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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > ESPECIAL > DESPORTO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR
DIRECTOR
Paulo Neto
Semanário 21 a 27 de Outubro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 501
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
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PORTAGENS “Parece que estamos perante uma engenharia financeira que vai beneficiar grupos privados que hoje exploram as auto-estradas” ∑ Francisco Almeida, Porta-voz da Comissão de Utentes
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Nuno André Ferreira
Contra as Portagens nas auto-estradas A25, A23 e A24
| páginas 8 a 10
2
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
praçapública r
palavras
deles
Se durante anos andámos a pedir dinheiro que agora temos de pagar e temos o mesmo dinheiro que tínhamos antes, a única possibilidade é poupar em dose dupla.”
r
Parece-me que estigmatizar, constantemente, os trabalhadores da função pública e reformados não será o melhor caminho para colmatar os erros acumulados daqueles que passeiam por este país e ‘arredores’, incólumes à crise que originaram.”
Mário Pereira
Duarte Lobo
Cronista, Gazeta da Beira, 29/09
Cronista, Voz de Lamego, 18/10
r
O que aconteceu na Madeira faz perigar a bondade da democracia. O povo não pode ser quem mais ordena quando ordena o que ordenou.”
Francisco José Alves Médico, Grande Porto, 14/10
r
Posso, ainda e sem receio de engano, deduzir que tal acordo [ortográfico] apareceu para tapar, como peneira bem rala, o pouco conhecimento de quem escrevia mal, mas que passou a fazêlo bem em virtude das regras fabricadas para as explicações adequadas a determinada burrice.” Manuel Armando Padre, Jornal da Bairrada, 13/10
Opinião
Orçamento de(t)Estado
José Lapa Técnico Superior do IPV
O Orçamento tomou conta da nossa vida, para a alterar em definitivo”
Este é provavelmente, o Orçamento mais malquerido, de que há memória. Um documento de que toda a classe política foge, como diabo da cruz, mas, do qual os cidadãos, não podem fugir. O Governo foge, por que não é responsável pelo deficit, a oposição foge, por que não quer, que lhe sejam assacadas responsabilidades. Este é um orçamento cheio de espectros: quem fora m os responsáveis? Quem escondeu? Quem obliterou? Quem devia auditar e não auditou? Quem errou? Quem se e, corrompeu? Quem foram os incompetentes? Quem sonegou a informação? Quem, quem, quem…. Esta é uma narrativa já gasta, onde a máxima lusa, ganha outra vez: a culpa morreu solteira. O princípio de Jorge Sampaio, de que há mais vida para além do Orçamento, já não faz sentido: o Orçamento tomou conta da nossa vida, para a alterar em definitivo. Sempre teve influência circunstancial, é certo, mas agora, vai alterá-la radicalmente, imiscuindo-se nas nossa relações, inquinando a coesão social, exigindo mudança de comportamentos, de modos de vida. Bem diferente, portanto. Ou seja, há mais vida para além do deficit e também… mais morte. O que se avizinha é profundo, vai interferir com os alicerces civilizacionais. Portugal, vai ser diferente… para pior. O sentido retrógrado, em marcha acelerada da nossa sociedade, é uma evidência. Por tudo isto, este Orçamento é execrado, amaldiçoado e sujeito ao vitupério mais emotivo, não só por vir cortar benefícios, mas também, porque promete um futuro sombrio. Ninguém acredita já, que passada a tormenta, venha a bonança. A última vez, que assistimos a uma consolidação orçamental, foi em 1928.
O Orçamento desse ano teve pela primeira vez um superavit. Salazar, em 1931, declarou, que “Portugal, vai verse obrigado a dobrar-se sobre si próprio, em população, em capitais, em produção, em consumo.” (História de Portugal, Coordenador Rui Ramos, Esfera dos Livros, 2009). Onde é que eu já ouvi isto????? As medidas brutais de Salazar, justificavam-se, face ao impacte da crise de 1921, da valorização do escudo, em 1924, e da Grande Depressão de 1929. Não pretendo, estabelecer qualquer convergência ou conotação, com o cenário actual. Mas, lembrar apenas, que depois da implementação deste modelo económico e social, que efectivamente estabilizou as finanças públicas, o povo viveu tristemente muitos anos, em limiares de indigência absoluta. Já não temos um Orçamento equilibrado, há mais de 30 anos. O Orçamento devia ser um momento de unidade e solidariedade, para fazer face à crise. Devia ser percebido, em ambiente de cidadania. O Orçamento de Estado é um contrato, que o Estado estabelece com os contribuintes, e tem em Democracia, uma importância relevante, na resolução de conflitos. Nele deve estar desenhado o cenário macroeconómico e respectivas análises de sensibilidade, que vão permitir à sociedade civil, interpretar as opções tomadas pelo Governo. Na leitura do Orçamento, percebe-se, as convicções, o entusiasmo e a vontade política de um Governo. Sempre nos habituámos, a olhar para ele, como um documento técnico, enfadonho, que uns quantos tecnocratas cozinhavam lá por Lisboa. Hoje, sentimos na carne, finalmente, que é muito mais do que isso, como referi atrás. A austeridade é anunciada como exigência nacional, em nome, da preservação do Estado Social. O que encerra
uma lógica paradoxal: como se pretende manter o Estado Social, com um receituário liberal? Talvez haja uma interpretação, para este estimulante dilema. E, essa hermenêutica, pode encontrar-se, numa expressão muito ouvida ultimamente: a terapia de choque. Quando a li, num qualquer jornal, planei imediatamente para o núcleo utópico, uma leitura recente de Slavoj Zizek (Da Tragédia à Farsa, Argumentos, 2009). Zizek vê na crise e nas medidas gravosas decididas, uma estratégia para a implementação de uma terapia liberal. Zizeck, é um filósofo eslovaco, que acredita no fim do marxismo, mas, o utiliza enquanto instrumento de análise ideológica: “ainda que o marxismo tenha morrido, o imperador nu continua a assombrar-nos com os seus novos trajes.” (Zizeck, idem). Ora, a questão em apreço, posicionada assim no campo da ideologia (quem disse que tinha morrido?), traz luz à desculpabilização do capitalismo, pela hecatombe financeira. Isto é, a austeridade é dura, mas será breve, já que o capitalismo progride em ciclos de crise: a tal destruição criadora. Seja como for, o Orçamento está aí. As trevas estão anunciadas para dois anos. Só que manda o bom senso, que se diga, que dois anos, vão multiplicar-se por muitos. Não voltam mais. Esse argumento, dos dois anos, pode ser utilizado por países desenvolvidos, que têm capacidade económica, que lhes permite recuperar. Nós, não. Sem tecido produtivo, com uma mão-deobra pouco qualificada, como vamos gerar crescimento económico? Com esta austeridade densa, vamos equilibrar as contas (?), apenas com um objectivo: que nos continuem a emprestar dinheiro, nos próximos anos. É triste, mas, é mesmo assim.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
números
estrelas
399
O domingo passado foi o dia com mais incêndios florestais este ano. A Autoridade Nacional de Protecção Civil contabilizou um total de 399 ocorrências em 24 horas.
Importa-se de responder?
Álvaro Santos Pereira Ministro da Economia
Prometeu em Viseu, à família PSD, a construção da auto-estrada Viseu-Coimbra. Esqueceu-se, porém, de referir quando se iniciam as obras, mais parecendo uma promessa incongruente em semana de terrível austeridade.
Viseense e ex-aluno da Escola Secundária de Emídio Navarro, cientista e investigador, viu abrirem-se-lhe as portas da Universidade da Sorbonne, como assistente, num reconhecimento do mérito pessoal.
Acho que nos estão a tirar, simplesmente, os direitos adquiridos com o 25 de Abril.
Luís Branco
António Veríssimo
Funcionário Público
Funcionário Público
Funcionário Público
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Ano após ano, porfiadamente, a autarquia local coloca-se no mapa do Campeonato de Portugal de Ralis. Desta feita, com um aperitivo extra: desta prova sair o novo Campeão Nacional de 2011.
Como reagiu às medidas de austeridade anunciadas pelo Primeiro-Ministro? É uma vergonha. Os responsáveis desta miserável situação são todos os Governos, desde o 25 de Abril de 1974. Chegámos a este ponto por causa da má gestão do erário, e os responsáveis devem ser criminalizados. Quero reformar-me e sair deste país.
João Magalhães
Afonso Abrantes Presidente da Câmara Municipal de Mortágua
Nuno Peixeiro Investigador
Acho uma barbaridade porque não há equidade na distribuição dos sacrifícios. Ainda não vi aplicada nenhuma medida que reduzisse os salários dos gestores públicos aliás, o que o Sr. Passos Coelho fez foi aumentar o número de elementos do Conselho de Gerência da Caixa Geral de Depósitos e aumentar brutalmente os salários. O exemplo devia ser dado pela classe alta, o que não acontece. Acredito que esta má gestão é feita de forma consciente pelo actual Governo.
Edite Teixeiro de Lemos. Professora na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu
Compreendo a necessidade da implementação de medidas de rigor, esperando que haja o cumprimento, escrupuloso e exemplar, por parte dos dirigentes. Tenho para mim, que os sacrifícos exigidos vão não só atrasar o crescimento económico, como vão ser perniciosos para a qualidade de vida dos portugueses. Tratam-se de medidas penalizadoras para toda a população, a maioria sem qualquer culpa do estado a que chegou o País.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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E aqui lateja a demagogia estimulante da eloquência barroca… por instantes, o garrote afrouxa e somos todos uma ‘unidade singular’, solidária e com os olhos a luzir de fé”
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Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
Neste vale (tudo) de dificuldades Outrora, a retórica foi a “ars bene dicendi”; a arte de bem dizer, a eloquência. Hoje, a maior parte das vezes é a arte do equívoco, da dissimulação, da tentativa de caucionar como nobre realidades cínicas, como diria Barthes. Perante o discurso do primeiro ministro proferido na semana passada, em cenário de “Apocalypse Now” e “amanhã-veremos”, além de se vislumbrar com mestria uma manipulação intermitente da “langage de bois”, estamos perante uma peça de retórica interessante, que visa justificar o estado de sítio em que ficou o desalentado país no “day after”, através das medidas terríveis que implementou para Portugal e para os portugueses, tentando, com algum sucesso, depois, atenuar e fundamentar o desespero consequente com o aceno da esperança e minimizar o espectro da morte latente com um talvez-oásis de um talvezfuturo. Para justificar medidas como “a expansão de horários”, a “eliminação dos subsídios de Natal e de férias; a “taxa de redução pro-
gressiva”; os “cortes muito substanciais nos sectores da Saúde e da Educação”; a “eliminação das deduções fiscais”; a “redução das pensões de reforma” e etc., a realidade nacional foi primeiro descrita nestes tons: “gravidade; terrível estrangulamento; escassez de crédito; emergência nacional; esgotado; derrapagens orçamentais; consequências gravosas; contracção económica; deterioração severa; agravamento substancial; peso dos prejuízos; endividamento; situação negativa; esforço adicional; objectivos já exigentes; esforço redobrado; actuais dificuldades; terríveis perigos; imediato encerramento; não pagamento de salários; incumprimentos em cadeia; falências em massa; falta de competitividade; incapacidade; instância de importar bens, alimentos e medicamentos; pressões; cenário negro; ameaças reais; espiral económica descendente; paralisia de funções do Estado; deterioração económica; contracção profunda e prolongada; desemprego exponencial; sacrifício; limite; incumprimento; vacilação; desespero; medidas intolerá-
veis; despedimentos indiscriminados; situação de emergência; decisões de último recurso; o colapso da estrutura básica do Estado social; os desvios na execução orçamental; desperdício; reduzidos os limites; eliminação; redução; frustração de todos os portugueses; acumular tantos erros; somar tantos excessos; encolher os ombros; vale de dificuldades; fuga à realidade; excessos retóricos; difícil estado actual de coisas; graves problemas do presente; colapso do país; implacáveis; evasão fiscal; resignação; difícil e inevitável; perigosas tendências; problemas adicionais; hesitações; laxismo; desbaratar; emergência nacional; a gravidade da situação; riscos; incertezas…” Ora bem, em traços gerais, em discurso expositivo enumerativo, aqui está o estonteante cenário negativo que o PM encontrou. O Inferno de Dante não seria pior… Depois de tais labaredas, avoca ainda a ignorância dos factos, o que não abona da credibilidade de um projecto para salvar Portugal, nem desculpa a ziguezagueante inversão de um compromisso. Porém, até
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Qual a última vez que a cidade saiu para a rua e em conjunto lutámos por algo nosso na defesa dos interesses desta cidade e da região?”
50 razões para amar Viseu! Escrever algo positivo num momento em que no País a mudança esperada nos castiga, tanto ou mais, quanto a herança herdada requer um invulgar exercício de abstracção, sobretudo porque, na minha leiga opinião, já não está em causa apenas a economia e o défice, mas sim a soberania nacional e a sobrevivência das pessoas e famílias que, vivem já com o desespero de ter que enfrentar um dia pior após um dia para esquecer. Já ultrapassámos a fase do abismo e vivemos como Paul Krugman em 2007 metafóricamente referia, na sua coluna de opinião do New York Times, o momento Wile E. Coyote em que na cena clássica do desenho animado, o coiote chega à beira do precipício e continua a andar, ignorando o vazio e só quando olha para baixo e disso conscientemente se apercebe então cai abruptamente, ou se preferirem numa visão mais simplista mas, ainda assim igualmente assustadora embora porventura cómica, vivemos no País a anedota do fulano que depois de cair do 20º andar, ao passar pelo 10º ainda se sente capaz de dizer: - Até agora tudo bem ! Por ora, vamos deixar a alegoria sobre a trágica realidade que somos obrigados a pagar com impostos, suor e sacrifício e, desejar que antes do final da queda os nossos políticos encontrem a almofada capaz de nos amparar o futuro e devolver a esperança e alegria de viver, até porque agora
de pouco ou nada valerá chorar sobre leite derramado e, importa sim reinventar a politica e sobretudo os políticos. Importa mais fazer do passado lições aprendidas, fechar a sete chaves as sete portas do Inferno em que nos querem enclausurar e, abrir uma das sete portas da cerca afonsina da nossa “Viseu, Senhora da Beira, eternamente bonita, fidalga e sempre romeira” para ganharmos ânimo e motivação. E, convenhamos que a nossa cidade e as nossas gentes nos oferecem pelo menos cinquenta razões para a amarmos, para nela vivermos, para aqui trabalharmos com alma e, daqui ajudarmos a erguer este cantinho à beira mar depauperado. Dado que gostos também se discutem pois, discutir os gostos do outro é abrir o debate que pode conduzir a muitas outras novas conclusões, permitam que plasme nestas linhas, guiado pelo desafio do editor da necessidade de reconstruirmos positivamente a nossa urbe, as razões porque entendo que todos devemos gostar de Viseu. A primeira que me ocorre é, desde logo, a sua antiquíssima história que remonta à época castreja e, onde mais tarde surge associada a lendária e galvanazidora figura de Viriato para já não falar de D. Afonso Henriques não vão os de Guimarães exaltaremse com tal possibilidade, mas não restam dúvidas que é notável o historial da cidade, assim como significativa é
a quantidade e qualidade de personalidades que daqui se afirmaram e deram nome e prestigio à região. Quem nunca ouviu falar de Grão Vasco, Infante D. Henrique, D. Duarte, Alves Martins, Augusto Hilário, João de Barros, Aquilino Ribeiro, Emídio Navarro e de um sem número de notáveis vultos que nas artes, nas letras, nas ciências, na política e nas mais variadas áreas se afirmaram e deixaram legado na cidade e no País. Mais recentemente poderíamos falar de Carlos Lopes, detentor de muitos recordes e da estátua do atleta sem cabeça na rotunda da Praça de seu nome, ou de muitos outros colunáveis que vão de acérrimos comentadores a favor do Glorioso a jornalistas famosos ou, até a um sem número de ministeriáveis nomes que, tanta pouca obra aqui deixaram mas tanta promessa edificaram, sendo a última delas a que foi deixada pelo nosso ilustre conterrâneo e Ministro, Álvaro Santos Pereira, de que antes de acabar o mandato, seja lá isso em que ano for, será construída a Auto-Estrada portajada Viseu - Coimbra e posta a funcionar a linha de comboio, abrindo assim novos caminhos a esta encruzilhada de vontades e gentes beirãs. E, à parte a ironia o certo é que a localização geográfica de Viseu é uma das fundamentadas razões porque vale a pena acreditar na cidade. Com efeito, a lamúria da interioridade de que Viseu está esquecida no coração de Portugal
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
se aceita que o possa justificar parcialmente. Frases do tipo: “Quando tomei posse (…) eu esperava que (…)”; “os desvios (…) relativamente ao que estava previsto (…) são superiores a (…)”; “nunca nos deveríamos ter permitido chegar a este ponto. Quando fui eleito PM nunca pensei que tivesse de anunciar ao país medidas tão severas e difíceis de aceitar…” – são só aparentemente cândidos desabafos, porque quando se é candidato a PM e quando se sabe, com uma grande e ajustada previsibilidade que se vai ser PM, a tibieza destas desculpas é incoerente e pouco aceitável. Por outro lado, depois da tinta preta do cenário, vem o purgatório em tons verde água da ténue esperança e pinceladas que se querem, a contrapor, de inexcedível vigor: “elegemos um número de medidas temporárias”; “eu nunca permitirei que tal aconteça”; “inabalável compromisso”; “não tenho dúvidas de que vou dar voz ao país”; “recuso o cenário negro”; “o tempo é mais precioso”; “o rigor mais indispensável”; “a coesão interna mais necessária”; “decisões tomadas com determinação”;
“escolhas consequentes e resolutas”; (…) No meio desta pendular eloquência, entre o “eu” e o “nós”, a meias com eufemismos, positiva adjectivação e metáforas luminosas, “as fontes de financiamento secam”; “o ajustamento será profundo”; “o esforço é adicional e redobrado”; “o tempo é precioso”; “as respostas são prudentes”; ”o horário de trabalho expande-se”; “o calendário dos feriados ajusta-se”; “as medidas foram reforçadas”; “o colapso do país rejeita-se” (…) o discurso, esse, pacifica-se e positiviza-se… E quanto à duração temporal do negativo, “evidentemente que tudo é temporário”; aliás esta ideia é recorrente, redundante e está omnipresente em todo o discurso. Depois de nos pedir permissão, com bondoso paternalismo, para nos explicar tudo isto: “Permitam-me que vos explique”, o PM diz: aos portugueses que conta “com a sua capacidade e ambição”; “com mais trabalho, mais ideias, mais espírito de entreajuda e cooperação entre todos”; como se houvesse incapacidade e frouxidão, idiotice e egoísmo; à administração pública requer “diligência e dedicação”; como se não houvesse zelo e entrega; aos empresários pede “inovação e cria-
tividade”; como se não houvesse renovação e ideias; aos investidores sugere “confiança e serenidade”; como se só tivessem desconfiança e agitação; aos trabalhadores exige “profissionalismo e energia”; como se fossem uns amadores cansados; aos parceiros sociais suplica “cooperação”; como se não estivessem aptos a agir em prol do colectivo; às instituições da sociedade civil apela ao “dinamismo”; como se ela fosse inerte e pasmada; aos partidos da oposição impõe “diálogo construtivo” ; como se eles monologassem destrutivamente (…) E aqui lateja a demagogia estimulante da eloquência barroca… por instantes, o garrote afrouxa e somos todos uma ‘unidade singular’, solidária e com os olhos a luzir de fé. Espécie de anestesia depois da pancada desferida… Muito bem. Teremos que ajudar, TODOS, o PM, porque o PM é Portugal (já que falamos de demagogia) e tal qual Gama à roda da nau, perante Adamastor, atendendo “à grandeza do propósito”, porque o “mundo está cheio de riscos e de incertezas”, “nós responderemos a todos os riscos com a certeza do bom sucesso e assim se ampliará a capacidade económica de Portugal e a criação de riqueza”.
É firme o propósito, mas como o próprio PM alerta, não devemos acreditar “em excessos retóricos”; a não ser que não falasse dos seus, apenas dos outros. Entretanto, nem uma palavra, um sinal, uma direcção sobre o que vai fazer com o buraco imenso de Jardim; sobre a banca e as dívidas; acerca dos especuladores; o que vai determinar referentemente ao financiamento público de fundações privadas; como vai acabar com os salários escandalosamente sumptuários dos gestores públicos; como vai extinguir as parcerias público privadas; quando põe a dieta as bem cevadas centenas de “instituições públicas”; como vão viver muitas dos 3 milhões de pessoas afectadas com os cortes aos 550 mil trabalhadores da função pública; os 2,5 milhões de pensionistas conduzidos à miséria com os cortes nas pensões, etc… E quase que invejamos esta ira, esta avareza, instituída para combater tanta preguiça, tal soberba, tanta gula e luxúria de outrora na gestão da coisa pública. Os sete pecados capitais a luzirem contritos por detrás da palidez trémula do PM, sugerida à rectaguarda no olhar sempre alucinado de jesuíta ciliciado do ministro Gaspar, na emergência da virtude, tal auto-de-fé, através do suplício em fogo brando dos portugueses, do presente e do futuro.
