Histรณrias MISTERIOSAS da APAE de Palmeira CONTOS e PONTOS!
Agradecimentos
Aos escritores Pela boa vontade quanto aos relatos escritos e orais. Sem vocês este projeto não teria se tornado realidade. Co-autores de mais uma página da História da APAE de Palmeira. Muito Obrigada! Aos Ilustradores
A produção de vocês certamente encheu de encanto as histórias. Cada participação foi indispensável para a beleza desta coletânea! Que Deus conserve a criatividade de cada um de vocês e que Ele abençoe vossas mãos talentosas! Muito Obrigada! Às Professoras Parceiras
Por terem abraçado esta proposta de trabalho, aceitando orientar seus alunos nas ilustrações, oportunizando à eles um momento de aprendizagem “além” do planejamento curricular previsto! Esta parceria foi de extrema importância! Muito Obrigada! À Direção Pelo apoio e incentivo sempre, sempre, sempre! Muito Obrigada Alice, Maikel e Michele!
Dedicatória Aos meus alunos - Vinicius Vantroba Breda - Kaique Fernando Vichinheski de Bastos Ramos - Eduarda Aparecida Rodrigues - Nathalia Vitória Fritz - Camila da Silva - Gabriel do Espírito Santo dos Santos - Walifer Gorchacoski Parceiros em todas as propostas. A curiosidade, a participação e a vontade de vocês em aprender cada dia mais é o que me motiva todos os dias a estar buscando novas possibilidades, novos caminhos, novas ideias, enfim... Este trabalho é dedicado à vocês. Vocês são meu presente de todos os dias!
Prefácio Estou apenas 5 anos no convívio da família “APAEANA”, mas tenho ouvido muitos relatos bastante significativos das professoras que acompanham a instituição escolar há mais
tempo, e fico pensando o quão importante é este trabalho no cotidiano da escola, com crianças, jovens e adultos que por fatalidade do destino ou por mérito próprio vieram ao mundo com uma bagagem única, que aos olhos dos ditos perfeitos
pode parecer um “azar”, mas que com certeza aos olhos do “Pai Celestial” são seres humanizados e datados de grande valor e unicidade, passando a todos dos que deles se
aproximam o amor verdadeiro, a reciprocidade dos gestos e mimos que só eles tem capacidade de expandir. Creio firmemente nas histórias contadas, acompanhadas de relatos surpreendentes que deixam a gente com uma incógnita: Se eles fizeram parte desta história transparente e positiva, é obvio que continuam presentes e na sua infinita bondade,
com a permissão de um Deus Todo Poderoso, aparecem para serem lembrados, respeitados e apreciados, por tudo de bom que deixaram nos caminhos e ambientes que passaram.
Vale lembrar, destacar, valorizar estes momentos, bem pensados
pela professora autora da ideia. Vamos compartilhar e amar, relatando causas surpreendentes que se fizeram presentes nesse ambiente, com momentos de leveza, pois é certo que todos que aqui estão são portadores de uma aura única, sábia e infinita que nos confronta com a espécie que devemos olhar, que são nossos “Anjos de Luz” que por aqui estiveram e que conviveram com muitos dos que por aqui ainda estão.
Arlete Aparecida Piurcoski Bach
Professora
Introdução
Nunca tive a oportunidade de presenciar fatos desta natureza, desde que trabalho na escola em 31 anos, porém já ouvi muitos relatos de colegas que tiveram esta experiência: - máquina de datilografia datilografando sozinha; - som de descarga de banheiro ativada sem que houvesse mais alguém no banheiro; - som de música em salas de aula com o rádio desligado da tomada; - luzes que, tendo sido apagadas, acendiam-se misteriosamente. Então, prepare-se para embarcar nas histórias mais intrigantes e misteriosas que já aconteceram aqui
na APAE de Palmeira.
Denise Rigoni
Professora desde 1986
UME DO RÁDIO
VOL
Numa outra ocasião, trabalhava com os alunos de Pré II, gostava sempre de utilizar músicas nas atividades interativas. Quando eu ia levar os alunos para o lanche, o rádio permanecia ligado. Porém quando nós retornávamos o volume tinha aumentado muito, sem que ninguém mexesse no botão de volume. O mais misterioso é que podíamos utilizar o rádio por varias horas seguidas e enquanto tivéssemos dentro na sala, o volume não oscilava, isso significa que o rádio não estava estragado ou desregulado. O fato ocorria frequentemente, mas apenas quando eu saía com os alunos da sala.
Relatado por Professora Francielly Maidl Ilustrado por Wladimir Farias
s
o
OS BRINQUEDOS NA BANHEIRA Numa outra oportunidade, eu estava entrando no banheiro dos bebês, onde em volta da banheira tinha vários brinquedos que
usávamos na hora do banho. Então ao chegar na porta do banheiro, os brinquedos voaram todos pra dentro da banheira. Eu estava com uma criança no colo que olhou pra banheira e sorriu gostosamente.
Não sei se viu alguma coisa ou se foi por ver a banheira cheia de brinquedos. Eu sei que fiquei arrepiada novamente, mas não é medo,
é só uma sensação de ter mais alguém ali e não ter olhos para ver.
Relatado por Professora Laura Margarida de Oliveira
Ilustrado por Nathália Vitória Fritz
O TRINCO DA PORTA
Num ano em que trabalhei na educação infantil, na primeira sala do lado esquerdo da primeira ala, o trinco da porta mexia, a porta abria e quando íamos verificar, não era ninguém.
Perguntava nas salas vizinhas, nenhum aluno tinha saído.
Relatado por Professora Maria do Rocio Hass Diniz Ilustrado por Daniele Moreira Soares Maia
No ano de 2017, eu fazia dupla com a Maricélia na cozinha. Estávamos terminando de preparar o almoço. Ouvimos um barulho como se fosse um chute no latão de lixo de plástico que fica ao lado da geladeira. A tampa do latão voou pra cima e o latão tombou no chão. O mistério é que não tinha mais ninguém ali, somente eu e a Maricélia. Ela já tinha relatado que frequentemente a tampa do lixo caia sem explicação. Mas nesse dia ela chegou a chorar e nunca mais ficou sozinha na cozinha!
Relatado por Marlene Aparecida dos Santos Ilustrado por Lohan Pietro Vieira Padilha
MÚSICA MISTERIOSA Era véspera de festa em comemoração ao dia da criança. Estávamos esperando o Sr. Wilson que nos traria como em todos os anos , sua contribuição. Já passava das 17 horas, como ele não havia chegado e o expediente já havia acabado, os colegas de trabalho já haviam ido embora, fiquei esperando perto da porta de entrada, pois estava sozinha. Na APAE tudo era silencio, só se ouvia os ruídos que vinham da rua. Os minutos passavam e nada do Sr. Wilson. Então comecei a escutar uma música infantil, começou baixinho e aos poucos foi aumentando o volume espalhando-se pelo ambiente. Pensei...”alguém esqueceu o som ligado”. Levantei, fui até o berçário e nada! Todos os aparelhos estavam desconectados das tomadas!!! Percorri todas as outras salas e ... nenhum aparelho ligado...e a música continuava tocando. Então saí para o pátio em frente a APAE, lá não havia música. Pensei: “alguém passou com o carro de som ligado”. Voltei para dentro, e a música recomeçou!! Então, arrepiada dos pés à cabeça, me dirigi a porta, onde aguardei o Sr. Wilson. A música parou, e o silencio voltou a dominar. O senhor Wilson chegou com as doações, guardei tudo na geladeira, tranquei a porta e fui embora. Com certeza, a grande força da energia positiva, de luz, que cerca a APAE é muito forte e a musica foi sua manifestação! Mais uma história inexplicável, misteriosa... inacreditável e mágica...na APAE de Palmeira.
