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Propostas de atividades 1
1) Tema: O universo das HQs relacionado com prosa romanesca e cinema.
(EM13LP51) Selecionar obras do repertório artístico-literário contemporâneo à disposição segundo suas predileções, de modo a constituir um acervo pessoal e dele se apropriar para se inserir e intervir com autonomia e criticidade no meio cultural.
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(EM13LP54) Criar obras autorais, em diferentes gêneros e mídias – mediante seleção e apropriação de recursos textuais e expressivos do repertório artístico –, e/ou produções derivadas (paródias, estilizações, fanfics, fanclipes etc.), como forma de dialogar crítica e/ou subjetivamente com o texto literário.
Conteúdo: Apresentação das histórias em quadrinhos enquanto forma específica de expressão artística compreendida e comparada com formas literárias em prosa e formas cinematográficas.
Objetivos: Capacitar alunos para a compreensão das histórias em quadrinhos como forma e gênero artístico que possui uma especificidade expressiva, e para a distinção entre esta forma e a especificidade das formas narrativas em prosa, bem como das formas cinematográficas.
Justificativa: A forma de composição de obras ficcionais a partir de história em quadrinhos representa uma forma de comunicação de massa amplamente difundida e profundamente consolidada em termos de penetração popular. Neste sentido, sob um primeiro olhar, não há grandes desafios em propor que se leia uma obra escrita no formato de história em quadrinhos para educandos. Em boa medida, a maior parte destes jovens já se familiarizaram com sua estrutura de composição, suas convenções básicas de apresentar personagens, espaços, temporalidades e dinâmicas de enredo.
No entanto, tal como acontece com a maior parte dos temas relacionados à conversas e discussões sobre obras de arte e apreciação de escrita literária, dificilmente alguém gastou alguns minutos refletindo sobre como estes elementos estão dispostos em termos de consolidação da forma específica em que este material é consumido. Não é muito diferente do que se passa quando se tenta discutir um romance ou um poema narrativo. Ao perguntar sobre as impressões sobre um livro como, digamos, Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, alguns dirão que acharam o personagem Leonardo Pataca engraçado e divertido, enquanto outros poderão acha-lo cruel e irresponsável; alguns poderão achar o enredo dinâmico ao ponto de não poder largar o livro, e outros acharão uma chatice sem fim. Independente destas posições, é muito fácil esta conversa ser desfiada esquecendo-se que a forma lidada é a de um romance, assim como é deixado de lado a consciência sobre quais elementos da leitura são específicos dessa forma artística.
Pois bem, a mesma preocupação pode estar presente quando se discute uma história em quadrinhos com estudantes em sala de aula. Tanto uma revista em quadrinhos quanto um romance dispõem narrativas que se constroem a partir de enredo, foco narrativo, personagens, linguagem contextual e variedade de recursos de narração. E por terem estes elementos em comum, ambos também podem trazer grandes questões a partir de problemas da natureza do material fictício, do papel do leitor e da importância e maneira de emitir juízos de valor. Cabe ao professor atentar e enfatizar o fato de que ao se discutir estes elementos, se está assimilando construções formais comuns à prosa literária, assim como ao cinema de ficção.
Metodologia: Numa primeira rodada de conversa, é possível que muitas de algumas das mais célebres HQs de super-heróis sejam mencionadas, como Homem-Aranha, Batman, e X-Men. Talvez seja da predileção de alguns as revistas derivadas de tirinhas humorísticas e espirituosas como Calvin, Asterix, Turma da Mônica ou até mesmo a obra da Laerte ou a Mafalda de Quino. Pode ser que na sala de aula já se possa encontrar aficionados do gênero, havendo citações de obras consideradas de grande maturidade da forma, como as de Alan Moore ou Neil Gaiman (nunca se deve subestimar as possibilidades de contato dos estudantes com uma forma artística tão diversa e tão massificada!). Ao propor esta atividade, que pode ser das mais descontraídas, é importante que se incentive nos alunos:
- A compreensão e consciência sobre o amplo leque de possibilidades sobre a variação de formas de contar histórias e de apresentar gêneros narrativos. Por mais que alguém goste de tirinhas concebidas por Maurício de Souza e não aprecie tiragens limitadas da Marvel, é importante que se articule e enuncie esta diferenciação a partir de elementos das obras levadas em conta pelos alunos.
- A reflexão sobre os conteúdos das obras citadas na atividade. São muito bem-vindas perguntas simples como “por que você gosta dessa HQ?”, ou “por que você não gosta desse personagem?”. Aqui o educador também é um facilitador no convite para que os alunos elaborem sobre o próprio gosto, ainda que seja uma fase inicial da conversa sobre forma proposta em sala de aula. Desta forma os alunos se sentirão incentivados a lidar com a obra a ser lida em sala de aula como uma continuidade da fruição estética que já trazem tida como hábito extra-escolar. No entanto, não se deve deixar de levar em conta que se trata agora de uma discussão compromissada e não um mero momento de lazer.