é uma visão fatalista só possível neste descuidado País que vive obcecado com Lisboa pois, a cidade transporta consigo a deliciosa particularidade de estar a duas horas (e pouco mais) de quase tudo, do mar à Europa, centralidade abençoada que poderia servir de argumento para tanto investimento e desenvolvimento sustentado mas que, os invejosos e cruéis habitantes de S. Bento não suportam e que agora nos procuram fazer pagar em portagens e pórticos. A gastronomia, amigos leitores, lembreime agora, digam lá não é de excelência? E juntem-lhe o néctar de Baco das Terras do Dão, o pão e o queijo beirão... pois, já nos fazíamos ao caminho! Mas há mais, a lareira e o frio beirão, quem tem disso à porta de casa, digam lá? E a monumentalidade da Sé vista de onde quer que seja e de onde se esconda o mamarracho da Segurança Social, é de pasmar e de contemplar assim como a riqueza do património do Centro Histórico com o Museu de Grão Vasco como local de visita obrigatória. E por falar em património porque não o cultural com o Teatro Viriato à cabeça e mais ainda do património da memória que são os nossos idosos, outra razão fulcral para amar Viseu ainda que argumentem que pessoas experientes em idade os há em todas outras cidades do País, e que os nossos não são especialmente diferentes dos outros mas, acontece que estes são nossos, o que os torna por isso mais belos e únicos pois ainda conservam o saber acumulado de experiência feita, a ternura da idade do mimo, o carinhos dos avós que cuidam dos netos e os levam à es-
cola, o encanto da poética das conversas de jardim e oxalá, em conjunto saibamos construir outras razões para os nossos velhos continuarem a amar a vida e a nossa cidade... E, por cá ainda há vizinhos, não apenas pessoas que moram na casa ao lado! Aqui ainda sabemos o nome das pessoas que habitam na nossa rua, ainda damos de borla os bons dias, trocamos palavras gentis no vão de escada, contamos com a sua ajuda ainda que um ou outro fuja à regra e seja até capaz de inventar o nosso futuro.. e de futuro é feita também a outra razão, ainda que nem sempre compreendida, mas que são e serão capitais no desenvolvimento da nossa média cidade, os estudantes do primário ao secundário terminando no ensino superior da cidade, sejam cá nascidos ou cá colocados contra a sua vontade mas, que por cá vão vivendo e, por a cidade tão bem saber receber e acolher, no dia em que o destino os de cá afasta, levam consigo as lágrimas das saudades e as recordações dos momentos que aqui viveram, memórias que se entranham neles e os acompanham para a vida... Viseu é nosso até morrer, dizem eles! Mas Viseu é também uma cidade segura, mesmo assim, é uma cidade bem organizada, com o verde do Fontelo a servir de pulmão e a limpeza visível em toda a largura e extensão das suas francas avenidas, é uma cidade arrumada que foi crescendo harmoniosamente à volta das floridas e encantadoras rotundas que são uma das nossas invejadas e tanto copiadas imagens
de marca onde só o conhecido bigode de Fernando Ruas, sem um único pelo branco ao fim de tanto ano de governação consegue superar pois, quer se queira quer não, o nosso Presidente não passa incólume, é figura de destaque no panorama nacional que não só politico e, também ele próprio deixa marca incontornável na gestão e concepção da nossa cidade. Viseu é também feira semanal, é Feira de São Mateus, é festas a perder sem conta no Verão das serenas aldeias do concelho a que se junta o colorido dos nossos imigrantes, é Cavalhadas, é o murmúrio crítico das conversas das quatro esquinas, é a simpatia dos teimosos comerciantes da Rua Direita que lutam diariamente contra o ar condicionado dos megalómanos centros comerciais citadinos, locais de passeio domingueiro das gentes da redondeza, é a descoberta da ecopista no seu encanto rural e no beneficio físico que gratuitamente oferece, é a excelência da variada oferta hoteleira de qualidade, da restauração a par com aquela na simpatia da boa hospitalidade beirã aos turistas, é a qualidade das termas de Alcafache vizinhas das águas limpas do Dão e da companhia na paisagem da Estrela e do Caramulo. Já são tantas e tão boas mas há mais uma outra razão, sendo que, já consigo imaginar o sorriso que isso irá provocar, mas apesar de tudo é a comunicação social local que, lá se vai aguentando na luta contra o fenómeno do clique online das redes sociais e, nos vai aproximando nesta discussão de ideias que a letargia da sociedade ci-
vil e o comodismo egoísta do sofá da sala a consumir lixo televisivo nos torna desinteressados com tudo o que não nos diz directamente respeito e apenas capazes do culto da inércia, do gosto pela mediocridade e de lançarmos olhares de inveja a quem ousa ser activo e empreendedor. Se não concordam, recordem-me lá quando foi a última vez que a cidade se soube unir como um todo na luta por um objectivo comum, pela Universidade Pública, por exemplo? Qual a última vez que a cidade saiu para a rua e em conjunto lutámos por algo nosso na defesa dos interesses desta cidade e da região? Mas as suas gentes forjadas na dureza do granito e transportando nos genes o ADN de Viriato são capazes de o fazer se, quem de direito assumir o primeiro lugar nessa comum necessidade, e por isso, essa característica dos Viseenses - dos que cá nasceram, dos que cá escolheram viver ou dos que estão lá fora - é outra mui importante razão porque se deve gostar de Viseu. Aqui chegados, se esteve atento à contabilidade e eu não me enganei na aritmética faltam apenas duas razões para o número apontado. A penúltima e tão importante ou mais que as restantes são os leitores deste plural jornal, que pacientemente até aqui me conseguiram ler e que, sendo viseenses sabem que todas as razões anotadas são verdadeiras ficando ainda outras tantas por apontar e, para os que nos demais quatro cantos do mundo ao lerem nelas não acreditam, terão aqui a última e derradeira razão para visitar Viseu... pois quem nunca viu Viseu, não sabe o que perdeu!
Jornal do Centro
6
21 | Outubro | 2011
abertura
textos ∑ Emília Amaral / Tiago Virgílio Pereira
Câmaras do distrito gastam mais dois milhões em electricidade com o aumento do IVA para 23% Resultado ∑ Autarquias dispostas a poupar energia, sobretudo na iluminação pública Esta sexta-feira, dia 21 de Outubro, assinala-se o aniversário da invenção da lâmpada eléctrica incandescente por Thomas Edison, em 1879. O inventor dos Estados Unidos mudou o mundo, ao permitir fazer chegar a energia elétrica, que já existia, a casas das pessoas. Cento e trinta e dois anos depois, Portugal está a braços com aumentos significativos do preço da electricidade e os portugueses parecem estar cada vez mais “às escuras” com tanta austeridade. Das muitas medidas impostas pelo Governo PSD de Pedro Passos Coelho, o aumento do IVA de 6 para 23 por cento na electri-
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cidade, a partir do último trimestre deste ano, agravado com uma subida da luz de quatro por cento em Janeiro, parece não ter agradado ninguém. Sobretudo porque todos utilizam electricidade. Estas medidas vão aumentar de forma significativa a factura dos consumidores indivudias, mas são igualmente um peso pesado para os organismos públicos, como hospitais, lares, escolas, centros comerciais. Contudo, são as autarquias, muitas delas com a “corda ao pescoço”, que têm o maior problema em mãos. Esta subida de 17 por cento é vista como “muito preocupante”, por
parte do presidente da Câmara Municipal de Mórtagua, Afonso Abrantes. No total, as 24 autarquias de Viseu vão pagar mais dois milhões e 544 mil euros de electricidade por ano (ver quadro). O Jornal do Centro, aquando do levantamento do valor da factura da elctricidade junto dos autarcas, arredondou alguns valores para tornar a apreciação mais facilitada por parte do leitor. Desta forma, é legítimo dizer-se que a Câmara de Viseu vai pagar mais 400 mil euros. Fernando Ruas considera este aumento “brutal” e afirmou que vai proceder a “cortes racionais”. “Em cada três lâmpadas, duas
continuam acessas e uma é desligada, a partir da 1h00 da madrugada”. O também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse que se irá registar “um aumento de 45 milhões de euros, nas contas de todas as autarquias do país”, e reconheceu que “estes aumentos apanham as câmaras de forma diferente”. Para Armamar, “quando os outros pensam, Armamar já fez”, disse o presidente Hernâni Almeida, que vai retirar cerca de 700 luminárias do concelho. Atílio Nunes, presidente da autarquia de Carregal do Sal apelida o aumento como “vergonhoso” e, às claras,
dispara: “andamos a ser governados por pessoas que nunca fizeram nada na vida”. Todos os autarcas afirmaram que a percentagem maior da factura de energia era para a iluminação pública. Penedono, Penalva do Castelo e Sernancelhe são os concelhos que menos gastam electricidade. Mas isso não significa que os cortes não acontecam. José Mário Cardoso, presidente em Sernancelhe “teme que o corte tenha consequências ao nível da segurança” mas garante “não existir alternativa”. O autarca espera que “cada um assuma as suas responsabilidades”, aguar-
dando pelo contríbuto do Ministério da Administração Interna. “Mais atentos na protecção pessoal e dos outros”, é a ideia defendida por João Azevedo. O autarca de Mangualde está a elaborar “um plano de contenção na iluminação pública aldeia a aldeia, freguesia a freguesia”. Isto significa que, apesar do aumento, as autarquias estão a reunir esforços para não colocar em risco a segurança das populações e, simultaneamente, poupar energia. José Pereira Pinto, presidente da Câmara de Cinfães, dá o exemplo: “no meu gabinete já reduzi os gastos com luz para metade”.
Jornal do Centro
AUMENTO DO IVA NA ELECTRICIDADE| ABERTURA 7
21 | Outubro | 2011
Dicas para poupar energia
1 3
Estender a roupa num estendal e evitar a máquina de secar. Na roupa e loiça,reduzir o consumo de energia evitando programas com temperaturas elevadas.
5 IVA 6%
IVA 23%
Armamar
330 mil euros
386 mil euros
Carregal do Sal
350 mil euros
407 mil euros
Castro Daire
756 mil euros
885 mil euros
Cinfães
686 mil euros
799 mil euros
Lamego
761 mil euros
882 mil euros
Mangualde
1 milhão de euros
1 milhão e 170 mil euros
Moimenta da Beira
600 mil euros
702 mil euros
Mortágua
458 mil euros
539 mil euros
Nelas
590 mil euros
690 mil euros
Oliveira de Frades
470 mil euros
550 mil euros
Penalva do Castelo
250 mil euros
293 mil euros
Penedono
246 mil euros
288 mil euros
Resende
900 mil euros
1 milhão e 53 mil euros
Santa Comba Dão
422 mil euros
492 mil euros
S. João da Pesqueira
356 mil euros
S. Pedro do Sul
757 mil euros
409 mil euros 878 mil euros
Sátão
517 mil euros
599 mil euros
Sernancelhe
328 mil euros
381 mil euros
Tabuaço
300 mil euros
351 mil euros
Tarouca
398 mil euros
463 mil euros
Tondela
1 milhão e 57 mil euros
1 milhão e 300 mil euros
Vila Nova de Paiva
400 mil euros
468 mil euros
Viseu
2 milhões e 800 mil euros
3 milhões e 210 mil euros
Vouzela
499 mil euros
580 mil euros
Totais
15 milhões e 231 mil euros
17 milhões e 775 mil euros
Medidas a tomar pelas câmaras de Viseu
Concelhos
Regular a temperatura dos radiadores ou do aquecimento central para 20ºC.
Concelhos Armamar Carregal do Sal Castro Daire Cinfães
Lamego Mangualde Moimenta da Beira Mortágua
Nelas Oliveira de Frades
Penalva do Castelo Penedono Resende Santa Comba Dão São João da Pesqueira São Pedro do Sul Sátão
Sernancelhe Tabuaço Tarouca Vila Nova de Paiva Tondela
Viseu
Vouzela
Usar tampas nas panelas ou tachos para reduzir o consumo de energia ao cozinhar.
4
Optar por lâmpadas economizadoras em vez de incandescentes pode reduzir o consumo em mais de 80%.
6 Aumento do IVA na factura de electricidade das câmaras
2
Retirar carregadores das tomadas após os aparelhos estarem carregados.
Optar por aparelhos com uma etiqueta energética de classe A, A+ ou A++. O consumo de energia pode ser menor em 70% de electricidade do que um modelo de classe D.
7
Ligar o frigorífico a uma temperatura entre 3 e 5ºC e o congelador entre -18 e -24ºC Fonte: DECO
Medidas a tomar pelas câmaras para diminuir o valor da factura da electricidade Corte na iluminação pública de 2h no período da manhã Corte de meia hora à noite Sem medidas Redução geral na eliminação pública Redução na iluminação pública (em 3 lâmpadas é desligada 1), entre a 1h30 e as 6h00 Corte na iluminação dos parques de lazer e de diversão. A estudar um plano de contenção para a iluminação pública de aldeia a aldeia e freguesia a freguesia Propõe um plano conjunto de contenção de gastos de energia com os municípios vizinhos Redução na iluminação pública na área urbana (1 lâmpada ligada, 1 desligada). Corte total nos ramais sem habitações Redução na iluminação pública na área urbana (1 candeeiro ligado, 1 desligado). Reajustes em todas as freguesias rurais Redução geral na eliminação pública Redução geral na eliminação pública Redução geral na eliminação pública Redução na iluminação pública durante o período nocturno (em 3 lâmpadas é desligada 1) Redução geral na eliminação pública Desligar todos os ramais que não servem habitações a Ligara iluminação pública mais tarde e apagar mais cedo Implementação de relógios astronómicos, para ligar a iluminação mais tarde e desligar mais cedo Redução geral na eliminação pública Desligar a partir da 1h00 ainda por definir Redução geral na eliminação pública Redução geral na eliminação pública Redução na iluminação pública entre as 23h00 e as 24h00 Apagão a partir das 24h00 Redução na iluminação pública (1 lâmpada ligada, 1 desligada) Redução na iluminação pública na área urbana (em 3 lâmpadas é desligada 1), a partir da 1h00 Implementação de relógios astronómicos para ligar a iluminação mais tarde e desligar mais cedo Redução nas zonas mais isoladas Implementação de aparelhos que controlam a energia activa nas piscinas e em vários equipamentos públicos Implementação de painéis solares nos balneários
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8 Entrevista ∑ Emília Amaral Fotografia ∑ Nuno André Ferreira
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
à conversa “Causa estranheza que os nove deputados eleitos pelo círculo de Viseu não tenham erguido um dedo sobre portagens”
Porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens nas auto-estradas A25, A23 e A24, Francisco Almeida, luta desde 2004, contra a medida governamental de portajar as auto-estradas da região, nomeadamente a A25 entre Viseu e Vilar Formoso, que significou um salto de gigante no desenvolvimento do distrito, pela porta que abriu ao Norte do país e à Europa, através de Vilar Formoso. Depois de uma Viagem pela EN16 para provar que não é a alternativa à A25, Francisco Almeida, professor e dirigente sindical, prepara-se para liderar, dia 28, aquela que considera ser uma das maiores marchas lentas que alguma vez aconteceu na região. Ainda acredita que o Governo pode voltar atrás na decisão de portajar a A25, a A24 e A23?
Não costumo andar envolvido em coisas em que não acredito. Sei que é difícil, não é uma batalha que se ganhe de hoje para amanhã, mas acredito que é possível inverter esta situação, de forçar o Governo a mudar a sua orientação nesta matéria. Porque é que tanto protesto ainda não foi suficiente para o Governo inverter a decisão de aplicar portagens nas SCUT sem alternativas?
A questão pode ser posta de outra maneira. A luta da população tem produzido efeitos, essa é que é a verdade. Em 2004 apareceu a primeira ameaça da introdução de portagens na A25, na A24 e na A23 e até hoje ainda ninguém pagou portagens nestas auto-estradas. Foi nessa altura que a comissão se constituiu, foi quando se realizaram marchas lentas, e em sete anos não foram introduzidas portagens. Há um facto com alguma piada.O então primeiro-ministro, Santana Lopes foi inaugurar um lanço da A24 na zona de Vila Real e nós fomos lá estragar a festa. Começaram por nos dizer que o primeiro-ministro não recebia ninguém e depois houve pessoas que tiveram de saltar a vedação para entregar um documento ao primeiro-ministro. Era um documento que terminava a citar Aquilino Ribeiro (livro “Enquanto os Lobos Uivam”) quando colocava na boca de um dos seus personagens as palavras: “o beirão que vossas excelências querem emular neste pertenso progresso, não esqueceis, é um misto de cordeiro e de lobo”. Nós dizíamos, esperase que medidas destas não façam vir ao décima essa metade do lobo que faz par-
te da alma do beirão. Nesse mesmo dia, estávamos a chegar ao túnel de Castro Daire (A24) quando ouvimos a notícia da demissão do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes. A metade de lobo de que fala Aquilino Ribeiro ainda não foi posta em prática neste protesto?
Ainda não veio ao décima completamente. A segunda ameaça da introdução de portagens (15 de Abril) foi com o Governo de José Sócrates, suspensa também porque o Governo caiu. Era para ser a 15 de Outubro e não aconteceu. Agora é até final do mês de Outubro mas ainda só está aprovado o decreto-lei… A luta tem servido para atrasar o processo de introdução de portagens nestas três autoestradas?
Se outra coisa não ganhássemos, ganhámos sete anos sem portagens, desde a primeira ameaça. Espero podermos um dia destes brindar ao facto de não haver portagens. Acredito que se ganhe em definitivo esta questão. As pessoas parecem alheias aos buzinões, mesmo sabendo que as portagens lhe vão sair do bolso. Tem alguma explicação para isso?
Podia esperar-se uma maior participação, mas importa ter presente que entregámos uma das maiores petições na Assembleia da República, com 35.702 assinaturas. Neste momento caminhamos para ter 20 mil postais dirigidos ao primeiro-ministro, em papel, e temos mais quase quatro mil assinados na internet. Depois, o último buzinão fez parar o centro da cidade de Viseu. A marcha lenta de Viseu para Mangualde era
enorme. A participação não é tão fraca quanto isso e só encontro uma ou outra pessoa favorável à introdução de portagens. Qual é o impacto que essa manifestação colectiva tem no terreno e na decisão política?
Não consigo saber o que o poder político irá fazer perante a dimensão deste protesto, mas a verdade é que algumas brechas se vão sentindo. Por exemplo, quando foi discutida a nossa petição na Assembleia da República, foi também discutido um projecto de resolução do PCP contra as portagens e,
apesar do Partido Socialista ter decidido votar contra esse projecto de resolução, houve vários deputados do PS dos distritos de Vila Real, Guarda e Castelo Branco que votaram a favor. De Viseu não houve nenhum, são todos muito alinhados com a direcção do partido. Não escondo que me causa profundíssima estranheza que os nove deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu não tenham erguido um dedo sobre esta matéria de introdução de portagens na A25, na A24 e na A23. São mostras de subserviência
ao poder político e pouca diligência em serviço da região que os elegeu?
É verdade. Eu percebo que os deputados são eleitos por um determinado partido político. Agora, é mais verdade que os deputados são eleitos por um conjunto de eleitores de um círculo eleitoral. Os deputados de Viseu não são eleitos pelos eleitores de Leiria ou de Lisboa, mas pelos eleitores do nosso distrito. Todos [os deputados de Viseu] sabem que há um estudo público, pago pelo Estado, encomendado a uma empresa de consultadoria sobre a questão da introdu-
ção de portagens. O Ministério das Obras Públicas validou esse estudo, que termina a dizer que não podem ser introduzidas portagens numa série de auto-estradas entre as quais as da Beira Litoral, da Beira Alta e da Beira Interior. Se era para decidir em contrário, o Ministério escusava de ter gasto dinheiro a mandar fazer o estudo. Quer recordar as três variáveis sobre as quais se desenvolve o estudo?
A primeira era a de que os percursos alternativos não podiam ser superiores a 1,3
FRANCISCO ALMEIDA | À CONVERSA 9
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
Municípios e não é propriamente um militante de base do PSD afirma-se contra as portagens.
que , no dia em que o Governo introduzir as portagens, pára a contestação, “tirem o cavalinho da chuva”.
Não acha estranho o silêncio dos autarcas nas últimas semanas. Além do autarca de Mangualde, mais nenhuma voz se fez ouvir?
Ainda não respondeu se tem alguma explicação para o silêncio das autarquias e das associações empresariais do distrito de Viseu face a este problema, ao contrário de movimentos associativos de outros distritos. É tudo em nome da crise?
Quando entregámos as 35 mil assinaturas, 500 eram de entidades colectivas, dezenas e dezenas de juntas de freguesia e de câmaras municipais, como a de Vouzela, de Viseu, de Penedono e uma série delas. Há uma grande movimentação à qual o poder político está a fazer orelhas moucas, o que é mau e terá algumas surpresas de luta e acção nos próximos tempos. Que surpresas?
Dia 28 de Outubro vai haver uma marcha lenta na A25 e na A24. Portanto, vamos ter novamente marchas lentas que terão uma dimensão muito maior que as anteriores, e teremos mais buzinões nestas cidades. Há pessoas que reagem com o problema em cima da cabeça e estou convencido que a adesão agora vai ser muito maior. Admitimos recorrer a todas as acções que se enquadrem no quadro constitucional e legal. Caso o Governo introduza as portagens no final do mês admitem continuar com essas acções de protesto?
vezes, caso contrário não pode haver portagens. Se fizer o percurso de Viseu a Aveiro e demorar uma hora pela A25, ninguém acredita que demore uma hora e 20 minutos pela EN16, demora duas horas e meia, como demorámos na sexta-feira. Segunda.
