Jornal do Centro - Ed458

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UM JORNAL COMPLETO

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DIRECTOR

Pedro Costa

> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > NEGÓCIOS > DESPORTO > CULTURAS > SAÚDE > RESTAURANTES > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR

Se Semanário 23 de Dezembro de 2010 2 Q Quinta-feira A Ano 9 N.º 458

1,00 Euro (IVA 5% incluído)

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

|Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·redaccao@jornaldocentro.pt·www.jornaldocentro.pt|

Pobreza dói ainda mais neste

Natal Região Jorge Carvalho deixa Feira de S. Mateus ao fim de 26 anos

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página 10

∑ As diferenças entre o Natal rico e o Natal pobre são cada vez mais. O Jornal do Centro entrevistou duas famílias que confirmam as desigualdades. ∑ Fernando Ruas encontrou prisão de Viseu com mais reclusos e reclusos mais jovens. ∑ Câmara de Viseu aumentou para 500 o número de cabazes distribuídos a famílias do concelho. ∑ Empresas e instituições uniram-se na recolha de mais bens alimentares e menos brinquedos. | páginas 6 e 7

Viseu Agrupamento Grão Vasco entre os primeiros quatro do país com “muito bom” página 10

Negócios Primeira ourivesaria do país com venda online surge em Mangualde página 16

Televisão por cabo e internet Regiões TV com uma hora diária sobre Viseu, vés de u ma a partir de Janeiro, através uma parceria com Videomatriz riz e Ediestudio página 8


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Jornal do Centro 23 | Dezembro | 2010

praçapública palavras

rÉ com vinho que celebramos os bons momentos da vida”

rPrecisamos de imaginação para vender vinho”

deles Marinho Pinto

Arlindo Cunha

Bastonário da Ordem dos Advogados (Cermónia de entronização da Confraria dos Enófilos do Dão, 18 de Dezembro)

Presidente da Comissão Vitivinicola regional do Dão (Cerimónia de lançamento de novos vinhos, na União das Adegas Cooperativas do Dão - UDACA, 17 de Dezembro)

Visão reduzida

Bilhete Postal

Acácio Pinto Deputado do PS aspinto@ps.parlamento.pt

Viseu e Tondela poderão assim ter uma política de cuidados de saúde integrada”

Opinião

António Vilarigues anm_vilarigues@hotmail.com

Alguns elementos do PSD mais profundo insurgiram-se, a semana passada, contra a criação, pelo Governo, do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, pese embora esta criação corresponda aos objectivos estratégicos que qualquer política de saúde prosseguirá a médio prazo. É evidente que esta nova unidade mais não é do que a tradução jurídica de uma parceria que já estava a funcionar de facto. Viseu e Tondela poderão assim ter uma política de cuidados de saúde integrada e potenciar aquelas que são as mais-valias de cada uma das duas unidades hospitalares a nível de consultas, de internamento e de cirurgias. Só uma visão redutora e que não abrange para além das fron-

teiras do concelho pode vir invocar seja o que for para contestar esta medida. Aliás, este tem sido um posicionamento demasiado comum do PSD distrital. Dar tiros em tudo aquilo que mexe sem qualquer avaliação minimamente séria. Se vêm investimentos para o Distrito, critica-se; se se melhora a rede de unidades de saúde, critica-se; se se requalifica a rede de escolas, critica-se… Enfim… e depois quando se trata de decidir nos fóruns parlamentares aprovam o contrário daquilo que defendem em e para Viseu… NOTA: Bom Natal e um feliz 2011 para todos os leitores e colaboradores do Jornal do Centro.

rO dossier da

auto-estrada ViseuCoimbra fazia um filmezito, se calhar, de ficção científica”

Fernando Ruas Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (Comentário à saída de Carlos Encarnação, de presidente da Câmara Municipal de Coimbra, 21 de Dezembro)

rMais chocante

do que a pedinchice organizada, é haver reformados da função pública que vão comer à Segurança Social e ainda levam marmitas para a Vieira família” Carlos Dirigente da associação “Olho Vivo” (Jornal de Notícias, 16 de Dezembro)

Que seja NATAL, mesmo.

João Carlos Figueiredo Deputado do PSD joao.figueiredo@psd.parlamento.pt

Neste período natalício que nos convida ao reforço dos laços de solidariedade, fraternidade e amor ao próximo, o meu pensamento não se consegue dissociar de algumas situações que nos envergonham enquanto País. Nesta época, é impossível ficar indiferente aos mais de 300 mil portugueses que passam fome, aos mais de 600 mil desempregados que se sentem privados de uma fonte de subsistência e aos milhares de idosos que, ultimamente, se viram perante um dilema chocante: ou compram medicamentos ou compram comida. Não se pode acreditar que todos terão um Natal Feliz quando a “solidariedade vigente” impli-

ca cortes nos abonos de família ao mesmo tempo que se mantém, teimosamente, a construção do TGV. Só será Natal quando existir uma verdadeira consciência e preocupação social, indubitavelmente, por quem está no comando dos destinos do país. Mas como isso nunca irá acontecer, desejo que por estes dias, pelo menos, subsistam sentimentos de compaixão, partilha e misericórdia cristã da parte de família e amigos, junto daqueles que pouco ou nada têm. O Natal só será pleno, se soubermos, olhar para o nosso lado e colocarmos em prática a mensagem de Esperança que o nascimento de Jesus Cristo nos trouxe.

A “solidariedade vigente” implica cortes nos abonos de família ao mesmo tempo que se mantém, a construção do TGV”

Salários O desemprego em Portugal bate todos os recordes absolutos e relativos. Em termos restritos ultrapassou a barreira dos 600 mil desempregados, o que representa uma taxa de 10,9 por cento. Em sentido lato, atingiu no final do 3º trimestre os 761.500 desempregados, isto é, uma taxa efectiva de 13,5 por cento. Sublinhe-se, mais uma vez, que 40 por cento destes desempregados não recebem subsídio de desemprego. O que, desde logo, contraria a tese dos “malandros que não querem trabalhar”. Face a esta realidade o que faz o Governo (e o PSD, e o CDS/PP) para a combater? Responsabilizam o trabalho, os trabalhadores e os seus salários e os seus direitos pelo fraco crescimento da economia e pelo saldo negativo na criação de emprego. Reduzem salários. Diminuem ou anulam prestações sociais como o abono de família e o subsídio de desemprego. Aumentam impos-

tos, sobretudo o mais «cego» de todos – o IVA. Recusam-se a tributar o grande capital. Como salientam os comunistas, a crise actual é um caso clássico de recessão na procura. É o subconsumo relativo das pessoas que explica a actual crise. As reduções de salários e os apelos para reduzir ao mínimo o estado social têm como consequência óbvia o aprofundar da crise. O rendimento dos trabalhadores é o factor chave para gerar a riqueza nacional de um país. Os baixos salários são um entrave ao desenvolvimento económico. O salário é um elemento base do equilíbrio económico: só se produz e só se vende o que os salários podem comprar. No nosso país as remunerações dos trabalhadores representam apenas 26,1 por cento dos custos de produção das empresas. No caso dos ramos exportadores esse peso é, em média, de apenas 15,5 por cento.

Se queremos reduzir os custos das empresas e melhorar a competitividade da economia portuguesa a solução não passa, como é evidente, pela diminuição dos salários. Mas sim pela redução dos custos que o grande capital financeiro impõe ao conjunto do sector produtivo, em particular às PME. Sejamos claros: o problema do desemprego (ou do défice das contas públicas, ou da dívida externa) não se resolve sem o aumento da produção nacional, do seu desenvolvimento e qualificação. Esta é a questão nodal que está subjacente a todos os outros problemas que o país enfrenta. E que é necessário resolver com urgência. O que tor n a i mperat ivo e u rgente a concretização de um caminho alternativo e de ruptura com a política de direita de desastre e de ruína nacional que tem vindo a ser seguida.


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 23 | Dezembro | 2010

90 números

Os estabelecimentos prisionais de Viseu (Bairro Municipal e Vila Nova do Campo) têm nesta altura 90 reclusos. A maioria dos detidos são jovens entre os 20 e os 30 anos. Na visita natalícia, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas constatou que o número de reclusos aumentou e há um número significativo de jovens em prisão preventiva.

Importa-se de responder?

estrelas

Sérgio Gorjão Director do Museu Grão Vasco

Amadeu Gouveia

No espaço de 14 meses Amadeu Gouveia ofereceu duas ambulâncias novas, equipadas com o mais moderno equipamento de suporte básico de vida, aos Bombeiros Voluntários de Mortágua, no valor de cerca de 100 mil euros. A segunda viatura foi entregue no domingo, no quartel dos Bombeiros e Amadeu Gouveia confessou que fazia questão que fosse a sua prenda de Natal. Um gesto de quem sabe partilhar.

Inês Campos Directora do Agrupamento de Escolas Grão Vasco

Que significado tem para si o Natal? O Natal é a festa da entrada de Deus na História da Humanidade. Muito para além do facto cultural, que nos fascina com a sua magia, para mim o Natal é um encontro muito particular com Jesus que se me entrega esquecido de si, do seu conforto... O presépio continua a encantar-me, mas é sobretudo um desafio para que eu me entregue ainda mais à causa pela qual Deus veio do Céu à terra: a salvação eterna de todos.

Geraldo Morujão

É um tempo de envolvência familiar e social, mas tem uma carga muito pesada para nós médicos porque a população está cada vez mais idosa e exige mais cuidados. Nesta altura [nos hospitais] a patologia do doente é mais profunda porque as pessoas estão até ao limite da sua resistência para viver o Natal com a família e vêm em piores condições. A mensagem que deixo é para se dar carinho e compreensão às pessoas mais idosas. Para além das diMário Alves ficuldades da vida, têm este défice. Médico

Padre/Capelão do Instituto Politécnico de Viseu

Por causa da minha profissão o Natal tem para mim um seginificado diferente do que aquele que terá para a população em geral. Normalmente estou a trabalhar e só por isso já encaro esta época de outra forma.

O Pai Natal deixa sempre a mensagem de que o Natal é o simbolo da união das pessoas, e de que no mundo devia haver paz e amor entre todos para sermos felizes. Infelizmente, há cada vez mais ricos e mais pobres e, este ano, a quantidade de pobres que se vê é preocupante. Por isso eu digo que a mensagem devia ser reforçada, para ver se a sociedade muda. Eduardo Carvalho

Nélson Sousa

Pai Natal

Agente da GNR

F editorial

Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

O Agrupamento de Escolas Grão Vasco, de Viseu faz parte do grupo restrito de quatro agrupamentos do país que obtiveram a classificação de “muito bom”, numa avaliação da Inspecção-Geral de Educação que englobou 300 escolas. Trata-se de uma classificação signficativa.

O Museu Grão Vasco, em Viseu recebeu, até final de Novembro mais 20 por cento de visitantes, comparativamente a 2009 (76.516 pessoas). A direcção do Museu considera que este aumento se deve ao facto de, durante 2010, se terem realizado diversas actividades que têm chamado mais visitantes portugueses e estrangeiros. Sendo essa a principal causa, a programação está no bom caminho.

Pessoas iguais. Natal diferente O país está mais pobre do que nunca, porque está a viver uma das piores crises de sempre. Uma crise social, uma crise económica, uma crise política e uma crise de valores. Agora vêm as assimetrias. Portugal continua a ser dos países europeus que mais gasta em prendas. Há quem gaste para cima de mil euros em ofertas de Natal e há aqueles que não têm sequer dinheiro de sobra para uma lembrança. O Jornal do Centro tentou perceber esta semana até que ponto esta teoria, há muito relatada por sociólogos e especialistas na área, corresponde à realidade no terreno.

