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> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR
DIRECTOR
Paulo Neto
Semanário 6 a 12 de Janeiro de 2011 Ano 10 N.º 512
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
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“Os jovens são os grandes parentes pobres da sociedade actual”
∑ D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
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Nuno André Ferreira
| páginas 8 e 9
2
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
praçapública rO discurso de rigor rÉ mais fácil parti- rOs partidos do blo- rO Teatro Viriato (...)
palavras
deles
do Ministro da Saúde lhar a pobreza do que sai muito chamuscado partilhar a riqueza.” deste episódio (nomeação da administração do Centro Hospitalar Tondela - Viseu) e de outros similares que vão acontecendo em todo o país.” Manuel Pizarro Deputado do PS, ex-secretário de Estado da Saúde, Jornal do Centro, edição 512
Opinião
José Lapa Técnico Superior do IPV
Carlos Vieira Deputado municipal por Viseu do BE, em declarações ao Jornal do Centro, edição 512
ainda não viu um cêntimo do QREN, de uma candidatura que já tem dois anos”
Paulo Ribeiro Director artístico do Teatro Viriato, em conferência de imprensa, 3 de Janeiro de 2012
O começo tem um fim? “O começo de um livro é precioso. Muitos começos são preciosíssimos. Mas breve é o começo de um livro – mantém o começo prosseguindo. Quando este se prolonga, um livro seguinte se inicia. Basta esperar que a decisão da intimidade se pronuncie. Vou chamar-lhe fio ______ linha, confiança, crédito, tecido.”
Maria Gabriela Llansol, O Começo de um Livro É Precioso: Assírio & Alvim, 2003 Tal como no começo de um livro, um ano começa. Cada dia é uma página, do resto da nossa vida. Em cada dia que se abre, há um espaço em branco a preencher, a escrever. A desafiar-nos. Cada manhã, olhamos o espelho e sem narcisismos, recordamos a nossa missão diária: procurar a felicidade. Thomas Hardy, um pessimista radical, escritor, deixou para a posteridade: “A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos.” Frase sábia, nestes tempos, em que a sovinice é considerada virtude. No início do ano, sejamos optimistas. Fica bem. Cai bem. Até porque, como dizia Winston Churchill: “Seja optimista. Não serve de muito ser outra coisa qualquer.” Optimistas, então, no tecido da vida, na decisão da intimidade. Mesmo perante o mar encapelado. Abre-se um ano, desfolha-se um sonho, um desejo. Voltase a viver uma realidade: os outros. Jean-Paul Sartre, escre-
Opinião
Dom Ilídio Leandro Bispo da Diocese de Viseu, Jornal do Centro, edição 512
co central são insensíveis às necessidades das populações e à função social que os CTT prestam.”
veu, que “o inferno são os outros”. Mas eles, os outros, são uma realidade omnipresente. Nem sempre diabólica, manda a verdade, que se diga. Também Guillermo Cabrera Infante, lembra em A Ninfa Inconstante (Quetzal, 2009): “ “Os outros é que são sempre a realidade. Mesmo os do outro lado da página”. Mesmo esses. E tal como as paginas de um livro, os dias de uma vida enfrentam-se em solidão. Porque, para os outros fica o isolamento. Vergílio Ferreira, em ensaio denso e inteligente, haveria de nos ajudar a compreender: “a solidão tem que ver connosco, não com os outros; e o isolamento é só com os outros que tem que ver. O isolamento gera-se numa dimensão física; a solidão, numa dimensão metafísica. Assim a solidão exprime apenas a ambiência de uma autenticidade. Por isso o grande homem da acção prática a não ignora.” (O Existencialismo é um Humanismo, com Jean-Paul Sartre, Editorial Presença. 1970). É pelos outros, que corremos, a fugir ou procurando o encontro. Mas, corremos. E de que vale isso? Pouco, a dar ouvidos, a Marcel Proust: “ Toda a gente vive apressada, e sai-se no momento em que se devia chegar.” Daí: ler apressadamente, não nos deixa tempo para reflectir. Correr desalmadamente, não nos deixa tempo para viver. Aliás, a pressa nunca foi boa conselheira, como sabemos. E, por falar em conselho, nada como ouvir os gregos (quando ainda tinham voz, nada de confusão, hoje estão reduzidos ao lixo, como nós). Bom, escreve Epicuro: “Faz tudo como se alguém te contemplasse”. Cá está! A solidão enquanto estratégia. O velho lema, cada dia é um dia, deu no que deu. O amanhã não existia, hoje, o passado desaba sobre as nossas cabeças,
inapelávelmente. Seguiu-se, em demasia, Séneca: “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.” Ora, pois claro, o hedonismo sem freio, a irromper pelas páginas dos dias. É certo, que o que escreve Marguerite Duras, no seu belíssimo, O Amante (Difel, 1984), também não é menos verdade: “Muito cedo na minha vida foi tarde de mais.” Mas, não se encerra aqui a loucura da velocidade. Surpreende-se, isso sim, a perda de uma oportunidade, por má gestão da emoção, por distracção, por falta de reflexão. A velha expressão, se soubesse o que sei hoje, a condimentar a impotência nas fasquias derrubadas, por inabilidade (para ser simpático, com as terminologias, principalmente se me dizem respeito). Enfrentamos, cada dia, o branco singular, virginal, de cada página, tentando descrever os nossos movimentos de sobrevivência, enquanto o amanhã da eternidade, não interrompe a caminhada, não nos interpela definitivamente. A bruma do desespero, vai alimentando, insondável, inconsolável, as dificuldades multiplicadas do quotidiano. Estamos no início… esperando o fim. Sim, já dizia Jacques de la Palice, “o que tem começo tem fim.” Desculpem, não foi ele, enganei-me, mas sim, Maquiavel. Ele mesmo. E assim, o caso muda de figura: é que dito, por este senhor, não estamos perante uma das célebres palissadas, que marcam o ridículo. Proferido por Maquiavel, quererá dizer, que o que tem começo, pode não ter fim. E, o que tem fim, pode não ter começo. O que esperamos, é que a crise começada, tenha um fim. Rápido e urgente. E que o seu fim, dê inicio a um começo, prolongado, com um fim adiado.
Passou de ano ou chumbou?
Este ano passado, bem diferente de outros para a maioria das pessoas, ficou especialmente marcado pela análise, tão ajustada quanto possível, do que aos poucos vinha emergindo. A crise. Sempre a crise. Anunciada à boca pequena, por uns e gritada em pregões, por outros, cada pessoa deu conta de que o passado passou a ter um significado diferente: abundância, despreocupação, possibilidade de concretizar alguns sonhos, andar nas auto-estradas sem custos acrescidos, ter pão mais barato, combustíveis mais baixos, refeições mais em conta, oportunidade de mudar de emprego/trabalho, fazer férias desafogadas… e sei mais eu o quê. O que vinha a ser anunciado desde
há algum tempo lá se veio a concretizar. O colapso. O deslizar para a miséria; o aumento de indigentes e de sem abrigo; de jovens que ficam por crescer academicamente por escassez de suporte financeiro; de idosos a penar de fome e frio; de suicídios por falta absoluta de soluções. Inútil é enumerar. Abusou-se. Entrou-se em rota de colisão com princípios económicos e financeiros que não admitem desvios. Gastou-se o que se tinha e o que não se tinha. Endividámo-nos absurdamente, sem qualquer centelha de responsabilidade por parte dos nossos governantes. Pagámos balúrdios a gente que nunca levantou uma palha nem dizia bomdia a ninguém (alvorada depois do meio-dia). Promo-
veu-se o ócio subsidiado. As políticas remuneraram melhor os desempregados do que os activos. Pagaram mais a um jovem que nunca produziu mais do que cinza de cigarros do que a idosos depois de trabalhar uma vida inteira. Eu confesso que fiquei edificado com tanto progresso. Esse progresso anunciado nos jornais e televisão, em que nas estatísticas aparecíamos à frente de outros países padrão como esconjura do passado. Fronteiras abertas, emigração “à Lagardère”, prostíbulos a esmo, professores agredidos, autoridades agredidas, anarquia descontrolada de trânsito, crianças com birras e aos berros em restaurantes e em locais de sossego, linguagem desbragada da criançada e de
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
números
estrelas
44
É o número de acidentes registados pela GNR nas principais estradas do distrito de Viseu, durante os quatro dias da Operação Ano Novo.
Nuno Gandra Presidente da Direcção da Associação Cultural e Editorias Areias do Tempo
Joaquim Escada Presidente da Associação de Andebol de Viseu
Dom Ilídio Leandro Bispo da diocese de Viseu
Nuno Gandra com a “Areias do Tempo”, ao editar maioritariamente obras de viseenses ou de escritores ligados a Viseu, como os recém-publicados Rogério de Seabra Cardoso e António Gil, está a estimular a produção dos valores locais.
Ao ordenar os 10 primeiros diáconos casados na Diocese de Viseu, Dom Ilídio Leandro alarga as suas formas de luta contra a exclusão e a favor da solidariedade e da partilha.
O Andebol continua a ser a modalidade que mais eventos internacionais tráz à região. Se o Torneio São Mateus é uma referência nacional na preparação de préépoca, as selecções de Portugal são também clientes habituais. Agora é Lamego a receber um jogo da principal equipa na caminhada para o Mundial de 2013, em Espanha. Joaquim Escada e a associação a que preside têm uma papel decisivo ao conseguirem estes eventos para a região.
Quais os maiores receios para 2012?
Importa-se de responder?
O meu maior medo é o aumento do desemprego. Porque, no geral, acho que estão a alarmar em demasia as pessoas, anda toda a gente com medo, mas não sabem bem de quê.
Eu questiono-me, onde é que Portugal vai parar com esta crise e se vai ou não continuar na União Europeia, logo com a moeda do Euro? Temos de ser firmes e olhar para o futuro com esperança.
Maria Domingues
Alexandre Oliveira
Desempregada
Porteiro
Eu acho que tudo se consegue com esperança e força de vontade. O meu receio é que as pessoas percam essa esperança e força de vontade e aí sim, pode tornar-se uma situação complicada.
O meu maior receio é que o desemprego aumente, em especial para os jovens que são os homens de amanhã. A crise social também me preocupa.
Sofia Morgado
Fernanda Rodrigues
Estudante
Funcionária Pública
adolescentes (com preponderância para as raparigas) equipamento social vandalizado, abuso de drogas e álcool, violência doméstica e mais um quasi infinito número de coisas que eu, e mais uma grande quantidade de pessoas, classificam como desvio e mãe do estado pútrido a que chegámos. Em tempos ouvia-se falar, com alguma reserva, de uma pessoa que era elencável para lugar de estado, sempre que se tratasse de um tecnocrata. Os políticos torciam o nariz e desabridamente teciam desabonos sobre as capacidades governativas desses “experts”. Era o “cuquismo” a ditar as leis. A intolerância a quem faz sombra. Assim, só os rapazes que tivessem andado
uma vida a colar cartazes e seguido a matriz corporativa do partido estariam aptos a chegar aos lugares de topo na vida política do País. Veja-se no que deu!!! Aqui chegados, com mais um ano civil para trás e a memória infectada pelo cúmulo de golpes e de cicatrizes com que nos atingiram, é hora de assacar responsabilidades, à semelhança do que fazemos com os nossos filhos: Estudaram? Foram esforçados? Entregaram-se à missão que deveriam cumprir? Então passam. Não? Chumbam. E nós? Estivemos, sim, atentos à melhor hipótese de “passar” de ano. Em casa de amigos, num bar, num hotel, enfim, num “reveillon”. Passámos o ano, de facto.
Mas o ano civil. O “tal” ano a que me refiro, que relaciono com o ano escolar dos nossos filhos, esse chumbámos! E nos anteriores, também. Criámos esta geração que há quem se atreva de chamar de “rasca”. Nada fizemos por lhes garantir o futuro. Ou melhor, tudo fizemos para garantir que herdem esta situação. Impusemos-lhes estes desmandos. Votámos anos a fio nessa pseudo-competência dos não tecnocratas; dos lobbies, das “lojas”, dos mal-formados, dos desonestos, enfim, dos que não sabem nadar! Sim, porque esses, para sobreviver, afundam a quem se lhes acerque. Pedro Calheiros
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO
Jornal do Centro
Editorial
Ainda acerca de “Terras de Besteiros ou o elogio do
Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Redacção (redaccao@ jornaldocentro.pt)
Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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Director do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
Directora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt
06 | Janeiro | 2012
O museu na sua origem era um lugar, sítio, espaço das Musas. As Musas, nove irmãs, eram cantoras divinas ligadas ao primado da música no Universo, mas também presidiam ao Pensamento, nas suas plurais formas. Camões a invocaas em “Os Lusíadas”. Sendo do Tejo ninfas, Tágides as nomeou. Tenho visitado ultimamente alguns dos mais representativos museus do distrito. E bastantes há abertos e alguns mais a abrir. O que prova três coisas: o reganho de interesse por esta forma de cultura, a existência de uma riqueza patrimonial histórico-cultural abundante e, provará ainda, que aqueles que detêm capacidade decisória, nomeadamente a nível autárquico, estão sensibilizados
para os discursos museológicos. Quer eles sejam de carácter histórico, social ou político. Ou de todos misturados. Hoje, numa época em contínua construção, a mutabilidade determina uma adaptação dinâmica dos conceitos aos novos paradigmas sócio-vivenciais emergentes e vigentes. Hoje, mais do que ontem, o Museu procura um público menos erudito, mais jovem, mais heterogéneo, menos estruturado mas mais estruturável culturalmente e mais aberto a uma construção identitária, pela perceptibilização de todos os cambiantes da Terra onde se entorgam suas raízes, avassalando-lhe a memória, estimulando-lhe o desejo de saber ou de obter conhecimen-
to, incitando-o à pesquisa e sensibilizando-o para a evolução do Homem comum, através dos seus hábitos, usos, costumes e culturas. Do sector primário ao terciário. Num toque minimalista, mas concedendo pleno ênfase ao exposto, um arado – cujo valor material é de 200 ou 300 euros — como peça relevante de uma sala. Potes de barro negro como peças cruciais de um topos expositivo… dizem-nos, num discurso magnanimamente simples e eloquente, que a “riqueza” se lavrou e moldou assim. E se no museu tradicional o visitante busca tesouros, preciosidades e raras riquezas de outrora, no museu coetâneo procura, num revivalismo que o leva às suas pri-
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Opinião
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Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt
Gerência
Pura ficção... or maybe not! Naquela primeira manhã de 2012, Fernando Streets acordou bem disposto mesmo sabendo que já só ia estar um ano e tal à frente dos destinos da colectividade local e nem o facto do site oficial ter surgido com as traduções todas “googladas” lhe tirava a bonomia e o sorriso matinal. Deixava obra feita a tal ponto que até teimavam em o apelidar de Roundabouts, tinha as contas em dia com o Orçamento Zero aprovado e todos os membros do clã reunido em 20 e tal anos de trabalho estavam agora instala-
dos nos principais centros de decisão, tudo precavido e precaucionado para “os dias de chuva” que haviam de chegar. Nem mesmo os desentendimentos com o seu delfim William Adams o incomodavam e já nem sequer os mais directos opositores lhe tiravam o sono. O John Cross via premiada a sua inércia e em breve rumaria para o estrangeiro aproveitando de mão amiga e dos avisados conselhos da liderança superior da Nação e o outro, também ele Fernando mas de sobrenome Bladder, no máximo o
que sabia fazer era abster-se, de modo que não seria por aqui que viria mal ao mundo. Claro que ficaria atento aos seus críticos mais directos e a uma certa incómoda blogosfera mas para isso contava com a atenção constante das suas funcionárias Goretti Kings e Olivia Lion, além dos “services sur rendez-vous” dos gabinetes dos seus assessores directos para o inteirarem das novidades e um dia, tal como uma certa rádio, haveriam de ter a sua lição, além de que já eram poucos. O “eterno candidato” ao seu
hospitais; 5 euros nas consultas nos centros de saúde; 4 e 5 euros nos cuidados de enfermagem. Na prática constituem a transformação de um direito num privilégio para uns poucos. E num negócio de milhões para alguns e na negação dos cuidados de saúde a muitos que deles precisam. Na electricidade, com a imposição deste novo aumento, no espaço de um ano assistimos a um agravamento dos custos da energia eléctrica para os consumidores domésticos de 25,2%. Isto num sector cuja principal empresa, a EDP alcançou no mesmo período mais de 1000
milhões de euros de lucro!!! Nos bens e serviços essenciais, em particular na alimentação – água, mercearia, charcutaria, café, refeições congeladas, etc. – assistimos a agravamentos do IVA para a taxa máxima. Também para a taxa máxima (de 13% para 23%) passou todo o sector da restauração. As consequências são mais do que previsíveis: degradação da qualidade nas refeições servidas e/ou encerramento de milhares de estabelecimentos incapazes de absorver o impacto deste aumento. Nos transportes, portagens e telecomunicações os aumentos são
Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Opinião
Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
António Vilarigues anm_vilarigues@hotmail.com
Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
Terrorismo social Neste início de 2012 Portugal está a ser atingido por um brutal agravamento dos preços dos bens e serviços essenciais. Trata-se, sem dúvida, do maior das últimas décadas. O simples enunciado de alguns exemplos desta insuportável realidade é arrasador. E testemunha bem a autêntica política de TERRORISMO SOCIAL do governo de Passos Coelho e de Paulo Portas. Na saúde, o preço das novas taxas, ditas moderadoras, mais do que duplicou. Os custos atingem os 20 a 50 euros nas urgências hospitalares; 10 euros nas consultas nos
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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Homem anónimo cém-criado em Tondela, sem descurar um pormenor, sem subalternizar uma arte, ignorar uma era, distinguir uma matéria. De visita absolutamente obrigatória e urgente. E que este texto, se mais utilidade não tiver, que sirva ainda de inspiração e lembrança a todas as Escolas do distrito que, frequentemente, fazem centenas de quilómetros com os seus alunos e professores, em exaustivas peregrinações pedagógicas salutares, quando têm ao alcance da “mão” e de minutos, o objecto do seu saber… Os Santos da porta, afinal, fazem milagres e ! lagres!