É que o índice do poder de compra concelhio não pode ser inferior a 80 por cento da média nacional. Nos concelhos servidos pelas auto-estradas temos Castro Daire (A24) com um índice de poder de compra de 52,3 por cento da média na-
cional, Oliveira de Frades (A25) 71 por cento, S. Pedro do Sul (A25) 56,23 por cento, Vouzela 53,6 por cento (A25), Moimenta da Beira 54 por cento (A24), Tarouca 59 por cento (A24), etc, portanto, face a esta variável também não podia haver portagens nestas auto-estradas. Havia uma outra variável indicada pelo Governo para esta empresa estudar, que era a disparidade do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, ou seja, a diferença do PIB para a média nacional. O PIB per capita da NUT Dão Lafões é de 63 por cento da média nacional, a NUT Serra da Es-
trela é de 55,8 por cento, na NUT Beira Interior Norte é de 70,6 por cento, na NUT Douro é de 67 por cento e na NUT Alto Trás-dos-Montes 59,8 por cento, quando é a própria União Europeia que classifica como regiões desfavorecidas aquelas em que o PIB fica abaixo de 75 por cento da média nacional. Todas as NUT (Unidades de Nomenclatura Territorial) servidas por estas auto-estradas estão muito abaixo dos 75 por cento. Com estas três variáveis, o estudo confirmou que não pode haver portagens.
Está a querer dizer que o estudo não serviu os interesses do Governo, por isso não se implementou?
É isso que parece estar a acontecer. O Governo encomendou, pagou-o e agora faz vista grossa. O PSD sempre disse que é a favor das portagens.
Mas isto não é uma coisa unânime. O PS é a favor das portagens com umas discriminações, mas sempre ouvi o presidente da Câmara de Mangualde (PS) a dizer que é contra. O dr. Fernando Ruas que é presidente da Associação Nacional de
Se o que disse o ministro da Economia fosse cumprido (15 de Outubro) o buzinão já acontecia com as portagens introduzidas. Acho que ainda vamos ter aqui um bocado de tempo (sorrisos), mas a luta contra as portagens não pára no dia em que começarem a funcionar, pelo contrário, pode até agudizar-se. E há muita forma de isso acontecer. Nas auto-estradas do grande Porto e Costa de Prata há um milhão e 300 mil passagens que não foram pagas e vão entrar em litígio. Isto corresponde a 50/60 mil pessoas. Como é que em termos judiciais isto se vai resolver? Na comarca do Baixo-Vouga foi nomeada uma juíza só para tratar dos processos das portagens que não foram pagas. Se o PSD e o CDS estiverem à espera
A Associação Comercial de Viseu e a AIRV (Associação Empresarial da Região de Viseu) num passado recente, afirmaram-se contra as portagens. Agora, não conheço pronunciamentos públicos sobre esta matéria, espero que ainda venha a acontecer. Da parte dos empresários são públicas as manifestações de protesto, nomeadamente, de grandes empresas. O director financeiro da Patinter, maior transportadora da região [sedeada em Mangualde], falava à SIC do desastre que esta decisão pode significar para a empresa, que tem mil camiões a circular (a partir de Mangualde) e dizia que ia pagar 200 mil euros por mês de portagens. É possível ocorrer uma deslocalização das empresas como consequência da introdução de portagens?
Os empresários dizem que sim. E as consequências são: menos impostos pagos em Portugal; se forem operar para outros países, primeiro, um conjunto de trabalhadores irá para o desemprego e, em vez de pagarem impostos, ficam a receber o subsídio de desemprego; as empresas em vez de pagarem impostos em Portugal pagam no estrangeiro. Aqui em Viseu (Prime) há uma empresa de produção de papel higiénico que consegue ter preços concorrenciais em Espanha, se forem introduzidas as portagens e tiverem que reflectir o preço das portagens nos rolos de papel higiénico, os espanhóis já conseguem preços mais baixos e as cadeias de supermercado em vez de comprarem o papel higiénico de Fagilde vão comprar a Madrid ou a Barcelona. Como é que essa empresa vai fazer? Vai acontecer o mesmo a algumas empre-
10 À CONVERSA | FRANCISCO ALMEIDA sas da região que exportam carvão. Que outras consequências podem surgir com a introdução de portagens?
Nem vale a pena falar dos incómodos, nós não precisamos da auto-estrada para ir, por exemplo, de Campia a Vouzela (concelho de Vouzela), faz falta é para as ligações inter-regionais, Viseu, Aveiro, Vila Real, Guarda… E há uma consequência que é a menos óbvia e a que menos gente refere, que diz respeito às receitas fiscais do Estado. Porquê?
Não é garantido que o saldo seja positivo para o Mi-
nistério das Finanças. A introdução de portagens vai fazer abrandar a actividade económica e se baixar vai pagar-se menos IVA. É manifesto que vai colocar mais trabalhadores no desemprego, gente que hoje paga IRS e Segurança Social e vai deixar de pagar. Isso vai fazer com que o Estado arrecade menos receitas. O Estado pode estar à espera de arrecadar mil com as portagens, mas vai deixar de arrecadar do outro lado. A Associação de Empresários da região de Cova da Beira, muito recentemente dizia, socorrendose de um relatório do Tribunal de Contas que tem dúvidas sobre o saldo que a operação possa ter em ter-
mos de finanças públicas. Como assim?
Há pessoas que pensam que o Estado vai cobrar portagens e deixa de pagar às concessionárias que fizeram as auto-estradas. Não é assim, o Estado vai continuar a pagar à Ascendi (concessionária das SCUTs), à Norscut e essas empresas concessionárias é que vão receber o dinheiro das portagens também. As portagens não vão para os cofres do Estado, vão para os cofres das concessionárias, e a renda que o Estado pagava, embora eventualmente menor, vai continuar a ser paga. Os empresários da Beira Interior diziam que isto era
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
uma operação de lavagem de dinheiro em larga escala digna de um cartel da Colômbia ou do México. Está aqui montada uma grande operação financeira que, segundo os empresários da Cova da Beira e o próprio Tribunal de Contas, as concessionárias ainda vão ganhar mais do que ganharam até agora. Os empresários, diziam que as concessionarias iriam receber do Estado para rendas um valor equivalente àquele que têm que pagar aos bancos e que as portagens vão servir para remunerar a 20 por cento os capitais próprios das concessionários. E acrescentavam: “É um grande negócio!”. Isso seria uma engenharia financeira para financiamento de alguns grupos privados.
Parece que sim, parece que estamos perante uma engenharia financeira que vai beneficiar um conjunto de grupos privados que são hoje quem explora as autoestradas. Há ainda a preocupação com as vidas humanas. As estradas alternativas não terão capacidade de comportar o fluxo de trânsito que se prevê, originando perda de vidas humanas?
Se as pessoas em vez de circularem na A25, na A24 ou na A23, decidirem optar pelas estradas alternativas porque o seu negócio não dá para pagar portagens, é claro que isso vai dar desgraça. Recentemente vi bombeiros de Vouzela a deitaram as mãos à cabeça e a pedir que não mandem outra vez o trânsito para o lanço do IP5 que passa na Serra da Penoita, que era o sítio das mortes. Podem aumen-
tar os acidentes e há um outro problema. Quando os camiões começarem a viajar pela EN16 que passa, por exemplo, no meio da vila de Vouzela, quem paga a manutenção? É a câmara municipal. Mas a câmara não recebe o dinheiro das portagens na EN16. O percurso feito na sexta-feira passada deixou antever esses problemas todos?
Quando chegámos a S. Pedro do Sul verificou-se que havia dois camiões que não passavam um pelo outro num cruzamento. Quando começámos a descer para Pessegueiro do Vouga, verificou-se que há lá pontes que não aguentam um Inverno com um camião daqueles a passar por cima. O condutor dizia: “quando começar a chover, um camião destes com 20 toneladas faz com que rapidamente comece a ficar tudo estragado”. Eventuais consequências inclusive mortais podem ser imputados ao Governo?
Só podem ser imputadas ao Governo. Esperamos que não aconteça. Se vier a acontecer teremos que dizer nesse dia que a culpa é do Governo. Há uma crítica das populações e que acusam a comissão de a ter deixado de lado, que é o facto de o Governo ter cometido o erro de construir a autoestrada A25 e partes da A23 em cima do Itinerário principal deixando as regiões sem alternativas. Era preciso pôr isso em cima da mesa?
Foi um erro bastante grave. E o Governo não devia assumir isso como um erro e tê-lo em conta quando decide portajar as auto-estradas?
Pois devia. Na altura falei com um engenheiro especialista em estradas e ele dizia que o que estavam a fazer era uma coisa ruinosa e acrescentava que não estava demonstrado que fosse mais barato o que foi feito (duplicar), do que fazer uma auto-es-
trada paralela ao IP5. A solução de Espanha foi essa, fazer auto-estradas ao lado. Se calhar valia a pena chamar o Governo à atenção e à colação desta discussão de que a A25 foi construída em cima de uma estrada. Que balanço faz da viagem de sexta-feira entre Viseu e Aveiro pela EN16?
A viagem é má. O que se faz em 50 minutos não se faz por ali em duas horas e meia. Os camiões não conseguem cruzar-se. O autocarro fez a viagem a uma média de 33 quilómetros horas entre Viseu e Aveiro, quando a média na A25 é de 80 quilómetros. A viagem permitiu mostrar o óbvio. O senhor ministro da Economia (Álvaro Santos Pereira) é daqui, o senhor secretário de Estado adjunto (Almeida Henriques) é daqui, há nove deputados na Assembleia da República eleitos por Viseu e sabem que não é possível fazer este percurso, nem de Vila Real para Viseu pela EN2 que chega a Castro Daire e é uma rua quase pedonal. A região pode vir a recuar décadas?
A região vai recuar 30/40 anos em termos de mobilidade. Esta semana já fez duras críticas às medidas de discriminação positiva. Quer concretizar?
Nem sei bem o que seja isso. Uma pessoa que trabalha em Mangualde ou em Oliveira de Frades não trabalha só uma semana por mês. Quem mensagem se pode deixar aos utentes da estrada da região nesta altura, a braços com a necessidade de pagarem portagens?
Vale a pena lutar. A luta que desenvolvemos, fez com que desde 2004 até hoje ainda não se tenham introduzido portagens nestas três auto-estradas. Eu acredito que a luta das populações vai fazer recuar o Governo nesta matéria. Eu sigo uma máxima, quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre!
Jornal do Centro
12
21 | Outubro | 2011
região Viagem na EN16 prova que “não é alternativa” A cada dia que passa são mais as vozes que se levantam contra a introdução de portagens na A25, na A24 e na A23, vias que ligam os distritos de Aveiro, Viseu, Guarda, Covilhã e Vila Real. Ao mesmo tempo, aumenta o número de manifestações, em grande parte, organizadas pela Comissão de Utentes. Na sexta-feira, a Comissão de Utentes provou que a Estrada Nacional (EN) 16 não é alternativa à A25. A partir de Viseu, a viagem fez-se com um camião e um autocarro de passageiros e o primeiro entrave aconteceu ainda não estavam percorridos 20 quilómetros. Um ramo de árvore partido pelo pesado tombou em cima de um ligeiro,
o que obrigou à intervenção da GNR e impôs cerca de uma hora de espera para as tramitações legais. Em São Pedro do Sul, o pesado que seguia na comitiva, mesmo à entrada da cidade, cruzou-se com outro pesado na parte estreita da via central. Sucedeu-se uma série de manobras para que os dois veículos pudessem seguir a marcha. Para o dia 28 está prevista uma marcha lenta na A25. À hora do fecho do Jornal do Centro, António Serafim da Comissão de Utentes anunciou uma marcha lenta na A24, que decorrerá em simultâneo com a da A25. Emília Amaral
Nuno André Ferreira
Portagens∑ Comissão de Utentes agenda novas medidas contra a introdução do pagamento
A A viagem entre Viseu e Aveiro demorou 2,5 horas
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Jornal do Centro
14 REGIÃO
21 | Outubro | 2011
“O turista”, em Bruxelas
Opinião
As marcas brancas e o porquê da diferença Rui Coutinho
Missão ∑ Conhecer, visitar, questionar e conhecer a capital Belga idealizaram somente através dos meios de comunicação. Os repetidos directos que presenciaram, aguçaram o apetite dos profissionais da comunicação. É impossível ficar-se indiferente. Chegou a hora de almoço. Falou-se de globalização. Globalocalização foi conceito que também não foi esquecido. A importância de uma civilização única e sem fronteiras, onde nem o céu é limite, foi ideia-chave. Uma volta no centro da cidade para alguns, outros optaram por descansar. O regresso ao local idílico repetiu-se durante a tarde. Trocaram-se opiniões. A eurodeputada Regina Bastos foi uma anfitriã de qualidade, apesar de algumas opiniões díspares, neste mundo cheio de homogeneidades. A noite c hegou , e com ela o “último” convívio nocturno. Quando o despertador soou era hora de regressar. Bruxelas marcou a comitiva viseense e deixou saudade aos seus tripulantes. Tiago Virgílio Pereira
A O parlamento, em Bruxelas
A Regina Bastos, eurodeputada
Tiago Virgílio Pereira
Fo i c o m e n t u s i a s mo q u e a c o m it iv a de V i s e u pa r t iu de Tondela para Bruxelas. Autarcas e jornalistas do distrito de Viseu respondera m positivamente ao convite feito pela eurodeputada Regina Bastos. O avião aterrou na capital da Bélgica a meio da tarde, de terça-feira. Seguiu-se a viagem de autocarro até ao hotel e o decisivo jogo entre a Dinamarca e Portugal, a contar para o Europeu de Futebol, começava. Já a bola rolava , quando a comitiva de Viseu teve o primeiro contacto com a comitiva de Coimbra e Aveiro. O encontro deu-se no café/restaurante “Caramulo”. Peculiar na decoração e atractivo para aqueles que gostam de sentir o orgulho português fora de portas. Portugal perdeu, mas a comitiva de Viseu ganhou. As conversas com os até então “estranhos” multiplicaram-se, e o diálogo proporcionou-se. O dia seguinte era de descoberta para quase todos. O Parlamento Europeu era, até ali, u m loca l que todos
A Café/Restaurante “Caramulo”, em Bruxelas
A Um dos muitos locais dedicados à imprensa
Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Somos diariamente bombardeados com publicidade desenvolvida pelas grandes cadeias alimentares com o fim de fidelizar os consumidores. Estas iniciativas variam entre promoções imediatas, talões, cartões, descontos posteriores em gasolineiras, etc. Em termos alimentares, assiste-se a um aumento substancial do consu mo de m a rcas brancas. Existem já dois níveis de marcas brancas desenvolvidas por duas grandes cadeias de distribuição alimentar: uma que privilegia a qualidade e a outra que tem como grande argumento o preço. No entanto, regista-se ainda alguma desconfiança ou preconceito relativamente a estes produtos, uma vez que a diferença entre eles e os produtos líder podem variar entre os 20 e os 35 por cento. Segundo o estudo da DECO, esta diferença propicia uma poupança anual de 500 euros. Quais as variáveis que explicam esta diferença? Por um lado, as negociações têm como a lvo volu mes mu ito grandes, com elevada rotatividade dos produtos, podendo a margem negocial ser adaptada a cada situação, numa relação preço/volume a adquirir. Por outro lado, pela circunstância dos produtos de marca branca não contemplarem os custos com a publicidade e marketing e ainda pelo facto de muitas das embalagens e rótulos serem cedidas pelas cadeias de distribuição. Deste modo, paga-se apenas o produto em si e as cadeias de distribuição imputam estes custos nas suas des-
pesas. A par desta conjuntura, importa ainda mencionar a logística do negócio e a política negocial desenvolvida na entrada e manutenção nas cadeias, com a provável imposição de condições no forneci mento dos mesmos produtos, também como marca branca. Quem fica a ganhar é sempre o consumidor e a qualidade desses produtos parece estar garantida. Nos dias de hoje, a informação nutricional é obrigatória nas embalagens e constitui uma ferramenta que pode e deve ser utilizada para avaliar a qualidade dos alimentos. Os rótulos for necem concom itantemente outras indicações gravadas num selo do tipo oval que podem ser utilizadas, não só para se saber a origem do produto, como ainda o seu fabricante. No caso do produto ser fabricado em Portugal tem a menção PT, Espanha ES, apenas para citar as mais habituais, e possuem ainda o código do fabricante. A partir deste código, é possível verificar quem é a empresa que o produz, por compa ração com a s marcas existentes no mercado. No caso de disporem de algum tempo, experimentem fazer este exercício e vão descobrir que os fabricantes de determinadas m a rca s bra nca s são por vezes os líderes de mercado. Recomendo alguma regularidade nesta tarefa, uma vez que os fornecedores vão variando com alguma frequência. Noutros casos existem alianças que perduram já há algo tempo. Sensatas compras.
Jornal do Centro
16 REGIÃO
21 | Outubro | 2011
Desde o dia 7 deste mês que os 10 presidentes das autarquias que fazem parte da Associação de Municípios do Vale do Douro Sul estão ligados em rede a partir da gestão Documental instalada na associação. O sistema permite-lhes estarem em contacto permanente e com acesso complecto a toda a documentação e ao funcionamento daquela organização. Para a associação tratou-se de um passo importante na modernização administrativa da institutição e dos municípios que a constituem. EA
ROTARY DE MANGUALDE PREMEIA MELHOR ALUNO O Rotary Clube de Mangualde entregou este ano o prémio excelência à aluna Maria Inês Lobo Almeida, da Escola Secundária Felismina Alcântara. A entrega do prémio, no valor de 300 euros, ocorreu durante a cerimónia de entrega de diplomas de mérito e prémios de excelência da Escola Secundária Felismina Alcântara. “O movimento rotário mundial, do qual faz parte o Rotary Clube de Mangualde, ciente das suas responsabilidades sociais e educacionais, tem instituído prémios escolares e bolsas de estudo para os alunos dos diversos níveis de ensino que tenham obtido excelentes resultados escolares”, justificou o conselho directivo do Rotary de Mangualde em comunicado. EA
CAMARA DE NELAS ENTREGA CHEQUES A BOMBEIROS O Câmara de Nelas entregou a cada uma das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Nelas e Canas de Senhorim um cheque de cinco mil euros. A verba foi atribuida no âmbito da vigilância florestal móvel.
Nuno André Ferreira
ASSOCIAÇÃO DO VALE DO DOURO SUL ELIMINA PAPEL
“ A crise é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada” Katarzyna Skórzynska, 51 anos, é embaixadora da República da Polónia em Lisboa, desde Setembro de 2007. Formada em Sociologia e pós-graduada em Economia, a polaca veio a Viseu pela segunda vez, numa perspectiva de cooperação entre a embaixada e a cidade de Viseu. Na cidade de Viriato discutiu-se o futuro da política de coesão e o desenvolvimento regional. O que retirou de mais significativo da conferência?
Saíram muitas conclusões positivas. Wolfgang Streitenberger, conselheiro do Director Geral da Política Regional da Comissão Europeia apresentounos algumas alterações que estão a ser propostas pela Comissão Europeia para o funcionamento da política de coesão após 2013, no sentido de alterar a relação entre os fundos europeus já investidos e a atribuição de um prémio de sucesso para aqueles que usam as verbas de maneira correcta.
gal vive um cenário de crise e uma onda de pessimismo mas continua com 82 por cento da média europeia. Parece-me interessante comparar estas perspectivas.
daram como indispensáveis na área da educação, da saúde e da inovação. Há uma série de indicadores que mostram de maneira clara que, grande parte das medidas implementadas, sob a tutela da troika, deSabendo-se que a moeda veriam ser implementadas oficial da Polónia é o Zlote, de qualquer maneira para deveria Portugal abandonar Portugal recuperar a como Euro? petitividade. Cada país tem a sua perspectiva, mas acho que ainDe acordo com a política de desenvolvimento regional, da é muito cedo para cride que maneira Viseu e a ticar o Euro. Este projecto, Polónia podem interagir? em Portugal, passa por alÉ muito importante esta gumas dificuldades mas já contribuiu, com certeza, cooperação. Há interesse para a estabilidade econó- por parte da Câmara Mumica e financeira e uma nicipal de Viseu e das asmaior integração e facili- sociações da região centro tação da vida dos cidadãos incentivar um intercâmbio europeus. Vale a pena entre os empresários polacos e os empresários porapoiar este projecto. tugueses, a nível regional. Que comentário lhe merece Na Polónia há 16 regiões a crise em Portugal? com um certo nível de auUm dos oradores polaco tonomia, nomeadamente acabou a sua intervenção na gestão dos fundos cocom uma frase que eu acho munitários, e eu acho que Quais as diferenças eco- que deve ser aplicada. “ A este intercâmbio é fundanómicas entre a Polónia e crise é uma oportunidade mental para o crescimento Portugal? que não pode ser desperdi- de ambos. Já há empresas Para nós, polacos, hoje çada”. Eu acho este ponto da região centro instaladas vivemos um crescimento de vista muito interessante na Polónia e outras querem económico de 4 por cento que revela que a crise pode entrar no mercado. Fala-se mas, por outro lado, ainda potenciar novos negócios muito em exportação e a continuamos com 62 por e contribuir para um ajus- Polónia é um mercado com cento de média per capita tamento, que os especia- quase 40 milhões de consuda União Europeia. Portu- listas portugueses apeli- midores.
Achei interessante a intervenção crítica dos oradores portugueses, e o facto de os diplomatas estrangeiros sublinharem o progresso de Portugal nos últimos 30 anos. Manfreud Schuler, primeiro secretário para assuntos económicos da Embaixada da Alemanha em Lisboa falou da reunificação e da integração da Alemanha de leste e no peso que os fundos comunitários tiveram na resolução desta situação. Este pode ser um caso de referência para outros países. Os fundos comunitários ajudam as regiões mais pobres e ao mesmo tempo, em cada euro investido na polónia 0,85 cêntimos reverte para a Alemanha, esta proporção é interessante e uma prova do papel dos fundos comunitários também para os países mais ricos.
