Jornal do Centro - Ed500

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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > PASSEIO DE OUTUNO > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário 14 a 20 de Outubro de 2011 Sexta-feira Ano 10

N.º 500 1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · www.jornaldocentro.pt |

O panorama cultural do distrito ∑ “A ideia que devemos ter relativamente ao distrito é que ele

é hoje um dos itinerários culturais mais importantes do país...” José Rui, ACERT.

∑ O Jornal do Centro na sua 500ª edição quis ouvir os interventores culturais...

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Nuno André Ferreira

| páginas 6 a 11


2

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

praçapública rQueremos voltar

palavras

a colocar Timor na ordem do dia, dez anos depois”

deles

rE sei ainda que

este governo é composto por vários regionalistas mas não fará nunca a Regionalização”

Fernando Figueiredo Coronel na reserva, 11/10/11 CI das Comemorações que assinalam a ida do Batalhão de Infantº de Viseu para Timor

Opinião

Sentimos que Viseu tem um registo universitária passa pela de solidariedade atenção a dar à ética e social” à cultura a começar no seio das próprias Escolas (...) para cumprir a sua missão ao serviço do homem na lógica da antropologia humanista e espiritual com a defesa dos valores da justiça, do Rui Moiteiro direito e da liberdade” Franquiado do Rest. de Viseu da McDonald’s, Apresº do Projº Manuel Augusto Rodrigues

Cronista, Diário As Beiras, 11/10/11

de Remodelação do Restaurante da Cidade, 11/10/11

Mandela

“Liberdade significa resistir é defender a liberdade. responsabilidade. É por A austeridade obviamente é necessária, isso que tanta gente tem mas nunca, por nunca, deve pôr em causa liberdades individuais. A liberdade deve ser medo dela.” sempre, uma intangível reserva moral. E é (Bernard Shaw) exactamente aqui, que entra um dos seus Vi recentemente na maiores expoentes. Um dos seus mais lítelevisão, uma reporta- dimos paladinos: Nelson Mandela. Um hoJosé Lapa gem sobre a Grécia. Um mem que viveu toda a sua vida, em ambiente Técnico Superior do IPV país em bancarrota real de crise. Agora, cumpre a tradição africana e, e oficialmente no limbo enquanto pessoa idosa, regressa à sua terra da dita. A reportagem vincava as mutações natal, para esperar pelo seu ultimo dia. Vale sempre a pena lembrar, em tempos sociais, geradas pelas conturbações financeiras conhecidas, expondo o declínio da de sobrevivência, paradigmas da luta pela classe média. Ficou-me esculpido na me- liberdade. mória, aquele episódio de um professor uni- Começo a puxar o fio à meada, lembranversitário, que deixou de ter dinheiro para do que Nelson Mandela, pediu, que não o educar o filho. valorizassem pelos seus sucessos, mas sim, Isto, para nós portugueses, que ainda va- pelas vezes que caiu e se voltou a levantar. mos tendo algum fôlego – reparem que es- Notável. crevi ainda – é um pesadelo. É um facto, que Esta lenda da tenacidade e do estoicismo, a narrativa ali reportada, de um quotidiano esteve preso 27 anos, encarcerado por um trivial na Grécia actual, reflecte o estado ac- regime desumano e cruel. Apesar das pritual de ansiedade e inquietação, que todos vações, das sevícias, do enclausuramento vamos experimentando. brutal, escreve na sua autobiografia: “QuanResta-nos paciência, fé (se for caso disso) do saí da cadeia, essa era a minha missão, lie, não esmorecer. bertar tanto o oprimido como o opressor.” A palavra de ordem na rotina dos dias que (Longo caminho para a liberdade, Campo vivemos, é resistir. de letras, 1995). Neste cenário de compunção a que nos E este objectivo de vida, não deixa de ser submeteram, nunca devemos esquecer, que estranho. Quem sofreu desmesuradamente

Opinião

Manuel Queiroz Cronista, Grande Porto, 07/10/11

r

rA reforma

como ele, dificilmente borda outros sentimentos, que não sejam o da vingança e o do ajuste de contas. Já Sófocles lembrava, que “há algo de ameaçador num silêncio muito prolongado”. Talvez, o tenha feito, porque, a liberdade em Mandela sobrepuje a tudo. A sua vida confunde-se com a peleja pela liberdade. Não há outro actor nos dias que correm, com semelhante curriculum. Afinal, como aproveitou o laboratório da solidão? Esse território de silêncio, propicio a catalisar sentimentos demoníacos e exasperados de vingança? Mandela preferiu aproveitar a solidão e o silêncio, para construir uma obra repleta de valores humanos. A grande vingança de Mandela, foi pois, perdoar aos algozes. E essa fruição, só espíritos superiores a conseguem sentir. Mandela, levou, pois, 27 anos de vida suspensa, a construir uma missão: perdoar, em nome da liberdade/responsabilidade, a todos aqueles que o cercearam. Imagina-se, o seu esforço em contrariar os mais profundos desígnios de vindicta. E, o sentimento de vingança é sinónimo de prazer, não se esqueçam. A sua intelecção política invulgar, só está ao alcance de líderes incomuns. Diga-se, a talhe de foice, que nunca se fa-

lou tanto de liderança, como hoje, por duas razões essenciais: porque está em crise, e porque serve para tudo e para nada. A liderança, foi adoptada pela nova gestão, como procedimento vulgar de desenvolvimento organizacional, por causa, da motivação das equipas. Foi, também, nos 27 anos de cárcere, que Mandela desenvolveu as suas oito “Lições de Liderança”: 1 - A coragem não é a ausência de medo, mas a capacidade de inspirar outros a superá-lo; 2 – Lidere no topo, sem nunca esquecer a base; 3 – Lidere de trás e deixe que os outros acreditem que estão à frente; 4 – Conheça o seu inimigo e descubra o seu desporto favorito; 5 – Mantenha os seus amigos por perto e os seus inimigos ainda mais perto; 6 – A aparência conta e não se esqueça de sorrir; 7 – Nada é preto ou branco; 8 – Renunciar também é um tipo de liderança. Se este homem, em escassos 27 anos de privação absoluta, conseguiu criar os alicerces de uma grande liderança, feita de tolerância e generosidade, imaginem, o que ele não vai fazer na sua eternidade. Infelizmente, nunca o vamos conseguir saber. E tudo isto, em nome da liberdade. É que, como escreveu Vergílio Ferreira, num texto notável: “Tu és livre deves portanto libertar-te”. (Conta-Corrente, vol.1).

Consideremos. Num universo mega enriquecido, como no caso apontado, o dito carro assume vários valores possíveis: - O que ele representa no momento da sua aquisição (como satisfação de um capricho); - O seu valor venal; - O seu lugar como peça de colecção; - A sua dimensão enquanto julgado como prenda; - A sua empregabilidade e utilidade pelo destinatário; - A miséria que ficou por sustar, em várias famílias, com o que foi gasto na sua compra;

- A intenção que motiva o acto da oferta; - O momento da entrega, no que tange ao inter-relacionamento com a política e com a religião; - O gosto que no momento da dádiva o dador tem pela “peça”; - A implícita forma de perpetrar o nome e a memória de quem oferece (por certo no Museu do Vaticano!); - E o que mais se possa e queira imaginar. Deixemos, então, acelerar o raciocínio, indo tão longe quanto as nossas capacidades nos permitirem e, assim, de forma absolutamente pessoal e sem pressões apa-

Dar

Desde sempre, de forma séria e índole grave, com carácter imperioso, me foi inculcada a necessidade de viver, também, para os outros. Fiquei ciente e sensibilizado para esta faceta da vida social, interiorizando-a, possivelmente, de forma própria e com contornos específicos. De facto, coisas pequenas podem ter grandes significados. Dar, mais de que receber, é algo que nos conforta, embora, vaidosamente, gostemos que se nos reconheçam as dádivas e que as apreciem. Ora, as dádivas são, muito naturalmente, actos que se revestem e compõem de sen-

tidos diferentes, por vezes opostos. Um, consubstanciado no palpável, material, substantivo; o outro, no impalpável, subjectivo e de valor inestimável. É assim que o facto de dar se manifesta como um conjunto de transferências: das que podemos trocar e daquelas que nos tocam pelo significado do que representam. Exemplificando: Imaginemos que um destes mais ou menos conhecidos sheikes, magnatas do petróleo, cuja religião os prende ao radicalismo islâmico, decide dar ao Santo Padre um dos seus quantos Ferraris. Questão: será uma oferta muito valiosa?


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

números

4

estrelas

Fernando Figueiredo Coronel na reserva

Fernando Figueiredo lidera a Comissão Organizadora das Comemorações dos 10 anos da presença do Batalhão de Infantaria, PORBATT, em Timor. Congregar os 900 militares em Viseu é uma ousadia.

Paulo Macedo Ministro da Saúde

Enquanto se constrói o novo Hospital de Lamego, esvazia-se de valências o existente. O PSD embora crítico na altura do PS, continua esse bizarro processo.

Soares Marques Ex-Presidente da Câmara de Mangualde

Deixou mais um exemplo de despesismo inconsequente nas mãos do actual Executivo, ao pagar 50 mil euros por livro de luxo que nunca se viu…

Número de mortos esta semana em dois acidentes na A25.

Importa-se de responder?

Como classifica o panorama cultural no distrito de Viseu?

Quando tudo serve para ligar a vida, qual tirania umbilical, à má literatura do memorando da troika, ceifando na saúde, educação…que esperar para a cultura? Eu acho que se deve salvar o essencial. Divida a cultura em dois palcos, a do aconchego(1) e a que desafia, a que permite baralhar as contas à mediocridade(2)… se tivesse as duas para salvar e apenas forma de uma tirar do cadafalso, optaria pela segunda… e é por isso que digo que é preciso lutar para que a Acert, o Teatro Viriato, o Cine Ricardo Bordalo Clube de Viseu… sobrevivam a esta tragédia lusitana… ou reJornalista cuperar Aquilino, Afonso Ribeiro, Luís Veiga Leitão, Tomás e Branquinho da Fonseca…como referências de alpendre... Nos últimos anos, sinto uma cidade produtiva e consumidora de cultura, curiosa, que já não se contenta apenas com o universo local, que exige a oferta contemporânea e ecléctica. As universidades enquanto pólos formativos e criativos contribuíram para a heterogeneidade de públicos, que cada vez mais reclamam projectos diferenciados em diversas áreas culturais. As organizações trabalham em redes informais que potenciam os eventos, e geram valor. Nesse aspecto, Viseu enLúcia Simões Responsável pela comunicação naFnac contra-se num estado interessante e propício ao aparecimento de investimento privado e associativo na área da Cultura,

rentes, cada um interiorize o que é o valor das coisas. A relação simplética e afanosamente cuidada entre pessoas com o gosto pela mesa pode ser bem o exemplo do que pode vir a representar o acto de dar. Explico: Quem “ama” a comida faz uma incessante procura de “pontos” onde a qualidade gastronómica seja notória. É uma tarefa árdua, persistente, cara e selectiva, mas, abraçada por muitos, com gosto, sempre com o sentimento de se perseguir a inatingível satisfação plena. E, de quando em vez, “acham-se”. Mas e então, neste bordo da nossa sociedade (mais uma minoria!) em que as relações interpessoais são intensas e muito dinâmicas, as informações sobre o factor de

convergência que afunilam nas iguarias, fluem a enorme velocidade e com invulgar vigor. Adquirido este “precioso” saber, que é o “achado”, ele transforma-se na prenda que aos mais chegados se oferece, como um bem de valor muito alto. É uma informação muito rica e prenhe de significado, neste círculo restrito. É gratuita e veiculada com uma carga afectiva própria. E porquê? Porque uma vez espalhada a notícia e com o assomo de maior clientela ao “local”, ele vai, por certo, tornar-se numa vulgaridade como tantas outras. Perderá as qualidades que o distinguia e que era assente, sobretudo, numa mimosa e personalizada confecção dos alimentos, em porções pequenas, bem vigiadas,

Se entendermos por cultura, a realização de concertos do Tony Carreira ou de outros artistas de calibre semelhante, penso que estamos muito bem servidos, talvez até demais. Se entendermos por cultura a promoção e divulgação autores ou projectos ligados às artes performativas, à escrita, à música, etc. acho que ainda temos um longo caminho a percorrer.A programação regular do Teatro Viriato e do Teatro Ribeiro Conceição em Lamego, a programação da Acert ou do Teatro Regional da Serra de Montemuro, o 13º José Carlos Ferreira Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica de SerDirector do Conservatório de Viseu nancelhe e o Festival de Música da Primavera de Viseu são alguns exemplos do que de bom se vai fazendo no distrito. Viseu tem um enorme potencial na área da cultura, dado que dispõe de uma grande diversidade de tipologias patrimoniais, muitas delas marcos incontornáveis no panorama cultural português. No âmbito da museologia, existem equipamentos de qualidade e relativamente suficientes. A criação de mais “museus” terá de ser vista com muito rigor. No contexto cultural, há a considerar a necessidade de aprofundar parcerias, reduzindo custos e potenciando o desenvolvimento de acções mais estruturantes. Também neste âmbito é importante que instituiSérgio Gorjão Director do Museu Grão Vasco ções promotoras da área da cultura, estabeleçam formas de comunicação que resultem em projectos financiados e sustentáveis.

e tratadas com o estatuto de “comida de casa”. Os donos, agora de casa cheia, vão querer aspirar os bolsos aos seguidistas e vai, sobretudo, constituir-se numa recordação para aquele que, feita a descoberta, espalhou a “boa-nova”. Perdeu, já se vê, a posse de um bem que para si era estimável, quase precioso. Conscientemente alienou-o sem outros proventos que não sejam o de dar prazer aqueles que tem no coração. Destas dádivas falo com satisfação. Quer pelas que fiz, quer pelas que recebi. A sua singelez não as prejudica. Constituirá, na minha magra e escanzelada opinião, um acto com contornos de nobreza e valor muito acima do outro, composto quase de forma química/alquimista de

pressupostos de cariz dúbio, interesseiro, matreiro, capcioso, arrogante, humilhante e etc, como aquele que foi acima “imaginado”. Partilhe-se, pois, o que de bom cada um de nós tem e que possa levar algum prazer e alegria a outros, mesmo a quem nos pareça não ter carências. Permitam-me, ainda, que sugira que enviem a este vosso jornal as informações que, eventualmente, tenham sobre os tais “pontos gastronómicos”, para que possamos dar essa informação. Da minha parte vai a sugestão da dobrada no Caçador (restaurante). Boa, farta e simpaticamente apresentada. Pedro Calheiros


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Hoje, em muitas Escolas, vivese um clima de “alta tensão” que desvia os professores da sua verdadeira missão e cria, entre pares, antagonismos, rivalidades e ódios corrosivos”

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Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

Sanguessugas e Povo 1. O mercado deu cabo da banca. A banca está a dar cabo do mercado. Ou seja, durante anos prósperos, a banca portuguesa andou a enfiar pelos olhos dentro de especuladores da nossa praça biliões de euros. Até para comprarem acções de outros bancos (vide Berardo e a CGD/BES/BCP). Agora, ao que se diz por aí, a banca está semi-falida e de mãos cerradas para quem dela precisa. Gente séria, pequenos e médios empresários. Gente de trabalho. Que vêem os seus financiamentos recusados. Os seus projectos reprovados. Só com o caso Berardo, os três referidos bancos vão ter que suportar os 800 milhões de prejuízo entretanto gerados. Porque, como escreve Nicolau Santos: …” os bancos existem para financiar a economia e a aquisição de equipamentos e não a compra de acções ou as férias no estrangeiro.” A falta de liquidez da banca, em grande parte devida também ao Estado devedor e aos balões de oxigénio que andou, durante anos, a conceder às muitas empresas “afilhadas” dos Governos, vai fazer ruir de vez a economia portuguesa e fulminar os que vivem do seu trabalho e não das “jogadas financeiras”. Ainda me recordo, há bem pouco tempo, de um slogan do maior banco público português: “A … tem mais dinheiro do que aquilo que você pode imaginar!” Pois tinha! 2. O Documento Verde da Reforma Administrativa tem para já algo de bom: o verde no nome, cor da esperança e da natureza na sua aprazível paisagem. Até pode trazer outros positivos factores. Pena

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 KPR – Gestão, Consultoria e Intermediação, Lda, SHI SGPS SA e Paulo Neto

não serem visíveis. Tal invisibilidade traz as Juntas de Freguesia em polvorosa. O Governo, enquanto “sujeito” não ouviu o “objecto” da reforma: os autarcas. Ora, de um dia para o outro, percebem que serão extintas. Absorvidas por outras Juntas. Que poderão vir a integrar outro Concelho, ou até, em casos extremos, outro Distrito. O Governo, além de não ouvir as estruturas visadas não esclarece com clareza e sem ambiguidades as vantagens destas reformas. Embora hoje os portugueses comecem a perceber que qualquer reforma que aí venha nada lhes traz de vantajoso e apenas tem um macro objectivo: poupar dinheiro a um Estado que é hoje um pelintra decadente, “estoira-vergas” de fundos incalculáveis e agora, parte integrante do pelotão dos “novos-pobres” da Europa. A seguir à Juntas virão os Concelhos. E também, de um dia para o outro se eliminarão do mapa mais de meia centena. Passo a passo subir-se-á o escadote todo. E quando lá estivermos no cimo, deveremos questionarmo-nos: Porque não extinguir também o Governo, a exemplo da Bélgica onde o elevado nível de vida é bem o exemplo concreto de que, ao fim e ao cabo, ele não é preciso para nada! 3. A verdade, a montagem da realidade e a ficção são hoje um “esperto” e actual tema para ensinar/ partilhar com os mais novos e perante o mundo da imagem em que se movem, ou até vivem. A televisão, o dvd, o cinema, o computador… são veiculadores de

imagens a velocidades alucinantes. Perante esta hiper informação, além de se gerar uma hipo assimilação de tanto conteúdo, há também, e com um grau de perigosidade já entrevisto mas ainda não, de todo, quantificado, a possível manipulação que os mass media podem levar a cabo, na e pela magia mimética da imagem, conduzindo os mais novos a mundos e vivências que em nada se assemelham à realidade que vivem no seu dia-a-dia. E é aqui que os pais e os professores devem intervir com convicção, no desenvolvimento do sentido crítico e na possível distanciação objectiva do mundo irreal – que já não é o do sonho e da fantasia – para onde são induzidos, a maior parte das vezes, onde se deparam com brutais rupturas e rotas de colisão com a realidade. Escreveu Camões: “Cousas há i que passam sem ser cridas, E cousas cridas há sem ser passadas…” 4. O mal urdido “esquema de avaliação de desempenho dos docentes”, feito à pressa, sobre o joelho, por motivos meramente economicistas, nascido de parto difícil e por inseminação artificial vinda do longínquo Chile, onde foi erradicado por não produzir resultados positivos, começou a criar as previsíveis situações de polémica e de confronto nas nossas Escolas. Ou porque os relatores/avaliadores são “dotados de plurívocas interpretações sobre o assunto” (os leitores mais “finos” perceberão o eufemismo…), ou porque o “ami-

Gerência Albertino Melo, Paulo Neto e Pedro Santiago

Opinião

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

António Vilarigues anm_vilarigues@hotmail.com Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

O significado do 1 de Outubro de 2011 1. As grandes manifestações da CGTP-IN, em Lisboa e no Porto no passado dia 1 de Outubro, representaram uma vibrante resposta dos trabalhadores e do povo à política desastrosa que estamos a viver. Seg undo Durão Ba rroso, só nos ú lt i mos t rês a nos fora m disponibilizados ao sector financeiro da União Europeia cerca de 4,6 biliões de euros (4.600.000.000.000 euros) – o equivalente ao PIB da França e da Alemanha em 2010 – de dinheiros públicos. Eis uma confissão da dimensão do maior roubo organizado da história da humanidade que está em curso. Em Portugal, o panorama é o mesmo. Dos 78 mil milhões de euros do «empréstimo» da troika BCE/FMI/

União Europeia, 12 mil milhões irão ser utilizados na criação de um fundo PÚBLICO para apoio dos aumentos de capital dos bancos. E o Estado irá ainda disponibilizar 35 mil milhões de euros em garantias aos empréstimos que a banca precisar de realizar. No caso destas garantias serem accionadas por incumprimento dos bancos, este montante entrará imediatamente na dívida pública, agravando ainda mais o endividamento. Para o sector financeiro tudo. Para o sector produtivo nada! A extraordinária participação e a força imensa que esteve presente nestas manifestações, exprimem o sentimento comum de não resignação perante as políticas ruinosas em curso. Políticas essas que significam

o empobrecimento da população, o ataque aos direitos laborais e sociais, o aumento das injustiças e das desigualdades, a destruição do tecido produtivo e a alienação da soberania do país. E exprimem, também, o compromisso com a defesa dos valores e direitos conquistados com a Revolução de Abril. Assim como uma enorme determinação em prosseguir e intensificar a luta por uma alternativa política e políticas alternativas para Portugal. Políticas alternativas que visem o desenvolvimento económico, a criação de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, assumindo o carácter central da questão da produção nacional. E também o


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Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011 Publicidade

guismo” e o “revanchismo” se sobrepõem, eventualmente, ao bom rigor, objectivo e isento, ou porque todo o processo é um miserável “aborto”, o que é certo é verem-se alguns 10 (nota máxima) em indivíduos (as) nunca se descortinou o mérito, assim como o contrário, em docentes de competências reconhecidas por direcções, professores colegas, alunos, pais e encarregados de educação. Durante anos vamos viver este processo inquinado e gradual de eliminação da Escola Pública encetado por Maria de Lurdes Rodrigues e titubeantemente continuado pela sua sucessora, cujo nome já nem lembramos. Hoje, em muitas Escolas, vive-se um clima de “alta tensão” que desvia os professores da sua verdadeira missão e cria, entre pares, antagonismos, rivalidades e ódios corrosivos. Os professores não são nem desejam ser tratados como uma classe à parte. Foram diabolizados por uma malévola equipa, por motivos inconfessáveis e que tardarão a vir ao de cima, na sua íntegra plenitude. Todos os professores querem ser avaliados (e são-no diariamente e sem demagogias) por um modelo condigno e alheio às subjectividades geradoras do equívoco. Nuno Crato, enquanto “homem livre” das férreas garras do sistema, era uma voz ouvida por quase todos, crítico, gerador de consensos e de bom senso. Com ideias apreciadas e ansiadas. E hoje? Já terá sido triturado” pelo “aparelho”?

Banco de Portugal. Agrada à Banca. Se agrada a esta sagrada família, tem de desagradar, obrigatoriamente, a mais de dez milhões de portugueses… A ver vamos, que a procissão vai no adro! Certo será que o crédito às empresas e às famílias “já era” e o que está a dar é o financiamento às empresas públicas, há décadas cevadas em manjedouras de ouro, com ração superior paga por quem já nem migalhas tem para raspar do chão onde outrora caíam. 6. Portugal e a Crise, texto de Eça de Queirós in “Correspondência” (1891) “Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.” Parece-vos actual?

