Jornal do Centro - Ed538 by Jornal do Centro Viseu

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NESTA EDIÇÃO

suplemento

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO

538 DE 6 DE JULHO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Ensino Superior Politécnico de Viseu constrói pontes

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) é constituído por cinco escolas superiores – Escola Superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Escola Superior Agrária, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego e Escola Superior de Saúde. A qualificação de alto nível, a produção e difusão do conhecimento, bem como a formação cultural, artística, tecnológica e científica dos seus estudantes, num quadro de referência internacional, fazem parte dos objetivos da instituição que procura desenvolver e participar em atividades de ligação à sociedade. A este propósito, merecem destaque os 14 projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a

para a vida

cinco unidades orgânicas e que abrangem te- tro lado, tem procurado apresentar-se como um mas tão diversos como a energia biomassa, as centro de múltiplas formações. Construir ponpráticas profissionais dos professores de Ma- tes para a vida é um dos seus lemas. temática, o contributo do Turismo Rural para o Para isso, o IPV dispõe de condições desenvolvimento local ou a gestão que agronómica potenciam uma formação de excelência, onde e ambiental de chorumes. os espaços sociais, de lazer Dotado de uma rede formativa e de apoio aos abrangente, alunos, se conjugam em perfeita harmonia o Politécnico de Viseu congrega a excelência com as infraestruturas da formação ministrada por um de ensino dos variacorpo docente dos cursos e áreas de investigação, equipaqualificado, com condições ímpares de estudo das com o mais sofisticado e investigação. material tecnológico: laboratórios, salas de aula, Ao longo da sua existência, o organismo centros de temse assumido como motor de desenvolvimento informática, centros de documentação e informação, biblioteca digital e científico, tecnológico e cultural, campus virtual com incidên- (rede wireless e e-Learning) Os l cia direta id di

ção na vida ativa, centro de artes (CAFAC), aula magna, estúdios de televisão, televisão on-line e, muito brevemente, do novo pavilhão multiusos. Em termos de apoio apoio social merecem destaque as três residências de estudantes, refeitórios, bares e snack-bares, as bolsas de estudo e outros apoios educativos, bem como espaços de lazer e de bem-estar: campo de futebol relvado, courts de ténis, campo de minigolf, polivalentes descobertos, zonas verdes e parques de estacionamento. No IPV os alunos têm ainda a possibilidade

UM JORNAL COMPLETO pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 16 pág. 24 pág. 27 pág. 28 pág. 30 pág. 33 pág. 34 pág. 35

DIRETOR

Paulo Neto

> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR

Semanário 6 a 12 de julho de 2012 Ano 11 N.º 538

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

Nuno André Ferreira

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“Há neste momento dois nomes ganhadores: Manuel Maria Carrilho e José Junqueiro” ∑ João Azevedo, presidente da Federação do PS Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

| págs. 6 e 7

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

praçapública rA indústria do sor- rPortugal é um país r

palavras

deles Opinião

Sofia Campos sophie.sophie@sapo.pt

Pensar o quotidiano

A. Gomes Professor de Filosofia

Se a cidade for boa O paradigma riso, que é como é com corpo raquítico mudou. Já lá não vamos para viver, é boa para trabalhar e boa para conhecido o setor do e duas cabeças, uma com estradas” visitar” turismo, fica hoje mais maior do que a outra” rica”

Pedro Machado

Fernando Ruas

Sérgio Monteiro

Presidente do Turismo do Centro de Portugal, durante a conferência de impresa de apresentação do Certificado de Acessibilidade, na Pousada de Viseu, no dia 3 de julho.

Presidente da Câmara de Viseu, durante a conferência “O turismo no interior de Portugal e o papel das cidades médias”, na Pousada de Viseu, no dia 3 de julho.

Secretário de Estado das obras-públicas e comunicações, durante a apresentação dos novos órgãos distritais de Viseu do PSD, no dia 30 de junho.

Paula Teles Presidente do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade durante a conferência “O turismo no interior de Portugal e o papel das cidades médias”, na Pousada de Viseu, no dia 3 de julho.

A padeira de Aljubarrota Devo ser uma anormal. Todas as pessoas normais, no meu país, gostam de futebol. Na 4ª feira passada, ao fim do dia, a nação paralisou. A Nação sofria defronte do televisor… Andei a passear a pé pela cidade. Momento raro. Estranha sensação de uma cidade fantasma, como nos “western spaghetti” do tipo “Por um punhado de dólares” ou “Django”… Mas não desagradável, a sensação de estar sozinha e de ter silêncio onde vulgarmente há gente e barulho. Deambulei – essa arte perdida – por mais de uma hora. Sem rumo definido. Ao sabor só do impulso. De quando em vez, ao longe, indistintamente, um clamor…

Cheguei a casa ao tempo da malfadada decisão final do resultado do jogo pela marcação de grandes penalidades. Que grande penalização… Não gosto de futebol mas gosto de ser portuguesa. Chorei de frus-

tração com aquele golo que um jovem jogador perdeu na trave. Chorei com o seu desânimo estampado no rosto moreno, incrédulo e suado. Chorei com a desalentada tristeza do meu país!

E hoje, domingo, sorrio ao ouvir os claxons dos portugueses que saúdam a vitória espanhola. Somos assim, ora à pancada com a vizinhança, ora a compartilhar os seus sucessos. Generosidade e humildade… Mas apesar de tudo e mesmo sem ver o match, cá para mim e por muitos mais que 10 milhões de compatriotas espalhados mundo além, nós merecíamos ganhar. Que mais não fosse, por andarmos exaustos de tanto perder… Vou passar a ir ao Fontelo de quinze em quinze dias. Tenho a intuição que este des-gostar é mais falta de hábito do que convicção! Afinal, sou portuguesa!

acordo entre todas as pessoas. Para constatar essa diversidade de opiniões, não precisamos de recorrer a áreas tradicionalmente polémicas, como a política; basta compararmos épocas ou culturas diferentes – e ela saltará à vista… fácil. Contudo, há aqui uma confusão nem sempre suficientemente esclarecida: a confusão entre o que alguém pensa ser verdade e o que de facto é verdade. Para os medievais (argumenta-se, por vezes, exemplificando, a favor do relativismo) era verdade que o Sol girava em torno da Terra; atualmente, isso é falso. Na verdade, foi sempre falso que o Sol gira em volta da Terra; os medievais acreditavam que era verdade, mas estavam enganados – na verdade, é a Terra que gira em volta do Sol. 4. Em algumas áreas, não é fácil saber se uma afirmação é verdadeira ou falsa. Parece-me que, no domínio dos valores, é particular-

mente difícil: como saber se, globalmente, a obra de Mozart é mais valiosa do que a de Beethoven? Contudo, mesmo em casos como este, a verdade continua a não depender de quem ouve a música dos dois compositores. Vamos admitir que há quem defenda que Beethoven supera Mozart e quem defenda o contrário; se é verdade que a obra de Mozart é mais valiosa do que a de Beethoven, então qualquer tese que contradiga esta é falsa. Não pode ser simultaneamente verdade que a obra de Mozart é mais valiosa do que a de Beethoven e que a obra de Mozart não é mais valiosa do que a de Beethoven. 5. Não adulterássemos o poema de Gedeão, e reescreveríamos os seus últimos versos: Vê moinhos? Serão moinhos. Ou não. / Vê gigantes? Serão gigantes. Ou não. Nota: pode concordar ou discordar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/ser-aparecer/)

XVI. ser e (a)parecer 1. Um dos poemas mais citados de António Gedeão termina assim: Inútil seguir vizinhos / querer ser depois ou ser antes. / Cada um é seus caminhos. / Onde Sancho vê moinhos / D. Quixote vê gigantes. // Vê moinhos? São moinhos. / Vê gigantes? São gigantes. …Variações poéticas de uma ideia que com frequência se repete, nas discussões sobre os mais diversos assuntos, e se pode abreviar na fórmula “o que é verdade para ti pode não ser verdade para mim”. 2. A ideia de que a verdade é relativa ao ponto de vista do sujeito (a minha verdade / a tua verdade) é a tese central do relativismo. Por mais tentadora que se vista, tal tese é insustentável. Em primeiro lugar, um relativismo que se afirme de modo absoluto (isto é, que defenda que todas as verdades – e não apenas algumas – são relativas) é (auto)contraditório: admitindo esse relativismo como

verdadeiro, haveria, pelo menos, uma verdade que não seria relativa – a de que todas as verdades são relativas. Mas essa tese também não resiste a uma análise que não precisa de ser muito profunda (basta distanciarmo-nos da ilusão que criamos muitas vezes, repetindo ideias que acabamos por tomar como obviamente verdadeiras): é logicamente impossível que duas proposições contraditórias sejam simultaneamente verdadeiras. Se é verdade que, neste momento, estou a escrever, então é forçosamente falso que não estou a escrever. Se a afirmação não está a chover é verdadeira, então a afirmação está a chover é forçosamente falsa. Generalizando, se a afirmação A é verdadeira, então a afirmação não-A não pode ser verdadeira. 3. O que torna tão “popular” o relativismo é o facto de, sobre um qualquer assunto, ser difícil haver

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números

estrelas

3.000

Fernando Ruas Presidente da Câmara de Viseu

Foi o valor que a direção das Cavalhadas de Vildemoinhos pagou à PSP de Viseu para garantir a segurança do cortejo. O presidente da direção criticou o valor do montante.

Por ser uma cidade inclusiva e com preocupações ao nível do cidadão com mobilidade reduzida, em Viseu foi apresentado o Certificado de Acessibilidades que visa quebrar barreiras e fomentar a igualdade. A autarquia de Viseu prova, desta forma, que a qualidade de vida é para todos.

Importa-se de responder?

Pelo segundo ano consecutivo, o projeto “Jardins Efémeros” repete-se. Agora, mais alargado, com mais atividades e reforçado na sua essência de juntar os agentes culturais e os agentes económicos. O centro histórico da cidade agradece.

Nunca utilizei a Ecopista.

Daniella Santos

José Oliveira

Educadora de infância

Desempregado

Só não uso a Ecopista mais vezes por ficar desviada da minha rotina diária. Mas as duas ou três vezes que frequentei adorei. É um espaço agradável, dá para descomprimir depois de um dia de trabalho. Só houve uma vez que fiquei um pouco chateada com a falta de limpeza, mas penso que essa situação já foi devidamente acautelada. Para quem não pode despender dinheiro num ginásio, é uma ótima alternativa para exercitar os músculos.

Desempregada

Pionés/Punaise

Margarida Assis Estudante

O autarca mangualdense ftomou posse como presidente da Federação de Viseu do Partido Socialista, no XIV congresso, no Caramulo. A união dos socialistas e a vontade de ganhar mais Câmaras em 2013 foram as ambições que os militantes mais apreciaram.

Utiliza a Ecopista do Dão? Claro que sim. É um local maravilhoso de beleza e contato com a natureza. Ando de bicicleta na Ecopista, duas/três vezes por semana.

Ana Filipa

João Azevedo Presidente da Federação de Viseu do PS

Sandra Oliveira Promotora de “Jardins Efémeros”

Não utilizo. Tendo o Fontelo perto de minha casa, não faz grande sentido ir para a Ecopista.

Luís Carvalho Desempregado

Quase Casa Traz-me um ímpeto patrocinado a Milão, cidade sui generis, eclética, sendo, simultaneamente, metrópole ocidental(izada), como grande centro capitalista, e História material(izada) - há quem por cá diga que Itália tem “demasiada História”. Num lugar que não é o nosso, alguém de quem ele seja que nos acompanhe é uma porta para o vertiginoso real, para o pulsar autêntico daquele mesmo lugar. Assim, conhecem-se os pontos que procura um turista e os pontos onde os turistas não vão, como uma parte moderna inacabada, de edifícios

com “cores robóticas”, geometrias rectas e linhas curvas fluidas intensas, desenhando-se formas sensuais, como exaltando a fertilidade infinita da terra para o lucro. Então, não há mãe que faça iogurtes nem pai que descasque fruta, pelo que se rói o pêssego que parte parte da linha férrea dentífrica, e se pensa que está tudo arruinado, muito mais arruinado do que os edifícios seculares da cidade... E depois, de repente, é-se grande e simples. O aparelho não é assim tão importante, uma semana a mastigar para o lado esquerdo é perfeitamente suportável. E Milão

é quase casa... Talvez seja difícil para um europeu não se sentir em casa na Europa. Um parque ou uma rua alheios às particularidades convidam à espontaneidade própria de um anfitrião (pergunto-me se seria assim há cem anos ou se é a globalização a apagar-nos as fronteiras erradas). Mas para este sentimento contri-

buirá também um Francesco que nos faça viver a cidade além de a ver, saboreá-la, mais do que devorá-la. Não podia, contudo, a língua deixar de quebrar a sensação de pertença. É depois o latim que nos salva da impotência. No meio de convivas falantes dos vários ramos daquele tronco, não só se alcança o entendimento, como também se encontra explicações e fecunda percepções. Amamos mais o Homem e alegramo-nos com a força do passado na aproximação globalizante saudável: latinorum sumus!

4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Gil Peres, C.P. n.º 7571 gil.peres@jornaldocentro.pt

Tiago Virgílio Pereira, T.P. n.º 1574 tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

Paulo Neto Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte

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Cidadão do Mundo Para a minha geração, talvez a ideia ainda seja complicada… Porém, não o foi para Diogo Cão, Gonçalves Zarco, Fernão Mendes Pinto, Gil Eanes, Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral… e outros que já esqueci. Partir pode ser uma solução. A solução. O mundo não encolheu, mas aumentaram os meios de o encurtar e a velocidade de o cruzar. Recordo ter sido bolseiro do go-

verno francês, na Universidade de Poitiers, no início da década de 80. O que me custou ir e o que me custou voltar. A gente que conheci: húngaros, sudaneses, zairotas, tunisinos, egípcios, salvadorenhos, senegaleses, etíopes… O que aprendi, o que visitei, o que trouxe, o que deixei… Um jovem meu conhecido tem um bom trabalho numa empresa nacional de grande prestígio. É

auditor (nem sei bem o que isso quer dizer e a etimologia também não ajuda…). Há dias, uma grande multinacional convidou-o a ir trabalhar para um país centro-europeu. Primeiro contrato até meados de 2014. O vencimento de três dias supera o vencimento mensal usufruído em Portugal. A distância… bom, a distância deve andar à volta dos 2.200 kms. Se eu for de Lisboa ao Porto demoro três

catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos

Opinião

Sabina Figueiredo

Cavacas de Freixinho, uma receita partilhada

sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

Distribuição Vasp

Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

A República ditou o encerramento do Convento de Nossa Sra. do Carmo de Freixinho no concelho de Sernancelhe, mas possibilitou que a receita da sua doçaria mais apurada, as cavacas, ficasse ao alcance de quem se quisesse empreender na sua confecção. Nesse ano de 1910 ainda D. Maria da Encarnação se encontrava recolhida para sua educação, vindo a ser uma das expulsas esta trouxe consigo a receita e os segre-

dos que encerram a confecção desse magnífico doce conventual, e foi durante anos que as cavacas foram sendo feitas no Carregal, sua terra de origem, a sua irmã D. Dores também continuaria a fazê-las em Freixinho. D. Mª da Encarnação teve 3 filhas, Filomena, Lurdes e Jesus, mas só a primeira haveria de dar futuro a essa herança, o casamento leva-a a fixar-se na Vila da Ponte, a sua filha Maria Clara Aguiar mantém até hoje

a tradição de pelo menos na Páscoa as amassar, depois de muitos anos as ter espalhado pelo país inteiro, quer fosse de boca ou pela presença que marcou em inúmeras feiras e mostras gastronómicas, infelizmente já não tem agora saúde para as produzir com mais regularidade e as pôr à disposição de babados comensais. Mas felizmente outras houve que por herança das avós ou mães que serviram no Convento ou em casa

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Opinião

Ano novo, velha Feira?

