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Adivinha o nome do jogo e ganha um Dragon age: origins Pensas mesmo que és o jogador mais hardcore do mundo? Então adivinha o nome dos jogos ilustrados neste Game Quiz que preparámos especialmente para ti! Envia as tuas respostas para leitores@ revistasmash.com indicando no assunto do email a rubrica “Game Quiz!”. O primeiro
adivinhares. E quantos mais pontos somares, mais prémios podes ganhar! Consulta o regulamento da prova no Fórum Smash! em http:// forum.revistasmash.com.
a acertar em todos os jogos habilita-se a ganhar uma versão de Dragon Age: Origins para a plataforma à tua escolha. Participa na “Liga Smash! Game Quiz” e ganha pontos por cada jogo que
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Especial
30 JOGOS 01
A NÃO PERDER
DE VISTA
EM 2010 Depois de um ano a resistir à crise financeira que abalou o mundo inteiro, a indústria de videojogos prepara-se para atacar em força os próximos doze meses. Das sequelas de risco mínimo garantido às apostas que ousam trilhar novas fronteiras, 2010 promete ser um ano inesquecível para quem ainda encontra aqui o seu passatempo de eleição. Do regresso dos autores de Doom e GTA às novas aventuras de Kratos, Sam Fisher e companhia, ninguém vai ficar de mãos a abanar no ano da retoma dos videojogos. Vai uma aposta? 26 // Janeiro 2010 // Smash!
Agent
«Este é um jogo que já queríamos fazer há muito, muito tempo». As palavras pertencem a Sam Houser, um dos líderes da Rockstar, essa mesmo, a casa-mãe dos loucos GTAs. Um exclusivo PS3, Agent desenrolar-se-á no final dos anos 70 e colocará os jogadores no centro de uma trama de conspirações e contra-espionagem com a Guerra Fria como pano de fundo. O jogo está a ser produzido pela mesma equipa que trabalhou em GTA 4, por isso, e mesmo com a obra envolta num manto de secretismo, apostamos que está aqui um sério candidato ao título de Melhor Jogo de 2010. Duvidam?
02
Alan Wake Em produção desde 2005, Alan Wake é um thriller que a Remedy (estúdio finlandês responsável pela série Max Payne) pretende demarcar dos restantes jogos disponíveis no mercado pela sua ambiência a la “Twin Peaks” (série TV de culto realizada por David Lynch) e narrativa engenhosa que coloca um escritor à beira da alucinação numa vila recôndita dos
Estados Unidos. Mas serão mesmo delírios ou o pesadelo comanda a realidade? Sai na Xbox 360, possivelmente durante o mês de Maio.
03 APB
for este jogo a destronar World Of Warcraft do seu pedestal, então o melhor é todos os criadores de MMOs arrumarem a trouxa, desligarem a luz do escritório e irem para casa.
04
BioShock 2 Os fãs temem o pior. Com a sequela fora das mãos de Ken Levine, como fará BioShock 2 justiça a um dos jogos mais surpreendentes dos últimos anos? Segundo um dos directores artísticos do jogo, Hogarth De La Plante, é simples: «desta vez, a história tem um impacto mais pessoal no jogador como protagonista». Rapture e os seus ideais niilistas continuarão a
do quando decapitar, estilhaçar, esburacar e outras acções fantásticas terminadas em “ar” o último espécime das monstruosidades galácticas. É bonito ver a Electronic Arts a recuperar o jogo de survival horror que tantos elogios lhe valeram no final de 2008. Para esta sequela, o estúdio Visceral Games promete mais arrepios na espinha (na do jogador e na do herói, só que neste último caso, ele poderá não sentir só simples arrepios!), um bestiário ainda mais assustador e sequências de gravidade zero simplesmente trepidantes. Meninos, toca a começar a guardar dinheiro para as fraldinhas Dodot!
06 Diablo 3 Dave Jones, fundador da Real Time Worlds, foi um dos pais que embalaram o berço da série GTA. Depois de criar o excelente Crackdown para a X360, Jones e sus muchachos estão de volta com um dos projectos mais ambiciosos de 2010: criar uma versão multiplayer de GTA… num universo persistente! Esqueçam as personagens controladas pela inteligência artificial. Os polícias e gangsters de APB são jogadores de carne e osso e estão sempre prontos a formarem alianças ou a darem-vos cabo do canastro com as dezenas de armas e técnicas de combate corpo-a-corpo implementadas no jogo. Sai na Primavera, é um exclusivo PC e se não
desempenhar um papel central no desfilar da trama mas a ideia de desvendar o paradeiro de novas personagens (Sophia Lamb e filha) em vez de se andar à deriva em busca de uma fuga desta Atlântida perdida soa-nos bem. E já vos dissemos que agora calçamos os sapatos de um enorme Big Daddy?
05
Ok, a Blizzard não confirma datas de lançamento para os seus jogos, por isso considerem isto uma wild guess. Mas se há título capaz de deixar os jogadores PC à beira de um ataque de ansiedade, é este. A fórmula mantém-se à prova de bala: mapas e itens gerados aleatoriamente a cada nova partida; um motor gráfico criado de raiz para o jogo; novas classes de personagens e árvores de evolução de atributos ainda mais persona-
Dead Space 2 Os Necromorphs andam à solta pelo Espaço e Isaac Clarke só vai poder dormir descansa-
Smash! // Janeiro 2010 // 27
Especial
PASSATEMPO
Para te habilitares a ganhar um dos 3 jogos Beaterator para a PSP, que a Infocapital e a Smash! têm para te oferecer, responde à seguinte questão:
Quem é o famoso produtor envolvido com a Rockstar Games na produção de Beaterator? Envia a tua resposta até ao próximo dia 30 de Janeiro para o e-mail leitores@revistasmash.com, com o assunto “passatempo Beaterator”. Não te esqueças de incluir os teus dados pessoais (incluindo telefone), para o caso de seres o vencedor.
lizáveis; e um sistema de jogo que recompensa tanto o aventureiro solitário, como a party de velhos compinchas que avançarão rumo às masmorras de Sanctuary com um sorriso nos lábios. Já se passaram tantos anos desde que limpámos o sangue das nossas espadas…
07 Fable 3
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Final Fantasy 13
And here we go again… Peter Molyneux prossegue a sua demanda do jogo de role-play perfeito, desta vez colocando-nos na pele do(a) filho(a) do herói de Fable 2. Passaram-se 50 anos desde a última aventura e Albion é governada por um tirano que mergulhou a nação num mar de desilusões e incertezas. O objectivo? Destronar o monarca, pois claro, liderando um movimento revolucionário onde temos de jurar promessas, fazer amizades e cumprir todo o tipo de missões para conquistar o poder e a admiração dos nossos conterrâneos. Mas, e quando estivermos sentados no trono, seremos capazes de nos manter fiéis aos nossos velhos princípios?
08
Far Cry 3 Conhecem-se poucos detalhes sobre esta sequela produzida pela Ubisoft Montreal, a não ser que o mais provável é levar os jogadores de regresso à savana africana. Quem já viu a evolução para o novo capítulo (por exemplo,
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o argumentista de Far Cry 2, Kevin Shortt) afirma que «o jogo está com um aspecto excitante». Quem somos nós para duvidar?
9 de Março. Esta é a data reservada para o lançamento mundial do jogo que promete trepar as tabelas de vendas mais depressa do que o Usain Bolt termina uma corrida de 100 metros. Enquanto o presidente da Square Enix tranquiliza os fãs da velha guarda afirmando que o jogo se mantém fiel à herança do passado, a equipa de produtores orgulha-se do desenvolvimento de uma série de opções como um original sistema de invocações (o Gestalt Mode), a atribuição de tarefas, em tempo real, a cada guerreiro durante os combates e um novo sistema de evolução de habilidades que promete tornar o jogo mais intuitivo para principiantes. De resto, temos aqui mais uma
PASSATEMPO história ilustrada com sequências animadas de se ver e chorar por mais.
God Of War 3
do que chegar à garagem do prédio e abrir a porta do velhinho Fiat Punto que está mesmo a pedir uma revisão. Depois, correr em 70 circuitos exóticos à volta do mundo é bem mais interessante do que fazermo-nos ao trânsito infernal de Lisboa e ainda termos de aturar os aselhas que por aí andam. Sai em Março, só na PS3… no Japão.
Kratos vai regressar, mas não parece assim tão contente, mesmo agora que a PS3 lhe vai dar o gosto de enfrentar ainda mais inimigos em simultâneo. O tipo está doido, sedento de vingança sabe-se lá porquê… Nós desconfiamos que os deuses o tramaram e traíram mais uma
Guild Wars 2
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vez. Será inveja da sua careca? Ou do seu sucesso entre as belas mulheres do Olimpo? Seja como for, o reino dos deuses será chacinado e a cabeça de Zeus será o seu derradeiro prémio. Claro que a jornada não será fácil, e os deuses tudo farão para o parar – confundi-lo com puzzles intricados, enviar os seus monstros lacaios, entre outras criaturas bizarras. Tudo isto numa escala épica. Conseguirás libertar toda a fúria do deus da guerra?
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Gran Turismo 5 «Tem melhor aspecto do que a própria realidade». Não, a frase não é nossa mas sim do director da Polyphony Digital, o célebre Kazunori Yamauchi. Somos obrigados a concordar com o designer japonês. Conduzir Ferraris, Lamborghinis, Mercedes SLS e afins é, de facto, muito melhor
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A NCsoft continua a trabalhar afincadamente na sequela de um dos seus jogos de maior sucesso no mercado ocidental. Mantendo a premissa de não cobrar qualquer tipo de subscrição para se jogar, Guild Wars 2 desenrolar-se-á 250 anos após os acontecimentos do primeiro capítulo oferecendo visuais renovados, novos universos para explorar e melhorias ao nível da interface e dos sistemas de combate de PvP (player vs player).
Para te habilitares a ganhar um dos 5 jogos Operation Flashpoint 2, versão PlayStation 3 que a Codemasters e a Smash! têm para te oferecer, responde à seguinte questão:
Como se chama a ilha real no Alasca, a qual inspirou Skira, palco de acção deste jogo? Envia a tua resposta até ao próximo dia 30 de Janeiro para o e-mail leitores@revistasmash.com, com o assunto “passatempo Operation Flashpoint 2”. Não te esqueças de incluir os teus dados pessoais, para o caso de seres o vencedor.
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Halo: Reach «Ah e tal, estamos fartos de Halo e não queremos mais produzir jogos sobre o Master Chief», queixou-se a Bungie no momento em que se separou da Microsoft. E a Microsoft retorque: que se lixe o Chief, mas de Halo não se livram, dando-lhes a almejada “liberdade”. O resultado foi Halo ODST… E agora Reach. Justificando a ausência do Spartan, criam-se prequelas, neste caso, com a acção enquadrada antes do primeiro jogo da série. Pouco ou nada se sabe desta nova aventura, mas nós temos um palpite: iremos controlar um outro
Smash! // Janeiro 2010 // 29
Especial
PASSATEMPO
Para te habilitares a ganhar um dos 5 jogos Sherlock Holmes versus Jack the Ripper para PC que a Focus e a Smash! têm para te oferecer, responde à seguinte questão:
Como se chama o fiel companheiro de Sherlock Holmes? Envia a tua resposta até ao próximo dia 30 de Janeiro para o e-mail leitores@ revistasmash.com, com o assunto “passatempo Sherlock Holmes”. Não te esqueças de incluir os teus dados pessoais, para o caso de seres o vencedor.
qualquer Spartan, rodeado de colegas famintos de perseguir Covenants até à exaustão, usar as suas armas e disparar primeiro, fazendo perguntas depois. «Finish the fight» assenta aqui mal: não será agora «Start the fight»? E “milka”, e “milka”…
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Heavy Rain
Depois de The Nomad Soul e Fahrenheit, a Quantic Dream poderá estar prestes, finalmente, a trocar o seu nicho de acérrimos fãs por um reconhecimento à escala mundial. Tudo graças a Heavy Rain, um exclusivo PS3 que explora ainda mais a fundo a capacidade dos videojogos em contar uma boa história – neste caso, um thriller que envolve uma série de homicídios perpetrados por um serial killer. Alternando entre os destinos de várias personagens, o jogador recolhe pedaços de uma trama de cariz adulto e plena de reviravoltas. A localização do jogo para a língua portuguesa poderá desempenhar um papel fulcral na conquista das atenções do cidadão comum, bem como o intuitivo sistema de controlo que exigirá a simples pressão de um ou outro botão nas sequências de quick time events.
