Jornal do Centro - Ed502

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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ESPECIAL > EDUCAÇÃO > SUPLEMENTO > ECONOMIA > ESPECIAL > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário 28 de Outubro a 3 de Novembro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 502

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · www.jornaldocentro.pt |

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Foto Germano

Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente Confraria dos Degustadores de Vinho do Dão ∑ XVI Aniversário ∑


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Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

praçapública r

palavras

deles

Os recursos parecem diminuir e a esperança de dias melhores vai-se diluindo no coração dos portugueses; e, antes que falte para nós e para vós, quem o tem vai poupando e quem não tem sente a revolta a fervilhar no seu coração amargurado e desiludido.”

r Na

actualidade, tudo parece cinzento... a esperança parece desvanecer-se... O jornal televisivo é um festival de desgraças, se não fosse a nossa própria vida a estar em causa, quase daria para rir à gargalhada.”

António Vilarigues anm_vilarigues@hotmail.com

António José Laranjeira Psicólogo, Região de Leiria, 21/10

O Espírito viaja a pé

“O espírito viaja a pé” – disse um árabe, nada deslumbrado por ter sido transportado de avião, um dia, desde a sua aldeia até Meca. Viver depressa é consolarmo-nos de não saJosé Lapa bermos viver. Técnico Superior do IPV Extrai esta preciosidade, de A viagem dos trezentos passos (1965), do livro de Agustina Bessa Luís, Conversações com Dimitri e Outras Fantasias (Regra do Jogo, 1979). De vez em quando, vou ressuscitar estas leituras antigas, como terapia para a folia encarniçada dos dias que correm. Bebericar estes pequenos textos, é bálsamo substantivo, para não desanimar perante a sociedade de fangios, que todos os dias nos ultrapassam e nos deixam a léguas, em posição contemplativa e embasbacada. A quando da minha licenciatura, tive um professor, que se colocava em posição rígida de locutor e perante a turma, afirmava, com toda a confiança: “Não são os fortes que comem os fracos, são os rápidos que comem os lentos.” Contudo, se assim é, há que dizer que, a pressa nunca foi boa conselheira. Reflectir, antes de decidir, é primordial, para evitarmos acabar na goela de um qualquer velo-

Opinião

João Mendes Professor, Gazeta do Sátão, 21/10

Directora, Ventos da Mogueira, Setembro

Director, Voz de Lamego, 25/10

r

Portugal viveu muitos anos num torpor, anestesiado por políticos que nunca agarraram o toiro pelos cornos. Por incompetência, cobardia ou canalhice de quem nos governou, as últimas décadas foram perdidas. E chegámos onde estamos, no fim da linha.”

Liliana Duarte

Pe. Armando Ribeiro

Opinião

r

Era bom que quem ocupa lugares de responsabilidade com projecção na vida dos povos e das nações e não só, tivesse todo o cuidado e deixasse, uma vez por todas, de ser actor e ser um verdadeiro representante de seus súbditos.

cista social. Um daqueles, que não olha a meios para atingir fins. Zarpam a alta velocidade para sua meta, obnubilados pela prossecução do objectivo, indiferentes aos atropelos que possam provocar. Daí, que temos de ter o nosso espírito devidamente tranquilizado, estabilizado, para decidirmos em clima de socialização, com respeito pelos outros. É verdade, que quando o espírito é entendido nesta perspectiva, o “querer universal” (Ferrater Mora, Dicionário de Filosofia, Dom Quixote, 1977), estamos no domínio da ética. E depois, não estamos bem? Vivemos tempos exasperantes, onde inadvertidamente, quiçá, caldeamos sentimentos e libertamos emoções ferventes. Jogamos febrilmente os mais elementares actos de vida, como se não fossem naturais. Decidimos em clima de irascibilidade. Todos os estímulos externos que recebemos são interpretados, como ataques pessoais. É terrível. Já não descodificamos mensagens (esse prazer intelectual), defendemonos delas. Nas estradas berramos e buzinamos loucamente, para cometermos o mesmo despautério rodoviário a seguir. Nos hipermercados, nas instituições públicas, reclamamos por tudo e por nada, sem a medida do bom senso, nem a calma exigível para perceber o acontecido. A nossa re-

tórica é a da veemência. Portanto, há que entender, que esta forma de estar na vida, nada vai resolver. Temos de ostentar um espírito férreo, enérgico, que torne o nosso modo de ser, activo e assertivo. E isso, passa por a qualquer momento, termos a fina coragem, de nos sabermos contradizer. Nos seus Escritos Íntimos, Baudelaire, escreveu: “Entre os direitos de que tanto se tem falado nos últimos tempos há um que foi esquecido, e em cuja defesa todos estamos interessados: o direito de nos contradizermos.” (Ed. Estampa, 1982. Pessoas que cuidam do seu espírito, que carream para ele, energias revitalizantes, têm mais resistência em tempos de agrura. É isso que constata G. Flaubert, no seu Dicionário de Ideias Feitas: “Espírito – Sempre seguido de brilhante. Corre as ruas. Os bons espíritos encontram-se.” Também a criatividade e a inovação (as duas chaves para sair da crise), proclamam a vitalidade do espírito. É certo, que em tempos de crise prevalece a desconfiança. E esta é má conselheira. Mas, é nestas conjunturas desgraçadas, que volatilizam os sentimentos humanos, pela integração do medo nas relações sociais, que devemos ter “corações ao alto”. Ou seja, assumir o espírito social (Alain Birou, Di-

cionário das Ciências Sociais, Dom Quixote, 1977), isto é, desenvolver uma atitude pessoal e um comportamento, que nos consciencialize para nos sentirmos responsáveis pela solução dos problemas sociais. Ainda a perspectiva de Birou. As mudanças que hoje nos afrontam (a mudança é sempre um desafio), são de natureza sistémica, originam convulsões nas mais diversas expressões da vida. Donde, temos de estar apetrechados com a necessária inteligência emocional, para podermos interpreta-las e integra-las, nos nossos modos de vida. As mudanças em cenário de crise, vêm, pelo que já escrevemos, apanhar-nos em situação débil e pusilânime. Assim sendo, o espírito treinado e preparado, pode dar-nos uma ajuda preciosa, evitando o nosso suicídio, pelo desânimo e angústia. Fernando Pessoa entendia, assim, o espírito: “é a inteligência concreta individualizada, tem a aparência e os gestos do génio. Por isso é que é tão fácil confundir grande espírito com génio positivo. O talento, por outro lado, está entre ambos e opõe-se por natureza a ambos.” Portanto, maus caros, nada de quebrantar. Espírito ao alto. E, não esqueçam, o espírito viaja a pé, dando mais sabor à vida.

Semana de luta Decorreu de 20 a 27 de Outubro uma semana de luta organizada pela CGTP-IN e pelos sindicatos nela filiados. Caracterizou-se por uma forte dinâmica reivindicativa. Assentou na realização de um vasto conjunto de greves e paralisações nos locais de trabalho, quer no sector público, quer no sector privado. Bem como em acções com expressão de rua. Numa luta que tem de ser cada vez mais geral contra o pacto de agressão imposto pelas troikas do PSD/CDS/PS e do BCE/FMI/União Europeia. Portugal está confrontado com a apresentação pelo Governo PSD/CDS, de um novo e agravado programa de austeridade, sem pa-

ralelo desde o 25 de Abril. Este novo pacote de medidas não significa apenas a recessão económica, o empobrecimento generalizado da população e o aumento do desemprego. Representa também um ataque brutal à democracia. Põe em causa princípios basilares e direitos e garantias fundamentais, consagrados na Constituição da República Portuguesa. Constituição, sublinhe-se, que Presidente da República e governantes juraram cumprir e fazer cumprir. Estamos perante um verdadeiro pacto de agressão aos trabalhadores, ao povo e ao país. As medidas apresentadas são desastrosas, porque não só não resolvem a

crise da dívida, como a agravam. Estas medidas, a concretizarem-se, mergulhariam ainda mais o país na recessão económica. Recessão que o Governo já admite venha a ser da ordem dos 3% em 2012. O que irá agravar, em vez de reduzir, o peso da dívida. As medidas das troikas são inaceitáveis, porque criam um ciclo destrutivo de austeridade, de mais recessão e aumento da dívida. A exemplo aliás do que está a acontecer na Grécia, com os resultados desastrosos que hoje estão à vista de todos. O nosso país não tem futuro com uma política que subordina os interesses nacionais ao capital


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números

estrelas

3220 É o número de visitantes que a Capela de Santo António do Solar dos Condes de Prime recebeu desde que reabriu ao público, no dia 13 de Junho.

Importa-se de responder?

Carlos Marta Candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol

O autarca tondelense soma e segue. Desta feita, reuniu todas as sinergias para apresentar a sua candidatura, supra partidária, ao mais alto cargo do futebol nacional: presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

António Cunha Director da Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto

Marina Vale Directora do Teatro Ribeiro Conceição - Lamego

Ao colocar a escola da qual é director no “top 10” do ranking das melhores escolas secundárias de Portugal, com alunos de condição sócio-económica desfavorável, prova que nem só de explicações vive o ensino.

Impulsionando de forma crescente as actividades culturais do teatro que dirige, desta feita, Marina Vale consegue, com a cantora Rita Guerra, garantir mais uma casa cheia a uma instituição que há muito merecia sair do letargo em que se encontrava.

Acha que o dia 1 de Novembro devia ser um dos feriados a retirar do calendário? Sou Católica, procuro situar-me, no meu ideal, calendário da Igreja e acho que ninguém deve invadir os preceitos da Igreja, que só a autoridade eclesiástica diz respeito. O Governo se tiver que tirar feriados, faça-o nos que lhe compete.

Penso que não, porque toda a vida foi assim. Há que ter consideração pelos nossos santos e finados, eles merecem todo o nosso respeito. Este é um dos feriados que não se deve, de todo, retirar.

Melizabeth Ribeiro

Maria Marques

Dentistaww

Comerciante

Eu acho que não se deve retirar. Devemos respeitar a tradição dos nossos antepassados. Penso que o Governo não deve mexer em nenhum feriado, especialmente nos municipais.

Não concordo porque temos direito aos feriados. Se eles existem é para serem aproveitados. Não é pelo facto de retirarem feriados que o nosso país vai sair da crise.

Jorge Oliveira

Milene Tomás

Fotógrafo

Estudante

nacional e multinacional e à estratégia das grandes potências europeias. O empobrecimento dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas e da população em geral é injusto e intolerável. Mas não só. A quebra do poder de compra está a ter efeitos devastadores no mercado interno, levando ao encerramento de empresas e à consequente perda de postos de trabalho. A generalidade da população, dos trabalhadores, dos jovens, dos desempregados e dos reformados e pensionistas está a pagar a factura de uma crise que não provocaram.

Falemos claro. Foram as políticas seguidas por sucessivos Governos PS, PSD, com ou sem o CDS, que levaram às perdas de competitividade da economia portuguesa. Que conduziram à destruição de parte significativa do nosso tecido produtivo. Que se traduziram em contratos ruinosos para o Estado no âmbito das parcerias público-privadas. Que criaram um buraco de mais de 7 mil milhões de euros no BPN. Que se expressaram na não canalização do crédito ao sector produtivo. Que acarretaram a falta de eficiência e a baixa produtividade de muitas em-

presas. Que amamentaram a corrupção, a fraude e evasão fiscais e a economia clandestina. Os buracos de que Pedro Passos Coelho e tutti quanti falam têm origem nestas políticas levadas a cabo por sucessivos governos. E que este prossegue e agrava. Estamos perante uma política de autêntica terra queimada. A não ser travada, conduzirá a efeitos desastrosos no desenvolvimento de Portugal. O país precisa de uma outra política que exija a renegociação da dívida – dos prazos, dos juros e dos montantes

a pagar. E que promova o crescimento. Aposte na dinamização do sector produtivo. Garanta o aumento dos salários e das pensões. Assegure a defesa e o reforço das Funções Sociais do Estado e dos serviços públicos. Valorize o trabalho e dignifique os trabalhadores. Por tudo isto faz todo o sentido a convocação de uma Greve Geral para o dia 24 de Novembro de 2011. Greve Geral contra a exploração e o empobrecimento. Greve geral por um Portugal desenvolvido e soberano. Greve Geral pelo emprego, pelos salários, pelos direitos, pelos serviços públicos.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Estamos a pagar erros clamorosamente indecentes praticados com devoção por uma classe política incompetente. Alguns, até, mentirosos. Outros, mesmo, criminosos”

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Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

Hoje deprimido; amanhã suprimido. 1. Cada dia que passa maior é o desalento de quase todos os portugueses. A consciência do desastre nacional, finalmente assumido, começa a delinear-se nos seus contornos mais visíveis. A apreensão toma-nos. O receio invade-nos. A esperança arredouse do horizonte. O cidadão comum balança, pendularmente, entre o deprimido e o quase-suprimido. E vai reprimindo na garganta tensa o grito que os muitos anos de brandura ainda contêm. O dia de amanhã há-de, decerto, ser pior que o de hoje. Havemos de saber mais alguma história sobre ex-governantes principescamente subvencionados e actuais governantes a receberem subsídios indevidos. A bem do governo. Do seu governo, claro. Hoje percebemos porque há tantos candidatos ao carreirismo político-partidário. Porque uma vez lá chegados 70% deles têm 80% de probabilidades de não mais se preocuparem com o futuro, deles, claro! Seria muito interessante fazerse uma pesquisa sobre o que seriam certos ex-governantes se não tivessem entrado na políti-

ca. E se calhar f icaríamos surpreendidos ao percebermos que, o grosso da coluna, nunca teria sido mais que um anónimo ZéNinguém. Estamos a pagar erros clamorosamente indecentes praticados com devoção por uma classe política incompetente. Alguns, até, mentirosos. Outros, mesmo, criminosos. Dizem que pagaram nas urnas. Penso que não, que não é suf iciente. Deviam pagar numa prisão, alguns deles, ao lado dos restantes colegas de delito comum. Assaltantes de multibanco, de bombas de gasolina, de ourivesarias, pedófilos, pirómanos, vigaristas, carteiristas, homicidas… Até hoje, se bem me lembro, prenderam um. Mas andam milhares à solta. E essa constatação de impunidade ainda nos faz mais descrentes. Até da justiça, que já não se escreve com letra maiúscula. 2 . O act ua l Gover no a nda tão ata ra ntado com o estado de-quase-sítio que ainda nem tempo teve pa ra substituir os comissários políticos do anter ior G over no, a i nd a em f u n-

ções, num estado de graça biz a r ro, em luga re s de ci sór ios de cr ucia l importâ ncia , que ocupam, afanosos se na entreajud a quot id i a n a a u m “comp a d r e ”, e s t a n d o e m g e s t ã o cor rente , se é pre c i so tom a r decisões de fundo e com comp e tê n c i a . C o m p e tê n c i a q u e , em boa verdade , n ão é abono de mu itos deles … Ma s ta mbém cer to é que eles n ão de têm a culpa deste estranho laxismo que lhes permite quase tudo e mais alguma coisa. São os ca l h aus da eng ren agem . E sê -lo -ão enqu a nto os “ca nd idi n hos” do Governo não perceberem a calinada cometida e as consequências profundas de ta l situação. Em boa verdade, os ditos comissários, se vivêssemos num país menos terceiro -mundista , deveria m ser os pr i mei ros a sa i r m a l houvesse muda nça do Governo, pelo seu próprio pé , com d ig n idade, pela porta grande, antes de serem enxotados como moscas pasmadas, num Outono que se escoa propício à parasitagem. 3. Estive este sábado em Sernancelhe. No “Terra a Terra” da

pacidades, o topo da cadeia. Assim, na competição pela vida, superou os demais animais, incluindo os seus iguais de capacidades diminuídas em razão de potencial de defesa ou de índole menos guerreira ou aguerrida. A caça serviu, também, para manter o exercício, o treino e a aptidão para a guerra. A competição é imanente, como se vê. O desporto está-lhe colado. E assim surge a caça desportiva, filtrada, coada, cerzida pelos milénios de existência. A caça serviu, também, para manter o exercício, o treino e a aptidão para a guerra, cindindo-as como pano do mesmo fato. Regredindo, poderemos entender que, face às dificuldades havidas, o despontar de todo este tema se faz através do uso de armadilhas. Possivelmente, as primeiras foram os fossos, naturais ou cavados e dissimulados. As presas aí caídas ficavam, naturalmente expostas e à mercê dos

homens. Havia, portanto, que sacrif icar os que ali caíam. Mas precisavam de armas e, desta forma, surgem as primeiras, em pedra lascada e cajados de madeira por vezes incrustados de pedaços de osso ou pedras aguçadas. A esta fase, segue-se a do uso dos primeiros metais em simultâneo com os anteriores. A necessidade, o engenho e arte fizeram o resto, evoluindose para a funda, o arco e flecha, a besta e o virotão e depois, o surgimento das pólvoras e as armas de fogo. Hoje, uma arma de caça “topo-de-gama” pode custar 75 000 euros! Mas uma outra arma, para a guerra, pode custar, facilmente, centenas de milhões de euros… Concluindo, o que serve para a caça é, também, bom para a guerra e vice-versa. Os preços é que diferem. A Arte da Caça e a sua rival – a Arte da Guerra - têm inúmeros pontos de con-

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

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Opinião

A propósito de “Coisas da Caça”, leia o especial Caça, nas páginas 28 e 29”

Coisas da Caça Desde sempre o Homem caçou. A necessidade de se defender das bestas que os atacavam fez com que surgissem as primeiras armas. Logo, se as tinham, passaram a usá-las para granjear o sustento, em concomitância com a defesa. A defesa, por sua vez estendeu-se a um conceito que despontava com a necessidade de controlar território e banir as incursões de gente de outras tribos. Da desfesa ao ataque a distância é, praticamente, nula. Sustento, defesa e ataque, estavam de mãos dadas. Ataque e predação são conceitos afins que vistos sob prismas focados no mesmo objectivo se confundem. Junte-se-lhe a competição; a luta pela vitória; o espírito de sobrevivência e teremos um cocktail interessantíssimo. O estado de permanente vigília e o contra-ataque tomaram conta do dia-a-dia do Homem e marcou-o cromossomaticamente. Fez dele, com a inteligência e as outras ca-


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TSF, com os competentes editores, José Alvarez / Nuno Amaral, mais o autarca, José Mário Cardoso e dois produtores de castanha. A castanha é hoje, em Sernancelhe, com Aquilino Ribeiro, um dos seus ex-libris. Duas formas diferentes de aproveitar a Natureza. A martainha nos seus gasalhados ouriços oriunda dos soutos de castanheiros que não param de crescer e são digníssimo modo de vida para muito sernancelhense, embaixatriz económica por esse mundo fora e o grande Escritor, pujante fruto dessa terra sáfara, justamente aureolado com aumentado prestígio e revisitação, levando a toda a parte, cada vez mais actual, o seu vitalismo, a sua Ode à Natureza das terras que baptizou do Demo, porque na sua pobreza, “ nunca Cristo ali rompeu as sandálias, passou elrei a caçar ou os apóstolos da Igualdade em propaganda.” Também em Mortágua a imaginação se enleia na tradição e a prova disso é-nos também dada na Semana Gastronómica da Lampantana, espécie de Xanfana (e não chanfana, de Mortágua e não da Bairrada) de ovelha, com todas as qualidades gustativas que lhe merecem o destaque da consagração gastronómica.

Também no Sátão o míscaro se alteia da sua fofa caminha musgada e carumosa para se tornar uma referência económica, além de um pitéu divino. Também em Mang ualde com os Santos vem a tradicional Feira e festa onde pontifica, com Vossas licenças, o sápido e variegado porco, nas suas tentadoras e gostosas carniças. E não precisamos de ir mais além para percebermos o esforço consciente, premente, contínuo, dinâmico, insistente destes e de outros autarcas que bem sabem encontrar na Terra Mãe os recursos que cada vez são mais escassos, em fontes já secas das frescas e cristalinas águas de outrora… 4. Carlos Marta candidatou-se ao mais alto lugar do futebol português. Soube rodear-se de figuras de prestígio. Ultrapassou as baias partidárias. Congregou sinergias e vontades. Pôs Tondela e o distrito nas bocas dos portugueses. Pela positiva e num projecto que só traz benesses para a região. Uma nova visão autárquica como modelo a ser seguido por todos. O Jornal do Centro, que quer o melhor para o Distrito de Viseu, apoia incondicional e fervorosamente esta candidatura.

