azeituna
p e rc u r s o s
Depois de “Palpitações Tunais” (1993), “Se as Capas Falassem” (2002), “Coro Sobre Azul” (2003) e duas colectâneas do CELTA (o nosso Festival que anualmente organizamos no Theatro Circo), era tempo de gravarmos um novo trabalho com as músicas que temos tocado por este País e Mundo fora. Este “Percursos” tem músicas que era imperativo gravar e outras, que fomos tirar do baú. Este CD é dedicado a todos aqueles que nos ouvem, a todos os que apoiam a música tocada e cantada em português, a todos os que não escolhem o caminho fácil e lutam pela cultura do nosso País, a todos os que querem bem a este forte grupo de amigos de meias azuis, que gosta muito de tocar e cantar e que quer manter para sempre a irreverência que o caracteriza. Que venham, para todos, muitos mais “percursos” cheios de saúde, virtude e força para continuar a viver intensamente este mundo fascinante em que vivemos. Bons “Percursos”!
Praga ‘05
1.Percursos
Música: excertos “Adeus ó Braga” - Sérgio Lucas (Azeituna); restantes - Daniel Pereira (Azeituna), com harmonias, respectivamente, de Raúl Silva (Azeituna) e Manuel Carvalho (Azeituna)
De tantas viagens e tantas aventuras por esse mundo fora, levando a nossa música a outras gentes, acabámos por ir absorvendo também um pouco das culturas que fomos conhecendo. Somando neste “Percursos”, à nossa música, um pouco dos ritmos dos povos que fomos visitando. Cada trecho tem uma história de criação por trás… As we toured throughout the world, taking our music to the people of so many countries, some of the native cultures are naturally absorbed and added to our own. Each section of this instrumental piece has a story of those adventures in its inspiration...
Varsóvia ‘05
Genebra ‘09
2.Dá-me Lume Letra e Música: Jorge Palma
Um dos maiores compositores e letristas contemporâneos, Jorge Palma a todos inspirou e tocou… admiramo-lo e com a sua música cortejamos belas donzelas. One of the greatest Portuguese contemporary song and lyric writers, Jorge Palma inspired and touched all of us. We admire him and woo beautiful women with his music...
Lá
Rém
Dá-me lume, dá-me lume Sol
Sol7
Dó Dó7
Deixa o teu fogo envolver-me até a música acabar Lá
Rém
Sol
Dá-me lume, não deixes o frio entrar Lá#7+
Faz os teus braços fechar-me as asas Dó
Há tanto tempo a acenar Fá7M
Dó Fá
Dó
Chegaste com três vinténs
Eu tinha o espírito aberto Às vezes andei perto Da essência do amor Porém no meio dos colchões No meio dos trambolhões A situação era cada vez pior Tu despertaste em mim um ser mais leve E eu sei que essencialmente isso se deve A esse passo inseguro e ao paraíso no teu olhar
Dó7
E o ar de quem não tem Fá
Muito mais a perder Dó
O vinho não era bom Dó7
A banda não tinha tom Fá
Mas tu fizeste a noite apetecer Lá#7+
Mandaste a minha solidão embora Fá
Ré7
Iluminaste o pavilhão da aurora Solm
Dó7
Fá
Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar Eu fiquei louco por ti Logo rejuvenesci Não podia falhar Dispondo a meu favor Da eloquência do amor Ali mesmo á mão de semear Mostrei-te a origem do bem e do reverso Provei-te que o que conta no universo É esse passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Dá-me lume, dá-me lume Deixa o teu fogo envolver-me Até a música acabar Dá-me lume, não deixes o frio entrar Faz os teus abraços fechar-me as asas Há tanto tempo a acenar Se eu fosse compositor Compunha em teu louvor Um hino triunfal Se eu fosse crítico de arte Havia de declarar-te Obra-prima à escala mundial Mas eu não passo de um homem vulgar Que tem a sorte de saborear Esse teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar