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Mafia 2 Quem não gostava de ser um mafioso, pegar numa Tommy Gun, entrar por uma loja aden-
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tro e perguntar: «tens o nosso pagamento mensal, como garantia de protecção? Não? Não faz mal, pagas em géneros». E toca a disparar contra tudo o que é lâmpadas, deixando a loja no breu. Ok. Muitos não se recordarão do Átila de “Duarte & Companhia” mas é este o espírito de Mafia 2. Basicamente, a personagem principal irá ex-
plorar uma cidade fictícia, inspirada em Chicago e Detroit, num sandbox cheio de actividades livres, incluindo a extorsão, perseguições e, claro, muitos tiroteios. Ainda assim, tempo não faltará para levar miúdas giras a um bar e, quem sabe, não precisar de pagar para estar com elas até o Sol raiar!
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Mass Effect 2 O segundo episódio da saga Mass Effect promete seguir as pisadas do comandante Shepard em novas aventuras inter-galácticas. Quem guardou os ficheiros de gravação do primeiro jogo beneficiará das consequências dos seus actos no primeiro capítulo. Então quer dizer que ainda devemos dinheiro ao tipo do hangar, pelas reparações da nave, após termos fugido? É que agora, como novidade, teremos gangs criminosos organizados e senhores todo-poderosos que fazem Jabba
the Hut ficar verde de inveja! Claro que a BioWare aprendeu com alguns erros e pretende oferecer agora uma experiência mais sandbox, ainda mais linhas de diálogo e, claro, novas posições para encontros inter-raciais, se é que nos entendem… Será que estamos perante o primeiro “bate couro” lúdico?
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Max Payne 3
cuperação de uma das suas franchises de culto junto dos jogadores hardcore: Medal Of Honor. A ideia é simples e está à vista de todos: a EA quer seguir as pisadas da série Call Of Duty: Modern Warfare, transportando os jogadores para os campos de batalha do nosso tempo, neste caso a guerra contra os talibãs no Afeganistão. Uma decisão acertada ou puro oportunismo?
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Metal Gear Solid: Peace Walker Cada vez mais feio, porco e mau, é assim que Max Payne irá regressar, com mais barriguinha e sem cabelo, e uma cara cheio de lenhos e cicatrizes capazes de assustar qualquer um. É que, segundo dizem, o Brasil, palco da acção do novo jogo, é famoso pela prática de capoeira e, como se sabe, apenas pode haver um galo em cada uma. Além disso, diz-se que o “chopinho” tonifica o corpo e isso denota-se na aparência do herói que, outrora, desafiava o tempo, abrandando as balas na sua direcção enquanto “aviava” meia dúzia de rufias num salto, antes de se estatelar no chão. O bullet time continua a fazer parte da ementa mas, agora, será possível realizar novas acções como, por exemplo, usar inimigos como escudo humano ou utilizar protecções do cenário. Nós nem queremos saber se controlamos um pato, apenas queremos toda a experiência e frescura dos primeiros dois jogos. A Mona Sax também pode regressar…
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Um exclusivo PSP com edição reservada para o próximo dia 28 de Maio, MGS: Peace Walker pega na herança de Metal Gear Solid 3 para nos oferecer uma aventura concebida de raiz para a portátil da Sony, sob a supervisão de Hideo Kojima. Para além da tradicional campanha a solo (neste caso protagonizada por Naked Snake, no remoto ano de 1974), Peace Walker apresenta como um dos seus principais trunfos o suporte para um modo de jogo cooperativo em que será possível partilhar a aventura com um amigo. Proteger as costas ao companheiro, trocar munições e prestar assistência médica são apenas algumas das tarefas passíveis de serem realizadas numa obra que, decerto,
fará vender mais algumas milhares de consolas portáteis em 2010. A Sony agradece.
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Metal Gear Solid: Rising Traição! Blasfémia! Metal Gear Solid vai ter uma edição multi-plataforma (PC/PS3/X360) em simultâneo mas acalmem-se as hostes mais enervadas: Rising não se centra nas desventuras de Solid Snake, o qual cede aqui todo o protagonismo a Raiden, o cyborg-ninja que surpreendeu tudo e todos com a sua atitude bad ass em Metal Gear Solid 4.
Bom, surpreendidos também ficámos nós quando Raiden se assumiu figura de proa em Metal Gear Solid 2… com os desastrosos resultados que os fãs bem conhecem.
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Metroid: Other M A Nintendo e a Team Ninja dão as mãos num remake que recupera a magia dos primeiros
Medal Of Honor “Se não os podes vencer, junta-te a eles”. Este é o lema que norteou a Electronic Arts na re-
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Especial
jogos Metroid em 2D, combinando-os com excelentes efeitos visuais que farão as delícias dos saudosos dos tempos da NES.
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Prince Of Persia: The Forgotten Sands
veículos preparados para autênticas “corridas da morte”. Para além de um motor gráfico que promete sacar esgares de espanto tanto no PC, como nas consolas, Rage incluirá diversas personagens com as quais poderemos interagir, seja para obter indicações sobre novas missões ou para adquirir armas e itens para as viaturas, dotando o jogo de uma componente de role-play light, pouco usual nas produções da id Software.
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pergunta paira no ar: ainda conseguirá Fisher fazer a espargata entre duas paredes? O tempo passa, os músculos tornam-se flácidos mas os inimigos continuam a chatear Sam. E ele agradece a carne para canhão!
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Star Wars: The Old Republic
Splinter Cell: Conviction
O príncipe vai regressar para mais uma aventura das Mil e Uma Noites. Desta vez parece que as areias ficaram esquecidas, fazendo o herói regressar à história da trilogia original. Os fãs podem contar com alguns dos elementos clássicos, assim como a adição de novos elementos de jogabilidade. Com um novo jogo e filme a la Jerry Bruckheimer previstos para o próximo ano o que poderão os jogadores querer mais?
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A id Software troca, finalmente, os corredores claustrofóbicos do Inferno por cenários a céu aberto, de ambiência pós-apocalíptica, onde o jogador luta pela sua sobrevivência e participa em frenéticas corridas ao volante de
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Muitos poderão pensar que Sam Fisher passou-se da “marmita” devido ao assassinato da sua filha, mas não imaginam como estão errados. A sua sede de vingança tem a ver com aqueles que confiscaram os seus óculos térmicos-de-visão-tripla-nocturna-com-detecçãode-calor-e-ondas-magneticas. E isso irritou tanto Sam que a Ubisoft teve de adiar o jogo e remodelar o seu aspecto seboso, como quem andou a comer nos caixotes de lixo. O ex-agente aparece agora com um aspecto muito cool, com novas abordagens à acção tais como espreitar debaixo da porta e marcar alvos para, num simples gesto, eliminar vários inimigos de uma assentada. No entanto, uma
O anúncio de The Old Republic (TOR) esteve longe de agradar a todos os fãs de Star Wars e videojogos. A lógica é simples: Knights Of The Old Republic (KOTOR) e The Sith Lords destacaram-se pelas suas narrativas, personagens e escolhas morais, acompanhadas de consequências – e The Old Republic é um jogo online para múltiplos jogadores (MMO). Mas a BioWare é uma produtora ambiciosa, cuja missão tem sido conceber títulos com as tramas mais envolventes e interactivas da indústria. The Old Republic procura não ser excepção, estando a ser edificado a partir dos pilares “exploração”, “combate”, “progressão” e, por fim, “enredo”. Os primeiros sinais são animadores: classes únicas para cada uma das duas facções; companheiros controlados pelo computador; consequências para as nossas acções; vozes para todas as personagens do universo; e vários planetas exploráveis. Será possível pedir muito mais do que isto?
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Starcraft 2 Os Protoss, Zerg e Terran vão regressar numa nova aventura repleta de intrigas, heróis des-
dois truques escondidos na manga, certo?
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The Last Guardian
temidos e um batalhão de unidades para todos os gostos e feitios. Reconhecido quase unanimemente como um dos jogos de estratégia mais equilibrados de todos os tempos, Starcraft apresentará nesta sequela uma mão cheia de tácticas e habilidades distintas consoante a facção seleccionada, a par de uma robusta componente multiplayer que testará aos limites a capacidade de resposta do serviço Battle.net da Blizzard. Um editor de mapas e diversas ferramentas de scripting permitirão aos jogadores personalizar a experiência de jogo a seu belo prazer, o que deverá garantir a este episódio a longevidade de que o seu antecessor ainda goza nos dias de hoje.
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Super Mario Galaxy 2
“Esperem o inesperado”. É quase impossível adivinhar o próximo passo dos autores de ICO e Shadow Of The Colossus. Existe um fio condutor no que diz respeito à estética dos seus jogos mas em termos de trama e jogabilidade, só colocando as mãos em cima do produto final é que começamos, realmente, a ter uma
ideia do mundo que se irá desvendar perante os nossos olhos. The Last Guardian promete ser mais um daqueles raros tesouros que só podiam ter nascido no Japão. Para já, o jogo parece cruzar a fragilidade de ICO (na figura do pequeno rapaz que controlamos no jogo) com as figuras gigantescas de Shadow Of The Colossus (aqui expressas pela enorme criatura alada que ajudará o herói a viajar de um lado para o outro e a resolver certos puzzles). É mais um exclusivo PS3 que promete conquistar os corações dos jogadores mais empedernidos.
29 Os críticos encaram-no como um pacote de níveis camuflados de sequela oficial. Os fãs old school suspiram pela ideia de controlar a dupla Mario e Yoshi através de novos cenários plenos de cor e imaginação. Onde estará então a verdade? Talvez a meio caminho, dizemos nós. Um dos melhores jogos de 2007 preparase para regressar em 2010: e vocês não acreditam que Shigeru Miyamoto não tenha um ou
The Legend Of Zelda Wii
ao nível do motor gráfico, como apostará na introdução de puzzles e mecânicas de jogo mais criativas, nomeadamente na exploração das funcionalidades do Wiimote nos diferentes contextos do jogo. A hipótese de Link poder voar em certas secções da aventura é uma ideia que Aonuma já deixou no ar.
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World Of Warcraft: Cataclysm Quando Azeroth está prestes a ser atacado pelo terrível Dragon Aspect Deathwin, milhares de heróis avançam para o campo de batalha de modo a evitar que o continente sucumba perante as forças do Mal. Novas missões, masmorras e criaturas de todos os tamanhos e feitios juntam-se a arenas para combates PvP (player vs player), existindo ainda espaço para a subida do nível máximo de experiência para 85, patamar apenas alcançável pelos aventureiros mais corajosos e dedicados das redondezas. A estreia dos goblins no exército Horde e a integração da raça Worgen nas fileiras dos humanos é outra das novidades que a Blizzard tem na manga.
