Jornal do Centro - Ed490

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > DESPORTO >PASSEIOSDEVERÃO > CULTURAS > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário 05 de Agosto de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 490

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

|Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·redaccao@jornaldocentro.pt·www.jornaldocentro.pt|

PSD nas palavras de Mota Faria ∑ Presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do PSD à conversa: “Não é pela mudança do Governo que deixamos de reivindicar a universidade pública”

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Nuno Ferreira

| páginas 10,11 e 12


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praçapública palavras

deles

rSe não fossem os direitos de autor passava fome. Tenho 60 anos e ganho 2600 euros”

r...até os nossos banqueiros foram lançados ao lixo e ainda não perceberam como. Mas, foi a manipulação das consciências que impediu muitos de ter consciência do que se estava a passar”

Moita Flores - Presidente da Câmara de Santarém

Aires Antunes Diniz Cronista

O Ribatejo, 28 de Julho

Opinião

(Huf!....) Antes de mais, peço imensa desculpa, de o vir incomodar. Confesso que o faço muito contrariado, uma vez que me venho intrometer no seu precioso tempo (que como dizem os ingleses é dinheiro), preenchido a reflectir, para produzir opinião avalizada e responsável. Na verdade, como os responsáveis da vossa empresa não se cansam de difundir, o vosso objectivo é dar opiniões. Ora, nem a propósito, eu sou leitor voraz e fervoroso de opinião. Perscruto tudo o que é jornal, revista, blog… eu sei lá, para encontrar opinião que me satisfaça. Juro, que é um dos meus passatempos preferido: ler e matutar opinião. Aliás, a talho de foice lhe direi, que o meu opinador favorito é o Manuel António Pina,

António Vilarigues anm_vilarigues@hotmail.com

há três coisas que uma pessoa não pode ser simultaneamente: inteligente, de Esquerda e do PSD. Se for inteligente e de Esquerda, não é do PSD. Se for inteligente e do PSD, não é de Esquerda. Se for de Esquerda e do PSD, não é inteligente.”

António Brotas - Cronista

Diário das Beiras, 1 de Agosto

Gazeta das Beiras, 28 de Julho

rO Estado deverá, sim, suportar os custos dos transportes de quem não pode pagar esse serviço, fixando-se um preço diferente, de forma equilibrada e rigorosa, ou seja, só para quem de facto precisa.”

Hélder Amaral - Deputado do CDS/ PP Diário de Viseu, 1 de Agosto

O

Ex. Mo Senhor Anthony Thomas, Analista sénior de risco soberano da empresa Moody’s Boston, Massachusetts Moody’s Investors Service, Inc. José Lapa 101 Federal Street, Técnico Superior do IPV Suite 1900 Boston, MA 02110 USA

Opinião

rPenso que agora

que me prega ao Jornal de Noticias, todos os dias de manhã. Um vício! Tem todos os condimentos para ser um bom opinador: inteligência, elegância de escrita, ironia e erudição. Um portento, direi eu. Já agora, veja lá em que conta ele vos tem: “Para quando leis contra o terrorismo financeiro, que mata e desemprega muito mais que o islâmico?” (Terrorismo Financeiro, J.N. / 15.06.2011). Exageros, não reparem. Bom, sem o estar a querer maçar com larachas, escrevo-lhe, então, entusiasmado por saber, que V.Exª é um opinador sénior, de uma empresa de opinião. Perdão pela redundância. Temos, assim, algo de comum para podermos partilhar: paixão pela opinião. É neste contexto, que tomo pois a liberdade de epistograficamente, lhe manifestar a minha curiosidade, em saber a sua opinião sobre algumas temáticas, sem antes não deixar de lhe pedir perdão pelo abuso. Sem mais delongas, vamos a isto que o gato está aflito. Ah! É um ditado popular que temos por cá. Qual a vossa opinião sobre o efeito borboleta, aquele fenómeno de que fala Lorenz no contexto da teoria do caos? Ora, quando uma borboleta bate as asas num extremo do globo terrestre, pode em poucas semanas, provocar tormentas no outro extremo. Se, por forças das novas tecnologias de informação, substituirmos as borboletas pela opinião,

imaginem o que se pode concluir da vossa proficiência opinadora… E por falar na vossa proficiência, qual a vossa opinião, sobre o vosso clamoroso erro, relativamente ao mercado hipotecário dos Estados Unidos, que nos atirou para uma crise voraz, que está a deglutir tudo o que é economia? E, já agora, foi mesmo um erro ou pelo contrário, uma estratégia bem urdida para encher os bolsos de uns quantos investidores, que têm na crise um maná? Gostava também de saber a vossa opinião, sobre o livro de Jacques Attali, Breve Historia do Futuro? Nessa obra de 2006, esse charlatão, escrevia aldrabices como esta: “as forças do mercado assumiram a liderança do planeta. Expressão última do triunfo do individualismo, esta marcha vitoriosa do dinheiro (…)”. E, mais à frente: “o dinheiro acabará com tudo o que poder fazer-lhe frente, incluindo os Estados, que destruirá progressivamente, mesmo os Estados Unidos da América.” (Dom Quixote, 2007). Estamos em 2011 e, os EUA estão na situação que sabemos e, muitos Estados em escombros. E qual a vossa opinião, sobre a crise de fome que afecta milhões de pessoas na região do Corno de África? Conforme alertou a subsecretária geral para o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA). Numa crise que será longa, serão milhões as pessoas atingidas pela seca na região do Corno de África.

Ou não têm opinião sobre questiúnculas sociais? Hum! Estou até em crer que elas vos provocam bocejos. A minha indiscrição também me leva a querer saber, quais as consequências da vossa missão niilista? Que farão depois do caos? Tem alguma solução? Isto considerando que até V. Exª, quando isto tudo falir, ficará com o emprego em risco, deixando de auferir as rechonchudas comissões, concerteza justas, que aufere. Finalmente e, prometo que vou mesmo terminar, deixe-me cair um desabafo. As vossas opiniões valem como as asas da borboleta, porque nós cidadãos abdicámos de pensar. E, quando isso acontece, “abre-se uma caixa de Pandora rica de novos conformismos. Estes passam a ser lei e os profetas e nós inclinamo-nos reverentemente perante eles.” (Alain Minc - Cartas Abertas aos Nossos Novos Senhores, Gradiva / 2004) Despeço-me, pois, aguardando as suas prezadas notícias, em forma de opinião, conforme é vosso timbre Relativamente a Vexas, a minha opinião é como a de Paul Valery: “Nem sempre sou da minha opinião”. Ah! Já agora. Como não tenho dinheiro para pagar as vossas opiniões, podiam fazerme uma notação, para recorrer ao mercado para um empréstimo afim? Muito obrigado

Negreiros no século XXI A pretexto da crise do sistema capitalista, Governo e patronato procuram chantagear os trabalhadores. Tentam impor condições que levem à perda de direitos civilizacionais adquiridos com anos e anos de luta. É o caso do direito ao emprego efectivo, ao salário justo e à protecção social no desemprego e na doença. O objectivo final é regredir ao século XIX. Onde não havia limites para o horário de trabalho. Onde o valor do salário era o mínimo para subsistir. Onde as organizações representativas dos trabalhadores eram reprimidas e ignoradas. A história, aqui no distrito de Viseu, do

Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot-Citröen é esclarecedora do ressurgimento dos negreiros no século XXI. Não é caso único. Mas é um exemplo esclarecedor. Para se ter a dimensão da sua barbárie importa lembrar alguns factos. As remunerações dos trabalhadores representam na indústria automóvel, em média, 5 por cento (cinco por cento) dos custos do produto final. Como confessou um dos patrões do sector, cavalgando a actual “crise”: “agora é trabalhar mais e pagar menos”. Durante anos a fio os prémios e outras remunerações devidos aos trabalhadores fo-

ram canalizados para Seguros de Vida, ou de Complemento de Reforma, feitos na seguradora AXA. A Empresa apresentava-os como “custos de exercício” para não pagar impostos. Mas dos quais ainda nenhum trabalhador foi beneficiário. Onde pára o dinheiro é um “mistério” que tarda em ser esclarecido. Em 2007 a empresa recebeu do governo português, para além de benefícios fiscais em sede de IRC, 8,6 milhões de euros (Resolução do Conselho de Ministros nº 34/2007) para criar mais 80 postos de trabalho acima dos 1.226 que tinha e manter a laboração até 2013. Onde pára o dinheiro é outro “misté-


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números

estrelas

800 mil É o valor em euros pago pela CMV para ter a Volta a Portugal em bicicleta a passar por Viseu, de 2010 a 2013 (IVA incluído).

Mário Louraço Responsável pelo Jumbo Viseu ( Grupo Auchan)

Andanças Festival de Danças Carvalhais

Para evitar longas filas de espera e apostando na oferta de descontos sobre os manuais escolares, o Jumbo (Grupo Auchan) propõe um útil serviço: um site electrónico a partir do qual tudo se facilita: www.reservadelivrosjumbo.com

Importa-se de responder?

Gabinete Médico-Legal de Viseu

Iniciou-se com o primeiro dia de Agosto o já célebre Festival Internacional de Danças Populares, de Carvalhais, S. Pedro do Sul. O Turismo de Portugal premiou-o como um dos eventos “Quero ir”. De parabéns as associações e instituições que o criaram e dinamizam.

Fechado ao fim de semana por motivos que nenhum responsável sabe ou quer explicar, confere à morte a imerecida indignidade e, aos viseenses em luto, uma desconsideração inexplicável... Que resposta têm para isto os “nossos” políticos?

Nota os efeitos da crise no país que o acolheu? Estou na Suíça há 22 anos e também lá se sente a crise. Não há tantos estrangeiros a visitar o país e há pouco movimento nos restaurantes. Os suíços também não têm muito dinheiro, mesmo assim se lá está mau aqui está pior e por isso não penso em voltar.

Os Estados Unidos da América estam em crise mas como têm uma das economias mais fortes do mundo ainda se aguentam. Contudo, também estão a cortar e eu também sinto a crise. É uma crise mundial.

Vítor Jorge

Ana Correia

Farmacêutico

Funcionária da restauração

Em França senti o aumento dos preços principalmente na alimentação e nos combustíveis, mas noto que em Portugal está muito pior, dado que o custo de vida está a aumentar, os impostos a subir e as poucas regalias que havia estão a acabar. Assim, é difícil voltar a Portugal, só em período de férias.

Lara Coelho Empregada de limpeza

rio”. Em vez disso despediu perto de 500 trabalhadores. Cerca de 400 contratados e temporários que não viram os seus contratos renovados e 80 efectivos que aceitaram a rescisão amigável. Implementou um banco de horas duma forma ilegal, meses antes da entrada em vigor do novo Código do Trabalho. Ilegal também porque não está previsto no contrato colectivo de trabalho aplicável a este sector. Chegou-se ao cúmulo de exigir aos trabalhadores que as licenças de paternidade e maternidade, ou as licenças por baixa médica fossem compensadas à empresa com dias de trabalho não pago. Avançou para o lay-off que se traduziu na perda efectiva de quase 50% da massa salarial. Mas os valores das indemnizações, dos prémios

Estou na Bélgica, na altura que fui para lá havia muitas oportunidades mas o tempo das vacas gordas já passou e Bruxelas já deu bem mais do que agora.

André Moita Operário da construtor cívil

e das mordomias que a Administração atribui a si própria e aos seus directos colaboradores permaneceram obscenamente elevados. A ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) de Viseu reconhece a ilegalidade da “bolsa de horas”. Mas confessa não ter “força política” para obrigar a empresa a acabar com ela (!!!). O que estes “negreiros” do século XXI estão a fazer aos trabalhadores é transformá-los em “escravos” devedores crónicos da “bolsa de horas” que já totaliza 260h/trabalhador. Os aumentos de produção sucessivamente anunciados pela empresa desde os primeiros meses do ano de 2010 resultam directamente da aceleração dos ritmos de trabalho, da desregulação dos horários, da degra-

dação da remuneração dos trabalhadores. O dinheiro a menos que os trabalhadores, hoje, levam para casa, vai direitinho para os bolsos dos accionistas e dos administradores da PSA. Não fica em Mangualde, nem no País. E os governos batem palmas. E ainda disponibilizam mais 21 milhões de euros para novos investimentos. Acrescidos da isenção do pagamento de impostos por parte da empresa, até 2013. Quantas empresas de Viseu auferem destas benesses?


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Paulo Neto Director do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Viseu: “prazenteira, amável, buliços, numa palavra, eminentemente jucunda” (AR) 1. Por muito termos muito esquecermos. Podia ser um aforismo, mas não é. Certo é serem os acessos (não gosto do vocábulo acessibilidades) a Viseu dos melhores que temos em Portugal. E não sou só eu que o constato. Ainda há dias, numa reunião de amigos de vários pontos do país, esta ideia foi reiterada por comparação às várias cidades de onde são oriundos. Mas nós, por deles usufruímos diariamente, não lhes damos destaque, importância ou relevo. É como a água, a electricidade e a liberdade. Só quando faltam nos canos, nas lâmpadas e no dia-a-dia. Por detrás destes acessos tem que estar um Gabinete de Planeamento e Urbanismo muito competente. Daqueles que alcança longe, ou, mais ou menos conforme à máxima de Aquilino, dos “que alcançam porque não cansam”. Em “Arcas Encoiradas” (1953) escreve acerca de Viseu: “Que atitude tinha de ser a do arquitecto urbanista, colocado perante um burgo como este, enquistado no que tinha de antigo e nuclear, mas com uma premente necessidade de desafogo e modernização? Pois, a toda a volta da cidade, mais acentuadamente da parte oriental do que das outras partes pelo que respeita a extensão e profundidade, traçar uma larga estrada de circunvalação que ficaria a ligar as avenidas radiais da cidade para Mangualde, Tondela, S. Pedro do Sul, Barrelas, Moimenta da Beira, Aguiar, etc. Essa série de bulevares, além de que permitiriam desviar por ela todo o trânsito de veículos pesados, seria como que a linha de onda no crescimento natural da cidade.” Para terminar este item, apenas um acrescento, se os urbanistas da autarquia viseense além de competentes no mester, colheram informação na boa literatura portuguesa, mais uma medalha merecem: a da cultura… 2. Sou dos apologistas das rotundas da cidade. Além de eficazes como elemento regulador do tráfego, algumas das de Viseu são bonitos jardins. Vem o vocábulo do latim “rotundus”, que significava redondo e, neste contexto deu praça circular. Mas também quer significar aquilo que é peremptório, categórico, absoluto, gordo. Re-cito Aquilino, meu mestre de todos os dias: “Meu pai (…) ali se albergou, tão bem se casando com a unção e a actividade sonâmbula do encargo que de pronto adquiriu aquela ronceira rotundidade.” Via Sinuosa (1918). Ou “com um lenço de romagens a crucificar-lhe o seio rotundo.” A Traição (1921). Uma certeza: sejam as rotundas da cidade redondas, peremptórias, categóricas, absolutas ou gordas… insisto, quem mal fala delas pouco sabe do que diz. E se além da chocarreira rábula pensassem que elas começam a proliferar um pouco por todos os núcleos urbanos do país, lobrigariam ainda que com elas se fez escola!

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

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3. Agora o que é de bradar aos céus é o antigo Matadoiro Municipal, na EN 229, à saída para o Sátão, junto ao cruzamento para a Esculca. Abandonado a uma triste e aziaga sina, coio de marginais e de vândalos, ostenta por todas as fachadas os vidros partidos, as portas arrombadas, as ervas crescidas, num todo tão calamitosamente desolador que apetecia sugerir: arrasem-no de vez e façam um jardim ou outra qualquer obra de utilidade e usufruto público! Péssimo cartão de visita para quem aborda a Cidade por aquele ponto cardial.

4. Retorno a Aquilino, até na esperança de e por tanto o citar consiga despertar a curiosidade dos leitores para a sua leitura: “Para as cidades, como para as mulheres, agradar ou não é um fadário. Pelo que respeita a saias, sentenciava Frei José da Lapa, o último frade da Beira que valia mais ser bonita do que herdar uma quinta. Há um certo hermetismo na arte de agradar, de que é fórmula a máxima seguinte: antes cair em graça do que ser engraçado. Viseu é uma cidade bonita, em demais, engraçada, e que todavia não cai muito na graça de toda a gente. Pior ainda, descai na graça dos seus homens ilustres. A certo político influente, filhote do burgo, como se diz lá pelas serras, ouvi eu responder, quando requerido para tomar parte numa obra de propaganda local, a mais honesta e simples do mundo: -- Não quero saber dessa pategónia para nada…” (AE, supra cit.). Isto para dizer, sem mais, que o viseense “não perde a oportunidade de emitir a sua opinião, sobretudo quando discorda”.

5. Ainda me lembro dos belos candeeiros em ferro forjado que ornamentavam esquinas da parte histórica da cidade de Viseu. “Cad’êles”? Da autoria do Mestre Malho (Arnaldo dos Santos Malho, filho de João dos Santos e de Maria Rita, nascido a 26 de Novembro de 1880, na Rua dos Loureiros, freguesia Oriental) estes candeeiros como todas as peças por ele lavradas são hoje um riquíssimo património municipal. E uma memória. A Escola Secundária de Emídio Navarro ostenta com orgulho e galhardia alguma das peças daquele que, além do mais, lá foi sabedor mestre. E as outras? Urge recuperá-las, mostrá-las e louvá-las. Senhora Vereadora do Pelouro da Cultura, que tal uma exposição da obra deste “ferreiro” que assim escrevia: “Se tivesse duas vidas, / voltaria a ser ferreiro, /para dar vida ao ferro, / mais por gosto que dinheiro.” Sobre ele muito escreveu Aquilino (ficará para uma próxima oportunidade), deixando-vos com este excerto breve: “Arnaldo Malho, o coração mais alevantado e as mãos mais destras que pegaram alguma vez no ferro. Fazia renda com ele; esculpia nele retratos como greda; fazia toda a obra de filigrana. Quando se enaltecia o artefacto limitava-se a dizer: -- Não nasci Malho?” Nota: Este assunto foi abordado no blogue da “Associação Olho Vivo”. 6. Quando me “boto a redigir não há ladeira que me canse”. Contudo, para não dar azo a que o meu amigo CN me escreva zangado a dizer que com editoriais tão longos não o fidelizo como leitor, neste tempo da brevidade, de infidelidades, do telegráfico, do sms e do efémero, obrigo-me a parar por aqui… 7. Até para a semana, Caro Leitor! (incluo-te, CN, mesmo sabendo que não tiveste paciência para chegar a esta linha final!).


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Opinião Gastronómica

Cogumelos do campo até à mesa

Os cogumelos afirmam-se como um alimento saudável, de baixo teor calórico, ricos em proteínas, hidratos de carbono, sódio, fibras, com poucas gorduras e de fácil digestão, sendo uma alternativa em relação aos alimentos de origem animal. Há quem opine que, em geral, os cogumelos apresentam duas vezes mais proteínas do que os espargos ou couves; quatro vezes mais do que as laranjas e doze vezes mais do que as maçãs. Para além dos cogumelos silvestres, existem cerca de 25 espécies principais cultivadas comercialmente, das quais se destacam, por serem mundialmente consumidas: o Champignon de Paris (Agaricus) o Shiitake (Lentinula edodes) e várias espécies de Pleurotos (Pleurotus spp.). Sabe-se do seu consumo desde sempre, merecendo destaque na confecção de iguarias requintadas. Os egípcios pensavam serem um presente do Deus Osíris e os Faraós utilizavam-nos como presente especial. Eram o “manjar dos deuses” para os antigos romanos. O Imperador Júlio César idolatrava-os, especialmente a uma “amanita” que ficou indelevelmente com o seu nome – Amanita caesarea (cogumelo-dos-césares, amanita-real ou amanita-dos-césares) – e por isso consumidos apenas em ocasiões especiais. Na Grécia antiga, os guerreiros gregos acreditavam que os cogumelos os dotavam de força e coragem. Os chineses chamavam-lhe o “elixir da vida” (sabendo que poderia ser, também, o contrário). Nos rituais religiosos (e dolorosíssimos) os índios mexicanos utilizavam-nos como alucinógenos, psicotrópicos e analgésicos. Há fundados receios no que respeita ao consumo de cogumelos. São fungos e, como tal, capazes de se mutarem. O nosso famoso míscaro (noutras zonas míscaro refere-se a outra variedade) e que dá pelo nome científico de “tricoloma equestre” está classificado como espécie susceptível de mutação, tóxico e de provocar, consequentemente, a morte. Afirma-se, hoje, nalguns círculos, que o consumo excessivo de míscaros (várias refeições por semana) pode provocar graves lesões no tecido muscular. Detectados casos mortais atribuídos ao consumo do Tricoloma Equestre, o seu comércio foi proibido em Espanha e França. Nós, por cá, temos encolhido os ombros e, como os gauleses do Astérix, esperamos que o céu não nos caia em cima. Mas, fechar tascas de qualidade, isso já pode ser !!! Há legislação… Com algumas variedades são merecidos os maiores e mais avisados cuidados no que respeita á sua colha, selecção e, inclusive, à forma como se consomem. Embora não fazendo parte da panóplia conhecida pela maioria de nós, há casos curiosos pelas restrições que se impõem, quer na sua preparação, quer no seu Publicidade

acompanhamento. Dois exemplos disso são duas variedades, comuns entre nós, mas pouco usadas no consumo. Uma, muito semelhante ao nosso tão vulgar quanto amado tortulho (aliás frade, fradinho, gasalho, centieiro, púcara, cugordo, marifuso, rócula, roca, parasol) e que é conhecida por “coprinus comatus” é refinada no sabor e aroma. Mas, não se pode acompanhar com álcool. Torna-se num veneno que, embora possa não causar a morte, provoca graves distúrbios intestinais e uma intoxicação altamente debilitante. Aparece frequentemente em áreas fortemente ricas em matéria orgânica (estercos) e daí a origem do seu nome; “ kopros” do grego, que significa esterco.

