Ceramicaviva - no particular exercício de triangulação dos processos de consumo, contextualização e produção estética
Isabela Frade – UERJ/Iart
A poesia é sempre uma linguagem agonizante, mas nunca uma linguagem morta. Robert Simthson
O presente texto visa contribuir para uma reflexão ampliada sobre a Metodologia Triangular elaborada por Ana Mae Barbosa. Publicada no início da década de 90 como conteúdo principal do livro A Imagem no Ensino de Arte (1994) se apresenta como grande marco no campo da arte educação brasileira. A Metodologia Triangular se instaura como influência cardeal, veio maior que drena e irriga as novas práticas e pesquisas desenvolvidas desde então, - e é importante notar que sua influência se deu em âmbito nacional e que, de forma intensa, envolveu a comunidade de arte educadores em geral - enfeixadas e articuladas pelo direcionamento na área na promoção do aprofundamento teórico, do trabalho de pesquisa do educador e de seus estudantes, e a uma nova visão do projeto pedagógico e artístico que se configura como ação cultural. Ser professor de artes adquire daí o sentido de envolvimento total com o campo da arte na medida em que essa proposta identifica as estratégicas zonas de sua produção: a crítica e a história da arte como inserção em uma particular zona cultural, a produção plástica propriamente dita como exercício em linguagem (meta linguagem), e a fruição e o consumo da arte como extensão desse processo. Pensar hoje essa Proposta é trazer novas possibilidades de exercitá-la – e é sobre esse aspecto que meu esforça aqui se dá, no sentido de estar acompanhando um novo momento de sua trajetória – abrindo novos espaços para o estabelecimento de um campo ampliado de ação cultural e educativa. Para tanto exploro minha própria experiência como arte educadora para elaborar essa reflexão, apresentando propostas pessoais e coletivas deflagradas a partir dessa