Infelizmente é mesmo assim. Uma família da chamada classe média ou média alta ainda coloca a crise de lado e “investe” no Natal a consumir o essencial e o resto. O resto, que se transforma em restos muitas vezes desperdiçados. Já uma família carenciada a viver com pouco mais do que um ordenado mínimo, até gostava que não houvesse Natal para não sentir a dor de ver os filhos a pedirem o que o orçamento não permite oferecer. Dar o que se tem a mais a quem tem a menos, é talvez das mensagens mais antigas ouvidas por altura do Natal ou em épocas

em que a chama da solidariedade está mais acesa. Mas não passa disso mesmo. Da política à religião, todos caem na tentação de o pregar sem que a mensagem tenha reflexos, muito embora o ano seja atípico e o país parece estar mais solidário e mais atento às desigualdades e aos problemas pelos quais estão a passar muitas famílias. Pegando na mensagem do Pai Natal também escrita nesta edição do Jornal do Centro, devemos aproveitar este Natal para reflectir sobre o número de pobres que está a aumentar no país e, pelo menos, não desperdiçar.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Director Pedro Costa C.P. n.º 1464 pedro.costa@jornaldocentro.pt

Redacção (redaccao@jornaldocentro.pt) Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

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Jornal do Centro 23 | Dezembro | 2010

E enganam-se por unanimidade

Chegámos ao final de 2010 bem melhor do que ilustres analistas da nossa praça, Comissão Europeia, Banco de Portugal - entre outros personalidades e instituições - e, claro, a oposição, em uníssono, profetizaram. Enganaramse, portanto, por unanimidade. Isto deJosé Junqueiro monstra mesmo que uma maioria de Secretário de Estado da Administração Local opinião não é uma maioria de razão. E josejunqueiro53@gmail.com passo a justificar. O flagelo do desemprego entre nós, europeus, é uma realidade e um problema gravíssimo cuja solução nos deve mobilizar a todos. O caminho a seguir é o do aumento da produtividade, da Uma coisa é dinamização económica, do incremencerta: eu vejo to das exportações, da diminuição da despesa e do desperdício, da aposta que o “rei vai nu” e que todos, tecnológica e investimento na formação dos nossos recursos humanos. como referi E tudo acontece se formos capazes de no início, se criar mais auto-estima, confiança entre enganaram por os consumidores e os agentes econóunanimidade” micos e estabilidade nos trabalhadores. Convém, por isso, reflectir sobre os elementos quantitativos e qualitativos que nos habilitam a percorrer este caminho. Por um lado, o crescimento português será quatro vezes superior às previsões da Comissão Europeia de Durão Barroso e as nossas exportações superam as expectativas da mesma fonte,

no triplo. O défice comercial externo é o mais baixo desde 2004 e as encomendas à indústria foram as maiores desde Setembro de 2008. Soubemos esta semana que a diminuição do défice para 7,3 por cento é uma realidade consolidada, facto que confirma a previsão do Governo e exprime competência na sua acção. Somos, portanto, um país com indicadores muito positivos que ratificam a estratégia para a Estabilidade e Crescimento. Por outro lado, o reconhecimento internacional, a partir da mesma base de avaliação, do progresso “surpreendente” em matéria de educação, da qualidade das políticas de imigração, da acessibilidade das crianças aos cuidados de saúde, da liderança nas energias alternativas, bem como nas políticas de desburocratização e simplificação, ou ainda uma balança tecnológica dinâmica, com saldo positivo, são outros tantos exemplos de como, qualitativamente, evoluímos nos últimos anos. Desvalorizar estes resultados já não é fazer oposição ao Governo, nem ser parte da solução, é, pelo contrário, fazer oposição ao país e ser parte do problema. Em 2009 foi um erro as previsões para 2010 terem sido sempre “tremendistas”, porque facilitaram a vida aos especuladores, às agências de “rating”

e ao sistema financeiro. Continua a ser um erro adoptar a mesma atitude para 2011 “decretando” uma recessão, tal como tinha sido feita para 2010, apesar de todos estes indicadores de confiança. Quem fez desta atitude uma profissão ou uma estratégia política para chegar ao poder terá as suas razões, defenderá os seus interesses, mas não defende nem as razões, nem os interesses de Portugal. Para além deste esforço derrotista contra o país, ex-governantes das finanças, sobretudo a totalidade dos de Cavaco Silva, Durão Barroso e Santana Lopes, convém lembrar, que com eles e com actual Presidente da República, enquanto primeiro-ministro, os seus governos e as suas magistraturas acabaram sempre em crise: défices acima dos 7,5 por cento, desemprego a rondar o meio milhão, centenas de milhares de salários em atraso, bandeiras negras nas janelas e nas ruas, e milhares de empresas na falência. Sim, estes factos serão politicamente incorrectos, parece ninguém querer falar deles, mas uma coisa é certa: eu vejo que o “rei vai nu” e que todos, como referi no início, se enganaram por unanimidade. Votos de bom Natal e feliz 2011

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Opinião

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Semanário Sai às sextas-feiras Membro de: Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesa de Imprensa União Portuguesa da Imprensa Regional

O Governo não tem plano, não tem rumo nem estratégia. Parece, telecomandando por Bruxelas”

Emprego como Prenda Há uma realidade que assola cada vez mais famílias: um drama chamado desemprego, que, independentemente do sucesso das medidas ditadas pela Europa, FMI, ou pelo actual Governo, está longe de entrar na sua curva descendente. Não há ainda números do último trimestre de 2010, mas os que existem confirmam que estamos perante o maior número de desempregados desde que há registo: 600 mil desempregados, ou 11%. Se reduzir umas miseráveis décimas, ouviremos o primeiro-ministro dizer que são números animadores; se aumentar, dirá a oposição que são aterradores. O desemprego é o maior problema que iremos enfrentar - para a estabilidade politica, para a paz social, para o sentimento de confiança e segurança da população. A melhor ajuda, o melhor subsídio que se pode dar a um desempregado é outro emprego. Falo, claro está, para aqueles que têm o trabalho como um valor, e não para aqueles que vivem do uso abusivo e imoral do subsídio de desemprego, ou do rendimento mínimo como um pagamento ao seu exercício da preguiça. O Governo podia concentrar-se na economia, na criação de riqueza, no apoio às empresas. Porém, como sempre, o Governo não tem plano, não tem rumo nem estratégia. Parece, antes, telecomandando por Bruxelas: sempre que vai a Bruxelas, regressa com uma

espécie de mapa da mina, com medidas milagrosas para ajudar a nossa economia. Da última vez que lá foi, o Governo trouxe mais uma mezinha milagrosa para aumentar a produtividade da nossa economia: flexibilizar o Código do Trabalho, apesar de nem sindicatos nem patrões se mostrarem convencidos com a descoberta. O governo foi, mais uma vez, igual a si próprio: “duro como a gelatina”. Na discussão do orçamento, Teixeira dos Santos garantia que não haveria alterações à lei laboral; na semana seguinte, o Comissário Europeu felicitava Portugal pelas alterações nessa área, o que obrigou a um desmentido do gabinete do Primeiro-ministro, para, dias depois, o próprio e a Ministra do Trabalho virem admitir dinamizar o Código do Trabalho, embora sem dizer como. É obvio que é sempre possível melhorar o Código Laboral, de molde a contribuir para a criação de emprego, garantindo os direitos dos trabalhadores e dos patrões. Mas esta discussão fica para quando o assunto for discutido seriamente, embora seja verdade que a riqueza não se cria só pelo lado dos custos, sendo necessário estimular os proveitos das empresas, principalmente para os bens transaccionáveis com suficiente valor para serem exportados. Para isso, o Governo não deve inventar: deve controlar o seu despesismo, libertando financiamento à banca e às em-

presas. Já não há espaço para experiências: é preciso ter um rumo, e coragem para percorrer um caminho difícil, mas possível. Se assim não for, o País verá muitos jovens trilharem o caminho da emigração, como no passado. Só que desta vez é de mão-de-obra qualificada que se trata, pois quem emigra hoje tem mais formação e qualificações, que são decisivas para ajudar o País neste momento difícil. Odesempregoeassuasconsequências vão exigir o melhor de cada um de nós. Este Natal, mais do que nunca, deveria ser o Menino Jesus, e não o dos Centros Comerciais e do consumismo inconsciente. Teria a utilidade de despertar para a pobreza e para as dificuldades que são já mais visíveis. E também a pobreza assume hoje contornos bem diversos: ser pobre hoje não significa apenas ter recursos suficientes e escassos, é superar também outras dificuldades - a falta de emprego, a precariedade que afecta muita da classe média, a solidão, a falta de qualificações, e outras formas de exclusão, ou ainda a falta de oportunidades. Precisamos de inspiração, e de pensar positivo. Parece-me, por isso, errado que em vez de um fundo para a criação de emprego se aposte num fundo para o desemprego. Espero que o sapatinho traga prendas que verdadeiramente interessam. Um Santo Natal para todos.



Jornal Jo orn rnaall do do Centro Ce Ce ent nttro n

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23 | D 23 Dezembro eezze eze zem zembr mb mbr br bro | 220 2010 010 10

abertura

texto ∑ Emília Amaral / Tiago Virgílio Pereira rquivo fotografia ∑ Nuno Ferreira/Arquivo

Pobreza dói mais neste Natal “Este Natal dê o que tem a mais a quem tem a menos”. O slogan fez parte de uma campanha solidária da EDP, em 2009. Depois de um contacto directo com a realidade do dia-a-dia das comunidades locais, a mensagem passa a fazer ainda mais sentido. Em tempo de Natal, o Jornal do Centro dedicou a

semana a “olhar” para a solidariedade das empresas e das instituições. Numa época particularmente difícil, face à crise que o país atravessa, a maioria dos projectos voltou-se para a recolha de bens alimentares. A Santa Casa da Misericórdia, a Cáritas de Viseu, o Banco Alimentar Contra a Fome e outras institui-

Natal Pobre

ções de apoio social admitem que a fome em famílias carenciadas é uma realidade “assustadora”. O Jornal do Centro foi saber como vão passar o Natal uma família carenciada e uma família que ainda não sente a crise. A conclusão a que se chega é que somos todos iguais mas o Natal é diferente.

Natal Rico

Fernanda Sousa, de 49 anos, tem quatro filhos e é doméstica. Vive há seis anos no Bairro Social de Paradinha, em Viseu com o marido e três dos quatro filhos. A vida nunca sorriu para esta família, que vive com cerca de 600 euros por mês, vindos do Rendimento Social de Inserção, do abono de família “agora mais curto” e de uma bolsa do curso de formação que o marido está a frequentar.

∑ O que vai colocar na mesa da consoada?

Compramos um bocadinho de bacalhau do mais barato e, de resto, é um jantar normal como o dos outros dias. Não há dinheiro para doces nem chocolates. Em fritas , ma anos anteriores ainda tentava fazer umas “fritas”, mas o cacete está muito caro e o óleo nem se fala...

∑ Que prendas comprou neste Natal?

Nenhuma, nem nunca comprei nada, nem para os meus filhos, porque não tenho dinheiro dinheiro. O que recebemos nem dá af para o mês, andamos sempre aflitos, às vezes temos que pedir dinheiro a conhecidos. É tu tudo muito dificil. Tenho pena rece pelos meus filhos nunca receberem nada, nem dos padrinhos como eles dizem. receb no Natal? ∑ Que prendas costuma receber

Um senhor para quem o meu marido faz uns “biscatos” costuma dar-lhe um bolo-rei. De resto, não recebemos nem damo damos. árvo de Natal? ∑ Costuma fazer a árvore

A minha filha ta tanto chateou o pai para pôr a árvore, que ele foi ao pinhal e trouxe uma. Lá está com três fitas e mais nada, ainda tenuma luzes mas não tinha ditei comprar um nheiro.

∑ Qual é o seu maior desejo neste Natal?

Mudar d de casa para ter mais sossego para a fam família.

∑ O que é para si o Natal?

É um u dia como os outros, até gosto mais dos outros dias porque não sinto essa tristeza. O Natal é para quem tem dinheiro, para pa mim m nem devia existir.

∑ Gosta do Natal?

Estou sempre triste. Gostava de ter coisas melhores em casa para dar aos meus filhos. Eles nem pedem, porque sabem que não podemos dar, mas sabemos que gostavam.

∑ Que mensagem deixa neste Natal? N Gostava que os ricos distriG buissem mais pelos pobres para termos todos Natal. Eles têm fartura a mais Na e não ajudam

Marta de Almeida Batista, artista plástica de 30 anos vive com a mãe Maria de Lurdes, contabilista de 56 anos e com a irmã Raquel Batista, em Abraveses , Viseu. É uma familia com um nível de vida elevado que ainda assim prima pela humildade e opta por um estilo de vida em que impera a moderação .

∑ O que vai colocar na mesa da consoada?

No jantar de Natal vêm 20 famíliares cá para casa. Jantamos o tradicional bacalhau com as batatas cozidas e as couves. Para quem não aprecia o bacalhau cozido fazemos outras variantes de bacalhau: com natas ou com pão ralado com cebola e azeite. Queijo, presunto, chouriças e alheiras são manjares que não vão faltar. Nos doces, o bolo-rei, as rabanadas, os sonhos de abóbora, as filhozes. Mousse de chocolate, de manga, baba de camelo são iguarias essenciais. Este ano vou fazer um bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

∑ Que prendas comprou neste Natal?

Comprei para a minha família: pai, mãe e irmã e para as amigas mais próximas. No total gastei sensivelmente 400 euros em 10 prendas. Não sou de comprar prendas a toda a gente. Para o resto da família é a minha mãe que está “encarregue” de comprar, compra à volta de 30.