Qual o futuro das regiões neste processo de transformação global?
Na Polónia temos uma experiência muito boa com a gestão regional. Desde 1991, procedeu-se à reforma das estruturas locais, que não existia no regime comunista. As regiões tornaram-se mais autónomas e isso proporcionou grande desenvolvimento do país, porque gerou grande ambição local e capacidade de gestão dos projectos. Portugal e as suas regiões devem proteger os seus recursos e produtos tradicionais, que tão bem fazem, Portugal é um exemplo para toda a Europa como um país que soube defender o seu património histórico e esta é uma das razões que leva a que os polacos gostem tanto de Portugal. A presença portuguesa no Europeu de Futebol Polónia – Ucrânia é uma mais-valia?
Claro que sim! O meu marido e as minhas filhas respondiam melhor a esta questão porque gostam muito de futebol, mas considero fundamental a presença portuguesa. Tiago Virgílio Pereira
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Jornal do Centro
REGIÃO 17
21 | Outubro | 2011
Ministro garante autoestrada Viseu/Coimbra Há muito que se fala numa auto-estrada que ligue Viseu a Coimbra. Já se discutiu o traçado, com alguns governantes a defenderem o aproveitamento de troços do actual Itinerário Principal (IP) 3, outros a afirmarem que seria construída de raiz mas, no meio de tanta conversa, os anos passam e Viseu continua a (des)esperar. Quem pa rece querer manter viva a chama da esperança dos viseenses é o conterrâneo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que, na semana passada, se deslocou à terra natal para afirmar que “a ligação Viseu-Coimbra em auto-estrada continua a ser uma prioridade para o actual Governo”, segundo um comunicado emitido pelo presidente da Concelhia de Viseu do PSD, Guilherme Al-
FERIDOS
Viseu. Dois homens ficaram feridos, um deles com gravidade, depois de desacatos ocorridos num restaurante localizado na cidade de Viseu. Uma violenta discussão, que aconteceu esta segunda-feira dia 17, entre dois grupos, terminou com um dos indivíduos atingido a tiro numa perna, além de ter sofrido ferimentos na cabeça provocados por um pequeno machado. O outro homem foi esfaqueado nas costas, tendo sofrido ferimentos considerados ligeiros. Uma das vítimas foi transpor-
DR
Álvaro Santos Pereira ∑ Confirmou ligação Viseu-Coimbra
A Álvaro Santos Pereira visitou a cidade de Viriato meida. Sem adiantar datas, o ministro reiterou que “logo que seja possível, o Governo desenvolverá todos os procedimentos para o lançamento do concurso de concepção/ construção deste troço, através de uma parceria público privada, sem custos para o Estado”, pode ler-se no mesmo comunicado. Criticas ao PS. Álvaro Santos Pereira aproveitou a vinda a Viseu para
tada de imediato para o Hospital de S. Teotónio, em Viseu, enquanto que a outra terá sido levada de ambulância para o Hospital Cândido Figueiredo, em Tondela, de onde acabou por ser transferida para a unidade hospitalar de Viseu.
criticar os elementos do PS local. No que à introdução de portagens nas SCTU´S A24 e A25 diz respeito, o ministro diz tratar-se de “uma atitude irresponsável, demagógica e reveladora do verdadeiro estado de amnésia do PS local” e lembrou que “foi o Governo do partido socialista que decidiu a introdução de portagens e colocou os pórticos para a sua cobrança”. Tiago Virgílio Pereira
suspeitar que os assaltantes possuam uma chave mestra que lhes permite entrar nos apartamentos, de onde levam pequenos electrodomésticos, material informático, dinheiro e jóias. Casos semelhantes têm vindo a ser registados também em cidades como Coimbra, Vila Real, Porto e Lisboa.
ASSALTOS
Viseu. Uma onda de assaltos a residências no concelho de Viseu está a preocupar as forças de segurança. Os assaltos, levados a cabo nas últimas semanas por um grupo da Europa do Leste, têm em comum o facto de ocorrerem em prédios de construção recente e que têm portas de segurança da mesma marca. Segundo as autoridades, não existem sinais de arrombamento, o que leva as forças de segurança a
DETIDO
Lamego. A Polícia Judiciário anunciou esta quartafeira a detenção de um homem de 44 anos, suspeito de ter ateado vários incêndios na zona da Senhora da Guia, em Lamego. O indivíduo, servente da construção civil, foi detido pela Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, tendo elevado para 31 o número de detidos este ano pelo crime de incêndio florestal.
Jornal do Centro
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21 | Outubro | 2011
educação&ciência Ex-aluno da Emídio Navarro completa doutoramento em Paris Reconhecimento ∑ Jovem colabora na prestigiada Universidade de Sorbonne O jovem viseense Nuno Peixeiro defendeu no Instituto Pasteur, em Paris, a tese “Transcriptional regulators in crenarchael viruses”. Doutorou-se pela Universidade Pierre et Marie Curie, (Jussieu-Paris VI), das Sorbonne Universités, onde actualmente é assistente, e desenvolve um projecto de pós-doutoramento. Na tese, apresentou os re su lt ados de u m trabalho que vem realizando desde que, há quatro anos, conseguiu uma bolsa Marie Curie da Comissão Europeia para estudar as arqueias que, com as bactérias e os eucariotas (de que os humanos fazem parte) constituem os três reinos dos seres vivos. O cientista relatou que Publicidade
“as arqueias são organismos próximos das bactérias a nível morfológico e dos eucariotas a nível genético”. O estudo que realizou permitiu descobrir e caracterizar “duas novas proteínas que ajudam as células a controlar a forma como copiam o seu ADN em ARN. As novas estratégias e enzimas utilizados por estes organismos têm um elevado potencial, não só para a indústria da Biotecnologia, como também da saúde, abrindo possibilidades para lá dos limites da imaginação dos investigadores”. Licenciado em Biologia pela Universidade de Coimbra, frequentou o 3º ciclo do ensino básico e o ensino secundário na Escola de Emídio Navarro, em Viseu.
A Nuno Peixeiro no seu mundo laboratorial Estudou um ano em Barcelona, na Universidade Autónoma e, através do programa Inov
Contacto do AICEP, trabalhou um ano na Genentech , empresa de biotecnologia de São
Francisco, nos Estados Unidos. Este é um dos casos concretos de jovens in-
vestigadores que têm que aba ndona r o seu país para encontrar condições para desenvolver a sua pesquisa e mercado de trabalho adequado ao reconhecimento do seu mérito. Portugal passou de exportador de mão-de-obra não qualificada, a exportador de matéria cinzenta, hoje, a mais valorizada de todas as riquezas, enquanto geradora contínua de evolução e progresso. É também mais um caso de um jovem, pertencente à tal “geração rasca” ou “à rasca” a ver a sua competência reconhecida lá fora, nada menos do que na conceituada Sorbonne, uma das Universidades mais antiga do mundo. Tiago Virgílio Pereira
Profissional de Tondela distingue aluno
A Escola Profissional de Tondela (EPT) distinguiu o jovem Vítor Lopes Pinto como o melhor aluno do ano lectivo passado. O prémio de 500 euros foi entregue na sexta-feira, dia 14, durante a cerimónia de abertura simbólica de mais um ano escolar. “Este tipo de iniciativas, que permite o desenvolvimento de uma cultura de mérito e têm a virtude de possibilitar uma maior solidariedade e entreajuda entre
os jovens alunos, de modo a que, aqueles que mais se salientam pelo seu trabalho e mérito, possam simultaneamente contribuir para o crescimento dos seus colegas”, afirmou o director da EPT, Miguel Rodrigues. Na sessão solene, que teve lugar no auditório da ACERT, o aluno foi representado pela mãe. Vitor Pinto está agora a frequentar o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, na área da informática. EA
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Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
economia Calzedonia tem nova loja no Forum
Concurso de abóboras em Moimenta “A Giganta” ∑ Prémios para a maior, a mais pesada e a mais original
A marca italiana de lingerie e moda de praia Calzedonia reabriu as portas ao público no Forum Viseu. Passados seis anos desde a entrada da marca no centro comercial, a Calzedonia expande agora o seu esPublicidade
paço comercial para o dobro do tamanho. Com mais de 60 metros quadrados de exposição, a marca reabre com uma colecção de Outono/Inverno que promete encantar todos os visitantes do Forum Viseu. TVP
Inserida na Feirinha da Terra, realiza-se amanhã a competição que premeia quem se apresentar com a maior, a mais pesada e a mais original abóbora, em Moimenta da Beira. O peculiar concurso denominado “A Giganta” oferece um vale de compras de 15 euros, que deverá ser gasto na edição seguinte da Feirinha, a cada pessoa vencedora das três categorias. Pretende-se com isto promover os produtos e as tradi-
ções locais e dar a conhe- carão expostas no átrio cer as várias espécies de dos Paços do Concelho. abóboras criadas em terras de Moimenta da Beira, Tiago Virgílio Pereira imortalizadas na obra de Aquilino Ribeiro. beiro. O concurso so é a aberto a toda a comunida-de. As abóbora s de vem ser entregues na Feirinha da Terra até àss as 10h00. Todas as abóborass fi-
ROCIM À PROVA NA MERCEARIA PORTUGAL O s v in hos da Herdade do Rocim vão estar à prova amanhã, a partir das 15h00, na loja Mercearia de Portugal, junto à Ig reja Nova, em Viseu. O objectivo deste convívio, com prova e degustação deste vinho alentejano é casálo com os paladares da beira. “O nacional é bom e é nosso”, continua a ser a máxima desta loja e do seu proprietário, o merceeiro-mor. TVP
Jornal do Centro
20 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
21 | Outubro | 2011
Clareza no Pensamento
Opinião
(http://clarezanopensamento.blogspot.com)
OE 2012 – Resistir e preparar a ofensiva João Cotta Presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV)
Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt
ricas e mais pobres tende a alargar-se. Sendo o OE recessivo, poder-se-ão adivinhar as consequências. Perante esta perspectiva, o que pode ser feito? Melhor ainda: o que pode ser feito sabendo nós que os recursos financeiros são anormalmente escassos? Ao nível dos municípios, das pequenas regiões “naturais” como Viseu – município e região – duas linhas de acção devem ser postas em marcha: a) Resistir – é preciso resistir e procurar diminuir o sufoco em que muitas famílias estão a cair (procurar, por todos os meios possíveis, aguentar os postos de trabalho e, fazer todos os esforços para criar mais alguns – a acção conjugada em torno deste problema entre as autoridades politicas locais, os centros de emprego e as empresas parece ser um caminho a seguir). Por outro lado, dinamizar a economia de proximidade, isto é, favorecer a colocação no mercado local de produções locais – uma vez mais o apelo ás autoridades locais, ao comercio e aos consumidores e à sua organização em torno deste objectivo b) Preparar o futuro - este é um tempo em que as organizações, apesar de andarem absorvidas com os problemas do imediato e curto prazo, devem olhar para o futuro, prepararem os projectos para a fase do “contra-ataque”, na certeza de que o ciclo económico se irá cumprir e que virão melhores perspectivas. Este é um tempo em que é preciso pensar qual o modelo de crescimento desta Região, sendo expectável que aquilo que aconteceu nos anos 80 e 90 não se voltará a repetir. A aposta, agora, tem de ser outra: enquanto há 20 anos atrás fomos capazes de atrair e fixar investimento exterior, o futuro próximo será construído com as competências das pessoas, por isso, importa saber como seremos capazes de atrair e fixar esses talentos.
Qualificar empresários
Emília Amaral
A apresentação do OE para 2012 suscitou as habituais discussões em torno das opções do Governo. Desta vez, porém, as queixas subiram de tom na mesma proporção em que baixam os rendimentos dos funcionários públicos e em que aumentam os impostos e taxas a pagar por todos os contribuintes. Desta vez, também o Presidente da República quis entrar na discussão. A discussão centra-se na “violência” da proposta governamental, em relação à qual toda a gente está de acordo, e os campos começam por se dividir quanto à necessidade, ou não, de um orçamento fortemente restritivo e à consequente perda de influência do Estado na economia. Mesmo no seio daqueles que aceitam a inevitabilidade de um orçamento como o apresentado, a discussão instalou-se em torno da equidade, ou da sua falta, na distribuição dos sacrifícios exigidos aos portugueses. Estando instalada essa discussão, o meu ponto é outro e procura olhar o OE na perspectiva das diferentes Regiões do Pais. Este OE penaliza mais as regiões como a de Viseu ou as áreas metropolitanas e as regiões mais ricas? É certo que numa região como Lisboa concentram-se em maior escala mais funcionários públicos e salários mais elevados, por isso este OE será mais penalizador, pelos cortes anunciados e pelos aumentos dos impostos sobre os rendimentos. Nas regiões mais deprimidas, porém, os rendimentos transferidos pelo Estado sob a forma de salários ou de pensões e subsídios diversos têm um peso maior nas respectivas economias. Os cortes terão efeitos mais profundos no consumo das famílias, a principal base do funcionamento das economias locais. Normalmente, a experiência vem-nos mostrando que em épocas de recessão, como aquela que estamos vivendo e que continuaremos a viver nos próximos anos, as desigualdades territoriais tendem a acentuar-se, isto é, o fosso entre regiões mais
A Jovem desenvolve um projecto com a namorada que já chegou de londres
“Viseu faz parte do que sou” Mérito ∑ Designer Paulo Almeida de Viseu brilha no mundo da moda Paulo Almeida, designer de moda, natural de Viseu. Distraía-se nas aulas a desenhar em qualquer espaço branco que restasse nas páginas dos livros, enquanto os colegas acompanhavam a leitura do texto. As apetências para o desenho surgiram logo na adolescência e cedo decidiu que o seu percurso académico e profissional só podia ter um caminho. Hoje, num projecto conjunto com a namorada, o jovem de Viseu está a brilhar no mundo da moda, tendo já apresentado a sua colecção na semana da moda em Londres e na ModaLisboa. Porquê a moda? “Inicialmente tudo o que estivesse relacionado com desenho era uma opção a considerar. Mas de todas as opções, esta, embora arriscada, pareceu-me ser a que iria saber fazer melhor”, responde Paulo Almeida. A escola Grão Vasco de Viseu recebeu-o no ensino básico. Ao entrar
para a Escola Secundária Alves Martins optou logo pelo agrupamento de artes e depois fez-se à vida. Estudou no Citex Design de Moda, estagiou com Luís Buchinho e, desde 2007, nunca mais parou: “O mestrado na prestigiada Central Saint Martins foi sem dúvida um passo muito importante na minha carreira, não só por continuar a ser considerada uma das melhores escolas de design de moda do mundo, mas também por ser das poucas escolas cujo desfile de fim de curso está inserido na semana da moda de Londres”, adianta o designer ao lembrar que após o desfile foram abordados (ele e a namorada autores da colecção) pela directora da plataforma Fachion East, Lulu Kennedy, para apresentarem a colecção Primavera/Verão na semana da moda de Londres. O trabalho orientado pela dupla de Paulo Almeida e da namorada é direccionado para um cliente cosmopolita e jo-
vem com algum conhecimento da moda. “Debruçámo-nos bastante sobre a forma como estes jovens tratam o vestuário e desenvolvem de uma forma aparentemente pouco preocupada o seu estilo. É essa vertente de vestuário num contexto realista e cool que nos fascina e continua a motivar o desenvolvimento de estática da nossa marca”, justifica o designer. Paulo Almeida admite que Viseu faz parte do que é hoje no mundo da moda e que, “de alguma forma, isso acaba por se reflectir” no seu trabalho, mas reconhece que foi preciso “deixar Viseu e até o país, para ter um lugar na moda”. “Julgo, no entanto, que a qualidade de vida, alguns eventos culturais e a beleza da cidade em que cresci contribuíram para muitas das características da minha personalidade”, reconhece. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
A dimensão dos desafios que enfrentamos obriga a uma resposta qualificada de toda a nossa economia. A saída da crise só acontecerá se as nossas empresas encontrarem um caminho de crescimento, de competitividade e de internacionalização. O sucesso das empresas está, no entanto, muito dependente de uma aposta consistente no conhecimento e na inovação. Neste âmbito, o papel da liderança é vital e a verdade é que um dos desafios que se coloca à economia nacional é o facto de a maioria dos empresários sofrerem de défice de qualificações, o que além de tornar mais difícil adoptar culturas organizacionais onde a inovação e o conhecimento reforçam a criação de valor, prejudica a capacidade das empresas de actuarem e concorrerem nos mercados externos. Um estudo que no ano passado o Instituto Nacional de Estatística divulgou, refere que os empresários portugueses apresentam uma média de habilitações literárias inferior à dos trabalhadores. Apenas 9% dos empresários possuem uma licenciatura e 81% apresentavam baixas qualificações. A comparação com os nossos vizinhos também não é motivadora, 28% dos empresários espanhóis possuíam formação superior, um ponto percentual acima da média da UE. Há umas semanas escrevi aqui sobre a importância da liderança pelo exemplo. Este é um caso desses, um domínio em que cabe claramente aos empresários apostar de forma consistente, reforçando a sua capacidade de liderança, a competitividade das suas organizações e o sucesso das suas equipas. O investimento na qualificação compensa. Os exemplos de crescimento e sucesso das organizações que apostam na sua qualificação são vários. Um reforço das qualificações dos empresários reforçará a capacidade competitiva da nossa economia e a nossa capacidade de concorrer internacionalmente e portanto, sair da crise. Aos empresários cabe a responsabilidade de apostar na sua qualificação e capacidade de gerar valor.
Nuno André Ferreira
SUPLEMENTO
MUNICÍPIO DE
SERNANCELHE
Textos: Andreia Mota | Grafismo: Marcos Rebelo
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 501 DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
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21 | Outubro | 2011
SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE SERNANCELHE
SERNANCELHE: UM MUNICÍPIO REPLETO DE HISTÓRIA E TRADIÇÃO Sernancelhe é indissociável da sua paisagem que consegue combinar, de forma harmoniosa, serras imponentes, como a Lapa e a Zebreira, e baixios férteis serpenteados pelo Rio Távora, entre os quais surgem habitações de traça rural, onde o granito marca presença. Sendo um concelho de transição entre a Beira e o Douro, tem a sua marca na História de Portugal, pois mesmo antes da fundação da nacionalidade portuguesa lhe tinha sido dado foral (outorgado em 1124). Mas o território já era ocupado muito antes disso, dado que há marcas que nos remetem para a pré-história. A romanização também deixou muitos vestígios, assim como a época medieval e a idade moderna. Fonte Arcada, Lapa, Vila da Ponte e Sernancelhe chegaram a ser vilas, tiveram juiz, tabelião, escrivão, almotacés e sargento-mor de ordenanças. Em 1896 aparece Ser-
nancelhe tal como conhecemos actualmente, com dezassete freguesias (Arnas, Carregal, Cunha, Chosendo, Escurquela, Faia, Ferreirim, Fonte Arcada, Freixinho, Granjal, Lamosa, Macieira, Penso, Quintela, Sarzeda, Sernancelhe e Vila da Ponte), e cerca de 220 quilómetros quadrados.
Desenvolvimento Terra natal do escritor Aquilino Ribeiro, ganhou o epíteto de Terra dos Mosteiros (devido a belos exemplares como os conventos de Mosteiro da Ribeira, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Assunção). Não pode deixar de visitar também a Igreja de Sernancelhe, o Solar de A-de-Barros, o Moinho de Vento de Lamosa, o Cruzeiro do Largo do Soito (Granjal), a Casa da Loba (Fonte Arcada). O concelho é igualmente reconhecido pela sua castanha de cor luzidia e sabor inigualável.
Aliás, a forte ligação do concelho à agricultura e ao sector primário, garantia de sustento a praticamente todos os nativos, deixou marcas profundas e ainda hoje a matança do porco é sinónimo de festa e tradição. São de destacar também, a este nível, as romarias à Nossa Senhora da Saúde em Fonte Arcada e ao Santuário da Senhora da Lapa, entre outras andanças. Locais onde a fé se associa a templos de uma beleza a não perder e a histórias e lendas que se confundem com a própria evolução das populações.
Património O concelho, geminado com Jacou e Paúl, é detentor de um património de grande valia e devidamente preservado, pelo que é fácil perdermonos pela diversidade de propostas que aqui se encontram. Difícil é mesmo escolher! Entre des-
Fotos: Paulo Neto
Santuário da Lapa
Bolo de Castanha
Fálgaros da Tabosa
cobrir a rota aquiliniana, idealizar um roteiro dos santuários, traçar um percurso por entre os soutos velhos de séculos e aventurar-se numa prova de BTT pela Serra da Lapa, do Pereiro ou até ao Monte de S. Tiago; Sernancelhe é um pólo de animação ímpar. Além disso, as colinas verdejantes e as margens banhadas por rios transparentes escondem lugares privilegiados para caminhar, caçar, pescar ou simplesmente perder horas a desfrutar da natureza. Actualmente é também uma referência ao nível cultural, com a dinamização de um leque de certames que vão desde a música, à cultura, ao desporto e à literatura. As suas gentes são também irrepreensíveis. Povo hospitaleiro, fiel e acolhedor, que não nega – mas antes se orgulha – das suas raízes e tradições. Convento da Tabosa
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21 | Outubro | 2011
SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE SERNANCELHE José Mário Cardoso assumiu os destinos da autarquia de Sernancelhe há mais de duas décadas. Ao longo deste período procurou colocar o município no mapa, dotando-o de infraestruturas e sublimando os seus recursos endógenos que contribuíram para um desenvolvimento crescente, mas equilibrado.