3.Suevos
Letra e Música: Daniel Pereira (Azeituna/Arrefole)
Esta estória tem História dentro dela e fala da nossa Bracara, quando era a capital do Reino dos Suevos e do seu ultimo Rei, Miro filho de Teodomiro. Estórias de amor sempre houve sempre haverá e movem montanhas! This theme reports to another time, when Braga, once known as Bracara, was the capital of the Suevi Kingdom and home to its last King, Miro, son of Theodomiro. Love stories always existed and will always exist and can move mountains! Rém
Lá # 7+
Rém
Fá
Nijmegen ‘04
O amor não se escolhe
É o que conto nesta estória Solm
Rém
Fá
Passada há muito tempo Lám
Dó
Foi em Braga
Rém
Um Tempo já sem memória É a estória de um rei Rei do reino dos Suevos Que se enamorou de alguém A mulher de um dos seus servos
Lá # 7+
Lá 7
Capital dos suevos Fá
Dó
Que um Rei Lá # 7+ Lá 7
Rém
Beijou a musa dos seus sonhos Esse amor proibido Teve mesmo que acabar Um reino quase perdido E um último olhar Triste sina a do Rei O rei Miro dos Suevos Que enfim foram conquistados Do sul pelos visigodos
Alessandria ‘06
Esta estória de amor Tem mil e quinhentos anos. Tem vidas, paixão e dor… P’ra sempre as forças dos tempos!
4.Bairro do Oriente
Letra: Carlos Tê; Música: Rui Veloso Instrumental inicial: Pedro Guimarães/Pedro Ribeiro (Azeituna); Instrumental do meio: Daniel Pereira (Azeituna)
Mais um grande compositor, o Rei do Rock e do Blues Português, juntamente com o seu companheiro de sempre Carlos Tê, compuseram esta bela serenata, que fazemos questão de cantar às nossas musas inspiradoras. Another great contemporary Portuguese composer. Rui Veloso, King of the Portuguese Blues and Rock, accompanied by his companion Carlos Tê, composed this beautiful serenade which we feel obliged to sing to our muses... Tenho à janela Uma velha cornucópia Cheia de alfazema E orquídeas da Etiópia Tenho um transístor ao pé da cama Com sons de harpas e oboés E cantigas de outras terras Que percorri de lés-a-lés Tenho uma lamparina Que trouxe das arábias P’ra te amar à luz do azeite Num kamasutra de noites sábias Lá7
Lám6M Dó
Tenho junto ao psyché Lám7
Um grande cachimbo d’água Rém
Sentados num canapé Sol7
Fumamos ao cair da mágoa
Tenho um astrolábio Que me deram Beduínos P’ra medir no firmamento Os teus olhos astralinos Dó
Lám
Vem, vem à minha casa Dó
Lám
Rebolar na cama e no jardim Dó
Lám
Acender a ignomínia Dó
Lá7
Lám6M
E a má língua do código pasquim Lá7
Lám6M Lá7
Lám6M
Que nos condena numa alínea Lá7 Lám6M Lá7 Lám6M
A ter sexo de querubim Lá7
Lám6M / Sol
Instrumental
Vem, vem à minha casa Rebolar na cama e no jardim Acender a ignomínia E a má língua do código pasquim Lá7
Lám6M
Que nos condena numa alínea A ter sexo de querubim
5.Caminhos d’Água
Letra: Inácio Pignatelli; Música: Firmino Neiva Instrumental do meio e fim: Daniel Pereira (Azeituna)
Com esta música homenageamos um grande amigo e compositor Bracarense, Firmino Neiva, dos míticos Raízes e dos Som Ibérico. Agradecemos a sua disponibilidade de sempre e esperamos que sejam do seu e do vosso agrado os arranjos que emprestamos a esta bela música. With this theme we honour a dear friend and local composer, Firmino Neiva, member of the traditional Portuguese music groups Raízes and Som Ibérico. We thank him for his friendship and hope that our musical arrangements please both him and the listener.
Dó Solm Lá#
Solm
Carvalho é planta sagrada...
