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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > REGIÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > DESPORTO >PASSEIOSDEVERÃO > CULTURAS > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR
DIRECTOR
Paulo Neto
Semanário 22 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 488
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
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Touros com vida no Montemuro
∑ As chegas de bois são uma tradição milenar nas serranias a Norte. No Montemuro a tradição está viva e a raça Arouquesa mostra o seu esplendor
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Nuno Ferreira
| páginas 6, 7, 8 e 9
2
Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
praçapública palavras
deles
rNão se pode esperar que os consumidores um dia acordem a dizer que vão começar a beber Dão”
rNão é preciso deixar de fazer investimentos, mas é necessário analisar bem o valor de cada obra”
rOs orçamentos participativos são muito importantes para aquilo que é o desenvolvimento social das populações”
Paulo Júlio João Paulo Martins Cronista Expresso, Revista Única, 9 de Julho
Opinião
Paulo Júlio Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa (Sessão solene do Dia do Município de Carregal do Sal, 118 de Julho)
Carlos Bergeron Cronista (Via Rápida, 14 de Julho)
O Estado do berço à cova
Em tempos li num livro de Karl Popper, que “o Estado é um mal necessário.” (Em busca de um mundo melhor, Fragmentos/1989). Nunca mais obliterei esta máxima. Nesse tempo, eu tive José Lapa oportunidade de conheTécnico Superior do IPV cer as costuras do Estado português, uma vez que, coabitava a vida parlamentar, legitimamente eleito. Essa minha experiência levou-me a concluir, por uma lacuna existente na nossa educação: não ensina o que é o Estado? Para que serve? Como funciona? Em alusão a uma cidadania activa, tal facto afigurou-se-me como imperdoável. Tendo nós o Estado omnipresente nas nossas vidas, para o bem e para o mal, como era possível, não nos ensinarem como interagir com ele? A verdade é que nós portugueses, não conhecemos o Estado que nos governa. Limitamo-nos a concordar ou a discordar, com algumas das suas politicas, sem ter uma visão de conjunto do seu funcionamento. Julgamo-lo por máculas ideológicas, sem perceber que para além disso, há um conjunto de entidades que funcionam, independentemente da variabilidade cíclica das opções partidárias dominantes e que muita interfe-
Opinião
Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa (Sessão solene do Dia do Município de Carregal do Sal, 118 de Julho)
rOs autarcas dizem que os municípios não aceitam ter de pagar os erros de gestão do Governo. Mas não são os municípios que têm de pagar, sou eu, são os portugueses”
rência têm na nossa vida. Ora esse Estado, para servir 10.553.853 gatos pingados (número de residentes em Portugal, Censos 2011), tem 13.740 entidades (Informação da DGO: Perímetro Orçamental – Entidades que movimentam dinheiros públicos). Deste número de organismos públicos, apenas 1724 entidades apresentaram contas em 2009 ao Tribunal, o qual só teve capacidade para verificar 418. Esta imensa constelação de entidades corresponde às três categorias que incorporam a nossa administração pública: administração directa do Estado, administração indirecta do Estado, administração autónoma. É um universo dédalo, complexo, sem integração estratégica, que sobrepõe tarefas e multiplica funções com base em circunstancialismos. Já para não falar, na confusão entre serviços, agentes e entes. Como se chegou aqui? Duas notas muito rápidas que o espaço é exíguo para grandes ponderações. Em meados do século XX verifica-se uma clara distinção entre o Estado e a Sociedade Civil, num quadro nada concorrencial, onde as tarefas desenvolvidas pela administração pública não podiam ser operacionalizadas por particulares. Era o tempo dos funcionários públicos, recursos humanos específicos da administração pública, os famosos “mangas-de-alpaca”,
guarda pretoriana da burocracia vigente. Balizando o período que medeia o choque petrolífero de 1973 e a infausta crise do subprime e, posteriormente das dívidas soberanas europeias, a administração pública vai modificando as suas praticas administrativas, numa óptica de interesse económico geral. A adesão à CEE foi uma pressão fundamental nesse sentido. Estado e sociedade civil confluem então numa teia de interesses, que torna difícil vislumbrar disparidades operacionais. A lógica dos mercados caucionava a prestação de serviço público, obrigando-o a modificações baseadas em modelos gestionários, que pudessem acompanhar a exigências dos mercados. É neste contexto que o “monstro” começa então a ganhar forma. Isto por que, todas estas alterações foram sendo acompanhadas, por exigências insondáveis dos cidadãos. Em Portugal, a estas exigências insaciáveis dos cidadãos, o jovem regime democrático – ansioso de mostrar as diferenças com o tétrico Estado Novo – respondia com toda a generosidade, transformando a administração pública em terreno de eleição fértil na satisfação de clientelas políticas, ao nível do emprego e da decisão. Conforme escreveu o historiador Rui Ramos: “Por ironia da história, foi Salazar quem pagou o PREC. Entre 1974 e 1975, houve uma
festa de consumo.” (Expresso, 28/5/2011) Na verdade o “Estado do berço à cova”, mais conhecido por Estado-Providência, que a partir daí se desenvolve, nasceu na Europa do Pós-guerra e, apenas ganhará forma com o 25 de Abril, institucionalizando-se ao longo dos anos: Saúde gratuita, educação gratuita, reforma completa num idade razoável, emprego seguro para toda a vida, tudo a condizer. Ora, esse Estado acabou! A um Estado moderno, em face das evidências da globalização, exige-se redução da carga fiscal e das despesas públicas. Uma gestão pública bem mais eficiente. Uma equitativa redistribuição do rendimento. Um combate tenaz ao desemprego e à erradicação da pobreza. E este quadro só é possível ser consubstanciado por um verdadeiro Estado Social, nunca por cartilhas neoliberais radicais, portadoras de niilismo. Como lembra Paulo Ferreira da Cunha: “(…) o lema do Estado Social tanto se opõe aos neoliberais que, no limite, são anti-Estado, quanto aos anti-democratas que são contra o Estado de Direito democrático.” (Pensar o Estado - Quid Juris, 2009) Finalmente, o Estado pode ser ontologicamente mau (até pela essência coerciva que detém), mas apesar de tudo é muito proveitoso em termos instrumentais.
Teremos o farnel de volta
Há quem tenha tido oportunidade de desfrutar dos preceitos de um farnel à moda antiga e dificilmente se poderá esquecer do prazer que proporciona esta vivência única e sempre desigual. Os tempos mudaram muito. Os interesses divergiram na busca incessante de comodidades e de novas formas de prazer, e obliterando um acervo vasto, rico e culturalmente nosso, de coisas que, se não me engano, irão voltar, bem cedo. É o caso dos farnéis e merendas no campo. Ainda há, felizmente, memórias dessas epopeias tão sócio familiares como gastronómicas. Muitos modos inteligentes de vida foram erradicados do nosso quotidiano ao serem massivamente enunciados e conotados com o passado e como sendo integrantes ou estreitamente ligadas com o fascismo, o imperia-
mória, ou provocarei a imaginação, para esta fonte de bem-estar, de retempero de forças, de espaço de confraternização, de comunhão com a natureza, de boas e reconfortantes sestas e de fruição do melhor que a vida tem, a muito baixo custo. A ida continuada a restaurantes é inibidora de bom convívio familiar, em diametral oposição com uma mesa de farnel à sombra de frondoso arvoredo, atapetado com folhado macio ou relva bravisca e, sempre que possível, com o murmurar da água, sonífero certo depois do repasto e das “provas” vinícolas adjuntas. De propósito, ou nas idas e voltas, mesmo que de carro, a qualquer sítio onde se fosse, era mimosamente preparada uma “cesta (normalmente de vime) com todos”. Toalha de pano, guardanapos, talheres e copos num compartimento. Noutro, vitualhava-se, bem acoBom, de regresso ao esquecido farnel, evocarei a me- modadamente, uma variedade farta, que se constituía
lismo, a outra senhora, o antigamente, a fome, o antes do 25 d’Abril, e mais ainda. Conheci outros lugares, especialmente em África, onde se fez exactamente o mesmo. Obliterar o passado para impor esta política que, agora, já conhecemos. É uma política que tem pai e mãe e se disseminou pelo mundo, especialmente pelos mais atrasados. Saibam que até a calçada à Portuguesa da marginal de Luanda foi arrancada, por ser um símbolo do imperialismo/ colonialismo. As suas pedras foram carregadas em batelões cubanos e descarregadas no fundo do mar…! Essas pedras deram depois “à costa”, em Cuba, e lá foram aproveitadas para calçadas… Muito se fez em nome do anunciado progresso.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
números
estrelas
5.000 A região da raça arouquesa possui cinco mil cabeças espalhadas pelas zonas montanhosas dos distritos de Viseu e Aveiro. O número foi avançado pela Associação Nacional de Criadores de Raça Arouquesa (ANCRA) com sede em Cinfães.
Importa-se de responder?
Irene Xavier e Humberto Fonseca Dirigentes da Secção de Natação do Clube Académico de Viseu
Carlos Clara Gomes Músico, compositor e intérprete
No final de mais uma época desportiva confirma-se ter sido esta a mais brilhante de todos os tempos no historial da natação do clube que, semanalmente, conquistou prémios relevantes. Estão de parabéns os atletas, a dirigente Irene Xavier e o treinador Humberto Fonseca.
Mara Pedro Fadista
Celebrando os seus 40 anos de carreira, Carlos Clara Gomes lança o livro/cd com o título “Auto da Fonte dos Amores”. É o culminar de uma carreira profícua e diversificada, na qual faltava apenas a publicação de um livro.
A jovem fadista viseense, depois de meses de sucesso no programa televisivo “Uma Canção para Ti” (TVI), que a projectou de Norte a Sul do país, lança agora o seu primeiro cd, “Doce Fado”, apresentado no Teatro Viriato ao lado de Joana Amendoeira.
Os resultados dos exames de Português e de Matemática, no 12º anos, foram os piores de sempre. Quais são para si as principais causas ? Enquanto professora de Português da ESEN, não considero que tenhamos tido resultados inferiores à média nacional. Porém, tal não quer dizer que tenham sido bons. A nível nacional, na minha opinião, no ensino do Português, verifica-se um fraco investimento no trabalho de desenvolvimento das competências dos alunos. E é exactamente aqui que está o cerne do problema, que deve ser revisto para obviar a situações semelhantes.
Margarida Paixão
Professora de Português
Professora de Português
Há muitos motivos para tal. Um dos principais prende-se com o facto da maioria dos alunos que vão a exame serem de ciências e de tecnologias, havendo um desinteresse, em geral, porque esta disciplina não contribui para a média, enquanto específica para a entrada nos cursos que eles pretendem. Os alunos vão-se desinteressando cada vez mais da escrita e da leitura. Porém, lembro que aqui, na minha Escola, este ano, houve Ana Albuquerque um 19 a Português e um 20 a Matemática. Professora de Português
em pastéis de massa tenra, pataniscas e bolinhos de bacalhau, peixinhos da horta, ovos verdes, batatas albardadas, empadas, enchidos de paio o ou chouriço e etc, como entradas. Depois, mais substantibstantivo, aparecia um tacho com um arroz quente de “uma qualquer coisa” isa” (lembro-me do “à valenciana”) que se desembrulhava de entre muitass folhas de jornal apertadas por um m cobertor. A sobremesa, afirmadaa com queijo, arroz doce ou aletria, e fruta, entrava já de mansinho, depois de aplacada a fúria exigentíssima da fome, mais desperta, ainda, pelo ar do monte. Espelho do trato, do convívio e da paz
A nível do Português, as provas, todos os anos têm critérios díspares. De ano para ano há alterações, e alunos e professores vêem-se perante situações algo inesperadas. O que pode justificar, de alguma forma, tais resultados. Há que fazer provas mais adequadas às matrizes, que decorrem do Programa e que estão na base do desenvolvimento do nosso comum trabalho. O grau de dificuldade dos exames varia de ano para ano, não assentando numa constância, num equilíbrio. ConAlexandra Ramos tudo, as causas não se resumem apenas ao referido.
Em 2007, 2008 e 2009 o exame de Matemática foi de um facilitismo enorme e no primeiro daqueles anos inesperado. A média dos exames subiu, em 2008, cerca de 4 valores e ainda mais se considerados só os alunos internos . É o próprio GAVE que o afirma: a prova modelo dos exames deve ser a prova de exame do ano anterior. Quando em 2010 e agora em 2011 aparecem provas mais adaptadas ao programa é este o resultado. Nota-se que a descida de notas já aconteceu também no ano anterior! A Maria da Graça Martins aprendizagem em Matemática é como um novelo: se o início fiProfessora de Matemática cou mal, ao avançar fica tudo sem consistência e até se pode desfazer! E as consequências só se fazem notar no secundário.
que sempre bulha com a fome, a conversa entra, agora, mais mansa, simpática e pousada. A voz surge mais ténue e meiga. Os olhares mais atentos e afávei afáveis dispensam a ternura que gostamos de ter de volta. E assim se vai desvanecend vanecendo o turbilhão entusiasta inicial para morrer m estendido numa manta de tr trapos sob os auspícios duma sesta que se quer tão longa quanto o pio das aves durar a embalála. A casa a que se chega depois deste retempero parecerá diferente da que nos recebe ao longo d da semana de trabalho, ou após a vinda de um barulhento restaurante onde o funcionário, funcionár enfartado, nos serve como a
todos os outros – mal! – e nos mostra, clara e inequivocamente, que só ali estamos para o incomodar. Curiosamente, esta evocação do farnel, em forma de dica, não serve para sugerir idas aos paraísos pagos, em campanhas, promoções ou saldos. Nem para emprestar dinheiro, ou comprar o seu ouro usado. Serve para lembrar como se juntavam as famílias – filhos, pais e avós – nos passeios de fim de semana e sugerir que, nesta nossa e preciosa beira, ao preço e com a qualidade de “antigamente”, se voltem a organizar as famílias e amigos, para, ajustados à época que vivemos, fruir da natureza, da família, dos amigos, da comida simples, saudável e, mais que tudo, da vida.
Pedro Calheiros
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Director Paulo Neto, C.P. n.º TE 909 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
Esta política mata a economia
O programa deste Governo, como «bom aluno» que é, leva à prática as medidas de sujeição acordadas pelo PSD, CDS-PP e PS com o FMI e a União Europeia. Com essas políticas o País será inevitavelmente conduzido à ruína António Vilarigues económica e à miséria soanm_vilarigues@hotmail.com cial. Qual o seu conteúdo intrínseco (medidas concretas) escondido sob o manto de belas palavras? Mais exploração para quem trabalha. Menos rendimentos para trabalhadores e reformados. Aumento dos preços dos bens e serviços essenciais. Mais lucros e privilégios para a Banca e grupos económicos. Roubo do subsídio de Natal. Mais privatizações e encerramento de serviços públicos. No distrito de Viseu vamos assis-
tir a mais encerramentos de escolas, serviços de saúde, tribunais, instalações da GNR. O desemprego vai aumentar. Sublinhe-se que o número actual de desempregados ultrapassa todos os registos históricos desde o 25 de Abril de 1974. Com o aumento do desemprego, a pobreza, a miséria e a fome alastram em Portugal. Mas os apoios sociais aos mais desfavorecidos continuam a ser reduzidos. As desigualdades vão-se agravar ainda mais. O fosso entre pobres e ricos em Portugal é o maior da União Europeia. Os 100 portugueses mais ricos aumentaram a sua fortuna cerca de 33 por cento em 2010. Enquanto grande parte dos trabalhadores viu os seus salários congelados ou com actualizações mínimas. Este Governo PSD/CDS-PP diz não à aplicação do efectivo pagamento de impostos da banca, da especulação na bolsa e das transferências para os paraísos fiscais dada «a delicadeza (!!!) do sector financeiro». Mas não hesita em ser o
carrasco da vida de tantas famílias que têm no subsídio de Natal a última possibilidade de responderem a necessidades extremas. E o que afirmam os mandantes, os tais que, dizem eles «ajudam» financeiramente Portugal? «Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão”», declarou Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). E acrescentou que «é o prémio pelas garantias que a Alemanha dá. Só que os contribuintes alemães não acreditam». Mais claro não podia ser! O País precisa de outro caminho. Como declaram e demonstram os comunistas é possível sair da crise. O que exige uma ruptura com os interesses dos mais ricos e poderosos. O que exige uma política patriótica e de esquerda que faça frente às injustiças e ao declínio nacional.
Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA
Editorial
Não é sangrando o semelhante… que tornarás a vida de vã em interessante
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Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
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Associação Portuguesa de Imprensa
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1 - O meu último editorial ainda está batendo à aldraba do Guinness, pela exagerada extensão do seu tamanho. Já o nosso paginador/ gráfico ameaçou despedir-se ou despedir-me, Paulo Neto tendo uma dúzia de leiDirector do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt tores tombado em profunda letargia, e só iam a meio… O Pe. António Vieira que no meu magro entendimento encabeça a meia dúzia de maiores e mais sapientes cultores da madre língua, dizia por palavras assim ou semelhantes: “mais difícil é escrever pouco dizendo muito, que escrever muito dizendo pouco”. Os puristas da literatura que me perdoem, se não está conforme nas palavras, mas não me neguem o dito na essência. A escrita, por vezes, é um corcel puro-sangue lusitano galopando solto na lezíria a sol doirada e mui arredio da alta escola, pela simples crença de, filho de Zéfiro, voar com o vento. Os leitores que me absolvam deste excesso, que da minha parte os absolverei da ripostada sesta. Aqui deixo a contrição… 2 - A vida é efémera. Tempus fugit dizia-se na Roma antiga. Mas o homem moderno, o homem do tempo do consumismo e do descartável, numa ingenuidade assente na mentira a si próprio dita, de tal não ousa convencer-se. Mera ilusão, puro e vão engano….Por isso, nós que somos todos os velhos de amanhã, concedamos dignidade à velhice, peçamos aos nossos legisladores que façam leis que protejam os idosos e respeitemo-los, porque eles são a nossa origem, muito do nosso saber e deles advém muito do que temos. Porém, os números na sua frieza dizem que todos os anos há 8.258 idosos abandonados por filhos e familiares em hospitais públicos… Sinais dos tempos, na sua implacável crueldade. Alguém escreveu que “o grau de civilização de um povo se vê, também, na maneira como acarinha e cuida os seus anciãos…”. Estamos falados!