Sendo, como diz, um concelho marcado pela interioridade, tem sido fácil contrariar as dificuldades? Com certeza que não, mas estamos tão habituados a esta vida árdua e a este esforço quotidiano que as fraquezas se tornam forças. Além disso, ao longo destes 22 anos tenho tido a sorte de trabalhar com pessoas que também pensam assim e cuja energia tem ajudado a ultrapassar as dificuldades. Qual foi o projecto que mais o marcou ao longo deste percurso? A obra com que sempre sonhei é do âmbito imaterial e prendese com colocar Sernancelhe no
“A CASTANHA É O EMBLEMA DE Nuno André Ferreira
Como tem crescido o município ao longo dos últimos 22 anos? Equilibradamente, salvaguardando as devidas proporções, dado que Sernancelhe tem uma dimensão própria: é um concelho do Interior e o povoamento está disperso ao longo de 222 quilómetros quadrados. Estas características fazem com que, muitas vezes, as pessoas vivam o seu dia-a-dia com muito sacrifício, embora tenhamos conseguido preservar a nossa identidade, a nossa história, e procurado modernizar as infra-estruturas, dando qualidade de vida aos munícipes. Costumo dizer que os concelhos do Interior são não só protagonistas do seu desenvolvimento, como também agentes activos. Este é um concelho onde se pode estar comodamente e circular com rapidez. Além disso, conseguimos recuperar o centro histórico e criar equipamentos, como o pavilhão de exposições, onde promovemos as nossas actividades. Ainda assim, conseguimos manter uma boa gestão e fomos, de acordo com o 7º Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, relativo a 2009, o terceiro melhor, do grupo dos de pequena dimensão, ao nível da eficiência financeira.
SERNANCELHE”
mapa, dando-lhe a dimensão de um concelho modesto, mas muito cioso do seu património artístico e cultural, das suas actividades próprias e das características que nos tornam uma gente muito autêntica e beirã. Não sei se consegui esse objectivo, mas penso que hoje Sernancelhe é associado a um certo número de imagens impensáveis há 20 anos. Isso gratifica-me bastante. O que ficou por fazer? Fica sempre muito por fazer. O que qualquer autarca desejaria é que não houvesse um abandono do território por parte da população. Olhando para trás, o facto de as pessoas não encontrarem aqui o seu meio de sobreviver é das coisas que mais me preocupa. Naturalmente, apesar de trabalharem no estrangeiro, mantêm o seu coração aqui e é curioso verificar que temos quase o dobro de eleitores face aos residentes. Isso atesta que as suas raízes continu-
am na sua terra. Esta realidade tem duas vantagens. Por um lado, os produtos consumidos pelos emigrantes são ‘da casa’, como acontece nas áreas do granito e da caixilharia, nas quais 70 por cento da produção se destina ao estrangeiro. Por outro, os hábitos de disciplina e trabalho que adquirem lá fora são colocados em prática quando regressam. Quando damos uma volta por Sernancelhe reparamos que há uma espécie de mão invisível que faz com que as nossas aldeias e lugarejos se encontrem asseados, arrumados e bem tratados. A verdade é que, hoje, o povo é tão mais desenvolvido e rico quanto mais souber optimizar o que tem. As autarquias são, cada vez mais, chamadas a desempenhar um importante papel na área social. Quais têm sido as principais apostas? Sempre defendemos, a este nível, a descentralização. Na sua au-
sência, temos assumido um papel secundário, procurando colmatar a falta de respostas do poder central. Um exemplo muito ilustrativo é o apoio que damos para os medicamentos. Somos dos poucos municípios que, por casal, atribui um subsídio de 800 euros para pagar a parte não comparticipada. Por outro lado, a forma como esta ajuda é dada também contribui para combater o isolamento. A pessoa de idade, carenciada, que se desloque aos serviços sociais do município com as receitas médicas ou os recibos da farmácia partilha sempre um momento de convívio e de envolvência. Esta é uma medida que tem tido grandes resultados e que nos deixa muito satisfeitos, pela segurança e equilíbrio emocional que damos à nossa população mais idosa. Depois temos dado outros apoios, discretos, em lares e, por exemplo, no hospital de cuidados que a Santa Casa da Misericórdia está a fazer. Nestes
casos, defendo que a Câmara tem de ser responsabilizadora e apostamos num acompanhamento físico e financeiro permanente. A área da formação também tem sido uma preocupação. Esta é uma área fundamental e na qual também temos defendido a descentralização. Penso que se tem feito bastante, mesmo por parte do Governo, e hoje há uma grande participação por parte da comunidade local na educação. O caso da Escola Profissional de Sernancelhe é paradigmático. O facto de os empresários acompanharem a vida e a sua dinâmica faz com que tenha uma alta percentagem de empregabilidade. Quando os jovens saem já fizeram um percurso nas empresas onde muitas vezes ficam. Isso dá-lhes um brio e uma disciplina diferente, preparando-os para a vida no mercado.
Quais são as principais potencialidades do município? Começo sempre por um produto que nos enobrece: a castanha. Outrora quase desprezível, é hoje o emblema de Sernancelhe. É um fruto com uma importância económica para a nossa terra e que está enraizado nos nossos hábitos, cultura e história. Não podemos esquecer também o que foi feito ao nível da regularização do seu preço. Até à Festa/ Feira da Castanha, o seu custo é três vezes superior ao da castanha de qualquer parte do país, devido às suas características únicas e de alta qualidade. Com este evento, conseguimos promover não só o fruto mas também o souto, e isso permitiu aumentar significativamente a sua plantação. Não podemos esquecer o importante trabalho que tem sido feito ao nível da música – como é exemplo o Festival Internacional de Guitarra Clássica – e do desporto… O Festival é um evento modesto, com baixos custos, mas de alta qualidade. É pena que as pessoas não se mobilizem mais e que não se criem outras dinâmicas, mas é um certame de que nos orgulhamos, sobretudo porque a guitarra clássica é um instrumento exótico, característica que também associo a Sernancelhe. Já no desporto temos conseguido associá-lo às nossas paisagens. Desde o downhill ao BTT, a nossa preocupação tem sido divulgar o território e os percursos pedestres, como a Rota da Castanha e do Castanheiro, que é lindíssima. Sendo Sernancelhe um concelho onde a agricultura está presente, a gastronomia é uma tradição. Quais são as especialidades? Uma delas, ainda pouco conhecida, é o fálgaro, que surgiu à sombra do Convento das Monjas Beneditinas da Tabosa do Carregal. Delicio-me a ler Aquilino Ribeiro, que faz, não só uma descrição da paisagem humana e dos seus hábitos, mas também um roteiro gastronómico das Terras do Demo, onde descreve os lautos lanches dos priores, que incluem arroz de cabidela, frango assado, toucinho, o presunto de porco bísaro e a castanha. Na região, merece destaque também a maçã, as cavacas de Freixinho, o caldo da castanha e a castanha cozida em leite de cabra.
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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE SERNANCELHE
MILHARES DE PESSOAS ESPERADAS NA FESTA DA CASTANHA Nesta terra nasce uma das melhores castanhas do Mundo. As encostas íngremes são o palco perfeito onde saltitam castanheiros, alguns seculares, que a cada Outono presenteiam quem por ali passa com centenas de ouriços carregados de castanhas brilhantes e de sabor ímpar. O fruto torna-se rei durante a Festa da Castanha que, durante três dias – de 28 a 30 de Outubro –, traz uma animação diferente ao município. Mais de meia centena de expositores, as principais empresas de transformação de castanha, as juntas de freguesia do concelho e restaurantes com ementas especiais são os ingredientes da iniciativa que se tornou já numa referência para a região. A par da exposição, há ainda um passeio de BTT e são eleitos a melhor castanha, o melhor doce e a montra mais apelativa tendo este fru-
to como base. Há espaço ainda para comercia- e a Fonte da Ponte do Medreiro. Pelo caminho lizar produtos alimentares e agrícolas locais e deslumbre-se com a fauna e flora que a paipara recordar as peças de artesanato sagem sa ato que faa sa agem m ooferece. e ece zem parte da tradição que marcou cou gerações.
Percurso Para conhecer o berço destee produto prod pr oduto tão conc co ncelho, importante para a economia doo concelho, cob ober erta ta da nada melhor do que partir à descoberta heiro. O Rota da Castanha e do Castanheiro. lóópercurso, com cerca de dez quilómetros em terra batida e asfalto,, inicia-se e termina em Sernan-celhe, na Rua do Colégio. sEntre os pontos a visitar estão, por exemplo, o Santuário de z, a Nossa Senhora ao Pé da Cruz, Gruta do Monge, o Mosteiro daa Ribeira, a Capela de Nossa Senhoraa dos Prazeres
Exposalão acolhe iniciativa Durante a Festa da Castanha, as atenções centram-se no Exposalão, que volta a receber certame. Inaugurado há cerca de um ano pelo Presidente da República, Cavaco Silva, o equipamento dispõe de uma localização privilegiada e tem-se afirmado como um espaço de referência. Promover o tecido empresarial local e regional e apostar nas vertentes cultural e lúdica, contribuindo para o desenvolvimento económico e social do concelho, têm sido os grandes objectivos associados ao equipamento, cuja edificação foi promovida pelo actual executivo camarário. Com uma arquitectura inovadora e contemporânea, o Exposalão inclui auditório, pavilhão, sala de exposições, espaços técnicos, áreas polivalentes e zonas de estar.
AUTARQUIA INVESTE 2,5 MILHÕES NA ZONA EMPRESARIAL DE FERREIRIM tivos do equipamento que ficará situado junto ao para a autarquia este equipamento será uma ressados em contribuir para o desenvolvimento mais-valia aberta a todos os empresários inte- local e do país. espelho de água da Barragem do Távora. A localização estratégica irá permitir também unir sinergias, uma vez que, no Verão, com ancoradouros, piscinas flutuantes e espaços de lazer, aquele é um pólo de atracção turística. A inter venç ão inclui a constr uç ão de arruamentos, passeios, de uma rede de água e de saneamento, a colocação de um Posto de Transformação de 30 KV e a arborização da zona envolvente, além da criação da variante que liga a freguesia de Vila da Ponte a Ferreirim. E como o município é de gente de trabalho, Nuno André Ferreira
A história faz parte do presente, mas em Sernancelhe os olhos estão no futuro. Foi com este lema que surgiu a Zona Empresarial de Ferreirim, uma obra que arrancou este ano e que deverá ficar pronta em breve. A infra-estrutura, que vai implicar um investimento de 2,5 milhões de euros, pretende reunir e alojar as empresas que actualmente estão isoladamente sediadas e que ali irão encontrar todas as condições necessárias ao exercício da sua função. A manutenção de postos de trabalho e a captação de investimento, quer para Ferreirim quer para todo o concelho, são outros dos objec-
AQUILINO RIBEIRO HOMENAGEADO EM REVISTA
Paulo Neto
Academia de Música
Conhecido como o Mestre, o escritor soube, como ninguém, retratar as paisagens e gentes das “Terras do Demo”, sem esquecer o dinamismo económico, social e cultural de um povo com coração autêntico e alma imensa. Da sua vasta obra com meia grosa de títulos, destacam-se “A Via Sinuosa”, “Terras do Demo”, “Volfrâmio”, “Aldeia”, “Cinco Reis de Gente” e “Malhadinhas”... Mesmo após a sua morte, em 1963, o
escritor continua a ser fonte de inspiração como acontece, por exemplo, com a Revista Literária Aquilino, uma publicação da Câmara Municipal de Sernancelhe, que vai na sua segunda edição. A obra, reconhecida pela sua qualidade, rigor editorial, e por prosseguir a missão de homenagear e divulgar Aquilino Ribeiro, conta com textos de estudiosos e amantes da vida e obra do escritor.
Festa da Castanha 2010
Paulo Neto
Sernancelhe foi berço de gente ilustre no mundo das artes, da ciência e da cultura portuguesas. Daqui partiram jovens e graúdos que levaram as suas origens aos quatro cantos do mundo. Aquilino Ribeiro é um desses exemplos. Nasceu no Pátio dos Sanhudos, na freguesia de Carregal, e a sua obra, de valor reconhecido, valeu-lhe a candidatura ao Prémio Nobel da Literatura em 1960.
José Mário Cardoso e Carlos Silva
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especial
Aquecimento & Climatização
Aposte no conforto sem gastar muito
Ganhe uma casa nova neste Inverno O calor decidiu, este ano, prolongar-se até ao Outono, dando mais tempo para nos prepararmos para dias mais frescos e escolhermos as soluções que irão tornar a nossa casa mais acolhedora no Inverno. Manter as habitações confortáveis é uma preocupação comum nesta época do ano e o mercado tem oferecido um número crescente de sugestões, que variam não só em termos de preço mas também no que diz respeito à fonte de energia a utilizar. “Qual será a solução mais indicada para a minha situação?” e “Será que estou a optar pela forma mais eficiente de aquecer a minha casa?” são questões legítimas. Por isso, preparámos um conjunto de informações que poderão ser úteis quando estiver a escolher ou a avaliar a rentabilidade de cada equipamento. Se as dúvidas persistirem consulte um técnico especializado (também lhe apresentamos algumas empresas que poderá contactar), apresente-lhe os dados concretos sobre a sua habitação – qual a área a aquecer, se as águas para o banho estão asseguradas, quantas pessoas serão abrangidas, quanto irá ter de investir, etc. – e depois será só desfrutar de um Inverno mais ameno, para contrariar o rigor que o dia-a-dia impõe.
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AQUECIMENTO CENTRAL CANALIZAÇÕES AR CONDICIONADO ENERGIA SOLAR ASPIRAÇÃO CENTRAL PISO RADIANTE Tel / fax 232 084 232 - 964 007 698 e.mail: clycenter@hotmail.com
Jornal do Centro
26 ESPECIAL | AQUECIMENTO & CLIMATIZAÇÃO
21 | Outubro | 2011
Para proporcionar máximo conforto
Rentabilidade é principal preocupação
Vital Clima apresenta soluções para todos os gostos Recuperadores e bomba s de c a lor, c a ldeiras, estufas a pellets, ar condicionado e painéis solares são alguns dos equipamentos que se podem encontrar na Vital Clima, uma empresa direccionada para a comercialização de produtos de climatização. Localizada no Parque Industrial de Coimbrões, em Viseu, a Vital Clima tem procurado acompanhar as exigências do mercado e disponibilizar um leque crescente e diversificado de soluções. A pa r da comercialização, a empresa disponibiliza também apoio técnico e aconselhamento especializado. A aposta passa ainda por mostrar soluções alternativas, vantajosas e rentáveis, de acordo com as necessidades que são apresentadas
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Tondelclima aposta no aproveitamento do sol
pelos clientes. Ent re a s á rea s que mais têm crescido estão os recuperadores a lenha, as bombas de calor e as estufas a pellets, por serem possibilidades mais económicas. Por outro lado, no primeiro caso, justifica-se por ser uma forma de aproveitar
e rentabilizar a lareira que tem lá em casa, tornando o ambiente mais acolhedor. Com dua s década s de experiência de mercado, a empresa aco lhe seis colaboradores e tem aumentado a sua área de actuação, servindo não só o conce-
lho de Viseu, mas levando as novidades do mercado a outras regiões, como Lamego, Oliveira do Hospital, Guarda, Fundão e Covilhã. Entre as marcas disponibilizadas pela Vital Clima estão a Baxiroca, a Solzaima, a Ergon e a Ecoforest.
O conforto de ter água quente todo o ano sem gastar muito dinheiro já não tem de ser um luxo acessível apenas a alguns. Com a Tondelclima já é possível desfrutar deste bem, aproveitando o poder dos raios solares. A ideia torna-se ainda mais apetecível se pensarmos que Portugal é o país da União Europeia com mais sol por habitante e metro quadrado de território. Localizada na Zona Industrial de Vilar de Besteiros, a Tondelclima tem-se afirmado na área da venda e instalação de equipamentos de climatização, com especial destaque para os painéis solares térmicos e fotovoltaicos. Entre as suas actividades assegura também a montagem de todas as estruturas necessárias ao nível de electricidade e canalizações. Além disso, os profissionais formados e especializados – doze, no
total – garantem a manutenção de todas as redes, um aspecto importante para a durabilidade das mesmas. Tendo como preocupação principal a satisfação dos clientes, quer sejam públicos ou privados, a Tondelclima é uma empresa sólida, cuja experiência de largos anos lhe tem proporcionado uma crescente expansão no mercado. Actualmente, o raio de acção abarca toda a Região Centro, com grande incidência nos distritos de Viseu e da Guarda. E porque cada cliente merece uma resposta à medida das suas necessidades, a Tondelclima procura apresentar soluções rentáveis e com o máximo aproveitamento para todos os casos. Para isso, disponibiliza um pavilhão de exposição de artigos, onde é possível acompanhar as últimas novidades do sector.
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:: Aquecimento central :: Piso radiante :: Energia solar :: Aspiração central :: Instalações sanitárias :: Electricidade
DD 200. Faz perfurações de atravessamento em betão..
Hilário Ferreira Martins Gerente ....................................................................................... Av dos Emigrantes Telef / Fax 232 911 938 Vilar do Monte Telem 964 053 938 3517 Calde
Jornal do Centro
AQUECIMENTO & CLIMATIZAÇÃO | ESPECIAL 27
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Fizemos uma comparação de várias soluções
Soluções para todos os gostos A escolha dos equipamentos de aquecimento da sua habitação pode não ser uma tarefa fácil. Além de existir um número inf indável de possibilidades no mercado, cada qual com o seu nível de eficiência energética e um determinado preço
associado, é necessário ter sempre em atenção o local onde vai ser aplicado o sistema de climatização. E porque cada casa é um caso, não tem de aplicar a velha máxima de que “a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha”.
Piso radiante O piso radiante – que pode ser hidráulico ou eléctrico – tem sido apresentado como uma excelente resposta para um lar mais acolhedor e funcional, tendo a vantagem de ser um sistema de aquecimento ecológico e económico. O piso radiante é instalado no pavimento da casa, o que faz com que a temperatura ao nível do soalho seja maior e vá perdendo gradualmente intensidade em níveis superiores. O calor é controlado por termóstatos específicos que garantem o ambiente ideal. Esta é uma solução que pode ser indicada para casas em construção ou se estiver a pensar mudar o chão de sua casa.
Painéis Solares Os painéis solares são outra fonte de conforto, podendo o calor ser utilizado para o fornecimento de água quente sanitária ou, simultaneamente, para aquecimento. Tendo como grande vantagem a diminuição da dependência dos combustíveis e o facto de não ser poluente, trata-se de um equipamento muito eficiente, sendo capaz de absorver até 70 por cento da energia transmitida pelo sol. Por outro lado, o rendimento decresce de acordo com a variação climatérica e as formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e a energia hidroeléctrica (água).
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Recuperador A imagem romantizada de uma tarde de Inverno passada frente à lareira não tem de ser uma coisa do passado. Muitas marcas têm apostado em apresentar soluções alternativas às tradicionais lareiras, aparecendo no mercado recuperadores que podem funcionar a bio álcool, a pellets ou a lenha. Apesar de ser sinónimo de libertação indesejada de dióxido de carbono, o facto de a madeira ser de fácil acesso tem levado à sua proliferação. Além disso, trata-se de um equipamento que exige pouco investimento quando comparado com outros. Por outro lado, cada vez mais os modelos são desenhados numa lógica de perfeita integração e harmonia no espaço.
Radiadores O aquecimento central por radiadores é outro dos mais comuns. Este sistema tem por base uma caldeira que, através de uma bomba, faz chegar o calor aos vários dispositivos. A regulação da temperatura faz-se através da torneira, que controla o caudal que neles passa, ou de um termóstato. Existe outra vertente: os radiadores eléctricos. São fáceis de instalar, sem obras e sem tubagens. Também aqui se ter assistido a uma evolução estética e ao nível do design, que permite o aparecimento de novas formas, sinuosas e com cores fortes, capazes de nos surpreender e conquistar pela sua irreverência. O aquecimento central por radiadores é assim um sistema fiável, seguro e de aquisição económica.
Ar Condicionado O ar condicionado, cujo princípio se baseia em absorver a energia de um local e transportá-la para outro, também deve ser levado em consideração. Tem a vantagem de poder, de acordo com o modelo escolhido, ser utilizado não só para aquecer uma divisão mas também para arrefecer. É fundamental ter em consideração a área da divisão a climatizar, o seu isolamento, a sua exposição (sol/sombra), o número de pessoas que geralmente o utilizam e as necessidades de conforto do espaço a climatizar. Todos estes parâmetros fazem variar os níveis de consumo e os gastos associados.
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No poupar é que está o ganho! Todos nós somos chamados a ter um papel activo na utilização mais ef iciente da energia , adoptando medidas que até são bem simples. Aposte em comportamentos diários eco-sustentáveis na utilização de sistemas e de electrodomésticos que consomem menos energia. Faça uma selecção cuidadosa dos equipamentos, caldeiras e sistemas de ar condicionado que instala, levando em consideração a s i n for m ações que se encontram n a et iquet a referente ao consumo energético e adquirindo os artigos mais ef icientes. O quadro que se segue deixa outras recomendações importantes para que o seu sistema seja rentável. Publicidade
Dicas ∑ Colocar janelas duplas.