5. É muito interessante a ideia dos banqueiros quererem criar um banco para nele depositarem as dívidas do Estado. Diria mais, uma solução engenhosa. Agrada ao Governo. Agrada ao

7. Acabo com uma citação da escritora Agustina Bessa-Luís, in “Dicionário Imperfeito”, Guimarães Ed., 2008: “Um povo faz-se com muitas lágrimas (…) Um povo não é um poema épico, nem um homem, nem mesmo uma forma de poder. É uma súplica melancólica através dos tempos, e que custa muito esforço; uma súplica digna de respeito porque se dirige, não à internacionalização da vida, não aos planos de exportação e de produção, mas a um imperativo que ponha fim ao egoísmo de todos. Um povo não verte lágrimas pacíficas: elas são sempre revoltadas.” Alguma dúvida?

aprofundamento da democracia e a afirmação da independência e soberania nacionais. 2. O balanço dos 100 dias de governação do PSD/CDS traduz-se numa autêntica declaração de guerra aos trabalhadores, aos jovens, aos desempregados e aos pensionistas. Estamos perante um programa de Governo todo ele dirigido contra os serviços públicos e as funções sociais do Estado na Saúde, na Educação e na Segurança Social. Um programa que representa uma ofensiva sem precedentes contra os direitos dos trabalhadores, no roubo do subsídio de Natal, no aumento e desregulação dos horários de trabalho, no boicote à contratação colectiva. São 100 dias marcados pelo constante e generalizado aumento dos preços, incluindo bens essenciais como os transportes, os medicamentos, produtos alimentares e a energia. Como se afirma na Resolução aprovada, está claramente demonstrado que a

política económica que está a ser seguida é orientada para os interesses dos credores estrangeiros e contra os interesses nacionais. O seu resultado imediato é o aprofundamento da recessão económica, o qual constitui, por sua vez, pretexto para novos programas de austeridade. O seu resultado a prazo é a alienação, a favor do capital privado estrangeiro, de centros de decisão que são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento do país. Esta política, ao gerar mais recessão, não só não resolve qualquer problema como acaba por agravar a dívida. Esta é a mesma política que, tendo falhado na Grécia, está condenada ao fracasso em Portugal. Nunca, na nossa história mais recente, um Governo tinha concitado contra si a expressão de uma tão veemente oposição. E isto em apenas 100 dias de (des)governação. E esse facto será mais uma vez demonstrado na semana de luta convocada pela CGTP-IN para os dias 20 a 27 de Outubro.


Jornal do Centro

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tema da semana

textos ∑ Emília Amaral fotografias ∑ Nuno André Ferreira

“Há uma região que tem uma dinâmica muito própria, que se começa a destacar do Porto e de Lisboa”

Depois de publicar durante 500 semanas aquilo que vai acontecendo e o que foi notícia no distrito de Viseu, o Jornal do Centro, nesta semana especial, lançou o desafio de debater à mesma mesa o estado da cultura na região. Ana Oliveira, professora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu e João Luís Oliva, investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra, aceitaram o desafio de moderar o debate com cinco grandes interventores culturais, responsáveis pelo trabalho de excelência que se tem desenvolvido na região em termos culturais. José Rui Martins (Acert), Eduardo Correia (Teatro Regional da Serra do Montemuro), Alberto Correia (historiador), Paula Garcia e José Fernandes (directora Adjunta e director Financeiro do Teatro Viriato). No alinhamento do trabalho constavam ainda duas entrevistas aos responsáveis pela cultura das autarquias de Viseu e Sernancelhe, até ao fecho da edição não foi possível realizar a entrevista com a autarca Ana Paula santana da Câmara de Viseu.

João Luís Oliva. Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra, entre outras participações, integra o Centro de Artes do Espectáculo de Viseu e colabora quinzenalmente no Jornal do Centro com uma crónica sobre as práticas culturais na região. Estamos aqui a considerar “cultura” (que é palavra armadilhada…) num sentido restrito; aquele que se refere às práticas relacionadas com a actividade artística e a respectiva fruição. Enfim, à sua criação e produção, bem como aos equipamentos da sua socialização, respectivos programadores e públicos que os frequentam. Nessa perspectiva, Viseu e a sua região constituem um exemplo de vitalidade, sobretudo relativamente às artes de palco - quanto a museus, bibliotecas e património arquitectónico a conversa é outra-, em que os projectos postos em prática no terreno se distinguem pelo seu enraizamento na sociedade, mobilizando a população, exercendo uma acção ímpar de formação de novos públicos e constituindo pólos de atracção de espectadores de outras geografias; com realizações que se pautam pela diversidade, universalidade e contemporaneidade, sem recurso a facilitismos de moda, populistas, homogeneizadores e acríticos.

Ana Oliveira. Professora coordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu, entre outras actividades integra a comissão científica da Editora Edições Esgotadas

No entanto, se os poderes públicos locais, muitas vezes, traduzem com o seu apoio o reconhecimento do papel das práticas culturais no desenvolvimento regional (e nacional), já o poder central, a quem caberia a definição estratégica de uma política cultural, se caracteriza por uma total ausência de plano estruturado, limitando-se a medidas avulsas, mutantes e contraditórias; porém devidamente enquadradas por um corpo imenso de funcionários especializados em aritmética. Isto é, no contraponto de agentes culturais com uma prática social e artisticamente sustentável, temos do poder uma acção eleitoral e burocraticamente sustentada.

r Deve ser definida uma estratégia de política cultural”

Manda a verdade que se diga que, no distrito de Viseu, as manifestações culturais já começam a ter o seu espaço. Esta situação fica a dever-se mais à qualidade dos projetos desenvolvidos que vão angariando o apoio da população do que à iniciativa do poder central. Assim, quer se fale de teatro, de dança, de museus, de jornais e revistas, ou de outro tipo de património cultural, as sinergias combinam-se e a nossa região dá passos firmes no sentido de assumirse como uma referência que chega a ultrapassar cidades maiores. No contexto cultural viseense, destacam-se, como fatores de importância primordial, o apoio das autarquias que não regateiam esforços para acarinhar os eventos, e o interesse e a capacidade de adesão com que o público responde, enchendo as salas de espetáculos.

r A cultura é a

capacidade de interiorização dos fenómenos multisensoriais que envolvem a nossa existência”



8 TEMA DA SEMANA | O ESTADO DA CULTURA

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, disse no parlamento: “Portugal tem um excesso de equipamentos culturais e muitos deles não estão aproveitados” (26 de Julho). António Barreto (sociólogo) afirmou que “Portugal deve acabar com a cultura de segredo de Estado”, em que as coisas são faladas pontualmente e não são discutidas livremente” (Julho). Como é que se manejam nestas duas definições? Paula Garcia

∑ Começa a ser recorrente esta discussão sobre a rede de teatros e cine-teatros em que se percebe que não há uma política definida. A sensação que se tem é que o Governo não sabe. Essa frase [do secretário de Estado da Cultura] despoleta logo a questão dos teatros e dos cineteatros. De governo para governo, de ministério para ministério e agora na secretaria de Estado, percebe-se que não há uma estratégia política para esta rede que tem vindo a ser construída e

a sensação que se tem é que, sempre que o Governo muda, estão a fazer o levantamento do número de espaços que foram construídos ao longo destes anos e nunca se percebe qual é a estratégia que vai ser definida. Apetrechem esses projectos com equipas, coloquem-nas a trabalhar com um plano de acção bem estruturado e depois vamos ver ser há ou não excesso de equipamentos culturais.

José Fernandes

∑ Qualquer destas estruturas, a Acert, o Teatro Montemuro e o Teatro Viriato, para terem acesso ao financiamento público apresentam planos de acção e orçamentos para quatro anos e, depois, especificamente, para cada ano de actividade. Não há aqui qualquer segredo de Estado, há uma completa clareza e somos avaliados publicamente pelas equipas de avaliação. Prestamos contas anualmente e ao fim de quatro

anos pode ou não ser aprovado o orçamento. Aliás, não se sabe o que vai acontecer em 2012. E há a avaliação do público que frequenta os espectáculos.

Alberto Correia

∑ As duas frases são demagógicas. António Barreto, porque é sociólogo, tem a obrigação de clarificar, senão esta ideia fica só para os iluminados. A do secretário de Estado é lançada para um vazio. Não há equipamentos a mais de natureza nenhuma. Estou-me a lembrar do meu concelho (Sernancelhe) em que as freguesias têm hoje 150/200 pessoas e ,em termos de equipamentos desportivos, cada aldeia tem um gimnodesportivo que está fechado porque não há ninguém para o abrir e não há jovens. Nas ilhas dos Açores há um bairrismo tamanho e todas as freguesias querem ter um grande pavilhão

do espírito santo que leva 600 pessoas para almoçar uma vez por ano e não serve para mais nada. Na cultura não me parece. Podemos estar a pensar em teatro, museus ou galerias de exposição, e era necessário categorizar estas coisas. No domínio dos museus, há uns anos tentou fazer-se um levantamento do número de museus existentes no país. Depois procurou-se racionalizar a questão e criou-se a Rede Nacional de Museus. O museu tem que ter instalações, um conteúdo, pessoas e um projecto, senão tiver isso, não o é. A nível local e regional, temos dúzias de ditos museus. Esses são falsos

equipamentos que distorcem uma realidade. Se o secretário de Estado [da Cultura] quiser referir-se a partir deste parâmetro, há museus a mais, mas eles não são museus efectivamente. É criminoso uma câmara chamar [a determinado espaço] museu ou ecomuseu quando não é nada. Em relação aos números, o que me mais me tem preocupado e inquietado ultimamente é o chamamento do número às coisas. Há museus em que é impossível que tenham entrado sequer 50 mil pessoas quanto mais 80 mil. Isto está a acontecer porque superiormente estão a exigir isso.

Eduardo Correia

∑ Essa ideia já é recorrente. Num debate recente no Teatro Viriato, falou-se em sítios concretos, como Ílhavo e Gafanha da Nazaré, em que as pessoas que são de Ílhavo podem ir à Gafanha e não há necessidade de dois espaços. Isso não é verdade. Quem conhece a realidade sabe que as pessoas de Castro Daire não vão ao Teatro Viriato ou ao contrário. O problema não são os equipamentos a mais, mas como dinami-

zar os equipamentos. A experiência diz-me que o problema de tudo isto são os números. Há pouco tempo, no Ministério [da Cultura], o adjunto da ex-ministra olhou para o projecto [de Campo Benfeito] e disse: “então estes números referem-se a uma equipa de produção de sete pessoas?”. E eu disse, realmente somos sete mas temos pessoas pontualmente a trabalhar connosco

nos projectos que realizamos e ele insistia que havia qualquer coisa que não funcionava bem. Portanto, o problema eran os números.

∑ As frases são provocadoras. É uma frase para sacudir a água do capote. Está a falar de quê? De museus? De teatros? Excesso para quem? Para aqueles que votam? Ou para os agentes culturais? Ele deveria falar era na inoperância dos vários departamentos que descentralizaram, das direcções regionais, etc., que balanço é que faz dos investimentos do Estado nesta áreas. Sobre a frase do António Barreto não concordo em absoluto. Acabar com a cultura de segredo de Estado é uma visão redutora e demonstra algum desconhecimento do que é a realidade cultural e artística do país. Quem tem assumido a maior responsabilidade da vitalidade do tecido cultural e artístico português é a parte da cidadania, ou seja, nos locais onde não existem alternativas culturais são os criadores que têm que criar as alternativas. O Estado tem-se demitido de dizer: esta estrutu-

ra num determinado distrito tem feito um trabalho muito válido, vamos ver qual é a maneira de o continuar a fazer e nós irmos retirando a nossa responsabilidade e o nosso investimento. A menos que António Barreto não esteja a falar daquilo que nos move aqui, mas de uma super esfera da intervenção do Estado. No Orçamento Geral do Estado vemos que 75/80 por cento se destina a pagar a instituições governamentais, ficando muito pouco para aquilo que é a vida artística e cultural do país. Nas leis estão previstos mecanismos de correcção. Infelizmente o Ministério da Cultural nunca fez uma avaliação ao Instituto dos Museus, nunca vez uma avaliação a um projecto que, no fim de avaliado, e perante os resultados atingidos, fazia uma correcção. Falta, coragem e idoneidade para o fazer. Quem não lê os relatórios, quem não descodifica o investimento cul-

tural e social, não pode fazer estas correcções. Está a falar-se em números e a cultura é muito mais do que números, tem um efeito sobre o cidadão que se vai reflectir na economia. As pessoas ficam com mais conhecimentos, com mais capacidade de reflexão, mais capacidade de transformação, mais capacidade de não acomodação. É ver a posição de um cidadão de Campo Benfeito com outro cidadão de uma aldeia a 10 quilómetros. A sua postura e a sua capacidade de identificação com o seu local é de um valor que não pode ser mensurável em ternos economicistas. Ele identifica-se com a sua terra e não tem um discurso “lamechas” do outro cidadão que está abandonado, que não tem pontos de identificação com o seu local.

José Rui Martins

r Uma criança de Tondela, de Viseu ou de Campo Benfeito vê mais espectáculos por ano que o seu colega de Lisboa”

A cultura é a arte que pode transformar o cidadão. Às vezes basta convidar um jovem a passar por um processo criativo e todos eles dizem: “eu vou de autocarro para a escola e agora olho para o mundo de uma forma diferente, mas eu não percebo porquê”.

r Sem a autarquia, não seria possível existir o Teatro Viriato”

rO que sinto no norte

do distrito é que não há empenho”


O ESTADO DA CULTURA| TEMA DA SEMANA 9

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

Qual é o estado da cultura no distrito de Viseu? Q Paula Garcia

∑ Os projectos não se sobrepõem. Cada um tem o seu objectivo, e o seu plano de acção bem definidos.

José Fernandes

∑ Viseu tem neste momento três companhias profissionais (Paulo Ribeiro, Trigo Limpo da Acert e Grupo Regional da Serra do Montemuro).

José Rui Martins

Alberto Correia

∑ Esta região é internacionalmente conhecida, há cartas que se dão e isso é importante em múltiplos aspectos, mas está a abordar-se um certo quadro e temos que ir também aos museus, às bibliotecas, ao turismo, a um património monumental, à arquitectura, à música. Se vamos às bibliotecas e ao turismo ver o que se faz em termos de edição, olhamos para uma cidade como Viseu e não temos um livro. A cidade até se cumpre em termos de produção de revistas [especializadas], mas vemos que em termos de turismo através de episódios e de roteiros, se descermos aos museus o que temos? Dois museus nacionais sem orçamento. Aqui é que o senhor secretário de Estado deve falar dos equipamentos, que os ponha a funcionar. Depois temos outros museus. Quantos são? Se o são, que projectos têm? Se perguntarmos quantos museus tem cada concelho, dizem-nos, mas depois verdadeiramente não chega a ser nada e essa instituição cultural que pode ser poderosa, se calhar até é prejudicial.

∑ Na altura do 25 de Abril, todos os jovens de Tondela que iam estudar para a Faculdade. Ficavam a trabalhar nos grandes centros. Nós não podemos escrever isso no relatório, mas é importante falar na quantidade de estudantes universitários que está a tirar os seus cursos e que hoje vêm à sua localidade todos os fins-de-semana e trazem os amigos das grandes cidades para ver os espectáculos como alternativas culturais. Uma criança de Tondela, de Viseu ou de Campo Benfeito vê mais espectáculos por ano que o seu colega de Lisboa ou de um grande centro. Isto é um valor enorme. Em Tondela não havia ninguém que escolhêsse para o seu futuro tirar um curso de artes, hoje são dezenas. Setenta e cinco por cento do investimento do Estado que é feito nas nossas estruturas, vai para tudo menos para ordenados. Reflecte-se nas carpintarias, nas retrosarias, na hotelaria, etc. Se olharmos para as alternativas das salas de espectáculos culturais a acontecer no norte, Viseu tem uma percentagem significativa. A Companhia Paulo Ribeiro não se consubstancia a um projecto dentro do distrito, são as bandeiras nacionais e internacionais, que anda a ser falado no mínimo na Europa. Quando os políticos nos seus discursos falam da parte cultural sem nunca se terem preocupado com ela, é porque estamos a fazer um bom trabalho.

Qual tem sido o papel das autarquias? José Fernandes

Eduardo Correia

∑ No Teatro Viriato, a autarquia é proprietária do edifício, financia com a agora Secretaria de Estado da Cultura e garante o funcionamento daquela casa. Sem a autarquia não seria possível existir o Teatro Viriato.

∑A nossa relação [do Grupo de Teatro Montemuro] é muito intermitente. Por exemplo no Alentejo, as câmaras juntam-se para pedir apoios e depois convidam-nos nós vamos com muita regularidade e fazemos um trabalho de formação que era importante que acontecesse no distrito. Nós não temos protocolo como nenhuma câmara, a nossa realidade é mais versátil.

José Rui Martins ∑ É pretensioso da parte de qualquer das nossas estruturas dizer que está a fazer-se. Está a fazer como os outros. Há uma nova postura de algumas das autarquias, mas o que se destaca é o conjunto de sinergias. Temos projectos muito heterogéneos, que se complementam e que têm identidade. Estes projectos têm uma relação entre si de respeito mútuo, mas também de conjugação de esforços, pelo menos não estão de costas voltadas.

O distrito tem uma visão estratégica para a cultura? As estratégias de cada instituição são feitas a pensar em quem? Paula Garcia

Alberto Correia

Eduardo Correia

∑ Mesmo respondendo positivamente, o projecto tem que ser sempre repensado em relação àquilo que foi feito. Em reuniões de trabalho fora de Portugal. as pessoas já não perguntam só por Lisboa e Porto, sabem que há ali uma região no Centro de Portugal e que o Teatro Viriato não está sozinho. Eu não posso estar a falar do Teatro Viriato e da Companhia Paulo Ribeiro e não falar do trabalho da Acert de 35anos, não me posso demitir de falar do Teatro Regional da Serra do Montemuro, do Cine Clube de Viseu…. Acabamos por nos potenciar uns aos outros e isso dá uma imagem de escala.

∑ É necessário que todas as instituições de que falámos, seja a biblioteca municipal, o museu daqui ou de além, têm que ter um projecto e esse projecto tem que ter uma avaliação séria de quem é mecenas, seja a empresa do bacalhau ou a câmara municipal. Outra coisa é, cada instituição, fazer um projecto orientado para um determinado público e encontrar uma estratégia para que se atinja esse público. Claro que a instituições têm que fazer a sua auto-gestão e têm que encontrar mecanismos para atingir o máximo.

∑ Pensamos na nossa realidade e o público responde. Se os espectáculos do festival não estiverem esgotados, temos que repensar o festival. É bom referenciar a solidez que estas estruturas têm. Se não existisse a Acert, o Teatro do Montemuro nunca existiria pelo apoio que é dado.

José Rui Martins ∑ Ninguém tem a coragem de dizer que desconhece o processo, porque há um processo que está instalado, que são bandeiras locais do ponto de vista da identidade e da afirmação. O presidente da Câmara de Tondela, chega ao Estoril, onde está a ser mostrado um filme sobre a vida cultural do país e uma das imagens que aparece é da produção local da sua cidade (Tondela). Isto catapulta uma reflexão dessas pessoas para, quando chegar a hora da decisão, não poderem desconhecer, porque eles próprios capitalizam isso na sua apresentação pública em outros locais. Quanto ao gasto, qualquer destas estruturas substituiu-se às de outras autarquias que têm que fazer estruturas pesadíssimas para desenvolver trabalhos semelhantes, ao mesmo tempo que há a capacidade de gerar sinergias. O Paulo Ribeiro não está a trabalhar em Viseu porque a sua companhia não pode estar instalada em Lisboa ou em Paris. Isto é uma potencialidade de uma região. Alguém acreditava que a Acert podia ter 40 patrocinadores locais? Outro exemplo é o conjunto de preocupações culturais das empresas, ao dar aos seus trabalhadores 50/60 entradas para espectáculos. Qual é o distrito que está com esta oferta cultural, por exemplo, para esta franja da população? Estas estruturas têm potencialidades para não acabar, porque têm projecto, têm identidade própria. Não estou a dizer que não precisamos do apoio estatal, o apoio estatal que nos é dado é porque eles precisam de nós, para prestarmos o serviço público mais eficaz. Hoje, seria muito difícil à Câmara de Viseu prescindir do apoio que está a dar ao Teatro Viriato porque desguarnecia na sua frente. Tondela dificilmente faz uma opção dessas, a não ser pela avaliação e pelos resultados obtidos e isso é difícil.


10 TEMA DA SEMANA| O ESTADO DA CULTURA

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

O que não funciona na região? ç Há críticas veladas às programações. Oq que p provoca essa crítica? José Fernandes

Eduardo Correia

José Rui Martins

∑ Quando se acusa o Teatro Viriato de ter uma programação elitista é porque não leu sequer os programas, porque a programação é tão heterógenia que é impossível sermos acusados. Depois há a grande preocupação da formação dos públicos ao ir junto das escolas e dos mais diversos públicos e trazê-los para as várias linguagens.

Alberto Correia

∑ O que sinto a Norte de Viseu é que não há empenho. Não se valoriza o trabalho e há um olhar de desconfiança perante o agente cultural. Com este património todo, porque é que não se pega nele? Tenho a certeza que ia ser produtivo, mas as autarquias e as pessoas responsáveis mostram-se pior que no passado.

∑ A palavra elitista é uma ratoeira. Eu desejo que o meu público seja uma elite. Por outro lado, nós que reflectimos muito o nosso trabalho entre a tradição e a modernidade, não fazemos a reprodução da tradição, é pegar na tradição como um objecto de transformação, com identidade, mas com inovação. O Judas, do meu ponto de vista, é o espectáculo mais elitista da Acert, e é um espectáculo comunitário. Não passemos atestados de estupidez ao público, em espectáculos, em que alguém cataloga como elitistas, são descodificados por outro público, às vezes, muito melhor que um público urbano. Estou a lembrar-me das coreografias de Paulo Ribeiro, onde é permanente um universo rural, quer nas projecções, quer nas danças ocultas que fazem as suas bandas sonoras. Lembro-me da nossa máquina Memoriar na Expo, que é a reprodução de um objecto popular com toda a linguagem dos trolhas de Molelos. Vejamos a riqueza que isto constitui. Agora, detesto quem se auto-denomina de vanguarda. O facto de existir Tondela, Montemuro e Viseu, não quer dizer que não haja um outro conjunto de organizações, como o projecto do Bar do Capitão (Viseu) e outros pequenos nichos que têm papéis preponderantes nos nossos projectos, e que estão a aparecer cada vez mais. Agora a folclorização de um conjunto de fenómenos tem efeitos nocivos muito grandes, porque alguém continuar a chamar programação a coisas redutoras do ponto de vista da sociedade do conhecimento.

