Jornal do Centro - Ed487

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UM JORNAL COMPLETO

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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURAS > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário 15 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 487

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

|Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·redaccao@jornaldocentro.pt·www.jornaldocentro.pt|

Europa escolhe Grão Vasco ∑ Europeana distingue-o entre as propostas nacionais

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Nuno Ferreira

| páginas 10, 11 e 12


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Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

praçapública palavras

deles

r Só vingarão as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) que tenham um serviço certificado”

rNão estamos a proceder à desactivação de escolas através de um processo meramente mecânico e automático”

rExistem sempre duas maneiras de não cumprir. Por diferença e por excesso”

João Cruz Director-adjunto da Segurança Social de Viseu (Apresentação do Centro de Apoio e Acompanhamento ao Desenvolvimento Social, 12 de Julho)

Opinião

José Junqueiro Deputado do PS (Diário de Viseu, 8 de Julho)

António Vilarigues Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu (Lusa, 13 de Julho)

Sujeitos passivos “Cada ser humano é uma pequena sociedade” (Novalis, Observações Entremescladas)

Vamos à definição nua e crua: “Sujeito passivo José Lapa do imposto é a pessoa Técnico Superior do IPV a quem a lei obriga a pagar o imposto. Numa relação jurídica fiscal, encontramos duas partes que se situam em posições opostas, uma que designamos por sujeito activo, a quem compete a definição, criação, lançamento e cobrança do imposto, e outra por sujeito passivo, a quem compete o pagamento do imposto e outras obrigações acessórias.” Comecemos por referir a criatividade do legislador, muito afortunado na criação do termo: sujeito passivo. E se é verdade, que o excesso de formalismo bestifica (sem ofensa) o dito, a verdade é que a criatividade aqui é uma realidade. Repare: falar em lixo ou em sujeito passivo, salvando as devidas proporções, vai dar ao mesmo. Bom! Agora que andamos todos a clamar contra as empresas de rating, que nos classificaram de lixo, nem ao conforto de um ecoponto tivemos direito, começamos a perceber, que a própria linguagem das institui-

Opinião

Américo Nunes Vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu (Diário de Viseu, 13 de Julho)

rA população de Penalva do Castelo merece mais respeito e não vai continuar a permitir que brinquem com ela”

ções financeiras, sejam elas na versão estatal ou privada, têm o fito de nos disciplinar, reduzindo-nos à insignificância, de meros elementos produtivos. A terminologia podia ser hilariante, senão traduzisse a dimensão de acabrunhamento do cidadão, perante as adversidades. E, estes quadros de vida não deixam de nos preocupar, até porque como escreveu Sophia Andresen: “Este é o tempo/ Da selva mais obscura” (Mar Novo). Esta é uma sociedade de sujeitos passivos, vulgarizada na sua identidade humana, por úberos interesses financeiros. Nunca o capitalismo foi tão selvagem e agressivo. Nunca deu mostras de tanto despudor. Se é verdade que jamais o homem encontrou uma alternativa credível ao sistema capitalista, também deve ser dito, que foi sempre incapaz de o domesticar ou se quiserem, de lhe colocar uns bons freios. O Marxismo, o mais importante sistema ideológico que o combateu tenazmente, - justificando aqui as suas premissas ideológicas - acabou ele próprio a construir um modelo capitalista de estado, suportado por uma ditadura insuportável (passe a redundância) assente em gulags. E até a própria China, tão escrupulosa do seu socialismo científico, acabou ironicamente num florescente e fluorescente sistema capitalista, também como é sabido com muleta ditatorial, freneticamente

a comprar tudo o que há para comprar pelo mundo fora. O grande problema do dogma marxista, foi acreditar que o capitalismo implodiria. Esta análise enviesada falhou na previsão. Afinal, os ciclos sucedem-se e renovam sempre o sistema. Resumindo: os apontamentos marxistas com a sua enorme carga teológica, acabaram por falhar na contemporaneidade das suas práticas. A crise é tremenda, contudo tem sempre um mas: gera oportunidades, potencia novas visões. Afinal, se temos de suportar a jactância capitalista, por falta de alternativas, que esperamos nós do capitalismo? Que seja auto-regulado e potenciador de lucro, conseguindo dessa forma níveis razoáveis e aceitáveis de segurança económica para toda a população mundial, através de um circuito de distribuição de riqueza que acuda aos mais fracos. E também se lhe exige, que evite uma crise derradeira. Sim, porque a idiossincrasia do sistema funda-se na evolução dos famosos ciclos económicos, que se manifesta por crescimento e… crises. Donde, se houver uma crise derradeira, os efeitos dessa ruptura serão imprevisíveis. E então quem paga? Os do costume. Não vale a pena idealizar cosméticas. A

realidade supera-as. Somos, pois, sujeitos passivos. Sombras entediadas de um filme de Fritz Lang, de preferência Metropolis. Passivos! Pronto! Massificados pela política austera que o poder vai tecendo. E como nos vamos desenvencilhar deste colete-de-forças? Não vamos! Estamos condenados a sobreviver neste cenário. Mas, não vale a pena desanimar, como bem sentenciou Jean-Paul Sartre, estamos condenados à liberdade. Usemo-la, então, com afinco. Temos de combater o dinheiro, enquanto ideologia terrorista. As empresas de rating não são mais do que um bando de trogloditas, que só pensa em ganhar dinheiro, utilizando até à exaustão o princípio de Nicolau Maquiavel, de não olhar a meios para atingir fins. Empregar a liberdade significa, num quadro ético responsável, valorizar a cidadania. Pressionar as instituições políticas, económicas e sociais, em prol da sociedade. Eleger a cultura como modelo de interacção entre todos na sociedade. É urgente passarmos de sujeitos passivos a sujeitos activos. Façamos disto paradigma, em nome do futuro. Permitam-me, para terminar que vos evoque Séneca: “Não é por as coisas serem difíceis que não temos ousadia. É por não termos ousadia que as coisas são difíceis.”

Dão dos Vinhos

Na nossa região, no ano passado, ainda não se tinha vindimado uma uva e já se derramavam os piores vaticínios sobre a colheita. Os média, embarcados na incessante procura de temas, assuntos e factos, espalharam-se numa teia ao longo das rotas de produtores e tentaram colher o que lhes permitisse informar sobre o tema, com o afago da meritória verosimilhança da fonte onde beberam a notícia. Incaracterístico, o ano vitícola permitia que, sem margem de erro, fossem feitos os mais absconsos artigos sobre a matéria. Sempre se acertaria, pelo menos em parte, no que se lhe referisse. A climatologia, em ordem de variação transanual, cindiu a elegante sabedoria dos mais velhos, confundindo-os à mercê de ciclos de calor/frio/humidade/seca/chuva/geada que, desregrados, se impuseram e obrigaram à inter-

venção técnica dos agrónomos, também esses, por vezes, sem soluções acertadas nas receitas prescritas e nos produtos indicados. Depois, o resultado foi, no mínimo, curioso. Os enólogos foram obrigados a empenhar os seus conhecimentos e a entregarem-se denodadamente ao seu mister. Em boa hora. Deram conta do recado. Tomaram a matéria-prima que tinham e, com todos os defeitos que apresentavam, cavalgaram as dificuldades, obrigaram a técnica a emergir e a mostrar-se eficiente e eficaz e apresentaram um panóplia de vinhos de muita qualidade. Mas mais. Com uma variedade de sensações organolépticas* conjugadas invulgar no Dão, mesclando sabores, aromas, cores, texturas e demais características num intrincado contexto de apreciação a que poucos têm acesso. Grandes enó-

logos temos na Região. O Dão afirmou-se, no meio vitícola e vinícola, como um tecido produtor de vinhos da mais alta qualidade, mesmo com as condições mais adversas. Calculo, por outro lado, que os enógrafos(as) que se dedicam ao estudo da nossa Região (os eméritos sucessores do Sr. Engenheiro Vilhena na Quinta da Cal) tenham extraído do sucedido algo mais que lhes permita agir no atempado conselho e acompanhamento dos nossos produtores. Já nesta safra o que se vem verificando tem pouca semelhança com a anterior, mantendo-se, e de novo, a atipicidade. Bom, a diferença entre o ano passado e este é, basicamente, a seguinte: Em 2010 havia uvas. Em 2011 escasseiam. Pousaram este ano, fantasmagoricamente, sobre as nossas


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números

estrelas

8258 É o número de idosos anualmente abandonados pelos seus familiares nos hospitais públicos portugueses. Há uma verdade de que raramente nos lembramos: somos todos os velhos de amanhã, e o tempo passa mais célere do que nós pensamos...

Álvaro Bonito Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) do Instituto Politécnico de Viseu apresentou esta semana o Centro de Apoio e Acompanhamento ao desenvolvimento Social (CAADS). Um projecto destinado a apoiar as IPSS no caminho da certificação e na melhoria da sua gestão. Mais do que isso trata-se de um sinal que vai ao encontro da necessidade do ensino superior se ligar às restantes organizações.

Importa-se de responder?

Hugo Lopes Bernardo Maia Pilotos

Sérgio Gorjão Director do Museu Grão Vasco

A Europeana, fórmula digital de pensar a cultura europeia, distinguiu o Museu Grão Vasco para, juntamente com o Palácio Nacional de Sintra, representar Portugal. Uma honra para Sérgio Gorjão, para o Museu Grão Vasco e para Viseu.

São dois jovens pilotos de Viseu a competir no Ralicross Iniciação e que vão apresentando resultados. Bernardo Maia, de São Pedro do Sul, é o campeão em título enquanto Hugo Lopes, de Viseu dá os primeiros passos na competição. Ostentam com orgulho o nome da região de onde são naturais nas suas viaturas, mas o apoio que recebem das respectivas autarquias é zero, ou perto disso. Valem os pais e os patrocinadores. Comparando com outros pilotos da região, são dois pesos e duas medidas.

Qual a sua opinião sobre as agências de rating? Acho bem que existam mas não concordo com a forma de actuação. Estas agências são manipuladas pelas grandes potências económicas e pelo país em que estão sediadas. Os resultados que transmitem devem ser credíveis e imparciais. Deveria haver uma fiscalização contínua a estas agências, porque os resultados divulgados têm muito poder sobre a economia de um país.

As opiniões destas agências de rating, como a Moody´s, são essencialmente económicas. Não descrevem Portugal como lixo, dizem é que o risco de investir cá é grande, mas isso todos nós sabemos. Os verdadeiros alicerces destas agências não são os potenciais riscos económicos para os investidores, mas a questão do dólar face ao euro, camuflada em opiniões como a da Moody´s. Liliana Marques

Ermelinda Osório

Técnica de Laboratório

Jornalista

Não concordo com as agências de rating. O país está na miséria e elas ainda se aproveitam para o denegrir mais. É uma vergonha.

António Alves Construtor Civil

vinhas um ror de moléstias que assombraram as videiras, as recolheram na sua produção, as envergonharam na sua pujança vegetativa e as remeteram para uma promessa de futuro. Mas não foi geral. Há vinhas que estão esplêndidas. Por quê? E porquê sempre nos mesmos a sorte e o azar? Pesarão, certamente, para tal um conjunto alargado de factores que concorrem em “singulares” e em “equipa” quer a ajudar, quer a estragar. Não basta haver bons técnicos. Para a maioria mantém-se o reconfortante, esperançoso e muito nacional «Talvez para o ano que vem…» Mas, esta situação assemelha-se-me tanto com a do nosso País… Sempre à espera que tudo corra bem; que venham os produtos de fora milagrar a produ-

Não concordo. Acho que fizeram uma avaliação prematura da situação portuguesa, uma vez que ainda não foi aplicado o plano de austeridade a 100 por cento. Esta avaliação vai ter um impacto muito negativo na economia portuguesa.

Bruno Brás Militar

ção; que ajude o São Pedro; que tudo caia do céu e que a minha miséria não seja agigantada, fazendo eu menção de promessa de descruzar os braços. Será porventura esta estreita e amarrada semelhança que nos faz amantíssimos da excelência do que temos produzido nos vinhos. Mas também com esses vinhos fazemos jus à famosa frase de Napoleão Bonaparte a propósito do seu consumo: «nas vitórias é merecido; nas derrotas é necessário». *Organoléptica – perceptível pelos sentidos. As características organolépticas de um vinho são as suas sensações olfactivas, gustativas, visuais e tácteis, percebidas durante a sua apreciação. Pedro Calheiros


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Director Paulo Neto, C.P. n.º TE 909 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redacção (redaccao@ jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

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Tiago Virgílio Pereira tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

Paulo Neto Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Director do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Os ratos do rating Serravam os ramos em que se sentavam E gritavam uns aos outros as suas experiências Como se podia serrar mais rápido, e despenhavam-se Com ruído pra as profundezas, e os que viam Abanavam a cabeça ao serrar e Continuavam a serrar. B.Brecht, Poemas, versão port. de Paulo Quintela, Ed. ASA

Directora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

“Portugal foi um indómito louco, atirou-se para um precipício, agarrou-se a uma corda que lhe atiraram. Está a trepar com todas as forças, lúcido e humilde como só alguém que se arruína fica lúcido e humilde. Veio a Moody’s cuspiu para o chão e disse: subir a corda é difícil – e portanto cortou a corda.” Pedro S. Guerreiro, in “Negócios on line”

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

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Gerência Albertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

E eis que chega entretanto o “quinteto maravilha”: Cavaco Silva de 1985 a 95; Guterres, de 1995 a 2002; Barroso de 2002 a 2004; Santana, de 2004 a 2005 e Sócrates, de 2005 a 2011…”

Hoje toda a gente fala muito das agências de rating. Todos (eu inclusive) temos uma palavra contra elas. E todas não serão suficientes. Mas serão elas as únicas culpadas do estado de insolvência a que chegámos? Imaginemos este cenário: O leitor é uma pessoa com diversos bens. Boa carteira de investimentos, diversos haveres pessoais, um nome impoluto, etc. Recorre à banca porque quer montar determinado negócio que se deve auto financiar. Não quer mexer nos seus capitais próprios. A banca, porque o leitor é credível, facilita-lhe tudo o que deseja, com excelentes spreads, baixas taxas de juro e uma palmada amistosa nas costas. Outro cenário: o leitor quer fazer o mesmo investimento que o atrás descrito, é cumpridor mas não tem bens nem activos credíveis. Que lhe sucede? Ou não financiam. Ou financiamno com toda a espécie de avales, hipoteca dos bens, spreads altos e juros semelhantes. De certo modo é isso que acontece com países como a Alemanha e Portugal, por exemplo. Pior. Portugal, tendo sido considerado pela Moody’s “junk status” (lixo), apesar de ter conseguido o empréstimo da troika que, desde que o concedeu, veio gerir o país, está à beira da bancarrota com esta notação. Ou seja, não presta! E isto, naturalmente pela espiral de risco ampliada desde o 1º trimestre de 2009, quando o risco de “default” (incumprimento) era de 11,7% e colocava Portugal no 25º lugar entre os países com mais possibilidades de endividamento; para passar no 4º trimestre de 2010 para 40,1% e 4º lugar no ranking e finalmente, no pretérito 8 de Julho, atingir os estrondosos 59,07% que são iguais a lixo! A Iª República, de 1911 a 26 teve 44 primeiros-ministros, junta constitucional incluída e alguns nomes que se repetiram. É obra! Foram muitos

para tão poucos anos… A Ditadura Nacional, de 1926 a 33 teve 6. Estava-se na fase da compressão. O funil veio mesmo com a IIª República ou Estado Novo, de 1933 a 74 e apenas com dois primeiros-ministros: Salazar e Caetano. É obra! Foram poucos para tantos anos… Os Governos Provisórios, de 1974 a 76, trouxeram-nos uma Junta de Salvação Nacional chefiada por Spínola, à qual se seguiu Palma Carlos, Vasco Gonçalves, Pinheiro de Azevedo e Almeida e Costa, este último sendo tão breve que ninguém o recorda, de 23 de Junho a 23 de Julho de 1976. A IIIª República inicia-se com Mário Soares, a quem se segue Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria de Lurdes Pintassilgo, Sá Carneiro, Freitas do Amaral (interino), Pinto Balsemão e, de novo Mário Soares. Em meados de oitenta, vivemos o princípio da adesão à CEE. Panaceia milagrosa que resolveria todas as maleitas. Clube dos ricos que nos deixava aceder, com complacência, “à mesa das sobremesas”. Entretanto, com Mário Soares, tivemos o FMI a comandar-nos, e é bom que não esqueçamos esses tempos de crise… E eis que chega entretanto o “quinteto maravilha”: Cavaco Silva de 1985 a 95; Guterres, de 1995 a 2002; Barroso de 2002 a 2004; Santana, de 2004 a 2005 e Sócrates, de 2005 a 2011… Estes Senhores, quer queiramos quer não, quer branqueemos ou não os seus actos, foram uma espécie de coveiros deslumbrados de Portugal. Uns mais que outros, até pela diferença de tempos de governação, deram o seu inquestionável contributo para conduzir o país à ruína, sendo a cereja posta em cima do bolo, por José Sócrates, adjuvado também pela crise internacional de 2008. Mas a verdade incontornável é que a crise veio para todos e só soçobraram aqueles que já estavam no caos económico, moribundos… As 4 pontas de um rectângulo a cercarem a Europa: Portugal/Espanha a sudoeste; Grécia a sudeste; Irlanda a noroeste e Islândia a nordeste. Lá dentro… os outros, aqueles que ainda têm “estofo” para resistir ao “Bloqueio Continental”, outrora feito por Napoleão e a França à Grã-Bretanha, e hoje feito pelas agência internacionais de rating (made in USA, maioritariamente). Agora, em momento de encontrarmos formas de sacudir a água do capote, sabemos que em tempos de crise, sobem dos esgotos as ratazanas. E as ratazanas chamam-se rating, agências de rating. E aqui chamo a atenção para o visionamento, quase obrigatório do filme/comentário do realizador Charles Fergunson, “Inside Job”. São 104’ de filme que, no dizer de David Germain, da Associated Press, tratam “A história de um crime como

