Broken Hearts Bloody Hearts

Page 1

BROKEN HEARTS BLOODY HEARTS GRAÇA MARTINS



organização

núcleo



BROKEN HEARTS BLOODY HEARTS GRAÇA MARTINS


Para mim, a cultura bem assimilada e entendida como ponte de diálogo e de aproximação com o outro, provavelmente diferente mas nunca inferior, é uma grande esperança para que amanhã os absurdos da exclusão e da guerra cessem. A cultura é, para quem não faz dela um mero armazenamento de dados para vaidosa ou soberbamente os expor (“La culture c’est comme de la confiture, moins on en a, plus on l’étale”, como diz o ditado popular francês), o alfa e o ómega da civilização. A cultura implica necessariamente a compreensão panorâmica da História Universal, dos seus arquivos, sem escamoteamentos nem branqueamentos, da sua heroicidade e dos seus desvarios. Tal é fundamental quando se fala, por exemplo, das religiões, dos seus confrontos, excessos e antagonismos… Sabemos que não basta gostar de literatura, pintura e música clássica. Há setenta anos, um povo “culto”, o alemão, herdeiro de grandes figuras mundiais das artes, foi capaz de, cega e acriticamente, crer na famigerada teoria da superioridade racial e praticar um holocausto. Por isso, cultura sim, mas com humanismo e espírito critico que conduza à interculturalidade dinâmica. Não tenhamos medo das palavras. Fernando Nobre in Humanidade

4


Matar O conjunto de telas de Graça Martins é todo ele acerca de uma masculinidade difícil, uma delicadeza inusitada no corpo masculino que se pode embelezar, talvez escandalosamente, para além do padrão vigente. Problematiza o lugar do homem, o lugar do amor, encontrando na delicadeza extrema uma poeticidade emocionante. Os quadros da Graça Martins sugerem-nos, por vezes, a ilusão da efemeridade por serem tão assentes no desenho e na sua filigrana por aludirem à fragilidade, à vulnerabilidade, à necessidade de cuidar ou de amar alguém. Expõe duas séries, uma com alguns anos, em que protagoniza um menino muito novo, e outra mais recente, em que protagoniza um jovem. De comum, mantém o lado floral e vulnerável, de distinto, o dramatismo acentuando-se no jovem, que pode mesmo ser visto, na tela My killer my lover, assassinado e ensanguentado Se o amor é o grande predador, ou se somos nós próprios o nosso grande predador por enfraquecermos às mãos de alguém, será tópico que a Graça Martins explora, magoando pela junção muito impressiva da tragédia do belo. A beleza encantatória das suas imagens é ferida pela eminência da lâmina, pelo borrão do sangue, pela cal da pele no corpo já desabitado. O que mais me fascina no excelente trabalho da Graça Martins é o modo como nos deslumbra com aquilo que, afinal, é assustador. Assusta-nos mais ainda por ser hábil a fazê-lo com o isco da beleza, como se não fôssemos capazes de deixar de nos apaixonarmos, pelas suas figuras, pela cor, pela precisão obstinada do traço do pincel. Ainda me perseguem os pijamas que a Graça Martins desenhou, faz tanto tempo. Ainda me persegue a exactidão das linhas no curvo dos corpos e o quanto parecem criar um conforto ao olhar. São pijamas de listas pretas, um pouco como se fossem de prisioneiros mais delicados, apaixonados, talvez para falar da prisão boa que é o amor. É muito a partir destes desenhos que meço a mestria da Graça Martins. Uma artista cujos quadros se constroem por uma atenção ao universo gráfico

5


onde a pintura sabe rentabilizar, de modo exímio, o trilho do desenho. É o rigor. Deve ser isso que quero dizer, o rigor que torna inesquecível a visão dos pijamas desenhados da artista, e que torna irresistível a esmagadora maioria do seu trabalho. Também mata. De maravilha, claro. Valter Hugo Mãe

A obra de Graça Martins é perfeccionista, rigorosa até ao limite, exalta a beleza, a sensualidade e a paixão tal como o drama – mas sempre com elegância e requinte. Há uma poética pairando sobre os rostos, o corpo e todos os elementos usados no seu vocabulário pessoal. Isabel de Sá