A outra é constituída pelas “morchelas”. Requintadíssimas na gastronomia, só podem ser consumidas depois duma cocção de, pelo menos, 4 minutos. Consumidos crus provocam cólicas intestinais fortíssimas e concomitante desarranjo.

De entre as inúmeras variedades de cogumelos existentes, a maioria é comestível, saborosa e nutritiva, havendo-os venenosos (mortais ou não) outros com propriedades medicinais, curativas e até afrodisíacas. Recomenda-se: 1. Para evitar a sua extinção: - Não destruir as espécies que não se conhece; - colhê-los com um corte pela base e nunca por

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arrancamento; - deixar intactos os exemplares mais tocados pelo amadurecimento. 2. Na recolha: - Não usar saco de plástico e, sempre que possível um cesto em verga (arejado); - apanhar somente os exemplares de cores mais firmes, sem manchas ou estando moles; - Tentar, na cesta, colocar cada espécie em seu sítio; - Apanhar unicamente aqueles que temos a certeza absoluta sobre a sua espécie ou qualidade. 3. No consumo: - Saber ser importante não tomar como válido um certo número de crenças na avaliação dos exemplares. Assim, a história do escurecimento da colher de prata ou do alho ao cozinhar, ou mesmo de dar ao cão, aguardando o resultado, são de rechaçar liminarmente; - Comer só, e só, aqueles que conhecemos bem ou que nos forem recomendados/autorizados por quem, de facto, saiba “da poda”. Usados como veneno têm dado origem a lendas como a do homem que tendo ficado viúvo três vezes foi questionado sobre as mortes das mulheres ao que respondeu: -as duas primeiras morreram com cogumelos venenosos. -E a terceira? - Com uma paulada. Não queria comer os cogumelos! Em jeito de fecho deixo uma receita simples, mas extraordinária. Aí vai: No seu supermercado, vá aos frescos e procure pleurotos. Amanhe-os em pouca água e corte-lhe os pés se forem duros. Fatie-os e coloque-os num tacho com manteiga (manteiga!) pimenta preta em grão (2/3 grãos) pão recesso, uma fatia de presunto, uma cebolinha picada. Leve-se ao lume onde ferve por 25 minutos e durante os quais se vai juntando, aos poucos, caldo de carne e leite gordo. Retira-se e passa-se pela varinha até ter um creme uniforme ao qual se junta uma colher de chá de alho bem picado e que volta a ferver por mais 5 minutos. Desfazem-se duas gemas de ovo em três colheres de nata e deitam-se no creme que estará já desligado do fogo, mexendo até à homogeneidade. Se tiver paciência passe cubinhos de pão por manteiga até torrarem (não tendo compre “crutons” temperados. Rectifiquem-se os temperos. Na hora de servir, na terrina, junta-se salsa (1 colher de sopa) finamente picada. No prato, cada comensal junta os cubinhos de pão torrado. Que lhes saiba bem. Pedro Calheiros

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6 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

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Opinião

Porquê a disponibilidade!

José Costa Vice-presidence do IPV jsc.costa@gmail.com

Estimado concidadão Na passada semana a Comunicação Social local, atenta à vida política da cidade, fez eco da minha disponibilidade manifestada ao PSD Viseu para uma eventual candidatura autárquica. Afazeres profissionais só agora me permitem vir a público reafirmar tal facto. Não sendo este o fórum adequado para em absoluto justificar as razões de tal decisão, em abono da verdade e em respeito pelos viseenses, entendo, contudo, ser oportuno dar a conhecer as razões pessoais que me motivam a tal desafio - a minha participação cívica, cultural e política tem permitido inteirar-me sobre o que significa a

condução de uma cidade inserida numa região no pressuposto de uma melhoria permanente das condições de vida das populações. Poderá parecer que o momento não é o mais adequado, sendo um pouco cedo. No entanto, os tempos que vivemos são de extrema dificuldade e urge de todos uma resposta solidária. Move-me nesta disponibilidade pessoal a vontade de discutir a cidade com a cidade, Viseu com os Viseenses, sem descurar a dedicação ao desenvolvimento dos projectos institucionais onde me encontro a trabalhar, inserido em equipas dedicadas e talentosas. Tudo me move para fazer ganhar Viseu e as suas gentes. É por elas e com elas

que continuarei a aproveitar as oportunidades, em locais próprios, para dinamizar uma ampla e alargada discussão com entidades, personalidades e com os homens e mulheres Viseenses. Hoje, Viseu é uma cidade onde dá gosto viver e onde queremos todos que assim seja no futuro e é esse caminho que nesta minha disponibilidade pessoal pretendo aprimorar com as gentes valorosas desta terra. E como o caminho se faz caminhando, entendi ser este o momento de dar o primeiro passo. A minha intenção é sempre caminhar convosco e nunca sozinho. Esta é pois a minha disponibilidade! Tudo farei, agora e no futuro, para que o êxito nos acompanhe.

Olho Clínico

Morrer em Viseu ao fim-de-semana

Paulo Neto Director do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Infelizmente nos últimos fins-de-semana têm-se dado acidentes mortais, em Viseu. Sábado, dia 30, por volta das 06H30 um jovem de dezanove anos falece, alegadamente da queda do quinto andar da sua residência em Marzovelos, Viseu. A PSP é alertada por um vizinho às 08H00, destacando um piquete para o local. Não cura aqui saber as circunstâncias em que tal sucedeu. Fala-se em suicídio. As autoridades competentes investigarão. Às 11H30, o corpo ainda permanecia no local da queda, à porta de uma garagem, guardado por dois agentes da PSP local. Esperariam a chegada da

forma dito: o pobre espera! De resto, apenas tem a morgue aberta para recepcionar os cadáveres e porque estes não podem aguardar na rua. Isto quer dizer que todo aquele que tiver o nefasto azar de falecer a uma sexta-feira à tarde, em princípio, apenas será autopsiado segundafeira e entregue à família na sequência deste acto, que terá que aguardar três dias para fazer o seu luto, privado do seu ente querido. De Viseu, nos últimos anos, têm partido os serviços todos. Os da morte, inclusive. Em tempos, parece

vras. Ou porque não sabia que dizer, ou porque não podia dizer, ou porque não quis dizer. O Instituto de Medicina Legal, em Lisboa, que foi contactado via email, não deu qualquer resposta. É nestes mutismos que a morte esbarra, porque a burocracia, ou o poder do “bureau” (escritório) manda mais do que o respeito pelos vivos e pelos mortos. E o actual Governo, com tantos viseenses a integrá-lo, entre ministros e secretários de estado, não tem a vontade nem a capacidade para devolver a Viseu tudo aquilo que no correr dos tempos, silenciosa e paulatinamente lhe têm roubado?

Polícia Judiciária que teria de deslocar-se de Vila Real ou Coimbra? Esperariam a chegado do médico com competências para dar ordem de remoção do cadáver, que teria que se deslocar do Hospital de S. Teotónio, de Viseu? A ser qualquer uma destas hipóteses, os primeiros nem demoraram muito. O segundo demorou demais… O Gabinete de Medicina Legal, numa luta que vem de longe, só exerce aos fins-de-semana movendo-se o céu e a terra, que o mesmo é dizer, se alguma ordem superior o autorizar. De outra

que por falta de verbas para pagar horas ao funcionário, porque o médico, esse, receberá sempre, seja qual for o dia em que fizer a autópsia. A força política do distrito é débil e não tem capacidade de estancar esta migração de serviços. Custa ver partir tudo para outras cidades, mas no caso da morte, deverá custar muito mais a um pai ou a uma mãe não poderem fazer o luto do seu ente finado. Contactada pelo Jornal do Centro, a directora destes serviços Médico Legais, em Coimbra, ou a sua porta-voz, Beatriz Silva, foi parca em pala-

Já se fala que a próxima extinção é da Loja do Cidadão. Embora por vezes, nalguns serviços, pareça não fazer grande falta. No último sábado dirigi-me aos balcões do Tesouro para pagar o exorbitado selo do carro. A senha que tirei às 11H15 informava que seria previsivelmente atendido às 12H30…?! Se há muito serviço há que colocar mais funcionários a responder aos utentes, se não, vale mais mudar-lhe o nome de Loja do Cidadão para Loja-do-Agora-Não! E depois queixem-se…



Jornal do Centro

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abertura

Nuno André Ferreira

textos ∑ Gil Peres

A Linha de meta volta a estar instalada na Avenida da Europa, em Viseu 73ª Volta a Portugal em Bicicleta

Viseu de novo nas voltas da Volta 9 de Agosto ∑ 5ª etapa termina em Viseu Viseu é de novo palco de um final de etapa da Volta a Portugal em Bicicleta. Nada que a cidade não esteja habituada nos últimos a nos, fr uto das parcerias que a autarquia vem estabelecendo com os organizadores do evento, em particular com a PAD e a Lagos Sport.

Num evento desta grandeza, nada é deixado ao acaso. Tudo custa dinheiro, bastante dinheiro, e são os euros quem mais ordena na hora de escolher por onde hão-de passar os heróis do pedal. Longe vão os tempos de Augusto Carvalho, primeiro vencedor da Volta a Portugal, em 1927, ou de outros nomes gran-

Investimento ∑ Final de etapa custa 125 mil euros (+ IVA) aos cofres da autarquia de Viseu des do ciclismo português como Alves Barbosa, Joaquim Agostinho ou Marco Chagas, ainda detentor do recorde de vitórias - 4 triunfos - em que a prova era mais a festa do ciclismo, e do povo, ao invés da gigantesca máquina comercial em que se tornou nos tempos recentes. Para que esta ou aque-

la localidade tenha direito a passagem da caravana, há que pagar por isso. Uns milhares de euros não são nada em troca de alguma visibilidade mediática, e do retorno que daí possa advir, argumentarão alguns. Mas o caso muda de figura quando se quer ter um final de etapa ou mesmo um final de Volta.

Aí os encargos disparam exponencialmente. No caso de Viseu, só para quatro anos - 2010 a 2013 - ter a Volta com finais de etapa e contra-relógio custa, no total, 650 mil euros (+ IVA) aos cofres da autarquia. No ano passado, Viseu abriu a Volta. Este ano, e em 2012, por cá haverá

final de etapa que antecede o dia de descanso, enquanto em 2013 está previsto que a Volta a Portugal termine na cidade de Viriato com um contra-relógio individual. No próx i mo d ia 9 de A gosto, a chegada da quinta etapa está marcada para a Avenida da Europa.

Percurso da 5 ª Etapa da 73ª Volta a Portugal em Bicicleta

Oliveira do Hospital a Viseu em 150,3 km´s Para percorrer na quinta etapa a distância entre Oliveira do Hospital e Viseu, o pelotão vai mesmo ter que dar uma grande volta. A organização estabeleceu um percurso, sem

grande grau de dificuldade ao nível de “montanha”. São 150,3 km´s que levarão os ciclistas a percorrer diversos concelhos no distrito de Viseu, com passagens por Nelas, onde ha-

verá uma prémio de “Meta Volante”, seguindo-se Penalva do Castelo, Sátão e Viseu. Já na cidade, e antes de cortarem a meta, os ciclistas vão cumprir um mini-

circuito, com duas passagens pela linha da Meta, instalada na Avenida da Europa. Só na terceira passagem a etapa terminará. A entrada em Viseu farse-á por Mundão e Travas-

sós, rumo à meta, com o mini-circuito a passar por Lordosa, Calde, Aeródromo, Moure de Carvalhal, Póvoa de Abraveses, Santiago, Túnel de Viriato e Avenida da Europa.

A hora de chegada, de acordo com as médias previstas, deverá acontecer entre as 17h19 e as 17h30. Uma hora antes está prevista a primeira das duas passagens pela meta.


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VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA | ABERTURA 9

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A Etapa da Volta

Tem a palavra

Viseu - Caramulo - Viseu junta centenas de ciclistas

“A Volta é uma grande mais-valia para viseu”

1.

Guilherme Almeida Vereador do pelouro do desporto da Câmara Municipal de Viseu

Quais são as vantagens da passagem por Viseu da Volta a Portugal?

Há três ordens de razão com a passagem deste grande evento desportivo pelo nosso concelho. Em primeiro lugar a região e a cidade são promovidas de uma forma ampla. Há vários programas televisivos associados à Volta que, durante algum tempo, falam de Viseu com insistência. As transmissões em directo são também um meio de propaganda da cidade. Penso que tudo o que está feito em Viseu, os conceitos de vida e de habitação, entre outros, transparecem para quem vê as transmissões e para quem nos visita neste período. Depois, em segundo lugar, surge o nosso interesse económico com a Volta a Portugal. É uma ocasião em que milhares de pessoas animam a hotelaria, o comércio e a restauração da região. Como de costume os hotéis ficam cheios e os restaurantes com a lotação completa. Um terceiro aspecto que destaco tem a ver com a própria modalidade em causa. O ciclismo é, por um lado, um desporto muito apreciado em Portugal e com muitos seguidores. No caso de Viseu, e essa experiência é visível desde que há oito anos a Volta começou a passar na cidade, as pessoas sentem-se motivadas para tudo o que tem a ver com o ciclismo. A nossa Ecopista, que agora foi alargada a Tondela e Santa Comba Dão, é um meio de promoção do ciclismo e cicloturismo e tem tido cada vez mais adeptos na cidade.

2.

A Para federados ou amadores, a Etapa da Volta é uma festa No fecho desta edição eram já mais de 700 os inscritos para no dia 10 de Agosto, dia de descanso da Volta a Portugal, percorrerem os 79,5 km´s da Etapa da Volta. Pelo quinto ano que a organização promove este evento paralelo à competição , que se assume como forma de promover o convívio entre os ciclistas participantes, sejam federados, amadores, ou meros ciclistas de “fimde-semana”, ao mesmo tempo que lhes proporciona uma pequena amostra das dificuldades que os

profissionais sentem durante a competição. Para esta quinta edição da Etapa da Volta, a organização delineou um percurso que vai levar os concorrentes a percorrerem cerca de 80 km´s, num trajecto com saída e chegada a Viseu, com uma passagem pela Serra do Caramulo. Um percurso com algum grau de dificuldade já que, apesar de ser um evento de festa, a subida ao Caramulo não será “pêra doce”, em particular para os menos preparados.

Entre as várias centenas de ciclistas já inscritos, há muitos que são da região e do distrito, mas há também bastantes que vêem de praticamente todo o país para participar neste evento. Quanto ao percurso escolhido, sai da Avenida da Europa, em Viseu, pelas 9h30, com destino ao Caramulo. Vai passar por Vildemoinhos, Santarinho, Tondelinha, Figueiró, Torredeita, Boaldeia e Santiago de Besteiros, que antecede a subida do Caramulo que acontecerá ao quilóme-

tro 27. Serão cerca de 7 quilómetros a subir até à meta intermédia no Caramulo, e que antecede o percurso de regresso a Viseu. Desta vez far-se-á pelas localidades de Caselho, Carvalhal da Mulher, Silvares, Caparrosa, Vasconha, Queirão, Igarei, Portela, Couto de Cima, Fonte Arcada, Canelas, Tondelinha, Santarinho, Vildemoinhos, Rotunda Carlos Lopes, já em Viseu, e pela circunvalação até à Avenida da Europa, com chegada entre as 12h30 e as 13h00.

E o que muda realmente com a passagem da Volta a Portugal por Viseu?

Tal como vem acontecendo, nós damos a conhece vários projectos e realidades do nosso concelho. Associados à Volta a Portugal vêm sempre outros eventos também. Por exemplo, este ano temos, no dia 9, um concerto de José Cid no adro da Sé. Trata-se de uma iniciativa da organização da Volta mas há outra a que nos associamos também: no dia seguinte, dia 10, quando se registar o dia de descanso da competição, haverá a já tradicional ‘Etapa da Volta’, que é um passeio por várias vias em torno da cidade de Viseu. Já temos 750 pessoas inscritas, mas esse número pode ainda crescer, uma vez que a inscrição pode ainda ser feita.

3.

Quanto custa à autarquia a Volta a Portugal em Viseu?

Desde 2009 que a Câmara Municipal de Viseu tem vindo a assinar contratos sucessivos com os organizadores para a Volta a Portugal passar pela cidade e pelo concelho. Os números acordados fazem com que sejam pagas verbas que variam todos os anos. Este ano pagámos cerca de 100 mil euros para o evento [o contrato-património entre a câmara e a PAD prevê para os quatro anos 650 mil euros mais IVA].

4.

E tem sido útil esse investimento?

Pensamos que sim. Temos um grande retorno a vários níveis. E os programas são sempre diferentes. Este ano, por exemplo, temos três passagens sucessivas da Volta pela meta até à terceira, o fim da quinta etapa que vai começar em Aguiar da Beira. É uma grande mais-valia para Viseu que a grande prova do ciclismo português esteja já a fazer história na cidade e região.


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Entrevista ∑ Emília Amaral/Paulo Neto Fotografia ∑ Nuno Ferreira

à conversa

Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt

“Eu sou contra a imoralidade pública dos ordenados e prémios principescos” José Manuel Henriques Mota Faria, 56 anos, médico de saúde pública, natural de Viseu, é presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Viseu desde Abril de 2009. De personalidade fria, reservado, mas considerado um grande gestor da coisa pública e um estratega de bastidores pela sua capacidade de organização e até de liderança, há muito que exerce uma forte influência no partido a nível concelhio, tendo sido um dos grandes responsáveis pela vitória inesperada de Fernando Ruas em 1989. Gosta das coisas simples da vida, diz que não se deixa deslumbrar e é a favor da penalização do enriquecimento ilícito. Para ele a vida política é uma missão, uma vocação social. Entende que aqueles que estão em lugares executivos, gerem o dinheiro dos contribuintes, devendo, por isso, fazer uma prestação de contas permanente. Recusa entrevistas constantemente e evita sempre que pode os jornalistas. Também no timing por ele definido para dizer o que pensa sobre o país, a região, o Governo e para falar dos projectos futuros, aceitou conversar com o Jornal do Centro. Uma entrevista adiada há ano e meio, que tinha sido solicitada juntamente com a Rádio Noar para levar ao programa conjunto “À Conversa”. A meio do mandato que balanço faz do mesmo?

Os objectivos a que nos propusemos em termos de equipa foram todos conseguidos. Pela primeira vez temos hoje um cabeça de lista de Viseu (Almeida Henriques) depois do doutor Fernando Ruas. Ganhámos em todos os concelhos do distrito e temos mais um deputado (cinco). No fundo, todo o partido esteve neste resultado. Foi difícil convencer o partido para ser uma personalidade de Viseu a encabeçar a lista candidata às legislativas?

Não. Mas quebrou-se a tradição de ser uma personalidade nacional a encabeçar a lista.

Sim. Mas ninguém escondeu que a pessoa que estava para ser cabeça de lista era o doutor Ruas, uma pessoa de referência não só nacional como regional. Depois foi o doutor Almeida Henriques. Aí já estava o trabalho feito.

Ajudou ao processo. Fernando Ruas era o cabeça de lista apontado há muito tempo. Ficou com pena de ele não ter aceitado?

Naturalmente, mas a colaboração dele foi total, com uma colaboração como não tinha havido em legislativas anteriores. O que quer dizer com “organização interna do partido”?

Termos a estrutura do

partido em todos os concelhos, e esse objectivo foi plenamente conseguido, neste momento, por razões que têm a ver até com o número de militantes, só não temos secção política em Penedono. Ser actuante, e isso aconteceu. Depois, conseguir que a própria estrutura preparasse reuniões, tivesse contacto com eleitores, ela própria reunisse… Quais eram as suas prioridades?

A agricultura e floresta assumido como sector estratégico nacional, mas um sector desfavorecido e esquecido. Outra, era o social como prioridade das prioridades e estamos a falar na perspectiva de que o social é uma obrigação de todos, Estado, sociedade e cidadãos, passando por haver um novo papel social da família valorizado. Outra situação tinha a ver com o desemprego, ainda hoje temos uma taxa de desemprego superior à média nacional, é um flagelo e é um combate que tem que ser ganho pela sociedade. Finalmente, olhar-se para os jovens e fazer sentir a falta de oportunidades de emprego. Como é que se combate o desemprego no distrito de Viseu?

Não há uma receita única. Temos uma característica local muito complexa de empresas familiares, por isso tem que se apoiar o tecido empresarial e quando se fala em apoiar o tecido em-

presarial, fala-se em investimento. Público ou privado?

Público e privado, mas distinguir o que é o bom investimento público útil e sem luxo. O investimento tem que vir do sistema financeiro e tem que ter incentivos. O jovem que se dedique à agricultura tem que ser visto como um elemento cada vez mais importante. No discurso da sua tomada de posse disse que ia ter um mandato em defesa dos mais desfavorecidos e das políticas sociais, do Serviço Nacional de Saúde, etc. Como conjuga agora esse seu discurso com um Governo ultraliberal que diminui o subsídio de desemprego, que quer acabar com as indemnizações por despedimento, que aumenta os transportes públicos etc., etc?

Não há ultraliberais, o Estado existe para as pessoas. Nós queremos o Estado Social sustentável, não metemos o ideário socialdemocrata na gaveta, o duplo compromisso da socialdemocracia tem a ver com o mercado e o Estado, e tem a ver com a concertação entre o capital e o trabalho. Não aceita que o Governo de Passos Coelho se transforme num Governo liberal?

Não acredito nisso. Há várias formas de se fazer serviço público. Eu se faço um acordo de cooperação com uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade

Social) estou a fazer um serviço social. Posso fazer um contrato de associação com uma escola e estou a fazer um serviço público na área da educação. O que devemos é ter um Estado Social sustentável em termos financeiros. Numa época de aperto dos cintos tem que haver justiça na distribuição de sacrifícios e tem que começar a ser o Estado a dar exemplos de austeridade. O que estamos a assistir é às famílias sacrificadas já no limite. Podemos depreender que está desiludido?

Não, porque tenho confiança que a parte da austeridade do Estado tem que vir. Eu faço uma cruzada contra as mordomias, contra os gastos supérfluos, contra tudo o que seja desperdício e despesismo do Estado. Não posso pactuar com situações de investimentos públicos de luxo. Quer exemplificar?