Relatado por Alice de Pauli e Ilustrado por Luis Gustavo Muchinski
TOC...TOC...TOC... QUEM É? Na cozinha antiga, havia uma porta pequena que dava acesso ao play ground. Nessa época era eu quem fazia o café da manhã, então quando eu chegava na escola antes das sete da manhã, ainda estava escuro. Depois que eu chegava ainda demorava mais uns quarenta minutos para o restante do pessoal (funcionários, roteiros com os alunos) começarem a chegar. Então enquanto eu passava o café, eu ficava sozinha na cozinha. Certo dia, fazendo tudo como de costume, ouvi o trinco da porta da cozinha ser forçado, como se alguém tivesse querendo entrar. Como eu era a única pessoa na escola, eu fui abrir a porta pra ver se alguém precisava entrar... e para a minha surpresa olhei por tudo,
não tinha ninguém! Quem bateu na porta?
Relatado por Marlene Aparecida dos Santos - Cozinheira Ilustrado por Yuri Gabriel R. Gonçalves
MESAS ARRUMADAS Estava eu me preparando para arrumar as mesas para o lanche da tarde. Comecei a levar as coisas da cozinha para o refeitório. Levei a caixa com as canequinhas e as plaquinhas com o nome das professoras as quais identificavam as mesas. Coloquei a caixa na mesinha ao lado do buffet e voltei para a cozinha. Providenciei mais algumas coisas: terminei de passar o café, misturei o leite, passei margarina nos pães. Deixei tudo prontinho e fui ao refeitório para arrumar as mesas. Quando olhei, as mesas já estavam todas arrumadas, com as canequinhas e as plaquinhas no lugar. Na ocasião, agradeci a ajuda a uma companheira de trabalho que tinha acabado de chegar no refeitório e foi ai que veio a surpresa... Ela me disse que não tinha sido ela que tinha arrumado as mesas... Jurou!
Relatado por Marlene Aparecida dos Santos - Cozinheira Ilustrado por Lara Graciela Novacki
a
,
Me chamo Doralice e sou funcionária da APAE há cerca de 24 anos.
OS TRABALHADORES DA HORTA
Em todo esse tempo presenciei vários acontecimentos misteriosos,
mas vou relatar os três que mais me deixavam intrigada: Na sala ao lado do banheiro, vi pessoas trabalhando na horta. A sala onde eu trabalhava era na primeira ala, onde funciona a
COLHER NO CHÃO
educação infantil, entrando do lado esquerdo. Cheguei e fui fazer a
higiene dos meus alunos, aqueles homens se movimentavam pela horta. Aahorta eraainda ondeera atualmente a trabalhava pracinha em frente Quando escola pequena,éeu junto de aoutra biblioteca. a higiene, olhei colega naQuando primeiraterminei ala, auxiliando no distribui preparoas dasatividades comidas eehigiene
com calma pela vezes janela... não vi ninguém. Observei mais dosmais bebês. Muitas aconteceu de eu ouvir o barulho deuma uma vez ainda pela janela, com mais calma ninguém! colher caindo no chão e quando íamos atéainda... a cozinha para juntar, Nem vestígio de
não tinha nada caído no chão.
alguém trabalhando por ali. Mais tarde fui confirmar a
informação com as secretarias e para minha surpresa, realmente ninguém havia trabalhado na horta naquele dia.
Relatado por Professora Maria do Rocio Hass Diniz Ilustrado por por Edicléia Maiara Ferreira Ilustrado Weslei Mateus Dubinski
A BACIA DE PONCÃ Em certa ocasião, havia uma bacia em
cima da mesa da sala de aula a qual estava vazia, pois os alunos já haviam
comido as poncãs que a Marlene tinha trazido. Então aconteceu que
os alunos foram para Educação Física, desceram para a cancha. Foi quando a bacia vazia foi arremessada ao chão,
fazendo um grande barulho, lembrando que a bacia estava no meio da mesa e não tinha como cair, sendo que nem o ventilador
estava ligado. Foi um baita susto!
Relato por Profª Andrea Ligeski
Ilustrado por Gustavo Henrique Alves
A DESCARGA - PARTE 2 A CANETA ROLANTE uma (a manhã fria nova de inverno, Certo dia, na ala da Em cancha ala mais da escola), quando fui fecharnos as reunimos dependências salas, banheiros, pois hora de ir para o– conselho de classe do estava final dena semestre, embora, ouvi a descarga do banheiro funcionar. na sala da direção da APAE. Fiquei aguardando a pessoa sair, para que eu pudesse enfim fechar Algumas professoras e eu ninguém. estávamosAguardei sentadasmais ao redor a porta com a chave, e ... nada, alguns instantes, ninguém. Então chamei, de resposta! da e... mesa conversando. Quandoe...nada repentinamente, Como eu estava ficando quase sozinha, porque todos já haviam uma caneta que estava sobre a mesa de computador subido pra ir embora, e precisava fechar o banheiro, resolvi abrir a começou aporta rolar até chão. que Ficamos todas assustadas, paracair meao certificar não estava deixando ninguém trancado. E para minha pois ninguém estava perto da mesa, e não tinha vento suficiente surpresa... Realmente não para rolar a caneta, mas temos certeza de que algum anjinho ninguém no banheiro. brincalhão passouhavia por ali! Já existem relatos da descarga
do banheiro da primeira ala da escola ( a ala mais antiga), porém essa foi a primeira vez
que outra descarga funcionou sozinha....
