Jornal do Centro - Ed509

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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ESPECIAL FIM DE ANO > SUPLEMENTO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário 16 a 22 de Dezembro de 2011 Ano 10 N.º 509

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

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“Sabíamos que a criação de portagens iria levar a alterações de comportamento”

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Nuno André Ferreira

Coronel Seixas, comandante da GNR do distrito de Viseu, em entrevista exclusiva ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9


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Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

praçapública r

r Podem

palavras

deles

Fernando Ruas Presidente da Câmara Municipal de Viseu, durante a inauguração do “Mural a Viriato”, no dia 12 de Dezembro

José Lapa Técnico Superior do IPV

Sabe o que é o crowdingout? Não! Bem, eu também não. Sei, apenas, tratar-se de um fenómeno (também existem na economia?) que consiste no seguinte. “Quando temos um montante total de crédito, este distribuí-se por três sectores: público, empresarial e o sector das famílias. Se o senhor tira de um lado, o outro necessariamente sofre. A isto chama-se crowding out, em teoria”. Quem fala assim não é gago: Meus Senhores e minhas senhoras, Sua Excelência o Sr. Governador do Banco de Portugal. Esta leccionação gratuita, sobre tão relevante conceito da nossa vida económico-financeira, foi dada a um deputado (para o caso pouca interessa, quem ou a sua

Alexandre Azevedo Pinto Economista alexazevedopinto@sapo.pt

António Martinho Presidente da Turismo do Douro, durante a cerimónio de encerramento do 3º Festival de Gastronomia do Douro, no dia 10 de Dezembro

Francisco Lopes Presidente da Câmara Municipal de Lamego, durante a cerimónio de encerramento do 3º Festival de Gastronomia do Douro, no dia 10 de Dezembro

Nelson Sousa Administrador da empresa de transportes JLS, ao Jornal do Centro

Contribuintes e Contabilistas

Opinião

Opinião

r

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O acto de cozinhar É por uma razão tirar um O Douro tem o viseense da sua terra, e fazer bons pratos é recurso mais antigo emocional e pouco mas não tiram a terra um acto de cultura” do mundo (vinho do racional que continuado seu coração” Porto) mas nunca enri- mos em Viseu ” queceu com isso”

coloração partidária) na Assembleia da República, em 2Dez2011, em contexto de exposição, sobre a acção do sistema financeiro no financiamento da economia real e do Estado… Uffff! Consegui. Literalmente irritado, por um aparte - conhecido expediente parlamentar - o Ex.mo Governador, não esteve com meias medidas e… aí vai disto. Mas, foi ainda mais longe, acusando o parlamentar de “ignorância total” e “de má-fé intelectual”. Esta atitude deplorável, de um tecnocrata puro e duro, esta insensibilidade e seráfica verborreia de pretensa sapiência, demonstra bem, até que ponto chegou a cultura democrática desta gente, que nos atirou para o pântano, com toda a sua sageza e, ostenta agora a sua lauta sabedoria. Mas, é frágil biombo, para não lhe assacarem responsabilidades no caos. Os órgãos representativos eleitos são uma maçada interminável, intolerável, que vem perturbar as suas estatísticas, os seus números, os seus gráficos, os seus organogramas, as suas agendas, as suas folhas de excel e sis-

temas de cálculos precisos. As pessoas são números. Ponto final. Ainda hoje, eu, que estou seriamente afectado pela calvície, consigo pôr uns quantos cabelos em pé, quando me aparece pela frente, a fazer comentário económico, gente que passou pelos Governos, com provas dadas nos funestos resultados, que todos sentimos agora até ao tutano da nossa existência. A democracia vive uma afronta figadal, desta gentinha, sem sensibilidade humana, para quem a ética republicana, é motivo de troça, escárnio e mal dizer. Ao longo dos últimos anos, a classe política deixou-se fascinar pela tecnocracia. Deu-lhe palco e ambição. Irmanou-se. E hoje os políticos eleitos – eu disse ELEITOS! – são substituídos, por messias tecnocratas, apóstolos da verdade mercantil. E o que incomoda nisto tudo, é começarmos todos a perguntar, para que serve a democracia? Sim, para que serve, quando Berlusconi é apeado pelos mercados e subs-

tituído por um “prestigiado técnico”. Quando Papandreu, tem o mesmo destino. Quando a agenda politica europeia, ao seu mais alto nível, se vai moldando às ameaças da Agência Standard&Poor’s. É certo que Berlusconi é uma figura caricatural e ridícula. Um autêntico buffone. Mas foi eleito. Só que ser eleito, na actual conjuntura, vale o que vale. Assim, a actual crise para além de económica, financeira e social, é também política, sendo que, as democracias começam a ser castigadas, pela sua responsabilidade no cenário dantesco, que começamos a atravessar. Punidas, por figuras cinzentas e esclarecidas, que têm poder para alterar o sentido de um voto, em nome do sagrado principio do lucro. A resignação partidária aos ditames do mercado é hoje evidente. Os actuais partidos políticos europeus, demitiram-se do debate e do estímulo à cidadania. Omitindo estes dois princípios essenciais, na missão da sua pratica política, optando por

penalizar materialmente o cidadão. Tudo isto é preocupante, se aduzirmos ainda a falta de controlo dos Executivos, respeitados, agora, pela sua insuspeita competência técnica. Só que esta tipologia politica (?) se caracteriza por ausência de politica. E o grande objectivo de intervenção do Estado, o estabelecimento de compromisso rumo à integração da sociedade (Maurice Duverger – Introdução à Politica, Estúdios Cor/1975), em democracia, em que se realçam a negociação e a arbitragem, perdem-se. Inexoravelmente. Agora a política é: 1+1=2. Há dias, um amigo meu, que defende o primado da gestão sobre tudo o que mexe, dizia-me: “Lapa, o país tem de ser governado, como se fosse uma empresa. E as pessoas têm de aceitar isto.” Percebi então, que a lógica da austeridade, é a verdade da gestão. A verdade enquanto convicção de que a gestão se sobrepõe às pessoas. Mentira! A gestão pressupõe sempre, mas sempre

as pessoas. Peter Drucker, o homem que inventou a gestão, uma figura fascinante pelo seu ecletismo, escreveu: “A gestão é sobre as pessoas, a melhor forma de aumentar a produtividade de uma empresa está em gerir melhor as pessoas (não os processos ou as técnicas) ”. Meu caro, se assim for, então estou de acordo. Só que, há qualquer coisa que me está a escapar!!! A nossa sociedade é cada vez mais governada por contabilistas e, nós passámos de cidadãos a contribuintes. Num dos meus textos políticos de referência, Despedidada, escreve Norberto Bobbio: “No despotismo iluminado de ontem e de hoje, a figura do homem servo mas feliz substitui o que nos é mais familiar através da tradição do pensamento grego e cristão do homem inquieto mas feliz. Qual das duas formas de convivência está destinada a prevalecer no próximo futuro, ninguém é capaz de prever. “ (Autobiografia, Bizâncio, 1999).

A crise do Euro (II) Durante os últimos anos – em particular desde a criação do Euro em 1999 - Portugal sofreu de um processo de enviesamento estrutural face a países como a Alemanha, a França, a Holanda ou a Áustria: tornámo-nos consumidores de primeiro e último recurso da Zona Euro, gastando mais do que obtínhamos de rendimentos (endividando-nos) e registando um défice das contas correntes cada vez maior. Paralelamente

esses países eram produtores de primeiro e último recurso, gastando menos do que ganhavam (poupando) apresentando contas correntes sempre excedentárias. A acumulação de divida privada e pública em Portugal, tal como na Grécia, Espanha e Irlanda, deixou de ser controlável por via dos “buracos orçamentais” e pelos défices das contas correntes. Se a isto ainda associarmos o padrão de consumo excessivo com estag-

nação económica e perda de competitividade, temos criado o quadro complexo de crise que hoje todos nós bem conhecemos. Quais as saídas para ultrapassar este grave problema? Deixo aqui quatro sugestões: 1 . Reforma das Instituições Europeias e do modelo de governação da Moeda Única no sentido de aumentar a integração europeia que permita a sua sobrevivência. A criação de um Or-

çamento Comunitário que pudesse reforçar significativamente os poderes de intervenção das autoridades comunitárias - actualmente o orçamento da comunidade é apenas de 1% do PIB dos países que dela fazem parte. Em termos comparativos, a Política Agrícola Comum representa qualquer coisa como 40% do total do orçamento comunitário . Da mesma forma deveriam criarse mecanismos de transferência


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números

estrelas

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Número de novos efectivos a reforçar o Grupo Territorial da GNR de Viseu, dotandoo assim de meios humanos para poder enfrentar os tempos conturbados que se avizinham e se adivinham.

Helena Rebelo Coordenadora das Mulheres Socialistas no Distrito de Viseu

Alberto Correia Museólogo

Ao ver distinguidas a nível nacional, pela Associação Portuguesa de Museologia, duas das suas criações - Museu Etnográfico de Várzea de Calde e o Tesouro da Misericórdia - recebe a justa recompensa pelo empenhamento e devoção em prol dos museus viseenses.

Acácio Pinto Deputado e escritor

Após o apuramento de um renhido processo eleitoral que opôs duas candidatas com projectos próprios, Helena Rebelo triunfou e tem pela frente um desafio sob o lema “Capacitar para intervir”, visando congregar nele todas as mulheres socialistas do distrito.

O deputado socialista pelo circulo eleitoral de Viseu, Acácio Pinto, rendeu-se às teias de Orfeu e dedilhando sua lira brindou-nos com a novela “Intimidades Traídas” , a ser domingo apresentada na sua terra natal, Sátão.

Com a introdução de portagens pensa recorrer às vias alternativas?

Importa-se de responder?

Claro que sim. Vou fugir às portagens sempre que possível, nem o dispositivo vou comprar. Sou contra a introdução de portagens, é uma “roubalheira”.

As alternativas que existem não compensam o preço das portagens. É uma vergonha a alternativa, por exemplo, até Sever do Vouga. Não concordo com o pagamento de portagens, mas enquanto não arranjarem alternativas decentes vou circular na A24 e A25.

Alfredo Vicente

Tiago Pereira

Empregado de mesa

Mediador de seguros

Sim, sem dúvida. A viagem que faço de Cascais a Viseu fica 6,50 euros mais cara, ida e volta são mais 13 euros. Isso dá para 100 quilómetros de viagem.

O facto é que não preciso muito de transitar na A24 e A25. Quando tal acontecer, vou recorrer às vias alternativas se bem que, para já, não se possam considerar alternativas válidas.

Rui Santos

Elisabete Domingos

Desempregado

Gerente

entre países da comunidade para ultrapassar choques assimétricos, ou ainda permitir a emissão de Obrigações Soberanas Europeias até um determinado limite o que permitiria financiar países ou regiões em maiores dificuldades; 2. Induzir um processo inflacionista “controlado”, estimulando a economia através de emissão (suprimento) de moeda ou reduzindo taxas, restaurando a competitividade e o crescimento em países periféricos da Zona

Euro como é o nosso caso ao mesmo tempo que se põe em marcha um programa de reformas estruturais na economia. Esta opção implica uma flexibilização da política monetária por parte do BCE, uma forte depreciação do Euro no mercado cambial e estímulos orçamentais em países como Portugal; 3. A opção que tem sido a escolhida pelo directório Merkel¬_Sarkosy e pelo BCE, tem sido o da deflação recessiva, por via de uma austeridade

orçamental, com reformas estruturais que procuram impulsionar o crescimento da produtividade e reduzir os custos do trabalho e uma depreciação real do Euro através do ajustamento de preços; 4. Seria a saída controlada do nosso país da Zona Euro. Isso permitiria revitalizar o crescimento económico e a competitividade, através da depreciação do futuro “novo escudo”; Qualquer uma das opções tem prós e contras, mas uma coisa é certa: o

Euro acabará por desaparecer se a Zona Euro não souber caminhar no sentido de uma maior integração, com mais crescimento, competitividade e sustentabilidade dos endividamentos de cada país-membro, associado aos princípios da solidariedade institucional entre países que desde o início nortearam a Europa. Se tal não acontecer, a def lação recessiva imposta pelo directório irá certamente conduzir a um desmoronamento desordenado do Euro.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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A não serem intervencionadas e conservadas, não tardará que se assemelhem aos caminhos do fim do século XIX, em macadame, esburacadas e enlameadas. Logo, autênticas ratoeiras e campos de mortandade”

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A pescada de rabo na boca Outrora, nos finais do século XIX, bandos de meliantes, fora-dalei, armados, faziam das esconsas estradas e caminhos de Portugal seu ganha-pão, assaltando de clavina nas unhas e ar feroz os incautos viajantes, tornando uma viagem mais longa numa imprevisível aventura. Hoje, início do século XXI, pórticos electrónicos, aliados a sofisticados “chispes”, fazem da A24, da A25 e de muitas outras modernas vias de comunicação portuguesas, ganha-pão do governo, “aliviando” por intermédio das mais modernas tecnologias os explorados migrantes. Alguns utentes das estradas, que as utilizam para ganhar o pão nosso de cada dia e por falta de alternativa, nalguns casos, já se perguntam se vale a pena ir trabalhar. Ou melhor, se vale a pena pagar para trabalhar. As empresas transportadoras, que não têm outras hipóteses viáveis de circulação, ou estão a “rolar” aceleradamente para a perda de competitividade e insolvência, ou prevêem, a breve prazo, mudar as suas plataformas logísticas para Espanha, onde os veículos são mais baratos, o gasóleo mais barato e onde não pagam portagens. Os outros, aqueles que ainda utilizavam as estradas de Portugal para fazerem o seu tímido turismo, equacionando o preço dos combustíveis taxados a mais de 50% por litro de imposto para o Estado; os

impostos sobre veículos, nalguns casos superiores a 50% do preço base, para o Estado; o IVA de 23% para o Estado, restauração incluída, os outros, dizíamos, vão deixar até de praticar esse agora supino luxo do turismo português, em Portugal, e começarão, como os Românticos de outrora, a viajar em torno das paredes do seu quarto… Numa sombria mas não descartável perspectiva, não estaremos distantes de equacionar, a curto prazo, um país parado, exangue e moribundo. A alternativa (se de alternativa se trata) é passar o fluxo de trânsito diário para as estradas nacionais. Que não o comportam. As Estradas de Portugal, empresa pública, não tendo verbas para a manutenção das estradas nacionais, entrega-as, de mão-beijada, em cada Concelho, à responsabilidade das respectivas autarquias. A maioria das autarquias tem graves problemas financeiros, agora profundamente agravados. Basta ver, a título de exemplo, o aumento dos custos de electricidade que levou muitas delas a cortes radicais na iluminação nocturna. Esses cortes radicais na iluminação nocturna potenciam exponencialmente o aumento da criminalidade, já por si potenciado por um estado a-social não-afectivo. Mas esse problema da criminalidade, dizem os autarcas, é assunto do ministério da Administração Interna.

Voltando aos graves problemas financeiros da maioria das autarquias portuguesas, é fácil prever-se que, em breve, não terão dinheiro para a conservação e manutenção das estradas concelhias, outrora nacionais. E das duas uma, ou a sua degradação se acelerará a uma velocidade vertiginosa, porque não estão preparadas para o previsível aumento brutal do fluxo de trânsito, com os pesados a contribuírem de forma decisiva para essa degradação, ou, como já anunciaram alguns autarcas, só há uma solução possível: proibir o trânsito a veículos de peso superior a dez toneladas, e em caso extremo, criar portagens nas estradas municipais para gerar verbas a fim de as autarquias poderem fazer face à manutenção das ditas. A não serem intervencionadas e conservadas, não tardará que se assemelhem aos caminhos do fim do século XIX, em macadame, esburacadas e enlameadas. Logo, autênticas ratoeiras e campos de mortandade. E ainda não falámos nas estruturas rodoviárias tais como, por exemplo, as pontes. Algumas seculares, mais apropriadas para serem apreciadas como venerandas relíquias arquitectónicas do passado, fazem lembrar a rábula do burro velho do moleiro, que já não aguentava a albarda, quanto mais as taleigas cheias de farinha que o dono insistia em carregar-lhe em cima. É

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Editorial

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

ter-se gasto dinheiro até virar os bolsos do avesso em auto estradas e, agora, ter de se andar, obrigatoriamente, pelas velhas municipais (enquanto os autarcas respectivos não se decidirem pelas portagens, à semelhança dos “outros”)

Da Segurança ao estado actual Paremos para pensar. Exorcizemos maus feitios e pendores políticos. Foquemo-nos na sucessão de factos a que temos assistido e nas suas consequências; passadas, presentes e futuras. O que fomos, quem somos e o que seremos. Façamos vereda no assunto das estradas. Esturrámos “rilhões” de contos e de euros na nossa malha estradal. Desde há muito que a propósito de proporcionar permeabilidade ao interior e de flexibilizar a traficabilidade das vias da zona da costa se vem assistindo a um romper de auto estradas por todo o lado. A medida era acertada segundo o senso comum e foi esse predicado que nos distraiu. Encomendaramse milhares de obras estradais, pagas com as parcerias contratadas entre os Fundos Europeus e o nosso tesouro. «Tem de se aproveitar o que vem da Europa», dizia-se. Pois se de lá vinha, a fundo perdi-

do, o grosso do investimento, seria um desperdício desaproveitá-lo. Até aqui tudo mais ou menos bem. Lança-se a obra a concurso (com processo sempre transparente!?) é adjudicada cada uma delas e partese para a execução. Bom, sem ainda se dar por acabada iniciava-se o processo, incontornável, das derrapagens financeiras. E que derrapagens, lhes lembro! Recordo o saudoso Raul Solnado que trauteava uma cantiga que dizia: - … é encher a saca, chupar na teta da vaca…enquanto houver! Quanta razão desvendava com esta cantilena o que se passava nos bastidores dos nossos ministérios e autarquias. Parece-me que todos nós, a determinada altura, demos conta de que já não eram precisas mais estradas e auto estradas, mas que os “poderes” continuavam nessa senda. Iniciou-se então outro processo justificativo. Deixou-se o slogan das acessibilidades necessárias e

hasteou-se outra bandeira. A da Segurança Rodoviária. Estavam a morrer muitas pessoas nas estradas e, portanto, urgia dar solução a tal drama. Resultado: mais estradas! E andando, cobrindo de breu o que foram e poderiam ser campos de trigo, batatais, ou pomares, assistiu-se ao continuar de uma política empreendedora em vias de comunicação viária. No exacto momento em que estamos, nada do que foi dito tem sentido. Não importa a segurança e o aumento da sinistralidade. Não importa o contrariar da interioridade. Não são importantes os transtornos que causa o trânsito nas localidades. É irrelevante a degradação dos pisos das estradas a que iremos assistir. Não importa que se tenham gasto, como o Zé do Bronze, o que está empatado nas vias rápidas e auto estradas. É importante, isso sim, aspirar, até ao último cêntimo, o que não se conseguir sacar por outras formas.


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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

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bom de ver que o pobre asno soçobrou. Arriou. E o bestial moleiro, na sua cega cupidez, perdeu o asno, os atafais e a mercadoria, arruinando-se. Mas para além destes círculos concêntricos de raio estreitado, no “princípio do funil”, existe, possivelmente, um cenário que em breve ensombrará a vida de muitos portugueses, pelo inevitável aumento de sinistralidade que, sem qualquer dúvida, ocorrerá fruto do enquadramento factual atrás enunciado. É pois premente perguntar: quem é e o que vai fazer a Prevenção Rodoviária Portuguesa? Organismo dependente dos extintos Governos Civis, terá, por consequência, sido também extinto. Por seu turno, a GNR ficando com o odioso da questão, luta, irrefragavelmente, com drásticas reduções e contenções orçamentais. Recordemos que a BT foi desarticulada para reduzir custos. Sem grandes meios, como vai a GNR providenciar a segurança dos cidadãos nas nossas estradas? Reprimindo ou agindo profilactica e pedagogicamente? É que fartos de repressões já andamos todos nós…! Alguns leitores deste editorial estarão a pensar : -- “Que visão mais catastrofista da realidade!”. É um direito que lhes assiste. Da nossa parte desejamos-lhe, do fundo do coração, dinheiro e sorte para mais este ataque. Ou, na falta deles, fazemos votos de que nunca sejam as vítimas das ratoeiras que por aí fora se vão

armar, nas estradas nacionais, ou municipais, ou sejam lá de quem forem, com o trânsito decuplicado e a manutenção reduzida, na proporção inversa. Faça figas, Caro Leitor! Ps: última hora – o Governo mandou a DGI penhorar os veículos de todos aqueles que não pagarem as portagens nas ex-scuts. A coação no seu mais alto expoente. Qualquer dia, mandam as BI (brigadas de intervenção) pela calada da noite, prendê-los em casa, aos “criminosos prevaricadores”. Mas nós já vimos este filme! Claro, “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg…

Já o pedir responsabilidades pelas deficiências encontradas diariamente em pontes como as do IP3 (só a título de exemplo) não é coisa a que se possa aspirar. Em suma, se mo permitem: - Estamos, todos, tramados. Se temos de nos deslocar, esbarramo-nos nos painéis que anunciam os preços do litro dos combustíveis nas gasolineiras que se seguem nos quilómetros seguintes, em que, sendo o preço liberalizado, as marcas optam por, livremente, tabelarem todas pelo mesmo preço; 1ª violência. Em busca de maior segurança e comodidade ir-se-ia pelas auto estradas, mas foram taxadas; 2ª violência. Fazendo contas ao consumo de combustível e ao preço das portagens opta-se por seguir por estradas alternativas, com camiões, tractores agrícolas e travessia de localidades; 3ª violência. Um troço que poderia demorar, por exemplo, 30 minutos a fazer em AE, passará a ser feito em uma hora;4ª violência! Quem tem crianças terá de

as sujeitar à sinuosidade das curvas que sempre existem nas estradas secundárias, provocando enjoos, vómitos e tudo o mais; 5ª violência. E, de uma a uma, como bem saberão, somar-se-iam muitas mais violências. Mas, a maior delas, para mim, é ter-se gasto dinheiro até virar os bolsos do avesso em auto estradas e, agora, ter de se andar, obrigatoriamente, pelas velhas municipais (enquanto os autarcas respectivos não se decidirem pelas portagens, à semelhança dos “outros”). E, segurança é o inverso; é a não-violência. Em sentido lato será “a percepção de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas” (Wikipédia). E quem está protegido sente-se seguro. E quem se sente seguro sente-se livre. Ora, com tal silogismo, abreviadamente se percepciona que definha a cada dia a “tal” liberdade de que ouço falar, sobretudo, de há quase 40 anos a esta parte.