Apesar de ainda não ter sido oficialmente confirmado, é seguro apostar que o final de 2010 irá trazer-nos um novo The Legend Of Zelda para a Wii. Já foram deixados indícios nesse sentido pelo lendário criador da série, Eiji Aonuma, o qual afirmou recentemente que o próximo capítulo não só sofrerá um revamp
Smash! // Janeiro 2010 // 33
Corrida a cortina sobre a primeira década do novo milénio, a Smash! lança um olhar sobre os acontecimentos mais marcantes da indústria de videojogos. O nascimento e morte de consolas, os grandes títulos, as personagens memoráveis e os estúdios mais influentes, entre revoluções, reviravoltas e curiosidades que ficam para a História. RUI PARREIRA e DIOGO RIBEIRO
Silicone emocional
Capa
O
s últimos dez anos de videojogos provocaram profundas alterações na forma como este meio de entretenimento é encarado pela sociedade, roubando as pessoas das salas de cinema e inspirando a indústria musical a adaptarse, criando simbioses e novos modelos de negócio. Mas a tremenda expansão dos videojogos trouxe consigo questões e problemas para o seio de uma sociedade que, repentinamente, despertou para esta nova realidade: hoje, em dia, a maioria das crianças e adolescentes são educadas pelos videojogos, para o bem e para o mal. Isto significa que os jogos não são mais vistos como uma “brincadeira de putos”, mexendo com todas as faixas etárias e classes políticas. Quem não se recorda do caso Jack Thompson vs. Rockstar (com inúmeros processos judiciais relacionados com a série Grand Theft Auto) ou a voz activa da antiga senadora Hillary Clinton numa guerra declarada aos videojogos violentos, acusados de serem «uma epidemia silenciosa que ensina as nossas crianças a dizer ok à violência, racismo e xenofobia»? E o espanto de vermos cartazes de Barack Obama em Burnout Paradise, em plena campanha política para as presidenciais norte-americanas em 2008, recorrendo aos videojogos como veículo de promoção? Interesses político-sociais à parte, a indústria dos videojogos tornou-se numa das áreas de entretenimento mais lucrativas da actualidade. E ninguém quer passar ao lado da sua evolução, certo?
2000: o despertar das mulheres Sempre se disse que quem conseguisse conquistar o público feminino, triunfaria no mercado de videojogos. A Electronic Arts (EA) arrancou a década em grande estilo com o lançamento de The Sims, o improvável sucesso que viria a destronar Myst, em 2002, como
2000 48 // Janeiro 2010 // Smash!
o jogo mais vendido de sempre para PC. Criado pelo notável Will Wright, este título, uma espécie de casa de bonecas virtuais, convidava os jogadores a viverem o quotidiano, comprando e mobilando casas, aceitando empregos e mantendo relações sociais com outros habitantes. A ideia surgiu quando o designer viu a sua casa ser “devorada” por um incêndio, obrigando a família a recomeçar a sua vida noutro lugar. Pegando no universo de SimCity, imaginou como seria o dia-a-dia dos seus pequenos habitantes, ao detalhe. O voyeurismo de The Sims (fenómeno que entretanto pegou de estaca com a série televisiva “Big Brother”) teve grande influência na produção de uma nova geração de videojogos. O editor de personagens, objectos e cenários chegou a ser utilizado como maquetas de simulação para agências de moda ou decoração, antevendo no jogo como ficaria na realidade. A EA tem explorado a série ano após ano, tendo editado em 2009 o terceiro capítulo de The Sims, após um infindável número de expansões temáticas e pacotes de objectos.
Sony soma e segue No que toca a estúdios, os jogadores ficaram mais pobres com o encerramento da Looking Glass (produtora de System Shock e Thief), tendo a Ubisoft adquirido a RedStorm Entertainment numa jogada estratégica que reforçaria o catálogo da editora francesa com um punhado de franchises (por exemplo, Rainbow Six e Ghost Recon) baseadas no universo do escritor Tom Clancy. Já a compra da Bungie pela Microsoft serviu de antecâmara à estreia da empresa de Bill Gates no mercado das consolas. Foi em 2000 que fomos introduzidos a uma
Discutivelmente uma das melhores consolas da década, se não de sempre, a PlayStation 2 lutou com garra pelo domínio do mercado – não só como consola dedicada aos jogadores mas como plataforma de entretenimento. Pelo caminho deixou a tardia Xbox, a mal aproveitada GameCube e a nado-morta Dreamcast para trás e saudades por alguns dos títulos mais marcantes dos primeiros anos do século XXI. Os fanboys da tecnologia serão rápidos a citar o Emotion Engine ou o apoio activo dado às suas capacidades online, mas são nomes como Metal Gear Solid 2, Devil May Cry, Grand Theft Auto 3 e Gran Turismo 4, entre tantos outros num total de 1900 títulos disponíveis, que fizeram dela uma consola de eleição. Pura nostalgia? Nem por isso: ainda continua activa, com títulos programados para sair em 2010 e com um total de 138 milhões de unidades vendidas até hoje por todo o mundo. Quando uma consola da geração actual vende menos que a sua predecessora, algo se passa, não?
das personagens mais emblemáticas da década - o Agente 47 -, um assassino a soldo que se estreou em Hitman. O êxito deste jogo acabaria por instigar uma série com vários episódios sempre a pisar o limite da moral e bons costumes. Este ano ficou ainda marcado pelo regresso da Blizzard em Diablo 2, reafirmando a excelência da produtora, agora uma das mais poderosas da indústria. No Natal, data prometida para o aguardado lançamento da PlayStation 2, o mercado aqueceu. Após ter apanhado toda a gente de surpresa com o estrondoso sucesso da PSOne, a Sony esperava uma adesão maciça dos fãs
Março
Julho
A Sony estreia a PlayStation 2 no Japão
Max Payne introduz o conceito de Bullet Time - sequências de acção em câmara lenta - nos videojogos inspirado no filme “The Matrix”
PASSATEMPO
na nova geração mas a própria empresa acabaria por dar um tiro no pé, não conseguindo responder à enorme procura de PS2 nos Estados Unidos. Quando a comercialização da consola arrancou na Europa, o mercado negro beneficiou da excessiva procura. Assim, no Natal de estreia da PS2, quem se ficou a rir foi a Sega que duplicou as vendas da sua Dreamcast como consolação!
2001: Sega deita a toalha ao chão Com os problemas de stocks da PlayStation 2 resolvidos e o catálogo a crescer a olhos vistos, a consola rapidamente se impôs perante a Dreamcast. Ambas as consolas dispunham de ligações online, com a Sega a estimar ter cerca de 800 mil utilizadores em rede, muito graças a Phantasy Star Online que contribuía com 300 mil jogadores. No entanto, a Sega tomou neste ano uma das decisões mais drásticas de sempre: abandonou o mercado de produção de consolas, deitando a toalha ao chão face ao poderio da sua rival. Empresas como a EA deixaram de apoiar a Dreamcast, principalmente com a sua linha de simulações desportivas. Em Novembro a
gigante nipónica descontinuaria a consola, corridos apenas três anos após a sua estreia mundial, passando a dedicar-se em exclusivo à produção e distribuição de videojogos. Tal como a Dreamcast, também a Nintendo 64 sairia de cena mas, neste caso, passando o testemunho à GameCube. A consola roxa da Nintendo abandona os cartuchos, oferecendo uma solução proprietária de disco óptico mas sem DVD, o formato mais utilizado na multimédia, o que desiludiu uma grande franja de jogadores e fabricantes.
O caixote verde e as caixas de areia Com a Sega fora de cena, a Microsoft (que já há muito que namoriscava, aqui e acolá, o mundo dos videojogos) avança com a Xbox, uma consola baseada na arquitectura de um PC. Com rios de dinheiro para investir, a empresa de Bill Gates não olhou a meios para tentar marcar posição. A Xbox acabaria por servir de rampa de lançamento a uma das séries mais famosas e rentáveis da indústria – Halo, da Bungie, e com ela o seu popular protagonista Master Chief. Este First-Person Shooter futurista tornou-se num sucesso vendendo cinco milhões de exemplares ao longo da existência da consola. A consola da Microsoft marcou também a estreia do serviço online Xbox Live, oferecendo inovadoras ferramentas de matchmaking para o multiplayer, assim como conteúdos descarregáveis para o seu disco rígido. Em termos de videojogos, Max Payne fez as delícias em 2001 dos fanáticos da acção apresentando, pela primeira vez, o conceito de bullet time (acção em câmara lenta inspirada no filme “The Matrix”) aplicado aos videojogos.
Novembro Nintendo arranca com a comercialização da GameCube
Microsoft lança a sua primeira consola de sempre, a Xbox
Para te habilitares a ganhar um dos 3 jogos Darksiders para a PlayStation 3, que a Ecofilmes e a Smash! têm para te oferecer, responde à seguinte questão:
Quem é o artista de novelas gráficas responsável pela arte de Darksiders? Envia a tua resposta até ao próximo dia 30 de Janeiro para o e-mail leitores@ revistasmash.com, com o assunto “passatempo Darksiders”. Não te esqueças de incluir os teus dados pessoais (incluindo telefone), para o caso de seres o vencedor.
2001 Smash! // Janeiro 2010 // 53
Capa
Mas a grande “bomba” surgiu, inesperadamente, de um obscuro estúdio britânico chamado... Rockstar. Grand Theft Auto 3 não necessita de apresentações, tendo abalado as fundações da indústria de videojogos em todos os sentidos. Redefiniu o conceito dos jogos sandbox (oferecendo aos jogadores uma enorme liberdade de movimentos num mundo 3D cheio de vida e
Kratos (God Of War) Não só é um Espartano, uma das forças militares mais impressionantes e temidas na História mundial, como “come” deuses ao pequenoalmoço... Com as mãos!
A liberdade de ser politicamente incorrecto
Em 2001, Grand Theft Auto 3 tinha toda a nossa atenção. Pela primeira vez, a atenção dos media recaía sobre o mundo dos videojogos, se bem que pelas razões erradas – a violência no jogo causou protestos, um escrutínio implacável por parte da imprensa e garantiu que o nome Jack Thompson ficasse gravado nas nossas memórias ao ver o advogado norte-americano crucificar o jogo. Por outro, o terceiro capítulo da série da Rockstar popularizou os mundos abertos e de progressão não linear, e criou uma história de vingança enquadrada no mundo do crime organizado que viria a converter muitos à visão única do estúdio londrino. Apoiado num mundo cheio de possibilidades e detalhes – caracterização das personagens, estações de rádio, dezenas de veículos para roubar e usar, missões variadas, sátira à cultura norte-americana –, GTA 3 transformou-se num daqueles incontornáveis clássicos cujo design viria a influenciar a indústria, tendo vendido mais de 14 milhões de unidades até hoje.
das as novas plataformas, este ano foi mais morno em termos de novidades. A Squaresoft e a Enix fundiram-se na Square Enix, colocando sob o mesmo tecto duas das mais famosas séries (rivais) de role-play nipónicas: Final Fantasy e Dragon Quest. A companhia aproveitou ainda 2002 para selar o lançamento do excelente Kingdom Hearts que juntou figuras míticas da Disney como Mickey, Donald e companhia a diversas personagens de franchises da Square Enix. A Microsoft comprou a Rare, a reputada produtora que, no passado, tinha desenvolvido uma estreita colaboração com a Nintendo, criando vários clássicos para as suas consolas. Bill Gates e companhia pretendiam trazer para a Xbox toda a magia e tecnologia detidas pelo estúdio britânico mas vários analistas ainda hoje consideram este negócio (a Microsoft pagou cerca de 375 milhões de dólares pela aquisição) como um dos maiores flops dos últimos anos. Alguns dos elementos-chave da Rare viriam a sair da empresa (principalmente aqueles envolvidos em GoldenEye) e, nos anos seguintes, outros seguiram-lhes o mesmo caminho. É também neste ano que Solid Snake regressa em Metal Gear Solid 2, estreando-se na
segredos para desvendar), mas também viu-se rapidamente envolvido nu manto de polémica devido às suas cenas de violência extrema e gratuita, carimbando a Rockstar como provocadora e incentivadora do atentado à moral e bons costumes.
2002: um negócio Raro Depois da mudança de geração e consolida-
2002 54 // Janeiro 2010 // Smash!