mevas raízes, os produtos da Terra, os artefactos diligentemente construídos pelos artesãos. E ao fazê-lo, valoriza aquilo que durante séculos se acolheu, em seu desdoiro, a um estatuto de abegoaria, tulha, estábulo ou armazém de quinta. E é aqui que o nó axial se desloca do fausto das elites para a genuinidade pragmática do povo, entidade colectiva e anónima. Se aristocracia é o poder de uma elite; se as elites de outrora o eram pelo sangue e nem sempre pela obra, estas “aristocracias populares” propõem-nos percursos maravilhosos pelo imaginário e pela obra concretizada por um homem supostamente ignaro, que se construiu em função das suas necessidades e realidades, forjando para tal os produtos para a sobrevivência e edificação das
tecidos sociais actuais. E não será a sobrevivência a mais sábia e engenhosa das artes, a pedra de toque da cultura e o culminar do ser cingido à sua insciência, mas não vergado a tal fatalidade? No fundo, o homem determinante por oposição ao homem determinado, certificando-nos sem equívocos, que o homem dos Descobrimentos não foi somente o de 500, mas sim aquele que dominou o fogo, entalhou a pedra, forjou o ferro, sulcou a terra com a rabiça dos seus arados, teceu o linho, pisoou o burel, entreteceu o adobe, moldou o barro e, da madre Natureza, com o fraterno animal a seu lado, ajustado à sua realidade de vivente, ergueu o mundo e a sociedade de hoje. Todos estes percursos são calcorreados no Museu Terras de Besteiros, re-
cargo na direcção andava mais interessado em reunir apoios nas hostes para o tudo ou nada em próximas eleições e o Acácio Chick passava o tempo agora empenhado em devolver aos outros as perguntas que anteriormente lhe tinham sido colocadas recebendo a mesma resposta que outrora lhes dera. O balanço que fazia do ano transacto também lhe dava razões para sorrir. Tinha, ao fim de 2 anos e muita trapalhada à mistura, conseguido abrir as portas do jardim e, embora não tivesse tantos metros de relva como lhe tinham dito, também
ninguém se iria dar ao trabalho de os medir. Tinha levado a internet a todas as chafaricas se bem que algumas estivessem sempre de portas fechadas impedindo essa ligação ao mundo mas poucos também se importariam com isso. Tinha trípticamente perpetuado a memória vitoriosa de Viriathus de forma tão grandiosa que se Julius Caesar a visse ficaria com tão invejosa raiva que comeria a coroa de louros. Tinha o seu elevador da glória a transportar a clientela acima e abaixo a custo zero numa factura que outros acabarão por ter que pagar e nem isso lhe retirava o
sucesso pois até já tinha saído numa reportagem de uma agência de comunicação francesa o que lhe catapultou o ego para patamares de cota mais elevada que a torre da colectividade, se bem que se tivesse apercebido, na ocasião, que o seu inglês, mercê das aulas particulares, tinha outra proficiência que o seu francês e era capaz de o projectar até, quem sabe um dia, no panorama diplomático internacional. Tinha ainda um milhão de euros empatados a render juros no banco que esperava um dia recuperar e um acervo de calhaus que ainda acredi-
tava ser capaz transformar num museu e nem os 50 Kms que a pé teve que percorrer na Ecovia tinham custado tanto como a promessa que noutros tempos o fez ir a Fátima… é facto que a Praia ganhou outro destino, que o Salão de Espectáculos também não passará do papel, que muita outra coisa ficará por fazer, que por vezes já se dá conta que a emenda é pior que o soneto mas o que é certo é que apesar de muitos já se arranharem pelo seu lugar ainda não se dava por vencido e a última palavra ainda será sua … afinal de contas, não era ele o Mayor?
generalizados. Nos transportes tivemos no verão a maior subida de que há memória, superior a 15%. Agora pende a ameaça de novos aumentos a entrarem em vigor em Fevereiro. Isto a par do corte nos benefícios nos passes sociais para estudantes e reformados. Depois das reduções de serviços na CP, anuncia-se o propósito de novos e drásticos cortes da operação nos transportes urbanos de Lisboa e Porto e nas ligações fluviais entre as duas margens do Tejo. Nas portagens a subida média é superior a 4,3%. Acrescida, é claro, dos arredondamentos feitos pelas concessionárias. Saliente-se ainda os impactos da imposição de portagens nas chamadas
SCUTs a 8 de Dezembro. E que estão a ter consequências calamitosas para as populações e para a actividade económica. As portagens das pontes foram também aumentadas. No caso da Ponte 25 de Abril quase 7%. Nas tarifas das telecomunicações as subidas serão em média, e de forma concertada (onde anda a dita ANACOM?), superiores a 3%. De sublinhar ainda os aumentos considerados no âmbito do Orçamento do Estado para 2012. Referimo-nos ao IMI, ao novo imposto sobre a electricidade, ao Imposto Sobre Veículos, ao Imposto Único de Circulação, à anunciada Lei das Rendas. Tudo a contribuir para au-
mentar de forma ainda mais drástica o conjunto de despesas básicas da generalidade da população. Este aumento dos preços não é nenhuma espécie de maldição que todos os anos se abate sobre o povo português. Ou um qualquer fenómeno natural que faz disparar os preços e contra o qual nada haveria a fazer. O aumento de praticamente todos os bens e serviços essenciais é um roubo descarado e despudorado ao povo português! Aumento dos preços que ocorre ao mesmo tempo que os lucros dos principais grupos económicos e financeiros, nacionais e estrangeiros, que operam
no nosso país atingem uma dimensão obscena. Pelos dados já disponíveis (referentes aos 3 primeiros trimestres de 2011) assistiremos nos sectores da banca e segurador, nos fornecedores de energia eléctrica e nos combustíveis, na grande distribuição, nas telecomunicações e na indústria, a colossais lucros de milhares de milhões de euros. Não pode haver nem compreensão, nem aceitação destes aumentos. Eles constituem um roubo ao povo. Os trabalhadores e o povo português não se irão submeter a este processo de destruição do país, de liquidação das suas condições de vida, de agravamento da exploração.
Jornal do Centro
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abertura
textos ∑ Tiago Virgílio Pereira fotos ∑ Nuno André Ferreira
Um dia... nos CTT de Viseu
1- Com que periodicidade se desloca à Estação
1-
Por norma deslocava-me ao balcão situado no Bairro da Balsa. Era muito mais cómodo, porque moro perto daquela zona e arranjava estacionamento com mais facilidade. Com o encerramento do serviço sou obrigada a vir a esta estação.
Central dos CTT ?
2- Que serviços requisita aquando da deslocação?
3- Tem-se deparado com um maior fluxo de pessoas? Parece que, lentamente, tudo está a voltar à normalidade nos serviços centrais dos CTT, em Viseu. Depois do encerramento de três balcões na cidade, que resultou em grandes constrangimentos aos utentes e filas de espera intermináveis, a Estação Central dos CTT, bem no coração da cidade, começa agora a dar resposta positiva e atempada às solicitações das pessoas que diariamente se deslocam àquele espaço. “Por altura do Natal não se rompia, eram às centenas as pessoas que quase acampavam aqui”, disse João Machado, reformado de 58 anos. “Agora, está tudo normal e ainda bem, acho que beneficia utentes e funcionários”, explicou. O Jornal do Centro começa o ano com “Um dia...” na Estação Central dos CTT de Viseu. Durante o período de funcionamento, tudo correu “sem percalços” e “com o movimento que se esperava”, disse um funcionário. Pela manhã, cerca de dezena e meia de mulheres entraram ca-
A Ausenda Zurga
Técina de análises clinicas
bisbaixos. “É o nosso país, fomos vítimas de despedimento colectivo e viemos autenticar documentos”, adiantou apressada uma das senhoras. E foi a “grande avalanche” antes do almoço. Durante a tarde, muita gente foi pagar portagens, fruto das viagens de fim de ano. O dia terminou calmo. Apesar de tudo, aquela ideia de que vivemos na era das tecnologias de informação e que através da internet tudo se revolve, até pode ser verdade, mas não em absoluto. Há muitos idosos, reformados e até jovens, que dependem ou não abdicam dos serviços dos correios. No passado dia 9 de Dezembro encerraram de vez as estações de correios de Viriato, na freguesia de S. José, e da Balsa, na freguesia de Coração de Jesus. O balcão da Loja do Cidadão já havia fechado. Agora, as questões que se colocam são: será que era mesmo necessário encerrar estes balcões? Teriam falta de movimento? Bem, segundo Carlos
2- Levantamento de encomendas. 3- Fiquei surpreendida quando entrei e não tive de esperar. Contava que estivesse mais gente mas foi bastante acessível.
Vieira, deputado do Bloco de Esquerda por Viseu, “é falso dizer que estas estações não tinham movimento. Os CTT da Balsa tinham uma média diária de 267 atendimentos e a estação de Viriato de 200 atendimentos. Não faz qualquer sentido encerrar agora estes postos de correios, e no caso particular da Estação da Balsa é mesmo um contra-senso, uma vez que na freguesia de Coração de Jesus está concentrada grande parte da população do concelho”. Carlos Vieira disse ainda que já tinha alertado para a situação do encerramento dos balcões dos CTT em Viseu , quando “apresentou na Assembleia Municipal de Viseu, no dia 19 de Abril de 2010, uma moção em Defesa dos Serviços Públicos de Correios aprovada com 9 votos (BE e PS) a favor e 46 abstenções do PSD”. Em jeito de conclusão, o deputado deixou o alerta: “As estações dos CTT de Abraveses e da Quinta do Galo vão fechar portas
até 2015. É uma consequência do PEC 1, aprovado pelo PS em conluio com o PSD que o viabilizou”. O PCP, pela voz de Manuel Rodrigues, “junta a sua voz à de todos os que têm vindo a tornar pública a sua indignação com o encerramento dos balcões dos CTT em Viseu e já contactou o seu Grupo Parlamentar na Assembleia da República, para que este questione o Ministro da Economia, que tutela este serviço, sobre a necessidade da Administração do CTT voltar atrás nesta decisão absurda e incompreensível, já responsável por enormes sacrifícios e prejuízos para milhares de viseenses”. O dirigente do PCP por Viseu estranha o silêncio da Câmara Municipal de Viseu, uma que vez considerou que “cumpriria, em nome da defesa dos direitos e interesses dos seus munícipes, tomar a dianteira nesta denúncia e exigindo a pronta reabertura dos serviços encerrados”.
Jornal do Centro
UM DIA... | ABERTURA 7
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1-
Não costumo deslocar-me a este balcão dos CTT, vim porque tinha de enviar umas cartas registadas e tenho que o fazer obrigatoriamente aqui. Moro em Torredeita e utilizo o balcão de lá.
Venho todos os dias à Estação Central dos CTT de Viseu, há três anos a esta parte.
2-
Deixo análises, a minha vida profissional a isso o obriga, uma vez que, a nível pessoal, é muito raro utilizar os serviços dos CTT.
2-
Enviar cartas. Pagamentos faço-os através da internet e pelo multibanco, sou fã das novas tecnologias.
A
mas ainda bem.
3-
A Guida Costa
Técnica de secretariado
Desde o dia 9 de Dezembro, senti grande afluência de pessoas, que durou até ao final do ano. Agora, deparo-me com menos gente, acho que as enchentes terminaram e tudo está a estabilizar.
A CTT Viriato
A CTT da Balsa
Ana Oliveira Doméstica
3- Vim cá na semana passada e estava imensa gente. Hoje encontrei menos pessoas, não estava à espera,
267
Número médio diário de atendimentos que, segundo o BE, Os CTT da Balsa tinham.
9
Foi neste dia, em Dezembro de 2011, que encerraram as estações de correios de Viriato, na freguesia de S. José, e da Balsa, na freguesia de Coração de Jesus.
200
Atendimentos, em média, que diariamente se efectuavam nos CTT de Viriato, na Rua Serpa Pinto, em Viseu.
8
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
Entrevista ∑ Emília Amaral e Paulo Neto foto ∑ Nuno André Ferreira
à conversa
“É preciso ter coragem para ser pobre”
D. Ilídio Pinto Leandro, de 61 anos, é Bispo da Diocese de Viseu há cinco anos. Foi ordenado sacerdote no dia de Natal de 1973 e tem guiado a sua carreira por um projecto social sempre ao lado das pessoas em defesa da solidariedade. Crítico em alguns momentos e até destemido noutros, contraria o discurso político dos governantes de que tudo será negro em 2012 e chega mesmo a apelar para que se acabe com o clima de “medo” nacional.
vêm perante a incapacidade de pagar.
um clima de segurança e de confiança.
Exactamente, como é que se fala em solidariedade quando se empresta dinheiro a preços enormíssimos, que impossibilita qualquer país de poder pagar, com uma austeridade absolutamente impensável.
O que mais o inquieta neste arranque de 2012?
Inquieta-me uma situação alargada de alarmismo por sucessivamente se ter anunciado a crise, a austeridade e um conjunto de consequências, que levam a que as pessoas tenham medo. Tenho comprovado pelo contacto que faço, que hoje as pessoas vivem com um sentimento de medo, de insegurança perante o dia de amanhã e estou a falar de empresas, de emprego, de acessibilidade aos meios mais comuns da necessidade de satisfação na vida. Esse medo é provocado porquê e por quem?
Por um lado, por uma situação que é difícil, mas por outro lado, aparenta não haver vontade de quem manda em Portugal e na Europa, de possibilitar às pessoas
Será isso possível perante os problemas todos que vive o país?
Eu não conheço soluções técnicas, agora, o que nos vem da doutrina social da igreja propõe uma série de valores que devem nortear a vida das relações entre as pessoas e entre os povos. E aquilo que é propagandeado é um certo isolacionismo de sermos vítimas de um mal terrível fechando-nos a um conjunto de boas novas que também vêm de outros continentes e que também vêm de outros espaços do universo da humanidade. Falta nos responsáveis políticos dos dias de hoje essa abertura a uma procura de solução para os problemas, para além dos nossos próprios cantos, seja o português,
dem vir tirar a nossa paz e perturbar a nossa cultura e a nossa política. Falando-se há tantos anos de uma globalização que vence fronteiras, línguas, credos e que venseja o europeu, seja aquele ce raças, eu pergunto o que espaço onde circula a polí- tem sido feito para que essa tica que nos fez chegar até globalização possa dar às aqui. pessoas um equilíbrio que vá para além dos nossos pequenos mundos? Quais são as soluções? Há uma ONU que é necessário descobrir e que é Esta semana ficou a saber-se que aumentou 160 por cento necessário fazer com que o número de famílias decretenha a sua implantação a tadas falidas pelos tribunais, nível de um equilíbrio munem Portugal. Por isso, essa dial e, depois com a ONU, serenidade de que fala é difícil serem criados poderes e orencontrar? ganizações internacionais que possibilitem um equiPorém, confrontamo-nos líbrio e uma procura de so- sistematicamente com esta lidariedade que faça com realidade: há uma supresque, os que têm mais pos- são difícil num país, numa sam responder à necessida- região e há os mais poderode dos que têm menos. Ac- sos e os mais ricos que utilitualmente no mundo não se zam a solidariedade para auvê isso, o que se vê são pe- mentar os juros de emprésquenos blocos que gritam timos. Não se compreende pelo medo de não terem a que se fale em solidariedade sua sobrevivência sustenta- europeia, quando os países da e adquirida e com medo que vão entrando em quase daqueles que têm mais, que falência são compensados são os papões que nos po- com juros altíssimos, que se
mente de pessoas mais idosas que vivem sozinhas e que não têm outra possibiSolidariedade é uma então lidade de auferir a qualquer ironia, o que se vê é ganância. tipo de rendimento.