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Gerência Pedro Santiago

Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

Opinião

Associação Portuguesa de Imprensa

António Vilarigues União Portuguesa da Imprensa Regional

anm_vilarigues@hotmail.com

Invariavelmente todos os anos por esta altura a cidade começa a denotar alguma ansiedade pela abertura das portas da Feira de São Mateus. Como já havia referido nas páginas deste jornal (edição 501), após largos anos de estagnação, perda de relevância e banalização cultural confundindo tradição com recusa da modernidade, a “Feira Franca” chegou ao século XXI como um repositório de tudo o que representa, pela negativa, a cultura popular. O certame vivia em estado comatoso e já sob a direcção de

José Moreira alguma mudança foi introduzida. O que falta então, na minha modesta opinião, para termos uma Feira de referência a nível nacional? Desde logo, necessita de ir ao encontro de novos públicos. Para tal deve apostar no reforço da qualidade dos expositores, deve procurar ser um espaço temático através da criação de semanas ou dias subordinados a um tema como o vinho do Dão, a gastronomia regional, a cultura, tecnologia, desporto, etc… Em termos culturais terá de procurar responder,

de modo transversal, às necessidades básicas das diversas gerações e tendências que compõem o corpo dos visitantes. Dentro desta realidade é imperioso que procure transformar em sinónimos cultura e feira. Neste âmbito a aposta deve ser na diversificação dos espectáculos musicais (do popular, passando pelo rock, até ao fado ou música dita erudita já que há espaço e tempo para tudo). A vertente teatro deve ser explorada através de parcerias com o Teatro Viriato, companhia Paulo Ribeiro, com os produ-

Uma execrável acção de marketing Durante anos a fio os prémios e outras remunerações devidos aos trabalhadores foram canalizados para Seguros de Vida, ou de Complemento de Reforma, feitos na seguradora AXA. A Empresa apresentava-los como «custos de exercício» para não pagar impostos. Mas dos quais ainda nenhum trabalhador foi beneficiário. Onde pára o dinheiro é um «mistério» que tar-

da em ser esclarecido. Mas as famílias dos trabalhadores do Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot-Citröen podem visitar a empresa! Em 2007 a empresa recebeu do governo português, para além de benefícios fiscais em sede de IRC, 8,6 milhões de euros (Resolução do Conselho de Ministros nº 34/2007) para criar mais 80 postos de tra-

balho acima dos 1.226 que tinha e manter a laboração até 2013. Onde pára o dinheiro é outro «mistério». Em vez disso despediu perto de 500 trabalhadores. Cerca de 400 contratados e temporários que não viram os seus contratos renovados e 80 efectivos que aceitaram a rescisão amigável. Implementou um banco de horas duma forma ilegal, meses antes da entrada em vigor do

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horas. Demoro de Portugal à capital do tal país 02H45 em voo directo. Nec plus ultra, a viagem previamente netadquirida custa à volta de 250 euros. Ente as duas maiores cidades portuguesas, em portagens e combustível gasto 60 euros. Afinal, e se os governantes tivessem razão quando mandam os jovens emigrar? Ah! Tivesse eu 30 anos…

nome, aproveitando-se da fama do original, pois quem já provou umas e outras identifica facilmente tamanha patranha. As originais são feitas da melhor e mais fina farinha de trigo tremês, amassada com ovos e azeite de boa qualidade, depois de duas horas de trabalho braçal e sem fintar estão prontas a armar em latas fundeadas de farinha e ir ao forno, este não deve estar tão estalado como para pão, cozem até corar e devem ser viradas e dar-se porta conforme necessidade e

apresentação. Após cozedura ainda o trabalho vai a meio, segue-se a preparação em tacho de cobre (apenas por tradição) do açúcar com água no ponto para que sejam passadas e repassadas até ficarem completamente cobertas de uma camada alva que será estaladiça e dulcíssima. Esta é sem dúvida das raras excepções em que louvamos a partilha, consentida ou não, do segredo que permite fazer chegar à nossa boca algo que faz o palato regozijar de satisfação.

tivos “vizinhos” da ACERT entre outros agentes culturais ou associativos e a total ausência de dança ou bailado deve ser rapidamente resolvida. Devido à reduzida oferta, a literatura poderá desempenhar um papel importante no espaço da feira, havendo espaço para o desenvolvimento de ciclos de conferências com escritores, editores e livreiros nacionais e porque não um festival de cinema e fotografia, em parceria com outras salas da região? Deverá ser reforçada a aposta na moda, sendo necessário que estilistas, lojistas e agências, nacionais e locais, tragam o glamour que

falta a este espaço. A Feira deve e pode ser ainda um espaço para debater temas estruturantes para a região envolvendo Instituições Públicas, Ensino Superior, Comércio, Empresários, Agricultores e naturalmente os cidadãos anónimos que se sintam entusiasmados a participar com o seu contributo de opinião no debate. O espaço ocupado pelo evento tem que ser reorganizado para que seja amplo, aberto, desimpedido, funcional e capaz de fazer da Feira um local de passeio e de encontro. E a Feira tem que ganhar em visibilidade e mediatizar-se arrastando para

dentro dela comunicação social, políticos, figuras ilustres do panorama social, literário, artístico, cultural e económico para que junto da sociedade sejam eco da sua dimensão e interesse. Ora, para cumprir estes objectivos a Feira tem de sair do seu espaço físico e espalhar-se pela cidade: IPJ, Cinemas, Teatro Viriato, Conservatório, Fontelo, jardins, ruas da cidade e freguesias rurais. Também será necessário desenvolver protocolos de cooperação, patrocínios e mecenato com a iniciativa privada, bem como parcerias com o associativismo e agentes culturais regionais

e ir ao encontro de fundações como Serralves, Gulbenkian, etc. A Feira, cada vez mais, tem de ser um espaço de encontro de culturas, o reflexo da cultura local e uma porta de entrada de novas tendências. Para concretizar tais intentos, resta que José Moreira disponha do total apoio tanto da autarquia como da AIRV, de modo que a feira seja um espelho do melhor que esta região tem e se possa destacar a nível nacional, pela positiva, comparativamente com outros certames como a Ovibeja, Fatacil, Expofacic, etc. A partir de 10 de Agosto lá estaremos para ver!

novo Código do Trabalho. Ilegal também porque não está previsto no contrato colectivo de trabalho aplicável a este sector. Chegou-se ao cúmulo de exigir aos trabalhadores que as licenças de paternidade e maternidade, ou as licenças por baixa médica fossem compensadas à empresa com dias de trabalho não pago (o que, além do mais, defraudava a Segurança Social e as Finanças!). Avançou para o lay-off que se traduziu

na perda efectiva de quase 50% da massa salarial. Em contraste os valores das indemnizações, dos prémios e das mordomias que a Administração atribui a si própria e aos seus directos colaboradores permaneceram obscenamente elevados. Mas as famílias dos trabalhadores do Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot-Citröen podem visitar a empresa! Em Outubro de 2010, o Governo PS e o

Presidente da Câmara de Mangualde, garantiam a pés juntos, aos trabalhadores e à população, que tinham «criado mais 350 postos de trabalho», justificando com isso um novo apoio do Governo de 21 milhões de euros à PSA Peugeot-Citröen. Impôsse o trabalho ao Sábado, até às 23 ou 24 horas, sem o pagamento suplementar. O que por si só é ilegal. A empresa foi isentada pelo Governo de José Sócrates do pagamento de impostos, até 2013.

O volume de negócios em 2011 foi de 57 milhões de euros, ultrapassando largamente os máximos de 2010, quer em veículos produzidos, quer em lucros obtidos. Pois esta empresa despediu, impunemente, no passado dia 16 de Fevereiro 350 trabalhadores. Mas as famílias dos trabalhadores do Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot-Citröen podem visitar a empresa! Haja vergonha!

Arquivo da Câmara Municipal de Sernancelhe

de quem detinha a receita se prontificaram a perpetuar a sua existência ao longo de todo o ano. Dona Alcina em Freixinho é disso o exemplo mais vivo, sendo a única que criou uma empresa para o efeito fornece-as assim às pequenas e médias superfícies comerciais do concelho e limítrofes, a pastelarias e lojas de artesanato ou gastronomia típica, um exemplo que deve ser louvado! Algumas pastelarias e padarias da região insistem em impingir algo que de cavaca só tem o

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

Jornal do Centro

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abertura

fotografia ∑ Nuno André Ferreira

“Quero que o PS tenho um resultado histórico nas autárquicas de 2013”

João Azevedo, reeleito presidente da Federação do PS – Viseu para o próximo mandato. Ouvimos o dirigente partidário que tem uma carreira ascendente e que trilhou um longo percurso, ocupando sucessivamente todos os lugares de liderança dentro do partido.

são de cidadania pela qual podem atingir, através do profícuo labor e da sua ineVamos disputar eleições O PS renova-se quase em todas as autarquias… automaticamente. Tem Orgulhamo-nos por ter rente e obrigatória qualidauma capacidade geradora como chefe de gabinete do de, patamares de liderança Internamente, quem de congregar novos qua- Secretário-Geral um mi- em projectos de eleição ou tem a seu cargo a estra- dros, que encontram nas litante viseense. Pessoal- de nomeação. O principal tégia autárquica e a sua suas linhas programáticas mente, como todos sabem, pilar de sustentabilidade implementação? o conforto e a certeza de somos de há muito amigos para o êxito de um projecto António Borges. Trata- poderem trabalhar na de- pessoais e, os sucessos do político reside na determise de um experiente socia- fesa dos cidadãos e do ter- Miguel são também meus nação em lutar com lealdade e ambição para interprelista, de méritos mais que ritório. sucessos. tar um lugar de liderança. firmados, um percurso inquestionável e um conheComo tem sido a sua relação Como encara o surgimento pessoal com o Secretáriode muita juventude nas fileicimento profundo do terQuer isso significar que Geral do PS, António José ras socialistas locais? muitos vêem o percurso O que temos então e para ritório. Seguro? partidário como objectivo começar, para a capital do É muito importante para de sucesso pessoal? distrito? Afirma que as autarquias são José Junqueiro detém na Tem sido óptima. É um o PS ter esta atracção e ser um grande desafio. Porquê? região o estatuto de notável homem de grande carác- tão estimulante como proEu, pessoalmente, não Quem pensar assim não do PS. Acha que terá sido ter, colocando os interes- jecto político, para quem tem futuro! Quem pensar Quero que o PS tenha tenho grandes dúvidas. Há visto por todos nessa pers- ses dos portugueses e de entra, com ideias novas, assim está completamenum resultado histórico nas neste momento dois nomes pectiva? autárquicas de 2013. Esse ganhadores: Manuel Maria Portugal acima de qual- adequadas à sua faixa te equivocado! Há um soO PS é feito de pessoas e quer interesse ou querela etária e a um novo momen- frimento e uma disciplina resultado histórico traduz- Carrilho e José Junqueiro. to no exercício da política, silenciosa que só alguns alse em ganhar mais uma câ- Não obstante, a capacidade projectos. José Junquei- partidária. no qual os partidos não são mejam descodificar… mara do que o número má- de decisória ser, numa pri- ro faz parte desse patrimóMiguel Ginestal, ex-deputa- trampolins para o que quer meira fase, da estrutura lo- nio e quem o esquecer tem ximo atingido até hoje. do e ex-governador civil é o que seja, mas sim uma misa memória curta. Paulo Neto cal do PS. Como intenta consegui-lo?

O PS, de uma forma natural, terá boas candidaturas para num momento diferente provar aos eleitores que está preparado para liderar um novo modelo municipal. Para já, vive-se um período de total união e de concentração de esforços nesse objectivo colectivo de vitória. Depois, apresentaremos excelentes candidatos.

Então, uma das câmaras que espera ganhar é a de Viseu?

Tem havido renovação, no PS?

actual chefe de gabinete de Seguro. O que é tal representa para o PS Viseu?

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CONGRESSO DE VISEU DO PS | ABERTURA 7

06 | julho | 2012

Partido Socialista fica “mais forte” depois do congresso “Pelas pessoas, com as pessoas”∑ Moção global partilhada pelos militantes socialistas em torno de João Azevedo O Hotel do Caramulo, na freguesia do Guardão, concelho de Tondela, recebeu o XIV Congresso de Viseu do PS, que aprovou a moção de estratégia global que o, já eleito, presidente da Federação, João Azevedo, apresentou: “Pelas pessoas, com as pessoas”. Centenas de militantes socialistas viram reeleitos os órgãos da Federação e prestaram apoio total ao autarca mangualdense que vai cumprir o segundo mandato à frente da Federação. Votaram, para os órgãos da Federação, 196 militantes. Registaram-se sete votos em branco e um nulo. Depois do encerramento, pelo Secretário Nacional Eurico Dias, o presidente da mesa do congresso, Afonso Abrantes, disse ao Jornal do Centro (JC) que o “PS sai mais forte, porque houve uma definição de uma orientação política para o futuro imediato. As intervenções dos militantes visam aprofundar essas políticas no distrito de Viseu”. O autarca de Mortágua lembrou que o PS está “contra o encerramento de freguesias” mas

defende “uma reforma dos territórios autárquicos”, que se faça “com tempo, de forma aprofundada e com a participação das populações”. Uma nova lei das finanças locais foi outra das medidas defendidas pelo presidente da Câmara. Elza Pais não tem dúvidas que, “o PS sai mais unido e mais forte”. Para a deputada, João Azevedo é a escolha certa. “Crescemos muito nos últimos dois anos, o partido está reunido e com pessoas de muita qualidade em torno da energia e da força que o João Azevedo tem imprimido”, referiu. A acabar, Elza Pais esclareceu que as temáticas da proximidade e do desenvolvimento regional são as principais linhas do PS para o distrito. José Junqueiro optou por não se pronunciar sobre uma eventual candidatura à Câmara de Viseu. “Agradeço a manifestação de confiança do amigo João Azevedo, mas tenho a certeza de que a concelhia tem uma proposta”, disse ao JC o também deputado na Assembleia da República. Carlos Marta (PSD),

presidente da Câmara de Tondela, também esteve presente. A convite do PS, o autarca desejou “que todos os partidos políticos possam proporcionar aos portugueses uma vida melhor”. Questionado sobre uma candidatura à Câmara de Viseu, Carlos Marta “fintou”. “Só fui candidato à Federação Portuguesa de Futebol e agora sou, com muito orgulho, presidente da Câmara de Tondela”. Durante o congresso, foram ainda aprovadas duas moções setoriais: “Por um Centro de Medicina Oncológica no Centro Hospitalar Tondela-Viseu” e “Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde”. Foram também eleitas: Comissão Política da Federação; Comissão de Jurisdição e a Comissão de Fiscalização Económica. No domingo, dia 8, pelas 21hoo, no Solar dos Peixotos, reunirá a Comissão Política da Federação, onde será eleita a Mesa da Comissão Política, Adjunto do Presidente da Federação e Secretariado da Federação. Tiago Virgílio Pereira

Tribunais de Sátão, Vouzela e S. João da Pesqueira vão mesmo encerrar “O Tribunal de Sátão va i encer ra r, o de Vouzela e S. João da Pesqueira também, mas ficam a funcionar como extensões judiciais”, foi esta a resposta da ministra da Justiça, Paula Teixeira Cruz, depois de os deputados do PS da AR eleitos por Viseu, Acácio Pinto, José Junqueiro e

Elza Pais a terem questionado sobre o encerramento dos tribunais. Na elaboração desta nova proposta “foram ouvidos os representantes dos municípios, presidentes de Câmara e outras entidades”, pode ler-se na resposta ao requerimento dos deputados. “Os dados analisados para esta-

belecer esta proposta de organização dos estudos produzidos pela DireçãoGeral da Administração da Justiça”. As redes de transportes e respetivos horários “foram ponderados, pelo que, foi proposta a reconfiguração de dois dos tribunais em causa como extensões judiciais”. TVP

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

à conversa “Sernancelhe é, de facto, terra de cultura” entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

Carlos Silva Santiago é vereador do pelouro da cultura da Câmara Municipal de Sernancelhe. Ele próprio, com formação académica superior na área da Música, é um entusiasta de eventos deste teor e de muitos outros na área cultural, nomeadamente no que respeita a Aquilino Ribeiro.

Em que consiste este Festival e quais os seus objectivos principais?