5. A maioria das autarquias do distrito, para fazerem face aos aumentos do IVA e do preço da energia, têm forçosamente que pôr em práticas cortes na iluminação nocturna. Num momento em que, face ao brutal agravamento do nível de vida, provocado pelas pesadíssimas medidas de austeridade, se prevê um disparo inquantif icável da criminalidade, esta medida parecerá falha de bom senso. Mas não é. Dita-a a necessidade e as dificuldades crescentes orçamentais das autarquias. E a bem dizer, como me confidenciava há dias um experiente autarca, esse problema diz respeito ao Ministério da Administração Interna e não ao Poder Local. E isto não é sacudir a “água do capote”, mas apenas uma das poucas atitudes consentâneas para enfrentar a crise sem fechar as portas camarárias… O Governo percebe mal e a más horas os efeitos colaterais de muitas medidas estudadas nos confortáveis gabinetes da macrocefalia política. Depois… não se podem queixar. As queixas ficarão para nós, vítimas da falta de luz, dos futuros roubos dos criminosos e dos presentes saques da governação. 6. Cavaco Silva fez um discurso de

que até Mário Soares gostou… o que é muito, muito difícil. Qual deles estará errado? Ou será que, uma vez na vida, estão ambos de acordo e o erro será de outrem? 7. As portagens vêm dar a última machadada na economia do interior lusitano (se não no país inteiro). O rapace intuito de ir ”gadanhar” dinheiro a tudo quanto bole, vai dar o golpe de misericórdia nos que ainda se arrastam. No distrito de Viseu basta uma empresa transportadora como a Patinter decidir deslocalizarse para a vizinha Espanha, onde além do combustível mais barato não tem estas absurdas portagens, para gerar aproximadamente mil desempregados. Se a cada desempregado juntarmos três dependentes, teremos mais quatro mil pessoas em crise no distrito e as fileiras da Segurança Social a engrossarem no pagamento de pensões e a emagrecerem no recebimento de impostos. Será que ninguém faz estas contas? Até para a semana, Caro Leitor, mesmo com a bem-vinda chuva e com o menos desejado frio da época quase natalícia, este ano com raros presentes comprados no chinês, num notável contributo para o f lorescimento económico do poente.

vergência. O que se faz com as armas pode-se considerar como caça ou, como guerra. Este conceito fica por aqui. A sua exploração é ventre de outras ciências…! A caça levada ao extremo e sem fo r m a s d e c o n t r o l o é p e r n i c i o sa, podendo causar catástrofes nos ecossistemas por desequilíbrio da biodiversidade. Por outro lado, é o único meio eficaz de controlar o oposto em termos de desequilíbrios, quando há excedentes duma determinada espécie. O correcto balanço desta permanente sinusóide é melindroso e, contrariamente ao que, empiricamente, se supõe, muito difícil. Em Portugal, a caça, como tudo o demais, tem estado sujeitao às “modas” e aos apetites das mais (perdoem!) alarves medidas. O que deveria ser uma “festa” de cerimónia e demonstração do nosso distanciamento em relação aos longevos avós, pela conduta, ainda é “pasto” para uma série de “alanos” que, de arma na mão, são capazes das maiores atrocida-

des. Dão tiros a tudo o que mexe e não mexe. Disparam a torto e a esmo, sem cuidados de ordem alguma, nem respeito por quem quer que seja, ou o que quer que seja. Conceitos básicos de segurança e respeito são desconhecidos ou ostracizados. Os legisladores, amedrontados, põem legislação cá fora sem a menor possibilidade de a fazer cumprir minimamente. As sucessivas leis de caça e de armamento são tão aberrantes quanto confusas. Castradoras na sua intenção, têm como que uma pedogénese que as marca, à nascença, e que não lhes permite evoluir e, consequentemente, não servir aos destinatários, nem a ninguém. Desafio a que peguem na lei das armas e que tentem perceber ao que se destina e o como. Entre zonas de caça de diversos tipos, áreas de ordenamento, zonas “francas” de caça, a panóplia é deprimente. Os objectivos com que se criaram têm, a meu ver e de muitos mais caçadores, propósitos que servem, exclusivamente para (à semelhança de tudo o resto) extorquir dinheiro.

Em suma e como diz um grande amigo, «arranjar dificuldades para depois poder vender facilidades». O panorama é, no mínimo, aviltante para as espécies e para os caçadores, ambos joguetes de um punhado de incompetentes. O culminar de tudo, imaginem, fica-se por autorizar a que se cace, por dia, quarenta (40) melros! Já escrevi sobre isto neste jornal. A medida esteve legislada! Há bem pouco foi revogada sem que tivesse havido ocasião, por intempestividade, de entrar em execução. Houve espécies que estiveram extintas, por cá, e que hoje são quase pragas, necessitando de controlo. É o caso dos javalis (javardo, porco do monte ou reco montez) que foram sujeitos a enorme pressão cinegética e que, para completo descontrolo, foram alvo da peste-suína-africana, facto que acelerou o processo de desaparecimento completo nos finais do século XIX, início do século XX. Dá-se como verídica a história da intervenção do Senhor Dom Carlos, enquanto caçador, na morte do úl-

timo espécime de javali em território nacional. Terá acontecido que, na Serra do Marão, num sítio conhecido como Farilhões (penedos escarpados em promontório) um caçador, dali, desferiu um tiro num desses bichos e matou-o. Sendo tão escassos, rapidamente a notícia se espalhou e chegou à Corte Real, aos ouvidos de Sua Majestade, que, por muito interesse no sucedido, decidiu ir a Trás-os-Montes saber, de viva voz, pormenores do lance. Mandou saber que ali se iria deslocar e que gostaria de se encontrar com o sortudo caçador, coisa que veio a acontecer. Daí, Sua Majestade encontrou-se, de facto, com o caçador a quem parabenizou pelo troféu alcançado e questionou-o: - Informaram-me que esse javardo foi morto com um tiro, nos Farilhões…?! E o caçador, na sua imensa sabedoria respondeu: - Está Vossa Majestade equivocada. Foi no pescoço que lhe acertei…! Pedro Calheiros


Jornal do Centro

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abertura

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textos ∑ Paulo Neto fotos ∑ Tiago Virgílio Pereira

A Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente Confraria ∑ Degustadores de Vinho do Dão Quando se evoca a palavra Confraria entrevê-se um mundo misterioso deixando pensar num agrupamento de pessoas fechadas sobre si mesmas… Na Idade Média, toda a terra pertencia a um senhor; tanto os campos como as cidades. Rapidamente os burgueses sentiram o desejo de se organizar e tomar sob controlo os destinos dos seus burgos. Formam então conselhos de comunas e obtêm dos seus senhores cartas de franquia comunal. As atribuições das comunas eram abrangentes e tais como, por exemplo: Controle da qualidade para a degustação; repressão das fraudes; recolha das taxas…. E idênticas às das autarquias actuais. Certas Confrarias, essencialmente vinícolas encontram, por exemplo em França, as suas origens no final do século XII e durante o século XIII…

A Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente é uma Confraria dos Degustadores de Vinho do Dão que conta com cinquenta confrades. Está sedeada em Viseu e tem nos seus órgãos a Mesa do Conclave presidida por S. A. O Infante Dom Miguel de Bragança, Duque de Viseu. Um Conselho Fiscal que tem à cabeça o Dr. Sebastião Marques Antunes. Uma Direcção encabeçada pelo Coronel Pedro Osório Bandeira Calheiros. Colégio de Conselheiros dirigido pelo Prof. Dr. Luís Caldeira Canavarro de Morais. A Hierarquia Actual da Ordem a seguinte: Grão-Mestre: S. A. o Infante Dom Miguel de Bragança, Duque de Viseu Vice Grão-mestre: Prof. Dr. Luís Caldeira Canavarro de Morais. Mestre: Coronel de Cavª/GNR Pedro Osório Bandeira Calheiros. Chanceler: Engenheiro Francisco António Soares Peixoto. Intendente: Horácio de Andrade e Silva Ramos.


Jornal do Centro

A ORDEM SOBERANA DOS CAVALEIROS DE STO. URBANO E S. VICENTE | ABERTURA 7

28 | Outubro | 2011

FRUCTU VITIS ET LABOR HOMINIS A Elementos da Mesa do Conclave e da Direcção

O XVIº aniversário...

A

José António Vasconcelos Ferreira, Ana Luísa Ramos e Elisabete Rodrigues (Rest. Retiro dos Carvalhos)

A João Ribeiro no momento da entronização pelo Vice Grão Mestre Luís Canavarro de Morais

A

Henrique Vilhena Pereira da Silva e Horácio A. S. Ramos (Intendente)

A Entidades distinguidas e convidados Publicidade

A

Grau de Conselheiro a José Manuel Vilhena Pereira da Silva

A

Álvaro Meneses, José Lemos de Carvalho e Mário Cerqueira Correia

Publicidade

Restaurantes Pastelarias Talhos Cozinhas Estantarias Mobiliário de escritório Gelatarias Panificadoras Lavandarias Ar Condicionados Assistência Técnica

A Suzana Carranca

Redondo

Estrada de Silgueiros Km 1.3 / Lugar da Alagoa / 3500-543 Viseu Tel.: 232 952 022 / Fax: 232 951 176 e-mail: polomagnetico1@gmail.com

No dia 22 de Outubro a Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente festejou o XVIº aniversário, numa unidade hoteleira da cidade de Viseu, contando com a presença, entre Confrades e Convidados, de várias dezenas de pessoas, tendo havido um Dão de Honra de Recepção seguido da reunião do Conclave, com cerimónia de Entronização e de um Jantar de Gala, após o qual se atribuíram distinções honoríficas à Adega Cooperativa de Mangualde, à Casa de Mouraz, ao Restaurante Retiro dos Carvalhos, ao Chefe Licínio

Marques, ao Senhor Francisco Loureiro, ao Engenheiro Pedro Nuno Pereira, ao Dr. Luís Filipe Bessa Gusmão Rodrigues, ao Senhor Eurico Augusto Ponces Amaral, à D. Raquel Camargo Mendes Ferreira, à Dra. Maria Cristina Cunha Martins, o Comendador Má rio Nuno dos Santos Ferreira, não conseguiu estar para a distinção que lhe foi destinada. O Jornal do Centro esteve presente como “partner” desta iniciativa e ouviu em entrevista o Vice Grão Mestre da Ordem, Luís Canavarro de Morais.


8 ABERTURA | A ORDEM SOBERANA DOS CAVALEIROS DE STO. URBANO E S. VICENTE

Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

“Reuniões houve em que estiveram presentes mais de duas dezenas de Embaixadores estrangeiros” Luís Canavarro de Morais é médico psiquiatra. Especializado em Saúde Mental Juvenil. Estagiou em Washington onde foi convidado a prosseguir a formação e em 1994 doutorou-se em Psicologia Desenvolvimental, em Los Angeles. Tem casa e quinta em Vilela, S. João de Lourosa, onde produz vinho. É autor de várias obras publicadas, de cariz técnico e ficcional, tais como “O Capitão do Fim” ( com pseudónimo Rui de Castilho); . “Infância em Terra Pequena”; . “Adolescentes - Pragmáticas da Abordagem Psicoterapêutica”. Propõe-se agora a lançar outro livro, mas desta vez sobre a arte da Cozinha. Tem, na Confraria, o cargo de Vice Grão Mestre, logo se seguindo ao senhor D. Miguel de Bragança. É co-fundador da Ordem e entusiasta assumido das questões enófilas e enológicas. Como surgiu a ideia de criar uma nova confraria no Dão, sabendo-se da existência anterior de uma outra?

A mais antiga Confraria, a dos Enólogos do Dão, a dada altura tinha atingido certa notoriedade, principalmente centrada em figuras mediáticas, políticas e socialmente proeminentes, o que é perfeitamente correcto e desejável, mas escasso. Assim, a nossa Ordem surgiu para ocupar o nicho de influência junto de um sector mais directamente envolvido com o vinho, as Artes e a Ciência, procurando ser diferente mas complementar. Escusado será dizer que, nesta perspectiva, não há o menor antagonismo entre ambas, antes a noção de que, juntas, constituem um lobby mais abrangente, trabalhando no mesmo sentido. Se melhor prova fosse necessária, basta constatar que muitos Confrades e até dirigentes de uma são-no também da outra. A designação da Confraria pode-se considerar como um pouco invulgar. É Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto Urbano e S. Vicente. Porquê?

Ordem: Por ter uma estrutura, baseada nos méritos, aptidões e serviços prestados em prol dos objectivos estatutários, como factor definindo o lugar hierárquico de cada membro. Soberana: Por recusar, em matéria de vinhos, qualquer outra autoridade, influência ou hierarquia que não a imanada da Ordem que é, especificamente, independente do poder político, económico ou qualquer outro.

Dos Cavaleiros: Por adoptar como sua conduta guia os preceitos das antigas Ordens de Cavalaria, designadamente no que se refere à Honra, Isenção, Lealdade, Justiça e Verdade, bem assim como de absoluto desinteresse por quaisquer vantagens materiais ou sociais que a condição de membro puder gerar. Na mesma linha de princípios, a Ordem acolherá fraternalmente todas as organizações com finalidade semelhante ou complementar. De Sto. Urbano e S . Vicente: Por serem estes os patronos dos Vinhateiros, dentro da antiquíssima tradição religiosa portuguesa.” O Grão-mestre da Ordem é o Senhor D. Miguel de Bragança. É-o por alguma razão especial, de ordem política ou outra?

O Senhor Dom Miguel, nosso Grão-mestre desde o início, cumula na sua pessoa vários predicados que o indicam para o cargo, nenhum deles de natureza política: Primeiro, é um viticultor de mérito. Segundo é descendente directo dos Reis de Portugal, que desde D. Afonso Henriques e, principalmente, desde D. Dinis, sempre foram os patronos da vitivinicultura portuguesa e defensores da sua qualidade. Terceiro porque, sendo Viseu a capital indiscutida da Região do Dão, justificase convidar o representante da mais alta hierarquia nobiliárquica, como vínculo à tradição. E o Senhor Dom Miguel é o Duque de Viseu.

Ora, tendo as confrarias báquicas, a maioria, se não todas elas, um cunho vincadamente tradicionalista e heráldico, bem patente nos trajes, no cerimonial, na iconografia e até na semântica, dificilmente se encontraria melhor figura para este cargo essencialmente honorífico. Em que parâmetros de actuação faz a Ordem a divulgação dos vinhos do Dão?

A Ordem Soberana, para além de patrocinar regularmente a degustação dos mais interessantes vinhos do Dão, divulga-os pelo modo clássico de convidar a prová-los personalidades que, pela sua notoriedade e

preponderância, são líderes naturais de opinião. Apesar da sua intransigente independência, a Ordem recebe regularmente autoridades, membros do governo e da hierarquia militar e religiosa, e colabora com outras entidades, organizações e autarquias, na medida em que tal seja útil para a divulgação do Vinho do Dão. Convida com frequência membros do Corpo Diplomático, por entender serem os melhores divulgadores do vinho português junto dos seus povos. Embaixadas há que têm um cargo denominado Encarregado de Negócios e que tem responsabilidade directa no estudo de mercado e na promoção dos negócios., vinho, naturalmente, incluído. Para além disso, está presente em numerosas cerimónias, encontros e certames de enologia e gastronomia e já realizou diversas provas e cursos de degustação, que seguramente continuará a fazer.

De facto, a Ordem não tem, não pode e não quer acumular quaisquer tipos de bens, mantendo apenas uma verba insignificante para despesas de expediente. Tal prende-se com o desígnio de manter o nosso julgamento e opinião, quanto possível longe de influências materiais. A título de exemplo, seria difícil ser objectivo com uma empresa ou um vinicultor generoso nas suas ofertas. Ou poderia haver a tentação de querer pertencer a uma congregação que ostentasse uma magnificência desproporcionada, apenas por razões sociais. Assim, os nossos trajes são quase monásticos e as únicas honrarias são as nossas condecorações próprias – sempre premiando o mérito e não as pessoas.

Estatutariamente, a Confraria refere-se à questão dos bens, que não pode acumular. Qual o propósito da inclusão desse preceito nos Estatutos?

Todos os nossos agraciados o foram por nomeação, geralmente partindo de um membro da direcção e depois de confrontado com muitos outros propostos em iguais moldes. De facto, pelos encargos que representa, seria inviável convocar uma reunião geral, um Conclave, para debater estas propostas. Assim, os prováveis homenageados são escrutinados em reunião do colégio próprio, cujas decisões serão posteriormente ratificadas em Conclave. Dado o alto estalão das personalidades já homenageadas, é de referir que nunca houve, até hoje, qualquer nomeação que não fosse consensual e unânime.

Artes, Ciência, Filantropia, Humanismo e Cultura, são áreas que distinguem, na vossa Confraria, entidades consideradas como merecedoras. Como se elegem essas personalidades ou organismos?

A actual situação político-económica afecta a Confraria?

A actual conjuntura é particularmente desfavorável à Confraria, como o é a todos nós, ou quase. Contudo, porque os nossos pressupostos se cumprem sem vislumbres de lucros ou honrarias, tem sido possível manter intacto o nosso paradigma, de con-

tinuar a divulgar, promover e exaltar o consumo racional e equilibrado do vinho, designadamente do da região do Dão. Como é compreensível, aquelas pequenas ajudas que recebíamos de entidades públicas e privadas desapareceram na quase totalidade, o que limita fortemente algumas actividades, designadamente no que respeita a convidados, por não ser exigível que os nossos Confrades suportem na totalidade os encargos suplementares com esses convites. Ao longo destes anos de actividade gratuita e benemérita, a nossa Ordem realizou já iniciativas ímpares, conseguindo um nível cultural e de eficácia nunca antes atingido por organizações similares. Faço notar que reuniões houve em que estiveram presentes mais de duas dezenas de Embaixadores estrangeiros, incluindo os dos países maiores importadores de vinhos portugueses e este aspecto operacional tão importante é, necessariamente, prejudicado pelas restrições financeiras. Têm certamente planos para o futuro. Quais?

A Ordem Soberana continuará, na medida das limitações apontadas, a sua actividade benévola, cultural, didáctica e gastronómica. Nos planos imediatos, surgem os cursos de provador, as reuniões de degustação, o combate ao alcoolismo e ao consumo de bebidas nefastas, a iniciação de jovens, as provas classificativas de vinhos, os convites a personalidades de relevo e, enfim, tudo aquilo que cumpra o escopo da Confraria. Comparência em feiras e reuniões da especialidade, sempre divulgando a imagem do Vinho do Dão. Organização de eventos culturais temáticos. Difusão de conhecimentos sobre temas de saúde relacionados com o vinho. E, como no caso vertente, colaboração com a Imprensa, na divulgação do correcto consumo deste bem precioso que é o vinho.



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à conversa “A minha candidatura vai mexer com muita coisa” Entrevista ∑ Gil Peres Edição∑ Emília Amaral Fotografia ∑ Nuno André Ferreira

Carlos Marta, autarca de Tondela é candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O ex-presidente da Associação de Futebol de Viseu, de 54 anos, licenciado em Educação Física, a par da política, tem um longo curriculum na área desportiva. Foi jogador de futebol de topo, responsável pela Direcção-Geral dos Desportos de Viseu, presidiu à comissão de Fiscalização do Euro 2004 e ao Conselho Superior de Desporto. Carlos Marta prepara-se agora para as eleições de 10 de Dezembro, disputadas com mais dois candidatos, Fernando Gomes, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e António Sequeira, ex-dirigente federativo. O candidato deu ao Jornal do Centro a primeira grande entrevista depois do anúncio formal da candidatura, que decorreu em Lisboa na sexta-feira passada. O que vai mudar no futebol português se for eleito no dia 10 de Dezembro?

Vai mudar sobretudo a atitude em relação ao futebol nacional com uma grande preocupação pelo desenvolvimento de todo o futebol, não apenas o profissional. Se merecer a confiança dos diferentes delegados, irei procurar ser um presidente para todo o futebol, para clubes profissionais e não profissionais, para associações distritais, para árbitros, dirigentes, enfermeiros, médicos, treinadores, jogadores. Ao longo da sua intervenção na cerimónia de apresentação da candidatura frisou isso mesmo. É uma indirecta a Fernando Gomes (outro candidato) pelo facto de ser presidente de Liga Portuguesa de Futebol Profissional?

Não. A minha candidatura não procura encontrar defeitos, dúvidas ou menos atributos nos adversários. É uma candidatura pela positiva e quero participar neste grande debate que vai decorrer apenas com o objectivo de tentar convencer os delegados de que tenho as melhores ideias, as melhores propostas, a melhor equipa e sobretudo a melhor liderança necessária para o desenvolvimento do futebol português.

O facto de ser homem de futebol é uma mais-valia para capitalizar apoios?

Tenho estado afastado do futebol nos últimos anos por ter ocupado cargos de responsabilidade política. Numa altura em que surjo com esta candidatura é importante explicar às pessoas que não caí de pára-quedas e que tenho um curriculum nesta matéria, em particular no futebol, como muito poucos têm em termos nacionais. Personaliza-se muito a direcção da Federação Portuguesa de Futebol no presidente, mas a equipa é fundamental para o funcionamento da federação. Passa ou não por aí o segredo para ganhar terreno nestas eleições, sabendo-se que Fernando Seara (natural de Viseu e presidente da Câmara de Sintra), o treinador Toni e Augusto Inácio já estão na equipa?