6


Os retratos falam sempre a verdade, as pessoas reais não. Agustina Bessa-Luís Estamos perante um universo de desencontros, nos vários sentidos que esta palavra pode ter. Desencontros com as convenções sociais, o desencontro com o consciente que representa o sono, o desencontro entre pessoas e o desencontro próprio, da vida quando interceptada pela morte, em verdadeiras situações limite. E o que une estes desencontros, senão aquilo que temos dentro de nós: afectos, sentimentos, ideias, defesas? É este um dos pontos mais interessantes da pintura de Graça Martins: numa pose quase psicanalítica, ela mostranos como o que está dentro de nós pode salvar-nos ou destruirnos, e não há nada mais violento. Refira-se o objecto Sweet Dreams Are Made Of This, uma travesseira que encerra, mais do que os pesadelos, toda a canga inconsciente que o indivíduo carrega. Os elementos simbólicos desta pintura são, por isso, formas de tornar visível, aquilo que não tem rosto, fazem a ponte entre o que é visto e quem vê, pois, como bem apontou Luísa Dacosta, o mundo existe porque tu lhe emprestaste o teu rosto (1) . Graça Martins é, então, uma pintora que se recusa a conceptualismos, a grandes e intrincadas teorias. Escolhe algo de mais profundo e profundamente difícil: dá um rosto ao que não o tem, reconhecendo a essas entidades invisíveis a sua verdadeira força. Por isso encontramos, nesta série, como em todas as do percurso desta pintora as flores, escolhidas de acordo com o pendor ora romântico ora erótico, mas sempre dramático; os pássaros, símbolos por excelência da liberdade e da transformação; as palavras que nos abrem segundos sentidos para as imagens; os corações, numa forma associada ao catolicismo, remetendo para o significado original da paixão: o do sofrimento; o arame farpado que aponta para o carrasco dentro de nós. E interessa referir tudo isto para reforçar que

7


em Graça Martins não encontramos um virtuosismo que se esgota em si mesmo, antes nos fornece elementos para uma compreensão profunda de imagens que são, por si só, extremamente complexas. Ainda sobre os elementos desta pintura interessa falar do retrato: ele foi sempre essencial na pintura de Graça Martins, mas note-se que não somos incitados a olhar estas telas como retratos e nem os seus títulos nos dão essa indicação. Isto porque esta pintura não procura evidenciar um nome ou a imagem de determinada pessoa, mas sim encontrar algo de mais profundo, de mais verdadeiro. É essa a grande pesquisa de Graça Martins: a da verdade das pessoas, o avesso dos seus gestos e dos seus sorrisos, desmontando os detalhes, a pintora chega ao lugar onde a máscara, seja ela hipocrisia ou defesa, não existe. Por isso, estas imagens resultam numa revelação da verdade íntima de cada um, e só o atingir dessa verdade justifica que estas pinturas nos confrontem com indivíduos em situações de uma fragilidade desarmada. Parece-me ser esta a razão por que a pintura de Graça Martins tem essa relação tão estreita com os sentimentos no seu estado mais natural. Não há aqui uma procura da beleza de sentimentos, de um final feliz: com o próprio título da exposição, Graça Martins reconhece que, como dizia certa cantora, Hearts that don’t love can’t be broken (2) . E assim nos confrontamos com dois momentos essenciais: o acto de amar profundamente, e o acto de perder, aproximando-se assim Eros de Thanatos, os dois pontos essenciais da psicanálise, e de toda a grande poesia. Eis por que me sinto tentado em, por vezes, sobre Graça Martins, me parecer mais adequado falar de poesia do que propriamente de pintura. João Borges ________ 1 2

8

Luísa Dacosta, Corpo Recusado, 1985 Delta Goodrem, Bare Hands, 2007


S wee t Dre ams Are Made O f T hi s | 201 0 | In s t al a çã o


T he F i r s t Ta s te | 201 0 | Ac rí l i c o s / t el a | 80 x 12 0 cm


11


Ch ild re n A n d B l ac k B i rd s | 2 0 05- 2 00 9 | A crĂ­ l ic o s / t el a | 80 x 1 2 0 c m