∑ Que prendas costuma receber no Natal?

Este Natal já recebi, antecipadamente, uma máquina de fazer café e um telemóvel. É comum receber chocolates e pijamas.

∑ Costuma fazer a árvore de Natal?

Sim, todos os anos. Gosto de decorá-la num só tom e com muitos enfeites. Não gosto de misturar muitas coisas. Ainda assim, gosto de ter uma árvore bonita e “atractiva”. Costumo fazer manualmente as argolas dos guardanapos.

∑ Qual é o seu maior desejo neste Natal?

Continuar a viver de uma forma saudável e feliz.

∑ O que é para si o Natal?

Natal para mim é ter a família toda reunida, isso é que é felicidade.

∑ Gosta do Natal?

Gosto muito. Dou muita importância à minha família e ao Natal e este sentimento acentua-se mais nesta altura. Gosto do sentimento de união e de partilha que é comum nesta quadra. A minha família gosta muito de cantar e o Natal é uma oportunidade para “afinarmos” a voz.

∑ Que mensagem deixa neste Natal?

Os valores de justiça, honra e lealdade devem ser repensados a nível social porque a sociedade e o mundo devem ser uma unidade, tal como a família, em que cada um tem o seu lugar,o seu papel mas que juntos formam uma unidade coesa.


Jornal do Centro

TTEMPO EMPO D DEE N NATAL ATAL | ABERTURA 7

23 | Dezembro ro | 2010 10 0

Forum entrega cabazes riedade Social da Fre A Associação de Solida ntro Social e ParoCe o e s ese rav Ab guesia de oas duas instituições esc quial de S. José foram ha de pan cam a um a par eu lhidas pelo Forum Vis uma ariados, 55 para cada Natal. Os cabazes ang ues na segundareg ent am for es, içõ das institu a ter famílias carenciadas feira e vão ajudar 110 um Natal mais feliz. em acções de solidarie Sempre empenhado “mais e maiores te me pro eu Vis um dade, o For ” em 2011. iniciativas deste género

Ruas visita prisão

ra O presidente da Câma este Natal, ao vias ficou surpreendido de Viseu, Fernando Ru ontar um quaenc e prisional da cidade sitar o estabelecimento prisão prevenem is ma e ens jov is os, ma dro com “mais reclus ita anual nesta quao autarca realiza a vis tiva”. Há 21 anos que encontram detidos se com 50 dos 63 qua dra. Este ano, privou bolo rei, uma t ou uma lembrança (um naquele prisão e entreg de reclusos shirt e um cachecol). um número tão grande reconhe“Não me lembro de ver ao as, Ru do nan s)”, referiu Fer ação de situ e tão jovens (20/30 ano a com a uma relação direct cer que a realidade tem ssa. crise que o país atrave cá ter vindo pela e ter nascido depois de “Havia gente que dev rroga-se como inte s ade responsabilid primeira vez. Quem tem país envelhenum esta força de trabalho estamos a desperdiçar de ser possível, o cas no , esa def de gesto cido”, sublinhou num a ser colocado ao jovens reclusos deveri de que o trabalho dos bem a eles e à coia faz s de. “Acho que lhe serviço da comunida . munidade”, justificou

Escolas ajudam 70 famílias em S. Pedro do Sul das do concelho de S. Cerca de 70 famílias carencia Natal mais feliz. As um ano, este Pedro do Sul vão ter, ela cidade promodaqu ria Escolas Básica e Secundá lha de alimentos, que veram uma campanha de reco issão de Protecção de serão agora entregues pela Com a local. rqui auta pela e ns Jove e Crianças

Câmara oferece “com gosto” Fo r a m feital entregues na terça500 os cabazes de Na mais 100 eu, Vis de l ipa nic ra pela Câmara Mu íA identificação das fam que no ano passado. gue fre de tas jun uma das lias foi feita por cada io de empresas apo o tido vo iati inic sia, tendo a O a encher os cabazes. da região que ajudaram as de ten cen às teu me pro as autarca Fernando Ru sos am no Pavilhão Multiu pessoas que se reunir , “nem que para nta ate is ma da aju a de Viseu um icar de alguma obra”. isso seja necessário abd

Bispo pede “corresponsabilidade”

ninguém fique indi“Faço um apelo sincero a que a-se de uma das fraferente à situação actual”. Trat m deste ano do Bispo ses mais sonantes da mensage ndro ao reconheLea o Ilídi D. u, Vise de da Diocese pos difíceis” de “tem r vive a está e cer que a sociedad crise. scenta um desafio Na sua mensagem, D. Ilídio acre l é isso mesmo. “O de mudança e lembra que o Nata pessoal e social. CeleNatal é desafio de mudança esquecer as causas de s emo pod não l, Nata o brando ncias nem os seus equê cons es grav tão uma crise com e-se neste Natal “Ped o: apel um faz efeitos”, alerta, e il, uma maior dific tão e dura em época de crise tão corresponsabilidade de todos”.

Empresas ajudam Santa Teresinha das Clientes e funcionários e Novaiempresa Auto Sertório am-se bérica, de Viseu, juntar tuário ves os, ent alim nir reu para como ram tive que e brinquedos ta Tedestino o Internato de San iado na resinha, também ele sed cidade de Viriato.


8 Entrevista ∑ António Figueiredo Edição ∑ Emília Amaral Fotografia ∑ Nuno Ferreira

Jornal do Centro 23 | Dezembro | 2010

à conversa

Semanalmente, Semanalmente,“À “ÀConversa” Conversa”resulta resultade deum umtrabalho trabalhoconjunto conjuntodo do Jornal Jornaldo doCentro Centroeeda daRádio RádioNoar. Noar.Pode Podeser serouvida ouvidana naíntegra íntegrana naRádio Rádio Noar, Noar,esta estasexta-feira, sexta-feira,às às11hoo 11hooeeàsàs19h00, 19h00,eedomingo, domingo,àsàs12h00. 11h00. Versão Versãointegral integral eem versão www.jornaldocentro.pt áudio em www.jornaldocentro.pt

“Vamos estar em continuidade na televisão, coisa que até aqui não acontecia”

Neste fim-de-semana de Natal, Viseu vai aparecer pela primeira vez no canal de televisão Regiões TV – Portugal por inteiro. A partir de Janeiro está prometida uma emissão regular de 60 minutos de segunda a sexta-feira. Neste projecto, para além da Regiões TV, que emite a partir do Porto em dois canais por cabo (88 da Zon e 14 da Cabovisão) e na internet (www.rtv.com.pt), estão envolvidas duas empresas de produção e gravação de áudio e vídeo de Viseu, a Videomatriz e a Ediestudio. É sobre este projecto que vamos conversar, com Fátima Torres, directora da Regiões TV, Luís Viegas, porta-voz do projecto (ao centro na foto) e Armando Queirós da Videomatriz, ex-operador de câmara da RTP em Viseu. O que é a Regiões TV?

Fátima Torres: A Regiões TV faz parte de um projecto chamado Nex TV que é uma produtora de televisão. Existimos como Regiões TV basicamente há dois anos, mas a Regiões TV é criada para levar a voz das regiões por todo o lado, não apenas a nível do Porto, de Lisboa ou de Coimbra, mas diversificar o mais possível a forma como vivem as nossas regiões e a forma como vivem as pessoas. O objectivo da Regiões TV, é ter uma informação com um cariz muito especial, muito ligado às coisas, se calhar aquelas coisas mais pequenas, mas que fazem parte do dia-a-dia da vida das pessoas. Qual é a grande aposta?

Fátima Torres: Apostamos muito na informação com cariz regional. Se abordamos a situação dos professores não vamos dar a situação dos professores a nível nacional, vamos o que se passa no Porto, em Coimbra, em Leiria, no Alentejo.

Quais são as regiões que têm produção assegurada na Regiões TV?

Fátima Torres: Tem acontecido com o projecto do Paco Bandeira no Alentejo e agora vamos ter Viseu, depois esperamos que este desafio se propague por outras regiões. Passará a ser um canal nacional?

Fátima Torres: Não. O nosso canal tem o objectivo de divulgar as várias regiões mas não é um canal nacional com as características que conhecemos. Como surge a criação de um protocolo com produtoras de Viseu?

Luís Viegas: de uma forma simples. Tratou-se de um apelo da Regiões TV, de uma conversa com o Armando Queirós que trouxe a ideia para o seio do grupo, resolvemos sentar-nos à mesa e um dia, eu e o Zé Carmo (Ediestudio), fomos ao Porto de malas aviadas ter com a Fátima

Torres e com o Nuno Teixeira que nos disseram: “contamos convosco, vamos arrancar”. Isto foi em Julho e já em finais de Novembro é que começámos a agarrar o projecto com cabeça, tronco e membros. O que há de diferente neste projecto?

Armando Queirós: Principalmente meios. Adquirimos há pouco tempo um carro de exteriores, um carro pesado de produção de seis câmaras. Está na calha um carro ligeiro de quatro câmaras. Temos toda a estrutura técnica para podermos produzir televisão de qualidade. Surgiu o desafio e avançámos. Para a Videomatriz, o mercado onde trabalhava estava a ficar curto?

Armando Queirós: Não propriamente. Trabalhei cerca de 20 anos na RTP, e o bichinho de televisão está cá dentro. Gosto de trabalhar para o DVD, mas televisão é televisão.

Faltam recursos humanos em Viseu para garantir a produção?

Armando Queirós: Temos a lg uns formados dentro da própria empresa que estão aptos a responder a qualquer solicitação. Entretanto temos protocolos com a Escola Profissional Mariana Seixas, temos alguns estágios profissionais e vamos ver se começam a surgir mais profissionais para trabalharem connosco.

O que é que Viseu vai colocar nos 60 minutos contínuos que vai ter de segunda a sexta-feira, na grelha da Regiões TV?

Luís Viegas: Va mos poder ver um bocadinho de tudo. Estamos ainda em negociações, estar a adiantar os conteúdos nesta altura pode não corresponder á realidade. Podemos garantir que vai ser um espaço aberto ao comércio, de diálogo, de debate. O que está em causa é chamar a atenção.

Vão também apostar na etnografia e no folclore.

Luís Viegas: Está garantido para finais de Janeiro, aos domingos. Tem-se falado pouco de folclore e etnografia na televisão?

Luís Viegas: Acho que não lhe é dado o espaço que lhe é devido. Se atentarmos que a etnografia e o folclore aos fins-de-semana movem neste país quase tantas pessoas quantas move o futebol, nas televisões não lhe é dado o relevo que merecem. A Fátima dizia na conferência de imprensa que vai haver um espaço para levar discussões e para a contestação. Como vão criar esse espaço?

Fátima Torres: Esse espaço não vai ser uma hora de “publicidade” de Viseu, vai ser uma hora onde as pessoas de Viseu vão ter espaço para falar. Ou seja, não apenas as entidades oficiais, mas é importante ouvir muito as pessoas. Para ouvir o que é já estra-

tificado temos os outros canais. E é para isso que conto muito com a delegação de Viseu. Este fim-de-semana de Natal vamos ter os primeiros conteúdos gravados de Viseu na emissão da Regiões TV. Viseu estreia-se na noite de Natal com um concerto de coros, gravado na Aula Magna do Instituto Politécnico…

Fátima Torres: É uma belíssima estreia. As pessoas numa noite de Natal não estão sempre a olhar para a televisão e aqueles coros vão ser uma óptima companhia para a consoada de Natal (22h00/00h00) E no Dia de Natal?

Luís Viegas: Vamos estar durante duas horas, no período da tarde com o espectáculo realizado no Hospital de São Teotónio. A região tem capacidade para suportar o investimento?

Fátima Torres: Tenho a certeza que vão conseguir convencer muita gente que este projecto é muito interessante.