Para conseguir atingir as metas e os objectivos a que me proponho são fundamentais quatro premissas. O facto de o presidente estar a tempo inteiro na Federação, ou seja, onde houver futebol o presidente tem que estar, o que significa proximidade. O presidente tem que ter organização, aproveitar as potencialidades dos actuais funcionários da

federação para que seja uma casa bem organizada. Depois, tem que ter uma equipa e espero escolher pessoas com experiência para os diferentes órgãos e para a direcção, para me ajudarem nesta tarefa. Finalmente, o presidente tem que ter capacidade de liderança e nos diferentes cargos que exerci tenho demonstrado que trabalho, que gosto de ouvir, que gosto de discutir, que gosto do contraditório, que faço boas equipas, que sou capaz de responsabilizar as pessoas que trabalham comigo e, desta forma, conseguir projectos que à partida parecem impossíveis e acabam por se concretizar por essa interligação, permitindo atingir esses objectivos.

como um factor muito positivo. Os principais dirigentes dos partidos apoiam-me nesta candidatura, as forças políticas locais exactamente da mesma forma. As pessoas têm-me incentivado a não desistir. As pessoas de Tondela e da região percebem que é um dos seus que está a fazer uma disputa particularmente difícil do ponto de vista nacional, eventualmente, com muito menos recursos, meios e poder, mas que não teve medo e que vai enfrentar este desafio para deixar também bem representada a região onde está há muitos anos.

Está habituado a ganhar nos projectos que tem liderado e participado. Este é o maior desafio da sua vida, ou o mais difícil?

Este desafio advém também do facto de os outros reconhecem que eu posso ser um bom presidente da federação e ser um bom líder do futebol nacional. Nesta altura entendi que estavam reunidas as condições. Não vejo que isso possa ser visto como uma oportunidade de obter uma reforma dourada, estou convencido que quando saísse da Câmara de Tondela teria condições para liderar outros desafios na minha vida pessoal e profissional.

Tenho consciência que é uma tarefa muito difícil até porque comecei relativamente tarde em relação aos restantes candidatos. Entrando a perder há condições para muito rapidamente conseguirmos empatar este desafio e na recta final durante a campanha de quase um mês poder conseguir ser presidente da Federação Portuguesa de Futebol. É um desafio extraordinário muito difícil e talvez o maior desafio pessoal que vou enfrentar nos próximos tempos. Se ganhar a presidência da federação vai ter que abdicar da autarquia de Tondela.

Deixarei naturalmente a presidência da Câmara Municipal de Tondela. Os tondelenses vão entender?

Tenho recebido das pessoas, das instituições, dos diferentes partidos políticos uma solidariedade e um apoio que queria registar,

Não teme que a sua decisão possa ser vista como uma reforma dourada ao retirar-se da política?

Como por exemplo candidatar-se à Câmara de Viseu ocupando a cadeira que o autarca Fernando Ruas vai deixar vazia por força da lei da limitação de mandatos?

Se pensasse nisso não seria candidato à Federação Portuguesa de Futebol. Em relação a Viseu, dizem-me que essa matéria está definida. São avançados vários candidatos a quem reconheço competência e capacidade para liderar uma lista de um determinado partido e qualquer delas vai receber o meu apoio. O resultado de 10 de De-

zembro na federação não vai condicionar o seu futuro em termos políticos?

Este é um extraordinário desafio que considero muito difícil, mas nem tenho medo de perder, nem de ganhar. Fernando Seara é uma escolha natural?

Tinha um compromisso pessoal com o dr. Fernando Seara, se ele entendesse em determinado momento ser candidato à federação, não seria candidato, mesmo que me desafiassem. Se tivesse sido candidato terlhe-ia dado todo o apoio exactamente como ele agora entendeu que me devia dar. Muitos não acreditavam que isso fosse possível, mas concretizou-se e quero agradecer a solidariedade que demonstrou para com o amigo de sempre Carlos Marta. Surpreendeu-o o facto de a Associação de Futebol de Vila Real ter manifestado o apoio a Fernando Gomes depois de ter impulsionado a sua candidatura juntamente com o presidente da Associação de Futebol de Viseu?

O presidente da Associação de Futebol de Viseu tem tido um papel extraordinário, mas há mais de um ano que tinha sido convidado por uma outra associação a qual não vou revelar e na altura respondi que se reunissem condições poderia ponderar a possibilidade de me recandidatar. O processo evoluiu, apareceram outros candidatos, e duas associações e outras estruturas entrarem em contacto comigo no sentido de saber da minha responsabilidade. Todos devemos sempre respeitar a opção de cada um em determinado momento e respeito a posição de Vila Real. Depois de algum mau estar na Associação de Futebol de Lisboa com a pressão dos


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clubes por apoiar a sua candidatura e o ruído no Sporting com o apoio pessoal de Luís Duque, tudo leva a crer que até Dezembro a disputa vai ser forte.

Acho estranho pensarem que não me podia candidatar. A minha candidatura é legítima. É natural que haja gente que discorda dela e gente que concorda. Vou tentar demonstrar nesta campanha que estou preparado para o desafio e quero ganhar pelas minhas qualidades, pelos projectos e pela equipa que tenho. Se assim for, é um bom salto para o debate do futebol e até para outras actividades. Agora, a minha candidatura veio mexer com muita coisa. O que à partida se previa que fosse um passeio, acaba por perceber em função da nova realidade de que a minha candidatura mexeu com o processo e que pode ser uma surpresa ao ganhar estas eleições. Já tem o apoio de jogadores ou ex-jogadores internacionais com grandes carreiras no futebol?

No futebol, os jogos não se ganham com nomes e só se ganham no fim. Espero ganhar esta eleição com uma boa equipa, porque é no fim que os delegados vão fazer a sua escolha. Comecei há oito dias e, até agora (domingo, 23 de Outubro) fui o único candidato que apresentou o seu programa, os pressupostos de candidatura, os seus compromisso e a estratégia que quer para o futebol português. Isto significa bem a preparação que temos. Significa também que não é uma decisão de dias.

Há muito tempo que se pensava nisso, mas não estava a pensar sequer nas questões estratégicas do futebol. Antes de me reunir com as pessoas que me convidaram, voltei a pensar durante um dia em futebol. Julgo que na apresentação das minhas ideias às pessoas que me convidaram consegui convencê-las. Que benefícios pode ter a sua eleição para o futebol do distrito de Viseu?

Eu quero ser presidente da federação e totalmente isento no exercício das minhas funções e serão todos iguais neste processo. A única van-

tagem que Viseu poderá ter é ter um beirão como presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Qual é a sua ideia sobre os actuais e os futuros quadros competitivos?

Uma das prioridades da minha candidatura é a reformulação dos quadros competitivos. Desde logo no diálogo que deve haver com a Liga Portuguesa de Futebol visto que é responsável pela organização das competições profissionais, mas também a reformulação dos quadros competitivos não profissionais e, depois, um diálogo profundo com as associações distritais no que diz respeito aos campeonatos distritais incluindo a este nível os escalões de formação. Também defendo a valorização da Taça de Portugal, mas aquilo que importa nesta altura dizer é que procuraremos encontrar soluções para que se dê resposta à actual situação financeira do país, procurando proximidade, uma sadia rivalidade e a competitividade. Estas serão as três palavraschave da reformulação dos quadros competitivos em Portugal, para atrair mais pessoas e para rentabilizar os recursos que existem. É prematuro falar sobre a organização em si de cada uma das competições. Os clubes podem ficar convictos que, se for eleito, vai ser tudo ponderado?

Uma nova equipa na federação vai ter que avaliar tudo o que foi feito até agora e dialogar com as estruturas respectivas para encontrar soluções. Que estratégias tem para desenvolver o futebol não profissional, e também para as próprias selecções?

Nas minhas prioridades está um capítulo destinado às selecções nacionais, porque são a imagem do futebol nacional do ponto de vista internacional. Estamos a falar das melhores selecções do mundo em todos os escalões e, portanto, irão ter um papel central nesta estratégia com reforço do apoio logístico e financeiro, com um seleccionador/ treinador português a tempo inteiro e contratado por ciclos e, neste domínio, também a construção no

Vale do Jamor, da casa do futebol nacional aproveitando as magnificas infraestruturas que existem naquele espaço no concelho de Oeiras. Face até às circunstâncias financeiras do país, devemos aproveitar os excelentes equipamentos que existem e fazer não a casa das selecções, mas uma casa do futebol nacional, onde todo o futebol tenha o seu próprio espaço. Na nossa estratégia, as selecções têm um papel fundamental, porque são a visibilidade do futebol nacional e é através delas que a federação tem uma das fontes de financiamento mais importantes que é a participação nos campeonatos da Europa e do Mundo. Temos uma outra prioridade central, que é um plano de desenvolvimento para o futebol português e que passa por voltar a colocar o futebol no centro do desporto das nossas crianças e dos nossos jovens, através de um programa integrado. No fundo, desenvolver o futebol de rua, o futebol de 11, o feminino, o futsal, aproveitando muitos jogadores e muitos treinadores desempregados e antigos árbitros que podem dar um contributo excepcional. Onde está a pensar conseguir recursos financeiros para colocar em prática este plano?

Assumi o compromisso público de retirar uma percentagem das receitas que estão anualmente consignadas em relação ao campeonato da Europa e ao campeonato do mundo, dos jogos da selecção em Portugal, das verbas que são transferidas do Instituto do Desporto de Portugal e dos patrocinadores oficiais, retirar uma verba que fique consignada no orçamento anual da federação, de forma a colocar este plano em funcionamento. É um compromisso. É uma opção estratégica e politico desportiva em relação ao que queremos fazer num futuro próximo. Qual é a opinião sobre o actual treinador nacional?

Uma excelente opinião. Tem feito um trabalho muito positivo e merece da minha equipa total confiança. Não tenho dúvida nenhuma que vai conseguir este objectivo importante de qualificar Portugal para o cam-

peonato da Europa. Qual é a sua perspectiva de desenvolvimento para o futebol feminino?

Dentro do plano de desenvolvimento do futebol português, conseguir que mais mulheres possam jogar futebol. Se conseguirmos alargar esta base de praticantes significa ter mais clubes e mais competição, com o futebol feminino a crescer de uma forma mais sustentada. E no Futsal?

O que queremos neste domínio é fazer dela a maior modalidade de pavilhão em Portugal. O andebol e o basquetebol vão ter que perceber que o futebol é a paixão do nosso povo e o gosto das nossas crianças e dos jovens. O que pensa da lei de base do sistema desportivo e do papel das associações de futebol em Portugal?

Passou a imagem na opinião pública de que este novo regime tinha como objectivo retirar o poder das associações distritais em relação às assembleiasgerais da FPF e desta forma distribuir de forma mais equitativa as respectivas percentagens de votação. Mas quando verifico o que vai acontecer na próxima assembleia-geral eleitoral, dou conta que as associações por si só poderiam eleger o futuro presidente da Federação Portuguesa de Futebol. É necessária uma melhor distribuição das equipas pelas diferentes séries, para evitar que uma equipa de Viseu, como acontece, tenha por exemplo que ir jogar ao Algarve?

A proximidade geográfica é fundamental para encontrar quadros competitivos que possam ser ajustados a essa realidade geográfica e que promovam a competitividade. Depois, uma coisa importante, é a rivalidade saída, porque permite paixão, permite que as pessoas vão aos estádios e permite que o futebol seja o que todos gostamos. Faz tudo a pensar futebol?

No final do dia faço uma reflexão natural sobre aquilo que fui capaz de fazer e sobretudo se me senti realizado e uma pessoa feliz.


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região Equipa do Lusitano roubada em França Mistério∑ Alguém terá entrado no balneário e furtou os valores dos atletas

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dos jogadores no autocarro, mas o funcionário garantiu que não iria abandonar o local e que estaria atento a qualquer movimentação suspeita”, referiu. Descansado, João Gomes dirigiu-se para o campo, a alguns metros do balneário, para assistir ao jogo. No final da partida, o “inesperado” aconteceu. “Quando voltámos, o funcionário, muito corado e atrapalhado, disse-nos que o balneário tinha sido assaltado”, explicou. Cartões de cidadão, bilhetes de identidade, cartões de acesso aos quartos do hotel, dinheiro e João Gomes, coordenador da formação do Lusitano telemóveis desapareceram e a comitiva de Viseu deixada Contactaram a polícia dos em valores aos atletas. Duas horas depois do insozinha, “sem que alguém que se recusou a deslocar da organização se preocu- ao local para prestar auxílio. cidente, decorreu uma cepasse”. No total, 1700 euros rouba- rimónia de entrega de lemNuno André Ferreira

A comitiva do Clube de Futebol Lusitano, de Viseu, foi roubada durante a participação num torneio de sub-17, que se realizou em Arles, França, no passado fim-de-semana. O episódio começou quando João Gomes, coordenador da formação do clube, recebeu um telefonema do treinador da equipa a dar conta que “treinadores e jogadores estavam trancados no balneário”. De imediato, João Gomes pediu explicações ao funcionário camarário responsável, que abriu uma de duas portas que davam acesso ao balneário. Como estava quase a começar o jogo, a equipa dirigiu-se para o campo. “Sugeri colocar os pertences

Suspeita∑ Funcionário camarário, que entretanto “desapareceu”

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branças, na autarquia de Arles, com as equipas envolvidas no torneio. “Ninguém perguntou se estavamos bem, há excepção do presidente da Câmara que lamentou o episódio e garantiu actuar contra o funcionário”, disse o coordenador. No dia seguinte, o Lusitano apresentou-se para o último dia de torneio, mas o funcionário camarário, principal suspeito do roubo à equipa portuguesa, não apareceu. “No dia anterior, após ter dado o alerta do roubo, desapareceu misteriosamente e ninguém mais o viu”, comentou João Gomes. O torneio terminou com a equipa de Viseu em 4º lugar. Na despedida, o presidente do Arles suge-

riu que o Lusitano enviasse as facturas de tudo o que tinha sido roubado. “Com é que eu comprovo o dinheiro e as carteiras dos atletas”, questionou o coordenador. “Entretanto apareceram alguns documentos nas imediações do campo de futebol, mas bilhetes de identidade ou cartões de cidadão, nada.” O complexo está situado num bairro social, habitado, maioritariamente, por argelinos e marroquinos. O Lusitano FC ainda não sabe que medidas irá tomar, mas espera que tudo seja resolvido “com bom senso” por parte do clube francês. Tiago Virgílio Pereira tiago.virgilio@jornaldocentro.pt



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Ruas reivindica 2,5 mil milhões do dinheiro destinado à banca O presidente da Associação Nacional de Municípios Portug ueses (ANMP) defendeu que deveriam ser colocados à disposição das autarquias 2,5 mil milhões de euros dos 12 mil milhões que a troika destinou à recapitalização da banca portuguesa. Em declarações aos jornalistas em Viseu, Fernando Ruas (PSD) disse ter dado essa sugestão ao Governo, por saber que há esse dinheiro disponível e a banca parecer não estar interessada em o usar. “Custava-nos que houvesse necessidade de consolidar contas públicas, nomeadamente as nossas, e que não aproveitássemos essa importância”, justificou. O também presidente da Câmara de Viseu explicou que teriam de ser “aplicadas regras impo-

sitivas claras” para que as autarquias usassem os 2 ,5 mil milhões de euros. Dessa forma, esse dinheiro “não ia aumentar o endividamento, ia servir para pagar dívida efectiva”, nomeadamente aos fornecedores. O líder da ANMP considerou importante que a consolidação “possa também injectar mais meios na economia e, sobretudo, num sector da econo-

mia que é indispensável: o das pequenas empresas, a maioria delas até empresas individuais ou de carácter familiar”. O autarca disse não ter sido correcto, por exemplo, que o Governo anterior ter aplicado “um corte substancial em relação às transferências” para as autarquias e, no final do ano, se tivesse registado um aumento da dívida do Estado. “Aquilo que nos foi tirado não serviu para consolidar as nossas contas, serviu ainda para o Estado gastar mais. É isso que nós não queremos”, afirmou. Ruas reiterou que todos devem “fazer um esforço para a consolidação das contas, que é um desiderato nacional”, ainda que entenda que devia haver um tratamento diferente em função do contributo para a dívida. Lusa

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Um satense na política da Suíça Máxima∑ “Sou um operário que gosta de saber como é gasto o dinheiro dos impostos dos cidadãos” O primeiro contacto que teve com o universo suíço foi em 1984 para onde emigrou com 22 anos, de Águas Boas, Sátão, para a cidade de Lausana. Pintor no sector da decoração, a vida de António da Fonseca num país onde diz já estar por convicção é muito mais que trabalho. Há anos que sente o chamamento da política. Membro fundador do Mouvement Citoyen Voudois (MCVD) foi candidato a conseiller national (deputado em Portugal) nas eleições federais da Suíça que decorreram no domingo passado. “Sou um operário que gosta de saber como é gasto o dinheiro dos impostos dos cidadãos” justifica António da Fonseca quando se lembra que sempre fez “política de café” nas “discussões entre amigos”: “Mesmo em Portugal sempre gostei da política, mas não sou político”. Numa conversa com o Jornal do Centro através das redes sociais que ele próprio usa para acompanhar a vida do seu país, para fazer campanha eleitoral e para trocar opiniões e experiências com amigos pessoais ou do facebook, António da Fonseca demonstra a sua experiência na política e o que quer com o movimento que ajudou a fundar na Suíça. “Não estou à espera de ser eleito, porque somos demasiado pequenos, mas estamos a crescer e nesta campanha já recebemos a adesão de muitos portugueses. O nosso objectivo é utilizar estas eleições como trampolim para as cantonais (eleições autárquicas) de 2012”, revela António da Fonseca, lembrando que os estrangeiros só têm direito de voto nas eleições autárquicas suíças. António, de 49 anos, casado, pai de dois filhos vem

A

António da Fonseca foi candidato às eleições federais de domingo passado a Portugal, em média, duas vezes por ano, como qualquer emigrante visita a família, a sua terra de nascença e descansa na casa que mandou construir na vila de Sátão. É telegráfico a responder a tudo isto, mas quando se lhe pergunta sobre a crise vivida em Portugal, revela a sua alma de político: “A crise vive-se em Portugal e no resto da Europa. O sistema europeu faliu há muitos anos e só não está enterrado, porque a Alemanha e a França têm vergonha de dizer que falharam e vão remendando cada vez que lhe convém”. Já em relação a Portugal as críticas são ainda mais ferozes. Aponta o dedo a todos os Governos que geriram o país desde 1985. “O povo foi engano pelos governantes, deixou-se levar porque lhe diziam que na Europa era assim, não se cultivava mas recebiase dinheiro, não se pescava mas eliminavam-se os barcos e ganhava-se dinheiro. Até nos diziam que eramos bons estudantes na Europa”, lamenta, e dá exemplos registados nas visitas ao país de nascença: “Já en-

contrei num supermercado de Viseu alho “made in China”. Será que Portugal tem necessidade de importar alho de tão longe? No IP5 foram gastos milhões numa estrada mal feita e depois tiveram que construir outra por cima gastando mais milhões que temos que pagar. Quem é o mais culpado, o ministro que mandou construir a primeira ou o que mandou construir a segunda?”. Não divulga directamente as suas ambições políticas, mas coloca-se à defesa de um país onde quer assumir um papel cada vez mais activo, destacando as grandes diferenças em dois países que já conhece bem: “Em Portugal, nas eleições legislativas vota-se pensando que se está a votar num primeiro-ministro e depois temos deputados eleitos em Trás-os-Montes que se calhar nunca puseram os pés na terra que os elegeu. Mas na Suíça, o nome do candidato a deputado está escrito nas listas de voto”, defende António da Fonseca. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt


Jornal do Centro

VISEU | MANGUALDE | S. PEDRO DO SUL | REGIÃO 15

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Festa das Sopas em Gumirães

Retábulo da Capela do Rebelo restaurado Mangualde∑ Câmara procura mecenas para comparticipar a obra

A Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Gumirães, em Viseu, vai organizar a Festa das Sopas’11, no dia 5 de Novembro, a partir das 18h00, na sede da associação. O objectivo passa pela promoção dos produtos regionais do Dão e dos sabores das sopas tradicionais de alguns restaurantes locais. As cervejarias “Quinta do Galo” e “O Cambalro”, o café “Lima Bar” e os restaurantes “O Principal”, “O Milho Rei”, “Santa Maria”, “O Viso”, “Tasquinha do Xico” e “VisIpanema” serão as “casas” Publicidade

participantes no evento. Para provar as iguarias, os sócios pagam 4 euros e os não sócios 5. Este valor inclui um “kit sopas” do qual consta uma malga, sopas, bebida e boroa. As inscrições deverão ser feitas até ao próximo dia 2 de Novembro através do e-mail asscrgumiraes@netvisao.pt, por telefone, na sede da Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Gumirães junto dos restaurantes aderentes. As crianças com menos de 10 anos não pagam, mas terão de ser inscritas. TVP

Arrancaram esta semana os trabalhos de restauro do Retábulo da Capela do Rebelo, em Mangualde. O monumento estilo barroco, do séc. XVIII, classificado como imóvel de interesse público, há muito que inspirava a necessidade de se proceder a sua salvaguarda do estado de conservação do retábulo e da imaginária do interior da capela. A Câmara Municipal deu início a esta intervenção após aprovação do processo junto do IGESPAR, através da Direcção Regional de Cultura do Centro. O restauro está entregue à empresa especializada “Ouro Fino”, do mestre em Conservação e Res-

tauro Jorge Pereira. “Entretanto, estão a ser produzidos esforços no sentido de se conseguir um Mecenas que obvie este custo”, adiantou a autarquia em comunicado. Para o presidente, João Azevedo “é essencial saber gerir o património cultural, criando e fomentando sinergias que potenciem a requalificação do mesmo”, porque «apoiar o património e a cultura é uma forma directa de manter sólidas as raízes da terra e fomentar a economia local”. A intervenção agora iniciada deverá estar concluída até ao final do ano. Emília Amaral