O Festival de Guitarra Clássica de Sernancelhe é um evento de cariz erudito que congrega, de forma muito harmoniosa, a vertente de festival com a componente competitiva. Durante três dias, decorrem as provas dos guitarristas inscritos, provenientes de diversos países, que são avaliadas por um júri credenciado, e à noite acontecem os concertos com guitarristas convidados. Sernancelhe não esconde que, desde o momento da sua criação, em 1999, o Festiva l de Guita rra procurou afirmar o Concelho como espaço de forte centralidade cultural, com capacidade organizativa, preocupado com a educação musical dos jovens e determinado em marcar um espaço próprio na cena nacional e internacional. O pioneirismo de então permanece e Sernancelhe cotouse, naturalmente, como palco onde decorre uma amostra do nível de ensino musical e artístico dos estudantes de guitarra de todo o mundo. Nasceu há 14 anos por mãos deste executivo camarário. Como surgiu a ideia?

do cidadão pleno. Uma ta refa d i fíci l, que ganhou forma há 14 anos quando nos foi apresentada a ideia pelos professores de música José Carlos Sousa e a sernancelhense Paula Sobral. Foram eles os mentores do Festival, assumem a direcção artística e pelo seu trabalho Sernancelhe conseguiu cotar-se como organizador de um dos festivais do género com maior projecção no nosso país e muito estimulante para os jovens guitarristas que querem iniciar uma carreira musical de âmbito internacional. A esta dinâmica associam-se os patrocinadores e o Município com apoio financeiro e com a cedência do Auditório Municipal (edifício com excelentes condições de acústica). A tradição musical de Sernancelhe é patente nas duas excelentes bandas, na Academia de Música frequentada por mais de 180 alunos e nos instrumentistas que tem gerado, nomeadamente a nível do piano e da concertina. Este pendor musical tem “ADN” local ou foi porfiadamente construído?

Sernancelhe é, de facto, terra de cultura. A propensão pa ra as a rMais do que uma ideia, tes e para as letras explio Fest iva l de Mú sica ca-se com figuras como Clássica de Sernance- Aquilino Ribeiro, Padre lhe foi a materialização João Rodrigues e Abade da vontade em partici- Vasco Moreira, só para par na construção cívica citar alguns exemplos.

No campo musical, Sernancelhe sempre contou com diversas formas de manifestação mais de cariz popular. No campo da etnografia, os Ranchos Folclóricos fazem parte da nossa história, a concertina coexiste em todas as aldeias e as bandas musicais são património identitário de Ferreirim, onde a Banda Musical 81 prossegue na senda do sucesso e afirmação tanto em Portugal como no estrangeiro. No entanto, há que reconhecer que, na última década, Sernancelhe tem vindo a destacar-se também no campo do ensino da música, e, no fundo, na profissionalização musical, começando de muito cedo, e pelas escolas. Graças à Academia de Música de Sernancelhe e ao projecto “Crescer com a Música”, as crianças têm música desde o pré-escolar, passando depois pelo ensino básico e, para quem pretender, a progressão depois

na Academia, de onde transitam para os conservatórios. O resultado mais evidente deste trabalho, a que se associa o esforço financeiro do Município, tem sido visível nos primeiros prémios que as crianças arrecadaram nos Festivais de Música Foco Musical, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Também se deve ao trabalho da Academia a revitalização da concertina como instrumento popular. De tal forma que Sernancelhe organiza, de há dois anos para cá, o Festival Nacional de Concertinas, no Expo Salão, tendo conseguido juntar mais de 500 tocadores de todo o país. Enorme sucesso tem sido igualmente visível no piano, muito por acção, mais uma vez, de gente de Sernancelhe. André Cardoso, pianista já com carreira de nível internacional, tem dedicado muito empenho à valorização da sua terra natal neste particu-

lar e, para além dos artistas que tem feito convergir para o palco do Auditório Municipal, é o mentor de outro projecto de enorme sucesso e importância educativa e musical: “As lições dos jovens mestres”. Concluindo: a dimensão musical de Sernancelhe deve-se, em primeiro lugar e acima de tudo, ao ADN das suas gentes, de quem cá nasceu e sente o pulsar deste concelho. Nos diversos festivais de música de Sernancelhe encontramos uma amplitude de género que vai desde o popular ao mais erudito. Como se conjuga tal diferenciação de gostos e de público?

Ao longo dos anos temos percebido que Sernancelhe pode, sem choques ou atropelos, conjugar eventos de cariz popula r com outros mais eruditos. A prova está no facto de o calendário cultural sernancelhense oferecer, há vá-

rios anos, um conjunto de acontecimentos que agradam a todos os tipos de público, chamando os que são de Sernancelhe e arregimentando milhares de pessoas de outras paragens. E o sucesso tem sido inegável, de tal forma que só com o Expo salão é que foi possível levar por diante, em crescendo, por exemplo, o Festival Nacional de Concertinas e o Encontro Nacional de Bandas Musicais. O Festival da Amizade, já na oitava edição, este sim pensado para maior número de público, em boa parte emigrantes de férias em Sernancelhe e na região, também só é possível graças ao excelente espaço da feira quinzenal. Ou seja, Sernancelhe associa, com facilidade, as ideias, os artistas e os eventos aos espaços idealizados e concebidos para os acolher e para conforto e recreação de quem assiste.

CARLOS SILVA SANTIAGO | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

Quais os momentos e os nomes mais marcantes desta XIVª edição?

O programa deste festival, como aliás vem sendo apanágio, mantém um nível bastante alto no que respeita aos concertos. No entanto, não deixa de ser interessante que alguns concorrentes que passaram pelas edições anteriores do Concurso de Guitarra de Sernancelhe, tenham sido este ano protagonistas de importantes concertos deste Festival e sejam referências tanto em Portugal como no estrangeiro. O mesmo sucedeu, por exemplo, com Marko Topchi, vencedor na edição de 2011 e apontado como uma das grandes promessas da guitarra clássica da actualidade. Esta autarquia, nos últimos anos, impôs pelo menos três “produtos” distintos: Aquilino Ribeiro e o turismo literário; a Castanha e dignificação e riqueza da flora; a Guitarra Clássica… Como se consegue tal façanha?

A resposta está na aposta cultural. Há cerca de duas décadas que o Município de Sernancelhe assumiu a máxima de que “se a cultura custa dinheiro, muito mais custa a ignorância”. Ou seja, no interior profundo de Portugal, onde escasseiam as oportunidades e sobejam as dif ic u ldades , desponta muito naturalmente a imaginação, a vontade e o querer. A própria existência e obra de Aquilino Ribeiro, natural de Ser n a ncel he , é d isso o exemplo cimeiro. A castanha, o mais genuíno dos frutos, reflecte igualmente a identidade deste povo. A Guitarra Clássica é, por isso, o ref lexo da cultura e da sensibilidade deste povo, aliada à vontade e ao sonho da expansão, da visibilidade e do reconhecimento.

e para melómanos, espera-se, dos quatro cantos do país, uma enchente deste erudito público?

Na verdade, o Festival de Guitarra de Sern a n c e l h e c o n s e g u iu , este ano, e pela primeira vez, que a Antena 2, rádio pública, especializada em música clássica, desse eco ao que de melhor produz este evento em Ser n a nce lhe. Tardou em chegar este recon heci mento, mas a ampla cobertura e o facto de se associarem à Guitarra como rádio of icial deu um importante contributo à promoç ão do evento. Natura lmente, toda a publicitação que aconteceu antes e durante o Festiva l contribuíu para a vinda de público especializado, de muitos jovens guitarristas, com particular incidência para o último dia de Festival, onde se registou uma enchente para assistir à final e ao concerto de Guitarrafonia Orquestra de Guitarras de Portugal. Este género de actividade, com esta divulgação, visa um público-alvo elitista ou espera passar mensagem ao público generalista e também da região?

O conceito do Festival é global. Desde sempre a organização procurou, através da gratuitidade das entradas, que ninguém f icasse impossibilitado de assistir aos concertos integrados no Festival e às provas dos concorrentes. É certo que, em determinados anos, o programa pode ter sido, por força de alguns guitarristas convidados, tecnicamente mais dirigido a um público com formação na área, o que é desejável que suceda, até porque o nível do evento é elevado. No entanto, em todas as edições a componente festival reserva actuações que despertam no público Temos ouvido uma am- manifestações de satispla publicidade a este fação e reconhecimenXIVº Festival, na Antena to, como foi o caso do II, bem como entrevistas magnífico concerto da aos seus directores artís- Guitarrafonia. ticos. Sendo este meio de comunicação nacional de

Quais os custos de um

evento com este formato e qual o retorno deste investimento cultural?

O Festival de Guitarra Clássica de Sernancelhe é um evento com custos muito consideráveis, tendo em conta a conjuntura económica do País e os cortes de que têm sido alvo os municípios. Reconhecemos que é necessário um esforço de gestão muito rigoroso para que sejam criadas as condições de que o Festival precisa para funcionar em pleno. Tem sido assim nos últimos 14 anos, em que o Município tem assumido os custos da realização do evento. Tem sido, de facto, um exercício de resistência estóico, apenas atenuado por a lg uns patrocinadores que, desde muito cedo tem acreditado e apoiado este Festival. Qual o futuro previsível do Festival de Guitarra de Sernancelhe, sempre em crescimento e a atrair, ano após ano, cada vez mais interessados e espectadores?

O Festival de Guitarra Clássica de Sernancelhe tem tudo para continuar. A sua longevidade, o seu historial e a génese pedagógica e cultural são factores que comprovam a importância, o interesse e justificam a sua existência. Cont udo, e como sucede com todos os eventos que ultrapassa m uma década de existência, a próxima edição poderá constituir-se como uma oportunidade para consolidar a projecção do Festival. Ou seja, atendendo a que este a no o evento foi a ntecipado no ca lendá r io (de Setembro passou para Junho), a organização não deixará certamente de realizar um balanço aturado no sentido de perceber que outras possibilidades podem ser exploradas para tornar mais dinâmico, mais interactivo e mais nacional um evento natural de Sernancelhe, mas que desempenha um papel cultural ao serviço do País que leva o nome de Portugal aos quatro cantos do Mundo.

Jornal do Centro

06 | julho | 2012

região Assembleia encomenda estudo ao IPV para integrar proposta de reorganização das freguesias A Assembleia Municipal de Viseu (AMV) encomendou um estudo técnico à Escola Superior de Tecnologia do IPV para integrar a proposta de reorganização do território das freguesias que terá de ser apresentada até outubro. O estudo, orientado pelo especialista, Alfredo Simões, é uma das medidas propostas, anunciadas na sexta-feira, dia 29 de junho pelo presidente da AMV, Almeida Henriques, altura em que foi aprovada a metodologia a implementar sobre este dossier. A posição surge depois de a Câmara de Viseu ter deliberado por unanimidade que a AMV seria o palco da discussão da reorganização administrativa no concelho. “Fazer só a Câmara era reduzir a democracia”, justificou o presidente, Fernando Ruas. A reforma administrativa imposta pela ‘troika’ obriga a uma diminuição de 20 por cento das freguesias rurais e 50 por cento nas urbanas, contando o concelho de Viseu com 34 freguesias. As assembleias municipais têm até outubro para aprovar novas configurações e Almeida Henriques desejou que até lá “todas as assembleias de freguesia se pronunciem” no sentido de

Nuno André Ferreira (Arquivo)

Posição de Viseu∑ Autarcas unânimes contra a nova lei

encontrar um “consenso alargado”, lembrando que se não houver consenso cabe ao parlamento aprovar o mapa que está traçado pelo governo e que tem sido fortemente contestado pelos presidentes de junta. O presidente adiantou que vai ainda realizar-se uma “sessão informal” da AMV com várias entidades do concelho convidadas para debater a deliberação e, posteriormente, será marcada uma assembleia municipal para aprovar a proposta de um novo mapa para Viseu. Entretanto, propôs o autarca, “cada partido pode fazer chegar ao grupo de trabalho sugestões de agregação”. Apesar das deliberações

visarem obter consenso sobre uma proposta alternativa para Viseu, o debate em torno do tema provou que a situação está longe disso, embora faltem menos de quatro meses para a data de entrega da proposta. Nunca tantos presidentes de junta de uma assembleia com maioria absoluta do PSD pediram a palavra para se manifestarem contra um tema em análise. O Bloco de Esquerda (BE) levou à ordem de trabalhos um projeto de deliberação para a realização de um referendo local, na perspetiva de que a população se pronunciasse acerca da reorganização administrativa territorial autárquica. A proposta foi chumbada,

mas ficou claro durante a reunião que o chumbo se deu aos termos em que a mesma era colocada e não à sua essência, já que vários presidentes de junta e a bancada do Partido Socialista concordaram que a população deveria ser ouvida. “Não temos dúvida que a melhor forma de sairmos disto é ouvir a população. O povo merece ser ouvido”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Côta, Joaquim Polónio (PSD). Com a AMV a manifestarse unânime contra a reforma administrativa, os autarcas reconheceram que o governo não volta atrás e é preciso apresentar

uma proposta para o concelho sob pena se manter o traçado criado. “Esta reforma nasceu torta e nunca se vai endireitar. Nesta sala, o não ganhava por maioria absoluta, mas vai ter que se fazer. Agora é tentar o menor dano possível”, alertou o deputado do PS, Jorge Adolfo. Fernando Ruas, que sempre se manifestou contra a reforma, considerando que “não era prioritária”, preveniu durante a reunião que o quadro está definido e a AMV só tem dois caminhos: “Ou se faz um corte mecânico, ou se faz um corte racional”. Para o autarca um corte mecânico é “não fazer nada” e deixar que a comissão técnica venha aplicar a lei, ou então propor fusões, na tentativa de que o mapa possa vir a ser alterado.

∑ Inquérito: A Junta urbana de Coração de Jesus está a realizar um inquérito à população da freguesia ∑ Grupo de trabalho: Dois vereadores do PSD, um vereador do PS, um representante de cada um dos quatro partidos com assento na Assembleia Municipal de Viseu (PSD, PS, CDS-PP e BE) ∑ Substituição: Cristina Silva substituiu Rui Santos na bancada do CDS-PP. ∑ Eleição: José Ernesto, presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Sá foi eleito representante da AMV no XX Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Emília Amaral

Ânimos exaltados

∑ Quando tudo parecia estar a defender a mesma bandeira, o deputado do PS, Alberto Ascensão acusou o presidente da Câmara, Fernando Ruas de “empurrar” a decisão para a assembleia e os ânimos exaltaram-se. Fernando Ruas, que tinha abandonado a sessão para inaugurar a Feira da Tradição Viva, foi defendido pelo presidente da bancada do PSD, Mota Faria, acusando o deputado do PS de praticar “um ato de covardia política”. Fernando Ruas regressou mais tarde para responder ao socialista, tendo rejeitado todas as críticas feitas, ao lembrar que a sua posição (contra) era clara e já manifestada várias vezes.

Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU

06 | julho | 2012

Opinião

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

Tiago Virgílio Pereira

A busca de equilíbrios

A Estabelecimento prepara-se para abrir no interior do complexo residencial Bela Vista

Moradores de loteamento protestam contra abertura de bar Repeses-Viseu∑ Junta de freguesia desconhece pedido de licenciamento loteamento, assim como o bom nome de tanta gente que aqui mora”. Fernando Patrício, da comissão de moradores, acrescentou ao Jornal do Centro (JC) que o loteamento “não tem condições exteriores” para um estabelecimento daquela natureza. “O problema põe-se no exterior, que não está adaptado para um estabelecimento daqueles e ,depois, aguentamos até de manhã os barulhos”, reforçou. Os signatários do documento, que dizem foram informados por fonte não oficial de que não haverá qualquer pedido de li-

Os moradores do loteamento Bela Vista, em Repeses, Viseu protestam contra a abertura de um bar noturno dentro da urbanização. Uma comissão de moradores entregou um abaixo-assinado na Junta de Freguesia de Repeses e na Câmara Municipal de Viseu a manifestar a sua “indignação”. A petição, composta por mais de 130 assinaturas, refere que o “licenciamento e posterior implantação de tal bar, é um perfeito atentado contra o sossego, segurança e, acima de tudo, contra o bom nome do

cenciamento na Câmara de Viseu para o referido bar, aguardam agora pela reação da autarquia. “Esperamos que o senhor presidente da Câmara seja recetivo, porque o bar é contraproducente para um lugar de residência”, salientou Fernando Patrício. O presidente da Junta de Freguesia de Repeses, José Ferrão, confirmou que foi entregue o abaixo-assinado na sede da junta e já reencaminhou o processo para a Câmara, mas adianta que não tem conhecimento da abertura de qualquer estabelecimento no lotea-

mento Bela Vista. “Não houve qualquer pedido de parecer, portanto, não me vou pronunciar enquanto não souber o que vai ali nascer”, responde José Ferrão, acrescentando que só depois dará o parecer da junta sobre o projeto em causa. O JC confirmou que no espaço comercial estão a decorrer obras para a abertura de um bar noturno no final do verão. Contactado pelo JC, o proprietário escusou-se a prestar declarações. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Jorge Azevedo deixa a concelhia do CDS-PP de Viseu José Carreira é o nome mais falado. Em jeito de despedida, o ex-líder da concelhia lembrou que o seu candidato à Câmara de Viseu, em 2013, era Hélder Amaral. “Com a minha saída, as opções podem mudar. Contudo, estou convicto que não há melhor para representar o partido, em Viseu, nas próximas autárquicas”, rematou. As eleições vão tamservimos a população de ordem pessoa l” lede Vi seu com respei- vam a que não se can- bém determinar o novo to e dignidade”, expli- didate para mais dois l í d e r d a d i s t r i t a l d e cou. Contudo, “razões anos. Para o seu lugar, Viseu. TVP

Nuno André Ferreira

Dois anos depois de ter tomado posse como líder da comissão política concelhia do CDS-PP de Viseu, Jorge Azevedo não se recandidata nas próximas eleições, que vão decorrer no dia 14. Jorge A zevedo sa i com a certeza de ter rea l i z ado u m “excelente trabalho de base” e perspetiva um “futuro risonho” para o partido. “A concelhia de Viseu é hoje a que mais militantes tem, reativámos a Juventude Popular e

A procura de equilíbrios é porventura a bitola e o diapasão que todos nós procuramos na elaboração de vinhos. Nos dias de hoje, assistimos a uma multiplicidade enorme de vinhos que evidenciam características muito distintas. Os produtores, atentos à opinião dos grandes críticos enológicos e à dos consumidores cada vez mais despertos para estas temáticas, têm vindo a desenvolver esforços no sentido de apresentarem vinhos cada vez mais fáceis de beber. O esforço desenvolvido pelos técn icos nas vertentes vitícola e enológica visa compreender cada vez melhor as diferentes castas a utilizar, aprimorando novas metodologias que permitam alcançar e produzir diferentes vinhos. E m b o r a to d o s e s tes aspectos assumam elevada importância, o domínio de alguns conceitos referentes ao equilíbrio que os vinhos podem e devem denotar advoga um papel fundamental a esta busca. O possível equilíbrio de cada vinho resulta das combinações existentes entre os seus diferentes aromas e eventuais acertos a estabelecer entre os gostos doce, ácido, amargo e adstringente. Assim, o gosto doce pode ser intensificado recorrendo-se a pequenas doses de substâncias salgadas. Esta é uma técnica amplamente utilizada e com resultados muito conseguidos na

culinária, mas difícil de aplicar nos vinhos. No caso destes, o seu teor alcoólico potencia também a sensação de doçura e adamado com que muitas vezes somos surpreendidos no primeiro ataque que temos, em especial no caso dos vinhos licorosos. As possíveis interferências e concordâncias que ocorrem entre os sabores ácido e amargo são em tudo idênticas ao anteriormente descrito. Estes sabores tendem a atenuar-se reciprocamente, equilibram-se, passando a ser perceptíveis mas com diferentes intensidades. Trata-se de uma combinação fácil de detectar nos vinhos, uma vez que o ataque que provocam na língua e boca é mais persistente e duradouro. No caso de adicionarmos a esta combinação uma substância doce dominadora, os restantes sabores vêem diminuída a sua exuberância e provavelmente o impacto final é mais equilibrado, desejado e feliz. Esta prática é possível de constatar nas sobremesas onde estes sabores existem em harmonia e com as quais nos deliciamos. Temos diferentes e distintas sensações devidamente temporizadas com coerência. Deste modo podemos concluir que a procura dos equilíbrios entre os diferentes sabores nos vinhos, embora possa por vezes constituir uma tarefa herculiana, implica também o domínio destes conceitos para a sua plena concretização.

Jornal do Centro

VISEU | REGIÃO 13

06 | julho | 2012

Certificado de Acessibilidade apresentado em Viseu Objetivos∑ Quebrar barreiras arquitetónicas e de mentalidade e proporcionar ao cidadão com mobilidade reduzida o conhecimento e o acesso às instituições públicas e privadas Em Viseu, uma das cidades portuguesas e europeias mais acessíveis e inclusivas, foi lançado, no dia 3, o Certificado de Acessibilidade, pelo Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM) e seus parceiros. “O objetivo passa por eliminar as barreiras urbanísticas e psicológicas, que por vezes são as mais difíceis de contornar, e apostar na inclusão de pessoas com mobilidade reduzida”, explicou Paula Teles, presidente do ICVM. O Certificado de Acessibilidade vai permitir identificar os locais onde o acesso universal às atividades económicas, sociais, culturais e turísticas está garantido, reconhecendo o seu nível de acessibilidade. Está também prevista a criação de uma base de dados, disponível online, que vai permitir a consulta de todos os locais distinguidos pelo ICVM, ajudando as pessoas com mobilidade reduzida a planear as deslocações, com autonomia e liberdade. A todas as entidades públicas ou privadas, que vejam a candidatura ao Certificado de Acessibilidade aprovada, será atribuído um selo, que custará entre 250 e 1000 euros. O selo destacará três níveis de acessibilidade. Nível 1 - funcional: cumpre condições de visita e usufruto do espaço em todas as valências da sua atividade principal para acesso público. Nível 2 - amigável: cumpre o nível anterior e ainda disponibiliza materiais e conteúdos que reforcem o

bem-estar dos utilizadores do espaço certificado e o nível 3 - excelência: cumpre os níveis anteriores e cria ainda condições para se poder exercer a atividade profissional, com as diferentes limitações. O projeto, que demorou dois anos a construir, parece ter agradado a quem irá dele beneficiar. Salvador, tetraplégico, esteve em “direto” na conferência de imprensa, por videoconferência, e apesar de reconhecer que “a principal barreira é a mudança de mentalidades”, está convicto que agora “vão passar-se das palavras aos atos”. Também David Peres, 34 anos, que usa uma cadeira de rodas para se deslocar, não tem dúvidas que “o selo irá beneficiar as entidades certificadas e as pessoas com mobilidade reduzida”. Quem também está empenhado em alargar e promover o turismo acessível é Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal. “Se o Centro de Portugal for um destino acessível não o é só para as pessoas com deficiência, mas sim para todos, potenciando dessa forma a visitação e a permanência turística de cidadãos que vêm acompanhados com pessoas de mobilidade reduzida, e que trazem valor acrescentado”, referiu. No âmbito desta temática, a Pousada de Viseu continuou o debate e, à tarde, foi o palco da conferência “O turismo no interior de Portugal e o papel das cidades mé-

dias”. Fernando Ruas vestiu o fato de responsável máximo da cidade e, orgulhoso por mais uma vez a terra de Viriato ser considerada a cidade com melhor qualidade de vida do país, criticou as assimetrias regionais, o desinvestimento no interior do país e defendeu a criação de uma rede de cidades de média dimensão. O autarca lembrou que “não há nenhum grande investimento estrutural no interior do país” e que isso é um “claro empurrão à desertificação”. Fernando Ruas apelidou o país de “raquítico e com duas cabeças, uma maior do que a outra”, referindo-se a Lisboa e Porto. Defendeu o papel ativo das autarquias na realização da grande parte das atividades e disse que a região centro “é a única do país em que era possível criar uma rede de cidades de média dimensão”, já que todas se desenvolveram sem colidir e com modelos próprios. Guilherme Almeida, vereador do turismo da Câmara de Viseu reforçou as qualidades do concelho. A hospitalidade, a aposta nas estâncias termais e outras estruturas orientadas para a terceira idade e o património foram algumas das características-chave. Antes do encerramento, foi apresentado o livro “Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade de Viseu: uma narrativa de sucesso”.

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Jornal do Centro

14 REGIÃO | VISEU

06 | julho | 2012

Diretor reune “mega” agrupamento na Aula Magna do IPV por falta de espaço Reorganização da rede escolar∑ Fusão define três “mega”agrupamentos no concelho de Viseu O presidente da comissão administrativa provisória do novo Agrupamento de Escolas Viseu Sul, João Caiado socorreu-se da Aula Magna do Instituto Politécnico (IPV) para realizar uma reunião geral de docentes e não docentes, por não ter um espaço em condições que permitisse reunir numa só sala todos os cerca de 400 novos membros do agrupamento. O novo agrupamento, agora constituído pelos antigos agrupamentos Infante D. Henriques e Silgueiros, integra 27 escolas e cerca de 300 professores.

João Caiado conf irmou ao Jornal do Centro a opção de reunir o pessoal docente e não docente fora das escolas, por falta de uma infraestrutura à altura. O responsável responde “que todos os problemas [do novo agrupamento] fossem esses”, mas assume que os constrangimentos da dimensão do organismo “é uma dificuldade” entre outras que vão surgir. À hora do fecho da edição do Jornal do Centro (noite de quarta-feira) a reunião ainda não tinha acontecido, uma vez que estava marcada para a tarde de ontem.

O dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, Francisco Almeida comentou que esta situação não causa grande surpresa e ironizou: “Se falarmos em outros como o Agrupamento Grão Vasco, só vai ser possível reunir no Estádio do Fontelo”. A tão contestada reorganização da rede escolar nacional ditou a constituição de três “mega” agrupamentos no concelho de Viseu. Infante D. Henrique/Mundão, agora chamado Agrupamento de Escolas Viseu Sul; Grão Vasco/Marzovelos, agora denominado Agrupamento de Es-

colas da Zona Urbana de Viseu e Dr. Azeredo Perdigão, Abraveses/Vil de Soito, com a nova denominação de Agrupamento de Escolas Viseu Norte. De fora deste processo ficaram, o Agrupamento Viso/Mundão por integrar o projeto TEIP - Territórios Educativos de Intervenção, assim como as três secundárias do concelho. Os presidentes das comissões administrativas provisórias tomaram posse na quarta-feira. João Caiado, antigo diretor do Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique assume funções no Agrupamento de

Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

17 | 21:00

EM VIAGEM PELA CIDADE 26 JUL’12

TOM DEFESTA

A ACERT É UMA ESTRUT ESTRUTURA FINANCIADA POR

Escolas Viseu Sul. A antiga diretora do Agrupamento Grão Vasco, Inês Campos, passa a exercer o cargo de presidente do Agrupamento da Zona Urbana de Viseu. No Agrupamento Viseu Norte assume funções de presidente da comissão provisória, Alexandre Rodrigues, antigo diretor do Agrupamento Dr. Azeredo Perdigão. Estas comissões são provisões, devendo realizar-se eleições para os órgãos diretivos definitivos dentro de alguns meses.

APOIO

18 | 22:00

A FLECHA SAGRADA

VISTACURTA

19 | 22:00

21 | 22:00

Sylvain Chomet

Aki Kaurismaki

Samuel Fuller

BELLEVILLE RENDEZ-VOUS

FESTIVAL DE CURTAS DE VISEU

LE HAVRE

LÍDER DISTTRITAL DO PSD CONTRA ENCERRAMENTO DOS TRIBUNAIS O presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do PSD, Mota Faria manifestou-se contra a proposta de Reforma da Organização Judiciária que prevê o encerramento de nove dos 17 tribunais de comarca, o que significa uma redução de 52 por cento no distrito. “Esta mos cont ra a proposta de remodelação judiciária. O encerramento deveria merecer o máximo de ponderação”, adiantou Mota Faria durante a apresentação pública dos novos órgãos distritais de Viseu do PSD, que decorreu no sábado, dia 30 de Junho. A cerimónia contou com a presença dos secretários de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, A lmeida Hen riques, das Comunidades Portuguesas, José Cesário e das Obras Públicas, Transportes e Comu n ic açõ e s , S ér g io Monteiro e de Fernando Ruas, na qualidade de presidente do congresso do PSD. O responsável especificou assim um dos princípios e compromissos assumidos para este novo mandato onde está escrito que a distrital é “contra a extinção ou o encerramento de serviços públicos na região, sem qualquer critério justificativo, tendo presente a igualdade de oportunidades que a todos os portugueses deve ser garantida”. Mota Faria defendeu a “redução da despesa do Estado, mas pelo lado do despesismo” e alertou que “esta região necessita urgentemente de investimentos públicos uteis e sem luxo”. A necessidade de uma ligação alternativa ao atual IP3 e as eleições autarquias do próximo ano, foram outras das bandeiras levantadas na reunião magna dos social-democratas do distrito. EA

Jornal do Centro

06 | julho | 2012

economia PSA MANGUALDE AUMENTA PRODUÇÃO O segundo semestre começou “em grande” para a PSA Ma ng ua lde, “com uma previsão em alta da atividade no mês de julho, superior em 30 por cento relativa mente ao mês de junho e mais 10 por cento relativa mente ao mês homólogo de 2011”, segundo um comunicado enviado pela empresa. A ssi m , depoi s de um primeiro semestre marcado por uma baixa de atividade de 12 por cento, relativamente a 2011, prevê-se uma produção de 4500 veículos, superior aos meses de junho e julho do ano passado. “Este aumento de produção deve-se fundamentalmente à necessidade de reajustamento dos stocks comerciais por parte do Grupo PSA”, lê-se no mesmo comunicado. Para o conjunto do ano, a PSA prevê uma produção entre 42 mil e 44 mil veículos, “o que se pode considerar uma boa atividade pa ra u m reg i me de produção de duas equipas”. A PSA Peugeot Cit r o ë n pro du z o s veículos Citroën Berlingo e Peugeot Partner. Atualmente emprega 900 trabalhadores. É a maior empresa da região e uma das maiores exportadoras de Portugal. TVP

“Prove Dão Lafões” no adro da Sé Viseu∑ A mostra é organizada pela CIM, com produção da Essência do Viseu O evento “Prove Dão Lafões”, de promoção dos produtos gastronómicos e vinícolas dos concelhos Dão Lafões, promete, a pa rtir de hoje e até domingo, dar uma nova roupagem ao emblemático adro da Sé de Viseu. A mostra, organizada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões, em articulação com o turismo Centro de Portugal e cofinanciado pelo programa comunitário Mais Centro, envolve também vários restaurantes, a par da cozinha ao vivo e de workshops. O presidente da CIM Dão Lafões, Carlos Marta adianta que o evento bienal de enogastronomia se insere no plano traçado para “afirmar a marca Dão Lafões” como uma “marca identitária comum para o território”. No adro da Sé decorre o mercado gourmet, com mais de 30 expositores, onde será possível provar e comprar produtos que revelam o potencial desta zona do país. Aos queijos, enchidos, azeites e vinhos juntam-se os frutos silvestres, a doçaria tradicional, o mel, os cogumelos, os li-

O evento começa esta sexta-feira à porta da catedral e prolonga-se até domingo com vários eventos em permanência cores e o chocolate. Durante os três dias, o evento proporciona ainda a degustação de diferentes pratos confecionados com produtos autóctones, em restaurantes aderentes: a Casa Arouquesa - Palato Wine House (Viseu), O Solar (Oliveira de Frades), Casa da Ínsua - Forno da Mimi (Penalva do Castelo) e S. Tiago (São Pedro do Sul). Cada restaurante vai elaborar iguarias diversas, a partir de três euros por degustação. Diariamente, haverá duas sessões de cozinha ao vivo. Justa Nobre vai confecionar vitela arouquesa assada, arroz de carnes e peras flamejadas. Luis Américo aposta

na morcela de Lafões e na broa de milho. Paulo Cardoso elege o requeijão, os cogumelos e o cabrito. Os visitantes poderão ainda encontrar um wine bar com vinhos do Dão e para apurar conhecimentos sobre enogastronomia há conversas informais diárias, conduzidas por um enólogo e dirigidas ao grande público, bem como workshops temáticos para profissionais da hotelaria e restauração. Neste último caso destaque para a ação que incidirá na importância de um correto serviço de vinhos, prevista para sábado, dia 7, às 16h00. Emília Amaral

Mostra gastronómica na capital nacional do frango As festas do concelho de Oliveira de Frades decorrem entre 11 e 15 deste mês, e incluem na programação do dia 15, a 3ª Mostra Gastronómica do Frago. A iniciativa reveste-se este ano de uma importância acrescida, depois de Oliveira de Frades ter sido eleita, em maio, a Capital Nacional do Frango do Campo, durante o 15º Capítulo da Confraria dos Gastrónomos de Lafões. A designação resulta de um projeto desenvolvido pela Câmara em conjunto com a Confraria e a empresa avícola Campoaves,

tendo em conta o facto de o setor avícola estar fortemente enraizado no concelho. “A implementação e promoção deste projeto de identidade cultural permite consolidar Oliveira de Frades como região por excelência da gastronomia portuguesa, divulgando o produto frango do campo como valor gastronómico e com potencial para o desenvolvimento económico da região”, comentou na altura em comunicado, o presidente da Câmara de Oliveira de Frades. EA

Encontro Nacional dos TOC decorre em Viseu

A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (TOC) realiza, este sábado, dia 7, em Viseu, o X Encontro Nacional dos TOC. A Ordem revela que o objetivo do encontro “é possibilitar um dia de agradável convívio entre os seus membros”.