Relatado por Lúcia de Fátima Konfidera - Auxiliar Operacional Relatado por professora Adalgisa Paula da Cruz Ilustrado por Nathalia VitóriadeFritz Ilustrado por Weslei Mateus Dubinski
A sala de Estimulação Essencial, é composta por sala de aula, cozinha, banheiro e dormitório. O dormitório está sendo usada provisoriamente para as avaliações, por conta da reforma do telhado da sala de fisioterapia. Num dia desses, a professora da sala e eu precisamos trocar a camiseta de um aluninho. A professora colocou ele na maca para trocar, e então enquanto ela o trocava ele dizia: - Tia, olha a menininha brincando!!! E a professora olhava nos brinquedos e não via nada. Ele repetiu por várias vezes, mas todas as vezes a professora olhou e não viu ninguém ! Relatado por Elis Farias Ponejaleki Auxiliar Operacional lustrado por Luana Leonel
O HOMEM DE VERMELHO Num determinado ano em que eu trabalhava com o pré-escolar, a sala que nós utilizávamos era a sala nº 05 onde tem o banheiro conjugado inteirinho de azulejos brancos. Eu tinha um aluno que usava sonda vesical. Todos os dias tínhamos que passar a sonda, porque somente assim ele conseguia fazer o xixi. Colocava ele na maca do banheiro e passava a sonda, o que sempre demorava um pouquinho. Como ele era um aluno muito esperto, ficávamos conversando durante este processo. Num belo dia, fui passar a sonda, e assim que eu deitei ele na maca ele me disse: - Olha o Homem, Emi!!! Que legal!!! Imediatamente eu senti uma sensação muito ruim...Mas para não demonstrar pra ele, tentei desconversar e disse: - Ah, vi sim ele está de branco... (que era a cor da parede). E ele não perdeu a oportunidade: - Credo Emi!!! Não sabe as cores!!! Ele está de vermelho!!! Mudei de assunto, rezando para que a passagem da sonda terminasse logo. Voltamos para a sala e continuamos as tarefas junto com os demais colegas, mas ele ficou inquieto... Por várias vezes foi até a porta que dá acesso ao banheiro, para ver novamente o Homem. Até que resolvi, pedir para rezarmos um Santo Anjo! E assim fizemos... Após a oração, meu aluno insistiu por mais uma vez ir até a porta do banheiro para olhar o homem e desta vez, voltou dizendo: - Agora ele já foi!!! Coincidência ou não, eu fiquei muito mal. Não sei se era medo ou o que, mas não quero passar por isso nunca mais!!!
Relatado por Emiliana Cherobim - Professora Ilustrado por Lucas Luis de Oliveira
ca
es
b
A
O GIRO DO CARROSSEL Uma certa vez eu esqueci a minha chave do carro na sala de aula. Voltei para pegá-la. Como todos já haviam descido, estava só eu lá atrás na ala das oficinas, então quando eu estava passando pelo
parquinho, o carrossel começou a girar sozinho e rapidamente, como se tivesse alguém brincando, porém não tinha ninguém ali e não estava nem ventando aquele dia. Me deu um arreeeeeeepio, eu apurei o passo. Depois comentando com outras pessoas, ouvi relatos que o carrossel girava mesmo sozinho e outras pessoas já tinham presenciado esse fato.
Relatado por Professora Andrea Ligeski Ilustrado por Gustavo Henrique Alves
DESCARGA MISTERIOSA No tempo em que a escola passava por necessidades financeiras, a cada quinze dias era feita feijoada para arrecadar
fundos para construção. Nas sextas-feiras, várias pessoas vinham trabalhar para que no sábado o refeitório estivesse pronto. Uma determinada noite, o presidente da entidade, que
na ocasião era o Ernesto de Oliveira, pediu que fossemos no almoxarifado que ficava do lado da secretaria, buscar algumas coisas que eram necessárias. Cada um trouxe pegou o que conseguia carregar e por ultimo ficou somente o Ernesto para
fechar a porta e trazer uma caixa de copos. Ao passar pelo banheiro, ouviu a descarga ser puxada e parou pensando ser algum de nós que estava usando o vaso
sanitário. Chamou pelo nome dos colegas e ninguém respondeu, mas ouviu novamente o barulho da descarga. Incomodado porque talvez a pessoa não estava respondendo porque não estivesse se sentindo bem, entrou no banheiro, e para sua surpresa não havia ninguém. Nem mesmo a água do vaso estava em movimento. Segundo ele, um arrepio percorreu seu corpo e ele saiu rapidamente pelo corredor, sem olhar para
trás.
Chegou pálido na cozinha
e contou o ocorrido. Depois desse dia, ele evitava entrar sozinho, à noite pelo corredor da primeira ala, pois dizia que a sensação foi muito esquisita. Quem será que estava
no banheiro?
Relatado por Professora Deniza Orchanheski
Ilustrado por Lohan Pietro
Entre tantos fatos curiosos ocorridos na Escola, o que mais me
deixou curiosa me foi contado mais de uma vez pela Tia Lula. Todas as noites, seu marido ia dormir e ela
ficava fazendo seu tricô até dar sono. Certa noite, muito calor, sentada em sua poltrona fazendo tricô, ouviu passos que pareciam ser de mulher pelo Toc Toc
do salto no corredor. Pensou ser alguém que entrou pela porta da frente e se dirigia até a Sala de Artes. Deu pra perceber que a pessoa foi até o final do corredor e voltou. Dona Lula pensou em atender, abriu a porta de sua casa e foi até a sala de informática. Parou e ficou olhando a moça alta, de cabelos compridos, pretos, vestindo saia preta, blusa branca e sapato
de salto, descendo o
corredor até desaparecer no saguão. Dona
Lula chamou, mas
como não obteve resposta, apressou
o passo para alcançá-la e ao virar o corredor, que surpresa....não havia ninguém, o portão ro que ninguém
estava fechado, deixando clahavia entrado. A es-
cola estava deserta . Passado um tempo, Dona Lula estava com visitas para jantarem em sua casa e enquanto
fazia a
comida, sua cunhada que estava no corredor, entrou e disse: - Nossa! Como as professoras trabalham até tarde aqui! Dona Lula indagou o porquê e a sua cunhada respondeu:
- Porque tinha uma professora na primeira sala do lado da sua casa, saiu agora!!! - Como era ela? Perguntou Dona Lula - Era uma moça morena de cabelos compridos e pelo jeito gosta de sapato de salto!!! Ela olhou para mim, sorriu e desceu o corredor.
De vez em quando Dona Lula ouvia o som do sapato indo e vindo da sala de Artes até o saguão. Quem será o anjo moreno de cabelos longos???
Relatado por Professora Deniza Orchanheski Ilustrado por Wueslei e Edicléia
Na sala da Estimulação Essencial, onde trabalho há muitos anos,
temos o costume de deixar os bercinhos do dormitório (anexo a sala), todos arrumados no final da tarde, para que no outro dia pela manhã, quando os bebês chegam, já esteja tudo prontinho.
Por um período de tempo, geralmente nos fins de semana, eu mesma era quem arrumava os berços antes de ir embora na sexta-feira, mas quando eu chegava na segunda- feira para trabalhar, encontrava o primeiro e o ultimo bercinho desarrumados,
como se tivessem sido usados: os travesseiros com marquinhas de cabeça, os lençóis engruvinhados, as mantinhas arredadas. Relatado por Professora Maria de Fátima Gomes Hoffmann
Ilustrado por Edicléia Maiara Ferreira
Enquanto esta coletânea de lendas estava sendo preparada, as histórias misteriosas permaneciam acontecendo... Numa manhã fria de inverno, do ano 2018, começamos normalmente a aula do primeiro ano, na sala 06. Nesta turma, faziam parte dois alunos cadeirantes, com mobilidade extremamente reduzida, que demandavam muita atenção. Enquanto os outros alunos faziam suas tarefas na mesinha, fui colocar a alimentação da manhã na sonda do Cosme, e como sempre realizando muita conversa para estimular a galera. Como estava muito frio, entre uma atividade e outra, resolvi colocar o cobertor nas perna da Bel, para que ela ficasse aquecida! Qual foi a minha surpresa, quando olhei e a Bel já estava coberta na cadeira. Ao questionar a aluna que sempre me ajudava com os afazeres da sala de aula, ela por várias vezes negou ter colocado o cobertor. Eu estava na sala o tempo todo, ninguém havia entrado, e a Camile jurava que não foi ela... Bel dava respostas com olhar, sorrisos e sons , enquanto conversávamos sobre o assunto, como se estivesse se divertindo! Relatado por Maria do Rocio Hass Diniz Ilustrado por
O ENSAIO No ano de 2015, numa noite fria e com névoa, às 19h 20m mais ou menos, eu e mais três amigos paramos com a Brasília na lateral interna da escola para mais um ensaio de músicas sertanejas. Descemos do carro e sentamos nas cadeiras em frente ao refeitório, para aguardar um dos cantores que estava vindo de Ponta Grossa.