TGV. Nós precisamos de TGV? Poderemos vir a precisar um dia mais tarde, hoje não temos condições, nem financeiras nem económicas, para ter um TGV. Este Governo deve fazer a Auto-estrada Viseu/Coimbra?

Se for auto-sustentada, portajada e se tiver sustentação financeira deve ser feita. É uma prioridade?

É uma prioridade para o distrito. Em termos de desenvolvimento económico

é uma via estruturante. Deve-se partir para um projecto independente e construir o troço Viseu/Coimbra?

Tem sempre que ser vista a sustentabilidade financeira. Se for auto-sustentável pode ser lançada a qualquer momento. Viseu deve continuar a querer uma Universidade Pública?

Nós mantemos a universidade como reivindicação legítima dos viseenses. É um investimento estruturante de Viseu. Durante a campanha, o cabeça de lista do PSD, hoje secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques deixou cair essa reivindicação.

Continua a ser uma reivindicação legítima, é obvio que tem que ser adaptada ao momento, agora não podemos deixar cair os investimentos e dizer: Viseu deixou de reivindicar a universidade. Há uma resolução do Conselho de Ministros de Maio de 2004 que não foi revogada até hoje. Alguém tem que dar uma resposta a Viseu e é essa resposta que queremos. Não é pela mudança de Governo que deixamos de reivindicar a universidade pública e esperamos que a situação económica e financeira do país permita ao Governo dar essa resposta. Surgindo a universidade pública, quais seriam as áreas em que se devia apostar?

Tem que ser uma univer-


MOTA FARIA | À CONVERSA 11

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sidade de excelência, com grande qualidade técnico-científica. Quem sabe e quem tem a decisão política que estude e que nos dê uma resposta. Tem que ser uma universidade criada de acordo com os interesses da região. Viseu tem todo o direito de manter a reivindicação legítima da universidade pública. Depois da formação do Governo tem havido encontros entre as duas distritais do PSD e CDS de Viseu. O que têm analisado?

Só tivemos uma situação dessas. Fomos apresentar os cumprimentos há pouco tempo, porque estávamos em falta. Debatemos aspectos comuns e ficou agendada uma nova reunião. O PSD e o CDS-PP que integram o Governo, já fizeram o levantamento dos cargos de nomeação política para onde têm que indicar nomes?

Apenas acredito em duas palavras ditas pelo presidente do partido: despartidarizar e desgovernamentalizar. [No anterior Governo do PS] Não houve a distribuição equitativa de serviços pela região. Para além deste aspecto criou novas leis orgânicas. Pela primeira vez desde o 25 de Abril houve uma nomeação total em todos os serviços e, por isso, estou com o que é um compromisso a bem do país. Interessa muito mais o que é uma nova arquitectura de Estado. Tivemos uma reunião por causa da protecção Civil e fiquei espantado ao saber que mais de 60 por cento do orçamento da Protecção Civil ia para pessoal, empresas públicas… O Estado tem que continuar a prestar um serviço social, de saúde, de educação e deve ir às áreas do despesismo, de ineficiência, aos institutos públicos ver os que são e não são necessários. Deve haver uma nova arquitectura de Estado. Defende a possibilidade de nomear pessoas independentes para ficarem à frente desses organismos como a saúde, a Segurança Social, a educação, etc.

É óbvio. Em Portugal devia ser definido o que são lu-

gares políticos, o que são lugares técnico-políticos e o que são lugares meramente técnicos. Defendo esta base zero e espero que o meu partido que está no Governo e o Governo consigam esta base zero. Um exemplo concreto: Qual deve ser a solução para a direcção do Centro Hospitalar Tondela-Viseu? Médicos da casa? Gestores de fora?

Compete ao Governo. O Governo tem que definir o que pretende em termos de gestão hospitalar do país e, a partir daí, de acordo com os objectivos de gestão, deve encontrar os gestores. Isso vai ser uma dificuldade para o tal “aparelho” instalado.

As pessoas por serem militantes ou dirigentes do PSD, do CDS ou do PS não têm que ser postas de parte. O Senhor vai ser ouvido?

Não tenho que ser ouvido. Mas se for o que vai defender?

O conselho de administração tem que ter um objectivo definido em termos do Ministério [da Saúde]. A partir daí deve escolher a equipa que deve dar sequência a esse objectivo. Sem ser definida em concreto a política hospitalar que vai ser implementada… Agrada-lhe a ideia de entregar a gestão do Hospital de Viseu a uma parceria pública / privada?

(Pensa) Diz-se na praça pública que uma gestão público-privada com o grupo Visabeira pode ser um caminho?

Nunca ouvi falar. Sou um defensor do Serviço Nacional de Saúde, mas estou como o doutor Jorge Sampaio que diz que deve haver uma situação virtuosa entre o Estado, a sociedade e o mercado, que é o investimento privado na saúde. Esta relação virtuosa tem que se conseguir e, por isso, interessa saber qual é o modelo e não qual é o grupo com quem vai ser feita a parceria. Se me disserem que

no hospital tem que haver um maior desafio técnicocientífico, que devemos ter um centro oncológico que já podia ter sido feito... Já está anunciado.

Anúncios conheço muitos. Não foi dada sequência ao trabalho da anterior administração [do PSD] que estava com passos muito acelerados nesta área. Tal como a integração do Centro de Saúde Mental. Interessa uma administração que tenha este objectivo estratégico. Como é que se combate a desertificação do interior?

Também com alguns investimentos estratégicos que têm que ser feitos no interior, nomeadamente investimentos que foram deslocalizados para o litoral. Viseu tem vindo a perder serviços e a perder influância.

Os centros administrativos são essenciais ao desenvolvimento, são um estímulo, criam emprego e massa crítica, por isso, defendemos uma distribuição equitativa dos serviços regionais pela região. Prevê reaver serviços perdidos?

No caso dos serviços regionais tem que haver uma distribuição equitativa, não podem continuar a existir só dois polos[na região Centro]: Castelo Branco e Coimbra. Então prevê mudanças. É uma bandeira sua?

Faço questão disso. Essa reivindicação tem que ser feita. É uma reivindicação da região, não é minha. O que é que o Secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques tem a fazer por Viseu? E o próprio ministro da Economia, sendo os dois de Viseu?

Estamos esperançados no trabalho que vão desenvolver em prol da região. Não se trata de favorecer Viseu, se tiverem políticas correctas, certamente o interior vai ser contemplado, tem a ver com uma prioridade do investimento no interior. continua »


12 À CONVERSA | MOTA FARIA Como vê a possível extinção/ agregação de freguesias?

Há uma grande tradição municipalista em Portugal de grande autonomia e democracia municipal. Há muitos saudosistas dos municípios corporativos do antes 25 de Abril. O poder local democrático foi das grandes vitórias de Abril, que revolucionou Portugal e o interior. É obvio que tem que haver, em termos de freguesias, algum acerto. É fundamental a reforma administrativa?

Há outras reformas mais essenciais do que esta. Há outras prioridades. Muitos dos presidentes de câmara de PSD do distrito não se podem recandidatar nas eleições de 2013. (Em 15 Câmaras do PSD, oito autarcas não se podem recandidatar. Em nove Câmaras do PS, quatro autarcas não se podem recandidatar). Como vai conduzir o processo?

O nosso mandato termina no próximo ano, mas isso não invalida que se pare de trabalhar num objectivo autárquico que temos. O objectivo é o crescimento e o que está a ser feito. Vamos no próximo ano ter um congresso autárquico e um nosso primeiro objectivo é união, para haver um consenso maioritário em relação aos objectivos em cada concelho. Mas os processos de candidatura estão fechados, o que está a ser feito é um trabalho de base. Defende as primárias abertas a todos os que queiram ser candidatos.

Não. É defensor de um processo fechado como até aqui, em que meia dúzia de dirigentes decide?

Nada disso. É um processo aberto, mas no seu devido tempo. Como comenta a perda de quatro câmaras do distrito para o PS, nas últimas eleições autárquicas?

Os eleitores têm sempre razão. Temos que procurar saber em que falhámos. E falhámos, por isso é que os eleitores não nos deram a confiança. Muitos militantes do PSD saudaram a vontade da candidatura de José Costa,

vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu à Câmara de Viseu? Mas há também um mal-estar instalado. Porque é que a demonstração de vontade de um militante do PSD em ser candidato gera tanto mal-estar?

Não há mal-estar, nem conheço essas saudações. De acordo com os estatutos do partido, qualquer militante pode aspirar a ser candidato a uma autarquia local. Compete aos órgãos eleitos do partido a escolha e a aprovação das listas de candidatura, que decorrerão no momento oportuno, nunca a meio do mandato. Por outro lado, os órgãos nacionais, distritais e concelhios irão terminar o seu mandato no próximo ano, por isso, é completamente extemporâneo estar-se a falar deste assunto. Mas a disponibilidade é uma realidade.

Pessoalmente não sou muito entusiasta de candidaturas auto propostas, seja na política, a nível profissional ou na sociedade em geral. Entendo que devem ser sempre as pessoas a reconhecer o mérito e as qualidades. Mas respeito essas manifestações de vontade. Não tenho que criticar. Mais nada. O processo de candidatura à Câmara de Viseu não será o mesmo de uma outra autarquia.

O doutor Fernando Ruas já faz parte da história de Viseu e da região. Não é fácil a substituição de uma personalidade com esta dimensão. Deixou uma lição, soube vestir como ninguém a camisola de Viseu e este é o grande desafio que o PSD tem que assumir.

O senhor é apontado como um dos social-democratas com vontade em ser candidato à Câmara de Viseu mas tem receio de o assumir. Encara a hipótese?

Não me devo pronunciar sobre isso. Estaria a entrar em contradição com tudo o que disse. No PSD e não só, é normal que o presidente da distrital seja deputado. Não foi. Quais são então as suas ambições políticas?

O grande problema é que, muitas vezes as pessoas des-

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valorizam o lugar ou hipervalorizam os lugares. A minha primeira ambição é ser um bom presidente da distrital, mais nada.

Vai depender de muita coisa, mas fundamentalmente do andamento do processo do Governo.

Mas não está em condições de dizer que não vai ser candidato à Câmara de Viseu.

Eu acredito no Governo e no presidente do partido em relação a esta luta como exemplo de austeridade. A época dos truques e das jogadas acabou. É preciso uma verdadeira mudança de ciclo político e as pessoas precisam de ter confiança e esperança e o exemplo do primeiro-ministro é essencial, não como mera solução simbólica de cortar, o exemplo de austeridade tem que vir de cima para todos os agentes públicos. Eu sou contra a imoralidade pública dos ordenados e prémios principescos e quero ver também a este nível actuações.

Como assim?

Ninguém em política pode dizer: “Desta água não beberei”. Quais são as suas ambições políticas?

Não as tenho. A pessoa deve ter a humildade de esperar o reconhecimento da parte dos outros. Eu já não engano ninguém e dificilmente alguém me engana a mim. Quem deve ser o candidato à Câmara de Viseu pelo PSD?

Não tenho resposta. Alguém que tenha vontade de ser, que os outros o reconheçam e, depois, o PSD não é um partido de quadros nem de cartel, é um partido de bases e de eleitores, por isso, as pessoas têm que acreditar que aquela é a pessoa que está em melhores condições para ser candidato. Almeida Henriques, de quem se fala há muito tempo, é um candidato natural?

Foi uma boa solução acabar com os governos civis?

Acabaram e muito bem. Não podemos estar num país pobre com vícios de ricos. O primeiro-ministro tem que ser implacável com os agentes públicos que não cumpram estas directrizes de austeridades. Como gere isso na sua vida?

Não é um candidato natural, é um candidato que na altura certa pode estar nas melhores condições.

As amizades e a solidariedade são importantes em política mas são pessoais, o exercício do poder é a solidão.

Fernando Ruas deve fazer parte desse processo de encontrar o candidato do PSD à Câmara de Viseu?

É verdade que as relações entre a concelhia de Viseu e a distrital do PSD não são as melhores?

O doutor Fernando Ruas tem que ter e deverá ter uma palavra em relação ao futuro da autarquia de Viseu.

Não há rupturas. As relações são boas em termos pessoais e institucionais.

O candidato será quem ele quiser?

Não. Deverá ter uma palavra, o contrário é impensável. Há um projecto de mudança que ele iniciou. Era impensável que o partido não ouvisse o doutor Ruas sobre o futuro de Viseu. Então tem que ouvir outros autarcas de peso no seu concelho, como José Mário Cardoso em Sernancelhe, Atílio Nunes em Carregal do Sal, Carlos Marta em Tondela e outros.

Têm que ter uma palavra. Vai recandidatar-se à distrital do PSD?

Quais são as linhas de intervenção urgentes em Viseu?

Combater o flagelo do desemprego. A criação de emprego para os jovens, estamos a perder uma juventude qualificada e o investimento dos país. A necessidade de investimento público útil e sem luxo. O apoio ao tecido empresarial. E o apoio institucional à família, na qual incluo a universidade. Está optimista ou pessimista?

Se conseguirmos dignificar o Estado, prestigiar as instituições e credibilizar a política, com as referências de valores, penso que vamos dar alguns passos. Se isto não for feito…


DAO SANTA COMBA Dテグ . TONDELA . VISEU

de


Jornal do Centro

14 UDACA | PUBLIREPORTAGEM

UDACA Fundada a 21 de Maio d e 19 6 6 a U DAC A – União das Adegas Cooperativas Do Dão – conta com 8 Adegas Associadas e os seus cerca de 2000 produtores. Vinhos premiados tais como Dom Divino, Porta do Fontelo, Irreverente, Adro da Sé, entre outros, são o resultado de uma combinação entre aquilo que o Dão tem de mais tradicional e a imagem moderna e actual da UDACA. A política da empresa consiste em dignificar a região do Dão, os seus produtores e adegas associadas, comercializando vinhos com qualidade superior e reconhecida que acompanham sempre as novas tendências dos mercados. D e s d e 2 0 07 q u e a aposta da UDACA passa sobretudo pela internacionalização e nos anos de 2008, 2009 e 2010 a empresa conseguiu já cimentar diversos mercados estratégicos. De facto, as exportações da UDACA em 2010 foram o dobro das exportações em 2008, e estes valores demonstram o crescimento e o sucesso desta aposta estratégica que levou as exportações em 2010 a representarem quase 50% do volume de negócios da empresa. Em 2011, passados já sete meses deste ano, as

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Internacionalizar o Vinho das Cooperativas do Dão

vendas para mercados internacionais são já superiores às vendas para o mercado nacional traduzindo e confirmando o sucesso desta aposta estratégica da empresa. A nossa estratégia passa por defenir mercados alvo pois acreditamos que apenas com uma forte focalização em mercados estratégicos, poderemos obter o melhor resultado nesses mercados. A UDACA actua neste momento em diversos mercados europeus, como por exemplo Países Nórdicos, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Polónia, Republica Checa, Suíça, Luxemburgo, etc… Fora da UE estamos presentes nos EUA, em todos os monopólios do Canadá, México, Brasil, em diversos países em África e com maior peso na Ásia: China, Macau e Hong Kong. A Ásia, Brasil e África são neste momento os

três mercados mais fortes para a UDACA. Como tal é nestes mercados que centramos os nossos esforços e limitados investimentos. A realidade actual da UDACA e a importância das exportações é fruto de um trabalho cuidado, intenso e bastante planeado. A capacidade da UDACA em adaptar os seus produtos aos mercados externos torna-se uma mais valia nesta competitiva aldeia global. É necesssário também conceber campanhas de marketing, de comunição, desenvolver novas imagens para os produtos, e tudo isto mediante

as especificidades dos mercados em que actuamos. Aqui sim, encontra-se a chave do sucesso: capacidade de adaptação da empresa às características específicas de cada mercado alvo. A UDACA não compete c om c onc or ren tes por tugueses, mas sim com outros países

produtores de Vinhos que estão também com dinâmicas bastante fortes. Nos novos mercados emergentes, como Ásia, e mesmo nos mercados mais fortes, como Brasil e África, torna-se importante prestar um serviço e não apenas vender. É necessário cultivar os consumidores, edu-

car os hábitos de consumo e inciar um trabalho de base que promove não só os vinhos UDACA, mas também os Vinhos de Portugal. A U DACA tem est a mis são instituc ional: Promover a sua Região e as suas Adegas Associadas!

Prova de Vinhos UDACA em Pequim, China, Maio 2011

Alguns Prémios recentes

O bom momento actual

Os Vinhos UDACA têm recebido diversos prémios quer a nível nacional quer a nível internacional. A excelente aceitação que os vinhos têm por exemplo na Ásia, fez com que em Maio deste ano o Vinho UDACA Colheita 2006 fosse eleito na Feira Guangzhou Interwine - China, como “Melhor Compra”. Este Vinho, pela sua imagem e estilo, transmite toda a tradição e antiguidade da UDACA e toda a tipicidade de um genuíno e clássico Vinho do Dão. Por Portugal, também recentemente no Concur-

A UDACA acaba o primeiro semestre de 2011 com crescimento de vendas. Em 2011 o volume de negócios da UDACA tem correspondido e superado os valores orçamentados e a UDACA encara com optimismo o 2º semestre deste ano. Num outro âmbito, a recente distinção da UDACA com o estatuto PME Líder é também prova do bom momento actual da União das Cooperativas do Dão. O Estatuto PME Líder é atribuído, pelo IAPMEI e Turismo de Portugal, em

so Nacional de Vinhos premiou o Vinho Branco Dom Divino 2010 com medalha de prata, e também o Dom Divino Tinto 2009 com um Diploma de Mérito, enriquecendo assim o curriculum da premiada marca Dom Divino. Também o Branco Dom Divino já havia sido premiado o ano passado c o m M e da lha de Ouro no Wine Masters Challenge, comprovando e reconhecendo assim este novo estilo de Vinho Branco DOC Dão que

a UDACA tem apresentado nos mercados e que tão rapidamente tem esgotado.

conjunto com os Bancos Parceiros, com base em notações de rating e em critérios económico-financeiros. Para 2011 o volume de

negócios da UDACA tem correspondido e superado os valores orçamentados e a UDACA encara com optimismo o 2º semestre deste ano.


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PUBLIREPORTAGEM | UDACA 15

05 | Agosto | 2011

A UDACA, em parceria com a EXPOVIS, apresenta este ano uma surpresa muito especial: Gama de Vinhos Feira São Mateus. Esta gama de Vinhos inclui um Reserva Dão 2005, um Tinto Dão 2009 e um Branco Dão 2010. Estes novos vinhos são produzidos a partir de castas tradicionais da região do Dão e enriquecem o portfolio UDACA conferindo à União das Adegas do Dão o privilégio de produzir uma marca comemorativa da Feira de São Mateus. Esta nova gama de vinhos, vinificada nas Adegas Cooperativas associadas da UDACA, alia toda a tradição, tipicidade, genuinidade e qualidades dos Vinho do Dão a uma Feira conhecida internacionalmente e que conta com mais de 600 anos.

www.udaca.pt

A UDACA apresentou recentemente a sua novidade para o verão 2011: Irreverente Rosé. Trata-se de um novo produto na gama da UDACA e no qual deposita grandes expectativas, uma vez que não produzia um Rosé há mais de 15 anos. A marca Irreverente, que dá nome a este Rosé, transmite o estilo de vinho jovem, repleto de frescura e aromas que o vão surpreender. Trata-se de um vinho de verão para serr consumido e apreciado proporcionando momentos de relaxante frescura e prazer. Pretendese mudar o conceito do consumo do vinho. Este Rosé pode e deve serr consumido como um vinho de convívio, um aperitivo leve e refrescante que pretende também cativar os “novos” consumidores de Vinhos. É um vinho ao estilo inA ternacional que a UDACA pretende exportar para os diversos mercados onde actua, com especial enfoque em Bélgica, Holanda, França e Alemanha.

Nova Gama: Vinhos Feira São Mateus

Seja responsável. Beba com moderação

Irreverente Rosé A novidade do Verão 2011

Disponível na Feira São Mateus

É assim o casamento perfeito entre um dos produtos mais tradicionais da Região e a Feira mais antiga de Portugal.

Esta gama de Vinhos estará disponível para o consumidor na Feira São Mateus no stand oficial da Feira, e posteriormente

será comercializado pela UDACA em parceria com a Expovis. Esta nova Gama de Vinhos é vista como uma forma de internacionalizar e promover a marca Feira São Mateus também em mercados externos. A elevada qualidade dos vinhos aliada à sua original e artística imagem, conferem aos Vinhos Feira São Mateus atributos únicos capazes de os diferenciar em qualquer mercado e proporcionam à UDACA excelentes expectativas quanto à aceitação dos Vinhos. Cada garrafa traduz o casamento perfeito entre a conceituada Feira São Mateus e todo o sector cooperativo do Dão, tendo na UDACA a sua representante. É assim a união entre aquilo que a região tem de melhor.


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05 | Agosto | 2011

região HOSPITAL DE VISEU: IMPASSE NA INVESTIGAÇÃO DA MICROCÂMARA

PCP homenageia Jaime Gralheiro em Setembro Emília Amaral

Os peritos da Políci a Jud ici á r i a (PJ) tenta m encontra r no software do aparelho elementos que permitam localizar o computador ou telemóvel receptores das imagens e sons, eventualmente, emitidos pela microcâmara encontrada na casa-de-banho mista do serviço de Neurocirurgia do Hospita l de Viseu . Ape sar de fonte da PSP de Viseu ter negado a existência de um aparelho receptor, o facto é que a PJ está a desenvolver investigações nesse sent id o . A i nve s t i g a ção está a revelar-se complicada porque a pessoa que colocou a microcâmara “tem bons conhecimentos de informática” e fêlo “com todo o cuidado”, para a eventualidade de ser encontrada. Ou seja, montou o dispositivo “sem elementos que o pudessem identificar”, disse fonte da PJ. A PSP prossegue também as investigações e aguarda pelo relatório da PJ que deve chegar no início de Setembro. Os interrogatórios realizados aos funcionários do hospital S. Teotónio continuam a ser feitos . A microcâmara foi encontrada no dia 13 de Julho por um auxiliar de limpeza, que pensou tratar-se de uma bomba. A descoberta gerou uma onda de revolta e receio, sobretudo entre as enfermeiras que utilizavam a casa-de-banho com regularidade. A Ordem dos Enfermeiros abriu um processo de inquérito para tentar apurar o responsável ou responsáveis pela colocação da microcâmara.