Frères humains qui après nous vivez N’ayez les coeurs contre nous endurcis Car se pitiè de nous pauvres avez, Dieu en aura plutôt de vous mercis. (…) (François Villon, Balade des Pendus)
Este excerto da “Balada dos Enforcados”, do poeta medieval François Villon, reflecte clara e oportunamente este tema. É comum a muito dos nossos poetas a preocupação, obsessiva nalguns casos, com a efemeridade da vida. Ricardo Reis, que só existiu na escrita de Fernando Pessoa, escrevia: Nada fica de nada. Nada somos. Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos Da irrespirável treva que nos pese Da húmida terra imposta Cadáveres adiados que procriam. Leis feitas, státuas altas, odes findas – Tudo tem cova sua. Se nós, carnes A que um íntimo sol dá sangue, temos Poente, porque não elas? Somos contos contando contos, nada.
no e quando o sangue, de todo, se esgotar, tornarse-ão sorvedores de H2O, ou perderão a sua razão de existir, perecendo à míngua de alimento. É a crise! (do grego krisis, decisão)… 4 - E já que à pena a Lusitânia veio, a estas horas, apresentadas e aprovadas as contas em Assembleia Geral, urge o tempo de delas dar público conhecimento à opinião pública para que TODOS possamos saber, sem qualquer ambiguidade, dúvida, ou mais delongas, como foram gastos os largos milhões de euros, à sua gestão confiados. 5 - Como uma nuvem carregada de fria chuva, a pairar nos ares de Viseu, fala-se e escreve-se sobre a Quinta da Escola Agrária, a da Alagoa, doada pela Dª Maria do Céu Mendes, aquisição/permuta (?) da CMV, com alteração do PDM à mistura e o lavrar da leira, que outrora foi de estudo e benfeitoria, para semear o triunfal betão. Será possível? Pessoalmente, não acredito!
6 - Na Quinta do Bosque, ou no que dela de verde sobejou, às espaldas do hotel local, onde outrora havia frondosas árvores, cresce altaneiro o capim. Não posso crer que seja este o magnífico Jardim que o vereador do respectivo pelouro em tempos me mencionou e tinha em mente, quando mandou cortar parte das seculares árvores lá existen3 - António Quadros, sob o pseudónimo de Frei tes. Ou então (porque não?) é a minha ignorância Joanes Garabatus, escrevia em “As Quybyricas”: em colisão com as novas correntes da arquitectura Se a vida é vã porquê mais vã fazê-la paisagística, que devastam, como Fénix, para reconfiscando-lhe a calma e lavradio nascer um dia, das cinzas, na beleza harmoniosa em que se passe frutuosa e bela que os viseenses pagam, apreciam e merecem. Este número, o Jornal do Centro traz um suplemento sobre os Avós. Sê-lo-emos todos, amanhã, se o Fado o permitir. O que hoje semearmos, amanhã colheremos. A nossa vénia e o nosso respeito aos gerontes, nossa esquecida origem e memória.
lutando apenas contra o desfastio? Aos que por vã a tomem por descrê-la de outro alto sentido e cume frio direi: Não é sangrando o semelhante que a volverás de vã em interessante. Não é sangrando o semelhante… que tornarás a vida de vã em interessante.
Uma excelente asserção a ser ponderada e considerado pelos nossos governantes, que têm todos como boa política brindar-nos, a cada dia que passa, com um novo imposto, seja qual for a conjuntura e a família política de onde são oriundos. Dantes era “marchar, marchar…”. Hoje é “pagar, pagar…” Exangue vai ficando o corpo social lusita-
7 - Prometi tentar não ser (tanto verbo!) enfadonho. A escrita é como as rúbidas cerejas de Cinfães e Resende… E desta feita, o Jornal do Centro, na sua política editorial de dar voz a todo o distrito, cada vez mais voz, andou por Castro Daire, pelas faldas do Montemuro e desceu às áureas margens do Doiro, a Cinfães, a viver a sua festa e a ouvir o seu Autarca, no entendimento de que, ninguém melhor que os eleitos pelo Povo são do Povo (quase sempre) a Voz. Aqui me quêdo – para não voltar ao Guinness. Até para a semana.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
Opinião
O dilema eleitoral dos socialistas portugueses - Reflexão
Tenho a honra de ter participado na fundação do Partido Socialista em 1973, na então República Federal da Alemanha. Éramos poucos, mas tínhamos um desígnio firme: a luta contra a ditadura e o empenho na constituição de um regime João Lima democrático em Portugal. Fundador Nacional do Partido E até hoje nunca deixei de pertencer Socialista – aliás com gosto e muito orgulho – aos quadros do partido e já lá vão 38 anos. Com a Revolução do 25 de Abril de 1974, tudo mudou. O que sucedeu depois é bem conhecido de todos, quero dizer, dos que ficaram e continuaram a lutar pela liberdade e pela democracia. Tais circunstâncias criaram a necessidade evidente do partido ser dirigido por um Secretário Geral combativo, determinado, implacável nos seus desígnios e indutor a consciencialização colectiva dos portugueses que acreditassem e se mobilizassem para a reposição democrática do país. Esta foi a tarefa primeira e mais importante de Mário Soares, dirigente carismático e centralizador de vontades dos seus seguidores que, então, cresceram em progressão quase geométrica. E ainda bem que assim foi, pois, de contrário, a evolução de Portugal teria sido bem diferente do que foi, com consequências ainda hoje mal avaliadas e mal medidas. Entretanto, a liderança política de Mário Soares criou, no seio do partido e no pensamento substancial de muitos dos seus militantes, uma cultura política peculiar e a habituação do uso de métodos que, alguns anos depois, se aproximou de uma certa perversidade degenerativa. Passo a explicar-me: Num partido democrático como é e sempre foi o Partido Socialista, o debate interno é fundamental. Seja o debate ideológico, seja o de políticas ou de estratégias, todos são fundamentais para que se apresente ao eleitorado uma via e um rumo, dando-lhe a possibilidade de opções traduzidas no voto popular. Isto é, obviamente, o abc da política, a arte hoje tão vilipendiada, não sem culpa de alguns dos seus agentes. Mas ainda me lembro que, nalguns debates, uns ganhavam e outros perdiam. E estes – os que perdiam – aceitavam os resultados e isso não constituía uma derrota fatal e definitiva do seu posicionamento dentro do partido. E, se não fosse eleito para os órgãos do partido ou para cargos políticos públicos pelas razões acima aduzidas, tal era compreendido como consequência do funcionamento da democracia interna. E, como esses militantes eram na sua generalidade profissionais na vida civil, retomavam os seus empregos e os seus mesteres, regressando ou não, no futuro, à vida política activa. Conheci todos os Secretários Gerais do Partido, com muitos deles trabalhei intensivamente, menos com outros, nada com poucos e por todos tenho um profundo e salutar respeito humano e político. Publicidade
Contudo, com o decorrer dos tempos, com as euforias do poder e as angústias das não proeminências públicas e partidárias, surgiu um fenómeno insólito, qual seja o da constituição de pseudo elites nas estruturas regionais e locais do partido, aliás, muitas vezes com a complacência e (ou) a conveniência da estrutura central. Criou-se, assim, nos concelhos e nos distritos, um centralismo pessoalizado (democrático só formalmente), o qual permitiu a utilização de métodos que favorecessem o êxito dos seus autores, quer dentro da estrutura do partido, quer na vida pública. A burocracia local esplendorou, os caciques e os cabos eleitorais proliferaram e, com a ajuda da burocracia tradicional, toda a “concorrência” foi afastada. Os delegados ao Congresso Nacional passaram a ser sempre os mesmos, os membros da Comissão Nacional e da Comissão Política Nacional idem idem, os candidatos a deputados só os indicados pelos “dirigentes locais” (também estes eleitos pelas estruturas locais do costume), os caciques locais a aumentarem a conta dos telefones e dos SMS’s nos contactos com os eleitores dedicados, com o trabalho dos funcionários partidários. Vieram as eleições directas para o cargo de SecretárioGeral. Perdeu-se o debate e a discussão democrática nos Congressos nacionais. Ficam sempre os mesmos e o partido fechou-se à sociedade, divorciou-se dela, não obstante dever dizer-se com justiça que alguns altos dirigentes do Partido fizeram um enorme esforço para que tal não sucedesse. Em Junho passado, devido à crise europeia e mundial e também a alguns erros próprios, o Partido Socialista perdeu as eleições legislativas, o que levou o Secretário-Geral José Sócrates a pedir a sua demissão dos cargos de Primeiro-Ministro e de Secretário-Geral do Partido, aliás num discurso memorável de coragem e honradez políticas. O Governo de coligação maioritária PSD/CDS foi empossado pelo Presidente da República, o memorando de “ajuda” da troika entrou em funcionamento e… o partido socialista entrou em período de eleições para o cargo de Secretário-Geral. Perfilaram-se dois candidatos e os seus nomes são bem conhecidos quer pelos socialistas, quer pelos portugueses em geral. E eis que a nomenklatura imediatamente começou a apelidar um deles “de esquerda” e o outro de “continuidade” (por contraste talvez “de direita”…) A dualidade política-ideológica dos nossos dias não se cifra na esquerda-direita (como acontecia no século passado), mas na dualidade, essa sim, “Estado Liberal / Estado dos Cidadãos”, ou não fora verdade que muitos dos apaniguados da dita e tradicional “direita” usam no seu discurso político formas de populismo demagógico que preconizam soluções e opções que a dita e tradicional “esquerda” teria vergonha de utilizar. O importante e o essencial nestas eleições internas do Partido Socialista tem duas vertentes: A primeira é o modo como o Partido se vai organizar e reformar (reformular?) as suas estruturas organizativas, fechando-as ou abrindo-as ao mundo real e circundante, com
prejuízo do funcionalismo político vagamente bacoco. A segunda diz respeito à forma como o Partido vai exercer o seu legítimo e democrático direito de oposição, cumprindo os compromissos assumidos (referimo-nos à assinatura pelo Governo anterior do memorando da troika) e defendendo os valores essenciais da sua matriz ideológica, no momento com maior incidência no respeito e fazer cumprir os direitos sociais que os portugueses, especialmente os mais pobres, os que menos ganham e os que são mais explorados, adquiriram. Quanto ao primeiro ponto, defendemos que o Partido não poderá continuar a ser “mais do mesmo”. E quando digo “mais do mesmo”, refiro-me ao auto-enclausuramento dos militantes, aos aprendizes de pequenos e, quantas das vezes, ridículos “gauleiters” espalhados pelo país, ao sempre os mesmos, com a mesma cara, com a mesma rotina, com os mesmos propósitos, sempre também com as suas conveniências próprias. Um partido político não vive só para os seus militantes. Tem de viver e de funcionar para a sociedade em geral, apercebendo-se das suas carências e dos seus desejos, da protecção dos seus direitos políticos, económicos, sociais e culturais. E só o poderá fazer se se abrir a essa mesma sociedade, libertando-se do seu mofo burocrático, das suas próprias preocupações carreiristas e de todo o seu mundo fictício. Se o não fizer não cumpre dignamente o seu destino e os seus objectivos que não são mais do que ganhar eleições e, em consequência, adquirir os instrumentos necessários ao cumprimento das expectativas mais humanas, mais decentes e até mais transcendentes do povo que o elegeu. E estes instrumentos, para serem eficazes na sua função, não podem ser congeminados e escolhidos intra-portas, têm de resultar, isso sim, da consulta e da auscultação daqueles que são do seu uso e da sua valia. Eis por que defendemos as eleições primárias alargadas ao mundo simpatizante dos socialistas portugueses e não só aos membros partidários com as quotas em dia e obedientes ao seu cabo eleitoral. É assim que se faz e se funciona nos países com a democracia política mais avançada e mais transparente. Não é assim nos países que fazem da burocracia e dos burocratas salvadores da humanidade! Quanto ao segundo ponto, o enunciado acima elaborado já diz quase tudo o que pensamos. Cumprir o memorando da troika, sim! Permitir que esse memorando seja também o pretexto para a consolidação de um Estado Liberal com o atropelamento dos direitos económicos, sociais e culturais do nosso povo, isso é que não. Alguns reputados economistas portugueses dizem deles próprios que são estúpidos e que têm de o ser. Também concordo com eles! O Partido Socialista tem dois candidatos à sua liderança. São facilmente distinguíveis face ao que se escreve neste texto. Por mim, já decidi o meu voto.
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abertura
textos ∑ José Lorena fotos ∑ Nuno Ferreira
A festa das chegas de bois O português comum ou não sabe o que são, ou pensa que já não existem, chegas de bois as lutas entre touros de raças autóctones que se provocam nas aldeias de todo o Norte de Portugal. Na serra do Montemuro, a tradição está bem viva, mas quase não se dá por ela. Talvez por isso ainda tenha vida e ar rústico. Ainda não se adivinham dias em que as chegas de bois venham a ser organizadas por agências de promoção de eventos. Assistir a um dia de festa anual em Laboncinho, uma aldeia de Parada de Ester, no concelho de Castro Daire, é um privilégio raro. Para chegar à encosta da serra de Montemuro, onde se espera mais uma chega de bois em final de festa, atravessa-se e sobe-se o magnífico vale do rio Paiva. Chega-se ao tecto do mundo e vê-se gente rara. O maciço da Gralheira e a serra da Estrela vigiam, ao longe. As gentes divertem-se de forma pura. O tempo não parou lá por cima. Apenas acontece um paraíso na terra. Os bois lutam, mas são dóceis. A violência não existe nem por aquelas paragens se conhece como noutras existe. Por ali se celebra o gado da raça Arouquesa.
“Dizem que a seguir, Aqui vão lutar os bois, Logo na primeira luta, Punha aqui estes dois!” O menino era também novo na arte de cantar à desgarrada. Mas inventou algumas quadras e foi a atracção do momento de cantigas ao desafio numa destas tardes nas festas anuais de Laboncinho, freguesia de Parada de Ester e concelho de Castro Daire. De cada um dos lados o moço tinha o pai e outro sujeito mais velho, dois cantores de quadras afiadas que ainda animam as festas nas aldeias da serra do Montemuro. A desgarrada rufia precedia o grande momento: a chega de bois marcada para a tarde festiva. A chega ou luta de bois é um costume popular que nada tem a ver com touradas ou outras tradições tau-
rinas da Península Ibérica. Os actores principais são touros de cobrição de raças autóctones como a Arouquesa e a Barrosã, de onde saem animais de trabalho dóceis e respeitáveis, podendo os machos ultrapassar a tonelada de peso. Dois a dois, são obrigados a aproximar-se em campo aberto e sem qualquer vedação que resguarde a tradicional assistência para quem este é o momento mais alto de qualquer festa nas localidades serranas do maciço da Gralheira, da serra do Montemuro ou dos plainos das terras altas de Trás-osMontes. Os entendidos dizem que os animais entram em confronto natural pela proximidade de fêmeas, que cheiram com clareza e desejo. Por isso se atiram um ao outro e só pára a luta quando um fugir. A refrega impressiona pela monumentalidade dos
animais. Pode durar um minuto ou uma hora, conforme a vontade dos touros. E há mesmo casos em que nem chegam a lutar, embora os urros e sons de ambos possam ser ameaçadores. A ma ior pa r te das autarquias onde as chegas de bois se realizam não aposta numa promoção ampla a este tipo de eventos de rusticidade inigualável e que se têm mantido intactos ao longo de séculos. A assistência é composta por habitantes de aldeias próximas ou distantes (dele sabem por tradição oral ou pelas avisadas páginas de almanaques como o Borda dÁgua ou o Seringador) que guardam o dia para o evento e nele fazem as mais variadas compras para além de se divertirem e passarem um dia diferente. Em Laboncinho o dia das festas começou cedo com a chegada dos feirantes e dos produtores de gado de raça
Arouquesa que iam participar na feira anual e no concurso de gado que ali se realiza todos os anos. Por um campo aberto sulcado de urze e carqueija se estendiam barracas de feirantes. O espaço terminava com um campo aterrado para onde estava prevista e é habitual a realização das chegas de bois e até mesmo corridas de cavalos, um costume da serra que também nada tem a ver com outros eventos equestres mais longínquos. Estamos em pleno vale do Paiva, nos contrafortes a Sul da serra de Montemuro, e tudo aqui está intacto e de bem com a natureza. O barulho infernal dos feirantes, com instalações sonoras para apregoar tudo e mais alguma coisa, quase não permite ouvir a azáfama dos espaços onde alguns restaurantes improvisados lançam para o ar os fumos da assadura de carne de por-
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co e galinha. É aí que muita da festa se faz. A comer e a beber. Eles, com os amigos que só vêm de quando em vez, de cajado entalado entre o sovaco e o peito - a pose do pastor e do lidador de gado. Conversas entrecortadas com “vai mais uma rodada, agora pago eu”. Elas, na conversa com outras tantas mulheres deles, de vestidos engomados e coloridos e buço rapado. Da lida dos dias falam, entre olhares de preocupação para eles, que bebem. Espera. A chega de bois nunca mais começa. O sol abrasa, mas o vento disfarça o calor e a luz do astro. Eram para lá das quatro da tarde e ainda se gritavam no minúsculo palco os prémios e os premiados do concurso de gado da manhã. Os autarcas de Castro Daire e Parada de Ester, os dirigentes da Associação Nacional de Criadores de
Raça Arouquesa (ANCRA) e até os graduados da GNR distribuíram os prémios aos orgulhosos e orgulhosas ganhadoras. Logo a seguir se reclamou a presença do “senhor Zé, de Laboncinho, e do senhor Moreira, de Vila Boa”. São pequenos produtores de gado da raça arouquesa e estavam marcados para que os seus dois touros começassem a chega de bois. Eis que os animais assomam à arena improvisada, um quase campo de futebol pelado, sem marcas nem balizas. Centenas de pessoas assistem, sentadas nos dois taludes que demarcam o recinto. Os bois defrontam-se. Entalam os cornos na cabeça um do outro. As pessoas gritam de satisfação e tentam encorajar e atiçar um e o ou outro. Os bichos investem, de cornos entrelaçados. Mas soltam-se logo e um deles foge. O que fica, urra e ga-
nha. Para quem vê, a derrota e a vitória contam mais que, aparentemente, para os animais. Um deles é da casa e outro recolhe à camioneta do dono, o senhor Moreira de Vila Boa. Do palco anuncia-se a segunda das quatro lutas da tarde. O senhor Saraiva, da Gralheira, trouxe o “Bonito”, uma bizarma com mais de uma tonelada. Do outro lado vem o “Amarelo”, do senhor Cardoso, de Alhões. Quatro anos de idade tem cada um e, talvez por ser tenra, nem chegam a zangar-se. Recolhem às camionetas de transporte de “animais vivos” Seguem-se o “Mourisco”, do senhor Assunção, de Alvarenga, e o “Chico”, do senhor Nelson, de Paradela. E ora aqui esteve o momento da tarde. Primeiro olharamse e pareciam amigos. Depois, atiçados por Assunção e Nelson, atiraram-se um ao outro. O “Mourisco” largou a luta e fugiu por uma encosta abaixo. O “Chico” seguiu-o, com raiva. Correram duzentos metros e pararam ao pé de dois carros estacionados. O “Chico” atirou-se ao “Mourisco” e este andou de rojo. O desgraçado fez um Citröen AX rodar 90 graus, metendo-lhe uma porta para dentro, mas ainda enfrentou o touro do senhor Nelson. Os donos apartaram-nos e fizeram-nos regressar ao recinto. Lutaram mais um pouco, mas estava feita a tarde: o povo vibrou. Levava que contar para casa. Como por magia o dia estava feito. O espectáculo animara as pessoas até ao fim, mas começavam a respirarse ares de partida e saudade dos momentos passados num dia cheio de emoção pertinho do céu dos altos do Montemuro. Marcavam-se encontros para S. Cristóvão (Resende), onde no próximo fim-desemana há mais chegas de bois, e também para a Festa da Senhora da Ouvida (Castro Daire) nos primeiros dias de Agosto. Este é o esplendor das festas da serra do Montemuro, onde ainda se celebra o gado da raça Arouquesa. Por ali se passam tardes inesquecíveis, ao sol, com as chegas de bois.