Concorda?
Concorda com o Bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins quando diz que “2012 vai ser marcado pelo ano de perder o trabalho e de não ter pão na mesa”?
É a angústia que leva a que esteja em perigo sobretudo a perda do emprego para aqueles que o têm e a incapacidade de encontrar emprego por parte do quem o perdeu. Hoje, as duas classes de pessoas que estão em maior dificuldade são os desempregados e as de baixas reformas, há reformas que não dão sequer para os medicamentos e são normal-
Onde cabe a serenidade?
Cabe na necessidade das instituições - como a igreja, como os que detêm o poder político, como os que têm o poder da cultura e da influência na própria mentalidade das pessoas, como a comunicação social - não caírem no alarmismo perante uma austeridade que se julga necessária de aplicar. Não se privem as pessoas do que é justo. Essas instituições devem alimentar uma esperança que deve ser o grande antídoto de todo um conjunto de dificuldades evidentes. Isso leva a que não se vá além da austeridade meramente necessária, que não se fale prioritariamente de crise mas que se faça um apelo à esperança, à confiança, a um saber viver com menos mas sentir que os que têm mais, têm que dar um contributo
D. ILÍDIO LEANDRO | À CONVERSA 9
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
maior, para que evite as pes- rece que se pinta demasiasoas de caírem na miséria e do a cor da dificuldade. na impossibilidade de terem Em tempos parecia ser o conuma vida humana. trário. O país está a ir para além da austeridade necessária?
Sim. Não se ganha nada ao ameaçar com uma crise maior do que aquela que é necessária implementar, com medidas austeras que porventura não se justificam perante o estado de coisas que deveriam ser equilibradas, com a tal solidariedade da União Europeia e que devia ser promovida a uma escala maior, mundial. Parece estar a apelar a uma utopia?
Se consideramos utopia, o sermos irmãos, membros de uma comunidade que deve privilegiar os valores do ser humano, começando por respeitar a igualdade e a dignidade radical de toda a pessoa humana, pois sou utópico e acredito nessa utopia. Essa igualdade radical de que fala passaria na sua opinião por uma mudança na classe política que ainda é considerada privilegiada aos olhos do cidadão comum?
É sempre uma constatação triste de, por vezes, se fazer um apelo vigoroso como que a dizer da impossibilidade de ser de outra maneira, infringindo políticas de restrição a quem tem menos e, depois, ir-se tomando conhecimento que há determinada classe de pessoas que está sempre fora dessa restrição. Está a falar da classe política?
Naturalmente que a classe política também pertence a esse classe de pessoas privilegiadas, muitas vezes, não se sujeitando às leis que vão criando e que parece não serem para eles. Sente no discursos dos governantes o tom de ameaça, de medo...?
Quem ouve actualmente os políticos tem sempre a sensação de que se não se acatar determinadas regras, há como que a ameaça da impossibilidade de sobrevivência. Talvez por uma certa forma de viver, em que muitas vezes se utiliza na expressão “brandos costumes”, que a nossa sociedade vai mantendo, pa-
Todo o exagero é negativo. Defendo uma comunicação da realidade sempre com um apela à esperança e à confiança nas capacidades que todos temos de sermos capazes de superar as dificuldades. Esse apelo à esperança e à confiança é absolutamente necessário para que não haja a morte pela cura, mas a cura pelos remédios que são necessários aplicar. Realçou o papel da família na homilia de 1 de Janeiro. Porquê?
A família é a célula vital da sociedade em todos os campos e naturalmente na economia doméstica. Eu penso que a família pode ser o paradigma de referência na solução dos grandes problemas sociais e depois quando dou conta que a família aparece hoje numa situação muito precária a nível da vivência dos valores fundamentais, quando vou à prisão na véspera de Natal e vejo cerca de 40 jovens detidos interrogo-me: se estes jovens tivessem uma família estável que fosse apoiada pelas forças culturais, sociais e políticas, podiam ser hoje muito importantes na recuperação da sociedade. Interrogo-me quando vejo que hoje há mais divórcios do que casamentos por ano e quando vejo que a estabilidade da família é dos dramas mais urgentes, em que a família passa por situações dramáticas, porque não sente que é amada e apoiada pelas forças sociais, políticas e culturais. A legislação que tem a ver com os aspectos económicos, sociais, culturais - tendo a escola como o centro das atenções -, devia ter um respeito e uma atenção prioritárias pela família e não tem. A escola também está a falhar?
A referência que tenho dos professores de moral das escolas públicas, é de que hoje a escola é um mundo muito difícil. É muito difícil passar valores, comportamentos e opções de vida que ajudem os jovens a ter um ambiente de serenidade, de paz e de estabilidade para construir o seu futuro.
Vamos ordenar este ano os 10 primeiros diáconos casados na nossa Diocese Como é que a diocese de Viseu se está a preparar para estes tempos difíceis?
A diocese de Viseu está no segundo ano do Sínodo, que tem como força fundamental a comunhão entre todos os elementos da Diocese, mas numa abertura missionária a todos os outros. Em segundo lugar, a igreja está a preparar a ordenação dos primeiros diáconos permanentes casados. O diácono, é por criação, o servidor do amor na caridade, na solidariedade, na partilha. O diácono tem como vocação contribuir para a partilha dos bens de modo a que cheguem a todos, e todos possam usufruir dos bens que existem na sociedade. Vamos ordenar este ano os primeiros 10 diáconos na nossa diocese. É um gesto de abertura da Igreja Católica?
É um gesto profético para a nossa igreja diocesana de valorização e de aposta nos princípios da doutrina so-
rO
cial da Igreja. Essa medida vai fazer aumentar a solidariedade na Diocese?
Espero que sim. Temos o Fundo Diocesano de Solidariedade para o qual tenho feito vários apelos. Um fundo que tem sido escasso.
Com certeza, porque na medida em que os bens existentes são gastos, outros são necessários e cada vez mais. Ao longo da Diocese e onde quer que vá, tenho dito que nenhuma pessoa deixe de manifestar as necessidades que tem e que nenhuma pessoa deixe de receber algo que é necessário para satisfazer as neces-
Quem falha nesse percurso?
desemprego é o maior problema da comunidade da
”
diocese
r Não é vivendo a utopia da
abundância que se reforma a
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sociedade
r Falta nos
responsáveis políticos abertura a uma procura de solução para os
”
problemas
Não podemos dizer que quem falha é este ou aquele. Há um ambiente nas escolas que deveria ajudar mais a concretizar os objectivos da escola, que vão muito além de transmitir conhecimento. Passa muito pela educação e formação da pessoa humana e da sua integração na sociedade, procurando que cada pessoa seja um contributo positivo na construção da sociedade do futuro. Alguma vez sentiu uma crise destas na Diocese de Viseu?
Eu sou bispo há cinco anos e já como padre sentia que havia carências, porém, há um acelerar progressivo de situações muito difíceis por gente desempregada, famílias que não têm recursos normais de sobrevivência, e depois as reformas muito pequenas numa sociedade muito envelhecida, com pessoas a viverem muito isoladas sem grandes possibilidades. O desemprego é o maior problema da comunidade da diocese.
sidades fundamentais. Está a falar da pobreza envergonhada?
Estou a falar na pobreza a todos os níveis. A diocese tem em cada paróquia um apelo para que as pessoas possam encontrar na parte de um grupo de apoio socio-caritativo a escuta para as suas dificuldades. Se na paróquia não tiverem resposta recorram à Diocese e se não Diocese não houver resposta momentânea, recorre-se ao Fundo Nacional de Solidariedade que foi criado no ano passado pela Conferência Episcopal. É a partilha da pobreza porque tem mais sentido partilhar a pobreza do que partilhar a riqueza. A riqueza
fica nas mãos de poucos. É mais fácil partilhar a pobreza do que partilhar a riqueza. A Igreja em Viseu quer partilhar a pobreza que temos, mas naturalmente acreditando que os poucos bens podem beneficiar e responder às carências grandes que as pessoas venham a sentir. A pouca participação dos padres da Diocese ao apelo que fez em tempo de Natal, para que entregassem parte do seu subsídio de Natal ao fundo de solidariedade, pode traduzir-se em falta de solidariedade?
Escutei muitos sacerdotes que me foram dizendo: “eu já partilho com algumas organizações e na paróquia, para satisfazer algumas necessidades”. Houve 40 que participarem com cerca de 12 mil euros. Alguns continuarão a partilhar e os apelos irão continuar a ser feitos para que sacerdotes e leigos possam ser ainda mais solidários.
apelar muito à esperança, à confiança e à coragem de ser Tenho uma lista de mais pobre. É preciso hoje ter code uma dezena de jovens ragem para ser pobre, isto é, que são licenciados e que saber viver com poucos renunca tiveram emprego e cursos e ainda ter capacidaalguns já acabaram a licen- de e coração para olhar para ciatura há mais de 10 anos. o lado e ser capaz de reparNunca trabalharam numa tir os poucos recursos com situação estável para po- quem tem ainda menos. derem constituir família e construírem o seu futuro. Durante estes últimos anos andámos a viver de miragens? Os jovens são os grandes Ir ao banco e ser quase parentes pobres da sociedade actual, são as grandes forçado a trazer empréstivítimas, porque surgem na mos para tudo quanto fosse sociedade com uma ilusão esbanjar e usufruir de vantamuito grande ao entrarem gens e de sonhos que não fono ensino superior e depois ram assentes no trabalho e ao terminarem o curso é na produção, é estragar o fuuma desilusão. Não foram turo de quem aceita os emajudados a serem eles pró- préstimos. Não é a viver a prios a criar a sua riqueza utopia da abundância que se e a sua própria vida, foram reforma a sociedade e que se crescendo com a convicção mudam hábitos e comportade que tudo é fácil e de que mentos de vida. Esta fase da sociedade a agravar-se pode tudo está feito. ser uma fase de descoberta Reconhece que temos todos do sentido da vida e dos vaque nos preparar para tempos lores fundamentais da doudifíceis? trina social da igreja, onde o Temos que nos preparar, bem comum, a justiça social, mas continuo a dizer - e a a solidariedade sejam valoigreja deve ser aí também res estruturantes de uma sopedagógica – que se deve ciedade global. Quem é que bate mais à porta da diocese, jovens ou idosos?
Jornal do Centro
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06 | Janeiro | 2012
Nuno André Ferreira
região
que for convocada. O conselho consultivo do CEC integra empresários, autarcas e outros agentes regionais e funciona como uma plataforma de reflexão e monitorização do desenvolvimento económico da região. “Pensávamos que o não pagamento implicaria a desvinculação. O que nos disseram depois agradou-nos de sobremaneira”, sublinhou Fernando Ruas. A proposta da câmara para desvinculação do CEC acabou por não ser votada na última reunião da Assembleia Municipal, de forma a ser reformulada para deixar claro que a câmara apenas deixará de pagar, mas mantém-se no conselho consultivo. O CEC é uma asso ciação sem fins lucrativos, fundada em 1993, que representa as associações empresariais da NUT II Centro, bem como dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. O actual presidente da Associação Empresarial da região de Viseu, João Cotta é um dos vicepresidentes do CEC. Almeida Henriques, presidente da Assembleia Municipal de Viseu e actual secretário de Estado da Economia presidiu ao CEC até Abril 2010. Emília Amaral/Lusa
Emília Amaral
A Câmara Municipal de Viseu vai deixar de pagar para pertencer ao conselho consultivo do Conselho Empresarial do Centro (CEC), passando a poupar cerca de 4.500 euros por ano, mas não abandonará este órgão. Esta decisão foi discutida na Assembleia Municipal de hoje, em cuja ordem de trabalhos constava a votação da proposta da câmara de desvinculação do CEC. O presidente da autarquia, Fernando Ruas, explicou que pediu aos técnicos que analisassem a participação da câmara em várias associações, de forma a ver quais os custos e os benefícios. Segundo Ferna ndo Ruas, como a conclusão foi de que os cerca de 4.500 euros pagos por ano se traduziram em “poucos benefícios”, a câmara decidiu desvincular-se do CEC. No entanto, acrescentou, dirigentes do CEC contactaram a Câmara informando que, como na base da desvinculação estão motivos financeiros, poderia manter-se na associação, mas sem pagar. “O que queremos é ser libertados do esforço financeiro”, frisou o autarca, garantindo que a autarquia está disponível para participar em todas as reuniões para
Marcos Rebelo
Câmara de Viseu deixa de pagar mas mantém-se no CEC A Fontanário de Gumirães
A Fontanário de Quintela de Orgens
Placas nos fontanários geram receio na população Viseu ∑ “Agua não controlada” pode estar própria para beber mas não tem controlo permanente A população de Viseu que ainda opta por consumir água dos cerca de 500 fontanários públicos existentes no concelho, sobretudo para beber em alternativa à água da rede pública, mostra-se preocupada com a placa indicativo “água não controlada”, que nos últimos meses foi afixada em todas as fontes. A falta de esclarecimento leva a que os consumidores entendam o aviso como estando a água imprópria para beber, mas não é esse o caso. Esta indicação não significa que a água daquela fonte ou fontanário seja imprópria para consumo, mas também não garante que ela cumpra todos os parâmetros para que seja considerada própria. Quando está imprópria, a autarquia junta a essa placa uma outra com o aviso “imprópria para con-
sumo”. “Pode estar própria para consumir, mas não temos o controlo permanente sobre ela, como acontece na rede pública, esclarece o vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes. O autarca confirma que a água dos fontanários do concelho é analisada periodicamente, através de análises efectuadas pela delegação de saúde, mas sublinha que quem a bebe “consome com risco e não devia consumir, porque para inquinar basta um simples gesto”. Orgens é uma das freguesias onde têm surgido algumas críticas. O presidente da Junta, Manuel Pereira admite haver “falta de informação às pessoas”, mas aproveita para lembrar que a água que pode ser consumida sem risco é a da rede pública, pelo controlo rigoroso
que existe. Na Freguesia de S. Salvador as queixas também se fazem sentir. Um morador contou ao Jornal do Centro que “em tempos se consumia a água dos fontanários sem problema, mas agora as pessoas têm receio pelo aviso afixado”. O aviso “água não controlada” tem que ser afixado por lei pela Câmara Municipal. Américo Nunes lembra que todos os fontanários devem ter essa indicação, por vezes, a placa já não existe porque é a própria população que a retira. Uma atitude considerada “negligente” confirmada por vários presidentes de junta. Um estudo divulgado em Junho do ano passado, pela associação de defesa do consumidor Deco revelou que um em cada três fontanários tem água imprópria para con-
sumo e bebê-la é “arriscar a saúde”, porque não têm ligação à rede pública, nem tratamento ou controlo. Nos meses de Abril e Maio, a Deco recolheu amostras de água de 35 fontanários, de norte a sul do país, tendo escolhido os concelhos com base no elevado número de fontes públicas. Da lista negra fazia parte a conhecida fonte de Gumirães (na foto). A Deco alertou na altura para a necessidade de mudar a legislação para evitar situações dúbias sobre a responsabilidade na gestão das fontes e da qualidade da água que fornecem. Para a associação o fecho é solução limite que, sendo uma medida impopular, é mais segura que o aviso de “água não controlada”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro
12 REGIÃO | CARREGAL DO SAL
06 | Janeiro | 2012
Opinião
Arquivo
Garrafa aberta, garrafa bebida
A A Casa do Passal está situada em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal
Atílio Nunes quer erguer a Casa do Passal Deteriorada∑ Imóvel necessita de restauro Preocupação∑ “Os verdes” reclamam actuação do Governo “A vontade da autarquia é a mesma que eu partilho, restaurar a Casa do Passa l e com isso dar visibilidade e mostrar o reconhecimento a Aristides de Sousa Mendes”, disse ao Jornal do Centro o presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Atílio Nunes. Apesar desta vontade, o edil reconheceu que “o que tiver de ser feito será sempre em conjunto com a administração da Fundação Aristides de Sousa Mendes. “Esta não é uma fundação rica, há muita miséria”, lembrou. Recentemente, a autarquia adquiriu o imóvel pela módica qua ntia de 1 euro. Por esta altura, é visível o avançado estado de degradação da casa. “Entristece -me mu ito ver a casa a cair, ainda tenho dois anos de mandato e um dos meus objectivos é erguer a casa des-
te meu amigo”, garantiu o autarca. Para tal, está a contar com as verbas dos fundos comunitários do QREN. “Temos de aproveitar este f inanciamento. Se conseguirmos 85 por cento de comparticipação teremos de arranjar 15 por cento”. Ta m b é m J o s é L u í s Ferreira, de “Os Verdes” está preocupado com a deterioração da Casa do Passal. O deputado entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através da Secretaria de Estado da Cultura sobre a Casa do Passal. “Tendo presente as competências atribuídas por Lei ao IGESPAR está prevista alguma intervenção que permita travar o processo de degradação e possibilitar a recuperação da Casa do Passal? Tendo presente a doa-
ção de dinheiros públicos à Fundação Aristides de Sousa Mendes tem esta Secretaria de Estado acompanhado o trabalho desenvolvido pela mesma? Pondera a Secretaria de Estado da Cultura tomar algumas medidas para a Casa do Passal”? A Casa do Passal está sit u ad a em Caba n a s de Vi riato, Ca r rega l do Sal. Foi classificada como monumento nacional, em 2011. Por este motivo, José Luís
A história...