Ali sentados, assuntos: futebol, a Desistimos deconversávamos usar a caixa. E sobre então vários no outro dia, ao usarmos caixa de para som tirar, novamente, pasmem... A voz misteriosa havia músicas enfim uma conversa saudável e alegre. sumido!!! o bem escutamos de todos e um continuidade ensaios. Entre os paposPara e risadas, barulho nados panificadora. Eu, já acostumado com os misteriosos barulhos que ocorrem em nossa escola, por fiquei bem tranquilo, porém meusXavier colegas ficaram Relatado Professora Luciana do Rocio Argenta muito apreensivos e me perguntaram eu sabia o que era. e alunos do Grupo de Dançase Corpo e Alma
Eu respondi tranquilamente bons espíritos que estavam Ilustradoque poreram Luana Leonel fazendo pão. Eles me olharam e começaram a dar risada e duvidar! Então, o vocalista com ar de deboche, levantou da cadeira, olhou para a panificadora e disse : - Pois se tiver alguém ai, eu quero que acenda as luzes ai de dentro! Uns 4 segundos depois, todas as luzes de dentro da panificadora se acenderam... e foi aquele corrimaço dos meus amigos para a frente da escola. Relatado por Maikel Maidl - Diretor Auxiliar Ilustrado por Vinicius Breda
As Cadeiras do Refeitório De 21 à 28 de agosto de todos os anos, comemora-se a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência. Como de costume, já há vários anos, é planejada uma semana com atividades diferenciadas para os alunos e funcionários . No dia 25 de agosto de 2018, a maioria dos alunos e funcionários foram participar de uma viagem de trem. Lotaram dois ônibus e o micro da APAE. Eles saíram cerca de oito e meia da manhã. Ficaram na escola poucos funcionários, e cada qual desempenhando a sua função. Eu e minha companheira Najila, ficamos com a reponsabilidade de lavar o refeitório. Então, assim que o pessoal da viagem saiu, começamos a erguer as cadeiras do refeitório em cima das mesas para poder lavar o chão. Fomos erguendo as cadeiras mesa por mesa. Cadeiras erguidas, começamos a varrer o chão no sentido de dentro pra fora, ou seja, do painel da TV para a porta. Enquanto varríamos, por acaso virei pra trás e uma das cadeiras da primeira mesa perto do painel da TV, estava abaixada no chão. Ela não caiu, porque não havia vento e não houve barulho. Fui lá e ergui a cadeira em cima da mesa. Demos continuidade ao trabalho e após terminar de varrer fomos buscar os baldes com água e panos. Quando voltamos a mesma cadeira estava abaixada. Dessa vez a Najila voltou a subir a cadeira em cima da mesa. Jogamos água, esfregamos o chão, enfim... Lavamos o refeitório. Quando fomos buscar os rodos para puxar a água pra fora, novamente a cadeira estava abaixada no chão. Parecia até uma brincadeira. A cena se repetiu por 4 vezes, até que pudéssemos colocar novamente todas as cadeiras no lugar...
Relatado por Elis Farias Ponejaleki - Auxiliar Operacional Ilustrado por Camile dos Santos
LIGAÇÃO TELEFÔNICA
A PANIFICADORA
Uma certa noite do mês de setembro, vésperas do Jantar do Agricultor, eu e mais algumas estávamos naporta escola Ainda na Panificadora antiga,colegas antes da reforma, a era ajudando nosaté preparativos o Jantar. de repente de ferro do chão a metade,para e da metadeQuando pra cima era vidroo telefone ou da seja cozinha Lembrando o telefone da cozinha martelado, não tocou. dava pra enxergarque o que estava pra fora se é ramal, então fechada. ele só recebe chamadas secretaria dafechada escola. a porta estivesse O costume era da manter a porta A secretaria estava fechada, era que noitepassavam e o horário por causa de não causar vontade nospois alunos alide pelo expediente já havia terminado. corredor. Ficamos preocupadas com esse e comentamos com o Certo dia, eu fazendo as fato guloseimas que estavam presidente instituição, que naquela época eracom o Ernesto. programadas, ouvida um barulho na porta. Como estava as mãos
ocupadas, apenas para porta emas permaneci meu Continuamos os olhei nossos afazeres por várias vezesfazendo seguidas o trabalho. Aopermaneceu olhar, vi quetocando. o trinco da porta abaixou e subiu por duas telefone vezes, como se alguém quisesse entrar. Mas a porta não foi forçada para abrir, pois ela não estava trancada com chave, apenas fechada. Se a pessoa quisesse mesmo entrar, teria abaixado o trinco e forçado a porta pra dentro para abrir, como normalmente as pessoas fariam. Curiosa com o fato, parei com o que eu estava fazendo e fui até a porta ligeirinho, abri a porta, coloquei a cabeça pra fora, olhei pra ambos os lados e nada... não tinha nem vestígio de ninguém. Fiquei muito intrigada.
Passou um tempo deste acontecido...Eu permaneci como instrutora da Panificadora. Então chegou a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, que é comemorada no mês de agosto. Geralmente esta semana é comemorada com uma programação diversificada que inclui várias atividades. Neste ano específico, uma viagem à Ponta Grossa no cinema, antecedeu o Café SolidariApae. Todos viajaram para o cinema e eu fiquei na escola sozinha, fazendo as comidas do café do outro dia.
Diante da insistência da ligação, próximo as 23 horas, achamos melhor chamar a diretora em exercício. Ela veio até a escola, ficou por um tempo, onde tudo permanecia em silêncio. Nada de tocar o telefone! Mesmo assim a diretora permaneceu até que terminássemos o trabalho. Na hora em que estávamos fechando a porta do refeitório, para irmos embora, era exatamente meia noite, e então o telefone voltou a tocar. Todas sem exceção, ficamos arrepiadas com esse fato.
Relatado por Professora Rejane Ap. Silva Ilustrado por Nathália Vitória Fritz
AQUELA TIA QUE JÁ MORREU... Era uma tarde normal, como qualquer outra. Estava eu sentada na namoradeira de madeira que ficava no refeitório, à espera dos alunos do EJA, que foram aos poucos chegando para o lanche. Enquanto a galera se organizava, um dos alunos ficou por algum tempo sentado do meu lado e nós ficamos conversando. De repente sem mais nem menos ele se levantou e eu achando aquela atitude muito estranha perguntei porque ele havia levantado tão depressa...