Março Os Sims batem o recorde de Myst como o jogo mais vendido de sempre, atingindo a marca das 6.3 milhões de unidades comercializadas
PS2. O espião furtivo teria, contudo, de lidar com um rival à altura – Sam Fisher, na estreia da série Splinter Cell. Mafia foi um dos primeiros clones de GTA 3, situando a sua trama e acção na época dos gangsters e da Lei Seca, e a Blizzard voltou à carga com Warcraft 3, consolidando o universo de Azeroth enquanto preparava, nos bastidores, o colossal World Of Warcraft. Em 2002, a Nintendo entregou à Retro Studios o relançamento de Metroid, sendo Metroid Prime o primeiro de uma trilogia que transformou o universo de Samus Aran numa perspectiva na primeira pessoa. Ratchet & Clank chega ao mercado fruto da cooperação tecnológica entre os estúdios Insomniac Games e Naughty Dog (empresa que criara no ano transacto Jak & Daxter), nascendo aqui duas séries que assumiriam um papel importante no catálogo exclusivo da Sony. Entretanto, os jogadores de PC maravilhavam-se com o desembarque na Normandia de Medal Of Honor: Allied Assault, shooter que introduziu um espírito de camaradagem credível entre o jogador e os NPCs (Non-Playable Characters)
2003
que o acompanhavam. O sucesso do jogo e desavenças com a Electronic Arts conduziriam alguns elementos da equipa a formar um novo estúdio - a Infinity Ward – que, anos mais tarde, atingiria os píncaros da fama com um certo FPS chamado Call Of Duty...
dar os 246 milhões de dólares, lançado pelas famílias de dois jovens cujos homicídios teriam sido, alegadamente, inspirados por cenas e acções de GTA 3. A principal figura da acusação foi, obviamente, o implacável Jack Thompson.
2003: Jack, a estrela do rock!
O início da revolução digital
Após o lançamento de GTA 3, a Rockstar ganhou um estatuto quase intocável mas a empresa não se contentou com a polémica e decidiu pisar o risco. Vice City, editado pouco antes do Natal de 2002, “compraria” durante
Depois do sucesso de Half-Life em 1999, não só pela qualidade do jogo mas, sobretudo, graças à profusão de mods que surgiram como o incontornável Counter-Strike, a Valve começou a encarar o mercado de retalho
Master Chief (Halo) Foi um símbolo na luta contra os Covenant e tornou-se sinónimo da marca Xbox e dos seus fãs. Resta saber a qual das guerras foi mais difícil de sobreviver…
os meses seguintes uma acesa guerra contra diversas associações e organizações não governamentais. Este novo projecto da Rockstar cruzou inúmeras referências da cultura pop, do filme “Scarface” e de séries TV dos anos 80 como, por exemplo, “Miami Vice”, criando uma experiência sem par no mundo dos videojogos. No entanto, actos de xenofobia ou racismo estavam contidos no jogo, surgindo em cena Jack Thompson. Este advogado relacionou directamente a violência escolar com os videojogos, tomando a série GTA como bode expiatório, e perseguiu a Rockstar durante anos a fio, denunciando os seus trabalhos em artigos de jornais e debates televisivos. Em Outubro de 2003, a empresa acabou por ser alvo de um processo judicial a ron-
Novembro World Of Warcraft estreia-se no mercado norte-americano, tomando de assalto o fenómeno dos jogos online e transformando-se numa mina inesgotável de receitas
2004 Smash! // Janeiro 2010 // 55
Orcos mas bons
Capa
com uma nova perspectiva. Trabalhou numa plataforma de suporte digital, de forma a sustentar a distribuição dos mapas e trabalhos feitos pelos fãs dos seus jogos mas, acima de tudo, criou uma nova forma de distribuir os seus produtos: assim nasceu o Steam. Esta plataforma oferece diversas vantagens, não só ao proporcionar aos seus utilizadores acesso imediato aos jogos mas também permitir o pré-carregamento dos mesmos antes do seu lançamento, sendo que a activação final é feita no próprio dia de lançamento. O Steam revelou-se ainda a trave mestra da visão da Valve no que toca à comercialização de jogos em formato episódico, tal como aconteceria com a sequela de Half-Life 2 dividida em três partes. Se, inicialmente, muitos torceram o nariz a este modelo, os anos seguintes provaram a sua eficácia e cada vez mais editoras adoptaram um sistema que servia também como ferramenta anti-pirataria, já que a activação
Mario (Mario)
Apesar de lhe “dar” nos cogumelos e de chamar “pêssegozinho” à Princesa, este canalizador italiano continua a divertir-nos com as suas aventuras.
Nomes como Ultima Online e Everquest podem ter ajudado a consolidar a popularidade dos jogos de role-play online (MMORPGs) mas foi World Of Warcraft e o seu sucesso que garantiram a maturidade do género. O mundo virtual de Azeroth tem sido um ponto de passagem para muitos jogadores mas também para a indústria. World Of Warcraft provou muitas coisas: o perigo do vício pelos videojogos; a permanência de um nome na indústria graças ao marketing e à boa gestão de comunidades virtuais; como vencer num meio competitivo; mas, mais importante, que é possível lucrar ao fornecer jogos baseados em assinaturas mensais. Em Dezembro de 2008, a Blizzard afirmou que tinha alcançado 11.5 milhões de subscrições, um número sem dúvida ajudado pelo lançamento das expansões The Burning Crusade e Wrath Of The Lich King. E com Cataclysm (a terceira expansão) a caminho, o fim do fenómeno pode ainda estar muito longe de acontecer.
2004: toca-me que eu gosto! dos jogos online começava a ganhar força. O Steam é, actualmente, o canal de distribuição digital por excelência no PC, tendo inspirado outras empresas e plataformas a enveredar pelo mesmo caminho, nomeadamente a última geração de consolas. Quanto a títulos emblemáticos, a BioWare injectou uma lufada de ar fresco na saga Star Wars com Knights Of The Old Republic, um dos melhores jogos de role-play da produtora canadense. A LucasArts editou também Star Wars Galaxies: An Empire Divided, um MMO de grande qualidade baseado no universo criado por Lucas Arts. Prince Of Persia é relançado pela Ubisoft numa aventura cheia de puzzles e platafor-
2004 56 // Janeiro 2010 // Smash!
mas e o designer Warren Spector volta aos videojogos com Deus Ex, um jogo de culto com uma ambiência cyberpunk que oferecia aos jogadores a capacidade de resolver o mesmo problema através de múltiplas soluções. The Legend Of Zelda: The Wind Waker trouxe esta mítica série de volta às luzes da ribalta, apresentando uma linha artística diferente (recorrendo à técnica de cel-shading) que alguns fãs não apreciaram. Por fim, a recém-formada Infinity Ward mostrou ao mundo o primeiro volume da série Call Of Duty a qual se tornaria numa referência absoluta nos FPS da Segunda Guerra Mundial, e não só...
Por muitos acontecimentos que pudessem surgir neste ano, o mundo não estava preparado para dois fenómenos estreados em solo norte-americano. Num canto do ringue colocou-se World Of Warcraft que revolucionou os jogos persis-
Dezembro A PSP estreia-se no Japão
Vota nos melhores jogos desta década em
28 // Janeiro 2010 // Smash!
O futuro no bolso Capa
tentes online para múltiplos jogadores, contando neste momento depois com mais de 10 milhões de contas activas que pagam uma subscrição mensal todos os meses. Na outra extremidade surgiu a Nintendo DS, a consola que substituiria a Game Boy após 20 anos no trono. A nova portátil veio revolucionar a forma como interagimos com os videojogos, apresentando um ecrã duplo e funcionalidades tácteis, relembrando a estética dos clássicos Game & Watch. Neste ano, a gigante nipónica levantava tam-
Solid Snake (Metal Gear Solid)
Pode ser da voz. Pode ser por destruir armas nucleares bípedes sozinho. Ou talvez seja pelo nome “cobra sólida” ter várias interpretações…
Depois do êxito garantido do Game Boy Advance, que direcção tomar? A do risco, claro. Inspirada em parte na linha de aparelhos Game & Watch lançada em 1980, mas também nos ecrãs sensíveis ao toque encontrados em PDAs e smartphones, a Nintendo DS quis desafiar os jogadores habituados a consolas portáteis mais tradicionais. E conseguiu. Apesar da competição directa – a PSP – oferecer maior qualidade gráfica e mais capacidades multimédia, a DS conquistou os jogadores com o uso dos seus dois ecrãs, maior interactividade com os seus jogos através do estilete e capacidades online. Personagens icónicas como Mario e Link voltaram de cabeça erguida e títulos como Brain Training mostraram uma Nintendo interessada em cativar uma audiência mais diversificada. A portátil revelouse um fenómeno de popularidade e as vendas combinadas da DS original com as duas revisões posteriores de hardware, a DS Lite e a DSi, já ultrapassaram as 138 milhões de unidades.
bém o véu sobre a sucessora da GameCube, baptizada então com o nome de Revolution, antecipando, de facto, a revolução que ai vinha… Já o PC receberia outro clássico instantâneo, nada mais nada menos que Half-Life 2 com a Valve a apresentar o seu motor Source. Este FPS demarcou-se pela sua inteligência artificial avançada, Física exemplar e a capacidade de transformar as suas personagens em autênticos actores virtuais, com expressões e sincronização de voz realísticas.
Tudo pelos fãs... e pelas carteiras Mas a sequela de Half-Life não foi o único grande título do ano, principalmente no que
2005 58 // Janeiro 2010 // Smash!
toca a progressos tecnológicos. A id Software apresentou Doom 3 e a estreante Crytek transformou uma demo tecnológica num outro clássico, o luxuriante Far Cry (cuja influência se reflectiria, ao longo da década, em incontáveis aventuras desenroladas em ilhas exóticas). Peter Molyneux tentou revolucionar o universo dos jogos de role-play cometendo o erro de prometer mundos e fundos que acabariam por não se concretizar, na sua totalidade, em Fable. Já a EA apostou numa sequela para The Sims, com novo motor gráfico, mais detalhes de personalização e opções de jogo. Halo 2 e Metal Gear Solid 3 revelaram-se sequelas bem sucedidas a nível comercial, enquanto Ninja Gaiden fez chorar muitos jogadores hardcore com a sua dificuldade extrema. Enquanto os jogadores se deliciavam com as novidades, outro jogo estava em marcha nas altas esferas da indústria de videojogos. A sede expansionista da EA levou-a a que tentasse adquirir a rival Ubisoft, a qual cerrou fileiras para impedir a tomada hostil mas não conseguiu impedir a “pilhagem” de 20% do seu capital. Já a Sega, ainda a “lamber as feridas” do passado recente, foi absorvida quase na sua totalidade pela Sammy Corporation, num negócio a ron-
Março
Novembro
Lançamento da Nintendo DS
A Xbox 360 chega ao mercado
A Sony anuncia que a PlayStation 2 é a consola mais rápida de sempre a chegar aos 100 milhões de unidades vendidas
Keep on rocking in a DLC world
dar os 1.1 mil milhões de dólares, tornando-se assim numa das maiores editoras a nível mundial. Com os bolsos cheios de dinheiro fresco, a Sega decidiu ir às compras e adquiriu estúdios como a Creative Assembly ou a Sports Interactive, autores das séries Total War e Football Manager, respectivamente.