- A compreensão da existência de um alto nível de informação em diferentes gêneros de histórias em quadrinhos, com elemen-
tos passíveis de serem absorvidos e discutidos em sala de aula. O próprio conhecimento do educador sobre a forma será de grande proveito nessa questão, pois é deste material que informações são constantemente absorvidas e assimiladas à própria linguagem dos educandos.
Ao longo desta atividade, uma clássica comparação que poderá ser feita é sobre a relação entre histórias em quadrinhos e a forma do cinema. É muito possível que alguns alunos terão chegado ao universo das HQs tendo como primeiro contato com personagens célebres através de obras cinematográficas. Será de grande proveito enfatizar as proximidades entre estas formas, ambas de natureza primordialmente visual, dependendo de imagens para fazer narrativas progredirem, mas também concebendo o cinema como dependente de elementos de natureza diversa, como o som para o cinema e o texto escrito para os quadrinhos.
Ao estabelecer esta relação, porém, é de grande importância enfatizar que estes meios não são idênticos. Ao assistir um filme, o espectador toma uma atitude muito mais passiva do que quando alguém lê uma revista em quadrinhos. Quando uma cena de filme se encerra, obrigatoriamente se assistirá a sequência seguinte, não sendo mais possível revisitar o trecho passado quando assistido no cinema. É desta forma que o diretor organiza o ritmo da recepção de seu público, fruindo da obra em plena passividade. Histórias em quadrinhos, por outro lado, cobram do leitor uma atitude ativa, não muito distante da leitura de um romance em prosa. Pode-se ler uma página em alguns segundos, ou pode-se contemplá-la por muitos minutos a fio, sendo da escolha do leitor o ritmo da experiência de apreciação. Um grau maior de interatividade e compromisso é cobrado dos leitores de HQ e estas diferenças não podem ser perdidas de vista nesta conversa introdutória.
Tempo estimado: Duas aulas de 50 minutos.
2) Tema: As especificidades da forma HQ.
(EM13LP46) Compartilhar sentidos construídos na leitura/escuta de textos literários, percebendo diferenças e eventuais tensões entre as formas pessoais e as coletivas de apreensão desses textos, para exercitar o diálogo cultural e aguçar a perspectiva crítica.
(EM13LP54) Criar obras autorais, em diferentes gêneros e mídias – mediante seleção e apropriação de recursos textuais e expressivos do repertório artístico –, e/ou produções derivadas (paródias, estilizações, fanfics, fanclipes etc.), como forma de dialogar crítica e/ou subjetivamente com o texto literário.
Conteúdo: Apresentação de elementos estruturais e estilísticos específicos da forma artística história em quadrinhos a partir do desenvolvimento de conhecimentos prévios do contato com esta forma.
Objetivos: Capacitar os alunos para a identificação e articulação de elementos estruturais e estilísticos específicos da forma história em quadrinhos, bem como romper com prévias ideações sobre a oposição entre arte elevada e arte de menor valor em relação a outras formas artísticas, como o romance moderno. Espera-se que com esta aula os alunos tenham os instrumentais necessários para ler uma história em quadrinhos conscientes da linguagem específica desta forma
Justificativa: Num momento prévio à leitura da obra em questão, se tem uma boa oportunidade de quebrar preconceitos antigos sobre os quadrinhos como uma cultura menor e as obras romanescas em prosa como necessariamente fonte de elevação por mera convenção do gênero literário. Romper este preconceito é uma forma de furar o bloqueio da intimidação que os grandes nomes da literatura podem fazer recair sobre jovens leitores.
Metodologia: Propor, seja em duplas ou individualmente, em discussão ou por escrito, que os próprios alunos façam uso de seu conhecimento prévio sobre a forma em quadrinhos e elenquem quais elementos desta forma se diferem de um romance em prosa. Conforme diferentes recursos técnicos são elencados, poderão ser reunidos na lousa, como balões de diálogo, caixas de narração, quadros sequenciados, balões de pensamento, onomatopeias ou imagens.
- A partir dessa decomposição, que pode ter maior ou menor amplitude dependendo do que é reunido pelos estudantes, usar um exemplo que concentre uma sequência de três quadrinhos. Pode ser tirado do próprio livro que este manual introduz!