Dó
Foi a sombra que a sagrou… E os olhos verdes da terra Na sede que a habitou E os olhos verdes da terra Na sede que a habitou Solm
A palavra partilhada… Lá#
Dó
É a semente do chão Solm
Une e talha como adaga Lá#
Dó
É como o partir do pão Instrumental: Dó / Solm
Capa de urze têm os montes Couraça de serranias Outra couraça o teu peito P’ro Inverno dos meus dias
Niagara Falls ‘06
Parto sempre à aventura Guerreiro sou do assombro Curo as feridas na ternura Mão na mão ombro com ombro Instrumental Zela zela a Natureza Vela vela e dou-te a estrela Forte forte e vence a morte Forte forte e dou-te um torque Grande coração de amar Dou-te a luz do meu olhar Instrumental
6.Asa Branca
Letra e Música: Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Considerada o “segundo hino” do Brasil, trouxemo-la de lá e lá a cantámos várias vezes, emocionando o sensível povo brasileiro, que fazemos questão de voltar a visitar sempre que possível! Considered to be Brazil’s unofficial national anthem, we lent it and sang it numerous times, touching the Brazilian people in the heart. We make a point of returning to Brazil whenever it’s possible!
Instrumental inicial: igual à 1ª estrofe Dó
Fá7M
Quando olhei a terra ardendo Lám7
Mim7
Dó
Qual fogueira de São João Lá#6
Lám7
Eu perguntei ai, ai Deus do céu, ai, Sol
Sol#º Lám7 Mim7
Porque tamanha judiação? Lá#6
Lám7
Eu perguntei ai, ai Deus do céu, ai, Sol
Dó#7M/Sol# Dó
Até mesmo a asa branca, Bateu asas do sertão Então eu disse adeus Rosinha, Guarda contigo meu coração. Então eu disse adeus Rosinha, Guarda contigo meu coração. Ré
Mi
Paranauê, paranauê paraná Paranauê, paranauê paraná Hoje longe muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo P’ra eu voltar, ai, p’ro meu sertão. Espero a chuva cair de novo P’ra eu voltar, ai, p’ro meu sertão. Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro, não chores não, viu, Que eu voltarei, viu, meu coração. Eu te asseguro, não chores não, viu, Que eu voltarei, viu, meu coração
Dó#7M/Sol#
Sol#º Dó Ré
Porque tamanha judiação? Ré Mi
Lá
Que braseiro, que fornalha, Mi
Si7
Mi
Nem um pé de plantação, Por falta d’água
Mi7
Lá
Lám7
Lá
Lám7
perdi meu gado
Si7
Dó#m
Morreu de sede meu alazão. Mi
Por falta d’água Si7
Mi7
perdi meu gado Mi
Morreu de sede meu alazão.
ais ‘07 Minas Ger
Salvador Bahía ‘07
7.No Teu Poema Letra e Música: José Luís Tinoco
Uma das mais belas canções de amor eternizadas por Carlos do Carmo, uma das músicas que tínhamos que gravar neste CD dos nossos Percursos musicais… One of the most beautiful love songs, immortalised by Carlos do Carmo. One of the songs that we had to record in the album of our musical paths... Rém
Solm
No teu poema Dó
Dó7
Fá
Existe um verso em branco e sem medida Ré7+
Fá#7dim
Solm
Um corpo que respira, um céu aberto Dó
Dó7
Fá
Lá / Rém
Janela debruçada para a vida No teu poema Existe a dor calada lá no fundo O passo da coragem em casa escura E aberta uma varanda para o mundo
No teu poema Existe um cantochão alentejano A rua e o pregão de uma varina E um barco assoprado a todo o pano Existe um rio O canto em vozes juntas, vozes certas Canção de uma só letra e um só destino a embarcar No cais da nova nau das descobertas Existe um rio A sina de quem nasce fraco ou forte O risco a raiva e a luta de quem cai ou que resiste Que vence ou adormece antes da morte Subida de tom: Si7 / Mim
Lám
No teu poema Ré7
Sol
Existe a esperança acesa atrás do mundo Mi
Lám Dó
Existe tudo mais que ainda me esca — pa Fá
Rém Fá#7dim
Um verso em branco à espera …
Fá7
Mi4 Mi Lá
Lá#m7
Do futu — ro
Existe a noite Ré#7+
Sol#
O riso e a voz refeita à luz do dia Fám
Lá#m7
A festa da Senhora d’Agonia e o cansaço Dó
Dó7
8.Brejeiro
Música: Ernesto Júlio de Nazareth
Fá
Do corpo que adormece em cama fria Existe um rio A sina de quem nasce fraco ou forte O risco a raiva e a luta de quem cai ou que resiste Que vence ou adormece antes da morte No teu poema Existe o grito e o eco da metralha A dor que sei de cor mas não recito E os sonos inquietos de quem falha
O Chorinho é um dos estilos musicais mais virtuosos do Mundo e tem tudo a ver com o sentimento português. Trouxemos esta música do Brasil, terra de grandes músicos e grandes bandolinistas. The Chorinho is one of the most virtuous music styles, and is much related to the Portuguese feeling. We brought this song from Brazil, home of great musicians and mandolinists.