∑ Fazem falta duas coisas, a qualidade de cada um do projecto e o seu desenvolvimento, e a formação das pessoas que estão por detrás. Dou alguns exemplos. A Acerta pegou no “Queima de Judas” como deve ser, e deu-lhe um carácter de modernidade. Hoje, tem lá cinco mil pessoas. Mas existe o Carnaval de Lazarim, que qualquer dia estiola. Neste momento há uma instituição de Lisboa que o vai lá fazer, mas essa gente de Lisboa não interiorizou verdadeiramente a região e faz mais do mesmo. Vamos até Vila Nova de Paiva e temos na terça-feira de Carnaval o chamado “Enterro do Rico-Irmão”, podia ser uma coisa fantástica porque o espaço da aldeia (Touro) com uma rua imensa assim o proporcionam, mas o que temos é uma brasileirada sem jeito nenhum. Faltam ali as pessoas certas para imprimirem qualidade. Tem que se saber o que é exactamente a tradição para a renovar e dar a conhecer. Não custa nada levar cinco mil pessoas ao Touro (Vila Nova de Paiva) à meia-noite, só que é preciso saber fazer. As Cavalhadas de Vildemoinhos podiam ser em Viseu um cartaz fantástico e não há uma televisão a filmar. Nem aparece em rodapé dos noticiários da, porque falta ali um profissionalismo. A tradição subjacente é fantástica, mas os organizadores nem a estudam, não a identificam antropologicamente para a valorizarem. É necessário que isso se faça como se fez em Tondela. Os carros tradicionais que introduzem, é a pantomineirice completa. Para introduzirmos qualidade às Cavalhadas tem que haver por detrás gente de história, de antropologia, ligada à terra, um designer que desenhe as fatiotas dos moleiros… as Cavalhadas trazem 200 mil pessoas a Viseu. As autarquias têm tido um papel fantástico em muitos aspectos e transformaram o país, agora há sempre o reverso da medalha. Nós vemos um populismo que muitas vezes colocam nas festarolas de Verão, não no sentido da política autêntica do governo da cidade e da qualidade de vida, mas porque é importante ter um voto e trazem o cantor pago por todos nós para distrair, quando deviam fazer de outro modo. Mas não somos perfeitos (sorrisos).

Que caminho é necessário percorrer no futuro? Paula Garcia

José Fernandes

Alberto Correia

∑ Eu remetia para o Governo central, porque o que se torna mais difícil para o nosso trabalho são as sucessivas mudanças na cultura. Temos a sensação que estamos sempre a começar. Estamos nesta altura a trabalhar em projectos para 2013, mas com algum receio, porque não sabemos o que vai acontecer. Não conseguimos perceber que estratégia política vai ser definida, qual é a vontade política. É difícil trabalhar sem saber se estamos a ir longe demais porque de repente vão-nos ser retiradas possibilidades de continuar. Esse é um ponto importante.

∑ As candidaturas são feitas de quatro em quatro anos. Em 2012 acabam os contratos de financiamento para estas estruturas. Neste momento, já foi anunciado que iam rever os regulamentos, não sabemos se vai haver concursos, com que regras e isso em termos de programação é complicado, porque em termos de programação, é necessário trabalhar com muita antecedência.

∑ É necessário que todas as instituições de que falámos, seja a biblioteca municipal, ou seja o museu daqui ou de além, terem um projecto e esse projecto tem que ter uma avaliação séria de quem é mecenas, seja a empresa do bacalhau ou a câmara municipal. Outra coisa, é cada instituição fazer um projecto orientado para um determinado público e encontrar uma estratégia para que se atinja esse público. Claro que as instituições tem que fazer a sua auto-gestão e têm que encontrar mecanismos para atingir o máximo.

rQuem acusa o

Teatro Viriato de ter uma programação elitista é porque não leu, sequer, os programas”

José Rui Martins ∑ Nesta altura há uma indefinição na cultura e uma indefinição no país. Em períodos de crise, a auto-estima é um factor preponderante para vencer contrariedades, não esperar que as soluções venham do exterior, mas criar no próprio país as soluções com identidade. Se por um lado pensarmos na resolução em termos de empréstimos que vêm do exterior, ou temos capacidade criativa e reflectiva sobre nós próprios, ou então, este grau de dependência vai aumentar e a cultura desenvolve aqui um papel crucial sob o ponto de vista de fruidor cultural que, para além do espectáculo, se interroga a cada momento. Desfolhei o protocolo da troika para ver o que preconizavam para a cultura e nem uma linha. Ou seja, estamos numa área muito simpática, para cumprir o acordo da troika ninguém pode dizer que corta na cultura. Agora, há um redobrar de responsabilidades que recaíram sobre nós. A falta de perspectivas que temos para este sector. O que fazemos perante expectativas que criámos de serviço público? Vamos fazer o quê a projectos que nos deram tanto trabalho? Há aqui uma responsabilidade social que os responsáveis ministeriais não estão a tomar em conta, julgando que a actividade cultural e artística se estabelece no espectáculo.


O ESTADO DA CULTURA | TEMA DA SEMANA 11

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

José Rui Martins. Temos todos que ver o valor que isto tem. Queremos estar a trabalhar complementarmente ou não? É uma coisa que não está só do nosso lado, está nos interlocutores que temos e numa aposta global.

Conclusão

Alberto Correia. Quero formular um desejo. Estes bons exemplos de que falámos que se apoiam sempre na qualidade dos projectos e na preparação séria das pessoas que os desenvolvem, se estendam a todas as instituições que colaboram no quadro da cultura.

Paula Garcia. Estas estruturas culturais têm contribuído para uma imagem de marca da região no panorama nacional, mas continua a haver um percurso muito longo a percorrer. No teatro Viriato tem-se vindo a sentir uma mudança na forma como o público vai evoluindo à medida que vai beneficiando das actividades que estas estruturas vão oferecendo. As pessoas reivindicam muito facilmente uma estratégia política para a saúde e para a educação, mas não o fazem para a cultura e continuamos a ser reféns de um passador.

Eduardo Correia. Quando devíamos estar concentrados em criar, estamos muito espremidos pela política e não conseguimos nada a longo prazo. Depois, temos que dizer o que eles [políticos] querem ouvir. Esta indecisão preocupa-nos muito e até nos tira a capacidade de sonhar.

Tem a palavra

“O distrito está recheado de actividades culturais...”

Carlos Silva Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Sernancelhe

Qual é para si o Estado da Cultura no distrito de Viseu?

Na minha visão, o termo cultura é bastante abrangente, pois pode englobar actividades culturais, desportivas e sociais que contribuem claramente para o engrandecimento das populações e para a melhoria da sua qualidade de vida. O distrito está recheado de actividades culturais que, grosso modo, estão adequadas à dimensão, à estrutura e mesmo às necessidades das populações nesta área. O que falta, muitas vezes, é proporcionar uma visão conjunta a estas iniciativas para que possam ser mais abrangentes e não se limitem somente às fronteiras de cada Município. Alguns agentes culturais criticam a falta de uma estratégia global para o distrito ou para a região? Concorda?

Concordo. Mas deve começar por esses agentes culturais uma resposta imediata de colaboração para que a estratégia global se implemente nesta região. Veja, o distrito de Viseu está dividido administrativamente em duas Delegações Re-

gionais de Cultura, duas CCDR, em três Comunidades Intermunicipais e, salvo erro, em duas regiões de Turismo, a Região de Turismo Dão Lafões e a Região de Turismo do Douro, esta à qual pertence o concelho de Sernancelhe e que, pouco ou nada tem feito pela região do Douro a não ser um modelo estranho e desajustado de promoção de filmes e artistas que nada contribuem para o desenvolvimento da região. Acha que devia haver projectos conjuntos entre autarquias?

Tenho a certeza que esse procedimento representaria uma mais valia para a promoção dos usos, costumes e tradições das gentes locais. A autarquia de Sernancelhe organiza um Festival Internacional de Guitarra Clássica que tem já um público conquistado e fidelizado. Porque é que este fenómeno acontece em Sernancelhe e não se passa em outros concelhos? Qual é o vosso “segredo”?

O Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica, que contou no mês passado a sua 13.ª edição, traz a Sernancelhe professores e concorrentes oriundos um pouco de todo o mundo, e promove, para além da aprendizagem e da competição, um espírito salutar de convívio e troca de experiências. Agora, não há nenhum segredo associado à organização deste evento. Trata-se,

sem dúvida, de uma aposta e um desafio em levar a cabo uma iniciativa de cariz mais erudito, mas que ao longo dos anos, se foi enraizando nos hábitos culturais da região e se assume como uma rampa de lançamento e imagem de marca para futuros músicos de reconhecido mérito internacional. Essa é uma questão que não deve preocupar os agentes culturais, pois é natural que na base dos seus projectos estejam sempre premissas como a inovação e a constante adaptação a uma sociedade em constante evolução sempre com a preocupação de criar actividades culturais que marquem pela diferença e que, na sua maioria, não têm qualquer apoio financeiro proveniente do Estado ou outros, atendendo a que estas entidades se direccionam apenas para os grandes centros urbanos descurando por completo as zonas mais rurais. A Câmara de Sernancelhe elabora anualmente ou para os quatro anos um projecto cultural para o concelho?

A Câmara de Sernancelhe encara a cultura como uma forma de engrandecer o concelho e de estimular a capacidade crítica e o espírito criativo dos seus munícipes. Por isso, contempla sempre na sua actividade eventos que caracterizam a mundividência cultural do município. Deste modo, o Concurso e Festival Internacional de

Guitarra Clássica, a Festa da Castanha, que terá lugar no Exposalão – Multiusos de Sernancelhe já nos próximos dias 28, 29 e 30 de Outubro, e que se assume como o grande certame do município e que se projecta um pouco por todo o País, a Feira Aquiliniana, uma homenagem ao Mestre escritor Aquilino Ribeiro, a Feira Sementes da Terra/ Actividades Económicas, um evento organizado em época de férias de Verão para dinamizar a economia local e por onde passam uns largos milhares de pessoas e o Natal Sem Idade, dirigido à população sénior do concelho, são já actividades incontornáveis no calendário cultural do Município. Deixo ainda um pedido para me dizer quantos equipamentos culturais há em Sernancelhe.

O Auditório Municipal é palco de eventos eruditos, como é o caso do Festival de Guitarra Clássica, mas também de iniciativas de cariz mais tradicional como é o caso da actuação de grupos de música tradicional, peças de teatro, concertos de grupos corais e de bandas musicais, actividades inseridas no ciclo mensal MusicArte. A Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira coloca à disposição das actividades de enriquecimento curricular projectos como “A hora do conto”, e colabora na publicação da Revista Literária “Aquilino”, que tem como director o Dr. Paulo

Neto, como colaborador efectivo a Universidade de Aveiro e como “padrinho” o Eng. Aquilino Ribeiro Machado, filho do escritor Aquilino Ribeiro. O Centro Municipal de Artes/Posto de Turismo é um edifício inaugurado em 2003 e que conta já com 100 exposições inseridas no âmbito do ciclo MusicArte. Este projecto alcançou enorme visibilidade e serviu de rampa de lançamento a artistas locais que aqui iniciaram o seu percurso artístico. A Escola Municipal de Trânsito, única a nível regional, recebe os alunos das actividades de enriquecimento curricular, que assistem a aulas teóricas e práticas de prevenção rodoviária para além de acolher cerca de 4000 alunos ano de concelhos limítrofes e de toda a região. Na Academia de Música de Sernancelhe, com cerca de 4 anos de existência, centenas de crianças têm formação musical no âmbito das actividades de enriquecimento curricular. Esta formação já deu frutos, pois em três participações no Festival Nacional Foco Musical Júnior, que decorreu no Coliseu dos Recreios, obteve três primeiros prémios. O Exposalão–Multiusos de Sernancelhe é um espaço recentemente construído que veio criar condições logísticas para levar a cabo eventos culturais de gran-

de envergadura que até ao momento da sua construção era impossível realizar. Inaugurado pelo Sr. Presidente da República há cerca de um ano, já acolheu certames diversificados que foram desde o Salão Automóvel de Clássicos a um Encontro Nacional de Concertinas, passando por uma Feira de Construção Civil, outra de automóveis usados e um Encontro de Bandas Filarmónicas, por exemplo. Na área do desporto, o Complexo Desportivo de Sernancelhe, que contempla a Piscina Municipal, recebe hoje imensos visitantes que procuram o Centro de Bem-Estar que engloba a sauna, o banho turco e o jacuzzi, e também a sala cárdio-fitness, que permite a prática regular do exercício físico, nomeadamente aos idosos de algumas freguesias do concelho que, uma vez por semana, se deslocam à sala cárdio-fitness e à Piscina Municipal. O Pavilhão Desportivo Municipal assume-se como um centro desportivo que acolhe clubes ou grupos organizados que pretendem a prática regular do exercício físico. Neste sentido, acolhe a prática do futsal, basquetebol, ginástica e também a educação física inserida nas actividades de enriquecimento curricular, que proporciona às crianças do 1.º ciclo a familiarização com a actividade física e a criação de hábitos saudáveis.


Jornal do Centro

12

14 | Outubro | 2011

região OS VERDES REUNE EM VISEU O conselho nacional de “Os Verdes” reúne este sábado, em Viseu. Já durante o dia de hoje, uma delegação irá efectuar várias visitas ao distrito e reunir com diversas actividades para “conhecer melhor os problemas e preocupações que afectam a região”, acrescenta a direcção em comunicado. No final do dia, decorre uma tertúlia subordinada ao tema “Viseu, capital de distrito sem ligação à Ferrovia Nacional”, às 21h30, no Bar do Capitão. EA

CÂMARA DE NELAS ASSINA PROTOCOLOS

A Contrato lavrado entre Soares Marques e o autor(?) da obra em 22 de Agosto de 2008

Onde estão os livros? “Mangualde Passado e Presente”∑ Aguarda-se desenlace “feliz” no futuro O presidente da Câma ra Municipa l de Mangualde, João Azevedo, garantiu numa Assembleia Municipal que “a autarquia viu-se defraudada em cerca de 50 mil euros, devido a um negócio feito pelo anterior presidente Soares Marques”, para a realização de um livro fotográfico. O Jornal do Centro quest ionou o a nt igo autarca, que confirmou “a celebração de um contrato com uma editora do

Porto para a execução de um livro fotográfico, alusivo à evolução urbanística de Mangualde”. Soares Marques disse ainda que “escreveu o prefácio do livro e que chegou a vê-lo” contudo, entretanto “veio embora da Câmara e desconhece os desenvolvimentos”. O antigo presidente social democrata lembra que “há mecanismos jurídicos que podem ser activados pela autarquia contra a editora e que o contrato está na posse do actual exe-

cutivo”. Soares Marques aponta ainda uma de duas soluções: “Ou a autarquia recebe os livros que contam o desenvolvimento de Mangualde nos últimos 100 anos ou então tem de ser reembolsada”. João Azevedo disse que “o autor devia entregar em Novembro de 2008 um conjunto de 2000 exemplares, dos quais 100 seriam em conjunto de luxo, em caixa, encadernados manualmente, gravados a ouro e com o brasão da autarquia em baixo relevo”. So-

ares Marques não se recorda do prazo de entrega da obra, mas João Azevedo lembra que “o contrato previa o pagamento de 47.000 euros sem IVA, pagando-se 5.875 euros em oito prestações, a partir de 2008. O actual presidente garante que “esta verba foi toda paga e o livro nunca apareceu”. O título da obra “Mangualde Passado e Presente” encaixa nesta aventura. Uma vez que o socialista João Azevedo parece não querer vi-

ver o presente a pensar em contas do passado. E, em boa verdade, acrescenta o auta rca João Azevedo, “não se vivem tempos favoráveis a despesas com edições luxuosas de livros que, ainda para mais, foram adiantadamente pagos e nunca foram apresentados. Estas práticas são incompatíveis com a boa gestão autárquica e lesam Mangualde e os mangualdenses”, conclui. Tiago Virgílio Pereira

A Câmara Municipal de Nelas assinou protocolos com várias entidades do concelho no seguimento da política desportiva desenvolvida pelo executivo. “É objectivo destes protocolos fomentar a prática desportiva, através da continuidade do projecto Actividade Física em População com diabetes e do projecto Crianças em Movimento, proporcionando um desenvolvimento salutar, autonomia, coordenação e aprendizagem a cerca de 400 crianças do concelho” adiantou a presidente do executivo, Isaura Pedro. A autarquia contemplou sete instituições. EA

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500

Fotos: Nuno André Ferreira

A era de 1500 – “il cinquecento è un secolo ricco di avvenimenti storici e culturali…” – trouxe ao mundo uma profunda revolução a todos os níveis. O homem do Renascimento (o nascer de novo) assumiu o ideal antropocêntrico (o homem como centro do mundo) contra o ideal teocêntrico até aí vigente (Deus como centro do Universo). É a época da fé inquebrantável no potencial humano; a era dos Descobrimentos; o momento da emergência de Da Vinci, Miguel Ângelo, Luís de Camões e tantos outros. O Jornal do Centro edita hoje o seu número 500. Deste número grandioso apenas tenho a responsabilidade de duas dezenas. Os meus parabéns àqueles que aqui chegaram e os meus votos de muitos e bons anos, com boa prática jornalística a toda a Equipa actual: Emília Amaral; Tiago Virgílio Pereira, Marcos Rebelo, Catarina

Fonte, Ana Paula Duarte, Sabina Figueiredo, Nuno André Ferreira, Gil Peres, Andreia Mota e Raquel Rodrigues. Longa vida! O 500 é um modelo mítico da Fiat (Fabbrica Italiana Automobili de Torino fundada por Giovanni Agnelli em 1899).Tão marcante quanto a Vespa, trouxe a revolução social urbana às grandes metrópoles italianas e à Europa, em geral. No século XX, a maioria do povo andava a pé; passou à bicicleta, depois à lambreta e enfim, ao Fiat 500… Como o Volkswagen, carro do povo, na rica Alemanha do norte, no sul “il piccolino” fez escola. Hoje, volvido meio século do seu aparecimento, a Fiat retomou, com um êxito retumbante o renascimento do pequeno modelo de Turim. E, umas atrás das outras, as versões sobre a mesma base estrutural, multiplicam-se com imaginação, criatividade e inovação.

O concessionário Fiat – Soveco (Gocial, SGPS)de Viseu, na pessoa do nosso estimado amigo Henrique Rodrigues disponibilizounos para esta ocasião e um alongado test-drive, o Fiat 500 Twinair. Afinal que quer isto dizer? Que estamos perante uma concepção de motor análoga à do seu avoengo, no aspecto bicilíndrico. Quanto ao resto, e apesar das analogias de inspiração para o exterior, é a diferença entre a noite escura e o dia claro. Este pequeno veículo de 3,5 metros e pouco mais de 850 kgs. de peso é animado por um vigoroso motor de 875 cm3, com dois cilindros em linha, alimentado por injecção mais turbo. Temos aqui 85 cv de potência, cheios de vigor e de agilidade. Na cidade até voa… Estacionar, é com ele (os censores também ajudam); dispõe de 4 lugares e uma bagageira com 185 litros, o que dá, à vontade, para duas malas de porte considerá-

vel. E na estrada? Rápido quanto baste, os 175 km/h anunciados não nos parecem difíceis de alcançar… A estabilidade, com uma excelente suspensão e pneumáticos de tamanho generoso (185/15) bem colocados nos quatro extremos do chassis dão uma segurança de “kart”, tornando o pequeno Fiat numa diversão constante. Bem equipado, com rádio, leitor de cd, AC, ponto de Tom-tom, bluetooth, porta windows, conta rotações, comandos ao volante, computador de bordo, tecto transparente, este Fiat, nos seus 15 mil euros de preço e na sua racionalidade ecológica, nível de emissões de 92 grs/km que fazem dele um “carro verde”, é rápido e pouco gastador. Registámos médias em percurso misto urbano/estrada, com uma pessoa a bordo e AC desligado, em torno dos 4,5 litros aos 100 kms. Uma tentação! Paulo Neto


Jornal do Centro

14 REGIÃO | S. PEDRO DO SUL

14 | Outubro | 2011

“Poço Negro nunca esteve tão preto” Causa∑ Enxurradas de lamas soterraram uma das mais belas lagoas naturais da região O Poço Negro é uma lagoa natural com uma profundidade de cerca de sete metros situada na zona de Sernadinha, em S. Pedro do Sul. É um dos locais naturais mais emblemáticos e de rara beleza da região. A lagoa é local de lazer e passeio, especialmente no Verão, onde centenas de pessoas visitam e se banham nas águas límpidas e cristalinas, provenientes do rio Teixeira. Era assim até há pouco tempo, porque agora, o Poço Negro está preto. O ícone da freguesia de Manhouce foi soterrado devido às enxurradas de lamas provenientes do desassoreamento do açude do aproveitamento hidroeléctrico de Carregal, a 100 metros a montante do poço. António Duarte, presidente Publicidade

da Junta de freguesia de Manhouce lamenta esta situação e lembra que “antigamente o poço era fundo e agora caminha-se em cima dele devido às areias”. O responsável pela Junta disse que “foi a população que o alertou da poluição” e que de imediato “informou a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul e as entidades competentes”. A autarquia sampedrense, pela voz do presidente António Carlos Figueiredo, admite que esta situação “prejudica o concelho”. Ainda assim garante que “na próxima semana é esperada uma visita de alguém do Ministério do Ambiente para fiscalizar a zona e proceder à limpeza da lagoa”. Quem também aguarda por uma resposta do Go-

A O Poço Negro no Verão verno é o partido “Os Verdes”. Recentemente, uma delegação do PEV – Partido Ecologista “Os Verdes” – deslocou-se ao local para ver o que aconteceu ao Poço Negro. Após a visita, na pergunta entre-

A O Poço Negro actualmente gue na Assembleia da República pode ler-se: “Esta situação, para além de danificar este monumento natural, provoca graves impactos na fauna aquática. O PEV constatou ainda que a maioria dos detritos

provenientes do desassoreamento do açude foram colocados na margem direita do rio, numa encosta íngreme, sendo previsível a ocorrência novamente de enxurradas de lamas após as primeiras chuvas de Ou-

tono”. “Os Verdes” pretendem saber que acções o mistério vai desenvolver para retirar os detritos do Poço Negro. As respostas ainda não chegaram. Tiago Virgílio Pereira


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MANGUALDE | REGIÃO 15

14 | Outubro | 2011

O vinho - Os copos para a prova A prova de vinho é um exercício que necessita de orientação e treino metodológico regular. Nas típicas tascas que encontramos um pouco por todo o pais, é muito frequente ainda a venda de vinho a copo. Nessas situações, os copos são completamente cheios e o vinho é bebido de uma golada ou duas, o famoso “penalty”. Este tipo de procedimento, ou exercício tão frequente, em nada contribui para uma nova cultura, ou conceito de vinho a copo que importa implementar nesses locais, e fomentar numa restauração mais acurada. Ao desenvolvermos este procedimento para beber um vinho não estamos a desfrutar de todas as suas características típicas, nem utilizamos de forma regular as nossas ferramentas sensoriais para um acto que visa substituir o conceito de beber pelo de provar. Este comportamento anteriormente descrito não permite determinar de forma consistente as possíveis características de um vinho tais como: a cor o brilho, o bouquet os aromas, a sua estrutura e complexidade, apenas para destacar as mais fáceis de mensurar. O resultado desta apreciação poderá apenas cingir-se a um simples gosto ou não, que em última análise é já a emissão de um juízo bastante válido e serve de catapulta para uma apreciação mais cuidada, esmerada e detalhada. Experimentem beber um vinho desse modo e tentem caracteriza-lo, vão dar-se conta que não conseguem provavelmente descrever nada, ou talvez muito pouco. A correcta prova de um vinho resulta da conjugação correcta e harmoniosa que se pode estabelecer entre os nossos vários órgãos sensoriais; os olhos, o nariz e a boca, isto é, a visão, o olfacto e o palato. Deste sentido, importa também escolher um dos utensílios fundamentais para este fim, os copos. Existem vários copos e estes foram evoluindo ao longo dos tempos. Nos dias de hoje já não se bebe Champanhe por taças. Estas fo-

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

ram substituídas por flutes e o Vinho do Porto possui um copo peculiar desenhado do arquitecto Siza Vieira em muito idêntico ao copo de provas oficial (ISO). Alguns dos copos agora utilizados nas provas foram estudados e desenvolvidos para cada região, no sentido de potenciar as intrínsecas particulares dos seus vinhos. Os copos devem evidenciar entre outras, as seguintes características: serem incolor, cristalino e de vidro fino (copo de cristal), o bojo deverá afunilar e não alargar, terem um volume que permita acomodar uma pequena quantidade de vinho 1/4 de litro e possuírem um pé suficientemente sustentável para se segurarem e promover a agitação. Os copos mais conceituados entre outros, para este fim são da Riedel com requisitos peculiares e desenhados para as diferentes regiões e castas. No caso de não terem copos com estas propriedades sugiro que adquirem 3 copos para as futuras actividades. Os mais vulgares e que cumprem os requisitos mínimos para este fim têm um preço de proximamente 1 euro e são fáceis de encontrar no comercio. Após a sua aquisição, aconselho que vertam 1/4 da sua capacidade com água e procurem fazer o seguinte exercício. Peguem no copo pela base utilizando os seguintes dedos. O polegar pressiona a parte superior do pé do copo, o indicador pressiona a outra parte superior de pé e o dedo médio a parte inferior do copo dando suporte a este. Com esse volume de água no copo, procurem fazer rotações do pulso no sentido de um eixo anti horário de modo a que o liquido possa rodar com alguma velocidade pela parede do copo sem verter. Repitam este exercício até ao seu domínio completo. Este é um requisito fundamental para se iniciarem na prova.