O programa tem início às 9h00 com uma concentração no Solar do Dão. Do programa faz ainda parte uma missa na Sé presidida pelo Bispo D. Ilídio Leandro, às 11h00, seguida de um almoço no salão Expocenter, às 13h00.

suplemenriotor

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO

, EDIÇÃO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO

538 DE 6 DE JULHO DE 2012 E NÃO PODE SER

VENDIDO SEPARADAMENTE.

Ensino Supe

Politécnico de Viseu constrói pontes para a vida O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) é constituído por cinco escolas superiores – Escola Superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Escola Superior Agrária, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego e Escola Superior de Saúde. A qualificação de alto nível, a produção e difusão do conhecimento, bem como a formação cultural, artística, tecnológica e científica dos seus estudantes, num quadro de referência internacional, fazem parte dos objetivos da instituição que procura desenvolver e participar em atividades de ligação à sociedade. A este propósito, merecem destaque os 14 projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia que estão a ser desenvolvidos nas

cinco unidades orgânicas e que abrangem temas tão diversos como a energia biomassa, as práticas profissionais dos professores de Matemática, o contributo do Turismo Rural para o desenvolvimento local ou a gestão agronómica e ambiental de chorumes. Dotado de uma rede formativa abrangente, o Politécnico de Viseu congrega a excelência da formação ministrada por um corpo docente qualificado, com condições ímpares de estudo e investigação. Ao longo da sua existência, o organismo temse assumido como motor de desenvolvimento científico, tecnológico e cultural, com incidência direta na vida económica e social e no progresso do distrito, da região e do país. Por ou-

tro lado, tem procurado apresentar-se como um centro de múltiplas formações. Construir pontes para a vida é um dos seus lemas. Para isso, o IPV dispõe de condições que potenciam uma formação de excelência, onde os espaços sociais, de lazer e de apoio aos alunos, se conjugam em perfeita harmonia com as infraestruturas de ensino dos variados cursos e áreas de investigação, equipadas com o mais sofisticado material tecnológico: laboratórios, salas de aula, centros de informática, centros de documentação e informação, biblioteca digital e campus virtual (rede wireless e e-Learning). Os alunos dispõem também de um centro de investigação, serviços médicos, de psicologia e de inser-

Instituto Superior Politécnico de Viseu

Escola Superior Agrária de Viseu

www.ipv.pt Av. Coronel José Maria Vale de Andrade Campus Politécnico 3504 - 510 Viseu Telefone: 232 480 700 Email: ipv@ipv.pt

www.esav.ipv.pt Quinta da Alagoa - Estrada de Nelas Ranhados 3500 - 606 Viseu Telefone. 232 446 600 Email: esav@esav.ipv.pt

Escola Superior de Educação de Viseu

Escola Sup.de Tecn. e Gestão de Lamego

www.esev.ipv.pt Rua Maximiano Aragão 3504 - 501 Viseu Telefone: 232 419 000 Email: esev@esev.ipv.pt

www.estgl.ipv.pt Av. Visconde Guedes Teixeira, 5100-074 Lamego Telefone: 254 615 477 Email: estgl@estgl.ipv.pt

Escola Superior de Tecnologia de Viseu

Escola Superior de Saúde

www.estv.ipv.pt/estv Campus Politécnico 3504-510 Viseu Telefone: 232480500 Email: estv@mail.estv.ipv.pt

www.essv.ipv.pt R. D. João Crisóstomo Gomes de Almeida, n.º 102, 3500-843 Viseu Telefone: 232 419 100 Email: essvgeral@essv.ipv.pt

18 suplemento_Ensino Superior 2012

Jornal do Centro 06 | junho | 2012

Ano letivo da Universidade Católica Politécnico da Guarda arranca com muitas iniciativas com oferta abrangente

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) implantou-se em Viseu em 1980, como Secção da Faculdade de Filosofia de Braga. Posteriormente, a 4 de dezembro de 1993, foi criado o Centro Regional das Beiras, com o objetivo de responder às necessidades educativas e de investigação locais. Desde então, o organismo tem procurado contribuir para o desenvolvimento da região, facultando aos seus alunos uma formação integral, capaz de lhes proporcionar as mais amplas perspetivas de realização pessoal. Assim, a par de um ensino de excelência, promove uma formação alicerçada em princípios e valores éticos. O contributo para a realização de eventos ligados ao empreendedorismo, a abertura das instalações a estudantes do ensino secundário e as ações de promoção de Saúde Oral nas escolas da região e o apoio prestado neste âmbito às IPSS são alguns dos exemplos de boas práticas. A este propósito, o início do próximo ano letivo será marcado por uma caminhada contra o cancro oral, iniciativa que será seguida de um rastreio desta mesma patologia. Já os alunos e professores de Arquitetura terão a oportunidade de participar num workshop do programa Terra Amada,

que consiste num retiro de alunos e professores em regime de oficina de projeto em algumas aldeias da região de S. Macário. O Centro Regional das Beiras está organizado em quatro Departamentos: Departamento de Economia, Gestão e Ciências Sociais, Departamento de Letras, Departamento de Arquitetura, Ciências e Tecnologia e Departamento de Ciências da Saúde. Nas diferentes unidades são ministrados cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento em áreas tão diversas como as Letras, Ciências da Educação, Serviço Social, Gestão, Ciências Biomédicas, Medicina Dentária e Arquitetura. A estes departamentos acresce um Gabinete de Projetos e Formação e uma Clínica Dentária Universitária que, por um lado, serve de apoio à formação dos médicos dentistas e, por outro, presta serviços médicos dentários à comunidade. O campus de Viseu estende-se por uma área com mais de 20 mil metros quadrados e está apetrechado com centros de informática, laboratórios de estudo e investigação, sala multimédia com possibilidade de videoconferência, auditórios, uma biblioteca e uma clínica universitária.

O projeto de implementar o ensino superior na Guarda remonta à década de 70, embora o Instituto Politécnico da Guarda tenha sido criado apenas em 1980. O IPG integra a Escola Superior de Educação,Comunicação e Desporto, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, a Escola Superior de Saúde e a Escola Superior de Turismo e Hotelaria. O organismo abarca ainda uma unidade orgânica de investigação (a UDI-Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior); unidades funcionais de apoio à atividade académica e de serviços à comunidade académica – os Serviços de Ação Social (SAS) e a Biblioteca. A oferta formativa do IPG é ministrada no regime presencial (diurno e pós-laboral), compreende a formação de 1.º ciclo (licenciaturas), de 2.º ciclo (mestrados), pósgraduada e de especialização não conferente de grau académico, pós-secundária não su-

Instituto Politécnico da Guarda Universidade Católica Portuguesa

(Centro Regional das Beiras) http://icm.crb.ucp.pt Estrada da Circunvalação, 3504-505 Viseu Telefone: 232 419 500 Correio eletrónico: info@crb.ucp.pt

www.ipg.pt Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50 6300 – 559 Guarda Email: ipg@ipg.pt

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda

www.esecd.ipg.pt Av. Dr. Francisco Sá Carneiro,50 6300 - 559 Guarda Telefone: 271220135/271220111

Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda

www.estg.ipg.pt Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50 6300-559 Guarda Telefone: 271220120 Email: estg-geral@ipg.pt

Escola Superior de Saúde da Guarda

www.ess.ipg.pt Avenida Rainha D. Amélia S/N 6300-749 Guarda Telefone: 271 205 220 Email: ess.geral@ipg.pt

Escola Superior de Turismo e Hotelaria da Guarda

www.esth.ipg.pt R. Dr. José António Fernandes Camelo Arrifana - 6270-372 Seia Telefone: 238 320 800 Email: geral.esth@ipg.pt

perior (cursos de especialização tecnológica - CET), contínua e cursos preparatórios para o acesso ao ensino superior de maiores de 23 anos. O Politécnico da Guarda caracteriza-se, assim, por uma oferta abrangente e multidisciplinar, com cursos em múltiplas áreas do conhecimento. Desenvolve também atividades nos domínios da investigação (quer nas Escolas, quer na unidade de I&D), da transferência e valorização do conhecimento científico e tecnológico, da prestação de serviços à comunidade, de apoio ao desenvolvimento e de cooperação em áreas de extensão educativa, cultural e técnica. Deste modo, o IPG desempenha um papel decisivo na qualificação dos recursos humanos, em diversas áreas do saber, na sua esfera de competências, bem como no desenvolvimento económico, social, científico e cultural da região da Guarda.

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Piaget disponibiliza cursos à medida de cada um Uma oferta formativa alargada e um ensino de qualidade distinguem o Campus de Viseu do Instituto Piaget, que abrange a Escola Superior de Saúde - ESS Jean Piaget, a Escola Superior de Educação - ESE Jean Piaget e o Instituto Universitário ISEIT – Instituto de Estudos Interculturais e Transdisciplinares. Sempre atento às mudanças decorrentes das transformações do mundo do trabalho e, principalmente, preocupado em capacitar profissionais com qualidade, o Instituto oferece em Viseu um vasto leque de oportunidades de formações: graduadas (Licenciaturas), pós-graduadas (Mestrados e Pós-graduações) , contínuas (formações modulares certificadas) e póssecundárias (CET’s Nível V). Inserido num espaço propício ao estudo, à reflexão e à criação de conhecimento, o organismo tem o intuito de expandir o acesso ao saber em benefício das pessoas e da sociedade em geral, através da partilha científica, da cooperação internacional e da experiência adquirida ao longo dos anos. Assim, além de não terem de se deslocar para fora em busca de for-

mação – alguma da qual única na região - os alunos beneficiam em Viseu de um acolhimento caloroso e têm ao seu dispor um apoio personalizado, tanto os candidatos maiores de 23 anos interessados numa formação como aqueles que não reúnem as condições de entrada num curso. O Instituto Piaget acredita que qualquer ser humano adulto pode estudar e valorizar-se no Ensino Superior. A possibilidade de transferência ou mudança de curso gratuita (qualquer que seja o estabelecimento de origem), de escolher percursos flexíveis às necessidades dos candidatos, e de frequentar “unidade(s) curricular(s) isoladas(s)” são outras das mais-valias do Instituto Piaget. Além disso, a maioria das atividades incluem estágios e atividades interativas. Os alunos têm ainda ao seu dispor bolsas de estudo e de mérito, residência universitária e programas de mobilidade através de parcerias com instituições estrangeiras e os PALOP. Para além disso estão previstos no Campus Universitário de Viseu eventos científicos e de intervenção local para 2012/13.

Campus Universitário de Viseu do Instituto Piaget

www.ipiaget.org/viseu Estrada do Alto do Gaio 3515-776 Galifonge, Lordosa Telefone: 232 910 100 Email: info@viseu.ipiaget.org

PRO

ESCOLA PROFISSIONAL DE SERNANCELHE

SER

Cursos Profissionais (10º a 12º Anos) Auxiliar de Saúde Restauração: Restaurante / Bar Instalações Eléctricas Electrónica, Automação e Computadores Informática de Gestão

UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu

Esproser - Escola profissional, SA Avenida das Tílias, nº 27 | 3640 – 211 Sernancelhe Telefone: 254 550 020 | Fax: 254 550 029 Email: geral@esproser.pt

Jornal do Centro

22 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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CLÍNICA DENTÁRIA NO FORUM VISEU A clínica dentária Smile.Up é a mais recente marca a integrar a oferta de saúde do Forum Viseu, centro comercial gerido pela Multi Mall Management. Conhecida por implementar um novo conceito de medicina dentária, a Smile.Up, situada no piso 2 do centro comercial, pretende responder às necessidades de toda a família. Oferece um serviço suportado na fácil acessibilidade, na oferta de preços competitivos, na flexibilidade de horários e na modernidade dos processos de atendimento. A marca apresenta uma oferta dirigida a todas as idades, com ofertas adaptadas à especificidade de cada membro da família. A Smile.Up assegura um atendimento em horário alargado, todos os dias durante o ano. Assim, é possível cuidar da saúde oral depois do trabalho ou no intervalo das compras. O check-up é gratuito. TVP

JORNALISTAS E IMPORTADORES SUIÇOS VISITARAM O DÃO Um grupo de jornalistas e importadores de vinhos do mercado suíço visitou a região do Dão, durante três dias (de 27 a 29 de junho). O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Arlindo Cunha adianta que a visita enquadrou-se na “estratégia de explorar mercados que valorizam os vinhos de melhor qualidade e de maior preço, como é o caso do mercado suíço”. EA Publicidade

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Valorizar o que é nosso!

A Câmara de Mangualde apoiou negociações

Produtores de frutos vermelhos garantem escoamento Mangualde ∑ COAPE e empresa espanhola assinam contrato A Cooperativa Agrupecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE) e a empresa espanhola Asturianberries assinaram, na Câmara de Mangualde, um contrato de assistência técnica e comercialização de frutos vermelhos, que visa pôr em marcha uma rede de pequenos produtores da região, para lhes facilitar os meios de produção adequados, formação e assessoria técnica. As negociações deste acordo contaram com o apoio do presidente da autarquia de Mangualde, João Azevedo. O objetivo é aproveitar os frutos vermelhos para relançar a

agricultura no concelho. Com esta rede, os promotores acreditam que os produtores podem “ser capazes de produzir em condições ótimas, além de garantir a comercialização do produto aos melhores preços de mercado”, revela uma nota enviada à comunicação social. Para a COAPE o contrato agora assinado assegura a todos os associados integrados, o escoamento de toda a produção nos próximos 15 anos. “Estão assim criadas as condições ideais para o sucesso deste projeto, de interesse económico e social para a região, na medida

em que é uma atividade tradicionalmente intensiva em capital e geradora de novos empregos, com baixos investimentos se comparado às demais alternativas de desenvolvimento económico”, acrescenta a nota. A Asturianberries S. L. é uma empresa criada para o desenvolvimento tecnológico, cultivo e comercialização de frutos vermelhos, sedeada em Villaviciosa, com ligações à Euroberries Marketing, Hortifrut Chile e La Cooperativa de Gijón. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Não pode ser um mero slogan … A DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) divulgou, no passado mês de Junho, o “índice de qualidade de vida”, sendo que Viseu aparece em primeiro lugar, num ranking de 124 cidades de 5 países (os parâmetros podem ser consultados no site da DECO). Alguns pensarão “é só mais um estudo, vale o que vale.” Certo! Na realidade, e é ela que conta, temos uma cidade que nos propícia condições de vida comparativamente mais favoráveis. E temos o dever de valorizar o que é nosso! Está a chegar ao fim mais um ano letivo e, para muitos estudantes, aproxima-se mais um momento decisivo – é necessário ‘escolher’ o futuro. Os pais têm feito um grande investimento no futuro: a formação dos seus filhos. E os resultados estão aí à vista – nunca tivemos uma geração tão qualificada como hoje. Há dificuldades na empregabilidade, sabemos isso, mas este mau momento não vai ficar para sempre. Vai ser superado! E, nessa altura, precisamos desse ‘investimento’ para nos superarmos, como a nossa história nos incentiva. Os portugueses sempre souberam superar as dificuldades. O Instituto Politécnico de Viseu (de ensino público) tem 5 Escolas integradas, com uma oferta formativa nas mais diferentes áreas. Porquê ir para fora (com os gastos que isso acarreta) se há opções de qualidade na cidade? A título meramente exemplificativo, a Escola

Isabel Martins Docente de Contabilidade e Auditoria na ESTGV

Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, entre outros, disponibiliza o Curso de Contabilidade e Administração. Este curso está ‘acreditado’ na Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) como conferindo a habilitação de base para a inscrição como técnico de contas – certificação de profissional. Para além desta certificação, o mesmo curso integra uma unidade curricular (UC) – Simulação Empresarial – também reconhecida pela OTOC como equivalente ao seu estágio profissional obrigatório de 800 horas. Aliás, muitos licenciados noutras escolas do ensino superior têm procurado esta unidade curricular (como UC isolada) a fim de poderem complementar a sua formação. Caro profissional e, ou, desempregado, sabe que pode matricular-se em unidades curriculares isoladas, em qualquer dos cursos do IPV (e não apenas no exemplo acima) obtendo assim formação dirigida às suas necessidades? Sabe que pode ser ‘aluno a tempo parcial’, podendo conciliar o tempo de formação com o trabalho, pagando uma propina mais reduzida e ‘fazendo’ o curso ao seu ritmo? É tempo de ‘avaliar’ as opções e ‘investir’ no futuro. Não podemos baixar os braços. O futuro é construído por cada! E a ti, estudante, é tempo de realizar o teu sonho. Não esmoreças com as dificuldades. Só te tornarão mais forte para vencer!