AO imóvel está classificado de interesse público

NOVO CENTRO ESCOLAR EM S. PEDRO DO SUL A Câmara de S. Pedro do Sul vai avançar com a construção do centro escolar da cidade. A candidatura apresentada pela autarquia foi aprovada recentemente, tendo já avançado o concurso público. O novo equipamento, a construir junto à Escola Básica 2/3, terá capacidade para receber 550 alunos do Pré-escolar e do 1º Ciclo, oriundos das freguesias de Baiões, Bordonhos, Pinho, S. Félix, S. Pedro do Sul, Sul e Várzea. O projecto de mais de quatro milhões de euros é comparticipado em 70 por cento pelo QREN, cabendo à autarquia pagar os restantes 30 por cento. “A o b r a f a v o r e c e a mel hor i a d a ofer t a educativa que conduzirá a uma maior integração das crianças na escola”, considera o presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, António Figueiredo. EA


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16 REGIÃO | RESENDE | VISEU

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Opinião

O mercado municipal Economizar para fomentar ou fomentar para economizar O valor gasto por cada agregado familiar com a alimentação é provavelmente uma das despesas cada vez mais difíceis de contornar. Vários estudos apontam para montantes de centenas de euros gastos mensalmente, numa percentagem que representa 30 a 50 por cento do orçamento familiar. Esta percentagem tende, por norma, a diminuir à medida que a condição económica melhora, uma vez que passam a existir outras prioridades com custos superiores. A importância gasta com a alimentação depende muito do tipo e das rotinas de vida de cada agregado: almoços fora de casa, recurso a restaurantes ao fim-de-semana, bem como o sistema takeaway, cada vez mais utilizado, entre outras. Todas estas situações conduzem a resultados bastante diferentes e distintos. A nossa preocupante dependência externa de produtos alimentares, com o enfoque notório ao nível dos cereais e a sua repercussão na fileira do leite e da carne, bem como o crescente aperto económico que vamos sentir, vão induzir uma alteração preponderante nos comportamentos alimentares. O sector da restauração queixa-se de uma diminuição acentuada da facturação e muitas casas ponderam mesmo fechar. Os preços das refeições não têm registado aumentos significativos na maior parte dos casos, diminuindo progressivamente as suas margens de lucro. No entanto, esta conjuntura tende a sofrer alterações muito importantes. A modificação do valor do IVA nos bens alimentares, assim como o aumento dos tarifários da luz, gás, electricidade e água vão repercutir-se também, e de forma notória, nos serviços prestados. A retracção económica a este nível vai provavelmente acentuarse. Tendo por base o actual cenário de recessão, não seria de equacionar a dedução destes bens num valor substancialmente superior, para efeitos de IRS? Hoje assistimos a alterações importantes e profundas no comportamento dos consumidores, ao nível da alimentação e do seu custo. É cada vez mais frequente as pessoas leva-

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

rem os seus almoços para os locais de trabalho (a chamada brigada da caixinha). Este novo comportamento poderá ter como fim a redução dos custos com a alimentação, a qual é efectiva (140 euros mensais), mas tem também o propósito de permitir refeições mais equilibradas, devido a um conhecimento cada vez mais eclético com a alimentação e as necessidades nutricionais humanas, com uma incidência notória no aumento substancial da ingestão de sopas e de fruta, de todo aconselhável. Neste sentido, existirão procedimentos que possam diminuir o peso que a alimentação tem em termos económicos? Parece evidente que o valor da aquisição de bens de qualidade é um factor determinante. Por um lado, a opção por produtos de marca branca surge como uma medida sensata, as promoções parecem também resultar como uma medida eficaz, mas relativamente a esta última sugestão recomendo algum cuidado: “nem tudo o que luz é ouro”. Uma alternativa também muito válida é a aquisição de uma parte do cabaz alimentar no mercado municipal. Esta última sugestão poderá ter um duplo efeito: por um lado, vão economizar alguns euros e, por outro lado, fomentam uma agricultura minifundiária que necessita de ser acarinhada para poder sobreviver. Esta é a melhor maneira de preservarmos uma arquitectura agrícola regional. Um novo conceito ou terminologia que tem sido alvo de estudos e debates e necessita de uma implementação efectiva. Um exemplo concreto do que se descreve, são as novas hortas comunitárias a proliferar por todas as cidades. Se recuarmos até 1375, já o rei D. Fernando I manifestava cuidadas preocupações com esta matéria ao promulgar a Lei das Sesmarias. Não será o momento da sua aplicação efectiva passados tantos séculos? Economizar para fomentar ou fomentar para economizar? Fica a questão.

ASSALTO

Viseu. Um grupo de ladrões encapuzados partiu à marretada, na madrugada de sexta-feira, uma das portas em vidro da loja Dinâmica, em Viseu, furtando dez bicicletas. O estabelecimento, especialista em venda e reparação de bicicletas, motas e motorizadas, registou um prejuízo do valor de 20 mil euros. O assalto aconteceu por volta das 4h30.

DETIDO

A O equipamento foi inaugurado pelo ministro da Administração Interna

GNR tem novo quartel em Resende Investimento∑ A nova casa custou um milhão e 300 mil euros O ministro d a A d ministração Interna, Miguel Macedo inaugurou na sexta-feira o novo quartel da GNR de Resende. O novo equipamento com capacidade para receber 30 efectivos da GNR começou a ser construído em finais de 2009, em terreno cedido pela Câmara Municipal. O investimento de um milhão e 300 mil euros é composto por dois edifícios. A inaug uração da nova ca sa põe f i m a u m a sit u aç ão que o auta rca de Resende, António Borges consi-

derou de “indignidade” nas instalações até agora ocupadas pela GNR no concelho. Para o presidente socialista “a política da prevenção e da resposta eficaz em matéria de segurança é essencial a u m a reg ião” como aquela, como “um complemento decisivo enquanto oferta turística de grande qualidade”. Agora que estão garantidas novas instalações condignas para a guarda no concelho, o autarca apontou a falta de efectivos como outro problema a resolver, acreditando que tenha

uma resposta. O ministro da Administração Interna reconheceu que o novo qua r tel “é u m a obra importante para o concelho e para o país” ao admitir que a partir de agora tem “excelentes condições” para a GNR trabalhar. O novo edifício faz parte do quadro de reforço da autarquia de Resende na modernização dos seus equip a m e n to s u r b a n o s , como salientou António Borges. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Viseu. Um homem, de 75 anos, foi detido pela GNR de Viseu por posse ilegal de uma arma de fogo e diverso material explosivo. A detenção ocorreu no sábado, na sequência de uma chamada telefónica para o posto da GNR, dando conta que estava um homem armado num café, na localidade de Fragosela. Os militares apreenderam uma pistola de calibre 6,35 mm e efectuaram uma busca domiciliária onde encontraram explosivos. Em casa, o suspeito guardava nove velas de gelamonite, cinco espoletas, vários metros de cordão detonante, 188 cartuchos calibre 12 mm e 64 munições calibre 22 mm. A remoção deste material foi feita com o apoio da equipa de inactivação de explosivos da GNR.

DETIDO

Viseu. A PSP de Viseu deteve quatro indivíduos durante uma acção de fiscalização, realizada no fimde-semana. Dois dos detidos encontravam-se me situação irregular no país enquanto os outros dois pendiam mandados de captura. A operação que envolveu 27 elementos da PSP, resultou ainda na identificação de 20 pessoas, em seis casas de diversão nocturna e na apreensão de mais de 350 viaturas.



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especial

Dia de Todos os Santos

textos ∑ Andreia Mota

Rezar pelos mortos é uma tradição antiga O Dia de Todos os Santos e o Dia dos Finados são dois momentos que se conciliam e, muitas vezes, confundem. O primeiro recorda todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados, enquanto o segundo é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É uma data em que se comemora o Amor, por excelência. Desde o século 1º que os cristãos rezam pelos falecidos, tendo o hábito de visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas, para velar pelos que morreram sem martírio. No século IV, já é possível encontrar evocação dos mortos durante a celebração da missa. No século seguinte, a Igreja dedica um dia do ano para orar pelos que faleceram e foram esquecidos. Desde o século XI, por iniciativa dos papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015), que a comunidade é incitada a recordálos. Mas a escolha de 2 de Novembro para esse efeito só foi feita no século XIII. Mais recentemente, aproveitou-se a instauração do feriado de 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, para realizar as cerimónias de invocação dos entes queridos já padecidos. Publicidade

Crisântemos são flor de referência nesta época A deposição de flores nas campas é um gesto que demonstra o apreço e saudades que se tem pelos familiares e amigos que já partiram. Nesta altura, os crisântemos são uma das espécies mais procuradas, quer pela sua beleza como pela sua simbologia. Cultivada há mais de 2 mil anos no Oriente, onde é tida como muito nobre, esta é uma planta que possui muitos ti-

pos e cores, além de exigir alguns cuidados especiais, nomeadamente ao nível da irrigação e luminosidade. Originário da Ásia, o Crisântemo é da família da Compositae, e possui mais de 100 espécies e mais de 800 variedades comercializadas mundialmente. A sua chegada à Europa deu-se por volta de 1700, onde foi melhorado geneticamente, para chegar às variedades actuais.

Curiosidades

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∑ O crisântemo representa a protecção, a esperança e a compreensão dos limites da vida.

flores originais), e -anthemon, que significa flor. Em grego, crisântemo significa “flor de ouro”.

∑ No Japão foi adoptada como símbolo do país, devido à sua semelhança com o sol nascente. De acordo com a lenda, uma única pétala da flor, colocada no fundo de uma taça de vinho, traria vida longa e saudável.

∑ Na Europa, está associado à morte, sendo comum vê-las em funerais.

∑ O nome foi-lhe atribuído por Carolus Linnaeus, combinando o prefixo grego chrys-, que significa dourado (a cor das

No Brasil, esta f lor é usada para representar quer a vida quer a morte; o sol e a chuva. Os crisântemos são também oferecidos no Dia de Todos os Santos e no de Finados.

∑ No México, oferecer crisântemos é uma declaração explícita de amor.


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DIA DE TODOS OS SANTOS | ESPECIAL 19

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Rituais do Dia de Todos os Santos caíram em desuso O Dia de Todos os Santos – a Festum omnium sanctorum- é celebrada pela Igreja Católica a 1 de Novembro, seguindo-se, a 2, o dia dos fiéis defuntos.

Esta tradição tem a sua origem na composição do calendário litúrgico, onde constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho

Crenças populares

Rituais Com a entrada desta data católica para o calendário civil como feriado nacional, no século XVlll, surgiu também a tradição de as pessoas acorrerem aos cemitérios para recordarem os familiares e amigos que já partiram e levarem as suas homenagens: flores, coroas, velas e preces. É igualmente característico mandar-se rezar missas pela sua alma. O culto aos mortos é um ritual antigo e que marcou presença em quase todas as religiões, sobretudo as mais antigas. Nos primórdios estava associado ao cultivo da terra e à fertilidade, pois acreditava-se que, como as sementes, os mortos eram enterrados com vistas à ressurreição. Como que antecipando o Dia dos Finados, este é um momento vivido com tristeza.

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da sua fé, realizando-se nelas orações, para esta celebração remonta ao sémissas e vigílias. Numa fase posterior culo IV e aconteceu em Antioquia, no surgiu o hábito de erigir, nesses locais, domingo seguinte ao de Pentecostes. igrejas e basílicas em sua memória. O Esta data mantém-se como tradição primeiro registo de um dia comum nas igrejas orientais.

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No nosso país, há algumas crenças, a maioria bastante antigas, que ainda hoje são respeitadas. É o caso do lema “no dia de Finados não se caça nem se pesca”. Acredita-se também que, neste dia simbólico as almas dos afogados passeiam por cima das águas do mar e dos açudes, enquanto outras visitam os locais onde viveram ou morreram. Em tempos mais antigos, evitava-se passar nas encruzilhadas e em cantos sombrios. No Dia de Todos os Santos, era tradição as crianças saírem à rua e pedirem o pãopor-deus, de porta em porta, recitando versos e recebendo algumas oferendas, como pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas. Era uma forma de se minorar algumas carências sentidas ao longo do ano. Com o tempo, esta tradição caiu em desuso. O costume de comer ‘caldo de castanha’ marcou gerações, sobretudo no Norte de Portugal. Nalgumas aldeias, havia também o hábito de, nos “santos”, se matarem as ovelhas que atingiram o ano de idade sem terem tido crias.

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educação&ciência “Os resultados são mais honestos do que na ESAM”

os Númer Teresa Almeida

97 Professores que leccionam na instituição, incluindo o ensino profissional.

Tiago Virgílio Pereira

É o valor em euros do orçamento global da Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto.

Docente de Físico-Química e coordenadora da equipa responsável pelo projecto educativo da Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto

A António Cunha, director da Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto

Escola de Canas é a melhor do distrito Ensino secundário∑ Instituição ocupa o décimo lugar a nível nacional

5 É o número de turmas do ensino secundário regular, constituído por 90 alunos.

700 É o número total de alunos da escola. Ensino básico e secundário regular e profissional.

32 É a percentagem dos alunos que são subsidiados. Isto significa que mais de 200 têm escalão A ou B.

Pequena, modesta e a reclamar obras. É assim a Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto, em Canas de Senhorim, no concelho de Nelas. Esta escola é um dos orgulhos do distrito de Viseu. Segundo o ranking das melhores escolas de ensino secundário, divulgado no passado dia 15 pelo Ministério da Educação, a Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto ocupa o décimo lugar a nível nacional, no que a escolas públicas diz respeito. Se contarmos com o ensino privado, a escola alcança o quadragésimo quarto lugar, subindo 28 posições em relação ao ano passado (ver quadro). Para o director, António Cunha, esta classificação não surpreende. “Há vários anos que somos a melhor escola do distrito, temos as nossas limitações em re-

lações a outras escolas de Viseu, por exemplo, mas esforçamo-nos para trabalhar bem”, explicou. A base deste sucesso passa pelos alunos. “Os discentes são trabalhadores, estão motivados e bem preparados, e isso torna tudo muito mais fácil”, referiu. O responsável pela instituição pública há 17 anos, disse ainda que “há um excelente ambiente e uma relação de cumplicidade entre aluno e professor”. O corpo docente da escola é “estável, competente, exigente e experiente”, a maior parte lecciona na instituição há mais de 15 anos. Apesar desta vertente humana capaz, o director reconheceu que a instituição precisa, com urgência, de obras de requalificação. “A escola tem 30 anos e é necessário compor o telhado, uma vez que chove em algumas salas de aula. O pavilhão gimno-

desportivo precisa de obras profundas contudo, a escola não foi definida como uma prioridade pela Parque Escolar”, explicou. Ainda assim, há aspectos positivos, o aquecimento funciona e a biblioteca, considerada o exlíbris da instituição, agrada a todos. “Os alunos sentem-se bem, a biblioteca é também um espaço de promoção de colóquios, debates e exposições”, argumentou. A Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto atrai muitos alunos de outras redes escolares, Nelas e Carregal do Sal constituem os exemplos mais evidentes. A tradição de bons resultados é um factor essencial para esta “captura”, que tem vindo a aumentar ano após ano. Este ano lectivo foram resgatados 77 alunos do secundário a outras redes escolares. A maior parte dos en-

Ranking das 6 Melhores Escolas Secundárias no Distrito de Viseu (2011) RANKING ESCOLAS ENSINO SECUNDÁRIO 2011 Distrito de Viseu* Total Provas: 2011 2010

44 63 67 77 87 105

72 294 255 86 124 302

Escola

Concelho

Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto Cunha Nelas Escola Secundária de Carregal do Sal Carregal do Sal Escola Secundária de Tondela Tondela Escola Básica e Secundária de Oliveira de Frades Oliveira de Frades Escola Secundária Alves Martins Viseu Escola Secundária Dra. Felismina Alcântara - Mangualde Mangualde

189.972 Média Exames Nº Provas

87 116 320 243 1274 292

Exame Orig

123,03 118,93 118,38 116,65 115,23 113,48

10,33 Exame Interna

12,3 11,89 11,84 11,67 11,52 11,35

13,9 12,9 12,9 13,7 14,1 12,9

Final PUB PRIV

13,49 12,69 12,67 13,21 13,41 12,5

PUB PUB PUB PUB PUB PUB

carregados de educação são empregados fabris com salários modestos. A comunidade, em geral, apresenta recursos limitados e carências sócio-económicas. Este facto, não permite que os alunos frequentem centros de explicações pelo que, a escola dispõe de apoios integrados no horário. No ensino secundário, o ênfase recai nas disciplinas de Português e Matemática e na preparação para os exames nacionais. “Apesar destas contrariedades, as pessoas de Canas de Senhorim são muito participativas e com forte espírito associativo e os pais confiam na escola”, reforçou o director. A escola tem vindo a colocar alunos nos cursos de Medicina – três no ano passado - e Engenharia, “porque ainda há empregabilidade” e aposta forte no ensino profissional. Celebra muitos protocolos com instituições locais, IPSS, empresas, centros de lazer e não regista casos de indisciplina. O agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim é pequeno, o que propicia um ambiente de maior entreajuda. Tiago Virgílio Pereira

Penso que a escola tem um bom clima entre professores e alunos, eles gostam de cá andar e sentemse bem, por isso transmitem esse sentimento aos outros agrupamentos. A organização escolar é o factor preponderante do sucesso. Aqui, trabalha-se muito em grupo, como acontece na Escola Secundária Alves Martins (ESAM), em Viseu, onde já dei aulas. Esta escola é mais pequena e os recursos escassos, mas os resultados são mais honestos se compararmos as condições de uma e outra escola. Se fizermos a proporção comparativamente ao número de alunos e às entradas em Medicina, aqui até é superior. “A minha média é 18,7 e não tenho explicações”

Rafael Borges 16 anos, estudante no 11º ano

A escola tem um excelente ambiente. Frequento-a desde o 5º ano de escolaridade e a boa relação entre professores e alunos mantém-se. Acolhemos e integramos de igual forma todos os novos alunos. A biblioteca é o espaço que mais me agrada porque está muito bem equipada. Actualmente, a minha média é 18, 7 valores e não tenho explicações, vou às aulas de apoio e nem sequer penso em explicações porque não tenho possibilidades económicas para tal. Penso entrar em Medicina mas tenho consciência que serão os exames nacionais a decidir o meu futuro.


Nuno André Ferreira

Textos: Andreia Mota Grafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 502 DE 28 DE OUTUBRO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

MUNICÍPIO DE

MANGUALDE SUPLEMENTO


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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MANGUALDE

MANGUALDE: UM FUTURO COM TRADIÇÃO Mangualde é terra de segredos, é um convite ao convívio, é uma proposta à descoberta... Aqui se misturam mil cores e sabores! História, monumentos, tesouros naturais, gastronomia, artesanato, feiras e romarias fazem parte do roteiro que o concelho tem para oferecer. Outrora chamada Azurara da Beira ou simplesmente Azurara, é uma terra antiquíssima que se situa na margem esquerda do Rio Dão. Os vestígios da presença humana estão bem vincados e remetem-nos para o neolítico. São exemplos as Antas da Cunha Baixa e de Padrões. Também da Idade do Bronze/ Ferro nos chegam marcas, como é o Castro do Bom Sucesso, enquanto da época de domínio romano se destacam a Citânia da Raposeira, alguns troços de Vias Romanas, Marcos Miliários, Aras e Ruínas de Villae. Da tradição do município faz parte o Castelo que, segundo reza a história, terá sido tomado por um chefe mouro, de seu nome Zurara. Posteriormente, foi conquistado aos Mouros por Fernando Magno, Rei de Leão, em 1058. Já depois de o município ter recebido foral, atribuído pelos condes D. Henrique e Dona Teresa em 1102, o castelo acabou por ser demolido e, no seu lugar, surgiu um santuário – a Ermida de Nossa Senhora do Castelo. Mas há outros locais e monumentos antigos que convidam a uma visita atenta e demorada: o Palácio dos Condes de Anadia, a Casa dos Condes de Mangualde, o Real Mosteiro de Maceira Dão, a Ermida da Senhora de Cervães, a Igreja da Misericórdia e a Casa de Almeidinha.

Centro da Cidade

l Biblioteca Municipa

Gastronomia Depois de um passeio alargado pelas vias do passado e da história é hora de recuperar forças e confortar o estômago com as delícias que o concelho tem para oferecer. E também aqui Mangualde, que foi elevada a cidade em 1986, se apresenta como uma proposta ímpar e… deliciosa! Habituadas a trabalhar a terra e a aproveitar os seus recursos, as gentes da Beira aprenderam desde cedo a respeitar e agradecer as suas dádivas. A vinha assume especial destaque e dá origem aos famosos vinhos do Dão, enquanto das hortas e da pecuária resultam uma variedade de sabores que tornam a cozinha da região tão única. A maçã – nomeadamente a variedade Bravo Mangualde lançada pela Cooperativa – a chouriça, os frutos secos e o queijo da serra são outras das iguarias que complementam o roteiro gastronómico. Mas há um sabor indissociável e muito característico que não podemos esquecer: os famosos Pastéis de Feijão do Patronato.