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“Queremos novos e jovens produtores” aproveitam o que eles têm de melhor, ou seja, os seus recursos inatos. A partir dos nove meses de idade, os vitelos já podem ser vendidos para que a respectiva carne seja comercializada para abate. E que expressão têm essas actividades produtivas? Começando pelo leite, entra em circuitos das grandes casas colectoras e produtoras?
A Fernando Moreira, presidente da direcção da ANCRA A produção de gado da raça Arouquesa está ordenada actualmente, anos após ter sido definida, certificada e regulamentada. A ANCRA é a entidade que garante a certificação da raça. Como é que no terreno está espalhada esta variedade de gado autóctone?
Temos que dividir o processo por etapas da vida animal. Em primei-
ro lugar os animais de trabalho, que ainda são criados pelos agricultores. Eles ensinam-nos como há séculos acontece por essas serranias e aldeias fora. As vacas começam a parir, a trabalhar ao mesmo tempo e também produzem leite. As pessoas que habitam nas zonas serranas vivem à base destes animais e
Raça de gado bovino que se desenvolve nos concelhos de Resende, Cinfães, Marco de Canaveses, Arouca, Vale de Cambra e Castelo de Paiva. Com menos efectivos abrange outros concelhos da orla dos anteriores, como os de Lafões Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul. Tem cor amarelada e castanha clara, pelagem curta e sedosa. São grandes procriadores de vitelos e produtores de leite de excelente qualidade. Mas, acima de tudo, são animais de trabalho e dóceis. Esta raça adaptouse muito à região de montanha e é de fácil maneio. A origem destes animais perde-se no tempo. Há quem defenda que a raça Arouquesa foi apurada a partir de animais que existiam na região de Trás-osMontes e atravessavam as serranias para sul no tempo dos antigos mercadores e almocreves. O cruzamento destes animais com outros da zona das marinhas (onde existe a raça Marinhoa), entre a Figueira da Foz e Aveiro, poderá ter dado origem à Arouquesa. Por outro lado é defendido também que a raça pode também ser proveniente do boi do Arouque (um animal antigo
Não, não entra em qualquer circuito de comercialização. As vacas da raça Arouquesa produzem leite essencialmente para o vitelo. Depois de deixarem de amamentar voltam a estar férteis e conseguem-se ainda três ou quatro meses de leite que servem apenas para consumo próprio dos produtores. O abate de animais da raça é que já tem visibilidade...
O abate dos vitelos, cerca de três mil por ano, jé tem expressão e consegue entrar nos circuitos comerciais como um produto com Denominação de Origem Protegida (DOP). Temos uma rede própria
de distribuição. A própria ANCRA comercializa esta carne, como forma de garantir o preço e a divulgação deste produto. Acredito que temos a melhor carne do país. Tem uma tenrura acima da média, uma vez que a sua origem é de um animal ‘mamoto’, ou seja, que vem da mama, do leite materno. Os animais são criados em ‘cortes’ aí pelas serras. Comem bons pastos naturais e depois alimentamse ainda do leite materno. Isso é muito importante para as características únicas da sua carne. A comercialização é notada a nível nacional?
Não temos ainda grande expressão nesse domínio. Somos conhecidos, estamos divulgados mas queremos ainda mais pelas possibilidades que temos. Mas queremos um crescimento sustentado, acima de tudo, de forma a que a carne chegue ao mercado, vença e convença. O efectivo de cerca de cinco mil animais tem dimensão
perante o de outras raças autóctones portuguesas?
Nas regiões Centro e Norte é, seguramente, o maior efectivo de gado bovino tradicional. Mas não devemos esquecer que temos outras carnes de excelente qualidade, tais como a Mirandesa, a Barrosã ou a do Germelo (em desenvolvimento a Norte da Guarda). Mesmo a la rga ndo o nosso leque para todas as raças e carnes autóctones, penso que ninguém pode ofuscar ninguém. Cada um tem o seu caminho, traçamos percursos paralelos e há mercado para todos. Cada região tem que defender a sua raça, puxar por ela e fazer com que os agricultores se sintam felizes. Eles já são pouco, estão velhos e temos que dinamizar a raça para que novos e jovens produtores se fixem na região. E há espaço para mais produtores certamente. Será que o mais normal é a tradição familiar para a continuidade da produção de animais?
Esta é uma região com muito potencial. Temos
Bilhete de Identidade
que povoou a Europa e a Ásia), cujos traços aparecem bem definidos em Portugal nas pinturas rupestres de Foz Côa. Embora existam vários estudos, de acordo com a Associação Nacional de Criadores de Raça Arouquesa (ANCRA), a caracterização exacta da raça ainda não se conseguiu ainda especificar.
Os animais têm um porte médio, podendo as fêmeas adultas atingir os 500 quilos e os machos, também adultos, chegar aos mil quilos. A adaptação perfeita ao terreno permite um período de vida útil aos animais que pode ultrapassar os quinze anos. As serras da Arada, Freita, Gralheira (o maciço que se estende até S. Macá-
sido esquecidos e há necessidade de colocar no mapa a raça Arouquesa. Não posso precisar com exactidão, mas penso que temos entre 800 a mil produtores em toda a região onde é criada a raça. Temos a satisfação de registar que já existem alguns produtores que criam a raça em regime extensivo, com efectivos de 70 ou 80 vacas. Isso é uma esperança para a manutenção e preservação da raça Arouquesa. E quais os preços que se aplicam ao gado, quer na venda de vitelos, quer no que os produtores recebem quando vendem para abate?
O valor do gado nas feiras tradicionais varia muito. Os agricultores usam vários critérios e um vitelo pode custar entre 350 a 600 euros. Por outro lado, a ANCRA paga ao produtor cinco euros por quilo em carcaça para abate. Os consumidores pagam a carne da raça Arouquesa, por questões de qualidade, a preços entre os 23 e os 24 euros por quilo.
rio, em S. Pedro do Sul) e Montemuro constituem a zona onde a raça prolifera actualmente. Para a ANCRA, o efectivo total de animais reprodutores ultrapassa os cinco mil, que permitem cerca de três mil cabeças de gado para abate todos os anos. A ANCRA existe há precisamente 25 anos, altura em que se estabeleceram parâmetros para a raça Arouquesa. Anos depois iniciou o processo de garantia do livro genealógico - a certificação da raça. A entidade certificadora da Denominação de Origem Protegida (DOP) da raça Arouquesa é actualmente o Norte e Qualidade - Instituto de Certificação de Produtos de Qualidade, com sede em S. Torcato (Guimarães). A vitela de Lafões, cuja DOP é certificada também pelo Norte e Qualidade, é uma derivação da morfologia do animal típico das raças Arouquesa e Barrosã em função das características do terreno por onde está espalhada. É um animal um pouco mais pequeno que o seu par da raça Arouquesa e prolifera unicamente em zonas como as de Vouzela e S. Pedro do Sul.
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RAÇA AROUQUESA | ABERTURA 9
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A Prereira Pinto, presidente da Câmara Municipal de Cinfães
“Um produto excepcional!” A XV Feira de Gastronomia e Artesanato de Cinfães, que recentemente decorreu na vila duriense, é a principal montra para os produtos endógenos do concelho. A carne da raça Arouquesa (Cinfães é considerado o centro da região produtora e tem a sede da ANCRA) foi um dos produtos locais que mais destaque teve no certame organizado pela Câmara Municipal. O espaço das tasquinhas e restaurantes da Feira ostentou durante três dias a marca “Carne Arouquesa” e ali se podiam degustar os principais pratos confeccionados com a
iguaria, particularmente a posta grelhada. “Este é um produto excepcional e temos a honra de ser sede da raça, com um solar a ela dedicado aqui no concelho”, diz o presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Pereira Pinto. Entre os vários produtos regionais do concelho, o autarca lembra um que há poucos anos teve um avanço significativo e que calha bem com a posta Arouquesa: o vinho verde. “Cinfães possui um clima propício e o melhor que nos aconteceu foi a integração na Região Demarcada dos Vinhos Verdes”, sustenta, escla-
recendo que os vinhos do concelho possuem ainda o condão de ser “um pouco mais adocicados, adamados”. Perei ra P i nto dei xa para o fim de uma curta conversa sobre os valores gastronómicos e vínicos do concelho, uma “preciosidade” local. Tratamse dos “Matulos”, um pequeno bolinho redondo e delicioso, banhado a calda de açúcar. “Há alguns anos que o Matulo não era feito em quantidade nem promovido como deve ser. Vamos tentar reavivar esta que é uma das tradições da nossa doçaria”, promete o autarca.
A A tradicional posta Arouquesa grelhada é uma das atracções do concelho de Cinfães
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Nuno Ferreira
região
A Ínsua e os seus encantos “escondidos” Novidade∑ Vai nascer um museu na Casa tornando-a ainda mais única no país A Casa da Ínsua, situada em Penalva do Castelo, é um hotel de charme de cinco estrelas, resultante da conversão de uma casa senhorial, estilo barroco, do século XVIII. Até ao final do ano, a Casa da Ínsua vai ter um núcleo museológico e, desta forma, uma das casas com mais passado do distrito vai mais uma vez fazer história, visto que será a única unidade hoteleira de charme com um museu adjacente. No museu, vão constar todos os utensílios ligados à agricultura, desde 1780. Alfaias agrícolas e demais ferramentas utilizadas na produção de cereais, azeite, vinho
e na pecuária vão agora ser expostos ao público. “O nosso objectivo é que as pessoas possam ter contacto com as raridades utilizadas na Casa da Ínsua no passado e que descubram as diferenças com as peças do presente”, explicou a directora da Casa, Andreia Rodrigues. A Casa da Ínsua tem uma história particular, não só por estar associada a Luís de Albuquerque, mas também às gerações seguintes que receberam o morgadio no regime de morgadio os domínios senhoriais eram inalienáveis, indivisíveis e insusceptíveis de partilha por morte do
seu titular, transmitindo-se nas mesmas condições ao descendente varão primogénito. Assim, o conjunto dos bens dum morgado constituía um vínculo, uma vez que esses bens estavam ligados à perpetuação do poder económico da família de que faziam parte, ao longo de sucessivas gerações - e que deixaram também a sua marca na gestão dos negócios da quinta e no seu desenvolvimento. Exemplo disso, foram os dois últimos fidalgos Manuel de Albuquerque e o seu sobrinho, João de Albuquerque. A sua visão permitiu introduzir na Casa da Ínsua avançados sistemas de produção
agrícola, 30 anos à frente da prática comum em Portugal. A visita às “catacumbas”. Para além do imediatamente visível, existem recôndidos espaços que guardam tesouros de outrora. O Jornal do Centro foi visitar as “catacumbas” da Casa da Ínsua, guiado pela directora Andreia Rodrigues. Visitámos a garrafeira onde encontramos diversas preciosidades vínicas: vinhos velhos do Dão e do Douro que, “serenamente”, aguardam o momento certo de degustação dos mais “finos” provadores. Onde hoje está localiza-
da a garrafeira, em tempos esse espaço era o caminho que as populações utilizavam para se deslocarem de Penalva à Ínsua e vice-versa. Os muros altos foram propositadamente construídos para que o povo não tivesse acesso às instalações da Casa. O respon sável pel a construção desdes muros foi um capataz encarregado de gerir todos trabalhos de produção agrícola, bem como da gestão das propriedades e dos seus rendeiros de quem, Francisco de Albuquerque não gostava e até mandou despedir. Anos mais tarde, quando Luís de Albuquerque
regressou a Portugal viu a “obra” deixada pelo homem e, reconhecendo o erro que o seu pai tinha cometido, voltou a empregá-lo na casa. A Casa da Ínsua surpreende os seus visitantes pela pluralidade de opções que propicia, algumas revitalizantes, outras idílicas, outras autênticas páginas da nossa história. Uma certeza se perfila, após algumas horas de visita: o despertar do crescente interesse e a curiosidade que, ao dobrar de cada passeio se nos oferece, de modo relaxante, tranquilo e pegadógico. Tiago Virgílio Pereira
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CASA DA ÍNSUA | REGIÃO 11
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Curiosidades A Casa da Ínsua começou por ter um sistema de produção suportado por uma central termoeléctrica, instalado em 1893, fabricado pela Herman-Lachapelle de Paris, que produzia a electricidade necessária à elevação da água para a rega e à iluminação das várias instalações da Quinta. Esta disponibilização de energia permitiu à Casa da Ínsua avançar com uma florescente modernização dos seus processos, instalando guindastes e sistemas mecânicos e automatizados nas mais variadas rotinas da sua produção agrícola, lagares e adegas, e avançar mesmo para a electrificação de uma das primeiras fábricas de gelo do país. Ainda hoje é possível conviver na Casa da Ínsua com vestígios destes tempos pioneiro da electricidade no nosso país, na Casa da Electricidade, na Barragem, na Central Hidroeléctrica e no que resta do quadro eléctrico da fábrica de gelo ou ainda com alguns postes da antiga rede de distribuição que ainda se conservam ao longo da Quinta.
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Maça Bravo Esmolfe: Dentro da Região Demarcada da Maça Bravo Esmolfe, é na Casa da Ínsua que se localiza o mais antigo pomar. Apesar de se associar a Quinta à produção de vinho, é importante destacar a maça, como um produto endógeno da região. O pomar tem um grande significado histórico e agrícola. A partir dele procedeu-se à enxertia de garfo. O objectivo principal passa por conseguir reproduzir as qualidades dos frutos de uma árvore noutra árvore, ou então conseguir que uma árvore estéril passe a dar frutos.
A adega: A adega original era uma das mais magníficas obras de engenharia daquele tempo. Construída em granito, todo o trabalho de transporte do vinho para as gigantescas pipas de madeira americana, era feito por gravidade, através de canais escavados no granito. Nada se perdia, porque se uma pipa rebentasse, esses canais conduziam o vinho no seu interior para um depósito próprio, onde seria reaproveitado.
Nuno Ferreira
Pioneiros na electricidade:
7 dias Jornal do Centro
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José Costa disponível para a CMV
O vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), José Costa, assumiu estar disponível para uma candidatura à Câmara de Viseu nas eleições autárquicas de 2013. José Costa é a primeira figura oficial a disponibilizar-se para encabeçar uma candidatura para ocupar o lugar de Fernando Ruas, que não se pode recandidatar ao abrigo da Lei de Limitação de Mandatos. O social-democrata, membro da Assembleia Municipal de Viseu, terá tornado pública essa decisão durante um encontro com dirigentes do PSD, onde estaria Guilherme Almeida, presidente da Comissão Política Concelhia do partido. Uma fonte adiantou ao Jornal do Centro (JC) que José Costa terá mostrado a disponibilidade se candidatar a vários militantes, informando outros potenciais candidatos da sua decisão. Para além disso, José Costa terá oficializado a disponibilidade por escrito, através de uma carta enviada à concelhia do partido. O JC não conseg uiu contactar José Costa até à
hora do fecho de edição. O presidente da concelhia considerou “prematuro” falar no processo autárquico quando “está ainda fechado” e escusouse a comentar a possível candidatura do vice-presidente do IPV. Sem nunca particularizar o nome de José Costa, Guilherme Almeida encarou uma candidatura autárquica como “inoportuna” e “sem lógica” a dois anos e meio das eleições. “Qualquer intenção de candidatura é da responsabilidade única das pessoas” que a anunciam, concluiu. O líder concelhio repetiu ainda a resposta dada há um ano no espaço “à conversa”, da Rádio Noar e do Jornal do Centro, de que este seu mandato de dois anos à frente do PSD de Viseu não inclui o dossier das eleições autarquias, por terminar antes do acto eleitoral ocorrer. O presidente da distrital do PSD de Viseu, Mota Faria, escusou-se a fazer qualquer comentário, “sem uma declaração oficial” por parte de José Costa. “Não podemos comentar rumores”, disse.
José Lorena
Nuno Ferreira
MORTE
A Recuperação está concluída e inauguração está prevista para este Verão
Quinta da Cruz à espera de conteúdos Complexo ∑ A quinta vai receber o arquivo distrital de Viseu e aguarda mais ideias A recuperação do conjunto principal de edifícios da Quinta da Cruz está concluída. O espaço situado na freguesia de S. Salvador (próximo de Vildemoinhos) foi adquirido há alguns pela Câmara Municipal de Viseu a particulares da região. O presidente da autarquia, Fernando Ruas, garantiu ao Jornal do Centro que a recuperação dos principais edifícios está concluída e que o novo espaço será inaugurado “nos próximos dias”. “Resta apenas definir, o que está em curso, os conteúdos e gestão de
todo o espaço”, diz Fernando Ruas, acrescenta ndo que a Câ ma ra Municipal está a “envolver pessoas diversas, e muitas bem conhecidas do meio cultural, para darem sugestões para a utilização de instalações físicas” do empreendimento. Tal como se espera há alguns anos, a Quinta da Cruz vai receber nos próximos meses o arquivo distrital de Viseu, que actualmente funciona na Casa Amarela. A quinta, que se espalha pelas duas margens do rio Pavia, entre S. Salvador e Tondelinha,
possui outra valência que já é utilizada. Para o efeito, o espaço foi dotado de equipamento necessário para, por exemplo, receber o estágio de equipas de futebol. Ali são realizados treinos da equipa do Lusitano de Vildemoinhos e estágios de outros clubes desportivos do concelho. O conju nto h abitacional já concluído é composto por edifícios que aproveitaram as antigas construçãos da quinta e por outros construídos de raiz e de arquitectura moderna. José Lorena
EA
A população pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico de Rio de Loba, e dos arredores, vai ter uma surpresa agradável quando regressar do período de férias grandes: têm à espera um novo centro escolar, uma nova escola. Trata-se do primeiro
grande estabelecimento de ensino de nova geração construído no concelho de Viseu para o 1º Ciclo com capacidade para centenas de crianças e que levará ao encerramento da antiga escola primária de Rio de Loba. A nova construção possui mais de uma dezena de sa-
las de aula, que estão agora a ser equipadas com materiais e tecnologia avançada para os primeiros anos do Ensino. O novo equipamento tem salas adaptadas para o ensino especial, destinadas a crianças com necessidades educativas especiais, para
além de uma ampla biblioteca, refeitório e espaços exteriores de recreio. O presidente da autarquia, Fernando Ruas, visitou recentemente o espaço e ficou satisfeito com a “dimensão” do centro escolar e com as “possibilidades que oferece” às crianças. JL
José Lorena
Centro Escolar novo em Rio de Loba
Sernancelhe. Um motard de Sernancelhe, com 50 anos, perdeu a vida, na passada quinta-feira, no IP2, na sequência de um acidente de viação que envolveu três automóveis e quatro motas, causando ainda dez feridos. João Carlos Sobral deslocava-se pa ra Fa ro, Algarve, para se juntar à concentração Motard. O empresário deixa três filhos, um dos quais menor de idade.