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

desporto “OS REPESENSES” APAGAM 84 VELAS

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

O Clube de Futebol “Os Repensenses” comemora no próximo dia 8 de julho 84 anos de existência. O clube vai aproveitar a data para assinalar mais um aniversário e fazer a entrega das faixas de campeão aos jogadores das três equipas que conquistaram o título distrital. “Os Repesenses” foram campeões distritais nos escalões de sub-10, sub-11 e juvenis. Com este título, em juvenis, a equipa conquistou o direito a jogar na próxima época nos nacionais de futebol. Clube de referência no futebol de formação no distrito, “OS Repesenses” vão assim assinalar a passagem de mais um aniversário.

Dia 14 de julho, em Viseu, vai decorrer um encontro que pretende reunir a família academista. Organizado por antigos jogadores do clube, pretende juntar num grande convívio, amigos, jogadores e exjogadores que vestiram a camisola negra do Académico de Viseu. Está confirmada a presença, entre outros, de algumas antigas glórias do clube como Chico Ni kita, Besirovic e Abel, atletas que representaram o Académico de Viseu na I Divisão. O encontro, a 14 de julho, vai culminar com um jantar no restaurante das piscinas do Fontelo, antecedido de um jogo de futebol no Campo 1º de maio, pelas 17h30, ao qual podem assistir todos os academistas. As inscrições para este encontro estão abertas a todos quantos queriam assistir ao jogo e participar no jantar, durante o qual será exibido um vídeo sobre a história do Académico de Viseu.

Cartão FairPlay Começou a épo c a em Tondela. A estreia nas competições profissionais num ano em que as equipas B dos grandes vão competir. O Tondela é um clube em crescendo e é atualmente um dos pouquíssimos clubes do interior do país nas ligas profissionais. Habituamo-nos a ver um Tondela vencedor e o início de temporada continua a entusiasmar-nos pela organização que o clube evidencia. Encontro -jogadores Académico de Viseu

Gil Peres

“FAMÍLIA ACADEMISTA” VAI REUNIR EM VISEU

Futebol CD Tondela

A Tiago Barros continua em Tondela

Tondela de regresso com uma dúzia de reforços Em Tondela já se trabalha para a nova época. Melhor dito, em Tábua o Tondela trabalha já a estreia que vai este ano fazer nas competições profissionais de futebol. Com o relvado do Estádio João Cardoso em remodelação profunda, para que possa estar em condições de receber o início das competições, já no final deste mês, é em Tábua que Vítor Paneira vai orientando um plantel que conta com mu ita s ca ra s nova s , comparativamente com o que terminou a época e alcançou a subida de divisão. Um plantel reforçado com uma dúzia de atletas. Desde a baliza até à li-

nha da frente, há gente nova para todos os sectores. Para uma época que se sabe vai ser longa, com mais de 40 jogos e mais uma dezena de partidas entre Taça da Liga e Taça de Portugal, é um Tondela preocupado em ter várias opções para cada posição. Lesões e castigos são normais numa época longa, e desgastante, o que levou o clube a contratar vários jogadores. É de todo crível que até ao início da competição (no fecho desta edição ainda não era conhecido o calendário – estava o sorteio agendado para o final da tarde de ontem, 5 de julho) possam ainda surgir mais alguns ajus-

tes pontuais. O mais recente reforço a chegar aos trabalhos do Tondela foi o lateral direito Edson, ex-BeiraMar. Com 28 anos, o defesa tem no currículo passa-

gens, entre outros, pelo Valdevez, Moreirense e Beira-Mar, estando na última temporada emprestado pelos aveirenses ao Santa Clara. Para já, e oficialmente, a lista de reforços é:

∑ Guarda-redes: Bruno Sousa (ex-Oliveirense) Armando (ex-Mirandela) Defesa: Edson (ex-Beira-Mar) Pedro Araújo (ex-Trofense) ∑ Médios: Ericson (ex-Mirandela) Fábio Pacheco (ex-Paços de Ferreira) Tiago Barros (ex-Beira-Mar) Cândido Costa (ex-Arouca) ∑ Avançados: Diogo Fonseca (ex-Aves) Luís Carlos (ex-Portimonense) Tiago Carneiro (ex-Moreirense)

Cartão FairPlay Um grupo de ex-atletas do Clube Académico de Futebol (CAF) está a organizar um encontro que permita o reencontro de todos quantos serviram o clube. Uma iniciativa louvável e que honra uma instituição que, nem sempre bem gerida, foi um emblema de uma região. Ter memória é uma atitude que fica bem. O Ac. Viseu serviu de «casa» a estes atletas e estes fizeram dela a sua. Skate Park no Fontelo

Cartão Amarelo A cidade de Viseu tem um espaço destinado à prática de desportos radicais. Uma estrutura construída de raíz no Fontelo. A pergunta que fica é se esta é a prioridade, em termos de estruturas desportivas, que Viseu precisava?! O Fontelo precisa de ser bem aproveitado. Agora é disfrutar deste espaço desportivo.

MODALIDADES | DESPORTO 25

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Tondela

Académico de Viseu

A Nuno Ricardo é uma das caras nova da época Vai em sete, e pode ainda crecer mais um pouco, a lista de reforços do Académico de Viseu para a nova temporada. Depois de Luís Cardoso e Bruno Loureiro, ambos ex-Penalva, e de Campinho, ex-Mirandela, o Académico de Viseu assegurou a contratação de Nuno Ricardo, ex-guarda-redes do Pinhalnovense. Tem 32 anos e é um guarda-redes com passado na região, onde defendeu as balizas do Sport Lisboa e

Nelas, e mais recentemente no Desportivo de Tondela. Chegou assim a bom porto a negociação que já havíamos avançado na edição passada. Mas há mais novidades quanto a reforços. No fecho desta edição ainda não estavam oficialmente anunciados, mas o Académico teria já chegado a acordo com pelo menos mais três novos jogadores: os avançados Pedro Ribeiro (ex- Sporting da Covilhã) e David Nunez (ex-Madalena), e o lateral esquerdo

André Pereira, um jovem formado nas escolas do Futebol Clube do Porto, que passou pelo Boavista e na época passada alinhou no Coimbrões. Serão estas as mais recentes novidades de um plantel que vai também conhecendo algumas dispensas: Doumboya, Baio e Baccari, não continuam em Viseu. Quanto a renovações, contam-se pelos dedos de uma mão os processos que ainda não estarão totalmente resolvidos. GP

Márcio Sousa vai ficar no Desportivo de Tondela. Apesar de ter assinado contrato e sido oficialmente apresentado como reforço para o plantel às ordens de Luís Miguel, Márcio Sousa não se apresentou no clube açoriano, e treina com o restante plantel do Tondela. Como avançámos na edição de 2 de junho, a sua saída era tudo menos um dado adquirido, e assim aconteceu. Isto porque o atleta, a meio da última temporada, adicionou uma cláusula ao seu contrato com os tondelenses que prorrogava a ligação ao clube em caso de subida. Como o Tondela subiu, Márcio Sousa ficou automaticamente com contrato renovado. Fica agora sob alçada disciplinar, caso o clube açoriano também registe o contrato nos órgãos da Liga. Uma situação que, no limite, poderá valer uma suspensão de alguns, poucos, meses a Márcio Sousa.

Gil Peres

Sete reforços para Márcio Sousa é para ficar a nova época

A Márcio Sousa já treina em Tondela

FUTEBOL

Tó Lopes vai continuar no Paivense, clube da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Viseu. Aos 29 anos, o guarda-redes formado no Académico de Viseu, e que tem na sua Publicidade

carreira passagem por clubes como o Social de Lamas, a Desportiva de Sátão e mais recentemente o Paivense. Apesar de cobiçado por outros emblemas da re-

gião, já que se trata de um guarda-redes experiente, e de qualidade, Tó Lopes preferiu manter-se no Paivense onde vai cumprir a sua terceira temporada. Na época passada a equi-

pa de Vila Nova de Paiva terminou na quinta posição da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Viseu e foi finalista vencido, pelo Mangualde, na Taça Sócios de Mérito. GP

Gil Peres

Tó Lopes renovou pelo Paivense

26 DESPORTO | MODALIDADES

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

Futsal

Óscar Lemos 25º, Rúben Lopes sem sorte

Tempo de definições no Viseu 2001

Foto Panão

Rali Rainha Santa - Regularidade Histórica

A Óscar Lemos (Triumph Dolomite Sprint) Duas duplas viseenses marcaram presença no 42ª Rali Rainha Santa, uma prova do Campeonato de Automóveis Antigos – Regularidade Hisórica. Óscar Lemos, navegado por Paulo Francisco, e Rúben Lopes, com Pedro Bruno, tiveram sorte diferente nesta prova. Enquanto o piloto da Old Garage Historic Racing terminou no 25º lugar, 9º na Classe G8, entre 59 inscritos, já Rúben Lopes não conseguiu fugir aos lugares do fundo da tabela, com problemas no alternador do Ford, que impediram o piloto viseense de fazer todas as classificativas do Rali.

Óscar Lemos, que tripulou o Triumph Dolomite Sprint, além de 25ª na geral, foi ainda, um resultado que o piloto viseense considerou “positivo”, numa prova em que, recorda, “qualquer segundo de atraso ou avanço, representa um ponto de penalização e é necessária muita navegação e muita experiência e sintonia entre piloto e navegador”. Esta foi a segunda prova que fez com Paulo Francisco, depois de uma primeira experiência há semanas no Rali Serra da Lousã, onde uma avaria no motor do Dolomite Sprint fez com que abandonassem. Quanto a Rúben Lopes,

além da sua inexperiência neste tipo de ralis de regularidade, os problemas no alternador que impediram o piloto nas especiais noturnas e nas primeiras da manhã, leva ra m a u m a g ra nde penalização final. Apesar do azar, o piloto da Automotorsport considerava no final que “este tipo de provas é espetacular, e é sem dúvida uma experiência para repetir, principalmente esta mesma prova, porque foi a melhor organização que já vi”. Na primeira experiência competitiva com o Ford Escort, uma certeza: “O carro é soberbo!” GP

A Nilton mais uma época no Viseu 2001 O Viseu 2001 e Nilton prolongaram o seu contrato por mais uma época. O guarda-redes viseense, de 23 anos cumpre assim a terceira época no clube. Nilton foi mesmo o guarda-redes mais utilizado da época passada. Rui Almeida terá assim três opções para a baliza: Rui Rocha, ex Póvoa Futsal e reforço confirmado para a nova

temporada, além de Luís e Nilton. Na nova época o Viseu 2001 vai também manter em actividade a sua equipa B, onde jogadores menos utilizados do plantel poderão competir com regularidade, e ser assim opção válida sempre que o técnico Rui Almeida entenda chamá-los à primeira equipa. Entretanto está terminado o processo de re-

novações no clube, tendo o Viseu 2001 anunciado a dispensa de quatro jogadores: Pedro Pereira, César, Zé Ricardo e Pêpê Para fechar o plantel d e ve r ã o s e r c o n t r a tados mais quatro ou cinco atletas, prevend o - s e q u e o té c n i c o Rui Almeida venha dura nte a nova temp o rada a traba lha r com um grupo constituído por 14 ou 15 jogadores.GP

Canoagem

Foto Panão

Taça Regional em Sernancelhe

A Rúben Lopes (Ford Escort) Publicidade

Mais de 150 atletas vão participar no próximo domingo, dia 8 de julho, na Taça Regional Centro Maratona, escalão de Esperanças, em canoagem. A competição, organizada pela Federação Portuguesa de Canoagem vai decorrer pelas 10 horas, no

Açude do Távora, na Vila da Ponte, localidade do concelho de Sernancelhe. Divulgar a canoagem e incentivar os jovens para a prática da modalidade são objetivos que o Núcleo da Vila da Ponte quer atingir ao associar-se à organização deste evento despor-

tivo. Nos planos desta associação está a criação de uma escola de canoagem, transformando a Vila da Ponte e o Concelho de Sernancelhe num centro de formação de qualidade e com ambições para o futuro. GP

Jornal do Centro

06 | julho | 2012

em foco IV Feira da Bôla de Lamego foi um sucesso

A realização do maior certame de sempre dedicado à promoção da bôla de Lamego foi aproveitada por diversos produtores locais para apresentarem, pela primeira vez, novas variedades de recheio que esta maravilha da gastronomia portuguesa pode oferecer. Nesta 4ª edição, os catorze produtores que divulgaram esta oferta gastronómica fazem um balanço muito positivo desta mostra, realçando o sucesso da promoção especial a ela associada: a aquisição de uma garrafa de espumante Raposeira a preço reduzido, na compra de uma bôla. O certame foi organizado pela Câmara Municipal de Lamego e pela A.E HTDOURO - Associação de Empresários.

5ª edição da Feira do Mirtilo terminou com enchente

Ana Paula Duarte

A organização da 5.ª Feira do Mirtilo estima que45 mil pessoas passaram pelo Parque Urbano de Sever do Vouga nos quatrodias do evento (de 28 de junho a 1 de julho). Cada vez mais, Sever do Vouga afirma-se como a maior região produtora de mirtilos em Portugal. Os visitantes receberam com agrado o selo da qualificação do “Mirtilo de Sever”.

Férias no CIC visita o Jornal do Centro No dia 29 de junho, da parte da manhã, o Jornal do Centro recebeu a visita de alguns alunos que frequentam o ATL- “Férias no CIC” do Colégio da Imaculada Conceição, acompanhados pelos professores Carlos Jorge, Rosária Ribeiro, Olga Filipa e Fátima Diogo. A saída do Colégio ocorreu pelas 9h00, momento em que nos deslocámos até ao Rossio para apanharmos o autocarro que haveria de nos conduzir até Repeses, local onde se situa a redação do Jornal. Depois de comermos alguma coisa à porta do edifício, entrámos e fomos gentilmente recebidos por uma senhora chamada Sabi-

na, cuja função é receber as pessoas que visitam o Jornal e também tratar de alguma documentação. Depois de feitas as apresentações, começámos a nossa visita guiada pelas diferentes secções do Jornal. Estávamos entusiasmados e curiosos, pois, para alguns de nós, era a primeira vez que conhecíamos o dia-a-dia de um jornal. Acabada a visita e retiradas todas as nossas dúvidas, voltámos a apanhar o autocarro, que nos deixou no Rossio, e regressámos satisfeitos e mais cultos ao Colégio. Foi uma experiência interessante e diferente! Os alunos do Colégio da Imaculada Conceição

D Apresentação do livro “Intimidades Traídas”

culturas expos

Arcas da memória

Destaque

No rescaldo de S. João: Histórias de “mouras” ou as parábolas sobre o amor

Sé Catedral Até dia 7 de outubro

Alberto Correia

Exposição “São Teotónio. Patrono da diocese

Exposição de três carros

Nuno André Ferreira

e da cidade de Viseu -

∑ Palácio do Gelo Até dia 31 de agosto alegóricos que desfilaram no cortejo das Cavalhadas de Vildemoinhos.

∑ Welcome Center Até dia 31 de julho Exposição “S. Pedro do Sul...ComVida”.

LAMEGO ∑ Teatro Ribeiro Conceição Até dia 31 de julho Exposição “Aulas Vivas na Biblioteca”, pelos alunos de artes da Escola Secundária Latino Coelho.

OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de julho Exposição de fotografia “Too Many Days WithoutThinking”.