A instalação de janelas ou vidros duplos é uma óptima solução para isolar a sua casa. No Inverno é uma aposta preponderante para evitar fugas de calor e entrada de frio, enquanto no Verão mantém a temperatura agradável. A principal vantagem será a diminuição da factura energética.
∑ Recorrer a energias alternativas.
Os gastos podem ser reduzidos recorrendo a fontes de energia mais amigas do ambiente, em vez de optar por outras mais tradicionais como o gás, a electricidade ou o combustível.
∑ Apostar no isolamento.
Os isolamentos térmicos têm como finalidade reduzir as perdas de energia, ao mesmo tempo que poupa nos consumos. A calafetação de janelas e portas com fitas isolantes é um dos exemplos a ter em conta. Outras soluções – como os isolamentos para o exterior (tectos e paredes) e de coberturas e pavimentos – também são importantes.
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Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA NACIONAIS DE FUTEBOL II DIVISÃO SÉRIE CENTRO
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
06ª jornada - 23 Out - 15h00 Futebol 85 Anos Associação de Futebol de Viseu
Futebol Clube Desportivo de Tondela
Futebol III Divisão Equipa Viseu
Cartão Vermelho O aumento do IVA nos bilhetes para as manifestações desportivas é mais uma forma de afastar os poucos que ainda vão e pagam bilhete. A utilização dos espaços desportivos taxada a 23% vai levar muitos cidadãos a abandonar a prática desportiva. Os clubes e os praticantes de desporto de lazer precisam de adaptar-se a esta nova realidade.
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Oliveira Bairro Paredes
Sp. Espinho
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Amarante
Coimbrões
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Cinfães
Tondela
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Angrense
Al.Lordelo
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Anadia
Gondomar
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Padroense
Madalena
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Boavista
6ª jornada - 23 Out - 15h00 Alpendorada
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Infesta
Vila Meã
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Serzedelo
Sousense
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Sp. Mêda
A Foi um Tondela a saber sofrer o que conseguiu o apuramento para a IV eliminatória
Vila Real
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Cesarense
Rebordosa
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Grijó
Taça de Portugal
Leça
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Sp. Lamego
Apuramento “a ferros” Tondela ∑ Vitória conseguida em Anadia à custa de muito suor
Cartão FairPlay O Tondela é a única equipa do distrito a resistir na Taça de Portugal. Num jogo sofrido a turma de Vitor Paneira conseguiu vencer o Anadia e segue na competição. A fazer um excelente campeonato, sonha agora na taça com a recepção a um “grande”. Os tondelenses bem merecem. Nos últimos anos tem sido a equipa mais consistente e ambiciosa do distrito.
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S. J. Ver
III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B
Gil Peres
Cartão FairPlay 85 Anos comemorados numa cerimónia simples mas digna. A entrega de prémios da época passada é sempre um momento aguardado pelas equipas campeãs. José Alberto Ferreira voltou a reunir agentes desportivos distritais e nacionais numa demonstração de vitalidade da AFV. A selecção de futebol sub17 no distrito é a cereja no topo do bolo. A AFV tem sabido modernizar-se e dignificado os campeonatos distritais.
Operário
Tem tanto de “sofrido” como de categórico, o apuramento do Tondela para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, em futebol. O Anadia obrigou o Tondela a saber sofrer, e a correr, e muito, em 120 minutos de futebol. Mérito dos da casa, e também de um duplo erro de julgamento do árbitro da partida, para que o vencedor só fosse encontrado no prolongamento. O jogo até começou bem para o Tondela, com Piojo a aproveitar o adiantamen-
to do guarda-redes adversário e a fazer-lhe um chapéu perfeito, praticamente do meio campo. Em vantagem, a equipa de Vítor Paneira foi inteligente, fazendo circulação de bola, mas sempre com as redes contrárias no horizonte. Tudo mudou na segunda parte. O Anadia empatou o jogo praticamente no recomeço da partida. Um cruzamento do lado direito que Cláudio foi obrigado a defender para a frente e com o avançado do Anadia a aparecer mui-
to rápido para a recarga, aproveitando ainda uma escorregadela do central Pica. Depois do golo de Márcio Sousa, perto do final, parecia que o vencedor estava encontrado. Acontece então o lance do jogo. O lance do penalti, com o árbitro a considerar que o defesa tondelense jogou a bola com o braço. Uma interpretação incorrecta, já que Lopes tinha os braços bem colocados atrás das costas, precisamente para evitar fazer penalti. Lopes foi expul-
Restaurantes Pastelarias Talhos Cozinhas Estantarias Mobiliário de escritório Gelatarias Panificadoras Lavandarias Ar Condicionados Assistência Técnica Estrada de Silgueiros Km 1.3 / Lugar da Alagoa / 3500-543 Viseu Tel.: 232 952 022 / Fax: 232 951 176 e-mail: polomagnetico1@gmail.com
6ª jornada - 23 Set - 15h00 Ac. Viseu (22/10) Valecambrense
so, o Anadia empatou, e o jogo foi para prolongamento. Com menos um, o Tondela acabaria por entrar bem no prolongamento e, de penalti, a castigar um derrube do guarda-redes a Piojo, o argentino fez o 3 a 2. Depois foi aguentar até ao fim, e ter ainda tempo de desperdicar novo penalti. Este jogo mostrou uma nova faceta do Tondela. Quanto for preciso sofrer, e ser solidária, podem contar com ela. Publicidade
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III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE C
C. Senhorim
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Oliv. Frades
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Sanjoanense P. Castelo
Alba
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Oliv. Hospital
Bustelo
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Avanca
Nogueirense
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Sampedrense
A. F. VISEU DIVISÃO HONRA 05ª jornada - 23 Out - 15h00 Fornelos
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Paivense
Castro Daire
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Mortágua
Arguedeira
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Alvite
Sátão
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Silgueiros
GD Parada
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Molelos
Vale Açores
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Tarouquense
Lusitano
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Lamelas
Lageosa Dão
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Viseu Benfica
30 DESPORTO | MODALIDADES
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
Futsal - II Divisão Nacional
Associação de Futebol de Viseu - 85 Anos
Viseu 2001 empata, ABC de Nelas perde
Nuno Ferreira
Gil Peres
“Recandidato-me se os clubes manifestarem essa vontade”
A O ABC de Nelas não conseguiu fazer prevalecer o “factor casa” A José Alberto Ferreira, presidente da A.F. Viseu
A Associação de Futebol de Viseu assinalou 85 anos de existência. Desses, nove foram passados com José Alberto Ferreira na cadeira da presidência. Ao Jornal do Centro, não esconde que “nove anos são muito tempo e há já algum cansaço” mas, a cerca de meio ano do final do seu mandato, adianta ter “o compromisso com alguns clubes do distrito para me recandidatar” mas, acrescenta, a sua recandidatura será uma realidade “se os clubes manifestarem essa vontade”. No final das comemorações dos 85 anos da associação, em que um dos pontos altos foi a entrega aos campeões da última época dos troféus conquistados, José Alberto Ferreira fez ao Jornal do Centro um retrato da realidade da associação Publicidade
a que preside, lembrando que, desportivamente, esta é uma época histórica, pela representatividade - 8 equipas - nos nacionais de futebol em seniores masculinos, de uma equipa no Nacional Feminino - o Escola FC - não esquecendo quatro formações nos nacionais de futsal. São número atingidos durante a sua presidência que o deixam naturalmente satisfeito, mas não esconde que “faz muita falta a Viseu ter uma equipa na I Divisão”, e justifica: “Toda a gente sabe que Viseu é uma terra que ama o futebol, e penso que se tivéssemos uma equipa ao mais alto nível, poderíamos ter grandes enchentes com muita gente a vir de fora ver o futebol a Viseu, como acontecia nas épocas em que tivémos o Académico na I Divisão”.
Do sonho, à realidade, José Alberto Ferreira não esconde que, na actual conjuntura financeira que o país vive, tem sido também um desafio para a sua direcção a gestão do futebol no distrito. Há muito que o diagnóstico das dificuldades está feito, pelo que, lembra, “a direcção tem sabido fazer uma economia importante ao nível dos gastos para garantir a sobrevivência da associação, e dos próprios clubes”. Qua nto ao futuro, e lembrando que “são as autaquias quem também desempenha um papel vital na vida dos clubes”, como a situação é de contenção, a própria associação tem dado o exemplo e passado essa mensagem de poupança aos seus filiados. GP / TVP
Final dramático no Pavilhão de Nelas no jogo entre o ABC e o Casa da Cultura e Desporto de Santa Iria. A indecisão sobre o resultado durou até ao apito final, mas a formação da casa acabou por não conseguir impedir a derrota. A partida, a contar para a segunda jornada do Na-
cional de Futsal da II Divisão, série B, terminou com a vitória dos forasteiros por 4 a 3, mas o ABC de Nela, numa fase em que jogava já com guardaredes “avançado”, falhou o empate mesmo sobre o apito final. Fica para a história o resultado, e a segunda derrota neste ano de estreia na II Nacional.
Melhor sorte teve o Viseu 2001 que empatou a um golo no Póvoa Futsal. A formação viseense viu-se bem cedo em desvantagem no marcador e teve que procurar até ao fim chegar, pelo menos, ao empate. Viria a consegui-lo a menos de dois minutos do final do encontro. GP
Atletismo
21ª Volta a Silgueiros No próximo domingo, dia 23 de Outubro, Silgueiros vai receber o Campeonato Distrital de Estrada, integrado na 21ª Volta a Silgueiros. É uma prova de atletismo, numa distância de 15 quilómetros, numa organização da Associação Cul-
tural e Recreativa daquela localidade do concelho de Viseu. Os atletas entram em prova pelas 10h00, numa prova que, ao nível do Campeonato Distrital de Estrada, estará apenas aberta a atletas filiados na Associação de Atletismo de Viseu.
Como a Volta a Silgueiros tem também um cariz popular, haverá no final duas classificações: a da Volta a Silgueiros e a do Campeonato Distrital de Estrada. Neste caso, a classificação será elaborada a partir da classificação da Volta a Silgueiros. GP
especial
22 e 23 de Outubro
Rali Mortágua 2011 Mortágua pode consagrar o novo Campeão Nacional
textos e fotos ∑ Gil Peres
Campeonato de Portugal de Ralis
O Rali de Mortágua, penúltima prova do calendário de 2011, pode voltar a ser o da consagração do novo campeão de ralis. Há um conjunto de decisões importantes nesta prova organizada pelo Clube Automóvel do Centro e que, há semelhança das edições anteriores, promete levar milhares até Mortágua. Desde logo porque há diversos títulos em jogo. No Nacional, R icardo Moura está a um passo da consagração. Um quarto lugar em Mortágua é suficiente para o piloto açoriano juntar ao título de Produção o de Campeão de Portugal de Ralis. Vítor Lopes ainda é candidato ao título absoluto, embora as contas não sejam fáceis para o piloto do Subaru Impreza. Lutar pela vitória na prova é, desde logo, o seu único e grande objectivo. Despois logo se farão as contas. A pensar numa vitória em Mortágua, e afastado das contas do título, mas ainda a lutar por manter o actual terceiro lugar, estará Vítor Pascoal. Na liderança do campeoPublicidade
Regional Ralis Centro ∑ João Leonardo, o viseense em prova
DR
Nacional de Ralis ∑ Ricardo Moura muito perto do título
nato de 2Litros/2Rodas Motrizes, o jovem piloto madeirense João Silva tem como principal objectivo chegar ao título desta especialidade com o Renault Clio R3. No Regional de Ralis do Centro, Armindo Neves já garantiu a conquista do campeonato, pelo que vai até Mortágua liberto de qualquer pressão e apenas concentrado em ganhar, numa prova que promete ser bem renhida na frente, pela qualidade dos pilotos inscritos, entre os quais o viseense João Le-
onardo. Mortágua tem assim reunidas todas as condições para voltar a ser um grande espectáculo de automobilismo, oferecendo uma estrutura de prova igual à de 2010. Em “equipa que vence não se mexe”, terá pensado a organização, e bem, já que os troços do rali têm pontos de grande espectacularidade. Já para não falar da Super Especial de sábado, junto a Mortágua, que reúne sempre milhares de espectadores.
32 ESPECIAL | RALI DE MORTÁGUA
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
Taça de Portugal de Ralis - Mortágua 2011
João Leonardo quer repetir pódio de 2010
A O piloto viseense vai ainda competir com o Skoda Favorit João Leonardo, parte para o Rali de Mortágua com a ambição de, no mínimo, repetir o resultado alcançado em 2010, onde foi terceiro na sua classe. O piloto da Gralt Corse, navegado por Nuno Costa, adianta: “Vamos encarar este rali com a mesma dispoPublicidade
sição de sempre, pois como ainda não temos o novo carro, vamos com o Skoda Favorit 136 L”. Novidades, que é como quem diz carro novo, só em 2012. Em Mortágua, o Skoda vai apresentar uma nova decoração, já que na mecânica
não há novidades. Como único piloto de Viseu em Mortágua, João Leonardo deixa o desabafo: “É sintomático da actual situação por que passa o desporto automóvel beirão, e para o qual as entidades deveriam olhar com outros olhos e procurar apoiar”.
LISTA DE INSCRITOS CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Ricardo Moura Vitor Lopes Vitor Pascoal Pedro Peres João Silva Frederico Gomes Ivo Nogueira Pedro Meireles João F. Ramos Paulo Neto Isabel Ramos Ricardo Marques Armando Oliveira Hugo Mesquita Miguel Barbosa Vitor Calisto Daniel Marino Eduardo Herrero Victor Madaleno Ruben Silva Oscar Mourinho
António Costa Mitsubishi Evo IX Hugo Magalhães Subaru Impreza Luís Ramalho Mitsubishi Evo VIII Tiago Pereira Mitsubishi Evo IX José Janela Renault Clio R3 Maxi Luís Cavaleiro Citroen C2 Max Vítor Hugo Citroen DS3 Mário Castro Mitsubishi Evo X Marco Macedo Mitsubishi Evo IX Daniel Amaral Citroen DS3 Rubina Gonçalves Renault Clio R3 Paulo Marques Citroen C2 Max Alexandre Rodrigues Citroen C2 Max Nuno Silva Renault Clio R3 Rui Raimundo Mitsubishi Evo IX Joaquim Batalha Citroen Xsara 2.0 Veronica Gonzalez Ford Fiesta R2 Esther Trancon Citroen Saxo VTS José Maria Mendez Peugeot 206 XS Adriana Alvarez Peugeo 206 1.6 Maricarmen Pereira Citroen Saxo VTS
CAMPEONATO REGIONAL DE RALIS DO CENTRO 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 52 60 61 62 63 64 Publicidade
Júlio Bastos Nuno Almeida Hugo Lopes Renato Pita Armindo Neves Raul Aguiar João Soares Roberto Canha Ruben Moura Joaquim Gaspar Luís Cardoso Fernando Teotónio Pedro Matias German Gomez J. Borja Paulo Brás Manuel Pinto Eduardo Veiga João Leonardo João Serralha Carlos Neves Vítor Torres Ricardo Coelho Paulo Carvalheiro Jorge Loureiro Luís Duarte João Marques
Aníbal Pereira BMW M3 João Vieira Fiat Punto HGT Jorge Henriques Mitsubishi Evo VI Jorge Carvalho Mitsubishi Evo VIII Bernardo Gusmão Mitsubishi Evo VII Pedro Pereira Mitsubishi Evo IV João Barata Citroen Saxo ... Citroen Saxo Filipe Carvalho Citroen Saxo Cup David Sousa Mitsubishi Evo IV José Rodrigues Citroen C2 Luís Morgadinho BMW 325i Sérgio Rocha Fiat 500 Abarth José Barcia Porsche Carrera RS J. Peres Porsche 911 SC José Azevedo Peugeot 306 Francisco Martins Peugeot 306 Justino Reis Ford Escort MKII Nuno Costa Skoda Favorit 136L Fernando Matias Datsun 1200 João Reis Datsun 1200 Barbara Torres Ford Escort RS 2000 Daniel Pereira Toyota Starlet José Patrício BMW M3 Lee de Castro Renaul Clio Williams Marco Cordeiro Mitsubishi Evo IV Santa Barbara Ford Escort NACIONAL DE RALIS
CLASSIFICAÇÃO GERAL (Faltam 2 ralis) Ricardo Moura Vítor Lopes Vítor Pascoal Ivo Nogueira Pedro Meireles
110 pontos 71 Pontos 53 Pontos 42 Pontos 35 Pontos
REGIONAL DE RALIS - CENTRO
CLASSIFICAÇÃO GERAL (Falta apenas Mortágua) Armindo Neves João Soares Roberto Canha Luís Mota ... João Leonardo
78 Pontos 58 Pontos 50 Pontos 49 Pontos 27 Pontos
RALI DE MORTÁGUA | ESPECIAL 33
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
SÁBADO, 22 PEC´s 1 e 3 Mortágua Zona Público (ZP) 1 Km 5,43 / Marmeleira (40º 21,103’ N, 08º 15,616’ W) – Cruzamento em gancho à esquerda: Na EN 234 (cerca de 2,5 Kms após a rotunda à entrada de Mortágua, (direcção Luso) virar para Vale de Açores e Vale Remigio. Duzentos metros depois, na rotunda, continuar para Vale de Açores, passando por baixo da EN 234. Após outros 200 metros, na rotunda, seguir e, sempre a indicação de Vale de Açores. No cruzamento seguinte, 300 metros depois, seguir em frente, atravessando a estrada em empedrado. Nos 2 entroncamentos seguintes, a 300 e 600 metros, seguir sobre a direita, para 400 metros depois, virar em gancho à direita para entrar na Estrada Municipal de acesso à Marmeleira. Antes desta povoação ainda se passa pela localidade de Cortegaça e ao fim de cerca de 4 Kms, num cruzamento já na Marmeleira, ir sobre a
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esquerda, não cortando para Lourinha de Baixo. A Prova Especial fica a 1 Km, depois de ter ido sempre em frente nos cruzamentos seguintes, em direcção da Cercosa. ZP2 Km 6,96 / Cercosa (40º 20,433’ N, 08º 16,122’ W) – Dupla direita na povoação, após zona rápida: Sair no nó do IP3 com a indicação “Porto da Raiva”, “Coiço”. Após se ter passado por baixo do IP3 (250 m) virar à direita para o Coiço e cerca de 500 metros depois, no Alto das Lamas seguir sobre a esquerda e logo depois, no alto, novamente à esquerda, seguindo a indicação de “Gondelim”, “Coiço” e “Barragem”. Percorrer mais 1,6 kms e na rotunda do Coiço, virar para “Barragem” e “Gondelim”. 700 metros depois virar para a Barragem. Andando mais 1,7 Km virar para “Mortágua”, “Cercosa”. Seguir a mesma indicação no entroncamento ao fim de 3 Kms, onde se deve continuar pela estrada em frente, encontrando-se a PE 900 metros depois, na povoação da Cercosa.
PEC´s 2 e 4 Buçaco ZP1 Km 1,76 / Cerdeira (40º 21,833’ N, 08º 18,663’ W) – Esquerda em 90º seg uida de direita após forte travagem Ao Km 44,9 da EN 234 virar à esquerda (para quem vem do lado de Mortágua) seguindo a placa com indicação de Cerdeira. 2,2 Kms depois, à entrada desta povoação, seguir sobre a direita, o mesmo acontecendo nos dois cruzamentos seguintes, a 300 e 400 metros, respectivamente. Encontra-se a PE 150 metros depois.
sair pela segunda estrada e após 200 metros há zona de estacionamento, junto a uma fábrica de cerâmica. Estacione o ca rro e regresse a pé em direcção à EN 234 (300 metros), seguir em direcção ao Luso, e percorrer cerca de 1km vai encontrar a Super Especial. Para quem se desloca do Luso em direcção a Mortágua pela EN 234, seguir até ao entroncamento para Vale de Açores e estacionar de acordo com as indicações da GNR, ou em alternativa seguir até Vale de Açores e estacionar no Campo de Futebol.
PEC 5 SUPER ESPECIAL Mortágua Locali zação – EN 23 4 e a r r u a m e n to s d e a c e s o a Vale de Açores
DOMINGO, 23 PEC´s 7 e 9 Espinho ZP1 – Km 11,11 / Pomares (40º 24,938’ N, 08º 18,479’ W) – Esquerda lenta longa
Seguir até à rotunda da EN 234 com a EN 228, à entrada de Mortágua. Continuar na EN 234 em direcção ao Luso e após percorrer cerca de 1 km voltar à direita na indicação Águeda. Na rotunda a 100 metros
Na EN 234, no Barracão, deve virar-se à direita (vindo de Mor tág ua), em direcção a Castanheira, Pomares, Azinhal e Soito. A Prova Especial de Classificação encontra-se 800 metros depois.
RALI DE MORTÁGUA 2011 Parque de Assistência Aeródromo Municipal de Mortágua Parque Fechado Praça do Município 1ª ETAPA SÁBADO, 22 1.ª PEC Mortágua 1 (11,79 km) 15H10 2.ª PEC Buçaco 1 (12,97 km) 15H35 3.ª PEC Mortágua 2 (11,79 km) 17H05 4.ª PEC Buçaco 2 (12,97 km) 17H30 5ª PEC Super Especial Mortágua (1,86 km) 19H00 2ª ETAPA DOMINGO, 23 6ª PEC Carapinhal 1 (7,94 km) 11H10 7ª PEC Espinho 1 (19,67 km) 11H36 8ª PEC C a r a pi n h a l 2 (7,9 4 k m) 12H47 9ª PEC Espinho 2 (19,67 km) 13H16
D “Mel” no IPJ
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
culturas expos
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O Instituto Português da Juventude (IPJ) de Viseu recebe no dia 25 de Outubro, terça-feira, pelas 21h45, a película “Mel”, um filme turco de 2010.
