Carta aberta Olá, amigos, Espero que esta revista chegue em suas mãos em um momento de muito ânimo para estudar a Bíblia. Nes te trimestre, o tema é PARÁB OLAS VIVAS e, passearemos um por entr e as parábolas registradas nos Evangelhos, lembrando que todas foram proferidas pelo Mestre Jesus. É tão fantástico a forma como podemos cap turar tantos princípios de uma pequena história ilustrativa. Eu fico imp ressionadíssimo! Jesus conhecia seus ouvintes e o meio em que viviam, por isso, usava histórias do contexto daquela região e povo. Contudo, os princípios contidos em suas parábolas são eternos, nos alcança, incl usive, hoje, mais de dois mil anos após terem sido contadas. Já na DCC – Divisão de Crescimento Cristão – teremos, como de costume, três unidades onde serão abordad os os seguintes temas: 1 O significado da ressurreição de Jesus; 2 Família – Uma instituição divina; 3 Ética da corporalidade. Ainda que sua igreja não tenha um enc ontro para estudar a DCC, leia-os. Farão muito bem a você. Como você já percebeu, geralmente são temas diversos da nossa vida. Já pensou em utilizar como evangelização? Por exemplo, presentear um amigo ou ami ga com um desses textos. Mais uma vez quero lembrar que esta revista é feita por você e para você, por isso, não deixe de contribuir. Envie seus textos, suas fotos, seu testemunho de conversão, suas poesias ou o que você quiser compartilhar. Que Deus possa continuar abençoand o cada um de nós no decorrer deste trimestre e que sejamos sal da terr a e luz do Mundo dia após dia. 2o Trimestre – 2013
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Expediente
Diålogo e ação ISSN 1984-8595 Literatura Batista Ano 81 – N° 326 – Abr.Maio.Jun. 2013
a destinada DiĂĄlogo e Ação aluno ĂŠ uma revist ndo liçþes conte ), anos 17 a (12 es scent adole a estudos para a e nical Domi a BĂblic a Escol a para Crescimento UniĂŁo de adolescentes (DivisĂŁo de s matĂŠrias outra e os bĂblic os temp passa o), CristĂŁ scente nas adole do to imen cresc o ecem favor que ĂĄreas ntes difere mais
Publicação trimestral do giosa da Departamento de Educação Reli ileira Bras ta Convenção Batis CGC (MF): 33.531.732/0001-67 Endereço Caixa Postal, 39836130 Rio de Janeiro, RJ Tels.: (21) 2157-5557 7HOHJUiÀ FR ² %$7,67$6 P (OHWU{QLFR ² OLWHUDWXUD#EDWLVWDV FR V FRP WLVWD Z ED ² ZZ 6LWH Direção Geral Sócrates Oliveira de Souza Coordenação Editorial 6RODQJH &DUGRVR GH $EUHX G¡$OPHLGD (RP/16897) Redação Carlos Daniel Produção Editorial 6WXGLR $QXQFLDU
RWRV FRP
,PDJHQV ZZZ V[F KX H IUHHGLJLWDOSK
Nossa missĂŁo: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento da sua missĂŁo como comunidade localâ€?
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3URGXomR *UiÀ FD :LOO\ $VVLV 3URGXomR *UiÀ FD Distribuição rial Ltda. EBD-1 Marketing e Consultoria Edito 7HOV ‡ ( PDLO SHGLGRV#HEG FRP EU Imagens utilizadas nesta edição: V FRP ‡ ZZZ PRUJXHÀ OH FRP ZZZ V[F KX ‡ ZZZ GLJLWDOIUHHSKRWR
Diålogo e Ação Aluno
RV FRP ‡ ZZZ PRUJXHÀ OH FRP
Sumårio Carta aber ta ........................................ ................................................................ ............................. 1 Expediente ........................................ ................................................................ ................................ 2 Soltando o verbo (carta dos leitores) ................................................................ ............................. 4 Geração relevante ................................ ................................................................ ............................ 7 $EHU WXUD GR WULPHVWUH ² (%'
EBD – Tema do trimestre: Paråbo
las vivas
(%' ² 'HÀ QLQGR DV SDUiERODV (%' ² $V SDUiERODV GR UHLQR (%' ² $ SDUiEROD GR ERP VDPDULWD QR (%' ² $ SDUiEROD GR SHUGmR (%' ² $ SDUiEROD GR IDULVHX H GR S XEOLFDQR (%' ² $ SDUiEROD GRV YLWLFXOWRUHV (%' ² $ SDUiEROD GR VHPHDGRU (%' ² $ SDUiEROD GDV GXDV FDVDV (%' ² $ SDUiEROD GR ULFR LQVHQVDW R (%' ² $ SDUiEROD GR À OKR SHUGLG R (%' ² $ SDUiEROD GR JUDQGH EDQTX HWH (%' ² $ SDUiEROD GR ULFR H /i]DUR (%' ² $ SDUiEROD GDV GH] PRo DV Entre as letras ................................ ................................................................ ............................... 60 $EHU WXUD GR WULPHVWUH ² '&&