Ele respondeu : - Porque a Tia tรก sentada ai do teu lado. E eu jรก inteira arrepiada perguntei:
- Mas que Tia? E ouvi a seguinte resposta: - Aquela Tia que jรก morreu! Aff.... Tratei eu de levantar dali!!!
Relatado por Petronilia de Farias
Gordia
Ilustrado por Luana
Leonel
A PANIFICADORA Ainda na Panificadora antiga, antes da reforma, a porta era de ferro do chão até a metade, e da metade pra cima era vidro martelado, ou seja não dava pra enxergar o que estava pra fora se a porta estivesse fechada. O costume era manter a porta fechada por causa de não causar vontade nos alunos que passavam ali pelo corredor. Certo dia, eu fazendo as guloseimas que estavam programadas, ouvi um barulho na porta. Como estava com as mãos ocupadas, apenas olhei para porta mas permaneci fazendo meu trabalho. Ao olhar, vi que o trinco da porta abaixou e subiu por duas vezes, como se alguém quisesse entrar. Mas a porta não foi forçada para abrir, pois ela não estava trancada com chave, apenas fechada. Se a pessoa quisesse mesmo entrar, teria abaixado o trinco e forçado a porta pra dentro para abrir, como normalmente as pessoas fariam. Curiosa com o fato, parei com o que eu estava fazendo e fui até a porta ligeirinho, abri a porta, coloquei a cabeça pra fora, olhei pra ambos os lados e nada... não tinha nem vestígio de ninguém. Fiquei muito intrigada. Passou um tempo deste acontecido...Eu permaneci como instrutora da Panificadora. Então chegou a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, que é comemorada no mês de agosto. Geralmente esta semana é comemorada com uma programação diversificada que inclui várias atividades. Neste ano específico, uma viagem à Ponta Grossa no cinema, antecedeu o Café SolidariApae. Todos viajaram para o cinema e eu fiquei na escola sozinha, fazendo as comidas do café do outro dia.
Pense num dia atrapalhado. Para começar o forno da Panificadora estragou. Então eu precisava assar tudo na cozinha. Coloquei os ingredientes na batedeira para bater um bolo, e deixei na espera enquanto fui até a cozinha para ligar o pré-aquecimento do forno. Quando voltei a batedeira tinha ligado sozinha e esparramado massa de bolo pela bancada inteira. Limpei tudo, coloquei novamente os ingredientes, bati o bolo, coloquei na forma e fui então leva-lo para assar. Chegando na cozinha, o forno estava desligado. Mas eu tinha certeza que tinha ligado o forno! Liguei novamente o forno e coloquei as formas de bolo para assar. Voltei para panificadora pra bater mais massa, após colocar as próximas massas nas formas, fui dar uma olhada como estava as formas que estavam no forno e para a minha surpresa, o forno novamente estava apagado, mas não era falta de gás no botijão! É óbvio que estragou a fornada de bolo, porque abatumou. Voltei para panificadora, peguei aquelas que tinha deixado lá, levei para a cozinha, enfornei e fui bater novas massas para repor aquelas que havia perdido. Bati tudo de novo, já abalada psicologicamente pelas coisas estarem dando errado e adivinhe? Desta vez a fornada queimou! A vontade era de chorar de raiva, porque além de eu ter que ficar andando da cozinha para a panificadora e vice-versa, as horas estavam passando e nada estava dando certo! Jurei que nunca, nunca mais ia ficar sozinha na escola!
Relatado por Cristiane - Instrutora de Panificação Ilustrado por Lohan Pietro Vieira Padilha
O Misterioso Sumiรงo
Das Canetas
Todos os dias eu precisava pegar um caneta na secretaria ou na coordenação para realizar minhas anotações. Eu pedia, levava para a sala, abria a caneta, colocava o meu nome em caixa alta num papelzinho e colocava por dentro da caneta. Fazia o que eu precisava e colocava no pote de canetas. No outro dia quando eu chegava minha caneta havia sumido! Lá ia eu pedir nova caneta. Fazia o mesmo ritual de identificação e dali uns dois ou três dias... SUMIA. E assim aconteceu por um longo período até que o pessoal da secretaria / coordenação começou a não querer mais dar as canetas pra mim ! Um dia, fui pedir caneta e a Michele estava na secretaria. Quando ela viu eu contando pras meninas sobre o sumiço das canetas, ela me disse: - Emi. Tem duas canetas tua lá na sala de Artes. Mas eu juro que não fui eu que peguei! Então eu fui lá verificar e eram mesmo duas das minhas dezenas de canetas, que estavam lá. Depois disso, eu nunca mais deixo canetas na escola. Passei a coloca-las no estojo e levo e trago todos os dias.
Relatado por Professora Emiliana Cherobim Ilustrado por Gustavo Henrique Alves
UMA VOZ MISTERIOSA Estávamos alegres, cheios de expectativa para ensaiarmos o numero da Dança “Fênix”. Tudo acontecer na Sala de Artes...Realizamos a Roda de Embalamento em seguida os alongamentos e tudo estava em sua perfeita ordem... Até que... Liguei a caixa de som para tocar a música do ensaio e todos os alunos estavam na posição inicial esperando a música tocar. Foi quando uma voz começou a falar: - Good Morning! - How are you?
Quem seria esta mulher falando em inglês??? Como estaria esta voz saindo da caixa de som, sendo que no pen drive só havia a música da dança??? Todos ficaram interrogando e rindo sem entender. Eu desliguei a caixa de som, tirei da tomada, recoloquei várias vezes o pen drive e... A voz continuava ali: - Good Morning! (Bom Dia!)
- How are you? (Como vai você?) E nós rindo, porém arrepiados, começamos a responder o gentil “Bom Dia” dizendo que nosso dia certamente estaria melhor se a “voz misteriosa” não estivesse fazendo parte daquele momento.
Desistimos de usar a caixa. E então no outro dia, ao usarmos a caixa de som novamente, pasmem... A voz misteriosa havia sumido!!! Para o bem de todos e continuidade dos ensaios. Relatado por Professora Luciana do Rocio Xavier Argenta e alunos do Grupo de Dança Corpo e Alma
Ilustrado por Luana Leonel
O AJUDANTE PERFECCIONISTA No ano de 2000, eu trabalhava no centro de desnutrição (Centrinho) com uma turminha de jardim. Em 2001, o Centrinho foi agregado ao prédio da Escola Tia Esperança – APAE, e eu vim para trabalhar aqui com essa mesma turminha. Na época eu fiquei na sala numero 09 no corredor central da primeira ala, ao lado da sala de estimulação da Professora Maria Gomes. A qual já não é mais usada como sala de aula porque passou por reforma e agora é o dormitório da estimulação. Com o passar dos dias, comecei a perceber coisas estranhas na sala como: eu deixava balas nos potinhos dentro do armário para dar aos meus alunos e as balas sumiam; minhas canetas que sumiam sem deixar vestígio; as vezes eu ouvia risos ou sentia a presença de alguém na sala, até que comecei a levar o meu estojo de canetas para casa. Também notei, que alguém arrumava meu armário, deixando tudo no lugar de um dia pro outro. Perguntava para as atendentes da época e elas afirmavam que nenhuma havia mexido no meu armário. Até que um final de semana, não lembro exatamente qual era o evento que teríamos na escola, se era passeio ou apresentação, só lembro que ficou uma bagunça de roupas espalhadas na sala, materiais, maquiagem e rabicós de cabelo na mesinha. Como já estava na hora da saída, e era sexta feira, deixei para colocar tudo em ordem na segunda quando eu retornasse. E ainda brinquei ao sair falando que o anjinho da sala que arrumasse minha bagunça, já que ele não tinha o que fazer no fim de semana. Cheguei na segunda, lembrando daquela desorganização que eu havia deixado na sexta. Ao abrir a porta da minha sala, qual foi minha surpresa, quando encontrei a sala totalmente arrumada. Nada de bagunça! Ao abrir o armário, encontrei todas as roupas dobradas na prateleira certa e separada por cores...