Portugal Continental Madeira Açores Espanha França Itália Holanda Luxemburgo Bélgica Irlanda Alemanha Liechtenstein Polónia Suíça Hungria Áustria República Checa Eslovénia Croácia Brasil Estados Unidos da América Canadá
92 > 09 94 | 04 00 | 02 92 | 96 | 98 | 04 | 08 01 | 04 | 08 97 | 06 | 08 97 | 99 | 01 | 04 04 93 | 04 93 | 94 | 95 04 | 09 09 05 08 | 09 05 09 05 05 05 01 | 02 | 03 | 07 06 06
9.Rancho Fundo
Letra e Música: Ary Barroso e Lamartine Babo Instrumental inicial: improviso de Júlio Pereira sobre o excerto do Coral # 10 de J. S. Bach
Nestes oito anos passados fomos quatro vezes ao Brasil. Não é, por essa razão, estranho que aqui apareçam três músicas brasileiras. Esta é bem conhecida de todos, portugueses ou brasileiros… In the last eight years we visited Brazil four times, so it’s not strange that three Brazilian themes are included in this album. The mood for this well known theme is set by an improvisation of one of our references, Júlio Pereira. Ré
No rancho fundo Lá Lá7+
Sim
Bem p’ra lá do fim do mundo Fá#m
Sol
Lá7
Ré
Bem pra lá do fim do mundo Nunca mais houve alegria Nem de noite nem de dia Os arvoredos Já não contam mais segredos E a última palmeira Já morreu na cordilheira Os passarinhos Internaram-se nos ninhos De tão triste esta tristeza Que enche de trevas a natureza Tudo por quê? - Só por causa do moreno Que era grande, hoje é pequeno P’ra uma casa de sapê Subida de Tom:
Onde a dor e a saudade Fá#7dim Mim Lá7 5+
Contam coisas da cida — de No rancho fundo De olhar triste e profundo Um moreno conta as mágoas
Ré / Mi / Fá # / Dó / Si7 Mi
Se Deus soubesse Si
Si#dim
Dó#m7
Da triste — za lá da serra Sol#
Ré
Lá
Mandaria lá pra cima
Tendo os olhos rasos d’água
Si7
Lá7
Ré
Espera a lua no terreiro Lá7
Ré
Tendo o cigarro por companheiro
Dó#
Dó#7
Se uma flor desabrocha
Sem um aceno Ele pega na viola E a lua por esmola Vem p’ro quintal deste moreno No rancho fundo
Sol#7dim / Fá#m / Si7
Porque o moreno Vive louco de saudade Só por causa do veneno Das mulheres da cidade
Mi
Que de noite no sereno Sol
Mi
Todo o amor que há na Terra
Si7
Pobre moreno
Fá#m
E o sol queima Si7
Lá#
Lá7
Mi
A montanha vai gelando Lá
Si7
Mi
Lembra o cheiro da morena
Dó Mi
10.Só Gosto de Ti
Letra e Música: Pedro Ayres Magalhães (Heróis do Mar)
Os Heróis do Mar fizeram esta música, que é uma das nossas serenatas preferidas. Já a tocámos em muitas janelas de Braga, pelo País e pelo Mundo fora… Another serenade, this one composed by Pedro Ayres Magalhães, co-founder of Heróis do Mar, and later of the world famous Portuguese group, Madredeus. One of our favourite serenades, which we sang all around the World...