não houve outro na História”. E neste filme premiado até com Óscares, pelos corredores afora do sistema, entendemos a “ascensão de uma indústria maldita (…) e suas perversas relações com corruptos políticos, académicos e operadores de mercado.” Foi o desmoronar de todo um sistema financeiro ultra liberal que desgraçou e arruinou milhões de pessoas em todo o mundo e teve um custo de mais de 20 triliões de dólares. No fundo, o tal império da Wall Street, através das CDO’S (Collaterallized Debt Obligations) a vir permitir que os créditos de má qualidade classificados com ratings elevados fossem vendidos a Instituições e Bancos Centrais sedentos de “hedge founds” (fundos de cobertura só acessíveis aos ricos), gerando níveis de endividamento brutais face ao rendimento, criando os tais “produtos tóxicos”, créditos de má qualidade, que no esquema de Ponzi, ou outra qualquer pirâmide mais actual, se converteu nesta bancarrota quase generalizada. E é então que, até aí mais ou menos discretamente incubadas, surgem em força as empresas de rating norte americanas, com o superavit de Reagan, Bush (pai), Clinton e Bush (filho). Consultemos, a nível local, o site da CPR e leiamos: “O rating é uma opinião sobre a capacidade e vontade de uma entidade vir a cumprir de forma atempada e na íntegra determinadas responsabilidades.” Ou de outra forma dito: As agências de rating realizam avaliações sobre países, instituições, empresas, etc. e atribuem notas de risco sobre a capacidade de pagarem as suas dívidas. Ou seja, avaliam se um país ou empresa está em boas ou más condições para pagar o dinheiro pedido na data acordada. Até aqui tudo bem, com a bênção das ER (entidades reguladoras) as agências de rating vinham dar as boas e as más notas aos bons e maus alunos. E o Banco de Portugal, por exemplo, cumpriu a sua função, neste contexto? Onde está Constâncio? Ao lado direito de Trichet, pois claro…! Quanto custou ao país e aos portugueses a sua “inobservância” dos factos? Das agências mais importantes a actuar no mercado mundial, as mais reconhecidas são a Standard&Poor´s, Moody’ s Investor Services e a Fitch Ratings. Foram criadas para que investidores de todo o Mundo as usem para avaliar o risco que têm ao emprestar dinheiro a determinados países ou empresas. Existem há vários anos e foram criadas para fornecer avaliações independentes sobre investimentos. No início, os investidores pagavam para obter esses dados.


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Em 1975, nos EUA, devido a uma proliferação de agências de ratings - algumas com objectivos menos claros - decidiu-se que apenas a Standard&Poor´s, Moody’ s e Fitch poderiam ser utilizadas oficialmente. Os países pagam a estas agências para os avaliarem, como é o caso de Portugal e depois, sentadas à mesa com facas de gume luzidio, trincham-nos em fatias delgadinhas… As suas avaliações são feitas com letras, com pequenas siglas, que têm este significado:

Hoje estas agências de rating estão debaixo de fogo cruzado devido às múltiplas acusações de falharem sistematicamente nas avaliações, de modo a servirem a usura crescente dos investidores/especuladores, que à custa dessas “falhas” têm feito fortunas incomensuráveis, algumas, literalmente, de um dia para o outro… A maior falha deu-se no sector imobiliário dos EUA, onde foram feitas avaliações sobredimensionadas para de repente cair em bancarrota. E aqui coloca-se outra perspectiva: a qualidade do crédito tornou-se irrelevante e o activo para o qual se destinava – o imobiliário – era altamente inflacionado pelo crédito concedido sem limites; entretanto terminou o crescimento dos preços; as transacções das casas caíram a pique, porque não é possível refinanciar dívidas com bases em activos cada vez mais caros. E quando faltou o “soft landing” (a aterragem suave), deixou-se de transformar crédito que era quase lixo em crédito para o qual existiam investidores infinitos (Bancos Centrais incluídos). Ou seja, sempre que é possível a um devedor refinanciar-se é impossível que ele entre em incumprimento. E lá voltam os esquemas de pirâmide, perante os quais a célebre Dona Branca era uma freira Carmelita… quando deixa de se poder refinanciar entra em falência. Há sobejos exemplos disso na banca portuguesa e exemplos de muitas empresas que continuaram a ser financiadas para evitar o estatelamento final, que arrastaria atrás de si a entidade financiadora… Mas além disso, as agências de rating falharam estrepitosamente, também com a Islândia que entrou em bancarrota quando tinha uma avaliação elevada. E hoje, ainda ignoramos quais as consequências da reacção aguerrida do povo e do governo islandês… E ao continuarem as falhas – e são demasiadas e grandes falhas juntas – estão a agir com

cirúrgica acutilância na sofreguidão de esquartejarem e chegarem ao osso, para nem o tutano lhe deixar… Neste momento, a consciência deste 5º ou 6 º poder (sei lá eu!) e a incomensurabilidade da sua dimensão e abrangência, tornou-o mais temível que a mais grave das epidemias, mais letal que a bomba atómica, tornou-se na maior calamidade de todos os séculos. Em resultado disso, por todo o mundo, estas agências de rating começam a ser e vozes vo es hishis postas em causa , ouvem-se

ação da sua triónicas exigindo a reavaliação o, o boicote regulação…, a sua extinção, generalizado a empresas e países que res que traas acolham e a especuladores écie de funbalhem com elas. Outra espécie damentalismo a confundir o “inchaço com a gordura”! erg. O bloco Isto tudo é a ponta do iceberg. erso. E nindescomunal está ainda imerso. nho, logo, o guém sabe qual o seu tamanho, seu peso, a sua velocidade e capacidarto, é que a de de devastação. Certo, certo, Moody’s cortou em véspera de leilão o rating português para Ba2… E agora outro enfoque; e se a Europa, há séculos construtora de utopias, conseguisse que o petróleo fosse pago s, o que suem euros e não em dólares, ropa, tivescederia aos EUA? E se a Europa, aga das rase a força de erradicar a praga ting que vai cevando? E se a Europa se alhanço e consciencializasse do seu falhanço da falência das suas políticass neoesse liberais? E se a Europa tivesse uma política social? Há muitos “SÊS” no ar. Mas, assente em terra está uma cer teza: um mundo na garra rapace da agiotagem e sem rosto, que tem mãos que cheiram a droga, a pólvora e ia sangue, é um mundo à beira do colapso e pronto para o ssurgimento de todos os “isndo mos” e xenofobias. Um mundo se. Antes a assim não está a construir-se. ma ganância destruir-se, em nome de uma mitada, de cega, de uma corrupção ilimitada, sses inquauma cumplicidade de interesses lificáveis e, fundamentalmente, no totall esquecimento da componente social da Europa de Jacques Delors. Que os credores do topo da pirâmide económica suportem as perdas, esse seria o recado corajoso que a Europa deveria transmitir univocamente, que o mesmo é dizer, sem tergiversações e a uma só voz. Ou será que os povos ao

perderem a identidade perderam também a coragem? Uma última ponderação: se a Europa criasse agências de rating europeias e credíveis, determinando que todos os seus Estados membros cortassem com as agências USA? Ademais sabendo-se que o “olho do furacão” de 2008 viu a luz em Washington... Ou será que a Europa tem interesses inconfessáveis por detrás de todos estes “economicídios”? E já agora, porque não revisitar os velhos Marx e Engels? “velhos”

Quem é o teu inimigo Ao faminto, que te tirou O último pão, olha-lo como inimigo. Mas ao ladrão que nunca passou fome Não lhe saltas às goelas. B.Brecht, op cit.

“Cada homem especula sobre como criar no outro uma necessidade nova para o forçar a um novo sacrifício, para o deslocar para uma nova dependência e induzi-lo a um novo modo de fruição e, por isso, de ruína económica. Cada um procura criar uma força essencial estranha sobre o outro, para aí encontrar a sati sfação da sua própria necessidade interesseira. Com a massa dos objectos cresce, por isso, o domínio do ser estranho ao qual o homem está subjugado e cada novo produto é uma nova potência do engano mútuo e do mútuo saque. O homem torna-se tanto mais pobre como homem, precisa tanto mais do dinheiro para se apoderar do ser hostil, e o poder do seu dinheiro cai justamente na proporção inversa da massa da proporção, i. é, a sua indigência cresce à medida que aumenta o poder do dinheiro.” Manuscritos Económico-Filosóficos de 1844, Ed. Avante.

Errata

O editorial do número anterior sofreu a abstrusidade de uma gralha impertinente na última linha do 1º parágrafo, que o tornou semanticamente desastrado. O leitor, tolerante e sábio, relevou-a e percebeu, pelo contexto, o conteúdo da frase. O leitor apressado, não deu por ela. O leitor ressabiado exclamou: “Este tipo não sabe escrever!” As nossas desculpas aos três.


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abertura

textos e foto ∑ José Lorena

“Temos que com o Dão e

Por ocasião da atribuição dos prémios do 49º Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor”, o Jornal do Centro ouviu dois dos mais jovens e destacados enólogos da região demarcada. Carlos Silva e António Narciso representam a última geração de profissionais dedicados à qual se deve muito do sucesso externo e interno dos vinhos Dão. Ambos fazem o ponto da situação e apontam caminhos para o futuro da produção e, sobretudo, da promoção dos vinhos da Região Demarcada do Dão.

vinhos. Quando falo na excelência lembro o “terroir”, as características que aqui existem para a produção de vinhos. Quando se colocam estes vinhos em provas internacionais - os melhores fenómenos acontecem de fora para dentro, - esses são os momentos em que conseguimos levar o Dão da Ásia à América do Sul, fechando todo o planeta. Mas sentimos que ainda falta o grande salto. É um avanço que depende de todos e só com ele se pode alavancar a região a um patamar mais alto. As bases estão cá todas, podemos ir longe, mesmo com a falsa questão da dimensão que temos. Se nos agruparmos conseguimos ultrapassá-la. Já houve países e respectivas regiões vitivinícolas, como a Itália, que deram saltos muito significativos quando se agruparam. Temos que tornar moda o nome Dão. E não estamos a falsear nada. Merecemos essa distinção. O Dão deveria ser hoje a única marca principal para todos os vinhos que daqui saem?

A Carlos Silva e António Narciso: dois enólogos à conversa sobre o Dão A 49ª edição do prémio “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor” surge em mais uma fase das várias que ao longo dos séculos XX e XXI têm acontecido à produção e aos vinhos da Região Demarcada do Dão. Em que tempo é que esta distinção da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), vem apanhar a produção de vinhos na mais antiga zona demarcada de vinhos de mesa do país?

António Narciso (AN) – Eu sinto que o Dão deu um grande salto na qualidade, mas tem uma enorme falta de meios para a sua promoção. Temos vinhos de grande qualidade e está mais do que provado que podemos ombrear, nesse aspecto,

com qualquer região nacional e do mundo. Em provas cegas [feitas por especialistas sem saberem qual a proveniência dos vinhos a classificar] ficou já provado que o Dão fica à frente dos vinhos de qualquer outra zona. Digo isto por experiência própria. Fico com a sensação, no entanto, que as pessoas têm medo de pegar no vinho do Dão. Ainda pensam muito mal dele. O que nos falta hoje é a promoção. Fazer barulho, muito barulho, com os nossos vinhos. Há que criar o nosso lóbi na comunicação social, tal como outros o criaram e têm alimentado. Isso é necessário também.

Chegou mesmo a temer-se uma crise grande no Dão nas últimas duas décadas, com a quebra do prestígio alcançado em anos anteriores. Acha que foi ultrapassado este estado?

AN – Nesta última década conseguiu-se avançar muito em relação ao que eram os vinhos há 10 ou 15 anos atrás. O que sente do actual Dão?

Carlos Silva (CS) – A quem está dentro do Dão parece-me que é cada vez mais difícil falar do próprio Dão. Para quem está fora será mais fácil e surgem de imediato respostas rápidas. Sinto que, ano após ano, estamos numa região excelente para a produção de

AN – Na promoção externa é preciso que, cada vez mais, se fale do nome, ou marca, Portugal. Nele se deve incluir tudo: vinhos, azeites e todos os produtos que temos e nos distinguem. Por cá é certo que devemos produzir Dão. Se o Dão estiver na moda e se os vinhos tiverem uma boa relação entre a qualidade e o preço essas são as condições desejáveis. O que não podemos é puxar cada um por si, promovendo a sua marca. Isso reflecte-se às vezes na distribuição: dizemos que os nossos vinhos são muito bons, mas depois… são do Dão e é difícil vendê-los apesar dos vinhos serem melhores e mais baratos dos que já distribuem. Parece que há

pessoas que fogem dos nossos vinhos. O Dão ainda sofre o estigma que sobre ele caiu há umas décadas…

Se, por acaso, convidarmos um distribuidor a provar os nossos vinhos sentimos que se fossem Douro ou Alentejo eles viriam logo a correr. Eles até vêm, dizem que o vinho é muito bom mas começam depois a pôr dificuldades para o comprar. Infelizmente os “entendidos”consideram hoje mais chique e consensual o Douro ou o Alentejo. Este comportamento reflecte-se na restauração, por exemplo. Na própria região de Viseu o Dão está fora de moda. O que é chique e habitual é beber Douro e Alentejo e quanto mais caro melhor. Se for caro é que é bom. Até por parte da distribuição a tentativa é cada vez mais a de, no coração do Dão, fazer com que se consuma Douro e Alentejo. A aposta na promoção é de facto importante…

CS – Há coisas que custam muito. Por exemplo, trazer ao Dão os fazedores de opinião, críticos de vinhos oriundos de países como a Nova Zelândia, os Estados Unidos da América, a Alemanha, a Suíça, a França ou o Reino Unido. Isso não foi fácil. Inicialmente temos os primeiros encontros e contactos. Tantas vezes nos vêem que acabam por nos fazer a vontade e vêm. O resultado são os artigos que escrevem sobre o Dão. Isso já vem acontecendo mas custa-nos muito a todos. AN - …e na sequência disso às vezes temos surpresas, como a que surge dos escritos de muitos dos jornalistas de vinhos que asseguram serem os vinhos do Dão os mais equilibrados de todo o país.


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VINHOS DO DÃO | ABERTURA 7

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fazer barulho colocá-lo na moda!” CS - …e quando vemos alguns, por exemplo, considerar o Dão “uma riqueza escondida”, “nunca vi isto em lado nenhum do mundo”… então dá para pensar: algo está a mudar! E falo dos grandes críticos de todo o mundo. O Dão para eles já está no mapa. O que tem que acontecer é que os nossos vinhos têm que ir para o mapa do consumidor. AN – Aconteceu aqui há uns anos um vinho da zona de Palmela ter conseguido uma posição destacada num grande concurso internacional. Os seus produtores, a autarquia e outras entidades apressaram-se a dizer que tinham o melhor vinho do mundo. Se as pessoas soubessem quantas vezes e que distinções têm por vezes os vinhos do Dão em muitos concursos internacionais de prestígio iam ficar admiradas, como aconteceu recentemente a um vinho da Quinta da Fata, que esteve ao lado de alguns dos melhores vinhos do mundo e teve a melhor pontuação entre os vinhos portugueses. CS - …ou até mesmo quando um vinho do Dão obtém uma medalha de ouro na revista “Decanter” [uma das mais prestigiadas revistas de vinhos do mundo]. Nem passa na cabeça das pessoas o que será isso. É que nem estavam lá vinhos do Alentejo ou do Douro. AN – Penso que até se podem esconder as marcas, mas tem obrigatoriamente que se falar no Dão. O Douro, o Alentejo, Carcavelos, Colares, a Península de Setúbal, entre outras zonas do país, sempre tiveram grandes vinhos. Mas é no Dão que nasce a primeira demarcação de vinhos de Portugal. Foi a primeira tentativa de organizar uma zona com características próprias. Com “terroir”, palavra francesa que hoje se conhece e utiliza por muitos. O que quer dizer?