Arcas da memória
Destaque
VILA NOVA DE PAIVA ∑Auditório Municipal
Arnaldo Malho – A luz para além dos candeeiros
Carlos Paredes Até dia 31 de Outubro Exposição “A Arte de
Alberto Correia Antropólogo
Decorar”, de Fátima Go-
aierrocotrebla@gmail.com
mes. Até dia 31 de Outubro Exposição de fotografia “Alto Paiva”, de Nuno Correia.
VISEU ∑Palácio do Gelo Até dia 2 de Nobembro Exposição “Timor, uma década depois”.
SANTA COMBA DÃO ∑Biblioteca Municipal Até dia 30 de Novembro, Exposição temática “Primórdios da Fotografia”. Até dia 4 de Novembro Exposição itinerante do projecto “Olha para a Pobreza com Olhos de Ver”.
∑Casa da Cultura Até dia 1 de Novembro Exposição “Força Intrínseca”, da autoria de Paul Mathieu.
A Natalia Juskiewicz em “Um Violino no Fado”, no Seminário Maior de Viseu
“O fado é a expressão de todos os sentimentos” Natalia Juskiewicz ∑ Polaca “canta” o fado com um violino “Canta” o fado com um violino contudo, esta particularidade, apenas impressionou cerca de uma centena de pessoas, que assistiram ao concerto de Natalia Juskiewicz, na passada segunda-feira, na Igreja do Seminário Maior de Viseu. A polaca, que vive em Portugal desde 2000, encantou com “Um Violino no Fado”. E brindou a plateia com dez fados portugueses, em que o violino substituiu a voz. “Todos os fados são diferentes e a maneira como eu os sinto varia do estado de espírito no momento. Contudo, a “Canção do
Mar” e “Lágrima” são dos meus favoritos”, disse ao Jornal do Centro. Natalia Juskiewicz começou a tocar violino aos sete anos, “idade que habitualmente as crianças na Polónia começam a educação musical”, lembrou. Em 1999, quando visitou Portugal pela primeira vez, teve o primeiro contacto com o fado e desde logo surgiu a paixão. “Estava de férias com os meus pais e amigos e decidimos visitar uma casa de fados em Alfama, Lisboa. Mesmo sem perceber o português, a maneira dos faditas expressarem a música tocou-
me profundamente, para mim o fado é a expressão de todos os sentimentos humanos, da tristeza ao sofrimento até à alegria e ao amor”, explicou. A artista está inserida no projecto “Um Violino no Fado”, há dois anos e o CD, baptizado com o mesmo nome, vai ser lançado no início do próximo mês. Os portugueses Paulo Valentim, na guitarra portuguesa e Bruno Costa, na viola de fado acompanham a polaca que tem agendado para o Tivoli, no Porto, o próximo concerto.
Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50* Cuidado Com o Que Desejas (M16) (Digital)
(M12) (Digital)
16h40, 21h10, 00h05* Os 3 Mosqueteiros (M12) (Digital)
00h20* Actividade Paranormal (CB) (Digital)
Sessões diárias às 11h00 (Dom) Os Smurfs (M6) (Digital)
Sessões diárias às 14h10, 16h25, 19h00, 21h40, 23h55* Meia-Noite em Paris (M12Q) (Digital)
Sessões diárias às 13h45, 16h15, 18h45, 21h20, 23h50* O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)
Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h30, 19h45, 22h00, 00h15* A Casa de Sonhos (M16) (Digital)
Sessões diárias às 13h30, 15h40, 17h50, 20h00, 22h10,
Legenda: * Sexta e Sábado
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10* Os 3 Mosqueteiros (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h10( Dom.), 13h40, 16h00 Os Smurfs (M6) (Dob.) (Digital) Sessões diárias às 18h30, 21h10, 00h00* Killer Elite - O Confronto (M12) (Digital)
A Arnaldo Malho Aquilino chamou-lhe “primoroso lavrante do ferro” em telegrama que lhe envia em 1950, quando uma homenagem se lhe prestava, setenta anos feitos, os dele, cinquenta os da Escola onde até aí servira. Mais tarde chamou-lhe “poeta do ferro”. E nas Arcas Encoiradas descreve, em deliciosas páginas, essa epopeia do levantamento, sobre o pedestal de Santa Cristina, da estátua ao Bispo Alves Martins decalcando os apontamentos manuscritos que Malho lhe enviara e que ele, por sua vez, mais tarde publica na Revista Beira Alta. Honrou-o a Câmara Municipal dando-lhe o nome a uma Rua, honrou-o dando-lhe o nome a um Centro Escolar onde professores e alunos deverão saber quem foi tal Mestre, que o foi. Honrá-lo-á, mantendo como arte pública os “candeeiros” que ele gizou para a cidade, adaptando-os a seu justo lugar. Como aquele que desce do tecto do seu átrio fazendo parceria com os que se adossam aos seus muros, esse belo fragmento de um Museu desta cidade, o átrio da Câmara, a
Sessões diárias às 11h00(Dom.) 14h30, 16h55, 19h20, 21h50, 00h25* O Regresso de Johnny English (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h40, 00h30* Identidade Secreta
Sessões diárias às 15h00, 17h20, 19h40, 22h00, 00h20* Não sei como ela Consegue (CB) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h20, 16h50,19h20, 21h50, 00h30* Contágio (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h00,
Tiago Virgílio Pereira
azulejaria e a pintura de Almeida e Silva e a mestria do lavor de Álvaro Loureiro nas madeiras do mobiliário. Honrá-loá em futuras exposições de um Museu que conte a história da cidade, na salvaguarda, possível, do lugar do seu lavor, a oficina onde uma placa talvez merecesse já foros de estar. Desafios, para além da luz dos candeeiros. E transcrevo uma frase que eu escrevi na Beira Alta, vão mais de vinte anos: Definiu [A. Malho] uma sintaxe ornamental tão personalizada que as suas obras não oferecem particular dificuldade a uma decifração. A ligeireza das volutas, os nódulos firmes que abraçam o metal, o elegante e correcto espiralado das barras e dos fustes, a fragilidade aparente das pétalas de rosa que tanta vez aplica, a proporção dos gomos e remates, o poético recorte das longas folhas de acanto são por si suficientes para se constituírem como assinatura de obra onde Arnaldo Malho geralmente apunha com golpes de cinzel a sua sigla – MALHO – uma data, e bastas vezes o nome da sua cidade – VISEU.
Estreia da semana
Não sei como ela Consegue – Kate Reddy trabalha numa das
mais antigas e distintas instituições do coração financeiro de Londres, a Edwin Morgan Foster. Para esta mulher de sucesso, o dia devia ter no mínimo 48 horas! É que ser casada e mãe de dois filhos exigentes não é tarefa fácil para quem quer manter-se no topo de uma empresa igualmente exigente.
D 10º “cromo” Viseupédia
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culturas Concerto
“7 Metamorphosis” em Lamego
Yolanda Soares apresenta “7 Metamorphosis”, amanhã, pelas 21h30, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego. O segundo trabalho da cantora portuguesa é uma viagem pelo mundo do rock, numa fusão com clássico e electrónico. No espectáculo, Yolanda Soares tem duas personalidades, dois seres que existem em todas as mulheres. O preço único do bilhete é 10 euros.
Variedades
Novo horário na biblioteca de Aguiar da Beira A Biblioteca Municipal de Aguiar da Beira adoptou novo horário de funcionamento, no sentido de dar resposta a um maior número de utentes e, consequentemente, ser mais abrangente e eficaz. Assim, segunda, terça e quinta-feira, está em aberta das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Às quartas e sextas, o horário de funcionamento é das 13h00 às 19h00. “No Teu Deserto”, de Miguel Sousa Tavares é uma das sugestões de leitura na sessão de adultos.
O TEMPO E O MODO
Há festa em Armamar “Feira da Maçã”∑ Evento reúne comércio e diversão em torno da maçã de artesanato e outros produtos do município. À noite, actua a dupla Miguel e André e Ana Leão. Até Domingo, está previsto um desfile etnográfico, com a participação de todas as associações culturais ciaç ci iaaç çõe ões cu ões c ult ltur urais ur aiis do do
município, cantares ao desaf io, actuação de tunas, ranchos folclóricos, bombos e fanfarras. O evento é uma organização da autarquia e da Associação de Fruticultores de Armamar, em conjunto com c co onjj v vári á rii instivárias dos ttuições tu i sectores e económic co, social e cultural d do município pi o pio. TTiago iagoo Virgílio ia V Pereira
Teatro
“Dentro das Palavras”, propõe Catalão “Dentro das Palavras” sobe ao palco do Teatro Viriato, em Viseu, amanhã, pelas 21h30, no seguimento da programação “Tri-Ciclo” do teatro viseense. A peça de Rui Catalão surgiu durante o período em que viveu na Roménia. O seu trabalho reflecte o progressivo afastamento
da dança em relação à linguagem falada enquanto principal meio de expressão, mas também revela como a vida do corpo sofre esta mudança comunicacional. Na matriz do projecto encontram-se as dicotomias isolamento – comunicação, ocultação – revelação. “Dentro das Pa-
lavras” procura trazer à superfície um dos dilemas das artes e do pensamento contemporâneo que melhor sobreviveram ao fim do modernismo: a relação entre verdade e ficção, entre personalidade e personagem, entre privado e público. O preço do bilhete varia entre os 5 e os 10 euros.
Literatura
Lançamentos de livros em Viseu ∑ O livro “Casas de Escritores no Douro”, da autoria de Secundino Cunha e fotografias de Sérgio Freitas, é lançado hoje, pelas
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18h00, no salão nobre da Câmara Municipal de Lamego.
∑ Sábado, pelas 21h30, António Lobo Antunes
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Amanhã, pelas 15h00, será apresentado na Sé de Viseu o 10º “cromo” Viseupédia. O texto é da autoria de Fátima Eusébio e a imagem de Daniela Cardoso.
Destaque
A quar ta edição da “Feira da Maçã” decorre este fim-de-semana, em Armamar. Amanhã, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, preside à abertura do evento. O espaço de exposição vai contar com representações dos sectores agrícola, produção industrial alimentar, turismo, artesanato e associações culturais. Os visitantes vão assim poder conhecer, provar e comprar vinhos, maçãs, enchidos, queijos, doçaria, peças
Jornal do Centro
apresenta o seu último livro: “Comissão de Lágrimas”, na livraria Pretexto, em Viseu.
∑”Mãe
Preta”, o lan-
çamento do romance da autoria da carregalense Celeste Cortez, está marcado para hoje pelas 21h30 na Fundação Lapa do Lobo.
João Luís Oliva
A improbabilidade Imagine o leitor que, movido por razões não racionais porque, de facto, assentes em intuições e cumplicidades , se via, à noite, numa aldeia perdida do planalto beirão com cerca de 700 habitantes, perguntando a um passante local onde era a escola. E imagine, também, que a conversa se desenvolvia assim: “A escola? É ali… mas está fechada a esta hora”. “Ná, não deve estar porque me disseram que hoje havia lá um espectáculo”. ”Oh amigo, isso não é a escola… é o teatro! Corta duas vezes à esquerda e anda duzentos metros; vê logo as luzes. O meu filho já lá está, que eu só posso ir amanhã…”. E, depois, o leitor cortava duas vezes à esquerda, andava duzentos metros, via logo as luzes… e tinha o privilégio de assistir, nessa aldeia perdida do planalto beirão com cerca de 700 habitantes, a dois espectáculos de um bailarino madrileno e a uma dramaturgia coreográfica com uma das melhores bailarinas portuguesas. Improvável, não é? Mas tudo verdadinha! Passemos da ficção tínhamos pedido ao leitor para imaginar… à realidade: o episódio é protagonizado pelo autor destas linhas e a aldeia é Oliveirinha; quem tinha dado notícia do espectáculo era Cristóvão Cunha, desenhador de luz, homem de palcos, construtor de sonhos (Cineclube de Viseu, Circolando, Teatro Viriato), um dos animadores do NACO – Núcleo Juvenil de Acção Cultural de Oliveirinha. Tratava-se mesmo de uma escola desactivada e transformada em palco, plateia com cerca de setenta lugares, camarins e breve foyer: um verdadeiro tea-
tro; os espectáculos, sem os quais o teatro não o era, integravam-se no V Festival “Palco para dois ou menos”, que decorreu em Maio e Junho deste ano; o bailarino madrileno era Félix Lozano (em duas peças contemporâneas, numa delas acompanhado por Catarina Câmara) e a bailarina era Leonor Keil (em contracena com Lira Keil, numa citação cénica das visualidades de Lurdes Castro, pintora do grupo parisiense KWY). Quanto ao passante local, era mesmo isso: um passante local. Em meados de Outubro e esse é o “a propósito” , Cristóvão Cunha chama outra vez a atenção de Oliveirinha, desta vez não para um festival mas para uma comum reabertura de época da programação da Escola do Teatro. Diferente (e a diferença é fundamental) do desafiador abstraccionismo da dança, a figuração contemporânea de uma dramaturgia de textos de Ana Castro Osório e Virgílio Ferreira: Eira, uma criação conjunta da encenadora Sónia Barbosa e da actriz Helena da Silva; a ruralidade a reencontrarse consigo própria, mediada pela imaginação e reflexão humana, que é universal. Tal como o NACO diz no seu sítio da internet, “o teatro feito e exibido apenas para ‘as gentes da nossa aldeia’ está condenado a morrer dentro de si próprio”. Criação artística e prática cultural é mesmo isso: universalidade, ou pertença local partilhada com o mundo; contemporaneidade, ou ancestralidade do presente; mas também improbabilidade, ou desafio desassossegado e inquieto da surpresa. Afinal, o encanto. “O meu filho já lá está, que eu só posso ir amanhã…”
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saúde “Ter uma Ordem de gabinete não serve os enfermeiros” Ricardo Matos, de 30 anos, enfermeiro em Aveiro, é um dos três candidatos a presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE),para o mandato de 2012-2015. As eleições decorremdia12 deDezembro. Porque se candidata?
Por “Uma Ordem com os Enfermeiros”. Hoje, quem gere a Ordem não tem a mínima noção do que se passa na prestação de cuidados. Ou não trabalha há já vários anos ou pertencem quase todos à docência. Candidatome porque quero deixar de sentir e de ouvir à maioria dos enfermeiros que a Ordem serve apenas para pagar quotas, para fazer uns seminários de ética e deontologia, para publicar uma revista que custa 500.000 euros e ninguém lê e umas viagens ao estrangeiro com comitivas de mais de 20 pessoas.
da prestação de cuidados e de enfermeiros que não estão nos atuais órgãos da OE. Temos propostas que até hoje a Ordem não ousou falar, quanto mais propor, tais como isentar os desempregados e anular o aumento da quota, porque entendemos que os 6 milhões de euros em proveitos são suficiente para fazer face aos custos. Criar uma newsletter em vez da revista em papel e modernizar os serviços da OE, proporcionando voto electrónico através de certificação digital. Publicamente apontar as instituições que violam a segurança e a qualidade dos cuidados de enfermagem quando permitem que um ou dois enfermeiros tenham sob a sua responsabilidade 20 ou 30 doentes. A Ordem dos Enfermeiros é o garante dessa qualidade e segurança. Ao não intervir, como tem feito nestes 13 anos, está a ser conivente com esse comportamento.
Quais são as linhas fortes da sua candidatura?
Qual a sua opinião sobre os anunciados cortes na saúde. Quais as consequências?
O estar integrado numa equipa maioritariamente
Há uma racionalização na saúde que se impõe. Há
fermeiros, mas estão feridos no seu orgulho e zangados com a sua Ordem. Quais são os problemas atuais dos enfermeiros?
A “Há uma racionalização na saúde que se impõe” dinheiro mal gasto e desperdício, mas os cortes não podem ser cegos, sob pena de destruirmos um dos melhores sistemas de saúde da Europa. Hoje as dotações não são suficientes e colocam em causa a prestação de cuidados. De acordo com um estudo publicado pelo Conselho Internacional de Enfermeiros em 2006, as dotações adequadas de enfermeiros estão associadas a uma menor mortalidade dos doentes internados e a estadias mais curtas no hospital, o que contribui significativamente para a sustentabilidade financeira das instituições, pelo que
não aceitamos qualquer tipo de corte nesta área. Caso seja eleito, que obstáculo vai ter que enfrentar?
Precisamos de um olhar novo na Ordem dos Enfermeiros, que combata a desmotivação dos enfermeiros e os chame a participar na regulação da sua profissão. Ter uma Ordem dos Enfermeiros de gabinete que não vai aos locais de trabalho e não procura dizer que a Ordem é de todos, não serve os enfermeiros. Creio que esse será o maior desafio, despertar a consciência dos mais de 64.000 enfermeiros que adoram ser en-
Aquele que mais atingiu os enfermeiros foi o fato de sermos licenciados há 10 anos e não sermos reconhecidos como tal. Outro problema grave foi o descontrole do Ensino nos últimos 10 anos, com vagas em excesso no Ensino Superior, o que gerou mais de 50 por cento de desemprego nos recémlicenciados. Tudo isto, a par do número de enfermeiros que falta nos serviços, é uma mistura explosiva provocada pela ausência de regulamentação da própria Ordem dos Enfermeiros. De que forma a ordem dos Enfermeiros pode dar resposta a esses problemas?
Em primeiro lugar falando deles publicamente. Depois, sustentando os nossos argumentos com dados objectivos e comprovados. Não vamos discutir com o Governo a questão das vagas do Ensino Superior, por exemplo, sem estudos de empregabi-
lidade e de mercado. Quais os principais problemas queosutentesenfrentamcom o Serviço Nacional de Saúde que temos?
Uma crescente perda de acessibilidade aos cuidados de saúde, diminuição da qualidade e segurança dos cuidados, com tendência crescente para o aumento de número de erros por desgaste e exaustão dos enfermeiros, que não chegam para todas as solicitações.Um doente tem alta do hospital e vai para casa com uma úlcera de pressão provocada pela imobilidade numa cama e a família pensa imediatamente que a culpa é do enfermeiro. O que esta família não sabe é que, na maioria dos serviços, estão um ou dois enfermeiros de serviço para 20 ou 30 doentes. O número de quedas e outros acidentes aumentam, como é óbvio. Nestes processos, a Ordem limita-se a punir o Enfermeiro, quando o devia ter protegido atempadamente ao regulamentar. Emília Amaral versão integral em www.jornaldocentro.pt
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Rejuvenescimento facial imediato Uma pele baça e desvitalizada, com rugas, poros abertos e algumas manchas, é consequência do fotoenvelhecimento inerente à idade, ao stress, ao tabaco, às alterações hormonais, aliados à elevada exposição solar e as diversas fontes de poluição. O envelhecimento cutâneo é sobretudo visível no rosto, pescoço, decote e mãos. No verão com o aumento da epiderme à exposição solar, a pele fica mais seca desidratada e todas as pequenas imperfeições tornam-se mais evidentes. A Depilperfect de Viseu tem os mais recentes equipamentos de rejuvenescimento facial, disponibilizando vários tratamentos não invasivos, como: Microdermoabrasão com vácuo e Leds. Também conhecido como “peeling” de cristal, solução para peles cansadas, poros dilatados, pontos negros, eliminação de manchas, falta de brilho, pele seca e alterada. Atenua olheiras. A projecção de cristais naturais através de uma ponteira descartável, provoca a remoção da camada superficial da epiderme e deixa a pele macia e fresca. A combinação das acções de vácuo, Leds e de esfoliação estimulam o fluxo sanguíneo, promovendo a produção de
novo colagénio e elastina. O resultado é um efeito de “lifting” instantâneo. Luz Pulsada Intensa. O tratamenicação de “pulpul to consiste na aplicação ses” de luz com ass características ideias para tratar os sinais do envelhecimento facial al (manchas, pele baça, vasos, couperose, nas) e estirosácea, rugas finas) mular a produção de colagéealizado no nio, que pode ser realizado aços, mãos, rosto, pescoço, braços, tronco e colo. a. É um trataRadiofrequência. ombate à flacimento eficaz no combate gue rejuvenesdez da pele, consegue or, que vai até à cer através do calor, profundidade da mesma, permitindo obter excelentess resultados, evitando, em muitas situações, a nea intervenção cicessidade de uma rúrgica. É possívell tratar qualquer zona corporal que apresente flacio, pescoço, dez, quer seja rosto, abdómen, braços ou nádegas. ntos Estes tratamentos egusão indolores e segudos ros; com resultados ão e desde a 1ª sessão odos aconselhados a todos os tipos e tons de pele pele.
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ALUNOS DE MANGUALDE ASSINALAM DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO
Campanha contra a depressão chega a Viseu A Unidade Móvel Interactiva sobre Depressão está em Viseu esta sexta-feira, dia 21. A recepção está ma rcada para as 10h00, no Largo S. Mateus (largo da Feira de S. Mateus) e conta com a presença dos psiquiatras Nuno Cunha e Jorge Humberto, director do departamento de psiquiatria do Hospital S. Teotónio de Viseu. A campanha “No ca-
Os a lunos do novo Centro Escola r de Mangualde construíram uma roda dos alimentos viva, gigante, com a ajuda das professoras, educadoras, e dos alunos do 11.º ano do Curso de Apoio Psicossocial. Esta Roda dos Alimentos vai ficar exposta no centro escolar até esta sextafeira, inclusive, e pode ser visitada por toda a comunidade escolar. A iniciativa pretendeu assinalar o Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro), através de uma acção conjunta entre a Unidade de Cuidados na Comunidade do Centro de Saúde de Mangualde e o Agrupamento de Escolas de Mangualde. Esta acção faz parte do Projecto “Saber Escolher”, inserido no Plano de Acção 2011, da Rede Social de Mangualde, no âmbito do Eixo de Intervenção “Prevenir Comportamentos Aditivos”.