DCC
8QLGDGH ² 2 TXH VLJQLĂ€ FD D UHVV XUUHLomR GH -HVXV Uma questĂŁo fundamental ................ ................................................................ ............. 62 O sentido da ressurreição de Jesus ................................................................ ............... 64 Implicaçþes da ressurreição de Jesu s ........................................................ ................... 66 Unidade 2 – FamĂlia, uma instituiç ĂŁo divina Valorização da famĂlia ........................ ................................................................ ............. 68 Relacionamento familiar ................ ................................................................ ................. 70 E quando nĂŁo existe famĂlia? ........ ................................................................ ................. 72 Metas para a famĂlia ........................ ................................................................ ............... 74 Unidade 3 – Ética da corporalidad e $V GXDV FDUDV GR SUD]HU VH[R Par ou Ămpar? (jogos) ........................ ................................................................ ............. 78 'URJDV PDQWHQKD GLVWkQFLD 2 EDQKR GH FRUSR H DOPD Eu preciso ser separado ................ ................................................................ ................. 84 Letra e mĂşsica ................................ ................................................................ ............................... 86 Orar, esperar e agradecer ................ ................................................................ ............................. 87 No templo de Deus, e aĂ... que rola? ................................................................ ............................ 89 $V SDUiERODV ² 7DEHOD 'LFDV ² 7HFQRORJLD H HYDQJHOLVPR &DQWLQKR GR 3RHWD MissĂľes Mundiais ................................ ................................................................ 2o Trimestre – .......................... 2013 96
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Soltando o verbo Querido adolescente 1HVWH HVSDoR YRFr WHP D FKDQFH GH GL]HU SDUD R %UDVLO R TXH SHQVD $GROHVFHQ WHV FRPR YRFr LUmR UHร HWLU VREUH R TXH YRFr GL] H HPLWLU WDPEpP D VXD RSLQLmR
(QYLH VXD FDUWD SDUD &DL[D 3RVWDO ยฒ 5LR GH -DQHLUR 5RX VHX H PDLO SDUD OLWHUDWXUD#EDWLVWDV FRP
Olรก tudo bem? Aqui pessoal, eu enviei jรก uma poesia para vocรชs e foi publicad a, e Deus me DEHQoRRX PXLWR H WHP PH DEHQoRDGR WUHPHQGDPHQWH ( HX ยฟ ] RXWUD H HVWRX enviando, caso vocรชs possam publicar, agradeรงo muito. Desde jรก, muito obrigado. Abraรงos a todos ai. Abraรงos dos adolescentes da 1ยช Igreja Batista em Sรฃo Josรฉ de Ubรก, RJ. $ SD] GH &ULVWR Josima Marinho, 17 anos PIB em Sรฃo Josรฉ de Ubรก - RJ Resposta: 2L -RVLPD PXLWR REULJDGR SRU PDLV XPD YH] FRPSDUWLOKDU F RP D JHQWH R TXH 'HXV WHP OKH GDGR 4XH VXD SRHVLD SRVVD FRQVRODU DTXHOHV TXH SUHFLVDP GH FRQVROR H WDP EpP FRQIURQWDU DTXHOHV TXH SUHFLVDP GH FRQIURQWR 4XH 'HXV VHMD JOR ULร FDGR SRU PHLR GH VXD FDQHWD $EUDomR H FRQWLQXH QRV HQYLDQGR TXH FRQWLQXDUHPRV SXEOLF DQGR
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Diรกlogo e Aรงรฃo Aluno
OlĂĄ, galera,
Oiii!
Meu nome ĂŠ Marcos e queria
Que o Senhor, o nosso Deus, sempre
muito que vocĂŞs publicassem essa
esteja conosco e que nĂłs possamos sem-
foto do nosso primeiro congresso
pre estar com ele. Sou da Igreja Batista
de adolecentes. Foi uma bênção
Viva (Natal, RN). Eu me chamo Lin-
HVVH FRQJUHVVR H Âż FDUtDPRV PXLWRV
demberg Dias e tenho 17 anos. NĂŁo sĂł
IHOL]HV VH YRFrV FRORFDVVHP QRVVD
eu, como todos os adolescentes da IBV
foto na revista!
Âż FDUtDPRV EDVWDQWH IHOL]HV VH D QRVVD
Que Deus abençoe muito vocês!
