Jornal do Centro - Ed508

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DIRECTOR

Paulo Neto

> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ESPECIAL > ECONOMIA > SUPLEMENTO > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR

Semanário 9 a 15 de Dezembro de 2011 Ano 10 N.º 508

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

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Viseu e o fado

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Nuno André Ferreira

∑ Do Hilário ao Sousa... | páginas 6 e 7


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Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

praçapública rPreparar a empresa rEm momentos de r É

palavras

deles

para um desafio cada vez mais difícil é evitar os tribunais. Podia não ser se o sistema fosse célere, eficaz e barato”

Francisco Gama Lobo Xavier Advogado (Conferência da sociedade de advogados PLMJ, 5 de Dezembro)

Opinião

fundamental garantir condições para que as empresas possam ter acesso ao crédito necessário para o desenvolvimento da sua actividade”

Almeida Henriques Secretário de Estado adjunto da economia (Sessão de encerramento do XXXVII Congresso Nacional da APAVT, Viseu, 4 de dezembro)

r

É importante que o comércio tradicional se mantenha forte, porque transmite a identidade da cidade (Viseu)”

João Passos Presidente da APAVT (Sessão de encerramento do XXXVII Congresso Nacional da APAVT, Viseu, 4 de dezembro)

Paulo Ribeiro Director do Teatro Viriato, Notícias Magazine

Minas da Urgeiriça “Apesar de tudo, a prova real da vida está na morte.” Vergílio Ferreira, “Conta Corrente” (Vol.1)

“Eu e a minha família fomos aqui muito feliJosé Lapa zes”. Técnico Superior do IPV Foi, assim, que iniciou a sua exposição, um dos palestrantes no Seminário “Efeitos na saúde dos trabalhadores da exploração de urânio em Portugal”, realizado recentemente na Casa do Pessoal das Minas da Urgeiriça. Uma iniciativa da ATMU - Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio. Tal como este credenciado geólogo, que exerceu a sua profissão durante muitos anos naquele complexo mineiro, também eu fui ali muito feliz. E, tal como nós, muita gente ali pode dizer o mesmo. O problema é que todos fomos muito felizes, convivendo inconscientemente com o perigo. Ao longo dos anos, aquecemo-nos e confeccionamos refeições com madeiras contaminadas, provenientes das minas; vivemos em habitações construídas com materiais, que vinham das minas; inalamos poeiras radioactivas; regamos os produtos hortícolas com águas ácidas; os trabalhadores foram abandonados às mais negligentes condições de

Opinião

escassez de recursos temos que ser ainda mais crieriosos nas nossas escolhas”

trabalho, sem informação, nem os mínimos procedimentos de protecção laboral. Entramos inconscientemente num jogo, em que o periclito ainda hoje dita as regras. Uma roleta russa tenebrosa, que havia de desenhar o futuro de tantos. E hoje, vemos muitos daqueles, com quem brincamos ou simplesmente partilhamos conhecimentos e amizade, partir vitimados por neoplasias malignas, depois de um doloroso trilho. Presentemente, ainda arcamos com muitos dos problemas decorrentes das minas encerradas. O estudo “MINURAR- Minas de urânio e seus resíduos: efeitos na saúde da população”, coordenado pelo Observatório Nacional de Saúde, concluiu, que a população de Canas de Senhorim, exposta às minas da Urgeiriça, apresenta uma diminuição das funções da tiróide, da capacidade reprodutiva de homens e mulheres e do número de glóbulos vermelhos, brancos e de plaquetas no sangue. O efeito do urânio na saúde é um problema transversal a muitas gerações. E apesar de tudo isto – já se reconhece a doença profissional - o Estado continua a não admitir, a causa-efeito urânio/saúde e a não providenciar, no sentido de indemnizar convenientemente, as viúvas e familiares daqueles que partem, numa atitude desrespeitadora da condição humana, já que muitas famílias

ficam desprovidas dos mais elementares recursos de subsistência. Vai-se optando por politicas de paliativos, em que as obras de descontaminação do bairro social e zonas adjacentes, andam a passo de caracol e os exames médicos recentemente regulamentados legalmente, encontram óbices de toda a ordem, perdendo-se na burocracia e na negligencia. Como me dizia um trabalhador, que já requereu os exames e ainda não tem resposta, não andam nem desandam. Acresce, que continua por implementar um plano de desenvolvimento económico e social, que possa gerar um dinamismo consolidado passível de travar a inexorável tendência de desertificação da região. A história das Minas da Urgeiriça (que terá iniciado a sua actividade em 1913 e se prolongou por todo o século XX) é uma narrativa densa, de exploração por empresas e Estado, com o único fito de obter proveitos e riquezas fáceis, sem cuidar do bem-estar dos trabalhadores e dos impactes ambientais, que esta extracção podia provocar. Carlos Mota Veiga, escreve, que é hoje uma evidência “a importância das Minas da Urgeiriça, das empresas que ao longo das seis décadas as exploraram, no desenvolvimento económico e social do concelho. A sua longevidade, os seus efeitos sociais, os impactes ambientais, o simbolismo

decorrente das geoestratégias internacionais no campo militar e no campo da energia nuclear, mormente no período da guerra-fria são alguns dos aspectos que só por si, justificariam um estudo sistematizado.” (Município de Nelas – Origens e Evolução, Ed. Município de Nelas/2006). Esta constatação, acaba por sintonizar este problema, na vertente da memória e da história, enquanto veículo de prevenção, e de implementação de um quadro de solução integrado, que poderíamos expor da seguinte forma: Criar um grupo de trabalho, devidamente articulado entre as autarquias locais; sensibilizar a Comissão Europeia para a gravidade da situação; dinamizar aqui um Centro de Interpretação do Urânio em Portugal (onde as pessoas possam perceber o que aqui se passou); criar politicas de desenvolvimento sustentado; apoiar as famílias afectadas. O Estado está perante um grave problema para resolver, em matéria social e ambiental, que não pode continuar a obliterar... E a verdade é que, enquanto continua a sua negligência, obnubilação e surdez, que se prolonga á décadas, as paginas necrológicas vão continuar a ser preenchidas. O Estado tem que, com toda a celeridade, decidir politicamente e reconhecer, uma elementar questão de cidadania: “o direito das pessoas a terem direitos”.

Já sei…! Estou em Lisboa. Numa terra em que não há hortas, capoeiras, fenis ou salgadeiras. O mesmo, infelizmente, não poderei dizer em relação a currais e cortes. Há-os, por cá, sem que sejam usados pelos animais de criação, como na nossa escancha, como alguns lisboetas lhe chamam. Num excesso, no limite, poderemos dizer que os “escancholeses” e os lisboetas chamam de forma diferente a mesma coisa; barraca de lata para uns, curral para os outros. Bem certo é que a desventura, a desgraça, o infortúnio, a falta de cabe-

ça, a droga, o desemprego, os sucessivos governos e mais alguma coisa de que não me esteja a lembrar, contribuíram, à laia de peste ou praga, para que tantas pessoas, vivam em condições infra humanas. Envergonhados, muitos preferem quedarse no entulho em que passam os seus dias a voltar à santa-terrinha. Tolhe-os o receio da crítica fácil, torcida e torcista que os seus conterrâneos lhe serviriam num retorno desastroso. A escancha não perdoa a quem a desdenha. Mantem-se igual a si mesma, galharda, cada vez mais só e

desprezada, mas arreigada à sua torga e teluricamente forte. Sobre os seus ombros descem séculos de experiências falhadas e de furtuitos sucessos. As omoplatas nem sentem o peso da tradição que nasceu com elas. Não estranham o quotidiano, antes se admiram com os desvios de aventureiros que deixam idosos ao abandono, torrões por desfazer e leivas por abrir. As matas ficaram à ordem dos pirómanos, paranóicos ou pagos, com toneladas de biomassa que se evaporam na ponta de um fósforo ou do coto de uma vela, enquanto


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números

estrelas

183

O número de vezes que os colaboradores do Jornal do Centro tiveram de sair esta semana das instalações, para o meio do largo fronteiro, a fim de conseguir atender o telemóvel. Incompreensíveis falhas da TMN, o maior operador nacional!

Importa-se de responder?

Pedro Machado Presidente do Turismo Centro de Portugal

Vasco Azevedo Sporting de Lamego

Este trabalhador da construção civil, que após uma dura jorna de trabalho, ainda arranja alento para treinar duas horas diárias, chegar à Maratona de Lisboa e arrecadar, pela terceira vez consecutiva o primeiro lugar, é um exemplo de persistência, disciplina e ambição.

Infantuna Cidade de Viseu

Ao conseguir trazer para Viseu 400 congressistas que vieram debater alternativas para o sector do turismo nacional, muito contribuiu para mostrar o potencial da região.

Na comemoração dos seus 20 anos, consegue festejar a efeméride com um festival que traz a Viseu as tunas mais premiadas do país e da vizinha Espanha.

Depois do fado ser considerado património imaterial da humanidade, deu-lhe mais valor? Para mim é igual. A distinção não vem alterar nada. Sempre gostei de fado e vou continuar a gostar. Não fiquei nada surpreendida com a escolha do fado para património imaterial da humanidade, foi apenas o reconhecimento merecido, já que o fado é conhecido um pouco por todo o mundo.

Sempre gostei de fado e a distinção em nada abalou o meu gosto. Espero que o país seja valorizado assim como as pessoas que sempre apoiaram este género musical.

Olga Rodrigues

Carlos Ribeiro

Doméstica

Empregado de escritório

Fiquei muito contente com a distinção. Gosto de fado contudo, fiquei surpreendida, uma vez que acho que os outros países não gostam. Para mim, acima de tudo, este foi o reconhecimento de um país.

Sempre dei valor ao fado como sendo uma característica de Portugal. Fiquei contente e espero que os outros países comecem a dar valor a esta grande nação que é Portugal.

Elvira Xavier

Daniel Peres

Administrativa

Empresário

a edp nos expande a conta e mingua o fundilho do bolso. As escolas fecham por falta de “clientes” e tudo o mais se lhe segue. Mas a capital fervilha. Na capital a baixa está pejada de “manos” que, aborrecidos com os seus compatriotas se chegaram a nós. No seu íntimo sabem que apesar de os termos abandonado numa África que ainda e sempre amamos, há um elo que nos une. Como une, também, o “escancholês” que está na cidade, aos seus. A diferença entre

eles, irmanados na deslocação geográfica do seu meio, é que aos d’África, na sua aldeia, no seu quimbo, na sua tabanca, ninguém os critica se voltarem. Antes se tolhem de pena. Vê-se tanta gente de mão estendida que dá vontade de olhar para o céu: a ver se aguardam chuva; a ver se Deus se esqueceu… Ele são deficientes, cegos e meios cegos, romenos, ganzados, arrumadores de carros e…idosos. Que pena me dá ver os idosos. Sem ninguém que olhe por eles. Os-

tracizados pela descendência e miseráveis. Sem “cheta”, muitas vezes porque os filhos os convenceram a ajudar a comprar o “murcedes” e em contrapartida haveria a miríade de haver os cuidados, carinhos, afectos que a todos os idosos são devidos. Triste sociedade, esta nossa, enveredada pelo comer do restolho deixado da colheita que outros fizeram em que pagámos a surriba, adubos, fertilizantes e semente. No final, foi-nos dito que tinha havido contratempos.

Mas o restolho está lá… Sirvamo-nos. Bom apetite. Já sei…! Estou mal disposto, irritadiço e infeliz por aqui estar e presenciar tudo o que vejo e ouço. Pela forma indiferente, impessoal, arrogante, grosseira e egocêntrica como as pessoas se tratam umas às outras. Venham atrás de mim. Quem está mal que volte à escancha. Estão “aperdoados”. . Pedro Calheiros


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Ó pá, a crise é grega! 1. Hoje, os portugueses sabem que a salvação do BPN foi parte da sua desgraça. Hoje, os portugueses sabem que até grandes figurões quase “nuestros hermanos”, obtiveram benesses fantásticas que nunca tiveram qualquer retorno e todos nós pagamos. Hoje, os portugueses sabem que de todos os envolvidos, apenas o “madofezinho-oliveira” está mais ou menos em prisão domiciliária. Hoje, os portugueses não sabem porque as outras figuras gradas e graúdas deste alucinante processo não são responsabilizadas. Como Dias Loureiro, por exemplo.

2. Os viseenses ainda não conseguiram ter acesso à acta da reunião de extinção-para-integração da Lusitânia, Sociedade de Desenvolvimento, blá, blá. Os viseenses ainda não conseguiram perceber todos os contornos desta história surreal que envolve autarquias, empresas, instituições públicas e privadas e nomes interessantes do panorama político nacional. Parece existir um véu – tão pesado como um reposteiro de baeta escarlate – de opacidade que recobre a verdade factual. E até há quem sussurre que é tudo

uma questão de “fraternidade”. Afinal onde foram gastos tantos milhões de euros? Onde está um conhecido executivo da empresa, que num passe de ilusionismo, se tornou invisível? Porque é que cidadãos tidos como gente acima de qualquer suspeita se deixam envolver, com o seu estranho silêncio, nesta controvérsia? Quem estão a proteger e porquê? 3. Vêm aí muitos mais sacrifícios e agruras. Os portugueses conscientes temem 2012. Os alarmistas temem já o próximo mês de Dezembro. Entretanto, a tensão sobe entre

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

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Água mole em quartzo duro…

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo, pode-se enganar alguns por todo o tempo, mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” foi com esta citação de Abraham Lincoln que, há uns tempos a esta parte, se bem estão recordados, o mediático Presidente da ANMP e da CMV se apresentou ao eleitorado, para sem grande esforço face à concorrência, obter a maioria de sufrágio em mais um mandato à frente dos destinos do concelho e vem-me a mesma à memória, a propósito da obra que é, salvo melhor opinião, o retrato acabado do estertor de fim de mandato, em

que o actual Executivo Camarário se encontra e que com relativa facilidade se constata no projecto do Museu do Quartzo. Este equipamento cuja construção se iniciou no longínquo ano de 2006, no Monte de Santa Luzia, junto à cratera ali deixada por anos consecutivos de exploração do mineral quartzo por parte da Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos e, orçado na ocasião em mais de um milhão de euros, no âmbito de um projecto que envolveu o geólogo Galopim de Carvalho, já conheceu ao longo destes anos as mais variadas datas de inau-

guração, sem que nunca tenha aberto as portas ao público. E não fosse o quartzo o segundo mineral mais abundante da Terra, e não se situasse no longínquo planeta de Saturno o Museu do Quartzo de Ponte da Barca, e “milhões de chineses estariam a passar de olhos em bico aquelas portas franqueadas no Monte de Santa Luzia num vai vir charters” imparável e interminável! O próprio padrinho do Museu, atrás citado, quase me atrevo a apostar, desconhecerá o ponto de situação deste equipamento que, segundo o Executivo foi “concebido para,

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

José Costa Professor Coordenador ESSV/IPV Médico Dentista jcosta@essv.ipv.pt

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Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesa de Imprensa

Alexandre Azevedo Pinto União Portuguesa da Imprensa Regional

Economista alexazevedopinto@sapo.pt

Angústias e esperanças da geração “mais” (pre)parada Toda uma geração, a mais (pre) parada, procura um local de trabalho. É a grande prejudicada da crise. Gente jovem. Gente que estudou. Gente que viajou à procura de novos saberes. Gente que aprendeu novos idiomas. Gente que se licenciou, percorreu outras universidades estrangeiras, possui um mestrado, ou dois, um doutoramento, ou pós-doutoramento, aumentou a sua formação.

Investiu esforço e dinheiro. No entanto, tudo o que arrecadou parece não dar fruto. Ou, pelos vistos, não o que desejava (Blanco, 2010). Em Portugal, a taxa de desemprego entre jovens é 30,0% e entre os licenciados de 9,4% (INE, Novembro de 2011). Gente que continua a viver à custa dos pais. Gente que não pode planear a sua vida familiar. Gente que apesar de o querer não pode contribuir

para o aumento da natalidade. Gente que sente uma desilusão enorme da gente de mente. Gente que não se sente cuidada por gente. No entanto, devemos olhar para as portas que se abrem e não para as que se fecham. Em cada dificuldade temos que encontrar uma oportunidade. É preciso combater este dano para melhorarmos o estado económico e social do país. Perante o flagelo que nos

A crise do euro ( I ) Já não reconhecemos esta Europa, hoje comandada por um directório Merkel¬_ Sarkosy a que ninguém consegue bater o pé. Longe vão os tempos dos princípios solidários entre Estados norteados pelos pais fundadores da Europa. Gostaria de propor ao leitor, uma análise mais económica sobre as razões que explicam a gra-

ve crise que o Euro, a nossa moeda única, hoje atravessa e que pode colocar em causa a sua continuidade. Comecemos por um facto mensurável, as instituições e os mecanismos de governação do Euro foram desenhados sobre teorias económicas que apenas funcionam em períodos de prosperidade e que dificilmente ultrapassam crises tão graves como aquela

que hoje vivemos. O problema Europeu não é apenas de ordem financeira, mas sobretudo de ordem económica derivado de um bloqueio que impede a aplicação de instrumentos de ordem macroeconómica necessários para resolver crises desta natureza. A experiência que a Grande Depressão dos anos 30, nos EUA, nos deixou foi a de que os governos


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os mais diversos sectores e o governo. Como os impostos, na razão indirecta dos nossos salários. A criminalidade dispara exponencialmente por todo o lado, como causa de uma sociedade-não-afectiva. Cavaco fala em “iniquidades” do orçamento; Soares acarinha a ideia de uma revolução; Otelo, baralhado, só precisa de 800 homens… Porém, uma nova geração de hackers denominado AntiSecPT está a disseminar vírus em vários sites oficiais e privados, provocando o caos. E isto já não é demagogia barata. Ontem à noite, na Rua do Comércio, em Viseu, um idoso envergonhado remexia um contentor de lixo à procura de restos de comida. Os comerciantes da Rua Direita encerram os seus estabelecimentos antes das

19H00 por temerem os assaltos. 4. O PSD, quebrando o seu “silêncio dos inocentes” dizia que a propósito das nomeações políticas se “fez uma tempestade num copo de água”. Porque será que alguns políticos insistem em fazer dos outros cidadãos parvos? E contudo, há vida para além dos políticos e das políticas. E porventura tão saudável como os produtos da agricultura biológica… E por falar nisso… porque é que ninguém esclarece que 18% da poluição do nosso planeta é provocada pela “indústria” pecuária? E que Al Gore, o que ganhou o Prémio Nobel da Paz pela sua acção em prol da salvação da Terra, nunca a tal se referiu? Será por causa do poderoso lóbi USA do sector ou porque, mais simplesmente, ele é também um indus-

trial do sector? 5. No fundo, é tudo poluição. E o mais certo é todos termos que reaprender a viver, com mais frugalidade, menos consumismo e mais solidariedade. E pensarmos, por exemplo, em quem será que anda há décadas a instilar o ideal do consumo nas nossas mentes. Os parcos passeios que dou, são-no pelo interior da nossa terra. Ainda esta semana andei por Lamego, Sernancelhe, Resende, Cinfães, Castro Daire… Pasmo sempre com a heterogeneidade e diversidade da nossa rica e contrastiva paisagem natural. E vejo que nas mais recônditas aldeias, onde nunca a fartura abundou ao contrário do trabalho, os cidadãos vão vivendo as suas rotinas como se a crise fosse grega!

numa primeira fase, de âmbito local, servir as escolas da região e divulgar conhecimentos entre o cidadão comum, e (...) numa segunda fase, de âmbito nacional, aspirar a uma colaboração activa com as Universidades e as Empresas interessadas no quartzo como matéria-prima nas mais variadas tecnologias e na eventualidade de previsível sucesso deste embrião de saber, (...) poderá e deverá evoluir para um Centro de Investigação Científica e Tecnológica (...) num investimento que, nesta altura, já rondará um valor distante do anunciado e agora já muito próximo dos 3 milhões de euros. Face ao especial carinho e atenção que

Fernando Ruas tem dedicado à geologia, ainda que nalguns casos em sentido meramente figurado, as expectativas dos Viseenses neste novo equipamento não podem deixar de ser elevadas e, certamente por isso que não deixarão de à curiosidade em conhecer o Museu lhe somar a estranheza de ter “estado quase pronto em 2007”, para posteriormente ser inaugurado a 01 de Junho de 2009, adiada a pompa e circunstância do acto oficial para 18 de Setembro de 2010, marcada nova data para 2011 e nas palavras do Presidente finalmente “em Setembro ou Outubro inaugurar, com toda a certeza, já com todos os conteúdos, o Museu do Quartzo”.