Pastéis de Feijão

Live Beach Mangualde

Tradição A não perder é também uma visita às Termas Sulfurosas de Alcafache, enquadradas por uma paisagem de rara beleza, onde se pode desfrutar de momentos de descontracção ou descobrir caminhos tradicionais, onde pedras e muros encerram histórias guardadas ao longo do tempo. Delicie-se também com a simpatia das gentes, sempre afáveis e prontas a receber bem, mostrando o que de melhor sabem fazer. As suas mãos hábeis e trabalhadoras aprenderam a transformar recursos em obras, como são exemplos os típicos bordados de Tibaldinho e as peças de olaria.

Festas

Festas da Cidade

As festas fazem parte do cartaz turístico de Mangualde e colocam, muitas vezes ao longo do ano, o município no centro das atenções. O mesmo irá acontecer no fim-de-semana de 5 e 6 de Novembro, com a realização da tradicional Feira dos Santos. “Da Tradição à Modernidade” é o lema do certame que regressa ao centro da cidade. A VI Mostra de Artesanato Nacional, a comercialização de produtos regionais e de agro-pecuária, a II exposição de pintura ao ar livre e a exibição de automóveis são alguns dos momentos que compõe o cartaz da iniciativa que há três séculos dá nova vida ao município, atraindo milhares de visitantes.

inho Bordados Tibald

Feira dos Sa ntos


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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MANGUALDE

“MANGUALDE É UMA POTÊNCIA NACIONAL NA INDÚSTRIA DO AUTOMÓVEL, DOS TRANSPORTES E DA LOGÍSTICA” Nado e criado em Mangualde, João Azevedo assumiu o comando da autarquia há dois anos. Desde então tem trabalhado para colocar o município na senda da modernidade e do empreendedorismo. O desenvolvimento económico, o emprego e a captação de pessoas são algumas das principais apostas deste mandato. Durante a sua campanha defendeu valores como a modernidade e o futuro. Até esse momento, Mangualde estava de costas viradas para a inovação? Não, mas tínhamos de preocuparnos com o que era mais importante para as pessoas: em primeiro lugar, manter as que cá estão, com qualidade de vida e emprego; e, em segundo, tentar captar gente de fora. Isso significa que teríamos de investir nos espaços industriais e na economia local, captar novos investidores, e criar emprego. A modernização é, assim, fundamental, tal como a necessidade de dar um safanão no marasmo e nas perdas devido à passividade em que estivemos nos últimos 12 anos. Tínhamos de recuperar o tempo perdido e foi isso que fizemos.

Nuno André Ferreira

De que forma? Investimos na marca Mangualde, nas formas de potenciar o concelho e tentámos vender os nossos melhores argumentos: localização geoestratégica, implantação de grandes indústrias – nomeadamente

a metalomecânica, a automóvel e a logística – e capacidade de poder servir bem, com bons recursos humanos e pessoas especializadas. Como encontrou a autarquia em termos financeiros? Numa situação catastrófica e recebemos do passado uma herança dramática com o município em incumprimento por excesso de endividamento. Para compensar o endividamento e resolver o problema da dívida, não aumentámos as taxas ou impostos, mas optámos por diminuir as despesas correntes. Mesmo assim, se tivéssemos o mesmo dinheiro e receita que outrora houve nesta câmara, teríamos feito muito mais obras. Demos um salto qualitativo, mas aliadio à situação financeira, houve um corte de receitas, o que prejudica a autarquia. Um dos grandes projectos foi a praia artificial. Que balanço faz do primeiro Verão? Foi um sucesso, quer para o concelho como para a região. Cumprimos o desígnio do Presidente da República, quando fez o apelo para os autarcas criarem iniciativas próprias e atraírem pessoas para o Interior. Acredito que é uma alavanca muito importante para a economia local no Verão, durante o qual recebemos 300 mil visitantes. Espero que o sucesso se repita no próximo ano, pois alguns sectores da actividade económica de Mangualde - nomeadamente a restauração, a hotelaria e o comércio – já se sentiriam com algumas dificuldades se a praia não existisse.

Que outras obras foram feitas? Mangualde estava estagnado em termos de obras públicas. Desde que assumimos a autarquia, considero que aplicámos bem o QREN e fizemos um bom trabalho, por exemplo, na Zona Industrial de Salgueiro. Esta intervenção tem a ver com a nossa estratégia para o futuro, nomeadamente ao nível da vinda de novas empresas. Todos os lotes estão praticamente vendidos e candidatos não têm faltado para aquisição de mais lote se os tivéssemos. A variante Norte – uma alternativa à Citroën – está a ser desenvolvida, e as variantes da Corvaceira e de Abrunhosa do Mato já foram inauguradas. Também fizemos a estrada de acesso a Contenças de Cima, freguesia de Santiago de Cassurrães. Já lançámos o concurso para a Avenida da Senhora do Castelo, que é uma obra fundamental para a requalificação urbana. A ponte na freguesia de Espinho é também importante, pois permite a ligação a Nelas e melhores acessibilidades para o desenvolvimento da indústria do vinho que naquela zona tem uma forte componente industrial. Para mim outra grande obra, por ser estrutural, foi a cedência da estrada à Citroën. A decisão foi fundamental para a empresa se manter em Mangualde e ter capacidade de expansão. Colocámos água tratada da Barragem de Fagilde no alto do concelho, para servir centenas de habitantes que durante anos tiveram muitos problemas não só de abastecimento mas tam-

bém ao nível da qualidade. Iniciámos a Unidade de Saúde Familiar, indo de encontro às políticas da saúde, e que estará concluída brevemente. Estabelecemos laços de colaboração com entidades do concelho como é o caso da Santa Casa da Misericórdia e Bombeiros Voluntários de Mangualde para o investimento em equipamentos de grande importância para as pessoas. A Unidade de Cuidados Continuados praticamente concluída e a recente aprovação da candidatura ao QREN da BAL- Base de Apoio Logístico dos Bombeiros são exemplos do esforço das entidades envolvidas neste processo. Também criámos o Gabinete de Apoio ao Agricultor, no edifício da Câmara Municipal, por onde já passaram mais de 2000 ocorrências. Depois temos apostado na manutenção dos equipamentos públicos, que tinham sido esquecidos nos últimos anos. A sua manutenção é fundamental, porque um município tem que servir os seus munícipes com qualidade e a imagem do seu património é o reflexo do exercício da sua gestão autárquica. Dá especial enfoque à questão económica e a verdade é que Mangualde possui muitas empresas vocacionadas para a exportação. Qual é o segredo? É uma questão histórica. A vinda da Citroën para Mangualde na década de 60 foi fundamental. A isso

acresce o facto de termos bons profissionais, dedicados, trabalhadores e perfeccionistas. O Instituto Nacional de Estatística revelou que, pela primeira vez depois de 12 anos, em Mangualde houve uma redução do desemprego. É sinal de que a nossa aposta em políticas de emprego e de dinâmica económica tem dado resultados. E não podemos esquecer que damos emprego aos concelhos vizinhos. A Citroën, por exemplo, tem cerca de 300 trabalhadores de Viseu e cerca de 150 de Penalva do Castelo. Se assim não fosse, teríamos níveis de desemprego praticamente nulos ou apenas voluntário. Mangualde é uma potência nacional na indústria do automóvel, dos transportes e da logística. Esta é uma aposta para manter? Sim, a criação de emprego no sector privado são das apostas mais importantes se queremos que o concelho tenha um desenvolvimento económico sustentado. Apesar de estarmos no Interior, temos de ser competitivos. As portagens também nos criam algumas limitações em termos de circulação, mas é preciso encontrar alternativas e critérios para atrairmos pessoas. A A25, a A1 e A24 estão portajadas, pelo que o IC 12 acaba por ser uma mais-valia para a circulação. Assim como a ferrovia, pois abarca todo o Sul do concelho. Aproxima-se a Feira dos Santos. Quais são as grandes novidades da edição deste ano? A mais importante será talvez o facto de irmos reviver o passa-

do, com a Feira a regressar ao centro da cidade. Esta iniciativa tem um grande simbolismo para os mangualdenses como eu e é um momento em que as famílias se reúnem e convidam os amigos para as suas casas. A vinda do certame para a urbe dálhe notoriedade e traz impacto para o comércio e para o turismo. Juntamente com a marca automóvel e a praia artificial, a Feira dos Santos é outro dos ícones do município. Paralelamente, estará a decorrer a “Feira dos Santos à Mesa”, com os restaurantes a apresentarem uma ementa especial, com pratos típicos regionais. Que mensagem gostaria de deixar aos mangualdenses em relação ao futuro? Uma mensagem de confiança. Estamos num momento muito difícil, em que todos temos de ser responsáveis para não consumir o que não podemos e pela forma como vamos gerir o bem público. Temos de dar sustentabilidade ao território, distribuir melhor os recursos, ter criatividade, espírito de sacrifício e muita garra para defender os interesses da população. Temos de acreditar que o futuro tem de ser melhor; e o desperdício, a desorganização, a falta de respeito pelos dinheiros públicos e a passividade que marcou o passado não vão repetir-se. Desejo saúde e sorte a todos os mangualdenses e faço-lhes um apelo para que participem no esforço colectivo para que ultrapassemos o momento de crise. Temos capacidade para tornar Mangualde um concelho liderante na Região Centro. Um concelho com futuro!


Jornal do Centro

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28 | Outubro | 2011

SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MANGUALDE

CENTRO ESCOLAR DE MANGUALDE FOI UMA DAS APOSTAS DA AUTARQUIA

Centro Escolar

A aposta na educação tem sido uma prioridade para o executivo camarário de Mangualde. Uma das grandes obras, a este nível, foi a construção do Centro Escolar nº 1 de Mangualde, integrado no Agrupamento de Escolas de Mangualde, localizado no recinto da Escola EB2,3 Ana de Castro Osório. O estabelecimento de ensino acolhe actualmente 170 crianças, dispersas entre o 1º e 4º ano do ensino básico. Composto por oito salas de aula equipadas com quadros interactivos, complementadas por outras duas dedicadas à Expressão Plástica e por duas áreas de trabalho, o Centro Escolar dispõe de anfiteatro, salas de convívio para alunos, professores e pessoal não docente, instalações sanitárias, logradouro e uma biblioteca. E porque as crianças marcam o início de uma nova geração, houve também a preocupação de criar salas multideficiência. O projecto enquadrou-se no Programa Operacional Regional do Centro, inscrevendo-se no “Eixo 3 - Consolidação e Qualificação dos espaços Sub-Regionais”, através do instrumento “Requalificação da Rede Escolar do 1º Ciclo do ensino Básico e da Educação Pré-Escolar”. O valor de adjudicação foi de cerca de 794 mil euros, sendo 70 por cento comparticipado pelo QREN.

Variante Corvac eira

CONCELHO TEM ACESSOS MELHORADOS Dada a centralidade do município de Mangualde, a rede viária tem sido alvo de uma constante preocupação, melhorando os acessos às diferentes localidades. Uma das obras de reabilitação foi feita na Variante da Corvaceira, na freguesia de Chãs de Tavares. A requalificação, já concluída e inaugurada, representou um investimento municipal que rondou os 472 mil euros. Alargamento, rectificação do traçado, reforço do pavimento e melhoramento das condições de drenagem e segurança foram alguns dos trabalhos levados a cabo na reestruturação da Estrada 615-2, troço que liga a Estrada Nacional 16 e o campo de futebol da Corvaceira. A obra foi apresentada como um exemplo do que é essencial para o município, tendo em conta a melhoria da qualidade de vida das populações.

Unidade de Saúd e Familiar

Estrada de Quintela Concluídas estão também as obras de requalificação da Estrada de Quintela, na freguesia de Quintela de Azurara. A obra incluiu a colocação de alcatrão, o levantamento de parte dos paralelos, a pavimentação e a construção de uma rotunda à entrada da via de acesso a Quintela de Azurara. A intervenção permitiu requalificar uma estrada que apresentava más condições de circulação, essencialmente porque estava ainda em terra batida e apresentava inúmeras depressões no pavimento. Com estas obras, os automobilistas vão poder circular nas melhores condições de segurança. No total, a reestruturação implicou um investimento superior a um milhão de euros.

Zona Industrial

do Salgueiro

QUINTA DA SAMPAIA VAI TER CARA NOVA O centro da cidade mereceu igualmente um olhar da autarquia. É exemplo a intervenção da Quinta da Sampaia onde, até ao momento, foram investidos mais de 560 mil euros. A requalificação do pavimento e dos passeios, a reestruturação da iluminação pública e a instalação de equipamentos urbanos fazem parte da obra. Até concluir a beneficiação da Quinta da Sampaia será ainda aplicada uma verba superior a 200 mil euros.

Cedência da EN

16 - Estrada Cin troën

VARIANTE DE ABRUNHOSA DO MATO A rede viária do concelho saiu reforçada também com as obras no eixo rodoviário do Alto da Cruz – Abrunhosa do Mato, na freguesia de Cunha Baixa, que foram recentemente inauguradas. A intervenção representou um investimento de cerca de 276 mil euros por parte da autarquia e terá como principal mais-valia melhorar a qualidade de vida das populações e aumentar a competitividade.

A empreitada contemplou cerca de dois quilómetros de vias municipais, integradas no eixo viário da Estrada Municipal 645, permitindo a continuação desta via entre o entroncamento com o Caminho Municipal 1450 (Alto da Cruz) e a Estrada Nacional 329-2. Foram ainda assegurados cerca de 750 metros que constituem uma variante ao último troço da EM 645 e à povoação de Abrunhosa do Mato, que passa a ter um acesso norte. A obra

complementa ainda o eixo alternativo à EN 234 passan-do pela Cunha Baixa, Abrunhosa do Mato, e Contenças de Baixo e de Cima. O novo eixo inclui medidas de reforço estrutural e superficial do pavimento, a melhoria das condições de drenagem, a colocação de equipamento de segurança e o aumento da visibilidade para automobilistas e transeuntes.


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Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

economia Nails4us abre novo espaço no Forum

INTERMARCHÉ É O MAIS BARATO PARA A DECO

Mortágua e a Lampantana Gastronomia ∑ Uma iguaria festiva

A loja nails4us inaugurou novas instalações no centro comercial Forum Viseu. A especialista na estética de unhas situa-se agora num espaço mais acolhedor, a pensar no bem-estar dos clientes. Ainda no que toca a mudanças, o número de funcionários da loja também aumentou, no sentido de servir com mais ra-

pidez e eficiência os clientes e com isso reduzir o tempo de espera. Durante a inauguração, que aconteceu no passado Domingo, os clientes presentes mostraram-se muito agradados com a mudança de instalações e felicitaram a proprietária pela sua ousadia e bom gosto na decoração do interior.

A Mercearia Portugal, em Viseu, organizou mais uma degustação de iguarias beirãs e prova de vinhos. Desta vez, a Herdade do Rocim, do baixo Alentejo, foi à prova. “Há sempre espaço para introduzir outros vinhos nesta região do Dão”, disse Luís Jorge, do departamento comercial. “O difícil é atingir um equilíbrio entre o lado gastronómico e o lado vínico, independentemente da região”, explicou. Luís Jorge está convicto que, numa altura economicamente desfavorável, “a qualidade dos produtos é que irá conquistar o espaço”. Carlos Cabo reconhece que estas iniciativas, onde

Tiago Virgílio Pereira

Prova e degustação na Mercearia Portugal

se pretende casar o vinho e a gastronomia “servem para divulgar os produtores e a loja”. A Mercearia Portugal celebrou, recentemente, dez meses de existência. “ É um desafio constante porque a evolução dos mercados é desfavorável e coloca em risco o pequeno comércio”, comentou o merceeiromor. TVP

Nos dias 29, 30, 31 de Outubro e 1º de Novembro decorrerá em Mortágua, promovido pela autarquia, pela segunda vez, o “Fim de Semana da Lampantana”. A Lampantana não anda dissociada da Xanfana ( e não chanfana), que é oriunda deste concelho e não da Bairrada, como alguns referem. Segundo a tradição e a transmissão popular, durante as Invasões Francesas dos Exércitos Napoleónicos, entre 1808 e 1810, à passagem das tropas, a população local, sem armas para as defrontar, decidiu envenenar as águas das fontes, ribeiros e córregos. Perante a necessidade de cozinharem e estando a água assim “tratada”, terão recorrido ao vinho tinto. Quanto à etimologia dos nomes, da Xanfana se diz ser oriunda de Sã Faina (com o “X” serrano foneticamente bem marcado). E Lampantana, de Lana --» Pane; Lam --» Pam + Ana (abreviatura da Senhora Angelina que terá tido a ideia deste prato…). Com algumas variedades pessoais, confeccionar-se-á em caçoila de barro preto de Molelos, onde é lançada em pedaços a carne da ovelha; cada camada recobrir-se-á com pimenta, colorau, cebola picada, alho esmagado, folha de louro, sal, salsa

A Autarquia reabilita pitéu tradicional e azeite. Assim se conserva até o forno de lenha estar pronto à temperatura ideal (a da cozedura do pão); a carne na caçoila será regada com bom vinho tinto, sempre que fique descoberta e até à assadura. Acompanha com a batata cozida com a casca – fardada – depelada no acto de degustação e temperada com o escuro molho da carne. Acolita com grelos e só na sua falta com salada de alface e bom vinho tinto do Dão. É um prato forte e suculento que não se apresenta à mesa todos os dias. Pela sua riqueza e qualidade ganhou foros de iguaria festiva. Hoje, nobilitado pela edilidade de Mortágua, a Lampantana é um ex-libris gastronómico da região, cada vez mais divulgado e

apreciado. Os restaurantes que se associaram a este evento gastronómico foram: A Mó, no Barracão; A Roda, em Mortágua; Acepipe Real, em Mortágua; Floresta, em Vale da Mata; Magnólia, em Mortágua; O Nosso Lar, em Mortágua; Orlando, em Sula; Teu Amigo, no Barracão; Aldeia Sol, em Vila Meã, Montebelo Aguieira, Vale d’Aguieira e O Madeireiro, no Barracão. Nota: Todos os participantes neste evento, por cada dose de Lampantana receberão um cupão que os habilitará a um sorteio cujo prémio é uma caixa de vinho tinto do Dão, produção da Sociedade Boas Quintas, série especial Lampantana.

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imprimimos as tuas ideias...

Paulo Neto

O estudo anual da Deco Proteste revela este ano que o Intermarché é o supermercado mais barato no concelho de Viseu. Em segundo lugar surgem as superfícies Pingo Doce e Minipreço, e em terceiro lugar o Jumbo e o Continente Modelo. A Deco Proteste visitou 578 lojas de todo o país para comparar preços e recolheu 64.950 preços. No distrito de Viseu visitou os supermercados dos concelhos de Viseu (nove), Mangualde (quatro) e Lamego (três). A aplicação é baseada nos preços recolhidos em Abril de 2011. A loja mais barata obtém um índice 100. Os restantes são calculados em função desse índice. No concelho de Viseu só o Intermarché obteve o índice 100, os restantes oito estão acima da base de cálculo. O estudo conclui ainda que ir ao supermercado fica mais barato a Norte do que a Sul. “Dos 50 supermercados mais baratos, apenas 12 moram no Sul”. Na avaliação das marcas próprias dos supermercados. Apesar de concluir que não há grandes diferenças de preços, a Deco indica que o Continente e o Pingo Doce são aqueles que permitem uma maior poupança aos clientes. A Deco disponibiliza um simulador na sua página da internet que permite ordenar os supermercados das regiões do país por preços. EA


Jornal do Centro

26 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

28 | Outubro | 2011

Clareza no Pensamento

FESTA DA CASTANHA DE VOLTA A SERNANCELHE

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Cristina Barroco Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu cbarroco@estv.ipv.pt

A Região de Viseu vai ser palco de dois importantes eventos, aos qua is ning uém consegue f icar indiferente: 1 No dia 2 6 de no vembro realizar-se-á na Pousada de Viseu o T E D xV i s e u . E s te evento organizado de forma independente é licenciado pelo TED (organização sem fins lucrativos dedicada às Ideas Worth Spread i ng) e aber to ao público em gera l. E ste a n o apre s e nt a c o m o te m a C i t y Revolution, explorando como a tecnologia, design, educação, cidadania, cultura, tur ismo, u rba n ismo e ent reten i mento po dem impulsiona r a cidade de Viseu nas próximas décadas. Todas as informações sobre o evento estão disponíveis no endereço http://www. tedxviseu.com/. Aqui fica o desafio, ao efet u a r a i n scr ição, a s receitas a nga riadas revertem a favor do CAT – Centro de Acol h i mento Temporário de Viseu, IPSS da Santa Casa da Misericórdia de Viseu. 2 Entre os dias 1 e 4 de Dezembro a cidade de Viseu recebe aquele que é considerado pela generalidade da imprensa e do sector o principal fórum de debate turístico naciona l – o X X X V II Con g resso d a A PAVT (Associação Por-

tuguesa de Agências de Viagens e Tu rism o), a d e c o r r e r n o Hotel Montebelo e na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. Em decisão recente, e, tendo em conta a situação económica que se vive, actualmente, no país, a direção da APAVT entendeu mudar o local do Congresso de Forta leza (Bra si l) pa ra ter r itór io n acion a l . Sem perder tempo a TCP (Turismo Centro de Portugal) logo conseguiu unir esforços, para a apresentação de uma candidatura que não deixasse qualquer dúvida, sobre o loca l idea l em Portugal, para a realização do Congresso, onde se esperam 300 a 400 participantes (http://www.apavtnet.pt/). A escolha de Viseu, em muito se deveu à colaboração e interação entre iniciativas públicas e privadas na apresentação da melhor proposta. Agora, cabe a cada um de nós contribuir u m pouco pa ra que estes eventos seja m um verdadeiro sucesso. Não podemos esquecer que para além dos excelentes recursos turísticos da região, super-estruturas modernas, infra-estruturas e boas acessibi lidades, u m aspecto determinante de diferenciação é o acolhimento…

Paulo Neto

Turismo de Negócios – um produto de grande importância para a região de Viseu

A Entrevista com o produtor Daniel Azevedo

Sernancelhe - produção da Castanha 2011 Daniel Azevedo é um dos produtores de castanha de Sernancelhe. Este ano de 2011 foi profundamente desfavorável a todos quantos nesta faina empenham o labor de um ano inteiro. A escassez da chuva que veio tarde de mais; as doenças que afectam o castanheiro e um conjunto vasto de dificuldades da conjuntura externa, faz temer o pior a Daniel Azevedo. Quantos castanheiros tem de momento em produção?