2005: are you ready for the next generation? Novas consolas chegaram ao mercado neste ano, com a PSP a revelar-se uma peça de hardware impressionante mas que não ficou isenta de algumas críticas. O formato de discos UMD foi contestado pelas editoras, pelo seu elevado preço de produção e a forte pirataria de que foi alvo, quase levando ao abandono prematuro da plataforma. No entanto, a consola foi um sucesso de vendas e as suas grandes capacidades técnicas, a nível de som e imagem, permitiram aos jogadores desfrutar de excelentes títulos ao longo dos anos. A Microsoft fez mais um investimento desmedido para se antecipar à concorrência e agarrar, com um ano de avanço, a mudança de geração de consolas domésticas. A Xbox 360 era assim lançada à escala mundial em Novembro, hasteando com ela a bandeira da primeira consola preparada para os jogos de alta definição. Um dos melhores aspectos da
Guitar Hero chegou, viu e revolucionou o mundo dos videojogos. Além de promover o interesse pela música a toda uma geração de jogadores, a Harmonix aliciou também bandas e artistas a partilharem o seu historial musical, a se interessarem por videojogos e a popularizar um género que ainda não parou de crescer. Os jogos deram música aos jogadores mas também revitalizaram a indústria musical – vários grupos criaram remisturas e edições remasterizadas de clássicos, e a introdução de DLC com suporte para compra de músicas adicionais é algo que as editoras discográficas e os grupos que elas representam agradecem. Temos também aqui uma plataforma que permite aos artistas estrear os seus novos trabalhos, como foi o caso dos Metallica e do álbum “Death Magnetic”, disponibilizado em Guitar Hero 3. 25 milhões de unidades vendidas e receitas totais a rondar os 2 mil milhões de dólares – quem é que disse que os videojogos mataram a estrela do rock?
consola foi, sem dúvida, a reestruturação do serviço Xbox Live que se tornou numa rede social, servindo de ponte entre os jogos, serviços e utilizadores. É possível adicionar amigos, ver o que estão a jogar e convidá-los a qualquer momento para uma partida, assim como comparar listas de conquistas. A solidez e maturidade do serviço, a interacção entre os membros e o download de demos e jogos indie são aspectos elogiados mas o pagamento de uma assinatura mensal ainda é contestado por muitos utilizadores. A Microsoft alega que tem quase 20 milhões de utilizadores registaNovembro A PlayStation 3 e a Wii chegam ao mercado
Wii Sports, vendido em pacote com a consola Wii, torna-se no jogo mais vendido de sempre superando a fasquia dos 50 milhões de exemplares
dos no serviço. Todavia, não há bela sem senão e a Microsoft pagou a factura de um produto lançado de forma algo apressada no mercado. O termo RROD (“Red Ring Of Death”) tornou-se numa espécie de praga, atormentando os sonhos dos utilizadores da X360. A polémica foi tal que a empresa de Bill Gates teve de investir mais um milhão de dólares só para aumentar para três anos o prazo de garantia da consola. Além disso, a ausência da ligação HDMI (a actual norma da alta definição) fez muitos utilizadores duvidarem das reais capacidades da consola, obrigando a Microsoft a integrá-la nas versões mais recentes do equipamento.
Who needs HD? Conhecido o nome de guerra da nova consola da Nintendo, o presidente da companhia, Satoru Iwata, desvendou o Wiimote ao mundo - um comando com sensores de movimento - que iria, de facto, revolucionar as mecânicas de interacção lúdica no ano seguinte. O Game Boy Micro foi também lançado comemorando, em jeito de adeus, os 20 anos desta plataforma. Enquanto não adiantava a terceira geração da sua consola, a Sony dedicava-se aos números e, no final de Novembro, revelava que
Marcus Fenix (Gears Of War)
A última esperança contra os Locust é um colosso musculado. E suado, a julgar pelo peso daquele uniforme. Nada com que Dominic não possa ajudar.
2006 Smash! // Janeiro 2010 // 59
Epic Wiin Capa
a PlayStation 2 tinha chegado às 100 milhões de unidades vendidas, conseguindo ainda liderar as tabelas de vendas face às novidades do mercado. Actualmente, a velhota PS2 já conta com 120 milhões de unidades vendidas: seria preciso mesmo uma nova geração de consolas? Prova desse contínuo sucesso foi o lançamento de God Of War, um jogo de acção frenético que levou a consola aos limites e popularizou uma das personagens mais bad ass de sempre – Kratos! E Gran Turismo 4 continuou a angariar fãs e a vender consolas…
o conteúdo ilícito (e pornográfico) incluído na versão PC de GTA: San Andreas, imortalizado pelo nome de Hot Coffee. A início, a Rockstar defendeu-se das acusações referindo que se tratava de uma mod mas veio-se a descobrir que, afinal, as versões PS2 e Xbox, editadas no ano anterior, continham as mesmas linhas de código, provando que a “brincadeira” partiu do seio da editora. Resultado: a editora Take 2 teve que recolher todas as cópias das prateleiras, modificá-las e recolocá-las… Foi ainda em 2005 que nasceu um pequeno fenómeno chamado Guitar Hero cuja mecânica de jogo implicava a utilização de um periférico em forma de guitarra. Ninguém esperaria que um jogo composto por covers de bandas famosas redundasse numa série que
O preço de um café quente… 20 milhões de dólares. Este foi o valor que a Rockstar teve de desembolsar para remediar
Agent 47 (Hitman)
Implacável, metódico, por vezes com um coração de ouro, mas sempre com uma bala guardada para alguém. Vocês não querem estar na lista de Natal dele…
já ultrapassou os 25 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, gerando sequelas, colaborações de lendas da música rock e inclusão de novos instrumentos. «Real guitars is for old people» clamou uma das personagens da série de animação “South Park”…
2006: for the Wiin! No ano em que a Sony descontinua oficialmente a PSOne, completando um ciclo de quase 12 anos, chega ao mercado a PlayStation 3. A consola ver-se-ia envolvida nalgumas polémicas, tais como as justificações para o seu elevado preço, o corte de componentes previstos inicialmente e, acima de tudo, a dificuldade pu-
60 // Janeiro 2010 // Smash!
Na geração actual, talvez mais importante do que a guerra de consolas ou de periféricos é a batalha do jogador versus a experiência de jogar. A visão da Wii assentou na ideia de levar os videojogos às massas, em oferecer jogos que fizessem sentido tanto para jogadores como não-jogadores. A funcionalidade sensível ao movimento do Wiimote veio alterar o paradigma do controlador e a forma como interagimos com os videojogos. A irmã mais velha da Nintendo DS ajudou a quebrar as barreiras que a indústria, quer por negligência quer por opção, sempre impôs a quem queria ser jogador e não conseguia, mas também mostrou uma Nintendo interessada em mostrar que a Wii podia ser para algo mais que videojogos – como é o caso de Wii Fit, que aposta no exercício físico. Mais de 50 milhões de consolas vendidas em todo o mundo, o renascimento de Mario e uma indústria a seguir-lhe os passos em termos de tecnologia de movimento, a Wii merece por completo o nome dado à consola quando ainda era apenas um projecto: Revolução.
blicamente confessada pelas produtoras em programar para o poderoso Cell. Além disso, a Xbox 360 encontrava-se no mercado com um ano de vantagem, reunindo um catálogo de jogos interessante, assim como a “amizade”
28 // Janeiro 2010 // Smash!
Capa
de muitos estúdios. Já a Wii afastou-se conscientemente desta batalha. Longe das capacidades técnicas das rivais e ignorando por completo a alta definição, a consola apostou nas virtudes do comando Wiimote que, com os seus sensores de detecção de movimentos, colocou velhinhas e putos a jogar em conjunto, vendendo milhões de unidades num ápice. Vendido juntamente com a consola, Wii Sports pôs os jogadores a suar frente ao ecrã tornando-se no jogo mais vendido de sempre, com mais de 50 milhões de cópias a invadirem os lares de todo o mundo.
Indústria em expansão No território PC, a polémica das protecções anti-pirataria StarForce guiou os compradores de jogos à revolta, devido à intrusão do software DRM nos seus sistemas, para além de outros problemas como a falta de reconhecimento na drive de uma cópia legal. Este facto não impediu o aparecimento de êxitos como The Elder Scrolls: Oblivion ou Company Of Heroes. Okami viu a luz do dia na Wii, tendo sido
Ratchet / Clank (Ratchet & Clank)
Descontraídos e bem-humorados, já salvaram mundos, disseram que o tamanho interessa e perseguiram rachas. No tempo.
aplaudido pelos jogadores mas fracassado em termos comerciais, o que levou ao encerramento dos estúdios Clover, empresa que se destacava pela originalidade dos seus jogos. No sentido inverso, a Epic Games produziu o shooter ultra macho Gears Of War que se apresentou como o grande exclusivo da X360 para jogadores hardcore enquanto não chegava o tempo de Halo 3. New Super Mario Bros. (DS), Metal Gear Solid: Portable Ops (PSP) e The Legend Of Zelda: Twilight Princess (Wii) foram outros pontos altos de um ano em que a indústria de videojogos dava sinais de respirar saúde por todos os poros.
2007: planetas alinham-se... Em 2007 as editoras e produtoras começaram a testar novas ideias expandindo os seus modelos de negócio, nomeadamente ao nível dos DLC (conteúdos extra descarregados online) que prolongam a vida dos jogos. Mais cedo ou mais tarde, todas as consolas apresentaram as suas soluções de vendas por via digital: o Live Marketplace da 360 (com a Microsoft a expandir o serviço Live ao PC, no programa Games For Windows), o Virtual Conso-
2007 62 // Janeiro 2010 // Smash!
le, serviço de venda de jogos clássicos da Wii (a secção de jogos indies viria mais tarde com a WiiWare) e a PlayStation Store da PS3. Enquanto a Blizzard anuncia Starcraft 2 num evento na Coreia do Sul, Sega e Nintendo “fazem as pazes” e editam Mario & Sonic At The Olympic Games marcando, pela primeira vez na História dos videojogos, o encontro de dois ícones, outrora rivais, no mesmo jogo. Já a Activision adquire a Bizarre Creations, a
Novembro A Nintendo e a Sega editam Mario & Sonic At The Olympic Games, na Wii e DS, juntando pela primeira vez no mesmo jogo dois dos ícones mais populares dos videojogos
produtora da série Project Gotham Racing, enquanto a sua rival Electronic Arts adquire a VG Holding Corp., empresa detentora dos estúdios BioWare e Pandemic, desembolsando qualquer coisa como 860 milhões de dólares.
Curiosamente, a 3D Realms apresentou um novo trailer de Duke Nukem: Forever, seis anos depois do seu último sinal de vida. Estaria o herói prestes a regressar?
…para uma grande colheita Terá sido 2007 o melhor ano da década em termos de lançamentos? Halo 3 fez as delícias dos jogadores X360, facturando 170 milhões de dólares no espaço de 24 horas, um recorde para a época. A Orange Box reuniu Half-Life 2 e os seus dois episódios subsequentes, juntando-lhes um divertido título para competições em rede – Team Fortress 2 – e uma aventura surreal que desafiou todas as convenções da Física e da narrativa aplicada aos videojogos: falamos do genial Portal, pois claro. BioShock tornou-se no sleeping hit do ano, revelando uma estética e ambiente inspirado-
res, uma trama plena de cenas memoráveis e um par de personagens inesquecíveis: o Big Daddy e as Little Sisters. Crysis cimentou a reputação da Crytek na criação de First-Person Shooters de tecnologia de ponta, enquanto Rock Band combatia o fenómeno Guitar Hero apresentando a possibilidade de se tocar agora vários instrumentos numa banda. Assassin’s Creed gerou um enorme hype à sua volta, pecando por uma mecânica de jogo algo repetitiva mas encantando tudo e todos com cenários medievais de cortar a respiração. Já a Sony apostava forte nos seus exclusivos PS3 com um triunvirato de luxo composto por Uncharted: Drake’s Fortune (o Tomb Raider da nova geração), MotorStorm (furioso jogo de corridas) e a mudança de pele dos autores de Ratchet & Clank em Resistance: Fall Of Man. S.T.A.L.K.E.R. é finalmente editado, após anos a fio em produção, mas conseguiu estar à altura das expectativas. Enquanto a Blizzard edita a primeira expansão para World Of Warcraft, The Burning Crusade, Zelda estreia-se na DS com The Phantom Hourglass. A PlayStation 2 tem ainda tempo de receber o seu último grande blockbuster, nada mais nada menos que God Of War 2, situação que levou as vendas da velha consola a ofuscarem a sua irmã mais nova. O final de 2007 reservou ainda mais algumas “bombas” que mantiveram os jogadores ocupados durante meses a fio: Mass Effect e Call Of Duty 4: Modern Warfare. O primeiro levou a BioWare a experimentar novos concei-
Maio Grand Theft Auto 4 é editado e gera um rebuliço em Hollywood, obrigando os estúdios de cinema a remarcar as suas estreias para não chocar com o lançamento do jogo. Só na primeira semana de vendas, o jogo criado pela Rockstar factura cerca de 500 milhões de dólares
tos, nomeadamente ao nível do casamento de sequências de acção em tempo real com os tradicionais elementos de role-play. E, claro, o jogo revelou-se um portento gráfico com personagens incrivelmente detalhadas e diálogos ricos em expressividade. Já o segundo caso mostrou-nos uma Infinity Ward que ousou trocar a Segunda Guerra Mundial
Max Payne (Max Payne)
Herói em queda, sucesso em alta. Max perdeu a família mas ganhou reflexos sobrenaturais e a propensão para filosofar entre tiroteios.