Arrepiei....Mas foi um sentimento bom! Voltei a perguntar às atendentes e novamente a resposta foi a mesma... ninguém havia mexido. Até hoje me pergunto, quem arrumou a bagunça? Quem sumia com minhas canetas e balas que eu deixava na sala? Não sei. Só sei que eu tinha um ajudante perfeccionista, nunca o vi, mas o senti muitas vezes perto de mim, era uma sensação boa, de paz, serenidade, eu conversava, brincava com meu ajudante, eu o imaginava, sentia como se fosse uma criança, mesmo ele não respondendo em palavras, me dava as respostas através de atitudes!
Relatado por Professora Alcídia Elizete de Paula
Ilustrado por Edicléia Maiara Ferreira
Entre curiosos ocorridos na Escola, o que maisum mefato, Eu me tantos chamofatos Rozério Wendler, sou motorista e vou relatar no me mínimo curiosomais que aconteceu comigo. deixou curiosa foi contado de Em um diavez normal fui informado que meu colega uma pela de Tiatrabalho, Lula. Marcelo estavaseu adoentado e dormir não poderia Todas as noites, marido ia e ela fazer o roteiro como o de costume. Então a tarde, para conseguir fazer os dois roteiros junto, ficava fazendo seu tricô até dar e levar todos os alunos, precisei pegar o ônibus do Marcelo que é sono. Certa noite, muito calor, sentada do emroteiro, quando eu passava maior. Em um determinado momento pela trincheira que ligaouviu o Rocio I ao Rocio II, um motorista sua poltrona fazendo tricô, passos irresponsável atravessou na minha frente e eu tive que frear que pareciam ser de mulher pelo Toc Toc bruscamente. Mas com a graça de Deus sempre dirijo com muita docautela salto noe corredor. alguém consegui Pensou evitar a ser batida. Com a frenagem brusca uma quealuna entrou pela porta e onde se dirigia chegou a cairdadofrente banco estava sentada, mas não se machucou, foiperceber somenteque o susto mesmo. até a Sala de Artes. Deu pra Depoisfoi disso, o roteiro ee volquando finalizei já era noite. a pessoa até ocontinuei final do corredor FuiDona até aLula APAE, guardei ônibus como costume, tou. pensou em oatender, abriu ade porta de suaconferi casa etudo, foi fechei tudo e eu e atendente Rosana, que acompanhou todo o até a sala de informática. Parou e ficou olhando a moça alta, de caroteiro, fomos para nossas casas. belos compridos, pretos, vestindo saia preta, blusa branca e sapato No outro dia, cheguei bem cedo, ainda estava escuro, me deparei de salto, o ônibus corredor até Em desaparecer saguão. Dona comdescendo o alerta do ligado. frações denosegundos me Lula chamou, mascoisas na cabeça. como não obteve apressou passaram várias Cheguei atéresposta, achar que o Marcelo melhorado e ido trabalhar, o portãoque ainda estava fechado otinha passo para alcançá-la e ao virarmas o corredor, surpresa....não com o cadeado como eu tinha deixado na noite anterior. Outro fato havia ninguém, o portão estava fechado, deixando claque me deixou ainda mais intrigado, é que o portão que só abre com rooque ninguém havia entrado. A es- e controle, estava aberto. Então, abri o cadeado do portão grande cola estava . Passado umlátempo, Lulahavia estava com entrei para deserta ver se havia alguém dentro Dona mas não ninguém. Abri o ônibus, entrei eem desliguei o alerta (que por sinal precisa visitas para jantarem sua casa e enquanto faziadea um tanto de força pois o botão é bem pesado para apertar). Pouco comida, sua cunhada que estava no corredor, entrou e tempo depois chegou a atendente Eliane e seguimos para o roteiro. disse: - Nossa! Como as professoras trabalham até tarde aqui! Dona Lula indagou o porquê e a sua cunhada respondeu:
Depois que terminei o roteiro da manhã, cheguei na escola e relatei o que tinha acontecido para o Maikel e fomos juntos ver as imagens das câmeras de segurança. Para a nossa surpresa, estava tudo como eu havia deixado até o relógio chegar as 23:00:10, horário em que o alerta do ônibus liga sozinho. Nesse momento o portão eletrônico ainda estava fechado, pelo que mostrava a filmagem. Algumas pessoas me disseram que é normal acontecerem fatos estranhos aqui na nossa APAE. Uma pessoa chegou a me dizer que os anjos estavam dentro do ônibus conosco durante o roteiro e foram eles que não permitiram a batida na trincheira, ficaram presos quando guardei o ônibus e que foram eles que ligaram o alerta e abriram o portão. Se foram os anjos, não sei. Mas que esse fato foi muito estranho... isso foi! Relatado por Rozério Wendler - Motorista Ilustrado por Vinicius Breda
Ilustrado por Lucas Luis de Oliveira
UMA VOZ ALEGRE E ANIMADA Era um dia normal de aula, tudo acontecia conforme o cotidiano. Eu precisei de umas bacias da cozinha e fui até lá pegar. Depois que consegui o que precisava, voltei pelo corredor central. Ao me aproximar da Sala de Estimulação, ouvi a conversa da Arlete.
Sua voz era clara, alegre e animada como sempre! Nossa... que saudade que me deu daquele jeito dela, fizemos roteiro juntos por muito tempo. Então pensei: deve ser uma pessoa que tem uma voz muito parecida. Quanto mais eu me aproximava,
mais nítida ficava a conversa. Ao passar pela porta, torci meu pescoço para dentro da sala, curioso para saber quem estava ali, conversando, que tinha a voz tão
parecida com a da falecida Arlete. Qual foi minha surpresa, quando não havia ninguém... somente os bebes dormindo!
Relatado por Joeli Machado - Motorista Ilustrado por Gustavo Henrique Alves
V
Para quem não conhece a sala de Estimulação Essencial, as cadeirinhas ficam na parede oposta ao espelho e ao tatame onde são realizadas as atividades. Junto do tatame, temos uma rede, onde fazemos os bebês dormirem.