Jornal do Centro

10

23 | Dezembro | 2010

região Grão Vasco nos melhores a nível nacional

Jorge Carvalho deixa a Feira de S. Mateus José Moreira”, confirmou o autarca deixando no ar a ideia que será uma transição suave e sem ruído. “O dr. José Moreira há-de precisar dos conhecimentos que q JJorge g carvalho adquiriu, mas há-de gerir a feira à sua maneira. Agora, eu não queria ver Jorge Carvalho desligado. Há muita gente que o critica, mas há muita gente como eu que tem apreço pelo trabalho dele e não há nenhuma necessi-

dade de se desligar”, reforçou. Sobre algumas críticas que surgiram aquando do último processo eleitoral para as autarquias sobre a ausência de JJosé Moreira daa lista de Fernand do Ruas, Fernando o autarca desafiaa agora “que apareçam ma

dar o rosto” a dizer “que foi imposição de uma comissão política”. “Ninguém me impôs coisa nenhuma. Uma imposição de uma comissão política era meio caminho andado para fazer o contrário. O dr. Moreira não é vereador porque não quis”, terminou. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Nuno Ferreira

Após 26 anos a dirigir a Feira de S. Mateus, Jorge Carvalho, presidente da Expovis deixa o cargo. O lugar vai ser agora assumido pelo ex-vereador da cultura na Câmara de Viseu José Moreira. “Tinha balizado izado a minha estadia nestas funções até aos 80 0 anos. Fiz 80 anos, agoraa vou gozar ias”, justifias minhas férias”, valho numa cou Jorge Carvalho ádio Noar. entrevista à Rádio x-vereador, A saída do ex-vereador, José Moreira, da Câmara de Viseu, e a sua entrada para a Expoviss há um ano ransparecer atrás, deixou transparecer que estaria paraa haver mucção da emdanças na direcção pal liderada presa municipal valho. Na alpor Jorge Carvalho. ança não foi tura, essa mudança confirmada, mas esta searvalho conmana, Jorge Carvalho ha entregue firmou que tinha a, aguardana carta de saída, oneração do do apenas a exoneração cargo. dente da CâPara o presidente u, Fernando mara de Viseu, vançou com Ruas, que já avançou o processo de nomeação ra para a lide José Moreira xpovis, traderança da Expovis, a transição ta-se de uma i vaii “normal. “A E Expovis ter um outro gestor, o dr.

A Jorge Carvalho que esteve no cargo 26 anos vai ser substituido por José Moreira, ex-vereador da cultura

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Emília Amaral

Reacção ∑ Presidente da Câmara de Viseu encara decisão como um “processo normal”

O Agrupamento de Escolas Grão Vasco, de Esc Vis é um dos quatro Viseu agrupamentos do país agr qu obtiveram a classique ficação de “muito bom” fic nu numa avaliação externa da Inspecção-Geral de Educação, que analisou 300 escolas de todo p o país. O relatório da Inspecção ção-Geral de Educação rev revela que, no ano lectivo 2009/2010 foram avaliad 233 agrupamentos liados 6 escolas não agrue 67 pad padas, tendo em conta cin parâmetros: “recinco sul sultados”, “prestação de ser serviços educativos”, “or “organização e gestão esc escolar”, “liderança” e “ca “capacidade de auto-regul gulação e melhoria”. P Para a directora do Ag upa mento de EsAgr col Grão Vasco, Inês colas Ca Campos, o resultado obtid “corresponde a um tido tra trabalho de vários anos” l levado a cabo nas várias escolas do agrupamento. Em declarações à

Festas Felizes

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Rádio Noar, Inês Campos acrescentou que tinham “consciência do trabalho que tem vindo a ser feito, mas ver isso reflectido em resultados com visibilidade a nível nacional” deixa todo a comu n idade escola r “muito feliz” e é “gratificante”. A par do Agrupamento de Escolas Grão Vasco, alcançaram a classificação de “muito bom” nos cinco parâmetros analisados, a Agrupamento de Escolas de Minde (Alcanena), o Agrupamento de Escolas D. João II (Santarém) e o Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral (Sobral de Monte Agraço). O Agrupamento Grão Vasco é constituído por quatro escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico (EB1 e Jardim de Infância da Ribeira, EB1 Avenida, EB1 S. Miguel e EB1 S. Tiago) e a escola do 2º e 3º Ciclos Grão Vasco.


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Jornal do Centro

12 REGIÃO | VOUZELA | VISEU

A Câmara Municipal de Vouzela vai equipar todas as salas do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho com quadros interactivos. Os 26 os quadros interactivos disponibilizados vão ser instalados durante o perido de interrupção lectiva de Natal. O investimento de cerca de 50 mil euros será financiado pelo QREN em 80 por cento. Com esta medida, a autarquia pretende “proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de ensino aos cerca de 370 alunos que frequentam, actualmente, o Ensino Básico”, adianta o presidente do executivo, Telmo Antunes em comunicado. “É uma ferramenta que permite aos professores desenvolver as aulas, utilizando uma variedade de conteúdos multimédia, incluindo imagens, apresentações, filmes, internet e sons”, conclui. Publicidade

Colégio da Via-Sacra inaugura Escola do 1º Ciclo Investimento∑ O projecto custou um milhão de euros e tem capacidade para receber oito turmas O Colégio da Via-Sacra, em Viseu inaugurou na sexta-feira, a Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico. “Lutámos contra muitas dificuldades mas [a adesão] ultrapassou as expectativas, afirmou o director pedagógico, Paulo Machado durante a inauguração do novo projecto. A Escola do 1º Ciclo custou um milhão de euros. O investimento suportado pelo Colégio na sua totalidade, tem capacidade para receber oito turmas. Neste primeiro ano de actividade estão a funcionar seis turmas (duas do primeiro ano, uma do segundo ano, uma do terceiro ano e duas do quarto ano) com 128 alunos, seis professo-

res com turma e um docente no apoio educativo. Os alunos pagam uma propina de 300 euros por mês para frequentar o colégio. A par das aulas regulares, as crianças frequentam as aulas de Educação e Expressão Fisico-motora e Educação Moral e Religiosa Católica. Ao longo da semana ainda dispõe de actividades como música, dança, natação, inglês e informática. “O objectivo é que, quando o aluno saia daqui, o essencial do trabalho esteja feito e, em casa, o tempo seja para estar em família, adiantou o coordenador da escola, Armando Ferreira, para explicar que conse-

Emília Amaral

CÂMARA DE VOUZELA INVESTE 50 MIL EM QUADROS INTERACTIVOS

23 | Dezembro | 2010

A Escola do 1º Ciclo do Via-Sacra está a funcionar desde setembro com seis turmas

guem “dar um conjunto de valências que outras escolas não dão”. A escola foi inaugurada Publicidade

em ambiente de festa, na presença do Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro, e entidades locais. D. Ilídio

reconheceu que o Colégio da Via-Sacra está agora completo, uma vez que lhe faltava a “dimensão do 1º Ciclo”. Uma valência que a instituição já disponibilizou mas abandonou há 20 anos. Sobre os contratos de financiamento que o Governo vai renegociar a partir de Agosto com instituições privadas incluindo o Colégio da Via-Sacra, D. Ilídio reforçou que estão “dispostos a colaborar na partilha de dificuldades”, mas alertou que o colégio “presta um serviço público na educação” e por isso não deve ser punido. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt


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VISEU | SÁTÃO | REGIÃO 13

23 | Dezembro | 2010

Jovem de 20 anos morre na EN2 De acordo com a Guarda Nacional Republicana, o condutor do veíc u lo que t a mb é m ter á e st ado e n volv ido no ac ide nte não tem carta de con-

7 TRÁFICO

dias

Viseu. A GNR deteve, no domingo, um homem de 43 anos por tráfico de droga. A detenção teve lugar em Barbeita, localidade onde o suspeito habita, e ocorreu depois de cerca de três meses de investigação. Os agentes da autoridade apreenderam 13 doses de heroína, cinco de cocaína, 10 euros em dinheiro, telemóveis, recortes e apontamentos, que servem agora de prova.

TRÁFICO

Viseu. O trânsito no IP3 esteve condicionado durante a tarde de terça-feira, devido a um acidente que ocorreu próximo de Tondela. Do acidente resultou um ferido grave e outro ligeiro, que foram estabilizados no local pela equipa da VMER de Viseu.

DESPISTE

Sátão. O capota mento de uma viatura ligeira provocou quatro feridos, dois deles com gravidade. O despiste ocorreu na sexta-feira na Estrada Nacional 229, em Casal de Baixo, concelho de Sátão.

DROGA

Sátão . O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Mangualde da GNR procedeu, no domingo, à detenção de cinco homens e à identificação de outros oito por suspeita de crime de tráfico de droga. A investigação, que durou três meses, apontava para a existência de traficantes de droga junto às escolas do concelho de Sátão, tendo sido, por isso, realizadas 10 buscas domiciliárias e três buscas a veículos utilizados pelos suspeitos. Os homens detidos têm entre 21 e 28 anos de idade, tendo sido apreendidas em suas casas várias doses de haxixe, dinheiro, uma nota falsa, três navalhas de corte, quatro munições e material informático, entre outro material.

DETENÇÃO

Viseu. A PSP de Viseu deteve, na sexta-feira, u m homem de n acio n a l id ade por t ug uesa com 39 anos por injúrias aos agentes da autoridade.

dução tendo, por essa ra zão, aba ndonado o local sem prestar socorro à jovem. Joana Pereira residia em Tondela, era estudante de Medicina Ve-

terinária na Universidade de Coimbra e fil ha do presidente da Junta de Freguesia de Lageosa do Dão. Ao chegarem ao local, as autoridades en-

contraram o outro veículo alegadamente envolv ido no acidente, propr ied ade de u m a empresa da região, bem como o carro onde estava o corpo da jovem,

já sem vida. Seg undo as autoridades, o homem de 29 anos abandonou o local à boleia de um amigo que passou por ali minutos após o sinistro.

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Joana Pereira, de 2 0 anos, morreu na manhã de sábado na sequência de um acidente de automóvel na EN2, próximo da localidade de Fail, em Viseu.

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14 REGIÃO | VISEU foto legenda

23 | Dezembro | 2010

“Beber vinho é um acto de cultura”

Emília Amaral

36 novos confrades∑ Marinho Pinto e António Serrano são os mais mediáticos

Doces regionais, artesanato urbano, artesanato típico de Natal, e um conjunto de artigos produzidos localmente em projectos recentes que apostam na dinamização de produtos locais, podem encontrarse desde sexta-feira, dia 17 nas tradicionais “Casinhas de Natal” instaladas no Rossio de Viseu, uma ideia importada dos países nórdicos que tem vindo a ganhar força em Viseu. O projecto, integra-se na iniciativa “Viseu a Minha Terra Natal”, organizado pela autarquia, e que faz do Rossio uma “Aldeia Natal”. Até dia 9 de Janeiro, além de se poder apreciar e comprar nas “casinhas”, há passeios de charrete e de comboio, animação de rua e vários concertos. Publicidade

A Confraria dos Enófilos do Dão conta com mais 36 confrades. A cerimónia de entronização ocorreu na capela do Solar do Dão, em Viseu. Dos novos confrades, destacam-se António Serrano, ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas e Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados. Para o ministro, a entronização teve dois significados: “em primeiro lugar é o reconhecimento pelo apoio que tenho dado a este sector. Em Janeiro lancei a campanha vinhos de Portugal, em todo o mundo, com reflexos no aumento das exportações. Em segundo lugar é uma honra poder estar com os vitiviniculto-

A Capela do Solar do Dão acolheu a cerimónia res do Dão que têm feito um trabalho de excelência na região. Espero que o consolidem e reforcem no próximo ano. Para António Serrano o vinho é um dos sectores de futuro. “O vinho é uma área onde mais temos feito e onde mais podemos fazer no futuro porque temos qualidade em todas as

regiões. Portugal não vende quantidade, vende qualidade”. O “recém embaixador” do vinho do Dão, Marinho Pinto enalteceu que “beber vinho é um acto de cultura” e lembrou que “é com vinho que celebramos os bons momentos da vida”. O Bastonário fez questão

de dizer que aceitou a proposta de ser entronizado confrade do vinho do Dão “com muito gosto e muita honra”, mas salvaguardou o facto de defender igualmente o vinho verde, por ser da sua região. A Confraria dos Enófilos do Dão conta com quase 400 confrades. A vestimenta lembra os trajes que os lavradores mais abastados da região usavam: um chapéu, uma capa ou capote e uma tamboladeira. A tamboladeira, usada ao pescoço, é inspirada nas cabaças que os antigos viticultores usavam como recipiente para beber vinho. Tiago Virgílio Pereira tiago.virgilio@jornaldocentro.pt


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Boas Festas

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negócios PRIMEIRA OURIVESARIA ONLINE DO PAÍS EM MANGUALDE

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Mais com menos custos e recursos