Três mil. No total de qual área?

Trinta hectares.

Não exporta castanha?

Não. Penso nisso, mas os custos são altos e faltam-me conhecimento nessa área para fazer esse serviço com sucesso. Como encara as doenças que afectam o castanheiro?

Com muito pessimismo, pois nestes últimos anos afectam-nos bastante. São duas as doenças: o cancro e a tinta e um bicho: o bichado.

Vinte e cinco toneladas. E este ano?

Vou ter seis, no máximo sete toneladas. Quem são os seus principais compradores?

A Cooperativa Agrícola de Penela da Beira e o MARL, mercado abastecedor de Lisboa.

Dantes dizia-se acerca do castanheiro: “300 para nascer, 300 para ser e 300 para morrer”. Hoje, ao fim de quanto tempo produz o castanheiro?

Têm-se atenuado com pesticidas e fungicidas.

Dez anos. Mas só dá rentabilidade aos vinte para pagar o investimento. É sempre cultura para a geração seguinte. Por isso nos custa tanto ver morrer um castanheiro… demora muito a criar-se e morre num instante. Em oito dias.

E isso não afecta a qualidade ?

E quantos quilos produz ao fim desse tempo?

Que tem feito para as combater?

Não, até a melhora. Quantas toneladas produz num ano normal?

produto a conhecer; os visitantes difundem a qualidade da nossa castanha e dão-lhe projecção.

Quantas pessoas traz na apanha?

Seis pessoas e a máquina que representa outro tanto. Uma máquina de apanhar denominada de aspiração.

Tudo depende do solo, do tratamento e da variedade. Em média, uma árvore de vinte anos produz trinta quilos de martainha. Como vai fazer face às dificuldades deste ano de 2012?

De que modo as iniciativas da Câmara Municipal, como por exemplo a Festa da Castanha, influenciam o vosso negócio?

Sinceramente não sei o que vou fazer. Vou ficar com dívidas que vou ter dificuldades em pagar para honrar o meu nome.

Muito positivamente. Divulgam; dão o nosso

Paulo Neto

O secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo inaugura a Festa da Castanha de Sernancelhe, esta sexta-feira, dia 28, às 17h30. O certame, organizado pela Câmara Municipal, decorre no Exposalão Sernancelhe durante três dias. Sernancelhe é “Terra da Castanha”. O slogan escolhido pela autarquia, para lembrar que o fruto “assume hoje uma importância fundamental na economia do Concelho, onde pontuam as variedades martaínha e longal, e todas as freguesias estão inseridas na Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa, responsável por 35 por cento da produção nacional”. O presidente da Câmara, José Mário Cardoso considera a castanha o “produto que enobrece” o concelho no rol das suas potencialidades, e lembra que, “outrora quase desprezível, é hoje o emblema de Sernancelhe”. Até domingo a festa conta com mais de meia centena de expositores, entre produtores e transformadores de castanha, juntas de freguesia e restaurantes. Animada por grupos locais, o evento destacase ainda pela palestra o “Declínio do castanheiro devido aos problemas fitossanitários: que novas perspectivas e meios de luta”, por Luís Martins, da UTAD, pelos concursos da melhor castanha, melhor montra e melhor doce de castanha. “Com este evento, conseguimos promover não só o fruto, mas também o souto, e isso permitiu aumentar significativamente a sua plantação”, acrescenta o autarca. BTT. Uma novidade no campo desportivo. No domingo decorre o Passeio BTT “Rota da Castanha e do Castanheiro”, iniciativa que conta já com perto de meio milhar de inscritos dos mais diversos pontos do país. EA


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 27

28 | Outubro | 2011

O restaurante McDonald´s da cidad e d e V i s e u r e a br e ao públ ico esta sexta-feira, dia 28, com uma nova imagem. O projecto de remodelação promete oferecer aos cl ientes u m n ovo e s p a ç o “ m a i s moderno, contemporâneo e mais confortável”. O fra nquiado, Rui Moiteiro explicou na con ferência de i mprensa de apresentação do projecto que a nova roupagem do restaurante surge integrada nas comemorações dos 10 anos do McDonald´s, e na sequência do programa em cu rso da companhia em Portugal e na Europa, mas para Rui Moiteiro a remodelaPublicidade

ção “vai de encontro às necessidades sentidas pela população”. Colocada no gr upo d a s mel hores lo jas a nível nacional, o McDonald´s de Viseu (Rot u nda Pau lo V I) apresenta-se com um novo conceito ta nto a nível interior como e x te r io r, c o m o o b jectivo de abandonar a tendência de restaurante de passagem e dar-lhe um ambiente “mais acolhedor que seja sobretudo um local para estar”. Menos e spl a n ad a , m a s u m e spaço re adaptado para as crianças, são pormenores, destacando-se os materiais em madeira e em pele “mais confortáveis e com nova sofisticação”.

União entre sushi e tapas faz a diferença em Viseu Restaurante ∑ Zona histórica recebe novo conceito inspirado no que se faz lá fora Sushi servido numa pedra de xisto ou Gambas à Guilho são apenas duas de várias especialidades que se podem saborear agora em Viseu, graças a um novo conceito de restauração, servidas em pleno centro histórico, num espaço emblemático da cidade, a antiga Casa do Lavrador. Filipa Valença, Nuno Figueiredo, Nelson Sousa e Helena Fonseca criaram o restaurante Kome -Tapas & Sushi inspirado num conceito importado de países como o Brasil, em que se alia a comida japonesa com o modelo fastfood e se junta o conceito das tapas sempre acompanhadas por uma bebida de excelência.

Emília Amaral

McDonald’s da cidade reabre esta sexta-feira

A O Kome -Tapas & Sushi localiza-se na Rua do Comércio Aqui, as pessoas provam um pouco de tudo e podem experimentar sabores diferentes”, adianta Filipa Valença, avançando que é um modelo diferente do que os viseenses estavam habituados nos chamados restaurantes tradicionais:

“Demorámos bastante tempo a estudar o conceito até chegarmos a um consenso, mas valeu a pena”. Desde o dia 7 de Outubro, data da inauguração, a adesão “está a corresponder às expectativas” dos criadores fazendo “acreditar que

se trata de uma novidade” que pode atrair um público jovem mas também outro tipo de clientes. Aberto de segunda a quinta-feira das 12h00 às 0h00, à sexta-feira e ao sábado até às 2h00 da madrugada e ao domingo das 13h00 às 22h00, o Kome serve comida rápida, comida japonesa, bares de sushi, bares de tapas, comida vegetariana e diferentes serviços que vão do catering ao takeaway. Em breve , disponibilizará também música ao vivo e outros espectáculos “para fazer com que as pessoas possa vir para além de quererem comer”, adianta Nuno Figueiredo. Emília Amaral


Jornal do Centro

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28 | Outubro | 2011

especial

Caça

textos ∑ Andreia Mota

Defende Mário Antunes

“ É preciso ter uma postura que dignifique a caça” A época de caça está a “correr bem”, um dado para o qual contribui o facto de a reprodução de espécies se ter efectuado “melhor do que no ano passado”. O balanço é feito pelo presidente da Federação doa Clubes de Caça e Pesca do Distrito de Viseu, Mário Antunes. O calendário Venatório arrancou a 1 de Junho e termina a 31 de Maio, mas é no trimestre de Outubro a Dezembro que esta modalidade tem o seu momento mais forte. É também neste período que começa uma verdadeira caça, literalmente falando, a espécies sedentárias como a perdiz, a lebre e o coelho bravo. “São as mais apetecíveis”, salienta Mário Antunes. Relativamente à última espécie, o responsável faz questão de frisar que, este ano, não se têm registado surtos infecciosos, o que tem contribuído para o sucesso da temporada. Depois de, em 2010, se ter verificado alguma contestação por parte dos praticantes da modalidade em todo o país, o presidente da Federação garante que os problemas – relacionados com o envio tardio do calendário venatório e com a inclusão do melro na listagem das espécies caçáveis – foram sanados.

Números

137 Publicidade

Actualmente, a FCCPViseu possui 137 associados, entre clubes e organizações que gerem zonas de caça, dispersos não só pelo distrito mas abrangendo também a Guarda, Vale de Cambra, Coimbra e Aguiar da Beira. No território incluído no organismo existem cerca de 12 mil pessoas com carta para caçar, embora desses apenas 8 mil pratiquem. A estes, Mário Antunes relembra que “caçar é um acto nobre quando praticado com nobreza e também um momento de socialização e de convívio, em vez de predação e destruição”. “É preciso ter uma postura que dignifique o sector”, alerta o presidente da Federação, frisando que a caça é “um bem renovável, que precisa de ser cuidado”. “Costumo dizer que devemos explorar os juros e não o capital, de modo a podermos fruir da natureza em todas as suas vertentes”, conclui o responsável.


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CAÇA | ESPECIAL 29

28 | Outubro | 2011

Clube Caçadores apresenta mais de 30 sugestões Arroz de perdiz com míscaros e javali na púcara são duas das iguarias que pode encontrar no Restaurante Clube Caçadores, localizado junto ao Aeródromo , em Viseu. Tal como o nome indica, este é um retiro privilegiado para quem gosta de apreciar pratos de caça. E a lista de espécies confeccionadas é vasta: veado, perdiz, faisão, coelho bravo, lebre e javali. A estes é preciso acrescentar uma outra ementa baseada nos sabores tradicionais da cozinha beirã. Além dos paladares ricos – são cerca de 30 as sugestões do cardápio – há espaço para degustar produtos tão característicos da região, como o míscaro e a castanha, ingredientes que não podem faltar na mesa. A acompanhar, um vinho tinto generoso, de preferência do Dão. Não podemos esquecer também as entradas que nos brindam ao início da refeição, nomeadamente os enchidos tostados, que combinam na

perfeição com o pão regional. À sobremesa, impõe-se a fruta e a doçaria variada, mas quem nos conquista é o requeijão com doce de abóbora. Com capacidade para perto de 150 pessoas, o Clube Caçadores dispõe de um ambiente intimista e de convívio. Diríamos que quase familiar. Para o aconchego que se sente em muito contribui a lareira que existe em cada uma das salas, e que faz as delícias dos clientes. Quem experimenta acaba sempre por voltar e é frequente, graças às excelentes condições do espaço, encontrar grupos em amena confraternização. Esta é uma excelente proposta para almoços ou jantares de negócios, reuniões de grupo e até para uma ceia de Natal repleta de tentações. O restaurante, enquadrado num recanto de grande beleza e onde se privilegia o contacto com a Natureza, encerra apenas às quartas-feiras. No resto da semana, pode entregarse aos prazeres de uma boa mesa.

Caça é um complemento para o turismo A caça é cada vez mais um produto turístico. A região não é excepção e são cada vez mais os praticantes da modalidade que que se deslocam até cá em cada época venatória. No caso de Viseu, integrado na 2ª Região Cinegética, este é um complemento a outras actividades, como a cultura, a gastronomia ou os monumentos. Ainda assim, a forte influência do sector agrícola e a extensa mancha florestal de que dispomos fazem com que a caça se assuma como um enorme potencial. Espécies como o coelho bravo, a lebre, a perdiz, os tordos, as codornizes e as rolas ‘povoam’ o nosso território, onde também é possível encontrar o javali, que se apresenta como um preponderante factor de atracção para largas centenas de caçadores. A paisagem encerra, em si, um mundo surpresas que a modalidade permite descobrir. A habilidade e precisão do caçador conciliam-se com as propostas do meio envolvente, pejado de serras e vales, campos agrícolas e manchas verdes. Um habitat fecundo para apostar numa actividade que tem vindo a crescer e que ajuda a promover o território.

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Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA FUTEBOL II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

7ª jornada - 30 Out - 15h00 Oliv. Bairro

-

Amarante

-

Madalena Operário

Angrense

-

Al. Lordelo

Paredes

-

Boavista

Cinfães

-

Sp. Espinho

Anadia

-

Gondomar

Padroense

-

Coimbrões

S.J. Ver

-

Tondela

Associação Futebol de Viseu Divisão Honra

Cartão FairPlay Durante o «defeso» era opinião generalizada que esta época seria menos forte e competitiva que as anteriores. Enganaram-se. A divisão de Honra da AFV está bastante competitiva, com emoção e resultados inesperados. A época ainda vai no seu início e muitas surpresas vão acontecer. Emoção garantida.

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

Infesta

-

Vila Meã

Sp. Mêda

-

Alpendorada

Cesarense

-

Sp. Lamego

Vila Real

-

Rebordosa

Serzedelo

-

Leça

Grijó

-

Souzense

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE C

-

C. Senhorim

Valecambrense -

Bustelo

P. Castelo

-

Oliv. Frades

-

Alba

Sanjoanense

-

Nogueirense

Oliv. Hospital

-

Ac. Viseu

Sampedrense

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 03ª jornada - 16 Out - 15h00 Carregal Sal

-

Nelas

Canas St. Maria -

Farminhão

S. Cassurrães

-

Vila Chã Sá

Parada Gonta -

Mangualde

Moimenta Dão -

Nandufe

Sp. Santar

-

Campia

I DIVISÃO NACIONAL FEMININO 7ª jornada - 30 Out - 15h00 Escola FC Publicidade

-

A Portugal teve dificuldades para ultrapassar a “agressiva” defesa das sérvias Apuramento Europeu Andebol Feminino

7ª jornada - 30 Out - 15h00 Avanca

Gil Peres

7ª jornada - 30 Out - 15h00

Vilaverdense

Futsal Viseu 2001

Sérvia demasiado forte Derrota ∑ Portugal 21 - Sérvia 32 Pavilhão lotado em Moimenta da Beira para assistir a uma lição de bem defender e de melhor atacar, em andebol. Portugal defrontou a Sérvia, no segundo jogo d fase de apuramento para o Europeu da modaldidade. Já se sabia que não ia ser fácil, até porque Portugal vinha de uma derrota pesada com a Roménia, eventualmente a formação mais poderosa do grupo, pelo que ganhar à Sérvia seria fundamental para alimentar ambições no apuramento. Mas as sérvias foram muito fortes. Demasiado

fortes. Uma equipa que demonstrou que é possível conciliar poderio físico com criatividade e capacidade na hora de atacar a baliza adversária. Sérvia a mais para uma equipa portuguesa onde as suas jogadoras lutaram, e muito, e até conseguiram manter um equilíbrio, pelo menos aparente, no marcador ao longo da primeira parte. A Sérvia foi com uma vantagem de 15 - 12 . Para o segundo tempo, a Sérvia entrou muito forte e, logo nos primeiros minutos, aumentou ainda mais a diferença no

marcador. O resultado foi-se desnivelando até terminar numa diferença de 11 golos. Sobre o jogo, o seleccionador Duarte Freitas considerava no final: “Ficámos aquém do que queríamos. Deveríamos ter sido melhores para discutir o jogo. A diferença de nível e de capacidade das jogadoras, foi bem evidente”, acrescentando ainda que “sabíamos que íamos defrontar uma equipa que faria defesa 6-0 e tínhamos apostado em finalizar em remates de penetração e de pivot. No início ainda foi

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possível, mas na segunda parte não o conseguimos fazer”. Em relação às contas do apuramento, o seleccionador não esconde que “é muito difícil pensar em estar na fase final do Europeu porque se aqui não fomos capazes de discutir o resultado com a Sérvia, fora muito dificilmente o conseguiremos”. O objectivo é agora o 3º lugar, para que Portugal continue a ter um ranking que garanta a presença entre as melhores selecções.

Cartão FairPlay O Viseu 2001 está de novo uma equipa muito competitiva no nacional da 2.ª divisão de futsal. Época após a época o clube apresenta-se motivado e organizado para os novos desafios. No passado fim de semana, deslocou-se a Mogadouro para defrontar uma equipa que nas duas últimas temporadas esteve na 1.ª divisão nacional e ganhou. A equipa, treinada por Rui Almeida, está isolada, no 2.º lugar do campeonato. O sonho continua. Futebol Clube Desportivo Tondela

Gil Peres

Cartão Amarelo Ao perder em casa por 2-0 com o Angrense o Tondela surpreendeu pela negativa. Ainda em início de época esta derrota não é significativa. A exigência dos adeptos é grande, mas a equipa continua a fazer um excelente campeonato e não é este resultado que vai manchar esta caminhada.



32 DESPORTO | AUTOMOBILISMO

Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

Rali de Mortágua

Lopes venceu na consagração de Moura Vítor Lopes venceu o Rali de Mortágua, mas a festa maior fê-la Ricardo Moura que com o segundo lugar garantiu, desde já, o título nacional de pilotos. nada que não fosse esperado. No domingo, limitou-se a gerir, e bem, o seu resultado pois sabia que lhe bastaria terminar entre os quatro primeiros para já não precisar de se preocupar com a ida ao Algarve, última prova da época. Rali de Mortágua, organizado pelo Clube Automóvel do Centro, com forte apoio da autarquia local, que voltou a ser uma grande sucesso de público. Numa época em que a crise se reflecte na qualidade, ou falta dela, do parque automóvel em competição, o público fez questão de marcar presença, e foram sempre muitos os que acompanharam a prova nas bermas da estrada. Mortágua, apesar de tudo, continua a ser uma espécie de oásis no Nacional de Ralis, já que a sua lista de inscritos foi bem superior a outras provas do campeonato. É urgente que os responsáveis daFPAK repensem rapidamente o futuro da competição pois, nestes moldes, o Nacional de Ralis estará com os dias contados. Publicidade

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Mortágua foi um bom exemplo de que é preferivel juntar campeonatos diferentes na mesma prova - Nacional, Taça de Portugal, Regional - (e porque não também o Open?), pois a lista de inscritos apresenta logo “outros números”. Entre os inscritos no Regional do Centro estava a dupla viseense João Leonardo /Nuno Costa. O objectivo era terminar entre os três primeiros da categoria , resultado alcançado na edição do ano passado. João Leonardo adianta que , apesar de “alguns problemas eléctricos no Skoda, pois o carro desligava-se nos ganchos para a esquerda, não se percebendo bem porquê, os objectivos foram amplamente conseguidos, pois recuperámos alguns lugares na classificação final do CRRC 2011, conseguindo repetir o pódio do ano passado, no Sábado, pois fomos novamente 3º Classificados da Classe 1. No segundo dia, na Taça de Portugal de Ralis, concluíram o Rali em 13º e último lugar. “Uma escolha pouco acertada na dimensão dos pneus penalizou-nos bastante nos troços a subir”, considerou o piloto. Quanto ao futuro, em 2012 a equipa deverá estrear um carro mais competitivo que o Skoda Favorit 136 L. GP

A Vitor Lopes

A Ricardo Moura

A João Leonardo



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34 FUTEBOL | DESPORTO

Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

Futebol - II Divisão Centro

Há tardes assim Algum dia teria que ser, mas nem o mais pessimista adepto do Tondela esperaria que a derrota fosse em casa, com o Angrense. É comum dizer-se que “aconteceu futebol”, e a verdade é que há tardes assim. Há jogos em que por muito que se corra, que se remate, que se procure o golo, ele não aparece. O Tondela bem tentou, mas ou por desacerto dos avançados, ou porque o guarda-redes defendia, ou porque a bola batia na barra, o marcador ficou em branco. Do outro lado, uma equipa tremendamente eficaz. Dois contra-ataques, duas idas com perigo à baliza de Avelino, e dois golos. Foi o fim de uma série vitoriosa dos tondelenses – cinco triunfos para o campeonato e três na Taça de Portugal -, e que atirou com a equipa para o terceiro lu-

Nuno Ferreira

Derrota ∑ Tondela perde invencibilidade ao fim de oito jogos

A Tondelenses “cairam” frente ao Angrense gar da classificação da série Centro da II Nacional, a um ponto de um duo de líderes formado por Sporting de Espinho e São João de Ver. Este domingo, em mais

uma jornada do campeonato, um sério teste à capacidade anímica dos comandados de Vítor Paneira, com o Tondela a jogar no campo do São João de Ver.