Numa tarde de verão, muito sol e nada de vento, eu e a atendente estávamos dando comida para os bebês nas cadeirinhas, ou seja, de costas para a parede do espelho, quando de repente ouvimos o barulhinho do ranger do gancho da rede... olhamos para trás e para nossa surpresa, a rede estava balançando... como se estivesse fazendo um bebê dormir... A rede balançou por uns três minutos e parou de balançar, como se o
bebê tivesse dormido. Nós ficamos intactas, paralisadas, olhando uma para a outra! Até hoje fico arrepiada de lembrar.
Relatado por Professora Maria de Fátima Gomes Ilustrado por Edicléia e Nathália
O Jarro de Chá
Certa vez , nos tempos que ainda os professores ajudavam a servir o café da manhã, vi um jarro de chá virar sobre a mesa sem que
ninguém tivesse tocado. Nessa época trabalhava com alunos maiores e cuidava desta mesa, o chá virou na mesa dos alunos menores. A Vera, que na época era a enfermeira e alguns outros professores também viram a mesa molhada de chá, porém o jarro e as canequinhas no mesmo lugar.
Relatado por professora Maria do Rocio Hass Diniz Ilustrado por Edicléia Maiara Ferreira, Hiverson Garret Bueno e Luana Leonel
LUZES QUE SE ACENDEM Era uma tarde, dentre tantas outras. Nessa época ficávamos depois do horário de Trabalho participando das aulas de Pilates com a fisioterapeuta Heloise Gorte. Ela ministrava as aulas na sala de Fisioterapia. Então aconteceu que, era inverno e o sol se pôs rapidamente e, quando saímos do Pilates, já era no crepúsculo da noite. Passamos, como sempre, ali pela lateral aonde tínhamos acesso ao portão de saída da escola. Quando passamos, as luzes estavam todas apagadas, apenas as das áreas externas ficavam acesas. No entanto, quando já estávamos fora da escola, lá no estacionamento, avistamos que as luzes da sala da coordenação pedagógica havia acendido, sendo que tínhamos acabado de passar por ali, e estava tudo escuro. Nesse momento, todas se olharam, em mim deu um arrepio na espinha, então embarcamos em nosso carro e saímos sem entender como aconteceu tal fato. Em outros dias, também quando ficávamos no Pilates, ouvíamos barulho como se estivesses batendo nas grades das janelas, porém não havia mais ninguém na escola, além de nós que estávamos lá atrás na sala da fisioterapeuta.
Relatado por Professora Andrea Ligeski
Ilustrado por Camila da Silva e Suelen Fernanda Rolinsku
MÁQUINA DE DATILOGRAFIA Na primeira ala da escola, funciona a sala da direção, secretarias, a salas de educação infantil (prés e estimulação essencial). Eu trabalhava como auxiliar da Estimulação e frequentemente ouvia o barulho da máquina de datilografia trabalhando, sem ter ninguém nas
secretarias.
MÃO NO OMBRO Ao dar o banho nos bebês, eu sempre ficava de costas para a porta do banheiro, e por muitas vezes senti que alguém colocava a mão no meu ombro, só que quando eu olhava pra trás para cumprimentar quem estava ali, não era ninguém.
Relatado por Doralice Guimarães Amaro Ilustrado por Nathália Vitória Fritz
A DESCARGA - PARTE 2 Certo dia, na ala da cancha (a ala mais nova da escola), quando fui fechar as dependências – salas, banheiros, pois estava na hora de ir
embora, ouvi a descarga do banheiro funcionar. Fiquei aguardando a pessoa sair, para que eu pudesse enfim fechar a porta com a chave, e ... nada, ninguém. Aguardei mais alguns instantes, e... ninguém. Então chamei, e...nada de resposta!
Como eu estava ficando quase sozinha, porque todos já haviam subido pra ir embora, e precisava fechar o banheiro, resolvi abrir a porta para me certificar que não estava deixando ninguém trancado. E para minha surpresa... Realmente não havia ninguém no banheiro. Já existem relatos da descarga
do banheiro da primeira ala da escola ( a ala mais antiga), porém essa foi a primeira vez
que outra descarga funcionou sozinha....
Relatado por Lúcia de Fátima Konfidera - Auxiliar Operacional Ilustrado por Nathalia Vitória Fritz
BICHO....BICHO.... Quando eu era professora de estimulação, aconteceu um fato muito estranho. Estava no banheiro com um aluno que tinha um ótimo
desenvolvimento, ele era muito esperto, já falava as primeiras palavras. Estava com ele no banheiro para dar banho. De repente, outra professora chegou na porta do banheiro e o aluno olhava para ela, em volta dela na parede, apontava com o dedinho e repetia
insistentemente: BICHO....BICHO....BICHO... Ele seguia com o dedinho apontado pela parede como se aquele “BICHO” que ele via estivesse se movendo.
Comecei a perguntar a ele detalhes sobre o que via e ele respondia, disse que o bicho era vermelho. Fiquei arrepiada, pois nem eu nem a outra professora não víamos
nada, nada. Relatado por Professora Eli Pereira
Ilustrado por Cristian José Balduíno dos Santos
M
E
m
Me chamo Doralice e sou funcionária da APAE há cerca de 24 anos.
OS TRABALHADORES DA HORTA
Em todo esse tempo presenciei vários acontecimentos misteriosos,
mas vou relatar os três que mais me deixavam intrigada: Na sala ao lado do banheiro, vi pessoas trabalhando na horta. A sala onde eu trabalhava era na primeira ala, onde funciona a
COLHER NO CHÃO
educação infantil, entrando do lado esquerdo. Cheguei e fui fazer a
higiene dos meus alunos, aqueles homens se movimentavam pela Quando a escola ainda era pequena, eu trabalhava junto de outra horta. A horta era onde atualmente é a pracinha em frente a colega na primeira ala, auxiliando no preparo das comidas e higiene biblioteca. Quando terminei a higiene, distribui as atividades e olhei dos bebês. Muitas vezes aconteceu de eu ouvir o barulho de uma com mais calma pela janela... não vi ninguém. Observei mais uma colher caindo no chão e quando íamos até a cozinha para juntar, vez ainda pela janela, com mais calma ainda... ninguém! não tinha nada caído no chão. Nem vestígio de alguém trabalhando por ali. Mais tarde fui confirmar a
informação com as secretarias e para minha surpresa, realmente ninguém havia trabalhado na horta naquele dia.
Relatado por Professora Maria do Rocio Hass Diniz Ilustrado por Weslei Mateus Dubinski Ilustrado por Edicléia Maiara Ferreira
CHAMA ACESA Numa bela sexta feira de sol, dia de maionese na escola, enquanto os alunos tomavam café da manhã no refeitório, eu resolvi colocar cenouras numa panelinha pequena para cozinhar. Descasquei as cenouras, piquei, coloquei água na panela pequena, coloquei as cenouras e levei a panelinha até o fogão. Neste momento fui solicitada a repor café no refeitório que havia acabado. Larguei da panelinha de cenouras e fui levar o café pra repor no refeitório. Quando eu voltei, incrivelmente a chama do fogão onde estava posicionada a panelinha de cenouras estava acesa... e não fui eu quem acendi! Pior ainda... não havia mais ninguém comigo na cozinha !!!