CS – Em tradução literal quer dizer… terrunho. É um conjunto de fenómenos como o clima, o solo ou as condições edafoclimáticas, que condicionam a casta de uvas criada em determinado local. Perante esse “terroir” de cada região é escolhida a casta. Por vezes a escolha é má e outras vezes muito boa. O “terroir” permite obter um tipo de uva madura e a sua tipologia. Dois clones [geneticamente idênticos] de castas podem ter comportamentos diversos se forem colocados em zonas diferentes. A faixa central da Região Demarcada do Dão tem um “terroir” aproveitável propício à cultura da uva para vinhos. A norte e a sul as condições já não o permitem, mas tudo faz parte do Dão. E dentro da faixa dita boa existem algumas variações. AN – A variabilidade existe de produtor para produtor. Se conseguirmos ter um “terroir” diferente em cada um desses nichos isso pode ser para nós uma grande vantagem. O início da década de 90 do século XX marcou o surgimento de uma figura no Dão: a do enólogo, tanto em quintas particulares, como nas adegas ou no aconselhamento a pequenos produtores. É um profissional com formação específica. Que importância atribuem à vossa presença, à vossa profissão?

CS – Sem desrespeito para com as profissões das pessoas relacionadas com o vinho, a tarefa do enólogo representa muito. Pela expressão antiga do Douro, o enólogo era o provador. Só provava os vinhos. Mas é muito mais que isso. É preciso que o enólogo controle e sinta todo o processo. Desde a cultura da vinha à produção dos vinhos. Ele tem que sentir as dificuldades do produtor e tem que o convencer a produzir bem. Tem que ficar até ao fim e

fechar o ciclo, para depois o abrir de novo. Penso que esse trabalho foi sendo conseguido e é hoje uma realidade. AN – Em muitas das casas de vinhos os proprietários vêem os enólogos como um mal necessário. Nós temos por obrigação que devemos acompanhá-los desde o plantio da vinha até que o vinho seja servido ao cliente. Cada projecto vitivinícola é um bocado de nós também. Há duas referências no Dão actual. Sem serem únicos, todos os respeitam e falam deles. O que pensam do já desaparecido Magalhães Coelho e do produtor de Seia, Álvaro de Castro?

AN – Álvaro de Castro é o produtor dos 95 por cento, ou seja, adapta-se ao que o mercado quer e assim produz a maioria dos seus vinhos. É um homem que começou no futuro, com uma grande visão do que era necessário para fazer bem os seus vinhos. Magalhães Coelho era o homem dos restantes cinco por cento, que optava sobretudo pelos vinhos de excelência. Tenho respeito pelos dois. CS – O primeiro significa o velho mundo, o Dão do “terroir”. Mas, Magalhães Coelho era também um homem que estava sempre a aprender, ia a todas e nunca se cristalizou. Acho que estava muito à frente do seu tempo. E acho que aprendeu com Álvaro de Castro e vice-versa. Um mais jovem, outro menos. Álvaro de Castro tem um negócio para alimentar e quem não o conhece em qualquer feira internacional de vinhos? Sabe perfeitamente que tipo de vinhos tem que levar para os vender. É a tendência que temos vindo aqui a falar. Álvaro de Castro já a tinha trazido há mais de 20 anos para Portugal.


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8 ABERTURA | VINHOS DO DÃO

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XLIX Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor” Colheita de 2010 Prémio “O Grande Vinho do Dão” PRODUTOR

ADEGA

CATEGORIA

ESPÉCIE

Virgínia Marques Barbosa Formoso

Corga - Penalva do castelo

IV

TINTO

PRODUTOR

ADEGA

CATEGORIA

ESPÉCIE

Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL

Penalva do Castelo

II

TINTO

António Silva Viana

Vila Nova de Tazem

II

TINTO

Arlindo Marques Cunha

S.João da Boavista - Tábua

II

TINTO

Oliveira - Mangualde

IV

TINTO

Cesce - Sociedade Agrícola, E.T.C.A., S.A.

Casta TOURIGA-NACIONAL

Casta

TOURIGA-NACIONAL

João Coelho Gouveia

Oliveira de Barreiros - Viseu

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Peter Viktor Eckert

Oliveira do Conde - Carregal do Sal

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, S.A.

Aldeia de Carvalho - Mangualde

II

TINTO

Vinícola de Nelas, S.A.

Nelas

II

TINTO

Virgínia Marques Barbosa Formoso

Corga - Penalva do castelo

IV

TINTO

Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL

Penalva do Castelo

II

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Adega Cooperativa de Silgueiros, CRL

Loureiro de Silgueiros

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Agriema,Lda

Paranhos da Beira

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Casa de Vilar de Ordem, Lda

Povolide - Viseu

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Jorge Almeida Ferreira dos Reis

Oliveira de Barreiros - Viseu

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

O abrigo da Passarela, Lda

Passarela - Lagarinhos-Gouveia

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Quinta da Bica - Sociedade Agrícola, Lda

Santa Comba de Seia - Seia

IV

TINTO

TOURIGA-NACIONAL

Quinta da Bica - Sociedade Agrícola, Lda

Santa Comba de Seia - Seia

II

TINTO

Quinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda

Pindelo de Silgueiros - Viseu

IV

Quinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda

Pindelo de Silgueiros - Viseu

IV

Quinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda

Pindelo de Silgueiros - Viseu

II

TINTO

Quinta do Sobral

Santar - Nelas

IV

TINTO

Raquel Camargo Mendes Pereira

Oliveira do Conde - Carregal do Sal

II

TINTO

Raquel Camargo Mendes Pereira

Oliveira do Conde - Carregal do Sal

IV

TINTO

Sociedade Agrícola Casa Aranda, Lda

Oliveirinha-Carregal do Sal

IV

TINTO

Sociedade Agrícola do Castro de Pena Alba, S.A.

Penalva do Castelo

II

TINTO

Spagre - Sociedade Agrícola, Lda

Oliveirinha-Carregal do Sal

IV

TINTO

Passarela - Lagarinhos-Gouveia

III

ROSADO

O abrigo da Passarela, Lda Quinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda

Pindelo de Silgueiros - Viseu

III

TINTO TINTO

ALFROCHEIRO TOURIGA-NACIONAL TOURIGA-NACIONAL TOURIGA-NACIONAL TOURIGA-NACIONAL TOURIGA-NACIONAL

ROSADO

Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL

Penalva do Castelo

IV

BRANCO

Cesce - Sociedade Agrícola, E.T.C.A., S.A.

Oliveira - Mangualde

I

BRANCO

João Coelho Gouveia

Oliveira de Barreiros - Viseu

I

BRANCO

Maria de Lurdes M. Albuquerque Osório

Lagarinhos - Gouveia

I

BRANCO

ENCRUZADO

Sociedade Agrícola Casa Aranda, Lda

Oliveirinha-Carregal do Sal

IV

BRANCO

MALVASIA-FINA

Spagre - Sociedade Agrícola, Lda

Oliveirinha-Carregal do Sal

IV

BRANCO

MALVASIA-FINA

Spagre - Sociedade Agrícola, Lda

Oliveirinha-Carregal do Sal

IV

BRANCO

ENCRUZADO

Prémio

Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Ouro Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata Medalha de Prata

“O Grande Vinho do Dão” - Morgado de Pindo - Touriga Nacional Tinto

“Querendo é que se dança” O prémio “O Grande Vinho do Dão” da edição deste ano (relativa aos vinhos da produção de 2010) do Concurso Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor foi

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para um tinto de Penalva do Castelo. A jovem agricultora Virgínia Barbosa Formoso conseguiu apresentar um lote feito unicac mente a partir da casta Touriga Nacional e conquistou conquis o júri da competição. trab Mas o grande trabalho da adefreg ga de Corga, na freguesia de Pindo, foi começado an anos antes pelo f pai, João Barbosa, figura conhecida no mundo do dos vinhos do D e antigo Dão m membro da A Adega Coop perativa de Publicidade

Penalva do Castelo e da UDACA, em Viseu. O lema de João Barbosa sempre foi “querendo é que se dança”, diz. O produtor, e agora a filha, trabalham com os consultores “Wines & Wines”, esperam que desapareçam as dificuldades na comercialização dos vinhos e na mão-de-obra para trabalhar as terras. João Barbosa pretende introduzir no mercado todo o lote ganhador, composto por 21 mil litros de Morgado de Pindo 2010.

Comentário

“Também me revejo no Dão” O ano de 2010 não foi um grande ano no Dão. Foi apenas um bom ano. Nos brancos não houve medalhas de ouro mas nos tintos apareceram muito bons vinhos. Para mim o Dão é uma região que está adormecida, mas tem um elevado potencial. Ao longo da história o Dão já teve mais notoriedade que tem hoje. Nestas coisas é preciso ser firme e ter políticas e estratégias consequentes. Recordo-me que há alguns anos, por exemplo, o Dão era um grande sucesso na Dinamarca. Depois abastardaram tudo à boa maneira portuguesa: começaram a vender gato por lebre. O Dão tem vinhos que não são concentrados como os do Douro, mas são elegantíssimos. Acho que têm um perfil de futuro. Diria mesmo que os vinhos do Dão poderão vir a satisfazer alguma elite. Mas é preciso trabalhar muito. Felizmente temos (falo no plural porque também me revejo no Dão) uma Comissão Vitivinícola com um presidente – Arlindo Cunha – que é uma pessoa que pode acrescentar muito à região por conhecer o mundo, ser do Dão e, principalmente, por vestir a camisola. Mas há qualquer coisa que lamento ainda relativamente ao concurso dos melhores vinhos do Dão no produtor. Estes vinhos às vezes não chegam ao mercado. São feitos em pequenas quantidades e podem Publicidade

Anselmo Mendes Enólogo, presidente do júri do XLIX Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor”

entrar outros lotes nos circuitos comerciais. Isso é uma pena. “O Melhor Vinho do Dão” desejava-se que pudesse ser engarrafado. Após a divulgação dos resultados do concurso, penso que os apreciadores ficam com curiosidade em vir a provar os vinhos ganhadores. Quando falamos de concursos de vinhos engarrafados torna-se mais fácil por já existirem no mercado. Neste caso trata-se de vinhos de produção, que ainda não foram engarrafados e infelizmente não chegam aos consumidores. O desejável seria, por exemplo, que o vinho que ganhou o concurso estivesse disponível para os consumidores. Quanto à qualidade dos vinhos que apareceram no concurso não podemos dizer que ficou tudo dito sobre a qualidade do ano de 2010. Os produtores mandam os seus melhores vinhos. Todos os vinhos premiados, principalmente os tintos que tiveram medalhas de ouro, têm grande categoria. O que é preciso agora é promovê-los e pôr as pessoas a falar da região do Dão, da qual se fala pouco, em detrimento do Douro, do Alentejo ou dos Vinhos Verdes.



10 Entrevista ∑ Tiago Virgílio Pereira Fotografia ∑ Nuno Ferreira

Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

à conversa

Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt

“Mesmo com poucos recursos consegue-se Sérgio Gorjão, 41 anos, é director do Museu Grão Vasco, em Viseu, desde Agosto do ano passado. É licenciado em História, pós-graduado em Museologia e História da Arte e mestre em Museologia. Ao Jornal do Centro falou da actual situação financeira do Museu, das dificuldades, dos projectos para o futuro e o que fazer para dinamizar o espaço cultural da cidade. Sérgio Gorjão mostrou as obras em exposição no Grão Vasco e desvendou os tesouros escondidos nas reservas do Museu. Como avalia a extinção do Ministério da Cultura?

Sinceramente não tenho opinião formada sobre isso. Pode ser uma medida interessante se a Secretaria de Estado tornar o serviço mais operativo, se for mais útil, mais eficaz, mais eficiente para a gestão dos serviços e nessa perspectiva pode ser interessante, mas ainda não tenho uma opinião formada, porque não temos uma base comparativa para dizer se é melhor ou pior. Noutros tempos, já tivemos uma Secretaria de Estado e não deixou de funcionar, claro que um Ministério nos dá a ideia de maior brilho na instituição da cultura mas, independentemente do nome que atribuirmos, se facilitar o trabalho de todos, tanto melhor. Teme que isso minimize a cultura em Portugal?

É verdade que essa ideia está generalizada. Compete às instituições conseguirem mudar esse preconceito. O Ministério da Cultura, como estava, dava resposta às exigências do seu sector?

Acho que o Ministério da Cultura estava a tentar dar resposta da maneira que podia, tendo em conta as graves carências que o país atravessa. Independentemente do Governo ser titulado por um ou outro partido, penso que

essas dificuldades são hoje muito patentes. No entanto, nós que trabalhamos na área da cultura, gostaríamos de ver mais incremento nesta área, até porque sabemos ser este um dos caminhos pelo qual Portugal pode vir a sair-se bem. A cultura integra um domínio mais vasto ligado ao património, ao turismo e esses são também factores económicos muito importantes no nosso país. Se fizermos investimento na cultura, estamos a criar condições para virmos a usufruir desses frutos, mais à frente, se só fizermos gastos sem saber bem o que estamos a fazer, só estamos a enterrar dinheiro.

ligadas profissionalmente ao Museu Grão Vasco?

Nos quadros estamos 18 pessoas. Mais quatro em contratos de inserção e temos muitos estagiários em períodos que variam entre um a três meses. Há alturas que temos 13 pessoas a mais

Essencialmente, da área de hotelaria e turismo. De escolas secundárias, de cursos profissionais, do ensino superior da área da História da Arte, da área de Turismo e Animação Cultural. Temos outros estágios no âmbito de trabalhos de

ma continuada. Para isso acontecer deveríamos ter relações com outras instituições e haver uma maior continuidade de trabalho. Agora, o Museu é sempre muito solicitado para fazer representar informação sobre as suas peças e até mes-

Sim, não tanto pela exposição que ocorreu aqui, mas porque essa exposição foi itinerante no país, em várias cidades e vilas, acabando por estacionar em Silves. Obviamente que essas exposições com grandes

mestrado e com alunos estrangeiros.

mo empréstimo de peças, o que é sempre uma mais-valia para nós e para o país.

temas atraem, à partida, muita gente. Um tema que mexa com a nossa imaginação ou com a nossa dimensão emotiva faz com que as pessoas tenham uma maior apetência e depois há, também, uma máquina de promoção dessas actividades.

Quais são as maiores dificuldades financeiras na gestão corrente do Museu Grão Vasco?

Em primeiro lugar a área de gestão do Museu assenta em três esferas: A área do pessoal, a área da gestão dos espaços e dos equipamentos e a área mais ligada à componente museológica: investigação e exposições. Claro que a falta de dinheiro afecta todas estas áreas, mas nem por isso deixamos de continuar a trabalhar. Se não conseguimos ir por um caminho temos de ir por outro, por vezes mais árduo, se calhar não conseguimos tanta visibilidade do nosso trabalho. Se tivéssemos uma base mínima, conseguiríamos produzir outros resultados, mesmo assim não deixamos nunca de trabalhar. Obriganos a explorar e a procurar novas oportunidades. Até certo ponto é sustentável que, mesmo com poucos recursos, se consiga produzir bom trabalho. Se conseguirmos estabelecer parcerias, criar protocolos com instituições, criar novas competências nos nossos próprios funcionários, interagir mais com a sociedade, conseguimos superar muitas das deficiências que actualmente sentimos, claro que em outras áreas não é tão fácil.

a trabalhar connosco, o que também é interessante, porque, provavelmente, somos das instituições que mais pedidos de estágio recebe, não só aqui da cidade, mas também do distrito.

Em termos de recursos humanos, quantas pessoas estão

Os estagiários vêm de que áreas de ensino?

Qual a projecção do Museu Grão Vasco no estrangeiro?

O Museu Grão Vasco já teve alguns momentos de projecção, relativamente isolados. Gostaríamos que essa projecção fosse de for-

Houve um período que o Museu teve grande afluência de pessoas, devido a uma exposição de instrumentos de tortura, da Inquisição. Tem ideia disso?


SÉRGIO GORJÃO | À CONVERSA 11

Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

produzir um bom trabalho” Apostas para o futuro, visando dinamizar o Museu?

Nós gostaríamos de reestruturar algumas áreas da exposição permanente. Tem a ver com a introdução de peças que estão em reserva, ou que estiveram em restauro e que ainda podem en-

apresentado. Isto no nível da comunicação. Em termos de exposições temporárias, gostaríamos que esse espaço destinado às exposições privilegiasse as nossas próprias colecções, dado que temos tantas coisas em reserva, que

ter museológico, nomeadamente com a exposição do Almada Negreiros, que temos actualmente, e é uma colecção do Abade de Baçal. No futuro, iremos trabalhar a curto prazo com algumas exposições com outras entidades. É impor-

Estamos a fazer um trabalho de revisão dos inventários, porque há peças que pertencem a outras instituições e desde os anos 20, 30 e 40 foram depositadas aqui. Há peças que pertencem ao Museu do Chiado, por exemplo, e temos de re-

Onde está guardado a maior parte desse espólio?

daquelas que são expostas e as outras?