foto, que tiramos na festinha surpresa
Marcos Fontinelli, 13 anos
TXH ¿ ]HPRV SDUD R QRVVR SURIHVVRU GD EBD fosse publicada na próxima edição
Igreja Batista
da revista Diålogo e Ação. E eu, par-
Parque IndependĂŞncia
ticularmente, se o meu estudo (Orar, esperar e agradecer) tambÊm fosse publicado. Que Deus nos ABENÇOE. Lindemberg Dias, 17 anos Igreja Batista Viva – Natal, RN ‡ )DFHERRN /LQGHPEHUJ 'LDV ZZZ IDFHERRN FRP OLQGHPEHUJ GLDV
Resposta: Oi, Marcos, seu pedido Ê uma RUGHP SDUD QyV $ IRWR HVWi VHQGR SXEOL cada. ParabÊns pela realização do priPHLUR FRQJUHVVR 4XH YHQKDP PXLWRV H muitos. Se quiser enviar um texto falando como foi, destacando os principais aconWHFLPHQWRV À TXH EHP j YRQWDGH 4XH você possa crescer em graça e sabedoria j VHPHOKDQoD GR 0HVWUH -HVXV $EUDomR
Resposta: Olå, Lindemberg, obrigado SRU FRPSDUWLOKDU QmR Vy VHX ERP HVWXGR PDV WDPEpP D IRWR GD IHVWLQKD 2UDomR espera e gratidão. Três atitudes para o FULVWmR 4XH IDoDP SDUWH GR PHX H GR VHX dia a dia. Paz do Mestre em seu coração e tambÊm nos seus amigos adolescentes da Igreja Batista Viva. 2o Trimestre – 2013
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Olรก, queridos amigos, Bom, estou enviando as fotos da galerinha da minha igreja que participou do FRQJUHVVR GRV DGROHVFHQWHV GD -8%$6(0 GH 0DFDp H TXHULD ID]HU XPD VXUSUHVD SDUD HOHV FRP HVVDV IRWRV QD UHYLVWD 6RPRV GD LJUHMD %DWLVWD (EHQp]HU 3DVWRU -RVp Teixeira, Macaรฉ, RJ. Um abraรงo. $PDQGD ยฑ ,JUHMD %DWLVWD (EHQp]HU Macaรฉ, RJ
Resposta: $PDQGD TXH H[FHOHQWH VXUSUHVD SDUD RV DGROHVFHQWHV 4XH PDLV SURIHVVRUHV SRVVDP VXUSUHHQGHU VHXV DOXQRV DVVLP 3DUDEpQV SHOD LQLFLDWLYD H GHPRQVWUDomR GH FDULQKR FRP HVVHV PHQLQRV H PHQLQDV $EUDomR SUD YRFrV
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Diรกlogo e Aรงรฃo Aluno
Reflexão
Geração relevante 2Timóteo 2.4-6 AS NOVAS IDEOLOGIAS Escrevi um livro sobre o impacto das ideologias. Quando o comecei, tinha em mente ideais como socialismo, comunismo, fascismo, integralismo, trabalhismo, capitalismo. Tive dificuldades de terminá-lo por uma razão: das ideologias, sobrou uma: o capitalismo. Nele, em termos práticos, três valores são centrais. r A diversão. Tipificada por uma palavra: balada. r A fama. Vinda da exposição nos meios de comunicação, que nos transforma numa sociedade do espetáculo, sendo o futebol um deles. r O sucesso que deve ser buscado, de preferência, sem esforço. Todo preço deve ser pago, não importa qual, como o demonstra a história de uma moça que participou de um programa de televisão cujo ápice era
a perda da sua virgindade com um estranho participante do programa. Um empresário da prostituição em São Paulo disse que ela se ofereceu a ele por 100 mil reais. Ela respondeu dizendo que ele quer fama. Há uma outra vida a ser vivida, além da diversão, da fama e do espetáculo. O serviço ao próximo é um deles. É salutar ver o crescimento do voluntariado fora do ambiente das igrejas. E também na igreja. É benéfico ver o empenho de pessoas por seus ideais profissionais. "O sucesso, que deve ser buscado, de preferência, sem esforço. Todo preço deve ser pago, não importa qual, como o demonstra a história de uma moça que participou de um programa de televisão cujo ápice era a perda da sua virgindade com um estranho participante do programa" 2o Trimestre – 2013 2o Trimestre – 2013
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METà FORAS DA VIDA Em 2Timóteo 2.4-6, o apóstolo Paulo usa duas comparaçþes sobre ideais de vida cristã. Ele compara o cristão a um soldado, a um atleta e a um agricultor. Aprendemos com cada uma destas metåforas:
r 0T QSFHBEPSFT EF TVB ÊQPDB anunciavam um evangelho fåcil, cheio de bênçãos certas. Para eles, Deus entra na nossa vida para nos tornar ricos. r &OUSF PT QSFHBEPSFT NVJUPT GB ziam da fÊ um balcão de negócios, para interesses pessoais.
2Timóteo 2.4-6: 4 Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo Ê satisfazer àquele que o arregimentou. 5 Igualmente, o atleta não Ê coroado se não lutar segundo as normas.
r )BWJB QFSTFHVJĂ‰ĂˆP UBOUP QPQV lar quanto governamental. Seu mentor morreria como mĂĄrtir. Nosso contexto tem elementos prĂłximos. r "MHVOT TĂˆP UĂŽNJEPT 0VUSPT OĂˆP
"Mesmo em tempo de paz,
6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos. Com o soldado, aprendemos que devemos ser fiĂŠis a Deus. Com o atleta, que devemos ser disciplinados, se queremos vencer. Com o agricultor, que devemos ser persistentes em nosso trabalho. TimĂłteo vivia um contexto, que pode ser resumido assim: r 1FTTPBMNFOUF FMF FSB UĂŽNJEP F mesmo um pouco assustado com o mundo.