DE 19 DE NOVEMBRO A 6 DE JANEIRO

ANIMAÇÃO ESPACIAL DE NATAL! O Natal no Palácio é uma festa permanente, com música, ateliês e muito mais, e este ano tem uma exposição interactiva que te leva à lua e mais além.

Pedro Calheiros

CRIANÇAS NA LUA Onde a descoberta e a diversão são as estrelas principais.

Consulte a agenda de actividades no Balcão de Informações do Palácio do Gelo e em www.palaciodogelo.pt


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abertura

textos ∑ Emília Amaral/Tiago Virgílio Pereira

Nuno André Ferreira

E depois das portagens...

Autarcas, empresários, comerciantes e utentes das ex-SCUT são unânimes em afirmar que o Governo já se terá apercebido que a decisão de introduzir portagens nas auto-estradas construídas sem custos para o utilizador, nomeadamente a A25 e a A24 que atravessam o distrito de Viseu, afinal não vai surtir os efeitos financeiros desejados e que as consequências vão ser mais um custo. Uma semana depois das auto-estradas começarem a ser portajadas não se encontram mais-valias da medida do Governo. O cenário é de uma diminuiçaõ significativa de automobilistas nas auto-estradas e um aumento preocupante de tráfego nas antigas estradas nacioPublicidade

nais (vias alternativas). Os autarcas estão preocupados sem saber onde vão buscar dinheiro para a manutenção das vias que deixaram de ser nacionais e que hoje estão sob a responsabilidade das câmaras municipais. O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul (PSD), António Carlos Figueiredo afirma que “terá de haver uma compensação de receita”. Do lado do comércio há igualmente preocupações acrescidas com a diminuição de pessoas nas entradas na região. O presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez diz que as vendas não subiram no comércio de rua, ao contrário do que foi perspectivado, pensando-se que as

pessoas podiam manter-se nas suas localidades e não viajar tanto: “Essa é uma ideia errada”. Para o responsável, há é uma outra consequência negativa.“A única coisa que sentimos foi a diminuição do número de turistas espanhois na cidade, talvez evitem pagar portagens”, reforça. No fim-de-semana, vários postos de abastecimento de combustível contactados pelo Jornal do Centro confirmaram uma diminuição de clientes a abastecer as suas viaturas, acreditando que tal “fenómeno” estava a acontecer “em nome das portagens”. Empresas. Quem também está a sofrer, “e de que maneira”, são as empresas transportadoras do distrito.

“Vamos tentar que os custos sejam remetidos para os clientes”, disse Júlio Fernandes, director financeiro da Patinter. Esta é a principal medida que a maior empresa trasportadora da região centro vai tomar, para fazer face à introdução de portagens. Apesar de reconhecer que “é complicado”, o também assessor da direcção garantiu que só assim “a empresa puderá continuar a laborar normalmente”, caso contrário “terão de limitar-se os custos e a frota disponível”. Na Patinter circulam 1200 camiões e outros tantos funcionários. Para já, a hipótese de despedimentos está fora de questão, “mas tudo pode acontecer”, alertou. A transportadora com

sede em Mangualde tem empresas em Espanha, França e República Checa e a deslocalização é um cenário possível. “Vamos limitar o acesso de camiões a Portugal, uma vez que temos muitos negócios lá fora”, concluiu. Mais modesta e com mais problemas está a Trasportes Lemos. “A empresa vai parar, no mínimo, 20 por cento de uma frota composta por 40 camiões”. Os despedimentos são inevitáveis e “pelo menos 10 colaboradores serão dispensados”, garantiu Jorge Lemos. O proprietário pondera deslocalizar a empresa para Espanha, uma vez que, pelo menos, “a legislação laboral é mais acessível”. “Por uma razão emocional e pouco racional”,

a trasportadora viseense JLS vai continuar, para já, na cidade de Viriato. “Os custos com as portagens representam 1,5 milhões de euros que queremos repercutir para os clientes”, explicou Nélson Sousa. O administrador identificou uma das “grandes lacunas dos pórticos”, ao dizer que “não conseguem distinguir um veículo da classe 3 de um da classe 4”. Para além de considerar que “se está a pagar estradas que já foram pagas pelos fundos comunitários, aliado a um erro alheio”, disparou. Em jeito de conclusão, Nélson Sousa disse que a empresa acompanhará os fluxos financeiros: “temos de ver em que via está o dinheiro, se está fora do país, teremos que o acompanhar”.


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PORTAGENS | ABERTURA 7

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Quais as consequências da introdução de portagens na A25 e na A24 para o seu concelho?

Telmo Antunes

António Carlos Figueiredo

Presidente da Câmara Municipal de Lamego

Presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul

A i nd a é prem at u ro ava l i a r a s consequências da introdução de portagens. O único facto que já constatámos é que a A25 perdeu fluxo de tráfego, já o IP5 aumentou. De resto, não podemos afirmar nada com exactidão e rigor. Passou apenas uma semana e é tudo muito recente. Não sabemos se, por exemplo, esta introdução obrigou as pessoas a manter-se no concelho e com isso aumentaram as vendas no comércio tradicional e no aluguer de apartamentos. Não sabemos o peso que este custo significa para as famílias e empresas. Apesar de termos noção que se trata de um custo acrescido.

A A24 ainda toca no concelho de S. Pedro do Sul e a A25 dista 10 quilómetros. É evidente que traz prejuízos para o interior e trás prejuízos enormes para o município, porque vai levar a uma maior utilização das estradas municipais e a manutenção é feita pela Câmara, o que é extremamente injusto. Vamos esperar para ver qual vai ser o tráfego. Se o tráfego pesado começar a ser desviado, vai ter duas implicações. Primeiro, atravessa a cidade e isso é incomportável pela sobrecarga enorme e, depois, a sobrecarga da manutenção das vias. Se se verificar isso, vamos ter que tomar algumas medidas, porque a via hoje não comporta o trânsito e os municípios têm que arcar com a manutenção. Introduzir portagens não é possível, mas deveria haver uma compensação da receita que é obtida com o portajamento, porque se o poder central obtém receita não tem o direito de empurrar o trânsito para as vias municipais e não dar qualquer compensação aos municípios. O imposto de circulação que a câmara recebe é dos veículos do concelho, não tem que estar a arcar com os de fora, nomeadamente, de fora do país.

Expropriações de terrenos por pagar Os compartes dos Baldios de Vasconha e outros habitantes do concelho de Vouzela queixam-se de ainda não lhes terem sido pagas as expropriações de terrenos usados para construir a autoestrada A25, onde têm de pagar portagens para transitar. Fonte da Estradas de Portugal (EP) assegurou, entretanto, que têm sido efectuadas “todas as diligências possíveis à empresa para liquidar os valores das expropriações ainda em falta”. O presidente do conselho directivo de Baldios de Vasconha, José Macário, explicou à agência Lusa que a construção da A25 abrangeu uma grande área de terrenos baldios entre os nós de Ventosa e de Boa Aldeia. “Aqui em Vasconha já falta pagarem a poucos particulares, mas continua por pagar a maior fatia, que é a relativa

aos terrenos baldios, de 150 mil euros”, contou. José Macário disse esperar que esta questão seja resolvida na justiça, mas contou que “o povo está a querer revoltar-se e a ir pelo lado da força, tendo falado mesmo em cortar a A25”. Preocupado com a situação está também o presidente da Câmara de Vouzela, Telmo Antunes, que por várias vezes enviou ofícios para a Estradas de Portugal sobre este assunto. “Sei que, além dos baldios, nas freguesias de Ventosa e de Cambra a Estradas de Portugal ainda não pagou a perto de 20 pessoas”, criticou. Na sua opinião, estas pessoas estão a ser “duplamente penalizadas”, porque não receberam o valor dos seus terrenos e “ainda têm de pagar” portagens para passar neles. Lusa

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Francisco Lopes Presidente da Câmara Municipal de mangualde

Quem mais vai sofrer com a introdução de portagens são as empresas transportadoras da região, que necessitam de movimentar a sua actividade económica, e não é em Lamego que vão vender frutas, enchidos e leite, por exemplo, em grandes quantidades. Os grandes consumos, infelizmente, realizam-se fora do concelho e do distrito. Há também a consequência psicológica, quero com isto dizer que, os espanhóis e sobretudo galegos vão deixar de visitar a região e Portugal.

João Azevedo Presidente da Câmara Municipal de Mangualde

Antes de tudo lembro que sempre fui um opositor às portagens. Não há vias alternativas capazes para fazer face às auto-estradas. A Estrada Nacional 16 tem sérios problemas de segurança. Precisa de ser requalificada, ainda mais com o aumento do fluxo de tráfego que se adivinha. Se hoje já dá sinais de desgaste, não imagino como será no futuro próximo. Actualmente a Câmara não tem capacidade económica para requalificar a Nacional 16 e, mesmo que o faça, não pode remeter esse custo para o utilizador, seria ridiculo. O Estado é que tem de assumir essa responsabilidade. Este custo adicional do pagamento de portagens representa um peso brutal para as famílias e para as empresas e prejudica directamente a actividade económica do concelho.


8 Entrevista ∑ Emília Amaral e Paulo Neto foto ∑ Nuno André Ferreira

Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

à conversa

“O nosso interesse é não tanto ter pessoal nos postos mas cá fora a patrulhar” Eduardo Augusto Rodrigues de Seixas, 50 anos, natural de Cumieira, Santa Marta de Penaguião assumiu o cargo de comandante da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Viseu em Abril do ano passado. Desde que entrou na GNR em 1984, que o seu percurso se destaca por assumir funções de comando, tendo percorrido vários distritos, como Castelo Branco, Portalegre, Lisboa, Vila Real e Porto. Reside em Lamego, onde já trabalhou, mas Viseu não foi para o coronel entrar num território estranho, uma vez que já tinha assumido funções de adjunto do comando em 1990.

rações e os problemas põemse nas localidades. As nacionais, que noutros tempos eram vias importantes e passavam nas localidades com essas características, hoje estão um bocado difusas, porque fizeram-se arruamentos alternativos, criaram-se sentidos diferenciados, a organização da própria cidade/vila A introdução de portagens na altura ainda não temos levou a que haja hoje situaA24 e na A25 obrigou a GNR indicativos relativamente a ções diferentes. Em Viseu, de Viseu à criação de algum isso. A comissão de utentes toda a Nacional (EN) 16 pasplano especial para actuar nas e os jornalistas têm feito al- sa nas sedes de concelho e aí, estradas alternativas? gumas experiências, que nos não tendo indicadores, acreNão foi elaborado um do- vão dando algumas indica- dito que haja algum aumento de tráfego, porque não há cumento escrito em con- ções. alternativas. creto, mas andámos a ajusComo está a ser feito o ajustatar e estamos a fazê-lo, pormento? Qual é a vossa maior preocupaque sabíamos que a criação ção face a esta realidade? de portagens, quer na A24, À medida que vamos veÉ essencialmente, desviar quer na A25 iria levar a alte- rificando que há alterações rações de comportamento na opção por itinerários al- os meios de prevenção e de nos automobilistas, nomea- ternativos, vamos fazendo o fiscalização. Se chegarmos damente tomarem outras ajustamento. Sabemos que à conclusão que de Viseu opções em termos de itine- há alguma pressão nas lo- para S. Pedro do Sul as pesrário e eventualmente algu- calidades mais importantes, soas passam a andar todas ma transferência de tráfego essencialmente, no atraves- pela EN16, deixamos de empara outras vias. Nesta altu- samento dessas localidades penhar efectivos na A25 e ra admitimos essa hipóte- e podemos falar em vários passamos a empenhá-los na se e estamos a fazer ajusta- eixos, como de Lamego a EN16. Essa é a nossa obrigamentos. Viseu e de Aveiro a Vilar For- ção e vamos fazendo isso de moso. Estou em crer que as acordo com a nossa percepA GNR preparou-se antecipa- pessoas que vêm de Aveiro e ção das situações. damente para o momento de vão para um destino longínintrodução de portagens? Faz a A24 diariamente quo, continuam a utilizar a (Lamego/Viseu)? Exactamente, na condição A25, os percursos mais curFaço a A24 e tenho feito de esperar para ver. Nesta tos é que terão algumas alte-

mais, ultimamente, a Nacional 2. Demoro uma hora de Lamego a Viseu, fazendo todo o percurso pelo Nacional 2 excepto o troço do nó de Cinfães até ao nó de Castro Daire, para evitar passar nesta vila. Neste momento há muita gente perdida nas estradas alternativas, porque a própria sinalização é deficiente e está desactualizada. A GNR confirma isso?

Com certeza, são os tais ajustamentos que as entidades reguladoras das vias vão ter que ajustar. EstarealidadeiráobrigaraGNR a disponibilizar mais meios humanos e materiais. Sabendose que há uma diminuição de meios também nas forças de segurança, como está pensar gerir o problema?

mando. Estou há ano e meio a comandar este comando territorial e os impactos em termos de [falta de] pessoal e de condições, não as notei. Nós projectamos o nosso orçamento e temos estado dentro dos limites razoáveis. Está a dizer que a GNR de Viseu tem os efectivos necessários e tem todas as condições?

todo o distrito. O quadro traçado anda um pouco acima (900 efectivos), mas estamos dentro dos limites razoáveis. Há alguma relação de causa e efeito, uma vez que a criminalidade está a aumentar em todo o território?

Não me compete comentar as opções políticas. TeNão são todas, porque mos uma realidade que é nunca nos consideramos sa- nossa (Viseu) e, em termos tisfeitos relativamente àquilo de criminalidade, não tem que temos, mas habituamo- havido grandes flutuações nos a trabalhar com o que [no distrito de Viseu], aliás, o temos e, com os meios que último ano até registou uma temos. Tem sido dada uma ligeira diminuição. Os meios resposta satisfatória àqui- que nos são afectos são aquelo que são as necessidades les que a Guarda nos dispodeste território. Recebemos nibiliza. agora um reforço significaMas há uma política de pretivo de pessoal que dividivenção? mos pelo território de acorNós tentamos ao máximo do com as necessidades. ser pro-activos e não reacPode quantificar o reforço de tivos. Tomara termos conefectivos? dições para que a intervenRecebemos 57 efectivos, ção policial fosse sempre na que foi uma “lufada de ar prevenção do caso e não na fresco” para as nossas ne- sua solução. cessidades. E o que temos é Os dados relativos aos primeisuficiente.

Vou fazer um parêntesis para dizer que os comentários e considerações que vou fazer são relativos à minha responsabilidade, e a minha responsabilidade é por esta unidade, que é uma parte do território nacional, e é Quantos elementos tem a uma parta da Guarda, que GNR de Viseu? não pode estar dissociada Anda à volta de 800 hodaquilo que são os objectivos e as orientações do co- mens, o correspondente a

ros 11 meses deste ano comparados com o mesmo período de 2010 revelam que o número de mortos nas estradas do distrito de Viseu aumentou. Foi


EDUARDO SEIXAS | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

noticiado esta semana que o aumento terá chegado aos 50 por cento. Tem alguma explicação para este cenário?

Não é de 50 por cento, mas houve de facto um aumento. Houve uma diminuição em todos os aspectos da sinistralidade, tirando esse que infelizmente é o mais gravoso. Houve uma diminuição do número de acidentes de viação, houve uma diminuição dos feridos ligeiros, mas houve um aumento de mortos. Quer dizer que eventualmente houve um conjunto de acidentes que tiveram uma gravidade superior. Porquê?

Em termos gerais não podemos fazer essa avaliação. Quais são as maiores preocupações no IP3 sendo o itinerário já um problema?

As vias têm um ciclo de vida, algumas foram feitas sobre uma determinada perspectiva, hoje estão sobrecarregadas e algumas em condições que obrigam a reparações prolongadas, que criam constrangimentos no trânsito. Quem faz da estrada o seu escritório tem dificuldades e ao fimde-semana as filas de trânsito complicam-se, claro que há itinerários alternativos assinalados. No sentido Coimbra/Viseu os automobilistas podem ir pelo IC12 até Carregal do Sal, depois apanhar a Regional 231 até Tondela. No sentido Viseu/ Coimbra podem entrar em Santa Comba Dão, seguir a Mortágua e depois ir pelo Luso ou voltar à Aguieira.

percebem, nomeadamente autarcas, que temos alguma dificuldade em dizer como é que os postos funcionam. É uma informação que não deve ser pública e as pessoas não entendem. Para nós, o ideal era que as pessoas tivessem consciência que o posto está sempre a funcionar.

se sentido, mas há quem defenda a filosofia de haver um posto policial por concelho e só haver outros postos quando por razões operacionais se justifiquem.

país de furto de metais, mas ainda assim, este mês houve uma baixa da criminalidade em termos do crime contra o património no distrito. Este mês diminuiu toda a criminalidade e diminuiu Há quem defenda, ou discute- relativamente ao período do se essa possibilidade nesta ano passado até de uma foraltura? ma significativa. Discute-se há muitos anos, Encontra alguma explicação? como se discutem outras coiMas o que significa “activo sas há muito tempo. Não. Estas coisas têm com horário reduzido”? uma certa sazonalidade. Nós fizemos um esforço Qual é o maior problema de se- Tanto pode ser pelo nosgurança no distrito de Viseu? grande para alterar as condiso desempenho, como pela Não temos uma situação desmotivação de quem se ções no concelho de Tondela. O posto de Tondela ficou na particularmente crítica. Te- dedica a essas práticas, pela mesma com a sua área, mas mos situações que são tem- pressão imposta. Temos um foi reforçado o de Campo de porárias, mas que varrem parâmetros que avaliamos Besteiros, que está a funcio- todo o território. Temos o sempre que é a criminalidanar quase autonomamente. fenómeno que assola todo o de violenta e Viseu está comNesta altura não há encerramento de postos, o que há são estas modalidades de funcionamento, utilizadas em outros países. Por exemplo, em França, à noite, são poucas esquadras policiais abertas, o que têm são sistemas alternativos, embora o posto não esteja aberto, há sempre patrulhas na área. Esse é o nosso interesse, não tanto ter pessoal nos postos à espera que as pessoas lá vão, mas ter as pessoas cá fora a patrulhar. Acha que o sistema implantado no Caramulo serve aquela zona?

Está no Caramulo e está no Avelal (Sátão). Os dois estão a funcionar da mesma forma. O posto está aberto para atendimento ao público das 9h00 às 17h00. Fora desse período continuamos a dar resposta, aliás, melhor do que a que estávamos a dar, porque os dois postos chegaram a um ponto de dificulA limitação das obras nas três dade que não conseguiam pontes (duas da responsabili- fazer patrulhamento, apedade da GNR de Viseu) vai ser nas garantiam a abertura do um ponto negro na estrada, posto e, assim, temos patrueste Natal, sabendo-se que lhas na rua. Vai para lá a pamuita gente se desloca do lito- trulha e não vou dizer nunca ral para o interior para passar se tenho lá mais gente a oua quadra? tras horas. Um ponto crítico. Vamos Os postos não concelhios estar atentos, mas não teda GNR no distrito não vão mos uma varinha mágica fechar? que faça as pessoas passarem de um lado para o ouA decisão de abrir e fechar tro. Estamos lá para ajudar. postos é do senhor ministro Quem tiver pressa tem que [da Administração Interfazer contas à vida e usar al- na]. Viseu tem dois postos ternativas. não concelhios em Tondela (Caramulo e Campo de BesO posto do Caramulo vai conti- teiros), mais o de Canas nuar com horário reduzido, ou de Senhorim (Nelas), o de vai mesmo encerrar, como já Avelal (Sátão) e o de Sousese fala na localidade? lo (Cinfães), um caso partiO posto do Caramulo está cular por estar numa zona activo com horário reduzi- problemática. Portanto, não do. As pessoas às vezes não há nenhum movimento nes-

a cometerem transgressões graves pondo em risco a sua vida e a dos outros. Esse é o No território nacional há dife- principal problema.

plemente fora daquilo que é a média nacional.

rentes realidades.

Nas avaliações que fazemos sobre criminalidade verificamos que há uma relação muito importante com a população. Onde há população, há actividade económica, onde há actividade económica, há nomeadamente, crime contra o património. Não temos furtos de lojas de telemóveis nas vilas do interior porque não há lojas de telemóvel. Como é que a GNR controla as zonas rurais face ao défice de agentes?