Eur0peu Sub - 17

Basta um empate a Finlândia. Portugueses e russos estão assim, nesta altura, muito perto de garantirem o apuramento. Em caso de derrota,

tudo dependerá do resultado do outro jogo. Portugal - Roménia, em Tondela, e Rússia - Finlândia, em Mangualde, jogam-se pelas 16h00.

Nuno Ferreira

Portugal está muito perto de se apurar para a Fase de Elite, onde se vai discutir a presença no Europeu de Futebol Sub-17, na Eslovénia, em 2012. Este sábado, dia 29, a selecção orientada por Hélio Sousa vai defrontar a Roménia, e um empate será suficiente para que a equipa Nacional fique numa das duas posições que dão acesso à Fase de Elite. Isto porque, contas feitas, com os quatro pontos com que chega amanhã a Tondela empate com a Rússia a 1 golo, e vitória sobre a Finlândia por 2 a 1 -, a selecção nacional, em caso de empate, somará cinco pontos o que, na pior das hipóteses lhe dará o segundo lugar, caso a Rússia vença

A João Nunes, tem raízes familiares em Viseu


D “Os Profetas”, por Alice Vieira

Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

culturas expos

35

Hoje, pelas 18h30, a escritora Alice Vieira apresenta o seu primeiro romance não juvenil intitulado “Os Profetas”, na livraria Pretexto, em Viseu.

Arcas da memória

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA ∑Auditório Municipal Carlos Paredes

“O Suave Milagre”

Até dia 30 de Novembro Exposição de escultura

Alberto Correia Antropólogo

“Viver com Amor”, de

aierrocotrebla@gmail.com

Isidro Baptista. Até dia 30 de Novembro Exposição de artesanato “Obrinhas da Marisa”, de Marisa Rodrigues.

VISEU ∑Forum Até dia 15 de Novembro Exposição “Viseu Histórico-Viseu Moderno”, da Viseu Novo – Sociedade de Reabilitação Urbana.

Viseu e Mangualde vão “Aprender em Festa” Iniciativa do CCV∑ Até 12 de Novembro, workshops e sessões de cinema

SANTA COMBA DÃO ∑Biblioteca Municipal

Comemora-se hoje o Dia Internacional do Cinema de Animação. O Cine Clube de Viseu (CCV) associa-se a este dia com a iniciativa “Aprender em Festa 2011”, que se realiza em Viseu e Mangualde, com actividades dirigidas a todos os níveis de escolaridade, do 1º ciclo ao ensino superior, e público em geral. Do programa constam workshops com diversos convidados e sessões de cinema de curtas e longas-metragens, a propósito do universo da animação. A organização do evento espera que milhares de participantes adi-

ram à iniciativa e que novos públicos se juntem ao fantástico mundo do cinema e do audiovisual. Decorre, até hoje, uma mostra de filmes, para o 1º ciclo, no IPJ de Viseu. Vão ser contadas pequenas histórias animadas, cheias de lirismo e fantasia. Serão igualmente projectados filmes realizados por crianças e jovens. Ainda no IPJ, vão decorrer oficinas de introdução ao cinema de animação, com orientação dos realizadores Graça Gomes e Yann Thual. Serão dinamizados dois ateliês práticos de experimen-

tação de técnicas e materiais de animação, que permitem um contacto rápido e interactivo com as tecnologias de captação e edição de imagem animada. Na Biblioteca Municipal de Mangualde va i ser proje c t ado o documentário “BanksyPinta a Parede!”, assinado pelo mítico artista de rua Banksy, que traça a história do movimento “street art”. O “Aprender em Festa” estende as suas actividades até ao dia 12 de Novembro.

VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h00* Os 3 Mosqueteiros (M12) (Digital)

Segredo do Licorne (CB) (Digital 3D) (VP) Sessões diárias às 19h00, 21h40, 00h20* As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne (CB) (Digital) (VO)

(M12) (Digital)

Os 3 Mosqueteiros 3D (M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10*( Dom. e 3ª), 13h40, 16h05, 18h30, 21h10, 23h35* Não Tenhas Medo do Escuro (CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h20*(Dom. e 3ª), 14h30, 16h55, 19h20, 21h50, 00h25* O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (Dom. e 3ª), 13h50, 16h20 As Aventuras de Tintin - o

Sessões diárias às 13h55, 16h25, 19h55, 21h20, 00h05* Identidade Secreta

Até dia 30 de Novembro, Exposição temática “Primórdios da Fotografia”.

∑Casa da Cultura Até dia 25 de Novembro Exposição de pintura “Modos de Ver”, de Natália Gromicho. MANGUALDE

∑Biblioteca Municipal Até dia 30 de Novembro Exposição individual de pintura de Maria D’Aires.

roteiro cinemas

Sessões diárias às 15h00, 17h15, 19h30, 22h00, 00h15* Não sei como ela Consegue (M12) (Digital)

Tiago Virgílio Pereira

Eça de Queiroz, esse genial escritor que nos deixou textos de uma tão rara actualidade, num livrinho publicado postumamente, em 1902, escreve um inocente conto – O Suave Milagre – que bem pode lerse como uma parábola. A história é a de uma pobre viúva que vive com seu filhito, sete desgraçados anos, prostrado, paralítico, numa enxerga, magros caldos de ervas por manjar. Mas um dia passa por ali, entre Enganim e Cesareia, um mendigo que reparte com os dois a esmola do bornal e lhes leva a notícia de um certo Rabi que andava, algures pela Galileia, multiplicando o pão, curando males. E o menino ouviu e se encheu de esperança. E insistentemente pede à mãe que procure o tal Rabi. E ela lhe diz que não o pode deixar sozinho. Mas o menino insiste. E ela argumenta que o tal Rabi cuidará decerto só dos ricos. Não morre a esperança do menino e uma porta se abre e uma voz se anuncia: - Sou Jesus. Aqui estou. Viúvas, mendigos, paralíticos, deserdados, multiplicam-se por aí. Magros caldos de ervas da pará-

00h20* A Lista dos Ex (M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h30, 00h00* O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (Dom. e 3ª), 14h00, 16h40 As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne 3D (CB) (Digital 3D) (VP)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h20, 16h50,19h20, 21h50, 00h30* Contágio (M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h00, 00h10* Actividade Paranormal (M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 23h50* As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne 3D (CB) (Digital 3D) (VO)

Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h20, 00h05*

Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h00, 21h40,

Legenda: * Sexta, Sábado e Segunda

bola como sustento. E acudiu-me que talvez pudesse ouvir-se uma voz de esperança e ver umas mãos alargando-se em partilha. Gestos simbólicos, gestos reais, que poderiam ser os de antigos Presidentes da República, ou do novo Presidente em exercício, dos ministros do Governo, dos ex-ministros, dos deputados, dos gestores públicos e privados, dos banqueiros, dessa muita gente com mordomias chorudas, gestos e voz que dissesse que no próximo ano que se avizinha penoso, apareceriam, ao jeito do Mago Melchior, já não digo ao jeito de Jesus, oferecendo tudo quanto excede, vá lá, cinco mil euros de cada um dos doze meses que o ano tem, para remedeio destas desgraças tão caladas que irão ainda agudizar-se. Estimulante exemplo! Mas aqui vai tornar-se vão acreditar como acreditou o menino da parábola. O milagre não irá acontecer. E nesta pátria deserdada como a viúva e o menino de um descampado da Galileia muitos ficarão, até que um Messias surja, muitos ficarão comendo o insípido caldo de ervas da sua desesperança.

Estreia da semana

A Lista dos Ex – Depois de contar o número de namorados que já teve e de ter lido numa revista que as mulheres com mais de 20 correm o risco de ficar solteiras para sempre, Ally começa a perder a esperança de alguma vez casar. Com o objetivo de não exceder o seu n.º atual, pede ajuda ao seu vizinho e fica obcecada em procurar o paradeiro dos seus ex para perceber se lhe escapou “o tal”.


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culturas Variedades

D Promoção na formação

Jornal do Centro 28 | Outubro | 2011

A Expressart’ – Escola d’Artes do Município de Santa Comba Dão está a promover novas vertentes formativas – inglês e português para estrangeiros para o ano lectivo 2011 / 2012.

Destaque

Variedades

Concurso de fotografia A Casa da Sé está a promover um concurso de fotografia sob o tema “Viseu – Cidade Histórica”. O objectivo da mais recente unidade hoteleira de Viseu passa por estimular os fotógrafos profissionais e amadores a captarem a vida diária da cidade em várias dimensões: histórica, social e cultural. Promovendo e divulgando o património cultural e histórico de Viseu pelo país e pelo mundo, através da fotografia. As captações devem ser enviadas até ao dia 7 de Novembro, para o e-mail info@casadase. net e identificadas com o nome, contactos, título, local e data da fotografia e o link para a página da rede social do Facebook do autor. A s i m a gen s serão publ ic ad a s nu m á lbum específico, na página da Casa da Sé do Facebook (www.facebook.com/casadase), e a votação será processada através do número de “gosto” de cada fotografia. São permitidas, no máximo, três por participante. No dia 28 de Novembro serão conhecidos os vencedores, o melhor classificado terá direito a passar uma noite, com outra pessoa, na suite D. Duarte da unidade hoteleira. TVP Publicidade

Rita Guerra ao vivo em Lamego TRC∑ Cantora actua segunda-feira, dia 31 O Te a t r o R i b e i r o Conceição (TRC), em Lamego, recebe a considerada pela crítica como a “diva da pop portuguesa”, na segunda-feira, pelas 21h30. Rita Guerra vai actuar a solo, num formato acústico e intimista. Num con-

certo que traduzirá uma viagem pela sua vida e carreira, com destaque para os temas que a influenciaram a tocar piano e a cantar. “Noites ao Piano” promete encantar todos aqueles que marcarem presença no auditório do teatro.

O preço do bilhete ascende aos 10 euros. Nesta noite, a moda vai também associar-se à música com o desfile “Moda Lamego”, que visa a promoção do comércio tradicional.

Noite de leitura, doçura e travessuras “Leituras Enfeitiçadas”. É esta a proposta da autarquia mangualdense e da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves para promover a leitura e aproximar e implementar o gosto pelos livros nas crianças. A actividade está marcada para o dia 31 de Outubro, segunda-feira, dia das bruxas, a partir das 20h30.

Baseado no Halloween, a acção dirige-se às crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, acompanhadas pelos pais. A noite será preenchida com filmes, danças, leitura de contos, jogos, magia e muitas diabruras. E terminará com o desafio da “doçura ou travessura”, nos bairros próximos da biblioteca.

foto legenda

Tiago Virgílio Pereira

Literatura

Monte(muro) de Leituras em Castro Daire O auditório do Centro Municipal de Cultura, em Castro Daire, recebe um Monte(muro) de Leituras, hoje e amanhã. Este encontro de bibliotecas pretende ser um momento de formação e de troca de experiências entre professores, professores-bibliotecários e bibliotecários

municipais. A educação, a promoção do livro e da leitura, a reflexão à volta das estratégias a utilizar na motivação para a utilização da biblioteca como instrumento pedagógico e a partilha de boas práticas i mplement ad a s com sucesso em diversas bibliotecas são os objec-

tivos propostos. Oficinas aos montes, boas práticas de mediação da leitura, leituras d i ferente s: po e si a e contos são algumas das actividades que irão ser desenvolvidas num fimde-semana dedicado aos livros e à sua importância no sentido de uma aprendizagem contínua. TVP

Foi com lotação esgotada que António Lobo Antunes apresentou o seu último livro “Comissão de Lágrimas”, na livraria Pretexto, em Viseu. O autor (ao centro), aproveitou a ocasião para lembrar a boa relação que mantém com o concelho de Nelas. A actual situação do país foi outro dos temas que o autor não quis deixar de comentar.


Jornal do Centro

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28 | Outubro | 2011

em foco Bombeiros de Moçambique recebem formação em Lisboa e em Viseu

Timor recordado em Viseu Estava tudo preparado para Viseu recordar Timor, no fim-de-semana passado, e assim aconteceu. O Seminário “Timor, uma década depois” teve lugar no Salão Nobre do Solar do Vinho do Dão com a abertura a cargo do deputado, Adriano Rafael Moreira, presidente da delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar da CPLP em representação da sua presidente . No domingo, a missa em honra de todos os militares do PORBATT, foi presidida pelo Bispo e Nobel da Paz D. Ximenes Belo, seguindo-se a concentração no RI 14. Ao início da tarde, o Palácio de Gelo recebeu a embaixadora de Timor, Natália Carrascalão, para inaugurar a exposição do fotógrafo Vitor Cordeiro. Há 10 anos, o 2º Batalhão de Infantaria/PORBATT saiu de Viseu para conduzir a missão da UNTAET a favor da independência timorense. Agora, o momento voltou a ser recordado na cidade, numa iniciativa liderada pelo coronel Fernando Figueiredo.

Com a colaboração do Ministério da Defesa Nacional - Marinha Portuguesa, representada pelo general Sasseti, foi ministrado um Curso de Nadador Salvador de Mar a Bombeiros oriundos de várias províncias de Moçambique, na dependência do Ministério do Interior e do Serviço Nacional de Salvação Pública daquele país. Decorreu de 3 a 21 de Outubro, no Instituto Nacional de Socorros a Naufrágos e teve como director o comandante Galhardo Leitão. Na sequência da aprovação de todos os formandos, está a decorrer em Viseu, de 24 até 31 de Outubro, um Estágio Complementar ministrado pelo Núcleo de Mergulho dos Bombeiros Voluntários locais, com a colaboração logistica do Regimento de Infantaria (RIV) e do Jornal do Centro. Esta formação foi promovida pela SHI SGPS e pelo seu administrador Pedro Santiago, culminando com a cerimónia de entrega de diplomas no próximo dia 31. PN GENTE QUE NOS VISITA Um grupo de alunos da escola de formação SchoolHouse de Viseu visitou o Jornal do Centro na sextafeira, dia 21. A visita decorreu no âmbito do módulo “os media” que faz parte dos conteúdos da disciplina de Cidadania. Embora curiosos para saberem como tudo acontece até á fase do jornalista escrever a notícia, os jovens mostraram-se mais interessados no sector da paginação do jornal e nas diferenças entre o papel e o online.

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Jornal do Centro

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28 | Outubro | 2011

saúde NOVOS PRESIDENTES DAS ARS TOMAM POSSE

Opinião

Vamos falar de Psoríase – e tomar Medidas! Paulo Ferreira Dermatologista do Hospitalcuf Descobertas

A psoríase é uma doença inf lamatória crónica, não contagiosa, que pode aparecer em qualquer idade. É uma doença que afecta o organismo como um todo, com uma inflamação generalizada envolvendo vários tipos de tecidos, órgãos e aparelhos: pele (o maior órgão do corpo humano), articulações, vasos sanguíneos, fígado, etc. É ne ste contex to que se fala em comorbilidades, ou seja, um conjunto de doenças associadas à psoríase, como a obesidade, alterações dos lípidos sanguíneos, diabetes, hipertensão arterial, doença isquémica, fígado gordo, artrite, doença inf lamatória intestinal, doença pulmonar obstrutiva crónica e determinados tipos de tumores. Por isso, a psoríase não pode ser considerada uma “doença só da pele”. É fundamental informar a população sobre esta doença, de modo a adoptar medidas preventivas correlacionadas: combater a obesidade e os erros de dieta, incentivar o exercício físico diário, apelar para os perigos

do alcoolismo e do tabagismo. E m Por t u g a l , e s t i m a-se que 2 a 3% da população esteja afectada pela doença, isto é, cerca de 200 a 300 mil pessoas. Apesar de tão frequente, é ainda pouco conhecida do público em geral, que frequentemente lhe atribui conotações negativas e a confunde com doenças contagiosas. Na pele, são características as lesões avermelhadas, descamativas e com relevo n a super fície , envolvendo sobretudo a cabeça, cotovelos, joelhos e região lombo -sagrada , em regra acompanhadas de desconforto (por secura excessiva da pele, bem como da inflamação subjacente), por vezes com prurido. Nalguns doentes são patentes alterações nas unhas, com mais provável envolvimento das articulações. Tende a tornarse inestética e estigmatizante, com forte impacto psicológico e soci a l , cond icio nando relações familiares, sociais e profissionais. Este sábado, dia 29 assinala-se o Dia Mundial da Psoríase

A Cerrca de 80 milhões de euros com mais de 65 anos estão em risco

Campanha de sensibilização Inédito∑ Uma semana de sensibilização para o aneurisma da aorta abdominal Numa iniciativa inédita, a campanha “Aorta é Vida” e o hospitalcuf , em Lisboa, promovem entre 7 e 11 de Novembro, a I Semana de Sensibilização para o Aneurisma da Aorta Abdominal. Durante a semana irão decorrer acções de consciencialização e rastreio para esta doença considerada grave, progressiva e silenciosa.

A iniciativa tem como objectivo informar e rastrear os utentes saúdecuf, sobretudo os homens, com idade igual ou superior a 65 anos e com historial de tabagismo. O aneurisma da aorta abdominal é uma doença grave que, frequentemente não apresenta quaisquer sintomas. Trata-se de uma dilatação lenta

e progressiva da aorta, a maior artéria do organismo que, quando rompe, origina uma perda de sangue muito grave que pode resultar em morte súbita. Estima-se que, na Europa, 80 milhões de pessoas com mais de 65 anos, estejam em risco de desenvolver um aneurisma da aorta abdominal.

Vitaldent promove campanha para as crianças As clínicas dentárias Vitaldent acabam de lançar a campanha “O Meu Primeiro Dente”. A iniciativa consiste na oferta de uma escova dentífrica júnior, a todas as crianças que entreguem um dente de leite numa das clínicas

Vitaldent em todo o país. Em vigor até ao final do ano, a campanha visa incentivar as crianças para a prática da higiene oral, “a pensar na saúde oral dos mais pequenos”. “A Vitaldent oferece uma forma divertida de

efectuar a limpeza oral, com a escova do Ratinho Pérez, em material antideslizante, disponível em várias cores, concebidas para uma eficaz limpeza dos dentes e da boca”, adianta a clínica em comunicado.

Jo s é A z e n h a Te reso é o novo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro. O novo responsável pela saúde na região Centro vai ter a seu lado como vogais Fernando Lopes de Almeida e Luís Mendes Cabral. Os cinco novos presidentes das administrações regionais de saúde do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve tomaram posse na quarta-feira, dia 26 numa cerimónia em Lisboa, na presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo. Para presidir à ARS Norte, o Governo escol heu Lu ís Ca stanheira Nunes, que terá como vogais Ponciano de Oliveira e Rui Afonso Cernadas. À frente da administração de Lisboa e Vale do Tejo ficou Luís Cunha Ribeiro, que tem na sua equipa Luís Pisco e Pedro Ventura Alexandre. José Robalo tomou posse como presidente da ARS Alentejo e tem como vogais no conselho diretivo António Graça Lopes e Paula Ribeiro Marques. A ARS do Algarve passa a ser administ rad a por Gi ld á sio Martins dos Santos e pelos vogais Ana Mar i a Costa e M ig uel Lopes Madeira. Emília Amaral/Lusa


Jornal do Centro

SAÚDE 39

28 | Outubro | 2011

Sessenta e nove personalidades, entre as quais um ex-presidente da República, vários ex-ministros da Saúde e especialistas do sector, são até agora os fundadores da Fundação Serviço Nacional de Saúde, uma iniciativa de “cidadania responsável”. O ex-presidente da República Jorge Sampaio, os antigos ministros da Saúde, Arlindo Carvalho, Paulo Mendo, Maria Belém Roseira, Luís Filipe Pereira, Ana Jorge, o “pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS) António Arnaut e especialistas como Manuel Antunes, Fernando Regateiro, ou Álvaro de Carvalho são alguns dos nomes que aceitaram fazer parte desta fundação. A iniciativa apresentada durante a quarta-feira afirma-se como “independente de qualquer outra entidade pública ou privada” e pretende “promover e apoiar a modernização e a inovação no SNS e ajudar a divulgá-la no espaço nacional e internacional”.

Câmara cede apartamentos a médicos Cinfães∑ A oferta tem dois anos mas ainda não atraiu clínicos A Câmara a Municipal de Cinfães dispõe de dois apartamentos T2 e T3 equipados, para ceder a médicos que queiram fixar-se no concelho, na tentativa de atrair mais clínicos para o concelho. A fa lta de médicos afecta cada mais freguesias do interior do país. Cinfães é um dos concelhos do distrito de Viseu a braços com o problema. Tendais, por exemplo, foi a última freguesia a reivindicar a contratação de um médico. Mas, apesar da oferta tentadora, os apartamentos estão há dois anos desabitados por falta de interessados, mesmo localizando-se a 200 metros do centro de saúde da vila e sendo cedidos a custo zero. O presidente da Câmara de Cinfães, José

Emília Amaral/Lusa

F. Nogueira Martins Nuno Nogueira Martins Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3504-514 VISEU (Qta do Seminário) Marcação: 232 426 021 963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

DR

PERSONALIDADES CRIAM FUNDAÇÃO DE AJUDA AO SNS

A Falta de médicos o atendimento aos utentes Manuel Pereira Pinto admite que os concelhos pequenos não são muito pretendidos, mas considera que é importante fazer “este esforço”. O concelho de Cinfães com mais de 240 quilómetros quadrados e com populações dispersas dispõe de seis extensões de saúde e de um centro de saúde na sede do concelho com um quadro clínico longe de estar pre-

enchido, o que cria dificuldades no atendimento de utentes. Em Setembro fechou a extensão de saúde Tendais. O envelhecimento da população, esta mpado nos últimos sensos é uma preocupação crescente para o autarca, já que obriga a maiores cuidados de saúde e à disponibilidade de clínicos gerais que façam a cobertura das aldeias.