Mi
Lá
Sentado no cais Dó#m
Si
A ver ao longe o mar Ré
Lá
E a ponte sobre Dó#m Si
O Te — jo Se tudo é tão bonito É por causa de ti E deste meu desejo Ré
Fá#m
Afinal vale a pena Ré
Fá#m
Não pensar em mais ninguém Mi
Ré
Só gosto de ti Porquê não sei Mi
Ré
Mas estou bem assim Sim7
E tu também Aqui vai o paquete Aqui passa o navio Lá vão eles a viajar
Salvador
Bahía ‘07
Se tu aqui estivesses Gostavas como eu Gostavas de os ver passar
11.Nini dos Meus 15 Anos Letra e Música: Paulo de Carvalho
Paulo de Carvalho é um cantautor incontornável da música portuguesa e esta é, juntamente com a mítica “E Depois do Adeus”, uma das suas músicas mais populares que temos todo o gosto em cantar. Paulo de Carvalho is indisputably one of the greatest Portuguese singer and songwriter. Together with “E Depois do Adeus”, is one of his most popular songs and we take great pleasure in singing it.
Munique
Instrumental: Sol Ré/Fá# Mim Sim7 Dó Ré Lám7 Ré7 Sol Sim7 Mim Dó#º Ré Sol
Ré/Fá#
Chamava-se Nini Mim
E desde então se lembro o seu olhar É só p’ra recordar Os 15 anos e o meu primeiro amor.
Sim7
Vestia de organdi Dó
Ré
Lám7 Ré7
E dança — va, dança — va Dançava só p’ra mim, Uma dança sem fim E eu olhava, olhava
Foi tempo de crescer, foi tempo de aprender Lám7
E desde então se lembro o seu olhar É só p’ra recordar Lám7
Ré7
Mim7
Ré
Sol7M Sol#º
Sol
Eu ia para o bar, beber e suspirar Ré7
Mim7
Rém
Sol#º
Foi tempo de crescer, foi tempo de aprender Ré7
Mim7
Sim7
Mi7/9-
É sempre assim Lám7
Ré7/13
Sol
Nini dançava só p’ra mim… Intrumental: Sim7 Mim7 Sim7 Dó Ré Lám7 Ré7
Batia o coração Dóm7/Mib
Sib
Mais forte quea canção Dóm
Sol7M
Sol
Sol
Pensar que tanto amor ainda acabava mal. Solm
Ré7
Que a vida passa mas um homem se recorda
Ré7
Lám7
Lám7
Lám7
Que lá no baile não havia outro igual Lám7
Ré7
Toda a ternura que tem o primeiro amor.
Lám7
Sol
‘09
Sentia uma aflição Dizer que sim, que não E eu dançava, dançava
Ré
Dóm7 Ré
E eu dança — va, dança — va
E desde então se lembro [... ] dançava só p’ra mim... La la la la la la...
12.Fascinação
Letra: Armando Louzada; Música: F. D. Marchetti, M. de Feraudy
Uma bela canção de Amor tocada em todo mundo em muitas versões. Esta é a versão portuguesa recolhida há muitos anos de um vinil perdido numa qualquer estante, uma bela serenata que há muito queríamos gravar! Ré
Lá7
Ré
A beautiful love song interpreted by many musicians all around the world. This is the Portuguese version, collected many years ago from an old vinyl record. A great serenade which we longed to record!
Um só dia que passe sem ti
Instrumental
Viver sem ti é viver na dor.