Feira dos Santos regressa ao centro de Mangualde Novidades ∑ O certame integra exposição de automóveis e a “Feira dos Santos à Mesa” A Feira dos Santos de Mangualde regressa este ano ao centro da cidade. O anúncio foi feito esta semana pelo presidente da Câmara. João Azevedo justificou que o regresso aos velhos tempos visa potenciar uma nova dinâmica aos estabelecimentos comerciais aí situados. Nos últimos anos, o secular certame conhecido por “feira das febras”, que se realiza no primeiro fimde-semana de Novembro, ocupou um recinto junto ao Monte da Senhora do Castelo, afastado do centro da cidade de Mangualde. “É uma mudança estratégica para alavancar o comércio, porque sentíamos há muito tempo que as pes-

MAIS DE MIL CAMIÕES SEM ALTERNATIVA EM MANGUALDE O presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo, afirmou que os mais de mil camiões existentes no concelho vão ficar sem alternativa para circular com a entrada em vigor do pagamento de portagens na autoestrada A25. Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da Feira dos Santos, o autarca socialista lembrou que o troço da EN 16 - no final dos anos 90 desafetado para o domínio municipal-, já sofre de “problemas de manutenção” e “começa a dar sinais de grande desgaste”. João Azevedo explicou que “há mais de mil camiões residentes no concelho”, de empresas como a Patinter, a Bernardo Marques, a Gefco e outras mais pequenas, o que representa “um volume enormíssimo de transportes pesados” que precisam de circular. Lusa

Ana Paula

Opinião

AA feira decorre no primeiro fim-de-semana de Novembro soas queriam que a feira voltasse para dentro da cidade, porque faz com que os milhares de pessoas que vêm à Feira dos Santos naqueles dois dias comecem novamente a viver, a visitar e a passear dentro de Mangualde”, acrescentou o autarca. João Azevedo, adianta que irão participar no Publicidade

certame 250 feirantes, que vendem artigos tão variados como alfaias agrícolas, roupa e calçado, produtos regionais e febras de porco, entre outros. Além das mostras de artesanato, de produtos regionais, agropecuária e de pintura, este ano a feira integrará também uma exposição de automóveis, uma

vez que esta é uma “peça fundamental” do desenvolvimento concelhio e regional, encontrando-se ali instalada a maior empresa do distrito, a fábrica da PSA Peugeot Citroën. “Queremos relacionar a tradição à modernidade. Mangualde era essencialmente uma terra agrícola e de comerciantes e, na década de 60, e passou a ser uma terra industrializada com a vinda da Citroën”, sublinhou. A “Feira dos Santos à Mesa”, junta-se à “feira das febras”, em que os restaurantes aderentes apresentarão uma ementa especial com pratos típicos regionais. Emília Amaral


Jornal do Centro

16 REGIÃO | MANGUALDE | OLIVEIRA DE FRADES | MOIMENTA DA BEIRA

Mangualde/A25. Dois mortos e um ferido ligeiro é o balanço de um acidente que ocorreu, na segunda-feira, pelas 7h00 da manhã, na autoestrada A25, no sentido Mangualde/Guarda. O embate aconteceu na localidade de Chãs de Tavares, em Mangualde, ao quilómetro 118, quando uma carrinha ligeira mista colidiu na traseira lateral de um camião TIR. Os veículos circulavam no mesmo sentido, a uma velocidade considerada “normal”, segundo José Correia, 2º Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mangualde. O 2ª Comandante admite duas causas para o acidente: “ Ou foi distracção ou o condutor da carrinha adormeceu”. Dos três ocupantes da carrinha, o único sobrevivente foi o condutor Filipe Fernandes Dias, 30 anos, natural de Lamas, Braga. O homem foi transportado para o Hospital S. Teotónio, em Viseu, com ferimentos ligeiros num braço, mas teve alta hospitalar às 11h 40. O camião TIR transportava portas de habitação e dirigia-se para Barcelona, Espanha. Publicidade

O condutor não teve qualquer ferimento.

ACIDENTE

Oliveira de Frades/A25. Um problema num pneu terá estado na origem de um despiste de uma carrinha ocorrido na quarta-feira, no sentido Viseu–Aveiro da A25, entre Reigoso e Talhadas. O acidente provocou dois mortos e cinco feridos graves. O segundo comandante dos bombeiros de Vouzela, Paulo Teixeira, que esteve no local, explicou que na carrinha de cabine dupla, com carroçaria, seguiam sete trabalhadores de uma empresa da zona de Esposende. Segundo Paulo Teixeira, as vítimas mortais foram o motorista, que ficou encarcerado, e um dos ocupantes, que foi projetado e bateu contra a estrutura, que teriam “entre 25 e 35 anos”. Os feridos graves ficaram dentro da viatura, alguns dos quais encarcerados, acrescentou. O sentido Viseu – Aveiro da autoestrada esteve cortado durante quase duas horas.

Nuno André Ferreira

ACIDENTE

14 | Outubro | 2011

A Três bombeiros ficaram feridos no incêndio de Moimenta da Beira, um deles em estado grave

Temperaturas elevadas alteram época crítica de incêndios Risco∑ Instituto de Meteorologia coloca 13 concelhos de Viseu em risco muito elevado Três bombeiros ficaram feridos no combate a um incêndio em mato que lavra em Moimenta da Beira. O bombei ro que f icou em estado considerado grave foi transportado para o hospital de Viseu. Os dois feridos ligeiros foram assistidos no centro de saúde de Moimenta da Beira. O acidente aconte ceu numa hora em que, aquele que era considerado um dos maiores incêndios do país (7 de Outubro), lavrava em Bal-

dos, cerca das 14h40,com duas frentes activas. No mesmo dia lavrava um fogo no concelho de Tondela, junto à Serra do Caramulo, muito perto das aldeias de Silvares e Souto Bom. Os incêndios têm sido uma preocupação no país neste Verão prolongado. À hora do fecho do Jornal do Centro (12 de Outubro), vinte e três concelhos de Portugal continental apresentam um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto de Meteorologia

(IM), entre eles Cinfães, Resende , São Ped ro do Sul, Castro Daire, V i l a Nov a de P a iv a , Moimenta da Beira e Sernancelhe, no distrito de Viseu Os dados disponíveis no site de Internet do IM apontavam ainda para um risco muito elevado 13 concelhos nos distritos de Viseu. O domingo passado foi o dia com mais incêndios florestais este ano com um total de 399 ocorrências de fogo em 24 horas, segundo a Autoridade

Nacional de Protecção Civil (ANPC). O Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu na quarta-feira prolongar até sábado o reforço dos quatro helicópteros ligeiros no combate aos incêndios florestais, tendo em conta as previsões meteorológicas, embora a época oficial mais crítica em incêndios florestais tenha terminado a 30 de Setembro. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt



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14 | Outubro | 2011

educação&ciência O IPV e o novo ano escolar Se bem que na 1ª fase das candidaturas para 2011/12, o Instituto Politécnico de Viseu apenas tivesse visto preenchidas 703 das 1542 vagas disponibilizadas, a 2ª fase veio restabelecer o equilíbrio para a instituição, que tem o seu orçamento anual definido em função do número de alunos que a frequentam. Assim, se nesta fase posterior recebeu mais 373 discentes, os concursos a nível local, através dos regimes especiais, trouxeram mais 599 . No cômputo final, o IPV não só respondeu às expectativas determinadas pela tutela, como ainda as excedeu em 28 candidatos. Deste modo, o número de alunos colocado corresponde a 102,5%

das vagas disponibilizadas para o concurso nacional. Recordamos ainda que o IPV tem uma oferta de 37 licenciaturas, distribuídas pelas diferentes Escolas Superiores que o integram e compõem. Qua nto aos a lu nos de pós-graduações tais como mestrados e especialização tecnológica, o seu total está ainda por apurar. De significativo, o facto de e apesar dos cortes orçamentais para o Ensino Superior afectarem o funcionamento das instituições, a resposta em quantidade de alunos colocados, consegue, de modo importante, colmatar essa realidade, desvanecendo eventuais apreensões para 2011/12. PN

A Pormenor do painel e do auditório

Mangualde dá formação a directores de turma Objectivo ∑ Encarar conflitos que surjam na sala de aula

Prémio Rebelo Moniz em Resende A Câmara Municipal de Resende destacou 65 jovens com o Prémio Rebelo Moniz, atribuído aos alunos do ensino do 2.º, 3.º ciclos e secundário, que obtiveram os melhores resultados. No auditório, os alunos do 2.º e 3.º ciclos foram distinguidos com um diploma e com um prémio monetário no valor de 124,79 euros.

No ensino secundário, o a lu no com mel hor média final obtida recebeu 149,94 euros. O presidente da Câ mara Municipal, António Borges referiu que “ao distinguirmos o mérito dos nossos jovens estamos a consagrar a esperança na nossa terra e a esperança no tempo que temos de construir a seguir”. TVP

“O director de turma na escola actual”. Foi sob este mote que decorreram as jornadas de coordenação dos directores de turma direccionadas aos docentes do Agrupamento de Escolas de Mangualde, do EduFor - Centro de Formação de associação de escolas dos concelhos de Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva e escolas de Viseu e Aveiro. A formação teve lugar no Auditório do Complexo

Paroquial de Mangualde, nos dias 30 de Setembro, 1 e 8 de Outubro, com um total de 220 professores participantes. “No ano passado detectámos que havia dificuldades na gestão de certos conf litos, que ocorriam no espaço da escola, por parte dos directores de turma” e por isso decidimos organizar estas primeiras jornadas, disse ao Jornal do Centro Ana Bernardo, uma das formadoras. “Face à abrangência do

tema e ao facto de outros directores de turma, de outros agrupamentos, sentirem as mesmas dificuldades, alargou-se a mais escolas, incluindo aquelas que fazem parte do centro de formação EduFor”, explicou. E os professores compareceram em massa. “Inicialmente estava previsto que as conferências se realizassem na biblioteca municipal - limitada a 60 inscrições - face ao espaço físico, mas inscreveram-

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imprimimos as tuas ideias...

se tantos professores que tivemos de alterar o espaço. Em jeito de sumário, a docente disse que “foi importante para trocar experiências e adquirir novos saberes e, futuramente, os professores poderão aplicar estes conhecimentos dentro da sala de aula. A formação é importante para a vida na medida em que se reactualizam conhecimentos”. Tiago Virgílio Pereira



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economia Opinião

Nuno André Ferreira

Um Novo Banco

A Sectores da construção civil e comércio (alimentar, automóvel e vestuário) são os mais afectados

Viseu declara insolventes 81 empresas Análise ∑ COSEC analisa 10 distrito no terceiro trimestre do ano De acordo com a análise trimestral da companhia de seguros de crédito COSEC ao número de insolvências registadas em Portugal, no distrito de Viseu foram declaradas insolventes 81 empresas até ao final do terceiro trimestre de 2011. A distribuição das insolvências por distritos mantém-se inalterada face ao trimestre anterior. O Porto com 829 (representa 24 por cento do total) insolvências, seguido de Lisboa com 716 e do

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distrito de Braga com 439 casos são os que maior número de insolvências registam. Seguem-se Aveiro, Leiria, Setúbal e Santarém e, já no final da tabela de 10 distrito, estão Faro, Coimbra e Viseu (ver quadro). Os sectores de actividade mais afectados são o da construção/materiais de construção (27 por cento) com 912 casos e o sector do Comércio (onde se destaca o comércio alimentar, automóvel e vestuário) com 674 casos (20 por cento).

O sector Têxtil e Calçado e Agro-alimentar assumem também valores de relevância (456 e 450 casos de insolvência respectivamente). Portugal regista um

aumento de 10 por cento nas insolv~encias até ao final do terceiro trimestre de 2011. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

A última edição do Jornal Expresso dava conta de movimentações da Associação Portuguesa de Bancos, do Governo e do Banco de Portugal no sentido da criação de uma Nova Instituição Bancária que serviria para “colocar” as dívidas do Estado, em particular as dívidas das empresas públicas contraídas junto dos bancos nacionais. Esta solução permitiria, segundo algumas fontes contactadas pelo jornal, injectar liquidez na economia e reduzir o défice das contas públicas anuais, uma vez que estes 1384 milhões de euros representariam cerca de 0,8% a menos no défice estimado para o final de 2011. Na prática, a criação deste banco iria permitir a troca dos valores dos empréstimos contraídos pelas empresas públicas junto da banca, por títulos emitidos pelo Estado Português, possibilitando aos bancos com maiores créditos sobre as empresas públicas descontar estes títulos junto do Banco Central Europeu. Pediria aos leitores alguma reflexão sobre esta questão. Primeiro, a criação de um banco com esta natureza - a ser de facto verdade - não deixa de ser uma forma muito expedita dos Bancos se livrarem de um activo, agora, indesejável dadas as condições de avaliação impostas pelas agências de raiting internacionais às empresas públicas nacionais. E eu digo, agora, dado que no passado recente os empréstimos da banca a empresas do universo do sector empresarial do Estado, sempre foram uma

Alexandre Azevedo Pinto Economista alexazevedopinto@sapo.pt

enorme fonte de rendimento para os Bancos. De facto nesse período nunca houve queixas dos banqueiros, todos procuravam disputar de forma competitiva os contratos de crédito das empresas públicas. Aquilo que antes era um bem precioso, tornou-se um bem pernicioso. Segundo, permitiria aos bancos trocar o “lixo”, considerado pelas agências de raiting, em “euros novos” descontados junto do Banco Central Europeu. Esta forma expedita de “lavar” a dívida pública, limpava os passivos bancários da toxicidade inerente aos activos da dívida das empresas públicas. O que iria acontecer no fundo era uma restituição da dívida à sua proveniência reconvertendo-a em dívida pública soberana. Temo mais uma vez que o interesse público fique posto em causa. O desespero do Governo na obtenção dos 5,9 por cento de défice para este ano, associados à forte crise que a banca nacional e também europeia neste momento atravessam, podem criar a prazo mais um enorme buraco que vamos deixar para resolver mais tarde. Sim, porque não tenhamos dúvidas que todo esse passivo vai ter de ser mais uma vez pago pelos do costume e aqui não incluo, como seria de obviamente de esperar, os Bancos.


Textos: Andreia Mota Grafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 500 DE 14 DE OUTUBRO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

MUNICÍPIO DE MORTÁGUA SUPLEMENTO


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Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA

Entre o verde da natureza e o azul da albufeira

MORTÁGUA É O ESPELHO DE ÁGUA DA REGIÃO Rodeada por paisagens férteis e terrenos verdejantes, plenos de ruralidade, Mortágua é um pacato concelho integrado na promissora Região de Dão Lafões. Marcado pela beleza, o município é composto por 94 povoações integradas em dez freguesias – Almaça, Cercosa, Cortegaça, Espinho, Marmeleira, Mortágua, Pala, Sobral, Trezói e Vale de Remígio – e oferece a quem o visita um encontro privilegiado com a calma e a tranquilidade que só a Natureza sabe oferecer. A explicação mais consensual para a origem da sua toponímia é a de “Terra das Lagoas“, “Águas Dormentes“ ou “Lameiros”. Todas estas designações indiciam a presença de água estagnada em grande quantidade. Já a palavra adoptada actualmente resultou da reforma ortográfica ocorrida em 1911.

História A existência de alguns vestígios de castros e até mesmo de arte rupestre, como na Lapa dos Mouros, faz com que se acredite que a região fosse ocupada desde tempos remotos. Para este facto contribuem ainda algumas povoações Romanas e a existência de uma das mais importantes vias do Império, que ligava ao litoral oeste da Península Ibérica. A partir da atribuição do primeiro foral, por parte da rainha D. Dulce, esposa de D. Sancho I, a vila passou a ser um município de direito com magistratura privativa, com

Parque Verde

funcionários locais e delegados do rei, investidos de poder civil e militar. Foi adoptado um modelo organizativo de acordo com o que vigorava em Salamanca, o mais seguido nas Beiras. Também por altura das invasões francesas, a região desempenhou um papel importante. Reza a história que o 6º exército francês, composto por 23.000 homens, acampou a 24 de Setembro no lugar do Barril. De 26 para 27, acampou aí também vindo de Santa Comba Dão, o 8º exército, comandado pelo general Junot.

Parque Verde

Diz-se que Napoleão Bonaparte era supersticioso quanto aos nomes começados por ‘M’. No que diz respeito à batalha do Buçaco, o nome Mortágua aterrorizava-o pois era o concelho onde estiveram quase todas as posições francesas, ali vencidas. Na segunda metade do século XIX, o concelho é marcado pela construção da estrada que ligava Viseu à Mealhada e, mais tarde, com a construção da linha da Beira Alta que ligava Mortágua ao Litoral Português, a Espanha e à restante Europa.

Quedas de Água das Paredes

A descobrir Ao longo dos anos, Mortágua conseguiu manter as suas fortes tradições e um ambiente rural cativante, apostando no aproveitamento dos seus férteis solos e produzindo fruta, vegetais, vinho e pasto para gado, não esquecendo as ricas zonas florestais. A orografia é dominada por uma das mais turísticas das serras (depois da Estrela): o Buçaco. A par da paisagem marcada pelas frondosas árvores, cujo porte impõe respeito, também a arquitectura é um dos pontos de interesse a descobrir. O património é outra das vertentes indissociáveis do concelho. Além da Igreja Matriz, datada do século XVI e em homenagem a Nossa Senhora da Assunção, merecem também destaque o Pelourinho manuelino, com as armas do concelho, e o Santuário de São Salvador do Mundo. Construída no local de um antigo castro, a ermida é um dos muitos legados rurais que podem ser encontrados pela região. Depois podem também contemplar-se moinhos, azenhas, e espigueiros de madeira, estruturas que atestam o sábio aproveitamento das forças da natureza. Indissociável do território de Mortágua é a água, que os visitantes podem encontrar a correr livremente por entre montes e vales, formando rios e ribeiros que escondem e preservam algumas espécies florestais autóctones. Fruto da intervenção humana, existe também um extenso manto de água que oferece recantos paradisíacos e que vale a pena descobrir: a Albufeira da Aguieira. E depois de um passeio por todo o município é fácil deliciarmonos com o Bolo de Cornos, uma receita que está 24 horas a levedar e que antes era cozida em forno de lenha em cima de uma folha de couve. Comido com queijo, com azeitonas ou sem nada, o melhor é mesmo provar.

Resort Aguieira

Marina Resort

DR

Reza a lenda que…

Bolo de Cornos

Vinhos Sociedade Boas Quintas

“Uma vez veio um juiz de fora que não respeitou os usos da terra. Tantas maldades cometeu que o povo se reuniu, deslocou-se para lá da ponte do rio Criz, esperou e matou-o com forquilhas, farpões e roçadouras. O oficial do rei chegou para descobrir

e punir os culpados. Parece que à pergunta sobre quem tinha morto o juiz, o povo dava sempre a mesma resposta: “Foi Mortágua”. O oficial nunca conseguiu descobrir o culpado porque a resposta implicava uma responsabilidade colectiva.”


Jornal do Centro

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14 | Outubro | 2011

SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA

Afonso Abrantes satisfeito com a evolução de Mortágua dades, desde a participação na Universidade Júnior a outras iniciativas de Verão. Todos os jovens casais que constroem casa própria estão isentos de taxas, desde que se aprova o projecto até que obtêm a licença de habitação. Na última Assembleia, foram contabilizados 6 mil euros em isenções, só na licença de construção. Esta isenção é atribuída também às empresas, desde que criem cinco postos de trabalho.

“ASSISTI AO SURGIMENTO

Quais têm sido as principais preocupações em termos do turismo? Começámos por aproveitar o facto de termos um território com uma grande vastidão de mancha florestal, para provas de todo-o-terreno e de BTT. A Aguieira é outro elemento potenciador - com um grande êxito - de diferentes actividades e a marina está também preparada para ser um centro dinamizador através do turismo. Outros recursos importantes são o vinho e uma oficina de ourivesaria, que procuramos integrar nos nossos programas de animação para seniores, por exemplo. As festas de Verão desempenham igualmente um papel importante em termos de promoção do concelho e as receitas geradas são significativas para as Associações Locais.

DE UM NOVO Nuno André Ferreira

CONCELHO” A economia tem sido uma grande aposta. Sim, tal como a área do emprego. O parque industrial está praticamente ocupado e a sua ampliação é agora o nosso principal investimento. Até ao final do mandato, se não conseguirmos executar as infra-estruturas queremos, pelo menos, adquirir os terrenos necessários para os 50 hectares. O objectivo é o de estarmos preparados para quando a crise passar e conseguirmos responder a quem nos procurar. Está satisfeito com os resultados obtidos? Quase que me atrevo a dizer que tudo o que queríamos fazer, fizemos; quer ao nível de investimentos públicos, quer na área social. Mas nunca partimos para as obras sem ter garantido o seu financiamento, e nunca tivemos receio de recorrer, de forma controlada, aos empréstimos de médio e longo prazo quando assim tinha de ser. Isso permitiu-nos aproveitar as verbas dos quadros comunitários. Nunca devemos um tostão a empreiteiros ou a fornecedores e 90 dias são, há anos, muito tempo para nós. Sempre tivemos uma gestão rigorosa.

Sempre defendi que são necessários equilíbrios. Por exemplo: aplicávamos uma taxa de IMI aos prédios não avaliados abaixo do máximo; o que era uma injustiça para os avaliados e que tornava difícil manter uma taxa de 0,25 nestes casos. Mas há outras medidas de cariz social em que a autarquia tem investido. Sim. É o caso do programa SOS Município Solidário que temos em orçamento há três anos, sem que houvesse necessidade de lhe mexer. O programa funciona sem burocracias e, após a sinalização dos casos, transferimos para instituições de solidariedade social os recursos necessários para esse apoio. Tínhamos o chamado prolongamento de horário gratuito no pré-escolar, mas demos conta que as famílias o usavam mesmo sem precisarem. Por isso, substituímo-lo pela atribuição de refeições gratuitas para todas as crianças do pré-escolar e do 1º ciclo. Estamos a falar de cerca de 275 e 250 euros, respectivamente, por criança e por ano. Este é um forte contributo para a educação alimentar destes meninos. Aos jovens proporcionamos uma série de activi-

Qual o projecto que mais o marcou? O Centro Educativo de Mortágua, talvez pela minha formação como professor. É o que me toca no coração, mas não posso esquecer que construímos um centro de actividades culturais, o Ninho de Empresas, as piscinas e o pavilhão municipais, entre outros equipamentos. Também considero importante o facto de termos levado às povoações os recursos indispensáveis, mas nem assim conseguimos impedir a desertificação de algumas delas. A verdade é que assisti ao surgimento de um novo concelho. A autarquia teve a preocupação de não aumentar os impostos municipais. Porquê? Esta medida não deriva da crise, mas insere-se numa política social que aplicamos há alguns anos. As taxas reduzidas são um apoio às famílias e às empresas.

