas não. Claro que ajuda sempre em alguma coisa. É um financiamento que tem grande vantagem em relação ao da FCT, pode ser utilizado para outras necessidades que estavam fora do plano inicial apresentado à FCT, que não permite grandes ginásticas. Por exemplo, faz quase um ano que submeti uma candidatura à FCT para um projeto que ainda nem começou. É normal que agora as necessidades tenham mudado do plano original. Este dinheiro tem essa vantagem, pode ser utilizado para equilibrar estas alterações. -9-


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Perspetivas futuras, pretende manter a mesma linha de trabalho atual? Sim, o nosso grupo dedica-se às doenças nas perspetivas do desenvolvimento de duas maneiras: Por um lado nós achamos que as doenças neurológicas / psiquiátricas têm origem em problemas que ocorrem logo no desenvolvimento embrionário que é para onde de momento estamos a olhar mais; por outro, vemos que em algumas doenças há uma reativação de mecanismos característicos do desenvolvimento provavelmente numa tentativa de recuperar uma função que já foi perdida. O problema nesta é que o cérebro já é adulto ou seja já não está em desenvolvimento e isso então torna-se “pior a emenda que o soneto”. Nós queremos precisamente impedir essa reativação. Há um dano, vamos isolar o dano e não propagá-lo. Nós não somos um grupo de Alzheimer, nem de Parkinson. Trabalhamos com recetores, o que poderá ter implicações na terapêutica médica. Claro que falamos sempre em doenças quando fazemos comunicação científica do nosso trabalho, porque é isso que nos dá mais financiamento. Com as atuais mudanças no panorama político do pais, acredita que o investimento na ciência seja de alguma forma melhorado? Bem, normalmente políticas de esquerda tendem a aumentar esse financiamento. Não sei se é o que vai de facto acontecer, mas temos expectativas para que sim obviamente. Que conselhos poderia deixar para os nossos colegas que ainda estudam? Primeiro, ter boas notas! Por aí, há logo uma seleção para as bolsas. Ou então tendo fundos próprios para começar a sua carreira. E isso é o mais difícil, começar a carreira, escolher um grupo, o primeiro. A primeira experiência conta muito, claro que aprendemos com os erros, mas é sempre melhor começar com uma boa. Um grupo que tenha condições para trabalhar, que publique bem, o que é muito importante na comunidade científica. - 10 -


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Sabias que… Inês Almeida …Uma das principais fundações portuguesas na investigação na área da saúde foi fundada por António Champalimaud (que deixou em testamento). A Fundação Champalimaud é pioneira, em Portugal, pelos seus métodos de investigação e as condições extraordinárias da mesma. As duas principais áreas de investigação são as neurociências e a oncologia, posteriormente surgiu uma nova área: a prevenção à cegueira, sendo que neste novo campo, em 2006, a fundação recebe o seu primeiro prémio. Na fundação podemos encontrar o CNP (Champalimaud Neuroscience Programme), o INDP (International Neuroscience Doctoral Programme) – lançado em parceria com a Fundação Gulbenkian e a Fundação para a Ciência e Tecnologia-, centros de investigação oftalmológica situados no Brasil, índia e Portugal (C-TRACER – Champalimaud Translational Centre for Eye Research), por último e não menos importante, a fundação possuí o Centro Clínico Champalimaud, um polo de última geração para a investigação e prestação de cuidados clínicos, em Lisboa. Este centro, em 2012, foi eleito pela revista norte-americana “The Scientist”, como o melhor local, fora dos EUA, para investigadores desenvolverem o seu trabalho de pós-doutoramento, um prémio bastante importante, não só para a Fundação mas também para Portugal. Atualmente a Fundação aposta fortemente nos novos talentos científicos, desde a atribuição de bolsas a oferta de emprego, onde tem um papel bastante importante e ativo na comunidade científica Portuguesa. Para os “Biólogos de Bata”, esta fundação é uma excelente oportunidade de emprego, onde há espaço para a inovação e liberdade intelectual. A - 11 -


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fundação possui inúmeras parcerias com outras entidades internacionais bastante prestigiadas no mundo científico, como a Universidade de Harvard, o que pode ser um trampolim para os mais ambiciosos.

Descobre Coimbra: Museu Machado de Castro Inês Almeida O Museu Nacional de Machado de Castro é um dos mais importantes museus de Belas-Artes de Portugal. Um museu repleto de histórias, começando por o seu nome, o qual é uma homenagem ao destacado escultor conimbricense Machado de Castro. O museu localiza-se no largo Dr. José Rodrigues, onde ocupa as antigas instalações do Paço Episcopal de Coimbra, o qual recebeu uma restruturação em 2012, de modo a satisfazer as necessidades do museu, erguendo-se na sua extremidade amplo edifício contemporâneo. Estas obras de restauração valeram ao museu Piranesi/Prix de Rome 2014. O Museu Nacional Machado e Castro aposta na divulgação da cultura e na educação do gosto, tendo por base a “capacidade crítica de saber aquilo de que gostamos”. O museu procura criar uma continuidade de espaço entre os edifícios e as coleções, por um lado, e, por - 12 -


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outro, entre os edifícios e a envolvente urbana, oferecendo uma convivência autêntica com as obras de arte, através de experiências sensoriais e emotivas. Atualmente o museu aposta em diversas vertentes artísticas como a pintura, escultura, desenho, cerâmica, ourivesaria, joalharia, têxteis, mobiliário, entre outros. Sendo que a arqueologia ocupa uma parte substancial, apesar de não possuir uma coleção muito vasta é um dos principais marcos do museu. Uma experiência onde os sentidos constroem em conjunto uma ligação harmoniosa com a mente. Um sítio excelente onde prima o bom gosto artístico da narrativa portuguesa.