2008 Smash! // Janeiro 2010 // 63
Capa
por campos de batalha contemporâneos, criando uma experiência empolgante tanto a solo como, sobretudo, ao nível da sua vertente multiplayer que se tornaria uma referência para os shooters vindouros. Por fim, a Wii teve direito ao fascinante Super Mario Galaxy que deu seguimento às aventuras do famoso canalizador, tornando-se num dos jogos mais aclamados pela crítica, introduzindo elementos de jogabilidade baseados em gravidade e engenhosos puzzles.
2008: gimme IV! Os excelentes títulos editados em 2007, principalmente na época natalícia, tiveram repercussões no mercado com as vendas a não corresponderem às expectativas das editoras, tal foi a concentração de lançamentos na mesma
Prince Of Persia (Prince of Persia)
Guerreiro, heróico, irritante, amigável e dispensável. Muitas incarnações, todas à procura de aventura. Mas dispensamos a fase “emo”.
altura. Decididas a inverter a situação, as editoras foram preenchendo 2008 com grandes jogos de forma espaçada. A EA lançou a primeira pedra com Burnout Paradise, tornando a sua famosa série de “carrinhos de choque” num mundo aberto para corridas radicais. Em Abril, os fãs de GTA viram finalmente a sua saga favorita estrear-se na “nova geração”. Grand Theft Auto IV abriu um precedente na indústria de entretenimento: pela primeira vez, as companhias de Hollywood adiaram lançamentos de filmes para não coincidir com a edição de um jogo desta craveira – “Iron Man”, por exemplo, esteve um mês na prateleira à espera de voar para o grande ecrã. A importância de GTA 4 foi tal que a Microsoft abriu os cordões à bolsa não só para “roubar” a exclusividade da estreia do jogo na PS3, mas também para garantir os dois pacotes de expansão entretanto disponibilizados no mercado: The Lost And Dammed e The Ballad Of Gay Tony. GTA 4 teve um dos orça-
2009 64 // Janeiro 2010 // Smash!
mentos de produção mais caros de sempre (ao nível dos blockbusters de Hollywood), custando cerca de 100 milhões de euros. Autênticas “migalhas”, se atentarmos nos dois recordes estabelecidos: o melhor dia e semana de estreia, com 3.6 e 6 milhões de unidades vendidas, respectivamente. Só no primeiro dia a Rockstar encaixou 310 milhões de dólares, batendo o anterior recorde de Halo 3 (170 milhões de dólares), mas seria esmagado em 2009 por Call Of Duty: Modern Warfare 2 (4.7 milhões de unidades vendidas) que supe-
Maio Depois de 12 anos em “produção” Duke Nukem Forever é cancelado. Considerado o maior vaporware de sempre e um dos títulos “que nunca existiram” mais conhecidos
28 // Janeiro 2010 // Smash!
Capa
Guns Of The Patriots vendeu 2.5 milhões de cópias na sua estreia e perto de 5 milhões no final do ano fiscal de 2009 da Konami, tornando-se no exclusivo de maior sucesso da PS3.
Activision, the first!
rou qualquer lançamento musical ou estreia cinematográfica. Meses depois, a PS3 (ainda sem uma base significativa de consolas instaladas) testemunhava a promessa de Hideo Kojima em se manter fiel às consolas Sony. Metal Gear Solid 4:
Dante (Devil May Cry)
Muito estilo, muitas acrobacias, fivelas e piadas. Corta gigantes ao meio com a mesma facilidade com que faz publicidade ao Pantene Pro-V.
2008 ficou marcado por um facto curioso: a Electronic Arts deixou de ser a empresa mais poderosa da indústria, cedendo o seu lugar à Activision após esta última se ter unido à Vivendi Games (casa-mãe da Blizzard) num negócio avaliado em 18.9 mil milhões de dólares. A agora Activision Blizzard, Inc. editou a segunda expansão para World Of Warcraft, Wrath Of The Lich King, vendendo 2.8 milhões nas primeiras 24 horas, tornando-se no jogo PC mais rapidamente vendido de sempre. E o que dizer de LittleBigPlanet? A Sony apresentou o conceito de jogos 2.0 em que os próprios jogadores produzem conteúdos mediante ferramentas de edição dentro do próprio jogo. Uma evolução mais comercial daquilo que a comunidade de mods no PC tem vindo a fazer gratuitamente desde sempre, aplicado agora às consolas. Fallout 3 ficou também para a História como um dos principais lançamentos de 2008, num regresso pontuado por uma nova perspectiva e mecânicas de jogo que conseguiram seduzir até os fãs old school desta série de culto.
la portátil - a PSPgo - dedicada exclusivamente a conteúdos descarregados por via digital, abolindo de vez o disco UMD. A cartada de mestre da Sony consistiu na remodelação da PlayStation 3, com a estreia do modelo Slim e uma drástica descida de preço, garantindo um natural acréscimo de vendas. A Nintendo não ficou de braços cruzados e ofereceu ao mundo a DSi, com novas funcionalidades como uma câmara dupla, e o acesso ao seu serviço de distribuição digital DSiware.
O ano das sequelas A indústria de videojogos não ficou indiferente à crise económica mundial, forçando a medidas drásticas de remodelações em alguns estúdios. Neste sentido, as editoras preferiram jogar pelo seguro e investir em sequelas
2009: remodelações e afinações O ano começa com diversas mexidas na indústria, nomeadamente o encerramento da Ensemble Studios (autora da série Age Of Empires) pela Microsoft logo após o lançamento de Halo Wars. A Free Radical (TimeSplitters) foi adquirida pela Crytek e a Eidos sucumbiu aos euros da Square Enix, a qual se apropriou de licenças como Tomb Raider ou Hitman numa estratégia a longo prazo de expansão para o mercado ocidental. A Sony lançou a terceira revisão da sua conso-
66 // Janeiro 2010 // Smash!
Agosto
Novembro
Batman: Arkham Asylum entra para os recordes do Guinness como o jogo baseado em banda desenhada mais aclamado de sempre
Call Of Duty: Modern Warfare 2 torna-se no jogo com mais cópias vendidas no primeiro dia de comercialização (4.7 milhões de unidades), superando as receitas de qualquer outro produto de entretenimento
de franchises famosas, o caminho mais fácil para satisfazer milhões de fãs e, ao mesmo tempo, garantir que os accionistas receberão o retorno do seu investimento no final do ano. Resident Evil 5, Street Fighter 4, The Sims 3, Forza Motorsport 3, Assassin’s Creed 2, Uncharted 2 ou Left 4 Dead 2 são apenas alguns exemplos. O aguardado Killzone 2 provou-se, afinal, à altura das expectativas, mesmo com o hype negativo gerado devido à celebre apresentação numa feira E3 em formato CGI. Pérolas oriDezembro Avatar apresenta-se como o primeiro videojogo produzido de raiz para a estereoscopia 3D
ginais como InFamous, Batman: Arkhan Asylum e Brütal Legend, viram a luz do dia em 2009. E graças à massificação da distribuição digital, surgiu uma nova vaga de produtores independentes com títulos magníficos como Braid, de Jonathan Blow (editado em 2008 na X360 e este ano no PC/PS3), ou Machinarium a indicarem que há vida para além das produções das grandes editoras. O iPhone/iPod Touch ganharam igualmente terreno no campo dos jogos portáteis, sobretudo graças à facilidade de uso da App Store onde os produtores recebem a maior fatia do bolo, o que incentiva os pequenos criadores independentes a criarem jogos para os sistemas da Apple. Os próprios aparelhos tornaram-se em máquinas de jogos por excelência, graças às suas funções multi-toque. As redes sociais, nomeadamente o Facebook, têm sido um dos fenómenos do ano, não só pelos jogos providenciados por empresas como, por exemplo, a Zynga (Mafia Wars, Farmville), como pela interligação do serviço com todas as consolas. Prevê-se que o futuro passe por aqui no que toca a comunidades online: afinal, agora o público tem voz activa, e ele é que manda!
PS3 e X360, o ano encerrou com a promessa do que vem a seguir: a estereoscopia 3D. Avatar demonstra como será o futuro do audiovisual, quando as novas televisões 3DReady e os monitores que suportam 3D se massificarem, ajudando na imersão, profundidade e solidez dos gráficos. Gostaríamos de terminar este balanço da década de maneira diferente mas, porventura, o acontecimento mais bombástico destes últimos dez anos terá sido… o cancelamento de Duke Nukem Forever! Depois de tantos anos com a sua “omnipresença”, é confuso pensar se afinal havia ou não jogo. Tanto tempo de “sai / não sai” e afinal de contas, não sai. Como será a próxima década? Que surpresas estarão escondidas em breve? Quais as novas plataformas de jogos? Se tudo correr bem, cá estaremos para acompanhar esta indústria, a rainha do entretenimento do século XXI.
Nathan Drake (Uncharted)
Homem viajado e culto mas de barba rija e que não teme recorrer à violência quando necessário. Só não lhe perguntem se anda à procura do Marco Paulo.
Qual o futuro da indústria? Se nos últimos anos a alta definição tem sido a grande força motriz da
2009 Smash! // Janeiro 2010 // 67
Teste
Bayonetta
Boas entradas Pronto, esta não soou lá muito bem, mas não é por isso que Bayonetta deixa de ser um dos primeiros grandes lançamentos do ano ano. NUNO RAMOS
72 // Janeiro 2010 // Smash!
J
ogar Bayonetta equivaleu a uma sessão de 12 horas de ginástica facial. Desenhei as expressões mais elaboradas, dei gargalhadas ensurdecedoras, e ainda sobrou tempo para rogar pragas à boca cheia. É, aliás, com os músculos da cara exercitados – e olhos ligeiramente inchados –, que escrevo estas linhas. As expectativas até eram moderadas. A produtora de Bayonetta, a Platinum Games, estreouse com o título de acção, baseado em filmes snuff, MadWorld (Wii), cuja decoração a preto e branco com tons vermelhuscos se impôs sobre a jogabilidade. Foi um claro exemplo do “estilo” a substituir a “substância” num videojogo. Com tanta água a correr sobre o facto de Bayoneta – a protagonista do jogo, isto é – ter armas de fogo nos saltos das botas, ou um aspecto que faz lembrar aquelas secretárias meio sexys, meio reles, dos filmes “porno-chunga” (há quem goste, claro!), fiquei com uma sensação de déjà vu. Talvez, depois de God Of War, Ninja Gaiden e De-
vil May Cry refinarem o género dos jogos de acção / hack n’slash, a única coisa que restava era inundar a vista de explosões ainda maiores, tiradas ainda mais bad ass e situações tão bizarras quanto possíveis. Originalidade que se lixe! Ironia das ironias: Bayonetta tem isto tudo (e em grandes quantidades), com a diferença que a sua personalidade excêntrica – como que “arrancada” de um jogo de Suda 51 (Killer 7, No More Heroes) – está elegantemente sintetizada com a jogabilidade. Agora que esgotei o meu saldo de palavras caras, encerro o argumento dizendo apenas que nunca gostei tanto de estar errado. Quando se agarra em Bayonetta, largar é tarefa difícil (já estou a falar sobre o jogo... não sejas depravado!).