A GNR tem estado atenta às zonas rurais e aqui temos implementado os programas da orientação do comando superior, dirigidos a níveis populacionais específicos, nomeadamente, a idosos, porque temos uma população idosa grande. Mas a preocupação não é tanto com os idosos que vivem nas povoações, mas os isolados. Não tanto na zona de montanha, porque o povoamento é agrupado, mas nas zonas de povoamento disperso, nomeadamente no Douro, aparecem casais e pessoas a viverem de forma isolada. Como avalia os números da violência doméstica no distrito (há cerca de meia centena de crimes contabilizados pela GNR de Viseu)?

Têm-se mantido nos últimos anos. Houve uma altura em que se registou um aumento também pelo facto de as pessoas se libertarem no sentido de participarem as situações. É natural que continue a haver muita coisa encoberta, mas os números têm-se mantido.

A queda de neve nesta região é sempre um problema para a GNR, para os automobilistas, para os bombeiros… com bloqueios nas estradas. Porquê?

O ponto crítico tem sido o alto de Bigorne. Todos os anos acontece uma ou outra situação e causa algum constrangimento. Os constrangimentos são sempre no tal sentido de as pessoas terem sempre pressa. Nas primeiras vezes que houve neve na auto-estrada, as concessionárias não estavam preparadas para fazer a limpeza imediata e começámos a fazer o desvio para as estradas secundárias e “era pior a emenda que o soneto”, porque tínhamos previsão para a limpeza da auto-estrada e não tínhamos previsão para a limpeza da estrada secundária. Hoje, nas duas vias estruturais (A24 e A25), mas principalmente a A24, as concessionárias garantem a limpeza quase contínua, numa situação normal de neve e mantêm a estrada aberta. Temos é que apelar às pessoas para fazerem o que lhes vão indicando. Na auto-estrada o melhor é esperar e não ir por outra estrada, isso é um erro. Para terminar pedimos um comentário a esta citação. Marguerite Yourcenar em “Memórias de Adriano”’ dizia a certa altura: “Uma lei muitas vezes transgredida é uma má lei”.

A Guarda tem uma divisa que é “Pela Lei e pela Grei” o que dá algum espaço de manobra. Embora sejamos uns fiscais da lei, não nos compete fazer a avaliação relativamente a uma lei ou outra, mas o facto é que o fazemos Que conselhos dá às pessoas de forma sistemática. Soque andam na estrada? mos os primeiros a chamar As pessoas hoje não traba- a atenção para uma lei, nolham no sítio onde residem meadamente na regulação e fazem-no sempre à quei- do trânsito. Quando aparece ma para chegarem a horas algo que nos parece desajusao trabalho. Isto acontece tado fazemos alertas e atramesmo nas populações do vés do comando superior interior. Para essas pessoas chegam a quem de direito. é importarem programaSurtem efeitos? rem sempre a viagem e de Algumas vezes têm sido preferência fazer um esforço para sair com tempo. Às feitas alterações legislativas vezes são deslocações curtas iniciadas por quem tem a que as pessoas querem fazer responsabilidade de fazer num tempo que é impossível só a fiscalização. Não podee, depois, como se vêm im- mos fazer o julgamento de possibilitadas de o fazerem uma boa ou má lei, a não ser cumprindo as regras, leva-as por esse caminho.


Jornal do Centro

10

16 | Dezembro | 2011

região Museu de Varzea de Calde eleito Melhor Trabalho de Museografia O Museu Etnográfico de Várzea de Calde, em Viseu, ganhou o prémio de Melhor Trabalho de Museografia da Associação Portuguesa de Museologia (APOM). A distinção à Casa de Lavoura e Oficina do Linho um projecto da autarquia de Viseu, inaugurado em Novembro de 2009 -, foi anunciada na segunda-feira, na cerimónia de entrega dos prémios nacionais APOM 2011. O objectivo destes prémios é incentivar e premiar a imaginação e a criatividade dos museólogos portuPublicidade

gueses e o seu contributo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal. O museólogo viseense, Alberto Correia, autor da candidatura e responsável pela elaboração do programa do museu, atribui o galardão à forma como tudo foi conseguido, “a exposição das peças, os quadros, as fotografias os textos ilustrativos e todo o trabalho de recolha e de investigação conseguido ao longo de três anos”. Para Alberto Correia o prémio é também “o reconhecimento de que foi feito

um bom trabalho em museologia”. “Aceitei fazer aquele trabalho, assim como o do Museu da Misericórdia, porque julgo que os faço minimamente bem”, acrescenta. Alberto Correia recebeu o diploma na sexta-feira, em Lisboa e vai agora entregá-lo ao presidente da Câmara de Viseu esperando que “seja exposto” no Museu Etnográfico. O Museu Etnográfico de Várzea de Calde nasce a partir de uma casa tradicional de lavoura em ruínas adquirida pela au-

DR

Nacional∑ Prémio da Associação Portuguesa de Museologia

A Museu Etnográfico de Várzea de Calde tarquia para ali instalar inicialmente o museu do linho, uma vez que Várzea de Calde se distingue pela Publicidade

tradição secular de trabalhar o linho desde o cultivo ao tear. “O museu é mais do que isso, onde a histó-

ria do linho também faz parte”, acrescenta Alberto Correia. A APOM atribuiu ainda ao Tesouro da Misericórdia - Museu da Santa Casa da Misericórdia de Viseu, uma menção honrosa na categoria de Melhor Museu. Um trabalho de museologia igualmente da autoria de Alberto Correia. O Museu do Papel (Santa Maria da Feira) foi eleito o Melhor Museu Português em 2011. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt



Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU

16 | Dezembro | 2011

O orçamento da Câmara Municipal de Viseu para 2012 foi aprovado na sexta-feira passada, dia 9, em reunião de câmara, com a abstenção do vereador do PS, Fernando Bexiga, uma vez que o segundo vereador socialista, João Cruz esteve ausente da reunião “por motivos pessoais”. A proposta de orçamento e grandes opções do plano para 2012, incluindo os Serviços Municipalizados é de 77 milhões de euros. O vereador socialista justifica a abstenção por reconhecer que o documento “revela um esforço significativo de redução orçamental em 15 por cento” em comparação com o orçamento deste ano. Apesar do reconhecimento do “esforço de previsão orçamental mais próxima da realidade financeira do município”, Fernando Bexiga acrescenta que “a execução do

orçamento” lhe “levanta algumas preocupações, na medida em que o município deverá ser ressarcido de verbas correspondentes ao reembolso dos projectos co-financiados e cujos atrasos poderão condicionar algumas das actividades propostas para 2012”. A proposta vai agora ser votada em Assembleia Municipal. Entretanto, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, anunciou em Novembro que o município vai ter um orçamento municipal de base zero para “remover com mais facilidade as gorduras” das suas finanças. “É um exemplo para a minha câmara. Há muito que eu acho que, a par do orçamento normal, ir instituindo um orçamento de base zero é um procedimento salutar. Há muito tempo que a câmara o tem feito no sentido de enxugar o orçamento, no sentido de não ter gorduras”, disse. EA

“Terra de Viriato” recebe novo painel de azulejos Doação∑ Emigrantes na África do Sul “marcam” a cidade de Viseu Há um novo painel de azulejos em Viseu. Na Porta de Viriato, e no sentido de dinamizar aquela zona, um grupo de emigrantes e “amigos” de Viseu, a residir na África do Sul, ofereceu um triplo de azulejos alusivos ao guerreiro viseense. “Esta é uma doação importante para a cidade. A inauguração foi antecipada para coincidir com o aniversário dos 80 anos dos painéis do Rossio”, disse o presidente da autarquia, Fernando Ruas. Esta é a primeira obra de requalificação que aconteceu no Campo

Tiago Virgílio Pereira

Bexiga abstém-se no orçamento

A Emigrantes, amigos, autarcas e convidados na apresentação do novo painel de Viriato. No início do ano, a iluminação artificial do painel irá avançar e, a posteriori, uma nova rotunda vai nascer naquela zona. “Grande e com relva”, garantiu o autarca. Gilberto Leal,

autor do projecto, explicou cada um dos três “blocos”. O primeiro, da esquerda, é o painel da tribo. “É uma homenagem à mulher e à sua dedicação enquanto esposa e mãe”, disse. O pai-

nel central, “simboliza a luta do herói épico”, o último e do lado direito, respectivamente, espelha o “Viriato sofrido”, concluiu. Tiago Virgílio Pereira

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Jornal do Centro

14 REGIÃO | LAMEGO

16 | Dezembro | 2011

Opinião

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

As TIA’s e as festas

Jantar de encerramento do 3º Festival de Gastronomia Terminou mais uma edição do Festival de Gastronomia do Douro. No sábado, o encerramento do 3º festival contou com um “Jantar de Caça”, confeccionado e servido na Escola de Hotelaria e Turismo do Douro - Lamego. No repasto, estiveram presentes representantes dos restaurantes aderentes, bem como das forças vivas da região, onde não faltaram as entidades oficiais e diversos empresários. Em jeito de boas-vindas, o director da Escola de Hotelaria, Paulo Vaz, fez a apresentação dos diversos pratos que foram sendo servidos durante a noite.

Aos restaurantes aderentes foram entregues certificados de participação, tendo ainda sido contemplados, o Restaurante Rabelo - CS Vintage House Hotel, Restaurante Vista Alegre Hotel Lamego, Restaurante Quinta do Melião e Restaurante Cêpa Torta com certificados de distinção. Apesar de este ter sido um ano difícil para os muitos sectores empresariais, nomeadamente o da restauração e da hotelaria, o 3º Festival de Gastronomia do Douro reforçou as múltiplas propostas que o Douro tem para oferecer e descobrir. Nesta edição, o festival atingiu valores e percenta-

gens de crescimento que facilmente são detectáveis através de números. Foram 43, os restaurantes aderentes, distribuídos por 19 concelhos e, durante 45 dias. Abrangendo a totalidade dos 19 concelhos da Entidade Regional do Turismo do Douro, ou seja, 100 por cento de adesão. Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Lamego e em representação da “Douro Emoções” (o eixo das cidades de Vila Real, Peso da Régua e Lamego), abordou a relação da caça e da gastronomia e defendeu que “a caça tem que ser alimentada”. O 3º Festival de Gastro-

nomia do Douro foi uma organização conjunta da Entidade Regional do Turismo do Douro, da Douro Emoções (Câmara Municipal de Lamego, Câmara Municipal de Vila Real, Câmara Municipal do Peso da Régua), AE.HTDOURO (Associação de Empresários), Turismo de Portugal, Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (IPV) e com o apoio dos Municípios da CIMDOURO, Confraria do Espumante e Caves da Raposeira. Tiago Virgílio Pereira

do Douro José António Fernandes

António Martinho

Presidente da AE.HTDOURO

Presidente da Turismo do Douro

Que balanço faz desta edição?

Penso que esta edição foi melhor que as anteriores. Ainda não é um festival perfeito, mas vamos no sentido que, a organização, entende como o indicado. Ainda não estou satisfeito, há que melhorar as ementas, à imagem do que é feito nos festivais de gastronomia do Alentejo. Como será para o ano?

Em 2012 vamos ter dois festivais de gastronomia. Um num espaço fechado, no Multiusos de Lamego e outro idêntico ao que fizemos este ano. Entendemos que gastronomia é património e, como tal, temos de o potenciar. O Douro tem como destino o turismo de excelência e, nesse sentido, vamos desenvolver mais acções para o dinamizar. Os empresários também terão de se actualizar e ter mais disponibilidade para ouvir as nossas sugestões, e, em conjunto, chegarmos à perfeição. Se gostaram da edição deste ano, voltem que para o ano será melhor! Como vê o aumento do IVA na restauração para 23 por cento?

Infelizmente é muito. Mas, não há nada a fazer. A nível empresarial não podemos fechar as casas porque são o nosso posto de trabalho e de rendimento. Teremos de nos adaptar de forma a que o cliente não sinta este terrível aumento. É preciso inovar.

Quando valorizamos os produtos gastronomia e vinho estamos a dizer às pessoas: venham que descobrem algo diferenciador. Isto é valorizar a identidade, motivo de atracção e simpatia para os turistas que nos visitam. O aumento do IVA é duro para os empresários da restauração, mas quero que saibam que nós estamos cá para fazer a promoção e a divulgação da restauração de qualidade, para eles se aguentarem.

O título em causa poderá sugerir que iríamos falar sobre aspectos da crónica social. Puro engano. TIA’s é a abreviatura que se dá a Toxinfecções alimentares. E qual será a sua relação com as festas? Por norma terminou no mês de Setembro a grande azáfama de casamentos e festas realizados nos mais variados espaços e iniciam-se nesta época as inúmeras e inf indáveis ceias de Natal, este ano provavelmente em menor número. Existirá alguma relação entre estes eventos e a ocorrência de TIA’s? Todos nós já assistimos a relatos de casamentos que têm como destino final as urgências hospitalares, um desfecho pouco agradável para um dia que merece um registo particular na vida de cada um. A ocorrência destes episódios pressupõe a conjugação de um conjunto de requisitos que passamos a descrever: temperaturas ambientes superiores a 20ºC, entradas colocadas nas mesas com muito tempo de antecedência, molhos que têm na sua base ovos crus (maioneses), mariscos conservados a temperaturas muito altas e entradas (fritos) confeccionados de forma deficiente, com um exterior crocante e estaladiço e um interior por vezes por cozinhar. Este é normalmente o cocktail que está na origem das TIA’s. No entanto, quando nos dirigimos a um hospital com um qua-

dro sintomatológico de dores de barriga, diarreias, vómitos e febre, a resposta que obtemos é sempre a mesma: provavelmente trata-se de uma Salmonelose. Isto é uma TIA causada por esta bactéria (Salmonela) que está na origem de 90% das poucas TIA’s ocorridas em Portugal. Como esta intoxicação não é de declaração obrigatória, não se fazem testes no sentido de determinar a sua ocorrência ou não. Também nestes aspectos seria importante modificar procedimentos e verificar se de facto, é esta a bactéria causadora da maioria das TIA’s, porque existem outras, também bastante perigosas. A Salmonela é muito vulga r nos ovos e n a carne, evidenciando várias características das quais destacamos pela sua importância: uma capacidade de crescer a temperaturas que variam entre os 5ºC e os 50ºC, uma taxa de crescimento exponencial (2n), sendo apenas destruída a temp erat u r a s de 100ºC, durante 30 minutos. Deste modo, parece evidente que a ocorrência de TIA’s não tem incidência nos pratos quentes serviços nos eventos, mas sim nas entradas. Este esclarecimento permitirá por certo a cada um tomar as medidas preventivas que entender como mais convenientes quando estiver neste tipo de eventos. Boas festas sem idas ao hospital.


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MANGUALDE | VISEU | REGIÃO 15

16 | Dezembro | 2011

O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa inaugurou no domingo, dia 11, o lar e creche da Associação As Costureirinhas de Cavernães, em Viseu. O novo espaço, a funcionar desde Setembro, tem capacidade para receber 28 utentes na valência de lar e 33 crianças na creche. A estrutura dispõe ainda do serviço de apoio domiciliário prestado actualmente a

40 pessoas. A obra custou cerca de 1,5milhões de euros faltando ainda à associação liquidar 400 mil euros. O secretário de Estado deixou a promessa de comparticipar a compra de duas viaturas que a instituição vai ter que adquirir para garantir o serviço domiciliário. A autarquia de Viseu vai assumir o pagamento de um veículo, ficando a aquisição do segundo por conta do Governo.

“Por um sorriso” em Mangualde A Câmara Municipal de Mangualde promove até segunda-feira, dia 19, uma recolha de brinquedos sob o lema “Por um Sorriso. A campanha pretende Publicidade

ser uma oportunidade para fazer o espírito de entreajuda. Os brinquedos podem ser entregues no serviço de acção social e saúde da autarquia.

Colisão envolve viatura da GNR de Viseu e faz quatro feridos Causa∑ Guarda ia em perseguição a um automobilista e embate no carro em sentido contrário Uma colisão frontal entre um veículo descaracterizado da GNR de Viseu e um veículo ligeiro fez três feridos, um deles em estado grave, um rapaz de 10 anos, que sofreu um deslocamento maxilar e foi operado de imediato no Hospital S. Teotónio em Viseu. Os dois militares e a mãe da criança sofreram ferimentos ligeiros. O choque aconteceu na quarta-feira, logo pela manhã, na Estrada Nacional 16, junto ao nó de Moselos, em Viseu. “Os militares da guarda, do destacamento de trânsito, estavam em perseguição a uma viatura que não cumpriu uma indicação de

Nuno André Ferreira

Novo lar inaugurado em Cavernães

A Local onde ocorreu o acidente paragem, quando se deu o embate frontal numa outra viatura que seguia em sentido contrário”, disse o responsável pelo gabinete de relações-públicas da GNR de Viseu, Paulo Fernandes. De acordo com testemunhos conseguidos pelo Jornal do Centro, a mulher,

Ana Lopes, 40 anos, dirigia-se para a Escola Básica de Vila Nova do Campo, para deixar o filho, Simão Lopes, quando foi surpreendida pela viatura da GNR em sentido contrário. Fonte da empresa de reboques adiantou que “havia óleo na estrada que,

aliado ao excesso de velocidade, propiciou o despiste”. O tenente-coronel Fernandes garantiu que “os militares são experientes e que o condutor não tem registo de acidentes. A viatura estava em boas condições e recentemente tinha recebido quatro pneus novos”. A GNR garante todo o apoio aos militares, mas vai abrir um processo de inquérito interno para “apurar responsabilidades”. À hora do fecho do Jornal do Centro, a criança estava estável depois de ter sido operada com sucesso. Os três feridos ligeiros tiveram alta no próprio dia. Tiago Virgílio Pereira


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16 REGIÃO | VISEU | SÁTÃO

16 | Dezembro | 2011

António Martins terá sofrido algum ataque, perdendo o controlo do tractor antes de capotar numa ravina.

UNIÃO EUROPEIA

Prémio de jornalismo Lorenzo Natali já tem vencedores O prémio Lorenzo Natali foi entregue a 17 vencedores de todo o mundo distinguindo “trabalhos de jornalismo notáveis” que abrangeram temas de

desenvolvimento, direitos humanos e democracia. Os premiados foram escolhidos entre mais de 1300 participantes. Uma lista completa de todos os ven-

cedores e respectivos artigos e peças de rádio e televisão estão disponíveis no sítio Web do prémio Lorenzo Natali. http://lorenzonataliprize.eu.

Facilitar o acesso das PME ao financiamento A Comissão Europeia quer facilitar o acesso das Pequenas e Médias Empresas (PME) ao financiamento. Um plano de acção que inclui o aumento do apoio financeiro do orçamento da União e do Banco Europeu de Investimento e uma proposta de regulamento que estabelece regras uniformes em matéria de comercialização dos fundos de capitais de risco são as proposPublicidade

tas avançadas pela Comissão. O novo regulamento tornará mais fácil aos investidores de capitais de risco obterem fundos em toda a Europa para o arranque de novas empresas. A abordagem é simples: desde que cumpra uma série de requisitos, qualquer gestor de fundos pode obter capital em toda a UE, sob a designação de «fundo europeu de capitais de

DETIDOS

risco». Em complemento às medidas apresentadas incluindo 1,4 mil milhões de euros de novas garantias financeiras no âmbito do Programa para a Competitividade das Empresas e das PME, o Banco Europeu de Investimento manterá a sua actividade de empréstimos às PME a um ritmo sustentado, próximo do nível de 2011 (10 mil milhões de euros).

DETIDO

Viseu. Um homem de 36 anos foi detido após o rapto de uma mulher com quem pretendia ter relações sexuais e forçá-la à prostituição num estabelecimento de alterne em Espanha. O crime foi perpetrado na madrugada do dia 11, no domingo, junto de um estabelecimento nocturno em Viseu e cessou numa localidade de Moimenta da Beira, “com a fuga bem sucedida da vítima”, refere a PJ em comunicado.

MORTE

Sátão. Um agente da PSP de Viseu, 52 anos, morreu num

acidente de tractor, no dia 9, sexta-feira, em São Miguel de Vila Boa, Sátão. António Martins tinha problemas cardíacos – usava um pacemaker – e estava de baixa médica há duas semanas. “A morte do pai, em Setembro, deixou-o muito abalado. Tinham uma relação de grande cumplicidade e não estava a ser nada fácil para ele superar essa perda”, disse Paulo Almeida, presidente da Junta de Freguesia de São Miguel de Vila Boa. Momentos antes do acidente, a mulher, Maria Amélia Martins, 51 anos, que o acompanhava e ficou ferida, terá gritado, o que leva a acreditar que o agente

Viseu. Dois homens de 53 e 59 anos foram detidos por militares do Núcleo de Protecção Ambiental de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR), em Torredeita, na zona das Forcadas, por se encontrarem a caçar junto a uma área habitacional. Os agentes de autoridade apreenderam-lhes duas caçadeiras e 39 cartuchos. Foram notificados para comparecer no Tribunal de Viseu.

DETENÇÃO

Viseu. Meio milhar de veículos fiscalizados, quatro automobilistas detidos por conduzirem alcoolizados e mais de seis dezenas de infracções ao código da Estrada detectadas. É este o balanço da operação “Férias Seguras” que a PSP levou a cabo na cidade de Viseu.



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18 REGIÃO | ENTREVISTA

16 | Dezembro | 2011

“Uma candidatura [à câmara de Viseu] não é uma questão de género, mas de projecto e perfil”

Em que consiste o cargo para o qual foi eleita do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do distrito de Viseu?