Mapa interativo de Coimbra: Visita http://worldheritage.uc.pt/pt/ para mais informações sobre a tua cidade

Atividades do Núcleo Jéssica Tavares Estiveste a par de todas as atividades do teu Núcleo? Finos, febras, bom ambiente e torneios de beer pong foram os ingredientes perfeitos para iniciar a semana da festa das latas e mais que suficientes para juntar estudantes de Biologia, Antropologia e Bioquímica num único sítio. Campo de santa cruz foi o local escolhido para o Warm-Up DCV, que claramente elevou a fasquia para os futuros eventos organizados pelos três núcleos do Departamento de Ciências da Vida. Mais recentemente pudeste contar com a oportunidade de assistir a uma autopsia, as vagas eram poucas e foram preenchidas em instantes devido ao número de interessados. - 13 -


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Apesar das mudanças de horário devido à disponibilidade do Instituto de Medicina Legal e da disponibilidade de corpo, tudo correu dentro do previsto e com bastante sucesso, sendo a próxima oportunidade bastante aguardada. Se não conseguiste a tua vaga mantem-te atento à página do teu núcleo porque ainda este ano letivo irá haver outra autópsia. Esta última quinta-feira, dia 26 de novembro, o NB foi sem dúvida o sítio mais visitado da noite, não só pode contar com todos os cursos da FCTUC polo I mas também com o vencedor do prémio melhor artista nacional, pela Rádio Nova Era, Jimmy P. A organização está de parabéns pois o Mega Convívio FCTUC polo I vai ser difícil de esquecer e claramente um evento a repetir, não só pelo seu êxito mas também pelo convívio e pela oportunidade dos estudantes dos diversos cursos da FCTUC se conhecerem uns aos outros. Caso gostes de Ecologia, não podes perder dia 19 de dezembro, o meet.Eco, o primeiro congresso de Ecologia organizado pelo Núcleo de Estudantes de Biologia, que conta com grandes palestras de grandes oradores!

Atividades Importantes para o 2º Semestre já confirmadas: - Jornadas Departamento de Ciências da Vida – 12, 13 e 14 de fevereiro Febrada FCTUC Polo I – 9 de fevereiro Notas- Mega Culturais Outras informações Também é importante referir outros acontecimentos de grande relevo, tanto para os estudantes de Biologia, como da Associação Académica em geral. Em primeiro lugar, a vitória da lista F, para a Direção-Geral e Conselho Fiscal da Associação Académica de Coimbra, com a presença de Jorge Soares da Silva, de Biologia, a Coordenador-Geral da Pedagogia, no dia 24 de novembro, para tomada de posse em janeiro. Por outro lado, no dia 2 de dezembro, a lista S, encabeçada por Sónia Figueiredo, foi eleita para a representação dos estudantes de Biologia, sendo a principal representante dos alunos a cabeça de lista.

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Notas Culturais Maria Inês Alfaiate & Tiago Gonçalo Música: This is All Yours – Alt-J A banda britânica formou-se em 2007, quando Joe Newman (vocalista), no ambiente universitário de Leeds, mostrou aos restantes três elementos da banda as suas composições. A sonoridade peculiar da banda deve-se ao facto do ruído ter de ser reduzido de modo a não incomodar os outros estudantes, não sendo assim possível a utilização de baterias e baixos. Caracterizada pelas mensagens subliminares, pelo misticismo, pela som inconfundível e pela originalidade das suas faixas, a banda de indie-rock adquiriu o nome pelo curioso facto de ao digitar “alt + J” nos computadores Mac (Apple), obtém-se o símbolo da banda (∆). O primeiro álbum da banda foi excelentemente aclamado pela crítica, colocando os Alt-J nas grandes salas e palcos, reunindo uma grande legião de fãs de todo o mundo, chegando mesmo a ganhar o Mercury Prize Award em 2012, prémio este que elege anualmente o melhor álbum do Reino Unido e da Irlanda no panorama da música alternativa. Focando agora o segundo álbum, This is All Yours leva-nos a viajar num universo musical belo onde todas as músicas são uma continuidade da anterior, tornando-se assim uma experiência mais completa do que apenas um conjunto de faixas. Caracterizado por uma maior conexão com a natureza, por uma admiração pela beleza das coisas e por uma sonoridade mais simples, melódica e carinhosa, Alt-J conseguiram explorar novas tonalidades sem sair do espectro que o disco anterior apresentava. Uma experiência musical recomendável para todos os ouvidos. - 15 -