CORRUPÇÃO
Distrito. Três médicos de centros de saúde do distrito de Viseu são acusados de receitarem aos doentes medicamentos de um laboratório farmacêutico em troca de bilhetes para jogos internacionais do Benfica, dinheiro, brindes e uma consola de jogos. Após uma investigação da PJ do Centro, os clínicos, um homem e duas mulheres, com cerca de 50 anos, foram acusados de corrupção passiva para acto lícito pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra, e incorrem numa pena até dois anos de prisão ou multa até 240 dias. Os factos em causa terão ocorrido entre 2005 e 2007 e foram alegadamente denunciados por um delegado de informação médica que trabalhava no referido laboratório de genéricos.
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14 REGIÃO | S. PEDRO DO SUL | CASTRO DAIRE
22 | Julho | 2011
Corte no “enclave de emprego protegido” desemprega seis pessoas
Os Verdes querem reabilitação da ETAR da Ponte Pedrinha
Seis trabalhadores pertencentes ao “enclave de emprego protegido” e que trabalhavam em serviços da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul ficaram sem emprego, depois do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ter cortado o apoio financeiro. O “enclave de emprego protegido” foi criado há mais de dez anos para promover a inclusão de cidadões com deficiencia no mercado de trabalho. O apoio estatal, dado através do IEFP, consistia na atribuição de uma verba correspondente ao grau de deficiencia individual e a decisão do corte apanhou todos de surpresa. O presidente da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, António Carlos Figueiredo considerou esta medida “imoral”, porque “apesar destes funcionários não fazerem parte da autarquia, Publicidade
DR
S. Pedro do Sul∑ Presidente da Câmara classifica medida “imoral”
A Seis deficientes ficaram sem emprego estavam a realizar um trabalho válido, à medida das suas capacidades”, disse ao Jornal do Centro. O autarca sugere que “o Governo tem de ser sensibilizado para esta situação” e lembra que
“não tem possibilidade de os manter nos locais de trabalho nem de lhes pagar, uma vez que não têm enquadramento legal para o fazer”. O director da Delegação Regional do Centro, Armando Reis disse “estar
disponível para, em conjunto com a autarquia, encontrar uma solução para manter os funcionários”. O sindicalista Manuel Rodrigues, da Associação de Solidariedade Social de Lafões (ASSOL) considera que esta atitude “não é legítima nem legal” e alerta para o facto de “se tratarem de pessoas que não vão regressar tão depressa ao mercado de trabalho”. Ana Maria, uma das funcionárias dispensadas e que trabalhava na autarquia há 11 anos, “lamenta toda esta situação” e está muito reticente quanto ao futuro. O corte neste apoio destina-se às entidades públicas - como as autarquias - que têm agora de suportar todos os custos, caso queiram manter os funcionários. Tiago Virgílio Pereira tiago.virgilio@jornaldocentro.pt
O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) vai voltar a propor a reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Ponte Pedrinha, em Castro Daire, no âmbito do Orçamento de Estado para 2012. Uma delegação do partido deslocou-se à ETAR na quarta-feira, depois de dois dias antes, a associação SOS Rio Paiva ter anunciado que a Câmara Municipal de Castro Daire foi alvo de um processo de contra-ordenação devido à situação “grave e ilegal” daquela infra-estrutura. O dirigente nacional do PEV Miguel Martins disse à agência Lusa que “Os Verdes” há muito vêm acompanhando este caso, tendo no âmbito do anterior Orçamento de Estado apresentado uma proposta para reabilitação daquela ETAR, rejeitada com votos contra do PS e a abstenção do PSD e do CDS-PP. Ainda que considere que o ideal seria construir uma ETAR de terceira geração, Miguel Martins acrescentou que o partido vai lutar para que “pelo menos a que existe seja reabilitada”. Publicidade
Boa A Câs
Na segunda-feira, a associação ambiental anunciou que, na sequência de uma denúncia entregue a 9 de Maio no Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, se confirmaram “as suspeitas sobre o funcionamento daquela infra-estrutura”. O presidente da autarquia, Fernando Carneiro, comentou em comunicado que “até à data (19 de Julho) o executivo não recebeu qualquer notificação”, de coima “nem tem conhecimento de qualquer processo de contra-ordenação em relação ao funcionamento da ETAR”. No mesmo comunicado, Fernando Carneiro admite que a ETAR com 30 anos “não cumpra na totalidade os requisitos de descarga legalmente exigidos, mas “são realizadas análises mensais ao efluente” e estão a realizar-se “obras de requalificação do leito percolador, prevendose que num curto espaço de tempo a ETAR se torne mais eficiente, conseguindo, desta forma, resultados satisfatórios em todos os parâmetros analisados”, acrescenta o autarca.
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economia Aguiar da Beira mostra actividade económica
Heróis da Vila Moleza vão ao Forum Viseu “Esta é a Tua Praia” ∑ Centro comercial lança lampanha para as famílias O Forum Viseu celebra o Verão com a campanha “Esta é a Tua Praia”. Até dia 31, no centro comercial, os visitantes, em particular as crianças, podem divertir-se a fazer construções na areia das personagens mais emblemáticas da Vila Moleza (programa de televisão que visa estimular crianças e seus pais a tomarem decisões saudáveis). “Os seus heróis vão ganhar vida e fazer um espectáculo muito especial que garante fazer as delícias de todos os fãs”, acrescenta a organização em comunicado.
Este sábado, dia 23, entre as 10h00 e as 18h00, os mais pequenos vão ter à disposição ateliês de areia no espaço “Sand Box” paraaprenderem as técnicas de construção em areia. Também este sábado e domingo, e dias 30 e 31, entre as 15h00 e as 17h00, vai haver workshops com o escultor José Alexandre, para os visitantes aprenderem os segredos da escultura em areia. “O escultor vai mostrar como construir os heróis de Vila Moleza: o grande Sportacus e a super Estefânia e replicar a Sé de Viseu e o Viriato, dois mo-
AConstruções em areia ganham vida até ao fim do mês numentos em areia que vão ficar em exposição durante o mês de Agosto, concretiza o comunicado. Dia 31 de Julho, às 11h30 e às 15h00, o Sportacus e a Estefânia ganham vida para
um espectáculo de dança. No final, os heróis da Vila Moleza vão distribuir posters autografados aos seus fãs. Emília Amaral
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CIFIAL, DE SANTA COMBA DÃO EM “LAY-OFF” A fábrica de cerâmica Cifial, de Santa Comba Dão, entrou em “lay-off ” na segunda-feira, envolvendo 50 dos seus 80 trabalhadores no processo. Fonte do gabinete de imprensa, cit ad a pel a a gênci a Lusa afirmou que a decisão de entrar em regime de “lay-off ” surgiu depois de um grupo de trabalhadores ter recusado uma proposta da empresa, que está a tentar ajustar-se à crise e à redução da actividade no sector. “Há cerca de um mês a Cifial propôs aos trabalhadores fazer uma redução que equivaleria a dez por cento do salário e a dois dias por mês de pa ra gem . M a s u m grupo de trabalhadores não concordou com a medida e rejeitou-a”, contou. EA/Lusa
A Câmara Municipal de Aguiar da Beira promove até domingo, dia 24, a X Feira das Actividades Económicas, para promover o tecido empresarial do concelho, o associativismo e o empreendedorismo local. Com este certame, o presidente da autarquia considera que está a ser dada a possibilidade a todas as empresas e ao comércio local de promoverem os produtos que comercializam e que fabricam. Ao longo dos quatro dias de feira são esperadas mais de 10 mil pessoas para conhecerem o trabalho desenvolvido pelos cerca de 100 expositores presentes. No recinto encontra-se artesanato local e nacional, empresas de áreas económicas diversificadas e a gastronomia da região. O cartaz destaca ainda animação diária com mú-
sica tradicional, o festival de Acordeão (hoje, às 22h00), o espectáculo de Emanuel (dia 23, às 22h30) e o concerto do grupo Diabo na Cruz (dia24, às 22hoo).
Cortejo. A Feira das Actividades Económicas destaca-se ainda pelo cortejo etnográfico marcado para domingo, às 18h00, no recinto do certame e que conta com a participação das juntas de freguesia, das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e das associações do concelho. EA
EDP instala novos equipamentos no norte do distrito A EDP dist ribuição acaba de instalar novos postos de transformação em cinco povoações dos concelhos de Resende, Lamego e Cinfães. A empresa considera que este investimento de 180 mil euros, está a dotar a região de equipamento “cuja capacidade de resposta às solicitações seja compaginável com as crescentes exigências e com o serviço de excelência que pretende disponibilizar aos condutores”, Lê-se em comunicado. No concelho de Resende foram benefi-
ciadas as povoações de Pousada, Anho Bom e Vilarinho. Em Lamego, os melhoramentos ocorreram em Quinta da Pegada, Freguesia de Avões. E em Cinfães na povoação de Bouça Escamarão. EA
suplemento
Avós ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 488 DE 22 DE JULHO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
Textos: Andreia Mota
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Grafismo: Marcos Rebelo
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Jornal do Centro
Avós
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Psicóloga Leonor Cardoso fala da importância do seu papel na família
Efeméride é assinalada desde 2003
Dia dos Avós pretende reconhecer o seu papel na família A instituição do Dia N a c i o n a l d o s Avó s n o Pa r l a m e nto re m o nt a a 2 0 0 3, e v i s a o “ r e c o nhecimento do papel f u n d a m e nt a l d o s avó s ao nível mais restrito da fa m í l i a, q u e r n o p l a n o mais alargado da sociedade em geral”. A data é celebrada a 26 de Julho, p o r se r também o dia de Santa A n a e d e S. J o a q u i m, pais de Maria, avós de Jesus Cristo e padroeiros de todos os avós. Mais do que os velhinhos que idealizamos a co nta r histó r ias Publicidade
e a da r ca r inho às g erações mais novas, os avó s s ã o c h a m a d o s a par ticipar activamente na sociedade e na construção do projecto de vida dos netos, sem e s q u e c e r, n o e nt a nto, q u e t a m b é m e l e s tê m uma vida, muita experiência e uma identidade própria. Além de casos de suc e s s o, a p r e s e n t a m o s sugestões que pretendem promover a qualidade de vida daqueles que já deram o seu contributo e que deixam agora o seu legado.
“Os avós são quem ama de forma mais serena” Os desafios que se colocam aos avós actualmente, as barreiras criadas pela sociedade e, sobretudo, o amor infinito que estes têm pelos netos, são as bases para uma conversa com Leonor Cardoso, psicóloga doutorada e docente da Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra. Uma conversa que assenta na sua experiência como ponte entre os seus pais e os seus dois filhos Faz sentido assinalar o dia dos avós?
Faz todo o sentido se considerarmos importante assinalar outros dias, como o da Mulher ou o da Criança. Nem que seja para que as pessoas parem para pensar um pouco acerca das questões com ele relacionadas. Qual o papel dos avós na família e na sociedade?
Uma resposta abrangente conduzir-me-ia, de imediato, a dizer que o seu papel é fundamental. Já se tivermos em consideração as múltiplas configurações familiares hoje existentes e os contextos em que as famílias vivem o seu dia-a-dia, verificamos que, apesar dessa profunda relevância, é difícil para os avós cumprirem a sua função. Isso acontece, e tenho ouvido alguns testemunhos, porque as famílias se reconfiguram e se torna física e psicologicamente difícil estarem próximos. Mas sem dúvida que o papel dos avós é preponderante e determinante, porquanto são quem ama de forma mais serena. A verdade é que conseguem fazer pontes de afecto que mais ninguém consegue e têm uma experiência de vida que lhes permite distinguir muito bem o trigo do jóio e o que é verdadeiramente importante na vida de cada um. Assim, as crianças/ netos são inequivocamente percepcionadas com a importância
v Leonor Cardoso que, de facto, têm. Para os pais, tios, padrinhos ou restantes adultos com quem interagem, essa importância mantémse, mas a clarividência e lucidez acerca do significado que as crianças têm na nossa vida ganhamo-las com a idade e com a experiência que daí advém. É verdade que os avós são pais duas vezes?
Essa é uma expressão que se ouve muito. Embora ainda não tenha netos, o que espero que possa vir a acontecer, tenho muito próxima a experiência dos meus pais enquanto avós, que pode circunscrever-se no conjunto dos avós que vivem intensa e plenamente o seu papel como tal e que retiram o maior prazer da relação que souberam e quiseram construir com os netos. Duas vezes talvez signifique que, nos netos, também se amam os filhos. É um amor infinito, muito sereno, seguro, claro, que faz muito bem às crianças. A sociedade consegue valorizar essa importância de que fala?
Sendo politicamente correctos dizemos que sim. Ninguém ousaria dizer que os avós não têm um papel essencial na construção do projecto de vida, em equilíbrio, das nossas crianças. No entanto, acredito que são várias as circunstân-
cias que levam as pessoas a não aproveitar a presença dos avós na vida dos mais novos. Mas também há casos em que os avós continuam muito indisponíveis, quer seja porque trabalham cada vez até mais tarde, ou porque perspectivam o futuro fazendo outras coisas que não tiveram tempo de concretizar ao longo das suas vidas e têm outros interesses. Não estou certa de que todos os inter venientes – pais, crianças e avós – nesta interacção tenham n o ç ã o d a i m p o r t â n cia destes últimos. Actualmente, tendemos a esquecer que, além de avós, estamos a falar de homens e mulheres. A sociedade está preparada para que se mantenham activos e integrados?
Por regra, o que assisto é que as pessoas são chamadas a prolongar, quase ad aeternum, a sua actividade profissional, quer seja porque a situação é difícil ou porque se vive uma época de grande incerteza. Mas as dificuldades no exercício dos papéis, enquanto avô e avó, dependem sobretudo, e mais do que dos factores externos, das motivações intrínsecas, daquilo que são os valores nucleares para cada um de nós e daquilo que queremos que seja o nosso legado. Com a idade que tenho, olho para a frente e pergunto: como quero ser recordada pelos meus filhos e pelos meus netos? Quando os nossos valores estão associados aos afectos, às emoções e às relações com quem amamos, as barreiras extrínsecas superam-se mais facilmente, dado que há uma mobilização interior. É preciso que procuremos perceber, de nós para nós, o que valorizamos nesta etapa da vida.
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Autarca preocupado com população sénior
Idosos recorrem à Junta de S. José para terem comida e medicamentos Falta de dinheiro para medicamentos, alimentação e para as despesas com a habitação. Estas são algumas das áreas onde os idosos parecem sentir maiores dificuldades. O concelho também não foge a esta realidade que afecta o país e as juntas de freguesia, os organismos que mais perto estão da população, são as primeiras a ter de lidar com o flagelo. E não é só nas zonas rurais que o problema se faz sentir. Na freguesia de S. José, por exemplo, a Acção Social é uma preocupação que vem de longa data, mas que ganhou uma nova dinâmica há cerca de três anos. De Publicidade
acordo com o presidente da junta, Dário Costa, a celebração de um protocolo com a Escola Superior de Educação de Viseu permitiu à autarquia local ter disponível, anualmente, uma equipa de três alunas do Curso de Ser viço Social, que têm acompanhado a população sénior mais necessitada. Outro ponto relevante desta parceria foi a rea l i z a ç ã o d e u m l eva nt a m e nto e d a c a racterização da freguesia, além da constituição de um Gabinete Social, na sede da Junta. “Regist á m o s , a t é F e v e r e i r o, um aumento do número d e p e d i d o s d e a j u-
da por par te de famílias necessitadas”, aponta o edil, acrescentando que o apoio prestado merece sempre o parecer por parte da Segurança Social e o apoio do município.
Desemprego
v Dário Costa, presidente da junta de freguesia de S. José
Ao nível da alimentação, são doze os agregados familiares ajudados e que têm a possibilidade de tomar as suas refeições no restaurante social. “Com o aumento da idade, cresce também a quantidade de medicação necessária aos seniores e esta é outra área em que temos contribuído, porque há alguns casais com reformas muito pe-
quenas”, especifica Dário Costa, alertando também para os pedidos de ajuda com rendas de casa (dois até ao momento) e com armações de óculos. Na sede da Junta os seniores têm ainda à sua disponibilidade vestuário e calçado que é doado ao organismo. A estagnação do número de solicitações é vista, por parte do autarca, com alguma preocupação. “Receio que ainda haja muitas pessoas a receber subsídio de desemprego, um problema que cresce a cada dia, e que com o fim das prestações os pedidos disparem”, alerta o responsável.