A Gerente executivo admite fazer mais e diferente com o mesmo orçamento

Ministro da Economia inaugura feira de S. Mateus Apresentação ∑ Edição 2011 com nova roupagem O gerente executivo da Expovis, José Moreira confirmou que a edição deste ano da Feira de S. Mateus vai surgir diferente com novas projectos, sem gastar mais dinheiro. “Cortámos noutras coisas”, respondeu o dirigente, ao anunciar um orçamento de 800 mil euros para este ano. José Moreira adiantou que há um agravamento de cerca de 30 mil euros no valor gasto em espectáculos (300 mil euros), mas “houve uma contenção maior” em outras despesas como nos custos com pessoal e ao fechar cachets de espectáculos com “chave na mão”. Do lado da receita, o di-

rector anunciou que vão ser rentabilizadas algumas coisas em relação a edições anteriores como forma de “encontrar receitas além das que vão resultar da bilheteira ou da venda dos lugares”. A Expovis vai ter pela primeira vez um stand de vendas de Merchandising, o preço do bilhete de entrada em dias pagos de 2,5 euros vai manter-se (cinco euros no dia do espectáculo dos James), mas o recinto passa a estar fechado a partir das 11h00. José Moreira explicou que vai ser introduzido o sistema de pulseira que permite aos visitantes entrarem e saírem na feira durante um dia, sem terem de pagar mais por isso.

Novidades. O desfio do novo gerente da Expovis no certame secular é a novidade de internacionalizar a feira através dos espectáculos, a par dos novos palcos e um novo espectáculo da responsabilidade da Acert. Inspirado no desfile da Expo 98 já da autoria da associação de Tondela, vai surgir o desfile “A voar se brinca em feira com Asas”, ao sábado e ao domingo, a partir das 2 0h0 0. A criação de uma marca para a Feira é outras das novidades avançadas pelo gerente executivo. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

A direcção da Organização Regional de Viseu (DORV) do PCP e a comissão inter-concelhia de Lafões estão a organizar uma homenagem pública a Jaime Gralheiro, o conhecido advogado de causas e dramaturgo natural de S. Pedro do Sul, de 80 anos. A homenagem vai decorrer a 17 de Setembro, em S. Pedro do Sul, com dois momentos distintos, a evocação da figura de Jaime Gralheiro, no Cine Teatro e um jantar convívio. O coordenador da DORV, João Abreu afirmou durante a conferência de imprensa de apresentação do evento que as razões da homenagem são “óbvias”, “É uma figura de grande prestígio e uma referência do PCP no distrito, pelo seu contributo na consolidação das liberdades e da democracia e por todas as outras suas facetas”, acrescentou João Abreu ao citar Jaime Gralheiro como homem da cultura e advogado de causas “que dedicou muito à luta pelos baldios, talvez a faceta menos conhecida, mas que ajudou muito a defender a lei e a propriedade comunitária”. A homenagem começa

com um momento musical, às 16h00 no Cine Teatro de S. Pedro do Sul com a participação dos grupos Alafum, Cantares de Manhouce e “Jovens de Manhouce”. A cantora Isabel Silvestre e o Cénico vão igualmente integrar o espectáculo. Segue-se a evocação da figura de Jaime Gralheiro por quatro convidados para abordarem os diferentes percursos do “homem interventivo”. Licínio Oliveira aborda a intervenção cívica, António Bica fala do advogado de causas, a José de Oliveira Barata, que estudou a obra de Jaime Gralheiro, está reservado o seu papel pioneiro na divulgação e produção teatral na região e no país. Por último, Ruben de Carvalho aborda a postura inf luenciadora do homenageado para a consolidação da democracia no distrito de Viseu, antes e depois do 25 de Abril. O segundo momento da homenagem é assinalado com um jantar convívio aberto a quem quiser participar e que contará ainda com a intervenção de Carlos Gonçalves, do Comité do PCP, encerrando a sessão com o próprio Jaime Gralheiro a usar da palavra. EA


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VOUZELA | MOIMENTA DA BEIRA | REGIÃO 17

05 | Agosto | 2011

NOVO LÍDER DA JSD NO DISTRITO APELA À PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS

Vouzela limpa 28 quilómetros de rios e ribeiras Estratégia∑ Valorizar o património ambiental

Rúben Fonseca é o novo presidente da JSD Regional de Viseu. O jovem social-democrata encabeçou uma lista única às eleições ocorridas a 24 de Julho. A educação, a formação e o emprego são os temas prioritários apontados por Rúben Fonseca para o seu mandato. Em comunicado adianta que o momento que o país atravessa “deve ser encarado com grande sentido de responsabilidade, mas sobretudo deve ser um momento para que os jovens se sintam convocados a participar na discussão política”.

A Câmara de Vouzela está a limpar o leito de 28 quilómetros de rios e ribeiras e 80 hectares das suas margens, com o objectivo de valorizar o património ambiental quer em termos turísticos, quer económicos. A intervenção, orçada em 78 mil euros integra um conjunto de medidas inseridas na estratégia municipal de desenvolvimento rural e de combate aos fogos florestais. “São duas áreas de actuação distintas, mas que no fundo convergem na mesma finalidade de protecção ambiental”, referiu Rui Ladeira, vereador da Protecção Civil e Desenvolvimento Rural da Câmara

A Protecção contra incêndios é outro dos objectivos Municipal durante a visita efectuada aos trabalhos de limpeza que estão a decorrer nas freguesias de Campia e Alcofra. Num outro plano a autarquia está intervir ao nível da protecção contra incêndios, com a limpeza da rede primária que está definida no Plano de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Vouzela, ou seja, “criar uma faixa limpa de 125 me-

tros de largura que compartimente a nossa floresta e diminua o risco de incêndio que é actualmente muito elevado”, acrescentou o vereador. No terreno está a proceder-se à limpeza dos matos, ao corte das árvores sem valor comercial e sem futuro e ainda à valorização do arvoredo existente, nomeadamente folhosas, numa área total de 120.72

hectares. O investimento é de 99.826 euros e os trabalhos desenvolvem-se nas freguesias de Campia, Fataunços, Figueiredo das Donas, S. Miguel do Mato e Ventosa. Para Rui Ladeira, os trabalhos em curso, quer na área da requalificação dos rios quer na criação da rede primária, “darão também um contributo muito importante à valorização e protecção da Reserva Natural de Cambarinho” que tem actualmente 30 hectares, mas que, segundo o vereador, a intenção é “ampliá-la” para os 420 hectares, com a inclusão das áreas do Rio Alfusqueiro, Rio Alcofra e Novais.

IC 26 EM CONSULTA PÚBLICA POR 30 DIAS E st á em con su lt a pública, desde 25 de Julho e por 30 dias, o Estudo de Avaliação Ambiental Estratégica da Rede Rodoviária Nacional no Douro Sul (IC26 Lamego/ Trancoso, com passagem por Moimenta da Beira). O relatório de proposta de Rede Ambiental e Resumo Não Técnico estão disponíveis no sítio da Internet do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR, IP) www.inir.pt e também na Câmara Municipal de Moimenta da Beira. Os interessados deverão apresentar os seus contributos por escrito, dirigidos àquele instituto (Rua dos Lusíadas, nº 9 – 4º Frt, 1300-364 Lisboa) e/ou ao endereço electrónico acima mencionado.

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18 REGIÃO | MANGUALDE

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Alto do concelho já dispõe de água pública

REQUALIFICAÇÃO DA CAPELA DE CUBOS

Sonho antigo∑ Freguesias de Mangualde passam a ter água de melhor qualidade Estão concluídas a s o br a s d e l i g a ç ã o d e água da rede pública ao alto do concelho de Mangualde. Populares e auta rcas encontraram-se na antiga Escola Básica da Freixiosa para proceder à ligação da rede pública de água. João Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Mangualde lembrou que passados muitos anos o problema foi resolvido. “Esta obra foi feita com muito esforço. Antes era fácil, fazia-se a obra, recorria-se à banca e pediase mais um empréstimo. Nos dias de hoje,

DR

Nos dias 19, 20 e 21 deste mês realiza-se a XI Concentração Motard de Mangualde, sob o lema “A família, o espírito e o convívio motociclista”. O cartaz é bastante variado e promete momentos cheios de animação. A “Corrida do Pilau”, pelas 14h30 e o concerto do Jaimão são as grandes atracções de sábado. A iniciativa é uma organização conjunta da Câmara Municipal de Mangualde e do Motoclube de Mangualde. As inscrições são limitadas. D u ra nte t rês d i a s , Mangualde vai assistir a um desfilar de motas e proporcionar a todos os amantes das duas rodas um fim-de-semana diferente. Os participantes terão ainda a oportunidade de realizar diversas actividades nas piscinas municipais e na praia mangualdense. TVP

DR

CONCENTRAÇÃO MOTARD

05 | Agosto | 2011

A Habitantes das freguesias de Chãs, Tavares e Freixiosa são os contemplados se houver dinheiro há obra se não houver não há obra, por isso, temos que ser selectivos nas obras a fazer e definir prioridades. A conclusão des-

ta empreitada teve um signif icado especial, uma vez que, dura nte década s , a lg u m a s freguesias do concelho foram abastecidas com água através de ca-

miões da autarquia. Assim, os habitantes das freguesias de Chãs de Tavares, Freixiosa e aldeias subjacentes vão passar a dispor de água com melhor qualidade.

Foram muitos os populares que assistiram à cerimónia de inauguração das obras de requalificação da Capela de Cubos, no largo de Santa Marta, em Cubos, Mangualde. João Azevedo, presidente da autarquia, salientou a grande ajuda que a população deu para que a obra fosse feita e agradeceu à Comissão de Festas pelo empenho e dedicação. O responsável pela Comissão de Festas agradeceu o empenhamento do Cónego Jorge Seixas (Pároco de Mangualde) pelo seu envolvimento nestas obras de recuperação.


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S. PEDRO DO SUL | REGIÃO 19

05 | Agosto | 2011

Emília Amaral

Horta comunitária

S. Pedro do Sul ∑ Projecto incluido no Contrato Local de Desenvolvimento Social do Centro de Promoção de Carvalhais Rui Freirinha preparava a terra para uma nova plantação, Maria Assunção colhia feijão verde, Maria dos Anjos moldava as couves. Tudo acontecia no final da tarde de segunda-feira, depois de um dia de trabalho, mas podia ser um outro qualquer dia da semana, porque o ambiente era o mesmo. Estes agricultores de fim de dia aderiram à horta comunitária em S. Pedro do Sul, um projecto do Centro de Produção Social de Carvalhais, em parceria

com outras entidades locais, incluído no Contrato Local de Desenvolvimento Social. Num terreno por cultivar de três hectares de área, junto ao parque escolar da cidade, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de S. Pedro do Sul, nasceu em Abril a horta comunitária com capacidade para receber 100 aderentes, permitindo que cada um possa cultivar a sua parcela de terreno de 20 metros quadrados. Nesta altura, 17 pessoas

já aderiram ao projecto comunitário que está a exceder as expectativas da entidade promotora. “Pretendemos colocar à disposição da comunidade s. pedrense um espaço onde possa cultivar produtos hortícolas, frutícolas de arrasto ou flores, numa agricultura tradicional e em moldes de produção biológica”, explica o coordenador do projecto, João Marques. São poucos os requisitos para se ser aderente da horta comunitária, basta viver na cidade de S. Pedro

Agricultura biológica

Primeiros colheitas

A horta comunitária obedece às normas da agricultura biológica, estando os agricultores impedidos de utilizar qualquer produto químico. Através da caixa que se vê na foto, as pessoas podem colaborar na compostagem, ao depositarem ali as sobras da horta e tudo o mais que tragam de casa para decompor e mais tarde servir de

Os aderentes aos projecto que começaram a plantar a terra em Abril já estão a colher os primeiros resultados da sua produção. Feijão verde, tomates, couves, nabos, cebolas, courgettes, alfaces, abóboras, flores. Há de tudo um pouco e a satisfação de colher o fruto de um trabalho feito com gosto. “Plantei tudo

fertilizante para a terra. “É também uma forma de retomar velhos hábitos de cultivar a terra”, justifica o coordenador.

do Sul e ter gosto pela agricultura como afirma João Marques. “É uma ideia muito interessante e era bom que muita mais gente viesse para ocupar isto tudo”, desafia Rui Freirinha, natural da Costa da Caparica, radicado em S. Pedro do Sul há 30 anos. O sentimento é partilhado pelos outros aderentes, traduzindo a actividade num “anti-stress”, numa nova experiência, mas também num complemento importante em tempo

de crise. “Tenho poupado muito dinheiro nas compras”, responde Maria Assunção, funcionária da santa Casa da Misericórdia. Poderem tirar da horta comunitária alguns produtos que permitam o reforço ao nível da gestão do orçamento familiar é um dos objectivos assumidos pela coordenação do projecto. Partiu da crise? “Juntouse o útil ao agradável. Era algo que já estava pensado, mas esta é uma das formas de poderem ter acesso a uma parcela para cultivar

100 3 e agora sabe-me bem vir colher”, confessa Maria Assunção.

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e haver um reforço no orçamento familiar, retirando-se daqui valor social”, acrescenta o técnico. Aberto a toda a comunidade, o projecto sem grandes custos, além de receber os aderentes, presta apoio técnico através da presença de um engenheiro agrícola que dá orientações sobre o tipo de produtos mais adequados, e disponibiliza um sistema de rega de mangueira com pontos de água. Emília Amaral

É o número de parcelas disponíveis com 20 metros quadrados cada.

É o número de héctares do terreno disponibilizado pela Santa Casa da Misericórdia, uma das parceiras do projecto.

É o número de pessoas que já aderiram ao projecto e cultivam a sua parcela na horta comunitária desde Abril.


7 dias

Jornal do Centro

20 REGIÃO | S. PEDRO DO SUL | VISEU | MOIMENTA DA BEIRA

05 | Agosto | 2011

UNIÃO EUROPEIA

Cartão Europeu de Seguro de Doença Se vai de férias, em viagem de negócios, tirou uns dias para descansar ou estudar no estrangeiro, não se esqueça do Cartão Europeu de Seguro de Doença. Vai ajudá-lo a poupar tempo, transtornos e dinheiro se precisar de recorrer a um hospital no estrangeiro. O cartão garante o mesmo acesso aos cuidados de saúde do sector público (ou seja, um médico, uma farmácia, um hospital ou um centro de saúde) que os cidadãos do país que está a visitar. Se for neces-

S. Pedro do Sul. O Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana anunciou a detenção de sete indivíduos por suspeita de tráfico de estupefacientes, na segunda-feira, dia 1 de Agosto. Militares do Núcleo de Investigação Criminal de Viseu e do posto territorial de São Pedro do Sul estão a levar a cabo uma acção de fiscalização, devido ao festival Andanças, que decorre até domingo em Carvalhais. A operação da GNR teve como alvo os cidadãos que se deslocavam para o festival, tendo procedido à detenção de sete indivíduos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre 22 e 30 anos, por posse e tráfico de estupefacientes, três dos quais de nacionalidade espanhola e quatro de nacionalidade portuguesa.

ÁLCOOL

Viseu. O destacamento de Trânsito do Comando Territorial de Viseu da GNR divulgou as acções de fiscalização realizadas entre 25 e 31 de Julho, com a maioria das detenções a relacionarem-se com a condução sob o efeito de álcool. No total, foram 29 os condutores com taxas não permitidas por lei, tendo sido o valor mais alto “apanhado” pelo Destacamento de Trânsito de Viseu registado num homem de 51 anos com 3,17 gramas de álcool por litro de sangue.

MORTE

Moimenta da Beira. Um homem de 63 anos morreu na passada quarta-feira, dia 3, em Alvite, no concelho de Moimenta da Beira, na sequência do despiste de um trator agrícola. Segundo o adjunto do comando da GNR, o despiste ocorreu num caminho rural, sendo a causa desconhecida. “Quando chegámos ao local a vítima estava em paragem cardiorrespiratória. Foi levada para o Serviço de Urgência Básica de Moimenta da Beira, onde foi declarado o óbito”, acrescentou.

Emília Amaral

DETENÇÃO

A Dois investigadores ingleses já estiveram na região

Paiva e Vouga estudados no âmbito de projeto europeu Preservação ∑ Estudo para preservar águas e espécies é o objectivo As águas e as espécies piscícolas dos rios Paiva e Vouga e de alguns dos seus af luentes estão a ser alvo de um estudo pormenorizado, no âmbito de uma parceria entre várias associações europeias. “Trata-se de uma parceria que visa a preservação dos rios, da biodiversidade e a partilha de estudos e de conhecimento científico sobre estas matérias”, disse à agência Lusa Guilherme Almeida, presidente da Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), envolvida no projecto comunitário “AARC -Atlantic Aquatic Resource Conservation”. Seg undo o responsável, o estudo, iniciado há poucos meses, vai incidir sobretudo “nas águas e nas espécies piscícolas”, nomeadamente para ver “se é possível a introdução nos rios de algumas espécies de peixes para pesca desportiva”, em resultado de experiências já feitas noutros pa-

íses europeus. Para tratar das questões científ icas, a A DDL A P estabeleceu protocolos com a Quercus e com a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu. “ Têm e x p er iênc i a nestas áreas e estarão acompanhadas pelos serviços técnicos dos municípios, nomeadamente no que diz respeito ao ambiente e às águas”, explicou Guilherme Almeida, acrescentando que lhes compete “fazer o acompanhamento e partilhar as experiências com os parceiros europeus”. O projecto iniciou-se há poucos meses, tendose realizado “reuniões preliminares para ver quais as zonas onde se ia proceder ao estudo, porque os rios são muito grandes, e a periodicidade” das análises. Em Julho, no âmbito da monitorização e avaliação do projecto pela entidade coordenadora europeia, deslocaramse à região dois investigadores da associação

inglesa Westcountry Rivers Trust, chefe de fila do projecto AARC, que assistiram a algumas das acções técnicas que servem de suporte à recolha de dados para a caracterização do território. O presidente da ADDLAP sublinhou a relevância deste projecto, uma vez que “os rios, as paisagens, as suas margens e os seus afluentes são cada vez mais importantes” para o desenvolvimento dos territórios. “Obviamente, são importantes para as populações onde passam, mas também para o ambiente e o turismo. É património natural que tem de se continuar a preservar”, frisou. Neste âmbito, e quando houver já alguns dados disponíveis, o objectivo é dá-los a conhecer à população, nomeadamente através das escolas e de alguns locais que os municípios têm onde fazem divulgação da informação pedagógica e científica sobre os rios. Lusa

sário receber tratamento médico num país em que os cuidados de saúde não sejam gratuitos, o portador do cartão será reembolsado imediatamente ou mais tarde, quando regressar ao seu país. O cartão não cobre os custos de cuidados de saúde no estrangeiro caso a sua viagem tenha como objectivo obter tratamentos para uma doença ou lesões que já tinha antes de viajar. O cartão não abrange igualmente prestadores de cuidados de saúde do sector privado.

Protecção consular no estrangeiro Este ano, um em cada seis europeus tenciona gozar as suas férias fora da União Europeia. E se durante as suas férias no estrangeiro precisar de ajuda e Portugal não tiver uma embaixada ou um consulado no país onde se encontra, o que pode fazer? Pode pedir ajuda na embaixada ou no consulado de um outro país da União Europeia Esta ajuda pode abranger situações como roubo de um passaporte, acidente ou doença grave ou crises politicas (como os recentes acontecimentos na Líbia) Para sensibilizar os cida-

dãos para este direito, os novos passaportes emitidos na UE vão ter informações sobre protecção consular juntamente com o endereço do sítio Web da UE (www.consularprotection.eu) onde pode obter informações. Neste momento, vinte EstadosMembros da UE já estão a emitir passaportes com estas indicações, devendo os outros países fazê-lo em breve. Os 27 Estados-Membros da UE só estão todos representados a nível diplomático em três países: Estados Unidos, China e Rússia.

Comissão quer facilitar cobrança de dívidas Imagine uma pequena empresa italiana produtora de queijo que fornece mozarela a uma empresa de fabrico de pizas congeladas em França. A francesa deixa de proceder aos pagamentos devidos, a empresa italiana suspende os fornecimentos, mas fica com milhares de euros de dívidas por pagar. Como poderá a empresa italiana proceder à cobrança das dívidas? Até ao momento não existe uma resposta fácil para este problema. Os autores de fraudes podem facilmente transferir fundos de um país para outro e colo-

cá-los em várias contas em países diferentes. Cabe actualmente ao direito nacional exigir que um banco pague a um credor o montante devido a partir da conta bancária do seu cliente. A situação existente nos 27 países membros é juridicamente complexa, morosa e dispendiosa. Para ajudar a resolver o problema das dívidas entre países, a Comissão Europeia propôs a criação de um novo regulamento de preservação de contas para combater perdas anuais que se estimam em cerca de 600 milhões de euros.