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Livro: Flores de Lótus, José Rodrigues dos Santos O jornalista da RTP José Rodrigues dos Santos, douturado em Ciências da Comunicação e professor na UNL, lança o seu 14º romance a 24 de Outubro de 2015. A história do livro passa-se na primeira metade do século XX, onde o autor questiona as ideologias fascistas, comunistas e os grandes acontecimentos que marcaram as sociedades portuguesas, soviética, chinesa e japonesa. Durante a obra é relatada a vida de quatro famílias marcadas por eventos históricos: queda da monarquia em Portugal, Japão de Satake Fukui, China de Lian-hua e o regime estalinista na União Soviética. Somos então levados a embarcar numa viagem que nos leva de Lisboa a Tóquio, Irkutsk a Changsha, do comunismo ao fascismo. “Quatro histórias. Quatro famílias. Quatro destinos.”

Conquistas da UC Margarida Marques O ALZHEIMER DEIXARÁ DE FAZER PERGUNTAS GRAÇAS A EQUIPA DA UC? Durante uma exaustiva década, uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da nossa Universidade, coordenada por Ricardo Rodrigues, tentou responder às questões que se levantavam acerca da doença Alzheimer. As respostas que propuseram para a perda de memória, e outros sintomas, valeram-lhes a aposta da Alzheimer Association (organização americana líder no apoio, tratamento e - 16 -


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investigação em Alzheimer) no seu projeto, no valor de 100 mil dólares. Qual a sua teoria? «O ATP ativa um recetor na membrana dos neurónios, desencadeando uma cascata de eventos intracelulares que favorece a perda estrutural das sinapses. O recetor para o ATP que identificámos como estando envolvido neste processo degenerativo induz modificações na atividade de proteínas envolvidas na manutenção do esqueleto celular, comprometendo a estabilidade das sinapses», explica Ricardo Rodrigues. O investimento financeiro na investigação residirá numa obtenção de fundamentos mais práticos, através de experiências com ratinhos, na tentativa de perceber se este recetor é definitivamente responsável pela degeneração sináptica e perda de memória associada, bem como se o seu bloqueio representa uma prevenção destes sintomas. Numa perspetiva mais esperançosa, a equipa acredita que poderá, através deste estudo, criar-se um único medicamento capaz de tratar esta e outras patologias do Sistema Nervoso Central.

Dicas de Sobrevivência Maria Inês Alfaiate Este semestre vamos arrasar com os exames! Com a época de exames ai à porta está na hora de começarmos a dirigir a nossa atenção para livros e sebentas. Mas o tempo é pouco e a vontade nula, sentes a tua vida a andar para trás, as cadeiras a acumular-se e o stress a aumentar. Vá! Não te preocupes assim tanto. Ainda há tempo, só tens de o aproveitar.

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1º Cria uma rotina Ter a nossa vida organizada é o primeiro passo para ter o cérebro menos congestionado e cansado, ficando mais apto para alcançar os níveis de concentração necessários para boas seções de estudo. -Faz uma ementa para a semana, e mantém as compras em dia; -Não deixes contas por pagar ou tarefas por fazer; -Não faças um plano rigoroso de estudo; -Esboça o que pretendes alcançar num futuro próximo; -Sê realista com o teu tempo; -Tem intervalos para relaxar. 2º Exercita também o corpo Passar muito tempo a estudar causa cansaço psicológico e não físico, o que pode levar a que fique com demasiada energia acumulada sem se aperceber, podendo afetar o seu sono. -De forma regular e não excessiva; -De modo a libertar stress e desanuviar a cabeça; 3º Sono de beleza O sono é responsável pela fixação de informação na nossa memória, um cérebro cansado não tem tanta capacidade para reter novos dados. -Tem um horário de sono regular; -8h de sono seguido, no mínimo; -Não exageres nas horas de sono a mais. -Antes de te deitares faz algo relaxante, como ver uma série, fazer exercício, tomar um banho quente, etc.. 4º Mais barriga que neurónios. Não é segredo que uma alimentação saudável nos auxilia nas mais variadíssimas áreas do nosso dia-a-dia, incluindo na intelectual. Mas em época de exames temos tendência a consumir quantidades elevadas de chocolates, bolachas, bolos, etc., o que traz problemas para a nossa saúde, e não ajuda tanto o nosso pensamento como por ai se diz. Assim devemos virar a nossa atenção para alimento que contém vitaminas específicas que auxiliam no pensamento rápido, concentração e boa disposição psicológica. - 18 -


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-Pães, massas e hidratos de carbono são ideais para manter a força mental e física; -Sumos de fruta, água e água de coco são ótimos hidratantes, que consumidos com regularidade ajudam a evitar dor de cabeça e cansaço; -Queijo branco, arroz, castanhas e leite têm propriedade que controlam a ansiedade; -Café em quantidades moderadas aumenta os níveis de concentração; Agora já não tens desculpa para não tirares 20 a tudo!

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Passatempo do Bi贸logo Sudoku

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