Lá7
Ré
Ré7
Sol
Eu não o vivi, é dia sem cor. Sol
Ré4/Fá# Mim
Sol#dim Ré/Lá
Fá7dim
Ouve bem o que eu quero dizer-te, amor: Mim
Lá7
Ré
Fá Mi Mi7/5+
Lá7M Sim7 Dó#m7 Sim7 Lá7M Mi7/5+ Lá7M
Mi7/5+
Vou dizer-te, assim, a Lá7M
Lá7M9 Mi7/5+
cantar
Lá#dim
Sim7
Fá#7/5+
Lá4/9
Lá#5dim
O que a minha alma não pode guardar Sim7 Lá#6/7
Quem me dera ter
pela vida fora
Sim7
Ré
Fá7M Mi
Teus cabelos de oiro, teu riso de outro — ra. Lá7M
Sim7
Dó#m7
Lá#dim Sim7
Que eu encontrei quando um dia te vi, Ré
Dó#7dim
Fá#7/5+
Sim7
Já o teu olhar por certo me prendia Ré Mi Lá7M
Quando eu me prendi por ti. Ré
Lá7
Lá7
Ré
Se num olhar as vidas se dão Lá7
Ré
Fá7dim
Mim Fá#m Si7
Quando vem o dia das almas trocar Mim
Si7
Mim
Dei-te ainda o meu coração Si7
Mim7
Lá7
Ré
E bem sinto o teu em mim, a vibrar.
Fá7M
Lá7M
Mi7/5+
Sim7
Tu serás para sem — pre o amor Lá7M
Tu serás para sempre o amor Que eu encontrei quando um dia te vi, Já o teu olhar por certo me prendia Quando eu me prendi por ti.
Fá7dim Mim Lá7
13.Luso-Galaico-Celta
Música: excerto “Luso” – Daniel Pereira (Azeituna); excerto “Galego” – Isaac Palacín / Quico Comesaña / Guillermo Fernández (Berroguetto); excerto “Celta” – Ricardo Coelho (Arrefole)
Três culturas com uma afinidade cultural muito grande… aos nossos irmãos Galegos e às nossas origens Celtas! Viva a nossa cultura milenar! Three cultures with a strong cultural affinity. We dedicate this theme to our Gaelic brothers and to our Celtic origins. We proud ourselves on our millenarian culture!
14.As Sete Mulheres do Minho
15.Maria Papoila
Nesta música celebramos a força da mulher minhota e Maria da Fonte, um dos seus ícones. Celebramos também Zeca Afonso que teve um papel fundamental na recuperação deste e de muitos outros temas da tão rica, mas por vezes tão mal tratada, cultura tradicional portuguesa. Um povo é fraco sem uma identidade forte e essa identidade só existe com a valorização devida da sua cultura!
Do filme com o mesmo nome, da época de Ouro do cinema português de 1937, com a voz de Mirita Casimiro. O povo português é um povo imigrante, quer dentro do país quer para fora dele. Homenageamos aqui todos os homens e mulheres que fazem esse sacrifício em prol de uma vida melhor.
Letra: Popular; Música: José Afonso
In this theme we celebrate the strength of the women from Minho and Maria da Fonte, one of our symbols. We also honour Zeca Afonso, who had a major role in recovering this, and many other themes of the rich, but sometimes overlooked traditional Portuguese culture. A culture is weak without a strong identity, which only exists when the People value it properly.