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Diålogo e Ação Aluno
os soldados são preparados para a guerra por meio de fadigas e privaçþes (...) 7XGR HVWi GH¿ QLGR SDUD
que no suor da luta corpos e mentes estejam aptos para passar da sombra para a luz do sol, da luz do sol para o frio gelado, da túnica para couraça, do silêncio abafado para o grito de guerra, do repouso para o alarido da batalha"
,PDJHP ZZZ V[F KX B
"Com o soldado, aprendemos que devemos
VHU ÂżpLV D 'HXV &RP R DWOHWD TXH GHYHPRV ser disciplinados, se queremos vencer. Com o agricultor, que devemos ser persistentes em nosso trabalho"
r 0VWJNPT UBNCÊN QSFHBEPSFT de um evangelho fåcil e temos que conviver com mercadores da fÊ. r &OGSFOUBNPT VN UJQP EJGFSFOUF de perseguição, marcado por duas frentes: numa, o evangelho Ê visto como politicamente (ideologicamente) incorreto; na outra, muitos cristãos envergonham o evangelho por não viverem corretamente. Por uma razão e por outra, hå uma guerra contra a religião e contra o cristianismo em particular. O SOLDADO, ONTEM E HOJE. Detenhamo-nos na figura do
soldado: "Nenhum soldado em serviço se envolve em negĂłcios desta vida, porque o seu objetivo ĂŠ satisfazer Ă quele que o arregimentouâ€? (2TimĂłteo 2.4). Em outras palavras: nenhum militar em missĂŁo se envolve em outras atividades, porque seu objetivo ĂŠ satisfazer Ă quele que o arregimentou. No mundo romano, “o comandante reunia os homens que o conheciam, que o amavam, que confiavam nele e que o seguiam por todos os lugares. Foram esses homens que venceram as grandes batalhas para Romaâ€?. Por isso, um soldado nĂŁo podia casar durante seu tempo no exĂŠrcito.
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o 2o2Trimestre – 2013 Trimestre – 2013
Escrevendo em 197, o escritor cristão Tertuliano anotou: “Nenhum soldado vai para a guerra coberto de luxo, nem marcha para a linha de batalha com o seu quarto de dormir, mas com barracas leves e apertadas, onde experimenta todo o tipo de austeridade, desconforto e mal-estar. Mesmo em tempo de paz, os soldados são preparados para a guerra por meio de fadigas e privações (...) Tudo está definido para que no suor da luta corpos e mentes estejam aptos para passar da sombra para a luz do sol, da luz do sol para o frio gelado, da túnica para couraça, do silêncio abafado para o grito de guerra, do repouso para o alarido da batalha (TERTULIANO. Mensagem aos mártires, 3.2.) Paulo nos quer mostrar que não somos chamados para sermos cristãos apenas para usufruir a vida. Assim como acontece com o soldado, nosso objetivo não é conseguir algo para nós e algo para Deus, mas agradar ao nosso Senhor. Deve ficar claro para nós que é ótimo ter as coisas da vida, mas elas não são o objetivo da nossa vida. DESAFIOS PARA HOJE 1 Tenha um objetivo. O soldado em guerra tem um objetivo: ganhar a batalha para o seu general ou, em tempos de paz, cumprir a missão que recebeu. Saiba que alcancá-lo implica OBRIGATORIAMENTE sacrifíDiálogoe Ação e AçãoAluno Aluno 10 Diálogo 10
cio. As coisas fáceis são apenas coisas fáceis, não coisas que valham a pena. Isto vale para a vida em geral, para a vida profissional em particular e para a vida cristã em especial. Quem tem um objetivo faz diferença. Faz diferença quem é diferente. Como cristãos, nosso objetivo deve ser, em meio ao que estamos fazendo, não importa o que seja, é reproduzir em nós o caráter de Jesus Cristo. 2 6HMD ÀHO. O soldado não se desvia da sua tarefa. Não se desvie, cedendo ao desejo da diversão. Não se desvie, tomando o curso da fama. Não se desvie, seguindo a rota do sucesso. O que nos faz felizes não é o sucesso, mas a fidelidade. Não vá na onda. Seja fiel à sua família. Não vá atrás de propostas fáceis. Seja fiel ao seu ideal. Não se distraia. Seja fiel ao seu ideal profissional. Você é missionário onde está. Seja fiel a Deus. Não tenha outros deuses. 3 Faça todas as coisas de modo HVSHFLDO “O cristianismo não é uma maneira de fazer coisas especiais, mas uma maneira especial de fazer todas as coisas” (STEDMAN, Ray). Viva de modo a deixar um legado. Da perspectiva de Deus, um legado é participar dos propósitos de Deus no mundo.
Abertura do trimestre ParĂĄbolas vivas Objetivos: 1HVWH WULPHVWUH YDPRV HVWXGDU DV SDUiERODV FRQWLGDV QRV (YDQJHOKRV GH 0DWHXV H Lucas que foram contadas por Jesus. ParĂĄbola ĂŠ uma forma de ilustrar um ensino moral ou religioso comparando-o com fatos da vida comum.