Ora, assumindo que à data da publicação deste artigo de opinião o calendário já registe o final da segunda semana de Dezembro e o relógio — de exacto cristal de quartzo — certo com a hora de inverno, das duas uma, ou as rotineiras agendas anuais produzidas pela Autarquia para programação e calendarização das suas actividades estão erradas ou o Executivo já deve estar bem mais próximo do “Principio de Peter” do que eventualmente acredita estar! É certo que outros sinais do mesmo tom poderiam ser apontados, como a infindável reinterpretação do Parque da Cidade, o sempre prometido Arquivo Dis-

trital ou os 764.525,21€ atirados rua fora na elaboração do Projecto do Centro de Artes e Espectáculos de Viseu mas, para quem goste de novelas, como parece ser o caso do Dr. Fernando Ruas, esta cena do Museu do Quartzo têm mantido os viseenses presos à esperança de que um dia tenhamos que, em romaria, ir conhecer as diversas formas e tonalidades deste precioso mineral, ali para os lados da Santa Luzia e quem sabe, aproveitar a ocasião para deixar na Capela próxima, uma velinha acesa para que os “próximos” sejam eles quem forem, não “nos enganem a todos todo o tempo”!

assola podemos colocar a seguinte questão: qual a responsabilidade da família, dos membros do sistema educativo (escola e ensino superior) e da sociedade? A cultura empreendedora é uma esperança importante na formação integral dos jovens no novo mundo laboral. De acordo com Timmons (1990), “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XX”.

Assim, o desenvolvimento de capacidades intelectuais (formação específica e formação transversal), de capacidades psicológicas (confiança em si mesmo, valor para assumir riscos, criatividade e iniciativa, espírito inovador, ambição e ilusão por um projecto, capacidade de esforço e trabalho de equipa, comunicação) e capacidades directivas (organização, coordenação, motivar e dirigir equipas, liderança, tomada de decisões, reso-

lução de conflitos, inovação, adaptação à mudança, flexibilidade, versatilidade, mobilidade, resiliência) revestem-se como predicados de primordial importância. Por isso, é necessário conjugar conhecimentos, saberes e experiências em torno de uma área que se revela, cada vez mais, como um fator essencial para o desenvolvimento do nosso país. É necessário motivar esta geração e ajudar ao desenvolvimento de competências e

criação de vetores essenciais para construir o seu percurso empreendedor com sucesso. Um projecto sem êxito não significa um empreendedor falhado. Sem risco não há fracasso, nem pode haver êxito algum. A educação empreendedora é um processo de afectos a longo prazo. Não podemos fazer muito num só ano, mas senão fizermos nada em um ano será um ano perdido (Fernandez, 2011). Empreendamos!

não devem tentar equilibrar o seu saldo orçamental (corrigir o défice) quando a economia ameaça entrar em colapso. Esta experiência parece fazer pouco sentido para a actual orientação de política europeia, profundamente empenhada na correcção dos seus saldos orçamentais. Em períodos de crise, em particular, com estas características, o Banco Central deve baixar as taxas

de juro, injectar liquidez no sistema bancário, e assegurar o bom funcionamento do mercado monetário interbancário. O BCE tem-no feito de alguma forma. Mas também sabemos que a política monetária, comandada pelo Banco Central Europeu, não é suficiente para resolver o problema. Apesar das taxas de juro estarem muito baixas, o que em circunstâncias normais relançaria o investi-

mento e o consumo, as empresas não só não investem, porque as expectativas futuras são más, como optam por fazer diminuir o seu endividamento. Assim, o Governo deveria, ao contrário das empresas, estar a “gastar dinheiro” contrariando a forte Recessão que nos espera. É claro que o problema é não só cá como o é na grande parte dos países da Europa. A solução encontrada

pela “governação europeia” tem sido a da inversão drástica da expansão orçamental no sentido de uma correcção muito agressiva e no curto prazo dos défices orçamentais, com o objectivo de restaurar a confiança dos investidores. Os resultados desta política antecipam-se desastrosos. Na próxima semana deixo aqui algumas ideias para poderemos resolver este problema.


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Nuno André Ferreira

abertura

textos ∑ Emília Amaral

“Viseu podia tratar melhor o fado” Para recordar os velhos tempos do fado em Viseu temos que nos situar no coração do centro histórico e no Campo de Viriato. Era dali que, sobretudo a partir da segunda metade dos anos 60, soavam as guitarras na toada da noite. Pedir para citar artistas do fado em Viseu, vêm à memória Augusto Hilário (fado de Coimbra) e, muitas gerações à frente, o Sousa guitarrista, Gabriel Carlos, Belarmino Santos, o Sílvio e o Andrade, o amigo Sá, Jorge Novo... todos de uma geração que nos finais do século passado viu desaparecer as casas de fado de Viseu. Hoje, quem quer ouvir tocar e cantar o fado não encontra um espaço de espectáculos regulares, mas ouve novas vozes, Mara Publicidade

Pedro, Sandra Martins ou Mariana Veloso. A reflexão surge a propósito da elevação do fado a Património Imaterial da Humanidade. Os homens do “fado vadio” também chamado “fado de tasca”, o fado de Lisboa continuam a encontrar-se nos verdadeiros recantos que restam para garantir uma identidade própria da cidade: O Boquinhas (na foto), na Rua Escura, o restaurante A Colmeia, na Rua das Ameias e, à volta do centro histórico, eles vão recriando o ambiente do fado. “Assim que a gente aparece faz-se silêncio porque se vai cantar o fado”, recorda Belarmino Santos, o momento em que entram no Boquinhas e a tasca académica está lotada de jo-

vens estudantes. Mas nada é como era. “O meu pai, um grande mestre da guitarra e da viola, tinha uma tasca e vinham os amigos como o pai do Dino Meira, o João dos seguros e o Carlos sapateiro que compunha as botas dos jogadores do Académico e tocava guitarra”, recorda Avantino Sousa, guitarrista reconhecido que seguiu os passos do pai e foi responsável por algumas das casas de fado de Viseu. “Foi um grande dinamizador, marcou uma geração. Antes [de 1969] cantava-se o fado mas poucas vezes”, adianta Belarmino Santos. Dos projectos do Sousa guitarrista destacase o “Pátio do Sossego” na Rua Capitão Salomão. “Ouvia-se o fado diariamente,

vinham pessoas de Lisboa, Porto e Coimbra. Deliciavam-se com o bom petisco da região e com o nosso néctar”, brinca. Todo este ambiente de fado acabou em Viseu. Avantino Sousa e Belarmino Santos criaram o grupo “Alma Viseense”, cantam e tocam pelo mundo fora e no país todo, mas não perdem a esperança: “Andamos à procura de um recanto, onde as pessoas passem e entrem, porque é uma pena Viseu não ter uma casa de fado”. Em Viseu pode nascer em breve um novo espaço para ouvir o fado com regularidade, garantem.

Os artistas. Em Viseu nasceu Augusto Hilário, figura ímpar do fado de

Coimbra. A região “é uma terra de artistas”, mas para estes dois homens do fado com quem o Jornal do Centro conversou e perante as confissões de outros, “a terra não reconhece os seus artistas”. “Viseu podia tratar melhor o fado. Um guitarrista como o Sousa não se apanha em qualquer esquina nem em qualquer cidade, até costumo dizer que não sei se Viseu merece um guitarrista como ele. O povo de Viseu por vezes esquecese que tem pessoas à altura na cidade e não as reconhece, desabafa Belarmino Santos. As críticas são para o “povo”, palavra que repetem várias vezes no seu discurso talvez pelo “fado ser do povo”, mas Belarmino

Santos estende os reparos às entidades locais, admitindo que se podia fazer mais em Viseu para preservar um património, que agora é da humanidade. Faz parte de um grupo que nasceu há seis anos - Alma Viseense que já deu seis concertos na Filarmónica de Berlim, um dos maiores auditórios do mundo, já tocou no planeta musical em Atenas, já participou no festival de música da Polónia, mas há uma mágoa que fica: “Onde tocamos menos é em Viseu. Ninguém se apercebe do que fazemos”. Agora que o fado é do mundo, ambos desejam que nas escolas se comece a ensinar que “o fado não é chato, faz parte da nossa cultura, dos nossos princípios e é a canção do povo”.


Jornal do Centro

O FADO EM VISEU | ABERTURA 7

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“Seria interessante começar a pensar-se uma escola de fado” João Paulo Sousa, 45 anos, advogado, natural de Viseu, é cultor de fado de Coimbra e professor de guitarra portuguesa no Conservatório Regional de Música de Viseu Dr. José de Azeredo Perdigão.

música no ensino da guitarra portuguesa?

Felizmente nos últimos anos, a maioria dos conservatórios tentaram alargar o ensino ao instrumento (Conservatório de Viseu ensina guitarra portuguesa há seis anos). A partir do momento em que aparece mais gente a cantar e a tocar, isso desenvolve um centro de interesses. Seria interessante começar a pensar-se uma escola de fado, não querendo separar o fado de Lisboa do fado de Coimbra.

Viseu é uma cidade de fado?

Qual é a maior tradição do fado em Viseu? Lisboa ou Coimbra?

Menos a nível do fado de Lisboa, mais a nível da canção de Coimbra, mas muita gente aqui nascida teve obra importante em qualquer um dos géneros musicais. Porque é que Viseu não tem uma casa onde se ouça o fado?

Parece-me que em termos económicos é inviável ter programas de qualidade em regime de permanência.

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Quais são as diferenças entre o fado de Coimbra e o fado de Lisboa?

DR

Não. Não é e nunca foi uma cidade de fado, o que não quer dizer que não tenha havido desde sempre na região muitas pessoas importantes ligadas ao fado. Em Viseu, o fado sempre se fez de uma forma amadora, com uma transmissão oral de algumas pessoas que têm interesse no fenómeno e que vai passando de boca em boca ou de mão em mão, mas nunca houve fenómenos com duração certa e prolongada no tempo. Ainda hoje existem quatro/cinco projectos de gente que continua a fazer fado, mas de uma forma perfeitamente amadora. E, tirando alguns grandes centros, como Lisboa, Porto e eventualmente a zona do Oeste e Algarve, pela questão turística, não haverá outros pontos importantes de uma escola mais ou menos sedimentada em termos de fado de Lisboa.

A “Viseu acaba por receber sempre bem o fado, agora, não evita limitações económicas aos projectos” Pode dizer-se que do Hilário ao Sousa, Viseu representou sempre bem os dois géneros do fado?

Há uns intervalos pelo meio, mas há pessoas importantes. Não podemos falar exclusivamente de Viseu cidade, porque a família Menano era do concelho de Fornos de Algodres e forneceu dois ou três grandes cantores e compositores, que mantiveram uma tradição até aos anos 40/50. A partir daí, houve outras pessoas ligadas a um certo cançonetismo nacional mas também ligado ao fado e que aí tiveram mais influência em Lisboa. A partir da década de 60 recomeçaram a aparecer outras pessoas importantes a nível instrumental. Estou-me a recordar do mestre Octávio Sérgio, do Hermínio Menino… que foram mantendo uma tradição. Neste momento, até mais a nível de Coimbra, temos pelo menos dois be-

líssimos cantores naturais de Viseu, o Nuno Silva e o Luís Alvelos, pessoas importantes no meio. Por isso é que Viseu acaba por receber sempre bem o fado, sabe ouvir e gosta de ouvir, agora, não evita limitações económicas aos projectos. Os viseenses gostam mais do Fado de Lisboa ou do de Coimbra?

Apesar de em Viseu haver um círculo que cultiva o fado de Lisboa e que as pessoas gostam de ouvir, a atracção é maior pela canção de Coimbra. Tradicionalmente também é assim, Hilário tinha a ver com Coimbra. Dá-me a sensação que é mais abrangente e mais genérico, embora o fado de Lisboa tenha um nicho mais militante. Hilário deixou um legado a Viseu?

Deixou sobretudo uma imagem. É através de

Coimbra que Hilário se revela, mas o que levou para Coimbra era de Viseu e trouxe-o de volta quando regressou, infelizmente para morrer. Fruto de um estudo que fiz recentemente, conclui-se que havia algumas pessoas a nível académico em finais do século XIX que deveriam ter sido extremamente interessantes a esse nível. O Hilário tinha características próprias, nomeadamente uma voz com um timbre muito especial e único, agregando a isso a capacidade de executar a guitarra. Ao mesmo tempo que cantava, tinha um valor artístico elevado, reconhecido a nível nacional, como foi na altura. A cidade, de alguma forma, usa a figura do filho da terra para se promover e promover a obra de Hilário?

Há alguns elementos monumentais. A casa dele preservada, a rua com o seu

nome, tivemos desde a sua morte várias serenatas evocativas de períodos da vida do Hilário. Poderia haver mais coisas, mas a cidade é rica em personalidades, agora, não deixa de ser interessante criar à volta da figura de Hilário um pólo de algum desenvolvimento. A cidade conhece o que se faz no tal nicho de que falava há pouco?

As pessoas vão sendo conhecidas. Houve dois fenómenos recentes relacionados com o fado de Lisboa, a Sónia Lisboa e a Mara Pedro. São fenómenos conhecidos, as pessoas sabem que nasceram aqui, e haverá outras. Mas não é fácil para quem está sediado em Viseu obter projecção em termos nacionais. O meio do fado, ao contrário do que as pessoas pensam, é um meio comercial feroz. Qual é o papel das escolas de

Dizia-me um amigo que somos um país tão pequeno, que ao estarmos a dividir estas coisas, não pode ser benéfico para toda a gente. Eu concordo por essa perspectiva, mas discordo relativamente ao que aconteceu. Tenho algumas dúvidas que as pessoas que lideram a candidatura sejam tão proactivas como as de Lisboa foram e, obviamente, Lisboa dispôs de meios financeiros para promover a candidatura de uma forma que talvez Coimbra nunca venha a ter. Quando falamos em fado de Coimbra e fado de Lisboa, não estamos a falar no mesmo género musical. Os instrumentos são diferentes, são executados numa afinação diferente, com técnicas diferentes. Por outro lado, por enquanto, a canção de Coimbra ainda é um canto exclusivamente masculino, ao contrário do fado de Lisboa. Na temática sobre cada um dos géneros também não tem a ver um com o outro, o fado de Lisboa é muito mais do quotidiano e a canção de Coimbra é mais elitista na forma de cantar.


8 Entrevista ∑ Tiago Virgílio Pereira foto ∑ Nuno André Ferreira

Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

à conversa

É preciso que os governantes vejam que o turismo é um sector pujante” A cumprir o primeiro mandato à frente do Turismo do Centro, Pedro Machado, por ocasião do 37º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), falou ao Jornal do Centro dos primeiros passos da marca Centro de Portugal, dos “abcessos” ao desenvolvimento do turismo na região, nos constragimentos que a linha férrea acarretam e na vontade de contornar todos os obstáculos para, portugueses e estrangeiros, conhecerem o centro de Portugal e valorizarem o que de melhor se produz na região. Como chegou a Viseu um congresso desta dimensão?

O congresso chegou a Viseu por três ordens de razão. A primeira, porque houve uma decisão da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) de o trazer para Portugal e deixar de o realizar, como era normal, em Fortaleza, no Brasil, por razões de contexto económico nacional. Partindo desta premissa, surgem mais duas razões. Em cima da mesa estavam propostas dos Açores, Algarve, Tróia e Lisboa. O Turismo do Centro realizou uma candidatura es-

pontânea, protagonizada por mim, no sentido de seduzir o presidente da APAVT para que ele pudesse olhar para o centro de Portugal e desse uma oportunidade a esta região, a este destino. Em conjunto com esta persuasão, o tecido económico fantástico da cidade de Viseu pesou bastante. A começar pela Câmara Municipal, o grupo Visabeira, a empresa Controlvet. Eu e os meus colegas de direcção, Adriano Azevedo e Jorge Almeida, em conjunto com a autarquia, conseguimos, em 48 horas, conciliar todas as condições

exigidas pela APAVT para realizar o congresso em Viseu. Uma outra razão, mas esta de carácter mais emotivo, é a minha cumplicidade com o João Passos, presidente da APAVT. Apoiei a sua candidatura e penso que ele quis ser generoso e retribuiu esse sinal que eu tinha dado há dois anos a esta parte. Em suma, é muito bom para a região a realização deste congresso porque é mobilizador de toda a região e não apenas da cidade. O turismo da região saiu reforçado?

O turismo saiu reforçado em três aspectos. Conseguimos trazer 400 congressistas que são responsáveis directos pela operação, da distribuição e do incoming. São agentes que podem desenvolver negócios directos com as nossas unidades hoteleiras, com a restauração e com isso trazer turis-

tas nacionais e estrangeiros ao centro do país. Depois, saíram daqui com uma ideia e uma imagem diferentes daquela que tinham em relação ao centro de Portugal. O centro modernizou-se ao nível do equipamento de alojamento e das infra-estruturas capazes de suportar uma iniciativa desta ordem de grandeza. Não havia, seguramente, a noção da diversidade deste desti-

de de aumentarem está praticamente saturada e nós estamos a crescer. O mercado brasileiro onde mais cresce para Portugal é para a região centro, cerca de 40 por cento, isto mostra a força da região.

O que fazer?

O primeiro trabalho a fazer passa por deslocalizar essas agências, no sentido de lhes dar a conhecer a oferta turística que temos na região. Em seguida, a aposta na construção da marca e um forte invesO que falta ao Turismo do timento na progressão. A Centro? marca Centro de PortuO Centro é uma marca gal está a dar os primeirecente que se está a cons- ros passos, tem dois anos e truir. Não temos 40 anos meio. Estamos a lançar as de experiência como tem bases para um destino que queremos que cresça consolidado, estamos a crescer 5, 5 por cento ao ano. O H ano de 2011 vamos fechá-lo com mais de 5, 6 por cento de aumento comparativamente ao ano de 2010. É um no. Por fim, a certeza que o Algarve, não temos a ex- crescimento francamente hoje há um novo destino periência de destinos ma- positivo e é isso que queque se afirma no contex- duros como é o caso da ro continuar a fazer. Não to nacional. É um destino Madeira ou Lisboa, onde somos um destino masque gera novas oportuni- estas agências de viagem sificado como outros que dades. Temos 9 por cento estão sediadas, e onde temos no país, a nossa cado fluxo turístico, ao con- normalmente o negócio racterística é a diversidade trário de Lisboa, Madeira tem florescido à volta da do produto turístico, não e Algarve que têm 76 por localização das sedes das temos apenas um ou dois produtos como o Algarve cento, ou seja, a capacida- agências.

r

á um novo destino que se afirma no contexto nacional ”


PEDRO MACHADO | À CONVERSA 9

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que tem sol, praia e golfe. Temos termalismo, saúde e bem-estar, gastronomia, sol e praia, natureza, é uma diversidade de afirmação que os portugueses ainda não conhecem, e queremos que cada vez mais os estrangeiros venham a conhecer. O meu cunho, neste primeiro mandato, passa por cultivar e criar na prática uma cultura de marca que não existia e que agora é preciso fazer despertar. Quem são os turistas que visitam o centro?

A fatia maior de turistas são portugueses, entre 68 e 70 por cento. Ou seja, mercado interno. Depois temos a Espanha. Dos restantes 30 por cento, representam mais de 60 por cento e há muitas razões para que isso aconteça. Temos a acessibilidade directa com a rodovia, a afinidade cultural e linguística por isso, é o nosso principal mercado estrangeiro. A seguir é o mercado Francês e Italiano, Reino Unido, Alemanha e agora o Brasil completa o top 6. Quais os maiores entraves ao desenvolvimento do Turismo do Centro?