Pedro Baila Antunes

Neste tempo de Crise (multifacetada e complexa), menos conjuntural que outras, muito mais estrutural; global, mas com muitas especificidades locais (Portugal), somos bombardeados com diversas “variáveis”: - os países emergentes; a globalização; o terrorismo pré-nuclear; as alterações climáticas; a energia; a demografia; os mercados financeiros; a dívida soberana, etc. Com a excepção do petróleo, não se tem propalado ou tomado a iniciativa (Global) devida sobre o esgotamento dos recursos naturais . Para além do discurso habitual que ouvimos da reutilização ou reciclagem no nosso dia-a-dia, é necessário agir rapidamente poupando e aproveitando recursos noutros planos. A este propósito e sobre o problema do excessivo endividamento público Português (em parte, vinculado aos elevados investimentos infra-estruturais das últimas décadas), deparei-me com uma reflexão. Nos últimos anos, tenhome deslocado por algumas ocasiões ao Norte da Europa, aí encontro um espaço público com nuances significativas face ao Sul da Europa, mormente Portugal. Por exemplo, saindo do aeroporto do Porto (arquitectura quase monumental, incluindo acabamentos “nobres” como o granito polido ou o inox) chegase a Gotemburgo (cidade Sueca de dimensão similar) e depara-se com um terminal de aeroporto em jeito de pavilhão, de uma arquitectura e acabamentos absolutamente depurados (p.e. o betão cru, as tubagens à vista ou os diversos plásticos), contudo tudo muito prático e com

design; um certo espírito IKEA. Na Suécia ou na Dinamarca, esta diferença de perspectiva repete-se nos diversos espaços urbanos e nas infra-estruturas e edifícios públicos. Podia referir o mobiliário urbano, as estações de transportes, os edifícios desportivos, as universidades etc. Para além de um uso muito mais intensivo dos transportes públicos, em muitas cidades nórdicas, mas também na Alemanha, é frequente ver “velhos” eléctricos de décadas em circulação. O próprio parque automóvel apresenta uma idade avançada. De facto, é frequente a recuperação e o prolongamento da vida média de equipamentos e infra-estruturas. Outro exemplo paradigmático é a recuperação de edifícios. É sabido que Portugal tem dos menores índices de reconstrução/requalificação da Europa. O que também explica o efeito donuts dos nossos centros urbanos. No Norte da Europa, nos centros urbanos é vulgar encontrar espaços comerciais com uma decoração “aqui” carimbada de ultrapassada ou “demasiado simples”. É frequente ver a boa manutenção e requalificação da “patine” das estruturas e dos espaços Uma construção de menores custos, mas ainda assim prática e com design ou a boa manutenção/requalificação do “antigo”, poderá ser uma das vias para minorar as dificuldades de um tempo com menos recursos que se avizinha. Isto num País cheio de história, com uma “patine” única nos espaços públicos, que, de repente, há duas décadas, qual novo-rico consumista, ficou inebriado com o “novo” e o “moderno”.

Raquel Rodrigues

Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu baila@estv.ipv.pt

A “Encostas de Penalva” e “Foral D. Henrique” estão disponíveis em bag-in-box

Penalva e Mangualde com novos vinhos em bag-in-box Exemplo∑ Primeiras adegas da região dão o mote As Adegas Cooperativas de Mangualde e Penalva do Castelo apresentaram na quinta-feira os seus novos vinhos, lançados no mercado em formato de bag-in-box. Para Fernando Figueiredo, presidente da União das Adegas Cooperativas da Região Demarcado do Dão (UDACA) , local onde decorreu a cerimónia, esta é uma iniciativa que vem contribuir para a “união das adegas cooperativas da região”. Fernando Figueiredo referiu que depois de Mangualde e Penalva do Castelo, outras adegas, como a de Silgueiros e a própria UDACA, vão optar pelo lançamento de vinhos em bag-in-box. O vinho “Encostas de Penalva” foi o escolhido

pela Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, por ser “um vinho que dá gosto beber”, refere José Clemente, presidente da cooperativa e feito a partir das castas Jaen e Alfrocheiro. O vinho apresenta-se em formato bag-in-box de três litros, sendo uma “excelente alternativa ao garrafão”, que começa a “estar em desuso”. Apresentado foi também o vinho “Milénio”, que volta a estar presente no mercado pelas mãos da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo e que apresenta uma “excelente relação qualidade/ preço”. É um vinho feito a partir das castas Touriga Nacional e Aragonês e que se mantém no conjunto dos típicos vinhos da região do Dão.

Já a Adega Cooperativa de Malgualde optou pelo lançamento do “Foral D. Henrique”, em formato bag-in-box de cinco litros. Para António Mendes, presidente da cooperativa, este lançamento constitui uma “inovação”, uma vez que considera que é com iniciativas como esta que as adegas da região podem ganhar “escala”. A embalagem, agora lançada, do “Foral D. Henrique” apresenta uma “imagem limpa”, dando destaque à marca “Dão”. Este é um vinho DOC, com um “aroma agradável” e feito a partir das castas Touriga Nacional e Jaen. Raquel Rodrigues raquel.rodrigues@jornaldocentro.pt

A Ourivesaria Pereirinha, de Mangualde, inaug urou recentemente a sua loja online. “Esta é uma montra de produtos que as pessoas podem ter em suas casas”, refere Pedro Guimarães, sócio-gerente da ourivesaria, que está em Mangualde há mais de 70 anos e emprega, actualmente nove colaboradores”. A criação da loja online surgiu da necessidade de chegar mais longe, actualizando a forma de estar presente no mercado. “O patamar de clientes alarga-se ao mundo e passa a ser possível ir ao encontro dos emig ra ntes da reg ião”, conta Pedro Guimarães, que vê nesta loja online uma certeza do aumento do volume de negócios. Pa ra encomenda r basta ir ao site www. pereirinha.com, sendo o envio da encomenda feito com a máxima segurança possível por duas empresas de expedição reconhecidas no mercado. A funcionar há cerca de duas semanas a loja online da ourivesaria Pereirinha tornou possível, até ao momento, a criação de mais um posto de trabalho, esperando alargar este número para quatro muito em breve. “Até hoje o mais longe que vendemos foi o Algarve”, refere o sócio-gerente.


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS 17

23 | Dezembro | 2010

Vinhos do Dão estão no “Top 10 Touriga Nacional”

Turismo do Douro aposta em montarias

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Nuno Ferreira

Os vinhos “ Mu n d a 2088”, “Pedra Cancela Touriga Nacional 2008” e “Quinta das Marias 2008”, da Região Demarcado do Dão, estão entre os 10 vinhos eleitos do “Top 10 Touriga Nacional”, uma prova promovida pela ViniPortugal e que reuniu na cidade do Porto um conjunto de especialistas e críticos de vinho. Esta iniciativa acontece no âmbito da “Wines of Portugal International Conference” e contou com a presença de um júri internacional que elegeu os 12 melhores vinhos portugueses feitos a partir da casta Touriga

DR

Júri internacional∑ Três vinhos entre os melhores feitos a partir da casta Touriga Nacional

A Casta é tida como a mais emblemática do país Nacional. Esta casta é tida como a mais emblemática das castas tintas portuguesas e encontra-se dissemina-

da um pouco por todas as regiões vinícolas de Portugal, embora a maioria dos investigadores e especialistas em viticultu-

ra refira que a mesma é originária do Dão. Apresenta uma cor carmim e aroma a violetas e frutos maduros vermelhos. Publicidade

Combater a sazonalidade e potenciar os recursos endógenos são os principais objectivos da iniciativa “Turismo Cinegético no Douro”, que parte de uma parceria entre a Turismo do Douro e várias outras entidades daquela região. A iniciativa prolongase até Fevereiro de 2011, e apresenta programas que juntam as montarias com noites em hotéis ou em unidades de turismo rural, degustação da gastronomia tradicioal, acompanhada de vinhos do Douro, visita a museus e a participação

num percurso pedestre. A iniciativa teve início a 27 de Novembro, com uma montaria na região de São João da Pesqueira, à qual se seguiu uma segunda, que teve lugar em Tabuaço a 17 de Dezembro. Segundo a entidade promotora, Turismo do Douro, o turismo cinegético constitui um nicho de mercado que deve ser explorado, uma vez que este tipo de acções é gerador de receitas complementares e mobiliza sectores paralelos, como a hotelaria, a restauração e o enoturismo.


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desporto ACADÉMICO DE VISEU SOBE À II DIVISÃO NACIONAL EM NATAÇÃO

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

Académico de Viseu

Viseu Futsal Futsal

Cartão FairPlay O Viseu Futsal 2001 continua na senda das vitórias, conseguindo a sua quarta vitória seguida e acabando o ano na 2ª posição em igualdade de pontos com a Académica de Coimbra, próximo adversário. A equipa treinada por Rui Almeida luta por chegar aos lugares que lhe permitam alcançar a subida de divisão. Por agora está estabilizada e já é um clube respeitado no Nacional Sénior da modalidade. Bom ano. Desporto Regional

Cartão FairPlay Nesta quadra natalícia aproveite-se para saudar todos que anonimamente contribuem para que ainda haja desporto amador em Portugal. São muitos dirigentes, seccionistas, treinadores, massagistas, árbitros, atletas que quotidianamente praticam uma modalidade desportiva. Este que devia ser o Século do Lazer e do Desporto, já não o vai ser. Feliz Natal.

A Jogo sempre muito disputado no sintético de Molelos I Divisão Nacional Feminina

Escola FC sem sorte Derrota∑ Boavista foi mais feliz em Molelos Está longe dos resultados e das exibições da época passada a equipa feminina do Escola FC, de Molelinhos. Uma série de lesões em jogadoras influentes na equipa, e a má forma evidente de outras, ajudam a explicar nove jogos sem ganhar em 14 partidas disputadas este ano para o Campeonato nacional Feminino. Em 14 partidas, o Es-

conseguiu. A melhor oportunidade do jogo ainda acabou por pertencer ao Boavista, com Neide a negar o 2 a 0 perante uma boavisteira que lhe apareceu isolada na área. O triunfo foi efusivamente festejado pelas axadrezadas que com os três pontos aumentaram para quatro a vantagem sobre o Escola. Uma vitória com al-

cola FC venceu cinco, empatou outras tantas e perdeu por 4 vezes. A última derrota foi no passado domingo, no sintético de Molelos, frente ao Boavista. Uma derrota por 1 a 0 num jogo onde a sorte também não quis nada com a equipa. Sofreu um golo ainda cedo e depois bem tentou chegar a um resultado positivo, mas não

gum sabor a “desforra”. São ainda ecos da final da Taça de Portugal que o Escola FC venceu há duas épocas, precisamente frente a este Boavista. A quatro jogos do final da primeira fase, o Escola ocupa a quinta posição com 20 pontos. Menos 22 que o líder que é o 1º de Dezembro. Gil Peres gil.peres@jornaldocentro.pt

Futsal - II Divisão Série A

Viseu Futsal fecha o ano em grande Razões para sorrir no Viseu Futsal. Termina 2010 com uma vitória e com a candidatura à subida de divisão mais relançada que nunca. Uma série de bons resultados levou a equipa até ao terceiro lugar, em igualdade pontual com o segundo (Académica de Coimbra) e apenas a dois pontos do líder (Braga).

Na última jornada de 2010, vitória confortável na Junqueira por 5 a 1. O Nacional de Futsal da II Divisão, série A, regressa apenas a 9 de Janeiro, e com jogo grande no Pavilhão do Inatel, em Viseu. Frente-a-frente vão estar Viseu Futsal e Académica de Coimbra. Um jogo muito importante para os viseenses. GP

Gil Peres

Cartão FairPlay “Estamos a viver o sonho”. Foi a frase utilizada pelo staff da natação do Ac. Viseu no passado fim de semana. O clube subiu à segunda Divisão Nacional nas categorias feminina e masculina. Um feito notável que coloca a natação do Ac. Viseu perto do topo da modalidade. Trabalhar com organização e rigor acaba por compensar. Sem protagonismos saloios. Parabéns Humberto e todos quantos participam neste «sonho».

Gil Peres

Natação

A Mais quatro golos para a conta de Gúri

O Académico de Viseu garantiu a subida à II Divisão Nacional em Natação. As duas equipas conseguiram a subida nos Nacionais de natação da III Divisão, competição realizada na Piscina Municipal das Caldas da Rainha.Em masculinos o Académico de Viseu terminou na quarta posição enquanto em femininos as nadadoras viseenses levaram o Académico de Viseu ao pódio, ao terminarem em terceiro lugar. Para Humberto Fonseca, treinador do Académico de Viseu, a subida é “o reflexo do trabalho de uma época” acrescentando ainda que “o que trabalhámos, o que planeámos e o que sonhámos, só nos podia levar a este resultado. Trabalhamos muito, os meus nadadores trabalham todos os dias, alguns desses dias temos duas sessões de trabalho na água, merecemos tudo o que nos aconteceu este fim-desemana”. O Algés (femininos) e a Académica de Coimbra (masculinos) sagraram-se campeões nacionais da 3.ª Divisão. Em masculinos, a Académica de Coimbra totalizou 294 pontos, o Pimpões/Cimai 263, a Gesloures 242 e o Académico Viseu 241. Desceram à 4.ª Divisão a Desportiva Limiana (99), Bombeiros dos Estoris (87), Foca (74) e Rio Maior (43).Na competição feminina, o Algés foi a equipa mais pontuada (266), seguida do Leixões (255) e Académico de Viseu (239). As três equipas foram acompanhadas pelo Naval de Ponta Delgada (238 pontos) na subida à 2.ª Divisão nacional.As equipas despromovidas à 4.ª Divisão foram a Desportiva Limiana (100), Física de Torres Vedras (96), Estamos Juntos (84) e Litoral Alentejano (78).