13


De ad B i rd | 199 9 | T ĂŠc n i c a mi s t a s / p ap el | 2 3 x 1 9 c m


Drea m B ro th e r My k il l e r M y L ov er | 20 10 | A c ri l i co s / te l a | 1 20 x 8 0 cm


F eel N o P ai n | 2 00 7 | Ac rĂ­ li c o s / t el a | 80 x 1 2 0 c m


17


Es pe lh o E R e fl e x o | 200 3 | A cr Ă­l i co s / t e la | 7 0 x 90 c m


19


L ove C ome B ac k To My H ear t | 2 008 | A cr Ă­l i co s / t e la | 8 0 x 1 20 c m


21


GRAÇA MARTINS Nasceu em 23 de Fevereiro em Vila do Conde

Portuguese, Artistes du nord du Portugal, Galerie de

e reside no Porto.

L’Abbayo, Echternach, Luxemburgo e Museu Nacional

Curso de Modelista Estilista na Escola Ars Utória

de Soares dos Reis, Porto; V Bienal Internacional

de Milão.

de Arte de Vila Nova de Cerveira. 1987 1.ª Mostra

Licenciatura em Design/Arte Gráfica pela Faculdade

de Arte de Vila do Conde, Mosteiro de Santa Clara;

de Belas Artes da Universidade do Porto.

III Bienal de Chaves; I Bienal de Sintra. 1988 44

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

Coop. Árvore, Porto. 1989 Arte & Sábado, Primeiro

1977 Galeria Dois, Porto; Galeria Alvarez, Porto.

Aniversário da revista Sábado, Árvore, Porto; Mail Art,

Artistas, Exposição Comemorativa dos 25 anos da

1978 Galeria Opinião, Lisboa. 1979 Galeria Opinião,

Pontevedra. 1990 O Lápis, Bicentenário da Invenção,

Lisboa; Galeria Árvore, Porto. 1980 Galeria Árvore,

Árvore, Porto. 1991 O Desporto na Arte, Palácio da

Porto; Galeria Opinião, Lisboa. 1982 Galeria Roma

Bolsa, Porto. 1992 VIII Bienal Internacional de Vila

e Pavia, Porto. 1986 Galeria Arcada, Estoril.

Nova de Cerveira; Arte no Feminino, Galeria do

1990 Galeria Árvore, Porto; Espaço A-Clube 50,

Auditório de Vila do Conde. 1993 Erótika, Galeria EG

Lisboa. 1991 O Negro Pó da Grafite, Galeria Barata,

& Associados. Porto; Exposição Prémio Nacional

Lisboa. 1992 A Ausência do Rosto, Galeria Labirintho,

de Pintura Boavista Futebol Clube, Comemoração

Porto. 1995 Proclamações de Eros, Galeria Degrau

do 90.º Aniversário do B.F.C., Árvore, Porto; Natal EG,

Arte, Porto. 2002 25 Anos de Pintura, Galeria Alvarez,

Galeria EG& Associados, Porto. 1994 A Última Ceia,

Porto. 2004 Sleeping Beauty, Galeria São Mamede,

Galeria EG& Associados, Porto; +– 50 Artistas

Lisboa. 2006 Photoshop, Galeria Símbolo, Porto.

Plásticos, Galeria Por Amor à Arte, Porto. 1995

2010 Broken Hearts Bloody Hearts, Galeria João

VIII Bienal de Vila Nova de Cerveira; 88 Leituras sobre

Pedro Rodrigues, Porto. 2011 Broken Hearts Bloody

Macau, colectiva de artistas plásticos do Oriente e

Hearts, Galeria AMIarte, Porto.

do Ocidente a partir de um texto sobre Macau, Macau; AMI – 1.ª Exposição de Artes Plásticas do

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

Norte, Cadeia da Relação, Porto. 1996 Experiênçias

1977 O Erotismo na Arte Moderna Portuguesa,

Simultâneas, Galeria Delaunay, Vila do Conde.