Como consta dos Estatutos do PS tem por objectivo coordenar e desenvolver actividades que promovam a efectiva igualdade de direitos entre homens e mulheres. Incrementar uma maior participação dos homens na vida privada e das mulheres na vida pública, nas suas várias vertentes. Ou seja, uma cidadania activa e interventiva. É aliás ao matriz da minha candidatura que teve como lema: “Capacitar para intervir.” As eleições decorreram no passado mês de Novembro, dias 11 e 12. Porém, só mais de um mês depois foram ratificados os resultados. Porquê

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esta dilação temporal?

Este hiato temporal teve duas razões, a segunda intrinsecamente ligada à primeira, sendo que esta foi a reclamação da outra lista em relação ao processo eleitoral em duas concelhias, a segunda razão foi o facto de o órgão deliberatório – Comissão Eleitoral, ser constituída por pessoas com uma vida profissional e pessoal muito preenchida o que impede uma maior celeridade nestes processos. Entretanto, a Comissão Eleitoral analisou a matéria da reclamação, tendo deliberado por unanimidade a conformidade processual. Havia duas candidatas a este cargo. As eleições foram renhidas. Isto significa a existência de facções opositoras dentro da estrutura em questão?

De facto, éramos duas candidatas, o que confirma a dinâmica estrutural do partido e, no fundo, também o importante contributo deste Departamento na mobilização das militantes. Como tal, foi um processo estimulante, dinâmico, activo, envolvente que obrigou as candidatas a darem o melhor de si. O que se reflectiu claramente nas plurais sessões que decorreram por todo o distrito e que mobilizaram centenas de mulheres e homens socialistas e até simpatizantes. Não. Não há facções internas. O que não quer dizer

acções por todo o distrito, agrupando três ou quatro concelhos em proximidade e fazer acções dirigidas às especificidades identificadas pelas pessoas dessa área geográfica. Capacitar, através de, por exemplo, realização de oficinas sobre temáticas como: técnicas de exposição oral; intervenção e debates; redacção de artigos… ou seja, estimular a intervenção activa nos meios de comunicação locais e nas estruturas partidárias. Promover a literacia digital para aceder ao mundo da informação e do conhecimento. Transmitir técnicas activas de procura / criação de emprego – empreendedorismo no feminino. Queremos ainda promover um encontro distrital com as mulheres autarcas do PS, para partilha de experiências e estímulo à participação de outras mulheres.

que haja unanimismo. Pensamos pela nossa cabeça, no respeito pelas nossas ideias, pelo nosso projecto e por todas quantas confiaram na nossa capacidade. Uma das suas lutas, durante a campanha e agora, na prática, será a da “participação das mulheres na vida política”. Que vai fazer para o implementar, para além das quotas consagradas?

As quotas, eu diria que são um mal necessário. Não obstante, elas aumentaram consideravelmente o número de mulheres na política activa. Agora, o que é importante, é nós provarmos com factos relevantes que não precisamos das quotas para nada, impondo-nos pela nossa actuação nos diferentes domínios de acção. Contudo, todos os dias deparamos com situações que provam ainda haver um longo caminho a percorrer. Dou-lhe um exemplo recente, na minha profissão que, sendo maioritariamente feminina, com cerca de oitenta por cento de mulheres, apresentou como candidatos a Bastonário quatro homens. Intento, com a minha equipa, dar cabal cumprimento aos princípios orientadores da minha candidatura, tendo sempre como premissa aumentar as competências de intervenção na vida pública / política, na assunção plena dos valores da cidadania.

Paulo Neto

Helena Rebelo, socialista, casada e com três filhos. Com um percurso profissional de mais de vinte anos como enfermeira, é actualmente vogal do conselho clínico do Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões I. Foi deputada do PS à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Viseu na XI Legislatura, sempre conciliou as suas atribuições da vida familiar com a sua participação cívica, de forma activa e empreendedora. Actualmente à frente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do distrito de Viseu.

A sua antecessora Fátima Ferreira saiu antes do fim do mandato tecendo críticas à estruturainternadoPSViseu.Acha quetinhamfundamento?

Como não estava directamente ligada ao Departamento, fui confrontada com a notícia, que me surpreendeu. Fátima Ferreira foi a primeira Coordenadora deste Departamento, deu muito a esta causa, trouxe muitas mulheres para a política activa, concedeu muito do seu tempo e da sua vida ao êxito deste projecto e às mulheres socialistas, mesmo a nível nacional. Por tudo, só lhe po-

demos estar reconhecidas por todo o seu empenho e obra feita. Quanto às críticas, não posso pronunciarme, pois delas tive conhecimento superficial através da comunicação social. Porém, num partido com a democraticidade do PS, as críticas, a existirem, são sempre fruto da dinâmica de um partido plural e com esta dimensão. Quais são as macro linhas do seu Programa que quer activar com sucesso?

Rapidamente refiro-lhas: descentralizar e capacitar. Descentralizar através de

Qual é, para si, o melhor candidato pelo PS à Câmara Municipal de Viseu, nas próximas eleições autárquicas, uma mulher? Vê-se com perfil?

Essa resposta não é da minha competência. O PS tem estruturas próprias decisórias para, em tempo útil, tornarem pública essa decisão. Contudo, uma candidatura destas não é uma questão de género, nem se cinge a essa dualidade. É antes uma questão de projecto e de perfil. Paulo Neto


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Boas Festas

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sugestões

Fim-de-Ano Hotel Durão

2012 chega com muito requinte Música ao vivo, as melhores propostas gastronómicas da região e um atendimento de excelência são as propostas do Hotel Durão para que entre em 2012 com o pé direito. Localizado bem perto do centro da cidade de Viseu, na Avenida da Bélgica, a unidade hoteleira preparou um programa especial para a noite de réveillon, que começa às 19h45, com um cocktail de ano velho. Segue-se um jantar de gala e à meia-noite abrir-se-ão as garrafas de champanhe para assinalar as doze badaladas, acompanhadas pelas passas. Pela mesa passarão as

mais tradicionais iguarias da região e doces tentações. Além da vertente gastronómica e da música ao vivo, o Hotel disponibiliza também alojamento aos clientes. As reservas efectuadas até ao próximo dia 18 beneficiam de um desconto de cinco por cento. É que depois de uma festa de arromba, nada melhor do que um merecido descanso, sobretudo se for num quarto com uma decoração acolhedora e que tem como principal objectivo o seu bem-estar. Este é um espaço onde irá sentirse em casa!

Para mais informações e reservas pode utilizar o número de telefone 232 410 460, ou por mail para ruidurao@hoteldurao.com.

A não perder • Música ao vivo • Gastronomia regional • Serviço de qualidade • Reservas: Tel: 232 410 460 / Fax: 232 410 466 E-mail: ruidurao@hoteldurao.com

Mamma Mia

Receba 2012 num ambiente de glamour Muita música, animação e dança até ao sol raiar são as propostas da Dancetaria Mamma Mia, localizada na Estrada do Aeródromo – Campo, em Viseu, para o Réveillon. Com um ambiente especial e cheio de glamour para assinalar a noite mais longa do ano, o espaço abre as suas portas a partir das 22 horas e promete não deixar ninguém indiferente. Os Pé de Dança são o grupo de serviço e a festa está garantida até às 7 da manhã, também com as propostas do Dj Migg.

A decoração, moderna e requintada, foi pensada especialmente para a data e haverá também projectores de televisão em ecrã gigante no local. O preço por pessoa é de 25 euros (jovens entre os 10 e os 16 pagam apenas 15 euros), sendo gratuito para crianças até aos 9 anos. O valor das entradas inclui duas bebidas à escolha e à meia-noite será distribuído o tradicional champanhe e passas. A ceia, a partir das 3 da manhã, inclui bolo-rei, bôla e caldo verde e é também oferecida.

Hotel Severino José

Um réveillon ‘à la carte’ Um programa ‘à la carte’ é a sugestão do Hotel Severino José, em Tondela. O espaço recebe os seus clientes com um cocktail de boas vindas no bar e disponibiliza alojamento, pequeno-almoço e almoço buffet no dia 1 de Janeiro e ainda check-out tardio até às 16 horas. O programa especial inclui a oferta de um bilhete para o Museu do Caramulo e um kit para descobrir a região. Para a despedida de 2011 foi preparada uma surpresa especial no Solar do Vilar, assegurando a unidade hoteleira as deslocações entre os dois locais. Além do jantar,

há ainda muita animação a partir das 22h30m, com o Dj A. Guimas. À meia-noite será lançado o fogo-deartifício, acompanhado pelo espumante. Segue-se a ceia de Ano Novo e um chocolate quente. O programa completo custa 150 euros por pessoa, mas se não quiser jantar e aproveitar apenas a festa o preço é de 80 euros. Se está a pensar num réveillon mais intimista, o hotel preparou o programa Noite Memorável, disponibilizando um quarto romântico com vista para o Caramulo e decoração especial, igual à preparada para as filmagens de Morangos com

Açúcar. Inclui espumante, pequeno-almoço no quarto e check-out tardio, e custa 100 euros.

A não perder • Prog. para todos os gostos • Animação • Romantismo • Check-out tardio • Tel: 232 813 437 • Fax: 232 813 442 • E-mail: reservas@hotelseverinojose.com

A Dancetaria Mamma Mia tem lotação de 500 lugares sentados, pelo que pode reservar a sua mesa através dos números de telemóvel 966 152 891 ou 936 014 763.

A não perder • Decoração especial • Ambiente seleccionado • Confetti show • Reservas: 966 152 891 ou 936 014 763


Segurança Rodoviária ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 509 DE 16 DE DEZEMBRO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

ESCOLA DE TRÂNSITO EXISTE DESDE 2003

CÂMARA DE SERNANCELHE AJUDA CRIANÇAS A DESCOBRIR NORMAS DA CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

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por um município, fez com que fosse integrada no plano das Actividades de Enriquecimento Curricular. Assim, paralelamente ao Inglês, Música ou Educação Física, os mais novos têm a opor tunidade de descobrir a importância do uso do cinto de segurança ou de viajarem devidamente sentados nas cadeiras de retenção. Carlos Silva faz mesmo questão de frisar que as crianças passaram a ser um elo de transmissão aos pais no que diz respeito à prevenção rodoviária e são eles que exigem respeitar as normas de trânsito, mesmo “em percursos pequenos, como ir de casa à escola”. Dado o balanço positivo registado desde 2003, a autarquia decidiu abrir as portas do equipamento para receber alunos dos concelhos vizinhos. Anualmente, o espaço – que se distingue pelas suas vertentes lúdica, cívica, pedagógica e disciplinar –

acolhe cerca de 3 mil crianças. “É um número muito gratificante”, realça o vice-presidente. No final da visita, cada aluno recebe uma carta de condução simbólica, onde vigoram todas as situações de trânsito que aprendeu e, igualmente importante, colocou em prática.

DR

Saber de que lado da via caminhar, atravessar a passadeira ou respeitar as luzes dos semáforos são regras que fazem parte da prevenção rodoviária, uma temática muito discutida actualmente. E p o r q u e , c o m o d i z o d i t a d o , “é d e pequenino que se torce o pepino”, a Câmara Municipal de Sernancelhe apresenta-se como um exemplo de boas práticas, ao dinamizar uma Escola de Trânsito. O projecto, lançado em 20 03, é já um caso de sucesso. “Criar uma consciência crítica para os problemas que acontecem todos os dias na estrada e alertar para os perigos” são, de acordo com o vice-presidente da autarquia, Carlos Silva, alguns dos objectivos da Escola de Trânsito, que acolhe crianças desde o pré-escolar. A relevância da iniciativa, das poucas ou até talvez a única no país a ser promovida

Textos: Andreia Mota | Grafismo: Marcos Rebelo

suplemento


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SUPLEMENTO | SEGURANÇA RODOVIÁRIA

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CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS REQUEREM CUIDADOS REDOBRADOS A condução pode ser também influenciada pelas condições climatéricas que, quando adversas, exigem maiores cuidados e atenção redobrada. Factores como a chuva, o nevoeiro, o gelo e a neve – comuns nesta época do ano – representam um risco acrescido, pois alteram significativamente as condições da circulação rodoviária. Tendo em conta as consequências que daí advêm, como a má visibilidade, a perda de aderência e o maior desgaste da viatura, cabe ao condutor adoptar comportamentos ajustados às várias circunstâncias. Assim, além de verificar as condições técnicas do veículo, é importante adaptar a condução ao estado do piso, à carga do veículo e à intensidade do trânsito. As recomendações vão no sentido de aumentar a distância Velocidade de segurança, reduzir a velocidade e de cirA distância de travagem é proporcional cular com as luzes de cruzamento (médios) à velocidade. A ssim, é necessário circuacesos. lar mais devagar quando a visibilidade se Distância encontra mais diminuída, de modo a conCom o piso molhado ou escorregadio, a dis- seguir travar no espaço disponível e que é tância de travagem (distância percorrida pelo menor face a condições como chuva, nevoveículo desde o momento em que o condutor eiro ou neve. inicia a travagem, até à sua imobilização toA distância necessária para imobilizar o tal) aumenta, tal como a distância de paragem, veículo também aumenta quando a aderênno caso de ser necessário imobilizar o veículo. cia ao piso se encontra prejudicada, pelo Assim, se mantiver uma distância suficiente que nestas condições a redução da veloe caso o condutor que o precede precisar de cidade é o factor que mais pode contribuir efectuar uma travagem/paragem bruscas ou para que evitar acidentes. uma diminuição inesperada de velocidade, Por outro lado, quanto maior for a veloterá tempo para agir, minimizando as possi- cidade também mais significativos serão bilidades de acidente. Outra vantagem é que os riscos de derrapagem, mais frequentes irá minimizar os riscos de choque em cadeia, com o piso molhado ou escorregadio. Conmais frequentes quando a visibilidade é insu- tudo, se isto acontecer, o condutor não deve ficiente e não permite ver a via para além do travar, mas sim desembraiar (de modo a licarro da frente. bertar as rodas motrizes) e tentar controlar Publicidade

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sujidade acumulada na estrada. Modere a velocidade e aumente a distância em relação ao veículo da frente. Os peões e os condutores de veículos de duas rodas ficam ainda mais vulneráveis ao circular com chuva, por causa do uso de chapéus e das gotas de águas nas viseiras, respectivamente. Por outro lado, ambos têm tendência para fazer movimentos de desvio a fim de evitar a lama e as poças de água. O condutor deve, portanto, estar preparado para comportamentos imprevistos. • Poças de água: passe-as muito devagar, pois o choque pode provocar desequilíbrio no veículo e uma derrapagem. Não se esqueça que a mesma pode esconder um buraco, que pode representar um perigo para o veículo, o veículo com pequenos toques no volan- sobretudo se for de duas rodas. te, virando as rodas no mesmo sentido da Posteriormente, não se esqueça de testar derrapagem. os travões pois, estando molhados, podem Médios não funcionar. Deixe-os os secar, pressionanA visibilidade reduzida associada à chuva, do levemente o pedal do travão. nevoeiro ou neve faz com que seja ainda mias • Vento: pode provocar a perda do controlo importante ser visto pelos restantes utentes da via. O uso dos médios torna-se preponde- da direcção do veículo, e consequentemente, rante. Em caso de nevoeiro, deve também ac- a alteração da sua trajectória. O risco é tanto cionar os faróis de nevoeiro e ter consciência maior quanto mais elevada for a velocidade. Reduzir a velocidade e virar o volante para de que o uso de máximos transforma o nevoeiro num ecrã que reflecte a luz, piorando as o lado de onde sopra o vento são algumas recomendações. É importante estar atento condições de visibilidade. Evite também o embaciamento dos vidros à trajectória imprevista dos veículos de duas e verifique o limpa pára-brisas e o estado de rodas. conservação das escovas. • Com condições atmosféricas adversas Outros cuidados importantes evite manobras desnecessárias, sobretudo • Chuva: com as primeiras gotas, o piso a ultrapassagem, e adopte uma condução fica particularmente escorregadio devido à defensiva.


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VIGILÂNCIA PERIÓDICA DOS PNEUS PODE AJUDAR A EVITAR ACIDENTES Os pneus desempenham um papel importante no bom desempenho do automóvel, até porque são o elo de ligação entre o veículo e a estrada. Assim, além dos cuidados a escolher os pneus, é igualmente importante vigiá-los de forma periódica. A aderência ao pavimento – não só em seco, mas sobretudo, quando está molhado - e a segurança da viatura depende, entre outros factores, do estado dos pneus e a aquaplanagem, que tantos acidentes provoca, pode ser evitada se estes estiverem em bom estado e com relevo adequado.

Relevo Um pneu novo possui um piso com relevo cuja profundidade se situa entre os sete e os nove milímetros. A lei diz que a profundidade mínima é de 1,6 milímetros, mas alguns especialistas defendem que não se deve deixar que esse valor seja inferior aos 3,5 milímetros. Existem instrumentos para fazer essa medição de forma fácil, mas poderá sempre dirigir-se a um centro especializado em caso de dúvida.

Duração A duração de um pneu é variável e depende de factores como o tipo de condução, o estado das estradas onde circula, a prestação do automóvel e a carga se suportam. Assim, é importante estar atento aos sinais de desgaste e não esquecer que, após efectuar a troca, os pneus não terão a mesma duração que os de série. Além disso, equipamentos como a suspensão requerem uma afinação, pois estão sujeitos a um processo de desgaste constante.

Pressão A pressão é, tal como o relevo, um aspecto essencial para um bom desempenho dos pneus. Não existe um prazo específico para efectuar esse controlo, mas há várias causas que podem provocar a diminuição da pressão: mau estado das jantes, má montagem do pneu na mesma, falta de aderência do talão do pneu ao bordo ou a maior ou menor porosidade da jante.

Amortecedores Os pneus funcionam melhor se os amortecedores estiverem em bom estado. Aliás, é recomendado que ao substituir os primeiros, mude também estes últimos. Além de não camuflar as irregularidades do pavimento, que se tornam mais perceptíveis, com os amortecedores em maus estado, o ruído de rolamento passa também a ser mais elevado, e os pneus degradam-se.

Subir passeios Quando tiver de subir passeios opte por fazê-lo num ângulo de 45 graus e não num ângulo recto, que pode acarretar danos na estrutura interna no pneumático. Esta manobra deve ser feita lentamente.

Imobilização Os longos períodos de imobilização são prejudiciais para os pneus, que tendem a achatar-se na zona de contacto com o solo. Como consequência, o veículo passa a apresentar vibrações na direcção. Nos casos em que a paragem é realmente longa (mais de seis meses), a estrutura do pneu fica irremediavelmente deformada.

Pressão A pressão dos pneus deve ser controlada a frio, antes de uma viagem. A pressão insuficiente provoca um sobreaquecimento anormal que poderá danificar de forma irremediável a estrutura do pneu; enquanto a pressão excessiva causa um menor conforto, além de tornar a direcção mais leve e menos precisa. Além disso, como apenas a parte central do pneu contacta com a estrada, a aderência será inferior à desejada.

SUPLEMENTO | SEGURANÇA RODOVIÁRIA NATAL E ANO NOVO

PLANEAR A VIAGEM COM ANTECEDÊNCIA E CIRCULAR COM PRECAUÇÃO SÃO RECOMENDAÇÕES DAS AUTORIDADES Preparar as viagens com antecedência, tentando fugir às horas de maior congestionamento, ter atenção às condições do veículo e não ingerir bebidas alcoólicas antes de conduzir são alguns dos conselhos que o comandante do C omando Territorial de Viseu da GNR, coronel Eduardo Seixas, lança aos automobilistas. C om a aproximação do Natal e do Fim-de-Ano, alturas em que há uma maior moviment ação nas estradas nacionais e regionais, o responsável defende que os cuidados devem ser redobrados. “Esta é uma época mais c o m p li c ad a ao ní ve l d a s condições de trânsito, com a agravante de no Interior se poderem registar dias com chuva ou mesmo nove, pelo que rec omendamos que as pessoas preparem as suas viagens com tempo e as planeiem com atenção”, alerta o comandante, reforçando nomeadamente os cuidados na escolha dos itinerários e com possíveis condicionamentos. Publicidade

As condições da via e do veículo são outros dos pontos que não podem ser descurados e o responsável frisa também a necessidade de os automobilistas “não se esquecerem de que a estrada é usada por outros utentes, pelo que devem pratic ar uma condução atenta, respeitando as indicações dos agentes da autoridade”. A não ingestão de bebidas alcoólicas antes de via-

jar, moderar a velocidade perante condições atmosféricas adversas e evitar as manobras que possam colocar a sua própria vida e a dos outros também são recomendações importantes. “É muito impor tante não ter pressa, pois esta leva g e r a lm e n t e a q u e s e c o metam tropelias e infracções que podem ter consequências gravosas”, frisa o coronel Eduardo Seixas.

À semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a Guarda Nacional Republicana vai reforçar a sua presença nas vias do distrito. Mais do que fiscalizar, a principal aposta vai para o “auxílio aos condutores, de modo a que cheguem ao destino sem problemas”. Um dos pontos que merecerá especial atenção será o IP3, onde se esperam congestionamentos devido às obras. Por isso, o responsável alerta os automobilistas para que tentem evit ar as horas de maior tráfego e optem pelas alternativas de circulação, que se encontram devidamente sinalizadas. Em termos de afluência, e como o Natal e o Ano Novo calham este ano ao fim-de-semana, são esper a d a s m a i o r e s c o m p li c a ções na tarde e manhã de sábado, para quem chega à região, e na tarde de domingo e manhã de segunda-feira, no regresso. Para que as festas sejam sinónimo de alegria, precaução e calma são palavras de ordem.