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Obstetrícia e Ginecologia Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3504-514 VISEU (Qta do Seminário) Marcação: 232 426 021 963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958
minho para que deixe de doer ”, promov ida pela A Lilly Portugal, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental e outros organismos, engloba uma exposição interactiva que ajud a rá a perce ber o que é a depressão, como se manifesta, os sintomas associados e o impacto no dia-a-dia de uma pessoa. A exposição leva ainda a visi-
tar as regiões do cérebro envolvidas na depressão. A campanha percorre várias capitais de distrito até ao final do mês. O objectivo é alertar e escla recer toda a po pulação para os diversos tipos de depressão e desmistificar o estigma que ainda está associado a esta patologia e à doença mental, de uma forma geral.
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GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.
TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.
RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.
RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.
O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.
SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.
RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.
RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.
RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.
Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.
NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.
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O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.
RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.
TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.
SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.
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OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.
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FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.
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ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a L g. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498
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JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt
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Jornal do Centro
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CLASSIFICADOS
21 | Outubro | 2011
EMPREGO & FORMAĂ‡ĂƒO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320)
Pedreiro. Mortågua - Ref. 587788693 Servente - Construção Civil. Mortågua - Ref. 587788717 Pasteleiro. Carregal do Sal Ref. 587779960 Marceneiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587783204
OFERTAS DE EMPREGO Docente (ensino de inglĂŞs) Cabeleireiro. Lamego - Ref. - MunicĂpio de Vila Nova de 587763573 Paiva Pedreiro. Lamego - Ref. 587767580 Empregado de balcĂŁo. SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira - Ref. 587781497
Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170)
Mecânico de automóveis com experiência. São João da Pesqueira - Ref. 587781501
Costureira, trabalho em sÊrie, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785
TĂŠcnico de vendas. Lamego Ref. 587785146
Serralheiro civil, na årea da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650
Estucador. Viseu - Ref. 587787639 Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916 Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911 Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876 Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353
Empregado de Mesa. Carregal do Sal - Ref. 587788802
EscriturĂĄrio de contabilidade. Lamego - Ref. 587785147
Ajudante de Cozinha. Santa Comba DĂŁo - Ref. 587784769
Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301
Padeiro, em geral com experiĂŞncia. Tondela - Ref. 587744065
Esteticista (visagista). Tarouca - Ref. 587787729
Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278
Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391
Electromecânico, em geral. Lamego - Ref. 587787955
Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887
Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640
Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014
EscriturĂĄrio/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442
Mecânico de automóveis com experiência. Tondela Ref. 587783077 Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598
Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192)
Empregada domĂŠstica casas particulares. Lamego - Ref. 587788184
Cozinheiro. SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira - Ref. 587788655
Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245
Empregado de mesa. SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira - Ref. 587789026 Docente (actividade fĂsica e desportiva) - MunicĂpio de Vila Nova de Paiva Docente (ensino da mĂşsica) - MunicĂpio de Vila Nova de Paiva
Centro de Emprego de VISEU (232 483 460)
Servente - Construção Civil. Såtão - Ref. 587787972 Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716
Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084 Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068
Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441 Empregado de mesa. Cepþes - Ref. 587787476 Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085
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Jornal do Centro
42 NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS
21 | Outubro | 2011
INSTITUCIONAIS
NECROLOGIA Maria Ermelinda Cerveira, 82 anos, solteira. Natural de Beijós, Car- Lordosa. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 17.00 horegal do Sal e residente em Póvoa da Pegada, Beijós, Carregal do Sal. ras, para o cemitério de Lordosa. O funeral realizou-se no dia 16 de Outubro, pelas 17.30 horas, para Idalina Rodrigues Rego, 74 anos, casada. Natural e residente em Lao cemitério de Beijós. geosa, Lordosa. O funeral realizou-se no dia 20 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Lordosa. Maria da Anunciação Campos, 88 anos, viúva. Natural e residente em Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 16 de OutuMaria do Carmo Regalo, 100 anos, viúva. Natural e residente em Póbro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Beijós. voa de Calde. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415 Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 Isilda Pereira de Lacerda, 88 anos, casada. Natural e residente em Folgosa, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, António Ferreira Osório, 69 anos, casado. Natural de Lordosa e repelas 16.30 horas, para o cemitério de Castro Daire. sidente em Vil de Souto. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, Custódia de Almeida, 93 anos, viúva. Natural e residente em Gafa- pelas 17.30 horas, para o cemitério de Vil de Souto. nhão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, peLucina Alexandre Pereira, 79 anos, viúva. Natural e residente em Bolas 18.30 horas, para o cemitério de Gafanhão. diosa. O funeral realizou-se no dia 16 de Outubro, pelas 15.30 horas, António Augusto Monteiro, 77 anos, casado. Natural de Codesais, para o cemitério local. Ermida, Castro Daire e residente em Corroios, Lisboa. O funeral realizou-se no dia 19 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério João Marques de Almeida, 84 anos, viúvo. Natural de Caparrosa e residente em Caparrosinha, Tondela. O funeral realizou-se no dia 16 de de Vilar, Ermida. Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Caparrosinha. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Esmeralda Rodrigues Fernandes Carvalho, 63 anos, casada. Natural Castro Daire Tel. 232 382 238 e residente em Queirã, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 18 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Queirã. Madalena Pinto Brochado, 91 anos, viúva. Natural e residente em Nespereira, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 19 de Outubro, pe- Agência Funerária de Figueiró Viseu Tel. 232 415 578 las 11.00 horas, para o cemitério de Nespereira. Agência Funerária Irmãos Semblano Cinfães Tel. 256 951 647
2ª Publicação
Maria do Céu Pereira Cardoso, 97 anos, solteira. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.
(Jornal do Centro - N.º 501 de 21.10.2011)
José da Costa, 73 anos, solteiro. Natural de e residente em Santiago António Pereira, 81 anos, casado. Natural e residente em Penede Cassurães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 15 de Outu- José dono. O funeral realizou-se no dia 16 de Outubro, pelas 10.30 horas, bro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães. para o cemitério local. Agostinho Gomes Brízido, 76 anos, casado. Natural de Juncais, Alzira de Jesus Gomes, 85 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. Fornos de Algodres e residente em Mangualde. O funeral realizou- O funeral realizou-se no dia 17 de Outubro, pelas 16.00 horas, para se no dia 18 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de o cemitério novo de Viseu. Mangualde. Alvarim Alves Pereira, 68 anos. Natural do Porto e residente em JuAgência Funerária Ferraz & Alfredo gueiros, Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de Outubro, pelas Mangualde Tel. 232 613 652 10.00 horas, para o cemitério do Prado do Repouso, Porto.
1ª Publicação
António dos Santos da Costa, 87 anos. Natural do Porto e residente Arminda Ferreira Marques, 85 anos, solteira. Natural de Moçambi- em Santiago, Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de Outubro, peque e residente em Moçamedes, São Miguel do Mato. O funeral rea- las 17.00 horas, para o cemitério velho de Santiago. lizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. de Moçamedes. Viseu Tel. 232 423 131 António Gomes Fernandes, 85 anos, viúvo. Natural e residente em Dianteiro, Santa Cruz da Trapa. O funeral realizou-se no dia 16 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa. 1ª Publicação
Felismino Gomes dos Santos, 84 anos, casado. Natural e residente em Silgueiros de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 17 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 Boaventura Fernandes, 90 anos, viúvo. Natural de Tarouca e residente em Valverde, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 9 de Outubro, pelas 16.45 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.
(Jornal do Centro - N.º 501 de 21.10.2011)
Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Maria Augusta, 81 anos, viúva. Natural e residente em Lageosa, Lordosa. O funeral realizou-se no dia 14 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Lordosa. José Francisco, 84 anos, viúvo. Natural e residente em Várzea de Calde. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Póvoa de Calde. Maria de Jesus, 83 anos, casada. Natural e residente em Galifonge,
(Jornal do Centro - N.º 501 de 21.10.2011)
Jornal do Centro 21 | Outubro | 2011
clubedoleitor
43
DEscreva-nos para:
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.
A grandeza do povo português
HÁ UM ANO Distribuído com o
Expresso. Venda interdita.
DIRECTOR
Pedro Costa
UM JORNAL COMPLETO
Semanário de 2010 22 de Outubro
> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 08 > REGIÃO pág. 10 > NEGÓCIOS pág. 18 > DESPORTO pág. 20 > CULTURAS pág. 21 > SAÚDE pág. 24 > RESTAURANTES pág. 27 > CLASSIFICADOS pág. 28 > NECROLOGIA pág. 30 > CLUBE DO LEITOR pág. 31
Sexta-feira Ano 9 N.º 449
1,00 Euro (IVA 5% incluído)
SEMANÁRIO
∑ “Há dias estava numa
reunião e passou
um rato”, (Jorge Pacheco,
do Gumirães coordenador técnico
Viseu vão Hipermercados de todo o dia abrir ao Domingo diz que a nova lei
∑ Associação Comercialcâmaras” | página 6 espaço de manobra
E este é certamente o momento De ocorrer algo novo para nos dar alento Que a alma deste povo Lusitano Mais uma vez se transcenda Para a resolução desta contenda Com respeito pelo ser humano.
São também impressionantes E não menos importantes As vitoriosas batalhas Contra os Mouros e os Castelhanos Em defesa dos soberanos Superando sempre as alhadas.
Que a esperança rejuvenesça Que a solidariedade não esmoreça Que a igualdade de oportunidades reapareça Que o respeito pelo trabalho se enalteça Que o espírito de sofrimento não desapareça Que o patriotismo vença.
Nos descobrimentos fomos heróis Repartindo com os Espanhóis Um mundo por explorar. Expandimos Portugal Com mais uma rota comercial Que muito nos fez avançar.
E para finalizar De que mais posso eu falar. Do reconhecimento do valor Português É melhor merece-lo sem o ter Que possuí-lo sem o merecer Já Camões o disse uma vez.
às
serve os interesses
dos grandes grupos
e “dá pouco
Basket)
| página 10
À conversa “Ser governador civil e presidente da Federação do PS poderia trazer ruído ao exercício de ambas as funções” governador
Miguel Ginestal, civil de Viseu páginas 8 e 9
Projecto piloto ACAPO lança s Centro de Actividade da Vida Diária para invisuais
página 14
16
especial curiosidades
ão Nesta edição
Dia de Todos-os-Santos Dia de Todos Santos: os
Jornal do
Centro 22 | Outubro | 2010
Perde-se da Feira no tempo origem dos Santos textos
e fotos No calendário ∑ Raquel Rodrigues católico, cada dia do ano é dedicado a uma santificadafigura rente. No difeto, os 365 entanMangualde∑ ano não dias do Local de para honrar chegam excelência todos santos Conhecida escolheu, existentes. os por isso de transações um pouco por todo que a Igreja E foi vembro no início do século o país para ser do muitos Católica e atraincomerciais VII, o “Dia de Todos o dia um de esta feira anualmente visitantes, os Santos”. Notem evoluído Mangualde a cidade de recebe da qual a feira não exactidão se sabe com a Funcionaorigem. “entreposto ndo como Halloween: de buição A palavra comercialdistrio litoral entre ween deriva Halloe data de a montanha”, do termo em inglês ração 1948 a delibe“all hallows da autarquia day”, que Mangualde significa de de realizar a famosa Todos os Dia de Santos, tos” nos “Feira dos SanPopularizado primeiros do e domingo sábaexportado e do mês Novembro. desde os Estados de Unidos América, Esta decisão ou seja, da esta festividade acontece de mantevese até possível 30 de Outubro aos dias na ver crianças para um noite anterior, sendo de hoje, do doces que de Novembro e guloseimasmascaradas nhecida a também coe a vizinhos pelas ruas, pedin-é Febras” por “Feira das e familiares. junta mais diversas hoje as des económicasactividamo espaço, no mesem dois que são dias de positores festa para exDia dos e visitantes. Finados: Historicamente, Comemorado gem das no dia a oridois de feiras Novembro, antiguidade, remonta o Dia dos realizando-à se geralmente relembra Finados junto com em conaqueles que já as festas faleceram giosas. relie é costume O vimento seu desenvolneste “Feira dos dia ver os familiaSantos” durante intensificou-se res em aparece a Idade peregrinação na história mas foi Média, concelho de aos cemitérios, principalmente ligada ao Azurara Beira, partir do panhados carácter acomse notabiliza da mas prática a realização séc. XIX religioso de flores pelas louças maioritariamente las para crescimento da população com o e veacender. deu a força da “Feira pela peixe Santos”. Esta é uma cristã, transporte das redes um pouco dos essa do Litoral. e pelo seis de e sete Desde por todo que ainda não altura Nos f inais atingiram que as feiras do próximo mês de perpaís. Mangualde as Feiras Novembro, de são actual. a sua dimen- lo XVIII os do sécua ganhar começaram ra dos Santos a Feiartesãos Desde Publicidade séculos há três Ma ng ualde grande de transformando-se deste ainda se que Mangualde, e das fama, nas limítrofes encontra ano outrora zomar os a ultisede do a Feipreparativos à Serra ra dos Santos antigo da Estrela trocavam certame, num maiores do ali as suas certames dos manter mas promete já vel Publicidade matérias-prinacional. o nível a nídade a de qualiMarcada que visitantes expositores para os dias já se habitua-e ram.
Especial Dia de Todos-os-Santos
Viseu Novo quartel do Bombeiros Voluntários quase pronto e sem acessos
página 15
A
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Ainda hoje é impressionante O nosso passado distante Quando os perseverantes Lusitanos Mostraram a sua valentia Utilizando muita mestria Derrotando os Romanos.
DA
REGIÃO DE VISEU
entro.pt| aldocentro.pt·www.jornaldoc Viseu·redaccao@jorn Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira,
ores denunciam Dirigentes e treinad o do Fontelo ilhã pav do o açã degrad
461·Fax:232431225 |Telefone:232437
Nuno Ferreira
Começou com Viriato Um lusitano com um poder inato O fado do povo Português. Realizar feitos gloriosos Que nos deixam orgulhosos Mas apenas de quando em vez.
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Já nos Lusíadas, Camões Um homem de grandes paixões Não sendo nada burguês Relatou os descobrimentos E outros importantes eventos Glorificando o povo Português.
Adelino Ferreira (Professor Universitário)
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DR
FOTOS DA SEMANA
Este acidente ocorreu há cerca de três semanas, na Avenida 25 de Abril, em Viseu, no entroncamento que dá acesso à zona da Praça de Goa. Mas, depois deste, já se registaram outras ocorrências. O ponto negro registado naquele lugar não é de agora. A passadeira, usada diariamente por centenas de pessoas, nomeadamente, por alunos de vários estabelecimentos de ensino localizados ali perto, é considerada perigosa porque os carros “circulam na via a alta velocidade” e, “talvez por falta de visibilidade” não param na passadeira. “Muitas vezes já estamos no meio da passadeira e temos que parar para o carro passar”, desabafa um peão. Responsáveis por escolas, ATL’s, moradores e outras pessoas que fazem o seu dia-a-dia naquela zona, aconselham a autarquia a encontrar uma forma de resolver o problema, sob pena de um dia deste acontecer um acidente fatal. Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt
EDIÇÃO 449 | 22 DE OUTUBRO DE 2010 ∑ Dirigentes e treinadores denunciaram ao Jornal do Centro a degradação do pavilhão do Fontelo, em Viseu. Um ano depois, a intervenção profunda que aquele equipamento exige ainda está por fazer. ∑ A delegação de Viseu da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal ACAPO lançou o projecto piloto Centro de Actividades da Vida Diária para invisuais.
tempo: nublado
JORNAL DO CENTRO 21 | OUTUBRO | 2011
Hoje, dia 21 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 8ºC. Amanhã, 22 de Outubro, Céu nublado de manhã, chuva fraca com períodos de céu pouco nublado para o resto do dia. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 12ºC. Domingo, 23 de Outubro, Algumas nuvens pela manhã, chuva fraca com períodos de céu pouco nublado para o resto do dia. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 11ºC. Segunda, 24 de Outubro, Chuva e possibilidade de trovoada. Temperatura máxima de 17ºC e mínima de 11ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
Como surge a iniciativa?
Esta iniciativa decorre de uma vaga de fundo que já vinha a acontecer há bastante tempo.Dez anos depois, achamos que é chegado o momento de recordar esses tempos que vivemos em missão por Timor. Ao mesmo tempo aproveitar para homenagear aqueles que já nos deixaram e voltar a colocar Timor na ordem do dia, perguntando o que é que 10 anos depois resultou do nosso esforço e qual o caminho que Timor está a seguir para ficarmos conhecedores dessa realidade e desse país que vimos nascer. O que é hoje Timor?
Vamos procurar responder. No seminário temos o de individualidades, como o dr. Narana Coissoró que acompanha o dia-a-dia de Timor, que nos vão traçar aquilo que é a perspectiva da administração de um
Olho de Gato
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Decimatio Nuno André Ferreira
Há 10 anos, o 2º Batalhão de Infantaria/PORBATT saiu de Viseu para conduzir a missão da UNTAET a favor da independência timorense, o momento volta a ser recordado na cidade, este fim-de-semana. Do programa destaca-se este sábado o seminário “Timor uma Década Depois”, no Solar do Dão, às 14.30, e no domingo a inauguração da exposição “Expressões Lorosae” com a presença da embaixadora de Timor em Portugal, a par de um conjunto de iniciativas. O coronel Fernando Figueiredo foi comandante do batalhão e é o porta-voz da comissão organizadora do encontro.
“Assistíamos ao sorriso de uma criança por uma bolacha país novo em termos de futuro. O evento pode ser o catapultar para outras acções?
Temos para já agendada a publicação de um livro para o qual não encontrámos ainda financiamento, restando-nos a esperança que a Fundação Oriente e o dr. Carlos Monjardino, que nos deixou aberta a possibilidade de congregar esta nossa vontade em 2012, o venha a financiar. Que livro é esse?
O livro é da minha autoria, mas são as memórias de um colectivo. Pedi a vários camaradas que me fizessem chegar os seus depoimentos, alguns deles tinham mesmo diários que escreviam na sua rotina do dia-a-dia, depois compilei esses dados, dei-lhe um
cunho especial já que a particularidade de ter sido comandante de batalhão me permite uma visão mais abrangente da missão e das relações que o batalhão tinha com as diversas entidades presentes no terreno.
nização. Felizmente correu tudo bem, estivemos presentes de forma muito intensa, a mensagem passou e tudo foi muito ordeiro.
Foi uma missão especial?
As gentes que me marcaram profundamente, depois, as crianças. Já vivíamos aqui numa sociedade consumista da PlayStation e de outras exigências que os nossos filhos nos faziam e ali assistíamos ao sorriso de uma criança por uma bolacha, ou uma garrafa de água. Estas coisas marcam-nos profundamente. Recordo ainda a paisagem encantadora, com verdadeiros paraísos, e a vontade daquela gente em ser diferente.
O facto de o nosso batalhão ter como missão apoiar as eleições livres de Timor e ser um momento que politicamente Portugal não podia perder, fez-me sentir na qualidade de comandante do batalhão muita exigência operacional por parte do Exército, no sentido de não falharmos, e senti alguma pressão política por parte até da Casa Militar e da Presidência da República (Presidente Jorge Sampaio) por forma a que fosse possível a Portugal apagar esta linha negra da nossa colo-
O que tem mais vivo na memória quando recorda a missão?
Emília Amaral
1. Quando uma legião romana praticava um acto grave de cobardia ou indisciplina, sujeitava-se a um castigo particularmente severo — a decimatio, a dizimação. Eram isolados grupos de dez soldados. Em cada grupo, sem olhar a patente, “tirava-se à sorte” um escolhido que era castigado por lapidação ou garrote pelos nove restantes. Fazendo uma analogia com o que acontecia na antiga Roma, o boletim de Outubro do Laboratório Europeu de Antecipação Política prevê até meados de 2012 um cenário de tripla decimatio para os bancos ocidentais: a dizimação do seu pessoal com mais uma vaga de despedimentos maciços; a dizimação dos seus lucros e valor bolsista (10 biliões de dólares de activos fantasmas já se esvaíram em fumo e o fogo continua); a dizimação do seu número (10 a 20% dos bancos vão desaparecer). Os políticos têm-se portado como mordomos do poder financeiro: em Portugal, Barroso e Sócrates foram uma espécie de Jarbas do sr. Ricardo Salgado do BES; nos Estados Unidos, Obama tem sido uma desilusão. Mas agora os políticos, que precisam de votos, pressionados pelas opiniões públicas cada vez mais hostis aos bancos, vão apertar as regulamentações da actividade financeira e vão começar o cerco aos off-shores. Há que salvaguardar as poupanças das pessoas e não as ficções contabilísticas dos banqueiros. Os bancos que forem “demasiado grandes para cair” não caiem, mas passam para o estado e por bom preço (eles estão todos os dias a perder valor em bolsa). 2. O ministro Álvaro não dá prazos para a construção da auto-estrada Viseu – Coimbra. As portagens na A24 e na A25 estão por dias. Sobre este pesadelo, o PSD e o PS locais, patéticos, acusam-se um ao outro. Quando aparece um político de Viseu na televisão não é para nos defender, é só para fazer de emplastro.
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