Ter mão para a Bayonetta
botão repetidamente –, ou mesmo usar o cabelo da bruxinha para aplicar marteladas aos inimigos, com aspecto angelical. É melhor reinar no Inferno do que servir no Paraíso, portanto. E isto é só o início! A quantidade de ataques à distância de umas quantas combinações de botões é, por si só, nauseante, tal como mais ambiciosa e recompensadora que muitos títulos do género. Bayonetta pode segurar uma arma em cada mão e uma em cada calcanhar, sendo possível ainda programar um par de configurações de instrumentos de guerra e alternar entre eles em tempo real. O resultado é um festim de combos, cores e som sem igual. Mas há mais! Alguns inimigos deixam cair outras armas, que apesar de não podermos manter na nossa posse para sempre, não são nada
Bayonetta só conhece duas velocidades: rápido e “já-nem-percebo-o-que-passa-no-ecrãmas-tou-a-adorar-à-mesma”. Já ouviram, com certeza, a expressão «vai do 8 ao 80»? Pois, aqui não há 8 nenhum. É sempre a abrir. Começas o jogo, envolves-te na primeira batalha e, quando dás por ti, já estás a invocar guilhotinas e sarcófagos forrados com espigões – torturas a la God of War, em que se tem de premir o mesmo
Sabias que…
O criador de Bayonetta, o japonês Hideki Kamiya, é creditado pela direcção de Resident Evil 2, Devil May Cry, Viewtiful Joe e Okami? Não havia Bayonetta de ser genial... Smash! // Janeiro 2010 // 73
Teste
Segunda Opinião
Se Dante, protagonista de Devil May Cry, /10 tivesse nascido mulher então seria Bayonetta, a nova coqueluche feminina dos amantes de babes virtuais. Com a sensualidade de uma borboleta, cara de secretária mortinha por pedir um “aumento” ao patrão e um corpo alimentado a “Danones” com pedaços de chumbo, esta personagem parece uma turbina a “aviar” monstros. E nem o seu equipamento, alternando entre espadas e pistolas, consegue tirar o charme à bruxa: enquanto estica uma perna para dar um biqueiro a um inimigo, a outra pode disparar cartuchos. Existe muito de exploitation gratuito da personagem, mas a jogabilidade é tão fluida e deliciosa - com uma variedade impressionante de golpes, combos e magias – que, de um início tendencioso de esmagar botões, damo-nos a aplicar golpes com precisão e timing ou a rebolar para fugir a um golpe inimigo, contra-atacando estrategicamente. Basta dizer que o produtor é o mesmo de Devil May Cry para percebermos as delícias que Bayonetta fará aos jogadores hardcore (não descartando os iniciantes) mas, acima de tudo, os rebarbados que passarão muito tempo aos pontapés às paredes, tudo para que a menina, no calor dos ataques, revele as suas rendinhas.
9
Eu dava-lhe
/10
Sabias que…
A distribuidora japonesa de pornografia V, conhecida pelo seu trabalho em “Would You Like To Get An Enema Until You Poop?” e “I Saw a Bowel Movement!”, nomeou a estrela de Bayonetta como «a actriz erótica número um de 2009»? Esta fica para os anais da história... Sim, foi horrível.
Vai ver
“Planet Terror” (Robert Rodriguez, 2007) de deitar para o lixo. Chicotes semelhantes às ferramentas de Kratos, garras, bastões e catanas são algumas das opções no menu – cada uma com a sua própria lista de habilidades. A mecânica de jogo Witch Time, activada quando, no último segundo, conseguimos escapar a uma investida inimiga, também merece louvor. Um dos pilares da experiência de jogo em Bayonetta, o Witch Time permite-nos abrandar o tempo – e, assim, os inimigos – e desferir golpes sem resposta. É especialmente importante em lutas com bosses. Elementos de role-play, imprescindíveis num jogo de acção do século XXI, também não faltam. Bayonetta não sobe de nível no estilo de
Pontuação Gráficos
8
Som
8
Single-player
9
Multiplayer
N.D.
9
/10
Sistema: PS3/X360 Editora: Sega Preço: 70 euros Smash!
Crash!
• Muito estilo, tanta substância
• F ogo-de-artifício é tão aparatoso que chega a ofuscar a acção
• É fácil executar as manobras mais exuberantes • Níveis de dificuldade para todos
• T ípico: bosses que, mais tarde, viram sub-bosses
• Utilidade do “Witch Time”
• Secções com veículos medianas
• Lutas com bosses são cinco estrelas
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PASSATEMPO
Tens de ouvir
“Sea Lion Woman” / Feist Final Fantasy mas, graças à loja Gates Of Hell, podemos trocar auréolas, a moeda do jogo, por itens que expandem a nossa barra de energia vital e poço de magia, tal como chupa-chupas regenerativos e, claro, mais armas. A evolução da moçoila é clara, havendo novidades ao passar-se de nível na campanha. A certa altura podemos até transformar Bayonetta numa pantera o que é útil para as (breves) secções de plataformas. Tudo isto, aliado a outras habilidades que podemos obter por meio de acessórios, execuções grandiosas para eliminar os bosses e outras subtilezas (que mais vale descobrir em primeiramão) transformam Bayonetta numa das melhoras novas licenças a sair das fornalhas nipónicas.
Só?! Por esta altura já devem ter colocado a vista na classificação final, se é que isso não foi a primeira (ou única) coisa que fizeram. Bayonetta, como todos os outros jogos nas prateleiras, não é perfeito e chega mesmo a cometer alguns erros que a Platinum Games podia ter contornado com facilidade. As secções com veículos, em cima de uma moto por exemplo, são um desses falhanços. Até se percebe o porquê da sua inclusão: a última vez que li sobre isso, o corpo humano não
conseguia suster a respiração por uma dezena de horas (a acção de Bayonetta é assim tão boa!). Temos que recuperar o fôlego de vez em quando. O problema é que estes segmentos do jogo, para além de serem longos que se fartam, funcionam género shoot‘em-up “baratucho” das máquinas de arcada. É apontar e disparar da forma mais genérica possível; prova que «tem viaturas!» não torna um jogo melhor. Outro aspecto a cheirar a Crash! está no número de vezes que temos de gramar com bosses, derrotados em níveis anteriores. É uma espécie de hábito adquirido nos jogos de acção: converter um campeão que deu uma pica imensurável em castigar num boss secundário. Há níveis então em que enfrentamos a maioria dos bosses suplantados anteriormente num espaço de tempo reduzido. Um bocado mandrião por parte da Platinum Games.
Dia das bruxas Mas, mesmo assim, a acção na terceira pessoa de Bayonetta está blindada ao ponto de ser relativamente simples desculpar as suas fraquezas. Não é todos os dias que podemos transformar o cabelo de uma heroína dos videojogos (Bayonetta está caracterizada de uma forma brilhante) em enormes monstrengos para retirar a feiura a aberrações angelicais, tão-pouco vê-la a ficar com cada vez menos tecido em cima do pêlo à medida que realiza tais habilidades. Eis um título que simboliza o que se pode fazer quando se executam boas ideias de forma apropriada. É divertido, extravagante e despreocupado e promete fazer braço de ferro com os melhores dos melhores dentro do género. Leva-me ao céu, Bayonetta. A mim já conquistaste.
Para te habilitares a ganhar um dos 3 jogos Bayonetta para a PlayStation 3, que a Ecofilmes e a Smash! têm para te oferecer, responde à seguinte questão:
Qual o nome do mecanismo que te permite abrandar o tempo em Bayonetta? Envia a tua resposta até ao próximo dia 30 de Janeiro para o e-mail leitores@ revistasmash. com, com o assunto “passatempo Bayonetta”. Não te esqueças de incluir os teus dados pessoais (incluindo telefone), para o caso de seres o vencedor.
Smash! // Janeiro 2010 // 75
Teste
é R a l e v i V va s ão n i a : 0 94 Paris, 1 u o governo o n a z i le v d e c l a r a r a f ra nc ê s o . M a s ã a rendiç corda e is o povo d enxadas e de paus pos de gru formam capazes s , in e t n e t s i oderio res p o a r i mb de sucu ssas milícias .E alemão das por força a za militari stância ficam n róis! e n da circu omo grandes h c História EIRA RR RUI PA
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r u e t o b a S e h T
e c n a t s i s éA Vai ver
Resistência francesa teve um papel preponderante no decorrer da Segunda Guerra Mundial, ajudando os Aliados a conquistar importantes objectivos. O avanço rápido das tropas anglo-americanas, culminado pelo desembarque na Normandia, em 1944, deveuse às fortes redes de comunicação clandestinas, aos jornais distribuídos secretamente, aos canais de fuga camuflados em simples casas, quintas ou estabelecimentos comerciais. Quem assistiu à série de humor britânica “‘Allo ‘Allo” consegue perceber como eram muitas vezes ludibriados os nazis, no café de René Artois, que vivia uma ambígua relação entre as duas facções em guerra. Diversas classes da sociedade francesa uniram-se à causa, dos padres católicos aos judeus, dos comunistas
Série televisiva “‘A llo ‘A llo”
aos anarquistas, dando tudo o que tinham (e o que não tinham) para correr com os nazis de França, inspirando a moral do povo numa ténue esperança de recuperação da liberdade. Estima-se que em Julho de 1944 este exército “provinciano”, então devidamente organizado em unidades conhecidas como FFI (French Forces Of The Interior), reunia cerca de 100 mil homens, alcançando os 400 mil em Outubro.
Quando a guerra terminou, as milícias que ajudaram a nação francesa a restabelecer o seu exército tinham alcançado o surpreendente número de 1.2 milhões de unidades.
O irlandês revoltado
A Resistência operava em total clandestinidade, realizando operações ilegais de tráfego de armas, viaturas, medicamentos ou mantimentos utilizados pelas suas tropas. A sabotagem de pontos estratégicos nazis, refugiando-se na sua camuflagem de “civil”, era apenas uma das tácticas utilizadas com eficácia embora os seus elementos soubessem que corriam risco de vida para a sua conclusão. É dentro deste espírito e ambiente hostil da Segunda Guerra Mundial que a agora defunta Pandemic nos oferece um jogo de acção diferente do habitual, um sandbox que pega na mecânica de Mercenaries 2 e aplica-o a um ambiente histórico credível. O protagonista dá pelo nome de Sean Devlin, um piloto irlandês, boémio, amante da vida nocturna de copos e mulheres bonitas, que vê a sua vida virada do avesso após uma corrida. Impedido de vencê-la por sabotagem de um oficial nazi, Devlin comete um deslize parvo de vingança e é apanhado em flagrante, juntamente com o
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O símbolo da cruz seu melhor amigo. Após sessões de tortura, o seu fiel companheiro é fuzilado à queima-roupa mas Sean consegue fugir. Decidido a assassinar o impiedoso militar, o herói envereda por actos ilícitos contra as forças germânicas levando-o, inevitavelmente, a ser recrutado pelas milícias da Resistência.
Sob a insígnia da Cruz de Lorraine O que se segue é um desfilar de missões que fazem fluir a narrativa, objectivos secundários que contam histórias do elenco de personagens e actividades que o jogador é livre de cumprir. Com a Paris dos anos 40, em todo o seu esplendor, como palco da acção, será possível visitar diversos marcos históricos: a Torre Eiffel, a avenida dos Campos Elísios e o imponente Arco do Triunfo, entre outros locais reconhecíveis. Não procurei o Moulin Rouge mas, como conforto, um cabaré em plena
A Resistência francesa usou como símbolo uma cruz heráldica denominada de Cruz de Lorraine. Este símbolo foi utilizado originalmente por Joana D’Arc, que era natural de Lorraine, servindo para invocar a sua bravura na luta contra a invasão nazi. A cruz foi utilizada na bandeira francesa da FFI, movimento liderado pelo famoso general Charles deGaulle, adornando fuselagens, tanques de guerra e outros veículos.
assim como destruindo pontos germânicos espalhados pelo cenário (torres de vigia, tanques ou casernas, por exemplo). Este aspecto é um dos elementos mais divertidos do jogo e, muitas vezes, distraímo-nos à procura de alvos para explodir, desviando-nos das missões principais.