Nós temos alguns fac-

tores que trazem algum constrangimento ao sector. O IVA a 23 por cento é seguramente um deles. Nós temos que perceber que nos mercados vizinhos e concorrentes de Espanha, França e Itália, o IVA na restauração pratica-se a menos de 10 por cento. Temos ainda um custo de contexto que são as acessibilidades. Neste momento, temos três vias principais que são portajadas. Há que perceber que este é um custo de contexto que outras regiões do país não têm. Para além destes dois factores, temos ainda um terceiro que se prende com alguma incapacidade na flexibilização da lei laboral, que não permite que haja grande fluidez naquilo que é a captação de mão-de-obra qualificada. Se juntarmos a isto a morosidade da justiça, concluo que são os principais abcessos que teremos de resolver em relação à estrutura do turismo na região centro e no país. É preciso que os governantes vejam que este é um sector pujante, que representa 9 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) e só na região centro gera mais de

180 milhões de euros por ano.

ponto de vista prático, nós podemos ter aqui um dos sectores com maior capaComo é que a Turismo Cen- citação para a internaciotro de Portugal vai combater nalização da nossa econoestes abcessos? mia. Cada vez que um tuDe cima para baixo. rista estrangeiro entra em Tem que haver primeiro Portugal, está a entrar vida que tudo vontade política, externa no país. é preciso disponibilidaEntrar na região, pelo mede por parte do Governo nos de automóvel, vai ser para dialogar com as inscomplicado, o Governo detituições e envolvimento veria adoptar outras medidas desde o princípio com os quanto às portagens? agentes, sejam eles públiEstá previsto que o cuscos locais, regionais ou do poder local e das empresas. to máxim possa ir até 0,8 É neste triângulo que eu por quilómetro. Eu penso

r Cada vez que um turista estrangeiro entra em Portugal, está a entrar vida

externa no país espero encontrar grandes soluções, envolvendo a sociedade civil. O Estado não deve chamar a si uma actividade que é bem mais desenvolvida pelos privados, porque o Estado não tem que vender refeições, as entidades locais de turismo não vendem alojamento, as Câmaras não têm camas para alugar, quem faz isto é a iniciática privada e nós temos que lhes dar condições para que ela possa vincar o seu negócio. Do

que o Governo pode e deve discriminar positivamente as regiões, sobretudo se quiser combater essa anátema que todos os políticos dizem: temos um interior despovoado, há uma grande concentração nas grandes cidades, e isso desertifica o interior. Peço que arranjem soluções e discriminem o interior do país para que possa desfrutar de condições iguais. Tratar por igual aquilo que é diferente, inevitavelmente

gera injustiça. Já que não há linha ferroviária em Viseu, devia aproveitar-se o aeródromo?

Um aeroporto só por si é uma entrada importante para turistas, ou mercadorias. Ou seja, é um factor de desenvolvimento. Eu não sei se hoje o país tem capacidade para suportar um investimento desta natureza. Até lá, julgo que era importante desenvolvermos a ferrovia e a capacidade das áreas portuárias. Contudo, é fundamental manter uma boa relação com o aeroporto Sá Carneiro (Porto), que eu penso que serve bem a região. Se amanhã o país tiver condições, acho que é fundamental haver uma linha férrea no centro do país. É um entrave ao turismo não haver essa linha férrea?

Claro que sim, e por dois motivos: Primeiro porque é um meio de locomoção mais saudável em questões ambientais, do que os aviões e ao automóvel. E a partir deste ponto podemos desenvolver uma estratégia como se está a fazer no sul, com a ligação Lisboa – Vila Velha de Rodão, num comboio turísti-

co que permite não apenas o transporte mas também a fruição turística. Como está a correr o interactivo posto de turismo de Viseu “WellCome Center”?

Está a correr muito bem. Desde o dia 27 de Setembro que funciona a 100 por cento, é um espaço que marca claramente a diferença de tudo que havia de oferta de informação turística. É um espaço muito digno que tem como montra a mostra dos nossos produtos regionais, mais do que saber informações sobre o destino é importante também provar o destino. Que apelo lança àqueles que não conhecem o centro de Portugal?

A actividade turística em Portugal e na região centro é, para além de um factor de desenvolvimento local, uma oportunidade para que as pessoas conheçam a sua história, o património e a identidade. Muitas vezes desembolsamos quantias exorbitantes para conhecermos outras paragens, quando temos produtos de excepcional qualidade aqui bem perto de nós. Conheçam o Centro!


Jornal do Centro

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região O presidente da Associ ação Comerci a l do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez vai solicitar uma reunião ao coma nda nte da PSP de Viseu para pedir explicações sobre os “rumores” de que o Contrato Local de Segurança de Viseu, em vigor desde Maio de 2009, estará a funcionar com menos agentes do que aqueles que foram afectos ao contrato aquando da assinatura do acordo. “Pedi à Câmara [de Vi seu] pa ra em conjunto falarmos com o comandante, no sentido de saber porque não

há tanto polícia activo”, a f i rmou Gua lter M irandez aos jornalistas. As declarações surgem na sema na em que se soube que vários comerciantes da Rua Direita estavam a encerrar os seus estabelecimentos ao cair da noite e não às 19h00 como é habitual, sentindo falta de segurança na rua. “Qua ndo dei xa mos de ver polícias fardados, menos segurança temos. E [os agentes] não estão com a mesma atitude do que estavam há alg uns meses atrás”, admitiu o dirigente. EA

José Pedro Gomes líder da JS mais dois anos José Ped ro G omes foi re eleito l íder d a Concel h i a de V i seu da Juventude Socialista pa ra u m m a ndato de dois anos, nas eleições realizadas a 26 de Novembro, para os órgãos da estrutura da JS Viseu. Pa ra presidente da Mesa da Comissão Política Concelhia e da Assembleia foi eleito Cristofe Pedrinho, Manuel Mirandez é o coordenador–adjunto. Esta lista, cujo mote é “Uma Juventude, Um Sonho, Um Futuro em Viseu”, candidatou-se com vontade de que a JS chegue a 2013 na máxima força. Segundo José Pedro Gomes, “a JS precisa de estar focada no futuro, de olhos nas eleições autárquicas de 2013, as quais constituirão uma oportunidade única para o PS e corres-

ponderão ao fim de um ciclo de 24 anos de um presidente de Câmara.” Acrescenta ainda que “a JS não pactua com espíritos derrotistas e apáticos. Opta por intervir, actuar e participar.” A primeira reunião da Comissão Política Concelhia realiza-se amanhã. José Pedro Gomes vai submeter a votação os elementos que propõe para o secretariado e os representantes da JS na Comissão Política Concelhia do PS. Esta nova direcção compromete-se ainda a “não se restringir a analisar o concelho de Viseu como se este existisse isoladamente, opta por uma visão integrada, reflectindo sobre a situação actual do mundo, da europa, do país e também do PS, nesta fase de oposição”. TVP

Nuno André Ferreira

Associação Comercial quer reunir com comandante da PSP

A “Casinhas” foram inauguradas no dia 31 de Novembro A Fernando Ruas lembrou que o Natal não é para esquecer

Viseu menos iluminada este Natal Comércio ∑ Presidente dos comerciantes diz que a falta de iluminação é uma perda para a cidade O Rossio de Viseu volta este ano a transformar-se numa “aldeia de Natal” com as já tradicionais “casinhas” de madeira montadas na praça da cidade e onde as colectividades do concelho aproveitam para fazer negócio com os produtos da terra e encaminharem os lucros para projectos de solidariedade. No dia da inauguração do certame deste ano (31 de Novembro), o presidente da Câmara, Fernando Ruas lembrou que, “independentemente das dificuldades” que o país atravessa, “o Natal não é para esquecer” e desejou que continue a ser “a oportunidade de sermos solidários”. Aquela que Fernando Ruas baptizou de “aldeia Natal” está assim mais participada e de portas abertas até 31 de Dezembro, todos os dias, entre as 10h00 e as 20h30. A par das exposições/venda há animação de rua e espectáculos. Mas a cor e a luz da “sala de visitas” de Viseu não condiz com o resto da ci-

dade, que este ano está sem iluminação de Natal, tudo em nome da crise que atinge os pequenos comerciantes locais. O presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez assegurou que não há memória de um ano com a cidade tão pouco iluminada. “Se estamos à espera que os comerciantes contribuam nunca mais temos iluminação, e é uma perda para o comércio, mas também é uma

O Pai Natal do comércio tradicional chega este sábado a Viseu

perda para a cidade”, lamentou. Pa ra que a s r u a s de Viseu estejam iluminadas no Natal, a autarquia disponibiliza 50 por cento da despesa em cada rua e responsabiliza-se pela iluminação da área institucional onde não há estabelecimentos comerciais. Os restantes 50 por cento são assegurados pelos comerciantes. Mas este ano dizem que os prejuízos não lhes permitem mais uma despesa.

“Pelo facto de os comerciantes não aderirem, não podemos estar a mandar o ónus para o comércio, nem estar comodamente a dizer: não aderem não se faz”, desabafou Gualter Mirandez. Para o autarca, Fernando Ruas, a Câmara “não pode suportar” a despesa extra limitando-se a comparticipar de forma igual à de anos anteriores. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

∑ A animação de Natal do comércio de rua de Viseu tem início este sábado, dia 10 com a chegada do Pai Natal , às 15h00 e prolonga-se até ao dia 23 de Dezembro. O projecto de animação comporta a casa do Pai Natal na Rua da Árvore e a decoração da Rua Formosa com algumas árvores de Natal. O Pai Natal chega num trenó puxado por sete renas, e vai circular nas ruas centrais da cidade num percurso que tem início na Rua Formosa, em frente ao Mercado 2 de Maio. As crianças vão receber brindes e poder tirar fotografias no trenó com o “senhor de barbas brancas”. Nos dias seguintes, a animação decorrerá na casa do Pai Natal, num espaço criado para o efeito, no nº1 da Rua da Árvore. Na Casa do Pai Natal haverá todos os dias à tarde, animação infantil, ateliers diversos para crianças e histórias contadas pelo Pai Natal. Serão ainda colocados elementos decorativos em algumas ruas.



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Bispo de Viseu pede solidariedade aos padres O bispo de Viseu, Ilídio Leandro, lançou um apelo aos padres da diocese para que entreguem parte do seu subsídio de Natal ao fundo de solidariedade diocesano para responder à “crescente procura de famílias em dificuldades”. O prelado explicou que o apelo que fez, na mensagem do Advento, tem origem no “rápido decréscimo” das verbas disponíveis no fundo de solidariedade diocesano, criado para ajudar os mais necessitados. “Fiz este apelo para que seja possível, de forma rápida e antes que seja encontrada outra forma de financiar o fundo de solidariedade diocesano, dotar este instrumento de meios financeiros que permitam dar resposta às crescentes necessidades e crescente número de pessoas que o procuram perante as dificuldades que atravessam devido ao desemprego e Publicidade

Nuno André Ferreira

Apelo∑ Entregar parte do seu subsídio de Natal ao fundo de solidariedade diocesano

A Ilídio Leandro fará o balanço no dia 18 de Dezembro outras consequências da crise”, apontou o bispo de Viseu. Ilídio Leandro sinalizou ainda a quadra natalícia como um factor importante para ter feito este “pedido de mais um sacrifício aos padres”, no qual também ele se inclui, defendendo que se todos os momentos são importantes, esta quadra

assume especial importância para que os “mais pequenos” possam ter “o seu Natal”. Ao Jornal do Centro, o Bispo de Viseu não foi esclarecedor quando questionado àcerca da receptividade do seu apelo junto dos páracos da diocese. “Só no dia 18 de Dezembro é que irei fazer o balanço, mas es-

tou a contar que apareçam”, explicou. O montante recolhido das doações dos sacerdotes e de “todos os cristãos” é para ser entregue ao Secretariado Diocesano da Pastoral Social que, via Cáritas Diocesana, o fará chegar aos mais necessitados. Tiago Virgílio Pereira / LUSA

Opinião

Cada cavadela cada minhoca Este governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas anda num frenesim de lacaios que querem mostrar serviço aos seus patrões. Os grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros mandam e eles obedecem, cegamente, sem pôr em causa as ordens recebidas. A soberania nacional foi mandada às urtigas. O último resto de decência e vergonha seguiu há muito o mesmo caminho. A mentira descarada é o pão-nosso de cada dia. «É preciso libertar o Estado de pagar, no futuro, pensões extraordinariamente elevadas, porque isso já não é protecção, é sim gestão de poupanças». Quem afirmou tal despautério foi o actual ministro da Solidariedade, Mota Soares. Personagem que, no Governo e fora dele, passou a ser conhecido pelo Pedro «Audi» Soares depois do escandaloso episódio da troca de lambreta por um automóvel de 86 mil euros. Só que a realidade, como ele muito bem sabe, é outra. No sistema público de Segurança Social, em 2010, havia apenas 869 titulares com pensões superiores a 5.000 euros. O que significa que, no universo dos reformados e pensionistas por velhice e invalidez, este número representava apenas 0,05 por cento (!!!). E há mais. Se a análise for feita na base das pensões superiores a 1.000 euros, então poderemos afirmar que tal universo corresponde a cerca de 5% do número total. Ou mesmo menos se nos cálculos considerássemos os cerca de 700.000 beneficiários da pensão de sobrevivência. Pois é: lá diz o ditado popular: «a mentira tem perna curta». E se no regime da função pública a situação é algo diferente, tal deve-se ao facto de os reformados da Caixa Geral de Aposentações integrarem diplomatas, juízes, oficiais das Forças Armadas, professores, médicos, economistas, engenheiros, arquitectos, bem com outros licenciados. Não há pensões elevadas. Mas se houvesse qual seria o problema? Nenhum! Sublinhe-se que pensões elevadas correspondem a salários elevados e a longos períodos contributivos. Questão bem diferente é a existência de pensões obscenas que beneficiam pessoas que não atingiram a idade legal da reforma.

Pessoas que não contribuíram para o António Vilarigues sistema anm_vilarigues@hotmail.com público. Pessoas que, de nomeação em nomeação, foram, sucessivamente, acumulando pensões. Pessoas que, em paralelo, beneficiaram de elevados salários pelo exercício de lugares de administração. Ao mesmo tempo que profere estas afirmações demagógicas e populistas o Governo PSD/CDS promete aumentar, de acordo com os dados constantes no Orçamento do Estado para 2012, em 5,88 euros (!!!) por mês a pensão social. Em 7,05 euros por mês a pensão dos agrícolas. Em 7,64 euros a pensão daqueles que têm menos de 15 anos de carreira contributiva. Aumentos entre 19 e 25 cêntimos por dia. É uma autêntica pulhice! E a sem vergonha está longe de se ficar por aqui. Nestes últimos três meses perderam-se quase 40.000 empregos. Desde o início do ano perto de 100.000. As empresas continuam a encerrar a um ritmo alucinante. A taxa de desemprego entre os jovens atinge os 30%. Em relação aos salários e às pensões, o roubo vai ter um valor total de 1.870 milhões de euros. A «contrapartida» anunciada é um chamado «Programa de Emergência Social» dotado de uma verba de… 200 milhões de euros! Um programa que impõe às pessoas uma espécie de, nas palavras de Jerónimo de Sousa, «cartão de mendigo» para ter acesso ao desconto na luz ou do transporte. Um programa que coloca cerca de um terço da população na condição de pedinte. Hoje, como em outras fases decisivas da vida nacional, o caminho é o da exigência de mudança. Este é o tempo de agir para derrotar o pacto de agressão e salvar o País. Perante todos nós está colocada a questão: ou nos conformamos com a destruição do nosso presente e futuro, ou nos levantamos e derrotamos cada uma das medidas do governo, da União Europeia e do grande capital. A resposta a esta questão já está a ser dada pelos trabalhadores e pelo nosso povo. Unidos e determinados seremos capazes de abrir um caminho novo de esperança para Portugal.


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Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

VISEU | MANGUALDE | CASRO DAIRE | REGIÃO 13

“Perdemos este jogo mas não perdemos o campeonato” Comissão de Utentes∑ Porta-voz garantiu que se vão desenvolver mais acções de luta contra as portagens

MORTE

Mangualde. Um homem de nacionalidade irlandesa, de 43 anos, foi encontrado morto, no domingo, numa quinta de Póvoa de Cervães, em Mangualde. Segundo fonde da GNR, foram os amigos que “estranhando a falta de contacto do homem, decidiram deslocar-se à quinta”. Quando chegaram, “encontraram o cadáver do homem sem uma mão e um braço que, ao que tudo indica, foram arrancados por animais

UMA CONSTELAÇÃO DE PRÉMIOS!

Nuno André Ferreira

Centenas de automobilistas participaram, na sexta-feira, numa marcha lenta de protesto à introdução de portagens nas auto-estradas A25, A24 e A23. O protesto teve início às 18h00, na Avenida da Europa, em Viseu, com destino à A25, em direcção a Mangualde. “Foi uma grande marcha lenta, com menos camiões mas com mais veículos ligeiros. As pessoas estão revoltadas e compareceram, no sentido de mostrarem o seu desagrado à introdução das portagens”, disse o porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens. Francisco Almeida, lembrou que “esta luta começou em 2004” e que “não pode ser considerada uma derrota”, uma vez que, “a comissão e o povo da região enfrentaram vários Governos com os seus protestos”. Ao longo

SORTEIO DE 19 DE NOVEMBRO A 6 DE JANEIRO

AMais ligeiros e menos pesados marcaram último protesto destes sete anos, o portavoz recorda com maior tristeza, “as aldrabices” de José Sócrates. No segundo mandato, “o então primeiro-ministro trocatintas, inaugurou o lanço Boaldeia - Mangualde e garantiu que nunca iria ter portagens. Nãs as introduziu, mas ameaçou e este é o resultado”, ex-

plicou. “Perdemos este jogo mas não perdemos o campeonato, vamos desenvolver mais acções de luta, só nos falta a data e o local da acção, mas de certo que se irão realizar para o próximo ano”, garantiu Francisco Almeida.

domésticos - cães”, disse a mesma fonte. O caso foi entreg ue à Pol íci a Jud ici á r i a de Coimbra.

das três armas de caça, um gravador, 32 tordos, 292 cartuchos e documentação.

DETIDOS

Mangualde. O Núcleo de Protecção Ambiental de Mangualde da GNR deteve no sábado, durante uma acção de fiscalização, três indivíduos, entre os 23 e os 41 anos, por estarem a caçar tordos com um meio não permitido. A detenção ocorreu na freguesia de Lobelhe do Mato. Foram apreendi-

Tiago Virgílio Pereira

FERIDAS

Castro Daire. Duas jovens amigas, de 19 e 20 a nos, f ica ra m feridas após o carro em que seguiam se ter despistado por uma ravina de 30 metros, no domingo ao final da tarde, na EN 321, via que liga Castro Daire a Cinfães. As jovens, residentes em Carvalhosa e Moura Morta, foram transportadas pelos bombeiros ao Hospital de Viseu.