A área da cultura tem registado também um grande crescimento. Ao nível cultural procurámos apoiar o associativismo local e encontrar todos os programas nos quais as instituições pudessem enquadrar os seus investimentos. Praticamente todas possuem a sua sede e desenvolvem as suas actividades com o apoio da autarquia. Em termos de gastronomia, Mortágua está numa zona de transição, sendo difícil perceber se pertencemos à Bairrada ou à Beira Alta. Mas temos um prato que valorizamos muito: a Lampantana – feita não com carne de cabra, mas sim com ovelha ou borrego. Em defesa dessa ementa vamos, pelo segundo ano consecutivo, promover o Fim-de-semana da Lampantana. O leitão é também muito procurado e vai à mesa em casamentos, baptizados e em dias de festa para as famílias. Ao nível do artesanato, tínhamos muita tradição no barro vermelho e éramos o concelho do distrito onde a cerâmica tinha uma maior importância. Temos procurado preservar a cestaria e a tanoaria, mas sabemos que actualmente é difícil viver apenas destas artes. Afonso Abrantes assumiu o comando da autarquia de Mortágua há 22 anos e assume que o município está muito diferente. O balanço é positivo.

Nuno André Ferreira

Como caracteriza o município? Mortágua é hoje um concelho estruturado. Os equipamentos básicos estão praticamente acabados, faltando apenas saneamento nalgumas povoações – menos de 20 por cento do território, cuja pequena dimensão dificulta a implementação de uma rede. Construímos também, ao longo dos últimos anos, todos os equipamentos de âmbito social, não só os da responsabilidade municipal, mas também das instituições e da Administração Central, como foi o caso do posto da Guarda Nacional Republicana. Criamos, em média, mais de um equipamento social por ano e o último a surgir foi o Centro Educativo, que projectámos em função das conclusões da Rede Escolar. O Lar Residencial e Centro de Ocupação de Actividades para pessoas portadoras de deficiência, que a Santa Casa da Misericórdia está a fazer e no qual o município é parceiro, é outro dos exemplos. Podemos dizer que o concelho conseguiu preservar e valorizar uma mancha florestal que é uma riqueza natural muito importante e uma fonte de riqueza para as famílias. O manto verde ocupa actualmente cerca de 85 por cento do território, é economicamente rentável e aproveitável para outro tipo de actividade, como os desportos de natureza e actividades de lazer. Quando as serrações, que eram a principal indústria do concelho, perderam força fomos à procura de soluções alternativas associadas à floresta, como a central termoeléctrica até uma fábrica de pellets, que aproveita resíduos e madeiras que não são utilizados para pasta de papel nem para outra finalidade. A água é outro recurso importante, não só enquanto bem de primeira necessidade, mas também pelo Plano da Barragem da Aguieira, que permitiu o aparecimento de um resort, o único em toda a lagoa. Neste Verão, a ocupação rondou as cerca de 400 pessoas. E apesar de sermos um concelho envelhecido, tal como a maioria do Interior, não fomos daqueles que perderam mais habitantes. De acordo com o último Census, a população decresceu cerca de 4,9 por cento.


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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA

Abriu a 15 de Setembro

CENTRO EDUCATIVO DE MORTÁGUA POSSUI RECURSOS DE EXCELÊNCIA O futuro é das crianças. A pensar nesta máxima, a autarquia de Mortágua tem apostado, entre outras áreas, no ensino e formação, sobretudo dos mais novos. Um dos ex libris a este nível é o Centro Educativo, que abriu portas para acolher mais de 400 alunos: no pré-escolar estão inscritas 180 crianças e no 1º ciclo mais 275, integradas em 13 turmas. O equipamento inclui também uma creche contígua, que recebe 25 educandos. Esta vertente é gerida pela Santa Casa da Misericórdia, através de um protocolo com a autarquia. Com um investimento de oito milhões de euros, o Centro, que deverá ser inaugurado em Maio do próximo ano, no âmbito do Dia do Município, recebeu uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que representa uma percentagem

de 47 por cento desse valor. Equipado com modernas condições físicas e pedagógicas, vocacionadas para um ensino de qualidade e excelência, a estrutura assegura ainda o fornecimento de refeições gratuitas, o prolongamento de horário e um ATL. Assegurar a deslocação dos alunos foi outras das preocupações. Actualmente 244 crianças são transpor-

tadas por uma rede que compreende circuitos em carreiras públicas e em recursos do município, da Santa Casa e do Centro BALMAR. Entre as áreas disponibilizadas no Centro Educativo de Mortágua estão salas equipadas com quadros interactivos, espaços para actividades lúdico-pedagógicas e extracurriculares, dois pequenos pavilhões gimnodesportivos e refeitórios.

AUTARQUIA INVESTE 4 MILHÕES NA AMPLIAÇÃO DO PARQUE INDUSTRIAL Mortágua é hoje um concelho em crescente expansão industrial. Uma característica para a qual tem contribuído o apoio da autarquia, inclusivamente com a construção do parque industrial. Localizado em Barril, numa zona particularmente bem servida por acessos rodoviários e ferroviários, a infra-estrutura é constituída por uma área de cerca de 160 mil metros quadrados e dispõe de arruamentos, e redes de abastecimento de água, de gás natural e de electricidade de baixa e média tensão; redes de drenagem de águas pluviais e residuais; e uma ETAR. A autarquia prepara-se agora para aumentar a estrutura em cerca de 50 hectares, num investimento que irá rondar os 4 milhões de euros. O projecto poderá também contribuir para reduzir ainda mais a taxa de desemprego do concelho, que ronda os 4 por cento. Mortágua consegue, há anos consecutivos, a mais baixa taxa de desempre-

go no grupo de municípios que faz parte do Centro de Emprego de Tondela – Carregal do Sal, Tondela, Mortágua e Santa Comba Dão. São vários os factores no concelho que promovem a fixação de empresas. Preços favoráveis, incentivos à interioridade, possibilidade de isenção de todas as taxas de construção, a existência de um Ninho de Empresas e o acompanhamento de todo o processo de licenciamento são alguns dos factores positivos. A este nível não se pode esquecer ainda o apoio no relacionamento entre empresas e investidores com os organismos da administração central, regional e local, e a todos os outros serviços de apoio e informação prestados pelo Gabinete de Desenvolvimento do Empreendedorismo do município. No ranking das 100 Maiores Empresas do distrito divulgado recentemente, Mortágua possui uma firma nas 10 primeiras e quatro nas 50 com melhor desempenho.

CONHEÇA AS PROPOSTAS PARA ESTE MÊS Há festa em Mortágua!

Lampantana casa com vinho do Dão

O Rali é uma modalidade que reúne centenas de adeptos e que todos os anos leva muitos curiosos até Mortágua, o centro nevrálgico de pilotos, carros e equipas. Promovida pelo Clube Automóvel do Centro, esta prova de desporto motorizado é já uma tradição e tem a particularidade de ser disputada em asfalto. Além de ser um momento de convívio e repleto de adrenalina, trata-se de uma corrida pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis, para o Campeonato de Portugal de Ralis 2L/2RM e ainda para o Campeonato Regional de Ralis - Centro. Uma proposta a não perder nos dias 22 e 23 de Outubro.

Castanha é rainha A localidade de Quilho, no concelho de Mortágua, volta a ser o centro de todas as atenções ao acolher, no próximo dia 30, a IV Feira da Castanha. O certame é organizado pela ADESQ – Associação de Desenvolvimento Social Cultural e Desportiva de Quilho. A castanha dá o mote a este certame que se realiza na zona do concelho e da freguesia de Espinho onde existe a maior concentração de castanheiros. Além deste fruto, a feira promove ainda a venda de uma grande variedade de produtos agrícolas e regionais, como cereais, pão e doces caseiros, mel, frutos secos. A gastronomia é outro das vertentes aliciantes. Durante a iniciativa, os visitantes podem ainda apreciar pratos de cariz tradicional, como a sopa da matança, o serrabulho, os torresmos, as febras e os rojões. A animação também não vai faltar, com as propostas de Ruizinho de Penacova e passeios a cavalo. Não faltará também o tradicional magusto, acompanhado de água-pé e jeropiga.

Com tanta emoção, é hora de aconchegar o estômago. E a melhor sugestão surge com o Fim-desemana da Lampantana, um sabor a descobrir desde o próximo dia 29 até 1 de Novembro. A lampantana é confeccionada com carne de ovelha, assada em caçoila de barro e servida com batata “fardada” e grelos a acompanhar. Trata-se, desde tempos imemoriais, de uma das especialidades gastronómicas do concelho de Mortágua.

Dos inúmeros rebanhos de gado lanígero que outrora pastavam pelas abundantes encostas de urze do município terá surgido o ingrediente fundamental à qualidade deste prato forte e suculento que, em dias de festa, era, e continua a ser, rei à mesa. A origem desta iguaria ainda não é bem conhecida, mas são várias as histórias que gerações anteriores têm guardado e transmitido até à actualidade. Conta-se que, aquando da passagem das tropas napoleónicas pela região, as populações teriam, estrategicamente, envenenado as águas. Como era preciso cozinhar a carne, teria sido utilizado, como recurso, o vinho. Da aliança entre estes dois ingredientes terá resultado este prato de excelência, cujo segredo na confecção e no tempero foi sabiamente perpetuado. A acompanhar a iguaria surge o vinho do Dão produzido pela Sociedade Agrícola Boas Quintas e oferecido pela autarquia. São onze os restaurantes aderentes: A Mó; A Roda; Acepipe Real; Floresta; Lagoa Azul; Magnólia; O Nosso Lar; Orlando; Teu Amigo, Aldeia Sol e Montebelo Aguieira Resort.



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26 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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Clareza no Pensamento

Opinião

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Tânia Costa Consultora Financeira viseu@recuperacao.eu

Paloma Cabañas Docente da cadeira de Gestão de Recursos Humanos IPV

Recuperação financeira de pessoas

Cada época precisa de um líder nhecimento, optimiza os processos para obter resultados, é rigoroso e disciplinado. A análise, a gestão do tempo e a ordem são os seus valores fundamentais, as pessoas não são tão importantes (autores de referência: Weber, Taylor, Fayol) b) O líder gestor de pessoas: Sabe obter resultados através dos outros, “rentabilizando” as pessoas que lidera, introduz aspectos motivacionais e aspectos como a delegação, o empowerment e o trabalho em equipa. Valoriza em particular, aspectos motivacionais. (autores de referência: He r s e y, B l a n c h a rd , Blake, Mouton). c) O líder gestor de m u d a n ç a : M o bi l i z a pessoas, vive a visão da empresa, promove a gestão de ideias, desafia tendo um sentido crítico, cria culturas inovadoras onde a criatividade flui fazendo com que a organização avance mais rapidamente do que as outras. Gere resistência, cria alianças, valoriza a parte emocional e os valores das pessoas. (autores de referência: Bennis, Kotter, Goleman). d) O líder gestor de sentido: Preocupa-se em dar sentido quer ao trabalho dos outros, quer ao próprio negócio. É o líder ao serviço dos outros, impulsionador de causas, a dimensão ética cobra relevância procurando uma implicação pessoal com as pessoas e com a comunidade. Preocupa-se com a parte mais transcendental das pessoas, criando motivação e compromisso. (autores de referência: Covey, Hamel, Ulrich).

Emília Amaral

Actualmente, as empresas que queiram ser competitivas, terão de recorrer à inovação. Para tal, necessitaremos de mais inteligência, mais criatividade e mais energia por parte de todas as pessoas que compõem a organização. Nesse sentido, haverá que tornar as organizações mais flexíveis onde os profissionais terão de ser geridos de outra forma, pois queremos mais e mais das pessoas. Já não serve a força dos músculos dos braços dos colaboradores, também já não nos servirá “alugar” o seu tempo, ou aquele conhecimento que caduca rapidamente. Queremos as suas ideias, a sua criatividade, a sua paixão, queremos que colaborem mais. Estes são os novos desaf ios do líder, de forma a dar resposta às necessidades actuais. Esta evolução produz-se em função da implicação das pessoas, quanto mais queremos das pessoas, quanto mais queremos o seu compromisso, mais necessidade há de um líder que gira os aspectos mais profundos das emoções. Segundo o modelo de empresa e segundo as necessidades de cada uma delas, assim será o estilo de liderança mais aconselhável ou mais efectivo. Cientes, de que o tema, seja suficientemente amplo, aqui ficam alguns conceitos sobre quatro estilos de liderança e os rasgos mais relevantes de cada um deles. a) O líder gestor: É aquele que possui uma elevada experiência, co-

singulares

A O projecto de remodelação foi apresentado esta semana

McDonald´s de Viseu promete surpreender Remodelação ∑ reabertura anunciada para dia 28 O restaurante McDonald´s de Viseu vai reabrir ao público dia 28 deste mês com uma nova decoração. O projecto de remodelação que está a acontecer irá transformar restaurante num espaço “mais moderno, contemporâneo e mais confortável”. “Ao fazermos 10 anos, pensámos em mudar e dar à cidade muito mais”, adiantou o franquiado do restaurante de Viseu, Rui Moiteiro na conferência de imprensa de apresentação do novo espaço. A mudança surge na sequência do programa em curso da companhia em Portugal e na Europa, mas para Rui Moiteiro a remodelação “vai de encontro às necessidades sentidas pela população”. Colocada no grupo das melhores lojas a nível nacional, o McDonald´s de Viseu (Rotunda Paulo VI) vai trazer um novo con-

ceito tanto a nível interior como exterior, com o objectivo de abandonar a tendência de restaurante de passagem e dar-lhe um ambiente “mais acolhedor que seja sobretudo um local para estar”, descreveu Rui Moiteiro. De acordo com a descrição apresentada pelo arquitecto responsável pela obra, Miguel Teixeira Pinto, a decoração destaca-se pelos pormenores, pelos materiais em madeira e em pele “mais confortáveis e com nova sofisticação”, e a predominância da pedra e do metal no exterior, com os verdes como pano de fundo. Foram igualmente introduzidos sistemas que permitem uma maior eficiência ao nível da água e da luz, através da iluminação de baixo consumo. Menos esplanada, mas um espaço readaptado para as crianças, são outros pormenores.

Responsabilidade social. O McDonald´s de Viseu cumpriu um dos objectivos do projecto de não destruído o velho equipamento que foi retirado das instalações do restaurante e entregou o material ao Lar de Santo António, à Junta de Freguesia do Campo e às Obras Sociais da Câmara Municipal de Viseu. “Temos o cuidado de procurar não destruir e senti que Viseu tem este registo de solidariedade social”, justificou Rui Moiteiro. O equipamento retirado da esplanada do restaurante vai ajudar a apetrechar um imóvel do Lar de Santo António no Algarve. O material cedido à Junta do campo servirá para ajudar a mobilar um espaço infantil da freguesia e o restante material servirá espaços da autarquia, descreveu o franquiado. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

As pessoas singulares e as famílias, podem encontrar na insolvência um caminho que lhes permita a recuperação, sem que tenham que lidar com a agressividade de instituições de crédito, empresas de cobranças, processos executivos, penhoras, ameaças e outros mecanismos menos legais. Este processo visa precisamente a recuperação financeira de pessoas e famílias, permitindo a sua reintegração plena na vida económica. Podem fazê-lo de duas formas: Já aqui abordei o “Plano de Pagamentos”, vou dar uma breve explicação da “Exoneração do Passivo restante”. A “ E xoneraç ão do Passivo restante”, pretende resolver as situações de sobreendividamento, isentando os devedores, do pagamento de créditos ou dívidas, que não forem integralmente pagos no processo de insolvência ou nos cinco anos posteriores. Ou seja, uma libertação definitiva do devedor face às obrigações restantes. Com pequenas excepções, multas, créditos por alimentos, Finanças e Seg. Social. O princípio geral, é o de poder ser concedida ao devedor pessoa singular a exoneração dos créditos ou dívidas que não forem integralmente pagos no processo de insolvência. A “Exoneração do Passivo restante” é apenas opção para pessoas singulares, sendo vedada a empresas, mas os empresários, individualmente, podem beneficiar desta possibilidade de reabilitação económica, o fresh start (recomeço).


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passeios de Outono I

texto e fotos ∑ Paulo Neto

De Mondeo, pela Gralheira agreste e acolhedora...

Com a chegada do Outono, acabados os passeios de Verão, tentamos dar continuidade sazonal a esta nossa deambulação pelas terras do nosso distrito, a conhecer geografias novas, gente, costumes e monumentos diversos. E claro está, a usar diferentes meios de transporte, como mais uma possível sugestão a transmitir aos nossos leitores. Desta feita elegemos a Gralheira e um modelo da Ford. O dia escolhido foi o 1º de Outubro, um sábado que se apresentou à saída, de Viseu, com boa cara e 22 graus de temperatura. Saímos às 10H45, pela EN2 rumo à A24, em direcção a Vila Real. Por engano ou lição mal estudada, em vez de sairmos para Castro Daire Norte e depois cortarmos para Cinfães, Porto, Montemuro e mais adiante Picão, Gralheira, fizemo-lo para Bigorne. De pouca monta, o engano serviu até para completarmos uma espécie de circum-navegação. Em plena Serra do Montemuro, descabelada de seus pinhais, o vento sopra ligeiro e a temperatura baixa 4 graus à do ponto de saída. E portanto, andámos meia centena de quilómetros apenas.

A Serra, como já tive ocasião de escrever no anterior Editorial, tem plantada em toda a sua espinha dorsal um corrido “pomar de ventoinhas” metálicas, sibilantes, atroando os ares e inquinando a paisagem. Projecto que foi de um outrora recente uma mirífica perspectiva de modernidade ecológica e ainda conseguiu seduzir os alemães, mas por pouco tempo… Porém, não é para vos falar de antenas que aqui estou. Depois de algumas solitárias voltas por aquela aridez sem fim, lá descobri uma placa que anunciava Panchorra e Gralheira. E num instante me lá pus. A freguesia é “maneirinha”. Sabe-se lá porquê destino, estando a 17 quilómetros de Castro Daire, pertence ao concelho de Cinfães, que dista quase o dobro da distância. A Gralheira, em cujo étimo carreia o significado antigo de agreste, é uma aldeia simpática erguida como uma ermida na serrania adversa. Os monumentos não são sumptuosos, a existirem. As igrejas, ostentatórias da riqueza das Ordens, não acamparam, no passado, por tais bandas. Antes se baldearam para a próspera ferti-

lidade dos Vales do Vouga, do Paiva, do Varosa… Na Gralheira, os monumentos são a sua gente crestada pelos rigores das invernias longas e anchas e pelas canículas dos estios pesados. Os monumentos são o seu gado, bovino e caprino que tasquinha na terra sáfara o pão nosso de cada dia. Na Gralheira, os monumentos são os rochedos altivos em milenar granito, de atalaia serrania fora até Baião, abrigo de pastores transumantes e estátuas rudes de rosto dado à neve que neles ladra e ao sol que neles rechina suas iras estivais. E mal parados ainda estávamos quando passa o Sr. Manuel das Vacas com a sua curta manada de arouquesas de porte nédio, luzidias, galhaduras imponentes sem embolamento à vista. Homem de tez clara, cabelos louros e olho azul, a dizer que nos outros tempos por ali teriam passado mais godos e astrogodos, que fenícios ou árabes… A Gralheira tem dois restaura ntes. Como não íamos de rota pré marcada, entrámos no primeiro que se nos deparou. Estava cheio. De gente estranha, como eu, àquelas bandas. Turistas e curiosos. Gente em

busca das raízes, de uma memória ou de uma rusticidade perdida. Amensendado, fomos lestos servidos pela também loura Anabela, que despachada, sem entreactos acessórios, logo à frente nos depôs saboroso e alvo pão, negras azeitonas ao alho, melão com presunto (ambos competentes), chouriça a saltar estrepitosa no azeite da fritura e, como ponto alto, uma fatia avontadada de queijo da Serra, branco, leitoso, corredio e saboroso, acomodado em dourado mel de flor de carqueija, nado no Mezio. Pois se querem saber, de tão perfeito estado, já por ali nos quedávamos sem mais incursões, não fora a prévia encomenda a anunciar-se envolta ainda no exalado fumo quente da cozedura. Ora aí estava, uma travessa de barro vermelho com arroz e outra, com meia dose de Cozido à Portuguesa, de superior competência, na quantidade e na qualidade. Produtos de criação local, desde a flora em couves, batata, cenoura e nabo dos quintais trazidos e a fauna, desde a “pica-grão” caseira, à sápida vitela local e ao senhor suíno, decerto por ali bem cevado e arreda-

do das rações plásticas. Em boa verdade, da meia dose, ficámos por metade, até e porque, de olho cobiçoso no queijo e mel que poupáramos à primeira investida, aí queríamos voltar de sobremesa. Uma água e um café cumpriram o repasto que nos ficou pela módica quantia de 18E30. As petisquetas assinaláveis na “carta” eram de seu natural variegadas: do tentador arroz de enchido ao anho assado na brasa ou cabrito assado em forno de lenha, passavam sem transição para 21 pizzas! Sim, Caro Leitor, entendeu bem: 21 pizzas. Que faria tão romano petisco no cume da serrania, a lembrar Nápoles, Verona, Bolonha, Milão, Turim, Aosta… ainda não percebemos, mas pelos vistos até já tinha sido nacionalizado, e era ver a Pizza à Pastor da Serra, a Pizza à Capucha, a Pizza ao Rio Cabrum, a Pizza à Tamanca, a Pizza Arouquesa… e tão natural produto se oferecia entre os 7 e os 12 euros, tanto aqui como em Veneza … 36 eram os vinhos e desde os 8 E do Esteva aos 30 da Reserva Quinta Tecedeira, os Douros predominavam, com surgimento, de alguns Dãos: o Cabriz, o Grão Vasco, o Duque de

Viseu, o Casa de Santar, o Vinha Paz… ou seja, em abono da verdade, cultores de Baco não morreriam de sede. Ainda não tínhamos saído e já um simpático cidadão local que encontráramos à chegada e nos dera preciosas informações, nos procurava para ajudar nesta empresa de conhecer a Gralheira. Tinha lá fora, à sombra de uma humilde capelinha, a trave mestra do saber local, o Sr. Carlos de Oliveira Silvestre, natural da aldeia, de 76 frescos anos, aposentado da PSP, autor de livros, entre eles a Monografia local: “Gralheira de Montemuro” e “Crónicas da Serra”. Extraordinário Homem… que tem peregrinado pela memória dos tempos recuados e dos avoengos ainda vivos para nos lavrar em 350 páginas a História da sua Terra, dos seus costumes, das suas gentes, de forma sábia, entusiástica, diligente, rigorosa e criteriosa. Nos dois livros que nos ofereceu com o gosto de quem sabe o valor da obra feita, nada falta, desde as sardinheiras de Boassas, aos pastores que dormem de pé, às birras e desventuras da Tia Delfina, às danças e cantorias do passado, às lutas de bois, à co-


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lheita das maias, às feiras e romarias, ao penedo da saúde e à cura dos tuberculosos… página a página é um desfolhar gracioso e de muita e pesada valia. O Sr. Silvestre traz no coração caloroso e na mente bem ágil todo um amplo celeiro de histórias, recolhidas com carinho, para que não se perdessem para os vindouros e para que aos vindouros pudessem contar, com orgulho, até onde entorgam suas raízes. “Pertenço a uma geração que assistiu à mudança do mundo”, diz de olhos a luzir debaixo do chapéu de palha em que se acoita, “Quem aqui viveu há cinquenta ou há quinhentos anos, a vida era muito semelhante.”; “A minha memória é um testemunho: deixar o testemunho do passado das suas vivências para o futuro e para os vindouros, é mi-

nha intenção.” “Escrevi o meu primeiro livro em Luanda, por voltas de 68/69. No Porto, trabalhava no Conselho Administrativo da PSP. Compulsei o que conhecia e o que ouvia dos mais velhos.” “Um dia o Jaime Gralheiro veio à Gralheira à procura das raízes, da família dos Gaspares e eu disselhe, o sr. Dr. vai em frente e depois vira à sua esquerda.” “Eu viro sempre à esquerda, me respondeu lesto.” De seguida, já em torno do Penedo da Saúde explicou: “ O Dr. António Ramalho era um médico daqui oriundo. Sofreu de tuberculose e foi enviado para a Suíça. Este médico especializou-se em doenças pulmonares, escreveu um livro sobre a climatologia da Gralheira e começou a enviar os seus doentes para cá. Acabou por construir aqui uma casa em madeira, veio com

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os filhos e isto aqui, em 1900, parecia um acampamento, tantos eram os pacientes, que chegavam com 30 kgs e ao fim do Verão já pesavam 60!”. “A nossa proximidade afectiva não é como distrito de Baião, sim com o de Viseu. Porém, pertencendo a Cinfães estamos a 30 kms e a 17 de Castro Daire, o que dá uma maior afinidade com esta Vila. A freguesia mais próxima de Cinfães, está a 15 kms, é Ferreiros, que dantes foi sede do Concelho.” “Uma curiosidade: o capitão da equipa do Benfica na década de 50, o Fernando, era daqui e filho de um corneteiro do 14 que veio de Viseu no Regimento para lutarem contra quatro monárquicos capitaneados pelo Padre Amadeu Freitas, que de metralhadora em punho puseram tudo em pé de guerra.”

