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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 20 a 26 de julho de 2012
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO
Ano 11 N.º 540
pág. 15 > ESPECIAL pág. 20 > ECONOMIA
1,00 Euro
pág. 22 > DESPORTO pág. 26 > CULTURA
SEMANÁRIO DA
pág. 28 > SAÚDE Publicidade
pág. 29 > CLASSIFICADOS
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Novo acordo ortográfico
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“Nunca me furtei a desafios e acima de tudo ponho o meu país e ponho o meu distrito e o meu concelho.” ∑ Almeida Henriques, secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, em entrevista ao Jornal do Centro
Nuno André Ferreira
| págs. 8 a 10
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REGIÃO DE VISEU
pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
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2
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
praçapública rPenso que os cida- rA cultura não é uma rSó faremos
palavras
deles
Nuno Terra Lopes Vogal da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (Entrevista ao Jornal do Centro)
Opinião
Sofia Campos sophie.sophie@sapo.pt
Opinião
Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com
r
Quer queiramos coligação quando ela quer não o Politécnico for para o bem do con- é a nossa âncora” celho e para bem dos dois partidos”
dãos devem começar ilha no país” a temer pela sua segurança [nos cuidados de saúde]”
José Rui Martins Diretor artístico da ACERT (Entrevista ao Jornal do Centro)
Hélder Amaral Presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS-PP, eleito no passado sábado (Agência Lusa, 14 de Julho)
Almeida Henriques SE Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, em entrevista ao Jornal do Centro
Stop. Eu quero mudar! A minha caixa de correio electrónico lotou com a quantidade de mensagens que recebi comentando o meu último artigo de opinião, publicado nesta coluna. Uns elogiam-no. Outros arrasamno (me). Durmo bem para ambos os lados. Mas, obrigadinha. Tenho direito a ser jovem, ter opinião e poder expressá-la. Não ando a reboque nem a soldo de partidos e penso pela minha cabeça. E se calhar, pensar pela nossa cabeça, para alguns é um embaraçoso incómodo. Creio que todos nós, os que nascemos no pós 25 de Abril, desconhecemos realidades terríveis – como a privação da liberdade de expres-
são – e nos tornámos uma franja da população mais irreverente mas, ao mesmo tempo e de modo desconcertante, mais acomodada. Ou seja, dada áquilo que é cómodo. Porém, os tempos que vivemos, com ondas de choque geradas pelos vampiros do neo-liberalismo global, são portadores de imensa novidade, que nem sempre é boa, de imenso repúdio, que é salutar e de muita mudança, que se exige necessária. As políticas hoje em vigor estão podres. Cambaleiam ao peso das suas quatro décadas dos mais obtusos abusos. Os políticos, em geral, não honram a confiança do voto. Frequentemente se perdem na cupidez ou no parolismo. Por vezes nas
duas, em simultâneo. Viver na aurora do século XXI ao cheiro bafiento do século XIX e ao som plangente do fadinho da mariquinhas, não é destino desejado. Nem arejado. Hoje, é imperioso não ir por aí e “correr à pedrada” a corja de trauliteiros que, no seu casulo artificial, deixou de perceber o tempo e está manietado ao modo herdado dos avoengos visigodos e espartilhado na arrogância de Viriato e nos salamaleques da subserviência e da conveniência mais venal. E nós (oh… quanto isto é inexplicável!) mesmo despojados de ilusões, das derradeiras vestes e dos últimos sonhos, continuamos a trotar, balindo harmoniosamente, para
o açougueiro, que nos rapa o pelo, nos bebe o sangue, nos come a carne e rói os ossos. Temos o que merecemos? Respondam-me os da geração de 80, se conseguirem, de preferência com actos de cidadania interventiva e menos “caroço”!
amor com fim trágico de José Jorge, incriminado na morte da amada por pretendente ciumento, e executado também ele pela forca em 1843. O Padre José Adão dos Santos Álvares descreveu em 1844 na Revista Universal Lisbonense o antepenúltimo enforcamento em Portugal de José Fernandes Begueiro e a Câmara Municipal de Montalegre editou em 1983 pela mão de José Jorge Álvares Pereira o 3° Caderno Cultural, com o título “Último enforcado em Montalegre” transcrevendo o relato e todos os pormenores possíveis do acima referido. No 1º Volume do Dicionário dos mais Ilustres Trasmontanos e Alto Durienses coordenado por Barroso da Fonte assegura-se que depois desse enforcamento só houve mais dois em Portugal, Manuel Pires de Cernancelhe em 8 de Maio de 1845 e José Maria conhecido pelo “Calças” em Chaves em 19 de Setembro de 1845. A pena de morte por crimes políticos seria abolida em 1852
e por crimes civis em 1867, o que nos tornou dos primeiros países do mundo a fazê-lo e devo dizê-lo, julgo ser grande motivo de orgulho! Mas voltando a Forca, do que me aprouve apurar, afirmo agora que Manuel Pires não terá sido o último mas o penúltimo enforcado, quanto à existência de uma forca na aldeia nada o parece corroborar além da afirmação do Abade Vasco Moreira em 1929, de qualquer das formas, e uma vez que o nome Forca não pode implicar outros significados nem comtempla nenhum sinónimo, me parece que a sua toponímia residirá numa destas duas situações, que apesar de repudiado pelos seus habitantes me parece digno e de grande conteúdo histórico, considero-o até extremamente identitário e original, podendo ser aproveitado em benefício próprio como curiosidade para visitantes. Aldeia de Santo Estevão não me parece tão curioso nem tão original, mas é só a minha opinião.