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Jornal do Centro

14 REGIÃO | VISEU

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…logo, devia ser entendido pelos portugueses como Dia da Liberdade. Mas qual Liberdade, afinal? Qualquer dicionário lhe dirá qualquer coisa deste género: Restauração, restabelecimento de um estado ou uma situação anteriores que foram abalados ou destruídos. Podíamos começar por aqui, mas continuamos com o dicionário: Destituição da monarquia filipina do trono português; período cronológico que decorreu entre 1640 e 1668, marcado pelas lutas entre os partidários de D. João IV e Filipe IV… A nossa área de formação não é História, mas tivemos bons mestres. Deixamos aqui este apontamento pedindo tolerância por alguma falha ou discrepância, não intencional, com a verdade dos factos. D. Sebastião, que nasPublicidade

ceu no Paço da Ribeira a 20 de Janeiro de 1554, é filho de D. João, por sua vez filho de D. Manuel I e de D. Catarina (filha de Filipe I de Espanha). Sua mãe, D. Joana, é por seu turno, filha de D. Isabel e de Carlos V e neta de Filipe I, como Filipe II é neto de D. Manuel I. Ora, em termos sucessórios, com a morte de D. João III, em 1557, será seu neto Sebastião a herdar o trono, por morte de seu pai e dos seus tios. Apesar das polémicas subjacentes, e das regências de D. Catarina e do Cardeal D. Henrique, D. Sebastião atingiu a maioridade em 1568. Cresceu entre padres e cavaleiros, foi-lhe incutido um ideal de constante submissão a Deus para que nele se cumprisse um cristianíssimo desígnio. D. Sebastião alimenta o gosto pela guerra como chamamento a que tinha de res-

Paulo Neto

O 1º de Dezembro é o Dia da Restauração de Portugal

ponder. A jornada de África vai-se desenhando. Recruta homens e meios. A batalha dá-se nas margens de Alcácer Quibir. A 4 de Agosto de 1578 jaz D. Sebastião no areal marroquino e com ele milhares de portugueses. A monarquia lusitana entra em agonia. Durante um ano e cinco meses reina o Cardeal D. Henrique, pois morre em 1580, com 67 anos. Os netos de D. Manuel I, D. Catarina e Filipe II de Espanha são os candidatos naturais ao trono de Portugal. Surge ainda D. António, Prior do

Crato e Manuel Felisberto. Ganha Filipe II, que passa a ser, neste contexto, Filipe I de Portugal. É um soberano poderosíssimo, senhor de Castela, Aragão, Nápoles Sicília, Milão, Franco Condado, Países Baixos e territórios americanos da coroa de Castela. Decorrem 60 anos e três Filipes passam pela coroa de Portugal. Entretanto, o descontentamento contra o governo do conde duque de Olivares leva um grupo de portugueses à conjura contra a regente Duquesa de Mân-

tua e o secretário de estado, Miguel de Vasconcelos. A 1 de Dezembro de 1640 dá-se a aclamação da Independência. Quinze dias depois, D. João é aclamado rei. D. João IV inaugura a Dinastia de Bragança., herdou o senhorio da casa ducal em 1639 como D. João II e foi o 8º duque de Bragança. Por via paterna era trineto do rei D. Manuel I, através da duquesa D. Catarina, infanta de Portugal, sua avó paterna. Ficou para a história como O Restaurador. Aqui chegados, muito

se estranha que este feriado que deveria ser festejado por todos os portugueses, não só o não seja, como além da maioria dos alunos do ensino secundário e superior ignorarem o seu significado, parece, ao que se crê, que o actual Governo não só não lhe concede importância nenhuma, como o vai eliminar do calendário de feriados portugueses. Em Viseu, perante a inobservância de quaisquer actos comemorativos da efeméride, um grupo de monárquicos pertencentes à Causa Real, depôs uma coroa de flores, simbolicamente, no monumento (Cruzeiro) sito ao Largo Major Ponces (ao Massorim). Porquê? Sendo republicano, podemos responder à vontade e sem equívocos: Porque têm memória! Paulo Neto



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educação&ciência Opinião

Educação - uma resposta europeia para a crise

Androulla Vassiliou

Comissária Europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude

A crise económica continua a dominar a Europa, e os níveis de desemprego, principalmente o desemprego juvenil, são extremamente elevados em muitos Estados Membros. Para contrariar esta situação, a educação é fundamental para promover o crescimento, o emprego e a inovação. É por essa razão que a Comissão propõe investir 19 mil milhões de euros nos domínios da educação, da formação, da juventude e do desporto em 20142020. Este valor representa um aumento de cerca de 70 % em relação ao orçamento de 2007-2013. O programa de educação da UE mais conhecido é o programa «Erasmus», que ao longo de 25 anos ofereceu bolsas a estudantes do ensino superior para lhes permitir realizar parte dos seus estudos ou formação no estrangeiro. O grande prestígio do «Erasmus» levou-me a sugerir a designação «Erasmus para Todos» para o novo programa abrangente agora proposto. No âmbito deste novo programa, a UE prestará apoio para a aquisição de novas competências no estrangeiro não só a estudantes do ensino superior, mas também aos que seguem uma formação profissional e aos jovens que realizam uma aprendizagem não formal, como o voluntariado, bem como a professores, formadores e outros profissionais do sector da juventude, num total de quase cinco milhões de pessoas. A Comissão propõe também novas iniciativas, incluindo um sistema de garantia de empréstimos bancários para ajudar os estudantes do grau de mestrado a financiar os seus estudos no estrangeiro. Os estudantes do ensino

superior continuam a ocupar uma posição importante no novo programa, que prevê apoiar mais de dois milhões de estudantes ao longo de sete anos. Propomos igualmente financiar períodos de aprendizagem no estrangeiro para mais de 700 000 estudantes do ensino profissional e perto de 550 000 jovens que pretendam participar em voluntariado num país estrangeiro ou participar em intercâmbios de jovens. Os professores são fundamentais para melhorar os sistemas de educação É por essa razão que queremos oferecer-lhes mais oportunidades de estudar, seguir uma formação ou leccionar no estrangeiro. Perto de 1 milhão de docentes, formadores, outro pessoal educativo poderão beneficiar das vantagens oferecidas pelo programa Erasmus para Todos. Estas iniciativas serão associadas a um novo impulso de modernização dos sistemas de educação e formação através de uma maior cooperação entre países. Os estabelecimentos de ensino superior, as organizações de juventude e outros intervenientes, em particular as empresas, poderão associar-se através de parcerias estratégicas, Por último, o Erasmus para Todos apoiará a dimensão europeia do desporto de base e o combate à dopagem, à violência e ao racismo no desporto. O meu desejo de aumentar o investimento na educação, na juventude, fundamenta-se na minha convicção de que se trata de áreas de crescimento em que a Europa pode, sem qualquer dúvida, desempenhar um papel decisivo ao acelerar a transição para uma economia baseada no conhecimento.

A Samuel Barros, coordenador do Poliempreende (à esquerda) e Fernando Sebastião, presidente do IPV (à direita)

Alunos do IPV são dos mais empreendedores do país Sétima posição ∑ 18,2 por cento dos alunos já criaram ou iniciaram a criação

de um negócio Um estudo recente, realizado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, revela que os alunos do Instituto Politécnico de Viseu são dos mais empreendedores à escala nacional. No ranking do estudo que afere a percentagem de “alunos que já criaram ou iniciaram a criação de um negócio”, os estudantes do Instituto Politécnico de Viseu aparecem nos lugares cimeiros, ocupando a 7ª posição entre 33 instituições de ensino superior, com uma taxa

de 18,2 por cento de alunos que já criaram ou iniciaram a criação de um negócio, ficando a poucas décimas dos lugares imediatamente anteriores, na tabela liderada pelo ISLA com uma taxa de 24 por cento. As áreas científicas onde predominam os alunos mais empreendedores são a Economia, a Gestão e a Contabilidade. 9º Poliempreende. A coordenação nacional do Poliempreende é rotativa, estando a 9ª edi-

ção do concurso a cargo do Instituto Politécnico de Viseu. A apresentação pública do 9º Poliempreende teve lugar no Dia do Instituto Politécnico, no dia 18 de Novembro . O Poliempreende é uma iniciativa que visa, através de um concurso de ideias e de planos de negócios, avaliar e premiar projectos desenvolvidos e apresentados por alunos, diplomados ou docentes destas instituições, ou outras pessoas, desde que integrem equi-

pas constituídas por estudantes e/ou diplomados. O Poliempreende é promovido conjuntamente por todos os 15 institutos politécnicos do país bem como pelas escolas superiores não integradas (Enfermagem de Coimbra, Hotelaria e Turismo do Estoril) e as escolas politécnicas das universidades de Aveiro e do Algarve, compreendendo mais de 100.000 alunos e 7.000 docentes. Tiago Virgílio Pereira

Promoção da leitura até ao fim do ano De 12 a 29 de Dezembro, a Câmara Municipal de Viseu promove mais um conjunto de actividades de promoção da leitura no âmbito da iniciativa “Natal na Casa dos Livros” dirigidas ao público do pré-escolar e do

1º CEB. A Magia de Natal chega à Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva com o seguinte programa: Baú dos Contos - “O desejo do Pai Natal”/Katja Senner, “A gatinha de Na-

tal” / ilustração de Susanna Ronchi, “Pedro e o pinheirinho de Natal” / Sandrine Deredel Rogeon. Ateliê das Artes - “ Vamos criar …”. Ateliê de Expressão Plástica - “ Vamos colorir o Natal”. Ateliê de Escrita Criati-

va – “ Uma mensagem de Natal”, Cantando o Natal – “ Natal Africano”, “Pinheirinho”, “É Natal, é Natal”. E a inda ateliê de cinema - “Os gnomos na neve” e “Reinaldo a rena louca”.


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economia Montras iluminadas em Moimenta Com o intuito de “entra r no espírito natal ício”, a auta rqu ia de Moimenta da Beira desafiou todos os comerciantes da vila a decorarem as montras dos seus estabelecimentos com ornamentações natalícias. A iniciativa “Montras Iluminadas - Natal 2011”, é dirigida a estabelecimentos comerciais ou de serviços, singulares ou colectivos, instalados na vila e que possuam montras visíveis da via pública.

A Hotel Montebelo recebeu uma das várias conferências que a PLMJ está a organizar pelo país

Advogados elucidam empresários

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Mudanças∑ O encontro serviu para esclarecer sobre temas actuais que alteram vida das empresas O advogado, Francisco Gama Lobo Xavier aconselhou os empresários da região de Viseu a pensarem em soluções de recuperação de crédito a montante e evitarem resolver situações em fase executiva, ou seja, “evitar os tribunais” porque Portugal “no que diz respeito à justiça é um desastre” e “está caríssima”. O especialista participou em mais uma conferência “2012 Ano Novo em Perspectiva” organizada pela sociedade de advogados PMLJ e a rede de parceiros nacionais (Viseu Coimbra, Guimarães e Açores), que decorreu em Viseu durante a manhã de segunda-feira, para abordar os temas actuais que vão implicar alterações significativas na vida das empresas e dos seus colaboradores como as alterações ao Código de Trabalho, recuperação de crédito, a nova Lei da Arbitragem, entre outros. Quase tudo no contexto do memorando da troika. Francisco Gama Xavier fa lou da “Recuperação de Créditos” u m dos temas ma is

preocupantes para o sector empresarial. O presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), João Cotta revelou no último congresso empresarial da associação que 25 por centro das falências são devidas a atrasos no pagamento de clientes. Para o advogado não há outro caminho a seguir senão adoptar o sistema preventivo. “O empresário imagine sempre um cliente desconhecido para fazer o negócio”, adiantou ao sugerir começar pelo crédito profile (perfil da carteira de crédito) e “a partir daí perceber com quem está a lidar”. Outras das “cautelas” do advogado é consultar a lista pública de execuções acessível e “se da lista constar o cliente em causa não deve aceitar”, assim como a consulta das bases de dados disponíveis nos serviços dos advogados. Francisco Gama Xavier citou ainda outros instrumentos como o seguro de crédito “útil mas muito caro” e o factoring. “A fraude, o engano, a falta de confiança é cada

vez mais, as cautelas têm que ser redobradas”, reforçou ao defender um sentido preventivo do empresário antes de fazer o negócio. As alterações ao Código do Trabalho, foi outro dos temas em destaque na sessão. Margarida Porto deixou perceber que muitas

das mudanças – algumas introduzidas em Novembro e outras programadas para o primeiro trimestre de 2012 – passam pela “redução dos custos das empresas” tendo em vista “as vantagens para a competitividade.

Luís Loureiro Sociedade de Advogados Luís Loureiro, João Gomes e Associados

Estabelecemos uma parceria com a PLMJ e nessa medida, por iniciativa da PLMJ tem-se vindo a fazer um conjunto de divulgações junto dos nossos clientes (empresários, associações empresariais, instituições de solidariedade social) para lhes darmos a entender que há uma outra vertente na prestação dos nossos serviços que não se prende exclusivamente com a tradicional nos escritórios e nos tribunais. No essencial pretendemos mostrarque, mesmo estando em Viseu, há serviços que podem ser prestados, através das parcerias, em qualquer ponto do país.

A ornamentação fica ao gosto de cada u m , mas a iluminação é de carácter obrigatório. Todos os participantes terão direito a um diploma e a um cabaz de Reis. As vitrinas participantes deverão estar decoradas entre 15 de Dezembro e 7 de Janeiro e iluminadas até às 22h00. Cada escaparate terá um dístico, fornecido pela autarquia, com a indicação que é um estabelecimento aderente. TVP

Emília Amaral

Vítor Réfega Fernandes Sociedade de Advogados PLMJ

Estas conferências têm um aspecto relevante, que é dizer aos clientes para não ficarem à espera que lhes tragam os problemas. Em alturas relevantes em que há matérias novas e há incertezas que se desenham, as parcerias tomam iniciativas de falar com os seus clientes e lhes expor as grandes linhas do que vem aí, através de um serviço gratuito.

Principais medidas fiscais em sede de IRS propostas no OE de 2012 Deduções à colecta de IRS: Redução das deduções à colecta constituídas pelo conjunto das despesas de saúde, educação, habitação, lares e pensões de alimentos, passando para os seguintes limites em função do rendimento colectável: Até ao rendimento colectável de 7.410 euros não há limites à dedução; de 7.410 euros a 18.375 euros limite 1.250 euros; de 18.375 euros a 42.259 euros limite 1.200 euros; de 42.249 euros a 61.244 euros limite 1.150 euros; de 61.244 euros a 66.045 euros, limite 1.110 euros, para rendimento colectável acima de 66.045 euros não há lugar a qualquer dedução. Dedução dos encargos suportados com imóveis (rendas e empréstimos à habitação), a dedução passa de 30% para 15%, com o limite de 591 euros. Subsídio de refeição: propõe-se que a tributação do subsídio de refeição, na parte que exceder 30% o limite legal (até agora 50%) e 60% se o subsídio de refeição for atribuído em vales de refeição (até agora 70%) Taxa adicional: para todos os sujeitos passivos de IRS

que possuam rendimento colectável acima de 153.300 euros, irão pagar uma taxa adicional de 2.5%. Trabalhadores e pensionistas do Sector Publico: será eliminado o subsídio de férias e de Natal, com vencimentos (categorias A e H) acima de 1.000 euros/mês. Para os vencimentos que se situarem entre o salário mínimo e os 1.000 euros, ficarão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um destes subsídios. O trabalho suplementar que era remunerado com 50% na primeira hora e 75% nas horas seguintes, passarão, em 2012 e 2013 a serem remuneradas respectivamente com 25% e 37.5%. Nos dias de descanso semanal e feriados o acréscimo de remuneração passará para 50% em vez dos actuais 100%. Aguardamos o que nos espera mas uma coisa é certa, como alguém diria e passo a citar: “Na vida só duas coisas poderemos ter como seguras: a morte e os impostos”. José Manuel Oliveira Docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu


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20 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR JORNALISTAS RUSSOS PROVAM O DÃO Jornalistas e importadores russos estão em visita à Região Demarcada do Dão, a convite da Comissão Vitivinícola Regional (CVR), para contactar directamente com mais de uma dezena de produtores. Ao longo de cinco dias, os russos provaram vinhos da Adega de Mangualde, Caves Aliança, Casa de Mouraz, Dão Sul/Global Wines, Munda, Quinta da Fata, Quinta de Lemos, Quinta dos Roques, Quinta da Nespereira, Caves Arcos do Rei, Quinta do Perdigão e UDACA. A visita culminará esta sexta-feira, dia 9 no Casino da Figueira da Foz, onde decorrerá a “Gala dos Vinhos do Dão”, que inclui a entrega de prémios aos vencedores dos concursos “Os Melhores Vinhos do Dão no P rodutor e “A Melhor Vinha do Dão”. EA Publicidade

09 | Dezembro | 2011

Antarte chega a Viseu como líder em mobiliário 40 mil euros∑ Valor do investimento realizado por uma dupla de irmãs O empresa nacional líder em mobiliário e decoração, reforça a sua rede de lojas com a abertura de um espaço na cidade de Viseu. Localizada numa zona comercial, a loja, em regime de franchising, resulta de um investimento de 40 mil eu ros re a l i z ado p or u m a dupl a de i r m ã s v iseen ses . Fi lomen a Mendes Ribeiro, de 32 anos e Ana Isabel Mendes, de 26 anos, decidiram avançar com este projecto e propõem-se dinamizar a marca ANTARTE na região, concretizando assim o sonho de criar o seu pró-

A A ANTARTE Viseu situa-se na Avenida Dr. Alexandre Alves prio negócio. Foi o gosto pela decoração e a paixão pela marca ANTARTE que mot ivou Fi lomen a a avançar para este desafio: “sempre quis ter uma loja de decoração e considero a ANTARTE o parceiro certo para

re a l i z a r este son ho, não só pelo conceito de design inconfundível, mas pela garantia de ser uma marca com qualidade e com uma assistência pós-venda assegurada. O reconhecimento e o prestígio que já têm no merca-

do e o facto de ser uma marca nacional, com produção própria, flexível e adaptável aos desejos, gostos e capacidade financeira dos clientes foram também algumas das razões que nos levaram a optar por esta marca”.

GEOX CHEGA AO FORUM VISEU A marca de calçad o G E OX é a m a i s recente novidade do For u m Viseu . Situada no Piso 2, a loja GEOX oferece artigos de elevada qualidade para homem, senhora e criança. O For u m Vi seu continua a reforçar a sua oferta comerci a l de st a vez com a aber t u ra de m a is uma loja na área do calçado. Con hecida pelo slogan “calçado que respi ra”, a GEOX é actualmente uma das marcas de calçado de qualidade mais procuradas em Portugal e está agora disponível no Forum Viseu. Com um espaço de 83 metros quadrados, os viseenses poderão encontrar calçado de qualidade de uma das marcas mais procuradas em Portugal.


Visite os Restaurantes Aderentes Indoor

“Paladares nas terras de Torga” ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 508 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Textos: Andreia Mota Grafismo: Marcos Rebelo


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02 | Dezembro | 2011

TERRAS DE TORGA APRESENTAM PALADARES INCONFUNDÍVEIS “O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza. Socalcos que são passados de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor pintou ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis de visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta”.

Esta é a mensagem que encontramos numa placa em São Leonardo de Galafura, um fantástico miradouro em plena Região Demarcada do Douro e um dos locais predilectos de Miguel Torga para contemplar e desfrutar da beleza da zona envolvente. A marca do escritor, natural de S. Martinho de Anta (Sabrosa) é agora recordada no âmbito do 3º Festival de Gastronomia do Douro, que propõe uma visita aos “Paladares nas Terras de Torga”, que estarão em destaque nos concelhos de Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Sabrosa, Alijó e Murça. Esta é a última incursão do certame, que não encerra sem a realização de um jantar especial, de caça, que é o culminar de variadas experiências gastronómicas que permitiram revelar, desde finais de Outubro, os sabores e aromas únicos dos produtos regionais e da cozinha duriense.

Paulo Neto

Miguel Torga in “Diário XII”

da Rocha, Miguel Torga. Paralelamente ao rio, dispomos de uma vista privilegiada para os socalcos onde se cultiva o mais famoso vinho do mundo. Vinhedos, que pintam o horizonte com cores tão diversas como a sucessão dos dias do ano, quintas e margens do Douro enchem-nos os sentidos e transformam-se numa experiência gratificante. Este é um percurso que vale a pena repetir mil vezes.

cozinha suculenta e diversificada, cheia de peculiaridades capazes de agradar aos gostos mais exigentes. O porco, a castanha, a batata e o pão têm destaque à mesa, mas há zonas onde são também presenças obrigatórias o cabrito assado com arroz de forno, a feijoada, o cozido à portuguesa e o javali. Para abrir o apetite temos as bôlas de carne e o presunto, já para não falar do inesquecível fumeiro e dos enchidos, para saborear durante os convívios que dão mais sentido à hora das refeições. O pão-de-ló, o leite-creme e o arroz doce são iguarias a Terra de lendas, de usos e costumes seculares, esta é tam- não perder. Também os rebuçados da Régua já conquistaram bém uma região plena de tentações, apesar de Miguel Torga um lugar de destaque, assim como as típicas cavacas. escrever n’O Reino Maravilhoso: “Não se vê por que maneira Estando em pleno coração do Douro Vinhateiro é impensáeste solo é capaz de dar pão e vinho. Mas dá.” vel não participar numa prova de vinhos. Para a refeição não Seguimos agora em direcção aos municípios que encerÉ também o escritor que, nas suas obras, descreve a gas- faltam propostas tentadoras e saborosas, com os vinhos maram muitas recordações do pseudónimo de Adolfo Correia tronomia como generosa e pujante. Aqui encontramos uma duros e generosos a fazerem as delícias dos visitantes.