Centro de Arte Contemporânea do Museu Soares

1998 Colectiva de Artes Plásticas, Fórum da Maia;

dos Reis, Porto. 1979 Arte Moderna Hoje, Sociedade

Art Against Poverty, Edifício da Antiga Alfândega do

Nacional de Belas Artes, Lisboa. 1980 Panorama

Porto. 1999 Obras do Acervo da Árvore, Prémios

das Galerias, Belém, Lisboa; II Bienal Internacional

de Aquisição, Galeria da Pousada D. Dinis, Vila Nova

de Arte de Vila Nova de Cerveira. 1982 1.ª Exposição

de Cerveira; Colectiva dos Sócios da Árvore, Mercado

Nacional de Arte Moderna-ARÚS. Museu Nacional

Ferreira Borges, Porto. 2000 Um Lugar para o Coração

de Soares dos Reis, Porto e Sociedade Nacional

– 26 Pintores e 20 Escritores ao serviço do Coração,

de Belas Artes, Lisboa; III Bienal Internacional de

Fundação Portuguesa de Cardiologia, Porto; Cerveira

Vila Nova de Cerveira. 1983 1.ª Exposição Nacional

2000, Arte Contemporânea; Euro-World, Frankfurt,

de Desenho, Palácio de Cristal, Porto; I Bienal de

Alemanha; Presépio 2000, Ateneu Comercial do

Chaves, Jovem Arte Portuguesa. 1984 O Porto,

Porto. 2001 XI01 Bienal Internacional de Vila Nova

Exposição comemorativa dos vinte Anos da Árvore.

de Cerveira – Arte Tecnologia e Ciência; Árvore

Coop. Árvore, Porto; Lagos 84; IV Bienal Internacional

das Virtudes, 38 Anos com a Cidade, Árvore,

de Arte de Vila Nova de Cerveira. 1985 2.ª Exposição

Porto; Erótica, Auditório Municipal de Gondomar.

Nacional de Desenho, Árvore, Palácio de Cristal,

2002 Art Cologne (Galeria Alvarez), Colónia, Alemanha;

Porto; Kunstlergruppe, Galeria T3, Mannheim,

VII Bienal de Artes Plásticas Cidade de Montijo, Prémio

Alemanha; Kunstler aus Nord Portugal, Wiesloche,

Vespeira, Montijo. 2003 Paixão, colectiva de pintura,

Alemanha, org. Ministério da Cultura. 1986 Quinzaine

IX Simpósio da doença bipolar, patrocinado pela

22


Tecnifar, Galeria São Mamede, Lisboa; Uma prenda

Porto. 2004 Uma Prenda para Eugénio com algumas

para Eugénio com algumas túlipas, Biblioteca Almeida

Túlipas, Edições ASA, Porto. 2010 Design das

Garrett, Porto, colectiva de pintura. 2004 Uma prenda

revistas de poesia Brilho no Escuro, Porto. 2011

para Eugénio com algumas túlipas, colectiva de

Direcção gráfica e hors-texte dos livros de poesia

pintura e lançamento de obra gráfica, ASA Editores,

Ao Vento em Terramotos de João Borges, edição

Casa do Infante, Porto. 2008 Colectiva de pintura

cofre nocturno e O Rapaz Cantava A Morte, edição

– Galeria Artes Solar de Sto. António, Porto. 2010

do autor, Lisboa.

Colectiva de pintura e escultura – Galeria João Pedro Rodrigues, Porto; Exposição Cem Lamentos –

RETRATOS

produção da Associação Cultural Tenda de Saias,

1978 Isabel de Sá. 1979 Isabel de Sá; Eugénio

exposição de trabalhos das artistas plásticas Ana

de Andrade. 1981 Isabel de Sá (2 retratos). 1982

Pereira, Graça Martins e Mariana Bacelar, realizadas

Eduarda Chiote; Sapho; Isabel de Sá. 1984 Miguel

propositadamente para o espectáculo Cem Lamentos

Serras Pereira. 1985 Virgínia Woolf; Mário Cláudio;

– Fábrica Social, Porto.