Ferreira reclamou “especial protecção e valorização, nos termos que a lei prevê”. A fundação projectou para o imóvel, um museu dedicado a Aristides de Sousa Mendes, um centro de memória e arquivos, uma biblioteca e um centro de documentação e um auditório, no sentido de transmitir às gerações futuras a herança moral do cônsul. Tiago Virgílio Pereira
∑ Aristides de Sousa Mendes foi considerado um dos heróis nacionais do século XX e o maior símbolo português saído da II Guerra Mundial. Em 1940, quando era cônsul em Bordéus, protagonizou a “desobediência justa”. Não acatou a proibição de Salazar de se passarem vistos a refugiados: transgrediu e passou 30 mil, sobretudo a judeus. Foi demitido compulsivamente.
Nesta época de fim dos festejos, verificou-se como sempre um consumo exponencial de espumantes produzidos muitos deles a partir do método champanhes. Portugal registou um inegável avanço no que a este produto diz respeito. É fácil de encontrar nas diferentes regiões vitivinícolas, produtores que se têm vindo a dedicar à sua produção com resultados muito interessantes e conseguidos. Os vinhos destinados à produção de espumantes encontram nas regiões da Bairrada e no Távora-Varosa os seus locais de eleição. Relativamente à região da Bairrada, a sinergia criada em volta dos vinhos aí produzidos e do consumo de leitão assado, é um dado adquirido. No entanto, é na região do Távora-Varosa que os espumantes têm alcançado um valor inquestionável. Os vinhos de base utilizados para a produção de espumantes nesta região resultam da combinação harmoniosa das castas Malvasia-fina, Cerceal e Gouveio. Esta tem sido a combinação de castas que tenho utilizado para este fim, com os melhores resultados. A região do Távora-Varosa possui ainda uma riqueza monumental invejável: a igreja de S. João de Tarouca, o convento de Salzedas e a Ponte fortificada da Ucanha. É neste local que se encontram as caves da Murganheira, provavelmente um dos melhores produtos de espumantes portugueses, pelo menos o que atingiu maior notoriedade. Neste local, novos produtores têm também vindo a trilhar o seu caminho e o esforço que temos vindo a partilhar e a desenvolver certamente poderá trazer novidades. Produzidos os vinhos de base a partir das referidas castas (que encontram nesta região as condições ideias para a sua correcta maturação), colhidas num perfeito estado sanitário que induz a correcções e sulfitações diminutas e ainda colados e filtrados, há que promover de novo
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
a fermentação, a qual está agora a ocorrer na garrafa para promover a efervescência tão desejável neste vinho. Este processo é conseguido através da adição de leveduras seleccionadas (fermento) e de um xarope de açúcar conhecido como “licor de tiragem”. Capsuladas as garrafas, permanecem vários meses a uma temperatura de 10ºC até se atingirem as 6 atm de pressão no seu interior. O período de maturação poderá ter a duração de vários meses ou anos. Nesta fase, as garrafas são montadas em cavaletes, onde se operam movimentos de 1/4 de hora, sempre no mesmo sentido, designados por “remuage”. Este movimento tem como finalidade, por um lado, revolver as leveduras ai existentes, mas também permitir que se vão depositando e ganhando consistência para depois ocorrer a expulsão através do método conhecido como “degorgement”: Nos dias de hoje, e num processo industrial, esta operação é conseguida através do congelamento do gargalo da garrafa para posterior libertação dessa massa. Finda esta operação, é necessário fazer, ou não, a adição do licor de expedição. É em função da concentração desse licor que se vai obter as diferentes categorias de espumantes, variando dos doces ao bruto, sendo que neste último a sua adição não se verifica. As garrafas são posteriormente rolhadas. Deste modo, não existe nenhum método que permita suster a libertação do gás da garrafa após a sua abertura, só rolhando-as de novo. Nos copos, este desprendimento deverá ser ténue mas continuo, conhecido como “perlage”, uma característica sobejamente avaliada e apreciada nestes vinhos. Assim aberta a garrafa, há que chamar a família e os amigos para ser totalmente vertida nos copos. Um bom ano.
Jornal do Centro
PENALVA DO CASTELO | LAMEGO | REGIÃO 13
06 | Janeiro | 2012
Recital de Canto Lírico em Penalva No próximo dia 7 de Janeiro, pelas 15h30, realizar-seá, na Igreja Misericórdia de Penalva do Castelo, um Recital de Canto Lírico com a actuação do grupo Prima Voce. Prima Voce é um ensemble que se dedica a diferentes géneros musicais, com sede no Porto. Nascido para dar resposta a inúmeras solicitações, o grupo abrilhanta qualquer tipo de evento com o seu charme vocal e encanto em palco. Todos os seus elementos têm alta formação musical e já demonstraram o seu talento em vários pontos do globo, tais como Espanha, França, Reino Unido, Brasil ou Malásia. Têm actuado re-
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gularmente sob a batuta dos mais notáveis maestros. Este espectáculo é organizado pela Paróquia da Ínsua e a ADPC – Associação Defesa do Património Cultural de Penalva do Castelo, em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal de Penalva do Castelo. Este evento insere-se no ciclo de espectáculos musicais de géneros variados que a ADPC tem planeado para 2012. A ADPC pretende, deste modo, proporcionar mais um momento cultural e de convívio para usufruto de toda a população, bem como valorizar e despertar interesse para o Canto Lírico.
Obras melhoram capela de São Pedro de Balsemão Lamego∑ Uma intervenção de 63 mil euros anunciada pela DRCN A capela de São Pedro de Balsemão, situada nas imediações da cidade de Lamego, está a ser alvo de obras de conservação e valorização orçadas em 63 mil euros, de acordo com o anúncio da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN). Esta intervenção está integrada no projecto “Redes de Monumentos do Vale do Douro” (financiado pelo FEDER e pelo Programa Operacional Regional do Norte) e deverá ficar terminada em Abril. Segundo a DRCN, trata-se de “uma das mais antigas igrejas de Portugal” e está classificada
como Monumento Nacional desde 1921. Os trabalhos de conservação e valorização “incidirão sobretudo na parte exterior da igreja e também na melhoria das instalações e das redes de iluminação”, explica em comunicado. “Há mais de 30 anos que o imóvel não é alvo de trabalhos desta natureza, à excepção de reparações ligeiras e pontuais que se revelaram insuficientes para sanar anomalias e deficiências várias detectadas”, acrescenta. Com esta intervenção, a DRCN pretende “renovar integralmente o as-
pecto exterior da capela e melhorar as condições de iluminação e visibilidade dos elementos do património no seu interior”. A DRCN aproveitará para fazer “uma nova fase na promoção do monumento, como uma mais valia na valorização do território duriense alto transmontano” em que se insere. A fundação da capela de São Pedro de Balsemão remonta ao período da reconquista cristã (século X). “Ainda que no exterior sobressaia o carácter seiscentista da composição da fachada, é no espaço interior que se realça a
sua antiguidade, onde as colunas com capitéis coríntios e o arco ultrapassado apresentam frisos e orlas em ornamentos com profusão de motivos figurados e geométricos”, informa o comunicado da DRCN. A capela permanecerá visitável durante a maior parte do tempo de obras. Segundo a DRCN, só está previsto o seu encerramento durante a última semana de Janeiro e a primeira de Fevereiro, por “não ser possível assegurar nesse período as melhores condições de segurança”. Lusa
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s o s r u c s o Nov em r a i c i n i a o r i e r e v e F
Inglês e Espanhol
Rua dos Casimiros, 33 - 3510-061 Viseu Tel: 232 420 850 - information@ihviseu.com - www.ihviseu.com
Jornal do Centro
14 REGIÃO | MANGUALDE | VOUZELA | VISEU
06 | Janeiro | 2012
ALUNOS DE MANGUALDE CRIAM LOGÓTIPO DO PLANO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE
CÂMARA DE VOUZELA VENDE IMÓVEIS EM HASTA PÚBLICA
APREENSÃO
Nuno André Ferreira
A Câmara Municipal de Mangualde desafiou os alunos do terceiro ciclo e ensino secundário das escolas do concelho a apresentarem, até Março, propostas para a criação do logótipo do Plano Municipal para a Igualdade. Os alunos que concorram devem ter propostas que “reflictam e promovam a igualdade entre homens e mulheres no concelho de Mangualde”, explica uma nota da autarquia. “As propostas serão avaliadas tendo em conta critérios de criatividade, qualidade e adequação do tema, legibilidade e boa visibilidade, boa capacidade de reprodução gráfica e facilidade e flexibilidade na adaptação às necessidades do projecto”, acrescenta.
ABalanço provisório de 2011 animador com descidas significativas de vítimas nas estradas
Menos acidentes na operação “Ano Novo” Viseu ∑ Um dos três distritos com maior aumento de mortos
A Câmara de Vouzela leva a hasta pública esta sexta-feira, dia 6, a venda de oito imóveis. À venda estão cinco escolas, na Meã, Freguesia de Alcofra, em Ansara, na Freguesia de Ventosa, em Covas, na Freguesia de Fornelo do Monte, em Lourosa, na Freguesia de S. Miguel do Mato e em Carvalhal do Estanho, na Freguesia de Queirã, um edifício habitacional tipologia T3 na Senra, em Vouzela e dois lotes urbanos em Sampaio, também em Vouzela.
A GNR de Viseu registou 4 4 acidentes nas principais estradas do distrito de Viseu, durante os quatro dias da Operação “Ano Novo”, dos quais resultaram 13 feridos ligeiros e um ferido grave , vítima de um atropelamento em Póvoa de Sobrinhos, Viseu. Os dados conf irmam uma ligeira diminuição do número de acidentes em relação ao mesmo período do ano passado. A GNR fiscalizou ainda ao longo dos quatro dias 2.200 automobilistas, tendo sido detidas 10 pessoas por condução com excesso de álcool e outras sete por
falta de carta de condução.
2011. O balanço nacional provisório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) do ano passado confirmou que 690 pessoa s perdera m a vida nas estradas portuguesas. É o valor mais baixo de há 50 anos e representa menos sete por cento em relação a 2010, um número só atingido em 1960. O mesmo relatório revelou que Viseu, a par de Beja e Évora, foram os distritos que registaram os aumentos mais significativos em termos de vítimas mortais. Por outro lado, Aveiro, Lis-
boa e Porto são os que apresentam as reduções mais consideráveis, em comparação com 2010. Na última década, o número de vítimas mortais e de feridos graves manteve uma tendência decrescente desde 2002 , embora menos acentuada nos últimos anos. No ano passado, registaram-se em média dois mortos e sete feridos graves por dia, enquanto em 2002 a média era de quatros mortos e 13 feridos graves, refere a ASNR. Entre 2002 e 2011 registou-se uma diminuição de 53 por cento de mortos e de 49 por cento de feridos graves.
Vseu. A PSP encontrou fábricas de foguetes com produtos pirotécnicos não autorizados ou com armazéns sobrelotados durante uma operação de fiscalização nos distritos de Viseu e Porto que durou quatro dias. Os agentes fiscalizadores constituíram dois arguidos e elaboraram seis autos de notícia, quatro deles relacionados com a posse de produtos pirotécnicos sem a necessária autorização policial. Entre o material apreendido contam-se 1095 bombetas, 425 baterias de diversos calibres, 141 Balonas e 44 Foguetes sem cana. Foram ainda apreendidos 171 repuxos, 200 dúzias de canudos, 14 candelas, 160 brinquedos pirotécnicos, 48 fachos, duas chamas em cone, duas rodas de fogo artifício, uma cascata e um pote de fumo.
DETENÇÃO
Viseu. A GNR de Viseu deteve dois homens por furto de cobre. O s dois suspeitos foram apanhados em flagrante, em Vila Chã de Sá, por militares do Núcleo de Investigação Criminal, após um alerta feito directamente pela da PT Comunicações. De acordo com as autoridades, os dois suspeitos já tinham cortado e descarnado os cabos de co-
bre da Portugal Telecom, quando foram detidos. Durante a operação, a GNR apreendeu um automóvel, 28 metros de cabo em cobre, dois estribos, uma serra para cortar ferro e outros objectos usados neste tipo de furto.
ASSALTO
Viseu. A PSP de Viseu está a investigar um assalto à mão armada num café na Avenida da Bélgica, em Viseu. Três homens encapuzados e armados, entraram no estabelecimento ao final do dia de sexta-feira, dia 30 de Dezembro, obrigaram os clientes a deitarem-se no chão, roubaram o dinheiro que havia na caixa registadora e colocaram-se em fuga com cerca de 350 euros.
APREENSÃO
Viseu. A PSP de Viseu deteve dois jovens, de 19 e 22 anos, na posse de haxixe suficiente para cerca de 86 doses. As detenções aconteceram na semana passada, no âmbito de uma operação de combate ao tráfico e consumo de estupefacientes. A PSP apreendeu um veículo ligeiro de passageiros, um bastão extensível, uma chave de fendas, uma chave de estrela, uma navalha e cinquenta euros em dinheiro.
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educação&ciência A Câmara Municipal de Mortágua decidiu manter gratuito o fornecimento das refeições escolares no Pré-Escolar e 1ºCiclo, durante o ano de 2012. “A medida, que transita do ano anterior, tem em consideração o actual contexto de crise do País e a necessidade de continuar a apoiar as famílias, acautelando, nomeadamente, eventuais situações de carência social que possam vir a ocorrer”, justificou o presidente da autarquia, Afonso Abrantes (PS).
Actualmente 129 das 142 crianças do Ensino PreEscolar e 274 das 276 crianças do 1º Ciclo usufruem dos serviços de refeição escolar, representando um custo total para o Município, no ano lectivo, superior a 150 mil euros. No entanto o Município encara esta despesa sobretudo como um investimento, tendo em conta a importância de proporcionar a todas as crianças condições favoráveis ao seu pleno desenvolvimento e sucesso educativo. EA
Workshop de língua gestual decorre em Santa Comba Dão A Expressart’ – Escola d’Artes do Município de Santa Comba Dão vai promover um workshop de língua gestual destinado à comunidade escolar e a toda a população, com o objectivo de estimular a comunicação nestes grupos, “quebrando as barreiras existentes entre a comunidade ouvinte e falante, e a comunidade surda-muda, adianta a autarquia em comunicado. S o b o l e m a “ Ve m
Arquivo
Câmara de Mortágua assegura refeições escolares
A Infra-estrutura vai nascer junto ao Hospital de Viseu
Centro Escolar de Ranhados vai avançar este ano
aprender a comunicar em silêncio! O Teu corpo também pode falar!”, este workshop pretende ainda divulgar a língua natural da comunidade surda-muda “que se expressa pela configuração das mãos e da expressão facial e corporal”. As inscrições podem ser efectuadas através dos números de telefone 964335818/910542198 e ainda por expressart@ cm-santacombadao.pt.