Estudos da EBD (%' ² 'HÀ QLQGR DV SDUiERODV (%' ² $V SDUiERODV GR UHLQR (%' ² $ SDUiEROD GR ERP VDPDULWDQR (%' ² $ SDUiEROD GR SHUGmR (%' ² $ SDUiEROD GR IDULVHX H GR SXEOLFDQR (%' ² $ SDUiEROD GRV YLWLFXOWRUHV (%' ² $ SDUiEROD GR VHPHDGRU (%' ² $ SDUiEROD GDV GXDV FDVDV (%' ² $ SDUiEROD GR ULFR LQVHQVDWR (%' ² $ SDUiEROD GR À OKR SHUGLGR (%' ² $ SDUiEROD GR JUDQGH EDQTXHWH (%' ² $ SDUiEROD GR ULFR H /i]DUR (%' ² $ SDUiEROD GDV GH] PRoDV
Autor das liçþes $ DXWRUD GDV OLo}HV GHVWH WULPHVWUH GD (VFROD %tEOLFD 'RPLQLFDO p D LUPm 0DUO\ 7DYDUHV 3LQKHLUR GH 6RX]D EDFKDUHO HP (GXFDomR 5HOLJLRVD SHOR 6HPLQiULR 7HROyJLFR %HWHO no Rio de Janeiro. Missionåria dos batistas brasileiros pela JMN. É casada com o SDVWRU &OiXGLR -RVp )DULDV GH 6RX]D H WHP GRLV À OKRV 0DWKHXV H 7KDOLWD 6XHO\
2o Trimestre – 2013
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EBD 1 Definindo parĂĄbolas Marcos 4.10-12
t Gravura de James Tisso
7 de abril
Você jå teve a opor tunidade de ouvi r ilustraçþes durante alguma men saJHP TXH R SDVWRU SUHJRX" e LQWHUH VVDQWH QmR p" $V LOXVWUDo}HV QRV DMXGDP QRV ID]HU FRPSUHHQGHU H JXDUGDU P HOKRU R TXH HVWi VHQGR WUDQVPLWLGR Jesus usou muitas paråbolas como recurso ilustrativo. Ele levou a men saJHP GH VDOYDomR D WRGRV FKDPDQG R VHXV RXYLQWHV DR DUUHSHQGLPHQWR H j Ip Ele levava as pessoas a praticarem sua fÊ e, tambÊm, as exor tava a exer cerem D YLJLOkQFLD
Durante este trimestre estaremos estu dando sobre as parĂĄbolas de Jesus, TXH SRGHP VHU FKDPDGDV GH SDUi ERODV YLYDV SRUTXH HODV JHUDP Do} HV
Leituras diĂĄrias Segunda – Marcos 4.10-12 Terça – Marcos 4.26-29 Quarta – JuĂzes 9.8-20
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Diålogo e Ação Aluno
Quinta – IsaĂas 5.1 6H[WD ² 6DPXHO SĂĄbado – 1Reis 20.35-42 Domingo – 1CorĂntios 2.11-13
'HĂ€ QLQGR SDUiERODV Conforme o Dicionario Internacional de Teologia do Novo Testamento, parĂĄbola ĂŠ "um gĂŞnero literĂĄrio que, formalmente, consiste em uma histĂłria tĂpica, tirada da realidade cotidiana do ouvinte e lhe oferece um exemplo de comportamento ao qual reage". Jesus as utilizava sempre, pois sabia que essa relação facilitaria o entendimento do povo. Mas Jesus nĂŁo foi o Ăşnico a usar a parĂĄbola como mĂŠtodo de ensino, pois isso jĂĄ era comum no Antigo Testamento e na literatura judaica, como pode ser visto em JuĂzes 9.8-20 e IsaĂas 5.1. No Antigo Testamento, encontramos outros exemplos que, apesar de nĂŁo fazerem referĂŞncia ao tĂtulo de parĂĄbola, sĂŁo tidos como tais em algumas versĂľes da BĂblia: parĂĄbola de NatĂŁ (2Samuel 12.1-4); parĂĄbola de Joabe (2Samuel 14.6); parĂĄbola de um profeta (1Reis 20.35-42). Ao lĂŞ-las, em sua BĂblia, vocĂŞ observarĂĄ que o objetivo delas ĂŠ comunicar a verdade da histĂłria e exortar o ouvinte mediante os comentĂĄrios impensados que saem de sua prĂłpria boca. O uso que Jesus faz das parĂĄbolas no inĂcio de seu ministĂŠrio ĂŠ patente no Novo Testamento. Ele usou amplamente o recurso de contar parĂĄbolas e as usou em quase todos os seus discursos, mostrando que ele tinha preferĂŞncia pela linguagem figurada, porque sabia da sua eficĂĄcia.
Como são agrupadas as paråbolas de Jesus As paråbolas contadas por Jesus foram agrupadas em torno de vårios temas. O Dr. Pierson as agrupa da seguinte maneira: r $JODP FYQ×FN FTQFDJđ DBNFOUF o caråter divino e seus atributos; r 0JUP SFHJTUSBN B IJTUÓSJB EP SFJ no em sua era presente; r /PWF GBMBN EB SFTQPOTBCJMJEB de da mordomia; r 4FJT SFHJTUSBN B CFMF[B EP QFS dão e do amor desinteressado; r þVBUSP USBUBN EB OFDFTTJEBEF permanente de vigilância; r 5SËT SFMBUBN B JNQPSUÄODJB EB conduta condizer com o ensino; r 5SËT USBUBN EB IVNJMEBEF F EB insistência na oração; r 6NB GBMB EB IVNJMEBEF FN UP das as relaçþes com Deus. Muitas delas têm sido classificadas, hoje, de acordo com as liçþes morais que enfocaram. Contudo, não podemos deixar de lembrar que todas se referem ao 2o Trimestre – 2013
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modo de vida que um judeu deveria ter e que Jesus ensina que praticar tais atos era realizar o seu reino e obedecer a Deus. Dos três Evangelhos Sinóticos, Mateus e Lucas são os que registram o maior número de parábolas. Marcos inclui apenas seis, e somente uma é peculiar ao seu Evangelho (Marcos 4.26-29).
va as parábolas porque era a forma mais fácil de fazer com que o povo entendesse sobre o reino de Deus e, também, por ser a forma mais próxima da realidade vivida pelo povo. Por isso, muitos afirmam hoje que o mistério do reino é a mensagem total e completa do evangelho.