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Arraial sénior anima Mangualde
Em Viseu desde 2008
Home Instead aposta nos cuidados ao domicílio Beneficiar de um apoio completo mas manter a segurança e o confor to do lar. Este é o desafio lançado pela Home Instead, que funciona em Viseu desde 2008, com o objectivo de assegurar qualidade de vida e bemestar aos idosos. Acompanhamento personalizado, preparação de refeições, apoio nocturno, higiene pessoal e lembrança de medicação são apenas algumas das valências disponibilizadas pela empresa. Os horários, assim como os ser viços, são adequados às necessidades dos utentes. De acordo com o proprietário da empresa, Joaquim
Lacerda, é possível resp o n d e r a qu ase to das as solicitações, sem que a população em idade sénior tenha de sair da sua habitação. “Ajudamos a manter as pessoas em suas casas”, sustenta o responsável, explicando que, desta forma, se evita “o cor te radical entre o utente e aquilo que ele mais estima”. Paralelamente, a Homem Instead pretende c o ntra r ia r o se ntim e nto de solidão, comum a muitos idosos e ajudar as famílias a cuidar dos seus entes. A empresa dispõe de uma equipa especializada em geriatria e formada para lidar com as mais
A promoção de um arraial sénior foi a forma encontrada pela Câmara Municipal de Mangualde para assinalar o Dia dos Avós. A Senhora do Castelo foi o local escolhido para acolher a iniciativa, que arranca a partir das 11 horas e vai incluir
missa solene, partilha de merendas e uma tarde cheia de música e animação. Os par ticipantes são convidados a integrar o programa cultural e a dinamizar canções, anedotas, poemas ou momentos de teatro.
Idosos reúnem-se em S. Pedro do Sul variadas situações e necessidades dos seniores. Joaquim Lacerda defende mesmo que o f u turo dos cuidados p restados à população mais velha passa pelo apoio domiciliário, cuja procura tem vindo a aumentar. “As gerações mais jovens estão mais sensibilizadas para esta área”, conclui o responsável.
Pelo terceiro ano consecutivo, a data vai ser assinalada pela autarquia de S. Pedro do Sul, que escolheu o dia 1 de Agosto para premiar a população mais idosa do município. No Lenteiro do Rio, a autarquia quer juntar os idosos, incluindo os das Instituições Particulares de Solidariedade Social, para uma festa com mú-
sica e muita animação. Além de promover o convívio entre os participantes, o encontro pretende
promover o desenvolvimento das suas dimens õ e s f ís i c a, p s í q u i c a, emocional e social.
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Águas são benéficas em várias áreas
Termas de Alcafache melhoram condição física e bem-estar A saúde é um factor determinante para o ser humano e tem uma imp or tâ ncia acrescida quando falamos da população sénior. E se à saúde pudermos acrescentar momentos de rel a x a m e n to, e m c o m u n h ã o c o m a N at u rez a, estão reunidas as condições para momentos de prazer e de fuga à confusão do dia-a-dia. É o que acontece nas Te r m a s d e A l c a fa c h e, que já se tornaram numa referência a nível nacional e não só. Localizada na margem do Rio Dão, que separa os concelhos de Viseu e Mangualde, a estância funciona desde 19 62 e te m sof r ido
um impor tante processo de re qualificação e crescimento, o que fez com que se tornasse actualmente um moderno complexo. As ág u as te r mais de A lcafache, consideradas umas das mais quentes da Europa, são captadas entre 75 e 750 metros de prof undidad e a u m a te m p e ra t u r a d e 5 0 g r a u s c e n t í g r ad o s e tê m i n d i c a ç õ e s te r a p ê u t i c a s p a r a d o enças reumatológicas, músculo-esqueléticas, pneumológicas e associadas ao foro da otorrinolar ingologia. Curas de desintoxicação, banhos de imersão, duche de massagem vichy e ir-
rigações nasais são alguns exemplos de tratamentos disponibilizados no balneário. Os benefícios da frequência termal têm s i d o c o m p r o v a d o s e, além do ambiente de descontracção e de convívio, as melhor ias serão notadas também na diminuição do uso de medicamentos, que são tomados em quantia significativa pelos idosos. Ao nível do spa termal, as Termas Sulfurosas de Alcafache oferecem ainda um leque alargado de serviços, com destaque para os programas Tradições do Oriente, Algoterapia e Vinoterapia.
OPINIÃO
“A Educação dos Avós”
Raquel Regalo Psicóloga Clínica
Progressivamente temos vindo a constatar algumas alterações na concepção da ideia dos “avós”, ao assumirem, cada vez mais, um papel activo na educação dos netos, aconselhando e estabelecendo limites. Tal facto é favorecido pela maior longevidade, propiciadora de uma maior participação dos avós na organização familiar, tornando-os mais activos e atentos às transformações. A sua crescente preocupação em participar nas actividades dos netos, faz com que se tenham vindo a modernizar, levando a que muitos aprendam a manusear DVD’s, computadores e até telemóveis. O objectivo dos avós será, sobretudo, melhorar e até optimizar a comunicação
com os netos. Talvez o aspecto mais importante da relação entre os avós e os netos seja o tempo de qualidade que aqueles dedicam a estes, numa relação que se pauta pelo amor e carinho. Além disso, os avós têm forçosamente mais experiência, pois já foram criadores dos seus próprios filhos. É p o r t a n to u m e r r o pensar que as crianças educadas pelos avós serão diferentes e mais mimadas. Tanto os avós c o m o o s p a is p o d e m ser bem ou mal sucedidos nas suas práticas educativas. Se pensarmos que c a d a p e s s o a te m u m modo diferente de educar, seja avó, mãe ou pai, podemos considerar que esta diversidade é rica para a criança, pois ensina à criança quais os plurais comportamentos que funcionam com uns e com outros. O problema pode surgir não pelo excesso de mimo, mas pela falta de limites à educação. Nestes casos, deixam de en-
sinar o que é certo e errado, não deixam que as crianças percebam as consequências do seu comportamento ou não deixam a criança viver situações de frustração. Além disso, a educação dos pais e avós deve ser coerente, para não confundir a criança. É importante evitar as contradições. Educar as crianças é um dever dos pais, o que não significa que os avós permitam comportamentos inadequados às crianças, ao permitir que os netos façam tudo o que querem. Não devem deixar que estes definam a casa/espaço dos avós como o local onde tudo é permitido. Para finalizar, sendo os netos objecto de amor incondicional, também as crianças são fonte de renovação de si mesmo e da família. A convivência entre netos e avós é assim impor tante para os avós, ao resgatarem emoções passadas e adquirirem uma postura mais jovial e activa.
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“Os meus netos são um orgulho” Do alto dos seus 78 anos, Fernando Lopes é um homem cheio de vida e de vivências. Recebenos com um sorriso simples que fa z lembrar o das crianças: inocente e pleno de vitalidade. Junto a este pai e avô de família é impossível ficar indiferente; a sua boa disposição contagia-nos e leva-nos para um mundo cheio de histórias. Trabalhou na resina, foi de assalto para França, esteve emigrado na Alemanha, passou por fábricas de confecções, por empresas de instalação de saneamento e é um homem de vários ofícios. E apesar de todas as viagens voltou para o seu cantinho em Vár zea de Calde, em Viseu. Fernando Lopes reconhece que os seus “bichos-carpinteiros o impedem de estar quieto” e, por isso, apesar de já esta r refor mado, ma ntém-se sempre ocupado, quer seja na manutenção do percurso pedestre da aldeia, da barragem ou a desbravar caminhos florestais. Pelo meio, a agenda é preenchida pela dança no Rancho Folclórico d’os ‘carquejeiros’ (apelido dado aos habitantes da aldeia) e no Grupo Etnográfico de Cantares e do Linho de Várzea de Calde.
É assim que se sente “leve e feliz”, conforme o próprio caracteriza. Depois de ter ficado viúvo há alguns anos, esta foi a forma encontrada para evitar “ficar preso em casa”, que faz questão de cuidar sozinho. As refeições também ficam a seu cargo e é peremptório ao fr isar que “não é qualquer dona de casa que lhe põe água nas mãos”. A pequena horta junto da habitação, onde cultiva fruta e legumes para si e para os seus, também fala por si. “Tenho muito gosto no que faço e ou faço bem
ou desisto”. Este é um dos lemas e talvez o segredo para o brilho que este septuagenário guarda no olhar. E nem as dificuldades por que passou na sua meninice, quando ia descalço para a escola e tinha de atravessar zonas com vários centímetros de gelo, o fazem esmorecer. Concluiu a quarta classe e, já em adulto, frequentou um curso ministrado na aldeia que lhe permitiu acrescentar o 6º ano ao currículo.
Família A família é outro pilar na
vida de Fernando Lopes, que emprestou o nome ao filho e aos netos; Jorge e Rafael, cujo segundo nome é Fernando e o último Lopes. Quando nascerem os bisnetos, provavelmente receberão também este legado. A cumplicidade entre avô e netos é flagrante. O mais velho, com 24 anos, cresceu junto àquele que é também seu padrinho, com quem aprendeu a conduzir. Mas mesmo antes de saber como manobrar veículos motorizados, já protagonizava histórias que ficaram para a posteriori. Um dia, recor-
da o jovem, devido aos ‘bichos-carpinteiros’ que herdou do avô, destravou o tractor e este encurralou o idoso no compartimento onde guardava as cabras. Riu-se a bandeiras despregadas, mas o avô lá conseguiu desembaraçar-se da situação. Já o septuagenário recorda quando o petiz se esquecia das horas e ficava na brincadeira em vez de ir almoçar dep o is das aulas. As repreensões eram sempre brandas e não ficaram na memória. Até porque Fernando realça que “os netos foram sempre bem
comportados e nunca pisaram o risco”. Por isso, é com “orgulho e muito pra zer” que se refere aos jovens. “São dois guardas de honra”, aponta, acrescentando que dá “tudo por eles”. “É recíproco”, atiram os ir mãos, em uníssono. Os p rog ra mas a três são vastos e incluem passeios de carro quase sem destino, jantares fora, e idas a bailaricos. “Apesar da idade, o meu avô tem um espírito muito jovem”, explica Jorge que chegou recentemente a levar o avô a dar uma volta de mota. Avô e netos são inseparáveis. Mesmo depois de estes últimos terem passado a residir na sede de concelho, aproveitam todo o tempo livre para visitar e alinhar nas brincadeiras de Fernando Lopes. “Estes momentos valem mais do que muito dinheiro”, garante o irmão mais velho, que sempre fez questão de incentivar o avô, mesmo depois deste ter perdido a mulher com a qual partilhou mais de 50 anos. “É um avô, um amigo e um companheiro cinco estrelas”, descreve Jorge, que está a pensar tatuar um retrato do sénior no peito, como forma de homenagem.
Com cuidados médicos e acompanhamento permanente
Lar Residencial Santa Maria acolhe séniores em ambiente familiar A solidão é, muitas vezes, o pior inimigo dos idosos. Para evitar situações de isolamento social têm surgido instituições que os acolhem, proporcionando-lhes um envelhecimento tra nquilo e com qualidade. É o caso do Lar Residencial Santa Maria Rainha das Flores, em Decermilo, a seis quilómetros do Sátão, que, sendo uma segunda habitação, p rete n d e m i n i m i z a r o s
efeitos da deslocalização e ser uma verdadeira casa para quem ali mora. Com um ambiente acolhedor, hospeda actualmente 35 utentes que têm a oportunidade de viver como uma família. Os quar tos são pens a d o s d e a c o rd o c o m as necessidades dos seniores, havendo espaços individuais, duplos e de casal, com casa de banho privativa. Juntamse-lhes zonas de estar e
de lazer e cuidados alargados, que vão desde serviços de enfermagem e médicos, acompanhamento psicológico e actividades lúdicas promovidas por uma gerontóloga . Raquel Regalo, directora técnica da instituição, acrescenta que outra das preocupações é manter a interligação entre os idosos e a comunidade. “Com o intuito de dinamizar o tempo livre dos
utentes é comum receberem visitas de grupos de jovens”, salienta, defendendo que se assiste a uma crescente “valorização” dos seniores, “compensando-os pela sua experiência de vida e pelo seu trabalho”. Aberto desde Setembro de 2010, o Lar Residencial de Santa Maria inclui ainda cinco hectares de zona verde, onde os utentes têm a possibilidade de desfrutar da natureza.
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suplemento 24
Jornal do Centro
Avós
Centro geriátrico nasceu em Calde
22 | Julho | 2011
Através de um Mundo dos Cuidados
Apoio domiciliário permite aos Envelhecer com “Conforto” é possível idosos desfrutar da comunidade Um carinho é algo sempre bem-vindo, independentemente da idade. Mas, numa fase da vida em que a solidão e o isolamento são receios constantes, é bom contar com algum “Conforto”. Foi com este intuito que foi criado o lar “O Conforto”, em Calde, concelho de Viseu. O centro geriátrico está enquadrado numa zona onde a beleza paisagística da Serra da Arada salta à vista e combina com o ambiente dentro de portas. Conforto, glamour e qualidade são alguns dos vectores privilegiados no lar, que disponibiliza cuidados médico e de enfermagem a tempo inteiro, além de os utentes poderem contar com uma psicóloga e uma animadora que dinamizam um vasto leque de actividades, onde são desenvolvidas as suas Publicidade
capacidades psicológica, social, emocional e motora. Melhorar a qualidade de vida dos seniores e proporcionar-lhes um envelhecimento tranquilo são alguns dos objectivos do lar que tem como lema apostar nos pormenores em todos os serviços. Além dos quartos individuais e duplos, com casa de banho privada, há uma biblioteca, uma sala de jogos, espaços polivalentes para actividades, um bar e uma quinta pedagógica. Ao nível do lazer, destaque também para os jardins, com circuitos pedestres e de manutenção. E porque a ocupação dos tempos livres está entre as prioridades, há espaço para a dinamização de oficinas de pintura, artesanato, teatro, informática e cozinha, além de passeios e excursões.
Muitos idosos fazem questão de manter a sua independência. A pensar nestes casos surgiu em Viseu a Mundo dos Cuidados, uma empresa que oferece um leque alargado de serviços que visam promover a qualidade de vida, a saúde e a auto-estima dos mais velhos, sem que estes tenham de sair do seu domicílio. A par de uma loja na Avenida Infante D. Henrique, onde os seniores podem encontrar material ortopé-
dico e artigos específicos para o seu dia-a-dia, beneficiando de ajuda técnica, é ainda disponibilizado um serviço de teleassistência, para os que vivem sozinhos. Se se sentirem mal ou caírem, ao premirem o botão é enviado um sinal para uma equipa especializada. Se o utente não responder à chamada feita pelos técnicos é contactado um familiar e feita uma visita ao domicílio. Com o intuito de permitir aos seniores desfrutarem da sua co-
munidade social e local, a Mundo dos Cuidados disponibiliza ainda apoio domiciliário, que inclui limpeza, higiene, cuidados médicos, a preparação de refeições, a manutenção de roupas ou simplesmente momentos de lazer e de companhia. De acordo com Liliana Ferreira, proprietária da empresa que actua em Viseu e nos concelhos limítrofes, é importante os idosos terem “alguém para partilhar as suas experiências”. Por isso, a Mundo dos Cuidados, que foi criada há três meses, inclui até ao momento “dez ajudantes familiares com formação em geriatria e idóneas”. A preocupação em reunir uma equipa especializada é explicada pela responsável: “apesar de a sociedade já valorizar o seu papel, os idosos são o retrato da sociedade e se quisermos aprender com eles, temos de apostar no respeito pelos mais velhos”.
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Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
desporto SUBIDA DO CANAS DE SENHORIM DEPENDE DE APOIOS
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
CM Resende
Cartão FairPlay As águas do Douro, nas Termas das Caldas de Arêgos, receberam mais uma prova de motonaútica, pontuável para o nacional e também para o Mundial de F4. Aproveitar os recursos existentes tem sido mérito da autarquia de Resende. Quem vai até lá, fica fã, e promete voltar. É com organização e credibilidade que se cativam, e se mantêm projectos como este. Futebol e Futsal AF Viseu
Cartão Fairplay Numa época em que são correntes as notícias de desistências de clubes, em futsal e futebol, a Associação de Futebol de Viseu, pelo mérito dos seus dirigentes e dos seus clubes filiados, tem sabido capitalizar eventuais vagas. Aconteceu com as subidas do ABC de Nelas à II Nacional de Futsal e do Inter Futsal de Tarouca à III Nacional. Agora abre-se a porta da III Nacional de Futebol ao Canas de Senhorim. Seria uma pena que, por falta de apoios, Viseu não visse reforçada a sua representatividade. Rali de Portugal Histórico Viseu Lamego
Cartão Fairplay Longe vão os anos em que o Mundial de Ralis passava nos estradões da região. Ver algumas dessas máquinas é o matar de saudades para os amantes dos automóveis. Viseu e Lamego na rota do rali de Portugal Histórico é uma óptima notícia para quem gosta destas “máquinas”.
Gil Peres
Motonaútica
A Inscrições ainda decorrem mas esperam-se dezenas de inscritos Rali de Portugal Histórico
O regresso em Outubro Viseu e Lamego ∑ Início e finais de etapa, e de secção anima as duas cidades Viseu e Lamego voltam a figurar no roteiro do Rali de Portugal Histórico. A prova, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), vai este ano ser disputada de 10 a 15 de Outubro. É uma prova de regularidade histórica que vai para a sua sexta edição e que, ao longo dos últimos anos, tem permitido
ver, e rever, algumas das máquinas que fizeram a história do Rali de Portugal nos seus tempos áureos, assim como outros carros que fazem parte do imaginário de muitos amantes do desporto automóvel, pelo misticismo que carregam e que são sempre um prazer rever na estrada. Em termos competitivos, o rali inicia-se a 11 de
Outubro, com os concorrentes a partirem do Autódromo do Estoril rumo ao Norte. Depois de passagens pela Figueira da Foz e Anadia, segue-se a etapa que trás o rali até Viseu. Chegam no dia 13, pernoitam e rumam no dia seguinte até Lamego onde há final de secção. Dá-se depois o regresso a Viseu com um final de
secção marcado para o Golfe Montebelo. Pela cidade de Viriato ficam mais uma noite até partirem, no dia 15 de Outubro, rumo a Arganil. O slalom de final de tarde, na Avenida da Europa, está mais uma vez previsto. A VI edição do Rali de Portugal Histórico termina ao final do dia em Cascais.
Está nas mãos dos dirigentes do Canas de Senhorim a decisão do clube participar na III Divisão Nacional. Ao que apurámos, o convite formal já terá sido feito à associação de Futebol de Viseu, que entretanto o comunicou ao clube. Falta apenas o “sim” do clube, e é aqui que, aparentemente, tudo se complica. O clube não “nada em dinheiro” e os dirigentes estão renitentes em aceitar o convite perante o cenário do aumento de encargos em relação a uma participação na Dvisão de Honra de Viseu. Contactado pelo Jornal do Centro, Germano Simão, presidente do clube, garantiu que a decisão será tomada esta sexta-feira em reunião de direcção, mas sempre foi adiantando que “sem apoios dificilmente estaremos em condições de jogar na III Divisão”. A esperança do clube é que, por parte da autarquia de Nelas haja uma reforço da verba, até porque , recorda, “o clube poderá levar o nome do concelho por esse país fora, sendo o único clube de Nelas nos nacionais de futebol, mas sem apoios dificilmente aceitaremos o convite”. O tempo é escasso e os prazos apertam. A resposta tem que ser dada, e rapidamente.
