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apresentação

1.1 | apresentação

arquitetura e agroecologia: alternativas sustentáveis como suporte para as ocupações de terras campesinas

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Cada vez mais têm se manifestado a mais cruel das diversas faces do sistema capitalista no brasil: a desigualdade social; sobretudo em um contexto de crise econômica e política mundial. Por consequência, a crise de habitação nas grandes cidades têm se aflorado e tornado ainda mais urgentes as discussões sobre a luta por moradia e por reforma agrária. Temos ao longo de todos esse anos, um grande histórico de conflitos por terras e edifícios que se encontram sem algum uso social, causados principalmente pela concentração fundiária, que é uma questão latente no nosso país.Essa situação contribui, principalmente, para o aumento da pobreza e aumento dos conflitos de busca pelo direito de habitar. A comercialização e limitação do acesso à terra, nos permite enxergar as nuances por trás desse sistema de privilégios e desigualdades. Nessa esfera de desigualdades e resistências, a luta de movimentos sociais de ocupações de terras ociosas entra como protagonista na garantia do direito à moradia. Mais que isso, existe o enfrentamento das diversas limitações recorrentes nas ocupações rurais. O distanciamento das infraestruturas básicas de saúde, educação e trabalho, tornam-se um desafio muito grande, sobretudo quando se fala da conexão entre o campo e a cidade. Além disso, a precariedade do sistema de energia e de saneamento básico, que são necessidades substanciais, interferem diretamente nas relações do indivíduo com a terra, impactanto na prática e no aprendizado do manejo agroecológico também dos recursos hídricos. O acampamento Edson Nogueira (MST), objeto de estudo deste presente trabalho, está localizado na zona rural do município de Macaé, na rodovia RJ168. A ocupação vêm se organizando desde abril de 2018 e por meio de uma Unidade Pedagógica, os moradores e trabalhadores do acampamento buscam formar e alfabetizar jovens e adultos por meio da teoria e do manejo agroecológico, dando à essa terra uma função social e estimulando a cultura da produção alimentar e auto-gestionária e do trabalho coletivo e comunitário. Assim, este trabalho busca compreender as dinâmicas, as necessidades e as implicações sociais da comunidade nesse território e propor soluções sustentáveis que contribuam para a vida campesina nas ocupações, sobretudo as que permeam as questões de saneamento. O objetivo é entender como a arquitetura pode contribuir para dar autonomia às ocupações rurais.

imagem 01: foto de visita de campo c/ coletivo terra, parceiros e acampados - em maio de 2022 imagem 02: autor desconhecido - disponível em https://www.eosconsultores.com.br/dificuldadesabastecimento-de-agua-na-zona-rural/

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