Durante anos os Museus eram depositários de grande quantidade de objectos e de informação. Actualmente temos uma perspectiva mais límpida, faz-se uma maior triagem daquilo que queremos expor, portanto há um conjunto de bens que estão remetidos para reserva e os melhores estão na exposição permanente, onde têm espaço para brilhar. Quanto aos objectos do Museu, a maior parte está nas instalações do próprio Museu, isto porque aquando das obras, foi necessário remover todos esses bens, uma parte foi para a Misericórdia, onde se fez uma exposição, outros foram para o Regimento de Infantaria (R.I.V:), nº14, em Viseu e outros ainda, por motivos de empréstimo, estão dispersos por algumas instituições. Nos últimos meses conseguimos fazer a trasfega de grande parte dos materiais – centenas - guardados no R.I.V., e isso permite-nos dizer que a esmagadora maioria dos objectos já está aqui guardada.

Essa selecção foi delineada na altura em que se fez o programa museológico para a reabertura deste museu, em 2004. Nessa altura fezse uma selecção do melhor, do ponto de vista artístico, e que melhor simbolizava a riqueza das colecções do museu e também do ponto de vista da riqueza da História da Arte e daquilo que nos dá uma maior leitura. Há peças que não pertencem ao Grão Vasco e que foram solicitadas para conseguir completar ainda melhor esse discurso. Essa selecção teve por base a circunstância de se ter de abrir novamente o museu com um discurso museológico actualizado. Quando fazemos uma exposição temporária, seleccionamos com base na representatividade daquela obra, a sua importância, o que ilustra um discurso que temos de apresentar. Existem técnicos superiores responsáveis por algumas das áreas das colecções, mas essa escolha é sempre feita pela direcção, em articulação com os respectivos técnicos.

O R.I.V. teria todas as condições de segurança, mas há outros factores a ter em conta, comoascondiçõesambientais. Estavam asseguradas?

Dintinção A Europeana - agência para divulgação da cultura europeia – seleccionou para publicação inicial no seu portal europeu, dos 40.000 registos apresentados pelo Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), os conteúdos relativos às colecções do Museu Grão Vasco e do Palácio Nacional de Sintra. riquecer o conteúdo do Museu. É fundamental, a curto prazo, rever todo o sistema de informação do Museu: as tabelas, as folhas de sala. Termos a base para a criação do site do Museu, que ainda não existe e na qual estamos a trabalhar, e esperamos que até ao final do ano possa ser

faz sentido que o Museu estude e trate essas obras para as poder devolver, nem que seja temporariamente, ao público. É o que estamos a fazer com a exposição de José de Almeida e Silva. Queremos abrir relacionamentos com outras instituições de carác-

tante esta correlação entre instituições, porque nos alivia muito em termos financeiros e nos obriga a conhecer melhor o nosso património. Quantas peças constam do acervo do Museu?

Passam das 4 mil peças.

ver essas situações, por outro lado há também peças nossas que estão noutros locais. Há um número definido em termos de fichas, há um número definido em termos de registo de inventário, disponíveis por via digital, mas estamos a fazer uma revisão profunda.

Isso é sempre um problema que se tenta minorar da maneira que se pode. A verdade é que as condições ambientais desses espaços, não eram suficientemente controladas, por outro lado, foi aquele o espaço que se conseguiu encontrar para acolher aqueles bens. Há um equilíbrio. Escolheram-se provavelmente os bens mais resistentes a essas variações: metais, por exemplo, mas também existia algum mobiliário mais sensível. Foram tomadas medidas para minorar os danos de uma mudança de ambiente ou falta de controlo de ambiente. Por isso é que encetámos o mais depressa possível a trasfega dos bens para o museu. Das peças que estão em reserva, quem é que faz a escolha

Que factores pesam nesse “discurso museológico actualizado”?

Nós estamos a atender às opiniões, sensibilidades e sugestões que nos vão sendo dadas. Acerca de um ano atrás, muitas pessoas disseram-me que era pena não haver mais peças do Almeida e Silva expostas e foi isso que determinou a exposição. Essa pressão que o exterior exerce sobre o Museu é útil. Desde que temperada, dá-nos a tónica do que as pessoas desejam ver e é também um gesto de participação que é muito útil nas instituições públicas. O que mais sugere o público?

O público, em geral, gostaria de ter legendagem em língua estrangeira, de ter acesso por via digital, ter folhas de sala com informação tratada e objectiva. Nós estamos aqui para


12 À CONVERSA | SÉRGIO GORJÃO

Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

Tesouros da Beira O Jornal do Centro teve acesso à parte menos visível do Museu Grão Vasco, guiado pelo seu director. Assim, tivemos a oportunidade de contactar com algumas das peças que compõem o seu acervo, constituído por mais de 4.000 obras de arte. Desde a escultura (arte sacra e profana), tapeçaria, faiança, pintura, numismática até relevante espólio arqueológico. Tudo muito acomodado e resguardado, na expectativa do momento de brilhar. Ou seja, quando for apresentado aos visitantes, de acordo com factores como: temática, oportunidade, critério estético e disponibilidade de espaço físico. Os viseenses podem e devem orgulhar-se do Museu Grão Vasco, mesmo se parcialmente desconhecedores de todos os tesouros lá existentes. servir o público, nem poderia ser de outra forma, e assim, todas estas sugestões serão implementadas. O que aconteceu ao café-bar que existia no Museu?

Os Museus hoje em dia não são apenas espaços de exposição, é bom que tenham outras valências. Nós temos uma loja, uma cafetaria, uma biblioteca, um serviço de arquivo a funcionar. Há um conjunto de aspectos que podem ser de fruição pública. Quanto à cafetaria, esteve concessionada mas deixou de haver interesse nessa concessão e estamos a preparar-nos para a abertura de novo concurso. O que pode acrescentar em relação à biblioteca?

A biblioteca comporta umas centenas de obras e Publicidade

tem essencialmente dois pólos: é uma biblioteca de Arte, a maioria das obras que aqui constam são para investigação, tem a bibliografia nacional e estrangeira e está orientada para várias tipologias artísticas. Há também um núcleo com a História local, o Museu Grão Vasco não se desliga da História da própria cidade e a biblioteca tem títulos raros de encontrar. Há um espólio de livros no Museu?

Temos um fundo mais antigo e tem havido doações esporádicas de algumas pessoas, as quais estão acessíveis ao público. Toda a gente o pode consultar. Existem documentos desde o século XV e XVI. A maior parte destes documentos estão microfilmados. Existe um catálogo

dessas obras. Tem havido espectáculos no Museu?

Temos tido alguns espectáculos de teatro, música e acções pedagógicas. Nestas últimas duas semanas, tivemos espectáculos de música em parceria com o Instituto Piaget. O projecto “Passo ao Sábado”, em parceria com a Empório, também tem sido muito bem recebido. Não há uma actividade regular, mas tem havido alguma constância. Não temos uma programação para eventos musicais, por exemplo, mas temos tido muitos eventos desses, porque nos tem sido solicitado o espaço, temos feito parcerias. A parceria com o Teatro Viriato que se traduz nas Visitas Dançadas tem corrido muito bem e é aqui-

lo com que o Museu gostaria de poder contar em outros domínios, que passa por convidar as pessoas a ter uma leitura nova do próprio museu e das colecções. Que tipo de formação é que é dada aos funcionários do Museu?

A formação no Museu passa muito dos funcionários mais antigos para os mais novos, esta passagem de testemunho é muito importante. É algo estática, mas também há acções de formação ligadas ao acolhimento, aos aspectos da loja, ao aspecto cultural. Tentamos fazer formação interna e alguma externa e tudo isto tem de ser muito bem combinado com os perfis de cada pessoa. Tem havido, por parte da Rede Portuguesa de Mu-

seus, formações com alguma regularidade, mas deveria haver todos os anos um momento em que as pessoas fizessem uma pausa para refrescarem algumas das ideias sobre as formações, trocarem algumas impressões e exporem dificuldades, para superarem os obstáculos. É preciso mais formação, em muitos domínios diferentes, não é por ela existir pontualmente que o trabalho está assegurado. A nível interno tentamos explicar o mais possível aos colaboradores, porque o público coloca muitas questões e muito diversas, e é muito importante que as pessoas que dão a cara pelo museu, na recepção e na vigilância, saibam responder e ter a honestidade de dizer não sei – se for caso disso – e passem a um colega ca-

paz de satisfazer as necessidades do utente. O que é para si mais importante na relação entre as pessoas e o Museu?

O acolhimento no Museu é muito importante. A maior parte das pessoas, quando acaba de ver uma exposição e sai do museu não se recorda de tudo o que viu e passado uns dias, em geral, não se vai recordar de quase nada. O que fica da visita ao Museu, na memória futura, é o bom acolhimento que se deu aos utentes/visitantes e essa vertente emotiva chega a superar a dimensão académica.



Jornal do Centro

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região POPULAÇÃO DE PENALVA VOLTA A EXIGIR SAP A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu convocou uma concentração da população de Penalva do Castelo para esta sexta-feira, para debater medidas com vista a exigir melhorias nos serviços no centro de saúde local. Esta concentração da população, segundo António Vilarigues, do núcleo de Penalva do Castelo da comissão de utentes, surge depois da entrega, em Março, de um abaixoassinado com duas mil assinaturas onde era exigida a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e mais médicos. O núcleo de Penalva do Castelo da comissão de utentes recorda que passaram quatro meses desde a entrega do abaixo-assinado e nada foi realizado. “É urgente e imperioso que os responsáveis pela manutenção deste estado de coisas assumam os seus compromissos. A população de Penalva do Castelo merece mais respeito e não vai continuar a permitir que brinquem com ela”, adverte a comissão. Lusa

Autarquia “estuda” a melhor solução para as escolas do concelho Encerrar ou não?∑ Autarquia de Viseu tem vindo a conversar com os pais mas sabe que a decisão final é do Ministério da Educação Já está em marcha o processo de reorganização escolar tendo em vista o ano lectivo 2011/2012 que se aproxima. Em Viseu, o vice-presidente da Câmara Municipal, Américo Nunes tem vindo a reunir com os encarregados de educação, responsáveis pelos agrupamentos e autarcas para, em conjunto, analisarem quais as escolas do 1º Ciclo que poderão encerrar. Ainda assim, o também responsável pelo pelouro da Educação tem presente que “o Ministério da Educação é que tem a última palavra”. Para já, o objectivo passa por desactivar escolas que “não existiam pa ra o M i n istério da Educação”, uma vez que funcionam como pólos. Exemplo disso é o encerramento da escola de

A O objectivo passa por desactivar escolas que “não existiam para o M.E. Carragoso, Passos de Cavernães, Folgosa e Couto de Baixo e uma escola da freguesia de Bodiosa. Dos muitos encontros

que tem vindo a manter, ficou “acordado” que os seis alunos da escola de Passos de Cavernães, vão ser t ra n sfer idos

para a escola de Cavernães. “Os pais entendem que é melhor transferir as crianças para uma escola que tenha mais alu-

nos”, disse. Apesa r de fa lta rem dois meses para o arranque das aulas para os alunos do 1ª ciclo, Américo Nunes disse que “as decisões são sempre tomadas por esta altura, todos os anos, porque as inscrições dos alunos aconteceram até ao dia 20 de Junho e, só a partir dessa data, é que os agrupamentos souberam o número exacto de alunos, e se esse número aumentou ou diminuiu”, explicou. O vice-presidente não quis adiantar mais pormenores ao Jornal do Centro, deixou apenas duas garantias: “cada caso é um caso” e que “não é a Câmara que coloca os professores”. Tiago Virgílio Pereira tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

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foto legenda

A Fenprof reuniu em Viseu o seu estado maior para analisar o momento nacional da Educação. A colocação de professores para o próximo ano lectivo esteve na ordem do dia, entre outros temas. Durante o encontro, o secretário-geral da organização, Mário Nogueira, avistou-se com o vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu para entregar um memorando entretanto redigido. A presença na autarquia deveu-se apenas à inexistência de governador civil do distrito na Alberto Sampaio. JL



7 dias Jornal do Centro

José Lorena

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Degolada. Um a jo vem de 20 anos foi degolada com uma faca de cozinha pelo ex-companheiro na manhã de domingo, dia 10 de Julho na aldeia de Avões, em Lamego. Pelas 9h30, José foi a casa de Lília, que tinha abandonado a casa que partilhavam, e, após uma acessa troca de palavras, o jovem arrastoua para a casa de banho e cortou-lhe o pescoço. Foi o final trágico de uma relação de quatro anos marcada pela violência. Lília deixa dois f ilhos menores. Um de três meses e outro de 3 anos. José já foi presente ao Tribunal de Lamego e foi-lhe aplicada prisão preventiva, como medida de coacção.

A O último troço que faltava passar a quatro faixas entre o centro de Viseu e Vila Chã de Sá

EN2 alargada em Repeses Acessibilidades ∑ Empreendimento comercial facilitou decisão da autarquia O último troço da antiga Estrada Nacional 2, entre o centro da cidade de Viseu e Vila Chã de Sá, que faltava alargar para quatro faixas de rodagem vai finalmente ser concluído. Trata-se do alargamento de cerca de duas centenas de metros de via, actualmente ainda em duas faixas, junto aos semáforos de Repeses. De acordo com o presidente da Câmara Muni-

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cipal de Viseu, Fernando Ruas, a obra estava prevista há largos meses mas tinha uma “barreira” de peso: a autarquia fazia depender a conclusão do alargamento de uma solução imposta a um grupo empresarial que pretendia investir num terreno próximo da via a alargar. “Trata-se de uma ‘operação’ que a Câmara Municipal dirigiu, que previa a solução deste caso”,

explicou Fernando Ruas. A “operação” a que o autarca se refere foi a de encontrar um parceiro que assumisse a obra, ou seja, uma união que fizesse com que a Câmara reduzisse os gastos com os trabalhos. A antiga EN 2, no seu percurso da cidade a Vila Chã de Sá, foi tomada em parte pela Câmara de Viseu, que conseguiu encontrar parceiros para a conclusão das obras de

alargamento para quatro faixas de rodagem. De acordo com Fernando Ruas, o processo de alargamento do troço de Repeses vai entrar agora na fase de negociação com os “poucos” moradores que ainda restam nas habitações próximas da estrada. “Penso que vamos conseguir chegar a entendimento com as pessoas para a aquisição dos terrenos necessários pois a obra vai ser muito

proveitosa para a cidade”, disse o autarca, que acrescenta poder ser usada a figura da posse administrativa de terrenos “caso surjam dificuldades”. Tanto as obras de alargamento, como o novo empreendimento junto à rotunda entre Paradinha e Repeses levaram à aprovação da suspenssão do Plano de Pormenor nº 19 do Município de Viseu. José Lorena

Detenção. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Moimenta da Beira deteve na segunda-feira, dia 11, dois homens de 41 e 53 anos por posse ilegal de armas em Penedono. Na oca si ão, fora m apreendidas três carabinas, 250 cartuchos de vários calibres e dois cartuchos de calibre 9 milímetros def lagrados. Os detidos foram notificados para comparecer no Tribunal de São João da Pesqueira.


Jornal do Centro

TONDELA | LAMEGO | REGIÃO 17

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Nuno Ferreira

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A O quadro de efectivos previsto é de 12 agentes e dispõe apenas de cinco

Posto do Caramulo mantêm-se GNR ∑ Passagem a secção de atendimento não se coloca no ministério Ahipótese avançada na semana passada de o Posto Territorial da GNR do Caramulo (Tondela) poder passar a posto de atendimento e funcionar apenas entre as 9h00 e as 17h00 estará posta de parte. Fonte próxima do processo confirmou ao Jornal do Centro que que se tratou de uma ideia desgarrada, transmitida aos presidentes das juntas de Arca, Guardão, Mosteirinho, S. João do Monte, Silvares e Varzielas, não estando prevista qualquer reestruturação do posto, a nível ministerial. O Posto da GNR do Caramulo dista cerca de 20 quilómetros da sede

do concelho, cobre um raio de acção alargado e por estradas sinuosas de montanha que vai até ao limite do concelho de Águeda. O quadro de efectivos previsto para a esquadra é de 12 agentes, mas nesta altura dispõe apenas de cinco elementos da GNR. A população e as juntas de Freguesia há anos que reivindicam mais efectivos, sendo visível a falta de agentes para garantir a segurança de pessoas e bens em determinadas situações. Perante os “rumores”, os autarcas das seis juntas reuniram no sentido de manifestar em conjunto a sua preocupação

e “discordância” com a possível passagem a posto de atendimento, considerando um “erro”. “A nossa posição apenas se limita ao facto de defender os interesses das populações ‘resistentes’, que cada dia vêm mais difícil continuar a habitar uma terra que continuamente tem serviços deslocados para os grandes centros em nome de uma melhor eficácia e eficiência”, lêse no comunicado, onde os autarcas reforçam a necessidade de mais efectivos da GNR para o Caramulo. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Bouchemaine e Lamego geminadas em breve A Câmara Municipal de Lamego e a municipalidade francesa de Bouchemaine estão a preparar um acordo de geminação que leva a uma troca de conhecimentos e experiências entre as duas comunidades. O primeiro passo da forma lização do pro -

cesso aconteceu durante uma visita à cidade de Lamego de uma delegação de Bouchemaine, entre 4 e 8 deste mês. O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, considera que as geminações “são um instrumento indispensável para facilitar a apro-

ximação entre os povos e cidadãos de diferentes países. O proximo passo para a concretização da assinatura de geminação passa por uma visita de uma comitiva de Lamego a Bouchemaine, “com vista a um melhor conhecimento da realidade local”.