Clube Desportivo de Tondela
Mão cheia de reforços para Paneira O Clube Desportivo de Tondela está de regresso ao trabalho. Apesar de ainda não estar fechado, já é conhecido o plantel que vai estar à disposição do novo técnico, Vítor Paneira. Do plantel da época passada ficam Gomes, Piojo, Márcio Sousa, Emiliano Tê e Diego. Quanto a reforços, e são vários, registam-se as entradas de Carlos André (Olimpyakos Nicósia de
Chipre), Ronan (Benfica e Castelo Branco), Avelino (Varzim), Cláudio Ramos, emprestado pelo V. Guimarães, Hugo Oliveira (Fafe), Magano (Oliveirense), Raul, Materazzi e Pedrosa, todos ex-Gondomar, Ferreirinha (Penalva do Castelo), Tó Miguel (Santa Clara dos Açores), Helder e Tiago Lopes (Espinho), Mangualde (Doxa de Chipre), Luis Aurélio (Reguen-
gos Monsaraz) e Fábio Pacheco, emprestado pelo Paços de Ferreira . Definidos estão já alguns jogos de preparação frente a adversários como Tourizense, Penalva do Castelo, Sampedrense e Varzim, ainda a participação no quadrangular de Lamego, estando a apresentação oficial marcada para 10 de Agosto, pelas 18h00, frente ao Vitória de Guimarães.
A Gomes vai continuar em Tondela
26 DESPORTO | MODALIDADES
Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
Futebol Formação
Casa do Benfica acusa Hugo Pardal “Tínhamos tudo acordado e a dois dias do fecho das inscrições diz-nos que tinha resolvido aceitar o projecto do Académico”. Foi assim que Fernando Albuquerque, presidente da Casa do Benfica de Viseu justificou a não inscrição de uma equipa de futebol de iniciados nas competições distritais.
As críticas vão direitinhas para Hugo Pardal, novo coordenador do futebol formação do Académico de Viseu, com quem Fernando Albuquerque garante que “estava tudo acertado”, adiantando ainda que, “inclusivamente, ele tinha encontrado outros treinadores para o acompanhar no nosso projecto,
caso do Vasco, que foi com ele para o Académico, e outros quatro treinadores que iriam ficar ligados às nossas equipas de futsal”. Perante este cenário, e com o prazo de inscrições a terminar a 15 de Julho, a direcção da Casa do Benfica resolveu não inscrever a sua equipa. Não escondendo o
seu desagrado pelo comportamento de Hugo Pardal, Fernando Albuquerque garantiu que “já havia jogadores com as fichas assinadas para jogarem na nossa equipa”. No fecho desta edição, ainda não tinha sido possível uma reacção de Hugo Pardal a estas críticas da casa do Benfica de Viseu. GP
Natação
Académico soma e segue
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A Inês Sampaio estabeleceu novo record 1500m Os nadadores do Académico de Viseu dominaram os Campeonatos Regionais Absolutos da Associação de Natação de Aveiro, que decorreram no Complexo Olímpico de Coimbra. A prova foi disputada em conjunto com as Associações de Coimbra e Leiria. Os nadadores viseenses confirmaram ser a equipa mais forte da Associação de Natação de Aveiro, acabando por ser a segunda formação mais medalhada entre as 37 equipas presentes em Coimbra. Os nadadores viseenses foram presença habitual no pódio. Resultados, no global, demostrativos da qualidade técnica dos viseenses, mas também o destaque por algumas das marcas entretanto registadas. Não é por acaso que nos próximos Nacionais Absolutos, que vão decorrer na Póvoa de Varzim entre 4 a 7 de Agosto, haverá 16 nadadores do Académico presentes. Entre os viseenses referência para Inês Sampaio, que além de ter coleccionado títulos, nadou os 1500 Livres em 17m55,58s, marca que passa a constituir novo record da Associação de
Natação de Aveiro. Referência ainda para Rui Fonseca, o melhor das três associações na prova dos 200 Mariposa, somando o título de Aveiro ao título Inter-Distrital. Pedro Ribeiro foi outro dos nadadores do Académico de Viseu em evidência, com a “dobradinha” nos 100 Bruços. Ao nível regional é o final da temporada, restando então, e para fechar a época, a presença nos Nacionais absolutos no primeiro fim-de-semana de Agosto na Póvoa de Varzim. Apesar de ainda não estar a época fechada, e em jeito de balanço, os responsáveis pela natação do Académico de Viseu consideram já esta época como a melhor de sempre no historial do clube, justificando com os títulos alcançados – Regionais e Nacionais, com a subida à II Divisão da equipa masculina e feminina, e ainda pelas vitórias em diversos torneios, a revalidação do título de clubes de Aveiro, bem como os triunfos alcançados em Meetings Internacionais, entre outros feitos conseguidos pelos nadadores do clube
FUTEBOL | DESPORTO 27
Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
Canas de Senhorim
Académico de Viseu
A Lima Pereira foi o eleito para substituir Manuel Matias A poucos dias do início dos trabalhos de pré-temporada, o Académico de Viseu tem já tudo praticamente definido para a nova época. Escolhido Lima Pererira como novo treinador, e depois de ter resolvido as questões relacionadas com a renovação da granPublicidade
de maioria dos atletas do plantel da época passada, são os reforços que estão agora na linha da frente das prioridades da direcção do clube. Os trabalhos vão apenas começar em Agosto e até lá a direcção do Académico de Viseu procura o reforço do plantel.
Para já, garantidos, estão os reforços Baccari, um avançado ex-Bragança, João Paulo, um médio ex-jogador do Madalena, e que há duas épocas alinhou no Pampilhosa, o guarda-redes Nuno Oliveira (ex-Penalva) e o jovem Tiago, que jogava no Canas de Senhorim. GP
O Canas de Senhorim tem o plantel praticamente definido para a nova época, seja para jogar na distrital ou nos nacionais. Alguns reajustes pontuais serão possíveis caso seja confirmada a presença no nacional da III Divisão mas, para já, João Bento, que lidera a equipa técnica, e que tem como adjuntos André Marques e Bruno Ferreira, dispôe do seguinte plantel: São reforços para a nova época João Fa r t u ra s (Ma ng ua lde), M ig uel Duarte (Moimenta Dão), Élio (Santacombense), Canário (Carvalhais), Diogo Cunha (Ferreira de Aves), Fábio (Portosantense) e Fernando Pedro, Pedro Correia, Pedro André, três Publicidade
Gil Peres
Treinador escolhido, Muitas caras novas no plantel quase definido plantel de João Bento
A João Bento, treinador do Canas de Senhorim jogadores ex - “Os Vilanovense” e que já foram jogadores de João Bento no Oliveira do Hospital. Da época passada per-
manecem João Adrião, Luís Lopes, Simão, João Miguel, Lilo, Fino, Roberto, Filipe Figueiredo, e Dominique.
Jornal do Centro
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passeios de verão
textos ∑ Emília Amaral fotos ∑ Nuno Ferreira
“Vai Irish!” Viseu ∑ O passeio de charrete pela zona histórica é considerada uma das actividades de Verão mais apelativa Eis uma viagem de meia hora para conhecer o coração de Viseu. O cavalo francês Irish e Catarina Andrade, cavaleira profissional dão vida a um dos projectos que mais despertou a cidade nos últimos tempos. Passear pelo Viseu antigo de charrete. “Eu já tinha esta ideia há muitos anos. Um dia, com os amigos, começámos a falar, depois passámo-la para o papel e apresentámos à Câmara, que gostou muito, e avançámos”, explica Catarina Andrade ao longo de uma das nove viagens que faz durante uma tarde. De segunda a sexta-feira, a Catarina e o Irish chegam às 14h00 e regressam a casa por volta das 17h00, ela faz a viagem de volta a Beijós e o cavalo fica hospedado na Quinta de Baixo, o que acontece durante a época de trabalho. A viagem começa no Rossio. Dez litros de água para o cavaco, enquanto é fotografado e acarinhado. “O cavalo não tem só o valor
para o turismo, tem já um valor social ao fazer parte da cidade onde toda a gente o conhece, fala com ele, tira fotografias… é quase um serviço familiar”, adianta Catarina Andrade. Os tempos mortos são poucos e não tarda em aparecer clientes. Um casal jovem do Porto está a conhece Viseu pela primeira vez e, hospedado em S. Martinho de Orgens, reservou o último dia para uma viagem de charrete pela cidade. Cinco euros, não pareceu nada de extraordinário para um luxo daqueles e não hesitaram, mesmo acompanhados de uma equipa de reportagem que não pode evitar as fotografias e as perguntas da praxe. “Vão bem?” pergunta a cavaleira. A pergunta era desnecessária. O deslumbramento dos jovens estava estampado no rosto. E é uma sensação estranha para quem vive o dia-a-dia da cidade de carro ou a pé, mas, ao mesmo tempo, de uma tranquilidade extrema.
Curiosidades
A subida da Rua do Comércio é emocionante. O cavalo cruza-se com o comboio de Verão e toma balanço: “ “Não temos marcha a trás, só temos hipótese de ir para a frente”. Ironiza Catarina: Vai Irish”. Atrás, um condutor de mota talvez desesperado, mas o poder de comunicação da cavaleira faz do momento de tensão uma diversão: “suba para o degrau” e o homem ri com a cabeça enfiada no capacete. “Eu aqui nunca posso parar porque atrapalho muito o trânsito, e o cavalo depois custa-lhe muito arrancar”, justifica-se. O objectivo da viagem é conhecer Viseu e Catarina Andrade não esquece isso por um momento, mesmo quando parece embalada na entrevista: “Aqui é a Praça D. Duarte, o rei nascido em Viseu”. Uns metros à frente, é o momento de paragem: “Agora, se quiserem podem sair e visitar a Sé que é muito bonita. Têm ainda o Museu Grão Vasco e a Igreja da Misericórdia”. Parados
em pleno Adro da Catedral, tudo respira tranquilidade e o Irish é de novo protagonista de mais um grupo de admiradores. “Este ano há muitos brasileiros, mas já levámos turistas do Gabão, da Indonésia, do Zaire, da Tailândia. Todas as pessoas têm uma ideia óptima da cidade, limpa, organizada, apreciam a tentativa de recuperar os edifícios antigos, o cuidado com o centro histórico, gostam muito dos jardins, gostam de ver o trânsito muito organizado e a calma das pessoas”, descreve Catarina Andrade. O casal regressa e recupera-se a viagem que vai a meio. “Boa tarde!” cumprimenta a cavaleira. É um passeio curto mas mágico, em que um grupo de pessoas se conhece naquele momento, mas, de repente, parece familiar tal é a empatia. Os jovens do Porto sorriem e posam para a fotografia sem receios. O cavalo faz-se ao retrato ao avistar o repórter fotográ-
Catarina Andrade
∑ Bolsa (na foto) para os dejectos não cairem pelas ruas da cidade ∑ O Irish bebe até 10 litros de água de uma só vez ∑ Horários. Das 14h00 às 17h00, durante a semana. Todo o dia aos fins-de-semana. partida do Rossio
fico. Quais são as barreiras que encontra durante a viagem? Pergunta a jornalista. “A única barreira é o Irish não gostar de trabalhar”, sorri Catarina. O cavalo majestoso e bem tratado estreou-se em Viseu, é o segundo ano que trabalha. Aparenta ser bom carácter, muito paciente e a preguiça vem do facto de ser um cavalo pesado, não consegue grande velocidade, mas tem muita força, por isso ter sido escolhido. “Os condutores são espectaculares, as pessoas adoramno, é quase uma mascote”, conclui enquanto param para dar prioridade à ambulância do INEM. “Embora Irish, fizeram-te perder a embalagem!”. A viagem está a chegar ao fim, passada a Porta do Soar e descida a Rua Nunes Carvalho com o Jardim das Mães do lado esquerdo, os jovens turistas não hesitaram em responder sobre o que mais apreciaram em Viseu: “Os jardins. Foi fan-
tástico” replica o rapaz a ela acrescenta: “Foi a primeira vez que estive tão perto de um cavalo”. Para a autora do projecto também é este o espírito da experiência. “Não é só pelo lucro que estou aqui, mas por fazer um serviço que fica nas memórias dos miúdos e dos turistas. Viseu sempre fez parte da minha vida, mas agora vivo-a mais intensamente por andar aqui nas ruas”. Catarina Andrade partilha um negócio de família, o picadeiro de Beijós, em Carregal do Sal, onde trabalha, composto por uma escola de equitação, aulas de hipoterapia (tratamento com a ajuda do cavalo), campos de férias e uma série de serviços ligados ao cavalo. Os passeios de Verão na cidade de Viseu, que se repetem no Natal, no Carnaval e na Páscoa, são mais uma actividade do picadeiro. Emília Amaral Emília.amaral@jornaldocentro.pt
Irish
∑ Cavaleira profissional e empresária. ∑ 31 Anos ∑ Natural de Beijós, Carregal do Sal
∑ Raça Bretão, raros em Portugal ∑ 9 Anos ∑ Natural de França. ∑ Mil quilos de peso ∑ Pacífico, meigo, amigo, bom carácter.
D Gritos 4
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culturas expos
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O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, exibe o filme Gritos 4, hoje, pelas 21h30. O filme de terror é para maiores de 16 anos. O preço do bilhete varia entre os três e os quatro euros.
Arcas da memória
Destaque
VISEU ∑Instituto Piaget
Moinhos de água em Castro Daire
Até dia 30 de Julho Exposição “Reinventan-
Alberto Correia
do a Digressão”, de Mário
Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
Vitória.
TONDELA ∑MuseuTerrasdeBesteiros Até dia 21 de Agosto Exposição de pintura de Alexandre Magno. SANTA COMBA DÃO
∑Biblioteca Municipal Até dia 30 de Setembro Exposição “Viagem pela História da Imprensa Santacombadense”. LAMEGO
∑Museu de Lamego Até dia 30 de Setembro Exposição “Homenagem às Artes Populares”, da artista Alexandra Assunção Correia.
VILA NOVA DE PAIVA ∑Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de Julho Exposição de escultura “As Igrejas do Meu Concelho”.
A O festival continua a descentralizar actividades pelo concelho de S. Pedro do Sul
Andanças 2011 quer boa vizinhança 10 euros∑ Um dia de preços mais baratos para moradores de Viseu e Aveiro O 16º Festival Internacional de Danças Populares - Andanças 2011 -, que acontece em Carvalhais (S. Pedro do Sul) de 1 a 7 de Agosto próximo tem algumas inovações. A organização quer atrair ainda mais “dançantes” e procura criar mais motivos de interesse durante a semana festiva. Para já, e com os bilhetes diários na bitola do ano passado (25 euros), a grande novidade é a redução para 10 euros nas entradas da quarta-feira (dia 3) para... os morado-
res dos distritos de Viseu e Aveiro. “Esta é uma atitude simpática e um bónus para a boa vizinhança”, explica Adriano Azevedo, vice.presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, a autarquia parceira da associação Pédexumbo na organização do festival. O bem-estar dos “andantes” é outra das ideias que persegue os organizadores. Por isso este ano o espaço vai ter “puff’s”, espreguiçadeiras e cadeiras um pouco por todo o lado. “Queremos que as
pessoas descansem mesmo quando estiveram a passear ou mudarem de local”, diz Adriano Azevedo. De acordo com o autarca, as novidades deste ano vão prolongarse à descentralização do Andanças iniciada há alguns anos - os “Andamentos”. Durante toda a semana haverá percursos pedestres ou cicláveis em que os participantes vão agora ter a oportunidade de perceber o ciclo das coisas, como por exemplo o do pão. José Lorena
Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h30* O Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 (M12) (Digital)
(M12) (Digital)
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VISEU FORUM VISEU (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 14h10, 17h40, 21h10, 00h25* Transformers 3 (M6Q) (Digital 2D)
Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h10, 21h50, 00h15* Ressaca 2 (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h50, 21h00, 00h10* Pirata das Caraibas: Por Estranhas Marés (M12) (Digital 2D)
Sessões diárias às 11h00 (Só Dom.), 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Carros 2 (M6) (Digital 2D) (VP) Sessões diárias às 11h20 (Só Dom.), 13h50, 16h00, 18h20 O Panda do Kung Fu 2 VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 10h45 (Dom.), 13h30, 15h55, 18h20, 21h20, 23h45* Os Pinguins do Sr. Popper VP
PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 11h00* (*Só Dom.), 17h50 O Panda do Kung Fu 2_VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h00, 21h40, 00h25 Larry Crowne
Sessões diárias às 10h45 (Só Dom.), 13h20, 16h00, 18h40 Carros 2 (M6) (Digital 3D) (VP) Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 19h50, 22h00, 00h20 Professor Baldas (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h20, 00h30 Transformers 3 (M12) (Digital 3D)
Os moinhos, emblemáticos espécimes de uma arquitectura de produção, constituem-se como claro retrato das vivências rurais tradicionais. São quase sempre moinhos de água, permanecendo quase estranho, quase em deserto, o moinho de vento, fixo, de tipo torre, erguido nos termos da Relva , n a s Monteiras. Marcando a paisagem ribeirinha para onde desciam os caminhos que os burricos dos moleiros percorriam ou as mulheres tão só carregando taleigas à cabeça, estes engenhos que por mais de mil anos abonaram de pão a mesa dos homens representam uma extraordinária capacidade de invenção e adaptação ao meio. Construídos de pedra, granito ou xisto, cobertos de colmo ou lousa em sua origem, cubos de pedra ou talhados em tronco de madeira conduzindo a levada, eis o animado girar do rodízio esparrinhando água com as penas e no vago aconchego onde o moleiro
Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h20, 00h10 O Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 (M12) (Digital) 3D Sessões diárias às 14h40, 21h00, 00h00 A Melhor Despedida de Solteira (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50 Hanna (M12) (Digital) Legenda: * Sexta e Sábado
habita nas horas de trabalho lá está a mó andadeira, o grão saltando da moega ritmado pelo bater do chamadoiro, o cheiro de agrado da farinha despejada na taleiga, magra maquia que se soma a essa paciente e sábia espera do lento cair do grão, do alegre assobiar pelos caminhos. E nem sempre o pão abonava sobre a mesa. À beira do Rio Paiva onde a água que corria garantia o curso das levadas, restava sempre trabalho para os moleiros. À beira das ribeiras de Paivô e Carvalhosa, à beira da ribeira de Gosende, os moinhos remansavam no pino do Verão quando a água secava nos lenteiros e o fio que sobrava mal dava umas sedes de beber. Precavidas, as mulheres dos lavradores reservavam na masseira os alqueires de farinha que garantiam a presença do saboroso pão quotidiano. E ficavam esperando a colheita farta que encheria as arcas de mais grão e as águas que tornavam no começo do Outono.