Gastronomia

Passeio

Em todos os concelhos há um espaço de portas abertas para o receber Vila Real

Restaurante Bons Tempos

Restaurante Terra de Montanha

Rua Santa Sofia, 41 Telefone: 259 322 394 / 963626564 Email: bonstempos@clix.pt “Junto ao Mercado da Fruta de Vila Real, surge um local onde se pode desfrutar de um ambiente acolhedor, intimista e romântico. A decoração, muito bem conseguida num estilo Neo Clássico, é muito bem conseguida e combina perfeitamente com a cozinha, saborosa e impecável, e com uma óptima garrafeira”.

Rua 31 de Janeiro, 28 Telefone: 259 372 075 Email: terramontanha@sapo.pt; www.terrademontanha.pt “Mesmo no centro histórico da cidade, este espaço distingue-se pelo ambiente acolhedor e aprazível. Além de uma lista de vinhos cuidada, a cozinha é tradicional, forte e representativa, fazendo-nos remontar a tempos antigos.”

Restaurante Adega Passos Perdidos Apartado 291 - Vilarinho da Samardã Telefone: 259 347 322/ 966496011 Email: passos-perdidos@sapo.pt; www.passosperdidos.com.pt “Combinar uma decoração rústica com elementos modernos é uma das apostas da Adega, que é já um caso carismático. Bem no coração da aldeia de Vilarinho da Samardã, o espaço distingue-se por ter preservado a memória de Camilo Castelo Branco e por incluir pratos característicos da região, que estavam na senda do esquecimento.”

Quinta do Paço Arroios - Vila Real Telefone: 259 340 790 / 934562821 Email: geral@quintadopaco.com; restaurante@quintadopaco.com “Nesta casa senhorial do séc. XVIII espera-o um mundo rural puro e genuíno. Além de uma óptima estadia em comunhão com a natureza, impõe-se uma gastronomia tradicional recheada e baseada nos usos e costumes transmontanos.”

Restaurante Cais da Villa Rua Monsenhor Jerónimo do Amaral Largo da Estação de Comboios de

Vila Real Telefone: 259 351 209 / 963928050 Email: geral@caisdavilla.com ; www. caisdavilla.com “Localizado num antigo armazém dos caminhos-de-ferro, num edifício histórico com mais de cem anos, este é um projecto criativo, que conjuga harmoniosamente o antigo e o moderno. O ambiente convida a desfrutar dos produtos da região duriense e transmontana.”

Restaurante Chaxoila Estrada Nacional 2 - Borralha Telefone: 259 322 654 / 937346825 Email: info@chaxoila.com “Nesta Casa de Pasto, a gastronomia é sinónimo de património e uma verdadeira inspiração. Este é um templo onde os sabores durienses e transmontanos conseguem aliar na perfeição a tradição e a modernidade”.

Alijó Restaurante Cêpa Torta Rua Dr. José Bulas Cruz Telefone:259 950 177 / 964202635 Email: geral@douro-gourmet.com ; www.douro-gourmet.com

“O serviço é de qualidade e os sabores e vinhos falam da história da região. A gastronomia é autêntica e valoriza os produtos locais, de origem e certificados. Tudo com um toque de elegância.”

nomia regionais têm sido a principal preocupação deste espaço. Além de oferecer aos visitantes um ambiente familiar e acolhedor, aqui impõem-se sabores como o queijo, o fumeiro e as especialidades transmontanas.”

CS Vintage House Hotel Lugar da Ponte - Pinhão Douro Telefone: 254 730 230 Email: bookings@cshotelsandresorts.com “Em pleno coração do Douro, esta antiga adega transformada em unidade hoteleira beneficia de uma vista privilegiada para o rio, ao mesmo tempo que nos encanta a paisagem encantadora dominada pelas grandes vinhas em socalcos. Destaque também para o galardoado restaurante “Rabelo”, que privilegia a harmonia entre sabores e vinhos da região.”

Sabrosa Tasca Típica Papas Zaide Largo da Praça nº1 Provesende (Estrada de Sabrosa - Pinhão) Telefone: 254 731 899 / 962845395 Email: servalado@hotmail.com “Valorizar os produtos e a gastro-

Restaurante Solar Avenida dos Combatentes da Grande Guerra nº22 Telefone: 259 930540 Email: restaurantesolar1@gmail. com “Com uma paisagem marcada pelos vinhedos a perder de vista e de olhos postos no encanto do Douro, entregue-se aos prazeres dos pratos da cozinha tradicional portuguesa. Sinta-se em casa e aproveite!”

Murça Adega Típica Espalha Brasas Rua Militão Bessa Ribeiro S/N Telefone: 259 518 328 “À mesa, ainda se preservam sabores rurais através de pratos típicos. Aqui tudo nos remete para o passado, para a tradição e para os sabores que a natureza oferece generosamente à região.”


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Vila Real O Município de Vila Real congratula-se pelo 3º Festival de Gastronomia do Douro, actividade inserida no projecto “Douro Emoções”, organizado pelos Municípios do Eixo Urbano do Douro - Vila Real, Peso da Régua e Lamego. Depois do Wine Emotions, autêntica montra dos melhores vinhos produzidos no Douro, em pleno Centro Histórico de Vila Real, que confirma o concelho como uma das portas de entrada no Douro, e o Outdoor Music no Peso da Régua, nada melhor que terminar este projecto celebrando Manuel Martins os sabores da nossa região e da nossa história. Presidente da Câmara de Vila Real Desde sempre que os Durienses são apreciadores da boa mesa, facto ligado à severidade que o clima rigoroso, a geografia difícil e a dureza de a moldar continuamente, impeliram às condições de vida. Deste facto, resultou uma grande diversidade e qualidade de pratos confeccionados que, combinados com o vinho genuinamente trabalhado nas encostas do Douro, fazem das nossas mesas autênticas “telas coloridas” de sabores e aromas. O Festival de Gastronomia do Douro é, sem sombra de dúvidas, o reconhecimento de toda esta riqueza, que muito nos orgulha. E é com enorme prazer que Vila Real recebe e aplaude este Festival de Gastronomia do Douro afirmando-se, cada vez mais, como uma cidade do Douro, dos Durienses e, acima de tudo, uma cidade de portas abertas a todos os que queiram sentir o que de melhor a nossa região tem para oferecer. Vila Real tem como especialidades as sopas, a vitela e o cabrito assados com arroz de forno, as tripas aos molhos, os covilhetes, a carne maronesa, o joelho da porca, a bola de carne e diversos enchidos. No campo da Pastelaria, o destaque vai para os pastéis de toucinho ou cristas de galo e os pastéis de Santa Clara conventuais, as tigelinhas de laranja, os pitos de Santa Luzia, os cavacórios e bexigas, e os santórios. Destaque também para uma especialidade de confeitaria: as ganchas.

Santa Marta de Penaguião

Sabrosa O concelho de Sabrosa distingue-se se pela sua geografia div diversificada, com a zona Norte dominada pelo granito e por uma paisagem agreste, enquanto a parte sul, que integra a região do Alto Douro Vinhateiro (declarada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO), apresenta características vinhas em socalcos, que proporcionam vistas admiráveis. Além de paisagens ímpares, Sabrosa é um forte produtor de vinhos do Douro e do Porto e tem para oferecer uma gastronomia apetitosa e suculenta, recheada de produtos locais, genuínos e de qualidade. Como concelho transmontano que é, aqui é possível apreciar uma boa gastronomia. Um passeio pelo concelho que serviu de berço a Miguel Torga é o mote para uma mesa recheada de sabores que sobreviveram ao passar do tempo e que passaram de geração em geração, sendo actualmente perpetuados por inúmeros espaços de restauração. O cabrito assado com arroz de forno de lenha, a feijoada e o cozido à portuguesa são três das especialidades que não pode perder. Mas também o queijo e os produtos saídos do fumeiro merecem também um lugar de destaque, a par com as saborosas bôlas de carne. Nas doçarias, o folar, o pão-de-ló e as cavacas altas e as cavaquinhas estão entre as propostas que pode escolher para encerrar a refeição. Os esplêndidos vinhos de Sabrosa, que faz parte da Região Demarcada do Douro, encarregam-se de acompanhar a preceito estas especialidades: os vinhos de mesa para os pratos de substância e os finos para os doces.

Carrazeda de Ansiães Situadaa no distrito de Bragança e dispondo de uma grande variedade de recursos agrícolas, os produtos gastronómicos que mais se salientam são o vinho, a maçã e o azeite. Em contrapartida, os habitantes do nosso concelho também se dedicam ao cultivo do trigo, do centeio, da batata, da castanha, da amendoeira, da figueira, da nogueira e da laranjeira. A vitivinicultura também se pratica na região originando o vinho de consumo ou o digestivo vinho fino do Douro este, envelhecido em casca de carvalho ou castanho, muito doce e de intenso sabor para os grandes apreciadores deste vinho reconhecido como vinho do porto. Actualmente, a macieira tem ocupado grande destaque nas actividades agrícolas. Os pratos mais variados são: o cordeiro ou o cabrito assado, a posta de vitela, javali, o peixe do rio frito, o fumeiro, os folares e sobretudo a marrã que consiste na carne de porco assada e bem temperada acompanhada com batatas cozidas regadas com azeite. A doçaria assenta essencialmente nos doces de chila, entremeados com pedacinhos de amêndoa e de noz, ou o figo seco «pingo de mel», as típicas cavacas de Carrazeda, maçã assada com vinho tratado. Gabinete da presidência

Alijó O Festival é uma das as formas de combater a sazonalidade do turismo no Douro, que tem os seus momentos altos na Primavera, Verão e Outono. Iniciativas como esta vão permitir criar um ambiente de vindimas permanente, pois precisamos de actividades durante a época baixa que tragam turistas e visitantes. Mesmo neste período de frio continuamos a ter paisagens maravilhosas, turismo cultural e um enoturismo que assume uma importância cada vez maior. Aliás, o vinho tinto duriense, com as suas características encorpadas, sabe meJosé Cascarejo lhor no Inverno. Presidente da Câmara de Alijó Este produto surge, claro, sempre associado à gastronomia. Assim, com o Festival conseguimos colocar em evidência todos os produtos que o concelho e a região têm e acredito que se seguirão a quarta, a quinta e outras edições. Ao nível da cozinha tradicional, há várias propostas que não se podem perder, até porque a nossa gastronomia assume influências durienses, a Sul, e transmontanas, a Norte, que advêm das actividades económicas ligadas à caça e á criação de gado. A este propósito surge o cabrito, muito saborosos devido às excelentes condições de pastagem em que é criado. Não podemos esquecer também as migas transmontanas, um produto típico muito apreciado feito com milhos e couve. Outro petisco são as favas servidas com ossos de assuã, em que a carne é previamente embebida em vinha de alhos. Muito comuns são igualmente o cozido à portuguesa, a feijoada á transmontana e os pratos de bacalhau, como não poderia deixar de ser. Imperdível é também o caldo verde com tora (chouriço), que dá destaque aos nossos famosos enchidos. Para a sobremesa sugerimos o inconfundível leite-creme, a pêra bêbeda e há um leque de doces feitos com nozes e amêndoas, outros produtos característicos do concelho, que são deliciosos.

Desde tempos os remotos que as mesas de Santa Marta de Penaguião ostentam oos mais variados pratos de peixe e de carne. Os paladares são tentadores e oferecem aos amantes da gastronomia momentos plenos de sabor e de surpresas. Uma das mais-valias é o anho (e cabrito) com arroz de forno lenha. A particularidade é o facto de a carne ser assada em cima do arroz na travessa de barro. A cozinha tradicional fica também marcada pela associação a datas especiais. É o caso da Massa dos Casamentos, comum nos dias de festa, e do Arroz de Feijão com Bacalhau Cozido, também conhecido como o “arroz de vindima”, que era servido aos trabalhadores envolvidos na maior azáfama anual. O “Bazulaque”, feito com batata cortada aos pedacinhos, a que se juntava massa, carnes de várias qualidades, e sangue de porco migado, era uma ementa também comum junto dos trabalhadores do campo. Esta proposta é mais usual em Fornelos. A cozinha tradicional abarca ainda a Açorda de Medrões, confeccionado em pote de ferro, o Caldo de Castanhas, típico de Domingo de Ramos, o Cozido à Portuguesa, o Manjar Branco do Douro e a Feijoada à Transmontana. Os doces também fazem parte da ementa. O tradicional leite-creme, o pão-de-ló, a aletria, o requeijão e a castanha assada não são esquecidos, mas há lugar também para as rabanadas polvilhadas com açúcar e canela. O arroz doce é igualmente muito procurado. A mesa não fica completa sem os queijos de ovelha, cabra e vaca. A acompanhar o leque de sabores aparecem os muito apreciados vinhos de Santa Marta de Penaguião. Este é um paraíso vitivinícola onde, além do famoso vinho generoso ou fino, se produzem néctares de mesa de fama mundial.

Murça Por estas paragens, o sustento do Homem continua a vir do trabalho da terra e da luta árdua em cultivar o que a Natureza tem para oferecer, através de mãos que transformam com a sabedoria de séculos e o cuidado dos novos tempos. Em Murça, a gastronomia é também uma forma de vermos os hábitos e costumes das suas gentes. A cozinha apresenta-se-nos rica e saborosa. Os azeites e os vinhos, tantas vezes premiados, são reis da mesa rica e farta. A vitivinicultura e a olivicultura constituem, aliás, a base da economia local. Não faltam também os pratos à base de carne de porco enriquecidos com milho e castanha, o cabrito assado no forno com batatas miudinhas e o arroz de forno a acompanhar, as tranches de vitela, a feijoada à transmontana e ainda o bacalhau cozido com batatas e couves da terra regadas com bom azeite de Murça. Há ainda o famoso fumeiro cujas alheiras nada ficam a dever às das zonas limítrofes. A bôla de carne e o folar também são sabores a não perder. A diversidade de pratos regionais torna a gastronomia única e autêntica. Em Murça, a arte de cozinhar reveste-se de particular interesse e merecem realce pela sua qualidade e sabor gustativo as famosas queijadas, o toucinho-do-céu, cuja composição à base de chila, amêndoa e gemas de ovo, são do melhor que se pode apreciar. A doçaria conventual, que inclui também as famosas cavacas, é um património herdado das freiras beneditinas, que durante séculos estiveram instaladas num mosteiro existente nesta vila. Estas especialidades são confeccionadas de forma artesanal e atraem qualquer visitante. A acompanhar estes deliciosos pratos, impõem-se os afamados vinhos de mesa e do Porto.


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Jornal do Centro

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02 | Dezembro | 2011

FESTIVAL DE GASTRONOMIA DO DOURO ENCERRA COM OS OLHOS NA 4ª EDIÇÃO A edição de 2011 – a terceira - do Festival de Gastronomia do Douro está a terminar e é altura para se fazer um balanço, bem como de começar, desde já, a pensar no evento do próximo ano, de acordo, com o que nos têm feito sentir quer empresários como visitantes. Apesar de este ser um período já difícil para os muitos sectores empresariais, nomeadamente o da restauração e da hotelaria, o 3º Festival de Gastronomia do Douro nasce com o intuito de promover as múltiplas ofertas que o Douro tem para descobrir! Esta edição atinge valores e percentagens de crescimento que merecem um aplauso: 44 restaurantes aderentes, distribuídos por 19 concelhos (que integram a Entidade Regional do Turismo do Douro) e um certame que durou 45 dias. O sucesso alcançado faz com que nos cheguem pedidos para que a organização alargue a iniciativa a outros municípios… quer a norte, quer a sul, quer a este, quer a oeste! Por outro lado, verificou-se um salto qualitativo, com a adesão de novas unidades: restaurantes, restaurantes de unidades hoteleiras, tasquinhas, adegas típicas, etc. Também a organização alicerçou um conjunto de iniciativas de promoção e divulgação, nomeadamente junto dos mais diversos meios de comunicação nacional e de Espanha, destacando-se, entre outros, as emissões e a participação em programas televisivos. Participámos em cerca de cinco horas de emissão em canais televisivos portugueses e espanhóis, distribuídas por mais de 10 programas diferentes. Tivemos a oportunidade de nos rever em reportagens nas rádios nacionais ou regionais, nomeadamente o trabalho que foi feito pela Rádio TSF, em directo do Lamego, no programa “Terra a Terra”. Além disso, o Festival conquistou prestígio com o trabalho feito, semana após semana, no Jornal do Centro, que deu destaque não só aos agentes políticos mas também económicos. Foram mais de 50 intervenientes entre empresários, colaboradores, organizadores e ou convidados que mostraram um dos principais produtos estratégicos do turismo no Douro: a sua gastronomia e os seus produtos.

Douro sem Fronteiras A este propósito, marcámos presença no “Portugal Sem Fronteiras”, um programa recentemente emitido pela RTP 1, RTP Internacional e RTP África. Gastronomia, produtos, vinhos, espumantes, cultura e tradições durienses estiveram em destaque. O presidente da Turismo do Douro, António Martinho, foi o representante do Festival na iniciativa apresentada por Carlos Alberto Moniz e Diamantina, também ela uma duriense nascida na cidade da Régua. Dos produtos mais tradicionais da região, aos vinhos de mesa, Porto´s, aos Espumantes, “queijos”, passando pela “maça” de Armamar, enchidos, “Bôla de Lamego”, Doces Conventuais de Vila Real e de Lamego, “Rebuçados da Régua”, castanhas, etc, …, até os “míscaros” marcaram presença e representaram a região perante o mundo. Este é um bom incentivo para que a organização da AE.HTDOURO (Associação de Empresários), Turismo do Douro, Câmara Municipal de Lamego, EHTDOURO-Lamego, ESTGL e o apoio do Douro Emoções, CIMDOURO, Confraria do Espumante e Caves da Raposeira continuem a apostar no certame. E nada melhor para fechar em beleza do que um jantar de caça, que este sábado coloca em evidência a ligação entre os sectores turístico e cinegético. A estes juntam-se a cultura, o património e a gastronomia, aspectos indissociáveis desta formosa região que é o Douro! AE.HTDOURO Associação de Empresários de Hotelaria e Turismo do Douro


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Boas Festas

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09 | Dezembro | 2011

• Mecânica • Bate-chapa • Pintura • Ar condicionado

Festas Felizes

Lugar do Seixal . Teivas . 3500-883 Viseu Telef 232 468 253 . Telm 917 526 798 . Fax 232 468 211 . mail: geral@bmc.com.pt .pt

Deseja-lhe Boas Festas


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Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA FUTEBOL II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

12ª jornada - 11 Dez - 15h00 Gondomar

-

Paredes

Coimbrões

-

Aliados Lordelo

Sp. Espinho

-

Tondela

Boavista

-

Anadia

Oliv. Bairro

-

Padroense

Amarante

-

Cinfães

Operário

-

S.J. Ver

Madalena

-

Amarante

Atlletismo Vasco Azevedo

Cartão FairPlay O atleta do Sporting de Lamego, Vasco Azevedo, venceu pela terceira vez consecutiva a maratona de Lisboa. Um feito enorme deste atleta que vê premiado o seu talento e os muitos anos de dedicação ao atletismo. Esta prova ser viu, ta mbém, para atribuir o título de campeão da especialidade o que reforça ainda mais o valor desta conquista. Parabéns Vasco.