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Boas Festas

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D Nascimento de Jesus Cristo

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culturas expos

A XII representação do nascimento de Jesus Cristo vai ter lugar no dia 26 de Dezembro, domingo, pelas 18h30, em Silvã de Baixo, concelho de Sátão.

Arcas da memória

Destaque

VOUZELA ∑ Museu Municipal Até dia 31 de Dezembro

A eterna magia do Natal

Exposição “Desenhar Vouzela” da Associação de Solidariedade Social de Lafões. VISEU ∑ Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva Até dia 8 de Janeiro Exposição “Presépios do Mundo”.

∑Câmara Municipal Até dia 7 de Janeiro Exposição colectiva “Pinceladas Natalícias”. TONDELA

∑ Museu Municipal Até dia 6 de Março Exposição “O cilindro é o elmo”, de Manuel da Silva Vaz. VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Até dia 30 de Janeiro Exposição “(Trans)aparências”. LAMEGO

∑ Museu de Lamego Até 30 de Janeiro Exposição “Fotografias do Douro”, do concurso “O Alto Douro Vinhateiro”

A Iniciativa provém do concurso “Natal pode ser... Reciclar” promovido pela autarquia

Presépios reciclados Objectivo ∑ Sensibilizar as crianças para o acto de reaproveitar Seis presépios construídos em material reciclado, feitos por crianças do ensino préescolar e do 2º ciclo do município de Moimenta da Beira, estão expostos no átrio do edifício dos Paços do Concelho até dia de Reis. A iniciativa é da auta rquia no â mbito do concurso “Natal pode

ser... Reciclar” lançado a todas as crianças que frequentam aqueles dois graus de ensino. Os dois melhores trabalhos, do pré-escolar e do 2º ciclo, serão premiados com duas entradas gratuitas em sessões de cinema no auditório municipal. “O concurso constitui uma iniciativa só-

cio-educativa que visa sensibilizar as crianças e a comun idade para uma valorização do acto de reaproveitar aquelas coisas sem valor, transformandoas em objectos de arte, repletos de simbolismo e de valor pessoal”, explica o vice-presidente da autarquia, Francisco Cardia.

Viagem do Caminheiro da Alvorada VO (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h00#, 16h25*, 18h50*, 21h20*, 23h45* Uma Família do Pior! (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30#, 17h00*, 19h30*, 22h00*, 00h30* O Americano (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50#, 17h00*, 21h00*, 00h10* HarryPotter e os Talismãs da Morte: Parte 1 (M12)

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 18h10*, 21h30*, 00h30* (6ª e Sáb.) Imparável (M12)

Sessões diárias às 14h30#, 16h45, 19h00*, 21h40*, 23h55* A Tempo e Horas (M12) Sessões diárias às 11h30 (Dom.) 14h00#, 16h30,

roteiro cinemas

VISEU FORUM VISEU (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 13h50#, 16h35, 19h10*, 21h40*, 00h10* (6ª e Sáb.) Jogo Limpo (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00 (Dom.) 14h30#, 17h30* As Crónicas de Narnia - A Viagem do Caminheiro da Alvorada VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h30*, 00h20* As Crónicas de Narnia - A

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Sessões diárias às 14h10#, 16h30, 19h15*, 21h50*, 00h15* A Tempo e Horas (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h20 (Dom.), 13h40#, 16h10, 18h40* Entrelaçados VP (M4) (Digital 3D) Sessões diárias às 21h10*, 23h50* (Sáb.) É a Vida! (M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (Dom.), 13h20#, 15h50, 18h20*, 21h10*, 23h40* Entrelaçados VP (M4Q) (Digital 3D)

Aldeia da Beira num tempo antigo de Natal!... Era eu então menino, os olhos cheios, nesse tempo, da estranha e cativante magia do Natal, inocente ainda e branda essa magia como se fosse o tempo dos mitos primeiros, eterno tempo de memória que voltava. Começava o Natal com a fogueira sobre o anoitecer. Foi assim que começou a humanidade, foi assim à beira da fogueira que uns e outros se começaram a sentir irmãos. O Natal tinha então princípio com um serão reinventado, um cepo grande de carvalho que deveria demorar doze dias a arder. A mesa era posta no chão largo da lareira e sobre a mesa o linho branco da toalha que ali fora fiado em serões antigos de mulheres. O pai sentava-se no lugar que lhe estava sempre reservado. Vinha depois o tio Chico e a madrinha que ao fim da ceia me levava a casa dela para dormir, o cão lá fora a ladrar ao tocar dos sinos, a gata que me saltava com meiguice para o colo e ronronava, as batatas fumegando, azeite, o bacalhau, a couve troncha macia da geada, o vinho que se amornava ao pé do lume num púcaro vidrado, jogos de par e de pernão, travessas enramadas com filhós e aletria e um cheiro

18h50*, 21h20*, 23h50* Megamind VP (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 15h00#, 17h20*, 19h40*, 22h00*, 00h20* Uma Família do Pior (M12) Sessões diárias às 11h20* (Dom.), 13h40#, 16h00, 18h10* Sammy VP (M6)(Digital 3D)

Legenda: * Excepto dia 24 # Excepto dia 25

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

de canela, um Padre-Nosso murmurado por avós, os rapazes no Adro atiçando o cepo de um velho e gigantesco castanheiro que, às vezes, era roubado de acordo com doutrina costumeira, histórias desfiadas das heróicas epopeias da aldeia, estrelas luzindo num céu negro e profundo, os últimos passos dos homens partindo a geada do caminho, a noite morta, a casa adormecida, a cinza da lareira agasalhada, o manso esperar da madrugada. E o sino a tocar na manhã gelada, outra vez, o Menino que nascera debaixo de uma cabana igual à do pastor das terras de meu pai, o coro de três homens que cantava no altar, lembro-me deles, solenes, importantes, como os Magos, e o coro das mulheres a responder, o senhor padre queimando incenso cujo cheiro se espalhava pelo ar e o beija-mão do Menino e o pobre tostão que eu lhe deixava, ao sair, sobre a bandeja. E o dia inteiro para brincar. Mágico Natal onde só o Menino Jesus ficou pequeno!... O Menino Jesus que ainda lá mora no presépio de musgo da minha aldeia.

Estreia da semana

Não Há Família Pior! - Fo-

ram precisos 10 anos, dois pequenos Fockers com a sua mulher Pam e um sem número de obstáculos para que Greg “se desse bem” com Jack, o seu sogro rígido e autoritário. Greg terá de provar ao céptico Jack que está totalmente apto para ser o homem da casa.


D Carlos Peninha Quarteto

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CULTURAS 21

No Lugar do Capitão vão actuar Carlos Peninha Quarteto, segunda-feira, dia 27 de Dezembro, pelas 23 horas. A entrada é livre.

Opinião

Artes

A sombra iluminada: De novo à sombra de Mestre Aquilino, de Manuel de Lima Bastos

SUGESTÕES DE NATAL

LISTAGEM DE TOPS DE VENDAS VIDEO ∑ TOY STORY 3 ∑ SHREK PARA SEMPRE ∑ ANIKI BOBO ∑ A ORIGEM ∑ ECLIPSE ∑ ECLIPSE-ED ESP-DIGIPACK ∑ AVATAR - ULTIMATE EDITION ∑ ULTIMO AIRBENDER ∑ ORIGEM, A-ED ESP-X2-CAPA LENTIC ∑ AGORA-ED ESP LIVROS ∑ ANJO BRANCO \ SANTOS, JOSE RODRIGUES ∑ CHAMA IMENSA \ PEREIRA, RICARDO ARAUJO ∑ SONHO DO CELTA \ LLOSA, MARIO VARGAS ∑ ROLO 2FOLHAS NATAL ∑ UM REFUGIO PARA A VIDA \ SPARKS, NICHOLAS ∑ CADERNETA DE CROMOS \ MARKL, NUNO ∑ COMER ORAR AMAR \ GILBERT, ELIZABETH ∑ APROVEITEM A VIDA \ FEIO, ANTONIO ∑ SEGUE O CORACAO NAO OLHES PARA TRAS \ PEARSE, LESLEY ∑ PACK CADERNETA DE CROMOS \ MARKL, NUNO AUDIO ∑ AO VIVO NO COLISEU (DVD)(ED.FNAC) \ JOSE AFONSO ∑ O MESMO DE SEMPRE (CD+DVD) \ TONY CARREIRA ∑ BSO MORANGOS C/A. ESCOLA TALENTOS 3 ∑ AUREA \ AUREA ∑ FADO TRADICIONAL-MARIZA (EXCLUSIVO) ∑ LIVE IN BERLIN (CD+DVD) \ STING ∑ O COLISEU (CD+DVD) \ JOAO PEDRO PAIS ∑ CARLOS CARMO/BERNARDO SASSETTI.(CD+DVD) ∑ NOW 23 (2CD)(NATAL2010) ∑ DOIS SELOS E UM CARIMBO \ DEOLINDA

“O Natal na Pintura e na Arte” O Museu Grão Vasco, em Vi seu ,em pa rce ria com a Escola Básica Grão Vasco, promove o concurso “O Natal na Pintura e na Arte”. O objectivo passa pelo conhecimento do património artístico como etapa fundamental na formação cultural da comunidade escolar. A experiência pedagógica desenvolvida junto do público juvenil é uma oportunidade e um incentivo à cooperação entre instituições para os domínios da educação e da cultura.

Os alunos do 6º ano da Escola Grão Vasco focaram-se na na importância do conhecimento e no estudo do património artístico, bem como a promoção de atitudes e comportamentos que contribuam para valorizar o papel da família e das relações pessoais. Os trabalhos, realizados com recurso a várias modalidades técnicas e materiais, estam expostos entre os dias 21 de Dezembro e nove de Janeiro para apreciação e votação por parte do público visitante.

Variedades

“O Mundo do Coleccionismo” Está em exibição, na Casa da Cultura, em Santa Comba Dão, até ao dia dois de Janeiro de 2011, a exposição “O Mundo do Coleccionismo”. Segundo o autor, João Nunes “estão patentes temas de coleccionismo

como miniaturas de bombeiros, policia, máquinas, camiões, rally, pacotes de açucar, cachimbos, piões, bonecas e uma fantástica colecão de emblemas de braço de corporações de bombeiros de todo o mundo”.

Este livro é para ser lido, passe a tautologia, porque não obedece ao ilegítimo interesse e à vontade individualista. Apetece mesmo, na esteira bíblica do Apocalipse, repetir as palavras do anjo, lançando de imediato o convite ao leitor: “Toma este livro, e come-o.” Fica a movência como sendo o motivema desta grande aventura (reaventura, afinal, de muitos anos) pelos textos de Mestre Aquilino, “essa figura maior de Sernancelhe” e “também da literatura em prosa de todo o século XX português”. E, de facto, essa estrada de Damasco está anunciada desde a dedicatória. Como recusar, pois, um lugar no lugar que é lugar? O tom prefacial da abertura é esclarecedor. A matéria dita antes anuncia ser este livro uma incisão da abjuração, até porque quem se acoita na penumbra de Aquilino, cedo regressa ao desafio da escritura e da doce movência sobre um seu émulo gigante dito o “maior, melhor e mais virtuoso prosador”. É de andanças e deambulações que falamos. Daquelas que no rasto de Aquilino cruzam evidências e “semideiros” de Vila Nova de Paiva, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Aguiar da Beira e Sátão, e nos transportam, em virtuoso renovo, aos saboressaberes da mesa aquiliniana, sem que nesse estendal prandial falte sequer uma emocionante carta para além do tempo a Mestre Aquilino, em jeito posfacial, bem como uma inicial explicação contra o perfunctório a respeito da sorte do primeiro À sombra de Mestre Aquilino. Repito, movência, isto é, errância. O autor, qual judeu errante, peregrina, repetidas “vezes sem conta”, por lugares electivos aquilinianos e deles colhe o espírito do artista, como se não houvesse morte e ol-

Martim de Gouveia e Sousa

vido. Citando Aquilino pelas ideias e nem sempre pelas palavras (e ainda bem), Lima Bastos diz desconfiar o autor de Estrada de Santiago de quem não se compraz “com os honestos prazeres da mesa”. Assim se legenda uma imagem da impossibilidade de se chegar ao prazer de quaisquer artes sem o verdadeiro sabor das coisas. Bem desconfiava Aquilino do carácter dessa gente sem esfera gustativa, afastada do génio e da criação!... Múltipla e multívora, a proposição de Lima Bastos leva-nos a aprendizagens profundas que connosco chocam plenas de inconfutação: lembro aqui a magnífica aposição do intelectual feirense e nacional, pegando no dito materno, ser a morte de um idoso o ardimento de uma biblioteca. O autor escava e aprofunda, lacera e fixa, desvelando quadros imemoriais e perdidos dos forrageadores da jeira aquiliniana. E aí as informações ingurgitam e reganham foros de cidadania, “novificando-se” e perenizando-se. Desafiante, o juízo de Lima Bastos avança pela esfera institucional da canonização literária, não hesitando em avançar pela ideia de que “só mais duas ou três” obras poderão aspirar “a disputar-lhe a primazia” no século XX. E resulta muitíssimo bem o tom rendido ao engenho e ao esplendor de uma escrita cujos liames referenciais se foram perdendo no tempo dissoluto. E, no fim, está aquela já mencionada carta a Aquilino que irrompe dentro do corpo, despedindo setas pelas veias. E volta-se ao início e ao sangue. Este livro, sombra iluminada, é um texto para ser comido. Poderia um autor desejar mais?