Opinião

A importância da correcção ortodôntica precoce Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças anagranja@netcabo.pt

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a má oclusão como o 3º maior problema dentário de saúde pública. Muitos destes problemas, podem já ser observados na dentição decídua e caso não seja realizada nenhuma medida interceptiva, irão permanecer na dentição mista (dentição em que há presença de dentes de leite e definitivos) e na dentição definitiva. O tratamento realizado na época na dentição decídua ou no início da dentição mista (fase interceptiva) tem como objectivo minimizar ou eliminar problemas esqueléticos, dentários e musculares, antes que a

erupção da dentição definitiva esteja completa. Este tratamento pode reduzir a necessidade de extracção de dentes definitvos e, por vezes, cirurgia ortognática. O tratamento precoce visa assim desenvolver as condições normais de crescimento e desenvolvimento da oclusão da criança, com o objectivo de evitar futuramente, severos problemas como, arcos dentários de pequeno tamanho, erupção incorrecta dos dentes da frente e mordida cruzada (quando em contacto, os dentes inferiores ficam por fora dos dentes superiores, de um ou ambos os lados, diferentemente do normal.


Jornal do Centro

40 CLASSIFICADOS

28 | Outubro | 2011

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE A COCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

PENALVA DO CASTELO

VOUZELA

O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU

ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a L g. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de

Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS M o r a d a R ua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

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MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

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PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes3715c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt

MANGUALDE

JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt

NELAS

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

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Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 41

28 | Outubro | 2011

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Mecânico de automóveis com experiência. São João da Pesqueira - Ref. 587781501

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Escriturário de contabilidade. Lamego - Ref. 587785147

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Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

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Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301

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Cozinheiro. São João da Pesqueira - Ref. 587788655

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Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192)

Cabeleireiro. Lamego - Ref. 587763573

Pedreiro. Lamego - Ref. 587767580 Motorista de veículos pesados – mercadorias. Sernancelhe - Ref. 587773926 Caixeiro. Lamego - Ref. 587776660 Operador de supermercado. Lamego - Ref. 587776673 Empregado de balcão. São João da Pesqueira - Ref. 587781497 Técnico de vendas. Lamego Ref. 587785146

Empregado de mesa. São João da Pesqueira - Ref. 587789026 Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364 Técnico de vendas. Armamar Ref. 587789368 Fiel de armazém. São João da Pesqueira - Ref. 587789907 Técnico de vendas. Moimenta da Beira - Ref. 587789976 Ajudante de cozinha. Moimenta da Beira - Ref. 587790087

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785 Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650 Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972 Marceneiro/carpinteiro. Viseu Ref. 587787716 Estucador. Viseu - Ref. 587787639 Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916 Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911 Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876 Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353 Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084 Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068 Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391 Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640 Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442 Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441 Empregado de mesa. Cepões Ref. 587787476 Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

PRÉMIO NACIONAL Duas alunas da Escola Profissional Mariana Seixas, de Viseu, receberam o prémio nacional de criatividade Grande C n a c ate gor i a Design subcategoria de capa de DVD. As alunas do 3º ano de Multimédia , Joa na Linhares e Marta Marques criaram u m a obra or ig i n a l denominada “Sonhos de Papel”. Mais dois alunos receberam ainda uma menção honrosa.

Curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos A Câmara de Vouzela, em colaboração com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), vai promover de 5 a 25 de Novembro, o Curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos (pesticidas e agroquímicos). Com esta acção a orga-

nização pretende “capacitar os formandos para a aplicação segura dos produtos fitofarmacêuticos, a fim de identificar os processos e aplicar os métodos mais frequentes de protecção de culturas, conduzindo, operando e regulando correctamente as máquinas e equipamentos agrícolas adequa-

dos às actividades a realizar”. As inscrições podem ser feitas no município de Vouzela ou pelo número de telefone 232 740 740. Os interessados devem fazer-se acompanhar do BI, nº de Contribuinte, certificado de habilitações e comprovativo de situação profissional.

Entrega de certificados A escola FUN LANGUAGES procedeu à entrega de certif icados da Universidade de Cambridge e do Instituto Cervantes. A cerimónia decorreu no domingo á tarde no audi-

tório da Universidade Católica, em Viseu. A F U N L A N G UA GES é uma escola de l í n g u a s c o m o r i ge m em Inglaterra a operar em Portugal há 13 anos. Em Viseu, a instituti-

ção dispõe de uma dele g a ç ã o de s de 1 9 9 9 . Actualmente disponibiliza formação pa ra cria nça s , adu ltos e para programas de formação integrados em empresas.


Jornal do Centro

42 NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA Maria Fernanda Lopes dos Santos, 73 anos, viúva. Natural de Parada, Carregal do Sal e residente em Póvoa de Santo Amaro, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 22 de Outubro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Parada. Abílio Coelho de Moura, 96 anos, casado. Natural e residente em Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 23 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Beijós. Ernestina Rodrigues Pereira, 74 anos, viúva. Natural de Lageosa, Tondela e residente em Furadouro, Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa. Maria Lourenço Raimundo Cascalho, 98 anos, viúva. Natural de Castelo Branco e residente em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 26 de Outubro, pelas 12.00 horas, para o cemitério de Fiais da Telha. Madalena de Figueiredo da Natividade, 90 anos, viúva. Natural e residente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 26 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

28 | Outubro | 2011

Emília Rodrigues da Silva, 87 anos, viúva. Natural de Figueiredo, Guimarães e residente em Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro para o cemitério de São Lourenço de Selho, Guimarães. José Augusto da Cunha, 93 anos, viúvo. Natural e residente em Pindelo dos Milagres, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 22 de Outubro para o cemitério de Pindelo dos Milagres. Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 Firmino de Almeida, 80 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Pascoal. Celeste Coelho Cardoso, 77 anos, viúva. Natural de Santos Evos e residente em Corvos-à-Nogueira. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Santos Evos. Américo Esteves de Almeida Ferreira, 73 anos, casado. Natural e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 18.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415

Maria das Conceição Rodrigues, 81 anos, casada. Natural e residente em Cavernães. O funeral realizou-se no dia 25 de Outubro, pelas 15.45 horas, para o cemitério local.

Ilda Pereira Monteiro, 76 anos, casada. Natural de Ribas, Pinheiro, Castro Daire e residente no Lar de Santa Isabel, em Cêtos, Castro Daire. O funeral realizouse no dia 15 de Outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Pinheiro.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

Maria Rosa de Pinho Rodrigues, 86 anos, viúva. Natural e residente em Ameixiosa, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Ameixiosa. Maria Hália Almeida de Lemos Monteiro, 66 anos, casada. Natural de Mortolgos, Castro Daire e residente em Vale de Matos, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.

2ª Publicação

INSTITUCIONAIS

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 António Cabral Correia, 63 anos, casado. Natural de Espinho e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

1ª Publicação 2ª Publicação

Ilda de Jesus, 85 anos, solteira. Natural de Mangualde e residente em Água Levada, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 22 de Outubro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde. Prazeres de Jesus, 96 anos, solteira. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 23 de Outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Carlos Sampaio, 87 anos, casado. Natural e residente em Moreira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Moreira. Aurora Lopes, 82 anos, viúva. Natural do Brasil e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 25 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009 José Rosa Peixeiro, 85 anos, casado. Natural e residente em Ribeiradio, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 20 de Outubro, pelas 17.45 horas, para o cemitério de Ribeiradio. Fernanda Augusta Rosa Dias Costa, 88 anos, casada. Natural de Campia, Vouzela e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Campia. Maria da Glória, 89 anos, casada. Natural e residente em São Vicente de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Vicente de Lafões.

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011) (Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

João Tavares Roque, 90 anos, viúvo. Natural de Arões, Vale de Cambra e residente em São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Arões. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

1ª Publicação

1ª Publicação

Luís Alberto Almeida Martins, 44 anos, viúvo. Natural e residente em Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Cruz e Costa, Lda. Penalva do Castelo Tel. 232 642 582 Ludovico José Francisco, 89 anos, viúvo. Natural de Vimieiro, Évora e residente em Beato, Lisboa. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério do Alto de São João, Lisboa. Abílio Rodrigues de Almeida, 79 anos, casado. Natural e residente em Adsinjo, Moçamedes. O funeral realizou-se no dia 23 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Moçamedes. Joaquina Fernandes, 84 anos, viúva. Natural e residente em Carvalhal do Estanho, Queirã. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Queirã. Olinda de Jesus Pereira, 86 anos, viúva. Natural de Monteiras, Castro Daire e residente em Ponte Nova, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 25 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério da Pedreira, São Pedro do Sul. Margarida da Conceição de Almeida, 62 anos, solteira. Natural e residente em Fermontelos, Figueiredo de Alva. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva. Maria da Luz Marques, 80 anos, viúva. Natural e residente em Fermontelos, Figueiredo de Alva. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)


28 | Outubro | 2011

clubedoleitor

43

DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

A propósito de austeridade: “O TOURO E AS CABRAS SELVAGENS” Publicidade

Isabel Azevedo Maia

Expresso. Venda inte

DIRECTOR

Pedro Costa

UM JORNAL COMPLETO

Semanário de 2010 29 de Outubro

> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 08 > REGIÃO pág. 09 > ESPECIAL pág. 14 > NEGÓCIOS pág. 16 > DESPORTO pág. 18 > CULTURAS pág. 19 > SAÚDE pág. 22 > RESTAURANTES pág. 24 > CLASSIFICADOS pág. 25 > NECROLOGIA pág. 27

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(Directora Clínica do H V V – Hospital Veterinário de Viseu)

Sexta-feira Ano 9 N.º 450

1,00 Euro (IVA 5% incluído)

SEMANÁRIO

DA

REGIÃO DE VISEU

tro.pt| ocentro.pt·www.jornaldocen Viseu·redaccao@jornald Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira, 461·Fax:232431225 |Telefone:232437

o Correia Quem tramou João Paul u? no Académico de Vise

Nuno Ferreira

sua caverna e começaram a expulsá-lo com cornadas cada vez mais potentes. O touro não arredou pé da caverna. Disse às cabras: -Estou aqui a aguentar-vos porque tenho medo, não de simples cabras, mas do que me espera na entrada da caverna.”

Distribuído com o

∑ Ex-treinador, em declarações Inovação Alunos da Secundária Alves Martins “folgam” à quarta à tarde

exclusivas ao Jornal

do Centro fala em

” | página 18 “falta de solidariedade

ção Nesta edição Jornal do

22 | OutubroCentro | 2010

Especial Avenida da Bélgica

página 9

História Negócios

∑ Apesar

de

e comércio

AVENIDA

DA BÉLGICA

convivem

| VÁ ÀS

COMPRAS

alguma Remontando desertificação, lo XIX, ao a Avenida sécu- nida a Avenida gica era, da Bélgica da Bélda Bélgica naquela foi um arruamento época, vezes utilizada muitas tacionamento continua vessava que atra- nha D. Amélia, pela Raia ser espaço para quem pretende algumas existentes de transacções quintas soberana fazia quando a compras. parar para mobiliário fazer e cal. Ligandonaquele lo- São Pedro do termas em comercias Também decoração. Abraveses cal de início, Sul e foi loao centro a presença na avenida, no tempo Áreas da cidade Infante do Hotel Viseu, rão D. Henrique, do vidindo de negócio. de tradicional a Avenida DuDi- ladoe da Farmácia gica é uma a sua da da a lado com Viriato, extensa Bél- hoje Feira Feira Franca, com edifícios extensão de cerca lações as instarecta de S. Mateus. de tação, a de Com a abertura Avenida habi- mão, da Lemos & tros que três quilómegica, apesar antiga Auto da BélIrção da até à inaugura- nida da Europa, da AveJustino, Avenida desertificação,da notória onde se comercializam pa era a da Euro- da da Bélgica a Aveniviaturas. é palco mais concorrida ter o intenso deixou de diversos espaços de entrada No sentido ciais de trânsito na cidade, sempre áreas de comer- te da ser em descendenque diferentes. a caracterizou, por grande negócio avenida, área urbana, parte já na sendo este facto car a presençade destaDesde passagem servindo de rado negativo considelogo por alguns superfícies, as grandes Parreira, antigo do café a quem dos comerciantes de São encontro ponto como o Pedro do vinha nida, tinente, de jovens, de tro Daire Sul, o primeiroCon- Paris, mas tambémda ave- permercado e do que enche ou Lamego.Cas- tivo hi- de posipor Historicamente, em futebol via mais agora ser uma Viseu, a loja a abrir em e a presençadias a Avede bricolage negócio Aki e de com maisdesimpedida de ourivesaria, florista e paço a Moviflor, um lugares e pequenas de média esde esdimensão cearias, onde merque se dedica ainda é sível comprar à venda posde antiga”. “à moda

15

lado-a-lado

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A Avenida estende-se

por mais

de três

quilómetros

Distrito 95 atropelamentos em nove meses nas estradas de Viseu

página 10

Semana do Caloiro Festa dos estudantes arranca domingo com um custo de 60 mil euros

Moral da história: Em situações de crise, é fundamental saber decidir qual a melhor linha de acção, mesmo que nenhuma das escolhas disponíveis nos agrade.

última

à espera da política “O modelo de estar a vida acabou” para tentar organizar Jorge Azevedo, presidente

da Comissão Política

Concelhia do CDS-PP

8 Viseu | página

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Preocupada com a actual situação do país e porque me interesso em particular pela vida animal e seus ensinamentos, decidi transcrever uma fábula de Esopo que ilustra bem a nossa realidade e nos encoraja a aceitar as dificuldades que aí vêm dando-nos alento para prosseguir: “O TOURO E AS CABRAS SELVAGENS” “Um touro pastava no campo, sem maiores preocupações, até que ouviu um rugido que fez estremecer toda a região: era um leão enorme, e estava atrás dele! O touro correu como pôde para tentar escapar do felino e, para sua sorte, encontrou uma caverna no meio do caminho. O lugar era escuro, mas o touro não deu importância e entrou velozmente, procurando esconder-se. O leão perdeu a pista do touro, mas ainda ficou perto da caverna, de sobreaviso, caso o outro aparecesse. O touro, que se julgava a salvo dentro da gruta, teve uma terrível surpresa: algumas cabras selvagens não tinham gostado nada do intruso na

HÁ UM ANO

Nuno Ferreira

Jornal do Centro

EDIÇÃO 450 | 29 DE OUTUBRO DE 2010 ∑ Jorge Azevedo foi eleito presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Viseu. O orgão concelhio do partido estava sem presidência desde as eleições autarquias. ∑ O autarca de Mangualde, João Azevedo tomou posse como presidente da Federação de Viseu do Partido Socialista, substituindo José Junqueiro. ∑ João Paulo Correia demitiu-se do cargo de treinador do Académico de Viseu. O professor de educação física bateu com a porta alegando não ser “um mercenário do futebol”.

Nuno André Ferreira

FOTOS DA SEMANA

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt Publicidade

Serra da Estrela, terça-feira. Os primeiros flocos de neve caíram com alguma intensidade, sobretudo na torre. Em poucos dias passámos do Verão para o Inverno, sem sair do Outono. Este ano, o primeiro nevão chegou uma semana mais cedo, comparativamente ao ano passado. Ninguém estava à espera, mas, já que caiu, alguns turistas aproveitaram para visitar a branca Serra da Estrela e os mais novos brincaram e atiraram bolas de neve. Com a chegada da neve, a formação de nevoeiro cerrado é a grande preocupação dos elementos de prevenção da montanha. “O nevoeiro provoca desorientação, que pode ser fatal”, disse Cláudio Quelhas, comandante do sub-agrupamento de montanha do GIPS. O objectivo desta força passa por garantir total segurança às pessoas que visitem a Serra da Estrela, numa atitude pró-activa de informação e cooperação.

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tempo: parcialmente nublado

JORNAL DO CENTRO 28 | OUTUBRO | 2011

∑agenda Sexta, 28

Viseu ∑ O Departamento de Engenharia Electrónica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV organiza o “Dia do DEE 2011”, a partir das 9h00. Peso da Régua ∑ O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Rebelo Marinho é um dos candidatos às eleições para a Liga dos Bombeiros Portugueses, que decorrem durante o congresso que começa hoje e termina no domingo, em Peso da Régua. Viseu ∑ A Comissão de Utentes contra as Portagens na A25, A24 e A23, promove duas marchas lentas contra as portagens. A marcha da A25 está marcada para as 18h00 a partir da Avenida da Europa.

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Hoje, dia 28 de Outubro, céu parcialmente nublado de manhã, tempo limpo para o resto do dia. Temperatura máxima de 18 e mínima de 7ºC. Amanhã, 29 de Outubro, céu parcialmente nublado durante o dia. Tempo limpo de noite.. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 9ºC. Domingo, 30 de Outubro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia.. Temperatura máxima de 22ºC e mínima de 10ºC. Segunda, 31 de Outubro, céu parcialmente nublado.. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Festival de gastronomia para levar turistas ao Douro

Olho de Gato

Joaquim Alexandre Rodrigues

Data ∑ Evento começa hoje e prolonga-se até 11 de Dezembro O 3º Festival de Gastronomia do Douro dá as boas vindas esta sexta-feira e promete gastronomia de excelência, unidades hoteleiras de referência e uma paisagem única, até 11 de Dezembro, em 40 restaurantes de 19 concelhos da região. O evento é uma organização conjunta da Entidade Regional do Turismo do Douro, das autarquias de Lamego, Vila Real e Peso da Régua e da Associação de Empresários de Hotelaria e Turismo do Douro (AE.HTFOURO). O objectivo é mostrar a gastronomia do Douro a outras regiões do país sobretudo ao Litoral, Porto e Lisboa, mas também à vizinha Espanha e assim fazer crescer o turismo na região. “Pretendemos criar em termos de gastronomia uma marca que seja competitiva, que faça o lançamento da procura do tu-

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Primavera no outono

A

Organização espera servir cerca de 15 mil pratos nos 40 restaurantes aderentes rismo do Douro, principalmente nas épocas baixas de Outubro a Dezembro, porque o turismo pode crescer muito através da gastronomia”, afirma o presidente da AE.HTDOURO, José António Fernandes. O festival tem registado uma adesão “significativa”, tendo sido vendidos 1.800 pratos na primeira edição, cerca de cinco mil na segunda e este ano esperam vender cerca de 15 mil pratos. A organização está empenhada em levar os trun-

fos do Douro ao país e organizou o programa em semanas temáticas com enfoque em concelhos específicos, ao mesmo tempo que o festival decorre nos 40 restaurantes. Para encerrar o festival foi programado um jantar de caça em que se vai reunir à mesa o património (a decorrer num convento), a gastronomia e a cultura com referência à obra de Miguel Torga, natural do distrito de Vila Real. Emília Amaral

Nos início deste ano, Mohammed Bouazizi, um licenciado tunisino impedido de ganhar a vida como vendedor ambulante, deitou fogo a si próprio. Esta tragédia fez acordar a rua árabe. Centenas de milhares de pessoas encheram as praças de vários países com uma mensagem poderosa – queriam a liberdade. A morte de Bouazizi deu início à “primavera árabe” que está a reconfigurar a paisagem política no médio oriente: já caíram Ben Ali (23 anos de poder na Tunísia), Hosni Mubarak (29 anos no Egipto) e Muammar Kadhafi (42 anos na Líbia). A seguir pode ser Bashar al-Assad, presidente sírio que está a massacrar o seu povo. Não era mau que ele fosse atingido por um qualquer satélite dos que andam a regressar desgovernados à mãe-terra. Depois da secularização feita pelo “socialismo nacionalista” árabe até aos anos de 1970, passou a ganhar força o islamismo que impôs regimes confessionais. Começado em 1979 por Khomeini no Irão, este processo acelerou-se a partir da queda da União Soviética. Como diz Slavoj Žižek, os Estados Unidos fizeram um erro terrível ao terem armado o islamismo radical contra os “socialismos” árabes. Ao fazerem isso, eles atiraram um boomerang para o ar, boomerang que, anos depois, deitou abaixo as torres gémeas. Agora entrou-se noutro ciclo: a primavera árabe quer democracia e isso enfraquece a tese da “excepção islâmica”: a tese que o islão é incompatível com a democracia e o estado de direito. Para aprofundamento deste tema, é recomendável a análise de Sami Zubalda intitulada “The arab spring in historical perspective” (é fácil de achar na internet e o link será posto no blogue Olho de Gato). Entre a morte de Mohammed Bouazizi e as primeiras eleições livres da história da Tunísia passaram 292 dias. Foram no passado domingo. Saúde-se esta primavera no outono.

Domingo, dia 30 de Outubro, não se esqueça de atrasar 60 minutos às 02h00 da madrugada, passando para a 01h00.


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