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

-

Cesarense

Sousense

-

Alpendorada

Rebordosa

-

Vila Meã

Vila Real

-

Leça

Grijó

-

Sp. Lamego

Sp. Mêda

-

Serzedelo

11ª jornada - 11 Dez - 15h00 -

Valecambrense -

Penalva Sanjoanense

Oliv. Hospital

-

Sampedrense

Oliv. Frades

-

Nogueirense

Alba

-

C. Senhorim

Ac. Viseu

-

Bustelo

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 12 jornada - 11 Dez - 15h00 Silgueiros

-

Molelos

-

Alvite

Tarouquense

-

Mortágua

Lamelas

-

Paivense

Viseu Benfica

-

Fornelos

Lusitano

-

Castro Daire

Vale de Açores -

Arguedeira

GD Parada

-

A Viseenses venceram sem dificuldade o Almeirim III Divisão Nacional Andebol - Série Centro

Académico na frente

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

Avanca

Gil Peres

11ª jornada - 11 Dez - 15h00 Infesta

Lajeosa Dão

Sátão

Futsal ABC Nelas

Liderança ∑ Vitória frente ao Almeirim (35-20) deixa viseenses como líderes isolados O Académico de Viseu entra na segunda volta do Nacional de Andebol da III Divisão, zona Centro, na frente da classificação. Após a 11ª jornada, os viseenses reassumiram o comando, agora isolado, depois de vencerem facilmente o Almeirim (35 – 20), beneficiando da derrota do Samora Correia em Ílhavo, por 30 – 28. No Fontelo, a formação orientada por João José teve um jogo sem problemas. Desde muito cedo que ficou bem patente a diferença de

qualidade entre as duas equipas, quer individual, quer colectivamente. O avolumar do marcador era uma inev it abi l id ade face ao rumo que o jogo levava. O Académico foi sempre uma equipa sólida a defender, e inspirada nas movimentações atacantes, chegando com facilidade a situações de finalização, que só o guarda-redes forasteiro, com um punhado de boas intervenções, foi evitando que o resultado atingisse números quase escandalosos. João José deu-se mes-

mo ao luxo de em grande parte da segunda metade, dar minutos a jogadores habitualmente menos utilizados, destacando-se a presença de vários jovens atletas que responderam presente ao voto de confiança que o técnico neles depositou. A liderança acontece assim de forma natural para uma equipa que já demonstrou que é uma das mais fortes, senão mesmo a mais forte desta divisão, embora Samora Correia, Ílhavo e Académica de Coimbra sejam adversários a ter em conta nesta

zona Centro. Entre estas quatro equipas deverão sair as duas que se apuram para a Fase Final, onde se discutirá o título nacional. Recorde-se ainda que, na fase final, onde estarão seis equipas – os dois primeiros de cada uma das zonas – será disputada no sistema de todos-contratodos, e em que as equipas começam com zero pontos. Os quatro primeiros classificados nessa fase final, sobem à II Divisão Nacional de Andebol.

Cartão FairPlay Quando muitos já esperavam que a equipa de Nelas tivesse bilhete de regresso à 3.ª divisão eis que as vitórias aparecem e tudo se altera. Duas vitórias consecutivas dão à equipa de Nelas a motivação necessária para continuar a inverter o rumo que teve de início. A inexperiência e o facto de estar na zona Sul são factores que ajudam a justificar o mau começo. Futebol Carlos Marta

Gil Peres

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Cartão FairPlay Dia 10 são as eleições para a presidência da FPF. Impossível não voltar a aplaudir o discurso, as ideias de Carlos Marta. A fasquia está elevada, com tantas e tão boas ideias em que se baseia a candidatura. O “Águas” vai voltar a dar-nos alegria pela vitória e pela confiança em que vamos melhorar futebolisticamente o país.


MODALIDADES | DESPORTO 27

Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

II DIVISÃO NACIONAL - Série A

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL

Tondela vai ao Sporting de Espinho lutar pela liderança

ABC de Nelas voltou a vencer

O Desportivo de Tondela tem este domingo, 11 de Dezembro, um verdadeiro teste à sua candidatura a vencer a série Centro da II Divisão. Vão a Espinho, defrontar o Sporting local, actual líder da série, com dois pontos de vantagem. É verdade que ainda está só disputado um terço do campeonato, e que há muitos pontos em jogo até final, mas uma derrota poderá comprometer as ambições dos tondelenses, até porque poderá aproveitar o Boavista para se colar aos tondelenses, a assim entrar também na corrida pelos primeiros lugares. Uma corrida que cada vez mais parece que vai ser a três até ao final do campeonato. Na passada jornada o

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Tondela venceu o Coimbrões por 1 a 0 e vai assim até Espinho em condições de reassumir, se vencer, o topo da classificação, dando um passo importante rumo ao objectivo final, até porque terá ainda que receber o seu adversário na segunda volta. Um jogo que não se afigura fácil, já que o Sporting de Espinho ainda não perdeu esta temporada, e tem apenas dois empates nos 11 jogos já disputados. E se os números ajudam a entender alguma coisa, olhando para as estatísticas do que já foi jogado, temos o Espinho com 20 golos – mais um que o Tondela – e é detentor da melhor defesa da prova com cinco golos sofridos, contra 7 do Tondela. GP

A Beré marcou o golo frente ao Coimbrôes

Segunda vitória do ABC de Nelas no Nacional de Futsal da II Divisão. A primeira fora. Venceram por 5 a 4 no recinto do União de Venda Nova. Ma is três preciosos pontos, conquistados frente a um adversário directo na luta pela manutenção. Uma vitória que vem confirmar a subida de forma da equipa. Os sinais de evolução vinham sendo visíveis e os resultados vão aparecendo. Um notável trabalho que a equipa técnica vem fazendo com os jogadores, a não desmoralizarem perante um início de época muito complicado, e em que os pontos não apareciam. É certo que o ABC de Nelas teve um início de época nada favorável em

termos de calendário, já que defrontou alguns dos principais favoritos aos primeiros lugares nesta série B mas, com persistência e com a equipa a acreditar no seu valor, não desmoralizou e os resultados já vão aparecendo. Não se pode menosprezar o facto de ser uma ABC de Nelas estreante nestas coisas da II Divisão, um campeonato onde a experiência “é posto”. Depois de duas vitórias, consecutivas, nas duas últimas partidas que disputou, o ABC de Nelas mantém a 12ª posição, agora com 7 pontos, mas apenas a 2 de distância do 9º classificado que é precisamente o adversário que derrotou nesta jornada. GP


28 DESPORTO | MODALIDADES

Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

Ralis

Atletismo - Maratona

Mortágua continua no calendário do Nacional

Vasco Azevedo faz “tri” em Lisboa

A Viseense Fabrício Lopes foi 3º no Desafio Modelstand do Open de Ralis 2011 A Federação Portuguesa de Automobilismo e Kart (FPAK) já divulgou o calendário oficial de provas para 2012. Nos ralis não há grandes novidades. No calendário do Nacional, as provas são até as mesmas de 2011. A FPAK justifica com a falta de candidaturas de outros ralis à presença no campeonato. Está assim, mais uma vez, confirmada a realização do Rali de Mortágua, prova organizada pelo Clube Automóvel do Centro e que, ao nível da região de Viseu, é a que mais perto proporciona o contacto com máquinas e pilotos do Nacional. A alternativa volta a ser o Open de Ralis, que em 2012 repete prova em Oliveira do Hospital. Também no Open o calendário é muito idêntico ao deste ano. A excepção é a troca de Vila Real por Baião.

Vila Real é assim penalizado por ter cancelado, em cima da hora, a realização da prova deste ano. No Open há no entanto algumas nuances para o próximo ano . Se é verdade que a nível das provas não há grandes diferenças, a novidade são os pisos, já que haverá algumas mudanças. Monção, por exemplo, e que era um demolidor rali de terra, passa a prova de asfalto, enquanto Baião fechará o campeonato em provas de terra. Uma das alterações interessantes que está já prevista para 2012 será ao nível do Desafio Modelstand, onde Viseu teve este ano o 3º lugar de Fabrício Lopes. Os organizadores do t roféu querem a i nda mais equilíbrio e vão este ano fornecer suspensões iguais para todos os pilotos. GP

Vasco Azevedo, atleta do Sporting de Lamego, confirmou o favoritismo que lhe era atribuído e fez “tri” na Maratona Internacional de Lisboa, sagrando-se assim, igualmente, campeão nacional da especialidade. Apesar de ter sido o seu terceiro triunfo, consecutivo, nesta prova, Vasco Azevedo manifestava no final a sua satisfação pela vitória: Continuo a ter a mes-

ma alegria ganhar. Não é fácil chegar aqui em boa forma, já que trabalho na construção civil”. Para conseguir estar ao seu melhor nível em Lisboa, Vasco Azevedo confessou que teve que correr diariamente cerca de duas horas, ao longo dos últimos dois meses, o que, adiantou “nem sempre é fácil porque é preciso conciliar o treino com o trabalho”. GP

A Vasco Azevedo

CAMPEONATO NACIONAL DE RALIS 2012 RALI AÇORES RALI PORTUGAL

23/25 Fev 29 Mar/1 Abr

RALI TORRIÉ

28/29 Abr

RALI SERRAS FAFE -

26/27 Mai

RALI MADEIRA -

26 A 28 Jul

RALI CENTRO PORTUGAL 21/22 Set RALI MORTÁGUA

20/21 Out

RALI DO ALGARVE -

17/18 Nov

CAMPEONATO OPEN DE RALIS 2012 RALI MONTELONGO RALI BARCELOS RALI MEDRONHO

27/28 Jan 18 Fev 9/10 Mar

RALI VIDREIRO-

14 Abr

RALI SERRA FREITA -

12 Mai

RALI MONÇÃO RALI OLIV. HOSPITAL RALI LOULÉ-

22/23 Jun 8/9 Set 6/7 Out

RALI GONDOMAR

26/27 Out

RALI BAIÃO

24/25 Nov

NACIONAL FUTEBOL FEMININO

Escola FC compromete playoff Ficou mais complicada a presença do Escola Futebol Clube, de Molelinhos, no play-off final do Nacional de Futebol Feminino. A derrota consentida em casa, frente ao Boavista (23), tornou as coisas mais difíceis, já que, em vez de uma, há agora mais duas candidatas a entrar no grupo das quatro primeiras, quando faltam disputar apenas sete jogos para o final da competição. Numa altura em que 1º de Dezembro, Boavista, e Albergaria estão com a presença no playoff mais do que bem enca-

A Escola perdeu com o Boavista por 3 a 2 minhada, Vilaverdense, Futebol Benfica e Escola Futebol Clube vão lutar pelo quarto lugar, que nesta altura é ocupado, em igualdade pon-

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imprimimos as tuas ideias...

tual, por Vilaverdense e Futebol Benfica, com a equipa de Molelinhos na sexta posição, a quatro pontos das adversárias directas. GP


Jornal do Centro

Boas Festas

09 | Dezembro | 2011

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D António Lobo Antunes apresenta livro em Nelas

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culturas expos

António Lobo Antunes vai apresentar o livro “Comissão das Lágrimas”, hoje, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Nelas. Seguido de uma sessão de autógrafos.

Arcas da memória

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de Janeiro Exposição “Aquilino Ribeiro nas Terras do Demo”.

Um salto entre a Lapa e a Gardunha

LAMEGO ∑ Teatro Ribeiro Conceição Até dia 31 de Dezembro Exposição “Presépios Douro”. VISEU ∑Núcleo Museológico “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, em Várzea de Calde Até dia 30 de Dezembro Exposição temporária “Raízes”, de José Manuel Dias Xavier. ∑ IPJ Até dia 15 de Dezembro Exposição “Um coração para África”. SANTA COMBA DÃO ∑Biblioteca Municipal Até dia 6 de Janeiro Exposição temática “O Mundo do Coleccionismo”. MANGUALDE ∑Biblioteca Municipal Até dia 9 de Janeiro Exposição “O Presépio, por Portugal e pelo Mundo”.

A Infantuna Cidade de Viseu vai gravar espectáculo em CD e DVD para assinalar data

Parabéns Infantuna Cidade de Viseu FITUV∑ Tunas conceituadas convidadas para apagar 20 velas

Sessões diárias às 14h00, 16h40, 19h20, 21h50, 00h00* Alta Golpada (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h00, 19h30, 22h00,

Vem esta história a propósito de uns momentos de convívio havidos entre a Confraria da Castanha Soutos da Lapa que há dias celebrava o seu III Capítulo e os representantes da Confraria da Cereja que tem a sua sede na freguesia de Ferro – Covilhã mas abraça uma extensa região. Ambas têm por Madrinhas, nesse seu clássico quadro de composição, uma Confraria amiga. Laica, como é esta tipologia de Confrarias, nem por isso deixam de ter, muitas delas, uma clara proximidade com o religioso de matriz cristão que impregna fortemente as raízes culturais de quase todos os confrades. Assim é com a Confraria da Castanha que realiza seus Capítulos no Santuário da Senhora da Lapa. Assim é com a Confraria da Cereja que escolheu como patrono de teor religioso Nossa Senhora da Gardunha, devoção nascida de uma lenda que se aproxima do imaginário que, em terras de Sernancelhe, envolve a Lapa. Em ambas as situações se encontra presente a memória da invasão dos mouros, o esconder de tesouros e o milagroso achamento através de uma criança. Na Lapa foi Joana, pastora muda. Na Gardunha em cujas faldas amadurece no começo do estio a melhor cereja de Portugal a lenda fala de uma criança que se

O FITUV - Festival Internacional de Tunas Universitárias - organizado pela Infantuna Cidade de Viseu, vai decorrer amanhã, a partir das 21h30, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. O evento e a t u n a organizadora comemoram 20 anos. “É o consagrar de muito trabalho realizado ao longo dos anos”, disse José Costa, um dos fundadores da Infantuna. O porta-voz disse ainda

que “é importante valorizar uma iniciativa destas na cidade, uma vez que se trata de um festival de grande qualidade com um leque de tunas habitualmente premiadas”. Caso da Estudantina Universitária de Lisboa, a Tuna Universitária de Aveiro, a Tuna Universitária do Porto, a Tuna do Distrito Universitário do Porto, a Copituna d´Oppidana, da Guarda e a Tuna de Direito de Valladolid. “É fundamental que as

pessoas saibam que no interior do país há uma tuna de qualidade nacional”, lembrou José Costa. O espectáculo vai abrir com dois temas dos priomórdios da Infantuna, numa clara homenagem aos fundadores. O evento será gravado e editado em CD e DVD, para recordar os 20 anos da tuna viseense. O FITUV tem entrada livre.

00h25* Nos Idos de Março (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00* (5ª e Dom.), 13h50, 16h10, 18h35, 21h10, 23h35* Happy Feat 2 VP (CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h20* (5ª e Dom.), 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50* O Gato das Botas (M6) (Digital VP)

Parte 1 (M12) (Digital)

Arthur Christmas (M6) (Digital) (VP)

Sessões diárias às 11h20 (5ª e Dom.), 14h20, 16h50, 19h20 Happy Feat 2 (CB) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 14h40, 17h20, 21h30, 00h10*

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h20, 15h45, 18h10, 21h20, 00h10* Habemus Papam - Temos Papa (M12Q) (Digital)

Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Twilight: Amanhecer Parte 1 (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00 (5ª e Dom.), 14h00, 16h20, 18h40, 21h00, 23h20* O Gato das Botas (M12) (Digital 3D) (VP) Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 23h55 * Twilight: Amanhecer

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 21h50, 00h00* Sem Tempo (M12) (Digital) Sessões diárias às 10h45 (5ª e Dom.), 13h30, 15h50, 18h10, 21h20, 23h40

Imortais (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h45, 16h05, 18h25, 21h40, 00h00* Transgressão (M16) (Digital)

Legenda: * Sexta e Sábado

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

perde pelas brenhas da serra quando procurava lenha a mando de sua mãe. Em vão a procuram por muito tempo a mãe e as gentes do lugar. Só a mãe não desiste da busca e eis que um dia a encontra num plaino da serra e indaga da filha a sorte dos dias que ali passou. E a menina responde que uma Senhora a que dá o nome de Tia a agasalhara na gruta onde lhe servia sopas de leite e a água de beber numa campainha, que essa forma tem a flor do narciso que ali crescia ao pé. E a menina lá foi mostrar, a pedido de sua mãe a casa da Senhora, uma gruta arejada onde, sobre a pedra armada como altar, pousava a imagem de uma Virgem que ali fora escondida nos tempos já idos da Mourama. Contou a mãe da menina aquele milagre como já fizera, na Lapa, a mãe agradecida de Joana. Veio gente, colheram-se esmolas e nasceu, como na Lapa, uma capela. E espalhou-se a devoção a Nossa Senhora da Gardunha, Nossa Senhora da Serra às vezes assim chamada e multiplicaram-se os votos e as imagens sobre os altares das capelas povoando a serra madre da Gardunha.

Estreia da semana

Transgressão – Thriller provocante em que marido e mulher são feitos reféns por um grupo de brutais criminosos à procura do grande golpe, mas sérias complicações começam a surgir quando se descobrem fraudes e traições.



D “O Órgão entoa a alegria”, em Penalva do Castelo

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culturas

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A ADPC – Associação de Defesa do Património Cultural de Penalva do Castelo - em parceria com a autarquia e a Misericórdia de Penalva do Castelo vão realizar no domingo, pelas 15h00, na Igreja da Misericórdia, um concerto de órgãos de tubos intitulado “O Órgão entoa a alegria”.

Destaque

Variedades

Workshop “Preparação para a Parentalidade”

Parabéns ACERT pelo FINTA e pela dinâmica cultural na região José Rui∑ “A família ACERT está unida e com sangue na guelra”

O Clube Mamãs e Bebés vai promover um workshop destinado a futuros pais, amanhã, a partir das 11h30, na Fnac Viseu. “Preparação para a Parentalidade” vai responder a questões comuns dos “novos papás”. O

que são e para que servem as células estaminais, como preparar-se para o parto e as vantagens das fraldas reutilizáveis, são alguns dos temas a debate, apresentados por especialistas das diferentes áreas. A entrada é livre.

Literatura

“Sedução e Utopia” em Santa Comba Dão Filipa Duarte, poetisa natural do concelho de Tondela, estará em Santa Comba Dão, amanhã, para a apresentação da sua obra “Sedução e Utopia”. A apre s ent aç ão d a

mais recente obra desta poetisa está marcada para as 15h00, no Auditório Municipal de Santa Comba Dão, antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários.

Publicidade

A festa do teatro continua com a 17ª edição do FINTA - Festival Internacional de Teatro da ACERT. Até dia 17 de Dezembro, há muitos espectáculos nacionais marcados para “fintar” a crise e os cortes aplicados pelo Governo no sector da cultura. Aliado a esta dinâmica cultural, os 35 anos da Associação Cultral e Recreativa de Tondela são também um marco histórico assinalável. “A família ACERT está unida e com sangue na guelra”, lembrou José Rui. O director faz “um balanço muito positivo” do FINTA. “Os espectáculos são surpreendentes e o público tem correspondido”, disse ao Jornal do Centro. Hoje, há mais FINTA a partir das 21h45, com o Teatro de Publicidade

A “A cor da Língua” vai decorrer na ESAM, quinta-feira, pelas 21h45 Marionetas do Porto, e a peça “O Capuchinho Vermelho XXX”. A partir das 23h30, “Mal-Empregados”, da associação

cultural d´Orfeu. Na quita-feira, a Escola Secundária Alves Martins (ESAM), em Viseu, recebe a peça “A Cor da Lín-

gua”, pela companhia Trigo Limpo teatro ACERT, a partir das 21h45. Tiago Virgílio Pereira

Música

Apoio:

Convívio e música de jovens em Lamego

ACERT · Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr. Ricardo Mota, 3460-613 Tondela // Tel. 232 814 400 / email: geral@acert.pt Estrutura Financiada por

Financiamento

O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, recebe, amanhã, mais uma “Serenata ao Luar”. O evento vai albergar o “IX Festival da Canção Religiosa Juvenil”, em que um grupo de jovens dos vários arciprestados da diocese se reúnem, num dia de convívio e partilha musical, que culminará num concerto. Os grupos da diocese que vão abrilhantar o festival são: “Permanece sempre em Cristo”, de Penedono, “Queremos com ele viver”, da Cunha e Ponte do Abade, de Almacave chega

“Jesus, fonte de amor”, “Perma necer no teu amor”, da Sé, “Tu és o meu caminho”, de Arcos, “Deus em ti seus em mim”, de Tabuaço, “Deus de amor”, de Soutelo, de Vilarouco chega “Firmes no seu amor”, “Ainda é Tempo”, de São Cristovão e de Ervedosa do Douro, “Deus é Amor”. Este ano, e por ser o ano internacional do voluntariado, cada jovem irá doar uma peça de roupa, que será e nt re g ue a p e s s o a s carenciadas da diocese, pela Câmara Municipal. TVP


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culturas

D Apresentação do 12º cromo Viseupédia

Amanhã, pelas 15h00, será apresentado na EMPÓRIO, em Viseu, o 12º cromo Viseupédia, denominado “Cine Clube de Viseu”. Neste número, o texto ficou a cargo de Joaquim Alexandre Rodrigues e a imagem por Nuno Tudela. Os autores estarão presentes.