Fernando Pessoa. 1986 Arthur Rimbaud. 1987 Eugénio de Andrade. 1988 Isabel de Sá; Florbela

PRÉMIOS

Espanca. 1990 Mário de Sá-Carneiro. 2001 Inês

1990 1.º Prémio Nacional de Desenho, Bicentenário

Lourenço; Sofia Lourenço. 2008 João Borges.

da Invenção do Lápis, Árvore, Porto. 2002 Duas

2010 João Borges. 2011 valter hugo mãe.

Menções Honrosas a Pintura, VII Bienal de Artes Plásticas Cidade de Montijo – Prémio Vespeira, Montijo.

RETRATOS PUBLICADOS

ACTIVIDADE GRÁfICA

Novas”, Porto, Brasília Editora. 1990 Eugénio de

1982 Isabel de Sá, no livro “O Festim das Serpentes Desde 1979 colabora com editoras, realizando capas

Andradre na revista “Eugénio de Andrade-Retratos”,

e ilustrações de livros:

Instituto Cultural de Macau; Mário de Sá-Carneiro,

Edições Rolim, & etc., Contexto, Brasília Editora, Oiro do Dia, Colares Editora, Mirto, Nova Nórdica, Ulmeiro. 1979 Design da revista Utopia Espaço & Sociedade (em colaboração com Isabel de Sá), de A. Jacinto Rodrigues, edições Árvore, Porto. 1980 Design da revista Ecologia (em colaboração com Isabel de Sá), de A. Jacinto Rodrigues, edições Árvore, Porto. 1982 Design da revista Colagem (em colaboração com Isabel de Sá), edições Árvore, Porto. 1983 Design da Revista de Cultura e Arte Serpente da qual foi uma das fundadoras; Participação na Grafiporto 83, Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto. 1984 Direcção gráfica das Edições Mirto, das quais foi uma das fundadoras, Porto. 1986 Colecção de postais O Fio do Desejo, Edições Rolim, Lisboa; I Bienal Gráfica do Porto, Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto. 1988 VI Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira, Design Gráfico. 1990 O Natal visto pelos Artistas, texto de Manuel António Pina, Álbum de Arte, edições Árvore. 1991 Edição de 4 postais, Edições Mirto,

23

no livro “Indícios de Oiro” Sintra, Colares Editora. 1991 Isabel de Sá, (3 retratos) na revista “O Mono da Tinta”, Galiza. 1996 Mário Cláudio, no livro “António Cruz – O Pintor e a Cidade”, Porto, Campo das Letras. 2001 Isabel de Sá, no livro “A Árvore das Virtudes – 38 Anos com a Cidade” Porto, edição Árvore. BIBLIOGRAfIA PASSIVA

Sexologia em Portugal, II volume, Sexualidade e Cultura, Francisco Allen Gomes, Afonso de Albuquerque, J. Silveira Nunes, Texto Editora, 1.ª edição, 1987. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses, Fernando de Pamplona, Livraria Civilização Editora; vol. IV, 2.ª edição (actualizada), 1988. Em redor do Século XX – Trajectos da pintura e da escultura, Maria Leonor Barbosa Soares, edição, Revista da Faculdade de Letras, Departamento de Ciências e Técnicas do Património, Porto, 2003. Representada no Museu Nacional de Arte Moderna, Fundação de Serralves, Porto.


BR OK EN HEA RT S BL OOD Y H EA RTS G R Aç A MA R TI NS

O rganiz ação F u nda çã o AMI A MIarte Gale ria F er nando Nobre P re sid ente da AMI F und ação de As si st ência M éd ica Inter na ci onal D elega do Re gi onal do No r t e J oão de Sousa Sec retari ado Paula Pinto E xp os ição AMIart e Gal eri a P orto 6 Ma io a 4 Junho 2011 E diç ão AMIarte Galeria D el egação N orte D es ign Humb erto Ne lson Prod ução Atel ier Pagel l a I mp re ssão G re ca - Artes Grá fi ca s T i ragem 2 50 exemp lares M a io 2011

F u nd ação AMI - D ele gaçã o N o rt e Ru a d a Lomba 153- 159 4 300- 301 Port o Te l. 225 100 701 Sed e fu nd acao-ami@ami .org. pt D el egação N orte del egacao.norte @a mi. org . pt AMIAR TE ami arte@ami. org.pt




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.