Decisão∑ Autarquia avança com projecto e aguarda que Governo resolva o seu problema As obras de construção de um novo Centro Escolar na freguesia de Ranhados devem arrancar durante os primeiros três meses do ano. A garantia foi dada pela autarquia viseense durante uma reunião com as juntas de freguesia. Junto ao Hospital de Viseu vai nascer a Escola Viseu Estrela, orçada em cerca de dois milhões de euros. Este investimento
permitirá às crianças terem aulas em regime normal. Nessa reunião, uma professora alertou para a situação vivida pelos alunos, que diariamente têm de circular entre a escola, o centro paroquial, a antiga sede da junta e o salão nobre da actual para terem as actividades e almoçarem. “As crianças estão distribuídas por quatro lugares, sem as devidas condições”, dis-
se o presidente da Junta de Freguesia de Ranhados, António Mateus. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), respondeu que, uma vez que não foi construída a Escola Básica Integrada (EBI) de Ranhados – alvo de um protocolo celebrado em 2005 com a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) – a autarquia decidiu avançar
com o seu próprio projecto. “Vamos fazer o que é da nossa competência. O Governo que resolva o seu problema (relativamente ao segundo e terceiro ciclo)”, sublinhou. A escola ficará com quatro salas para jardimde-infância e dez para o primeiro ciclo do ensino básico. Tiago Virgílio Pereira
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economia DIA ABERTO DE VITICULTURA
No âmbito da disciplina de Viticultura, os alunos da Escola Superior Agrária de Viseu irão realizar o dia Aberto de Viticultura, na próxima quinta-feira, dia 12 de Janeiro. Esta actividade tem como principal objectivo abrir a escola à comunidade, divulgar o curso, promover a agricultura como uma actividade profissional com futuro, capaz de criar riqueza, preservar a cultura, preservar o ambiente e promover a qualidade de vida dos portugueses. A recepção dos participantes está marcada para as 9h00. De seguida, o docente da unidade curricular de Viticultura, João Paulo Gouveia, dará uma palestra sobre poda. Os trabalhos na vinha começam às 10h00. Depois de um almoço campestre, os trabalhos na vinha recomeçam e terminam por volta das 17h30. Após um jantar de confraternização haverá um espectáculo de fado. TVP Publicidade
Opinião
2012: O primeiro ano português do calendário chinês
A Empresa suiça disponibilizou vários aparelhos para a Escola Superior Agrária de Viseu
Roche doa equipamento científico à Agrária Mais-valia∑ Escola diz que vai reforçar a investigação e o apoio às empresas A empresa Suíça F. Hoffmann-La Roche Ltd, a maior companhia de biotecnologia a nível mundial, sediada em Basileia, doou à Escola Superior Agrária (ESA) do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) material para laboratório e equipamento científico considerado “valioso”. “Esta doação constitui uma mais-valia para a instituição IPV e uma oportunidade única para a ESA que vê assim reforçada a sua capacidade para atingir os seus principais objectivos. O ensino de excelência, a prestação de serviço à comunidade, o apoio às empresas e a aposta crescente em programas de investigação e desenvolvimento tecno-
lógico”, adianta Dulcineia Ferreira, professora da ESA em comunicado. Esta parceria surge no seguimento de vários contactos realizados entre Dulcineia Ferreira e investigadores da Roche ocorridos em congressos internacionais. “O equipamento foi criteriosamente seleccionado, em colaboração com os directores dos departamentos e demais docentes da Escola Superior Agrária, tendo por base as necessidades da ESAV”, acrescenta a professora. O equipamento inclui, um aparelho de cromotografia líquida de alta pressão (HPLC), um detector de varrimento para HPLC, uma câmara de fluxo laminar, uma câmara de Publicidade
cultura de células, equipamento de eletroforese capilar, um leitor de placas para teste Elisa com aplicação em ensaios imunoenzimáticos, câmara de secagem, viscosímetro, densímetro, centrífugas refrigeradas e a alta pressão, processador automático de tecidos animais. “O referido equipamento deverá assumir grande importância no desenvolvimento de projectos de ensino e de investigação no âmbito das áreas científicas de química, biologia molecular, ciência e tecnologia dos alimentos, microbiologia e ciência animal”, termina a docente. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
A venda da EDP à Chinesa Three Gorges é na minha opinião um marco importante para o futuro da economia portuguesa e pode representar, no médio prazo, uma mudança de paradigma no nosso processo de desenvolvimento, em particular, uma alteração significativa na estratégia de internacionalização das empresas portuguesas. O mercado externo é determinante para o crescimento das empresas nacionais. As exportações serão decisivas para o crescimento da economia portuguesa nos próximos anos, dadas as enormes fragilidades na procura interna. A entrada de capitais chineses em Portugal abre, também, uma oportunidade nova de financiamento dos nossos défices - externo e interno - libertando-nos da excessiva dependência do financiamento europeu, isto apesar da venda de activos das privatizações não serem directamente contabilizados no abatimento do défice. Na contabilização do défice orçamental são apenas usadas as despesas e as receitas do Estado num ano. Destaque-se, contudo, que uma parte significativa da despesa do Estado Português é feita com os encargos que tem de suportar com os juros da dívida pública. Por lei o Governo é obrigado a aplicar 40% do valor arrecadado na redução da dívida. Isso significa que dos 2,7 mil milhões de euros que o Estado arrecadou, com a venda da sua participação na EDP, cerca de mil milhões serão obrigatoriamente para esse efeito. Desta forma, o abate da dívida pública tornará o financiamento do Estado mais barato e o custo com encargos em juros menor. É importante percebermos que estes encargos com juros da dívida são hoje a componente mais importante da despesa pública orçamental representando já um valor superior à despesa com o
Alexandre Azevedo Pinto Economista alexazevedopinto@sapo.pt
Ministério da Saúde. A entrada da Chinesa Three Gorges também é importante porque abre um novo mercado a Portugal. A China quer internacionalizar as suas empresas e a EDP vai contribuir para que isso aconteça. A China é hoje a segunda maior potência mundial e deve tornar-se a primeira na próxima década - mantendo-se as taxas de crescimento verificadas nos últimos anos. Percebe-se que a compra da EDP é parte de uma estratégia maior que procura “usar” Portugal como placa giratória para entrada no Brasil e em África e na União Europeia. Penso que Portugal poderá ganhar com esse processo uma vez que esta cooperação poderá induzir um maior crescimento na economia nacional por via de um significativo acréscimo de IDE – Investimento Directo Estrangeiro, financiado por um gigante comercial como é a China com fortíssimas reservas de moeda e com excesso de liquidez. A nossa excessiva dependência da Zona Euro, no tocante ao financiamento externo, acabou por não nos beneficiar e os resultados são por todos conhecidos. A diversificação de fontes de financiamento externo pode e deve trazer uma melhoria significativa de condições para o País, libertando-nos um pouco das amarras impostas pela Troika. Finalmente, penso que a entrada da China na Economia Nacional deve ser entendida como um grande desafio para o País, necessariamente com riscos, mas que em face da situação gravíssima a que chegámos, pode representar uma solução inteligente para retomarmos os níveis de crescimento e emprego que todos desejamos que aconteça o mais rápido possível.
Jornal do Centro
INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 17
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DESFILE DE MODA NA POUSADA DE VISEU
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Paridades de Poder de Compra As lojas Preto & Branco, Castelo Atelier, Simplesmente Marisa, Gina Machado Sapataria, todas sediadas nas ruas de Viseu (sapataria Gina em Tondela) promovem este sábado, dia 7, às 21h00, um desfile de moda na Pousada de Viseu, uma das unidades hoteleiras mais emblemáticas da cidade. “Ano Brilhante” assim se chama o evento que marca o arranque do ano na moda de Viseu e que se quis que fosse mais do que um desfile da colecção Verão 2012. Ao longo da noite vai haver música com os grupos Be Flat de Santa Comba Dão, o duo Angelicus Musicae e a Escola de Ballet-Dança do Inatel de Viseu.
CÂMARA LANÇA PLATAFORMA DE COMÉRCIOELECTRÓNICO A autarquia de Santa Comba Dão criou uma plataforma online de comércio de produtos de merchandising do concelho. Os produtos, que também podem ser adquiridos no Posto de Turismo local, vão do vestuário a esferográficas, postais, publicações entre outros. Esta loja, inaugurada a 22 de dezembro, pode ser visitada em http://loja. cm-santacombadao.pt e encontra-se disponível 24 horas por dia e em qualquer parte do mundo. As entregas dos produtos adquiridos serão efectuadas através dos CTT e após confirmação do pagamento através de transferência bancária. Publicidade
A Papas de Milho é um dos pratos tradicionais propostos na iniciativa
Iniciativa gastronómica promove Refeições tradicionais com desconto Moimenta da Beira ∑ Turismo e Câmara divulgam gastronomia Seis restaurantes e dois empreendimentos turísticos do concelho de Moimenta da Beira participam nos dias 13, 14 e 15 nos “Fins-de-Semana Gastronómicos”. A iniciativa oferece descontos em refeições típicas e alojamento local com o objectivo de divulgar as tradições gastronómicas do município. “ M i l hos com moira”, “Arroz de salpicão” e “Delícia de maçã” são os pratos tradicionais sugeridos pela restauração local e que garantem 10 por cento de desconto na noite de sexta-fei-
ra, 13, a quem optar por uma daquelas iguarias seleccionadas. Os restaurantes aderentes são a Pousada, Quinta do Melião, Moinhos da Tia Antoninha, O Prato Dourado, Peto Real-Hotel Verdeal e Pico do Meio Dia. Também os empreendimentos turísticos Hotel Verdeal e Moinhos da Tia Antoninha asseguram descontos: 20 por cento de desconto na segunda noite de estadia. Para usufruir das promoções é necessário obter antecipadamente no Posto de Turismo da au-
tarquia o “Passaporte Especial”, que é gratuito. Esta iniciativa, levada a cabo pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal em colaboração com a autarquia de Moimenta da Beira, “pretende oferecer boas sugestões para o fim-desemana a preços convidativos”, refere a organização em comunicado. Uma das jusgestões para uma deslocação a Moimenta da Beira é a “Feirinha da Terra”, um certame que tem vindo a crescer na vida. A proxima edição é na manhã de sábado, 14.
Por vezes procura-se comparar o nível de vida entre países confrontando os respetivos PIB per capita (Produto Interno Bruto por habitante), que corresponde, basicamente, ao rácio do PIB total do país (valor da produção gerada no território económico do país) pela população residente no mesmo. A comparação nesses termos padece, no entanto, de várias limitações. Uma das limitações maiores decorre do facto de os níveis de preços serem diferentes entre os países (influenciando, assim, o poder de compra dos indivíduos). Daí que uma medida mais ajustada para comparações seja o PIB per capita mas expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC). Este indicador expressa o valor do PIB per capita mas “corrigido” pelo nível de preços relativo do país (eliminando-se assim os efeitos das diferenças nos níveis dos preços entre países). As PPC funcionam pois como uma “moeda comum” artificial que permite medir o poder de compra associado ao PIB per capita em moeda. Basicamente, calcula-se pela relação entre o PIB per capita (em moeda) do país e o seu nível de preços relativo (representado por um índice de preços). A comparação pelas PPC conduz muitas vezes a resultados consideravelmente diferentes dos que se obtêm pela comparação dos PIB per capita em moeda. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou em dezembro de 2011 os valores do PIB per capita expresso em PPC, para 37 países europeus, relativos
Joaquim Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu jasimoes@estv.ipv.pt
a 2010. A referência para a comparação é o valor médio para a União Europeia (UE, 27 países), ao qual se atribui o valor de 100%. A moeda de referência é, naturalmente, o euro (fazendo-se a correspondente conversão para os países com moeda diferente). Vejamos a situação portuguesa. Em 2010, o PIB per capita português, em moeda, era de 16244,59 euros. O índice de preços relativo, por sua vez, era de cerca de 83,0 (que compara com o valor de referência 100 para a média da UE e que significa que aquilo que custava na UE, em média, 100 euros, custava em Portugal, em média, 83 euros). Da relação daqueles montantes resulta um valor de 19565,31 para o PIB per capita expresso em PPC. Este valor, para Portugal, do PIB per capita expresso em PPC representava, em 2010, apenas 80,1% da média da UE. Trata-se de um resultado pouco interessante, pois para além do considerável afastamento da média europeia (100%), Portugal registava o valor mais baixo entre os 15 países “antigos” da UE (não considerando os 12 países que aderiram à UE a partir de 2004), ficando ainda atrás de alguns membros mais recentes (como Chipre, Eslovénia e Malta). São, aliás, resultados que, na linha de outros, confirmam o fraco desempenho da economia portuguesa nos últimos anos, particularmente na última década.
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Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA FUTEBOL II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
14ª jornada - 08 Jan - 15h00 Madalena
-
Tondela
Paredes
-
Coimbrões
Sp. Espinho
-
Gondomar
Boavista
-
S.J. Ver
Oliv. Bairro
-
Angrense
Amarante
-
Anadia
Cinfães
-
Padroense
Operário
-
Aliados Lordelo
Futebol Reabertura Mercado Transferências
Cartão FairPlay A chamada época de inverno de transferências no futebol tem de positivo trazer novas motivações aos adeptos. Caras novos aguçam a curiosidade dos seus adeptos e criam n ov a s e s p e r a n ç a s . Quando o custo, destas aquisições, está dentro do orçamento da época as mudanças podem ter esta faceta de «mexer» com a motivação dos clubes e adeptos.
III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B 13ª jornada - 08 Jan - 15h00 -
Infesta
-
Sp. Mêda Grijó
Serzedelo
-
Vila Real
Sp. Lamego
-
Rebordosa
Leça
-
Sousense
Vila Meã
-
Alpendorada
Apuramento Playoff Mundial de Andebol 2013
III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B 13ª jornada - 08 Jan - 15h00 Sanjoanense
-
Oliv. Frades
Avanca
-
Oliv. Hospital
P. Castelo
-
Valecambrense
C. Senhorim
-
Bustelo
Nogueirense
-
Ac. Viseu
Sampedrense -
Alba
ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 14 jornada - 08 Jan - 15h00 Lajeosa Dão
-
Molelos
Tarouquense
-
Silgueiros
Viseu Benfica
-
Mortágua
Lusitano
-
Paivense
Vale de Açores GD Parada
-
Gil Peres
Cesarense
Fornelos Castro Daire
Lamelas
-
Alvite
Sátão
-
Arguedeira
João Vinagre
Portugal venceu e convenceu a Turquia em Lamego Favorito ∑ Portugal cumpriu frente à Turquia (35-22) Portugal cilindrou a selecçao da Turquia com um expressivo 35 – 22. Perante um público entusiasta, que lotou por completo o novo e muito funcional Multiusos de Lamego, a equipa nacional não teve dificuldades em conseguir o triunfo. O passar dos minutos serviu apenas para ir solidificando uma vitória que nunca chegou a estar em causa.
A Turquia acabou por demonstrar em Lamego que é a mais fraca das três equipa do grupo e que será entre Portugal e Ucrânia que a presença no playoff se vai decidir. Os 13 golos de diferenca acabam por ser um resultado normal num jogo onde Portugal defendeu bem e onde Hugo Figueira acabou por ter uma actuação de relevo com um punhado de grandes in-
tervenções. Portugal vai agora até à Turquia onde vai ter que voltar a vencer para depois, nos dois desafios com a Ucrânia, decidir a vitória no grupo, já que só o primeiro classificado tem passaporte para o playoff onde depois se discutirá uma presença na fase final do Mundial que se vai disputar em 2013 em Espanha. Do jogo em Lamego
duas certezas: Portugal tem equipa para voltar a marcar presença num Mundial de Andebol, e Lamego deve estar orgulhosa da infra-estrutura de que dispõe. Palavra final para o público, que foi incansável no apoio à equipa Nacional do primeiro ao último dos 60 minutos de jogo.
Gil Peres
Cartão FairPlay Viseu perdeu u m dos seus campeões. João Vinagre foi sempre um atleta dedicado, trabalhador. No Clube Académico de Futebol fez parte da equipa que disputou o nacional da 1.ª divisão. No golfe ganhou vários prémios. No ténis era uma referência distrital. O João com a sua forma de estar e ser muito sui generis fez sempre da competição um modo de vida e é um exemplo do querer. Mestrado na área do desporto o João deixou-nos fisicamente. Até sempre campeão. IVA Preço Bilhetes
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Cartão Vermelho O aumento do IVA no preço dos bilhetes dos espetáculos desportivos, tem este fim de semana o primeiro impacto no bolso dos espectadores. Preços já antes bastante elevados para o nível de vida dos portugueses e para condições que nem sempre são as melhores, além da qualidade de alguns jogos ser má.
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Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
DESPORTO | MODALIDADES 19
Futebol
“Mercado de Inverno” agitado
A Mauro Bastos
A Toninho
O Tondela anunciou a contratação de mais um avançado para o seu plantel. A escolha recaiu em Mauro Bastos, jogador que alinhava no Desportivo de Chaves. É um avançado experiente, com 32 anos, e que tem no seu percurso desportivo passagem por clubes como Gil Vicente, Carregado ou Fátima, além de algumas experiências no estrangeiro.