Textos: Andreia Mota Grafismo: Marcos Rebelo Fotos: Nuno André Ferreira

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 490 DE 5 DE AGOSTO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

S U P L E M E N T O


Jornal do Centro

SUPLEMENTO

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v Fachada principal da Capela Nª Senhora da Esperança

v Altar-mor da Capela Nª Senhora da Esperança

v Vista lateral do santuário do Senhor dos Caminhos

Sátão: um concelho onde a história e a modernidade dão as mãos A tradição, a cultura e o património são indissociáveis da riqueza de Sátão, um concelho repleto de história e onde é fácil fazermos uma viagem ao passado. Possui uma área aproximada de 200 quilómetros quadrados e a sua população ronda os 13 mil habitantes. Integrada na Região de Dão Lafões e na Região Demarcada dos Vinhos do Dão, o município apresenta ainda uma vertente rural bastante vincada, mas tem sabido responder aos desafios que o tempo lhe tem colocado. Acredita-se que a ocupação deste território remonte a épocas pré-históricas, do período neolítico. Este facto é

atestado pela presença de dólmenes, que podem ser encontrados nas zonas de pinhal entre Forles e Pereira, e junto a Casfreires, em direcção a Vila Nova de Paiva. Depois há ainda vestígios de castros, nos Santos Idos, e acredita-se que na área do concelho tenha passado uma via romana vinda de Trancoso e Aguiar da Beira, que seguia para Viseu. Em 1111, é autorgado foral a Sátão, pela mão do conde D. Henrique. Actualmente o município engloba 12 freguesias (Águas Boas, Avelal, Decermilo, Forles, Ferreira de Aves, Mioma, Rio de Moinhos, Romãs, Sátão, São Miguel de Vila Boa, Silvã de Cima

v Monumental e recentemente restaurado Orgão de Tubos da Capela Nª Srª da Esperança

e Vila Longa), todas ímpares pela sua beleza e características, aliadas a magníficas paisagens verdejantes, riqueza histórica, monumentos imponentes, ar tesanato e costumes. Não podemos esquecer ainda as festas, feiras e romarias, momentos sempre muito aguardados e que permitem projectar o concelho. Da sede do município, somos convidados a uma visita à Biblioteca Municipal, onde se encontra a monografia do concelho, assim como a arquitectura de edifícios civis e religiosos. A gastronomia, típica e tentadora, acompanhada pelo famoso vinho do Dão, e a hospitalidade e arte de bem

receber, fazem com que o Sátão seja um destino de referência. Não se pode perder a oportunidade de ouvir a descida das águas pelos açudes e o som apaziguador das cascatas, acompanhado pelo verde florido dos campos, onde chega o aroma a pinheiro e a giesta. Depois da visita é hora de retemperar forças e deliciar-se com os enchidos, o pão de Rio de Moinhos, o cabrito assado no forno, a vitela na padela e o feijão com couve e carne de porco. Para a sobremesa poderá sempre contar com as cavacas, o arroz doce, o leite-creme, os papos de anjo e as barrigas de freira.

v Vista do Convento do Santo Cristo da Fraga


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Alexandre Vaz fala das potencialidades do município que lidera

“Os nossos míscaros têm um sabor diferente” esta será a seguir, pois é uma via que recebe trânsito de Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Sernancelhe, S. João da Pesqueira e Aguiar da Beira. De acordo com a Estradas de Portugal, tem um fluxo diário de 10 mil viaturas. Não vamos calar-nos, tal como fizemos com o anterior Governo, enquanto não tivermos o novo traçado concluído.

Alexandre Vaz conhece o município de Sátão como a palma das suas mãos. Ao longo dos seus 58 anos, seis dos quais como presidente da Câmara, nunca se afastou deste território que o viu nascer e do qual fala com muito orgulho. As obras feitas, os projectos a concretizar e a reivindicação do novo traçado da EN 229 são temas para uma conversa onde não são esquecidos os míscaros e os paladares inconfundíveis da região. Quais foram os principais problemas que encontrou quando assumiu, há seis anos, a autarquia de Sátão? O que foi feito desde então? O maior problema foi a situação económica da Câmara. Nessa altura, a minha preocupação foi procurar diminuir a dívida e aproveitar ao máximo o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), para que se pudessem fazer algumas obras. Começámos pela educação, uma área muito importante. Construímos o novo Centro Escolar do Sátão, com 14 salas devidamente equipadas e que recebe cerca de 260 alunos. Criámos um novo Jardim de Infância, em Lamas, que foi inaugurado há cerca de um ano e implicou um investimento de 800 mil euros. Está projectado para 75 crianças. Na altura, algumas localidades e freguesias – nome-

adamente Ferreira de Aves e S. Miguel de Vilas Boas ainda estavam um pouco atrasadas ao nível da instalação de saneamento básico. Assim, elaborámos o Documento de Enquadramento Estratégico (DEE) e candidatámos a obra ao Programa Operacional Valorização do Território (POVT). Numa fase posterior procurámos dar mais vida ao Sátão: construímos a Casa da Cultura – que deverá ser inaugurada ainda este mês – e foi terminado o recinto da feira, que se encontra vedado e recebeu já os dois últimos mercados. É um local com bons acessos, muito estacionamento e que se encontra na sede de concelho. A nossa aposta prendese agora com a regeneração urbana. Já começámos as obras na Rua Dr. Hilário de Almeida Pereira, a principal e mais antiga da vila. A requalificação, que inclui, pavimento,

passeios, electricidade, rede de abastecimento de águas, águas pluviais e saneamento, deverá prolongar-se durante um ano e meio. De destacar ainda o apoio às Instituições de Solidariedade Social, nomeadamente através das aulas de educação física e de cursos de formação. Quais são os projectos que se seguem? A Câmara tem saúde económica mas estamos à espera que abra a bolsa de mérito para, por exemplo, lançar a obra da Praia Fluvial do Trabulo, no Rio Vouga. Vamos requalificar o edifício dos Paços do Concelho que, sendo um edifício bonito, tem já 50 anos e precisa de uma intervenção no telhado, nas janelas, na fachada e nas casasde-banho. Para isso celebrámos um contrato programa com o anterior Governo, em que se comprometia a pa-

gar 50 por cento dos 350 mil euros pelos quais a obra foi a concurso. O concelho é bastante extenso em área e em freguesias (doze). Quais são as suas principais carências? Ao nível de água e saneamento, o município está praticamente servido e há alguns casos em que os acessos poderão ser melhorados. A aposta seguinte passa pela implantação de jardins, de modo a tornar as aldeias mais atractivas. Há uma obra que me tem preocupado: a Estrada Nacional 229. A via já sofreu uma requalificação, mas o anterior secretário de Estado, Paulo Campos, prometeu que ia a fazer a ligação entre o Sátão – no Pereiro, mais concretamente – e Viseu, através do IP5. Embora reconheça que a ligação entre Viseu e Coimbra é prioritária,

O município está preparado para fazer face à situação que o país atravessa actualmente? É sobretudo para a necessidade de fixar pessoas que não estamos preparados. Apesar de termos alguma indústria ligada à cerâmica – a maior é do Grupo Visabeira que emprega 170 pessoas – à pedra, à madeira e aos lacticínios, este é um concelho com muita emigração. Precisamos de segurar as pessoas ou estamos condenados a uma desertificação muito acentuada. Falta também transformar a agricultura, de modo a que se consigam tirar rendimentos. Outro grande problema é a diminuição do número de crianças, que já se nota nas escolas, que exige atenção por parte da Administração Central. Há quatro anos que a Câmara dá, anualmente, no Dia Mundial da Criança, um pequeno apoio de 80 euros, que é apenas para ajudar a comprar o carrinho do bebé. O que tenho verificado é que há cada vez menos nascimentos. A Feira do Míscaro é já um ex-libris na região. A agricultura tem sido alvo de preocupação? Sim, por várias razões: o abandono das propriedades, os incêndios e as dificuldades acrescidas na limpeza dos caminhos. Já o míscaro, cuja feira foi institucionalizada ainda no anterior mandato, acaba por ser um complemento para muitas famílias e a verdade é que os nossos míscaros têm um sabor diferente. Dado o aumento dos quilos de míscaros transaccionados e do nú-

mero de visitantes, o certame é já um pólo atractivo para o concelho. A vertente desportiva também tem sido uma aposta. É uma forma de projectar o município? Sem dúvida. É de destacar o trabalho que a Associação Desportiva de Sátão e o Clube Recreativo de Ferreira de Aves têm feito, sobretudo junto das camadas mais jovens. Os dois grupos desportivos, entre os quais existe uma rivalidade saudável, recebem da autarquia um apoio na ordem dos 250 mil euros. Este ano estava prevista uma redução desse valor, mas fiz-lhes uma proposta diferente: se incluírem mais uma camada jovem mantém-se a verba que recebem. Se tivesse de fazer um roteiro arquitectónico, turístico, cultural e gastronómico do concelho, que referências escolheria? Ao nível do património elegeria a Capela de Nossa Senhora da Esperança, em Abrunhosa, S. Miguel de Vila Boa. Foi requalificada pela Câmara e é uma jóia para todo o distrito. Quem entra fica deslumbrado, pois é toda coberta ou por azulejo ou por pinturas. O órgão de tubos é outra maravilha. Em termos religiosos merecem também destaque o Senhor dos Caminhos, o Convento de Santo Cristo da Fraga – onde viveu Frei Rosa Viterbo, o Convento de Santa Eufémia, a Capela de Nossa Senhora da Oliva e o Senhor da Agonia, no Avelal. Na gastronomia há dois manjares que estão um pouco esquecidos, mas que queremos divulgar: as castanhas de ovos, cujo paladar é inigualável, e um tipo de ameixas mais compridas, mergulhadas em calda de açúcar e deixadas a secar. Os enchidos, o pão, o queijo caseiro, o cabrito no forno, o feijão com couve, o arroz doce, o leite-creme e as fritas são outras das iguarias a não perder.


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SUPLEMENTO

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Um roteiro a descobrir Sátão é não só a capital do míscaro mas oferece também aos turistas um vasto leque de potencialidades que vão constar no roteiro turístico do município, cujo lançamento deverá acontecer ainda este mês e que dá a conhecer o que o concelho tem de melhor. Enquanto a obra não está publicada, há um conjunto de rotas que podem ser seguidas para melhor desfrutar das potencialidades locais. A Rota do Sol começa na Estrada da Serra do Seixo, com a sua bonita fonte, seguindo para Rio de Moinhos, onde merecem destaque os extensos vinhedos e pomares. Seguindo em direcção ao Ladário e a Abrunhosa é obrigatório visitar a Capela de Nossa Senhora da Esperança e o seu órgão de tubos (um dos últimos exemplares existentes em Portugal). Trata-se de um monumento de interesse público. No regresso, aproveite para conhecer as talhas da Capela de Contige. Na localidade de Tojal começa a Rota da Estrada do Nascente. Não pode perder uma visita à renovada Igreja de Nossa Senhora da Oliva, com riquíssima talha joanina, o mais famoso sacrário das Beiras e, sobretudo, valorosíssimos e raros panos de azulejo do Séc. XVII, a cobrir quase todo o interior da Igreja.

Na Silvã sobressaem os solares e o pelourinho, enquanto em Romãs se impõem a Capela de Nossa Senhora de Barrocal, a Manressa do Sátão, onde houve um Castro e, no séc. XVII, foi construído o Santuário pelo Bispo Dom João de Melo, o mesmo que fez a Capela-Mor da Sé e construiu a Via Sacra da Mata do Buçaco. Por Terras do Alto Vouga é a proposta que se segue. Em Rãs, sugere-se uma paragem no Santuário do Senhor dos Caminhos. Na Freguesia de Ferreira de Aves visite o Convento do Nosso Senhor de Fraga, onde viveu Frei Rosa Viterbo, autor do primeiro Elucidário. Siga para as Freguesias de Águas Boas e Forles. Se tiver oportunidade aventurese a visitar a Orca de Forles. A Rota Arqueológica leva-nos a uma volta por todo o concelho, tal é a riqueza do território a este nível. Não pode ser esquecido também o Percurso Pedestre Rota do Míscaro, que tem uma extensão de 18 quilómetros e sai do Senhor dos Caminhos, atravessando Ferreira de Aves e Decermilo, para regressar ao ponto de partida. Um encontro imperdível com o mundo da história, da memória e das tradições!

Cultura é uma área a promover Um espaço versátil e que acolhe eventos musicais, de cinema ou teatro, disponibilizando ao mesmo tempo serviços na área de turismo. Esta é a filosofia da Casa da Cultura do Sátão, que deverá ser inaugurada ainda este mês. No edifício funcionou uma antiga escola e chegou mesmo a ser sede de um clube local. Recentemente, as obras de requalificação promovidas pela autarquia permitiram preservar a arquitectura antiga, que agora surge conjugada com uma vertente onde sobressaem linhas mais modernas.

O espaço vai acolher o posto de turismo e dispõe ainda de três salas que serão ocupadas pela Câmara Municipal, pelos escuteiros e pela direcção da Associação Desportiva do Sátão. O anfiteatro é outra das zonas de referência. Espera-se que o local possa acolher a Casa da Música do concelho, podendo ser usada por todos os amantes desta arte. A formação de uma orquestra ou de uma banda não está colocada fora de hipótese. Paralelamente, estará disponível uma outra zona dedicada a exposições.

v Colunatas inacabadas do Srº dos Caminhos v Interior da Capela da Nª Senhora da Esperança

Feira quinzenal com ‘cara nova’ Dotar o concelho de infra-estruturas económicas tem sido uma preocupação do executivo camarário, que tem apostado em construir e requalificar diversos equipamentos, colocando-os ao serviço da população. Um desses exemplos é o recinto onde quinzenalmente se realiza a feira. Junto ao estádio municipal, o espaço surge agora apetrechado com todas as condições ao nível de água, saneamento e electricidade. O resultado final é tão bom que o espaço pode até ser utilizado para caravanistas que estejam de passagem pelo concelho e por profissionais de ar-

tes circenses que queiram ali apresentar espectáculos. A área, com uma dimensão de 10 mil metros quadrados, permite acolher até 130 feirantes e responder à crescente procura que o evento tem merecido por parte de comerciantes e clientes. Ao nível dos certames, merece também destaque o recinto onde anualmente são promovidas as Festas de S. Bernardo. O largo com o mesmo nome, junto à Praça Paulo VI, tem uma extensão de 7 mil metros quadrados e acolhe também a Feira do Míscaro, do Livro, a Feira Medieval e o Encontro de Camionistas.

v Largo de São Bernardo

José Cid é cabeça de cartaz

v Interior da Capela do Nosso Senhor dos Caminhos, coberto de votos dos fiéis

O tempo é de contenção, mas a Câmara de Sátão não se poupou a esforços para apresentar as Festas de S. Bernardo. O certame arranca no dia 18, que é dedicado à juventude, com a actuação dos DJ’s Phill Kay, Magalie, Daway e Louie Z. O Festival de Folclore e Música Tradicional, em que actuam os quatro

grupos folclóricos do concelho e os Zaatam, realiza-se na sexta-feira, em que terá lugar também o Festival da Sopa. No sábado, em que se assinala o Feriado Municipal, José Cid é o artista convidado e há também as provas de perícia automóvel. Para dia 21 ficam reservadas as garraiadas e a actuação de Micaela.



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economia VINHOS DA CASA DA ÍNSUA DISTINGUIDOS

Opinião

Liderar pelo exemplo João Cotta

Dois vinhos produzidos pela Casa da Ínsua receberam a distinção “Boa Compra 2011”, uma revista de referência nos sectores dos vinhos e da gastronomia. O Dão reserva Branco 2009 recebeu a pontuação de 16,5 valores e o Simillon Branco 2009 (vinho regional das Beiras) foi pontuado com 15,5 valores. “A distinção de dois néctares produzidos pela Casa da Ínsua pela crítica da Revista de Vinhos é o resultado da excelência na produção e de um cuidado extremo em todos os detalhes: da vindima ao estágio, do engarrafamento à comercialização”, adianta a direcção da Casa da ìnsua em comunicado. A Casa da Ínsua é um antigo solar, outrora palácio da família do fidalgo Manuel de Albuquerque, e hoje convertido num hotel de charme de 5 estrelas, propriedade do Grupo Visabeira Turismo.

EDP ELECTRIFICA CAMINHOS AGRÍCOLAS

A EDP Distribuição concluiu, no âmbito do programa PRODER, a eletrificação dos caminhos agrícolas do Carril e do Couto, nos locais de Covas do Monte e Bordozelo, ambos na freguesia de Covas do Rio, concelho de São Pedro do Sul. Estas duas obras de eletrificação de caminhos rurais representam um investimento de cerca de 15 mil Euros.

Nuno André Ferreira

Presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV)

A O número de veículos produzidos até final de Julho é de 28.037

Citroën consolida terceiro turno Contas ∑ Empresa de Mangualde aumenta produção 18,8% A Peugeot Cit roën (PSA) de Mangualde aumentou a produção em 18,5 por cento no primeiro semestre deste ano e consolidou o terceiro turno de laboração empregando actualmente 1300 trabalhadores. O director financeiro da PSA, Elísio Oliveira sublinhou que nestes seis meses a fábrica acrescentou “valor económico e maior intervenção industrial” nos modelos Peugeot Partner e Citroen Berlingo, produzidos em Mangualde, distrito de Viseu, nomeadamente na área da ferragem que tem, agora, mais responsabilidade nesta unidade. A área das ferragens, até aqui feita quase integralmente na fábrica de Vigo, Espanha, e depois transportada em camiões até Mangualde, deixou de ocorrer, sendo esse o factor essencial que determinou o aumento de mais 100 funcionários neste mesmo período. O número de veículos produzidos até final de Ju-

lho é de 28.037, uma cifra que representa mais 18,5 por cento que em igual período de 2010, o que leva Elísio Oliveira a admitir como “sustentável” o número de trabalhadores da fábrica. O director financeiro da PSA sublinha que a unidade está agora em férias mas “não há qualquer indício” de que a força laboral possa sofrer quaisquer cortes, considerando razoável a possibilidade de até haver aumento. Um dos segredos para fazer crescer o número de trabalhadores, embora existam sinais de contestação a esta medida, foi a criação de uma bolsa de horas para o terceiro turno, com os dois primeiros, diurnos, “perfeitamente consolidados”, onde a referência são seis horas pagas, embora os funcionários passam trabalhar menos ou mais. “Quer isto dizer que a referência são seis horas pagas, o trabalho efectivo pode ser menor ou supe-

rior mas no final de um período as contas têm de estar acertadas, têm de estar niveladas a zero”, disse Elísio Oliveira, que sinalizou ser possível, no futuro, “aumentar o número de horas de referência ou até o pagamento de horas extraordinárias”. Em 2009, para responder aos efeitos da crise mundial no sector automóvel, a PSA de Mangualde tomou várias medidas, como a não renovação de contratos, a criação de uma bolsa de horas, a passagem de três para dois turnos, a diminuição da cadência de produção horária, a abertura de um plano voluntário de saídas e a antecipação de férias. Deixaram a empresa perto de 500 trabalhadores da fábrica, cerca de 400 contratados e temporários que não viram os seus contratos renovados e 80 efectivos que aceitaram uma rescisão amigável. Lusa

Para o bem e para o ma l, todos tomá mos consciência que nos esperam mudanças e tempos difíceis. O caminho é íngreme e tortuoso, mas só se o trilharmos de forma abnegada poderemos encontrar um novo patamar de desenvolvimento e bem estar que nos permita deixar um futuro melhor aos nossos filhos. É nestes momentos que as lideranças desempenham um papel central. Portugal precisa de lideranças fortes nas diferentes área s d a so c ie d ade , do governo às empresas, das universidades às autarquias… Mas não pode ser um estilo de liderança qualquer. Todos os olhos estarão sobre os líderes, e serão esses os primeiros a serem avaliados. Desta vez, o julgamento não será pelo que disserem, mas pelo que fizerem. O exemplo será importantíssimo. Olhamos para os líderes não apenas para uma orientação, mas sobretudo para um exemplo. E é este que leva as pessoas a acreditar nas lideranças e no que represen-

tam e a empenharemse na prossecução dos objectivos. Só será possível à nossa sociedade aguentar a quantidade de sacrifícios que nos estão reservados se percebermos a sua utilidade e justiça. A nossa história recente está cheia de maus exemplos, desde o aumento da cobrança de impostos sem que se demonstre ser capaz de cortar no desperdício, ou congelamento de salários e pensões com subsequentes lançamento de prémios que compensam alguns das perdas anunciadas. No estado, como nas empresas, teremos de ser irrepreensíveis no exemplo que dermos. Esses exemplos serão seguidos por homens e mulheres que vão toma r as decisões que irão desenvolver produtos e serviços que oferecem valor à sociedade e às famílias, ou nas empresas a clientes e accionistas. A exigência é muita e para todos… Aos líderes, em definitivo, mais do que palavras caberá o exemplo!

foto legenda

Um espaço de pequenas dimensões com paredes pintadas a branco e uma esplanada, parece simples a fórmula de sucesso de um bar para os meses de Verão, em Viseu. O Bar do Xico abriu no final de Julho, no Mercado 2 de Maio, e tem registado “casa cheia”. O litro de cerveja a 2 euros, também tem ajudado à grande adesão que tem vindo a registar mas, para já, fica a ideia de que os viseenses aguardavam por um espaço assim.