Cegos, surdos e mudos
actividade, com bailarinas de seios voluptuosos a animar as forças nazis, servia de fachada a uma das bases de operações da Resistência. Rapidamente somos conduzidos às diversas missões clandestinas, que passam pela destruição de pontos estratégicos alemães, assassinatos de figuras nazis, roubo de objectos importantes, resgates de membros da Resistência, entre outras tarefas. Nota-se que a produtora pegou na base de Mercenaries 2, retirou-lhe o sistema de facções e adaptou-o às necessidades deste título. Diversos pontos do gigante mapa de Paris servem de base de operações, dispersando personagens que vendem armas ou carros para as nossas necessidades ou agentes britânicos que nos passam mapas ou informações importantes. O dinheiro é avaliado em contrabando, ganho a completar missões,
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The Saboteur tinha tudo para ser um título memorável, na senda de um Mafia, mas acabou por ficar mal cozinhado. Seria a pressa de fechar o estúdio, EA? Elementos como a inteligência artificial deveriam ser bem melhores, num desequilíbrio irritante. Tão depressa os nazis se apresentam vesgos, com um cone de visão “cego” (permitindo-nos quase estar ao lado deles sem sermos detectados), como o alarme dis-
Vai ouvir
“Uprising” / Muse para à mínima correria ou quando se salta para um simples muro. Acelerar pelas avenidas, atropelando civis, não “dá bandeira” nenhuma: são franceses, os nazis não se devem importar… Existem zonas de acesso restrito, delineadas por arame farpado, que podem ser contornadas caso se obtenha um disfarce de soldado (abatendo-se furtivamente o inimigo, pois roupa manchada a sangue dá alerta). O pior é que quando temos um exército de soldados atrás de nós é bastante fácil escapar pois, automaticamente, quando saímos do perímetro de alarme, este simplesmente desliga-se, levando os nazis a ignorar a personagem. E mais ridículo, existem spots espalhados pelo cenário que funcionam como uma espécie de abrigo que cancela imediatamente o alarme. E já disse que ao invés de procurarem protecção, os nazis correm na direcção do herói para lhe acertarem a um palmo de distância? O jogo é tão fácil de abordar que as missões com uma abordagem mais furtiva podem ser concluídas com uma correria por entre os tiroteios ou dando uma de Rambo e eliminando as constantes vagas de nazis. Existe também
Pontuação Gráficos
7
Som
6
Single-player
6
Multiplayer
N.D.
6
/10
Sistema: Editora: Electronic Arts Preço: 50 euros (PC) / 65 euros (X360) / 70 euros (PS3) Smash!
Crash!
• Ambiente de jogo
• Inteligência artificial pobre
• Boa sensação de condução
• Controlos confusos
• É divertido explodir com os nazis
• S istema de cobertura automática ineficiente • História cliché e pouco inspirada • Missões repetitivas
entre um povo oprimido e livre, encorajandoos a lutar. Mas no melhor pano cai a nódoa: as texturas são pobres e os elementos do cenário um pouco “quadradões”. A Física nem sempre funciona, dando connosco a derrubar elementos destrutíveis mas a ficar presos no cenário por detalhes ínfimos. Nesses locais, a ocupação nazi é reduzida o que nos garante um suporte mais efectivo dos camaradas de armas. Esse pedido de resistentes ou mesmo viaturas de fuga são algumas das habilidades que Sean Devlin acederá ao longo da jornada. Estas são desbloqueadas
Eu dava-lhe
/10
ênfase nos combates corpo a corpo mas a detecção de colisão dos bonecos deixa algo a desejar, bem como a precisão dos controlos.
Do cinzento ao colorido O aspecto estético de The Saboteur granjeou diversos elogios durante a sua produção. No evoluir da narrativa observamos que os cenários iniciais sob controlo nazi, retratados em tons negros e acinzentados, aqui e acolá pincelados com elementos vermelhos ao melhor estilo noir (na linha do filme “Sin City”), se tornam coloridos à medida que são libertados pela Resistência. Este esquema não é propriamente uma novidade (lembrando-nos títulos como Okami, Twilight Princess ou Kameo) mas esta opção estética vale mais do que um simples truque gráfico. Dá-nos exactamente o contraste visual
Segunda Opinião
A Pandemic encontrou em Mafia, o protótipo /10 para o seu adeus. Mas se Mafia era uma grande história apoiada num jogo, por vezes, mediano – uma viagem emocionante ao mundo da Cosa Nostra que, salvo a narrativa adulta e as sequências de acção exemplares, se afundava num mundo vazio que não sabia dar espessura ao resto – The Saboteur é quase o oposto radical. Aqui, a variedade de objectivos encaixa bem na missão de resgatar Paris do jugo nazi mas as personagens desencontradas das suas próprias personalidades, um protagonista que troca carisma e senso comum por vulgaridade e uma história que não sabe se quer contar anedotas, falar de heroísmo ou que pouco justifica colagens ao molde Assassin’s Creed não deixam The Saboteur respirar. Podia ser pior. Mas podia ser muito melhor. DIOGO RIBEIRO
6
Toca a ler
“The Resistance: The French Fight Against The Nazis” (Matthew Cobb) após um certo número de acções específicas, seja eliminar inimigos, roubar carros, usar explosivos ou utilizar o caos da multidão para desviar atenções. Devlin é um ginasta nato, conseguindo trepar por diversas superfícies, qual Assassin’s Creed, sendo a verticalidade dos cenários interessante e uma das possibilidades de abordagem furtiva aos objectivos. Esses mesmos atributos são conferidos à condução de veículos que, tal como na série Grand Theft Auto, permite levar “emprestado” qualquer bomba em circulação. Existem modelos muito interessantes, dos rápidos desportivos aos camiões ferrugentos, autênticos “charutos” de época. Como jogo sandbox, não faltam as habituais corridas espalhadas por diversos locais de Paris. Custa-nos ver uma produtora como a Pandemic desaparecer do mapa mas temos de convir que os seus últimos títulos não foram particularmente felizes. A empresa que outrora nos ofereceu pérolas como Full Spectrum Warrior apresenta-nos jogos com boas ideias, mas mal cozinhadas, lançados no mercado sem estarem devidamente afinados. The Saboteur tem uma boa premissa, um excelente ambiente, mas falha numa história subdesenvolvida, assente numa personagem que quer ser o herói após cometer uma burrice (deitar o carro de um oficial nazi por uma ribanceira abaixo e ser “catado” em flagrante?). Missões pouco inspiradas (embora, por vezes, divertidas), problemas de inteligência artificial e fraca detecção de colisão são apenas algumas das principais lacunas. Das duas uma: ou a EA anteviu o resultado final e castigou a empresa, ou a Pandemic perdeu o seu talento de outrora. Assim, não há estúdio que “resista” nesta “guerra” lúdica!
Smash! // Janeiro 2010 // 81
Mobile Jogo do mês
O Preço Certo
Sabemos que não perdes uma única emissão deste concurso televisivo. Adoras sentar-te ao lado dos teus avós a ver o Fernando Mendes a suar em bica ao mesmo tempo que se sai com aquelas piadas engraçadíssimas. Agora imagina teres esse ambiente de sonho da terceira idade no telemóvel! Sim, podes jogar excitantes provas como Alpinista, Golfe ou Plinko, até chegares à almejada Roda Final! Conseguirás adivinhar… o preço certo? Preço: É o preço certo! (4 euros)
Toque do mês
“Abram Alas Para o Noddy” Ainda procurámos o toque do tema “Re-tratamento” dos Da Weasel, só para podermos falar da menina Lenka, do “Preço Certo”, mas não encontrámos. Por isso, e porque pensar nela nos dá vontade de fazer filhos (e porque o Natal é das crianças), sugerimos o tema oficial do grande Noddy, esse “acelera” do imaginário infantil, sempre pronto para atropelar quem não abrir alas para ele. Fonc fonc fonc! Preço: Grátis Onde: www.poderwap.net
92 // Janeiro 2010 // Smash!
Um Natal v A Vodafone deixou-se invadir pelo espírito natalício e decidiu lançar algumas das suas máquinas mais interessantes a preços convidativos. GONÇALO BRITO
O
s telemóveis estão a mudar. São cada vez mais aparelhos multifacetados que pretendem ser como os teus melhores amigos: indispensáveis. A Vodafone está a contribuir para essa mudança apostando em novas tendências que colocam na linha da frente a usabilidade e o social networking. A plataforma Vodafone 360 é exemplo disso, permitindo ao utilizador sincronizar a sua “vida móvel” com a sua “vida sedentária” associada à utilização de um PC em casa. Os aparelhos que te apresentamos de seguida são um pouco de ambos. E se ficares com vontade de ganhar um novo telemóvel, experimenta folhear este artigo (assim como quem não quer a coisa) em frente ao “Pai Natal”. Pode ser que tenhas o que desejas…
Passa-me aí o sabonete Este telemóvel tem um aspecto muito, muito cool. E como os olhos também comem, até está disponível em duas cores: preto e rosa. Não é um aparelho 3G, mas é 2,5G o que significa que pode ser ligado a alguns pontos de acesso de Internet, mas que esta correrá a velocidades inferiores às dos aparelhos 3G. Com um ecrã táctil, widgets animados, câmara de 1.3 megapixéis, leitor de MP3 e toda a parafernália de
extras a que já estamos habituados, o Vodafone 541 torna-se facilmente um apetecível presente de Natal. Vodafone 541 Preço: desde 60 euros Onde: www.vodafone.pt
O prateado Se o Vodafone 541 é claramente apontado a adolescentes, este Nokia 2730 aposta na malta um pouco mais “cota”, apresentando um design clássico e elegante e características técnicas um pouco superiores. É exemplo disso a câmara de 2 megapixéis e a inclusão da tecnologia Vodafone Live! 3G. Durante esta época festiva, a operadora está a oferecer um cartão de memória de 1 gigabyte… para que fotografem de vários ângulos aquelas rabanadas e filhoses que não deviam estar a comer! Nokia 2730 Preço: desde 90 euros (a partir de 80 euros na loja online) Onde: www.vodafone.pt
Cor e versatilidade Desenhado exclusivamente para tirar partido da plataforma Vodafone 360, este smartphone de interface
vermelho 3D táctil conta com uma particularidade interessante: permite aceder rapidamente aos familiares e amigos mais contactados, imediatamente após ser ligado. Conta com 1 gigabyte de memória interna, uma câmara de 3 megapixéis com zoom digital de 8x, 500 minutos de autonomia em conversação e está disponível em preto, branco e laranja. Samsung M1 Preço: desde 50 euros (com modelo de subscrição) / 200 euros (livre) Onde: www.vodafone.pt
Tecnologia de ponta Embora possua uma aparência idêntica, o Samsung H1 é a versão topo de gama do M1, ou seja, é um verdadeiro colosso. Tem um ecrã de alta definição OLED (melhor contraste e menor espessura e consumo de energia), uns impressionantes 16 gigabytes de memória interna, uma autonomia de 400 minutos de conversação em 3G e uma câmara com 5 megapixéis. O Samsung H1 utiliza o sistema operativo baseado em Linux, LiMo. Samsung H1 Preço: desde 80 euros (com modelo de subscrição de 24 meses) / 400 euros (livre) Onde: www.vodafone.pt
Aplicação do mês
Jammit
Por entre a miríade de aplicações para o iPhone 3GS, Jammit destaca-se pela qualidade. Trata-se de uma aplicação que permite subir, baixar e até cortar por completo os volumes das guitarras, baixo e bateria. Isto permite criar remisturas, ou simplesmente tocar sobre o instrumento cortado, seguindo – se desejado – a tablatura incluída com cada tema. A grande surpresa é que Jammit inclui as músicas originais, devidamente licenciadas. Deep Purple, Pantera, Sum 41 e Marilyn Manson são apenas alguns dos artistas cujos trabalhos podes vandalizar… cof… reinventar. Preço: 5.50 euros Onde: www.jammit.com
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