Depois das saídas de Beré (Famalicão) e de Ronan (Benfica de Castelo Branco), Mauro Bastos é assim mais uma opção para o sector avançado, embora as opções para Vítor Paneira não fiquem por aqui e possam ainda voltar a ser reforçadas nos próximos dias. No Académico de Viseu, mini revolução. O clube emprestou quatro jogadores ao Canas de Senhorim: Zito, Dedé, Vitinho e Leo. Foram ainda emprestados Tiago
A Tiago Henriques Rodrigues, ao Penalva do Castelo e André Mateus, o ex-junior que vai até final da época jogar no Viseu e Benfica. No Oliveira de Frades, as saídas de Nuno Pedro (Pampilhosa) e Rúben (Sátão) foram colmatadas com a chegada de Toninho, ex-Cinfães. Cinfães onde Rui Lopes se transferiu para o Apop do Chipre, e que entretanto viu regressar Rui Gonçalves. GP
Remo
Nacional de Fundo em Resende
As águas do Douro, junto às Termas das Caldas de Aregos, em Resende, vão receber o Campeonato Nacional de Fundo, de Remo. É mais uma prova do calendário nacional que se disputa nesta região do Norte do Dstrito de Viseu. A competição está agendada para o próximo dia 28 de Janeiro, nos escalões de júnior e sénior na modali-
dade de remo. É um evento homologado e organizado pela Federação Portuguesa de Remo com o apoio da Câmara Municipal de Resende, da empresa municipal TurAregos e do Clube Náutico de Caldas de Aregos. Nesta altura, a cerca de três semanas da sua realização, ainda decorre a fase de inscrições. Na época pas-
sada este campeonato contou com cerca de cinquenta tripulações inscritas e cerca de duzentos e quarenta atletas em todas as competições destes escalões. Para este ano, face à possibilidade de cada clube incluir até duas tripulações por tipo de barco, a organização prevê que estes números sejam ultrapassados. GP
20 DESPORTO | ENTREVISTA
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
“O voleibol em Viseu tem futuro” Começaram por ser três, são já 16, mas esperam no futuro ser muitas mais. São a equipa de voleibol do Lusitano de Vildemoinhos, a única que no distrito faz competição. No ano da estreia vão jogar no Inatel, mas além desta competição o objectivo é apostar na formação e em desenvolver a modalidade.
Liliana Soares – Queremos implementar o voleibol em Viseu. Acreditamos que é um projecto que veio para ficar. É isso que o clube (Lusitano de Vildemoinhos) quer, e é isso que nós pretendemos. Queremos também dar seguimento ao que o CARDES faz na formação e depois não tem aproveitamento. Em masculinos, em Viseu, só há a PT e também vamos tentar alterar essa situação. É então um projecto que não se esgota com esta equipa feminina?
LS – De todo. Além de uma equipa masculina, para competir no Inatel, no futuro vamos também procurar apostar na formação. A nossa ambição passa pelo máximo de escalões e em masculinos e femininos. Como surgiu este projecto? Em que momento e de que forma é que decidiram avançar para a criação desta equipa?
Teresa Lima – Algumas de nós já nos conhecíamos, outras foram aparecendo e o grupo foi crescendo. Co-
Apesar de este ser uma espécie de ano zero, vocês já vão competir a sério. Quais as expectativas?
CB – Temos nossa equipa atletas que nunca jogaram volei. Para elas vai ser especial, uma adrenalina diferente das outras mais habituadas a praticar a modaldiade. TL – Queremos ganhar que conseguirmos ganhar, Queremos também aprender, porque temos muito ainda que aprender. Nuno André Ferreira
Esta novidade do volei feminino sénior, pretende ser o quê? “Uma lança em África?”
(risos…) e a mais nova a Rita, com 17 anos. TL – Temos atletas ainda juniores porque, lá está, não há equipas em Viseu para esse escalão etário. O Cardes vai apenas até aos juvenis.
E o futuro?
A Carmos Batista, Liliana Soares e Teresa Lima, as promotoras do projecto de voleibol no Lusitano meçámos também a treinar com a equipa masculina da PT e depois decidimos que tínhamos que formar uma equipa, porque a nossa vontade e o nosso objectivo era jogar, era competir. E no Inatel porquê?
TL - Além de algumas de nós já ter uma certa idade (risos)… no Inatel porque uma equipa federada é muito dispendioso. Optámos por entrar na competição do Inatel e tivemos a colaboração do Lusitano que nos integrou na estrutura do clube de forma efectiva e com total apoio, e depois o Inatel conseguiu integrar-nos na competição da zona Norte. Ainda há não muito tempo o presidente do Lusitano nos afirmava que modalidades extra-futebol só as “autosuficientes”. Como é que conseguem?
Carmo Batista – Em primeiro lugar através de um pequena mensalidade que todas nós pagamos. Tivemos também patrocina-
dores, que deram um apoio importante, mas precisamos de mais, até porque as nossas idas ao Norte vão ser muito dispendiosas e não temos qualquer tipo de apoio institucional. Temos ainda o clube que nos ajuda naquilo que pode. TL – Temos também realizado alguns eventos, como foi o caso da I Maratona de Voleibol Indoor, e que são uma forma de angariar algum dinheiro para nos ajudar, principalmente, nas deslocações que vai ser o mais caro. Quanto vai custar esta época?
LS – Fizemos essa estimativa, mas depois alterámos porque o que seria o custo principal, com o pavilhão, devido ao protocolo que o Lusitano tem com o Inatel, acabámos por não o ter. Assim, temos uma estimativa que aponta para os 3 mil euros. São custos com deslocações, portagens, equipamentos, bolas, e as próprias inscrições que foram dispendiosas e totalmente a cargo das atletas.
CB – Os próprios equipamentos foram pagos por nós. Cada uma pagou o seu próprio equipamento. Quanto atletas tem a equipa?
TL – São 16… Suficientes?
LS – Penso que sim, mas todas serão bem-vindas. Se houver quem queira praticar a modalidade as portas estão abertas. Mas que tenham a noção que isto é um compromisso sério a que queremos dar continuidade, e que não somos apenas um grupo de amigas que se junta e vez em quando para jogar volei. Há uns anos, quando se falava das competições do Inatel, havia um pouco a noção de que eram competições para amadores, para a diversão…
LS – Ainda no verão passado ouvi isso mesmo, mas posso dizer-lhe que existem atletas a deixar o desporto federado e a optarem pelo Inatel. No caso concreto do voleibol há atletas que jogavam na A1, a
divisão de topo da modalidade em Portugal, e que optaram pelo Inatel. Isto porquê? Porque fica mais barato. Mas isto para demostrar que o Inatel é hoje em dia uma competição com nível e qualidade. No voleibol do Inatel há três equipas masculinas do distrito, mas feminina são a única.
TL – Exactamente. Ficámos integradas na zona Norte que é onde há competição, onde há mais equipas. Falaram no projecto que têm para a formação. No caso concreto das raparigas, como é que vão conseguiu captálas para a prática desportiva sabendo-se do estigma que há ainda da “maria-rapaz”?
LS – Eu penso que no caso do voleibol não há esse problema porque considero que é uma modalidade extremamente elegante e feminina. Quem são a mais velha e a mais nova da equipa?
CB – A mais velha é a Né
LS – Nós este ano vamos ser um bocadinho a cara da modalidade. Mostrar que ela existe, está em Viseu e é para ser praticada também por mulheres. TL – Penso que o voleibol em Viseu tem futuro. Cada vez mais temos contactos de pessoas mais novas que querem aderir, e até por parte de crianças. É aí que entra o vosso projecto para a formação. Em concreto, o que pretendem alcançar no curto e médio prazo?
TL – Temos andado a fazer, diria, uma “prospecção de mercado”. Ver da adesão que podermos ter e do interesse que exista para que no próximo ano possamos então avançar com as escolinhas de formação. O número de escalões que possamos vir a ter depende então da adesão que venha a haver, seja em masculinos seja em femininos. LS – Penso que os masculinos também seriam uma boa aposta já que não existe nenhum clube em Viseu a fazer essa formação. A PT só tem seniores, não faz formação. Gil Peres
10 a 13 de Novembro Jornal do Centro
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06 | Janeiro | 2012
em foco A Noite Encantada no Campo Viriato
Foi com muita animação, música e folia que os viseenses se despediram de 2011 e deram as boas-vindas a 2012. Milhares de pessoas juntaram-se no Campo Viriato, bem perto do guerreiro viseense e em contagem decrescente vibraram com o soar das 12 badaladas. A banda musical Hi-Fi deu música a todos os presentes e o fervor durou até às tantas da madrugada. Champanhe, passas e o espírito familiar e de amizade imperaram numa noite em que a crise foi esquecida, assim como os problemas sociais que dela advêem. Para o ano há mais...
Secretários de Estado de ontem e de hoje
Enquanto as massas populares se agitam ao frio da noite, os políticos da nossa praça, Cesário e Junqueiro, no temperado ambiente de um bom hotel festejam, animados, a previsível AD de que se fala. (!?)
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culturas expos
D “Chefes Intragáveis” em Sátão
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
O município de Sátão entra no novo ano a rir. O filme de comédia “Chefes Intragáveis” abre a programação do Cine-teatro, amanhã, pelas 21h00. O preço do bilhete está fixado nos 3 euros.
Arcas da memória
Destaque
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de Janeiro Exposição “Aquilino Ribeiro nas Terras do Demo”.
“Tempos sem Remição” ou a aldeia revisitada
Alberto Correia Antropólogo
VISEU ∑ IPV Até dia 31 de Janeiro Exposição “Grão Vasco Digital”, de autoria de José Manuel Pereira Galvão. MANGUALDE ∑ IPV Até dia 31 de Janeiro exposição de Banda Desenhada “AS AVENTURAS DE TINTIN”, uma produção do GICAV - Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu. ∑Biblioteca Municipal Até dia 9 de Janeiro Exposição “O Presépio, por Portugal e pelo Mundo”. MOIMENTA DA BEIRA ∑ Paços do Concelho Até dia 31 de Janeiro Exposição “Concurso de Árvores de Natal”. Onze árvores de Natal feitas a partir de material reciclado, por alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico.
Tiago Virgílio Pereira
aierrocotrebla@gmail.com
A Marisa Miranda e Paulo Ribeiro durante a conferência de imprensa de apresentação da programação
Viriato abre temporada com “Du Don De Soi” Paulo Ribeiro∑ “Abrimos com uma programação fortíssima” “Du Don De Soi”, é o espectáculo que abre a programação deste ano no Teatro Viriato, em Viseu. Considerada a melhor peça de dança de 2011, esta criação de Paulo Ribeiro nasce a partir do universo cinematográfico de Andrei Tarkovsky e surge a convite da Companhia Nacional de Bailado. Em cena, dias 20 e 21 de Janeiro, a partir das 21h30. “Abrimos a temporada com uma programação fortíssima”, disse o director do teatro viseense, em
conferência de impresa. Na apresentação da programação dos primeiros três meses, Paulo Ribeiro destacou ainda a actuação da Orquestra de Jazz de Matosinhos, no dia 11 de Fevereiro e “Mútuo Consentimento”, o novo álbum de Sérgio Godinho, que encerrará o mês de Março. Para suportar esta programação, o director admitiu que teve de recorrer a um empréstimo bancário. Apesar “dos custos com o pessoal e da programa-
ção estarem equilibrados”, o Teatro Viriato, no âmbito da rede 5 sentidos, “ainda não viu um cêntimo do QREN”, de uma candidatura que tem já dois anos. Apesar destas dificuldades, “em 2012 o Teatro Viriato vai funcionar sem percalços”, garantiu Paulo Ribeiro. Este ano, a grande novidade passa pelo alargamento do preço jovem - 5 euros - a espectadores com idade igual ou inferior a 30 anos. Tiago Virgilio Pereira
Tempos sem Remição, edição cuidada da Palimage, é o mais recente livro de (Diamantino) Gertrudes da Silva, amigo desde a adolescência de colégio, exemplo maior de uma cidadania de Abril tão causticada agora nos seus sonhos de bem, Tempos de Remição tem o seu quê de poema heróico, lá onde em sete cânticos se celebra a sorte de um povo que num tempo mitificado pousou nas planuras da aquiliniana Serra da Nave e ali se fincou chamando à serra-madre terra sua, berço e cova, chão sagrado que o é desde o tempo longínquo das orcas. Gertrudes da Silva, nome de guerra, regressa um dia à sua terra, Alvite, regressa depois de longa, longuíssima viagem e na aldeia que ficara deserta com o tempo e sucumbiu à ruína, ele intenta reinventar a geografia das praças, das ruas e vielas, dos caminhos de pé posto que levavam as mulheres para as hortas, os homens às courelas e os pastores para a serra, ele intenta reinventar a alma antiga da gente que habitou esses lugares. E é então que se soltam as memórias dos episódios concretos que o narrador viveu na sua infância, as efabulações desse imaginário herdado de uma lon-
ga cadeia de gerações, pais e avós que foram lavradores de terras que o tanto lavrar amansou, como às vacas atreladas ao arado, que foram cabaneiros, sem eira nem beira que pudessem chamar sua, migrantes sazonais de engenho vário que partiam pelas sete partidas das terras em redor com ferramentas de prestável ofício, saco em bandoleira para a recolha de peles de coelho, cornelho, farrapos … miúdo comércio, mas honrado. E o pão ganho com suor e os filhos criados e a ausência que gerava um amor redobrado como se a aldeia fosse mulher. E o ciclo do ano corre pelo livro fora. Os trabalhos e os dias. A lua e o sol a ritmar a vida, a faina dos campos, o cio dos bichos, as andanças de quem seguia caminhos de Cristo pelas terras fora. Franças e Araganças que vieram e se foram. E uma esperança que o tempo jamais consumiu. E uma aldeia nova que nasceu nas margens ora fecundas da aldeia antiga. Uma aldeia nova que agora chamam vila. E o teu livro. E as límpidas memórias. E o teu olhar que vai até ao fundo, onde as lágrimas existem e onde o amor governa. E a aldeia antiga por ti salva. Agora para sempre.
Jornal do Centro 06 | Janeiro | 2012
culturas
D João Simões actua em Viseu
O bar “Livraria da Praça”, em Viseu, recebe hoje, a partir das 22h00, o concerto, em formato acústico, de João Simões. O finalista no programa “Operação Triunfo”, da RTP 1 começa o ano a recordar os temas do 1º EP “Tarde Demais”.