E pa ra acaba r, u m a curiosa nota fonética: “Quando a palavra se escreve com “ch” lê-se [nitchu]; “Tens a mão tão intchada”; com “X” lê-se normalmente : Chega cá essa ‘inxada’!” P rometemos volt a r para ter a longa e merecida conversa com o Sr. Silvestre… A Garagem Lopes, concessionária da FORD em Viseu proporcionou-nos um novo Mondeo. Neste caso o 1.6 TDCI Econotic. Em boa verdade se diga que não esperávamos grandes surpresas, na perspectiva de que 115 cv e um pouco mais de tonelada e meio de peso não fazem milagres… Mas a surpresa começou logo no momento da entrega: a cor preta ia-lhe “a matar” dava-lhe uma esbelteza mais fluida aos 4,8 metros. Também o interior nos impressionou: mui-

to repleto de instrumentação e com materiais de boa qualidade. O chek-in continuou com o bem disposto Carlos Neto a tentar explicar como é que podíamos “falar” com o Mondeo. E é um facto, pois desde o telefone ao som, AC, etc., ele acata as instruções de voz. Uma delícia… Lá arrancámos direitos à estrada. Aqui convém dizer que o teste foi feito com o AC ligado e apenas com o condutor. Na cidade é desenvolto e ágil e o start stop permite uma real economia. Na estrada, tendo o binário optimizado entre as 2 e as 3.000rpm, em 6ª velocidade já rolamos a velocidades capazes de nos tirarem a licença de condução… Mesmo a subir, em 6ª, com inclinação de 7%, o Mondeo avança, impávido e sereno, alheio à morfologia do terreno, ao seu peso e aos seus 115 cv.

Em plenas estradas sinuosas da montanha, deixounos uma surpresa muito positiva. A aderência é excelente; não adorna, mostra um excelente chassis, não lhe sendo decerto alheio a barra estabilizadora frontal e traseira e a suspensão multi link com que é dotado. No dia seguinte, em cidade, mais detalhadamente, percebemos como e ste mo delo cumpre bem sua função, com imenso espaço interior e uma bagageira que é referencial no segmento: 528 litros, ou seja, dá quase para mudar de casa… O que nos espantou ainda mais foi o baixo consumo, tendo averbado em estrada médias inferiores a 5 litros e na cidade, uma média geral de 6,4 litros de gasóleo. Uma surpresa! O preço ronda os 32 mil Euros. Até breve, Caro Leitor!


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desporto Visto e Falado

AGENDA FIM-DE-SEMANA TAÇA DE PORTUGAL III ELIMINATÓRIA

Vítor Santos vtr1967@gmail.com

16 Out - 15h00 Futebol Carlos Marta

Cartão FairPlay Rally de Portugal Histórico e II Encontro Nacional de UMM´s, dois eventos na Região este mês. As máquinas de outros tempos andam pelo distrito e é uma oportunidade de reviver épocas únicas do desporto automóvel em Portugal. Em Mangualde, o encontro de UMM´s, começa a ganhar contornos de tradição. O desporto a contribuir para a promoção turística da região. Futebol III Divisão Equipa Viseu

Cartão Amarelo Das seis equipas do distrito na III Nacional nenhuma venceu . O Sp. Lamego, na Série B, tem a vida complicada e perder em casa não é bom sinal. O empate entreSampedrense-Canas de Senhorim, deixou os visitantes mais satisfeitos. O Oliveira Frades perdeu em Oliveira de Hospital e Penalva empatou em casa e o Ac. Viseu empatou a zero em Avanca.

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Sp. Covilhã Tondela

Tirsense

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Sampedrense

DIVISÃO DE HONRA

4ª jornada - 16 Out - 15h00 Fornelos

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Lageosa Dão

Paivense

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Castro Daire

Mortágua

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Arguedeira

Alvite

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Sátão

Silgueiros

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GD Parada

A Partida em Penalva terminou com um empate a dois golos

Molelos

-

Vale Açores

Tarouquense

-

Lusitano

III Divisão Nacional - Série C

Lamelas

-

Viseu Benfica

Futebol espectáculo Liderança ∑ Penalva do Castelo e Nogueirense demonstraram porque estão na frente Foi um grande jogo de futebol que Penalva do Castelo e Nogueirense proporcionaram a quem se delocou até ao Estádio de Santa Ana, em Penalva. As duas equipas que chegavam a esta partida na liderança da série C, em igualdade pontual, mostraram por que andam na frente. O Nogueirense é uma equipa com um plantel experiente e de grande qualidade. Se não for o melhor da série não andará muito longe disso.É, claramen-

te , u m a e q u ip a c o m condições para lutar pela subida, numa corrida onde, na teoria, o Académ ico de Viseu será parceiro, mas os viseenses tardam em confirmar esse estatuto. Os homen s de No gueira de Cravo é que não estão pelos ajustes, e entram em campo para confirmar esse potencial. Foi o que fizeram em Penalva do Castelo, só que tiveram pela frente uma equipa que privada de alguns jogadores, como o experiente Sér-

gio, fez da irreverência da sua juventude uma mais valia para este desafio. António Costa (Tótá) bem pode estar orgulhoso dos homens que comanda. A primeira parte contra o Nogueirense foi do melhor que temos visto esta temporada, sendo o mote para um grande jogo de futebol, com incerteza no resultado até final. Papi, pelos dos golos que marcou, foi homem em destaque nos da casa, mas Ferrari foi também gigante entre

os postes. Por várias vezes, com defesas de grande categoria, salvou a equipa de perder o jogo. Uma derrota, diga-se, que seria injusta, pela forma como o Penalva jogou nos 90 minutos. O empate final acaba por ser o resultado que melhor se ajusta aos que as equipas fizeram, e pelo grande espectáculo de futebol que proporcionaram. Coisa rara em jogos da III Divisão. Gil Peres

I DIVISÃO DISTRITAL SÉRIE NORTE 3ª jornada - 16 Out - 15h00 Sernancelhe

-

Nespereira

Resende

-

Vilamaiorense

Ferreira Aves

-

M. Beira

Boassas

-

Oliveira Douro

Vouzelenses

-

Roriz

Sezurense

-

Carvalhais

I DIVISÃO DISTRITAL SÉRIE SUL 03ª jornada - 16 Out - 15h00 Carregal Sal

-

Nelas

Canas St. Maria -

Farminhão

S. Cassurrães

-

Vila Chã Sá

Parada Gonta -

Mangualde

Moimenta Dão -

Nandufe

Sp. Santar

-

Campia

Futsal - II Divisão

Viseu 2001 entra a ganhar Entrou com o pé direito na nova época de futsal a equipa do Viseu 2001. Foi com uma vitória por 3 a 1, frente aos Piratas de Creixomil, que conquistaram os primeiros pontos numa temporada que os dirigentes do clube esperam

que seja a da subida à I Divisão. Robson, Berto e Rafa marcaram, num jogo em que o Viseu 2001 foi para o intervalo a vencer por 2 a 0. Na segunda parte os forasteiros reduziram para 2 a 1, lançando alguma incer-

teza quanto ao resultado final, mas o terceiro golo dos da casa acabaria por sentenciar a partida. Pior sorte teve o ABC de Nelas que, na série B, foi goleado por 9 a 3 na deslocação ao Dramático de Cascais.

Gil Peres

Desporto Motorizado Viseu e Mangualde

-

Anadia

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE VISEU

Gil Peres

Cartão FairPlay A possível candidatura de Carlos Marta à Federação Portuguesa de Futebol é uma boa notícia para o desporto do interior do País. Com uma larga experiência, o actual autarca de Tondela, é figura consensual no meio associativo para gerir o futebol federado. A candidatar-se, Carlos Marta será uma candidatura forte e os agentes desportivos distritais devem unir esforços no apoio ao candidato.

Sp. Lamego

A Robson marcou um dos golos do Viseu 2001


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Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

MODALIDADES | DESPORTO

Mangualde

Espectáculo de Trial animou II Feira TT

A Emídio Bastos, com um Land Rover Defender Uma pista de Trial, desenhada no sopé do monte da Senhora do Castelo, em Mangualde, acolheu os quatro concorrentes que deram um grande espectáculo ao qual assistiram algumas dezenas de espectadores. Rodrigo Sousa, ao volante de um UMM, preparado pela ARC Sport, acabou por vencer, demonstran-

do um grande à vontade neste tipo de competições, nas quais é um piloto experiente. Na segunda posição ficou Ivo Mendes, com um Land Rover Defender, seguido de Emídio Bastos, também com um Land Rover Defender, ficando a última posição para Álvaro Alves, em Toyota. A prova foi um dos pon-

tos destaque na II Expo Feira TT, que decorreu no passado fim-de-semana, numa organização conjunta entre o Clube Rodas no Trilho e o Dá Gás Clube de Mangualde, dois clubes da região que desenvolvem a sua actividade na área do todo-o-terreno, e que nesta prova optaram por juntar sinergias para organizar este evento. GP

Eleições FPF

Associações querem Carlos Marta na corrida Várias associações de futebol, entre as quais a de Viseu, querem Carlos Marta na corrida à presidência da Federação Portuguesa de Futebol. Presidente da autarquia de Tondela desde 2001, Carlos Marta tem 54 anos e é licenciado em Educação Física. Tem um longo currículo de actividades ligadas ao desporto, quer como pratica nte, quer como dirigente, tendo sido delegado da Direcção-Geral dos Desportos de Viseu, presidente da Associação de Futebol de Viseu, presidiu ainda à Comissão de Fiscalização do Euro’2004 e também ao Conselho Superior do

nos próximos dias deverá Desporto. José Alberto Ferreira, haver uma decisão sobre o presidente da associação assunto. GP de futebol de Viseu já assumiu publicamente que Carlos Marta é o seu candidato. O autarca mantém-se em silêncio sobre esta possibilidade, apesar de merecer o apoio de algumas das principais associações do país, que não se revêem no projecto profissionalizante do futebol com que Fernando Gomes, actual presidente da Liga de Clubes, se apresenta nesta corrida. As eleições são a 20 de Dezembro, mas as candidaturas terão que ser oficializadas até ao próximo Carlos Marta dia 27 deste mês, pelo que

A


32 DESPORTO | AUTOMOBILISMO

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

Apuramento Euro 2012 - Sub 17

Selecção chega hoje a Viseu Está de malas aviadas para Viseu a Selecção de Portugal Sub-17 anos, que no distrito vai procurar apurar-se para a Fase de Elite, onde se vai jogar o apuramento para o Europeu de 2012 neste escalão. Os jogos vão decorrer apenas entre 24 e 29 de Outubro, mas Hélio Sousa vai juntar já hoje em Viseu os 19 jogadores que convocou para esta fase de apuramento. Até aos jogos, onde Portugal vai medir forças com as selecções da Rússia, Roménia e Finlândia, a equipa nacional vai cumprir um pro-

grama de treinos onde procura af inar a máquina para que, dia 24 de Outubro, no Fontelo, com a Rússia, esteja nas melhores condições possíveis. Portugal vai ao longo dos próximos dias fazer sessões de treino em Viseu, Mangualde, Santa Comba Dão, Penalva e Tondela, passando assim por todos os concelhos onde esta fase de apuramento será jogada, no que será, igualmente, uma oportunidade das populações locais verem de perto os futuros craques do futebol português.

Alexandre Alfaiate, Filipe Nascimento, João Gomes, João Nunes, Marcos Lopes, Raphael Guzzo, Rebocho, Romário Baldé e Ruben Alfaiate FC Porto André Silva, Francisco Ramos, Ivo Rodrigues, Rafa, Raúl e Tomas Podstawski; Sporting Cristian e Ricardo Tavares; Vitória Guimarães Palha

Restaurantes Pastelarias Talhos Cozinhas Estantarias Mobiliário de escritório Gelatarias Panificadoras Lavandarias Ar Condicionados Assistência Técnica Estrada de Silgueiros Km 1.3 / Lugar da Alagoa / 3500-543 Viseu Tel.: 232 952 022 / Fax: 232 951 176 e-mail: polomagnetico1@gmail.com

Escola FC

02ª jornada - 15 Out Póvoa Futsal

-

Viseu 2001

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL SÉRIE B 2ª jornada - 15 Out ABC Nelas

-

Centro Popular

III DIVISÃO NACIONAL FUTSAL SÉRIE B 02ª jornada - 15 Out

A Hélio Sousa, é o seleccionador de Portugal

Inter Tarouca

-

Sp. Moncorvo

Lourosa

-

AJAB Tabuaço

DISTRITAL FUTSAL ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 3ª jornada - 15 Out Rio Moinhos

-

S. J. Pesqueira Moimenta B.

RALI DE LOULÉ

-

Amorim Girão -

DESAFIO MODELSTAND Classificação Final

1º Carlos Fernandes 50m08,3s

S. M. Mouros Armamar Viseu 2001 B Pedreles

Tondela

-

Sp. Lamego

São Martinho

-

Balsa Nova

CB Castro Daire -

Juvenil 31

2º Manuel Inácio a 7,8s 3º André Marques a 10,1s

DISTRITAL FUTSAL ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU I DIVISÃO FEMININO

4º Fabrício Lopes a 1m21,4s 5º Manuel Martins a 1m57,7s 6º Salvador Gonzaga a 2m04,2s

04ª jornada - 15 Out

7º Casimiro Costa a 2m31,9s

Penedono

-

Inter Tarouca

8º Paulo Moreira a 3m42,4s

CB Mortágua

-

Unidos Estação

9º João Castela a 3m45,8s

O Crasto

-

Naval Viseu

Mangualde

-

Oliv. Frades

Carbelrio

-

A Piloto viseense somou pontos para o Modelstand Publicidade

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-

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL SÉRIE A

Benfica

Fabrício Lopes foi 4º em Loulé resultado em Loulé seria fundamantal. Com os 21 pontos que c o n q u i s to u , Fa b r í c i o Lopes soma agora 90, tendo consolidado o 5º lugar no Modelstand e dilatado a vantagem para os perseguidores. O Open de Ralis segue agora para Monção, última prova da época em piso de terra, e termina depois com o Rali de Vila Real, em asfalto, que serão disputados no primeiro e último fim-de-semana de Novembro, respectivamente. GP

6ª jornada - 15 Out Cadima

LISTA CONVOCADOS

Campeonato Open de Ralis - Desafio Modelstand

E st á a cor rer b em a época de terra a Fabrício Lopes no Open de Ralis. Depois dos bons resultados em Oliveira do Hospital e Gondomar, que contrastaram com o mau início de época no asfalto, o piloto viseense regressou do Rali de Loulé com um quarto lugar entre os Peugeot 206 GTi que competem no Desafio Modelstand. Nos duros troços do rali algarvio, Fabrício Lopes foi previdente, preocupado com as contas finais, e porque sabia que um bom

AGENDA FIM-DE-SEMANA NACIONAL DE FUTEBOL FEMININO

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Folga:

Lusitano Vilar Besteiros


D “Carros 2” em Lamego

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

culturas

O Teatro Ribeiro Conceição exibe, no Domingo, pelas 16h00, o filme de animação “Carros 2”. O preço de entrada varia entre os 3 e os 4 euros.

expos

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA

“O sagrado e o profano em choque no confessionário”…

∑Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de Outubro Exposição “A Arte de Decorar”, de Fátima Gomes.

∑ Até dia 31 de Outubro Exposição de fotografia “Alto Paiva”, de Nuno Correia.

∑ Até dia 31 de Outubro Exposição de escultura “Vida”, por António Cardoso.

SANTA COMBA DÃO ∑Biblioteca Municipal Até dia 30 de Novembro, Exposição temática “Primórdios da Fotografia”.

∑ Até dia 4 de Novembro Exposição itinerante do projecto “Olha para a Pobreza com Olhos de Ver”.

∑ Casa da Cultura Até dia 1 de Novembro Exposição “Força Intrínseca”, da autoria de Paul Mathieu.

Arcas da memória

… é obra de Jaime Ricardo Gouveia, oriundo de Leomil, Moimenta da Beira. Tem como sub-título “O delito de solicitação no Tribunal de Inquisição – Portugal 1551-1700.” A edição — cuidada, refira-se, é da Palimage (www.palimage.pt). O seu autor vem com esta obra proporcionar outras perspectivas das actividades do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição que se prendem com os confessores e os segredos da consciência e a quase obrigatoriedade de denunciar os heresiarcas em depoimentos perante os juízes da fé. Esta obra apresenta relatos baseados em muita investigação e pesquisa de testemunhas compelidas à acusação por imposição dos seus confessores. A Introdução, nesta citação, é disso clara imagem: “(…) que vindo buscar a Deos à confissão, achara o Diabo (…)” – Inquisição de Évora, Caderno dos Solicitantes. Os três capítulos pelos quais se espraia a obra: Iº O enquadramento jurídicolegal, ideológico e políticoinstitucional; IIº A estratégia persecutória; IIIº A regressão inquisitorial… têm na conclusão o relevar da tese de que a subversão do

sentido da confissão, por parte dos sacerdotes encarregados de ministrar os sacramentos, leva a confissão a transformar-se em ocasião de pecado e o solicitante a ver na denúncia induzida um meio de obter a salvação, assim como modo de censura e de instrução para a recuperação das almas perdidas. De todo este terrífico processo não surgiam só castigos. Havia também o carácter reconciliatório que por vezes dele emergia. Citando o autor: “Desta forma a Inquisição cumpria dois objectivos de uma assentada: sentenciava o réu

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50 (sexta e Sáb.) Cuidado Com o Que Desejas (M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h40, 00h30 (sexta e Sáb.) A Idade Secreta (CB, M16) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10 (sexta e Sáb.) Os 3 Mosqueteiros (CB) (Digital) Sessões diárias às 11h10( Dom.), 13h40, 16h00 Os Smurfs (M6) (Dob.) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h10, 00h00(sexta e Sábabado) Killer Elite - O Confronto (M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00(Dom.) 14h00, 16h30, 19h00, 21h20, 00h10 (sexta e Sáb.) O Regresso de Johnny English (M6) (Digital) Sessões diárias às 18h20, 21h20, 00h20 (sexta e Sáb.) Sangue do Meu Sangue (CB, M16) (Digital)

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PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h20, 16h50,19h20, 21h50, 00h30 (sexta e Sáb.) Contágio (CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h10, 21h10, 23h50 (sexta

no seio dos seus pares para que ele fosse votado à ignomínia, a fim de que não reincidisse no delito, e advertia os confessores presentes para a autoridade do Santo Ofício, nesta matéria, no sentido de os acautelar para que não incorressem no mesmo crime.” É já vasta a obra deste jovem historiador-investigador, tendo tido o prazer de contar com a sua colaboração na Revista Literária “AQUILINO” e num ciclo de conferências sobre o Centenário da República, por ele organizado. Paulo Neto

e Sáb.) Os 3 Mosqueteiros (CB) (Digital) Sessões diárias às 11h00 (Dom) Os Smurfs (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h30, 00h00 (sexta e Sáb.) O Regresso de Johnny English (M6) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h10, 21h20, 23h30

A mulher que caiu de uma Amoreira Era uma vez um homem, de sua graça Aurélio Coelho, morador em Sernancelhe, casado, e saiu um dia, como de costume, nas horas mansas da manhã, para a sua pequena quinta, não sabemos bem se ela ficava nas margens do Medreiro ou descendo para Rape ou para o Mosteiro. A história vem contada num ingénuo quadrinho que se encontra hoje no pequeno mas belo museuzinho levantado na Lapa, na Casa que antes fora Câmara e Cadeia e agora já não é. Carlos Massa, natural de Sernancelhe, lavrador e pintor nas horas vagas, foi quem pintou este quadro ao amigo a troco, porventura, de um alqueire de pão, não sabemos bem. Aconteceu que a mulher de Aurélio Coelho que o acompanhara para a horta subiu nesse dia a uma amoreira, era o tempo das cerejas, era Verão, decerto para encher a cesta das amoras que, nesse tempo, não parece haver por ali criação de bicho da seda. Não se sabe bem como é que aquilo aconteceu. O que é certo é que a mulher caiu, desamparada, da amoreira sobre o chão duro da encosta onde a árvore pousava. Correu o homem quando ouviu o baque de um corpo a cair e assustou-se ao

(sexta e Sáb.) Medo Profundo (CB) (Digital 3D)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

ver que ninguém andava por ali para acudir. Parecia morta a mulher no abandono em que ficara, mal se ouvia o respirar e foi então que aquele homem levantou as mãos ao céu e o chamou para lhe valer. Lembrou-se o homem de invocar como “advogada”, era assim que a gente do céu era tratada, a Senhora da Lapa onde o homem costumava ir com a mulher, na maior festa do ano, em Agosto. Prometeu mandar pintar o “milagre” que agora, com fervor, ali pedia, se ficasse sã e escorreita a companheira. Carlos Massa, o ingénuo pintor de Sernancelhe, pintou com emoção a historia que o amigo lhe contou, o corpo meio morto da mulher sob a copa verde da amoreira, o seu homem de mãos postas a rezar e a Senhora ouvindo lá no céu que se abriu no rasgão das nuvens costumeiras. E a história contada que ficou para a gente ler nas tintas da invulgar paleta do pintor e na resenha breve contida na legenda desenhada com o pincel e que a gente que ia à Lapa, em romaria, se entretinha, lentamente, a soletrar no quadro pendurado no muro da capela.