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INVESTIR & AGIR | NEGĂ“CIOS 27

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(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Dois euros‌ por favor, pretendia constituir uma empresa! O Conselho de Ministros aprovou um Decreto-Lei que veio simplificar a constituição de sociedade por quotas e sociedades unipessoais por quotas – o Decreto-Lei 33/2011 publicado no dia 07 de Março, com um perĂ­odo de vacatio legis (perĂ­odo que medeia entre a data da publicação e a entrada em vigor) de 30 dias. Foi eliminada a necessidade de um capital social mĂ­nimo que era de 5.000 mil euros e que passa a poder ser livremente definido pelos sĂłcios no contrato de sociedade, correspondendo Ă soma das quotas subscritas pelos sĂłcios. Os valores nominais das quotas podem ser diversos, mas nenhum pode ser inferior a 1 euros. O presente decreto-lei visa, segundo o Governo, prosseguir o esforço de simplificação e de redução de custos de contexto, que oneram as empresas e prejudicam a criação da riqueza e de postos de trabalho, criando-se assim, condiçþes para promover e apoiar uma atitude de iniciativa, de inovação e empreendedorismo na sociedade portuguesa. Existem vĂĄrios paĂ­ses onde a exigĂŞncia mĂ­nima do capital social foi eliminada, sendo uma recomendação do Banco Mundial. No indicador starting a business, a entrega do capital social no momento da constituição de sociedades ĂŠ penalizada como um encargo administrativo suplementar. EntĂŁo porque razĂŁo nĂŁo se eliminou simplesmente o capital social? Juridicamente, o capital social ĂŠ fundamental para determinar, por exemplo, o direito aos lucros e o direito de voto dos sĂłcios, nada mais‌ Actualmente, o capital social nĂŁo representa uma verdadeira garantia para os credores e, em geral, para quem se relaciona com a sociedade mas sim o seu patrimĂłnio, o volume de negĂłcios e a credibilidade junto dos mercados financeiros. Parece bastante apetecĂ­vel ser-se sĂłcio, simplificam-se os procedimentos, eliminam-se formalidades desnecessĂĄrias, criam-se expectativas a baixo custo‌

Carla Leal Advogada e docente na Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo de Viseu

serĂĄ sempre assim? Imaginemos a seguinte hipĂłtese prĂĄtica: AntĂłnio e Paulo pretendem constituir uma sociedade por quotas ao abrigo deste novo decreto-lei. Os sĂłcios obrigamse a realizar a sua entrada com um euro, fixando o capital da sociedade em dois euros. AntĂłnio passa a ser titular de uma quota no valor de um euro correspondente a 50% do capital social bem como o Paulo passa a ser igualmente titular de uma quota no valor de um euro correspondente aos restantes 50 por cento do capital social. No dia da constituição tĂŞm de suportar os custos no montante de 300/360 euros, e no dia seguinte? Quem compra o papel, a caneta, quem paga a instalação do telefone e a internet?‌ LĂĄ se vai o capital social! AliĂĄs‌alguĂŠm que empreste dinheiro ou forneça a 180 dias! Mesmo os potenciais empresĂĄrios, muitas vezes jovens, sem recursos econĂłmicos prĂłprios que pretendam desenvolver uma actividade (vendas pela internet, traduçþes, etc.), para os quais foi pensado o presente decreto-lei, devem ser esclarecidos que para alĂŠm das despesas bĂĄsicas ainda tĂŞm as obrigaçþes fiscais e a Segurança Social. Como ĂŠ fĂĄcil de perceber com o capital social de dois euros, no nosso caso prĂĄtico, o Paulo e o AntĂłnio dificilmente conseguirĂŁo recorrer Ă banca, dificilmente obterĂŁo crĂŠdito junto dos fornecedores, dificilmente cumprirĂŁo com as responsabilidades fiscais, dificilmente criarĂŁo estabilidade no seio interno da sociedade. Mas poderemos todos pensar: constituise a sociedade inicialmente com dois euros e depois altera-se, aumenta-se o capital social ou os sĂłcios emprestam dinheiro Ă sociedade‌É aĂ­ que eu pretendo chegar‌ o simplex torna-se num processo complexo‌ por vezes sem solução. E os custos? Os dois euros‌ vĂŁo custar 200? 2.000? ou 20.000?

CVR DĂŁo salvaguarda uso de marcas e imagens da regiĂŁo Modelo ∑ CVR passa a ter acesso a listagem de pedidos de registo A ComissĂŁo VitivinĂ­cola Regional (CVR) do DĂŁo anuncia ter dado “mais um passoâ€? para salvaguardar o uso de marcas e imagens da regiĂŁo, no âmbito de um protocolo celebrado com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A CVR do DĂŁo explica, em comunicado, que “passarĂĄ a ter acesso semanal Ă listagem de pedidos de registo publicados no Boletim da Propriedade Industrial, para efeito de reclamaçãoâ€?. Desta forma, consegue garantir “uma maior celeridade processual relativamente ao acesso Ă informação sobre pedidos de registo de sinais distintivos do comĂŠrcio que contenham a expressĂŁo ‘DĂŁo’, isolada ou acompanhada por outros elementos nominativos ou figurativosâ€?, acrescenta.

“num mercado fortemente concorrencialâ€?, todos os agentes percebam a importância de “preservar os factores de diferenciação e o nome e a imagem de um rĂłtulo de uma garrafa de vinhoâ€?, que “sĂŁo muitas vezes selos distintivos de qualidade ou reputaçãoâ€?. Neste âmbito, Arlindo Cunha defende que “cada empresa e produtor do DĂŁo beneficiam ao registar convenientemente os seus produtosâ€?, cabendo tambĂŠm Ă CVR “a função de auxiliar a regiĂŁo a proteger as suas marcas e a suas denominaçþes de origemâ€?. O protocolo recentemente assinado tem um prazo indeterminado, mas estĂĄ prevista para dentro de um ano uma reuniĂŁo para avaliar os resultados obtidos.

Nuno AndrĂŠ Ferreira

Clareza no Pensamento

AArlindo Cunha diz que ĂŠ um benefĂ­cio registar os produtos A CVR DĂŁo esclarece que esta listagem “nĂŁo representa qualquer apreciação prĂŠvia quanto Ă viabilidade dos sinais apresentados a registoâ€? e, por isso, as reclamaçþes deverĂŁo continuar a ser realizadas dois meses apĂłs a data de publicação do pedido de registo no Boletim da Propriedade

Resende incentiva produção de gado

Industrial. Para o presidente da CVR DĂŁo, Arlindo Cunha, “este ĂŠ mais um passo no sentido de alertar os agentes econĂłmicos da regiĂŁo para a necessidade de salvaguardarem a imagem das suas marcas e o nome ‘DĂŁo’â€?. O responsĂĄvel considera fundamental que,

Lusa

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CONVOCATĂ“RIA Nos termos da alĂ­nea a) do nÂş 2 do artigo 24Âş e para efeitos da alĂ­nea nÂş 2 do artigo 34Âş dos Estatutos do Sindicato dos Trabalhadores dos Imposto (STI), convoco a Assembleia Distrital de Viseu do STI para o dia 14 de Novembro de 2011, a decorrer das 09:30 horas atĂŠ Ă s 17:00 horas, em todos os serviços locais e regionais da DGCI, DGITA e DGAIEC onde existam Associados, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Ăšnico: Eleição da Direcção Distrital para o quadriĂŠnio de 2012/2016.

A Câmara Municipal de Resende entregou incentivos no valor de 17.500 euros aos produtores de gado de raça arouquesa. A med ida decor reu no âmbito da tradicional Feira de S. Cristóvão. Este ano foram atribuídos prÊmios a 175 animais, correspondendo a um total de 17.500,00 euros em incentivos, de acordo com as Normas Reguladoras de Atribuição de Incentivos à Criação de Gado Tradicional, que atribui por uma

Ăşnica vez e por animal, um prĂŠmio de cem euros aos produtores proprietĂĄrios de Raça Arouquesa, com seis ou mais meses de idade, atĂŠ ao limite de 30 meses, tendo ou nĂŁo sido abatidos. Para o presidente da Câmara Municipal, AntĂłnio Borges, “esta ĂŠ uma forma de apoiar directamente o mundo rural e, sobretudo, chegar com incentivos aos que menos capacidade, muitas vezes, tĂŞm de se fazer ouvir ou representarâ€?.

Porto, 19 de Julho de 2011

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(JosĂŠ MĂĄrio Leite Pires)


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desporto OLIVEIRA DE FRADES REFORÇA PLANTEL

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

Cartão FairPlay O Torneio Internacional de Andebol da Feira de São Mateus já é o maior cartaz desportivo de Viseu. Todos os anos somos brindados com a presença das melhores equipas portuguesas, e estrangeiras de excelente nível. Numa cidade onde a alta competição anda há anos arredada, servem este tipo de eventos desportivos para amenizar essa ausência. Sporting e Benfica são os portugueses presentes e mais uma vez o Pavilhão da Inatel vai estar ao rubro. Parabéns aos organizadores. Volta a Portugal em Bicicleta

Gil Peres

Associação de Andebol de Viseu

A Jovem piloto viseense impôs o Peugeo 106 à concorrência Ralicross Sever do Vouga - Troféu Iniciação

Hugo Lopes dominador Vitória ∑ Piloto viseense venceu as três mangas, fez a poule e ganhou a final

Cartão Fairplay A Volta a Portugal em bicicleta está de regresso. Viseu tem novo encontro com este desporto tão popular. Este ano um final de etapa o que garante desde já uma festa com muitos adeptos. O Verão desportivo em Viseu é preenchido com estes eventos desportivos que trazem mais cor e alegria à cidade e nos colocam no mapa desportivo nacional. Aguarda-se uma prova competitiva.

O jovem piloto viseense Hugo Lopes, com um Peugeot 106 preparado pela Automotorsport, dominou de fio a pavio no Troféu Iniciação do Ralicross de Sever do Vouga.Desde cedo se percebeu que a prova seria uma corrida “a dois” entre Hugo Lopes e Rafael Lobato, vencedor das primeiras provas, mas, desta vez, o piloto viseense não deu qualquer hipóte-

se à concorrência. Venceu as três mangas que realizou e fez a volta mais rápida, o que lhe valeu a poule na corrida Final. Era a primeira vez que ia medir forças com Rafael Lobato. No arranque, Hugo Lopes ficou logo na frente e não voltou a perder o comando. Venceu, convenceu, e mostrou todo o seu potencial. Pelo que o campeonato tem mostrado, vai ser,

até ao fim, uma luta interessante com Rafael Lobato. Falta a última prova, em Montalegre. Quanto a Bernardo Maia, o jovem piloto de São Pedro do Sul hipotecou as suas aspirações quando partiu a transmissão do AX numa das mangas, o que fez com que partisse muito atrasado na final. O talento está lá, faltou a sorte que nestas coisas

do desporto automóvel também é importante. Na Divisão 5, Ivo Rosa começou em g ra nde ao vencer a sua primeira manga. Somou depois dois segundos lugares. Na final, com o Peugeot 205 GTi com perdas de potência, não conseguiu melhor que um quarto lugar na geral e um segundo lugar entre os duas rodas motrizes.

Nuno Pedro e Fábio Cunha, dois jogadores que na temporada passada alinharam no Nogueirense, são reforços do Oliveira de Frades para a nova época. Nuno Pedro esteve duas épocas em Tondela, antes de rumar ao clube do concelho de Oliveira do Hospital, e destaca-se por ser um “armador” de jogo exímio nas bolas paradas. Fábio Cunha é um jovem de Gouveia que passou pela formação do Sporting, União de Leiria e Académica de Coimbra. Tem apenas 20 anos e é reforço para o meio-campo. Outro jogador confirmado no plantel da nova época é Bruno Parente que alinhou na temporada passada em Tondela. É o regresso ao clube onde deu nas vistas para o futebol. Quem não continua para a nova época é o avançado Moacir que por opção própria resolveu deixar o GDOF. PLANTEL 2011/2012 André, Trindade, João Pedro, Meireles, João Paulo, Ruben, Pedro’s, Zé Ca rlos, Semedo, Gito (ex Nelas), Bruno Parente (ex Tondela), Samir (ex Casa Pia), Nuno Pedro e Fábio Cunha (ex Nogueirense) e Fred, Jorge, Quirino e João Paulo (ex juniores).

Futebol

Andebol - Torneio Internacional de São Mateus

Cartão Vermelho Viseu não difere do resto do país nas dificuldades financeiras e organizativas em que os clubes (sobre)vivem. Hoje, o associativismo não motiva, quase, ninguém e a forma como o desporto tem vindo a ser gerido não ajuda nada. A falência é o resultado de muita desorganização e o pior é que se continuam a cometer os mesmos erros do século passado. Até quando?!

Quatro equipas “top” na edição de 2011 Sporting, Benfica, Cuatro Rayas Balonmano Valladolid, quinto classificado da Liga Asobal, e os suecos do Lugi, fazem a edição de 2011 do Torneio Internacional de Andebol Feira de São Mateus. Este torneio é já uma referência na modalidade ao nível da pré-época, pela qualidade das equipas em prova, e pela excelência da organização que não poupa

esforços para dar às equipas as melhores condições de alojamento, o que faz com que sejam muitas as formações que fazem questão de escolher o torneio de Viseu. Um caderno de encargos nada fácil de concretizar, e que obriga a organização a um esforço extra para conseguir reunir todos os apoios necessários para que Viseu continue a

receber este torneio com equipas de topo do andebol nacional e internacional. A competição está agendada para os dias 20 e 21 de Agosto, com os jogos a serem disputados no Pavilhão do Inatel, em Viseu. Além dos dois grandes de Lisboa, a organização, a cargo da Associação de Andebol de Viseu, garantiu a presença do, principal campeonato de Espanha,

o que diz bem do poderio desta formação. Da Suécia vem a formação do Lugi Handboll, uma das mais fortes formações de um país com largas tradições na modalidade, sendo mesmo uma das principais potências do andebol europeu e mundial. Quanto aos jogos, no dia 20, e com transmissão televisiva na RTP2, jogam Sporting e Lugi (15h00)

e Benf ica – Valladolid (17h00). No dia seguinte, defrontam-se pelas 15h00 os derrotados da jornada anterior, para apuramento dos 3º e 4º lugares, enquanto a final, entre os vencedores dos jogos do dia 20 se defrontam pelas 17h00. Jogo que será televisionado caso esteja presenta na final uma ou as duas equipas portuguesas.


FUTEBOL | DESPORTO 29

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Viseu Futsal

Taça Portugal DHU

A Sempre a descer, e bem depressa, são características do DHU Viseu volta a ser palco de mais um Downhill Urbano integrado na Taça de Portugal de DHU. Será a terceira prova do campeonato e vai trazer até Viseu, no dia 18 de Setembro, os principais especialistas desta espectacular modalidade praticada em bicicleta. Publicidade

O cenário voltará a ser a zona histórica de Viseu com as ruas e ruelas que ligam a Sé Catedral até à zona ribeirinha da cidade. No Downhill Urbano a regra é pedalar o mais possível, sempre a descer, num percurso estreito, com curvas apertadas e cheio de irregularida-

des no piso. O mais rápido a fazer a descida vence a prova. Não é a primeira vez que Viseu recebe este tipo de competições que são sempre garantia de muita adrenalina para os concorrentes e de uma grande espectáculo para quem assiste.

O Viseu Futsal 2001 assegurou a contratação do jovem guarda-redes de 23 anos, Pedro Pereira, que na época passada defendeu a baliza do Gumirães, clube onde venceu todas as competições distritais de Viseu - Campeonato e Taça. O treinador Rui Almeida vê, assim, reforçada a posição de guarda-redes, depois de também ter sido assegurada a continuidade de Nilton Fontes e Luis Vaz. Enquanto vai definindo o plantel para a nova temporada, com início marcado apenas para o próximo mês de Outubro, o clube tem já agendada praticamente a sua preparação de pré-época que inclui, entre ouPublicidade

Gil Peres

Downhill Urbano Pedro Pereira é mais regressa a Viseu uma opção na baliza

A Pedro Pereira tros, jogos com a Lusitânia (Guarda), Nogueirense (Coimbra), Futsal Azeméis, Lameirinhas, e

a participação no Torneio São Mateus, dia 18 de Setembro, em jogo com o Sporting da Covilhã.


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passeios de verão

texto ∑ Tiago Virgílio Pereira fotos ∑ Nuno André Ferreira

A bordo da Barca Missão∑ O Jornal do Centro foi navegar no Douro e conhecer a gastronomia No seguimento da apresentação de propostas para um dia, ou fim-de-semana diferentes, desta vez sugerimos aos nossos leitores deixar Viseu pela A24, sair na localidade de Bigorne e descer na direcção de Resende. Por uma estrada estreita e serpenteada vão avistar e “atracar” nas Caldas de Aregos. O passeio começa aqui. O Cais Turístico Fluvial de Caldas de Aregos foi inaugurado no dia 26 de Agosto de 2009 e traduziu-se numa obra de elevada importância para o concelho de Resende e para a região, já que transformou este local no segundo maior cais do Douro, através de um investimento de cerca de 3 milhões de euros, suportado pelo município de Resende e pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM). O Jornal do Centro “le-

vantou âncora”, às 11h30, a bordo da Barca d´Aregos. Apesar de estarmos no distrito de Viseu, o “vamos embora” soou com sotaque nortenho. A nova Barca de Aregos, já que só está em funcionamento há pouco mais de seis meses, partiu no passeio marítimo-turístico com 11 passageiros, incluindo os dois elementos da tripulação. A paisagem que nos rodeia é deslumbrantemente relaxante. De um lado o concelho de Resende, Viseu, do outro o concelho de Baião, Porto, separados pelas águas de um rio. Nas encostas, o verde-escuro e o castanho claro sobressaem e espelhamse com bailadores revérberos nas águas prateadas onde o sol se banha. Ainda assim, diz-se por aqui que “já teve mais espécies agrícolas”. Casas abandonadas e verdadeiros “palácios” restaurados são uma constante. “Mete inveja saber

que há pessoas que vivem nestas encostas, bordejadas pelo rio e têm esta vista privilegiada”, disse um tripulante. Umas milhas à frente avistámos a estação de Caminhos de Ferro da Ermida, em Baião. “Antigamente havia uma barca - barca de baixo - que fazia a travessia entre Resende e Baião, todas as mercadorias paravam nesta estação e as pessoas tinham obrigatoriamente que se deslocar lá para se abastecerem”, contou o marinheiro António Lopes. Contudo, foi a Rainha Santa Isabel a pioneira destas viagens entre Resende e Baião, “foi ela que sugeriu a barca para que as pessoas pudessem passar de um lado para o outro gratuitamente”, lembrou o nauta. Continuamos a descobrir história e a visualizar paisagens sublimes. A Casa Porta de Rei tem um “segredo: tem tantas portas

e janelas como dias tem o ano”, mas tem mesmo? perguntámos, “não sei, é o que dizem”, retorquiu um tripulante. Por esta altura, já estávamos de regresso e, à nossa esquerda, deparámos com a praia fluvial de Caldas de Aregos, local muito aprazível para um excelente e refrescante mergulho. E uma hora num ápice passada, já de porto à vista, com a mareação a abrir o apetite, atracámos prontos para outras “águas” que não as do Douro. Entretanto, ficámos a saber que, apesar deste passeio ainda não ter muita divulgação, têm sido coroados de êxito os esforços do presidente da autarquia para promover esta iniciativa, que começa a ter resultados palpáveis. Não foi difícil, com tão sábios cicerones, descobrir onde amesandar para conhecer as propostas gastronómicas que Are-


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PASSEIOS DE VERÃO 31

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d´ Aregos típica da região de Resende gos oferece aos seus visitantes. Às 13h00, O Restaurante das Caldas, junto à marina, foi o local escolhido. Um restaurante típico com comida tradicional. Uma delícia. O polvo à lagareiro cuidadosamente preparado, um pitéu. Antes, a “tranca do estômago” com uma sopa de legumes. O Restaurante das Caldas é um espaço acolhedor onde os azulejos azuis com imagens de pescarias antigas sobressaem por entre a decoração rústica. A madeira domina e as janelas de grandes dimensões não passam despercebidas ao mais desatento observador, que delas continua a ver e a sentir o Douro. O anho assado e o bacalhau à Caldas são os pratos mais requisitados da casa. Sempre cozinhados em forno de lenha que lhe dá aquele sabor tão especial. A garrafeira é composta maiori-

tariamente por vinhos do Douro, também havendo do Dão. Se no rio o tempo voou com a maré, à mesa escoou-se com a boa conversa e o agradável repasto. Sempre difícil é a hora do adeus. Mas a ela chegada, com mágoa, deixámos esta paisagem e estas gentes afáveis com um poema de Torga, datado de 1962

DOIRO Suor, rio, doçura. (No princípio era o homem ...) De cachão em cachão, O mosto vai correndo No seu leito de pedra. Correndo e reflectindo A bifronte paisagem marginal. Correndo como corre Um doirado caudal De sofrimento. Correndo, sem saber Se avança ou se recua. Correndo, sem correr, O desespero nunca desagua ...


D Cinema no Parque Urbano

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culturas expos

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O cinema ao ar livre regressa a Tondela, todas as segundas, pelas 21h30, de Agosto no Parque Urbano. As noites quentes de Verão proporcionam a atmosfera ideal para assistir a grandes filmes, num misto de clássicos e recentes.

Arcas da memória

Destaque

VISEU ∑Edifício Técnico da Refer/Telecom

Longroiva – As três coisas que ela tem

Até dia 30 de Setembro

Alberto Correia

Exposição de fotografia

Antropólogo

“Viseu, Memória Ferrovi-

aierrocotrebla@gmail.com

ária”.

Tês coisas tem Longroiva / Que mal empregadas lhe são; São os sinos e as águas / E a Senhora do Torrão. Quadra popular

TONDELA ∑MuseuTerrasdeBesteiros Até dia 21 de Agosto

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal Até dia 30 de Setembro Exposição “Viagem pela História da Imprensa Santacombadense”. LAMEGO

∑Museu de Lamego Até dia 30 de Setembro Exposição “Homenagem às Artes Populares”, da artista Alexandra Assunção Correia.

VILA NOVA DE PAIVA ∑Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de Agosto Exposição de artesanato “As Igrejas do meu Concelho”, de Armando Silva.

DR

Exposição de pintura de Alexandre Magno.

A Camané encerra a 14ª edição

Festival Altitudes anima Campo Benfeito Menos investimento ∑ Não haver nomes internacionais é o resultado Está quase a começar o Festival Altitudes, no Montemuro. Teatro e muita música vão animar a aldeia de Campo Benfeito, de 13 a 21 de Agosto. A 14ª edição do Festival Altitudes teve cortes, sofreu reestruturações e obrigou a organização a fazer um exercício de “multiplicação” de meios e financiamentos. Contudo, e mesmo sem presenças internacionais, o Altitudes promete espectáculos, concertos e ateliers de qualidade e rigor para as gentes do Montemuro e de todo o país. A nível teatral, o Altitu-

des apresenta O Teatro O Bando, que já não se apresentava no Montemuro há uns anos. O Palmilha Dentada e o Peripécia Teatro, duas presenças regulares no festival, o Teatro das Beiras com quem o Montemuro tem uma relação de muitos anos de intercâmbios e co-produções, a FCProduções que também regressa ao festival após ausência de alguns anos, o Teatro de Marionetas do Porto que tem sido uma presença constante e que regressa sob a forma de homenagem do Montemuro ao amigo

João Paulo Seara Cardoso e a ACERT, em que se destaca a relação de amizade entre as estruturas. Ta m b é m o s m a i s pequeninos não foram esquecidos e nas manhãs de 17 e 21 Agosto, pelas 10h30, a companhia Chão de Oliva e o Teatro e Marionetas de Mandrágora apresentam os seus projectos. A música dá claramente um calor diferente ao festival. No dia de encerramento do festival, Camané vai fazer vibrar o pequeno Espaço Montemuro.