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saúde Comissão de Utentes entrega abaixo assinado Motivo ∑ Pedido de reabertura da pediatria do Hospital de Lamego foi subscrito por duas mil pessoas

EM CASO DE INTOXICAÇÃO

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Uma delegação da Comissão de Utentes dos Serviços P úblicos de Saúde do Distrito de Viseu (CUSPSDV) entregou na terça-feira, dia 21 um abaixo-assinado com cerca de duas mil assinaturas, no Hospital de Lamego a reivindicar a reabertura do serviço de Pediatria. “Este abaixo-assinado, que em poucos dias recebeu cerca de duas mil assinaturas, exige a imediata reentrada em funcionamento da urgência de pediatria do Hospital de Lamego, considerando que este serviço é vital para a saúde e bemestar das crianças de toda esta região e para a segurança e tranquilidade dos pais, tendo em conta que o serviço de

A Valência encerrou no início de Novembro pediatria mais próximo se encontra a 45 quilómetros de Lamego. O serviço de Pediatria do Hospital de Lamego encerrou no início de Novembro. Toda s a s crianças do Douro Sul passaram a ser assistidas no Hospital de Vila Real. João Portela Cordeiro

da CUSPSDV lamentou que o encerramento do serviço “não tenha sido comunicado à população”, deixando “surpreendidos os utentes, mas também algum pessoal da enfermagem”. O si ndicato i nsiste que o encerramento da valência teve a ver com “por motivações finan-

ceiras e não por falta de recursos humanos, sejam eles enfermeiros ou médicos”. Após a entrega da petição, a CUSPSDV apela a uma tomada de posição por parte dos órgãos locais, considerando que têm assumido uma função de “espetadores passivos”.


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SAÚDE 23

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PORTUGUESES CANSADOS Portugal é o país onde há maior dificuldade em equilibrar trabalho e vida pessoal. Um estudo realizado em 14 países europeus, pela Braun Research e pela Pfizer Consumer Healthcare, conclui que metade da população portuguesa queixa-se de cansaço e falta de energia. A população aponta como causas principais para esta conclusão, o emprego, falta de exercício físico e alimentação pouco saudável. O objetivo do estudo foi avaliar como é que as pessoas se sentem na vida quotidiana em relação à sua saúde, forma de estar, postura, estado mental e as razões atribuídas a algum mal-estar que têm. Dos 14 países envolvidos, Portugal é onde há maior dificuldade em equilibrar trabalho e vida pessoal (84 por cento), segue-se Espanha (80 por cento), Grécia (70 por cento) e Holanda (39 por cento). O trabalho revela ainda que em Portugal sete em cada 10 portugueses afirmam não ter tempo para fazerem aquilo que mais gostariam.

FRANCISCO CORTEZ VAZ MÉDICO ESPECIALISTA GINECOLOGIA-OBSTETRÍCIA DOENÇAS DA MAMA COLPOSCOPIA MESTRADO EM PATOLOGIA MAMÁRIA (Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona) CHEFE DE SERVIÇO HOSPITAL S. TEOTÓNIO - VISEU Consultas: Segunda a Quinta a partir das 14 horas

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Jornal do Centro

24 CLASSIFICADOS

23 | Dezembro | 2010 RESTAURANTE O LEAL CONSSELHEIRO Chefe de Cozinha Zagallo. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Quinta do Catavejo Lt. 44 Mundão, 3505-582 Viseu. Telefone 232 185 071. Observações 6ª a Domingo - Menu de degustação | 2ª a 5ª - Preço Fixo por pessoa. RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away.

PENALVA DO CASTELO OTELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELA

RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Não tem. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos. SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

RESTAURANTE O PERDIGUEIRO Especialidades Peixes Grelhados e ao Sal, Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Assado à Padeiro. Folga Sábado. Morada Quinta do Galo, Lote B R/C Direito, 3500 Viseu. Telefone 232 461 805.Observações Aceita Multibanco.

PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE PICANHA REAL Especialidades Rodízio de Picanha. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira, Lote 1 R/C, Travassós de Cima, 3500-187 Viseu Telefone 232 186 386/7 - 917 038 215. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira).

RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas.

RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. RESTAURANTE MAJOAL Especialidades Arroz de Pato, Bacalhau c/ Natas, Grelhados, Frango de Churrasco. Folga Segundafeira. Morada Avenida Capitão Silva Pereira, 3500-208 Viseu. Telefone: 232 431 891 - 964 043 709. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terçafeira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à SubEstação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet. RESTAURANTE D. INÊS Especialidades Pratos económicos de Carne e Peixe. Folga Domingo. Preço médio refeição 5 euros. Morada Rua Serpa Pinto, nº 54, 3500 Viseu Telefone 232 428 837 – 232 184 900. QUINTA DO GALO CERVEJARIAS Especialidades Grelhados de Peixe e Carne. Folga Domingo. Morada Quinta do Galo, Lt3 | Bairro Stª Eugénia, Lt21, Viseu. Telefone 232 461 790 Observações Aberto até às 2h00. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Tradicional, Petiscos. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Medalhão de Vitela p/ duas pessoas 800g Pura Alcatra, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Sábado à Noite e Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo. RESTAURANTEACOCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês. RESTAURANTE PONTO DE ENCONTRO Especialidades Grelhada Mista do Oceanos, Grelhada à Ponto de Encontro, Bacalhau c/ Natas, Bife à Ponto de Encontro. Folga Sábado. Morada Avenida do Salgueiral, nº 3, Fojo, Molelos, 3460211 Tondela. Telefone 232 812 867. Observações Casamentos, Baptizados e outros eventos; Refeições económicas (Almoço – 2ª a 6ª feira) – 5 e 6 euros. RESTAURANTE SANTA MARIA Especialidades Cozido à Portuguesa, Picanha, Borrego Estufado, Bacalhau Santa Maria. Folga Quarta-Feira. Preço médio por refeição Desde 6,50 euros. Morada Avenida da Igreja, nº 989, Canas de Santa Maria, 3460-012 Tondela. Telefone 232 842 135. Observações Refeições económicas c/ tudo incluído – 6,50 euros; Refeições p/ fora – 5,50 euros. RESTAURANTE S. BARNABÉ Especialidades Chanfanas, Comida Italiana, Cozinha Tradicional, Arroz de Polvo c/ Gambas Morada Rua dos Bombeiros Voluntários, nº80 - 3460-572 Tondela Telemóvel 969 723 146. Observações Comida para fora. STAURANTE PRATO D’OURO Especialidades Cozinha Regional Morada EN 2, 1189 Adiça 3460-321 Tondela Telefone 232 816 537. Observações Refeições Económicas (2ª a 6ª feira), Refeições p/ fora.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE QUINTA DO MARQUÊS Especialidades Bacalhau c/ Natas, Rojões à Beirão, Vitela à Lafões, Tiramisú. Folga Domingo (Dezembro a Junho). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Galerias Quinta do Marquês, 2º Piso, Fracção Z (junto ao Pav. Desportivo Municipal e Piscinas), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 723 815. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira). RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

SANTA COMBA DÃO RESTAURANTE TÍPICO O PEDRO Especialidades Mariscos, Grelhados e Pratos Regionais. Paelha, Camarão À Pedro, Arroz de Marisco, Bacalhau Zé Pipo, Carne Porco Alentejana, Naco, Cabrito, Cabidela de Galo. Folga Não tem. Morada Rua Principal, nº 11 A, 3440465 São João de Areias. Telefone 232 891 577 – 964 262 750. Observações Casamentos, Baptizados, Grupos; Espaço Verde.

OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.

ADVOGADOS VISEU

ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Rua Miguel Bombarda, nº 37 – 1º Esq. Sala G, 3510-089 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDO

Morada Largo General Humberto

Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo5275c@adv.oa.pt CARLA MARIA BERNARDES

Morada Rua Conselheiro Afonso de

Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA

M o r a d a L g. Genera l Humber to

Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

HERMÍNIO MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498 ANA PAULA MADEIRA

Morada Rua D. Francisco Alexandre

Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344 PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Travessa da Balsa, nº 21 3510-051 Viseu Telefone 232 432 209 Fax 232 432 208 Email palopes4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes3715c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt FILIPE FIGUEIREDO

Morada Rua Conselheiro Afonso

de Melo, nº 31 – 5º, sala 502, 3510024 Viseu Telefone 232 441 235 Telemóvel 964 868 473 Email filipe.figueiredo-5153c@adv.oa.pt FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt


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CLASSIFICADOS 25

23 | Dezembro | 2010 JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454 BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDE

JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt

NELAS

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

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26 INSTITUCIONAIS | NECROLOGIA Maria José Fernandes Matias, 87 anos, viúva. Natural de Canas de Senhorim, Nelas e residente em Lapa do Lobo, Nelas. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Lapa do Lobo. Fernando Nunes Brízido, 81 anos. Natural de Oliveira do Conde, Carregal do Sal e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Currelos. Leontino Pereira dos Santos. Natural de Currelos, Carregal do Sal e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Currelos. Ilda Pais dos Santos, 79 anos, viúva. Natural de Cabanas de Viriato, Carregal do Sal e residente em Laceiras, Cabanas de Viriato. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Laceiras. Mário da Costa Pereira, 86 anos, casado. Natural e residente em Parada, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 17 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Parada. Joana Isabel Melo Pereira Figueiredo, 20 anos, solteira. Natural de Santa Maria, Viseu e residente em Tondela. O funeral realizouse no dia 20 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa. Horácio Rodrigues da Silva, 74 anos, casado. Natural de Esmoriz, Ovar e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 21 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Currelos. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415 Maria das Dores Cardoso, 81 anos, casada. Natural e residente em Ester de Cima, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 19 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Ester. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Manuel Ramos, 85 anos, viúvo. Natural e residente em Santiago de Cassurães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães. António Luís, 87 anos, divorciado. Natural e residente em Moimenta de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Moimenta de Maceira Dão. Maria Celeste Gomes dos Santos, 77 anos, casada. Natural de Almeida, Guarda e residente em Mangualde. O funeral realizouse no dia 11 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

23 | Dezembro | 2010

Emília de Jesus, 83 anos, casada. Natural de Mangualde e residente em Canedo do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 15.15 horas, para o cemitério de Mangualde. Manuel da Costa Fernandes, 78 anos, casado. Natural de Mangualde e residente em Moimenta de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde. José de Jesus, 90 anos, viúvo. Natural de Mangualde e residente em Santo André, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 15 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Alberto da Costa Gonçalves, 60 anos, casado. Natural de Mangualde e residente em Póvoa de Espinho, Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 15 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Espinho. António de Jesus Pina, 62 anos, casado. Natural de Pindo, Penalva do Castelo e residente em Paris, França. O funeral realizou-se no dia 16 de Dezembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato. Clara de Jesus Pereira Ferreira, 81 anos, viúva. Natural de S. Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 21 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara. Manuel Maria, 77 anos, casado. Natural de Mangualde e residente em Santo Amaro de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 22 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