O propósito das parábolas
Como discípulos de Jesus, precisamos ter fé e intimidade com o Senhor. Precisamos estudar a sua Palavra para entender os seus ensinamentos de forma correta. Devemos ser honestos e sinceros em nossa busca da verdade, pedindo ao Espírito Santo para nos revelar as coisas de Cristo (1Coríntios 2.11-13). É imprenscindível para aquele que se diz cristão compreender tais ensinamentos do Mestre Jesus. Querido adolescente, você tem compreendido os ensinamentos contidos na Bíblia? Caso você não esteja entendendo, não deixe de ir, neste trimestre, à EBD de sua igreja, pois as lições o ajudarão a entender e a colocar em prática os ensinamentos de Jesus.
Quando o Senhor Jesus apareceu entre os homens, como Mestre, usou a parábola como veículo para transmitir as verdades do reino de Deus. Sabedor de que os mestres judeus ilustravam suas doutrinas com auxílio das parábolas e comparações, Cristo adotou a parábola, esta antigs forma de ensino, e deu um novo sentido para a vida das pessoas de sua época, principalmente porque, por meio da parábola, ele proclamou as maravilhas divinas do seu reino. Com este método de ensino, ao se dirigiar às pessoas, Jesus tinha como objetivo convencê-las e gerar uma mudança em suas atitudes. Ele usa-
3DUD UHÁ HWLU
Para o coração...
"Disse-lhes ainda: não percebeis esta parábola? Como pois entendereis todas as parábolas?" (Marcos 4.13)
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Diálogo e Ação Aluno
EBD 2 As parĂĄbolas do reino Mateus 13.44-52
,PDJHP ZZZ V[F KX B
14 de abril
HQRYRX R 8P GRV SHUVRQDJHQV LPSRUWDQWHV GD KLVWyULD GD VDOYDomR p 1Rp 'HXV U YLYLDP KRPHQV SRFD RV DTXHOD p H 1Rp 1 WHPSR G $GmR QR HLWR FRP SDFWR TXH WLQKD I Deus como agora, emos, as consequĂŞncias desastrosas do pecado no mundo. Estudar ĂŞncia. descend sua e NoĂŠ a o salvaçã usou de sua misericĂłrdia para oferecer a trĂŞs falam Em Mateus 13.44-52, Jesus conta trĂŞs parĂĄbolas numa sĂł, mas as se enconque or semead do a parĂĄbol da ĂŁo explicaç a , assunto mesmo sobre um os de discĂpul os casa, para tra no inĂcio do capĂtulo 13. Observe que, ao retornar mente, paciente Jesus, 39). (v. joio do a Jesus pedem explicaçþes sobre a parĂĄbol WLQXD XVDQGR OKHV H[SOLFD GH RXWUD IRUPD (OH QmR PXGD D Ă€ JXUD GH OLQJXDJHP FRQ dia a dia de do parte fazem que as parĂĄbol outras conta vez desta mas a parĂĄbola, seus discĂpulos. Vamos analisĂĄ-las.
Leituras diårias Segunda – Mateus 13.44 Terça – Mateus 13.45,46 Quarta – Mateus 13.47-50
Quinta – Mateus 13.51,52 Sexta – Atos 10 Såbado – Atos 16.14 Domingo – Mateus 6.33 2o Trimestre – 2013
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ParĂĄbola do tesouro HVFRQGLGR ² 0DWHXV Nesta narrativa, podemos ver um momento em que os discĂpulos e Jesus estĂŁo mais prĂłximos. Mas como eles nĂŁo entenderam a parĂĄbola, proferida no inĂcio do capĂtulo 13 (a parĂĄbola do semeador), Jesus se volta para assegurar aos seus discĂpulos a necessĂĄria compreensĂŁo. Na parĂĄbola do tesouro escondido, um homem encontrou o tesouro no campo por acaso; vendeu tudo o que tinha para, depois, comprĂĄ-lo. Ainda que jamais tenha sido procurado, o tesouro foi descoberto. A lei rabĂnica dizia que se um homem encontrasse frutas ou dinheiro perdidos seriam seus; logo, o homem que descobrisse um tesouro tinha o direito de ficar com ele.
"Nas trĂŞs parĂĄbolas Jesus mostra que precisava de cada um dos seus discĂpulos para levar o evangelho Ă s pessoas. Hoje, nĂłs ocupamos o lugar desses discĂpulos e devemos fazer o mesmo"
VocĂŞ pode observar que o tesouro estava enterrado no campo e permaneceu oculto aos olhos de muitos, inclusive do seu propritĂĄrio. Jesus estava dizendo aos seus discĂpulos que o homem que enxerga o valor do reino (a vida com Deus) abre mĂŁo de tudo por ele, e tem direito ao reino dos cĂŠus, Ă salvação, ainda que, para adquiri-la, seja preciso renunciar a muitas coisas.
,PDJHP ZZZ V[F KX
B
Paråbola da pÊrola ² 0DWHXV
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Diålogo e Ação Aluno
É uma parĂĄbola de fĂĄcil compreensĂŁo. Jesus comparou a descoberta do reino de Deus pelo ser humano com a descoberta de uma pĂŠrola por um negociante. Este, quando se vĂŞ diante de um bem tĂŁo valioso, nĂŁo pensa duas vezes; abre mĂŁo de todos os seus bens para possuĂ-la. Assim, o homem que se vĂŞ diante do reino de Deus deve renunciar a prĂłpria vida para tomar posse dele.