A Um dos mais belos espaços culturais do país deu a conhecer a programação de julho, agosto e setembro

Música, teatro e dança em Lamego até setembro Teatro Ribeiro Conceição ∑ “Zigur Fest”, “Fora do Baralho” e “Douro Jazz” são as principais atrações do trimestre

VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h10, 15h55, 18h40, 21h30, 00h15* A branca de neve e o caçador (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h30, 21h00, 23h50* Prometheus (M16) (Digital)

da pesada, mais nada achavam senão uns inúteis grãos de areia e as nódoas da cinza sobre um vulgar pano de linho. Vingança da mourinha, magoada, se dizia, que antes era o seu amor que ela oferecia. Era uma vez!... Por mourinha antiga apaixonei-me de verdade, que isto é da minha história. Eu era quase um homem; ela era ainda menina. Chamava-se Ardinga. E era filha de um rei. Aconteceu na Primavera, havia aos montes papoulas amarelas no jardim e Ardinga, entre leve e descuidada, colhia nos canteiros pétalas das papoulas amarelas às mãos-cheias e, brincando, soltava-as, sorrindo, sobre os louros cabelos do rapaz como se ele fosse seu pajem e ela o quisesse enamorado. Um dia foi a guerra que abriu, como antigamente, e a mourinha logo presa por ardis do fado, num rochedo. E as papoulas amarelas que morreram nos canteiros. E o ramo de papoulas que a mourinha enviou, mais tarde, ao cavaleiro e um pano de linho, bordado, de promessa, e o orvalho da manhã dos seus cabelos. E as histórias das mourinhas que são sempre belíssimas parábolas acerca do amor.

Estreia da semana

Este espetáculo para toda a família sobe ao palco no dia 21, às 21h30. Julho acaba com música, St. Dominic’s Gospel Choir é, há 10 anos, a referência portuguesa do que é o Gospel Norte Americano. Em agosto, há música todos os sábados, a partir das 22h30, com entrada livre. Gala Drop, Alto!, Black Bombaim e Vox Mambo são algumas das bandas já confirmadas no Festival de Música Moderna de Lamego “Zigur Fest”, que terá lugar no último dia de agosto e no primeiro de setembro. No dia 8, o TRC as-

socia-se à festa da Nossa Senhora dos Remédios e abre as portas ao público para ver ou rever imagens da romaria. A meio do mês, Mário Daniel apresenta “Fora do Baralho”, um espetáculo que liga a magia ao teatro. Apesar da variedade, o ponto alto da programação está destinada aos últimos dias de setembro com o Festival Internacional “Douro Jazz”. Kiko e os “The Jazz Refugees”, no dia 22, pelas 21h30, e Angel Unzu, no dia 29 à mesma hora são os nomes sonantes do festival.

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h20, 00h20* O fantástico homem aranha (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h00, 16h20, 18h40 A idade do gelo 4: deriva continental VP (M6) (Digital 3D)

Street dance 2

Sessões diárias às 13h30,

(M12) (Digital)

16h30, 21h00, 00h00

Sessões diárias às 15h00, 17h15, 19h30, 21h40, 00h25* À fria luz do dia (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h25, 21h10, 23h30* Uma bela orgia à moda antiga (M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 23h40 A idade do gelo 4: deriva continental VO (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 14h40, 17h00, 19h10, 21h10, 23h50

Tiago Virgílio Pereira

Antropólogo

Era uma vez!... E lá vêm as histórias das mourinhas encantadas, lindas de morrer essas estranhas raparigas arrastadas por fados antigos, recolhidas, como se palácio fora, no coração de um outeiro. Mas, uma vez no ano, na madrugada de S. João, quando os primeiros raios do sol baterem nesses esquisitos outeiros que se tornaram abrigo e prisão das tais mourinhas que ali demoram, mil anos já passados, esquecidas, quando eles, por magia, se abrirem, as mourinhas, inquietas e medrosas, virão estender à boca do rochedo, sobre a riqueza de panos de linho bordado o seu tesouro, extensa panóplia de objectos de ouro, na esperança de que um qualquer donzel cristão se atreva a por ali passar e, assim tentado, possa roubálas do encanto demorado. Às vezes eles vinham, os rapazes, sonhadores, e olhavam, deslumbrados, a fortuna do ouro espalhada na toalha, sobre o chão, na boca estranha da caverna, tomavam as pontas da toalha que guardavam, apressados, no bornal, sem olharem sequer o rosto da mourinha em cujas faces, na penumbra, as lágrimas começavam de rolar. E quando, mais tarde, os rapazes, ansiosos, abriam no silêncio da morada a bolsa de couro, da ganância, ain-

OTeatroRibeiroConceição (TRC), em Lamego, anunciou a programação para o próximo trimestre. Música, teatro e dança são, até setembro, as principais apostas. A abrir, “Contrastes”, uma proposta de dança da Academia Vila Rosa- Escola de bailado Régua/ Lamego, amanhã, dia 7, às 16h00 e às 21h00. “A Farsa dos Carneiros”, pelo Teatro Experimental Flaviense, é a peça de teatro de destaque no mês. Estará em cena, no dia 14, pelas 21h30. Jogos de malabares e bailes acrobáticos é a proposta do “Grupo Electrógeno, da Argentina.

roteiro cinemas Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h40, 00h00* Idade do gelo 4: deriva continental VP (M4) (Digital)

06 | julho | 2012

A editora Edições Esgotadas e o autor, Acácio Pinto, vão apresentar a obra “Intimidades Traídas”, amanhã, dia 7, pelas 17h00, na Fundação Lapa do Lobo, em Nelas. Leonor Cardoso será a convidada de honra.

VISEU ∑ Museu Grão Vasco/

ref. 1162-2012”.

Jornal do Centro

aierrocotrebla@gmail.com

O fantástico homem Sessões diárias às 13h40,

aranha

16h15, 19h00, 21h40, 00h20

(M12) (Digital 3D)

O que se espera enquanto se está à espera (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50,

Sessões diárias às 13h20, 15h25, 17h30, 19h35, 21h50, 00h30 O Ditador (M12) (Digital)

16h10, 18h35, 21h30, 00h10 Um homem com sorte (M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

O fantástico homem aranha

– Conta a história de Peter Parker, um rapaz que foi abandonado pelos seus pais enquanto criança e que foi criado pelo seu tio Ben e pela tia May. Como a maioria dos adolescentes, Peter tenta descobrir a sua própria identidade e procura também encontrar o seu caminho junto da sua primeira grande paixão: Gwen Stacy, com quem partilha o amor, o compromisso e alguns segredos.

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

culturas

D Musical “Bugsy Malone”

O Centro Cultural de Carregal do Sal recebe hoje, dia 6, pelas 21h00, a estreia em Portugal do musical “Bugsy Malone”, encenado por António Leal.

Destaque

Workshop

Jardins Efémeros voltam a vestir de verde a zona histórica Viseu ∑ Seis dias de espetáculos, exposições, gastronomia, workshops e outras atividades

Quarto workshop de Jazz de Viseu Estão abertas as inscrições para o 4º workshop de Jazz de Viseu, que vai realizar-se de 16 a 18 de julho. Durante três dias, o objetivo passa por proporcionar a todos os participantes, músicos e estudantes de música, um contato intensivo com o Jazz. A escola Gira Sol Azul é quem promove a iniciativa, que vai realizar-se naquele espaço. O workshop será orienta-

do por seis músicos reconhecidos a nível nacional, a componente prática será a mais trabalhada: instrumentos (voz, piano, saxofone, guitarra, contrabaixo e bateria), harmonia (níveis 1 e 2), ensemble de percursão e combo. As jam sessions e o concerto de encerramento vão realizar-se no centro histórico da cidade, no âmbito do projeto “Jardins Efémeros”. TVP

Variedades

A O evento foi apresentado na casa do tempo Gata, na garagem Maria xica, na Casa da Sé, no hotel Palácio dos Melos e nas lojas do centro histórico. Ao longo dos seis dias haverá espetáculos, exposições, concertos de garagem, ações gastronómicas e workshops, numa “praça vestida de verde”. Sandra Oliveira acrescenta que vai estar patente “o confronto” entre a ruralidade e a inovação, dando o exemplo de uma garagem devoluta que vai receber concertos de garagem, da funerária D. Duarte onde vai estar patente uma exposição, ou do Largo Pintor Gata onde se vai recriar a antiga praça

da erva, mas com um DJ ao vivo.

“É a cereja em cima do bolo”. O presidente da Câmara, Fernando Ruas, considera o projeto “Jardins Efémeros” uma “ideia aliciante”, que “vem numa altura excelente”, uma vez que, Viseu foi considerada pela segunda vez, a cidade do país com mais qualidade de vida. “É a cereja em cima do bolo”, resumiu. Para o autarca são iniciativas destas que podem devolver a dinâmica aos centros históricos. “Ainda ninguém descobriu a fórmula

de conseguir trazer gente outra vez ao centro histórico, mas são iniciativas destas que ajudam”, admitiu. O presidente da A D D L A P, G u i l h e r me Almeida reforçou o princípio de que o evento pretende “promover um espaço de qualidade entre a ruralidade e a modernidade”, ao mesmo tempo que “contribui para a promoção da cidade e a valorização do centro histórico”. Os detalhes do evento encontram-se em www. jardinsefemeros.pt Emília Amaral

A partir de hoje e até domingo, a vila de Penedono embarca, uma vez mais, numa viagem ao seu passado, baú de memórias e feitos que o tempo e a história quiseram perpetuar. A Feira Medieval de Penedono é um evento mágico onde os visitantes se tornam parte ativa do forjar da identidade e cultura locais. Na vila assiste-se a pelejas de taberna, duelos de honra, venda de escravos, assalto ao castelo, proclamação de direitos senhoriais e “se merca” no mercado medieval. A Feira Medieval de Penedono caracteriza-se pelo rigor histórico e fidelidade na recriação da

Feira Medieval começa hoje em Penedono

De 17 a 22 de julho, em seis locais específicos de Viseu, vão estar espalhadas 100 toneladas de árvores, onde ao mesmo tempo acontecem diferentes atividades. Esta iniciativa, que decorre pelo segundo ano consecutivo, na zona história chama-se “Jardins Efémeros” . O investigador Luís Oliva descrevaa no seu manifesto como sendo “seis dias e seis noites para ver e ouvir a cidade. Vivida e conversada...”. O evento da autoria da promotora, Sandra Oliveira, tem um investimento de 40 mil euros da Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP) e conta com o apoio de um conjunto de parceiros locais. O objetivo é criar uma melhor articulação entre os agentes culturais e económicos, contribuindo para devolver à zona histórica a dinâmica de outros tempos. Para sandra Oliveira “este projeto serve para todos terem a noção de que se houver trabalho em rede, se estivermos uns com os outros, podemos construir uma cidade melhor”. Os “Jardins Efémeros” vão decorrer na Praça D. Duarte, no Largo Pintor

época que exorta. Assumindo-se como espaço de lazer por excelência, esta iniciativa pretende ser também um evento lúdico onde, todos quantos visitam os domínios de Penedono, podem redescobrir os traços, os feitos e os encantos que forjaram e moldaram a identidade destas gentes. TVP

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06 | julho | 2012

saúde e bem-estar Mortágua contra perda de INEM O presidente da Câmara Municipal, Afonso Abrantes, considera “inaceitável e inqualificável” a decisão do Ministério da Saúde de retirar o Serviço de Suporte Básico de Vida assegurado pela ambulância do INEM, no concelho e não gostou de saber da notícia pelos jornais. O serviço encontra-se a funcionar há alguns anos como “contrapartida pela redução do horário” de funcionamento do Centro de Saúde, no período noturno. “A Instalação do Serviço de Suporte Básico de Vida resultou de um processo negocial entre o Município e o Ministério da Saúde, ao tempo do anterior governo, tendo o município assegurado a presença desse serviço como contrapartida pela referida alteração do horário de funcionamento do Centro de Saúde de Mortágua”, acrescenta Afonso Abrantes em comunicado.

“Surpreendido” com a notícia publicada nos jornais o presidente da Câmara “lamenta que o Município soubesse da notícia através da comunicação social e não tenha sido informado previamente sobre” da intenção do Ministério da Saúde. “Não é de uma simples ambulância que estamos a falar, mas sim de um serviço que é prestado à população e que foi assumido como contrapartida pela redução do horário do serviço de atendimento noturno no Centro de Saúde”, esclarece. A Assembleia Municipal, reunida no passado dia 29, aprovou também por unanimidade, uma moção apresentada pelo PS, manifestando o seu “total repúdio pela extinção do Serviço de Suporte Básico de Vida, exigindo que seja cumprido o que foi acordado pelo Ministério da Saúde como contrapartida do encerramento do SAP noturno”. EA

Unidade Móvel de Saúde suspensa em Vouzela Exemplos ∑ Autarca de Sátão (UMS suspensa há ano e meio) admite pagar a enfermeiro para reativar serviço O serviço da Unidade Móvel de Saúde de Vouzela está suspenso desde segunda-feira e por tempo indeterminado, devido à falta de enfermeiros. A Unidade Móvel de Saúde (UMS) servia a população desde maio de 2005 e realizava em média dois mil atendimentos, no âmbito de um acordo entre a autarquia, a Administração Regional de Saúde (ARS), a Santa Casa da Misericórdia e o Centro de Saúde de Vouzela. Segundo o acordo, cabia à autarquia disponibilizar um motorista para a Unidade Móvel de Saúde e pagar o gasóleo e os custos de manutenção da carrinha. O centro de saúde ficava responsável pelo enfermeiro e pelos consumíveis gastos nos serviços prestados à população. “Esta valência é uma mais-valia e tem registado um índice de satisfação elevadíssimo. É uma pena que vá parar, mas a câmara não pode andar a contratar enfermeiros, não é da sua responsabilidade”, adiantou o presidente da Câmara de Vouzela, Telmo Antunes. A Administração Re-

A falta de enfermeiros nos centros de saúde está na origem da suspensão do serviço gional de Saúde do Centro (ARSC) contactada pelo Jornal do Centro explicou por escrito que “a disponibilização de um enfermeiro, 35 horas, para a UMS, para medir tensões arteriais e glicémias, causaria neste momento algum constrangimento no normal funcionamento do Centro de Saúde (CS). Se a UMS fosse de menor dimensão, o que facilitaria a sua acessibilidade às localidades, seria por certo de grande utilidade e apoio ao CS para a realização dos domicílios de enfermagem”. AARSC acrescentou que

a questão “tem merecido a melhor atenção da ARSC”. No entanto, considerouse que “neste momento, altura de planificação de férias, a equipa de enfermeiros do CS de Vouzela é indispensável para assegurar resposta aos utentes no próprio CS e nas quatro extensões de saúde e para realizar domicílios”.

Sátão. O presidente da Câmara de Sátão, Alexandre Vaz admite reativar a Unidade de Saúde Móvel, depois do verão, mesmo que o serviço de enfermagem tenha que ser pago pela autarquia.

“Se me responderem como me responderam na altura, de que não se justificava nem havia enfermeiros disponíveis, a Câmara poderá vir a pagar a um enfermeiro para voltar a levar a Unidade Móvel aos locais mais longínquos do concelho”, assegura o autarca. A UMS de Sátão foi suspensa há cerca de ano e meio. Na altura, de acordo com o autarca, o centro de saúde local justificou a suspensão com a falta de pessoal de enfermagem, mas Alexandre Vaz admite que a ausência do serviço se tem sentido na prestação de cuidados à populações e, por isso, admite reativar a valência. Tal como em Vouzela, a autarquia de Sátão adquiriu o equipamento no valor de cerca de 70 mil euros, e assumia os custos com motoristas e combustível, o CS apenas disponibilizava o serviço de enfermagem. “De que valeu investir quase 70 mil euros? Para agora estar ali parada? Estou a pensar voltar à carga depois das férias”, reforçou Alexandre Vaz. Emília Amaral

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06 | julho | 2012

Formação sobre saúde decorre em Mangualde

CAMPANHA DE DADORES DE MEDULA ÓSSEA EM PENALVA

RASTREIO DE PELE E SOL NA FARMÁCIA AVENIDA A Farmácia Avenida em Repeses, Viseu promove esta sexta-feira, dia 6, o “rastreio de pele e sol”. Com esta ação, a farmácia pretende que, de forma gratuita, as pessoas possam obter o melhor aconselhamento sobre o seu tipo de pele e esclareçam, simultaneamente, dúvidas sobre sinais, manchas e pigmentação na sua pele, através de presença de profissionais especializadas. O rastreio decorre entre as 10h00 e as 19h30.