Estreia da semana
Os Pinguins do Sr. Popper–
Baseado no conto adorado pelas famílias em todo o mundo, o filme conta-nos a história de um bem sucedido homem de negócios que subitamente herda 6 pinguins. Graças a este fenómeno, o homem frio e desinteressante torna-se numa pessoa totalmente diferente, descobrindo o valor da família e da amizade.
D Oficina de teatro
30 CULTURAS
Jornal do Centro 22 | Julho | 2011
A Fundação Lapa do Lobo promove uma oficina de teatro, de 25 a 29 de Julho, sob a orientação de Graeme Pulleyn. A oficina destina-se a jovens dos 12 aos 18 anos. A apresentação pública está marcada para dia 30 de Julho.
Destaque
agenda cultural fnac
Praça D. Duarte é o palco de espectáculos ao ar livre Centro histórico ∑ Concertos, cinema e jardim efémero são algumas das propostas A Praça D. Duarte, em Viseu, está a ser o palco de sessões de cinema ao ar livre. Este ano, a iniciativa do Cine Clube de Viseu será acompanhada por um projecto de intervenção no espaço público, Jardins Efémeros, pensado pela empresa Cul-DeSac. Assim, o centro histórico recebe hoje, pelas 22h00, o trailer “Fil´mus”, em que Mickey Mouse e Charlie Chaplin, dois míticos protagonistas do cinema e da cultura do século XX, se reunem num espectáculo da ACERT de Tondela. Mais tarde, “Duas Guitarras e uma Cidade”, concerto e vídeo, num tributo à cidade. Amanhã, às 23h00, Jari Marjamäki, uma sonoridade electrónica baseada na natureza. Depois, o filme “Indomável”. “No No”, actua no domingo. Trata-se da apresentação de um novo projecto musical de Viseu. Às 22h00, o filme “O Mágico” vai fazer as delícias do grande público e dos cinéfilos.
AO VIVO DYOGO DOURO VIAGENS ∑ Sábado 23, às 17h00 Dyogo Douro nasceu em Moçambique em 1969 na cidade de Maputo, a viagem com a família em 1975 deu-se em plena guerra colonial. Ao longo dos anos foi escrevendo e compondo, trabalhando paralelamente no ramo dos transportes. As influências das suas viagens deram corpo e nome ao seu primeiro álbum Viagens que integram 11 temas compostos por Dyogo e com arranjos de Rafael Campanile e Carlos Eduardo (Gordo).
AO VIVO HOMEM AO MAR ∑ Domingo 24, às 17h00 O Homem nasceu longe do mar, em 2008, fruto do ócio, do tédio e da necessidade criativa e expressiva de cidadãos comuns. Após a
A Jardim efémero novidade deste ano Novidade. Todos os dias estará presente na Praça D. Duarte um jardim efémero, construído com árvores de diversos portes e espécies, articulados com plantas e um lago artificial.
Artes
Combinando a criação artística multidisciplinar, a interacção com diversos públicos e uma efectiva dinamização da área envolvente, Jardins Efémeros ensaia uma articulação entre vários agentes culturais
AO VIVO THE POPPERS UP WITH LUST ∑ Sábado 30, às 17h00 The Poppers praticam um rock’n’roll bem definido, influenciado pela sonoridade de bandas como os The Rolling Stones ou The Who. Vencedores do Festival de Música de Corroios de 2005, editaram um ano depois Boys Keep Swinging. O novo trabalho de originais apresenta a banda mais amadurecida e experiente, assumindo com mestria a reinvenção histórica e musical do estilo que os caracteriza. Up With Lust foi produzido por Nuno Rafael (Humanos, Sérgio Godinho, entre outros).
Música e económicos, capaz de realçar o potencial da acção cultural para a fruição do espaço público, para o bemestar social e atractividade do centro histórico. Tiago Virgílio Pereira
Teatro
Expressart´ abre inscrições para o ano lectivo 2011/2012
“Encontros” no Ribeiro Conceição
A Expressart’- Escola d’Artes do município de Santa Comba Dão já abriu as inscrições em diversas áreas artísticas para o ano lectivo de 2011 /2012. As inscrições, nas mais variadas modalidades como a Dança, a Música, Expressão Plástica, a Expressão Musical ou o Teatro, estão
A companhia espanhola de teatro “Lusco e Fusco” apresenta a peça “Encontros”, no auditório do Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, amanhã, a partir das 21h30. “Encontros” é um espetáculo multidisciplinar, onde o teatro físico, a dança e o novo circo se conjugam para criar um código próprio de
abertas a toda a população. As aulas decorrem de segunda a sábado, através de aulas pré-marcadas, workshops, oficinas e ateliers de trabalho. D u ra nte o mês de Agosto, a Escola d’Artes estará encerrada, reabrindo as portas no início do mês de Setembro.
aposta do programa Portugália de Henrique Amaro na Antena 3, a banda responsável pelo tema Adeus Até Mais Ver foi seleccionada para integrar a colectânea deste ano dos Novos Talentos FNAC. Os Homem ao Mar são João Moutinho Pinto e Mário Moreira (guitarras e vozes) e o convidado José Carlos Martins (percussões).
expressão, um ponto de partida para comunicar e para contar ao público as inquietudes que nos invadem. A comédia e o virtuosismo fazem parte desta montagem eclética onde duas pessoas se reencontram e se reconhecem novamente, tocando-se, sentindo o outro começando de novo a sua caminhada juntos. TVP
“Doce Fado” por Mara Pedro “ Doce Fado” é o nome do primeiro álbum lançado pela jovem fadista viseense, Mara Pedro. O Teatro Viriato, em Viseu, encheu-se para conhecer em “primeira mão” as dez faixas do álbum, que conta com duas letras originais. “Com este trabalho pretendendo começar uma carreira, que espero que seja longa”, disse Mara Pedro. A fadista Joana Amendoeiro foi convidada a “apadrinhar” o CD “Doce Fado”. As duas cantaram um tema de Joana Amendoeira, de resto, a fadista viseense
já havia cantado o tema aquando da participação no programa televisivo “Uma Canção Para Ti”. Ao s 1 2 a no s , M a r a Pedro deu mais um passo rumo ao objectivo que sempre ambicionou: “ser uma fadista reconhecida”. TVP
D Dançar no Verão
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CULTURAS 31
A Academia de Dança de Viseu vai realizar de 25 a 29 de Julho e de 1 a 5 de Agosto, um curso de Verão com o intuito de oferecer a alunos de várias idades a oportunidade de experimentar novos ritmos e travar novas amizades. Ballet clássico, jazz, dança de salão kids, hip-hop, danças africanas, danças orientais e yoga, são as danças propostas.
conversas
“A cultura é um bem essencial tal como o pão” Carlos Clara Gomes é um dos nomes mais sonantes do panorama artístico regional e nacional. Cantautor, compositor, dramaturgo, encenador e director artístico da companhia “DeMente”, cumpre este ano quarenta anos de carreira. A presença em espectáculos e festivais por todo o mundo é outra das marcas de Clara Gomes. “Auto da Fonte dos Amores” é o mais recente trabalho e foi apresentado aos viseenses durante o Festival Tom de Festa, em Tondela, o Jornal do Centro foi perceber em que se baseia o livro/disco e como tem reagido o público. Como surgiu o “Auto da Fonte dos Amores” ? Este trabalho, que é um pack entre um libreto e música, é uma história em formato de ópera popular que transporta a paixão de Pedro e Inês desde o seu entorno medieval até aos dias de hoje. O “Auto da Fonte dos Amores” foi gravado no ano de 2005 (nos 650 anos da Morte de Inês de Castro), nos estúdios da Universidade de Aveiro. Contudo, não havia condições económicas para avançar e por isso está a ver a luz do dia agora, no âmbito dos 650 anos da traslada-
ção de Inês de Castro de Coimbra para Alcobaça. Como não sou o único artista da editora, a Tradisom achou que agora é que era a altura para avançar. Quem participou mais no trabalho?
Conta com 82 intérpretes vocais e 33 instrumentistas. Uxía, João Afonso, Manuel Freire, Sérgio Godinho, João Maria Pinto, Aurélio Malva são alguns nomes. E que estilo de música é que podemos encontrar?
É um misto de músicas populares do mundo asso-
ciado à dramaturgia.Entrecruzam-se neste trabalho diversos géneros e estilos, desde o tango, fado, soul music, morna, chula, mambo, tumbao, rock, hip-hop, pantonalismo e minimalismo. Tem sido bem aceite por parte do público?
Temos tido um feedback bastante gostoso e encorajador. Ainda não tivemos nenhuma apreciação negativa. As apresentações têm-se focado num contacto muito directo com o público, em sessões intimistas feitas em livrarias onde apre-
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sentamos o livro/disco. É mais um disco ou um livro?
São duas obras que, isoladas, não têm uma autonomia própria. Recentemente apresentou a obra no Tom de Festa, quais os próximos locais de apresentação?
Carlos Clara Gomes Autor do libreto, da música e também da produção de “Auto da Fonte dos Amores”
Vamos estar no Festival de Músicas do Mundo, em Sines e no Andanças, em S. Pedro do Sul. Vamos estar também nas Fnac´s por todo o país.
a trabalhar para isso com alguma ponderação e brevemente terá a sua exposição pública. Um espectáculo desde envolve muita gente.
A nível de espectáculo quando será apresentado?
Como está a cultura em Viseu?
Ainda este ano. Estamos
A cultura é um bem es-
sencial tal como o pão. Deviamos ter mais salas de espectáculos. Uma parte significativa da população portuguesa vive ligada à cultura, às artes e ao espectáculo. Tiago Virgílio Pereira
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em foco
texto ∑ Tiago Virgílio Pereira fotografias ∑ Nuno Ferreira
Famosos visitam Housemoments O Housemoments Business & SPA recebeu no fim-de-semana várias personalidades mediáticas da vida social do país, para conhecerem o novo “espaço de conto de fadas” de Viseu. A taróloga Maya, Carla Baía acompanhada da filha, o estilista Antonio Leal e Silva e o Dj Gemma experimentaram um conceito inovador ao longo de dois dias. “O nosso espaço caracteriza-se por uma elegante e agradável atmosfera criando assim um refúgio de requinte e privacidade. Convida-nos a entrar e a rendermo-nos ao puro prazer e à pura evasão. Deixarmonos envolver por um ambiente glamouroso onde cada detalhe, desde a arquitectura à decoração, foi pensado e criado ao pormenor, especialmente para conduzir o corpo, mente e o espírito a escapar à rotina e stress diários”, descreve a brochura de apresentação do espaço. Em Abraveses, naquela que chegou a ser a Casa do Povo, por onde Aquilino Ribeiro passou, desfruta-se agora de três Salas de Tratamento, incluindo um duche vichy, sala fitness, sauna, jacuzzi, banho turco, duche escocês, piscina exterior e uma sala de relaxamento onde se poderá beber tranquilamente uma tisana antes ou depois de uma massagem. O ginásio dispõe ainda de equipamento de cardio –fitness. Publicidade
GENTE QUE NOS VISITA O Jornal do Centro inaugura esta semana a rúbrica “Gente que nos Visita” face ao número crescente de pessoas que ocorrem às nossas instalações. Na sexta-feira recebemos as empresárias Denise Branco da empresa Framework, de Maputo, e Helena Castro, da International Marketing Portugal, Lda sediada em Aveiro. As administradoras partilharam experiências e possíveis projectos comuns no futuro.
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em foco Encanto no adro O cantor Paulo de Carvalho está a comemorar 50 anos de carreira. Esteve no Viseu Naturalmente, no adro da Sé, com a Orquestra Filarmonia das Beiras, dirigida por António Vassalo. Ofereceu momentos de encanto com os seus “Meninos do Huambo” e com a saudosa “E depois do Adeus”.
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saúde
Nuno Ferreira
Tiras de controlo de glicémia em falta Centro de Saúde
A Plenário de sexta-feira juntou mais de 100 pessoas na Junta de Freguesia de Ínsua
Na passada segundafeira, dia 18 de Julho, os utentes diabéticos que se deslocaram ao Centro de Saúde nº 1, em Viseu, para controlar o nível de açúcar no sangue tiveram que regressar a casa sem saber a sua situação clínica. Isto porque não havia tiras de controlo da glicémia para diabéticos no Centro de Saúde. “Eu e todos os outros utentes tivemos que vir embora, não havia tiras e, como tal, não fomos atendidos pelo médico de família”, disse uma utente que pediu anonimato. Contactado pelo Jornal do Centro, o coordenador da Subregião de Saúde de Viseu (SSV), José Ca rlos A lmeida desvalorizou a situação.
“ Não causou transtorno nenhum”, ainda assim admite que “durante algumas horas estivemos sem as fitas” e justifica alegando que “houve uma mudança da marca devido ao novo concurso e, consequentemente, houve uma mudança de fornecedor que se atrasou a entregar as fitas”. A situação ficou resolvida da parte da tarde, ainda assim são vários os utentes que se têm vindo a queixar da falta de materiais no Centro de Saúde 1. “Já aconteceu terem acabado as vacinas, o Centro de Saúde é para servir os doentes e estas situações não podem acontecer”, disse a mesma fonte ao Jornal do Centro. TVP
População exige reabertura do SAP até ao final do mês Penalva do Castelo∑ Utentes queixam-se da falta de médicos e dos meios de procedimento O núcleo de Penalva do Castelo da Comissão de Utentes dos serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu vai avançar com uma manifestação junto da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) em Coimbra, caso não seja resolvido o problema da “falta de médicos e outros” até ao final do mês, no Centro de Saúde de Penalva do Castelo. A Comissão de Utentes promoveu na sexta-feira, dia 15, uma concentração da população para debater medidas com vista a exigir melhorias nos serviços, no centro de saúde local. Mais de 100 pessoas juntaram-se no salão da Junta de Ínsua
para reivindicar mais médicos, a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e a melhoria dos procedimentos. No plenário foi aprovada, por unanimidade, uma moção na qual exigem que as reivindicações sejam atendidas até 31 de Julho. Caso contrário, irão manifestar-se junto da ARSC. António Vilarigues, do núcleo de Penalva do Castelo da Comissão de Utentes, recordou que já em Março foi entregue um abaixo-assinado com duas mil assinaturas para exigir a reabertura do SAP e a contratação de mais médicos. “Na altura tivemos a promessa de que o horário do SAP era
só uma questão burocrática, pois havia verbas e recursos, no entanto, quatro meses depois nada foi feito”, sustentou. Arlete Pereira, de 52 anos pediu a palavra durante o plenário para dizer que os pais, “pessoas idosas e com sofrimento esperam horas por uma consulta”. Revoltada, esta utente lembrou que as reacções “até são muito pacíficas” numa situação “tão grave”, e que as pessoas “não reclamam por medo de retaliações”. Arlelte Pereira lançou o repto para a Câmara de Penalva do Castelo tomar uma posição “mais forte” e, “em último caso, contratar um médico se não se con-
seguir de outra forma”. A revolta estava estampada no rosto de quem participou na reunião. “Já esperei das 8h00 às quatro da tarde, a funcionária disseme que não tinha consulta e fui-me embora a chorar para casa”, desabafou Ana Melo, de 72 anos vítima de um AVC há algum tempo atrás. À falta de médicos e do SAP, os utentes lançaram queixas à forma com são recebidos no serviço de atendimento, chegando a ser chamada a GNR para tomar conta de ocorrências que resultam da “indignação” das pessoas. Emília Amaral
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Rastreio de cancro da mama disponível em Castro Daire Prevenção∑ Administração regional de Saúde do Centro disponibiliza exame até Outubro A s utentes do Centro de Saúde de Castro Daire podem fazer o ra st reio ao c a nc ro da ma ma até meados de Outubro. Desde sexta-feira, uma unidade móvel de mamograf ia do Núcleo Reg ion a l do C ent ro d a Liga Portuguesa Cont ra o Ca nc ro encontra-se junto ao centro de s aúde d i sp on ível pa ra rea l i za r de form a g rat u ita o exa me mamográf ico digital, de seg unda a sextafe i r a , d a s 9 h 0 0 e a s 1 2h3 0 e da s 1 4 h0 0 à s 17h00.
A Mamografia destina-se a mulheres entre 45 e 69 anos
SOS VOZ AMIGA
800 202 669
O programa está aberto a mulheres entre os 45 a nos e os 69 a nos, residentes no concel ho de Ca stro Daire. As mulheres inscritas no centro de saúde serão convocadas por ca r ta pa ra efectuar o rastreio. O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois a nos de forma a garantir uma prevenção eficaz. As marcações devem ser efectuadas através do número de telefone 239487495/6 ou pelo email rcmama.nrc@ligacontracancro.pt
Medicamentos reutilizados para a famílias carenciadas O Pl a n o d e E m e r gência Social, a implementar pelo Governo a partir de outubro, prevê a d ist ribu ição de medicamentos a famílias carenciadas através de um processo de reutilização. O secretário de Estado da Segurança Socia l, Ma rco A ntónio Costa afirmou esta semana que o Ministério da Solidariedade Social anunciará “até final do m ê s ” u m pl a n o q u e contemplará um processo nacional para replicar “bons exemplos” como os já praticados em Cascais e no IPO de Lisboa, na recolha e reutilização de medicamentos. “Garantindo as con-
dições de segurança de um processo altamente exigente, queremos ir mais longe, ser capazes de poupar para reutilizar em fins sociais”, explicou. O governante recordou que medicamentos comparticipados pelo Estado “em milhares de milhões de euros” acabam por f icar “guardados em casa durante anos até perderem a validade”. E sublinhou a necessidade de “chama r Misericórdias e Instituições Particulares de Solidariedade Social” a colaborar, sobretudo na implementação da futura rede de recolha e distribuição de med ic a mentos pa ra reutilização.
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36 CLASSIFICADOS
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GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.
TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.
RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.
RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.
O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.
SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terçafeira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à SubEstação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.
RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.
RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE A COCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.
RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away.
PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.
TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.
SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.
OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.
NELAS AS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.
VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com
FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.
ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU
ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a L g. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498
ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt
CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454
MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344
BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas
PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes3715c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt
MANGUALDE
JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt
NELAS
JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt
IMOBILIÁRIO VENDE-SE T1 Jtº. Cidade c/pré – inst. A/C, estores elétricos, garagem c/ portão automático. 120.000,00€ T. 969 090 018
T2 c/cozinha mob. e equipada, centro cidade, aquec. central, arrumos. 275,00€ 917 921 823 T2 c/boas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos, Centro Cidade. 325,00€ 914 824 384
T2 Dpx Qtª. Bosque novo c/ lareira, aquec. central, cozinha equipada, garagem. 170.000,00€ 917 921 823
Moradia c/boas áreas, garagem, arrumos, varanda, logradouro. 300,00€ 969 090 018
T2 Qtª. Bosque c/ aquec. completo, lareira, arrumos, pré – inst. A/c, garagem, novo. 132.500,00€ 914 824 384
T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€ 917 921 823
T3 Abraveses c/lareira, aquec. completo, A/c, cozinha equipada, arrumos. 70.000,00€ 969 090 018
Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, escritório, garagem p/5 carros, churrasqueira. 600,00€ 914 824 384
Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, arrumos, churrasqueira. 180.000,00€ 917 921 823
Moradia c/ aquec. completo, painéis solares, cozinha equipada, logradouro. 500,00€ 969 090 018
Moradia c/450m2 área, aquec. central, copa, escritório, estores elétricos, churrasqueira. 200.000,00€ 914 824 384
T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€ 917 921 823 T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384
ARRENDA-SE
T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€ 969 090 018
T3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€ 969 090 018
Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churrasqueira. 650,00€ 917 921 823
IMOBILIÁRIO
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Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 37
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EMPREGO & FORMAÇÃO CATÓLICA LANÇA CINCO PÓS-GRADUAÇÃO NA SAÚDE Biomateriais e Medicina Regenerativa, Envelhecimento e Regeneração, Epidemiologia Molecular e Clínica, Informática e Saúde, e Gestão de Qualidade em Saúde, são as cinco novas pós-graduações anunciadas para arrancarem em Viseu, pelo Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Católica. Com estes novos cursos de especialização, a Universidade Católica em Viseu continua a apostar na área da saúde, integrando a vertente da investigação muito ligada à realidade das populações e comunidades e também da informática.
Florir dá formação a desempregados
OFERTAS DE EMPREGO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320) Soldador por pontos com ou s/ experiência. Carregal do Sal – Ref. 587769936 Copeiro preferência por candidato com experiência. Mortágua – Ref. 587768750 Cozinheiro com experiência profissional. Mortágua – Ref. 587768754
A associação Florir - Família, Laços, Origens, Rumos, Interajuda e Rede, em parceria com a Câmara de Mangualde está a promover o curso “Desenvolvimento Pessoal, Social e Profissional” destinado a desempregados do concelho de Mangualde. A acç ão de for m ação de 60 horas pretende aperfeiçoar as competências pessoais, so-
cia is e prof issiona is dos formandos. “Desta forma os formandos vão adquirir capacidades que lhes permitem construir uma imagem realista de si próprio, de um relacionamento saudável com os outros e de um projecto de vida coerente e exequível, visando a autonomia e a responsabilidade”, revelou a autarquia em comunicado.
Empregado de mesa. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761 Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846 Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799
Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192) Servente - construção civil e obras públicas. Lamego – Ref. 587767587
Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479 Cabeleireiro com experiência. Lamego – Ref. 587772686 Condução de máquinas giratórias e retroescavadoras, com experiência e carteira profissional. Sernancelhe – Ref. 587772954 Designer gráfico para concepção e desenvolvimento de trabalhos gráficos diversos. Lamego – Ref. 587773590
Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Mont. de isolamentos, de preferência com experiência em montagem de pladour. São Pedro do Sul – Ref. 587737311 Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785
Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245 Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278
Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Electromecânico de AVAC. Viseu – Ref. 587773746 Condutor manobrador de espalhador de betuminoso e/ou de moto niveladora. Viseu – Ref. 587774552 Cozinheiro. Bodiosa – Ref. 587772430 Empregado de Mesa. Bodiosa – Ref. 587772433 Auxiliar de limpeza. Bodiosa – Ref. 587772434 Administrativo com curso na área da gestão de empresas. Viseu – Ref. 587772585
Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650
Pintor da construção civil. Viseu – Ref. 587773808
Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887
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Jornal do Centro
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NECROLOGIA
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INSTITUCIONAIS
Elvira Rosa Marques Rebelo, 90 anos, viúva. Natural e residente Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Reriz. 2ª Publicação
Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 2ª Publicação
António Joaquim Ladeira, 77 anos, casado. Natural e residente em Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 16 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cambra. Manuel Pereira Cardoso, 59 anos, casado. Natural e residente em Caveirós, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 17 de Julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Cambra. Maria da Glória Torres, 92 anos, viúva. Natural e residente em S. Vicente de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 17 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de S. Vicente de Lafões. Laurinda de Almeida, 92 anos, viúva. Natural e residente em Cajabens, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 19 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de S. Vicente de Lafões.
(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)
Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Aurora Queiroz Martins, 82 anos. Natural e residente em Casal de Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho para o cemitério de Lordosa. José dos Santos Marques, 71 anos. Natural de Farminhão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de Julho para o cemitério de Viseu.
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)
Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 2ª Publicação
Maria Rosa Simões Dias, 81 anos. Natural de Mealhada e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Olívia Lopes da Cunha, 83 anos, casada. Natural de Rio de Loba e residente em Barbeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Barbeita. Ana Borges, 87 anos, casada. Natural de Murça, Chaves e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de Julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Murça. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)
(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)
Jornal do Centro
clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.
OPINIÃO
Os fins e os meios Se uma manhã ouvir vozearia debaixo das suas janelas, à mistura com o motor de moto serra rangendo e descortinar indivíduos muros adentro da sua propriedade, danificando-lhe sebes e plantas, o munícipe não entre em pânico, não chame a PSP, nem vá buscar a caçadeira dentro do armário, se for homem dado à violência. Afinal não são meliantes nem vândalos vindos da noite desregrada. São funcionários da Vibeiras, mandados, segundo eles, pela Câmara Municipal de Viseu, pela engª Sandra (creio ter sido este o nome referido no meio da “serração”), para aparar (?) as árvores da cidade. Muito bem! Mesmo que os meios justifiquem os fins ou que os fins justifiquem os meios, não se espera de funcionários a rogo da CMV atitudes tão displicentes e lesivas. O bom senso não é uma palavra vã e as instruções dadas por um superior hierárquico devem ser claras e nunca propiciadoras de atitudes des-
FOTO DA SEMANA
ANIMAIS DE RUA
Gonçalo Santos Médico Veterinário do Centro Veterinário da Beira Alta
Transporte de animais domésticos
te teor. A Câmara Municipal de Viseu, tal como a entendemos na figura primeira do seu autarca, não tem este rosto, nem se identifica com estas arbitrariedades. Estas práticas têm limites. E decerto que o
39
DEscreva-nos para:
22 | Julho | 2011
senhor vereador do respectivo pelouro não ignorará que destruição e invasão de propriedade alheia não assentam bem à Instituição que representa… Paulo Neto
Nem sempre o transporte dos animais de estimação é uma experiência agradável. Enjoos, vómitos, hipersalivação, perda de urina e fezes, desmaios ou golpes de calor são sinais de aviso de que algo não está correcto. Deve iniciar o “treino” com viagens curtas, que não ultrapassem os 5 minutos, em dias com temperaturas amenas e com um destino de agrado do nosso amigo, como por exemplo, uma mata ou um rio. Não o alimente 5 horas antes e leve água para lhe dar após a viagem. O transporte deve ser dentro de uma caixa transportadora adequada ao seu tamanho. Aumente gradualmente o tempo das viagens, sem nunca ultrapassar as 2 horas consecutivas. Em último recurso poderá ser usada medicação apropriada. Em relação aos cães de caça, transportados em reboques para o efeito, deve ter em atenção as temperaturas, as paragens regulares com passeio de 15 minutos e fornecimento obrigatório de água e o espaço de 1m2 por animal com 15kg. Para viajar para fora do país com o seu animal de estimação tem de cumprir a legislação em vigor. Não se esqueça de consultar o seu Médico Veterinário antes de viajar.
Os cães são animais sociais, privá-los de interacção e de exercício físico é algo extremamente cruel que contraria a sua natureza. Existem milhares de animais que vivem acorrentados uma vida inteira, são condenados a prisão perpétua, sem que tenham cometido nenhum crime. Muitos não têm abrigo, dormem dentro de uma casota que mal os protege da chuva e das temperaturas extremas. Não sabem o que é passear, correr atrás de uma bola e muito menos o que é se-
rem acarinhados. Lutar por minorar o sofrimento destes seres é um exercício de cidadania, há que sensibilizar os responsáveis pelo animal e se necessário denunciar o caso às autoridades. O SEPNA (Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR), costuma actuar com celeridade. Ligue para o número 808 200 520, basta indicar a localização onde se verifica a infracção e pode optar-se por efectuar uma denúncia anónima. Sara Félix
O Raj tem cerca de dois anos e é um cão muito meigo. A sua antiga dona faleceu deixando-o sem família. Para adopção: Associação Animais de Rua Telefone: 926 662 295 E-mail: geral.viseu@animaisderua.org Blog: http://www.animaisderuaviseu.org/
HÁ UM ANO Distribuído com o
Expresso. Venda interdita.
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Pedro Costa
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UM JORNAL COMPLETO
Semanário 2010 23 de Julho de
> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 08 > REGIÃO pág. 10 > ESPECIAL pág. 14 > NEGÓCIOS pág. 16 > DESPORTO pág. 18 > CULTURAS pág. 19 > SAÚDE pág. 22 > RESTAURANTES pág. 24 > CLASSIFICADOS pág. 25 > NECROLOGIA pág. 26 > CLUBE DO LEITOR pág. 27
Sexta-feira Ano 9 N.º 436
1,00 Euro (IVA 5% incluído)
SEMANÁRIO
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REGIÃO DE VISEU
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das bocas” em Viseu Medo instala-se na “rua Mais mestrados no /2011 Politécnico para 2010
Leitor identificado
página 11
∑ Mantém-se o número nas cinco escolas do
Nins
de 1.548 vagas
IPV
Negócios PSA-Peugeot Citroën de Mangualde reabre terceiro turno
página 16
∑ Quase 60 por cento
dos candidatos
são do distrito de Viseu
| página 6
À conversa
“O cidadão deve ser colaborante com as forças de segurança”
Serafim Tavares, comandante PSP de Viseu
Futebol Tondela contrata internacional e Académico reforça com Rui Gonçalves
da
página 08
Especial Vá às compras Jornal do Centro
página 18
23 | Julho | 2010
14
vá às compras
Rua 21 de Agosto
textos ∑ Raquel Rodrigues
Requalificação é necessidade urgente Toponímia∑ Batalha do Vimeiro, que aconteceu no dia 21 de Agosto de
página 20
1808, dá nome à rua
pé por ali. tificado e abandonado. Fazendo parte da Fre- nicipal que serve a cida- as a circular a não saem guesia de Coração de de de frutas e legumes “As pessoas História. No dia 21 de dos centros comerciais”, Jesus, a Rua 21 de Agos- frescos diariamente. durante Para além disso, e no diz, lamentando o eleva- Agosto de 1808, to atravessa a cidade de de lojas que a primeira invasão franViseu num percurso de que diz respeito ao esta- do número ou estão em cesa de Portugal, tem lucerca de dois quilóme- cionamento, na Rua 21 de fecharam gar a Batalha do Vimeiro, Agosto são algumas as perigo de fechar. tros. Da mesma opinião par- no âmbito da Guerra PeCom início junto ao opções: desde o parque Silva, gerente ninsular. Nesta batalha edifício da Segurança fechado do mercado, até tilha Clara de puericul- defrontaram-se as forSocial e terminando ime- ao conhecido parque do de uma loja aqui há oito ças anglo-lusas comandiatamente antes da sede prédio da caixa, muitas tura. “Estou vi muitos dos dadas pelo tenente-gedos Bombeiros Munici- são as alternativas, pagas anos e já fecharem, o neral Sir Arthur Wellespais de Viseu, a Rua 21 de e não pagas, para quem espaços a nada a fa- ley e as forças francesas Agosto tem no comércio quer parar o seu carro que não abona vor desta rua”, lamenta. comandadas pelo genea sua principal fonte de naquela zona. E x e m p l o d e ral Jean-Andoche Junot. Para Sofia Pires, sóciarendimentos, sendo palé o centro A batalha resultou numa co de diversos espaços gerente de uma loja de desertificação Happy Dream. vitória para as forças ancomerciais de variadas produtos agrícolas esta- comercial determinou o belecida na rua há cerca Outrora recheado de lo- glo-lusas e áreas de negócio. dia este es- fim da primeira invasão Presença notável na de um ano, o grande pro- jas, hoje em deser- francesa de Portugal. rua é a do Mercado Mu- blema é a falta de pesso- paço encontra-se
números
4 Lojas de Mobiliário e Decoração
3 Escritórios de Advocacia
2 Agências de Viagens
A São muitas as lojas da 21 de Agosto em perigo de fechar
1
Óptica
1 Imobiliária
José Lorena
Cine Clube de Viseu Cine Rally leva cinema aos bares do centro histórico
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Os limites da tolerância?! Não se deve ser apologista da penalização dos utentes das nossas estradas, já por si muito penalizados com a carga fiscal que incide sobre os veículos e sobre os combustíveis, etc. Porém, na mesma medida, assiste o dever da urbanidade e o respeito pelos peões. O que parece não acontecer nos bairros periféricos da cidade de Viseu.
Nuno Ferreira
| página 10
João Azevedo Autarca de Mangualde candidato a sucessor de Junqueiro no PS
EDIÇÃO 436 | 23 DE JULHO DE 2010
∑ A maior empresa do distrito de Viseu, PSA-Peugeot Citroën de Mangualde anunciou a reabertura do terceiro turno na fábrica, devolvendo esperança ao projecto que tinha sofrido algumas baixas desde o final do ano. ∑ Numa iniciativa inédita, o Cine Clube de Viseu realizou o cine rally em que levou cinema aos bares do centro histórico da cidade.
∑ Sérgio Gorjão, anunciado para director do Museu
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Grão Vasco.
tempo: sol
JORNAL DO CENTRO 22 | JULHO | 2011
Sexta, 22
S. Pedro do Sul ∑ O BLoco de Esquerda está a promover o acampamento “Liberdade 21” até domingo, no Bioparque. Hoje, o ex-deputado José Moura Soeiro lança o debate “Bloco: De onde vimos, para onde vamos?”. Francisco Louçã deslocase no sábado ao acampamento.
Sábado, 23
Viseu ∑ 34º Festival Internacional de Folclore, da semana Cultural do Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros, às 21h30, no Largo Major Marques, em Passos de Silgueiros.
∑ Rota do Quartzo, às 18h00, em Campo, integrada na Rede Municipal de Percursos Pedestres. ∑ I Torneio de Voleibol de Praia, campo de areia do parque desportivo do Fontelo. Publicidade
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
Semana da moda anima centro da cidade
Olho de Gato
O projecto do centro comercial a céu aberto para o comércio de rua de Viseu, criado no âmbito da Rede Gestus, tem este fim-desemana mais um ponto alto com a realização da “Semana da Moda”. “A semana da Moda é direccionada para vários conceitos de moda aliados à gastronomia”, afirma o presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV). Gualter Mirandez acrescenta que “é uma tentativa de chamar os clientes, mas sobretudo pôr os comerciantes a trabalhar em rede para potenciar negócio”. Na antiga sinagoga da comunidade judaica da Rua Direita, futura sede da rede municipal de museus, realizam-se por estes dias workshops de maquilhagem, de penteados e outras iniciativas. Gualter Mirandez explica que é um “ponto gestus”, assim chamado no projecto, onde haverá técnicos disponíveis
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Joaquim Alexandre Rodrigues
Rede Getus ∑ Associação Comercial confiante no regresso do comércio de rua
joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Interesse (do) público
Emília Amaral
∑agenda
Hoje, dia 22 de Julho, sol. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 12ºC. Amanhã, dia 23 de Julho, sol. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 13ºC. Domingo, dia 24 de Julho, sol. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 14ºC. Segunda, dia 25 de Julho, sol. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 16ºC.
A Iniciativa integra vários workshops para lojistas para apoiar comerciantes na aprendizagem de novas práticas e disponíveis para receber clientes. Ao longo destes três dias (22, 23 e 24) decorre igualmente o Fim-de-semana da Cozinha Beirã, em que os restaurantes aderentes seleccionam um prato para a iniciativa e assumem a condição de atribuir uma oferta aos clientes que possuam cartão da Rede Gestus. O centro comercial a céu
aberto destinado a dinamizar o comércio na cidade de Viseu, está no seu período experimental até Outubro. O projecto conta nesta altura com 80 lojas aderentes. Em Outubro, a ACDV vai proceder a uma avaliação do projecto. Para Gualter Mirandez, o projecto ainda está “numa fase muito primária”, mas estas iniciativas não têm resultados imediatos”. Emília Amaral
1. O escândalo das escutas ilegais feitas pelo defunto News Of The World de Rupert Murdoch está a salpicar o primeiro-ministro David Cameron. Contudo, também os trabalhistas Gordon Brown e Tony Blair (lastimável criatura...) foram, durante o tempo que governaram, uns capachos do sr. Murdoch. O debate deontológico nos media anglo-saxónicos procura a linha que separa “interesse público” de “interesse do público”. Um exemplo pessoal para ilustrar essa diferença: tive este mês obras em casa. O que aconteceu nestes penosos dias dava para fazer uma ou várias crónicas bem pitorescas e acondimentadas, crónicas que, se escritas com arte, seriam do “interesse do público” leitor mas não teriam “interesse público” nenhum. É claro que opinião é uma coisa e notícia outra. Em Portugal não há escrutínio nenhum sobre o papel dos media e as suas traficâncias com os políticos: em 18 de Setembro de 2009, o DN publicou um e-mail trocado entre dois jornalistas do Público (principal concorrente do DN). Essa intrusão numa caixa de correio electrónico mudou o curso das legislativas daquele ano mas toda a gente engoliu em seco e ninguém fez nada. Deu para perceber os telhados de vidro que há no país ao mais alto nível. 2 . Nas eleições internas do PS ninguém quis fazer o balanço do seis anos socráticos. Ora, esse balanço era necessário para o partido poder ganhar balanço para o futuro. E nt ret a nto, o apa rel ho aba fou o “c r ít ic o ” A n tó n i o Jo s é S e g u r o . N ã o s u r p r e ende que a d i reita pref i ra a sua v itór ia . O “alinhado” Francisco Assis é mais inconformista, está mais livre para fazer as rupturas necessárias com os últimos 6 anos e fazer uma oposição mais eficaz a Pedro Passos Coelho. Este fim-de-semana os militantes socialistas decidirão.
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