Estreia da semana

Sessões diárias às 14h10, 16h20, 18h40, 21h40, 00h10 (sextaª e Sáb.) Meia-Noite em Paris (M12Q) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 15h40, 18h00, 22h00, 00h20 (sexta e Sáb.) A Casa de Sonhos (M16) (Digital)

Os 3 Mosqueteiros– Ao descobrirem uma sinistra conspiração para derrubar o Rei, cruzamse com D’Ártagnan -um jovem aspirante a herói -que acolhem ao seu cuidado. Os quatro embarcam na perigosa missão de desmascarar a traição que ameaça não só o futuro da Coroa francesa, mas da própria Europa.


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culturas

D “Mãe Preta”, por Celeste Cortez

Jornal do Centro 14 | Outubro | 2011

No próximo dia 21 vai ser lançado o romance “Mãe Preta”, da autoria da escritora carregalense Celeste Cortez. O evento está marcado para as 21h30, na Fundação Lapa do Lobo.

Destaque

Efeméride

“Rosmersholm” abre “Tri-Ciclo” Timor uma década depois José Alfredo

Em Outubro, cinco teatros nacionais recebem três espectáculos de criadores emergentes portugueses, que marcaram a temporada 2010/2011. O Teatro Viriato, em Viseu, recebe amanhã, pelas 21h30, “Rosmersholm”. Uma peça de teatro encenada por Gonçalo Waddington. O espectáculo do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen reflecte as mudanças sociais, políticas e religiosas de classes tradicionalmente dominadoras. Este será a primeira representação no âmbito do “Tri-Ciclo”,

Emília Amaral

Teatro Viriato ∑ Até ao fim do mês apresenta os melhores espectáculos de criadores portugueses

da rede de programação cultural “5 Sentidos”, que une ao teatro viseense o

Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), o Teatro Municipal da Guarda, o Tea-

tro Maria Matos (Lisboa) e o Teatro Virgínia (Torres Novas).

Variedades

Festival do Imaginário “Um Violino no em Tabuaço Fado” em Viseu Na aldeia vinhateira de Barcos, em Tabuaço, decorre este fim-de-semana o Festival do Imaginário, organizado pela Câmara Municipal. Provas de vinhos, cortejos e recriações históricas, passeio pedestre “Acavalo pelas Vinhas do Douro”, música, teatro de rua, gastronomia, são as propostas do festival para a edição deste ano. “Uma das particularidades deste evento, que o torna único na região, é o envolvimento e a parPublicidade

ticipação activa dos habitantes das freguesias de todo o concelho nas diversas actividades”, destaca a autarquia, em comunicado, nomeadamente na “recriação de lendas e reprodução de algumas actividades mais emblemáticas e simbólicas do concelho, como é o caso da tradicional lagarada e do mercado de produtos agrícolas”. As festividades começam no sábado, às 10h00 e prolongam-se até às 19h00 de domingo.

A cidade de Viseu recebe n a seg u ndafeira, dia 17 o concerto “Um Violino no Fado” p e l a a r t i s t a p ol a c a Nata l ia Jusk iew icz . O espectáculo, marcado pa ra a s 19hoo, na Igreja do Seminário Maior, integra-se no programa da conferência “O Futuro da Política de Coesão e o Desenvolvimento Regional” que decorrer ao longo da manhã do mesmo dia, no Hotel Montebelo.

Natalia Juskiewicz, nascida em Koszalin, re side em Por t u g a l há vários anos, onde exerce a sua ca rreira artística depois de se ter formado numa das escolas mais conceituadas do mundo, a Academ ia de Po z n a n . No a n o pa ssado g ravou u m disco de fado clássico - Um Viol i no no Fado - onde pela primeira vez a tradicional voz é substituida pelo violino.

Dez anos depois de o 2º Batalhão de Infantaria/PORBATT ter saído de Viseu para conduzir a missão da UNTAET em favor da causa timorense, o momento volta a ser recordado na cidade, com uma jornada marcada para os dias 22 e 23 deste mês de Outubro. A ideia é promover um reencontro entre os 952 elementos que integraram o batalhão, num convívio à volta das memórias desses tempos vividos há uma década de forma intensa, podendo dessa forma partilhar essas memórias com a cidade, a região e o país. “As razões que nos trazem aqui têm a ver com o facto de querer recordar memórias daquela que foi a missão que o batalhão, saído daqui de Viseu, em Fevereiro de 2001, realizou a favor do povo Timorense ao serviço das Nações Unidas”, reforçou o coronel na reserva, Fernando Figueiredo, da comissão organizadora e um dos elementos que integrou o batalhão. Ao longo da missão, o

PORBATT conduziu as primeiras eleições livres de Timor e viveu momentos como o 11 de Setembro. “Acreditamos que contribuímos bastante para a reconstrução daquele país e essa é também uma das razões que nos levam a procurar reunir todos os ex-militares”, acrescentou. Do programa do evento que vai decorrer ao longo dos dois dias, destaca-se o seminário subordinado ao tema “Timor uma Década Depois”, no Solar do Dão, dia 22, às 14.30, a inauguração da exposição “Artigos Religiosos Timorenses”, na capela do solar, seguindo um momento musical com a cantora, Isabel Silvestre, a madrinha do batalhão e o lançamento do vinho Dão Timor. As celebrações prosseguem no dia 23 com várias actividades, em que se destaca a inauguração da exposição “Expressões Lorosae” com a presença da embaixadora de Timor em Portugal. Emília Amaral


Jornal do Centro

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14 | Outubro | 2011

em foco Centro Visages festejou o seu 5º aniversário

Ana Paula

O Centro Visages - Centro de Estética e de Reabilitação Dento-Facial, proporciona um conjunto de valências único em Viseu, pela sua abrangência e vasto leque de profissionais que com ela colaboram. A sua Direcção, para comemorar esta efeméride, de forma inovadoramente original, decidiu propor às suas clientes um concurso para eleger a beleza do sorriso. Perante Miguel Moura Gonçalves, director clínico e sua esposa Alba Moura Gonçalves e com um júri constituído pela modelo e actriz Sofia Aparício, Vanessa Veloso, directora da Just Models e o fotógrafo de moda Carlos Ramos, no espaço exterior privilegiado do Hotel Grão Vasco, procedeu-se, no dia 8 de Outubro, à cerimónia da entrega dos prémios às vencedoras: Liliana Martinho, Prémio Modelo Women Visages e Maria António, Prémio Modelo Teen Visages, que vão receber uma formação profissional de manequim na agência Just. A todas as finalistas foi oferecido um “book” com as melhores imagens da sessão fotográfica, autoria de Carlos Ramos.

I Concurso Canino de Mangualde

Nuno André Ferreira

Pela primeira vez a autarquia Azurarense organizou o Concurso Canino de Beleza de Mangualde. Com mais de 50 concorrentes e muito público, o resultado final foi o seguinte: Cão adulto - Cão Serra da Estrela, exp. Gouveia Cão Jovem - Pastor Alemão, exp. Arouca Melhor par - Beagle, exp. Aveiro Melhor cão sem raça - Serra da Estrela (s/ pedigree) O Concurso iniciou-se com uma “Cãominhada” e a selecção esteve a cargo de Maria Amélia Taborda e Judite de Sousa.


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14 | Outubro | 2011

saúde PCP denuncia extinção de serviços no Hospital de Lamego Decisão∑ A unidade hospitalar perdeu recentemente a valência de ortopedia depois de terem encerrado outras unidades A Direcção da Organização Regional de Viseu e a comissão concelhia de Lamego do PCP apelam às populações do Douro Sul, norte do distrito de Viseu, para protestarem contra o alegado “esvaziamento” de serviços do Hospital de Lamego. Aquele hospita l foi transformado em Unidade Hospitalar na dependência do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e vai ter um novo edifício, com abertura prevista para Janeiro de 2012. Um investimento de 42 milhões de euros. A u n idade hospitalar tem vindo a perder valências na sequência da

reestruturação leva a cabo pelo anterior Governo de José Sócrates. Para o PCP, o “esvaziamento” de serviços verificou-se já com o encerramento da urgência de pediatria, de uma unidade de medicina, da pediatria e da obstetrícia. O encerramento da última valência de ortopedia, ocorreu na passada semana, e “prejudica seriamente as populações do Douro Sul”, sendo os dez concelhos desta região habitados por cerca de 90 mil pessoas. Para travar este processo de diminuição de serviços prestados pelo hospital de Lamego, o PCP exorta as populações ao protesto e vai levar o caso ao Parlamento, pedindo esclareci-

mentos ao Governo. Os comunistas asseguram que vão “continuar a intervir por um verdadeiro hospital para Lamego, com recursos, valências e serviços de qualidade, que sirvam as populações”. A decisão de passar o Hospital de Lamego para a dependência de Vila Real, tomada pelo anterior governo, e a diminuição dos serviços ali prestados, desagrada também as autarquias do Douro Sul, que têm manifestado a sua discordância. O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes disse à agência Lusa que o processo de abertura do novo hospital “está a correr muito mal” e que

o acompanha com “muita preocupação”, embora tenha admitido que se trata de um novo modelo, sendo natural o fecho de alguns serviços que existiam no antigo hospital. O autarca adiantou que “não está excluída nenhuma forma de protesto” contra a nova unidade e o seu modelo, visto que “não tem nem uma cama destinada ao internamento”, criando “grandes dificuldades para as populações do Douro Sul”, que se verão “obrigadas a ir para Vila Real para internamento”. Para já, porém, disse apostar no diálogo com o Governo. Emilia Amaral/Lusa

A Autarca de Lamego mostra-se preocupado


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SAÚDE 37

14 | Outubro | 2011

Opinião

Pedro Carvalho Gomes Médico Dentista Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

Um novo sorriso ao alcance de qualquer um A implantologia é uma especialidade da Medicina Dentária que possibilita repor dentes perdidos na cavidade oral, conferindo ao paciente uma sensação de dentes naturais com quase total ausência de períodos de adaptação a um corpo estranho. A perda dentária de um ou dois dentes pode ser corrigida com a utilização de implantes dentários, acabando com a necessidade de desgastar dentes saudáveis para a elaboração de uma ponte fixa sobre dentes. O implante dentário colocado na estrutura óssea dos maxilares funciona como uma nova “raiz” (porção invisível do dente) onde, uma coroa meticulosamente elaborada, é colocada repondo a estrutura dentária em falta. Por outro lado, quando a perda dentária é mais extensa, a utilização de implantes dentários possibilita o abandono das tradicionais próteses dentárias esqueléticas e acrílicas, que por vezes são causa de grande desconforto para o paciente. Com a colocação de implantes existe não só uma mudança estética drástica como um aumento da capacidade mastigatória. Sabia que um paciente totalmente desdentado, reabilitado com duas próteses tradicionais, só possui 1/3 da capacidade mastigatória que possuiria se essas mesmas próteses estivessem suportadas por implantes dentários? A combinação da reabilitação oral estética e a implantologia pode mudar radicalmente o seu sorriso, aumentando ao mesmo tempo a capacidade de mastigação, contribuindo assim para um organismo mais saudável.

Café pode melhorar estado de humor Estudo∑ Conclusões revelam que o consumo moderado regista nos consumidores efeitos positivos Um grupo de i nvestigadores do centro de Neurociências e Biologia celula r de Coimbra concluiu que o consumo moderado d e c a fé (2 0 - 2 0 0 m g ) pode ter inf luência na melhoria do estado de humor. Segundo o estudo, os consumidores envolvidos na pesquisa, reportaram efeitos como “aumento de energia, imaginação, eficiências e auto-confiança após ingestão da bebida”. Paralelamente, acrescenta o estudo, “referiram sentir-se ainda com maior capacidade de concen-

tração e motivação para o trabalho, bem como com maior disposição para se socializarem”. “Consumir regularmente c a fé pelo seu cheiro ou sabor, a falar com a família, amigos ou colegas durante uma pausa no trabalho, pode ser parte do efeito benéfico do café no estado de humor. A ingestão moderada de cafeína, graças às suas propriedades, apresenta, por isso, um conjunto de benefícios neste campo, tais como o aumento de energia, eficiência, capacidade de concentração, entre ou-

tros” explica em comunicado Rodrigo Cunha, neurologista e coordenador da investigação. O p r o g r a m a “Ca fé e Saúde” foi implementado em Port uga l , em 2 0 0 7, pela Associação Industrial e Comercial do Café, com o objectivo de mudar a atitude dos profissionais de saúde relativamente ao consumo de café, na tentativa de desvendar mitos sobre a ingestão da bebida e reunir evidência científica. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Rastreio do cancro da mama em Moimenta da beira A Liga Por tug uesa Contra o Cancro está a promover a décima volta do Programa de Rastreio do Cancro da Mama no concelho de Moimenta da Beira, até Novembro. O rastreio gratuito destina-se a mulheres

com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos. A unidade móvel está estacionada junto ao Centro de saúde da vila e aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 ás 17h00.


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38 SAÚDE

14 | Outubro | 2011

Opinião

Acabe com as dores nas articulações! É um facto que a cartilagem protectora das nossas articulações começa a deteriorar-se ao longo do tempo, levando eventualmente a uma situação dolorosa e debilitante designada osteoartrose. A boa notícia é que pode impedir o desenvolvimento desse desgaste – e provavelmente ajudar a repará-lo. Existe um momento na vida de todos em que as articulações se tornam dolorosas e a perda de mobilidade parece inevitável. A osteoartrose é uma deterioração gradual da cartilagem articular que provoca sintomas como dor, inchaço, e fraca mobilidade. A boa notícia é que investigadores identificaram algumas substâncias no marisco que estão

envolvidas na síntese de cartilagem, substância extremamente elástica, forte e flexível que une as extremidades dos ossos e previne a sua fricção directa.

cartilagem, parece ter sido encontrada uma solução para travar a deterioração da cartilagem relacionada com a idade, que de outro modo limitaria a liberdade de cada um. Alguns acrediTravar a osteoartrose de tam mesmo que a utilização forma natural. A investiga- regular destas duas substânção científica descobriu um cias pode reparar a cartilatratamento capaz de travar gem já deteriorada, tornana deterioração das articula- do possível a melhoria da osções. A substância eficaz, no teoartrose inicial. extracto de marisco, chamaComo funciona a glucosase glucosamina. No entanto, existem outros factores en- mina e a condroitina ? Quanvolvidos na saúde da cartila- to a cartilagem se desgasta, gem articular. Uma substân- os ossos ficam expostos encia activa designada sulfato tre si, causando inflamação, de condroitina, um compo- dor e rigidez das articulanente estrutural importante ções e imobilidade. A glucoda cartilagem. Com a desco- samina e a condroitina preberta da glucosamina e da vine estes acontecimentos condroitina, duas substân- fornecendo a matéria prima cias naturais com um papel necessária ao seu organisfundamental na síntese da mo, para produzir cartila-

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gem articular saudável, suave e elástica. A combinação das duas substâncias (sulfato de glucosamina e condroitina) provou conseguir: - Reduzir a dor das articulações; - Aumentar a lubrificação das articulações; - Estimular a reparação da cartilagem; - Inibir as enzimas que destroem as cartilagens; - Preservar o espaço de articulação; - Actuar enquanto anti-inflamatório Sulfato de glucosamina – eficácia assegurada. A glucosamina encontra-se comercialmente disponível sob 3 formas: cloridrato de glucosamina (HCl), sulfato de glucosamina e N-acetilglucosamina. A única forma

que demonstrou ter efeitos fiáveis foi o sulfato de glucosamina. A explicação é Inês Veiga Farmaceutica a seguinte: a glucosamina necessita do grupo sulfato (que contém enxofre) para de sulfato de glucosamina funcionar. e 800mg de sulfato de condroitina que de acordo com Como escolher um bom os investigadores é a dose produto? Existem vários necessária para obter bons produtos no mercado que resultados). Outra das vancontêm glucosamina e con- tagens do BioActivo Glucodroitina. Um dos mais efi- samina Duplo é não aprecazes é o BioActivo Gluco- sentar os efeitos secundários samina Duplo, à venda em dos AINEs (anti-inflamatófarmácias, cuja fórmula rios não esteróides), habitucontém as substâncias sob almente utilizados nos caa forma de sulfato para uma sos de problemas nas artimelhor eficácia e cujos re- culações. sultados estão cientificamente documentados. Ao contrário de outros produtos, este suplemento contém a dose mínima diária recomendada (1000mg


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CLASSIFICADOS 39

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GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

PENALVA DO CASTELO

VOUZELA

O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES

RESTAURANTE A COCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

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TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.

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ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a L g. Genera l Humber to

Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes3715c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt

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JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt

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JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

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40 CLASSIFICADOS

14 | Outubro | 2011

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Esteticista (visagista). Tarouca Ref. 587787729 Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301 Vendedor ambulante. Penalva do Castelo - Ref. 587787184 Mecânico de automóveis. Moimenta da Beira - Ref. 587787101 Pedreiro. Mangualde - Ref. 587786864 Formador. Oliveira de Frades Ref. 587786355 Mecânico de automóveis. São Pedro do Sul - Ref. 587786343 Ajudante familiar. Vouzela - Ref. 587786335 Animador cultural. Vouzela Ref. 587785568 Vigilante de crianças. Vouzela Ref. 587785430

Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192) Empregada doméstica - casas particulares. Lamego - Ref. 587788184 Mecânico de automóveis. Tarouca - Ref. 587787985 Electromecânico, em geral. Lamego - Ref. 587787955

Escriturário de contabilidade. Lamego - Ref. 587785147 Técnico do ambiente. Nelas Ref. 587784373 Técnicos superiores (professores do ensino da música/ensino de actividades lúdico-expressivas) - Município de Oliveira de Frades.

Técnico superior (professor de actividade física e desportiva) Município de Oliveira de Frades. Técnicos superiores (professores de inglês) - Município de Oliveira de Frades. Docente (actividade física e desportiva) - Município de Vila Nova de Paiva Docente (ensino da música) Município de Vila Nova de Paiva Docente (ensino de inglês) Município de Vila Nova de Paiva

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785 Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650 Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245 Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278 Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887 Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Serralheiro Civil. Viseu - Ref. 587783526 Serralheiros Civil. Viseu - Ref. 587781821 Encarregado de Construções Metálicas. Mangualde - Ref. 587783522 Cozinheira. Viseu - Ref. 58773528 Gestor de oficina automóvel. Viseu. - Ref. 587781310 Ajudante de cozinha. Viseu Ref. 587783611 Ajudante/Bate-Chapas. Viseu Ref. 587783446 Armador de Ferro. Viseu - Ref. 587780410 Técnico de Prótese. Viseu - Ref. 587780399 Cozinheiro. Viseu - Ref. 587780035 Estucador. Viseu - Ref. 587778436 Pedreiro. Nelas - Ref. 587778530 Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068 Ajudante Familiar. Penalva do Castelo - Ref. 587783457

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

Alterações na relação laboral A Escola de Negócios das Beiras promove uma acção de formação sobre Alteração na Relação Laboral – Acordo FMI troika, dia 28 de Outubro, nas suas instalações em Viseu. O objectivo da formação é dar a conhecer as alterações na legislação laboral impostas pelo FMI e as consequências futuras nas empresas. “O acordo com a troika/FMI prevê diversas e profundas alterações à legislação laboral que terão um forte impacto no dia-a-dia dos profissionais desta área”, justifica a escola em comunicado lembrando que “apesar de algumas medidas ainda necessitarem de ser transpostas para os regulamentos nacionais, as suas linhas gerais já são conhecidas e serão implementadas muito brevemente, pelo que é necessário ficar desde já preparado para o que aí

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vem”. A acção de formação de sete horas vai abordar um conjunto de 12 conteúdos programáticos, entre os quais, a ainda polémica alteração de as empresas passarem a pagar menos por horas extraordinárias, os bancos de horas negociados directamente com os trabalhadores e a maior carga horária e diária e mais dias de trabalho efectivo. Paulo Reis, consultor de várias empresas em áreas como gestão administrativa pessoal, gestão do tempo, processamento salarial e Segurança Social, gestão de carreiras e direito laboral, é formador desta acção de formação, destinada a todos os colaboradores que queira actualizar conhecimentos na área. As inscrições estão abertas até ao dia 20 deste mês. A inscrição é de 150 euros.

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Email: recrutamentocm@dietmed.pt


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CLASSIFICADOS 41

14 | Outubro | 2011

EMPREGO & FORMAĂ‡ĂƒO

Curso de massagens para bĂŠbes

Formação sobre defesa da floresta

O House Moments Spa, em Viseu promove, dias 20 deste mĂŞs e 5 de Novembro, o Curso de massagem para bebĂŠs. O curso destina-se a profissionais de saĂşde e

A Câ ma ra Mun icipal de S. Pedro do Sul, atravĂŠs do Gabinete TĂŠcnico Florestal promove uma acção de formação sobre “Sistema Nacional

educação que trabalhem na årea materno/infantil, estudantes e futuros pais e educadores que pretendem adquirir conhecimentos tÊcnicos sobre a massagem ao bebÊ. Para

Precisa-se funcionĂĄrio/a. Enviar C.V. para Apartado 1033

tal a iniciativa propþe-se dotar os participantes de conhecimentos teóricos e pråticos da massagem na saúde da criança, ajudando os pais a conhecerem melhor os filhos.

de Defesa da Floresta Contra Incêndios�, dia 22 de Outubro, às 14h30, no Quartel dos Bombeiros Voluntårios de Santa Cruz da Trapa.

Os interessados em participar devem fazer a inscrição atÊ dia 20, no Gabinete TÊcnico Florestal da autarquia, ou pelo email gtfadm@cm-spsul.pt

Um suplemento natural fez toda a diferença

“JĂĄ nĂŁo tenho dores nos joelhos!â€? “Teria ficado muito triste se nĂŁo pudesse continuar a praticar exercĂ­cio, pelo que estou maravilhada por o meu fisioterapeuta ter recomendado o suplemento de glucosamina e condroitina. Estou 100% sem dores e sinto-me Ăłptimaâ€?, afirma Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia. Durante muito tempo, Ana lutava contra as dores no joelho. As articulaçþes do joelho estalavam e provocavam-lhe muitas dores. Mesmo quando estava sentada, durante algum tempo no trabalho ou a ver um filme em casa, por exemplo, sentia um grande desconforto na articulação do joelho. “O BioActivo Glucosamina Duplo resolveu os meus problemas. O desconforto foi desaparecendo lentamente e agora jĂĄ nĂŁo sinto dores. Este produto parece ter sido a solução,â€? afirma Ana Garrido de 55 anos, aliviada por poder aproveitar e ter uma vida activa novamente.

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42 NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA

14 | Outubro | 2011

Maria de Lurdes Baptista Ferreira, 64 anos, casada. Natural e residente em Fragosela, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fragosela.

Manuel Lopes, 76 anos, viúvo. Natural de Fragosela, Viseu e residente em Prime, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas Maria do Carmo Borges Leitão Dias, 69 anos, casada. Natural de Oli- 17.30 horas, para o cemitério de Prime. veira do Conde, Carregal do Sal e residente em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 9 de Outubro, pelas João António Miguel de Oliveira, 41 anos, solteiro. Natural e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro, 16.00 horas, para o cemitério de Cabanas de Viriato. pelas 17.30 horas, para o cemitério velho de Ranhados. José Ferreira, 83 anos, casado. Natural de Nelas e residente em Fiais da Telha, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952 pelas 17.00 horas, para o cemitério de Fiais da Telha. António Nunes de Figueiredo, 82 anos, viúvo. Natural de Oliveira do Conde, Carregal do Sal e residente em Vila Meã, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vila Meã.