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Como entre seus discĂpulos a maioria era pescador, Jesus conta a parĂĄbola da pescaria e mostra aos seus seguidores que VRPHQWH 'HXV VDEH TXHP VHUi VDOYR H TXHP VHUi FRQGHQDGR diferente do que diziam alguns lĂderes do povo e os escribas
Observe que tanto o homem quanto o comerciante renunciaram ao que possuĂam para adquirir o bem que acharam. A decisĂŁo mudou a vida deles. Ambos os casos tratam de algo precioso. Falam de um supremo bem, no caso, o reino de Deus. Jesus mostra em suas parĂĄbolas que o reino de Deus ĂŠ o mais precioso tesouro, e que nĂŁo hĂĄ nada no mundo que possa superĂĄ-lo. ParĂĄbola dos peixes bons H UXLQV ² 0DWHXV Como entre seus discĂpulos a maioria era pescador, Jesus conta a parĂĄbola da pescaria e mostra aos seus seguidores que somente Deus sabe quem serĂĄ
salvo e quem serĂĄ condenado, diferente do que diziam alguns lĂderes do povo e os escribas (v. 52). Nesta parĂĄbola, ĂŠ fĂĄcil compreender o simbolismo existente: a) A rede representa a missĂŁo, a mensagem de Jesus; b) O mar representa o mundo onde as pessoas habitam; c) Os pescadores representam os cristĂŁos; d) Os peixes representam todas as pessoas existentes no mundo, sejam boas ou ruins; e) Os anjos representam o que serĂĄ feito no dia em que todos forem avaliados diante de Deus e de seu Filho Jesus. 2o Trimestre – 2013
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Gravura de James Tissot
$ SHVFD PLODJURVD ² Gravura de James Tissot
Nas três parábolas Jesus mostra que precisava de cada um dos seus discípulos para levar o evangelho às pessoas. Hoje, nós ocupamos o lugar desses discípulos e devemos fazer o mesmo. Observe que Jesus demonstra que não está fazendo nada sozinho, mas que necessita dos seus. Por isso, devemos pregar o evangelho a todas as criaturas (que na parábola são os peixes) porque todos merecem ouvir sobre este tesouro tão valioso. Entretanto, não podemos deixar de ressaltar que antes de começarmos a pescar é preciso conhecer o valor que Jesus representa para cada um de nós, como é demonstrado nas duas parábolas anteriores.
3DUD UHÁ HWLU Querido adolescente, o reino de Deus deve estar em primeiro lugar em sua vida, conforme conta em Mateus 6.33. Se você ler em sua Bíblia a experiência de Cornélio (Atos 10) e de Lídia (Atos 16.14), você vai perceber que essas pessoas buscaram este tesouro. Vai perceber, também, que Jesus é a pérola preciosa que procuravam. Dedique-se ao máximo, com empenho e ousadia, vencendo todas as dificuldades, e somente na dependência de Deus, sabendo que o maior tesouro que existe no mundo e que o maior investimento que alguém pode fazer é aceitar Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. Bom investimento!
Para o coração...
“Então os justos resplandecer reino de seu Pai ” (Mateus 13.43a)
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Diálogo e Ação Aluno
EBD 3
A parĂĄbola do bom samaritano Lucas 10.25-37
21 de abril
SerĂĄ que, em algum momento de sua vida, quando vocĂŞ esteve prop enso a DMXGDU DOJXpP QmR OKH YLHUDP j P HQWH SHUJXQWDV FRPR 4XHP p HOH" 4XDO D VXD IRUPDomR" 2QGH PRUD" 4XDO D VXD U HOLJLmR"
Leituras diårias Segunda – Lucas 10.25-27 Terça – Lucas 10.28,29 Quarta – Lucas 10.30-32
Quinta – Lucas 10.33-35 Sexta – Lucas 10.36,37 SĂĄbado – Marcos 12.33 Domingo – LevĂtico 19.13-18 2o Trimestre – 2013
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4XHP p R PHX SUy[LPR" ² /XFDV Para que possamos entender a parábola do bom samaritano, é necessário lembrar a ocasião em que ela foi proferida. Ela buscava responder à pergunta de certo doutor da lei (Lucas 10.29). A profissão de um "doutor da lei" era ocupar-se com a lei mosaica. Ele tinha a função oficial de interpretar a lei e guiar o povo a colocá-la em prática na sua vida. Para este intérprete da lei, nem todo mundo podia ser seu próximo. Incomodava-o a possibilidade de ajudar certos tipos de pessoas como, por exemplo, inimigos do povo judeu, como os samaritanos. A ele não faltava apenas conhecimento, mas disposição em cumprir seu dever para colocar a lei em prática. Como resposta à sua pergunta, o Senhor Jesus contou a parábola do bom samaritano. $ LQGLIHUHQoD KXPDQD ² /XFDV Encontrar, nos dias de hoje, cristãos dispostos a colocar em prática o amor fraternal é realmente uma tarefa para super-heróis. Mas é possível. Este é o objetivo principal da lição que Jesus nos ensina nesta parábola. Jesus conta que um viajante descia de Jerusalém para Jericó. Essa estrada não era segura aos viajantes. Era frequentada por ladrões e salteadores, que atacavam
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Diálogo e Ação Aluno
"Encontrar, nos dias de hoje, cristãos dispostos a colocar em prática R DPRU IUDWHUQDO p realmente uma tarefa para super-heróis. 0DV p SRVVtYHO (VWH p R REMHWLYR SULQFLSDO da lição que Jesus nos ensina nesta parábola" comerciantes e viajantes solitários. Essa realidade é muito parecida com o que vemos em alguns locais no Brasil e no mundo. Na parábola, os assaltantes atacaram um viajante, feriram-no e o deixaram meio morto. Depois, fugiram levando tudo o que aquele homem possuía. Jesus insere personagens conhecidos de seus ouvintes na parábola. Passam pelo mesmo caminho um sacerdote e um escriba, um após o outro e, mesmo vendo aquele homem machucado, não o ajudaram. Pelo estilo de vida que diziam ter, esses dois líderes judeus deveriam ser os primeiros a demonstrar sua fé em Deus, agindo com amor e misericórdia para com aquele homem abandonado, praticando o que a lei dizia, mas não fizeram nada. Imagine você, na situação do viajante, ver dois líderes religiosos passarem e fingirem que não o veem. Que decepção! Pois é, foi isto que aconteceu com o viajante.