- Proponha que, em duplas ou individualmente, se discuta e se coloque por escrito o que acham que está acontecendo na sequência de três imagens, independente dos balões de diálogo. É a oportunidade de encorajar que refinem e reflitam sobre o plano icônico e imagético dos quadrinhos independente do plano textual. Peça que cada dupla ou aluno individual leia o que redigiram. Nas orientações desta atividade, as seguintes ênfases podem ser dadas: Peça que relatem o que está acontecendo; que articulem como eles sabem disso; que digam como a sequência de imagens faz com que se sintam em relação aos personagens ou situação apresentada, e por quê sentem-se assim; que descrevam como os personagens se sentem, e que justifiquem a elaboração da resposta com elementos presentes nos quadrinhos.
A partir do material fornecido pela discussão, uma série de elementos serão levantados para se esmiuçar a especificidade da forma de histórias em quadrinhos. Poderá ser sublinhada a importância da linguagem corporal e expressões faciais de personagens desenhados. Poderá ser discutido como imagens estáticas por si só podem contar histórias e, ao dispô-las em sequência, como uma progressão de conteúdos narrativos acontece. Será também uma oportunidade de discutir o papel das cores, quando são vivas, quando são neutras, ou até mesmo ausentes, trazendo ênfase para a consciência das escolhas artísticas das composições cromáticas dos quadros. Se poderá discutir a função da combinação entre linguagem verbal e imagética, entendendo-as como inter-relacionadas seja por complementariedade, seja por contradição (o que o personagem diz pode não ser condizente com o que é mostrado pelo quadro). Assim, se poderá apresentar os elementos básicos da construção narrativa em quadrinhos não a partir de exposições teóricas, mas da articulação da prática interpretativa sobre o material em questão. Esta consciência da forma artística poderá ser trabalhada a partir de conhecimentos que os alunos já possuem!
Tempo estimado: Uma aula de 50 minutos.
3) Tema: A relação da forma literária em prosa com a linguagem dos HQs.
(EM13LP51) Selecionar obras do repertório artístico-literário contemporâneo à disposição segundo suas predileções, de modo a constituir um acervo pessoal e dele se apropriar para se inserir e intervir com autonomia e criticidade no meio cultural.
Conteúdo: A especificidade da atividade de leitura e a necessidade do uso da imaginação do leitor para o bom aproveitamento do material fruído esteticamente na forma histórias em quadrinho e a diferenciação dos mesmos elementos para relacionar-se com a escrita em prosa.
Objetivo: Capacitar os alunos para o exercício ativo e progressivo do exercício da imaginação para ir além dos elementos dispostos nos quadrinhos, bem como saber diferenciar ativamente a forma do exercício imaginativo para a fruição de textos em prosa.
Justificativa: Um dos elementos básicos a se levar em conta ao tratar da forma história em quadrinhos é a fixidez da narrativa, em que momentos-chave da história são revelados pela expressão visual e outros são deixados a cargo da imaginação do leitor. Neste sentido, os estudantes são constantemente convidados a pensar quando leem histórias em quadrinhos, complementando na imaginação o que não está expresso em composição gráfica.
Uma forma clássica do uso de histórias em quadrinhos em sala de aula em que estas facetas são exercitadas é quando o professor fornece uma tirinha qualquer e pede que os alunos completem os balões de diálogo em branco de forma que o conteúdo do texto verbal se harmonize com o que foi apresentado visualmente como ação narrada.
Este precedente tão comum sobre o uso desta forma em sala de aula pode ser aproveitado para refletir sobre o sentido da adaptação de um meio artístico para outro. Dentro das possibilidades expressivas que se compõem num livro de histórias em quadrinhos, se pretende refletir sobre a compreensão da relação de adaptações como tradução de uma determinada forma de construir códigos simbólicos narrativos para outro, sem que a passagem da linguagem verbal para a icônico-textual seja vista como redução, limitação ou perda de complexidade.
Metodologia: A partir de uma página ou coluna de histórias em quadrinhos, propor que se escreva em sala de aula um parágrafo que narre em prosa o material visual e textual em forma de HQ.
O professor poderá justamente incentivar que o estudante complete com o uso da imaginação e organizando em forma de texto em prosa o que é apenas sugerido e não explicitado pelo material gráfico. Com o resultado do exercício feito pelos alunos, se terá a oportunidade de apontar como muitas linhas podem ser resumidas numa única unidade visual, um único quadro da HQ, ou como o contrário também vale, ou seja, como uma frase curta, ou um parágrafo de poucas linhas, ao omitir detalhes, pode resumir o conteúdo de uma página com 12 ou mais quadros. Desta feita, se terá claro e em termos práticos o que se deve ter em mente ao se levar em conta a leitura de uma adaptação de um meio para outro, que no fundo não é nada mais e nada menos que a tradução de um código expressivo (texto em prosa) para outro (HQ).
