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Paisagem e Experiência (autores

Paisagem e experiência

Nosso estudo parte da busca inicial pela compreensão do que é paisagem e o que caracteriza nossas formas tanto como indivíduos, tanto como parte do coletivo social de experienciar essa paisagem. Permeando as definições de Solá Morales em Paisajes¹, percebemos que a experiência do habitar no espaço da Favelinha, faz dela completamente diferente e única aos olhos de seus moradores, que constantemente geram novas dinâmicas e formas de se estar efetivamente no lugar onde vivem e criativamente construírem seu próprio modo de vida enlaçando-o com o espaço público que dispõem.

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“A cidade atual internaliza sua energia, mas também seus conflitos sociais, geológicos, ambientais, aceitando com fatalismo conviver com eles.”

A Favelinha também representa os conflitos internalizados na sociedade carioca quando percebemos grande hostilidade e muros altos para distanciála das mansões na Estrada das Canoas, para além do enorme descaso dos passantes e do próprio governo com a comunidade, seus moradores e suas demandas e necessidades.

“Uma possibilidade de micro-resistência à espetacularização urbana pode ser encontrada no próprio uso cotidiano da cidade, em particular na experiência não planejada ou desviatória dos espaços públicos...”

Em seguida, com a leitura de Paola Britto em Zonas de Tensão², iluminouse um interesse pela formação das microrresistências que efetivamente caracterizam a favelinha como uma zona urbana opaca, como o oposto da espetacularização e da cenarização das cidades. Passamos a abrir os sentidos para perceber melhor como os moradores ativamente subverterem o uso do pouco espaço público de que dispõem acomodando suas atividades cotidianas.

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