O verdadeiro amor fraternal ² /XFDV A esta altura da histĂłria de Jesus surge um samaritano. Na parĂĄbola, ĂŠ o terceiro homem a passar por aquela estrada. Seus ouvintes ficaram chocados. O povo samaritano era criticado e considerado pecador pelos judeus. Eles nĂŁo faziam a mĂnima questĂŁo de ter comunhĂŁo com esse povo. PorĂŠm, Jesus utiliza esse personagem para ressaltar que o samaritano foi o Ăşnico que deu assistĂŞncia ao viajante ferido. Na parĂĄbola, o samaritano vai atĂŠ o semimorto e, ao vĂŞ-lo, demonstra compaixĂŁo e lhe presta socorro rĂĄpido. Ele o conduz atĂŠ uma hospedaria para que lĂĄ ele receba o socorro de que
necessita. Como se nĂŁo bastasse, Jesus afirma que aquele homem ainda passou a noite ali com o viajante, pagou todas as despesas e prometeu voltar e acertar as contas no final do tratamento, caso houvesse mais despesas. Jesus poderia ter colocado a ação de socorrer tendo sido realizada pelos lĂderes judeus, nĂŁo ĂŠ mesmo? Mas Jesus queria ensinar que todas as pessoas sĂŁo dignas de ajudar e de serem ajudadas. Mesmo sabendo que os judeus nĂŁo gostavam de samaritanos (na verdade, o sentimento era de Ăłdio racial mesmo), ele insiste em fazer desse homem o personagem central da parĂĄbola, pelo exercĂcio da misercĂłrdia e da compaixĂŁo para com o viajante desconhecido.
-HVXV HQVLQDQGR QR WHPSOR – Gravura de James Tissot
-HVXV LQVHUH SHUVRQDJHQV FRQKHFLGRV GH VHXV RXYLQWHV QD SDUiEROD 3DVVDP SHOR PHVPR FDPLQKR XP VDFHUGRWH H XP HVFULED XP DSyV R RXWUR H PHVPR YHQGR DTXHOH KRPHP PDFKXFDGR QmR R DMXGDUDP 2o Trimestre – 2013
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Siga o exemplo ² /XFDV Jesus, apĂłs concluir sua parĂĄbola, fez uma pergunta ao doutor da lei que o interrogara: "Qual dos trĂŞs ĂŠ o prĂłximo?" O doutor da lei nĂŁo podia dar outra resposta a nĂŁo ser falar que era o samaritano (seu desafeto). Ao ouvir tal resposta, ainda que de modo disfarçado, pois o doutor da lei enfatizou apenas a ação do homem, sem dizer quem a fez, Jesus o ensina a praticar o mesmo. Com certeza, aquele doutor da lei ficou sem graça e com certa revolta, mas a verdade fora dita, os judeus precisavam amar a todos que estavam ao seu redor. 3DUD UHĂ HWLU O amor ensinado por Jesus deve ser praticado, mas ele envolve renĂşncia e sacrifĂcio. Mesmo que nĂŁo haja reconhecimento da pessoa a quem estĂĄ sendo ajudada, o importante ĂŠ obedecer aos ensinos de Jesus por meio desta parĂĄbola e colocĂĄ-los em prĂĄtica. Todo cristĂŁo precisa estar disposto a manifestar amor e bondade a todos que se encontram em necessidade, sem se im-
"Hå muitas pessoas esperando a diferença em mim e em você para que possam nos imitar. Esta diferença p UHYHODGD QR QRVVR HVWLOR GH YLGD TXH p
o resultado do amor GH 'HXV HP QRVVRV coraçþes"
portar com sua raça, com seu passado, com sua posição em relação a nós. Afinal, este Ê o mandamento divino dado a nós (Marcos 12.33). Hå muitas pessoas esperando a diferença em mim e em você para que possam nos imitar. Esta diferença Ê revelada no nosso estilo de vida que Ê o resultado do amor de Deus em nossos coraçþes. Ainda hå tempo para mudarmos essa realidade e ela pode começar por você. Ame verdadeiramente o seu próximo.
Para o coração... " Amarås ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10.27)
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Diålogo e Ação Aluno
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