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economia Missão da AIRV leva empresários a Luanda Huambo e Benguela

A Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV está a preparar mais uma missão empresarial a Angola, que vai decorrer entre 30 de Outubro e 8 de Novembro, em Luanda, Huambo e Benguela. É a terceira viagem em que a AIRV, com o apoio da AICEP em Luanda, leva empresários da região a conhecer novas oportunida-

des de um mercado cheio de oportunidades. O presidente da AIRV, João Cotta adianta que o objectivo desta missão é “estar mais tempo fora de Luanda”, convencido de que é mais fácil investir em outras cidades e região fora da capital angolana: “Há muita gente a procurar oportunidades em Angola, mas Luanda exige grande capacidade finan-

ceira por ser uma cidade muito cara. Nesse sentido é importante procurar oportunidades fora”. Para João Cotta as missões empresariais da AIRV são preparadas no sentido de “ajudar a abrir portas”, uma vez que os potenciais investidores beneficiam de um trabalho preparatório reuniões marcadas, visitas guiadas, contactos estratégicos com empresas, com os ministérios e outras entidades. As inscrições para participar na missão empresarial a Angola devem dar entrada na AIRV até 30 de Julho, sendo as inscrições consideradas por ordem de entrada. EA

A Empreendimento da rede de supermercados aprovado para Repeses

Pingo Doce com novo projecto aprovado

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Construção∑ Câmara de Viseu dá luz verde Há longos anos que se espera um investimento comercial para o espaço livre situado junto à actual rotunda que, em Repeses, dá acesso a Paradinha, na freguesia de S. Salvador. A empresa de gestão imobiliária Imoretalho é a proprietária do terreno e vê agora aprovada pela autarquia de Viseu um projecto de construção de um empreendimento híbrido para o local com as componentes de comércio, habitação e aparcamento. A ligação da Imoreta-

lho ao grupo Jerónimo Martins fez com que a iniciativa há muito tivesse dado entrada para aprovação nos gabinetes da Câmara Municipal. Todavia, a autarquia colocou condições para a pretendida luz verde desejada pelos investidores. O projecto apresentado inicialmente previa a instalação no espaço de uma unidade Feira Nova, por ocasião em que a maioria das novas superfícies comerciais de média e grande dimensão anunciavam o seu aparecimento em Viseu. Feira

Nova era a designação da rede de supermercados do ramo de distribuição do grupo Jerónimo Martins, entretanto absorvida pelo Pingo Doce nas unidades de média dimensão. De acordo com a Câmara Municipal de Viseu, o empreendimento tem a designação de “Pingo Doce” (ver planta sobreposta em mapa fotográfico do local) e dele ainda não são conhecidos pormenores de investimento. José Lorena

Continente em Lamego A Câmara Municipal de Lamego acaba de ceder à Sonae Distribuição um espaço, sob a forma de arrendamento, destinado a escritórios e salas de formação para futuros trabalhadores de um supermercado de média dimensão - da cadeia Continente Modelo - que em breve será instalado na-

quela cidade. A nova unidade Continente Modelo de Lamego ficará situada na zona das Amoreiras e será servida por uma nova acessibilidade, a futura Circular Externa de Lamego, cujas obras referentes à primeira fase já se iniciaram. O grupo Sonae vai ocupar até 30 de Novembro o

terceiro piso do Mercado Municipal de Lamego, com mais de 700 metros quadrados, a partir do qual irão ser realizadas acções de formação para preparar a maior área comercial do concelho que terá agregadas lojas como a Worten, Modalfa, Sport Zone, Book It, Bom Bocado e Wells - Saúde Óptica.


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INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS 19

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“Oliveira do Hospital será o ponto central da região da Beira Serra” Evento ∑ Feira Regional de Oliveira do Hospital (ExpOH) decorre de 16 a 24 de Julho num formato “renovado” A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital junta a partir de amanhã e até ao dia 24 o comércio, a indústria, o turismo, a agricultura, os serviços, as instituições, a gastronomia e a música num só espaço que pretende ser um veículo de divulgação das potencialidades do concelho e, este ano, ganha dimensões internacionais, nomeadamente com o grande espectáculo de Lloyd Cole. A segunda edição da ExpOH - Feira Regional de Oliveira de Frades vai dar a conhecer durante nove dias o trabalho desenvolvido pelos agentes económicos, sociais e culturais, empresas e institui-

ções através da presença de cerca de 120 expositores presentes no certame com stands da sua actividade. Num formato renovado, mais trabalhado, mais dinâmico e com um espaço de amostragem mais alargado, a ExpOH está montada para que os visitantes encontrem “novas oportunidades para as actividades e os desafios das empresas e das instituições, mas também para os projectos que cada família vai esboçando”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, José Mendes. Para o autarca, “mesmo numa fase de contracção da economia e do investimento como a que se vive

em Portugal”, há “motivos para crer que a edição de 2011 da ExpOH conseguirá igualar, ou mesmo suplantar, o sucesso e a dinâmica da primeira edição”. Mas a ExpOH vai viver também de espectáculos de várias dimensões (ver caixa ao lado). Para tal, estão montados dois palcos. Sendo possível assistir a grandes concertos, é igualmente possível assistir a espectáculos de grupos concelhios num segundo palco e outros eventos dedicados ao público jovem e à terceira idade. “Oliveira do Hospital será o ponto central da região da Beira Serra”, termina José Mendes. Emília Amaral

Emanuel, 16 de Julho, 22h30 Os Golpes, 17 de Julho, 22h00 Pólen, 20 de Julho, 22h00 Gabriel, 21 de Julho, 22h00 Cuca Roseta, 23 de Julho, 22h00 Lloyd Cole, 24 de Julho, 22h30 Cerimónia de inauguração, 16 de Julho, 16h00 Concurso Soltem Talentos, 19 de Julho, 22h00 Expo Social - Dia Mundial da Amizade, 20 de Julho, 9h30 1ª Convívio Karting Urbano, 23 de Julho, 10h30 1ª Corrida de Púcaros, 24 de Julho, 14h00

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ENTRE 14 DE JULHO E 1 DE SETEMBRO, UMA COMPRA PUXA A OUTRA. No Palácio do Gelo Shopping, as compras são como as cerejas: quanto mais compras fizer, mais compras pode ganhar! Ao efectuar, no mesmo dia, compras de valor igual ou superior a 25€, habilita-se a ganhar vales de compras semanalmente. Consulte o regulamento do concurso publicitário nº 1/2011, autorizado pelo Governo Civil de Viseu, no balcão de informações ou no site www.palaciodogelo.pt

www.palaciodogelo.pt


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20 NEGÓCIOS | INVESTIR & AGIR

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Festival de Doçaria regressa a Vouzela Os tradicionais pastéis de Vouzela, folar, doces regionais variados, licores, compotas e mel são os protagonistas do Festival de Doçaria “Doce Vouzela”, organizado pela Câmara Municipal, nos dias 30 e 31 deste mês, na Alameda D. Duarte de Almeida. A intenção da autarquia ao apostar no evento que Publicidade

mostra o que de melhor se faz em matéria de doces naquele concelho de Lafões, é aumentar a visibilidade turística, promover o desenvolvimento económico local e divulgar o património gastronómico local. O presidente da Câmara de Vouzela, Telmo Antunes disse na conferência de imprensa de

apresentação do festival que “a gastronomia e a animação são um dos principais pontos de atracção turística e, como tal, pretende-se que esta iniciativa seja mais um postal daquilo que Vouzela tem para oferecer”. O “Doce Vouzela” vai contar com 16 produtores oriundo da região de Lafões, mais cinco que no

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Demografia e economia em Dão-Lafões Alfredo Simões

ano passado, o que para Telmo Antunes “mostra um interesse crescente do festival”. EA

Feitas as contas, e acautelados os percalços próprios de resultados preliminares dos Censos 2011, vivem actualmente em Portugal mais 200 mil pessoas do que há dez anos atrás. Números redondos, somos um pouco mais de 10,5 milhões, maioritariamente mulheres (52,1 por cento, que compara com 51,7 por cento, em 2001). De 2001 a 2011, a população residente em Portugal cresceu cerca de 1,9 por cento mas esta evolução foi muito díspar entre as regiões. Com efeito, a Região Centro e o Alentejo viram reduzir as suas populações (- 0,9 por cento e - 2,3 por cento, respectivamente), enquanto o Algarve aumentou 14 por cento, valor recorde, a Madeira 9,4 por cento, a região de Lisboa 5,8 por cento, os Açores 1,8 por cento e a região Norte praticamente estagnou (+ 0,1 por cento). Dão-Lafões seguiu o padrão das regiões mais interiores da Região Centro e do País: uma taxa de crescimento negativa (-2,9 por cento) que corresponde a uma perda de 8,3 milhares de pessoas, contrariando o crescimento de +1,4 por cento na década de 90. Com excepção do concelho de Viseu, que teve um crescimento de 6,5 por cento (mais 6 mil residentes), todos os restantes municípios conheceram perdas de população. Verifica-se pois que o concelho de Viseu apresenta, em ambas as décadas, um comportamento mais positivo (um ganho de quase 10 mil pessoas na década de 90 e de 6 milhares nesta última década). Um ganho, apesar da travagem na taxa de crescimento do número de residentes. Tudo leva a crer que nesta última década se acentuou o que vem acontecendo desde há mais de meio século com o País a descair para o litoral. Dão-Lafões, que na década de 90, resistiu ao que parecia ser uma inevitabilidade, à entrada deste século XXI perdeu força de atracção. Resta, ao que parece, alguma resistência por parte

Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt

do concelho de Viseu e, dentro deste, o centro urbano de Viseu deve ter desempenhado o papel primordial dessa resistência. A ser assim, a cidade de Viseu assume-se, cada vez mais, como o trunfo maior com que a Região tem de contar para o seu futuro. Têm, a cidade e o concelho, condições para continuarem a resistir, por mais uma década, à perda de população generalizada nos territórios envolventes? Mas, o que se passou em Dão-Lafões desde os anos 90 até agora que possa explicar a perda de população, à semelhança do interior português? De acordo com o INE o crescimento da população residente em Portugal deveu-se, em grande medida, à imigração, pois já há alguns anos que o número de nascimentos é inferior ao número de mortes. Confirmando-se esta apreciação, e sendo a imigração constituída fundamentalmente por mão de obra em idade de trabalhar, provavelmente esta não encontra razões para se instalar em Dão-Lafões e, como tal, o saldo negativo entre nascimentos e mortes da Região não foi compensado com a entrada de imigrantes. Entre 2001 e 2008 a região de Dão-Lafões perdeu 12,6 por cento das suas empresas (no conjunto do Pais essa perda cifrou-se em 1,3 por cento), por outro lado, seja pelos sectores dominantes, seja pela dimensão, seja pela maior disponibilidade de mão de obra, etc. os salários nesta Região são inferiores à média nacional, por outro lado ainda a taxa de natalidade de novos empreendimentos empresariais é comparativamente mais baixa que a média nacional. Tudo isto pode ajudar-nos a compreender porque razão Dão-Lafões está a perder capacidade de atracção/ retenção da população. Mas, infelizmente, deveremos estar preparados para outras notícias pouco simpáticas respeitantes à demografia.


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS 21

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Palácio do Gelo lança sorteio “Compras dão Compras” O Palácio do Gelo e st á a promover até Setembro o conc u rs o d e Ve r ã o “ C o m pras dão Compras”. Os clientes que efectuarem compras de valor igual ou superior a 25 euros no mesmo dia, nas lojas do centro comercial f icam habilitados a participar no sorteio. Ao apresentarem os seus talões de compras no balcão de atendimento do piso -2, serão trocados por cupões de participação que deverão ser colocados numa tômbola depois de preenchidos.

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“É uma iniciativa que se propõe multiplicar as compras efectuadas pelos clientes do centro comercial”, adianta a direcção do Palácio do Gelo em comunicado. To d a s a s s e m a n a s serão sorteados 24 prémios em va les de compras, uti li záveis n a s loja s cent ro co mercia l . Os sor teios decorrem nos dias 21 e 28 de Julho, 4, 11, 18 e 25 de Agosto e 1 de Setembro, às 18h00, junto ao balcão de informações (piso -2). “Com esta iniciativa, o Palácio do Gelo Sho-

pping pretende reforçar os laços que unem este espaço comercial único à comunidade, indo ao encontro dos desejos dos seus cliente s e pr e m i a n d o - o s pela sua f idelidade”, acrescenta a nota informativa. O Pa l ácio do G elo posiciona-se como “um dos mais inovadores espaços comerciais da Península Ibérica” e tem vindo a apostar no desenvolv i mento de acçõ e s e eventos que “o tornam um dos mais importantes pólos de lazer e cultura da região Centro”.

Nuno Ferreira

Objectivo ∑ Centro comercial aposta na fidelização de clientes ao sortear prémios todas as semanas até Setembro

A

Quem fizer compras de 25 euros ou mais no mesmo dia pode participar em mais um evento do shopping que tem vindo a apostar em acções paralelas de promoção

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Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

desporto CANAS DE SENHORIM

Visto e Falado

DEFRONTA NAVAL

Vítor Santos

O Canas de senhorim faz este domingo, dia 17 de Julho, a apresentação oficial aos sócios. O jogo, que já havíamos noticiado, é frente à formação da Naval 1º de Maio, equipa da II Liga Profisisonal. Ao contrário do que estava inicialmente previsto, o horário da partida não será às 17h00, mas sim pelas 10h30 da manhã, no relvado de Canas de Senhorim.

vtr1967@gmail.com

Pedro Ruas Académico de Viseu

Torneio de Verão

Cartão Fairplay Futebol, voleibol, futsal são modalidades que marcam a actualdiade na região por estarem associadas a torneios de Verão. Nas férias competitivas, são pretexto para manter atletas em activididade, mas não só. A eles também se juntam amadores e simples apaixonados pela prática desportiva. Organizados por clubes federados, colectividades de bairro ou meros cidadãos anónimos, estes torneios são importantes por tudo o que representam para a prática desportiva na região. Volta a Portugal Viseu Lamego Nelas Sátão Penalva Castelo

Cartão Fairplay Viseu, cidade e distrito, voltam a figurar no percurso da Volta a Portugal em bicicleta. Cidades como Viseu e Lamego, e as vilas de Sátão, Nelas Penalva do Castelo, vão este ano receber o pelotão daquela que é a mais importante prova do calendário velocipédico em Portugal.

VISEU “I TORNEIO DE

VOLEIBOL DE PRAIA”

Gil Peres

Cartão FairPlay “Sangue novo” na direcção do Académico de Viseu Futebol Clube, este advogado viseense foi eleito como vice-presidente. Marca um novo paradigma no clube e marca uma viragem completa no que tem sido a estratégia de comunicação do Académico num passado recente. Uma nova postura comunicativa que se saúda num clube que não primava na forma como se relacionava com adeptos e imprensa.

A Espectáculo está garantido para as águas do Douro, nas Caldas de Aregos Motonáutica

Mundial F4 em Resende Velocidade pura ∑ Máquinas do Mundial atingem os 170 kms/h As águas do rio Douro, junto às Caldas de Aregos, em Resende, voltam a receber o Mundial de F4 de Motonáutica. Pelo segundo ano consecutivo, Resende figura no calendário oficial do Mundial, sendo uma das duas provas que se disputam em território nacional. Vai ser este fim-de-semana, dias 16 e 17 de Julho, com a marina das

Caldas de Aregos a receber a comitiva do Mundial, mas também os pilotos portugueses que competem na segundo ronda do Campeonato Nacional de Motonáutica, nas classes PR 750 e T 850. Na prova ma ior do evento, o Mundial de Fórmula 4, estão inscritos 14 pilotos em representação da França, Reino Unido, Hungria e Portugal entre os quais Pedro For-

tuna, que chega às águas do Rio Douro na segunda posição do Mundial depois do segundo lugar conquistado em Inglaterra. Paulo Raposo, que no ano passado conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio em Caldas de Aregos, está inscrito na prova, assim como João Garcia, Luís Vila Verde, Rui Pinhão e Eduardo Miranda, habituais participantes no nacional da

modalidade. Sábado, durante a tarde, é dia de treinos No domingo, a competição começa pelas 10h00 com os treinos livres que antecedem a prova do Campeonato Nacional de Motonáutica, com início marcado para as 12h00. Já as mangas do Campeonato do Mundo de Fórmula 4 iniciam-se às 15h00. Gil Peres

Estão abertas as inscrições para o que vai ser o I Torneio de Voleibol de Praia de Viseu. A competição vai decorrer no próximo dia 23 de Julho, no campo de areia do parque desportivo do Fontelo. Competição e convívio são o que pretende a organização deste evento. O custo de participação é de 7 euros por dupla, e inclui oferta de t-shirt da prova. Haverá prémios, não monetário, para os primeiros lugares a cargo.As inscrições deverão ser enviadas até ao dia 19 de Julho, próxima terçafeira, para o endereço de email voleibol_viseu@ sapo.pt e deverão indicar os nomes dos atletas, número do BI e contacto telefónico. As inscrições, devido a questões logísticas, são limitadas.