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OPINIÃO

SUPLEMENTO | SEGURANÇA RODOVIÁRIA

Carlos Sousa Director da Escola de Condução Viriato

Álcool e condução A s b e b i d a s a l c o ó li c a s , particularmente o vinho, são das mais antigas e consumidas em todo o mundo, sendo Portugal um dos países em que o seu consumo, por habitante, é mais elevado. A sua ingestão não moderada é causa, directa ou indirecta, de inúmeros acidentes de viação culminando em milhares de vítimas. Segundo a ANSR, em 2 010, regist aram-se 9 37 vítimas mor tais em Por tugal, das quais 91 ocorreram em Dezembro. No distrito de Viseu morreram 31 pessoas (a 30 dias). Quando o álcool atinge o cérebro, órgão abundantemente irrigado de sangue, afecta, progressivamente, as capacidades sensoriais, perceptivas, cognitivas e motoras, incluindo o controlo muscular e o equilíbrio do corpo, inter ferindo assim, de forma negativa em todas as fases em que, academicamente, se divide a tarefa da condução. Neste sentido, afecta as capacidades físicas e psíquicas do condutor, de forma quase imediata, levando o processo de absorção entre 60 a 70 minutos a completar-se, atingindo um valor máximo no

intervalo de 1/2 a 2 horas, conforme as circunstâncias do momento. Por sua vez, o processo de eliminação do álcool é lento. Em condições médias e normais, por hora, o organismo elimina 0,10g/l, existindo, contudo, substâncias e factores que per turbam essa eliminação, nomeadamente atrasando as funções normais do fígado, ou potenciando o seu efeito nocivo como, por exemplo, o café, o chá, o tabaco, certos medicamentos e a fadiga. Verifica-se a existência de diversos factores que interferem na taxa de álcool no sangue ( TAS), tais como, a idade, o sexo, o peso, a fadiga, a ingestão de determinados medicamentos, bem como as próprias características da bebida ingerida. O risco de envolvimento em acidente mortal aumenta exponencialmente à medida que a concentração de álcool no sangue se torna mais elevada (0,50g/l, o risco aumenta 2 vezes; 0,80g/l, o risco aumenta 4 vezes; 0,90g/l, o risco aumenta 5 vezes e 1,20g/l, o risco aumenta 16 vezes). Pelo que, qualquer condutor que conduza ou inicie a condução com uma TAS superior ao permitido é punido da seguinte forma: TA S t 0,5 0 g / l e < 0,8 0 g/l, coima de 250€ a 1250€ e inibição de conduzir de 1 a 12 meses; TA S t 0,8 0 g / l e <1, 2 0 g/l, coima de 500€ a 2500€ e inibição de conduzir de 2 a 24 meses; TAS t 1.20g/l Prisão até 1 ano ou multa até 120 dias e proibição de conduzir de 3 a 36 meses.

“SE CONDUZIR NÃO BEBA” “NESTAS FESTAS, O MELHOR QUE PODE OFERECER É ESTAR PRESENTE”

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ANDAR DE BICICLETA EM SEGURANÇA É POSSÍVEL Quando falamos em segurança na estrada esquecemo-nos muitas vezes dos velocípedes, que devem não só respeitar as regras do Código da Estrada como ter também todas as condições para circular. Mas para que possam desfrutar de um passeio ao volante de uma bicicleta impõem-se que façam uma condução prudente e sem precipitações, o que implica também tentar prever as possíveis situações perigosas antes que estas aconteçam. É importante que tenha especial atenção: - em todos os cruzamentos e entroncamentos; - aos automóveis que saem das garagens e dos estacionamentos; - aos peões que atravessam a estrada fora das passadeiras; - aos condutores que usam pouco os espelhos e fazem mudanças de direcção sem usar o respectivo pisca; - aos passageiros que abrem as portas dos automóveis estacionados sem verificar correctamente se o podem fazer;

A circulação em estrada continua, no entanto, a constituir um perigo, havendo poucas vias reservadas a estes veículos. Um conselho imprescindível para que o ciclista possa fazer-se respeitar é circular pelo centro da via. Se a estrada for larga ou tiver mais do que uma faixa de rodagem, o velocípede poderá circular confor tavelmente o mais à direita pos-

sível, sem pôr em perigo a sua condução por estar demasiado perto da berma ou do passeio. N algumas situações, o facto de adoptar esta posição na estrada fa z com que alguns automobilistas cedam à tentação de ultrapassar sem guardar a devida distância de segurança. Se a bicicleta estiver mais ao centro da via, o condutor terá de abrandar e es-

perar o momento certo para passar. Sempre que possível opte por itinerários com menos movimento e nas quais a velocidade praticada pelos automobilistas seja mais moderada. Importante é também não usar auscultadores para ouvir música, pois ficará para com as suas faculdades auditivas afectadas e estas são muito importantes para circular na via pública.

CIRCULAR COM MÍNIMOS PASSOU A SER AUTOMÁTICO NAS NOVAS VIATURAS O uso de luzes de circulação diurnas passou a ser obrigatório desde 7 de Fevereiro no espaço da União Europeia. Desde essa data que os novos veículos já têm de estar devidamente equipados para que os mínimos se acendam automaticamente quando o carro é ligado. Ta m b é m c h a m a d a s d e

DL R ( Day time Running Light), esta é uma obrigação já existente há algum tempo em determinados países, mas que se alastra agora à restante UE. Mais do que por uma questão estética, estes faróis são uma preciosa ajuda para sinalizar a posição dos veículos na estrada e para

melhor ser visto pelos restantes utentes da via. Acredita-se, portanto, que a legislação possa ajudar a diminuir o número de sinistralidade em Portugal e nos restantes países da UE. Mas para que possa circ ul a r c o m m á x im a s e g u rança há outros elementos que deve ter em considera-

ção. Os faróis, as luzes de presença, de travagem e os ‘piscas’ devem encontrar-se em boas condições de funcionamento. A limpeza dos vidros dos elementos ópticos é outro aspecto fundamental. Sobretudo no caso dos faróis, a sujidade pode reduzir a sua intensidade em cerca de 40 por cento.


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Boas Festas

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educação&ciência Alunos da secundária de Carregal produzem vinho Os alunos do terceiro ano do curso profissional técnico de Viticultura e Enologia, da Escola Secundária de Carregal do Sal, apresentaram, na sexta-feira, um vinho da sua lavra. No auditório da escola, e sob o olhar atento dos “ novos produtores” e docentes, o “vinho 13” foi dado a conhecer e a provar. “É o resultado de um mês de trabalho intenso, realizado o ano passado nos laboratórios da escola e com recurso às poucas verbas Publicidade

disponíveis”, disse Patrícia Santos, mentora do projecto e docente da disciplina de Enologia. O vinho tinto, que tem o nome do número de alunos envolvidos no projecto, 13, foi produzido nas instalações da escola e criteriosamente acompanhado pelos “enólogos”, que “perdiam os intervalos para medir densidades e temperaturas”, explicou a professora. A escolha do rótulo foi também da responsabilidade dos alunos. Foram produzidas 30 garrafas de vinho para

“c o n s u m o i n t e r n o ”, uma vez que não será comercializado. “Serviu para reforçar a componente prática, que é uma das valências dos cursos profissionais”, referiu Augusto Mendes, director do curso. “O projecto enquadra-se nas potencialidades da região e no aproveitamento dos seus recursos endógenos e, estes alunos, que não são brilhantes na componente teórica, provaram que são capazes de surpreender na prática”, ex-

plicou o responsável. O vinho “13”, que esteve em estágio até agora, é composto pelas castas Jaen, Alfrocheiro, Touriga Nacional e Aragonês. As uvas foram cedidas pelas cooperativas e por pequenos produtores da região. A Escola Secundária de Carregal do Sal foi a primeira do distrito a lançar o curso de Viticultura e Enologia e começa agora a “colher os frutos” dessa aposta. Tiago Virgílio Pereira

Nuno André Ferreira

“Vinho 13” ∑ Treze “enólogos” apresentam o resultado de um mês de trabalho

A Alunos satisfeitos com o resultado final


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Boas Festas

Deseja-lhe Boas Festas

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economia JÁ ABRIU A “HORA DA PIQUETA” EM REPESES

Situada em Repeses, junto ao Jornal do Centro, a “Hora da Piqueta” abriu há cerca de três semanas, com uma decoração rústica e envolvente. Os petiscos são a especialidade da casa. As moelas, a dobrada, os rojões, as gambas cozidas e a chouriça assada são alguns dos manjares mais requistados. Para acompanhar, vinhos tintos e brancos do Dão, Douro, Alentejo e espumantes. A “Hora da Piqueta” também confecciona refeições económicas ao almoço. Aberto até às 2h00, é o espaço ideal para quem quer encontrar requinte e bom atendimento aliado aos bons petiscos tradicionais.

Concurso de montras do Forum Viseu

A Região, no curto e no longo prazo

O Forum Viseu levou a efeito um concurso para premiar, de entre as lojas que o integram, a melhor montra de Natal 2011. Para o efeito constituiu um júri composto por uma representante da Associação Comercial de Viseu, Margarida Martins; Jornal do Centro, Ana Paula Duarte; Expovis, Paula Soares; arquitecto, Luís Pedro Seixas e a designer, Ana Seia de Matos. Cada membro do júri seleccionou três das várias montras em concurso. Tarefa difícil, tal a qualidade dos participantes, di-

tou, depois de muita ponderação, a vitória, neste contexto de Natal e tendo como critério a criatividade, da Pepe Jeans, que re-

ceberá de prémio dois bilhetes para o espectáculo “Alegria” do Cirque du Soleil, com alojamento incluído.

Prova de vinhos de outras gerações A UDACA realiza hoje uma prova de vinhos, pelas 17h30. A União das Adegas Cooperativas da Região

Demarcada do Dão decidiu abrir a garrafeira, e colocar à prova vinhos da década de 70, 80 e 90.

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O objectivo passa por partilhar a evolução que os vinhos do Dão têm vindo a registar ao longo dos anos.

VISTA ALEGRE ATLANTIS SOLIDÁRIA

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Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

A Vista Alegre At la ntis lembrouse de Vi seu neste Natal e de uma Instituição de Solidariedade Social com muitos anos de serviço em prol de milhares de crianças e jovens carenciados: o Lar de Santo António, em Viseu. O c a b a z é b on ito. O seu conteúdo, decer to, saboro so. Que a sua venda colha e que dessa colheita, os mais desfavorecidos receba m o a fa go do bem-fazer.

Não haverá muitas dúvidas sobre a necessidade de “arrumarmos” as contas públicas para irmos pagando o que devemos. Provavelmente haveria diferentes caminhos mas, à esquerda (PS) e à direita (PSD/CDS), foi escolhido o do Memorando de Entendimento com a TROIKA. É claro que hoje sabemos mais sobre o que se está a passar do que teríamos imaginado quando da assinatura do Memorandum e, no entanto, não sabemos ainda o fundamental. A Europa, já está a arder? Nos últimos tempos, o PIB tem sido menos estimulado pelo Consumo e pelo Investimento mas tem-se aguentado, dificilmente (com taxas de crescimento a rondarem o zero, para cima e para baixo), com base no bom desempenho das Exportações. Nos próximos anos é expectável que se mantenha este quadro? As previsões apontam para uma redução do Consumo e do Investimento. A grande esperança continua a residir no crescimento das exportações (e, já agora, na redução das Importações). Será que vamos ser capazes de o fazer, numa Europa que absorve mais de três quartos do nosso comercio externo mas que não cresce e está prestes a pegar fogo? Para respondermos a estas questões, viramo-nos para o Governo. Dele esperamos medidas criativas, acção vigorosa, incentivos generosos, liderança hábil. É justo que sejamos exigentes com os governantes. Mas se nós não quisermos, por mais virtuoso que seja o governo, a riqueza não cresce, as exportações não aumentam e o desemprego não baixa. Uma parte da solução está na acção do governo mas nós, os governados, somos outra parte (e a UE, a terceira, a que menos controlamos). Recentemente, realizouse no IPV, no âmbito dos mestrados do Departamento de Gestão, um seminário relativo a inovação e empreendedorismo. A dinamizar a sessão encontravam-se

Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt

cinco enólogos (António Mendes, António Narciso, Carlos Silva, Miguel Oliveira e Pedro Pereira), de quatro Adegas (Mangualde, Penalva, Silgueiros, Vila N Tázem) e da UDACA que se lançaram num projecto para a criação de um novo vinho. Afinal, num sector maduro e em organizações tradicionais, é possível inovar e empreender. Mas este exemplo da Região ilustra também o valor da cooperação em nome de um valor mais alto que o interesse egoísta da carreira de cada um ou de cada Adega; e a existência de competências na Região que importa aproveitar, em vez do recurso pacóvio a “o que vem de fora é que é bom”; No decurso da sessão, foram discutidos vários assuntos mas, gostaria de chamar a atenção para dois deles: a) Dentro de alguns anos, e apesar do vinho parecer protegido em virtude das desconfianças dos consumidores face a produtos alimentares importados da China, como estaremos a avaliar os problemas do sector?; b) Não deveria a Região ter uma preocupação em aumentar o consumo local (restaurantes, supermercados) de uma produção local geradora de riqueza e emprego? Dois problemas de natureza diferente: um de longo prazo, mais vasto e a precisar de outros contributos que não apenas os nossos; outro de curto prazo, mais urgente e a requerer a nossa acção – quem sabe se, ao promovermos a produção e o comercio locais, não estaremos a garantir o emprego a mais meia dúzia de famílias e, simultaneamente, a ganhar gradualmente mais eficiência e a tornarmo-nos, a prazo, mais competitivos e a aumentar as exportações! Devemos ser exigentes com o governo, sim. Mas também com cada um de nós e com cada líder local e regional, especialmente se a Europa já estiver a arder.


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 29

16 | Dezembro | 2011

“Era importantíssimo para Viseu ter uma linha ferroviária”

O que representou este congresso nacional da APAVT em Viseu?

A maior virtualidade foi trazer a Viseu e à região centro os principais agentes de viagem e operadores turísticos e companhias áreas, que são quem lidera o turismo nacional que, em conjunto com operadores internacionais, vieram conhecer uma região que ainda não está nas perspectivas de muitos destes operadores. Publicidade

É muito preocupante. Obviamente que vai levar a que haja uma quebra significativa no sector, e isso vai ter implicações sérias no tecido empresarial da região.

Viseu não tem linha ferroviária e o aeródromo está mal aproveitado. É um entrave ao desenvolvimento do turismo na região?

Era importantíssimo para Viseu ter uma linha ferroviária. Foi uma pena e é lamentável ter desaparecido da nossa cidade. O transporte aéreo pareceme uma questão mais polémica. O facto de termos um excelente aeroporto situado a pouco mais de uma hora de viagem – Sá Carneiro, no Porto – corresponde aquilo que é necessário para uma região. Não vejo necessidade de haver uma revolução no aeródromo de Viseu a não ser que, com aquilo que temos de momento, poder colmatar algumas situações, mas a situação económica actual não permite loucuras. Há quem diga que muito do

E a introdução de portagens?

Isso é outra questão grave. Acho que os portugueses já pagaram os impostos necessários para que, estas estradas que foram feitas, correspondam aquilo que lhes foi dito e prometido. Parece-me mal decidirem portajar, nesta altura, estas vias.

Nuno André Ferreira

O Jornal do Centro esteve à conversa com José Arimateia, director executivo do Grupo Visabeira, em Viseu, a propósito da XXXVII Conferência Nacional da APAVT. Ficamos a saber qual a opinião de um dos maiores impulsionadores da cultura e do turismo da região acerca do aumento do iva na restauração e da recente introdução de portagens...

A José Arimateia, director executivo da Visabeira desenvolvimento de Viseu se deve ao grupo Visabeira, que comentário lhe merece?

Ficar-me-ia mal tomar alguma posição sobre esse tipo de afirmação. Acho que a Visabeira contribui com aquilo que pode, e tem-

no vindo a fazer ao longo dos anos, pela cidade e pela região. Contudo, não nos compete e a nós falar sobre nós próprios. OaumentodoIVAnarestauração para 23% é preocupante?

Foi um dos impulsionadores de desenvolvimento, cultura e turismo, nomeadamente com a discoteca “The Day After”, falta aparecer mais gente com esta garra?

Em Viseu já há muita gente a fazer trabalho sério. Cada um na sua área. Na cultura, o Teatro Viriato,

o Museu Grão Vasco e outras instituições estão a fazer um bom trabalho. Na noite, há também empresas que desenvolvem e promovem a região. É evidente que cada vez mais precisamos de encontrar marcos e eventos para conseguirmos que as pessoas venham de propósito a Viseu. Este congresso é um dos exemplos. A pretexto do congresso da APAVT deslocaram-se a Viseu muitas pessoas e isso é um facto de desenvolvimento. É necessário espírito de iniciativa dos privados e também dos organismos públicos, para que em Viseu se faça cada vez mais trabalho em rede e se acabe com os individualismos. O XXXVII Congresso Nacional da APAVT só foi possível devido ao espírito de união de vários organismos. Tiago Virgílio Pereira


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Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA FUTEBOL II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

13ª jornada - 18 Dez - 15h00 Aliados Lordelo (17/12) Sp. Espinho Gondomar

-

Coimbrões

Tondela

-

Operário

S. J. Ver

-

Madalena

Anadia

-

Oliv. Bairro

Padroense

-

Amarante

Paredes

-

Cinfães

Angrense

-

Boavista

Eleições FPF Carlos Marta

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

-

Vila Meã

Alpendorada

-

Cesarense

Sp. Mêda

-

Infesta

Grijó

-

Serzedelo

Vila Real

-

Sp. Lamego

Rebordosa

-

Leça

Gil Peres

12ª jornada - 18 Dez - 15h00 Sousense

A Académico de Viseu venceu o Bustelo por 2 a 0 e continua na luta pelos primeiros lugares III Divisão Nacional

Meia volta jogada e tudo em aberto

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B 12ª jornada - 18 Dez - 15h00 Bustelo

-

Penalva

Oliv. Frades

-

Sampedrense

Ac. Viseu

-

C. Senhorim

Alba

-

Nogueirense

Oliv. Hospital -

Sanjoanense

Valecambrense -

Avanca

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 13 jornada - 18 Dez - 15h00 Silgueiros

-

Molelos

Alvite

-

Tarouquense

Mortágua

-

Lamelas

Paivense

-

Viseu Benfica

Fornelos

-

Lusitano

Castro Daire

-

Vale de Açores

Arguedeira

-

GD Parada

Lajeosa Dão

-

Sátão

Subida ∑ Académico e Penalva na luta pelo acesso ao grupo de subida Fechou a primeira volta no nacional de Futebol da III Divisão. Excepção ao Académico de Viseu, que venceu o Bustelo por 2 a 0, a jornada foi negra para as restantes equipas de Viseu. Sporting de Lamego, Penalva do castelo, Oliveira de Frades, Sampedrense e Canas de Senhorim sairam todas derrotadas nesta última ronda da primeira volta. Em jeito de balanço, e contas feitas as pontos amealhados pelas formações do distrito, destaca-se, pela positiva, as prestações de Penalva do

Castelo e Académico de Viseu. António Carlos, em Penalva, e Lima Pereira, no Académico, têm conseguido manter as suas equipas no caminho inicialmente desejado, embora o objectivo final seja bem diferente. Se o penalva quer os seis primeiros para garantir, desde logo, a manutenção, já o Académico sabe que tem que terminar a fase regular nesse grupo para poder discutir depois a subida de divisão. Nesta altura são as duas equipas de Viseu melhor colocadas para o conseguir, embora a Sampe-

drense ainda possa também aspirar em lá chegar. Está a 5 pontos do sexto classificado, quando há ainda 33 em jogo, mas convém que não se distraia ou a situação pode piorar, e muito Mais complicada a situação das restantes equipas. Na série B, o Sporting de Lamego está já a 8 pontos do grupo da frente, e tem agora a segunda volta para amealhar o mais possível para que depois, na fase final, possa aspirar à manutenção. O mesmo se aplica a Oliveira de Frades e Canas de Senhorim, na série C,

Cartão FairPlay Com elevação, antes, durante, e após a divulgação dos resultados nas eleições para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol, Carlos Marta mostrou que tinha todas as qualidades para ter ganho e desempenhar bem o cargo. Não ganhou, mas deu uma enorme lição de como se deve estar no futebol, sempre tão fértil e jogos palacianos, negócios e negociatas. Um Senhor, como nos habituou. Võleibol Várias equipas

embora mais problemática seja a situação dos canenses. Em último lugar, com apenas 3 pontos, a vida não está fácil para o Canas de Senhorim. Quanto ao Oliveira de Frades, com 8 pontos na classificação, precisa igualmente de fazer uma bem melhor segunda volta, ou tudo se poderá tornar bem difícil. Certo é, e porque na segunda fase os pontos dividem por dois, tudo está em aberto e tudo pode acontecer. Para o bem e para o mal. Gil Peres

Cartão FairPlay Não tem sido uma modalidade com a visibilidade que merece. É, no entanto, uma modalidade com adeptos, e agora com cada vez mais praticantes. Louve-se a aposta do Cardes, na formação, e de várias equipas que disputam as competições do Inatel. Só este ano, em masculinos, serão três: PT, Acrof e Castro Daire. Nos femininos, também o Lusitano terá uma equipa no Inatel. Futsal AJAB Tabuaço

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Cartão FairPlay A Abel Botelho, de Tabuaço, é um clube com pergaminhos no futsal distrital, e mesmo nacional. É um dos clubes do distrito que melhor trabalha a formação e disse vai colhendo frutos. A liderança na série B da III Divisão não acontece por acaso..