Letra e Música: Fernando de Carvalho,Raúl Ferrão e Raúl Portela
Part of the soundtrack of the 1937 film Maria Papoila, interpreted by Mirita Casimiro. The Portuguese people are a people of immigrants and we honour all those who sacrificed their home for the chance of a better life. Lá Ré Ré#7dim
Mim
Lá7
Dó / Sol7
As sete mulheres do Minho Mulheres de grande valor Armadas de fuso e roca Correram com o regedor Essa mulher lá do Minho Que da foice fez espada Há-de ter na lusa história Uma página dourada Viva Maria da Fonte Com as pistolas na mão Para matar os Cabrais Que são falsos à nação
Lá7
Mim
Lá7
Mim
Sem saudades na Lembrança eu disse adeus Ré
À terrinha e mais ao lar, Ré#7dim
Mim
Levo n’alma a luz da esperança e fé em Deus Lá7
Ré
Sim
Parto a rir e a cantar, ai ai ai Fá#
Mim
Despedi-me das ovelhas, do meu cão, das casas velhas Fá#
Sim
Lá7
Do lugar onde eu nasci, ai ai ai Ré
Não me importo de ir à toa Ré#7dim
Mim
Que o meu sonho é ver Lisboa Lá7
Ré
Mais o mar que eu nunca vi Mim Lá7 Ré
Ré#7dim
Ré#7dim
Mim
Lá7
Ré Ré#7dim
Adeus ó terra adeus linda serra da neve a brilhar Adeus aldeia que levo na ideia não mais cá voltar Adeus ò terra adeus linda serra da neve a brilhar Adeus aldeia que levo na ideia não mais cá voltar
16.Adeus que me Vou Embora Letra e Música: António Rodrigues Ribeiro; Instrumental final: Daniel Pereira (Azeituna)
Homenageamos por fim mais um grande Minhoto daqui de bem perto de Braga. António Variações deixou-nos há 25 anos, mas a memória dele e a sua forma excêntrica, cheia de força e vontade de viver, continuam bem presentes em todos nós! Finally, we pay tribute to a great man from Minho. António Variações departed 25 years ago but his memory and his eccentric way of life, full of strength and will, are still present in all of us! Adeus que me vou embora Adeus que m’embora vou Vou daqui p’ra minha terra Que eu desta terra não sou Tenho a minha mãe à espera Cansada de me esperar Naquela encosta da serra Vamos ser dois a chorar
Suiça ‘09 Diz que a sorte das pessoas sempre ouvi Vai do nome que elas têm Coisas más ou coisas boas vem daí E comigo calha bem, ai ai ai Eu no monte era a papoila mesmo graça de moçoila Que no campo anda a lidar, ai ai ai Mas o nome bem dizia como sou também Maria Tinha que ir p’ro pé do mar
À espera tenho o meu pai Aos anos que o não vejo O tempo que vai durar O meu abraço, o meu beijo Vim solteiro e vou solteiro Vou livre de coração Se alguém me quiser prender Já não vou dizer que não Adeus que me vou embora Adeus que m’embora vou
Cuoiso (voz off) Concerto para dois Bandolins – A. Vivaldi (in “Se as capas falassem”, Azeituna, 2002) Noites de Ronda – Sérgio Lucas / António “Calçada” (in “Palpitações Tunais”, Azeituna, 1993) E Depois do Adeus – José Calvário / José Niza (gravado ao vivo no XII FITUA, 2002) Adeus ó Braga – João Seabra / Sérgio Lucas; Arranjos Vocais do CAUM – Maestro Fernando Lapa (in “Coro sobre Azul”, Azeituna & CAUM, 2003)
Azeituna Urtigão Doninha Bixa Alheira Bixus Braguesa Fugitivo El Gordo Satélite Metrónomo Pandeleireta Ibérico Trinca Violas Zandinga Brandão Cascão Vatanen Latex Xorão Hiena Virtual Brasuca Kamões Gira-Discos Bidrinhos
Belhote 17% Piguelli Línguas Gugu Estrumpfe Gafanhoto Anacleto Kueca Irmão Pedro Bombeiro Tyson Ronhas Zé do Boné Telecel Grunho Irmão Paulo Quinzinho Annus Bixona Gralha Obo Cristo Rojo