Relatado por Marlene dos Santos - Cozinheira Ilustrado por Vinicius Breda
O BARULHO DO PORTÃOZINHO Entre o refeitório e a cozinha, há poucos anos foi instalado um portãozinho de madeira, de meia parede, somente para impedir o acesso de outras pessoas na cozinha. Esse portãozinho abre para ambos os lados, para dentro da cozinha e para dentro do refeitório. Com o uso diário, as engrenagens e parafusos do portãozinho já estavam pedindo uma manutenção... talvez um oleozinho lubrificante... Certa tarde, eu e a minha companheira de cozinha estávamos lavando a louça, cada uma em uma pia, diga – se de passagem de costas para o portãozinho. De repente, ouvimos o barulhinho... como o acesso neste ambiente é restrito, olhamos as duas juntas para ver quem era que estava entrando....
NÃO ERA NINGUÉM... Olhamos uma pra outra e ARREPIO!!!! Sem palavras! Relatado por Marlene Aparecida dos Santos Cozinheira
Ilustrado por Kaique Fernando de Bastos Ramos
Em uma manhã normal de trabalho, estava aplicando uma atividade lúdica com meus alunos. Eu trabalhava numa das salas de plástico da ala central. Enquanto eu trabalhava, ouvi batidas fortes na parede que faz divisa com a outra sala vizinha. As batidas eram fortes e estavam atrapalhando o meu trabalho e desconcentrando meus alunos. Então resolvi ver o que estava acontecendo, se a outra professora estava precisando de ajuda, e fui até a sala ao lado, bati suavemente na porta, abri o trinco pedindo licença e me deparei com a sala totalmente vazia. Não havia ninguém lá.
Relatado por Professora Francielly Maidl Ilustrado por Nathália Vitória Fritz
CADEIRA DE RODAS Sou professora da APAE já fazem 15 anos. E durante esse tempo muitas coisas misteriosas aconteceram. Um dia eu estava saindo da sala, uma cadeira de rodas vazia passa rapidinho pela porta da
minha sala e eu fiquei esperando a pessoa que empurrou... Adivinhe... Não tinha nenhum ser visível naquele enorme corredor. Senti uns arrepios mas logo passou.
Relatado por Professora Laura Margarida de Oliveira Ilustrado por Suelen Fernanda Rolinski
Quando eu chego na escola pra fazer o café da manhã, por volta das 6h 25m, no inverno ainda está escuro. Eu sou a primeira a chegar. Um certo dia, entrando pelo corredor da primeira ala, ouvi o barulho de um brinquedinho musical tocando sozinho na sala 07. Ao lado do berçário da Tia Maria. A minha primeira impressão foi de medo... não tive coragem de voltar ver o que era. O mesmo aconteceu por mais uma vez. Desta vez, voltei. Coloquei a cabeça pra dentro da sala e realmente... o brinquedinho estava funcionando sozinho... musiquinha e luzes piscando, como se
alguém tivesse brincando. Mas ali... somente eu!
Relatado por Angelis Inácio dos Santos - Cozinheira Ilustrado por Luis Gustavo Muchinski
b
Posfácio Esta obra é fruto de uma proposta de trabalho, idealizada por mim, professora Andreia Covalski Delfrate de Freitas e por meus alunos do segundo ano - segunda etapa, do período vespertino. O intuito desta proposta era,
em parceria com a comunidade escolar, reunir o maior número de relatos curiosos, misteriosos e intrigantes que tivessem sido vivenciados
nas dependências desta escola, finalizando-os em uma coletânea “Histórias Misteriosas da APAE de Palmeira”. O trabalho iniciou-se no mês de agosto de 2017, tendo em vista que se tratava de um conteúdo de Folclore, com previsão de duração de um mês, para ser finalizado no mês de setembro
em comemoração ao aniversário de 36 anos da APAE. Com a adesão e entusiasmo da comunidade escolar em participar, o trabalho foi sendo estendido, foi sendo ampliado, ganhou apreciadores, ganhou consistência e ficou grandioso.
Hoje, dois anos depois, não podemos dizer que o trabalho está sendo concluído. O produto deste trabalho está sendo entregue
à comunidade escolar, para apreciação e aproveitamento por parte de alunos, familiares, professores,
funcionários e comunidade em geral. Durante esse tempo, muitas pessoas
participaram, contribuindo com seus relatos e foi essa boa vontade de cada um que fez com que essa proposta de trabalho fosse um sucesso. Buscamos a parceria dos alunos quanto às ilustrações destas histórias, porque um trabalho tão complexo, tão valioso e tão bonito quanto esse, merecia a co-participação dos outros alunos da nossa escola.
Então, esta coletânea de lendas/histórias contadas e ilustradas pela comunidade escolar é uma obra coletiva que comemora, (os 36, os 37), os 38 anos da APAE de Palmeira e marca mais uma página na História do Folclore Local.
Professora Andreia Covalski Delfrate de Freitas
Co - Autores: - Arlete Piurcoski Bach - Denise do Rocio Ferreira Rigoni
- Maria do Rocio Hass Diniz - Laura Margarida de Oliveira - Angelis Inácio dos Santos
- Francielly Maidl - Marlene Aparecida dos Santos - Alice de Fátima de Pauli - Andrea de Fátima Ligeski - Lúcia de Fátima Kondifera - Deniza Lúcia Orchanheski - Eli Pereira da Costa
- Doralice Guimarães Amaro - Adalgisa de Paula da Cruz - Elis Farias Ponejaleki - Emiliana Pereira Cherobim - Maria de Fátima Gomes Hoffmann - Joeli Vicente Machado - Rozério Wendler
- Alcídia Elizete de Paula - Maikel Maidl - Luciana do Rocio Xavier Argenta
- Rejane Aparecida da Silva - Cristiane Novacki da Silva - Petronilia de Farias Gordia
Ilustradores: - Weslei Matheus
- Lohan Pietro Vieira Padilha - Luis Gustavo Muchinski - Camile de Fátima dos Santos - Hiverson Garret Bueno - Cristofer Callaça - Cristian José Balduino dos Santos - Daniele Moreira Soares Maia - Suelen Fernanda Rolinski - Luana Leonel - Lara Garciela Novacki
- Isabel Catib Bacila - Gustavo Henrique Alves - Edicléia Maiara Ferreira
- Wladimir José Farias - Kaique Gorte - Lucas Luis de Oliveira
- Kaique Fernando de Bastos Ramos - Vinicius Vantroba Breda - Eduarda Rodrigues - Nathalia Vitória Fritz - Camila da Silva - Yuri Gabriel R. Gonçalves
Professoras Parceiras - Orientadoras das Ilustrações - Kellen dos Santos Fischer - Rosangela Costa - Maria do Rocio Hass Diniz
- Luciana do Rocio Xavier Argenta - Rejane Aparecida da Silva
Revisão Textual
Michele de Freitas Kapp
Responsável pelo Projeto Diagramação Coordenação Geral Andreia Covalski Delfrate de Freitas
Histรณrias MISTERIOSAS da APAE de Palmeira CONTOS e PONTOS!
Palmeira - Paranรก Setembro / 2018