Destaque

Há jazz em Sernancelhe Lado B ∑ Mostra o que vale... Sernancelhe vai-nos habituando a espectáculos musicais e outras iniciativas de grande qualidade. Desta feita, o grupo Lado B, integrado numa tournée por Coimbra, Porto e Mira, foi pretexto para um excelente fim da tarde, no dizer do vereador Carlos Silva, “uma forma de festejarmos, também, o 1º de Dezembro, dia da Liberdade, da Restauração, dia do fim da subjugação aos Filipes de Espanha.” Ouvimos o líder deste quarteto, Luís Figueiredo, 32 anos, músico profissional; licenciado em Música pela universidade de Aveiro, com uma breve passagem pelo Hot Club e, actualmente a estudar com Mário Laginha, na área do doutoramento em Piano Jazz, com dissertação de tese subordinada ao tema: “Identidade Musical – Etnomusicologia.”

Porquê Sernancelhe?

Já foi palco de projectos anteriores. Existem afinidades pessoais com o músico e pianista André Cardoso, de cá natural. Além disso, sempre foi um espaço de óptimas experiências, com um público muito interessado e condições físicas muito boas. O que vamos ouvir hoje?

Lado B projecto iniciado há dois anos, funcionando como alternativa ao Luís Figueiredo Trio. Vamos tocar maioritariamente composições minhas escritas especificamente para este grupo. Projectos futuros?

Gravar este projecto e “Palavra de Mulher” com a cantora Sofia Vitória, dedicado à música de Chico Buarque, com gravação marcada para Janeiro, na Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos.

O pianista Luís Figueiredo actuou com o trompetista João Moreira, o contrabaixo António Quintino e o baterista Alexandre Frazão e levaram a Sernancelhe noventa minutos de jazz feito de marcantes interpretações, com momentos de expressiva inspiração, para o qual muito contribuiu o

virtuosismo de todos, com uma saliente nota para João Moreira e Alexandre Frazão. O público, esse, rendeu-se e foi com ovação em pé que se despediu do Lado B. É sempre um gosto ir de Viseu a Sernancelhe ouvir tão bons espectáculos… Paulo Neto

Literatura/História

Viseenses que escrevem sobre Viseu “Geografia do quotidiano” …é um título sugestivo. Chamativo. Remete-nos para o dia-adia de uma escrita da terra, fundamental para nós se tornando quando o “topos” é Viseu e o tempo, o do século XVI, do apogeu do Renascimento, entre a época medieval e a moderna. Numa edição da Arquehoje, Lda. e Antropodomus, Projecto Património, Lda. viu prelo a tese de dissertação de Mestrado de Liliana Andrade de Matos e Castilho. Ferreira Alves, professor da universidade do Porto, no prefácio refere-se aos “resultados de uma pesquisa conjugando a qualidade científica (…) ao afecto

que dedica à cidade.” Certificado com boas fontes bibliográf icas; acrescido de desenhos, fotos e gráficos, entre outros, a temática, tem para a sua autora, clara justif icação: “ponto de partida a encruzilhada pessoal entre a razão e o sentimento. Debruçando-me sobre a história e a morfologia da minha cidade natal, cresci por entre as ruas que aqui apresento, debruçada na sacada da casa de minha avó de onde via a Misericórdia e a Sé, onde meus pais casaram.” Percurso sem dúvida marcado pelo(s) a fecto(s), m a s mu ito mais que isso, pela séria investigação e profícuo labor que nos deixa em

mãos, como resultado final, uma obra importante para a compreensão estrutural de Viseu de ontem e de hoje. Por três macro capítulos: Estrutura Social; Morfologia Urbana; e A Habitação, são espraiados temas como O Senhorio; O Poder Eclesiástico; O Poder Civil; A Sociedade; A Muralha; A Malha Urbana; Os Edifícios Públicos; Equipamentos e Espaços de Utilização Comunitária; Casa Nobre; Casa Corrente; Quintais e Estruturas Anexas; Técnicas e Materiais de Construção. E por aí fora se minucia, desde a “pescadeira” A na à “ tremoceira” Isabel Dias; à Rua da Triparia “abaixo da

praça e rua nova na travessa que vai para a rua piquinina” (talvez actual travessa Senhora da Boa Morte), ao Aljube Eclesiático e aos santos protectores das portas da Muralha: Santo António, S. Francisco de Borja; Nª Sª das Angústias ou do Pranto ou do Postigo… … Muito há a conhecer sobre Viseu. E certo é que ficamos mais ricos depois de ler esta obrigatória obra de Liliana Castilho, rematada com breve singeleza: “Fica-nos assim, em última análise , talvez n ão u m a ‘ fotog ra f i a’ da cidade de Viseu no século XVI, mas antes uma aguarela (…) fruto do olhar de quem a cria.” PN

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passeios de Outono III

texto e fotos ∑ Paulo Neto

Jornal do Centro, edição 508 – Resende – Peugëot 508 SW 2.0 HDI

Aqui temos três elementos fundamentais para este passeio de Outono. Primeiro, a feliz coincidência do número do Jornal com a designação do novíssimo modelo da marca francesa do felino, depois, a intenção de sairmos para os concelhos mais afastados da capital do distrito. E deste modo, apostar na Capital da Cereja. O veículo foi-nos entregue ao fim da tarde de 6ª feira. Zero quilómetros. Imponente, na sua versão topo de gama (Allure) e do alto das suas jantes de 18’, calçadas de pneus 235. Arrumar na garagem e não pensar mais nele até ao dia seguinte. Que acordou a “meias tintas” com um sol tímido a dar-nos, em Viseu 9º de temperatura. Familiarizar-nos com a panóplia de botões e de funcionalidades plurais que o 508 oferece não é tarefa fácil. Dizervos o que ele proporciona seria artigo para duas pá-

ginas… Mas, é possível falar do que mais gostámos: o enorme tecto panorâmico; a qualidade dos materiais; a pega do volante em couro; o computador de bordo, o GPS; o AC automático independente; o conforto; a mala com capacidade para 512 litros, o travão de estacionamento eléctrico, os vidros escurecidos, a key less go, a estabilidade e… nec plus ultra, o motor HDI de 163 cv. Na auto-estrada, às 2.000 rpm, em 6ª, já navega a uma velocidade “de ficar sem carta”. E, com uma pontual utilização da 5ª, faz todas as auto-estradas do mundo no maior dos sossegos. Em montanha, onde decorreu grande parte do nosso test drive, a 508, apesar das suas generosas dimensões (4813 mm), fruto do seu fantástico binário, quando recebe uma 3ª “descola”, literalmente, tornando as ultrapassagens em algo de absolutamente se-

guro, porque imediatas. A frente é muito incisiva e intuitiva a curvar e a suspensão traseira multi link ajuda preciosamente à função. Em curva e contra curva, a transferência de massas, apesar do peso elevado do conjunto, faz-se com… garras de leão! Há ainda três factores a ter em conta. Um objectivo: o consumo moderado. Neste test drive de mais de 250 quilómetros, essencialmente em estradas montanhosas, no pára-arranca que a fotografia exige, a nossa média combinada aflorou os 7 litros aos 100 kms. Em estrada aberta será fácil fazer consumos na ordem dos 6 litros, o que convenhamos é excelente para esta relação de peso/ potência. Subjectivamente, optaríamos por umas jantes de 17’ em benefício de maior conforto de rolamento e… ficámos rendidos à estética. Esta Peugëot é das mais belas propostas

do segmento. Une très belle française, BC/BG/BT: bom chic, bon genre, bon ton, do tipo 16 è. arrondissement… Quanto ao preço e variando de acordo com as opções, o modelo ensaiado orçava os 42 mil euros. O exclusivo tem custos! Partimos pela A24 e deixámo-la pela saída 8 de Bigorne. Do alto da serra, fria, ventosa, desabrigada, semeada de inestéticas ventoinhas geradores de energia eólica, fomos descendo, quilómetros a fio, estrada estreita e sinuosa, entre pequenas aldeias, até Resende, anichada a meia encosta entre o alto e o vale onde corre o Douro. Estacionámos, passeámos a pé pelo centro, comprámos as deliciosas cavacas, ex libris da doçaria local e tomámos a “bica” que a manhã reclamava. Sobre Resende e o seu topónimo, recorremos ao manuscrito “Resende Ilustrado” apresentado pelo páro-

co Joaquim Correia Duarte, na obra “Resende no Século XVIII”, edição da CMR: “Em la Comarca de Lamego, jaz o lugar de Resende, em um alto, três léguas dela, composto de algumas separadas casas a modos de quintas, habitações de oitenta vizinhos, produzindo o melhor trigo daquele distrito, linho e milho. Foi povoado por D. Rausendo, filho de D. Hermígio, que o era de D. Alboazar Ramires, filho fora do matrimónio de D. Ramiro, segundo Rei Leonês, dando-lhe o seu nome; anos, segundo conjuro de 1030. Onde passou parte da sua infância e adolescência o famoso D. Afonso Henriques, primeiro Rei Português, na companhia do Aio Egas Moniz que se lhe deu estando em dignidade Régia, e por herança veio ao Cavaleiros Resendes, descendentes seus. (…) E o trato das gentes dele (concelho), entre as mais graves,

o mais bem composto, polido e rico com arremedos de corte. A língua naquelas pessoas mesmas que certamente melhor a cultivam, é de todas aquelas províncias sem dúvida a mais culta, a menos grosseira e tosca; e o mesmo na plebe a imitação em tudo, de todas as outras diferente se experimenta. Esta, passando o tempo no trabalho rural em que são destros, e nos granjeios da sua vida e conveniências. A Nobreza na conversação e passeio umas vezes, e outras no jogo e na caça ou pesca, e algumas tardes em fazer mal aos cavalos se diverte. As mulheres são formosas, e asseadas e recolhidas e honestas, e governam a sua família e casas com grande cuidado, disposição e acerto” (…) São muitos os monumentos e lugares de interesse propostos ao visitante. Enumeramos alguns: Igreja de Sª Maria de Cárquere;


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a Casa da Torre da Lagariça (da Ilustre Casa de Ramires, Eça de Queiroz); a Igreja de Barrô, a de S. Martinho de Mouros, a Capela de Aregos, a Capela de S. Cristóvão, em forma de mastaba oriental, o Penedo de S. João, etc., etc. Descemos a Caldas de Arego. O rio Douro espraia-se remansoso. O porto, com cais de acostagem e plataformas flutuantes, é local de paragem para quem segue o Douro, abaixo ou acima, nos seus múltiplos percursos fluviais. As Termas são reputadas pelas qualidades medicinais de suas águas. Escolhemos, aqui, num local ameno, o sítio para amesendar. O Restaurante A Tília – Rua Vila Nazaré, nº 66; tf 254 874 041; www. colheitacerta.com; GPS: +41,1000 | -8,0097. Uma casa romântica com uma decoração agradável e funcional. Um serviço afável, competente e discreto. De entradas rojões, com costelas e fígado, saborosos e bem apaladados. Seguiu-se-lhe meia dose (que sobejou) de anho assado com batata assada, couves salteadas com alho e arroz de forno em caçoila de barro. Sápido o anho.

Tenro. Com a assadura no ponto. As couves, decerto caseiras, estavam deliciosamente cozidas e a desfazer-se na boca. O resto estava à altura, sem arrogâncias. De sobremesa, uma cavaca de Resende, húmida, recoberta no amarelo de seu natural tom pelos ovos dado, com o branco do açúcar quase crocante. Percebemos, no palato, sua apropriada fama. Café, uma água e 16, 35 euros, foi quanto nos custou o “apensamento”. Justo. Mais ainda, sabendo que com a taxa de IVA a 13%, 1.88 são para o Erário… dentro de dias passará a 23% e nós pensaremos duas vezes se não compensa levar a marmita de casa para um decadente e revivalista picnic nos socalcos durienses… E foi rumar a Cinfães, ter desejos de ir a Baião… e subir até Castro Daire, naquela estrada coleante, de curva e contra curva, deixando “a leoa” fazer o seu bem feito trabalho… Assim se passando um sábado, dia 3 de Dezembro, partido às 09h00 e regressado às 17H00, profícua jorna de trabalho, de 8 horas, muito mais que a meia hora diária exigida por quem pode & manda…


10 a 13 de Novembro Jornal do Centro

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em foco O Forum Viseu, na sequência do “desafio”, anunciou no dia 4 de Dezembro a Escola vencedora do Concurso Mola Mágica: Escola Básica Viseu Norte. Em ambiente lúdico, de muita diversão, Pedro Ribeiro, o director do Forum Viseu procedeu à entrega do prémio aos vencedores: uma viagem ao Sea Life, no Porto. Este tipo de iniciativas é estimulante, empenha os mais novos e torna-se gratificante pelo resultado final. Entregaram-se os certificados de participação a todas as escolas que aderiram à iniciativa. Todos os trabalhos estão expostos no Forum Viseu até final de Dezembro, merecendo uma visita mais atenta.

A capital do Míscaro - Sátão - recebeu, no Largo de São Bernardo, a V edição da Feira do Míscaro. A grande adesão de público registada, revela que o produto endógeno é cada vez mais procurado e apetecido. O certame contou com especialistas na degustação, artesãos, vendedores e compradores e ainda muitos autarcas e presidentes de Juntas. Os ranchos folclóricos do concelho animaram um domingo em que o míscaro foi “rei”.

Fotos: Nuno André Ferreira

Mola Mágica no Forum Viseu Vª edição da Feira do Míscaro

“Crianças na lua” no Palácio do Gelo

Ice Clubbing O Palácio do Gelo, em Viseu, preparou uma animação lúdica e pedagógica de Astronomia, até ao dia 31 de Dezembro, na qual os mais pequenos são convidados a vestir a pele de verdadeiros astronautas. “Crianças na lua” possibilita que, entre os 5 e os 10 anos, os mais novos realizem simulações/experiências espaciais como se estivessem na Lua, vestidos a rigor, aprendedo mais sobre o espaço lunar e o sistema solar.

Fotos: Nuno André Ferreira

O Ice Club voltou a surpreender, num sábado recheado de boa música e animação. Ice Clubbing, foi o nome da festa que durou até bem de madrugada. Na pista principal, os Dj´s Del Cruz e Verylight e na pista latina Peter Sky contou com a presença na cabine do Dj convidado, Andrec.


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saúde VACINA CONTRA O SARAMPO ALTERADA PARA OS 12 MESES

Dezenas de utentes pediram mais médicos Manifestaçãp ∑ Autarca de Vila Nova de Paiva juntou-se aos protestos

A Direcção-Geral da Saúde decidiu antecipar a vacina contra o sarampo dos 15 para os 12 meses. A medida, anunciada na segunda-feira, entrará em vigor em 2012 e coincide com um alerta relacionado com um surto da doença na Europa. Graça Freitas, sub-diretora geral da Saúde, afirmou ter sido apresentada uma proposta técnica para que a partir de 1 de janeiro de 2012 haja uma antecipação da primeira dose da vacina tripla contra o sarampo, a papeira e a rubéola. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu recentemente um alerta relacionado com surtos de sarampo na Europa, mas a responsável nega que esta proposta esteja relacionada com esse alerta, afirmando tratar-se de uma coincidência temporal, porque já estava planeada para este ano a antecipação da vacina. “A vacina era dada aos 15 meses, porque os anticorpos das mães passavam para as crianças e davam-lhes proteção, mas sabemos, por estudos e evidência científica, que à medida que os meninos vão nascendo de mães vacinadas, e que não desenvolveram a doença, a imunidade materna desaparece mais cedo”, explicou. A situação de Portugal face ao sarampo é pacífica, uma vez que não há casos registados à exceção de dois importados, um deles apenas de passagem.

Dezenas de utentes concentra ra m-se em frente ao centro de saúde de Vila Nova de Paiva, exigindo mais médicos e o alargamento do horário de funcionamento, para evitar esperas por uma consulta que chegam às seis semanas. O protesto, organizado pelo núcleo de Vila Nova de Paiva da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu, visou exigir o aumento de três para quatro o número de médicos, o que permitiria passar de mais de 2.000 pessoas por médico de família para 1.500. O presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva,

A Mais de duas mil pessoas por médico de família José Morgado (PS) juntou-se aos protestos. O autarca lembrou que “este centro de saúde, tal como está a funcionar, não está a corresponder às expectativas das pessoas”, por-

que “não se pode aceitar que as pessoas estejam seis semanas à espera de uma consulta. E também não se pode aceitar que estas sejam obrigadas a procurar o hospital de

Viseu, a 40 quilómetros, ou Moimenta da Beira, a quase 30”. Com seis mil utentes inscritos - o centro de saúde de Vila Nova de Paiva abrange ainda par-

te dos concelhos vizinhos de Moimenta da Beira, Viseu e Castro Daire - a unidade está há cerca de um ano apenas com três médicos, quando, até então, foram sempre quatro ou mais. António Macário, da comissão de utentes, anunciou ainda a entrega de um abaixo-assinado com mais de 2.000 assinaturas no Agrupamento de Centros de Saúde Dão-Lafões (ACES II), em Vouzela, exigindo a colocação de mais um médico e o alargamento do horário de funcionamento das 20h00 para as 24h00. Lusa/Emília Amaral


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Sida está a estabilizar no mundo

CONSULTAS DE REFLEXOLOGIA REGRESSAM AO CENTRO KAILAS

Efeméride∑ Dia Mundial comemorado a 1 de Dezembro Portugal∑ Perigo da degradação da qualidade teratêutica N o D ia M un dial d a Sida (1 de Dezembro) f icou a saber-se que a região do mundo mais afectada pela sida continua a ser a África Subsaariana, onde se registam cerca de dois terços (22,9 milhões) dos casos de pessoas infectadas com o VIH, de acordo com um relatório internacional. O relatório “2011-Global HIV/AIDS Response”, da responsabilidade da ONUsida, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi publicado na véspera do Dia Mundial da Sida. Em 2010, cerca de 15 por cento das novas infecções pelo vírus de imunodef iciência humana em todo o mundo foram em crianças com menos de 15 anos, refere o relatório internacional. Apesar dos novos casos, perto de 390 mil, o

valor é bastante inferior face ao pico registado entre 2002/2003, altura em que foram verificadas 560 mil novas infecções em crianças, acrescenta o documento. Em termos gerais, a sida está a estabilizar no mundo, com a diminuição das novas infecções e do número de mortes e o aumento do número de pessoas a viver com o vírus, divulga o relatório da ONUsida. Em 2010 registaram-se 2,7 novas infecções pelo V I H , o nú mero m a is baixo desde 1997 e uma redução de 21 por cento em relação ao pico atingido nesse ano. No final de 2010, cerca de 34 milhões de pessoas viviam com o vírus, o número mais elevado de sempre que, segundo os especialistas, se deve ao aumento da sobrevivência. No mesmo ano, 1,8 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas com a

sida, contra 1,9 milhões em 2009. Mesmo numa crise financeira muito difícil, os países estão a apresenta r resu ltados n a resposta à sida. Em Portugal, A Comissão Parlamentar de Saúde quer que o Gover no “ i mpeç a a de gradação da qualidade terapêutica” dos doentes com VIH/Sida “por razões de natureza económica e financeira” e entregou na sexta-feira um projecto de resolução com esta recomendação. O documento - uma iniciativa desta comissão que tem como primeira subscritora a deputada socialista Maria Antónia de Almeida Santos - recomenda ao Governo a adopção de medidas tendentes ao combate à infecção por VIH/ Sida em Portugal, “com vista à sua erradicação”.

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Até ao dia 29, o Centro Kailas em Viseu disponibiliza de novo a consulta de reflexologia através de marcação prévia. Reflexologia é uma das técnicas mais eficazes para proporcionar o equilíbrio natural do corpo, ao actuar directamente no sistema nervoso central, reduzindo a tensão física e mental, promovendo o estado de relaxamento. A técnica actua em pontos reflexos precisos dos pés com base na premissa de que as áreas reflexas dos pés correspondem a todas as partes do corpo.