Pedro José Gonçalves, 57 anos, viúvo. Natural de São Sebastião, Pedreiras, Lisboa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415

Fernanda Lopes Duarte, 87 anos, viúva. Natural de Orgens e residente em Póvoa de Abraveses. O funeral realizou-se no dia 6 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Idálio Esteves, 77 anos, casado. Natural de Orgens e residente em Jorge Manuel Dias Duarte, 53 anos, casado. Natural de São JoaniQuintela de Orgens. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro, pelas nho, Castro Daire e residente em Moure de Madalena, Campo, Viseu. 17.00 horas, para o cemitério de Orgens. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Joaninho. José Luís Sanches Gracia, 70 anos, casado. Natural de Madrid e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Outubro, pelas Maria da Luz Silva Ribeiro, 53 anos, viúva. Natural e residente em 10.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Pereira, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 12 de Outubro, pelas 9.15 horas, para o cemitério de Pereira. Virgílio da Costa de Figueiredo, 76 anos, casado. Natural de Orgens e residente em São Martinho de Orgens. O funeral realizou-se no dia Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. 11 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Orgens. Castro Daire Tel. 232 382 238 Maria Gracinda Machado Soares, 61 anos, solteira. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Outubro, pelas José de Almeida, 82 anos, viúvo. Natural de Parada de Ester, Cas- 15.00 horas, para o cemitério de Sátão. tro Daire e residente em Ester de Cima, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 10 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério Alberto Fragoso Moiteiro, 84 anos, casado. Natural de Penha França, de Ester. Lisboa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Morgado Isaulina Gastão Franco Farmhouse, 61 anos, viúva. Natural de AngoCastro Daire Tel. 232 107 358 la e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Natália de Jesus, 93 anos, viúva. Natural e residente em Almeidinha, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro, pelas 10.30 Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 horas, para o cemitério de Mangualde. Benjamim Pinheiro, 87 anos, casado. Natural e residente em Corvaceira, Chãs de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Corvaceira.

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

2ª Publicação

INSTITUCIONAIS

Artur Pais de Figueiredo, 85 anos, casado. Natural de Almeidinha, Mangualde e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Ana Maria Monteiro Nunes, 54 anos. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério local.

1ª Publicação

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 (Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

Ana da Piedade António, 61 anos, casada. Natural de Trancozelos, Penalva do Castelo e residente em Cubos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Trancozelos. Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097

2ª Publicação

Celeste Tavares Ferreira, 75 anos, casada. Natural e residente em São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São João da Serra. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Fernando Alcino Fernandes Carneiro, 45 anos, casado. Natural de Vieira do Minho e residente em Queirela de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 17.45 horas, para o cemitério de Bodiosa. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)


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43

DEscreva-nos para:

14 | Outubro | 2011

clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

Resido no Centro Histórico de Viseu desde 1973

HÁ UM ANO Distribuído com o

Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR

José Lorena

Pedro Costa

vente da Feira de S. Mateus. Além de tal não ter acontecido, ainda coloca um novo palco sobre o chamado espelho de água, onde eram dados espectáculos de DJ s, às quintas, sextas e sábados, algumas vezes até às 3 Horas. O barulho, que de música não tinha nada, era ensurdecedor e foram noites perdidas sem descanso. Julgava eu que se-

ria apenas na primeira semana. Grande erro. Isto sucedeu durante toda a Feira. Uma noite telefonei para o secretariado a quem expus as minhas queixas. Foi-me dada toda a razão, mas, num tom com laivos de ironia, a funcionária respondeu que tinham licença de ruído. Também mal feito fora não a terem, sendo a Câmara a princi-

João Carlos Peres Lopes Publicidade

Natacha Fernandes

FOTOS DA SEMANA

Dias e dias sem ser recolhido. O contentor está cada vez mais cheio e ninguém o vem recolher há muito tempo, ao ponto do lixo se começar a espalhar pela estrada onde passam os carros. Travassós de Cima, Viseu. Natacha Fernandes Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt

UM JORNAL COMPLETO

Mortágua Suplemento Rali de e Especial Caça de 16 e 17 de

16

Jornal do Centro

Outubro

15 | Outubro | 2010

Caça 2010 gu especial águ Rali Mortágua r textos e

SUPLEMENTO

fotos ∑

de Portugal

materiais necessários à caça. anos e disponibiliza todos os equipamentos Em Vila Nova de Paiva, a loja Armicana está aberta ao público desde há cinco que pode adquirir para se tornar um verdadeiro caçador.

de Ralis

Regional

Nacional

de Ralis ∑

José Pedro

textos e fotos ∑ Raquel Rodrigues

Gil Peres

e ainda que em outros moldes, a caça faz A caça é considerada por muitos uma paixão e uma tradição. Na realidade, em dia esta prática faz-se pela aventura e pelo parte da natureza do ser humano, que recorria a ela para se alimentar. Hoje convívio com a natureza. quanto pode custar comprar os diversos Mas se ainda não for caçador e estiver a pensar nisso, o Jornal do Centro diz-lhe

con a pode oconsagra N Nacional Mortágu o novo Campeão

Campeonato

Fontes é

o grande

Cent Ralis Centro

ausente

∑ Campeão

vai sair de

Arma

Mortágua

que comprar a sua arma. Depois da licença de caça e de uso e porte de arma, um caçador tem variam. Com um investimento que ronda Existem para todas as bolsas, de vários modelos e marcas e os preços mediana e que dura muitos anos. os mil euros, um caçador pode levar para casa uma arma de qualidade chegar a custar 50 mil euros” e que No entanto, Paulo Loureiro, da Armicana, diz que “há armas que podem “no distrito há pessoas com colecções muito interessantes”.

Munições

DR

sétima Mortágua, de PorO Rali de as Campeonato decidir prova do de Ralis, pode tugal de título absoluto do contas em 2010. , R ic a rdo pilotos ão Na produç a Mortágua chega mas no Moura no bolso, com o título de Duas Rodas Mortágua, Campeonato (CPR2), Motrizes do campeonato, pode trazer quinta prova nesta o fim-de-semana importantes decisões a duas classe. Sousa, Bernardo da temporado final primeira provas está na à vida de ralis, os favoritos e também linha entre Mortágua, piloto matória em O g no campeonato.mesmo chegar pode caso vença deirense nacional, ao título actual segunPascoal, não pontue e Vitor exemplo, do, por à lideeste fim-de-semana. de chegar Ricardo À espreita também Prorança está o título da Com dos Açores, Moura. também dução, e uma vitóriao já conseguidos, pode deixarao de oss de em Mortágua na corrida oço tro troç tr oss ttroços o los elllo elos e pe pelo a s pelos mas ma m piloto açoreano o ho h nho nh pinho pi p spi sspinho. sp Espin Espinho E Es Espinho. sá- sagem,in n-n este sáhaall e Espinh C Cennh n all Ce título absoluto. apinh nal n onal conferir Carapinhal Carapin g ional egional R Region Regi Regiona ao Regional ão o ao 17, num peciais de classificação: tto passapeão Tudo para nto n mp mpe m am uaaan amp campeã ccampe Quanto Q diirr o campeão d idir id cidi cid ci e domingo, ecidir ec 16, há dupla de d decid ffaa-vaii decidir oss faue vai bado, 16 uma vez organiza- bado, dia otto qu q o, que pi llo p pilo pilot pilotos tro, tro os pil do classificativas a,, os ua, gua, gu iall ia água, cial ci tágu tá tágua eci rrtá pec pe peci ortágua, ortágu o sp rali mais Mo Mort M Mortágua, Es Especial gem pelas e Buçaco, termi- em m Mortágu perr E per up uper Su S Supe Super Clube Automóvel Esnass a Sup na enas e o.. apen apenas ap do pelo ngo Mortágua com a Super m apenas em ming min m ze ze zem oming om Doming Domingo. Do Dom Domin eD o dia çoss de ços oços oç Centro. troços trroços os os troço que, estruturalde nando em Mortágua. pas- e Uma prova o figurino nova dupla aos pecial, mantém Domingo, mente, respeito esque diz para as 2009 no troços escolhidos

de caça custa, em média, cerca de Sem munições para a arma é impossível caçar. Uma caixa com 25 cartuchos eiro. caça”, esclarece Paulo Loureiro. sete euros e meio. “Esta quantidade dá perfeitamente para um dia de

pes quipamento pessoal Equipamento

olete e a cartucheira, bem como outro material colete aco, a oc sac caassa casaco, s, c s, aas as, ottas, bo botas, da aass b íd uíd incluídas inclu ão in esstão oall estão so sss ssoal sso esso e pesso pes pe pessoal to p nto nto ento en e ment men m aame pamen pam pa p ipa uipam uipa uip quip q equipamento equip equipa equ eq e o equipam No do. do ido rido iirido. quirido quirid q dquir ad adquir adq adqu ad er adquirido. er se n o ser nã u não ou eo de d od o ode po p pod ue pode que qu err uma sola que combata o stress do pé. Podem custar te te el e ter el vel ve ável eáááve e me erme perm per mp iim erial impermeável aaterial m mater ma em material i ass em eiitas eitas er e ffeitas sse m ser em evem d deve dev de tass devem o ottas otas bot b bo As As botas e e. idade. daade uaallidad qualidade. qua qu q da qual do d ndo n ndendo n nd endend endendo e ependendo depen de dependendo os, d uros uros euro eu euros euros, 0e 00 30 40 e 3300 e 40 ttrrre ntre ntr n nt entre ent e en er feitos, também eles, de material impermeável e m sser em ve ve eve devem de ça dev aaça caç de caça iiaa de dia md um au ra para par pa vaarr p as a levar as lças calças ca os e calç cos cos co sac aasa asaco casacos casa c cas casac oss ca JJáá o uros e umas calças entre 25 e 150 euros. euros 40 4 0e os 400 30 e os o 30 e os re tre entr entr ustarr entre cust custa cust cus e custar de d pode co pode asaaco casaco cas ca m casa Um rttável. U orrtável. or fortáve for fortável. fortável fo nfort nfor n onfo on confortável. co confo c dispensáveis para uns e indispensáveis para outros. di o dispensáveis ãão São S vas. vas vas Sã uva uv lu lu ass luvas. mas m umas u m to e um de mato a de ca faca fa fac oa faca boa ma boa uma um e e,, u lettte, olet olete olete, cole colete co colete, oi o c e o Depois, Depois, De Depois u pamento. qui q eq equipamento. do e e do de d ade daaad d idad ilid illid lida b bil bilid aabi ab abil u urab urabilid urrrabi durab du d dura d e durabilidade ade ade dade d ualiida ual qu quali qualid qual qua qualidade e a qualida me orrrme o orm nfforme on o co con m conforme iaam ia riiam arrriam variam var va variam ços vari eç eços eço reços reç preço preço Oss preços O

CALENDÁRIO VENATÓRIO Coelho-bravo e Lebre Terreno Ordenado De 5 de Setembro a 31 de Dezembro de 2010 Terreno não Ordenado De 3 de Outubro a 30 de Novembro de 2010 Raposa e Saca-Rabos Terreno Ordenado De 3 de Outubro de 2010 a 28 de Fevereiro de 2011 Terreno não Ordenado Geral De 3 de Outubro a 30 de Dezembro Edital De 1 de Janeiro a 27 de Fevereiro de 2011 Perdiz-vermelha e Faisão Terreno Ordenado De 3 de Outubro de 2010 a 31 de Janeiro de 2011 Terreno não Ordenado De 3 de Outubro a 30 de Dezembro de 2010 Pombo-da-rocha Terreno Ordenado De 22 de Agosto a 31 de Dezembro de 2010 Terreno não Ordenado Geral De 3 de Outubro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 22 de Agosto a 30 de Setembro de 2010 Pega-rabuda e Gralhapreta Terreno Ordenado De 22 de Agosto a 28 de Fevereiro de 2011 Terreno não Ordenado Geral De 3 de Outubro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 5 a 30 de Setembro de 2010 e de 1 de Janeiro a 27 de Fevereiro de 2011 Pato-real, Marrequinha, Pato-trombeteiro, Arrabio, Piadeira, Zarro-coGaleirão, g mum,, Negrinha, Galinha-d’água Terreno Ordenado De 22 de Agosto de 2010 a 20 de Janeiro de 2011 Terreno não Ordenado Geral De 3 de Outubro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 22 de Agosto a 30 de Setembro de 2010 e de 1 a 20 de Janeiro de 2011 Tarambola-dourada Terreno Ordenado De 1 de Novembro de 2010 a 20 de Janeiro de 2011 Terreno não Ordenado Geral De 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 1 a 20 de Janeiro de 2011

Galinhola Terreno Ordenado De 1 de Novembro de 2010 a 13 de Fevereiro de 2011 Terreno não Ordenado Geral De 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 1 de Janeiro a 13 de Fevereiro de 2011 Rola-comum Terreno Ordenado De 22 de Agosto a 30 de Setembro de 2010 Terreno não Ordenado Edital De 22 de Agosto a 30 de Setembro de 2010 Codorniz Terreno Ordenado De 5 de Setembro a 28 de Novembro de 2010 Terreno não Ordenado Geral De 3 de Outubro a 28 de Novembro de 2010 Edital De 5 a 30 de Setembro de 2010 Pombo-bravo Terreno Ordenado De 1 de Novembro de 2010 a 20 de Fevereiro de 2011 Terreno não Ordenado Geral De 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 1 de Janeiro a 20 de Fevereiro de 2011 Pomba-torcaz Terreno Ordenado De 22 de Agosto de 2010 a 20 de Fevereiro de 2011 Ordenado Terreno não Orde Geral De 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010 Edital De 22 de Agosto de 22010 a 20 de Fevereiro de 2011 TordoTordo-comum, To Estorniruivo, Tordeia, Est Narceja-conho-malhado, Nar Narceja-galega mum, Narceja-gale Terreno Ordenado De 1 de Novembro de 2010 a 20 20 de Fevereiro de 2011 Orden Terreno não Ordenado Geral 3 de De 1 de Novembro a 30 Dezembro de 2010 Edital De 1 de Janeiro a 20 de Fevereiro de 2011 Veado CorJavali, Gamo, Veado, ço, Muflão Terreno Ordenado De 1 de Junho de 2010 a 31 de Maio de 2011 Ordenado Terreno não Ordena Edital De 1 de Junho de 2010 a 31 de Maio de 2011

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Sexta-feira Ano 9 N.º 448

1,00 Euro (IVA 5% incluído)

SEMANÁRIO

DA

REGIÃO DE VISEU

entro.pt| aldocentro.pt·www.jornaldoc Viseu·redaccao@jorn Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira,

À conversa

“A região de Lafões já é muito procurada por espanhóis”

SAP de Cinfães População disposta a avançar com manifestação contra fecho durante a noite

Maria do Carmo Bica, de presidente da Associação Desenvolvimento Rural de Lafões

Semanário de 2010 15 de Outubro

> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 07 > REGIÃO pág. 08 > NEGÓCIOS pág. 12 > DESPORTO pág. 15 > CULTURAS pág. 18 > SAÚDE pág. 20 > RESTAURANTES pág. 23 > CLASSIFICADOS pág. 24 > NECROLOGIA pág. 26 > CLUBE DO LEITOR pág. 27

Nuno Ferreira

225 ax:23243122 Fax: Fa 61·F 461 46 4374 43 232437 23 e:232 ne fon fon efo Telefone: |Tele

página 11

Região Presidente da República inaugura Centro Educativo do Norte em Santa Comba Dão

Tondela recebe a primeira central de biomassa animal

página 10

| páginas 8

∑ O projecto de seis

está em fase do grupo Nutroton Adiça | página 6 milhões de euros Zona Industrial da em Novembro, na

de teste e inicia produção

Praga de pombas desespera moradores “caso de saúde pública”

∑ Queixosos falam emHenrique, em Viseu

Raquel Rodrigues

pal accionista da Expovis. Ignoro se nos anos vindouros tal façanha se repetirá. Mas espero que, a bem da sanidade mental dos viseenses, isso não aconteça. Será que o tão propalado aumento de visitantes teve algo a ver com estes tristes espectáculos? Tenho sérias dúvidas. E será que as despesas foram compensadas pelos bilhetes vendidos? Também tenho as minhas dúvidas. Senhor Director, é um desabafo longo, mas espero que com a ajuda de V. Ex.” os administradores da Expovis se consciencializem de que, apesar de todo o publicitado êxito do certame, este não pode, nunca, ser conseguido à custa do sacrifício das pessoas que moram junto à freira, algumas já de idade muito avançada.

da Avenida Infante

D.

junto aos semáforos

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A minha casa situa-se num lugar aprazível, na encosta da Sé, com uma vista fabulosa para o Campo de Viriato, montes de Santa Luzia e Crasto. Como senão tem o barulho provocado pelas festas nocturnas dos estudantes, e o provocado anualmente pela Feira de São Mateus. Este terminava à meia-noite, muito raramente ultrapassando esta hora. Mas era um barulho aceitável e pouco incómodo. Aqui faço uma referência muito especial ao Sr. Jorge Carvalho, que sempre se empenhou em que todo o ruído produzido, fosse ele das diversões, ou da aparelhagem sonora disseminada por todo o recinto, tivesse limites aceitáveis. Tinha expectativas que o novo presidente da Expovis, tivesse o mesmo respeito para com todos os moradores na zona envol-

Nesta edição

EDIÇÃO 448 | 15 DE OUTUBRO DE 2010 ∑ O grupo Nutroton anunciou a construção da primeira central de biomassa animal do país, em Tondela. O projecto de seis milhões de euros localiza-se na Zona Industrial da Ediça. ∑ A Associação de Desenvolvimento Rural Dão Lafões (ADRL) lançou o projecto “Viajando por Besanas” que visa criar pacotes turísticos para a região através de uma parceria com Espanha.


tempo: sol

JORNAL DO CENTRO 14 | OUTUBRO | 2011

∑agenda

Hoje, dia 14 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 15 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 10ºC. Domingo, 16 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 8ºC. Segunda, 17 de Outubro, pouco nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 6ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Sábado, 15

Segunda, 17 Viseu ∑ A embaixada da Polónia, no âmbito da presidência polaca da União Europeia, promove em Viseu a conferência “O Futuro da Política de Coesão e o Desenvolvimento regional”, a partir das 10h00, no Hotel Montebelo. A conferência decorre durante a manhã. A sessão de abertura contará com a embaixadora da República da Polónia em Lisboa, com o secretário de Estado da Economia, António Almeida Henriques e o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas.

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt Nuno André Ferreira

Viseu ∑ A Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, em conjunto com a Associação Comercial do Distrito e a Confraria dos Enófilos do Dão realiza a VIII edição da Festa da Sopa, no pavilhão Multiusos de Viseu, a partir das 16h00. Os participantes na festa vão poder apreciar mais de 30 variedades de sopas, confeccionadas por 22 restaurantes da região.

Petróleo

A Faixa colocada junto ao guichet onde são vendidos “chips” na Loja do Cidadão

Comissão “intensifica” protestos Viseu ∑ Contra as portagens Comissão convida a viajar pelo “caos” da EN16 A Comissão de Utentes (CU) Contra as Portagens na A25, A23 e A24 promove esta sexta-feira uma viagem entre Viseu e Aveiro pela EN 16, com veículos pesados. Segundo os organizadores “é a única via transitável” para as viaturas de maior porte, como alternativa à A25. Com esta viagem a comissão que vai levar um autocarro e um ou mais camiões pesados - quer mostrar ao país as localidades e outros pontos críticos, devido à estreiteza da via: “Não ficarão dúvidas. O Governo não mediu bem as consequências”, sublinhou Francisco Almeida. Na segunda-feira passada a CU realizou um protesto junto à Loja do Cidadão, em Viseu, onde colo-

cou uma faixa a apelar à luta e ao protesto. A faixa foi colocada junto ao guichet onde são vendidos os “chips” que permitem passar nos futuros pórticos de cobrança das taxas, que vão ser ataviados durante o mês de Outubro. O protesto surgiu a meio de uma recolha de assinaturas para enviar ao primeiroministro no sentido de sensibilizar Pedro Passos Coelho para os prejuízos que as populações e as empresas do interior do país vão ter com a medida. Na mira da comissão está igualmente a ausência de alternativas a estas SCUT, actualmente sem custo para o utilizador, que vão passar a auto-estradas com cobrança imediata, “obrigando milhares de

camiões pesados a usar as alternativas, que vão criar o caos”. O protesto no interior da Loja do Cidadão só terminou após um oficial da PSP, à civil, acompanhado de dois agentes de uniforme, ter estado no local a falar com os elementos da comissão. Nas imediações da Loja do Cidadão estava ainda uma viatura da PSP, com cerca de uma dezena de elementos no seu interior, que não chegou a deslocar-se ao local. Francisco Almeida, sublinhou que a CU vai “intensificar os protestos”. Os buzinões, marchas lentas e novas recolhas de assinaturas seguem-se nos próximos dias. Emília Amaral / Lusa

Desde que Raul Solnado descobriu petróleo no Beato que, ciclicamente, se fala desse jackpot no subsolo pátrio. O assunto, de quando em vez, invade a conversa nos media, nos barbeiros, nos táxis e demais ajuntamentos públicos, e põe as pessoas a sonhar. E se, por baixo dos pés que caminham em Aljubarrota e Torres Vedras, jazessem, de facto, 486,8 milhões de barris de petróleo conforme a estimativa da Mohave Oil & Gas, a empresa canadiana que tem andado por lá a fazer buracos? Que me lembre, esta sorte grande com cheiro a crude foi falada pela última vez há dois anos. Dizia-se na imprensa, em 2009, que Joe Berardo ia investir forte na Mohave. Coisa congruente: o homem tem jeito para a mineração, até achou um filão no Centro Cultural de Belém sem escarafunchar o chão. Era bom, sem dúvida, achar-se petróleo em Portugal mas esse achamento, como tudo, também teria os seus problemas. Um deles é conhecido como “doença holandesa”. Quando, nos anos de 1960, a Holanda começou a vender em força gás natural proveniente do Mar do Norte, a sua moeda, o florim, valorizou-se muito o que fez com que as exportações holandesas perdessem competitividade. Uma riqueza que virou pobreza, a mostrar como o mundo é complicado. A Noruega, que fica ainda mais lá para cima numa latitude cheia de “ética protestante”, aplica as receitas do petróleo num fundo cheio de cuidados éticos e preocupado em salvaguardar as gerações futuras. Mesmo que apareça petróleo debaixo de Aljubarrota, não se fique com muitas expectativas. As nossas elites são predadoras e corruptas. Basta lembrar o que elas fizeram com o “petróleo” dos fundos comunitários e das privatizações. Se a Mohave acertar no sítio, vamos ter a “doença holandesa”, mas não a “ética norueguesa”.

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*mal humorado

Aprende e diz não à crise!

808 20 40 20

HORÁRIO DA LINHA DE ATENDIMENTO SEG. A SEX. 9H ÀS 22H/SÁB. 10H ÀS 13H

r/c WSI VISEU de almeida, nº 52 R. Dr. António José 3510-042 viseu nça social) (em frente à segura


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