Jornal do Centro

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16 | Dezembro | 2011

sugestões

Fim-de-Ano Grupo Noite Biba

Espaços distintos plenos de animação Para dizer adeus ao ano velho e abraçar 2012 com grande animação, o Grupo Noite Biba organizou um conjunto de iniciativas para todos os gostos. Uma das propostas surge do ICE Club, situado no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu. A fasquia foi colocada no máximo e esta promete ser a melhor passagem de ano 2011/2012 da Zona Centro. A ideia de disponibilizar duas pistas com diferentes sonoridades mantém-se. Os Djs Peter Sky, Del Cruz e Verylight serão os responsáveis por colocar todos os visitantes a festejar. Além da música, haverá muita ani-

mação, bolo-rei, passas, champanhe e o espectáculo de confettis promete dar mais cor ao ambiente. Destaque ainda para o show de percussão com Cyer G, um dos mais requisitados percussionistas do país na actualidade. Já no NB Club Viseu, localizado no centro da cidade de Viseu, a diversão fica a cargo do Dj Victor Pirez. Numa festa pautada por muito glamour, é indispensável um dress code ‘chic’, a condizer com o ambiente distinto que o espaço criou para o réveillon. O espumante, as passas e o tradicional bolo-rei não foram esqueci-

dos e haverá também disponível um buffet de frutas. Tudo para que dê as boas vindas a 2012 na melhor companhia.

ICE Club Viseu Informações em www.facebook.com/iceclubviseu Contactos: 966 234 409 ou 962 002 529

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32 DESPORTO | MODALIDADES

Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

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Voleibol Feminino - Cadetes

Gil Peres

Cardes perde com o líder

A A formação de cadetes femininos do Cardes O Cardes foi derrotado por 3 sets a 1 pela formação do Arcozelo de Gaia, em jogo disputado no Pavilhão do Fontelo a contar para o nacional de Cadetes Femininos. Uma derrota em partida a con-

tar para a 6ª jornada da Série A. Na passada jornada, também no Fontelo, o Cardes havia derrotado o Boavista (3-2), mas desta vez foi incapaz de fazer frente à actual líder da série A, que con-

ta por vitórias todos os jogos já realizados. Quanto ao Cardes, já por duas vezes ganhou esta temporada. A formação de Barbeita está inserida numa série de seis equipas.GP

Basquetebol - CNB2

ACERT não conseguiu a liderança Uma derrota por quatro pontos de diferenç a (74 - 7 0), n a M a r inha Grande, impediu a ACERT de Tondela de assumir o comando da fase inter-regional Centro no Campeonato nacional de Basquetebol 2. Uma derrota algo inesperada frente a um Marinhense que tinha perdi-

do três dos quatro jogos anteriormente disputados. Com este desaire, os tondelenses perderam a oportunidade de assumir a liderança e ocupam agora a terceira posição, com 9 pontos, tantos quantos o Gumirães que nesta sexta jornada venceu em Bura-

co da Nova por 74 – 48. Na frente, com mais um ponto que ACERT e Gumirães, seguem Buarcos e Coimbra Basket. Este sábado, dia 17, joga-se a 7ª jornada com o Gumirães a receber o Marinhense (20h15) e a ACERT a jogar no seu pavilhão com o Coimbra Basket (18h45). GP

Eleições FPF

Marta perdeu para Gomes Foi com fairplay que Carlos Marta assumiu a sua derrota nas eleições para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol. No final da tarde do passado sábado, dia 10, e conhecidos os resultados que davam a vitória ao seu adversário (46 contra 36 votos), depois de adiantar que já havia dado, por telefone, os parabéns ao vencedor, Carlos Marta

elogiou a forma por “voto secreto, livre e democrático” como o acto eleitoral decorreu. Uma diferença de 10 votos que acaba por ser um resultado previsível face ao apoio de todos os clubes das competições profissionais a Fernando Gomes, o que acabou por desequilibrar a balança. Assumida a derrota ficou a promessa: “Todos os que estamos des-

te lado estamos disponíveis para trabalhar pelo futebol nacional. Esta Direcção deve merecer total apoio.” Perdidas as eleições, o futuro de Carlos Marta passa pela continuidade na autarquia de Tondela. Fernando Seara, o outro viseense nas listas de Marta, foi também derrotado, já que encabeçava a lista para a mesa da Assembleia-Geral. GP


FUTSAL | DESPORTO 33

Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

II Divisão Nacional - Futsal (Série A)

ABC de Nelas já “respira” acima da linha de água

Viseu 2001 não desarma

O ABC de Nelas somou a sua terceira vitória consecutiva no Nacional de Futsal da II Divisão, série B. Um triunfo concludente frente aos aveirenses do Covão Lobo, por 8 a 3, apesar de ter estado em desvantagem muito cedo no marcador e ter visto expulso Bruno Maradona, um dos melhores marcadores da equipa. Reagiu bem ao golo a formação de Paulo Alves com o “capitão” Vítor Pais a ser pedra influente na reviravolta e no encontrar do caminho para

a vitória. Nem a eliminação no jogo da Taça de Portugal, frente ao Fabril, tirou ânimo à equipa que foi, calmamente, conseguindo o resultado, que acabou por se desnivelar apenas nos minutos finais quando o Covão Lobo optou por uma solução de guarda-redes “avançado”. O ABC foi então sólido a defender e mortífero no contra-ataque. O resu ltado acabou por chegar aos 8 a 3 mas, mais importante que isso, foram os três pontos que

Gil Peres

II Divisão Nacional - Futsal (Série B)

A Júlio Pais em luta com um adversário ficaram em Nelas e que, pela primeira vez desde que a época começou, deixa a formação de Paulo Alves acima da “linhade-água”, e dos lugares de descida. Cumpridas que estão 10 das 26 jornadas da série B, o ABC de Nelas ocupa a 10ª posição, entre 13

equipas, mas apenas a 2 pontos do 7º classificado, a formação do Covão Lobo. Na próxima jornada, o ABC de Nelas recebe o Albufeira Futsal, último classificado, e pode aspirar a subir mais alguns lugares na classificação. GP

Vitória importante, e moralizadora, do Viseu 2001 frente à Escola Profissional de Braga. Depois de ter perdido em Macedo de Cavaleiros o estatuto de “imbatível” esta temporada, em jogos do campeonato, a formação viseense tinha pela frente um “osso difícil de roer” frente a uma equipa com os mesmos pontos dos viseenses. A vitória, por 4 a 1, permite ao Viseu 2001, que neste jogo estreou no seu cinco inicial o viseense Zé Ricardo, continuar na luta pela subida de divisão. Cumpridas 10 das 26 jornadas, ocupa a 4ª posição com 21 pontos, a quatro de distância da dupla de líder~es for-

mada por Farlab e Macedense. E nt reta nto o clube alertou para o que considera “aliciamento” de jogadores do seu plantel para jogarem na China. Depois do episódio com Guri, que foi de malas aviadas para o Oriente, o clube, em comunicado, acusou o brasileiro Arino, treinador-adjunto do Farlab, de ter contacto jogadores do plantel do Viseu 2001 com tentativas de aliciamento para jogarem no campeonato da China, país que não cumpre as regras da FIFA e por isso pode inscrever jogadores mesmo que tenham compromisso assinado com outros clubes. GP


D “Fados ao Piano” em Sátão

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culturas expos

Amanhã, o Cine-Teatro de Sátão apresenta o espectáculo “Fados ao Piano”, com Sofia Ribeiro e Liliane Pereira, a partir das 21h00. A entrada é livre.

Arcas da memória

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA

O meu presépio, este ano, é na sede da Misericórdia

∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de Janeiro Exposição “Aquilino Ribeiro nas Terras do Demo”.

LAMEGO ∑ Teatro Ribeiro Conceição Até dia 31 de Dezembro Exposição “Presépios Douro”.

VISEU ∑Núcleo Museológico “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, em Várzea de Calde Até dia 30 de Dezembro Exposição temporária “Raízes”, de José Manuel Dias Xavier.

SANTA COMBA DÃO ∑Biblioteca Municipal Até dia 6 de Janeiro Exposição temática “O Mundo do Coleccionismo”.

MANGUALDE ∑Biblioteca Municipal Até dia 9 de Janeiro Exposição “O Presépio, por Portugal e pelo Mundo”.

A “Personagens em Fuga”, amanhã, a partir das 21h45

FINTA encerra com espectáculo da companhia ACERTina 17ª edição∑ Produções nacionais e os 35 da ACERT em destaque C h e g a a o f im , este fim-de-semana, a 17ª edição do FINTA - Festival Internacional de Teatro ACERT. Ao longo de mais de duas semanas, as peças de teatro, os concertos, os documentários e o apagar das 35 velas da Associação Cultural e Recreativa de Tondela, deram um “abanão” na crise e nos cortes impostos pela DirecçãoGeral das Artes às casas de espectáculos. A estreia da peça “P de Poesia”, o teatro e marionetas de Mandrágora, “Casa dos Ventos” e o café-concerto “CabRaret”, foram al-

gumas das principais atracções. Contudo, o jantar de aniversário e o espectáculo dos 35 anos da ACERT foi o ponto-alto do FINTA. A vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Ana Paula Santana disse ao Jornal do Centro que “a ACERT está de parabéns porque é um exemplo que dignifica o distrito”. A vereadora defendeu que “o trabalho realizado através de parcerias é benéfico, e que “a ACERT sabe trabalhar em equipa”. Hoje, o auditório 1, recebe mais uma produção da

ACERT. “Fil´mus”, entrelaça a música, a imagem e a animação. O espectáculo vai decorrer às 14h30 e às 18h30, e direcciona-se às escolas do concelho de Tondela. Amanhã, dia de encerramento, será o exercício final de mais um Curso de Formação Teatral. “Personagens em Fuga” sobe ao palco para comemorar os 35 anos do Trigo Limpo teatro ACERT. O espectáculo tem início às 21h45. A entrada é livre, mediante confirmação antecipada.

(M6) (2D VP)

(CB) (2D VP)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h40, 00h20* A Saga Twilight Amanhecer Parte 1 (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h30* Missão Impossível: Operação Fantasma (CB) (Digital)

Sessões diárias às 21h30, 00h20* Twilight: Amanhecer Parte 1 (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 22h00, 00h15* Temos Papa (M12Q) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 16h40, 21h20, 23h50* Alta Golpada (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h00, 23h40* Nos Idos de Março (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h40, 16h00, 18h25 Happy Feat 2

Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

Sessões diárias às 11h20 (Dom.), 14h20, 17h00, 19h20, 21h50, 00h10* O Gato das Botas (M6) (2D VP)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00* (Dom.), 14h00, 16h20, 18h40, 21h20, 23h40* O Gato das Botas (M12) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 11h10 (Dom.*), 14h00, 16h30, 19h00 Alvin e os Esquilos 3

Sessões diárias às 14h10, 17h15, 21h10, 00h10* Missão Impossível (CB) (Digital)

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 11h10 (Dom.*), 13h20, 15h40, 18h00, 21h00, 23h15* Alvin e os Esquilos 3 (CB) (Digital) Sessões diárias às 11h20 (Dom.), 14h20, 16h50 Happy Feat 2 (M6) (Digital) (VP) Sessões diárias às 21h50, 00h00*

NATAL!...Outra vez quase a chegar. Parece que ainda há dois dias foi Natal!... E eu lembro-me dos Natais da minha infância, de como demoravam a chegar, quentes do borralho da lareira, do cepo de carvalho a arder, das filhós, do eterno bacalhau, das couves tronchas destinadas de antemão, por meu pai, à Consoada, luz de candeia ainda, rezas ao Menino ditas pela madrinha, da missa da manhã, de um beijo nos pés descalços do Menino, de um tostão que lhe deixava na bandeja, dias de neve ou de geada, jogos de par e de pernão apostados a pinhões. E o Presépio que as mordomas faziam na igreja, serrinhas de musgo, caminhinhos de areia, cordeirinhos e pastores dos louceiros de Barcelos, os Reis Magos, S. José, Maria e o Menino e a fuga deles para o Egipto de que eu mal entendia e os cantos alegres de um coro de três homens e o refrão repetido das mulheres contando uma história de pasmar. E agora o borralho que não há, e agora a aldeia já quase deserta, já não há pastores nem cordeiros, nenhum rapaz que possa ensinar o caminho aos três Magos. E o meu Natal pela cidade. E o meu presépio que é agora outro presépio. Esse que eu escolhi este ano, para olhar, porque ele me traz, de outro modo, a poética e, se quiser, toda a mensagem do Natal. Não

Sem Tempo (M12) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

tem musgo, o meu presépio, não tem caminhos de areia. Mas é lindo de olhar. O Menino na cabana, José, Maria, um coro de anjos a cantar. E as mulheres de Belém que trazem ovos em cestinhos e pão e leite e os pastores que começaram a chegar. Os Magos ainda não vieram. Vão chegar de noite e vão partir antes que amanheça, não venha por aí o Rei Herodes. Talvez nem os vejamos. Não importa. Morarão sempre no nosso imaginário. O meu presépio iluminado pela luz de mil estrelas foi este ano inventado a partir tão só de uma imagem do Presépio que há na Lapa, aqui ao lado. Venham vê-lo. Mora nele a ternura toda do Natal. Está lá tudo, como disse: a cabana, a manjedoura, o burrica Trote-Ligeiro, assim chamada e o boi a que o dono dera o nome de Ruminante, os dois entretidos a aquecer o Menino e os anjos, e os pastores e as suas mulheres. Só os Reis Magos estão ainda para chegar. E está lá uma mensagem de beleza e uma mensagem de amor. Mas estas temos nós de descobrir. (Ao cimo das escadas, dentro do velho Palacete Silva Mendes, perto do Rossio, está o tal Presépio, esse que eu escolhi para eu ver).

Estreia da semana

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h40, 00h30* Ano Novo, Vida Nova! (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h20, 21h30, 00h10* Imortais (M16) (Digital) Sessões diárias às 16h10, 18h25, 21h50, 00h00* Transgressão (M16) (Digital) Legenda: * Sexta e Sábado

Ano Novo, Vida Nova!– Comédia romântica que é uma celebração do amor, o perdão, a esperança, as segundas oportunidades e os recomeços, em histórias entrelaçadas de casais e de solteiros no centro da cidade de Nova Iorque, na noite mais fantástica do ano.


16 | Dezembro | 2011

culturas O TEMPO E O MODO João Luís Oliva

O tempo do Cineclube

Há muitas semanas que se anda para falar do Cineclube de Viseu nesta coluna. E mais: sempre se pensou associar uma crónica a ele dedicada à problemática ideia de “tempo”. Estranha mania, ainda por cima com pretensões de abordar um tema que nem para Santo Agostinho era coisa fácil (“se ninguém me perguntar, eu sei o que é o tempo; porém, se quiser explicar a quem me perguntar, já não sei”. Confissões, livro XI). Mas talvez se consiga lá chegar sem recurso a grandes metafísicas. E as muitas direcções que produziram e programaram as actividades do Cineclube sempre reflectiram as interrogações e problemas do tempo em que exerceram a sua acção. Com um colectivo que se auto-renova, considerando e integrando as preocupações e os actores anteriores, o Cineclube de Viseu é bem o exemplo da acção cultural que emerge das questões que se colocam (vão colocando) à comunidade e nela procura agir. Enfim, sempre o tempo… Ao longo de 56 anos, completados no passado dia 10, solidamente comentados e documentados por Fernando Giestas no livro Cine Cidade (Viseu, 2008). Na cidade morta de um país moribundo, foi tela única de exibição de filmes que não apareciam no circuito comercial e palco singular de debate de ideias em tempo de silêncios, talvez só episodicamente acompanhado pelo Clube de Viseu (o da década de 1960…), onde, apesar de muitos equívocos, se ouviram Fernando Lopes Graça e o Coro da Academia de Amadores de Música, Natália Correia, António Vitorino de Almeida, David Mourão Ferreira e outros que tais. Foi cenário extremo de discussão política num tempo extremado, daqueles em que “só se pode querer tudo, quando não se teve nada”. Foi, com a Área Urbana, a revista Zut e outras “agitações” já depois da Companhia de Teatro A Centelha e da Companhia de Teatro de Viseu,

mas antes do renovado Teatro Viriato -, instrumento da mudança e cosmopolitização possível dessa cidade morta e convulsivamente ressuscitada; enquanto a região também ia mudando e Tondela, por exemplo, assistia à consolidação da ACERT. É e continua a ser, afinal, uma plataforma do encontro de prazeres, reflectidos ou apenas fruídos, proporcionados pela criação humana, especial mas não exclusivamente, nos domínios da sétima arte, nas realizações que não estão na play list padrão do consumo massificado. Tudo isto com uma agenda semanal de exibição de filmes, além de uma produção - individual ou em parceria com outros agentes culturais - que envolve debates, actividade editorial, fotografia, formação, acções com as escolas, sensibilização de novos públicos; e, sem deixar de ter uma marca identitária, num olhar que partilha o horizonte do concerto nacional e internacional do movimento cineclubista, Não se vai falar dos inúmeros nomes que construíram e constroem quotidianamente esta realidade em movimento; até por isso mesmo, porque são inúmeros. Mas não se resiste a evocar, simbolicamente, um deles: o de Humberto Liz, que integrou a comissão organizadora de 1955 e continua a participar na actividade do Cineclube como, aliás, outros antigos directores. Este tipo de gente não diz “no meu tempo…”, porque quando, de facto, se está vivo, o nosso tempo nunca deixa de ser, também, o presente, É bom ter um Cineclube deste tempo, com todos os tempos; tanto como mau seria ter um tempo sem Cineclube.

D Concerto de Natal em Caria

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O Grupo Coral de Abraveses actua, no domingo, pela primeira vez na Igreja Matriz de Caria, em Moimenta da Beira. O Concerto de Natal tem início às 18h30.

Destaque

ADPC - Concerto da Alegria Igreja da Misericórdia ∑ Em Penalva acontece... Num domingo a meia tarde, sombrio e frio, mais de centena e meia de pessoas acorreram à Igreja da Misericórdia de Penalva do Castelo para assistir a um recital de órgão de tubos, dado pelo Pe. José Henrique, André Albuquerque e Simão Cruz, com acompanhamento no Avé Maria, de Schubert, por Ana Alves ao saxofone e Fernando Martins ao trompete. Foram interpretadas obras do barroco, de Mendelssohn, Haendel, Bach, Rinck e do português J. Silva Carvalho. Muito virtuosismo e entusiasmo foram a tónica geral. O Pe. Henrique referiu “este é um bom órgão que precisa de ser usado para uma boa conservação, pelo menos uma vez por mês, porque os tubos de palheta desafinam facilmente. É uma peça estética e arquitectónica bonita. Há em Abrunhosa, Sátão, o de Nª Sª da Esperança, mas o maior, de 1808, é o do Seminário Maior, com 2033 tubos.” Mais acrescentou “estes eventos são fundamentais para a promoção da cultura e para a descoberta de novos talentos. Nestes meios, as bandas de música são a grande escola, como por exemplo a centenária Banda de Penalva.” O Pe. José António, pároco local disse ainda: “O melhor organista da Diocese de Viseu é o Pe. José Henrique. Temos previstos vários outros eventos culturais para o mês de Janeiro.” Entretanto, Joaquim Pinto Ferreira da Silva, o Provedor da Misericórdia local afirmou-nos: ” Fui contactado pela ADPC para esta iniciativa à qual acedi de imediato. Este órgão não funcionava há 50 anos. Foi recuperado em Barcelos. Os custos orçaram os 30 mil euros. Mas deu muita alegria às gentes do Concelho, porque esta igreja, não sendo a Matriz, é muito representativa.” PN

Paulo Neto

Jornal do Centro

A Padre José Henrique

A Provedor da Misericórdia de Penalva

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D Lançamento de livro em Tondela

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culturas

Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

A Biblioteca Municipal Tomás Ribeiro, em Tondela, recebe o lançamento do livro “Angola: o Horizonte Perdido”, da autoria de António Coimbra, amanhã, a partir das 15h00.

Destaque

“Desafinado” no Teatro Viriato O Teatro Viriato, em Viseu, apresenta a peça coreográfica “Desafinado”, hoje e amanhã, a partir das 21h30. Esta é uma criação de Paulo Ribeiro, que, em co-autoria com Leonor Keil, concebeu para o Grupo Dançando com a Diferença” um concerto, onde gesto, dança e música falam a mesma língua, na procura de sons, ritmos, sinais de cumplicidade, aproximação e afastamento. “Desafinado” é, acima de tudo, uma homenagem aos corpos habitados de vida, aos afectos e à procura de uma vivência de uma maravilhosa dissonância. Um espectáculo que conta com a orientação musical de Drumming GP. Possuidor de um trabalho reconhecido ao nível da inclusão social, o Grupo Dançando com a Diferença provoca novamente o público a observar para além do óbvio. O preço do bi l hete varia entre os 5 e os 10 euros.