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Estudo∑ Investigação abrangeu 49 mil mulheres, em oito anos Os riscos de desenvolvimento de problemas cardíacos são mais raros entre as mulheres em idade fértil que consomem regularmente peixes ricos em ómega 3, revela um estudo dinamarquês. Trata-se da primeira investigação que se debruça sobre mulheres entre os 15 e os 49 anos e os benefícios do consumo de peixe na sua saúde cardíaca. Segundo o estudo, publicado na segunda-feira na revista da Associação Norte-Americana do Co-

ração, as mulheres que consomem pouco ou raramente peixe têm mais de 50 por cento de problemas cardiovasculares face às que consomem peixe regularmente. De uma maneira geral,

as mulheres que consomem pouco ou nada de peixe têm um risco de problemas ca rdíacos superior a 90 por cento comparativamente com as que comem peixe semanalmente. A maior parte das inquiridas que consumiam peixe regularmente disse que comia salmão, bacalhau fresco, arenque e cavala, ricos em ómega 3, um ácido gordo polinsaturado ao qual são atribuídas propriedades benéficas para o coração. Lusa

Anestesiologia/Consulta da Dor Cirurgia da Cabeça e Pescoço Cirurgia Plástica Dermatologia Enfermagem (clínica e domicílio) Implantologia p g e Ortodontia Medicina Dentária Medicina Geral (clínica e domicílio, consultas em inglês e alemão, tradução de doc. clínicos para português) Neurologia Nutrição Clínica Ortopedia, Cirurgia das Mãos e Nervos Periféricos O i l i Otorrinolaringologia l i Psicologia Terapia da Fala Urologia

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Os valores das taxas moderadoras para 2012 vão passar a custar mais do dobro dos preços actuais. A partir de Janeiro, as consultas nos centros de saúde passam de 2,25 euros para cinco euros, enquanto nas urgências hospitalares a taxa moderadora passa de 9,60 euros para 20 euros, anunciou na segunda-feira o ministro da Saúde, Paulo Macedo no programa da RTP “Prós e Contras”. Segundo o ministro, “as taxas moderadoras vão depender do facto de ser uma urgência ou de ser uma consulta de cuidados primários”. Os valores ainda não foram publicados, vão ter de ser objecto de uma portaria”, indicou. Com esta medida, o Governo prevê arrecadar uma receita de cerca de cem milhões de euros. EA/Lusa

Mulheres que comem mais peixe sofrem menos do coração

até 31 de Dezembro de 2011, num o, por paciente, tratamento dentário não acumulável com outros descontos

TAXAS MODERADORAS MAIS DO QUE DUPLICAM


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09 | Dezembro | 2011

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away. SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.

PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de

Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344 PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇ ÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454 BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt

NELAS FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

IMOBILIÁRIO VENDE-SE Casa antiga para restauro com cave, área coberta 131 m2 e 195 m2 de logradouro. Centro de Silgueiros. Contactos: 91 723 92 96 ou 96 230 94 54 T1+3 Centro Cidade c/110m2 área, lareira, arrumos, varandas, garagem. 75.000,00€ T. 917 921 823 T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozinha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€ T. 914 824 384 T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€ T. 969 090 018

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Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 41

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EMPREGO & FORMAÇÃO OFERTAS DE EMPREGO

foto legenda Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320) Padeiro, em geral com experiência. Tondela - Ref. 587744065 Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão - Ref. 587763680 Pasteleiro. Carregal do Sal Ref. 587779960

Foi em ambiente de festa e de alegria que cerca de 250 adultos receberam o seu diploma ao concluirem, ao longo do presente ano, o seu processo de RVCC – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências no CNO – Centro Novas Oportunidades da EPT – Escola Profissional de Tondela. A noite foi também de festa para os formandos do último Curso EFA – Educação e Formação de Adultos ministrado na EPT, na área de Electricista de Instalações.

“Cavatrans” junta regiões de Portugal e Espanha As regiões portuguesas do Alentejo e Centro, em parceria com a Estremadura espanhola, estão a desenvolver um projecto transfronteiriço, denominado “Cavatrans”, para fomentar a competitividade empresarial e a promoção do emprego naquelas regiões, foi hoje divulgado. O projecto “Cavatrans” está inserido no Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP) e conta com um orçamento superior a 1,6 milhões de euros, financiado em 75 por cento por fundos comunitários. Esta iniciativa hispa-

no-portuguesa tem ainda como objectivo potenciar e facilitar a cooperação entre empresas que tenham um interesse estratégico para todo o território do Alentejo-Centro-Estremadura (EUROACE). Entre outras actividades, o projecto pretende também desenvolver a elaboração de um diretório de empresas transfronteiriças, estimular a cooperação entre as três regiões, através da organização de encontros bilaterais ou o lançamento de um serviço de Intranet para gerar negócios. A realização de programas de formação e asses-

soria destinados às necessidades das empresas participantes e a realização de estudos empresariais são outras das actividades a desenvolver. O “Cavatrans” tem como parceiros, do lado da Estremadura espanhola, a Direcção-Geral de Empresa e Actividade Empreendedora do governo regional, o Serviço Estremenho Público de Emprego (SEXPE) e a empresa pública Estremadura Avante. Do lado português, a Agência de Desenvolv i mento Reg ion a l do Alentejo (ADR AL) e a Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC).

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São João da Pesqueira - Ref. 587781501 Esteticista (visagista). Tarouca Ref. 587787729 Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364 Técnico de vendas. Armamar Ref. 587789368 Fiel de armazém. São João da Pesqueira - Ref. 587789907 Técnico de vendas. Moimenta da Beira - Ref. 587789976 Ajudante de cozinha. Moimenta da Beira - Ref. 587790087 Caseiro - Explorador agropecuária. São João da Pesqueira - Ref. 587790279

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Engenheiro agrónomo. Lamego - Ref. 587792447 Moimenta da Beira - Ref. 587790087

Marceneiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587783204

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Trabalhador florestal - prevenção e combate de incêndios. Carregal do Sal - Ref. 587793420

Engenheiro agrónomo. Lamego - Ref. 587792447 Fiel de armazém. Armamar Ref. 587793102

Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192) Carpinteiro de limpos. São Pedro do Sul - Ref. 587770644 Motorista de veículos pesados – mercadorias. Sernancelhe - Ref. 587773926 Empregado de balcão. São João da Pesqueira - Ref. 587781497

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

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Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301 Mecânico de automóveis.

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887 Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972

Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716 Estucador. Viseu - Ref. 587787639 Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916 Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911 Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876 Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353 Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084 Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068 Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391 Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640 Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442 Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441 Empregado de mesa. Cepões Ref. 587787476 Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085 Pintor – superfícies metálicas. Viseu - Ref. 587784528

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego


Jornal do Centro

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09 | Dezembro | 2011

NECROLOGIA Carolina Etelvina Pinto Alves Veloso, 52 anos, casada. Natural de Avintes, Vila Nova de Gaia e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Currelos.

Maria José, 89 anos, viúva. Natural de Cunha Baixa, Mangualde e residente em Abrunhosa do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato.

José da Costa Fernandes, 77 anos, casado. Natural e residente Armando Ribeiro, 82 anos, viúvo. Natural e residente em Sanem Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 7 de Dezem- tiago de Cassurães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia bro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa. 4 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415 Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097 Albano de Jesus, 76 anos, casado. Natural e residente em Quintela de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara.

Manuel Gomes, 85 anos, casado. Natural e residente em Coura, Moledo, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Coura.

António Gonçalves Ferreira, 53 anos, casado. Natural de Mealhada e residente em Fail, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de Dezembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Fail. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952 Adão de Sousa, 91 anos, casado. Natural e residente em Repeses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Viseu. Serafim da Costa, 83 anos, casado. Natural de Cavernães e residente em Póvoa de Mundão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mundão.

Maria da Costa Pais, 98 anos, solteira. Natural de Chãs de Manuel de Almeida Tavares, 91 anos, viúvo. Natural de CarTavares, Mangualde e residente em Mangualde. O funeral valhais, São Pedro do Sul e residente em Vila Nova, Cam- Anibal dos Santos Sousa, 83 anos, casado. Natural de Quirealizou-se no dia 7 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o po, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Dezembro, pelas lheiros, Trancoso e residente em Viseu. O funeral realizoucemitério de Mangualde. 15.00 horas, para o cemitério de Campo. se no dia 3 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Quilheiros. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Mangualde Tel. 232 613 652 Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 António Rodrigues Gonçalves, 85 anos, casado. Natural de Campo e residente em Moselos, Viseu. O funeral realizou-se Maria Helena dos Santos Moreira, 69 anos, viúva. Natural Delfim Dias Carvalho, 81 anos, viúvo. Natural de Couto de Cima, no dia 6 de Dezembro, pelas 9.00 horas, para o cemitério do de Vale de Remigio, Mortágua e residente em Moimenta de Viseu e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de De- Campo. Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de zembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Couto de Baixo. Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Moimenta José do Carmo Almeida Santos, 59 anos, casado. Natural de de Maceira Dão. Maria Teresa Dias Correia, 84 anos, solteira. Natural de Lisboa Rio de Loba e residente em Santos Estevão, Viseu. O funeral e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 realizou-se no dia 7 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o Angelino Martins Ribeiro, 95 anos, casado. Natural de San- de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Viseu. cemitério velho de Rio de Loba. tiago de Cassurães, Mangualde e residente em Fundões, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 2 de Dezembro, pelas Agência Funerária Abílio Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. 15.30 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães. Viseu Tel. 232 437 542 Viseu Tel. 232 423 131 Publicidade


Jornal do Centro 09 | Dezembro | 2011

clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

HÁ UM ANO

FOTOS DA SEMANA

Distribuído com o

Expresso. Venda interdita.

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DIRECTOR

Pedro Costa

UM JORNAL COMPLETO

Semanário de 2010 10 de Dezembro

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> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 08 > REGIÃO pág. 10 > NEGÓCIOS pág. 18 > DESPORTO pág. 22 > CULTURAS pág. 24 > SAÚDE pág. 26 > RESTAURANTES pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 29 > NECROLOGIA pág. 30 > CLUBE DO LEITOR pág. 31

Sexta-feira Ano 9 N.º 456

1,00 Euro (IVA 5% incluído)

DA

SEMANÁRIO

REGIÃO DE VISEU

centro.pt| naldocentro.pt·www.jornaldo Viseu·redaccao@jor Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira, 461·Fax:232431225 |Telefone:232437

Escolas particulares revoltadas | página 6

de financiamento

∑ Cortes nos contratos o país ções por todo manifesta

originam

que o Governo está

∑ Escolas de Viseu dizem

a agir

em “cima do joelho”

Nins

IPJ Escolhido para o Socialista José Rui Cruz vai continuar deputado

página 12

página 10

ta Professora de Moimen da Beira é pioneira no estudo do humor em Portugal

Nuno Ferreira

∑ Teresa Adão,

o Empreendedorism Jovens de Viseu criam ores empresa de computad personalizados

Dança as Reconhecidas coreógraf este europeias dançam sábado no Viriato

página 24

página 18 Jornal do Centro

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10 | Dezembro | 2010

sugestões

Mauro de saída Luizinho reforça o plantel do Académic de Viseu

Fim-de-Ano Info ∑ Paisagem rural ∑ Fogo de artifício

Sugestões o Fim-de-Ano

∑ Buffet de mariscos, sobremesas e entradas ∑ Informações e reservas: 966 389 618 232 998 096

Quinta do Barreiro

Venha festejar o réveillon connosco Sit u ad a n a f re g ue sia de Couto de Cima, a Quinta do Ba rreiro tem como pano de fundo uma paisagem rural inserida num ambiente de requinte e com uma noite que promete ser inesquecível. Pa ra os clientes a Quinta do Barreiro promete uma ementa rica e animação até de madrugada. A recepção está

marcada para as 19h30, estando o bar permanentemente aber to e disponível para o servir à discrição. À meia-noite o fogo de artifício ganha cor para receber o ano de 2011. O tradicional bolo-rei e as passas estão também disponíveis e o espumante será à descrição. Pela noite dent ro a a n i m ação está a ca r-

go de Pedro Duva lle. Vai poder usufruir do sabor dos maravilhosos pastéis da Quinta do Barreiro confeccionados na hora e acompanhados de chocolate quente. Pa ra mais informações e reser vas pode contactar a Quinta do Barreiro através do número de telemóvel 966 389 618 ou pelo telefone 232 998 096.

Hangar

Info

De volta para o réveillon A discoteca Hangar, de Viseu, está de volta para a noite mais longa do ano. Com a promessa de uma noite especial, a H a n g a r abre a s su a s portas às 22h30 tendo, até de m ad r u g ad a , a melhor música dos dj’s Migg e Wilson. Muito glamour, alegria e diversão são as propostas pa ra quem quiser passar uma noi-

Info ∑ Iguarias regionais ∑ Música ao vivo ∑ Modernidade ∑ Informações e reservas: t. 232 410 460 f. 232 410 466 info@hotel durao.com

te diferente e na qual as passas, o champanhe e o tradicional bolo-rei são ofertas da casa. Os preços variam entre os 15 e os 20 euros, pa ra quem não ten ha convite, e os 10 e os 15 euros para convidados, estando incluídas algumas bebidas no preço de entrada. Localizada na estrada do aeródromo, a Hangar oferece animação e a co-

reografia de bailarinos especialmente caracterizados para o revéillon, com a envolvência de uma decoração pensada ao pormenor. A discoteca Hangar dispõe de um pa rque de estacionamento que ultrapassa os dois mil metros quadrados de terreno e lotação para duas mil pessoas, para além de duas pistas de dança.

∑ Animação ∑ Decoração especial ∑ A melhor música ∑ Dancers ∑ Informações: 936 250 045

Hotel Durão

Entrada em grande em 2011 Bem perto do centro histórico da cidade de Viseu, o Hotel Durão apresenta um programa especial para a noite da passagem de ano. Muito divertimento, com a presença de música ao vivo, e as melhores iguarias gastronómicas são a promessa deste espaço acolhedor e moderno. Os pratos são confeccionados com elevado padrão, dando especial

ênfase aos sabores regionais, com valor reconhecido e recomendado pela Confraria Gastronómica do Dão. Mas, se quiser f icar hospedado no Hotel Durão basta que efectue a sua reserva até ao próximo dia 18 de Dezembro e pode desfrutar de um desconto de cinco por cento, tendo a certeza que todos os quartos deste espaço estão decorados de forma acolhedora

e moderna, a pensar nas suas necessidades. O Hotel, para além da sua política de respeito pelo meio ambiente, disponibiliza ainda garagem e internet gratuitas, esplanada e jardim, bem como pequenos luxos como o pequeno-almoço no quarto. Para mais informações e reservas pode utilizar os números de telefone 232 410 460 e 232 410 469.

última

8 à Conversa | página

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“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...” Só não mudam mesmo as placas toponímicas que, apesar do turismo estar agora a montante, junto à Sé, para baralhação dos turistas que nos visitam, continuam a indicá-lo a jusante, nas antigas instalações, à rua Calouste Gulbenkian.

Penedono Padre bombeiro guiado pela fé na Diocese de Lamego

EDIÇÃO 456 | 10 DE DEZEMBRO DE 2010

∑ Professora de Moimenta da Beira é pioneira no estu-

do do humor em Portugal.

Carlos Pereira

∑ Escolas particulares revoltadas com os cortes nos con-

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt

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tratos de financiamento. ∑ Jovens de Viseu criam empresas de computadores personalizados. ∑ Penedono - Padre bombeiro guiado pela fé na diocese de Lamego. ∑ O futuro do Douro Sul em debate.


tempo: parcialmente nublado

JORNAL DO CENTRO 09 | DEZEMBRO | 2011

∑agenda

Hoje, dia 9 de Dezembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 14 e mínima de 5ºC. Amanhã, 10 de Dezembro, chuva. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 6ºC. Domingo, 11 de Dezembro, parcialmente nublado com possibilidade de chuva. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 6ºC. Segunda, 12 de Dezembro, parcialmente nublado. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 4ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Sexta, 9

Viseu ∑ Cerimónia de reconhecimento de mérito aos melhores alunos do concelho pela Câmara Municipal de Viseu, às 15h00, na Aula magna do IPV.

Sábado, 10

Santa Comba Dão ∑ Filipa Duarte apresenta a sua obra “Sedução e Utopia”, no Auditório Municipal. Viseu ∑ Concerto solidário de Natal, da Igreja Adventista de Viseu, para angaraiar fundos destinados a várias institutições do concelho

Passatempo

O Jornal do Centro oferece bilhetes para o 17º Festival Internacional de Teatro da ACERT (FINTA), de 30 de Novembro a 17 de Dezembro. Para ganhar um, ligue para o 232 437 461. Bilhetes limitados. Publicidade

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Nuno André Ferreira

Viseu ∑ Serão aquiliniano, às 21h00, no Solar do Vinho do Dão, com a apresentação do livro “Os Trinta Dinheiros do Rei Melchior”, de Alberto Correia (Edição da Santa Casa da Misericórdia de Viseu), por Fátima Eusébio.

Ocupas

Federação ganha Marta, ou Tondela perde autarca? “Pelo Futebol, Por Portugal”, ou “MaisPortugal”, um destes projectos vai ser o escolhido para orientar o futebol em Portugal nos próximos anos, nas eleições de amanhã, dia 10. Mais que isso, Carlos Marta, ou Fernando Gomes, um deles vai passar a sentar-se na cadeira da presidência da Federação portuguesa de Futebol (FPF), nos últimos anos ocupada por Gilberto Madaíl. Umas eleições que acabaram, sem surpresa, por ser muito personalizadas nos dois candidatos. Muito mais que nas listas ou nos projectos com que se apresentam. Nas últimas semanas discutiram-se programas

e conteúdos, embora questões paralelas, mas mais mediáticas, acabaram por desfocar o que afinal está em causa nas eleições de amanhã: que futuro para o futebol não profissional, para a formação, para as selecções? Carlos Marta, autarca de Tondela, tem desde já uma vitória antecipada. A sua candidatura veio tornar esta eleição muito mais do que um facto que parecia consumado: a vitória de Fernando Gomes. Entre outras, uma ideia forte no projecto Carlos Marta: “O futebol português tem de alargar a sua base de praticantes, tornar-se mais forte e competitivo nos seus diversos níveis e preparar-se para

responder ao tempo de crise. Este terá de ser um plano integrado, com a participação das instituições desportivas, governamentais, associações distritais, clubes, estruturas de classe, escolas e autarquias”. Eleições que podem resultar em empate, por ser par (84) o número de delegados com direito a voto. Desses, 29 votam por inerência de funções e os restantes 55 foram eleitos. A votação é amanhã, entre as 10h00 e as 13h00. Sufrágio por voto secreto, que poderá provocar algumas surpresas na contabilidade final, numas eleições previsivelmente bem renhidas. Gil Peres

Neste mês fazem exactamente dez anos que Guterres se foi embora quando percebeu que o país tinha caído num pântano com a política e os negócios misturados. Vieram, a seguir, o governo jacinto-leite-da-somague-capelo-rego de Barroso e os dois governos contentores-de-robalos-e-de-alheiras de Sócrates. E a pré-bancarrota em Maio. Nestes desgraçada década, o país habituou-se a aumentos de impostos e a receitas extraordinárias em todos os finais de ano. Quem não se lembra da venda da rede fixa da PT, do fundo de pensões da CGD ou da titularização de créditos fiscais ao Citigroup feitos por Manuela Ferreira Leite? Quem não se lembra, no ano passado, de Zeinal Bava a passar o fundo de pensões da PT para o Estado ao mesmo tempo que escapulia ao fisco centenas de milhões de euros devidos pelos lucros na venda da Vivo? Vamos com dez anos disto e este ano não foi diferente: Vitor Gaspar subiu impostos e encaixou mais uma “receita irrepetível” — 6 mil milhões de euros dos fundos de pensões dos bancos, isto é, activos dos bancários que existiam para assegurar as suas pensões no futuro. Mais uma vez, como explicou Pedro Santos Guerrreiro num brilhante texto no Jornal de Negócios, o estado foi ao futuro buscar dinheiro e fê-lo viajar para trás no tempo. Já tinha sido assim com a CGD, com o Citigroup, com a PT. Este ano, a esta viagem no tempo do dinheiro, chamou-se almofadas. Pedro Passos Coelho foi buscar dinheiro ao futuro para, no presente, pôr uma “almofada” nas dívidas do passado. António José Seguro queria mais ou menos a mesma coisa: que se fosse buscar dinheiro ao futuro e, em vez de pôr a “almofada” no passado, pô-la no presente. Diz Daniel Innerarity: “pomos as gerações futuras a trabalhar involuntariamente em nosso benefício”. E diz também: “estamos a ser os «ocupas» do futuro.”


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