Antes do período do cativeiro babilônico, Antíoco Epifânio havia profanado e saqueado o templo de Judá. Eu não sei como expressar o quão drástico isso foi para o povo de Judá! A espiritualidade de Judá estava falida. Já não havia solenidades nem culto, o amor havia se esfriado, o privilégio de adorar a Deus havia sido subtraído, um povo que estava acostumado a presenciar, como "raça eleita" a pessoalidade do El Shaday, agora experimentava a sua "indiferença" como consequência dos seus pecados. Neste ínterim, além dos bens, propriedades, liberdade, a coisa mais importante lhes havia sido subtraída: A Esperança. Ora, se Deus, a fonte de toda vida e esperança os havia abandonado, que se lhes restava, a não ser a morte, vez que, como diz o ditado, "a esperança é a última que morre"? Anos se passaram nessa situação deplorável que só se intensificou com a tomada por inteiro de Juda pelos caudeus para um período de 49 anos de cativeiro na Babilônia. No auge dessa crise, o Senhor, através do profeta, apontou uma restauração para aquele estado de espiritualidade falida que seu povo atravessava! Do coração do profeta, Deus alertou: . “Quero trazer à memória aquilo que me traz esperança.” . Na memória do povo, estava a inesperada derrocada de Faraó e seu exército, a retumbante abertura do Mar Vermelho, o carinhoso maná que caia diariamente do céu, a entrega gratuita do melhor terreno, a terra de Canaã, para lá estabelecerem fartamente suas famílias, et cetera... Na memória do povo estavam os prodígios relacionais que apontavam para o caráter paternal de Deus. Trazer à memória os maravilhosos momentos de amor fraternal proporcionados por Deus foi a saída para o nascimento de uma esperança pra aquele povo desesperançado. Assim é para nós: trazer à memória os dias do "primeiro amor", os cuidados mínimos de Deus para com a nossa vida durante a nossa história, nos dá esperança de que Ele, por ser imutável, permanece com o
mesmo amor dos primeiros dias, esperando para recomeçar, quantas vezes forem necessárias, este relacionamento fraternal, pois, como notou o salmista, "Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá."Sl 27:10. O homem muda, o homem esquece, o homem se afasta e se esfria, mas Deus é imutável! Permanece em pé, de braços abertos, esperando por nós como o pai do filho pródigo esperava por seu filho vaga mundo. "Voltemos ao evangelho". _______________ Coram Deo: "Você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio." Apocalipse 2:4-5