Campeonato Nacional Ralicross - Iniciação

Hugo Lopes e Bernardo Maia no pódio Hugo Lopes, segundo, e Bernardo Maia, terceiro, voltaram a demostrar todo o seu potencial de condução no troféu de Iniciação do Campeonato Nacional de Ralicross, na prova que se disputou em Castelo Branco. Hugo Lopes, estreou um Peugeot 106, depois das primeiras provas ao volante de um Peugeot 205, preparado na Automotorsport. Nos treinos sentiu dificuldades

de adaptação, mas durante as mangas, principalmente na terceira, só não venceu depois de um toque à entrada para a última volta, quando liderava destacado. Na final, uma manobra “menos limpa”, de um dos seus adversários que lhe deu dois “toques” retirou-lhe o comando. O piloto viseense não desistiu mas teve que contentar-se com o segundo lugar.

Quanto a Bernardo Maia, o jovem piloto de Lafões, campeão na última época, levou o Citroen AX até à terceira posição na final. Ivo Rosa, o terceiro piloto viseense em prova, competiu na Divisão 5, com um Peugeot 205 e terminou a final na quarta posição. d O campeonato regressa agora no final do mês com o Ralicrosss de Sever do Vouga. GP

A Hugo Lopes foi segundo em Castelo Branco



24 DESPORTO | ENTREVISTA

Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

“O sucesso vem da estabilidade e de uma estrutura forte e organizada” Rui Lage, aos 38 anos, decidiu terminar a sua carreira de jogador de futebol. Um período não só de êxitos mas também de alguns momentos menos bons. Foi no estádio do Fontelo que deu os últimos pontapés na bola, mas com a camisola da Associação Desportiva de Sátão. Um atleta de reconhecido carácter e carisma, terminou como merecia, com um troféu. Qual a sensação após o jogo com o Mortágua, a contar para a Final da Taça Sócios de Mérito, quando sabia que era o último jogo, oficial?

A sensação na altura foi de alegria pela vitória e respectiva conquista da taça e por me despedir de uma carreira longa com os seus altos e baixos mas que me deixou orgulhoso e feliz por tudo o que fiz e passei ao longo destes anos. Acabou este ano porquê?

Há sempre um fim para tudo, não interessa estar aqui a dizer que ainda me sentia capaz fisicamente para continuar, interessa sim salientar que che-

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Pedro Ferreira (jogava comigo no Feirense) e o João Manuel, bem como o Marcelo Sofia que infelizmente teve de deixar de jogar depois de um grave acidente de viação. Graças a Deus conseguiu recupera e hoje faz uma vida normal. Estes sim, foram os momentos mais marcantes que tive ao longo da minha carreira. É conhecido o seu academismo. Alguma mágoa por não ter sido no Académico que fez a despedida?

A Rui Lage é um símbolo do Académico de Viseu guei aos 38 anos com a mesma vontade e alegria que tinha quando comecei a minha carreira para jogar, treinar e aprender, mas chegou a altura de pôr um ponto final.

de formação e por outras questões deixam-me um pouco triste.

Olhando para o passado, qual o balanço da carreira?

Foram várias pessoas, treinadores, jogadores, directores mas é complicado estar a individualizar este ou aquele porque houve mesmo muita gente que me marcou ao longo da minha carreira.

Nós a mbicion a mos sempre mais, é para isso que trabalhamos, mas penso que o balanço é positivo, jogar vários anos na II liga e na II divisão e ter recebido convites para a I liga deixame bastante orgulhoso, é sinal que o meu trabalho dentro de campo foi reconhecido, porém não ter conseguido jogar na I liga por causa dos contratos

Quem foram as pessoas que mais 0 marcaram nestes longos anos como jogador de futebol?

Com quem é que não gostou mesmo nada de trabalhar?

Há sempre pessoas com quem gostamos menos de trabalhar, no futebol ou em outra profissão, mas

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desde que as pessoas façam tudo com seriedade e que seja para ajudar nós só temos de respeitar e aceitar, o que não foi o caso de algumas (poucas) com quem trabalhei. Numa longa carreira houve certamente momentos que o marcaram.

Acima de vitórias ou derrotas, subidas ou descidas, das lesões, da felicidade de marcar golos, o que mais me marcou foi ter perdido pessoas amigas que de um momento para outro nos deixaram e partiram. Recordo Luís Amaral meu treinador nas camadas jovens do Ac. Viseu, o presidente João Soares, os amigos

Sim , não escondo o a mor que ten ho pelo Académico, e para quem como eu que mais de 20 anos o representou, gostava de ter terminado com o emblema do Académico ao peito, mas não foi possível. Felizmente consegui terminar no Fontelo, onde vivi excelentes momentos e com uma saída em grande, com a vitória na final da taça da AF Viseu ao serviço da A. D. Sátão. A forma como na altura deixou o Académico, em “conflito” com Luís Almeida, poderia ter sido evitada?

São situações que podem ser sempre evitadas se as pessoas forem sérias mas não vale a pena voltar a falar nesse assunto. Duas ou três medidas, no imediato, para fazer do Académico um clube mais forte?

É preciso urgentemente arranjar um plano, um Publicidade

projecto para tornar o Académico mais forte, não se pode só viver o presente, tem de se preparar o futuro é preciso começar por baixo pela formação, reestruturar todo o futebol, e é preciso diálogo. Não se pode gastar tanto e não se ter nada. Alguma justificação para ver clubes como o Tondela, e agora também o Cinfães, na II Divisão, e o Académico não estar nesse escalão?

Acima de tudo o sucesso vem da estabilidade e de uma estrutura forte e organizada. O Académico nas últimas três épocas teve seis treinadores. Todos os anos contratam muitos jogadores, e isso não é bom para um clube que procura obter êxitos. O Cinfães teve 2 treinadores assim como o Tondela. Isso dá estabilidade. É preciso dar tempo às pessoas para que possam começar e depois dar continuidade a um bom trabalho e não andar constantemente a mudar. O Académico de Viseu é “um gigante adormecido” ou “um projecto eternamente adiado”?

Ta lvez um misto. O Académico vive o presente à custa de um passado e sem olhar para o futuro. É preciso mudar de mentalidade urgentemente, é preciso criar alicerces para que o clube não caia de novo num abismo.


MODALIDADES | DESPORTO 25

Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

Clube Desportivo de Cinfães

Volta a Portugal 2011

Gil Peres

Pelotão chega a Viseu Luís Carvalho e Diogo Torres são reforços a 9 de Agosto

A Diogo Torres jogou no Tondela

A Viseu é este ano final da 5ª etapa A 73.ª Volta a Portugal em Bicicleta vai este ano para a estrada entre 4 e 15 de agosto, com um total de 10 etapas. Uma Volta talhada para “trepadores” com metade das etapas a terminar em montanha. A Volta começa em Fafe e vai terminar em Lisboa. Publicidade

Quanto a Viseu, vai receber o final da quinta etapa, no dia 9 de Agosto. Uma ligação que trás os ciclistas de Oliveira do Hospital até Viseu, no que será uma das poucas etapas “em linha” da edição deste ano. Um percurso de 150 kms, com passagens pelos concelhos de Nelas, Penalva do

Castelo e Sátão. Em Viseu, os ciclistas vão fazer um mini-percurso com duas passagens pela Avenida da Europa, onde ficará instalada a meta. Na véspera, o pelotão da Volta vai também andar pela região com uma etapa entre Lamego e Gouveia. GP

Estão oficialmente confirmados os ingressos de Luís Carvalho e Diogo Torres no Cinfães. Luís Carvalho, já se sabia, estava de saída do Tondela. Regressa a um clube que bem conhece, e que representou mesmo antes de se transferir para os tondelenses há duas épocas. Vai acompanhaPublicidade

do de Diogo Torres, médio ofensivo que alinhou também no Tondela na última temporada. Quanto a reforços, é também confirmada a contratação de João Reis, que jogava no Candal. O plantel não está fechado estando prevista a entrada de mais dois ou três reforços. De saída estão Quim,

M i k ael , Ga io, B eaud , Hélder Calvino e Vítor Borges. Migueli, treinador que levou o clube da III à II Divisão Nacional, conta da época passada com Armando, Padeiro, Eduardo, Marqueiro, Joel, Hugo Teixeira, Rogério, Rui Costa, Tiago, Serra, Quim Pedro, Vítor Diogo e Miki. GP


D Concurso de fotografia

26

culturas expos

Arcas da memória

Destaque

José do Egipto e o Zeloso Faraó

∑Instituto Piaget Até dia 30 de Julho Exposição “Reinventando a Digressão”, de Mário Vitória.

TONDELA ∑MuseuTerrasdeBesteiros

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Emília Amaral

Até dia 21 de Agosto Exposição de pintura de

A Concerto de abertura celebrou 60 anos de arte (25 do Conservatório + 35 da ACERT)

tacombadense”.

Tom de Festa faz de Tondela um “palco do mundo”

LAMEGO

Programa∑ Concertos e outros eventos até domingo

Até dia 30 de Setembro Exposição “Viagem pela História da Imprensa San-

∑Museu de Lamego Até dia 30 de Setembro Exposição “Homenagem às Artes Populares”, da artista Alexandra Assunção Correia.

VILA NOVA DE PAIVA ∑Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de Julho Exposição de escultura “As Igrejas do Meu Concelho”.

Depois da aber tura com chave de ouro, com a actuação de 300 músicos (alunos e professores) da Orquestra Conservatório de Música de Viseu, na quarta-feira à noite, o festival de música do mundo Tom de Festa, organizado pela Acert destaca hoje o terceiro dia com músicas da Argentina, da França e de Portugal. Sofia Rei (Argentina) actua às 21h45 no auditório ar livre, e L’Herbe Foll (França), às 23h00, no palco jardim. Antes, pelas 19h00, os portugueses Diatónicos oferecem um espectá-

culo de concertinas acrobáticas num “frenesim de baile” pelas ruas da cidade de Tondela. Para o último dia do festival, sábado, às 21h45, está reservado um espectáculo de rock, “de braço dado com a música tradicional portuguesa” num género de cocktail servido por aquela que é chamada uma das bandas portuguesas mais “virtuosas” da actualidade, Diabo na Cruz. Às 23h00 actua a cantora activista Mo’Kalamity & the Wizards. Neste dia, a partir das 17h00, as ruas de

Tondela vão ser animadas por um espectáculo português de jazz do grupo Cottas Club Jazz Band. Porque o Tom de Festa já na sua 21ª edição é mais que música, oferece ainda a Feira das Tro(i)Cas, a exposição “Gestos e Artes na Acert” de Ângelo de Sousa e outros artistas, restauração, Videoarte no Jardim, entre outras iniciativas. Amanhã, sábado, às 17h30, é lançado o CD/ livro “Auto da Fonte dos Amores”, de Carlos Clara Gomes.

Estranhas Marés (M12) (Digital 2D)

(M12) (Digital)

(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h30 (*) O Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h50, 19h20, 21h40 Larry Crowne (CB) (Digital)

roteiro cinemas

VISEU FORUM VISEU (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 14h10, 14h00, 21h10, 00h25* Transformers 3 (M6Q) (Digital 2D)

15 | Julho | 2011

A Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva promove o III Concurso de Fotografia sobre “Floresta no meu concelho - Um Recurso a Preservar”, até 28 de Julho. O objectivo é sensibilizar os cidadãos para o papel que a floresta desempenha no desenvolvimento global sustentável.

VISEU

Alexandre Magno.

Jornal do Centro

Sessões diárias às 11h00 (Só Dom.), 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Carros 2 (CB) (Digital 2D) (VP)

Sessões diárias às 14h00, 14h10, 16h30, 19h10, 21h50, 00h15* Ressaca 2 (M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h20 (Só Dom.), 13h50, 16h00, 18h20 O Panda do Kung Fu 2_VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h50, 21h00, 00h10* Pirata das Caraibas: Por

Sessões diárias às 21h20, 00h00* Empresta-me o teu Namorado

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 19h00, 21h30, 23h55 Ressaca 2 (M16) (Digital) Sessões diárias às 11h00* (*Dom.), 14h30, 16h40 O Panda do Kung Fu 2_VP

Emília Amaral

Sessões diárias às 10h45 (Só Dom.), 13h20, 16h00, 18h40 Carros 2 (CB) (Digital 3D) (VP) Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 10h50, 22h00, 00h15* Professor Baldas (M12) (Digital)

A epopeia bíblica de José do Egipto cativa-nos sempre, quando a lemos. De muita feição nos cativa, mas hoje lembro particularmente esse curioso episódio que aconteceu com um dos faraós da XVII Dinastia, no Antigo Egipto, cujo nome a Bíblia não nos fez chegar. Zeloso, as preocupações com o seu reino levam-no a ter sonhos estranhos que não sabe bem interpretar, nem sequer os seus habituais conselheiros. Mas quando lhe falaram daquele que na altura parecia um personagem insignificante, um tal José, de origem semita, descobridor de coisas ocultas, isto quer dizer o seu nome, que é a mesma coisa que adivinhador de sonhos, quis ouvi-lo e tim-tim-por-tim-tim lhe contou os dois sonhos que tivera. Num deles sete vacas gordas e belas saíram do Nilo e logo sete vacas magras se atiraram sobre elas e gulosamente as devoraram, permanecendo esqueléticas. E a mesma coisa se passara, noutro sonho, com as sete espigas túrgidas de milho e as sete espigas secas que rebentaram de hastes verdes num campo da beira do rio. José adivinhou nas preocupações do inquieto faraó os sete anos de abundância que se avizinhavam. Nos lodos do Nilo as searas de

Sessões diárias às 21h20, 00h30 Transformers 3 (M12) (Digital 3D)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

trigo produziriam a cem por um e tornar-se-ia necessário construir celeiros fartos para guardar o excesso das sementes porque sete anos de escassez chegariam depois, e a fome adviria com eles se acaso não se prevenisse em justo tempo o tempo de futuro. E o zeloso faraó manda construir vastos celeiros e despeja neles as medidas de trigo que os camponeses das margens do rio lhe fazem chegar. E nos sete anos em que as águas do rio não transbordaram com seus lodos, quando o sol gretou a terra e queimou as hortas semeadas, o trigo guardado nos celeiros tornou-se bastante para alimentar os súbditos do faraó que pôde vendê-lo ainda aos mercadores estrangeiros que ali vinham carregar as caravanas, tal foi o caso relatado com a venda de trigo aos ingratos filhos de Jacob, os tais que muitos anos antes haviam vendido o irmão José a um mercador de caminho para o Egipto. Dá para pensar esta história de José que ganhou foros de mito, dá para pensar como tão pouco aprendemos com a história.

Estreia da semana

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h20, 00h10 O Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h45, 21h00, 00h00 A Melhor Despedida de Solteira Legenda: * Sexta e Sábado

Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 – Tudo acaba. A batalha entre as forças do bem e do mal do mundo dos feiticeiros vai originar uma guerra sem precedentes. Os riscos nunca foram tão elevados e ninguém está seguro. Mas é Harry Potter quem terá de fazer o sacrifício final.


D Raid Fotográfico em Tondela

Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

CULTURAS 27

A Câmara Municipal de Tondela promove dias 6 e 7 de Agosto, o II Raid Fotográfico de Tondela sob o lema “Captar Tondela”. A ideia da autarquia é conseguir desta forma uma “visão foto-artística” sobre o concelho. Os interessados podem obter mais informação do raid em www.cm-tondela.pt

Destaque

Exposição

Teatro

“As Viagens do Ferro-Velho”

Arquivo JC

Espólio de José Coelho em Mangualde A Adro da Sé de Viseu recebe espectáculo esta sexta-feira, às 22h00

Concerto inédito de Paulo de Carvalho e da Filarmonia das Beiras

A mostra “Um Homem: pioneirismo no desenvolvimento Industrial”, de José Coelho dos Santos, está patente até ao próximo dia 22, no átrio da Câmara Municipal de Mangualde. A exposição, inaugurada esta quarta-feira, é composta por algum espólio de objectos pessoais do industrial, tais como fotografias alusivas às empresas EMBEL, SAVA (montou o primeiro carro em Portugal)

Fim-de-semana ∑ Adro Moda e concerto de Mara Pedro Publicidade

A agenda de Verão “Viseu Naturalmente” da autarquia viseense reserva para esta sexta-feira, dia 15, o grande espectáculo da época. No Adro da Sé actuam, às 22h00, a Orquestra Filarmonia das Beiras e Paulo de Carvalho num concerto único preparado em conjunto para ser apresentado em Viseu. O desafio foi lançado no concerto de ano novo pelo presidente da Câmara, Fernando Ruas, aceite por ambos e preparado para este Verão.