Música
Destaque
Gala de Música no Colégio de Viseu
Lamego apresenta programação no Ribeiro Conceição
A Associação de Pais dos Alunos do Colégio da Imaculada Conceição (APACIC) promove a 2ª Gala da Música, no próxima quintafeira, dia 12 de Janeiro, pelas 20h30, na capela do Colégio da Imaculada Conceição, em Viseu. Em parceria com os docentes da instituição, a 2ª Gala da Música APACIC contará no programa com a actuação do Musicorum do Colégio e a audição de piano e violino, com a colaboração dos professores José Miguel Amaral e Joaquim Pedro. Depois, irá actuar a docente Ana Margarida Santos. A animação continuará com o coro do sétimo, oitavo e nono anos do Conservatório Regional de Música Dr. Azeredo Perdigão, dirigido pela professora Ecaterina Neagu. O grupo de fado “Fado em Si”, encerrará a noite musical. O objectivo deste convívio passa pela promoção do espírito de comunidade integrante do colégio e dos docentes das áreas artístico-musicais. A APACIC pretende que este seja um espaço de interacção entre agentes educativos e artísticos que desenvolvem a sensibilidade musical das crianças, como parte integrante de um crescimento harmonioso. TVP
Literatura
“É Como Diz o Outro”∑ Bruno Nogueira e Miguel Guilherme interpretam comédia teatral Já é conhecida a programação do próximo trimestre, do Teatro Ribeiro Conceição (TRC), em Lamego. Até Março, o teatro vai contar com mais de 40 iniciativas distribuídas por várias áreas culturais. Amanhã, vão “Cantar os Reis”, no auditório do Ribeiro Conceição, a partir das 21h30. Contudo, a grande atracção do primeiro mês está agendada para o dia 28. “É como Diz o Outro”, uma comédia teatral interpretada por Bruno Nogueira e Miguel Guilherme e encenada por Tiago Guedes. A peça relata o dia-a-dia de dois amigos que trabalham juntos. Aí, conversam sobre a vida, aspirações e discutem sobre temas complexos. Em Fevereiro, em mais um aniversário da reabertura do TRC, “Tim e os Companheiros de Aventura” juntam-se às celebrações de um mês repleto de iniciativas de
António Gil e “Indústrias do Absoluto”
A Espectáculo está marcado para o dia 28 de Janeiro teatro. Eunice Muñoz dará inicio à digressão nacional da sua peça “O Cerco a Leningrado”, nos dias 3 e 4 de Março, marcando também a comemoração dos seus 70 anos de carreira. A peça conta a história de duas mulheres - Maria José Paschoal e Eunice Muñoz - que vivem
encerradas num velho teatro da cidade e que lutam contra a sua anunciada demolição. Esta comédia é a mais importante obra de José Sanchis Sinisterra. Março termina com a peripécia teatro “1325, Mul heres Tecendo a Paz”. Tiago Virgílio Pereira
Concerto
Alunos do Conservatório de Viseu dão concerto
Os alunos das orquestras de guitarras, cordas, acordeões e coros do Conservatório de Música de Viseu – Dr. Azeredo Perdigão são os convidados para animar o “Grande Concerto de Ano Novo”, que o Palácio do Gelo vai
promover, amanhã, a partir das 16h00. É desta forma que o shopping se despede da quadra natalícia e dá as boas vindas ao ano de 2012. No âmbito do apoio ao ensino da música, o Palácio do Gelo irá doar, à ima-
gem do que acontece há quatro anos, um cheque no valor de 2500 euros ao conservatório de Música Dr. Azeredo Perdigão, para a aquisição de novos instrumentos musicais. Os alunos vão apresentar um repertório diver-
sificado e prometem animar todos aqueles que se desloquem ao piso 0 do centro comercial. O ano começa com animação, lazer e cultura aliado à importância e divulgação da música e seu ensino. TVP
Música
Festival de metal de regresso a Mangualde
Falta pouco mais de uma semana para o heavy metal, o industrial e o doom invadirem Mangualde. A 18ª edição do Hardmetalfest realiza-se no dia 14 de Janeiro, no Centro Cultural de Santo André, a par-
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tir das 15h00. Muitas bandas nacionais de renome vão pisar o palco do festival com maior número de edições em Portugal. Os Bizarra Locomotiva serão os cabeça-de-cartaz. Taran-
tula, Heavenwood, Grog, For the Glory e Desire, são outros nomes “de peso” que vão animar os amantes do hardmetal. A noite terminará ao som dos alemães Witchburner. O preço dos bilhetes va-
ria entre os 10 e os 13 euros, e podem ser adquiridos, em Viseu, no bar Academia, no bar Ground Zero e na Rip Off Skate Shop. No Porto, na Piranha, e em Lisboa, no Carbono e no Xaranga. TVP
A Associação Cultural e Editorial Areias do Tempo tem à frente da direcção um viseense, Nuno Gandra que além de editor é também poeta. Interessante destacar que no conjunto de títulos publicados pontuam os viseenses, ou de certo modo, pessoas ligadas a Viseu. Francisco de Seabra Cardoso, João Pedro Domingos d’Alcântara Gomes (pseudónimo), Rodrigo Emílio, Martim de Gouveia e Sousa e António Gil. Desta feita a Areias do Tempo deu ao prelo mais duas obras, “Fábulas Familiares”, de Francisco de Seabra Cardoso da qual falaremos oportunamente e “Indústrias do Absoluto”, de António Gil. Este último, cuja produção literária há muito conhecemos da Revista Literária Ave Azul, venceu em 1999 o prémio de Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o livro”A Céu Aberto”, cuja publicação em 2001 esteve a cargo da editora Difel. Conjuntamente com Eduardo Araújo e João Pedro Domingos d’Alcântara Gomes publica “Filigrafias” e colabora na antologia publicada pelo IPV “o regresso à condição”. No ano seguinte escreve a peça de teatro “Pisa Relva” que foi encenada por Igor Gandra. Em parceria com a “Ave Azul” publica em 2005 “Canto desabitado”. António Gil nasce em Angola em 1963. Chega a Portugal em 1974. Fixa-se em Viseu onde é professor
desde 1993. Tem publicação dispersa em diversas revistas e em 2010 surge, de novo, com “Indústrias do Absoluto” onde somos postos em alerta pelo próprio título e pela referência a um escritor “maldito” no frontispício: “... Já nem sequer sei ser gentil...” Céline ... e em quadras urgentes e concisas começa por apresentar em prefácio “Eis o excelso produto / da técnica que exacerbo: / este envenenado verbo... O índice é “a lista completa de preços”, à laia de menú, que se espraia em 4 cantos: I - átrio total da entrega; II - quadratura do círculo; III - genes que manipulo; IV - templo da rotina cega... que também se lê em texto, nos seus subtítulos, como poema, tal o exemplo: IV - templo da rotina cega / sob a égide dos cartéis / e do mercado triunfante / finge-se a lei ignorante / o drama dos sem papéis... No final do livro e na pág. 99 abre-se em balanço o “Cálculo Total de Estragos” rematado com 4 quadras em modo de manual de uso acautelado. António Gil não cessa de nos surpreender e não é por acaso que ao lê-lo, vários são os remetimentos que se nos abrem para o gaulês Francis Ponge e Manuel Gusmão, um dos maiores poetas portugueses da actualidade. António Gil e “Indústrias do Absoluto” para ler... absolutamente. Areias do Tempo -- uma editora a “vigiar”. PN
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saúde Abertura do novo hospital de Lamego adiada para abril Críticas∑ PCP insiste que a transformação da unidade em hospital de ambulatório “vai trazer graves prejuizos para o internamento” A Comissão Inter-Concelhia Lamego/Tarouca do PCP diz em comunicado que o Ministério da Saúde confirmou ao Grupo Parlamentar do partido que o Hospital de Lamego “vai deixar de ser um hospital de retaguarda, passando a ser um hospital de ambulatório e adianta que decisão tomada já pelo anterior Governo socialista, acarreta “graves prejuízos para o regime de internamento”, ficando apenas “com um entreposto de triagem à beira de uma auto-estrada”.
“Acabam-se as funcionalidades de um verdadeiro hospital, nomeadamente os internamentos, a assistência a doenças crónicas, as urgências com apoio das especialidades ou a existência de camas destinadas a patologias do foro médico ou cirúrgico. Fica o chamado hospital reduzido às funções de um centro de saúde”, acrescenta a comissão do PCP. O novo hospita l de Lamego só deve começar a funcionar em Abril e não neste mês de Janeiro,
como estava previsto, revelou o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trásos-Montes e Alto Douro (CHTMAD). Em declarações à agência Lusa, Carlos Vaz explicou que o atraso na abertura deste hospital ficou a dever-se a atrasos em “questões técnicas”, como climatização e informática. O novo hospita l de Lamego representa um investimento de 42 milhões de euros. É considerado um
projecto inovador, que tem como objectivo reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias. “Irá ter 14 especialidades médicas e médico-cirúrgicas e três blocos operatórios para fazer cirurgias de ambulatório”, explicou Carlos Vaz, acrescentando que neste hospital ficará centralizada “grande parte da cirurgia de ambulatório de todo o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro”. Terá também “um hospital de dia gran-
de, urgência básica com todas as áreas modernas que hoje se exigem e 30 camas de cuidados continuados”, acrescentou. Desde o início que o projecto do novo hospital de Lamego mereceu muitas críticas, por prever apenas 30 camas para cuidados continuados e excluir o internamento tradicional. “Nos Estados Unidos já vão na quinta geração de hospitais de ambulatório, em Espanha na terceira e em Portugal ainda não há nenhum. É o que se faz em
todo o mundo e nós ainda andamos a discutir se vale a pena”, lamentou Carlos Vaz, exemplificando que, na zona de Barcelona, “já fazem 75 por cento de toda a cirurgia em ambulatório”. Não resignado, o PCP de Lamego/Tarouca pergunta pela comissão local de defesa do novo hospital, que durante o Governo de José Sócrates criticava o projecto e reivindicava 150 camas para a nova unidade. Emília Amaral/Lusa
A AP
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SAÚDE 25
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PROJECTO VISEU EM MOVIMENTO PROSSEGUE COM ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO A C â m a r a Mu n i cipa l de Viseu realiza próximo dia 10, às 10h00 na sede da Ju nta de Freg uesi a de Cepões, rastreios de recol h a de sa l iva, pesagem e medição, e actividades interactivas. A acção de cor re no â m bito do projecto “ Viseu em Movimento - Gerações Saudáveis” e cont a com o ap oio d a Un id a d e Móve l de Saúde, ACES Dão Lafões I, do Instituto Politécnico de Viseu – Escola Superior de Saúde de Viseu, do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa – Medicina Dentária e do Instituto Jean Piaget Viseu – Escola Superior de Saúde.
Quatro escolas de Viseu aderem ao projecto “Heróis da Fruta” Obesidade infantil∑ Associação desafiou escolas a incentivar as crianças ao consumo da fruta para fazer um retrato nacional actualizado Quatro escolas do distrito de Viseu aderiram ao projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” lançado na terça-feira pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), para incentivar as crianças até aos 10 anos a consumirem mais fruta diariamente e inverter a estatística nacional do consumo destes produtos que é de apenas dois por cento. A E.B. 1 nº 3 de Viseu (Massorim), o Centro Escolar de Lamego Sudeste, o Centro Educativo de Santa Comba Dão e o Jardim Escola Alvarelhos/Agrupamento Escolas Carregal do Sal fazem
parte do conjunto de 516 Jardins de Infância e Escolas Básicas do 1º Ciclo que aderiram a esta iniciativa nacional de intervenção escolar, que decorrerá ao longo de seis semanas (entre 3 de Janeiro e 10 de Fevereiro). A APCOI, organização sem fins lucrativos que centra a sua actividade na promoção da saúde das crianças com projectos de prevenção, formação e investigação sobre sedentarismo, má nutrição, obesidade infantil e restantes doenças associadas, pretende com esta iniciativa incentivar o consumo de fruta no lanche escolar nos jardins-
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A Em todo o país aderiram 516 escolas de-infância e escolas do primeiro ciclo. Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Euro-
pa com maior número de crianças com excesso de peso: 32 por cento das crianças entre os seis e os oito anos têm excesso
de peso e 14 por cento são obesas. O sexo feminino apresenta valores superiores às do sexo masculino. O último estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre obesidade infantil revela que mais de 90 por cento das crianças portuguesas come “fast-food”, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana, menos de um por cento bebe água todos os dias e só dois por cento consome fruta fresca diariamente. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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26 SAÚDE
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“Os critérios dos aparelhos dos partidos
Manuel Pizarro, médico, licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Especialista em Medicina Interna. Fundou a Unidade de Cuidados Intermédios de Medicina do Hospital de S. João. Foi assis-
tente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e, mais recentemente, no curso de medicina da Universidade do Minho. Deputado na Assembleia da República e membro da Comissão Parlamentar de Saú-
de entre 2005 e 2007 e após as legislativas de 2011. Secretário de Estado da Saúde entre 2008 e 2011. Que considerações lhe merecem as novas políticas implementadas e a implementar na área da Saúde?
O Governo tem abandon ado a p e r sp et iva humanista que caracterizou o desenvolvimento do nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS). As medidas que têm vindo a ser tomadas tratam apenas das questões de natureza financeira, esquecendo os objetivos em matéria de saúde que
devem ser alcançados. Não podemos ignorar a difícil situação do país e a necessidade de contenção dos gastos. Mas não devemos esquecer que a saúde é um bem essencial para cada pessoa, para a sua família e para o país. Fico chocado, por exemplo, quando vejo responsáveis gover-
namentais admitir que o número de transplantações de órgãos pode diminuir. Se isso acontecer vai haver seres humanos que podiam ter sido salvos e que vão morrer ou, no caso dos rins, que vão continuar a fazer diálise, com perda significativa da qualidade de vida. Precisamos de equilí-
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a comandarem a acção do Governo” Ferreira Teixeira referiu a existência de uma dívida de 4 milhões de euros. Esta dívida corresponde à realidade?
Em relação à gestão do Hospital de Viseu a questão essencial é saber-se que, nos últimos cinco anos (entre 2006 e 2010), o Hospital apresentou sempre resultados líquidos positivos, que somam mais de 12 milhões de euros. Em 2010, último ano de contas encerradas, o Hospital teve resultado operacional positivo, resultado líquido positivo e um EBIDTA superior a 4 milhões de euros. A dívida referida tem a ver com uma quantia que a gestão do Hospital reclama da Administração Central do Sistema de Saúde e que esta, por razões burocráticas pouco sustentadas, não reconheceu. Mas isso nada altera em relação aos bons resultados financeiros do Hospital de Viseu. O conselho de administração demitido estava a fazer um bom trabalho. Foi substituído porque motivos?
brio. É indispensável reduzir o desperdício e temos que aceitar alguns cortes. Mas não devemos deitar fora o que o SNS conseguiu de bom ou mesmo de excelente. A mortalidade infantil em 2010, foi de 2,6. É um dos melhores resultados do Mundo. Um ajustamento das taxas mode-
radoras teria que se fazer, mas estes aumentos brutais, em especial no atual contexto económico, revelam uma brutal insensibilidade social. Aquando da tomada de posse do atual conselho de Administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu, o SE Manuel
Essa é a pergunta a que o sen hor Ministro da Saúde deve responder, visto que foi uma decisão sua. Na ausência de explicações temos que concluir que a substituição ocorreu por mesquinhas razões de ordem partidária que se sobrepuseram ao interesse público. O anterior Conselho de Administração foi
bem sucedido na gestão financeira do Hospital, área que preocupa muito o Ministério. Mas os resultados em termos assistenciais também devem ser realçados. Entre 2007 e 2010, as primeiras consultas realizadas em cada ano cresceram de 50 mil para 68 mil. No mesmo período a cirurgia de ambulatório mais do que duplicou, de 23,6% para 53,4% dos atos cirúrgicos programados. Apesar da redução da natalidade o número de partos manteve-se sempre acima dos 2300. Foi preparada a criação do Centro Oncológico. Foram anos de crescimento e consolidação para o Hospital de Viseu que, numa avaliação séria e rigorosa, merecem nota muito positiva. A nomeação da nova administração foi polémica e enredada em declarações de elementos da própria coligação, como o deputado centrista Hélder Amaral, que fala “em amiguismo partidário” e o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, que aborda este assunto na sua crónica semanal. Qual o seu comentário?
As declarações do deputado Hélder Amaral confirmam a análise que faço. Em relação à mudança do Conselho de Administração aconteceu o pior que a democracia partidária tem em Portugal, com os critérios dos aparelhos dos partidos a comandarem
a ação do governo. É triste e muito grave que isso aconteça num momento de dificuldades para os portugueses, que justificava maior ponderação. O discurso de rigor do Ministro da Saúde sai muito chamuscado deste episódio e de outros similares que vão acontecendo em todo o país. Uma mensagem aos utentes da Saúde, em Viseu.
As pessoas de Viseu têm motivos para se orgulharem dos progressos verificados no Hospital e de muitas melhorias que foram acontecendo também nos cuidados de
saúde primários, nomeadamente com a criação das Unidades de Saúde Familiar (USF). Há, ainda, um longo caminho a percorrer. Mas é indispensável que os cidadãos participem ativamente. Temos que estar atentos para não deixar degradar o Hospital e para defender o seu desenvolvimento, nomeadamente com a criação do Centro de Oncologia. É imperioso que sejam criadas mais USF, que façam chegar médico de família a todas as pessoas. O SNS é um património do país que não deve ser alienado. Paulo Neto
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GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.
RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away. SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.
COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.
RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.
CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.
PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.
TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.
SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.
OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.
NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.
VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.
ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de
Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498
ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344 PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt
ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753
CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇ ÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454 BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas
MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt
NELAS FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt
JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt
IMOBILIÁRIO VENDE-SE Casa antiga para restauro com cave, área coberta 131 m2 e 195 m2 de logradouro. Centro de Silgueiros. Contactos: 91 723 92 96 ou 96 230 94 54 T1+3 Centro Cidade c/110m2 área, lareira, arrumos, varandas, garagem. 75.000,00€ T. 917 921 823 T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozinha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€ T. 914 824 384 T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€ T. 969 090 018
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EMPREGO & FORMAÇÃO OFERTAS DE EMPREGO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320)
Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão - Ref. 587763680 Marceneiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587783204 Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598 Cortador de carnes verdes. Santa Comba Dão - Ref. 587792565 Auxiliar de laboratório. Preferência por candidatos com experiência. Mortágua Ref. 587792800 Cabeleireiro. O candidato deverá ter carteira profissional de ajudante, praticante e de cabeleireira e experiência profissional. Carregal do Sal - Ref. 587793117 Outros condutores de máquinas agrícolas e florestais. Mortágua - Ref. 587794894 Pasteleiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587795088
Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192)
Vendedores e demonstradores c/ experiencia na área comercial. Viseu - Ref. 587795220 Ajudante de cozinha. Sernancelhe - Ref. 587796663
Motorista de veículos pesados – mercadorias. Para transporte de mercadorias nacionais. Poderá efectuar transportes internacionais. Tarouca - Ref. 587795508
Frades – Ref. 587748278 Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014
Outros assistentes de medicina dentária. Apoio ao médico e apoio na recepção. Com experiência e conhecimentos de informática. Lamego - Ref. 587796209
Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972
Empregado de mesa. Lamego - Ref. 587796251
Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716
Recepcionista com formação/experiência, com conhecimentos de informática e línguas (francês, inglês e espanhol). Lamego - Ref. 587796252
Estucador. Viseu - Ref. 587787639
Cozinheiro. Lamego - Ref. 587796254 Estucador com ou sem experiência. Lamego - Ref. 587796790
Centro de Emprego de VISEU (232 483 460)
Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916 Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911 Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876 Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353 Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084
Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170)
Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785 Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650 Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245 Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887 Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de
Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068 Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391 Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640 Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442 Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441 Empregado de mesa. Cepões - Ref. 587787476 Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085 Pintor – superfícies metálicas. Viseu - Ref. 587784528
Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego
Workshop de cozinha criativa na Muda A galeria Muda promove dia 15 de Janeiro, às 16h30, no seu espaço do Palácio do Gelo um workshop de cozinha criativa orientado por Renato Sá. Reconhecimento dos produtos utilizados, regras e fases iniciais na co-
zinha, elaboração de menu de quatro pratos (entrada fria; prato quente de peixe; prato quente de carne e sobremesa) e degustação dos mesmos, notas para um bom serviço de Vinhos (copos, temperaturas, acessórios), são alguns
dos pontos destacado da acção de formação. “Com este workshop os participantes irão ser capazes de preparar, em casa, uma refeição ou convívio de alto nível”, sublinha a Muda em comunicado..