Sessões diárias às 18h20, 21h40, 00h00* Os Pinguins do Sr. Popper (M6) (Dob.) Digital

Capitão América (M12) (Digital)

Noite (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h00, 21h30, 00h05* Chefes Intragáveis (CB) (Digital)

Sessões diárias às 10h45 (Dom.), 13h20, 16h00, 18h40 Carros 2 (M6) (Dob.) Digital

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 17h40, 21h00, 00h15* Transformers 3 (M6Q) (Digital) Sessões diárias às 10h50 (Dom.), 13h40, 16h20, 19h10, 21h50, 00h30* Carros 2 (M6) (Dob.) Digital Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h30, 15h45 O Panda do Kung - Fu 2 (M6) (Dob.) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h10, 00h10* O Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h10 (Dom.), 13h20, 15h30 Os Caçadores de Dragões (M6) (Dob.) Digital Sessões diárias às 14h20, 17h20, 21h20, 00h20*

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20 Super 8 (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h30, 00h10 Dylan Dog: Guardião da

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 19h50, 22h00, 00h30 Professor Baldas (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h00, 23h55 O Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 (M12) Digital

Chegou-me desde o tempo de menino esta quadra de rústico sabor. Teria seis anos, não sei bem, era o tempo em que se aprendia das avós as lengas-lengas de entretém, as orações em verso ao deitar, era o tempo das mil histórias de pasmar, da Senhora da Lua, a Lua - cheia esplendorosa, apenas poesia e sonho para os meus olhos de menino. Não pude aprender de uma avó toadas do cantar do linho nem versos de pé quebrado. Uma delas, das avós, partiu cedo para o Brasil e não voltou, a outra trocou cedo esta terra pelo céu. Mas às vezes eu ando de mãos dadas, de memória, com uma ou outra, pela mão. Tive por sorte uma madrinha. Cabelo branco. Como se fosse do retrato de uma avó. Foi com ela que aprendi o Padre - Nosso Pequenino. Foi ela quem primeiro me ensinou o nome que no céu tinham as estrelas. Foi com ela que aprendi que lá longe havia o mar, um mar

Sessões diárias às 14h30, 17h40, 21h10, 00h05 Capitão America: O Primeiro Vingador (M12) (Digital 3D)

antigo como se de Ulisses fosse, como se a Nau Catrineta de que ela me contou ainda por lá andasse a navegar. Foi ela quem primeiro me falou de Longroiva. Quatro versos. A história toda de uma cidade condensada em quatro versos. A singeleza de Moisés descrevendo o Paraíso. Águas originais, ainda quentes, águas de princípio do mundo, a leveza de um cheiro a enxofre, sinos tocando como os sinos da minha aldeia na manhã límpida de Domingo e a Senhora do Torrão, a imagem de uma Virgem que eu via num andor, em procissão. Uma história linda que tinha a Senhora do Torrão. Morava ao lado da Igreja numa capelinha que fizeram só para ela. Era ali que ela gostava de estar. Vinha-se embora quando a levavam num andor de festa para a igreja. Era ali que as mulheres iam falar com ela aproveitando a ida à fonte. Há dias fui a Longroiva, franja da Beira caída sobre o Douro. Lá estava tudo como a madrinha me contava. Os sinos na torre. As águas ainda fumegando, ainda princípio de mundo. A Senhora do Torrão na capelinha.

Estreia da semana

Sessões diárias às 21h20, 23h40 Hanna (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 14h10, 16h30, 19h10 Animais Unidos Jamais Serão Vencidos (M6) (Dob.) Digital 3D

Legenda: * Sexta e Sábado

Chefes Intragáveis– Nick, Kurt e Dale são três amigos que, frustrados com os seus trabalhos, chegam à conclusão que a única solução para acabar com a monótona rotina é matar os respectivos chefes.


D Concerto Hi-Fi

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CULTURAS 33

A banda musical viseense Hi-Fi actua hoje à noite em Travanca de Bodiosa, Viseu. O mês de Agosto está praticamente todo preenchido com concertos.

Destaque

Literatura

“A Idade da Sabedoria” em Resende O município de R e s e n d e p r o m o ve a actividade “A Idade da Sabedoria”, que pretende trabalhar a leitura e contar histórias aos mais idosos, durante o mês de Agosto. A iniciativa decor-

re nos Centros Comunitários de Felgueiras e S . Rom ão e no L a r Sa nta Ca sa d a M i se ricórdia de Resende, em sessões semanais de leitura e conto de histórias, apelando à pa r ticipação dos ou-

vi ntes, desa f ia ndo o s a r e ve l a r a s s u a s própr i a s h i stór i a s e v i vê n c i a s , t e s t e m u nhos que serão documentados e apresentados no final do projecto sob a for m a de documentário. TVP

Artes

XII Feira de Artesanato de Vouzela Amanhã, o Mercado Municipal, em Vouzela, vai receber vários workshops de artesanato, das 14h30 às 17h00, numa iniciativa integrada na XII Feira de Artesanato de Vouzela, que se realiza até domingo. Bijutaria criativa, bordados do Minho, cestaria,

DR

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A Gabriel o Pensador vai ser uma das grandes atracções do festival

Festival Serra da Estrela 5ª Edição ∑ Após dois anos “parado” o festival regressa com vontade de se afimar Depois de dois anos de interrupção, o Festival Serra da Estrela está de regresso nos dias 25, 26 e 27 de Agosto, no Complexo do Ski Parque, na Relva da Reboleira, na margem do Rio Zêzere. Inserido no coração da Serra da Estrela, o evento pretende aliar a música à n at u reza promovendo, ao mesmo tempo, o concelho de Manteigas e as suas potencialidades. O 5º Festival Serra da Estrela irá proporcionar momentos inesquecíveis de aventura e lazer, sensibilizando os participantes para a preservação ambiental e o contacto com a natureza num ambiente paradisíaco.

Durante estes dias, o município de Manteigas irá divulgar um c o nj u n to d e a c ç õ e s vocacionadas para o turismo e desporto, sempre em contacto com a natureza, com percursos pedestres, pesca desportiva e desportos de aventura. Os bilhetes têm desconto se forem adquiridos antes do dia 15 de Agosto. A partir daí, o passe de três dias custa 35 euros. Quem quiser aliar o festival a actividades radicais - aula de ski ou snowboard (material incluído), slide, rappel, escalada, tiro com arco e zarabatana o bilhete passa a custar 50 euros.

O passe de u m dia custa 15 euros. No dia 25, Sean Riley & The Slowriders e Virgem Suta vão ser as principais atracções. Oquestrada, Teratron e o Dj Rui Vargas vão fazer as delícias dos festivaleiros no dia 26. A terminar, o brasileiro Gabriel o Pensador vai ser o cabeça-decartaz e Kumpania Algazarra uma das mais esperadas . A Associação Orgânica em conjunto com a Câmara Municipal de Manteigas organizam o Festival Serra da Estrela 2011. Tiago Virgílio Pereira tioago.virgilio@jornaldocentro.pt

doçaria regional, feltro, macramé, madeira, tanoaria e trabalhos em papel/

reciclagem são algumas das modalidades disponíveis. TVP


34 CULTURAS

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Destaque

Museu do Quartzo abre em breve

A A actuação de Luís Filipe Reis, a partir das 22h00, encerra as festividades

Festa em Sernancelhe termina no fim-de-semana Leandro ∑ Artista anima hoje certame dedicado essencialmente aos emigrantes O VII Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, de Sernancelhe, termina este fim-de-semana. O recinto da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe é o espaço escolhido para acolher o evento que tem sido visitado por milhares de pessoas, sobretudo emigrantes que, por esta altura

do ano, estão de férias no concelho. Hoje, pelas 22h00, vai actuar a Orquestra Del Mar. Leandro, uma das grandes atracções do festival, actua amanhã, pelas 22h00. No dia de encerramento do festival, haverá uma tarde de diversão para as crianças com insufláveis, pinturas, palhaços e outras actividades. Às 22h00 ac-

tua Luís Filipe Reis mesma noite que culminará com uma sessão de fogo de artifício. O VII Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, evento que é já uma referência, é conhecido pela dinamização económica que gera no tecido empresarial local e regional, tanto em termos negociais como de

promoção das empresas e dos seus produtos. No que à componente de animação diz respeito, o festival é um espaço de convívio e diversão de Verão, onde os emigrantes se reencontram com o concelho e o concelho se reencontra com as suas gentes da diáspora lusitana. Tiago Virgílio Pereira

O Museu do Quartzo, que está a ser construído no Monte de Santa Luzia, em Viseu, deverá ser inaugurado antes do final do ano, após vários episódios que impediram a sua abertura em outras datas anunciadas. O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara, Américo Nunes aos jornalistas. O equipamento começou a ser construído em 2006. A estrutura do edifício ficou pronta e 2008, os acessos estão feitos, e chegou a ser apontado como o ano da inauguração, o que não se verificou devido a atrasos na definição dos conteúdos por parte da Agência Ciência Viva, agora concluídos. O último senão para mais um atraso, avançou o vice-presidente da autarquia, foi a instalação do equipamento de ar condicionado. “Tivemos que reformular todo o sistema de ar condicionado, porque os conteúdos são essencialmente baseados em equipamento multimédia que não são muito compatíveis com

Música

Rouxinol Faduncho é a grande atracção Rouxinol Faduncho é o cabeça-de-cartaz do programa das Festas do Castelo 2011, que se realizam na vila de Vouzela, até segunda-feira, dia 8 de Agosto. Amanhã, o dia começa com um percurso pedestre.

Às 15h00, há animação infantil no Parque da Liberdade e às 18h00 actua a Filarmónica Verdi Cambrense. À noite, pelas 22h00, sobe ao palco o artista Rouxinol Faduncho, uma personagem criada pelo actor e

humorista Marco Horácio e que proporciona um espectáculo com muitos momentos de descontracção e boa disposição. No domingo, pelas 21h30, vai ter lugar o Festival Internacional de Folclore,

que conta este ano com a participação do Rancho Folclórico “As Capuchinhas de S. Silvestre”, de Vasconha, do Folk Group LisZirandulis, de Itália, do Grupo Folclórico, Danças e Cantares de Carreço, de

Viana do Castelo e do Estampas Mexicanas Ballett Folklorico, do México. As Festas do Castelo terminam na segunda-feira pelas 22h00, com um baile popular da Banda Tribo. TVP

grande luminosidade”, explicou. Terminada a empreitada do ar condicionado prevista para Setembro, Américo Nunes diz que o museu estará em condições de abrir as portas quase de imediato: “Quando a obra for dada como concluída, faremos a instalação dos conteúdos e abriremos o museu”. Sendo 99 por cento interactivo, o Museu do Quarto define-se como um centro de interpretação de minerais “onde o visitante, essencialmente alunos, participam na descoberta do próprio museu”, com uma componente lúdica significativa. “Os miúdos têm laboratórios com microscópios que permitem ver os minerais que estão, por exemplo, num basalto e que nós não vemos”, exemplif ica Américo Nunes. O autarca lembra que quem visita o museu não vai ver uma exposição, mas vai participar na descoberta de questões ligadas à geologia, daí ser chamado de centro de estudo. EA


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em foco Andanças até Domingo

Nuno André Ferreira

O festival Andanças, que vai decorrer até domingo, dia 7, na aldeia de Carvalhais, S. Pedro do Sul, tem como tema “a pausa”. O festival vinca o espírito de harmonia, diversão, boa disposição e partilha de conhecimentos. É curioso observar idosos a dançar com jovens sem que o sentimento de inferioridade ou vergonha sobresaia. No Andanças a (in)diferença não tem pulseira e, por esse motivo, só entra a igualdade e a solidariedade. O Jornal do Centro foi dançar a Carvalhais. As saias compridas e coloridas das senhoras de todas as idades são uma marca. Os saltos altos e as calças apertadas ficam em casa... ou na tenda. É tempo de usar os tops e as t-shirts ousadas e rasgadas que a responsabilidade laboral impede que sejam mostrados . Há energia positiva no Andanças. Também há menos gente, a maior parte queixa-se do preço do bilhete. Vimos muitos espanhóis encantados com o festival, “é o melhor de Portugal”, disseram.

Vinte e cinco meninos do ATL das Obras Sociais da Câmara Municipal de Viseu visitaram o Jornal do Centro no dia 1 de Agosto. Os participantes há muito que gostavam de ver como se faz um jornal, por isso pediram aos monitores do ATL para organizarem uma visita. A Mariana Amaral afirmou que a visita foi muito “agradável” e que estava a aprender “muita coisa nova”. Já o Bernardo Marques descreveu que o mais interessante foi aprender a “passar as comunicações de jornalista para jornalista”, ou seja, o jovem ficou fascinado com o trabalho em rede ao ver jornalistas, paginadores e outros departamentos a trabalharem na mesma página do jornal em simultâneo. Uma tarde diferente para gente nova que gosta de estar de férias mas sente necessidade de estar constantemente a aprender coisas novas.

Emília Amaral

GENTE QUE NOS VISITA


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em foco

A obra de arte é do escultor José Alexandre, natural da Covilhã. Em 10 dias construiu em areia a Sé de Viseu e toda a envolvente histórica da cidade, idealizou o Viriato, e desenhou na perfeição as personagens mais emblemáticas da Vila Moleza. A ideia de fazer construções em areia longe do areal das praias portuguesas foi do Forum Viseu. Para celebra o Verão, o centro comercial lançou a campanha “Esta é a Tua Praia”. Uma semana de muita animação e workshops com o escultor José Alexandre, para os visitantes aprenderem os segredos da escultura em areia.

Emília Amaral

Segredos das esculturas em areia animaram Forum

1700 escoteiros no Caramulo

Nuno André Ferreira

A meia encosta do Caramulo, em Arca, cerca de 1700 escoteiros de Portugal e de diversos países europeus e africanos assinalam o centenário da criação do primeiro grupo de escoteiros em Portugal. O tema transversal do encontro é o “Escotismo para todos”, lema que orienta os escoteiros de Portugal. Como o escotismo vive essencialmente do ar livre e do contacto com a natureza, amanhã, todos os jovens participantes no acampamento vão estar envolvidos numa grande acção de limpeza de floresta, com controlo de espécies infestantes, em colaboração com a Autoridade Florestal Nacional, no âmbito do Ano Europeu do Voluntariado e no Ano Internacional da Floresta. Os escoteiros de Portugal são a segunda maior associação juvenil portuguesa, que envolve mais de 13 mil jovens distribuídos por 145 unidades.


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saúde “Viseu tem tudo a 100 % há mais de seis anos” Receitas de medicamentos∑ Prescrição electrónica obrigatória desde segunda-feira com situações de “excepção” em portaria Entrou em vigor na segunda-feira, dia 1 de Agosto a prescrição eletrónica de receitas de medicamentos. Em Viseu, a entrada em funcionamento da Portaria não tem causado grandes transtornos uma vez que os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACS) estão a funcionar no novo modelo há já algum tempo. “Viseu tem tudo a 100 por cento há mais de seis anos”, confirmou o director do ACES Dão Lafões I, José Carlos Almeida.

Tal como no país, em Viseu eventuais problemas colocam-se sobretudo ao nível da medicina privada, uma vez que muitos médicos ainda prescreviam medicamentos nas receitas manuais. Os médicos que desde segunda-feira continuem a prescrever medicamentos de forma manual terão de colocar na receita a palavra “exceção”, mostrando desta maneira que se encontram nas situações que permitem escapar às receitas eletrónicas.

Segundo uma portaria já publicada em Diário da República, as situações de exceção devem ser identificadas “pelo prescritor da receita, sob o logótipo do Ministério da Saúde, através da aposição da palavra ‘Excepção’”. Os médicos têm ainda de mencionar qual a situação de exceção em que se inserem, mediante a indicação da alínea e artigo do diploma que veio instituir a prescrição eletrónica. O diploma que faz de-

pender a comparticipação estatal dos remédios da prescrição eletrónica introduz várias exceções, como os profissionais com um volume de prescrição igual ou inferior a 50 receitas por mês. Também a prescrição de medicamentos no domicílio e a falência do sistema eletrónico de receitas ou a inadaptação comprovada a sistemas informáticos são exceções contempladas. Emília Amaral/Lusa

A

Eventuais problemas põem-se nos privados e nas farmácias

Unidade Móvel de Vouzela parada em Agosto A Un idade Móvel de Saúde de Vou z el a (UMSV) vai estar parada até 31 de Agosto. Desta forma o serviço não vai percorrer o concelho como é habitual. A Câmara de Vouzela justifi-

ca a paragem com a manutenção da viatura e o tempo de férias. Desde Maio de 2005, altura em que começou a percorrer o concelho, estão inscritos mais de 2100 utentes, tendo sido

prestadas mais de 20 mil consultas. A U M SV tem como objectivo prestar cuidados médicos às populações mais desprotegidas do concelho, e “actua de forma proactiva na pre-

venção de determinadas doenças e destinando-se, essencialmente, à população mais idosa e distante das unidades de saúde existentes”, conclui o comunicado da autarquia de Vouzela.


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Opinião

A sopa - Virtudes, problemas e soluções

SOS VOZ AMIGA

800 202 669

Nos dias de hoje assiste-se a um consumo cada vez maior de sopas pelos mais variados motivos não só económicos como nutricionais. As sopas constituem uma fonte fundamental de nutrientes indispensáveis na nossa alimentação. São uma inesgotável fonte de hidratos de carbono, proteínas, lípidos (gordura), sais minerais, vitaminas e fibras, dependendo da sua composição. A sua confecção permite evitar a perda de nutrientes, uma vez que a água onde são confeccionados (fervidos) serve de base para suster todos esses nutrientes. No entanto e em face da reduzida disponibilidade para a sua elaboração diária verifica-se que por vezes esta é confeccionada tendo em vista o seu consumo ao longo da semana. Assim é notória que esta tende a

estragar-se, azedar por norma 2 dias após a sua confecção. Porque será? A resposta é simples, na sua confecção a sopa é fervida aproximadamente durante 20 a 30 minutos o que conduz a uma destruição de praticamente todos os microrganismos existentes nos diferentes alimentos que a constituem. De facto esta situação é verdade, no entanto os microrganismos revelam capacidades múltiplas de resistirem a tratamentos térmicos pelo calor, com a formação de esporos (cápsulas) que posteriormente permitem de novo o seu rápido crescimento, quando a temperatura se situa entre os 20 e 30 ºC. Deste modo, importa então desenvolver mecanismos no sentido de evitar o seu crescimento, bem como permitir a sua destruição por completo. Este

processo consegue-se quanto fomentamos o chamado “choque térmico”, isto é, passamos de temperaturas muito quentes 80ºC para temperaturas inferiores a 10 ºC num período inferior a 60 minutos. Com este processo a grande maioria dos microrganismos acaba por morrer. Assim, para preservarmos a nossa sopa devemos desenvolver algumas regras indispensáveis que passamos a descrever: Após a confecção a sopa deve ser servida quente (temp > 65ºC) ou mantida a esta temperatura. No caso de não ser consumida de imediato, deve ser vertida em recipientes, tapada de imediato e colocada num local onde a temperatura baixe rapidamente (temp < 10ºC), por exemplo, banho de gelo, na varanda, no Inverno, durante a noite, ou recorrendo ao

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

frigorífico, já para não falar na sua congelação. Nestes casos o seu reaquecimento deve ser feito sempre até à fervura durante 10 a 15 minutos. A ideia de que o frigorífico azeda a sopa encontra-se muito difundida e não constitui verdade. O que se verifica é que o consumo energético deste equipamento dispara e os outros alimentos acabam por aquecer, mas a sopa não se estraga. No caso de actuarmos segundo o que se acabou de descrever vamos por certo poder fruir de um alimento bastante completo, de fácil preparação e que constitui uma fonte de nutrientes esplêndida. Experimentem, vão ver que resulta e o trabalho da sua confecção diminui durante a semana.