A autarquia deposita assim grandes expectativas para o espectáculo de entrada livre, um concerto f ina nciado pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Centro e da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Mara Pedro no Viriato. O f im-de-semana da agenda cultural de Viseu reserva mais dois grandes espectáculos. Sábado, às 22h00, na Escadaria da Igreja dos Tercei-

ros decorre mais uma edição do Adro Moda. Domingo, a jovem fadista revelação de Viseu, Mara Pedro, pisa o palco do Teatro Viriato, a partir das 21h30 e terá a seu lado Joana Amendoeira. O concerto serve de apresentação do seu primeiro álbum “Doce Fado”. Um trabalho composto por 10 temas, em que Mara Pedro canta acompanhada dos músicos André Teixeira, Miguel Amaral e Sérgio Marques. Emília Amaral

Variedades

Folclore em Leomil A localidade de Leomil, em Moimenta da Beira, recebe este domingo, dia 17, às 16h00, o tradicional festival de folclore, que vai já na sua 26ª edição. Ao Rancho da Casa do Povo de Leomil vão juntar-se, no Largo Dr. António de Sèves, mais quatro agrupamentos: Grupo de Danças e Cantares Regionais do Orfeão de

Vila Praia de Âncora, Grupo de Folclore “O Arrais”, de Ílhavo, Rancho Folclórico “A convenção de Évora Monte” e Rancho Folclórico de Santa Luzia, de Vilar de Viando.

Concerto A escola de música Gira Sol Azul, de Viseu, promove um concerto esta sexta-feira, dia 15, às 18h00. O espectáculo encerra a iniciativa 1ª Orquestra Criativa de Verão, orientada por Bruno Pinto, um workshop que está a decorrer desde o dia 11, pretendendo promover a criatividade e o gosto pela música executada em grupo.

e INTERBLOC. José Coelho dos Santos não sendo natural de Mangualde, foi naquela cidade que iniciou a sua vida de empresário e industrial. Actualmente reside em Lisboa, mas a sua família reside em Mangualde. Em 1997 recebeu a Medalha de Ouro da cidade de Mangualde, entregue pelo então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho.

A Associação Desportiva e C u lt u r a l L ap e n s a de Lapa do Lobo (Canas de senhorim) recebe este sábado, às 21h00, a peça “As Vi agen s do fer ro Velho”. A p e ç a i n f a n to j u ve n i l , e s c r i t a e encenada por Álvaro Faria é apresentada pelo gr upo ZumZum. “Trata-se de uma peça que é para toda a família, para todas as idades, colorida, interactiva e muito divertida”, descreve a Fundação Lapa do Lobo em comunicado.


Jornal do Centro

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15 | Julho | 2011

em foco

texto ∑ Tiago Virgílio Pereira fotografias ∑ Nuno Ferreira

Ecopista atrai famosos a Viseu

A recém inaugurada Ecopista do Dão uniu mais o distrito. Os presidentes da Câmara de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, concelhos pelos quais passa o novo espaço de desporto e lazer, destacaram o associativismo municipal e consideraram o investimento - 5 milhões de euros - essencial para a promoção da região e do país e ainda como forma de atracção de turistas. Os 49 quilómetros de extensão, em que o património abandonado foi colocado ao serviço das populações, vão proporcionar melhor qualidade de vida aos utilizadores. Na inauguração estiveram muita caras conhecidas. Autarcas, empresários, presidentes de Juntas de Freguesia, desportistas e curiosos marcaram presença na estação de Figueiró. Fernando Ruas, presidente da autarquia de Viseu e João Lourenço, presidente da autarquia de Santa Comba Dão já percorreram toda a Ecopista, entre caminhadas e corridas.


Jornal do Centro 15 | Julho | 2011

em foco

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Jornal do Centro

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15 | Julho | 2011

saúde Farmácia Avenida abre em Repeses

Utentes de Alcofra denunciam tempo de espera de consulta Resposta∑ ACEC Dão Lafões II diz que se trata de um novo estilo de trabalhar “mais moderno”

Esta semana, a Freguesia de Repeses viu concretizada uma das maiores reivindicações da população daquela zona da cidade. A Farmácia Avenida abriu as portas na terça-feira e junta-se ao grupo das 19 farmácias disponíveis no concelho de Viseu. António Moura, proprietário da Farmácia Avenida, revela que a aposta no investimento se deveu a dois factores, por um lado o facto de Repeses ser um “sítio estratégico, com “uma entrada e saída da cidade de grande dinâmica” e, por outro lado, ser uma zona desprotegida deste equipamento: “Juntou-se o útil ao agradável”. Q u a nto ao proje cto, assume-se “com um

posicionamento diferente”, aberto a outros segmentos de mercado “interessantes”. “Vamos apostar no aconselhamento e no tratamento nas áreas da dermocosmética, da ortopedia, consultas de nutrição e de podologia”, descreve. António Moura acrescenta que a nova farmácia de Repeses vai oferecer campanhas de aconselhamento ao longo do ano ao inovar num outro aspecto: “sair das suas instalações e ir comunicar com a população”. A Farmácia Avenida, disposta a “ser uma referência rapidamente”, dispõe de oito técnicos em atendimento, de dois gabinetes de atendimento personalizado, entre outras valências. EA

Os utentes da Extensão de saúde de Alcofra, em Vouzela, que marcarem uma consulta por estes dias só vão ser atendidos no final de Setembro. Esta espera de mais de dois meses por uma consulta, resulta para os utentes da diminuição dos dias de atendimento de cinco para três, e está a causar grande descontentamento junto da população. “Dou-lhe um exemplo, marquei na semana passada para a minha esposa e vai ter consulta no dia 21 de Setembro”, exemplificou o presidente da Casa do Povo de Alcofra, instituição que alberga a extensão de saúde. Nelson Ramos deu conta da situação à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal de Vouzela. O presidente da autarquia, Telmo Antunes considera a situação “intolerável” e já solicitou esclarecimentos à direcção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões II. Até Junho deste ano, a extensão de saúde dispunha de um médico cinco dias por semana que realizava consultas todas as manhãs. Segundo o presidente da Casa do Povo a substituição do médico coincidiu com a diminuição dos dias de consulta, que passaram

A

A extensão de Saúde de Alcofra presta assistência a cerca de mil utentes na sua maioria idosos a viverem nas franjas do caramulo a ser de segunda a quartafeira no período da manhã. “Antigamente marcava-se uma consulta e o tempo de espera era de três semanas”, reforça. Sem qualquer responsabilidade sobre a situação, mas com os utentes a protestarem à porta da Casa do Povo, Nelson Ramos viu-se na obrigação de denunciar o problema, admitindo que a situação “vai ser prejudicial do ponto de vista da melhor assistência à freguesia”.

O presidente do Conselho Clínico do ACES Dão Lafões II, contraria a tese da população. Cabrita Grade afirma que a capacidade instalada na extensão de Alcofra “está longe de se vir a esgotar”, o que está a ser adoptado, explica o responsável, é “um estilo, mais moderno” de atender os cerca de mil utentes, em tudo parecido com o formato das unidades de saúde familiar, “com consultas programadas” e uma nova

organização, mantendose “sempre disponíveis as consultas de agudos”. Mesmo assim, Cabrita Grade, que comentou a situação ao Jornal do Centro na hora em que preparava uma resposta para enviar à autarquia de Vouzela, adiantou que o ACES estaria “atento” podendo “vir a corrigir” eventuais dificuldades. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.ptl


Jornal do Centro

SAÚDE 31

15 | Julho | 2011

Opinião

Pedro Carvalho Gomes Médico Dentista Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

Prótese fixa - Saiba o que é e para que serve Oqueéumaprótesefixa? É a substituição parcial ou total da coroa de um dente. Esta ao ser fixada sobre os dentes do paciente, previamente preparados para recebê-la, reabilita-o para mastigar, falar ou sorrir! Recebe o nome de “fixa” porque não pode ser removida pelo paciente. Chamamos de COROA quando a prótese fixa é unitária; PONTE FIXA quando substituímos dois ou mais dentes, unidos uns aos outros; ou FACETA quando substituímos apenas a face frontal dos dentes. Quando se utiliza uma prótese fixa? - Para substituir uma restauração muito grande onde não resta muita estrutura dentária. - Restaurar um dente fracturado. - Proteger um dente enfraquecido. - Cobrir um implante. - Cobrir um dente escurecido, deformado ou destruído. É necessário desgastar o dente para confeccionar uma coroa? Sim. Somente dessa maneira se obtém espaço suficiente para a confecção de estrutura semelhante à forma e ao tamanho de um dente natural. Que materiais são utilizados? - Metálicas (ligas nobres, semi-nobres ou alternativas); - Metálicas revestidas por um material estético plástico ou cerâmico da cor dos dentes; - Cerâmica ou porcelana pura; - Resinas especiais; - Resina acrílica (para confecção de coroas temporárias, provisórias). Qual a diferença entre resina e porcelana? A resina é um material de manuseio mais simples que a porcelana. Apresenta um maior desgaste e, com o tempo, a alteração da cor também é maior. A porcelana apresenta maior dureza e estabilidade de cor e supre melhor o requisito estético.

Oftalmologia alerta para proteger os olhos A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta para a necessidade de proteger devidamente os olhos da luz solar, ao lembrar que a falta de protecção “está na origem de patologias graves como a degenerescência macular da idade e a melanoma da coroideia. “ D ei x a mos o a lerta porque muitos portugueses usam os protectores solares para a pele, mas ignoram que a luz solar pode estar na origem de doenças graves a nível ocular, que podem muitas vezes ser evitadas com uma protecção adequada”, afirma a presidente da SPO, Manuela Carmona.

O alerta surge nesta altura uma vez que, com a chegada do Verão, aumentam os índices de raios ultravioletas (UV). “O sol actua directamente sobre os diferentes elementos dos olhos. Atinge a córnea e a mácula por acção dos raios UV e o cristalino e retina por acção dos raios infravermelhos. A luz solar também

actua por efeito acumulativo dos raios UV podendo levar a lesões da retina e da área macular”, explica o oftalmologia da SPO, Fernando Bivar. Relativamente à protecção, é essencial proteger os olhos com óculos com filtros para os raios UV. Emília Amaral

Integrado no serviço de odontopediatria criado em 2006, o centro Visage recebeu a primeira visita de estudo pedagógica de um grupo de crianças do pré-escolar do Jardim Infantil Nossa Senhora de Fátima (Misericórdia de Viseu). O objectivo é sensibilizar as crianças para se habituarem desde cedo a visitar o odontopediatra (médico dentista especialista no tratamento dentário de bebés), de modo a familiarizarem-se com o consultório e com o médico, desmistificando o medo associado a esta especialidade da medicina. Alba Gonçalves, odontopediatra, explica que “a primeira visita ao dentista deve ocorrer antes de nascerem os primeiros dentes”, daí a importância da proximidade ocorrida nesta visita guiada.

“CUIDA-TE” COM INSCRIÇÕES ABERTAS O Instituto Português da Juventude (IPJ) tem abertas as candidaturas à Medida 1 do programa “Cuida-te”, até ao dia 29 deste mês de Julho. Este programa, integrado na área da saúde e sexualidade juvenil, permite que unidades móveis devidamente apetrechadas e com uma equipa técnica especializada se desloquem para realizar o atendimento e aconselhamento aos jovens, bem como acções de sensibilização. Quem se pode candidatar ao “Cuida-te” são escolas, associações juvenis, instituições particulares de solidariedade social e outras entidades sem fins lucrativos enquadrados na área. As entidades interessadas podem formalizar candidaturas às temáticas da nutrição/exercício físico com a campanha “Pesar Saúde”, da nutrição/exercício físico em gabinete, ao consumo nocivo de substâncias e à temática da sexualidade.

SOS VOZ AMIGA

800 202 669


Jornal do Centro

32 CLASSIFICADOS

15 | Julho | 2011

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terçafeira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à SubEstação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE A COCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away.

PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS AS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU

ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a L g. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes3715c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt

MANGUALDE

JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt

NELAS

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

IMOBILIÁRIO VENDE-SE T1 Jtº. Cidade c/pré – inst. A/C, estores elétricos, garagem c/ portão automático. 120.000,00€ T. 969 090 018

T2 c/cozinha mob. e equipada, centro cidade, aquec. central, arrumos. 275,00€ 917 921 823 T2 c/boas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos, Centro Cidade. 325,00€ 914 824 384

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T2 Qtª. Bosque c/ aquec. completo, lareira, arrumos, pré – inst. A/c, garagem, novo. 132.500,00€ 914 824 384

T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€ 917 921 823

T3 Abraveses c/lareira, aquec. completo, A/c, cozinha equipada, arrumos. 70.000,00€ 969 090 018

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Moradia c/450m2 área, aquec. central, copa, escritório, estores elétricos, churrasqueira. 200.000,00€ 914 824 384

T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€ 917 921 823 T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384

ARRENDA-SE

T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€ 969 090 018

T3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€ 969 090 018

Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churrasqueira. 650,00€ 917 921 823

IMOBILIÁRIO

T2 Viso c/boas áreas, cozinha equipada, lareira, arrumos, óptima localização. 325,00€ 914 824 384 T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, A/c, arrumos, boa exposição solar. 320,00€ 969 090 018 T2 Cidade c/boas áreas, terraço, cozinha equipada, pré – inst. A/c., garagem. 450,00€ 917 921 823 T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, pré- inst. A/c, arrumos, garagem. 400,00€ 914 824 384 Andar moradia c/ aquec. central, lareira, cozinha equipada, logradouro. 350,00€ 969 090 018 T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, terraço, roupeiro, óptima localização. 310,00€ 917 921 823 T2 Viso c/ óptimas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos. 325,00€ 914 824 384 T1 Centro Cidade c/ lareira, bom estado, roupeiro, óptima exposição solar. 250,00€ 969 090 018 Loja Centro Cidade c/ óptimas montras, óptimo investimento, excelente localização. 500,00€ 917 921 823


Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 33

15 | Julho | 2011

EMPREGO & FORMAÇÃO Fornação para desempregadas

Em´lia Amaral

A Rede Social de Vouzela promove dia 31 a acção de formação “Empoderar para Participar” para mulheres desempregadas. A formação pretende dar a conhecer às participantes um conjunto de instrumentos úteis para lidar com o processo de desemprego e valorizar os saberes e as competências adquiridas ao longo

da vida, na esfera profissional, pessoal e social. A acção é constiuida por dois workshops. Na primeira sessão será abordado o Plano de Desenvolvimento Social e na segunda será feita uma reflexão para desenvolver a motivação e a autoestima. A participação é livre e gratuita. As inscrições decorrem até 29 de Julho. OFERTAS DE EMPREGO

A Centro de Apoio e Acompanhamento ao desenvolvimento Social apresentado esta semana

Escola Superior de Lamego lança projecto social Missão∑ Apoio à certificação das IPSS A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) do Instituto Politécnico de Viseu criou o Centro de Apoio e Acompanhamento ao desenvolvimento Social (CAADS). O projecto foi apresentado na terça-feira, dia 12. A sua missão consiste no desenvolvimento de um conjunto de serviços de “excelência” a prestar às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ligados ao terceiro sector, com vista à requalificação das organizações, a uma melhor gestão das mesmas e a conduzi-las ao caminho da certificação. O presidente da ESTGL, Álvaro Bonito chamou ao

projecto “a prestação de um serviço em rede” e o director adjunto da Segurança Social de Viseu, João Cruz acrescentou que “é uma ajuda para introduzir excelência na gestão” das IPSS, para uma maior autonomia, lembrando que em breve a Segurança Social deixará de ter um papel de promotora e regularizadora e “tenderá a ser fiscalizadora”. “As IPSS com serviço social certificado, são as que estarão em condições para responder às necessidades futuras. O desafio é que sejam cada vez mais autónomas e saibam gerir com excelência”, acrescentou João cruz. Emília Amaral

ZÉ DA PINHA Vende Pinha Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira.