Tempo estimado: Uma aula de 50 minutos.
4) Tema: A identificação do estatuto de narrador não-confiável machadiano na adaptação em quadrinhos de O Alienista.
(EM13LP48) Analisar assimilações e rupturas no processo de constituição da literatura brasileira e ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e análise de obras fundamentais do cânone ocidental, em especial da literatura portuguesa, para perceber a historicidade de matrizes e procedimentos estéticos.
(EM13LP49) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura.
Conteúdo: As escolhas estilísticas e artísticas que compõem o narrador não-confiável na adaptação em quadrinhos de O Alienista.
Objetivos: Incentivar nos alunos e capacitá-los para a identificação dos diversos recursos estilísticos, retóricos e pictóricos da construção narrativa machadiana na adaptação em quadrinhos de O Alienista.
Justificativa: Tendo familiarizado os educandos com as questões sobre as especificidades da forma história em quadrinhos e suas diversas dimensões e possibilidades de composição em termos de construção narrativa, se tornará proveitoso enfatizar quanto destes recursos foram aproveitados para a adaptação de O Alienista. Após a leitura do livro em HQ, certas escolhas artísticas e soluções de representação podem chamar atenção. Não são abundantes o uso de diálogos em balões, pois são as caixas de narrador onisciente que estão sempre conduzindo a progressão do enredo. Por vezes, os quadrinhos parecem muito mais compor uma ilustração do que a narração diz do que pautar uma progressão dinâmica de ações dramáticas de personagens em colisão “empurrando a trama”. Esta
relação é uma marca da prosa machadiana, aqui colocada nas caixas de narração, que não se refere diretamente aos acontecimentos, mas pela referência a terceiros.
A prosa de O Alienista é organizada a partir de um narrador onisciente, estabelecido em terceira pessoa, mas que coloca como mediador de suas colocações uma série de fontes que trazem ao relato elementos de parcialidade. Em diversos momentos se faz referência aos “cronistas itaguaienses” do período joanino, que sempre estão ou em consenso ou em divergência sobre as versões dos fatos narrados. Também não se apresenta com precisão os anos em que a trama se passa. Por vezes o narrador se baseia em sínteses de opiniões divergentes, o que torna os eventos narrados versões do que pode ou não ter ocorrido, por vezes toma como ponto de passagem da trama elementos de disse-me-disse entre os congêneres opinando sobre as diversas mudanças na ordem e desordem municipal de Itaguaí.
Ora, com estes diversos elementos de mediação se torna difusa a verdade sobre o que é narrado em pontos específicos sobre o que firma relações de fidelidade e compromisso entre os personagens, o que é elogio oportunista ou o que é juízo formulado pelo medo da autoridade científica do alienista Bacamarte e o que é convicção política real. Estes elementos que espalham pequenos buracos e manchas na integridade dos diversos personagens e eventos milimetricamente colocados com destreza artística na evolução da narrativa são os traços estilísticos da narrativa machadiana que permitem atestar a não-confiabilidade do narrador. É preciso, portanto, enfatizar aos leitores os recursos estilísticos que pautam um distanciamento reflexivo por trás das escolhas artísticas na narrativa e seus efeitos sobre o leitor.
Metodologia: Com os alunos divididos em pares ou em trios, apresente os dois quadrinhos dispostos na página 25. Proponha que debatam e reflitam o sentido dos dois momentos da narrativa
colocados em cada quadro. Enfatize como elementos a serem levados em conta: O contraste das opiniões entre a “opinião que pegou” sobre a internação dos “desequilibrados” na Casa Verde como um “cárcere privado” e a opinião dos “cronistas do tempo”; o contraste entre as formas de desenhar e apresentar a fisionomia dos personagens retratados, a diferença de ângulo de exposição, de uso de cores e a relação da imagem com o texto, o que as imagens complementam e que não está apresentado textualmente e o que elas reiteram. Motive os alunos a pensarem o que estas informações em contraste e os pontos de vista apresentados pelo narrador revelam sobre a situação da cidade e sobre os personagens D. Evarista e Simão Bacamarte. Proponha que escrevam ou coloquem para toda a sala as conclusões a que chegaram
As diversas opiniões sobre estes dois personagens apresentados ao longo de toda a narrativa podem ser discutidas a partir desta página. A questão a ser enfatizada é a narrativa estruturada em “disse-me-disse”. A realidade não é absorvível de maneira objetiva, pois Machado se distancia dessa dimensão. A figura do narrador não confiável é um recurso que cria diferentes perspectivas para trazer a dúvida na composição formal da narrativa. Assim, se enfatiza o convite à reflexão por trás do questionamento, que permite ver e perceber coisas novas naquilo que está sendo dito ou desdito.