DANÇANDO COM A DIFERENÇA A DANÇA NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA Nesta oficina, que vai decorrer no Viriato, hoje e amanhã, das 19h00 às 21h15 e das 9h00 às 13h30, respectivamente, Henrique Amoedo, director do Grupo Dançando Com a Diferença, apresentará, no âmbito teórico, o conceito de dança inclusiva, por ele proposto e adoptado por diferentes companhias, um breve histórico da inclusão das pessoas com deficiência no universo da dança e as suas relações com a conquista de diferentes espaços na sociedade. A nível prático os participantes terão a oportunidade de experimentar a metodologia de trabalho adoptada nas actividades desta companhia de dança, através do método Dança-Educação Física, do Contacto-Improvisação e dos pressupostos de Rudolf Laban, entre outros. TVP

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Alberto Correia soma e segue Literatura infanto-juvenil ∑ Terceira obra publicada Alberto Correia, na porfia continuada de quem muito estima aquilo que faz, prolífico, vai-nos servindo constantes vitualhas na sua lauta mesa da escrita. Desta feita, em colaboração com a ilustradora brasileira Analice Uchôa, publicou “Os Tinta Dinheiros do Rei Melchior”, literatura infanto-juvenil, em cuidada edição da Santa Casa da Misericórdia de Viseu. Num registo adequado à faixa etária a que se destina, com bom rigor histórico, Alberto Correia traça a longa diacronia dos “30 Dinheiros”, desde o momento quando Abraão sai de Ur e vai para Canaan, no ano 2 000 a. C., até ao ano 33 da Era Cristã, ano terceiro da vida pública de Jesus e traição de Judas que pelo acto recebe Publicidade

Nuno André Ferreira

Dança

os “Trinta Dinheiros” entregues no Templo depois da morte de Jesus , servindo para os Sacerdotes com eles comprarem terra. Cada página seu capítulo, sua belíssima ilustração. E de forma pedagógica, culturalmente lúdica, a História, intemporal, progride e passa da pena de Alberto Correia para os olhos arregalados dos Meninos que a lêem. Este

livro é um mimo! Uma nota pa ra salientar a matriz aquiliniana tão presente neste conterrâneo do escritor de Sernancelhe presentifica-se na dedicatória: “Para o meu neto Rodrigo, acabado de nascer.” Também Aquilino dedicou “O Romance da Raposa” (1924) a seu filho Aníbal Aquilino; “Arca de Noé – III

Classe” (1935), a seu filho Aquilino Ribeiro Machado e “O Livro de Marianinha” (ed. póstuma de 1967), a sua neta, nascida em 1961, pouco antes do seu passamento, a 27 de Maio de 1963. Uma nota, uma curiosidade. Para todos os Rodrigos de Portugal, uma História que no Natal, Festa da Natividade, é de encantar! PN

Literatura

Apoio:

Pré-apresentação em Sátão ACERT · Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr. Ricardo Mota, 3460-613 Tondela // Tel. 232 814 400 / email: geral@acert.pt Estrutura Financiada por

Financiamento

O autor, Acácio Pinto, em homenagem ao s e u s c o n te r r â n e o s , decid iu promover o p r é - l a n ç a m e n to d o seu livro, na Biblioteca Municipal do Sátão

(Solar dos Albuquerques), no próximo dia 18 de Dezembro, pelas 16h00. A apresentação da obra vai estar a cargo de Paulo Neto.


10 a 13 de Novembro Jornal do Centro

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16 | Dezembro | 2011

em foco Pai Natal nas ruas de Viseu A Feira de Natal foi em Sernancelhe A autarquia recriou um mercado de Natal para dinamizar o comércio local Cerca de três mil pessoas visitaram a feira onde se vendiam electrodomésticos, roupa e calçado, vinhos, azeite, artesanato, decoração, bacalhau, bijouteria, cabazes, brindes, flores e arte. O autarca, José Mário de Almeida Cardoso, elogiou os comerciantes locais, “a sua capacidade de resistir, de teimarem em apostar no interior e de contrariarem as adversidades próprias do meio”. Referindo-se ao estudo do Instituto Nacional de Estatística sobre o Poder de Compra per capita, explicou que os dados são reveladores de que “Sernancelhe afinal tem mantido a sua popula-

O Pai Natal chegou no sábado, dia 10 ao centro histórico de Viseu num trenó puxado por sete renas. O senhor das barbas brancas e os seus ajudantes partiram da Rua Formosa, visitaram a Rua Direita e a Rua Alexandre Lobo sempre a distribuir cumprimentos e rebuçados pelas crianças. Do projecto de animação de Natal no comércio de rua, da responsabilidade da Associação Comercial do distrito de Viseu, faz ainda parte a Casa do Pai Natal “construída” no centro histórico, onde decorrem ateliês, jogos e pinturas. A animação de Natal prolonga-se até ao dia 23.

ção”, evidenciando que “é um concelho que participa para os impostos do Estado com muito mais impostos do que alguns concelhos do litoral, tidos como industrializados.”. A cantora Micaela subiu ao palco na noite de 10 de Dezembro e atraiu centenas de visitantes à Feira. Já no domingo, a tarde foi preenchida pela manifestação etnográfica do Rancho Folclórico de Folgosinho, Concelho de Gouveia. O balanço final foi altamente positivo, pois comemorou-se a quadra natalícia e, ao mesmo tempo, encontrou-se a arte de impulsionar o comércio local. As crianças, essas, foram das mais beneficiadas… Mas o Natal é delas, não é?

Desfile de moda no Factor C

Fotos: Paulo Pinto

O bar dançante Factor C, recebeu, no passado dia 10, a festa “Dream On”. O desfile de moda e a animação foram os ingredientes de uma noite dançada ao som do Dj Kazé. Os parceiros desta festa organizada pela Inovarviseu foram: Castelo Atelier e Alta Costura, o pronto a vestir Preto e Branco, Simplesmente Marisa, perfumaria Martha, o cabeleireiro Nova Imagem, Vivafit e aKonopizza Viseu.

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Jornal do Centro

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16 | Dezembro | 2011

saúde Extensão de Lordosa fechada durante um dia deixou utentes preocupados Razões∑ A informação na porta do posto dava conta da falta de adminsitrativos ∑ Director da ACES fala em “falta de médicos A extensão de Saúde de Lordosa, no concelho de Viseu esteve fechada durante um dia por falta de pessoal administrativo. No passado dia 9, os utentes com consultas marcadas dirigiram-se ao posto de saúde e depararam-se com a porta fechada e um papel a informar “fechado por falta de administrativos”, como contou uma utente ao Jornal do Centro. De acordo com os doentes, quem quisesse ser visto pelo médico de família, teria que se deslocar ao Centro de Saúde I da cidade, obrigando a uma deslocação de cerca 20 quilómetros. Para os doentes assistidos nesta extensão do Centro de saúde I de Viseu, apesar de “gra-

ve” tratou-se apenas de “mais um caso” pontual no posto de saúde que trabalha sob “uma confusão total”, que se estende à falta de médicos. “Tanto há médicos como depressa se vão embora”, assegura outro utente. Sem nunca confirmar o encerramento do posto de saúde no dia 9 por falta de pessoal administrativo, o director do Agrupamento de Centro de Saúde (ACES) Dão Lafões I, José Carlos Almeida admitiu haver “situações de ruptura” tanto Extensão de Lordosa, tal como na de Bodiosa devido à “falta de médicos”. Na extensão de Saúde de Lordosa dois médicos acompanham cerca de três mil utentes

Anestesiologia/Consulta da Dor Cirurgia da Cabeça e Pescoço Cirurgia Plástica Dermatologia Enfermagem (clínica e domicílio) Implantologia p g e Ortodontia Medicina Dentária Medicina Geral (clínica e domicílio, consultas em inglês e alemão, tradução de doc. clínicos para português) Neurologia Nutrição Clínica Ortopedia, Cirurgia das Mãos e Nervos Periféricos O i l i Otorrinolaringologia l i Psicologia Terapia da Fala Urologia

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A extensão de saúde funciona no rés do chão de uma casa em Lordosa. Em breve irá mudar para instalações do Instituto Piaget da freguesia e de outras vizinhas como Calde. Recentemente, as duas profissionais destacadas entraram em baixa médica o que causou de imediato uma ruptura no serviço.

José Carlos Almeida garante que a partir de Janeiro o serviço irá melhorar com uma médica a tempo inteiro no posto. “É uma ansiedade diária para colmatar situações complexas”, termi-

nou o director. O ACES Dão tem neste momento quatro extensões no concelho de Viseu, Lordosa, Bodiosa, Cepões e Silgueiros. Emília Amaral

RASTREIO DE CANCRO DA MAMA DECORRE EM OLIVEIRA DE FRADES Desde quarta-feira e até ao final de Janeiro, que uma unidade móvel de mamografia do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) se encontra junto à sede dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades, disponível para a realizar do exame mamográfico digital. O programa está aberto a mulheres entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho e interessada em fazer o exame. A unidade móvel funciona de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. Para marcações ou informações adicionais, deverão contactar o Centro de Coordenação do Rastreio, através do telefone (239 487 495/6) ou do e-mail (rcmama.nrc@ligacontracancro. pt). O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção eficaz, uma recomendação da Liga Portuguesa Contra o Cancro. EA


Jornal do Centro

SAÚDE 39

16 | Dezembro | 2011

Opinião

Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças anagranja@netcabo.pt

Informações úteis para quando vai ao médico dentista/higienista oral A visita ao Médico Dentista não deverá ser dolorosa! Acima de tudo, a nossa missão é fazê-lo sorrir! Estamos no ano de 2011 e foi percorrido um longo caminho no avanço tecnológico e nas condições de conforto que são proporcionadas numa consulta de Medicina Dentária. Nos dias de hoje, já não deverá ter medo de ir ao Médico Dentista. Pelo contrário, deverá ter consciência que está a fazer algo de bom para a saúde ao controlar a saúde oral. Antes de ir a uma consulta com o dentista/higienista deve saber algumas informações úteis.. Destartarização (Limpeza oral). Hoje em dia e com a evolução da medicina dentária, a destartarizaçao não dói. Para tal, são aplicados se necessário anestesicos tópicos ou dessensibilizantes que aliviam a sensação de desconforto ou dor. Em determinadas situações e para um tratamento correcto, é necessário fazer alisamentos da raíz do dente, e para tal o médico dentista/higienista oral precisa de fazer uma limpeza mais “profunda”, ou seja, remover cálculo dentário e todas as bactérias que se acumulam na superfície do dente, que podem levar a inflamaçao gengival. Nestes casos também não há dor, dá-se anestesia de modo a não sentir nada. O ideal será que visite o seu Higienista Oral ou Médico Dentista o mais cedo possível para este detectar as doenças orais o mais precocemente para evitar grandes incómodos. Também terá oportunidade de aprender a melhor maneira de cuidar da sua higiene oral, evitando assim sucessivas destartarizações, uma vez que passará concerteza a ter uma higiene oral mais regular e cuidada. Faça controlos pelo menos 1 vez por ano, nessa consulta realizar-se-ão RX de rotina para detectar possíveis doenças orais. Se estiver grávida o cuidado com a saúde oral deverá ser redobrado uma vez que a alteração hormonal, provoca uma maior inflamação gengival.

Viseenses unem-se e doam medula óssea na Casa do Benfica Objectivo∑ Encontrar um dador compatível para salvar a vida ao pequeno Gustavo Martins Os viseenses responderam ao apelo lançado pelo jogador Carlos Martins, e compareceram em grande número na Casa do Benfica para doar medula óssea. Cerca de 300 pessoas deslocaram-se, durante todo o dia de quinta-feira, àquelas instalações para tentar ajudar o pequeno Gustavo Martins, três anos, que precisa de um dador compatível para combater a doença que sofre, aplasia medular. “O facto de ser filho de uma figura pública faz com que as pessoas fiquem mais sensíveis a esta causa”, disse Maria Inácio, técnica do Centro

deceu a “disponibilidade imediata das enfermeiras do Hospital de Viseu” e desejou que “seja encontrado um dador compatível, que salve a vida ao Gustavo”. Recolha em Tondela. Também em Tondela, a Casa do Benfica local promoveu, em parceria com associações, uma recolha de sangue no quartel dos Centenas de pessoas doaram medula óssea, em Viseu Bombeiros Voluntários. Mais de uma centena de de Histocompatibilidade lógico e que podem ser tra- pessoas participaram na tados com o transplante de iniciativa “Hoje pelo Gusdo Centro. Contudo, a técnica lem- medula”. tavo - E por tantos outros Para Fernando Albuquer- Gustavos! Amanhã por nós brou que “esta acção não é direccionada exclusiva- que, presidente da Casa do próprios. Vamos todos parmente ao Gustavo, mas Benfica de Viseu, “o gran- ticipar nesta campanha!”. para todos que sofram de de nome do Benfica moTiago Virgílio Pereira doenças do foro hemato- bilizou muita gente”, agra-

A

CLAS DE SANTA COMBA CRIA BANCO DE MEDICAMENTOS O Conselho Local de Acção Social (CLAS) de Santa Comba Dão vai criar um banco de medicamentos para garantir uma maior acessibilidade aos medicamentos por parte de munícipes carenciados, nomeadamente idosos e crianças. O projecto “Apoiar com Medicamentos” apresentado na semana passada, arranca com uma campanha destinada a sensibilizar a população local a doar medicamentos não utilizados e dentro do prazo de validade, para depois serem distribuídos por quem mais precisa. Os pontos de recolha dos medicamentos são as quatro farmácias do concelho. O processo de distribuição será feito na sequência do pedido escrito através do preenchimento de uma ficha e enviada para o grupo técnico a constituir que avaliará a situação socioeconómica do requerente. EA

F. Nogueira Martins Nuno Nogueira Martins Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3504-514 VISEU (Qta do Seminário) Marcação: 232 426 021 963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

CLÁUDIA OLIVEIRA, 37 ANOS, VISEU Considero que esta colheita de medula óssea foi muito positiva. Foi a primeira vez que o fiz e senti-me bem. Tenho filhos da mesma idade e esta questão sensibilizou-me bastante. Apesar de tudo, reconheço que houve grande divulgação por se tratar de um jogador de futebol, se não fosse por isso, não compareciam metade das pessoas.


Jornal do Centro

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16 | Dezembro | 2011

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away. SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.

PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de

Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344 PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇ ÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454 BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt

NELAS FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

IMOBILIÁRIO VENDE-SE Casa antiga para restauro com cave, área coberta 131 m2 e 195 m2 de logradouro. Centro de Silgueiros. Contactos: 91 723 92 96 ou 96 230 94 54 T1+3 Centro Cidade c/110m2 área, lareira, arrumos, varandas, garagem. 75.000,00€ T. 917 921 823 T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozinha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€ T. 914 824 384 T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€ T. 969 090 018

T. 969 090 018 Andar moradia Repeses c/ óptimas áreas, cozinha equipada, garagem, logradouro. 90.000,00€ T. 917 921 823 Andar moradia Gumirães c/ cozinha mob. e equipada, A/C, lareira c/ recup., logradouro. 90.000,00€ T. 914 824 384

IMOBILIÁRIO ARRENDA-SE T2 Cidade c/ cozinha mob. e equipada, mobilado, arrumos. 275,00€ T. 917 921 823 T2 Cidade mobilado e equipado, arrumos, boa exposição solar. 325,00€ T. 914 824 384

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EMPREGO & FORMAÇÃO

Workshop de Cozinha em Tondela A Escola Profissional de Tondela vai, pela primeira vez, promover, no próximo dia 19 de Dezembro, segunda-feira, entre as 17h00 e as 20h00, um Workshop de Cozinha de

Natal, destinado ao público em geral. Para entrada, será servido um folhado de Queijo da Serra com mel e nozes. Bacalhau com crosta de broa e grelos, como prato

OFERTAS DE EMPREGO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320)

principal e trilogia natalícia para sobremesa. O preço do workshop é de 25 euros, com jantar incluído. O número de inscrições é limitado.

Entrega de diplomas na International House

Padeiro, em geral com experiência. Tondela - Ref. 587744065 Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão - Ref. 587763680 Pasteleiro. Carregal do Sal Ref. 587779960 Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598 Cortador de carnes verdes. Santa Comba Dão - Ref. 587792565 Cabeleireiro. O candidato deverá ter carteira profissional de ajudante, praticante e de cabeleireira e experiência profissional. Carregal do Sal Ref. 587793117 Servente florestal. Santa Comba Dão - Ref. 587792750 Esteticista (visagista). Tondela - Ref. 587793359

Esteticista (visagista). Tarouca - Ref. 587787729 Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364 Caseiro - Explorador agropecuária. São João da Pesqueira - Ref. 587790279 Engenheiro agrónomo. Lamego - Ref. 587792447 Fiel de armazém. Armamar - Ref. 587793102 Engenheiro agrónomo. Sernancelhe - Ref. 587794094 Engenheiro civil. Tarouca Ref. 587794666 Empregada doméstica casas particulares. Lamego - Ref. 587794692 Serrador mecânico – madeira. Nelas - Ref. 587789854 Trabalhador não qualificado com ou sem experiência, para funções em serração de madeiras. Nelas Ref. 587789859 Serralheiro civil. Viseu Ref. 587790116

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278 Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU (232 483 460)

Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972 Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716 Estucador. Viseu - Ref. 587787639 Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916 Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911 Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876 Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353 Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084

No passado sábado, 10 de Dezembro, teve lugar, na Escola Superior de Tecnologia de Viseu a Festa de Diplomas da International House Viseu. Os alunos que realizaram exames da Universidade De Cambridge, durante o ano 2011, receberam os seus diplomas. Ao todo, 59 alunos receberam diplomas de PET, FCE e CAE. A directora, Gay Adamson, deu as boas vindas

aos alunos e respectivos pais e a festa começou com um espectáculo apresentado por alunos e professores da escola. Em seguida, procedeu-se à entrega dos diplomas pelos ex-alunos Catarina Xavier e Nicolau Pais, que, como antigos alunos da escola, puderam testemunhar o papel que a International House teve nas suas vidas. Referindo a sua experiência pessoal,

realçaram a importância que o domínio de línguas, sobretudo Inglês, teve na sua vida profissional, e que esta necessidade de poder comunicar em línguas estrangeiras assume, cada vez maior importância, quanto mais dificil é o mercado de trabalho. À cerimónia de entrega seguiu-se um cocktail com muito convívio de actuais e antigos alunos, professores e familiares.

Marceneiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587783204

Empregado de balcão. São João da Pesqueira - Ref. 587781497

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Empregado de mesa. Cepões - Ref. 587787476

Explicações economia contabilidade cálculo financeiro econometria T. 915 413 293

Senhora c/ experiência toma conta de pessoas idosas. T. 969 717 415

Servente procura trabalho Construção civil e obras públicas. Zona de Viseu

Mecânico de automóveis. São João da Pesqueira - Ref. 587781501

Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pintor – superfícies metálicas. Viseu - Ref. 587784528

T. 927 732 803 966 997 886

Trabalhador florestal prevenção e combate de incêndios. Carregal do Sal Ref. 587793420

Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192)

Agente comercial. Lamego Ref. 587795148

Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068 Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170)

Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640 Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442 Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego


Jornal do Centro

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16 | Dezembro | 2011

NECROLOGIA Maria Fernanda Rodrigues Saavedra, 74 anos. Natural e residente em Lumiares, Armamar. O funeral realizouse no dia 13 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Lumiares. António Morais, 79 anos, casado. Natural e residente em Armamar. O funeral realizou-se no dia 15 de Dezembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de São Lázaro, Armamar. Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231 Alice de Campos Figueiredo, 89 anos, viúva. Natural de Oliveira do Conde e residente em Fiais da Telha. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Oliveira do Conde. Idalina da Silva Lopes, 89 anos, solteira. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Currelos. Celeste de Jesus da Costa, 71 anos, solteira. Natural de Lageosa e residente em Penedo. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Lageosa. Delfim Pereira, 84 anos. Natural e residente em Oliveira do Conde. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 12.00 horas, para o cemitério local. Guilherme Daniel Anunciação Pereira, 68 anos, solteiro. Natural de Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 14 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Currelos.

Montemuro, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 9 de Dezembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Póvoa de Montemuro. António da Rocha, 75 anos, viúvo. Natural de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul e residente em Termas do Carvalhal, Mamouros, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 9 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mamouros. Clementina Pereira Pinto, 90 anos, viúva. Natural e residente em Cêtos, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cêtos. Joaquim Coelho, 80 anos, solteiro. Natural e residente em Vila Pouca, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 13 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Castro Daire. Maria dos Anjos Fernandes, 86 anos, viúva. Natural e residente em Pereira, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizouse no dia 15 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Pereira. Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Manuel Amaral Lourenço Ferreira, 67 anos, casado. Natural e residente em Cubos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415

Alexandrina Martins de Figueiredo, 91 anos, solteira. Natural e residente em Fundões, Santiago de Cassurães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 12 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães.

Jorge Cardoso da Rocha, 77 anos, casado. Natural e residente em Póvoa de

Maria Preciosa Gomes, 86 anos, viúva. Natural de Contenças de Baixo, Mangualde e residente em Mangualde

Gare. O funeral realizou-se no dia 13 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

tural de Moreira, Nelas e residente em Inglaterra. O funeral realizou-se no dia 14 de Dezembro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Moreira. Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009

Armando Manuel Ferreira do Carmo, 82 anos, viúvo. Natural de São José, Viseu e residente em Tibaldinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Alcafache.

Geraldo Campos da Vinha, 91 anos, viúvo. Natural e residente em Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Campia.