Cuoiso Jagunço Mula Muralhas Melão Pika-Pau Esfregona Toiño Filtro Stevie Bacas Zeca Galhão Caçarola Glande Éboa Abek Xuba Budha Tucano Bill Gaitas Carlos Cús Soneca Boticas
Minas Gerais ‘07
Madeira ‘04
Ficha Técnica • Alexandre Costa (Éboa): Guitarra Portuguesa em 3 • Bruno Pereira (Grunho): Cavaquinho • Carlos Castro (Cuoiso): Voz-off em 17 • Daniel Pereira (Cristo): Orquestrações e Arranjos Vocais, Bandolim, Bandola, Braguesa, Guitarra Acústica, Gaita de Fole, Bodhrán, Voz Solo em 4, 7 e 9 • Eduardo Castro (Anacleto): Guitarra Acústica, Baixo em 8, Contra-Baixo em 9, 12 e 16 • Francisco Serafim (Tucano): Percussões (concepção, arranjos e execução) • João Lopes (Soneca): Bandolim em 6, 11 e 15 • Luís Mendonça (Zandinga): Voz Solo em 12 • Pedro Guimarães (Pika-Pau): Bandolim, Guitarra Acústica, arranjos em 11 • Pedro Ribeiro (Tyson): Guitarra Acústica, Bandola, arranjos em 9 e 12 • Raúl Silva (Gugu): Guitarra Acústica, arranjos em 11 • Sérgio Lucas (Metrónomo): Bandolim, arranjos em 7 e 12 • Vasco Oliveira (Filtro): Contra-Baixo • Vítor Sousa (Ronhas): Guitarra Acústica em 7, Voz-off em 3
Coros: Bidrinhos (Ricardo Ferreira), Piguelli (Manuel Carvalho), Gúgú (Raul Silva), Ronhas (Vitor Sousa), Anacleto (Eduardo Castro), Zé do Boné (José Nunes), Grunho (Bruno Pereira), Obo (Sérgio Costa), Cristo (Daniel Pereira), Rojo (Miguel Cardoso), Melão (Norberto Sousa), Pika-Pau (Pedro Guimarães), Esfregona (Rui Machado), Toiño (António Carneiro), Bacas (Miguel Teibão), Zeca Galhão (Pedro Pereira), Éboa (Alexandre Costa), Glande (Diogo Carvalho), Tucano (Francisco Serafim) Bill Gaitas (Ricardo Moura), Carlos Cús (Carlos Afonso), Soneca (João Lopes), Boticas (Tiago Vilela), caroços: Berimbau (berimbau em Asa Branca), Bosingwa, Quim Fim e Tretas.
Produção: Azeituna Produção Artística: Daniel Pereira, Eduardo Castro, Francisco Serafim e Pedro Guimarães (Azeituna) Direcção Musical: Daniel Pereira (Azeituna) Gravação: Emiliano Toste (Estúdio Toste) Mistura: Emiliano Toste, Nuno Aragão e Azeituna Masterização: Emiliano Toste e Nuno Aragão Design Gráfico: Jorge Portugal
O pragmatismo, que felizmente temos neste grupo, fez-nos avançar sem pensar nas muitas horas de sacrifício, ensaios, gravações, misturas, remisturas e outros que tais, que tivemos pela frente durante cerca de nove meses – aqui, agradecemos muito a paciência, a experiência e a ajuda que o Emiliano nos foi dando e também ao Nuno Aragão cuja experiência altruísta ajudou nos acabamentos fundamentais depois do processo de gravação. A Azeituna teve neste ano de 2009, como é seu apanágio, um ano muito produtivo, com as viagens de sempre e o Outono Azul onde inserimos o lançamento do DVD do fantástico XV CELTA e o lançamento deste trabalho sonhado já há algum tempo, que esperamos, sejam do vosso agrado. Um forte abraço aos nossos pacientes pais e à confiança que em nós depositam, às nossas famílias e amigos e a todos aqueles que compraram e ouvem este CD. www.azeituna.pt www.myspace.com/azeituna25paus mail@azeituna.pt
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
Percursos Dá-me Lume Suevos Bairro do Oriente Caminhos d’Água Asa Branca No Teu Poema Brejeiro Rancho Fundo Só Gosto de Ti Nini dos Meus 15 Anos Fascinação Luso-Galaico-Celta As Sete Mulheres do Minho Maria Papoila Adeus que me Vou Embora
EMTCD137/09