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SAÚDE 39

05 | Agosto | 2011

CAMPANHA DE RECOLHA DE SANGUE CHEGA ÀS PRAIAS

Casa de Saúde S. Mateus estende valências a Mangualde Estratégia∑ Hospital privado pretende diversificar serviços e aproximar institutição às necessidades dos utentes

Arrancou na segunda-feira, 1 de Agosto, em cinco praias, campanha de Verão do Instituto Português do Sangue (IPS) “DadorSa lvador”, que visa sensibilizar os jovens para dar sangue e garantir um volume elevado de colheitas. A ca mpa n h a v i sa sensibilizar os jovens entre os 18 e os 25 anos - a faixa etária que menos participa nas ações de recolha de sangue – para que se tornem dadores regulares. Segundo o presidente do IPS, Álvaro Beleza, a campanha inspira-se no nadador salvador e nos surfistas “para atrair os mais jovens para a dádiva de sangue”, num mês em que há mais necessidades de recolha. “Em agosto há menos dadores, muitos vão de férias, e há muitos acidentes e internamentos nos hospitais. Precisamos de mais dadores jovens. São mais saudáveis e estão mais disponíveis para a solidariedade e é importante manterem este hábito”, disse o responsável à agência Lusa. Cada praia abrangida (Póvoa de Va r z i m , Fig uei ra da Foz , Ca rcavelos , Monte Gordo e Quarteira) vai ter uma unidade para colheita de sangue, mas para se ser doador há requisitos que devem ser cumpridos. “Têm que ter hábitos de vida saudáveis, nomeadamente convém que só tenham uma namorada e que tenham esses hábitos do parceiro regular”, disse Álvaro Beleza. Lusa/EA

Numa clara aposta na diversif icação de serv iços e aprox i m ação aos utentes, a Casa de Saúde São Mateus (CSSM), em Viseu reforça a sua ofer ta de cuidados de saúde na cidade de Mangualde, através da introdução de novos serviços na já existente clínica ErgoGymno. Às valências de or toped ia e f isio terapia já disponíveis pela clí n ica , a CSSM disponibiliza a partir de S e te m br o o s s e rviços médicos de clínica gera l, prestados pelo corpo clínico da CSSM. “Com esta aposta, a

m a is a nt iga i n st it u ição privada de saúde de Viseu, pretende d a r cont i nu id ade ao s e u p o s ic io n a m e nto estratégico, fortemente orientado para a s n e c e s s id a d e s d o s ute n te s e s a t i s f a ç ã o das suas necessidades, prestando serviços médicos e de en fer m a gem de qu alidade, pela mão de prof issionais qua lif icados, adianta a direcção da CSSM em comunicado. De acordo com a CSSM, estes novos serv iços serão acompanhados da mesma política de preços, vigente

desde o início de 2011, na unidade de Viseu. Pensionistas e crianças até aos 12 anos, têm um preço especial de 35 euros. A C S SM prest a u m ser v iço mé d ico p ermanente, todos os dias sem interrupção, com atendimento em medicina geral e familiar, apoiado de exames de d i a g nóst ico e ser v iç o s d e e n fe r m a ge m . Disponibiliza também consultas médicas nas mais variadas especialidades, o serviço de internamento e o serviço médico e de enfermagem ao domicílio.

A CSSM introduz clínica geral na ErgoGymno


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40 CLASSIFICADOS

05 | Agosto | 2011

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terçafeira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à SubEstação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Preço médio por refeição 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

PENALVA DO CASTELO

VOUZELA

O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES

RESTAURANTE A COCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

IMOBILIÁRIO

T2 c/cozinha mob. e equipada, centro cidade, aquec. central, arrumos. 275,00€ 917 921 823

TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU

ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a L g. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes3715c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt

MANGUALDE

JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt

NELAS

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

VENDE-SE T1 Jtº. Cidade c/pré – inst. A/C, estores elétricos, garagem c/ portão automático. 120.000,00€ T. 969 090 018

T2 c/boas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos, Centro Cidade. 325,00€ 914 824 384

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Moradia c/boas áreas, garagem, arrumos, varanda, logradouro. 300,00€ 969 090 018

T2 Qtª. Bosque c/ aquec. completo, lareira, arrumos, pré – inst. A/c, garagem, novo. 132.500,00€ 914 824 384 T3 Abraveses c/lareira, aquec. completo, A/c, cozinha equipada, arrumos. 70.000,00€ 969 090 018 Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, arrumos, churrasqueira. 180.000,00€ 917 921 823 Moradia c/450m2 área, aquec. central, copa, escritório, estores elétricos, churrasqueira. 200.000,00€ 914 824 384

IMOBILIÁRIO ARRENDA-SE T3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€ 969 090 018

T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€ 917 921 823 Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, escritório, garagem p/5 carros, churrasqueira. 600,00€ 914 824 384

Moradia c/ aquec. completo, painéis solares, cozinha equipada, logradouro. 500,00€ 969 090 018 T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€ 917 921 823 T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384 T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€ 969 090 018 Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churrasqueira. 650,00€ 917 921 823


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CLASSIFICADOS 41

05 | Agosto | 2011

EMPREGO & FORMAÇÃO OFERTAS DE EMPREGO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320) Empregado de mesa. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761 Empregado de quartos – hotelaria preferência por candidato com experiência. Mortágua – Ref. 587768748 Recepcionista de hotel. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área e domínio de línguas. Mortágua – Ref. 587768776 Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846 Carpinteiro de limpos com experiência profissional como carpinteiro/a de limpos, para de uma forma autónoma colocar forro de madeira e outros elementos de carpintaria. Santa Comba Dão – Ref. 587765599 Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799 Marteleiro com experiência mínima de 2 anos. Santa Comba Dão – Ref. 587772064 Cabeleireiro praticante de cabeleireiro c/carteira profissional. Tondela – Ref. 587757565 Costureira, trabalho em série. Pessoas com experiência. Tondela – Ref. 587768480 Impressor de “offset” c/ experiência na área. Tondela – Ref. 587768257 Pedreiro de acabamentos com experiência. Tondela – Ref. 587766379 Servente - Construção civil e obras públicas. Candidato com ou s/experiência. Tondela – Ref. 587773490

Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192) Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441

Pasteleiro com conhecimentos e experiencia. São Pedro do Sul – Ref. 587758014 Chefe de cozinha. Chefiar a equipa do restaurante, preparar ementas e gestão comercial com experiência e formação na área e conhecimentos de informática. Lamego – Ref. 587765140 Servente - construção civil e obras públicas. S. João da Pesqueira – Ref. 587771114 Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479 Electricista – instalações eléctricas de baixa tensão; climatização; etc… (com carteira profissional e carta de condução de ligeiros). Lamego – Ref. 587770450 Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580 Servente - construção civil e obras públicas. Lamego – Ref. 587767587 Praticante de cabeleireira (com carteira profissional e pelo menos 1 anos de experiência): lavar; pentear; frisar; etc. Folgas: domingo e 2ª feira. Ordenado: 485.00 euros. Lamego – Ref. 587763573

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785 Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650 Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245 Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278 Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887 Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Serralheiro civil. Deve ter experiência em ferro ou alumínio. São Pedro do Sul – Ref. 587758487 Empregada doméstica - casas particulares, com carta de condução. São Pedro do Sul – Ref. 587759222 Moto-serrista com experiência. Castro Daire – Ref. 587761907 Electricista com conhecimento de electricidade de baixa tensão. Castro Daire – Ref. 587762605 Carpinteiro de limpos. Castro Daire – Ref. 587764126 Servente - Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587754640

AO curso vai decorrer na Escola Superior de Tecnologia de Viseu a partir de Setembro

Costureira, trabalho em série. Vouzela – Ref. 587753835

Preparação para o exame de Técnicos Oficiais de Contas

Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Ajudante de cozinha. Viseu – Ref. 587779121 Cozinheiro. Viseu – Ref. 587779120 Empregado de Mesa. Viseu – Ref. 587779115 Trabalhador indiferenciado. Viseu – Ref. 587779093 Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587778530 Empregado de balcão. Viseu – Ref. 587778479 Estucador. Viseu – Ref. 587778436 Pedreiro. Nelas – Ref. 587778084 Ajudante Padaria. Sátão – Ref. 587778081 Mecânico Auto. Viseu – Ref. 587778075

A Escola Superior de Te c nolog i a e G e st ão (ESTGV) do Instituto Politécnico de Viseu vai arrancar, em Setembro, com mais uma edição do curso de preparação para o exame de acesso à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. O próximo exame de acesso à Ordem realizase a 15 de Outubro de 2011.

“No sentido de reforçar as possibilidades de sucesso na realização do referido exame, e dado o sucesso das anteriores edições, o departamento de gestão decidiu implementar a oitava edição do referido Curso”, afirmou a direcção da ESTGV O curso decorrerá nas instalações da ESTGV, em horário pós-laboral,

de 2 de Setembro a 12 de Outubro de 2011. As candidaturas poderão ser efetuadas junto do secretariado do departamento de gestão até 22 de Agosto. Informações mais detalhadas podem ser enc ont r ad a s n a pá g i n a da Internet da ESTGV, http://www.dgest.estv. ipv.pt/dep/dgest/.

Serralheiro Civil. Nelas – Ref. 587778068 Fresador Mecânico. Viseu – Ref. 587777952 Pedreiro. Mangualde – Ref. 587759972

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

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Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas. T. 232 951 168


Jornal do Centro

42 NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

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NECROLOGIA

INSTITUCIONAIS

João Manuel Simão Rodrigues, 46 anos. Natural de Folgosa, Armamar e residente em Faro. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Folgosa.

Maria Augusta, 86 anos, viúva. Natural e residente em Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Arcozelo das Maias.

Alzira Batista, 84 anos. Natural e residente em Santa Cruz, Armamar. O funeral realizou-se no dia 4 de Agosto, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Santa Cruz.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231

Delfim Ferreira Pinto, 49 anos, divorciado. Natural e residente em Mourele, Carvalhais, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 2 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Carvalhais.

Encarnação Dias da Silva, 83 anos, solteira. Natural e residente Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 29 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Cabanas de Viriato.

Jesuina Tavares, 97 anos, viúva. Natural de Vila Chã, Vale de Cambra e residente em Carregal, Manhouce. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Manhouce.

Jorge Luís Santos Nunes, 76 anos, divorciado. Natural de Covilhã e residente Cabanas Botulho, Tondela. O funeral realizou-se no dia 1 de Agosto, pelas 14.30 horas, no crematório da Figueira da Foz.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Leonídio de Figueiredo Marques, 73 anos, casado. Natural e residente Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 1 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Beijós.

João de Jesus Ribeiro, 71 anos, casado. Natural de Cavernães e residente Oliveira de Barreiros, S. João de Lourosa. O funeral realizou-se no dia 24 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Barreiros.

Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415 Maria Emília Cardoso Laranjeira Fernandes, 72 anos, casada. Natural de Castro Daire e residente em Grijó do Gafanhão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 29 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Gafanhão.

1ª Publicação

Helber Borges Sousa, 19 anos, solteiro. Natural de Suíça e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de Agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268

Maria do Céu, 95 anos, viúva. Natural de Cujó, Castro Daire e residente em Vila Pouca, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

José Pais Gineto, 95 anos, casado. Natural e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 29 de Julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério local.

Fernanda Marcelino da Rocha, 78 anos, viúva. Natural e residente em Farejinhas, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Farejinhas.

Ana de Jesus Costa, 80 anos, viúva. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Cima. O funeral realizou-se no dia 30 de Julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Maria Fernanda Rodrigues Pereirinha, 71 anos, viúva. Natural e residente em Farejinhas, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Farejinhas.

Manuel José, 81 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Arménio Augusto Pereira Duarte, 59 anos, casado. Natural e residente em Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Ermida.

Bruno Daniel Marques Mendes, 23 anos, solteiro. Natural e residente em Vil de Souto. O funeral realizou-se no dia 30 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério local.

Ester Fontes, 76 anos, solteira. Natural e residente em Folgosa, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 4 de Agosto, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Albertina do Carmo, 87 anos, viúva. Natural de Penedono e residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 2 de Agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238

Augusto Gomes, 84 anos, casado. Natural e residente em Repeses. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Maria Inocência Pereira, 78 anos, casada. Natural e residente em Codeçais, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 27 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Codeçais.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

Francisco de Almeida e Silva, 85 anos, casado. Natural de Santos Evos, Viseu e residente em Faifa, Castro Daire. O funeral realizouse no dia 30 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Faifa.

1ª Publicação

António Cardoso Duarte, 59 anos, solteiro. Natural e residente em Ester de Cima, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 2 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Ester. António Marques Pinto, 73 anos, casado. Natural de Ribas, Pinheiro, Castro Daire e residente em Moção, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 4 de Agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Pinheiro. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 António Joaquim, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Almeidinha, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Maria Miquelina Santos, 90 anos, viúva. Natural de USA e residente em Fagilde, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de Agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fagilde. Maria das Dores Loureiro, 83 anos, viúva. Natural e residente em Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Espinho. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Maria Rosa, 91 anos, viúva. Natural e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 30 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. António Martins, 82 anos, viúvo. Natural e residente em Pinheiro de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 2 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões. (Jornal do Centro - N.º 490 de 05.08.2011)

(Jornal do Centro - N.º 490 de 05.08.2011)


Jornal do Centro

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DEscreva-nos para:

05 | Agosto | 2011

clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

Mais um falar sobre Pasteis de Vouzela De vez em quando, vejo-me a falar do que sei. E eu sei muitas coisas como, por exemplo, sobre os Pasteis de Vouzela e de Tentúgal, os quais tiveram a mesma origem: as freiras carmelitas. Sendo os primeiros provenientes do Convento de Santa Clara do Porto – como já o escrevi – e os segundos do Convento de Nossa Senhora da Natividade (junto a Tentúgal) que era uma espécie de extensão do Convento de Santa Clara de Coimbra. Esta (hoje) guloseima, teve razão de ser, porque às contemplativas religiosas sobravam gemas de ovos, já que as claras eram usadas na engomagem e brunido das suas roupas, bem como as dos Santos dos altares. Nesses recuados tempos, abundavam (tal como

agora) pobres desnutridos e a padecerem de “fraqueza” (anemia e tuberculose – como se diz hoje) que careciam de reforço alimentar no que a gemas

eram óptimas. Todavia, como a farinha não era excedentária, havia que esticá-la ao máximo possível, afim de chegar para embrulhar as gemas de todos aqueles ovos, a dar aos necessitados doentes das redondezas de cada um dos Conventos, donde as irmãs irradiavam seu bem-fazer. A título de curiosidade, sempre direi que as finas folhas de farinha esticada e depois de levadas ao forno, são o folhado mais fino do Mundo, pois têm de espessura 0,075 de milímetro. Tenho, entretanto, muitíssima pena que em Vouzela não haja uma confraria ou instituição que, de forma empenhada e efectiva, trate da salvaguarda deste belo património gastronómico regional, como sucede em Tentugal. José Calema

A todos os amigos coleccionadores e colaboradores A todos os amigos coleccionadores e colaboradores em geral Vimos anunciar o sítio do nosso novo site, onde poderão consultar todas as novidades e material que o Clube tem à disposição de todos nas diversas áreas do coleccionismo: http://cccviseu.jimdo.com/ Para já estamos apenas com os pacotinhos de açúcar, com as chávenas e com os chás, mas brevemente iremos estar também com outras temáticas, como

sejam os cartões bancários, cachecóis, marcadores de livros, rótulos de cervejas, bases de cerveja e outras, notas, moedas e muito, muito mais. Esperamos que gostem e estaremos abertos a comentários e sugestões. Obrigada a todos os que tornaram este passo possível. Direcção do Clube Coleccionadores Cidade de Viseu

FOTO DA SEMANA

HÁ UM ANO Distribuído com o

Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR Publicidade

Pedro Costa

Paulo Neto

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt

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Semanário 2010 6 de Agosto de

> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > REGIÃO pág. 08 > ESPECIAL pág. 12 > NEGÓCIOS pág. 14 > DESPORTO pág. 15 > CULTURAS pág. 16 > SAÚDE pág. 18 > RESTAURANTES pág. 20 > CLASSIFICADOS pág. 21 > NECROLOGIA pág. 22 > CLUBE DO LEITOR pág. 23

Sexta-feira Ano 8 N.º 438

1,00 Euro (IVA 5% incluído)

DA

SEMANÁRIO

REGIÃO DE VISEU

ntro.pt| ldocentro.pt· www.jornaldoce Viseu·redaccao@jorna Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira, 461·Fax:232431225 |Telefone:232437

Viseu

esteve sem População do Campo dias e queixa-se água durante quatro s na freguesia de cortes constante

Culturas

Vasco quer Novo director do Grão ar ficar até 2016 para comemor o centenário do Museu

| página 8

| página 16

72ª Viseu no coração da

∑ Viseu - Prólogo (2

de Agosto) ∑ Lamego

Volta a Portugal

Agosto) ∑ - Chegada (10 de

Moimenta da Beira

- Partida (11 de Agosto)

| página 6 e7

Nuno Ferreira

Nins Especial Vá às compras

Penedono Ambiente Autarquia lança Bienal S. Pedro do Sul Fernando Ruas diz que Negócios de Artes Plásticas para Bloco de Esquerda leva a praia fluvial de Vinhos de Nelas recebem câmara a tribunal por promover o concelho 17 página Santiago é para avançar cinco medalhas em página 10 causa de taxas municipais8 l página concurso internaciona 14 página

ublicidade

“ Um a i m a ge m va le mais que mil palavras”. Em Agosto dispara o número de acidentes nas estradas portuguesas. Imagens como esta são infelizmente recorrentes nas páginas dos jornais. Aqui fica mais esta que resulta de um acidente na terçafeira, na A25, na zona de Reigoso, do qual resultaram dois mortos e quatro feridos. A intenção da publicação da fotografia é fazer com que quem vai para a estrada reflicta e se lembre que as regras de trânsito são para cumprir, tais como o limite de velocidade.

UM JORNAL COMPLETO

EDIÇÃO 438 | 6 DE AGOSTOO DE 2010

∑ O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas anunciou que se mantinha de pé o projecto de construção de uma praia fluvial junto ao rio Pavia, na zona radial de Santiago. O anúncio surpreendente foi feito durante a última campanha eleitoral para as eleições autarquicas de 2009. ∑ O actual director do Museu Grão Vasco, Sérgio Gorjão, iniciou funções a 2 de Agosto de 2010. Na ocasião disse aos jornalistas que pretende ficar até 2016.


tempo: parcialmente nublado

JORNAL DO CENTRO 05 | AGOSTO | 2011

∑agenda Sábado, 06

Vouzela ∑ Percurso pedestre Nossa Senhora do Castelo, às 9h30, a partir do posto de turismo da vila. Seia ∑ Tertúlia Cultural Museu do Pão com a actriz Lídia Franco, às 22h00, no BarBiblioteca do Museu do Pão.

Domingo, 07 Vouzela ∑ Passeio de cicloturismo, num percurso de 37 quilómetros.

Segunda, 08 Tondela ∑ Cinema ao ar livre no Parque Urbano, com a exibição do filme “Indomável”, às 21h30.

Quinta, 11 Vila Nova de Paiva ∑ Início do “Ver Paiva 2011” com o Dia do Emigrante, às 18h30. O evento que decorre até dia 15, com exposições, espectáculos, gastronomia e outras iniciativas. Moimenta da Beira ∑ Exposição de fotografia, desenho e pintura de Madalena Victorino, na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro.

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Hoje, dia 5 de Agosto, Parcialmente nublado com possibilidade de chuva durante o dia. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, dia 6 de Agosto, Tempo limpo de manhã, possibilidade de chuva durante o dia. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 11ºC. Domingo, dia 7 de Agosto, algumas. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 14ºC. Segunda, dia 8 de Agosto, Céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 12ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Segunda Feira da Ladra em Mangualde 2ª Edição∑ Comprar, vender e ter algum lucro é o objectivo A Feira da Ladra está de volta a Santiago de Cassurrães, em Mangualde. No domingo, a partir das 10h00, o Largo da Fonte vai ser palco da segunda edição desta feira que começou com “uma brincadeira”. “Dissemos às pessoas para juntarem todas as coisas que tivessem em casa que não utilizavam e as vendessem ao preço que entendessem, para com isso ter algum lucro”, disse José Figueiredo ao Jornal do Centro. Todos podem participar, basta ter “velharias, roupas, comida, bijuterias ou outros objectos que ainda estejam em condições”, disse o organizador do evento que garantiu que “a namorada vai vender bijuterias na feira”.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

O boyismo

Até ao final da tarde espera-se que se realizem muitos negócios. Já há algumas dezenas

de interessados inscritos. Tiago Virgílio Pereira

Feira mostra Castro Daire Em Castro Daire, decorre de 10 a 14 deste mês, no Jardim Municipal, a Mostra Castro Daire 2011, feira de actividades económicas e culturais do Concelho. A mostra promete apresentar aos visitantes uma diversidade de experiências nas áreas da gastronomia local, passando pela indústria, artesanato, turismo, associativismo, entre outros. “Demons-

Olho de Gato

tra a vitalidade e o dinamismo de um concelho que quer desenvolver-se também pelas suas tradições”, adianta a autarquia em comunicado. “Sendo uma tentativa de impulso à actividade económica e cultural do Concelho, esta Mostra Castro Daire pretende acima de tudo criar novas e mais sinergias no desenvolvimento de uma região do interior, onde os espaços

de desenvolvimento e de agregação devem ser criados em prol da própria região, acrescenta. De acordo com a autarquia, na edição deste ano a afluência dos expositores aumentou consideravelmente, sendo um reflexo do crescente interesse que esta iniciativa vai tendo para os castrenses e também para quem visita a Mostra Castro Daire por estes dias”.

Ninguém se admirará muito se o governo de Pedro Passos Coelho acelerar em Agosto as nomeações dos boys laranjas e centristas. É que o boyismo é uma das imagens de marca da terceira república. Quem criou este monstro clientelar foi o professor Cavaco. Guterres ainda bradou: «no jobs for the boys!» Em vão. Isso só serviu para, a partir de então, se passar a chamar boys aos boys. Infelizmente, com o pretexto de que a máquina administrativa herdada do salazarismo era lenta e ineficaz, foi sendo feito um segundo aparelho de estado ao lado do que já existia. Tem sido um festim de novos institutos, fundações, autoridades, empresas municipais, épês, épêés, entidades várias e de variegadas configurações jurídicas. O estado tem recebido sucessivas camadas de boys e girls incompetentes e essa é uma das causas de uma boa parte dos nossos actuais sarilhos. Como é óbvio, o boyismo é mau para o estado. Tenha-se esperança, mesmo que moderada, que os “remédios” da Troika façam alguma lipoaspiração à boyiada. Mas o boyismo é também mau para os partidos e isso é muito menos óbvio. Como os partidos têm muitos empregos para dar, eles foram deixando de ser sítios para tratar de política para passarem a ser agências de emprego. Esses empregos são dados não por mérito mas por acto de vontade discricionário do chefe que, quanto mais medíocre é, mais tende a promover os lambe-botas. Isso foi matando, aos poucos, a alma dos partidos. Agora, nem para as juventudes partidárias se pode olhar com esperança: os jotas foram clonados com um conformismo ainda maior que o dos séniores. Ora, se este boyismo não for interrompido, das duas três: (i) ou se arranjam outros partidos, (ii) ou se inicia uma quarta república (presidencialista), (iii) ou as duas coisas.


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