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EMPREGO Empresa Multinacional em Viseu esta a selecionar vendedores. Se és trabalhador e ambicioso, com vontade de vencer envia o teu currículo para o Jornal do Centro: ref. JC-484

Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas. T. 232 951 168

Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320) Empregado de mesa com formação ou experiência (preferencial). Carregal do Sal – Ref. 587765894 Impressor de “offset” c/ experiência. Carregal do Sal – Ref. 587765814 Marceneiro c/experiência na área. Carregal do Sal – Ref. 587771391 Soldador por pontos com ou s/ experiência. Carregal do Sal – Ref. 587769936 Copeiro preferência por candidato com experiência. Mortágua – Ref. 587768750 Cozinheiro com experiência profissional. Mortágua – Ref. 587768754 Empregado de mesa. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761 Empregado de quartos – hotelaria preferência por candidato com experiência. Mortágua – Ref. 587768748 Recepcionista de hotel. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área e domínio de línguas. Mortágua – Ref. 587768776 Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846 Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799 Marteleiro com experiência mínima de 2 anos. Santa Comba Dão – Ref. 587772064 Motorista de automóveis ligeiros - passageiro com habilitação de motorista de transporte colectivo de crianças (obrigatório). Santa Comba Dão – Ref. 587770997 Servente – construção civil e obras públicas com experiência mínima de 1 ano. Santa Comba Dão – Ref. 567772046 Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão – Ref. 587763680

Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192) Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441 Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479 Praticante de cabeleireira (com carteira profissional e pelo menos 1 anos de experiência): lavar; pentear; frisar; etc. Folgas: domingo e 2ª feira. Ordenado: 485.00 euros. Lamego – Ref. 587763573 Chefe de cozinha. Chefiar a equipa do restaurante, preparar ementas e gestão comercial com experiência e formação na área e conhecimentos de informática. Lamego – Ref. 587765140 Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580 Servente - construção civil e obras públicas. Lamego – Ref. 587767587

numa freguesia do concelho de Sernancelhe. Contrato inicial de 6 meses. Sernancelhe – Ref. 587773926 Chefe de secção com 12º ano ou recém-licenciados com experiencia em gestão de loja e liderança de equipas. Lamego – Ref. 587774086

Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Electromecânico de AVAC. Viseu – Ref. 587773746

Empregado de mesa. Moimenta da Beira – Ref. 587774458

Licenciado em Economia ou Gestão de Empresas. Viseu – Ref. 587773742

Escriturário - Seguros (atendimento ao público e gestão de carteira de seguros, com carta de condução e no mínimo com o 12º ano). Lamego – Ref. 587775154

Condutor manobrador de espalhador de betuminoso e/ou de moto niveladora. Viseu – Ref. 587774552

Pedreiro. Tarouca – Ref. 587775159

Cozinheiro. Bodiosa – Ref. 587772430

Serralheiro civil caixilharias em ferro (trabalho de oficina). Moimenta da beira – Ref. 587775478

Empregado de Mesa. Bodiosa – Ref. 587772433

Servente - Construção civil e obras públicas. Tabuaço – Ref. 587775644

Electricista – instalações eléctricas de baixa tensão; climatização; etc… (com carteira profissional e carta de condução de ligeiros). Lamego – Ref. 587770450

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Mont. de isolamentos, de preferência com experiência em montagem de pladour. São Pedro do Sul – Ref. 587737311

Servente - construção civil e obras públicas. S. João da Pesqueira – Ref. 587771114

Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Geólogos e geofísicos. Armamar – Ref. 587771891

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Cabeleireiro com experiência. Lamego – Ref. 587772686 Condução de máquinas giratórias e retroescavadoras, com experiência e carteira profissional. Sernancelhe – Ref. 587772954

Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245 Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Desenhador criador industrial. Lamego – Ref. 587773571

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Designer gráfico para concepção e desenvolvimento de trabalhos gráficos diversos. Lamego – Ref. 587773590

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Motorista de longo curso internacional (TIR): Portugal; Espanha e França, para uma empresa de transportes com sede

particulares, com carta de condução. São Pedro do Sul – Ref. 587759222

Serralheiro civil. Deve ter experiência em ferro ou alumínio. São Pedro do Sul – Ref. 587758487 Empregada doméstica - casas

Auxiliar de limpeza. Bodiosa – Ref. 587772434 Administrativo com curso na área da gestão de empresas. Viseu – Ref. 587772585 Ladrilhador. Viseu – Ref. 587773793 Pedreiro. Viseu – Ref. 587773805 Pintor da construção civil. Viseu – Ref. 587773808 Carpinteiro de Limpos. Viseu – Ref. 587773811 Motorista Internacional – Ref. 587774763 Técnico de vendas (imobiliária). Viseu – Ref. 587775042 Auxiliar de Limpeza. Coimbrões – Ref. 587775052 Técnico de Vendas (área da construção civil - caixilharia). Distrito de Viseu – Ref. 587775195 Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587770785 Cozinheiro. Mangualde – Ref. 587771514 Pedreiro. Viseu – Ref. 587739175 Caixeiro (Promotor). Viseu – Ref. 587775229 Motorista de Pesados. Canas de Senhorim/Nelas – Ref. 587775273

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego


Jornal do Centro

34 NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA

15 | Julho | 2011

INSTITUCIONAIS

Fernando António, 73 anos, casado. Natural e residente em Tibaldinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 12 de Julho, pelas 17.300 horas, para o cemitério de Alcafache. Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097

1ª Publicação 2ª Publicação

Glória Augusta Pereira, 86 anos, casada. Natural e residente em Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 13 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cambra. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Domingos Pereira Rodrigues, 74 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Gondomar, Tarouca. O funeral realizouse no dia 2 de Julho, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. António de Matos Paiva, 82 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Lamego. O funeral realizou-se no dia 2 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Manuel Rebelo dos Santos, 90 anos, viúvo. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 11 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 (Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

António Lopes, 87 anos. Natural e residente em Lamaçais, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France. Eduarda de Almeida, 90 anos. Natural e residente em Lamaçais, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

1ª Publicação

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 Paula Cristina de Almeida Loureiro, 38 anos. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. (Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 José Augusto, 92 anos, casado. Natural de Torredeita e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Torredeita. José Maria Correia Marques, 85 anos, casado. Natural de Lobão da Beira, Tondela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. (Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

Filomena Videira, 82 anos, casada. Natural e residente em Vil de Souto, Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Vil de Souto. Agência Funerária de Figueiró Viseu Tel. 232 415 578 Francisco Mariano Pinto, 77 anos, solteiro. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Julho, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Nelas.

1ª Publicação

Eugénia Ferreira da Encarnação, 78 anos, viúva. Natural e residente em Vila Nova de Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Leonel dos Prazeres Lobão, 88 anos, casado. Natural de Santa Maria, Viseu e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 9 de Julho, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba. Hermínio Rodrigues Gomes, 78 anos, casado. Natural de Cepões e residente em Barbeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 9 de Julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Barbeita. Maria Filomena Lameiras, 95 anos, viúva. Natural de Bodiosa e residente em Queirela de Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Diamantino Melo José, 71 anos, viúvo. Natural de Santos Evos e residente em S. Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 12 de Julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de S. Pedro de France. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

(Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)


Jornal do Centro

clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

Passeio Internacional de Carros Antigos e Clássicos da Casa do Hospital São Teotónio

ANIMAIS DE RUA

OPINIÃO

Joana Ferreira

PASSEIO DA SEMANA

Médica Veterinária do Centro Veterinário da Beira Alta

O calor e o animal de estimação

O tempo convidava a um passeio e foi o que fizeram 110 velhas glórias de quatro rodas, algumas com mais de 80 anos, todas estimadas e cuidadas, preciosas relíquias. A mantes dos modelos m a is a ntigos dos automóveis meteram-se à estrada entre Viseu e Penedono, no 2º Passeio Internacional de Carros Antigos e Clássicos da Casa do

Hospital São Teotónio de Viseu. Ao chegarem a Penedono, o senhor presidente da Câ m a ra Municipal, Carlos Esteves, brindou os part icipa ntes com u m porto de honra, seguido de uma visita ao centro histórico de Penedono. Após o almoço convívio, o autarca disponibilizou quatro autocarros com ar condi-

35

DEscreva-nos para:

15 | Julho | 2011

cionado - e tão bom que foi, pois esteve um dia com 40 graus para se fazer uma visita a alguns pontos de interesse turístico do concelho. Pelas 19h00 fez-se apresentação de despedidas no auditório municipal. O passeio terminou com um jantar no Hotel Durão em Viseu. Jaime Silva

FOTO DA SEMANA

O Verão é a altura ideal para passear os animais de estimação, as temperaturas sobem e há uma maior disponibilidade dos donos para brincarem com eles. Com a temperatura elevada, é preciso uma atenção redobrada ao passear ou exercitar o seu animal, pois pode levar a que este sofra um golpe de calor. São mais susceptíveis animais geriátricos, com excesso de peso ou com problemas cardio-respiratórios. Os primeiros sinais de alarme são: respiração ofegante, salivação, pele seca e quente, temperatura elevada, batimento cardíaco acelerado, fadiga e fraqueza muscular. Para prevenir esta situação mantenha sempre água disponível e fresca para o seu animal e não o exercite ou passeie nas horas de maior calor. Certifiquese que o animal tem acesso a lugares com sombra onde se possa refugiar e nunca deixe o seu animal fechado num carro.

O que fazer quando encontra um animal abandonado? Comece por confirmar se o animal possui coleira ou alguma identificação. De seguida, vá a uma Clínica Veterinária para verificar o seu estado de saúde e se tem Microchip. Caso este não exista, distribua panfletos de alerta na área onde o animal foi recolhido. Se não surgirem resultados, deve-se assumir que se trata efectivamente de

abandono. Se quem recolhe o animal não o puder adoptar, deve-se divulgar o caso através de anúncios em jornais, redes sociais, sites na internet específicos para adopção de animais, contactos com amigos e associações de apoio aos animais. Evite os canis municipais, pois após algum tempo os animais são abatidos. Sara Félix

O Pata Branca foi recolhido na estrada de São Pedro do Sul. Estava muito desorientado e levantava o olhar cada vez que passava um carro. Tinha coleira, é bastante meigo e educado. Está em FAT e aguarda padrinho de esterilização. Para adopção: Associação Animais de Rua Telefone: 926 662 295 E-mail: geral.viseu@animaisderua.org Blog: http://www.animaisderuaviseu.org/

HÁ UM ANO Distribuído com o

Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR Publicidade

Pedro Costa

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 2010 16 de Julho de

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> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 08 > REGIÃO pág. 10 > NEGÓCIOS pág. 14 > DESPORTO pág. 15 > CULTURAS pág. 16 > SAÚDE pág. 18 > RESTAURANTES pág. 20 > CLASSIFICADOS pág. 21 > NECROLOGIA pág. 22 > CLUBE DO LEITOR pág. 23

Sexta-feira Ano 9 N.º 435

1,00 Euro (IVA 5% incluído)

SEMANÁRIO

DA

REGIÃO DE VISEU

ntro.pt| ldocentro.pt·www.jornaldoce Viseu·redaccao@jorna Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira, 461·Fax:232431225 |Telefone:232437

negócio de Viseu, “Não queremos tirar nça queremos de Chaves, ou de Braga nidades” gerar novas oportu que integra Gestus Zona 4, projecto

Revelação em Viseu Escritor de 11 anos nomeado para prémio nacional de literatura para a infância

página 16

| páginas 8

José Lorena

da Rede de Viseu na zona histórica Carlos Coelho, gestor comercial a céu aberto a criação do centro

Nins

página 12

Castro Daire Bombeiros Voluntários voltam a ter combustível para abastecer viaturas

página 10

Feira de S. Mateus Sporting e Benfica o confirmados para al Torneio Internacion de Andebol de Viseu

Oferta de bilhetes

tem bilhetes O Jornal do Centro Cantanhede, em para a Expofacic, 1 de Agosto. Para de 23 de Julho a 437 461. Bilhetes ganhar ligue 232 limitados.

Nuno Ferreira

| páginas 6

página 15

ublicidade

As árvores têm estes inconvenientes, mas crescer é um direito que lhes assiste. É preciso redobrar a atenção! Marzovelos, Viseu.

O que fazem 12 confrarias do distrito de Viseu?

Região Paço de Santar Tinto 2009 ganha prémio “O Grande Vinho do Dão”

EDIÇÃO 435 | 16 DE JULHO DE 2010

∑ A serra do Caramulo (Tondela) era citada como des-

tino de excelência na apresentação do programa “Prove Portugal” do Turismo de Portugal, destinado a promo-

José Pereira

ver a gastronomia nacional de excelência. ∑ O festival de músicas do mundo “Tom de Festa”, organizado pela Acert fez 20 anos. Uma data redonda que

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt

ditou a continuação do evento realizado em Tondela, como um dos mais importantes a nível nacional.


tempo: sol

JORNAL DO CENTRO 15 | JULHO | 2011

∑agenda Sexta, 15

Santa Comba Dão ∑ Concerto de encerramento da Academia Artística de Verão, às 21h30, na Casa da Cultura de Santa Comba Dão.

Sábado, 16 Viseu ∑ Abertura da 5ª semana Cultural do Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros, com o Festival “Cantunando”, às 21h30, no Largo Major Marques, em Passos de Silgueiros. Viseu ∑ Sessão de encerramento da 5ª edição do projecto municipal Actividade Sénior, às 17h00, no pavilhão Multiusos. A edição deste ano contou com 1850 idosos e 88 grupos.

Domingo, 17 Viseu ∑ Reportagem sobre as provas de aptidão profissional dos alunos da Escola Profissional de Torredeita, às 11h00 na RTP2. Publicidade

Hoje, dia 15 de Julho, sol. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 12ºC. Amanhã, dia 16 de Julho, algumas nuvens de mnhã, tempo limpo para o resto do dia. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 11ºC. Domingo, dia 17 de Julho, geralmente limpo com possibilidade de chuva durante o dia. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 12ºC. Segunda, dia 18 de Julho, tempo limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 13ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Ténis em cadeira de rodas na Quinta de Lemos

Olho de Gato

Joaquim Alexandre Rodrigues

Convidados ∑ Bibá Pitta é uma das presenças confirmadas A Quinta de Lemos, situada em Passos de Silgueiros (Viseu), está este ano a concretizar um dos seus objectivos de se tornar um projecto que vai para além do produção de vinho do Dão. Depois do Torneio de Golfe, este fim-de-semana (dias 15, 16 e 17) traz a Viseu o I Torneio de Ténis de Cadeiras de Rodas, uma acção inédita na região, que irá realizar-se no campo de ténis da Quinta. “Celso de Lemos (proprietário da quinta), reside na Bélgica e pratica ténis há muitos anos. Há cerca de seis anos conviveu, num Torneio de Ténis Cadeira de Rodas, com uma equipa portuguesa de deficientes motores, na Bélgica. A Quinta tem condições para a prática do ténis (tem campo próprio) e, ao longo de alguns anos, amadureceu a ideia, adianta Manuela Esteves da coordenação do evento. A competição de carácter desportivo, organizada

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

O acaso

A Receitas revertem para a APPACDM e APPC em conjunto pela Quinta de Lemos e pela Associação Nacional de desporto para deficientes Motores (ANDDEMOT) faz parte do calendário de provas da federação Portuguesa de Ténis. Entre os convidados estarão jogadores de diversas categorias, entre eles quatro jogadores internacionais, quatro jogadores nacionais. O torneio vai ainda contar com a participação da conhecida figura social Bibá Pitta, acompanhada da filha Madalena, portadora de trissomia 21. O treinador do Clube de Ténis de Mirandela vai apresentar um filme sobre deficiência, e a jovem atleta Beatriz Damasceno

estará presente para transmitir uma mensagem aos portadores de deficiência. As receitas obtidas no Torneio revertem para a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental e para a Associação de Paralisia Cerebral de Viseu. “Estamos a fazer os possíveis para que estes torneios sejam os primeiros de muitos que tencionamos realizar no sentido da Solidariedade”, termina Manuela Esteves. As provas do torneio arrancam no sábado, às 9h00 e terminam no domingo às 13h00. Emília Amaral

Como escreveram Michael Hardt e Toni Negri em “Império”, o pesadelo nazi pode resumir-se a dois nomes: “Auschwitz (símbolo do holocausto judeu) e Buchenwald (símbolo do extermínio dos comunistas, dos homossexuais e dos ciganos, entre outros).” B uc henwa ld é menos fa l ado que Au schwitz mas foi a outra face da máquina de mor te a lemã . Dois sobreviventes de Buchenwald foram muito falados recentemente nos media: Jorge Semprún e Stéphane Hessel. Semprún aderiu à resistência contra os nazis aos 17 anos. Aos 20 foi preso, foi torturado e deportado para Buchenwald. Aí, quem lhe preencheu a ficha ouviu mal e, em vez de escrever “estudante” na profissão, escreveu “estucador”. Em Buchenwald sobravam estudantes, faltavam estucadores. Esse engano salvou-o de morte certa. Foi libertado pele e osso aos 22 anos, em 1945. Depois da guerra, Semprún foi militante comunista clandestino na Espanha franquista, rompeu com o comunismo, foi ministro, escritor, um homem notável amante da liberdade. Morreu há pouco mais de um mês, em 7 de Junho. Stéphane Hessel faz 94 anos em Outubro e é também uma personalidade fascinante, um homem da liberdade. Aos 22 anos começou a lutar contra Hitler, primeiro no exército francês, depois na resistência. Foi preso, sofreu tal como Semprún a “tortura da banheira”. Em Buchenwald, safou-se porque a sua identidade foi trocada pela de um prisioneiro que tinha morrido com tifo. Em 1948, Stéphane Hessel foi um dos redactores da Declaração Universal dos Direitos dos Homens. O seu recente livro “Indignai-vos”é uma inspiração por essa Europa fora: o movimento dos “Indignados” que ocupou as praças espanholas esta primavera foi buscar a sua designação ao livro de Stéphane Hessel. Dois homens que os fios precários do acaso salvaram em Buchenwald. Como se o acaso, ao menos ele..., adivinhasse o génio. Publicidade


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