Helena dos Prazeres dos Santos, 83 anos, viúva. Natural de Espinho, Mangualde e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Espinho.

Custódia Glória Guimarães, 69 anos, viúva. Natural e residente em Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 12 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097 Lurdes Ferreira, 95 anos, viúva. Natural e residente em Bela Vista, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 9 de Dezembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. Maria Soares Ferreira, 92 anos, viúva. Natural e residente em Silvares, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 12 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. Manuel José Barreto, 61 anos, casado. Natural de Arcos de Valdevez e residente em Alemanha. O funeral realizou-se no dia 12 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Carvalhal Redondo. António Pais Loureiro, 72 anos, solteiro. Natural e residente em Moreira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 13 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Moreira. Amadeu Soares, 52 anos, casado. Na-

Ag. Fun. Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Manuel Marques da Cruz, 92 anos, viúvo. Natural de Freixo, Serrazes e residente em Santa Cruz da Trapa, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa. Ag. Fun. Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 José Alberto Gaspar Abreu, 63 anos, casado. Natural de Mortágua e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. José do Coito, 78 anos, viúvo. Natural de São João de Lourosa e residente em Coimbrões, Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São João de Lourosa. Maria do Carmo da Costa, 79 anos, casada. Natural de Rio de Loba e residente em Póvoa de Sobrinhos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Barbeita. Amélia de Andrade, 84 anos, casada. Natural de Aguiar da Beira e residente em Carrapito, Aguiar da Beira. O funeral realizou-se no dia 12 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952

João Carvalho, 78 anos, viúvo. Natural e residente em Folgosa, Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 9 de Dezembro para o cemitério de Lordosa.

Casimiro dos Santos Soares, 65 anos, casado. Natural e residente em Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Dezembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Santos Evos.

Manuel Marques, 77 anos, casado. Natural e residente em Pindelo dos Milagres. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro para o cemitério de Pindelo dos Milagres.

Maria da Ascensão Ferreira de Almeida, 96 anos, viúva. Natural e residente em Mundão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mundão.

Fábio Ferreira, 18 anos, solteiro. Natural de Granja, Mo s, Castro Daire e residente em Luxemburgo. O funeral realizou-se no dia 15 de Dezembro para o cemitério de Granja.

Florinda da Silva Figueiredo, 85 anos, viúva. Natural e residente em Vila Nova do Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Campo.

Maria Cândida de Sousa, 99 anos, viúva. Natural de Cavernães e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 11 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. José Mesquita Lopes Grilo, 42 anos, casado. Natural de Viseu e residente em Santiago, Viseu. O funeral realizouse no dia 12 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. António de Almeida Martins, 52 anos, casado. Natural e residente em São Miguel de Vila Boa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 12 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Miguel de Vila Boa. Isaura Marques da Silva, 65 anos, solteira. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Abília Pereira de Oliveira, 85 anos, viúva. Natural e residente em Gumirães, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba. José Gomes de Figueiredo, 68 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de Dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Abraveses. Pedro Miguel Rodrigues Neto, 33 anos, solteiro. Natural e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 14 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão. Otília de Jesus Almeida, 73 anos, casada. Natural de Bodiosa e residente em Cavernães, Viseu. O funeral realizouse no dia 16 de Dezembro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Cavernães. Ag. Fun. Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

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INSTITUCIONAIS 1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 509 de 16.12.2011)


Jornal do Centro 16 | Dezembro | 2011

clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

Carta aberta ao senhor presidente da junta de freguesia de Calde e ao povo da Várzea de Calde C/ Conhecimento ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Dr. Fernando de Carvalho Ruas. Ex. mo Senhor e muito amigo Herculano Duarte Gonçalves: Mais de dois anos vão sobre a solene abertura da Casa de Lavoura e Oficina do Linho, designação que eu quis, e justificada está, para o Museu de tipologia etnográfica levantado na Várzea. Meritório contributo da Câmara Municipal que o ergue com dinheiros bastantes, europeus, nossos, da Junta de Freguesia que, mercê do seu particular empenho, construiu um notável equipamento cultural que tem valia nacional. Confiou-me a Câmara Municipal de Viseu, através do seu Vice-Presidente, Dr. Américo Nunes, a sua organização, que se traduziu no programa, no delineamento museográfico, esse importante trabalho do museólogo, na obtenção do conteúdo – os objectos, no acompanhamento absoluto do seu restauro, fotografia, na execução do criterioso inventário, na escrita de todos os textos informativos, esquemas de multimédia, pequenos filmes, etc, etc. Como companheiro de trabalho na busca, porta a porta, de cada uma das peças, na sua selecção, na procura porta a porta de cada uma das fotografias antigas que constroem um dos mais interessantes painéis historiados do Museu, tive-o a si. Foram anos de trabalho, dias e dias que eu passei nesse fantástico povo da Várzea, sentado nos balcões e aprendendo, sentado algumas vezes à mesa da refeição familiar, sentado nas bancas dessas refeições comunitárias da matança do porco, do arranque do linho, sentado à mesa do Café e conversando. Foi um trabalho feito com paixão e o senhor o partilhou como ninguém. Sabe desse encantamento permanente. Claro que eu estava feliz quando o Museu se inaugurou a 20 de Setembro de 2009, sem ter deixado que andasse a anunciar-se previamente qualquer desacertada abertura. E não levou assim tanto tempo a organização deste Museu, Senhor Dr. Américo Nunes, não levou!... Afirmo-o convicto, como convicto lhe disse

numa saudação pública em dia de abertura, que respondi à missão que me confiara desenhando e propondo tudo o que eu quis, até ao fim, no programa do Museu, sem que me tenha alterado uma vírgula. E o louvei e louvarei por isso, por essa confiança. No dia da abertura a Direcção do Museu ficava confiada à responsabilidade técnica da senhora Dr.ª Raquel Greenleaf. Minha missão estava quase terminada. Digo quase porque ficava por fazer o verdadeiro Catálogo do Museu cujo planeamento eu elaborara para conterse em três livros - Lavoura, Linho e Identidade da Terra, este último já maquetizado na véspera da inauguração, mas não editado, até hoje, sabe-se lá porquê. Restava-me agora continuar a ser um devotado visitante do Museu, restavame o acompanhar de longe, feliz, o elevado número de visitantes (que está bem longe de ter), restava-me conduzir lá amigos e conhecidos, turmas de alunos, grupos vários, como ainda faço no Museu de Grão Vasco ou no Tesouro da Misericórdia. E isso fui fazendo. E lembrome que, às vezes, aquela gente da Várzea, quando eu tardava em ir por lá, estranhava a minha ausência de amigo e de conviva. Coisa que não acontecia no Museu já dirigido pela actual responsável, onde eu não era desejado, no museu. E já se vai saber porquê. A Senhora Dr.ª Raquel Greenleaf assumiu, como disse, funções de Direcção do Museu. A Câmara confiou-lhas. Estava no seu direito. Não tinha Curso de Museologia? Não vinha mal ao mundo. O Capitão Almeida Moreira também não tinha e foi excelente museólogo. Mas ele lia, perguntava, visitava outros museus, trabalhava no duro. A Dr.ª Raquel jamais me perguntou algo sobre o Museu que iria orientar. Era um Museu de Lavoura! Eu não sou lavrador. Será que ela já tinha visto um carro de bois passar ao lado?! E quanto a trabalho de ajuda (?) só me lembro de uma ocasião em que eu, no pátio da Casa de Lavoura, tirava ferrugem de um garfo de ferro, ela parou fugazmente, eu disse-lhe que havia trabalho (estava a ser irónico, só levemente, e

até com simpatia), ela olhou as unhas pintadas, sorriu e discretamente retirou-se. Digo isto porque explica o que vem a seguir. E o que vem a seguir é muito, muitíssimo grave. Cito o principal: Neste Verão de 2011, organizada uma Pró-Associação de professores e funcionários da Escola Secundária Alves Martins a que eu me honro de ter pertencido, e agora à novel Associação, falou-se de possíveis realizações e logo, por minha iniciativa, foi aceite visitar o MUSEU DA VÁRZEA. Quis eu que pedissem oficialmente autorização e cedi contactos. E disse a quem pediu que comunicasse à Direcção do Museu que eu faria a Visita Guiada. (Uma das coisas que faria relativamente bem, pensava eu, que fiz o museu). Demorou a resposta. Até eu insisti no pedido. Vieram então respostas. Primeiro, SIM. Mas, para bom entendedor (!), logo se acrescentava que lá também sabiam fazer visitas (sic). Depois uma estranha, estranhíssima (para mim) resposta: Sim senhor, EXCEPCIONALMENTE, deixariam que o Dr. Alberto Correia (o fulano que tinha feito o Museu) fizesse essa visita. E que ele não tivesse a veleidade de ir lá com outras visitas para fazer!... (Mas esta segunda parte sou eu a inventar! A inventar?!). Eu fiz a visita (29 de Junho) sem saber desta missiva. Só a conheci depois. (Bem haja o saudoso Dr. José Manuel Coutinho, da tal Associação que, surpreendido com aqueles estúpidos dizeres, me informou e deixou utilizar, a meu pedido, a informação). Claro que fiquei chocado. MUITO CHOCADO. Escrevi ao Senhor Presidente da Câmara de Viseu, contando. A seu mandado, creio, veio falar comigo a Senhora Vereadora da Cultura, Dr.ª Ana Paula Santana, que me pediu desculpa. Só que o caso era ainda muito mais grave. Várias vezes a Dr.ª Raquel mostrara engenho em não me permitir fazer visitas ao seu Museu. E a Senhora Vereadora da Cultura, sua Chefe directa, ia tendo conhecimento disto. Mas a Senhora Vereadora não me conhecia de lado nenhum, o Museu já estava levantado quando ela chegou à Câmara, e deve ter

pensado no que é que eu por ali andaria ainda a gizar, naquele Museu, como se diz na minha terra. Ingenuamente acreditou na voz da Dr.ª Raquel. Depois viu, sei que viu que não era verdade, que a Dr.ª Raquel se equivocara a meu respeito. E também acreditou em mim. Só que não podia fazer nada. Agir de feição, isso pertencia ao Senhor Presidente. Foi então que eu pude ver o resto da história (macabra) e pude porque a Senhora Vereadora CORAJOSAMENTE, honestamente, e eu lhe agradeço, me mostrou uma diabólica mensagem da Dr.ª Raquel, escrita num Domingo, enviada para o Facebook da sua Superiora (quem é que lhe permite este à vontade?!), gravemente me ofendendo, e isto muitos meses antes (10 de Outubro de 2010, recordo, que apenas a mensagem me foi lida) de me ter dito o tal vergonhoso “excepcionalmente”, que estava terminado o meu ciclo de visitas ao Museu. Dessa atrevida mensagem consta a seguinte questão que ela, subordinada, coloca à sua chefe / Vereadora do Pelouro da Cultura: - “Como é que foi, atreve-se ela a dizer, como é que foi que puderam confiar ao Dr. Alberto Correia os Catálogos para fazer?!...” (Eu nem sei se esta Directora sabe o que são Catálogos?!). Que raio de pergunta, se ninguém me confiou a feitura de Catálogos!... São intrínsecos ao Museu. Ela quereria dizer: Porque é que chamaram esse fulano para fazer este Museu!... Bem! Não consegui apreender tudo o que a Senhora Vereadora me leu: A minha alma estava parva, como diz o povo, com tanto descaramento. (E a Senhora Vereadora leu isto antes. E acreditou. E agiu de acordo, ingenuamente levada, eu já lhe disse). Já agora queria pedir ao Senhor Presidente da Câmara, que tem patrocinado outros Catálogos e o louvo por isso: Publique o Catálogo do Museu da Várzea, o primeiro, cuja bela maquete, preparada pela GO.UP, já tem mais de dois anos. Peça por favor para lha mostrarem e decida superiormente, se tal lhe aprouver. Senhor Presidente da Câmara, já lhe escrevi duas vezes relatando estes episódios. Peço-lhe que leia, peço-lhe

mesmo que leia, porque não o fez até agora, acho eu, leia com o texto em suas mãos, as missivas da senhora (Senhora?!) Dr.ª Raquel Greenleaf. Leia, por grande favor lhe peço, as duas missivas. Peça à Senhora Vereadora da Cultura os textos. Que ela os guarda. E pense depois que isto era consigo. Que estes dizeres eram para si. O que faria?! Diga-me honestamente o que faria se fosse consigo. Mas a sério. Porque isto é muito sério. Sabe. Orgulho-me do meu trabalho. De professor. De Director do Museu de Grão Vasco durante 18 anos, lá onde posso fazer as visitas que quiser. Até me agradecem, penso. Como faço no Museu de Lamego ou no Museu da Guarda. Só a sua iluminada directora não me acha competente para fazer visitas guiadas no Museu da Várzea! Devo ter merecido, creio, a Medalha de Mérito Municipal que me foi outorgada pela Câmara, agora sua, em 21 de Setembro de 1988, no mesmo dia que ao saudoso Dr. Alexandre Alves. Mas fiz sempre por merecê-la, cada vez melhor, até hoje. O GICAV / Gala Anim’Arte, em 1994 nomeou-me Personalidade do Ano e humildemente aceitei a distinção. Outros louvores fui recebendo. Injúrias? Hum!,.. Nem por isso. Só aquelas a que está habituado quem trabalha e faz por ser honesto. Tocou-me, forte, esta injúria da sua “ilustre” subordinada. Há dias (17 de Novembro) o Rotary Clube de Viseu homenageou-me como “Bom Profissional”. E ontem, ontem mesmo, dia 12 de Dezembro, fui a Lisboa, ao Auditório do BES, receber (como museólogo) o Prémio de teor nacional outorgado pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), na Categoria de MELHOR TRABALHO DE MUSEOGRAFIA, ao meu trabalho na organização do Museu da Várzea de Calde. (Entregá-lo-ei a V.ª Ex.ª para que possa ficar no Museu, esse Museu onde a sua funcionária não me permite fazer visitas. A cabecinha da sua funcionário alguma coisa lá deve ter dentro para pensar assim!). Já agora evoco a MENÇÃO HONROSA que ontem também a Associação Portuguesa de Museologia atribuiu ao MUSEU DA MISERICÓRDIA que eu fiz também, de

raiz, como o da Várzea, V.ª Ex.ª conhece-o e sempre o louva e eu orgulho-me disso. Distinção atribuída na importante Categoria de MELHOR MUSEU. Foi ontem que recebi, orgulhoso, em Lisboa, estes galardões. (Informei previamente a Senhora Vereadora da Cultura, Dr.ª Ana Paula Santana, que o Museu da Várzea tinha sido nomeado para um prémio). Permito-me acrescentar que, no DIA DO MUNICÍPIO de 2009, dia seguinte ao da inauguração do Museu da Várzea, o senhor Dr. António Almeida Henriques, hoje digno Secretário de Estado, disse na Sessão Pública dos Paços do Concelho onde eu estava: Ontem inaugurou-se um Museu que fica bem em qualquer parte do mundo (sic). Na minha terra diriam assim: E vêm estes badamecos (ao caso é só uma pessoa) injuriar um bom cristão. Senhor Presidente da Câmara, porque esta Carta é também para V.ª Ex.ª, o dinheiro dos meus impostos pagos a Viseu, são poucos porque sou apenas de uma classe média assaz desprotegida, eu não os queria entregar para pagarem pessoas como esta directora do seu e meu e museu de todos. Mas não posso recusar os meus impostos ao seu fisco. Posso apenas dizer da minha INDIGNAÇÂO, da minha inexprimível INDIGNAÇÃO. Ao senhor Herculano, digno e interventivo Presidente da Junta de Freguesia de Calde, saúdo-o. E àquela gente da Várzea que bem merecia, isso penso eu, pessoa bem diferente a dirigir o seu belo Museu. Continuarei a aceitar as abóboras da sua horta, senhor Herculano, em cada Outono, o café dos amigos que lá deixei, continuarei a trazer a boa água do chafariz de S. Francisco, a dar e receber os bons-dias ou boas-tardes nas ruas da Várzea porque lá ainda se usa disso. SÓ NÂO ENTRAREI MAIS NAQUELE MUSEU ENQUANTO LÁ ESTIVER AQUELA DIRECTORA DE NOME RAQUEL GREENLEAF. JURO POR DEUS. Um abraço. Viseu, 13 de Dezembro (Dia de Santa Luzia, padroeira da minha aldeia), de 2011. Alberto Correia (Museólogo)


tempo: chuva

JORNAL DO CENTRO 16 | DEZEMBRO | 2011

∑agenda Sexta, 16

Lamego ∑ Seminário “Douro Religioso: Visitar, Conhecer, Reconhecer”, às 10h00, no Museu Diocesano de Lamego. Viseu ∑ Recolha de alimentos a favor do Banco Alimentar Contra a Fome de Viseu, da Associação Académica do IPV.

Viseu ∑ Prova de vinhos das décadas de 70, 80 e 90 promovida pela UDACA, às 17h30. A ideia é mostrar a evolução que os vinhos do Dão têm tido ao longo dos anos. Mangualde ∑ Início da XII edição do Memorial Mário Lemos - a festa nacional de minibasquete, às 16h30, na Escola secundária Felismina Alcântara, organizada em conjunto pela Câmara de Mangualde, a Federação Portuguesa de Basquetebol e o Comité Nacional de Minibasket. O evento prolonga-se até domingo.

Sábado, 17

Sátão ∑ Concerto de fado ao piano, às 21h00, no Cine-Teatro Municipal. Publicidade

Hoje, dia 16 de Dezembro, Nublado com períodos de chuva forte durante o dia. Temperatura máxima de 14 e mínima de 3ºC. Amanhã, 17 de Dezembro, Céu parcialmente nublado durante o dia. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 0ºC. Domingo, 18 de Dezembro, Chuva durante o dia. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 4ºC. Segunda, 19 de Dezembro, parcialmente nublado. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 4ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

António José Seguro em jantar solidário do Viseu O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, participa este sábado num jantar solidário de Natal, organizado pelo PS de Viseu. Na primeira presença do Secretário-Geral do PS, depois da sua eleição em Setembro deste ano, serão homenageados os viseenses com mais de 25 anos de militância no PS. Este jantar anual de confraternização dos militan-

joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Acordismos tes do PS de Viseu conta ainda com a mobilização da Juventude Socialista local para a atribuição de um carácter social ao mesmo, uma vez que a JS convida

todos os participantes a entregarem roupas, brinquedos e/ou bens alimentares, que serão posteriormente entregues a instituições sociais do concelho de Viseu.

marcada para as 15h30 na sede da freguesia. Ol ivei ra do Conde , uma das freguesias mais antigas do país e distintas pela singularidade da sua arquitectura, dispõe de três monumentos nacionais, e dois forais (1º foral por D. Dinis e o 2º por D. Manuel I). A freguesia

histórica que já foi concelho e perdeu a categoria numa antiga reforma administrativa, não está agora ameaçada com a nova reforma uma vez que possui mais de três mil habitantes. Os distintos 725 anos de autonomia são comemorados este sábado com pompa e circunstância.

Concerto de Gala MOZART VI O Coro Moza rt de Viseu promove este sábado, às 21h30, na Aula Mag na do Instituto Politécnico de Viseu, o concerto de gala Mozart VI. O concerto de Natal vai ser gravado em DVD.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Joaquim Alexandre Rodrigues

Oliveira do Conde celebra 725 anos de autonomia O secretá r io de Est a do d a Ad m i n i s t r a ção Local e da Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio participa este sábado nas comemorações do 725.º Aniversário do 1.º Foral de Oliveira do Conde, concel ho de Ca r rega l do Sal. A cerimónia está

Olho de Gato

Desde a minha terceira classe que não dava erros ortográficos. Agora, de quando em vez, dou. A nova ortografia — que ainda não escrevo mas que já vou sendo obrigado a ler — tornou a minha escrita insegura. Não é importante, mas irrita. Como escreveu Miguel de Sousa Tavares em Agosto, o novo acordo ortográfico assinado entre Portugal e o Brasil é um “acto de desforra colonial através do qual nós traímos a nossa língua e eles não passaram a respeitar-nos mais por isso — antes pelo contrário.” Ironia: Miguel Sousa Tavares escreveu isto no Expresso, o primeiro jornal acordista português. Pinto Balsemão, avarento como é, quis logo poupar tinta nas consoantes mudas. Os acordistas costumam dizer que é agora, com esta (tentativa de) uniformização ortográfica, que a língua portuguesa vai ter uma importância transcendente no mundo. Esse argumento não vale, evidentemente, um caracol: os ingleses chamam ao vizinho “neighbour”, os americanos chamam-lhe “neighbor”, e não é por isso que a língua inglesa perde a importância planetária que tem. A língua portuguesa será tanto mais importante quanto mais se afastar da uniformização que querem os acordistas. Não é bom termos uma língua portuguesa, é bom termos muitas línguas portuguesas. É bom, por exemplo, termos o português de Reinaldo Moraes que, na sua acabada de editar entre nós “Pornopopeia”, escreve assim: “Pra ganhar o pão, babaca. E o pó. E a breja. E a brenfa. É cine-sabujice empresarial mesmo, e tá acabado. Cê tá careca de fazer essas merdas. Então, faz e não enche o saco.” Acordista, não enche o saco. Mania tua de carimbar como velho do Restelo quem desacorda o acordo, mermão. Ganha lá os teus euritos a dar acções de formação sobre a coisa, toda a gente precisa de ganhar o pão, babaca.


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