Seminário de preparação do curso de Programação e Gestão Cultural A Escola de Estudos Avançados das Beiras vai promover dia 16, às 17h30 no edifício do Expobeiras, em Viseu um seminário sobre “Empreendedorismo Cultural - Desenvolvimento Local”, com o objectivo de apresentar a segunda edição do curso “Programação e Gestão Cultural”. A iniciativa destinase a profissionais ligados a instituições culturais e de ensino, técnicos de assessoria cultural e de pelouros culturais
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autárquicos, profissionais responsáveis pela gestão de equipamentos culturais (centros de cultura, teatros, associações,
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NECROLOGIA Maria Selene da Silva, 83 anos, viúva. Natural de S. Cosmado, Ar- Alfredo do Carmo Santos, 80 anos, casado. Natural e residente em mamar e residente em Cardais, S. Cosmado, Armamar. O funeral Ferreirim, Lamego. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério 15.00 horas, para o cemitério de Ferreirim. de Cardais, Armamar. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231 Hermínia Gomes Seixas, 86 anos, casada. Natural e residente em Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de Dezembro para o Ermelinda de Melo Polónio, 92 anos, viúva. Natural e residente em cemitério de Campo. Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas Maria Cândida Lima Martins Clemente, 43 anos, casada. Natural de 11.00 horas, para o cemitério de Lageosa. Abraveses e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no Maria de Jesus Fernandes, 93 anos, viúva. Natural de Oliveira do dia 31 de Dezembro para o cemitério de Campo. Conde e residente em Fiais da Telha. O funeral realizou-se no dia 2 Casimiro Braz Vilar, 76 anos, casado. Natural e residente em Várzea de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fiais da Telha. de Calde. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro para o cemitério de Póvoa de Calde. Maria da Conceição Sousa Simões, 86 anos, casada. Natural e residente em Cabanas de Viriato. O funeral realizou-se no dia 3 de Ja- Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 neiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415
Maria da Rocha Bernardes Rosário, 82 anos, solteira. Natural de Santa Maria da Feira e residente no Instituto Jesus Maria José, em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.
Maria Margarida Pereirinha, 81 anos, casada. Natural de Castro Daire e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. António Tavares dos Santos, 88 anos, solteiro. Natural de Bodiosa e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 5 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Bodiosa. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
INSTITUCIONAIS 1ª Publicação
Manuel António, 87 anos, casado. Natural e residente em Tendais, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 29 de Dezembro, pelas 16.00 Acácio Lopes Rodrigues, 83 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o horas, para o cemitério de Tendais. cemitério novo de Viseu. Joaquina de Paiva Almeida, 92 anos, viúva. Natural de Alva, Castro Daire e residente em Rio Tinto, Porto. O funeral realizou-se no Ana Ferreira Pereira, 86 anos, casada. Natural de Mouraz, Tondela residente em São João, Carvalhal de Mouraz, Tondela. O funeral dia 1 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Alva, Cas- erealizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério tro Daire. de Mouraz. Adélia da Rocha Gaspar, 86 anos, viúva. Natural de Mezio, Castro Daire e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Mezio, Castro Daire.
Isaías António Sobral Amante, 54 anos. Natural de Chosendo, Sernancelhe e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Chosendo.
Abílio Gaspar, 86 anos, viúvo. Natural e residente em Vale Abrigoso, Agência Funerária Abílio Mezio, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas Viseu Tel. 232 437 542 14.30 horas, para o cemitério de Mezio, Castro Daire. João de Jesus Almeida, 75 anos, viúvo. Natural de São Salvador e Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de JaCastro Daire Tel. 232 382 238 neiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Paradinha. José Marques Lopes, 71 anos, casado. Natural de Silgueiros e resiMaria Virgínia da Silva, 84 anos, viúva. Natural e residente em Para- dente em Passos, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeida de Ester, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, ro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. pelas 11.00 horas, para o cemitério de Parada de Ester. Fernando Augusto Rodrigues de Almeida, 82 anos, casado. Natural de São Martinho das Moitas, São Pedro do Sul e residente em SeJosé Duarte Paiva, 95 anos, viúvo. Natural e residente em Tulha Nova, queiros, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, Cabril, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas pelas 17.00 horas, para o cemitério de Sequeiros. 15.00 horas, para o cemitério de Cabril. João Carrega Nobre Montez, 87 anos, casado. Natural de Covilhã e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de Janeiro, pelas Agência Morgado 9.00 horas, para o cemitério de Canas de Santa Maria, Tondela. Castro Daire Tel. 232 107 358 José Marino Gomes, 80 anos, casado. Natural de Sernancelhe e reMaria Manuela Furtado Teixeira Santos Sousa, 76 anos, casada. sidente em Travassós de Cima, Rio de Loba, Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de Janeiro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Natural de Tomar e residente em Mangualde. O funeral realizou- Sernancelhe. se no dia 30 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Maria Fernanda de Almeida Amaral, 77 anos, viúva. Natural de Pindo, Penalva do Castelo e residente em Mangualde Gare. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério Iria Aurora Balula, 74 anos, solteira. Natural de Couta e residente em Mundão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Dezembro, pelas de Mangualde. 15.00 horas, para o cemitério de Mundão. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Alfredo Almeida Pereira, 90 anos, casado. Natural de Povolide e resiMangualde Tel. 232 613 652 dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.
(Jornal do Centro - N.º 512 de 06.01.2012)
2ª Publicação
Albertina Fernandes, 88 anos, viúva. Natural e residente em Novais, Alfredo Rodrigues Gomes, 94 anos, viúvo. Natural e residente em Alcofra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Repeses. 12.00 horas, para o cemitério de Alcofra. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252
Isalino Rodrigues dos Santos, 70 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.
Carlota da Assunção Neves, 90 anos, viúva. Natural de Mafra e reCassilda de Jesus Carvalho, 93 anos, viúva. Natural de Sátão e resi- sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas dente em Pedrosa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeiro, 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão. Prazeres Batista, 88 anos, viúva. Natural do Campo e residente em Moselos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 15.30 Agência Funerária Sátão horas, para o cemitério de Campo. Sátão Tel. 232 981 503 (Jornal do Centro - N.º 512 de 06.01.2012)
Jornal do Centro
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DEscreva-nos para:
06 | Janeiro | 2012
clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redaccao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.
Paulo Neto
Fernando Matias
FOTOS DA SEMANA
Uma imagem sempre agradável de ver: os patrulheiros da GNR na sua BriNada tendo contra o método de secagem da roupa, considero que uma Escola gada equestre, calcorreando os caminhos do concelho com simpatia e pre- tem o direito à sua dignidade que começa, também, pelo seu espaço exterior, neste sença. caso, já pouco digno, talvez por desinteresse dos seus responsáveis. Escola da Ribeira - Viseu. Um pai preocupado.
HÁ UM ANO
Distribuído com o
Expresso. Venda interdita.
DIRECTOR
Pedro Costa
UM JORNAL COMPLETO
Semanário de 2011 07 de Janeiro
> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 06 > À CONVERSA pág. 07 > REGIÃO pág. 08 > NEGÓCIOS pág. 12 > DESPORTO pág. 14 > CULTURAS pág. 15 > SAÚDE pág. 17 > RESTAURANTES pág. 20 > CLASSIFICADOS pág. 21 > NECROLOGIA pág. 22 > CLUBE DO LEITOR pág. 23
Sexta-feira Ano 9 N.º 460
1,00 Euro (IVA 5% incluído)
SEMANÁRIO
DA
REGIÃO DE VISEU
| www.jornaldocentro.pt rnaldocentro.pt· Viseu·redaccao@jo Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira, 461·Fax:232431225 |Telefone:232437
Região há 10 Academia do Bacalhau ade anos a prestar solidaried
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Carregal
Vouzela
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Comércio Casa da Boneca fecha anos portas ao fim de 134
Vila Nov a de Paiv a
Câmaras de Viseu elegem educação como área prioritária em 2011
Mangualde
Tondela
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Santa Comba Dão
S. João da
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São Pedro
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Pesqueira
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O país visto a partir
Beira
“contenção” dos orçamentos de 6 ∑ As maiores fatias e acção social | página p os centros escolares vão para
de Viseu
| página 7
Publicidade
Rogério Matias, Joaquim Simões e perspectivam 2011 professores do IPV,
Entre leões, animais abandonados e cavalos, uma forma de comemorar a entrada no Ano Novo, com alguma apurada estética, sentido de proporções, nacionalismo e muitas cervejas alemãs!
página 10
página 15
página 9
página 8
Cin fã es
Presidenciais Fernando Nobre arranca campanha em Viseu
Cultura da Viriato abre tempora com um corte de 33%
EDIÇÃO 460 | 07 DE JANEIRO DE 2011
∑ Uma das condições que o FMI imporá é a estabe-
lidade política que não temos - Joaquim Simões e Rogério Matias. ∑ Academia do Bacalhau de Viseu a(posta) na solidariedade.
∑ Hélder Amaral pede urgência na transferência da psiquiatria.
∑ Mortágua amplia parque industrial. ∑ Câmara de Viseu investe em gerações saudáveis. ∑ Rebelo Marinho quer separar bombeiros da protecção civil.
Paulo Neto
∑ Termas de Alcafache com estatuto “PME Excelência”.
Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt
∑ Tondela vai ter gabinete de apoio ao agricultor.
tempo: pouco nublado
JORNAL DO CENTRO 06 | JANEIRO | 2012
∑
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
Vamos cantar as Janeiras...
Viseu
Rossio/Praça D. Duarte, sexta ∑ Integrado no Programa Viseu a Minha Terra Natal, a Câmara Municipal promove em parceria com o Centro Cultural Distrital de Viseu, Lions Clube Viriato e o Orfeão de Viseu a iniciativa Cantando as Janeiras, a partir das 21h00, na Praça da República, seguindo em desfile pela Rua Formosa e Rua do Comércio em direcção à Praça D. Duarte, onde em varandas de alguns edifícios, os grupos interpretarão um reportório característico desta quadra. Vila Chã de Sá, sábado, 7 ∑ O CANTORIAS - Grupo de Cantares de Vila Chã de Sá promove este sábado o 8º Encontro de Cantares de Janeiras da freguesia, na Igreja Matriz de S. João Baptista, às 21h00. Salão Paroquial de Ranhados, domingo, 8 ∑ Almoço de reis a favor das obras de construção da Igreja Madre Rita, localizada na Quinta da Alagoa junto ao centro comercial Palácio do Gelo. O encontro promete ainda música e animação. A organização propõe que cada participante leve doces tradicionais.
Castro Daire
Igreja Matriz, sábado, 7 ∑ A Câmara Municipal de Castro Daire promove o XIII Encontro de Cantares de Janeiras do concelho, dia 7, às 17h00, na Igreja Matriz da vila. Quatro grupos participam no evento que, segundo a autarquia “representa uma tradição antiga que faz parte da cultura e da identidade “ daquela comunidade.
Vouzela
S. Miguel do Mato, sábado, 7 ∑ A 19ª edição do tradicional Encontro Concelhio de Cantares de Janeiras, em S. Miguel do Mato, vai juntar cerca de 300 vozes de 14 Publicidade
Hoje, dia 6 de Janeiro, Céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 15 e mínima de 5ºC. Amanhã, 7 de Janeiro, Céu parcialmente nublado durante o dia. Tempo limpo de noite.. Temperatura máxima de 15ºC e mínima de 5ºC. Domingo, 8 de Janeiro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia.. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 4ºC. Segunda, 9 de Janeiro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia.. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 3ºC.
grupos do concelho de Vouzela. O encontro está marcado para dia 7, às 20h00.
Penalva do Castelo
Igreja da Misericórdia, domingo, 8 ∑ O Grupo Coral da Misericórdia promove, em parceria com a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, o XIII Encontro de Janeiras, domingo, às 14h30, na Igreja da Misericórdia na vila. O evento, organizado rotativamente pelas colectividades do concelho, procura reviver estas tradições musicais das janeiras e dos reis, este ano, através da participação de 12 grupos de musica tradicional.
Oliveira de Frades
Igreja de S. Pelágio, sábado, 7 ∑ A Câmara Municipal de Oliveira de Frades integra na sua programação cultural o encontro “Cantar as Janeiras”, que decorre este sábado, às 21h30, na Igreja de S. PLágio situada na própria vila.
Armamar
Sexta-feira, 6 ∑ Festa dos Reis em Contim, organizada pela Associação Cultural, Desportiva e Cultural
de Contim; Cantar os Reis pelos alunos do 1º das escolas do 1º Ciclo e do pré-escolar, organizado pelo Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira de Armamar. Domingo, 8 Cantar das Janeiras nos lares da Fundação Gaspar e Manuel Cardoso e da Santa Casa da Misericórdia. Uma iniciativa do Centro Cultural e Recreativo de Travanca.
Lamego
Teatro Ribeiro Conceição, sábado, 7 ∑ O Teatro Ribeiro Conceição recebe este sábado, às 21h30, o espectáculo “Cantar os Reis”, com a participação do Grupo de Cantadores de Lalim e do Rancho Regional de Fafel.
Moimenta da Beira
Auditório Municipal Padre Bento da Guia, sábado, 7 ∑ A Associação de Desenvolvimenbto Local e Regional de Moimenta da Beira promove O Encontro de Cantadores de Janeiras do concelho, este sábado,às 21h00, no Auditório Municipal Padre Bento da Guia.
Olho de Gato
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Liberdade Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
1. Este ano áspero que agora se encerta terá que ser aqui contado neste jornal. Que o Jornal do Centro seja uma voz inconformada com este eucaliptal domesticado em que se tornou Viseu no ano de 2012. Foi calada a Rádio Noar, a informação do Jornal da Beira não faz justiça ao espírito aberto e admirável do bispo Ilídio Leandro, as escolas superiores olham para o umbigo, a assembleia municipal de Viseu não existe, na câmara a oposição seguiu o exemplo de Miguel Ginestal, desonrou o voto que recebeu dos viseenses, e foi tratar da vidinha. Ou estamos engarrafados nas estradas nacionais, ou estamos a ser esbulhados na A24 e A25 onde as portagens têm preços que fazem as do litoral parecerem baratas. As nossas empresas estão a falir ao mesmo tempo que é dado este golpe brutal na economia e mobilidade da região. O distrito dorme pastoreado pelo vazio: nenhum deputado na assembleia da república, dos nove eleitos com os nossos votos, nenhum votou contra as portagens do sr. Pedro Passos Coelho, do sr. Álvaro e do sr. Paulo Campos. Nem um. 2. «A Beira não tem símile no mundo. Em poucas dezenas de quilómetros está representado o mundo todo: amenidade e braveza, a montanha e o vale, a civilização e a selvajaria», isto foi dito em 1952 por Aquilino Ribeiro a um jornal do Rio de Janeiro, jornal que rematou a entrevista perguntando-lhe: «O que mais preza no mundo?» Respondeu o mestre: «A liberdade. Sinto que o homem moderno precisa dela como do ar que respira e que sem ela não há alegria, nem prazer, nem honra.» Seis décadas depois, nesta Beira insímile, os de cima estão atafegados pelo seu percurso de compromisso e fouxidão. Que haja, em 2012, “braveza” nos de baixo, que os de baixo respirem o “ar” da liberdade. E que este jornal, ao menos ele, lhes dê voz. E músculo.