A Objetivo do acordo é avançar com ações concretas para a estância termal

Tondela quer otimizar Termas de Sangemil Estudo ∑ Câmara e Universidade de Coimbra assinam protocolo A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai estudar a possibilidade de otimizar os recursos naturais das Termas de Sangemil, no concelho de Tondela, no âmbito de um acordo celebrado com a autarquia. Entre os objetivos do protocolo está a criação de “mecanismos de cooperação que tornem possível a participação conjunta em projetos, estudos baseados em problemas reais e novas abordagens à educação ambiental e ao desenvolvimento local”. O vice-presidente da autarquia, José António Jesus, disse que, apesar de este ser um protocolo genérico, o objetivo é avançar com ações concretas, a primeira das quais relacio-

nada com as termas. O autarca explicou que que será feito “um estudo mais completo” sobre as águas das Termas de Sangemil, para ver “que tipo de captações podem potenciar o caudal e levar a que sejam otimizadas as aplicações desses recursos da geotermia”. Segundo José António Jesus, este é “um estudo estratégico para opções futuras de investimento”, de forma a que as termas possam “agarrar outros domínios de exploração”. O diretor da FCTUC, Luís Figueiredo Neves, frisou que este recurso natural tem potencial para ter um maior aproveitamento, “não só de volume de exploração, mas também de novas valências relacionadas com este tipo de termalismo”.

Em março, na cerimónia de abertura da época termal, o presidente da autarquia, Carlos Marta, avançou que pretende conseguir fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para fazer um grande investimento nas Termas de Sangemil, estimado em cerca de quatro milhões de euros e que poderá passar pela construção de um novo balneário. O protocolo hoje celebrado tem também como objetivos a colaboração, a longo prazo, “no campo da investigação, desenvolvimento, inovação, formação e educação” e potenciar experiências profissionais a recém-formados universitários. Lusa

Este sábado, dia 7 realizase na Junta de Freguesia de Ínsua, em Penalva do Castelo uma campanha de angariação de dadores de medula óssea e de sangue destinada a ajudar Bruno Fonseca. A ação decorre entre as 10h00 e as 13h00. Os participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos, devem apresentar-se munidos de bilhete de identidade ou cartão de cidadão, não sendo necessário efetuar a colheita em jejum.

A associação FLO R IR , de Ma ng ua lde, está a promover u m curso de formação sobre “Educação para a saúde”, até ao dia 24. Com e ste c u r so, a associação pretende promover um estilo de vida saudável, ao prestar aos formandos um conjunto de “conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e bem-estar

físico, socia l e mental”. A F L OR I R (Fa m í l i a , L aços , O r i gen s , Rumos, Interajuda e Rede) tem como objetivo ser “uma estrutura de partilha e de apoio às famílias nas inúmeras dif iculdades que vão surgindo”, nomeadamente a educação dos filhos, a gestão das relações interpessoais familiares e a economia do agregado familiar, entre outras. EA

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CLASSIFICADOS 33

06 | julho | 2012

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.

TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas.

RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo. RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away.

QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.

PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU

ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de

Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498 ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454 BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas MANUEL COVELO www.manuelcovelo-advogado.com Escritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710 Email: mcovelo-5466c@adv.oa.pt

MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt

NELAS JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.

Jornal do Centro

34 CLASSIFICADOS / NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

06 | julho | 2012

NECROLOGIA Margarida da Silva, 91 anos, viúva. Natural e residente em Cujó, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 26 de junho, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Cujó.

Maria Leonor Nunes, 83 anos, viúva. Natural de Pindo, Penalva do Castelo e residente em França. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Germil, Penalva do Castelo.

Maria Lopes, 98 anos, viúva. Natural e residente em São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 9.30 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Joaquim Coelho, 91 anos, viúvo. Natural e residente em Grijó, Gafanhão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 26 de junho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Gafanhão.

Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097

Rosária da Conceição Ferreira, 78 anos, viúva. Natural de Pombal e residente em Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Maria Francelina Ferreira Seabra Amador Pereira, 68 anos, casada. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.

Joaquina dos Santos, 88 anos, viúva. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 2 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Esporões.

Severino de Figueiredo, 88 anos, viúvo. Natural de Bodiosa e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 1 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 José dos Santos, 83 anos, casado. Natural e residente em Pereira, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Pereira. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 Maria Cândida Pais de Almeida, 83 anos, casada. Natural de Santiago de Cassurrães, Mangualde e residente em Abrunhosa-a-Velha, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de junho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Abrunhosa-a-Velha. António Ribeiro Rodrigues, 52 anos, solteiro. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de julho, pelas 14.00 horas, para o cemitério local. Alzira da Conceição, 89 anos, viúva. Natural e residente em Abrunhosa-aVelha, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de julho, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Abrunhosa-a-Velha. Manuel Cabral, 88 anos, casado. Natural de Germil, Penalva do Castelo e residente em Passos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Justino Lopes, 84 anos, casado. Natural e residente São João da Fresta, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de São João da Fresta.

Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Cacilda Ferreira Lopes, 82 anos, viúva. Natural e residente em Bigas, Lordosa. O funeral realizou-se no dia 24 de junho para o cemitério de Lordosa. Valentim Morgado, 78 anos, casado. Natural e residente em Vilar do Monte, Calde, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de junho para o cemitério de Calde. Maria Madalena de Oliveira, 81 anos, casada. Natural e residente em Guimarães, São Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 25 de junho para o cemitério de São Pedro de France.

Armando dos Santos Costa, 67 anos, casado. Natural de São Tomé e Príncipe e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Orgens. Fernando Machado Fernandes, 63 anos, solteiro. Natural de Bodiosa e residente em Oliveira de Baixo. O funeral realizou-se no dia 4 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

Mário Gomes Martins, 91 anos, viúvo. Natural de Vila Pereira, Calde e residente em Vilar do Monte, Calde. O funeral realizou-se no dia 25 de junho para o cemitério de Póvoa de Calde. Florência Ramos, 92 anos, viúva. Natural e residente em Gumiei, Ribafeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de julho para o cemitério de Ribafeita. Madalena Almeida Marques, 68 anos, solteira. Natural e residente em Bassar, Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de julho para o cemitério de Campo. Tiago Filipe Almeida Santiago, 21 anos. Natural de Vila Nova de Campo e residente em Andorra. O funeral realizou-se no dia 5 de julho para o cemitério de Campo. Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 António Hermínio de Almeida, 73 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542

INSTITUCIONAIS

O Futuro… aqui e agora!

Escola Profissional de Torredeita Entidade Proprietária: Fundação Joaquim dos Santos

Caracterização dos Cursos/Área de Formação NIVEL IV—Quadros Intermédios

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Destinatários Jovens que possuam o 9º ano ou que tenham abandonado o Ensino Secundário Articulação com o Sistema Escolar Os Cursos de Nível IV dão equivalência ao 12º ano e acesso ao Ensino Superior Inscrições abertas Matriculas a partir de 01 de Julho de 2012 Assegura as refeições do almoço e jantar, custo de transporte ou alojamento Escola Profissional de Torredeita Torredeita – Apartado 3 – 3511 – 903 Torredeita Telf: 232990200 - Fax: 232990202 E-Mail: escola@fjs-torredeita.com.pt

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Programa Operacional Potencial Humano/Quadro de Referência Estratégico Nacional co-financiado pela União Europeia – Fundo Social Europeu e Governo Português

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GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

(Jornal do Centro - N.º 538 de 06.07.2012)

Jornal do Centro 06 | julho | 2012

clubedoleitor

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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

Para o ﬁm da escravatura na Europa

Myria Vassiliadou Coordenadora da luta contra o tráfico de seres humanos da UE

Cristina da Roménia foi forçada a casar-se com apenas 13 anos. Levada para Espanha e para a Bélgica foi obrigada a mendigar nas ruas até conseguir escapar aos seus captores. Mark, um desempregado britânico na casa dos 20 anos, teve uma proposta de trabalho e de alojamento gratuito e acabou a trabalhar em condições de escravatura na Suécia. Sophie, de 18 anos, também do Reino Unido, foi para Itália com um amigo que diariamente a vendia a 30 homens. Vítimas como estas há muitas, muitas mais. São centenas de milhares na União Europeia e vários milhões em todo o mundo. Enquanto a Europa une esforços para lutar contra o tráfico de seres humanos, este comércio abominável ganha novas facetas. As crianças, que são explora-

EDIÇÃO 486 | 08 DE JULHO DE 2011 Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Em 2013, será criada uma rede em toda a UE, composta pelas organizações e as autoridades especializadas no apoio às vítimas. Os fundos europeus irão financiar investigação sobre os novos métodos utilizados pelos traficantes para o recrutamento, cada vez mais centrados nos anúncios na Internet. São precisas medidas específicas para ajudar as crianças que caem nas garras dos traficantes. Apesar da sua vulnerabilidade, não existe na UE uma definição comum sobre a forma como devem ser protegidos os interesses superiores destas crianças e sobre o papel a atribuir aos tutores e representantes legais. A UE irá elaborar linhas de orientação neste capítulo. Não basta conceber uma estratégia. Em última instância, o êxito destas medidas depende da vontade dos Estados-Membros e dos recursos que disponibilizam. Para o bem das vítimas e respondendo às preocupações dos europeus, não podemos baixar o nosso nível de ambição. Há que pôr termo ao tráfico de seres humanos.

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Semanário 08 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 486

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

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Até

quando? ∑ No Mercado Municipal de Viseu testemunhámos o sofrimento de quem carrega 100 quilogramas de carne às costas e continua à espera de um elevador que tarda a chegar de Itália.

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Tiago Virgílio Pereira

Comissária Europeia para os Assuntos Internos

número de condenações de traficantes diminuiu nos últimos anos, passando de 1500 em 2008 para 1100 dois anos depois. Neste aspeto, cada país da UE – e Portugal não é exceção – tem uma enorme responsabilidade em garantir que estes problemas sejam alvo da atenção que merecem. A cooperação europeia pode trazer inúmeras vantagens no combate ao tráfico transfronteiras. Apesar da crise económica e das grandes dificuldades que a União Europeia atravessa, unemnos valores comuns, como a defesa dos direitos humanos e das pessoas mais vulneráveis. De acordo com um inquérito Eurobarómetro, 93 % dos inquiridos pensam que é importante que a UE coopere na luta contra o tráfico de seres humanos. Precisamos de aperfeiçoar os instrumentos e aprender com o que já foi feito. As autoridades policiais dos Estados-Membros devem criar unidades dedicadas exclusivamente ao tráfico, Serão criadas equipas de investigação conjunta entre os Estados-Membros e o Serviço Europeu de Polícia, Europol.

Cecilia Malmström

das por bandos de criminosos, um pouco por toda a Europa, poderão vir a ser novamente vítimas de tráfico já em idade adulta. As pessoas mais vulneráveis das nossas sociedades, como as pessoas portadoras de deficiência, as mulheres vítimas de violência doméstica ou as crianças abandonadas pelos pais, estão a tornar-se alvos cada vez mais fáceis. Embora as mulheres sejam as principais vítimas, há homens que são forçados a trabalhar em condições desumanas, crianças obrigadas a mendigar e a roubar, raparigas e rapazes arrastados para a exploração sexual. Esta é uma realidade cada vez mais frequente nos Estados-Membros. A Europa tem de passar à acção. A Comissão apresentou uma estratégia para cinco anos destinada a erradicar o tráfico de seres humanos. Uma estratégia que visa aumentar o número de traficantes levados a tribunal, prestar toda a assistência às vítimas e compreender as novas formas deste tipo de tráfico. Os casos de tráfico raramente são levados a tribunal nos países europeus. O

2011: Vise Viseu ganha gente, gente os outros o tros 23 ∑ Censoss 2011 perdem.

∑ “As pessoas não devem gostar de nós por uns tempos, mas temos que andar para a frente” (Henrique Araújo)

∑ Vergonha no Mercado Municipal de Viseu. ∑ Feira Medieval atraiu milhares a Penedono. ∑ Míldio e podridão fazem estragos na região do Douro. ∑ “Dão deve evoluir para região demarcada sustentável”. (Arlindo Cunha)

O JORNAL DO CENTRO ERROU Na edição nº 537, juntamente com o texto “Viseu inaugura parque de desportos radicais e adaptados”, foi publicada uma fotografia em que por lapso não é divulgado o seu autor. A foto pertence ao blog: fotosviseu.blogspot.pt. Ao visado e aos leitores as nossas desculpas.

tempo

JORNAL DO CENTRO 06 | JULHO | 2012

Hoje, dia 6 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 23 e mínima de 10ºC. Amanhã, 7 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 13ºC. Domingo, 8 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 14ºC. Segunda, 9 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 14ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Viseu ∑ Desfile de moda infantil das Obras Sociais do Pessoal da Câmara Municipal e Serviços Municipalizados de Viseu, às 21h30, no edifício sede-rua José Branquinho, com peças elaboradas a partir de materiais reciclados, confeccionadas em workshops realizados ao longo do ano. Viseu ∑ Evento gastronómico “Prove Dão Lafões”, no adro da Sé de Viseu e em vários restaurantes da cidade, até domingo. Carregal do Sal ∑ II Feira Social do Concelho, entre as 10h00 e as 16h00, no Jardim da Câmara Municipal.

Sábado, 07

Viseu ∑ Rota dos Corvos, na freguesia de SantosÊvos, às 18h00. Viseu ∑ Caminha da Casa do Pessoal do Hospital S. Teotónio, em Silva Escura, Sever do Vouga. Publicidade

A Casa Museu de Almeida Moreira Até quando... ∑ Um museu fechado? Todos os viseenses a conhecem, no topo do Jardim das Mães, sobranceira ao Rossio, a ensinar o caminho para a zona histórica, na Rua do Soar de Cima. Francisco António de Almeida Moreira (18731939) foi diretor do Museu Grão Vasco desde a sua abertura, em 1916, até à sua morte. Deixa em testamento à cidade de Viseu a sua casa e o seu valioso recheio. Em 1965 cumprese a sua vontade e tornase Casa-Museu de Almeida Moreira. As suas cerâmicas, mobiliário e coleções de pintura naturalista e arte sacra constituem um acervo valioso que o público merece ver e tem a curiosidade e o gosto de ver. Porém, várias têm sido as vicissitudes desta doação. E o certo é que, se

nos últimos tempos fechada para obras de reabilitação, alteração, conservação e manutenção – desde Novembro de 2010 – a Câmara Municipal ainda não definiu a data da sua reabertura ao público, quando se mostra profícua e inexcedível na merecida criação e abertura de outros núcleos museológicos do concelho. E ainda bem que assim é! Fa la ndo com Paula

Cunha, da Viseu Novo – SRU, Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu, esta referiu-nos que “a empreitada da obra foi de sete meses e concluída dentro do prazo”. A ser assim, o seu persistente encerramento deve-se a quê? Será que a Casa Museu de Almeida Moreira perdeu a graça ou caiu em desgraça? Paulo Neto

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Casamento temporário

Sexta, 06

∑agenda

Olho de Gato

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

1. Em “A Separação”, o imperdível filme de Asghar Farhadi, há uma personagem típica do Irão pós-khomeinista: uma empregada islamista que, ao ter de tratar um doente com Alzheimer, vai resolvendo os seus dilemas morais telefonando a um ayatollah — “é pecado ver um homem nu?”, “é pecado dar-lhe banho?” A última Foreign Policy explica a fixação da teocracia iraniana no sexo e a sua intromissão no quotidiano das pessoas, num artigo intitulado “Os ayatollah debaixo dos lençóis”. Na república islâmica do Irão “toda a política pode não ser sexual, mas todo o sexo é político” e os ayatollahs esforçam-se por fazer jurisprudência nesta área. Eis dois exemplos dos “comandamentos” para a pureza da alma e do corpo feitos por Ruhollah Khomeini: «é recomendável não atrasar a necessidade de urinar ou defecar, especialmente se isso causar dor»; «se um homem sodomizar o filho, o irmão, ou o pai da sua mulher depois do casamento, este mantém-se válido». Ou esta pérola do televisivo ayatollah Gilani, uma criatura anedótica gozada por todas as elites laicas do país: «o objectivo do homem deve ser ‘aliviar a carga’ o mais cedo possível sem excitar a mulher.» Resta referir que o título desta crónica não é uma alusão à relação Passos/Portas mas sim ao sigheh — dispositivo legal no Irão que permite aos homens terem quantas parceiras sexuais quiserem, já que o “casamento temporário” não necessita de registo oficial, é um contrato que pode durar muito ou só poucos minutos e o homem pode acabar com o sigheh quando quiser. 2. Na campanha das autárquicas de 2005, Correia de Campos criticou repetidas vezes a “ferrugem da idade” de Fernando Ruas que tinha, então, 56 anos. Ora, como é possível alguém andar a pensar em Correia de Campos para candidato à câmara de Viseu em 2013, altura em que ele fará 71 enferrujados anos? Publicidade

Palácio do Gelo - Viseu