2ª Publicação

EDITAL

N/Referência: PE/283/2008 Data: 12/12/2010

Processo: 433/08.4TBNLS

Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital, CRL Executados: Paulo Jorge de Campos Gomes e outro Processo n.º 433/08.4TBNLS Tribunal Judicial de Nelas – Secção Única Natália Teixeira Garcia, Agente de Execução, Céd. Profissional 2125, com escritório na Rua da Azerveira, 2, r/c esq. – Alagoas 3850-151 Albergaria-a-Velha, FAZ SABER que nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 14 de Janeiro de 2011, pelas 14.00 horas, no Tribunal Judicial de Nelas – Secção Única, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na secretaria desse Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: BEM IMÓVEL - Prédio urbano designado pela fracção autónoma A, destinado a habitação, Tipologia T3, com 137 m2 e garagem na cave designada por A-1, com 30,05 m2, sito na Av.ª Comandante Armando Monteiro, Lote r/c dt.º, Nelas freguesia e concelho de Nelas, inscrito na matriz sob o artigo n.º 3013-A e descrito na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital sob o n.º 3117/19980116-A. Valor Base: 84.000,00 euros (oitenta e quatro mil euros). O bem pertence aos executados Paulo Jorge de Campos Gomes e Fátima Neves João residentes na Av.ª Comandante Armando Monteiro, Bl 2, r/c dt.º, Nelas e Rua Elva, 6, Seixas, Seixo da Beira, respectivamente. Será aceite a proposta de melhor preço acima da quantia de 58.800,00 euros (cinquenta e oito mil e oitocentos euros) correspondente a 70% do valor base. Não de Encontra pendente oposição à execução. Não foram reclamados créditos. É fiel depositária, que os deve mostrar a pedido, Natália Teixeira Garcia, Solicitadora de Execução, contribuinte n.º 197300251, com escritório na Rua da Azerveira n.º 2, r/c esq. – Alagoas, Albergaria-a-Velha. Contacto: 234522328. Nota: No caso de venda mediante propostas em carta fechada em execução comum, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução, ou, na sua falta, da Secretaria Judicial, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n.º 1 do art.º 897º do C.P.C.) Das propostas a apresentar deverão os proponentes: Identificar-se convenientemente, encerrar a proposta num subscrito branco, devidamente colado e sem quaisquer dizeres e /ou marcas exteriores e dirigi-lo ao processo e Tribunal indicados nos presentes editais/publicações.

Albergaria-a-Velha, 12 de Dezembro de 2010 A Agente de Execução,

Natália Teixeira Garcia (Jornal do Centro - N.º 458 de 23.12.2010)

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NOME Nº CONT. MORADA

TLF/TLM QUANTIA (€) VALE POSTAL Nº CHEQUE Nº TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA NIB 0010 0000 26654780001 86 (ANEXAR COMPROVATIVO) Texto do anúncio

Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009 Eulália do Carmo Gomes, 96 anos, viúva. Natural e residente em Manhouce, S. Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 19 de Dezembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Manhouce. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 Maria da Conceição de Almeida Presas, 72 anos, casada. Natural de S. Miguel do Mato, Vouzela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu.

PARA VENDA DE IMÓVEL POR PROPOSTAS EM CARTA FECHADA Afixado em ..…/…../….. A Agente de Execução,

4 inserções escolha o seu modelo e categoria a inserir:

Maria da Conceição, 89 anos, viúva. Natural e residente em Nelas. O funeral realizou-se no dia 20 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério local.

Beatriz de Jesus dos Santos, 86 anos, solteira. Natural de Silgueiros e residente em Passos, Silgueiros. O funeral realizouse no dia 21 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Natália Teixeira Garcia Agente de Execução

classificados

Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Maria doa Anjos e Cunha, 82 anos, casada. Natural de Cavernães e residente em Carragosela. O funeral realizou-se no dia 20 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cavernães. António Bernardino Gonçalves, 83 anos, viúvo. Natural de Pinhel, Guarda e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Atalaia. Manuel Américo de Almeida Pinto, 70 anos, casada. Natural de Figueiredo e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva. Gracinda dos Santos Faia, 83 anos, viúva. Natural de Abraveses e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 22 de Dezembro, pelas 10.30 horas, para o cemitério novo de Abraveses. João Feliciano Peres Sacramento, 62 anos, casado. Natural de Santa Maria e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu Telefone: 232 437 461 | Fax: 232 431 225 publicidade@jornaldocentro.pt | www.jornaldocentro.pt


Jornal do Centro 23 | Dezembro | 2010

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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

Coisas do (mau) trânsito… Quem circula, a pé ou de automóvel, pela(s) cidade(s) usando os sentidos para desfrutar o ambiente, por certo, não fica indiferente à forma, de velocidade excessiva, como, infelizmente, muitos condutores transitam, provocando sustos e arrepios aos peões e aos outros utentes da via pública. Com tanta falta de civismo, digo, de responsabilidade, é, entretanto, surpreendente como não há ainda mais acidentes e vítimas nas estradas. Mas, se tal não sucede, isso fica a dever-se aos outros, aos condutores conscientes e hábeis, que têm competência para escapar a tanta irreflexão e falta de respeito pela vida do semelhante e, até, pela própria.

Ao que nos é dado observar, no que concerne à circulação nas rotundas é triste ter de o dizer, pois mais de 70 por cento dos encartados não sabe como rodá-las correctamente. E não sabe, sequer, aproximar-se delas, reduzindo, como mandam as regras, a velocidade. A estrada, na(s) cidade(s), parece uma selva, onde se “anda sobre toda a folha”, a belprazer da inconsciência de cada um. Quando alguém – como eu, agora – chama a atenção para o facto logo é insultado com palavras de mau jaez ou, no mínimo, é chamado de “bota-de-elástico”, que nunca usou. Que Mundo é este em que vivemos?!... José Calema

Tiago Virgílio Pereira

CARTA DA SEMANA

clubedoleitor

DEscreva-nos para:

GENTE DA NOSSA TERRA > JOGADORES DE SUECA DO FONTELO

CANTINHODOANIMAL | ADOPÇÕES CANTINHO DOS ANIMAIS ABANDONADOS DE VISEU • RIO DE LOBA • 232 449 934

De segunda a domingo, faça chuva ou faça sol, um grupo de reformados junta-se no Fontelo de Viseu para jogar às cartas. “Vimos para aqui vai para 10 anos”, recorda um dos jogadores que refere que “as reformas não permitem que nos encontremos num café, porque teríamos que consumir”. Os jogadores de sueca dizem que logo depois de almoço, por volta das 13h00, se dirigem para aquele que é já um local emblemático para eles e para quem por ali

passa todos os dias, onde ficam até cerca das 16h30 no Inverno, e às 18h30 no Verão. “Há pouco mais de um mês a autarquia acedeu a um pedido nosso e colocou cobertura em duas das mesas”, refere um dos reformados que diz que antes disso, mesmo a chover se encontravam. “É um escape à televisão e um forma de convívio”, conta o grupo, que apenas lamenta o mau estado das mesas de madeira daquele local.

Fêmea, com cerca de um ano. Está vacinada e desparasitada. Será esterilizada brevemente. É de porte pequeno e muito meiga. Ideal para viver em apartamento.

FOTO DA SEMANA Fêmea bebé, de porte pequeno. Está desparasitada e vacinada. Será esterilizada aos sete/ oito meses. Ideal para viver em apartamento.

Este é o mais recente mobiliário urbano colocado em Viseu pela autarquia. São cabines que protegem os taxistas das condições adversas do tempo quando atendem o telefone nas várias praças de táxis da cidade. Após a instalação, o vidro desta cabine, localizada na zona do Soldado Desconhecido, estilhaçou devido ao mau manuseamento na altura da montagem. E este é apenas um exemplo...

Fêmea, raça pequena, com cerca de três meses. Está desparasitada e vacinada. Será esterilizada aos sete/ oito meses. Ideal para viver em apartamento. Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt


tempo: parcialmente nublado

JORNAL DO CENTRO 23 | DEZEMBRO | 2010

∑agenda

Hoje, dia 23 de Dezembro, geralmente limpo. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de -2ºC. Amanhã, dia 24 de Dezembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 5ºC e mínima de 2ºC. Sábado, dia 25 de Dezembro, saraiva ou neve fraca. Temperatura máxima de 5ºC e mínima de 2ºC. Segunda, dia 26 de Dezembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 1ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Domingo, 26 Mangualde

O túnel

∑ Encontro de Cantadores de Janeiras, às 15h00, na Igreja Matriz de São Julião de Azurara. ∑ Concerto de Natal, às 16h00, no Centro de Animação Cultural, com Filarmónica de Mortágua com o Coral Juvenil Silvia Marques, a Classe Infantil do Coral Juvenil Sílvia Marques e o Orfeão Polifónico de Mortágua

Segunda, 27 Viseu

∑ Início da Oficina de Cinema, na Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, integrada na programação “Viseu a Minha Terra Natal”.

Quarta, 29 Viseu

∑ Reunião da Assembleia Municipal, às 14h00, no Solar dos Peixotos, onde será apresentado o orçamento e as grandes opções do plano da Câmara Municipal de Viseu. ∑ Sessão do CLAS sobre cuidados continuados de saúde, ponto de situação do diagnóstico social, às 14h00, na associação Acredita. Publicidade

joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt Nuno Ferreira

Mortágua

Joaquim Alexandre Rodrigues

A Governo funde hospitais de Viseu e Tondela em Centro Hospitalar

PSD questiona Governo sobre nova missão do Hospital de Tondela Requerimento ∑ Deputados exigem cópia do estudo e organigrama do novo Centro Hospitalar Em duas frentes e após a decisão do Governo de criar o Centro Hospitalar Tondela - Viseu, os deputados do PSD eleitos por Viseu querem que a ministra da Saúde explique a nova missão do Hospital de Tondela após a fusão das duas unidades hospitalares. Em documento entregue na quarta-feira na Assembleia da República (AR), os deputados exigem da parte da ministra, Ana Jorge que esclareça “quais são as valências de internamento que ficarão afectas” à unidade de saúde e “quais as especialidades médicas cujas consultas externas

continuarão a ser proporcionadas”. Os parlamentares perguntam também se haverá “mobilidade de recursos humanos afectos ao Hospital Cândido de Figueiredo de Tondela, para o Hospital São Teotónio de Viseu” e se o bloco operatório da unidade de Tondela “continua a fazer cirurgia de ambulatório”.

Estudo. No mesmo dia, os deputados social-democratas entregaram um requerimento na AR a pedir uma cópia do estudo realizado pela Escola Superior de Saúde do Porto e coordenado pelo professor Daniel Bessa “sobre a

estratégia a adoptar relativamente ao Hospital Cândido de Figueiredo”, que nunca foi publicado. Nesse requerimento é ainda solicitado o organigrama do novo Centro Hospitalar Tondela-Viseu. “O silêncio ao longo destes últimos dois anos que culminou, agora, com a criação do Centro Hospitalar, revela aquela que sempre foi a verdadeira intenção do Governo: englobar o Hospital Cândido de Figueiredo, num novo modelo de gestão”, lê-se no requerimento. Emília Amaral

Ia na A24. Levava o telemóvel ligado, queria tanto que tocasse o telemóvel. Ele, no Natal, era sempre um redemoinho de saudades dos pais e do filhos. É que ele era filho de emigrantes e pai de emigrantes. Os pais obrigados a ir “de salto” para a França no tempo de Salazar e, agora, os filhos, ambos doutorados, ele a trabalhar em Berna, ela em Londres, emigrantes, como no tempo de Salazar. Guiava como fazia todos os dias a caminho de Lamego, nos seus “que fazeres”. A Europa estava com os aeroportos fechados, os aeroportos que lhe haviam de trazer os pais e os filhos para a consoada mais para o fim da semana. Maldita neve! Maldito arrefecimento global! Azedo, levantou o pé do acelerador. À frente o túnel duplo de Castro Daire escavado no monte, duas linhas paralelas para passarem os carros e, a meio, uma galeria toupeirada para ligar o túnel da esquerda ao da direita. Todas as vezes ele fazia o mesmo jogo: a

meio, olhava para o lado de lá a ver se ia a passar um carro naquele instante no outro sentido. Nunca tal lhe aconteceu. Nunca. Mais uma vez, pôs o carro a oitenta a hora, olhou e nada. Do lado de lá, em direcção a Viseu, népias. O costume. Seguiu aos seus “que fazeres”. Ao fim do dia, regressou a casa. Dentro do carro, o perfume de uma bôla de Lamego ainda quente e o telemóvel ligado. À espera. Abrandou para entrar devagar no túnel. O costume. Já fazia tudo aquilo em piloto automático. Olhou para o lado de lá, como de costume. Daquela vez, daquela singular vez, finalmente — bingo!, num relance, viu um carro amarelo do lado de lá, a andar para o norte. Finalmente! A neura dele derreteu-se. O telemóvel tocou. Não atendeu. Não era preciso. No final da semana ele sabia de certeza certa. Ia consoar com os pais e com os filhos.


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