Forca, que toponímia? Forca é uma aldeia anexa da freguesia do Carregal em Sernancelhe, espraia-se como um oásis pela vertente norte da Serra da Lapa e é rica em pastos e outras culturas, sendo que a sua população se dedica na sua grande maioria à agricultura. Mas o seu nome nunca gerou paixões, e agora as placas exibem o nome de Aldeia de Santo Estevão seu padroeiro por iniciativa dos seus habitantes, mas nas instituições de direito Forca continua a ser a correta designação. Mas de onde vem tão original nome? Abade Vasco Moreira em “Cernancelhe e seu Alfoz”, assegura que assim é da existência do instrumento onde os condenados por graves delitos conheciam o triste desfecho da morte por enforcamento. Dr. Abílio Louro de Carvalho em “Da varanda do Távora” já adianta história mais fantástica, teria aqui sido recuperado nos montes circundantes, Manuel Pires o último condenado à forca em Portugal que aqui se en-
contrava acoitado, julgado e condenado no Tribunal de Caria que hoje é a Vila da Rua e onde ainda se encontra o Pelourinho e a Casa da Câmara e da Cadeia, efectuou penitência na Igreja do Convento em Moimenta da Beira sendo depois executado na Rua. Na história escrita por António Torrado e levada à tela em ”O último condenado à morte” de 2009 com Ivo Canelas no principal papel, dá como certa a pertença deste epíteto a Francisco Mattos Lobo, enforcado em 16 de Abril de 1842 no Cais do Tojo a Santos-o-Velho, o que se verá já a seguir que é de todo falacioso. Em Bragança conta-se a história de
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
números
estrelas
480
José Rui Martins Director Artístico da ACERT
Desde o ano de 2000, o distrito de Viseu perdeu 480 serviços públicos.
Importa-se de responder?
Na porfiada iniciativa de dar continuidade ao Tom de Festa, José Rui Martins, o rosto da ACERT, concretiza o 22º Festival de Música do Mundo, apesar das graves limitações orçamentais.
Desde 2002 a liderar os destinos do futebol distrital, foi reconduzido até 2015, mantendo uma posição de defesa dos clubes locais e de reinvindicação perante a tutela.
Ao fim-de-semana visito os meus avós. Apesar de morarem longe, vou sempre ter com eles. A minha avó teve muitos filhos e todos vão visitá-la
Bernardo Calheiros
Carolina Albuquerque
9 anos
10 anos
Tenho uma relação muito próxima com os meus avós, sobretudo com o meu avô, porque joga futebol comigo. É normal os meus avós irem de férias comigo, isso mostra a grande união familiar.
Tenho uma boa relação com os meus avós. O meu avô tem um café e nós, os cinco netos, gostamos de ajudar. Nas férias, vamos todos juntos.
Miguel Marques
Ana Manuel
13 anos
10 anos
Margarida Assis Estudante
O autarca Hélder Amaral regressou à liderança da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS/PP, eleito no sábado em lista única, com um projeto ambicioso para as próximas autárquicas.
O que representam os teus avós? Os meus avós são uma companhia muito boa e eu gosto de estar com eles. Os meus avós têm 18 netos e distribuem amor por todos, eu como sou o que moro mais perto, visitoos mais vezes.
Pionés/Punaise
Hélder Amaral Presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS-PP
José Alberto Ferreira Presidente da AFV
Do que é efémero Brotado há trinta anos, o Cinema na Cidade volta agora a aclarar e inspirar quatro poucas mas benditas noites de Verão viseenses, numa já tradição do regresso, datado de 2009. Com ele, reaparecem os Jardins Efémeros, erigidos, não plantados, porque são efémeros, não criam raízes, são aparição, quiçá miragem. Este projecto, cuja materialização periódica se quer mais perene do que o conceito que lhe subjaz, completa um ano, agora, na sua segunda edição. A efemeridade acende na minha lembrança, e reacende indefinida-
mente, Floriram por Enmão humana, que é, aliás, só mãos e braços e troncos nus e gano as Rosas Bravas, e corpos inteiros humanos, é quaCamilo Pessanha do princípio ao fim, e a sua Clepse inevitável pensar que foi, em Viseu, por engano que floriu a sydra, incorruptível, inePraça D. Duarte, ou que são as xorável, pavorosa, letal. Estes Jardins tinham oliveiras, as hortenses, os arque ser Efémeros para nos bustos a insurgirem-se contra arrebatarem, tinham que uma quietude qualquer, a chaacabar antes de podermarem o sol às suas cores; que, mos fixá-los - “Imagens há, afinal realmente, uma Rebelião das Tílias. que passais pela retina/ Dos meus olhos, porque Da varanda da Casa do Temnão vos fixais?”… – para po, parece a Sé uma ilha remota os guardarmos como ténue poeira recordação enublada de um sonho, - “Quem as esparze – quanta flor! – do céu,/Sobre nós dois, sobre os cara aos sentidos, “Estranha som- como talvez realidade… bra em movimentos vãos”, como E, embora saibamos que tem nossos cabelos?”
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Diretora: Catarina Fonte
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
Os homens e as coisas “Há estrelas mortas que ain- imitações que, se não na totalida vivem porque a sua luz ficou dade, pelo menos na essência, se aprisionada no tempo.” tornam em actos louváveis. Viseu agita-se numa onda viCosmópolis, Don DeLillo gorosa de manifestações de índole mais ou menos cultural. Se Há, no agir, uma relação com bem que a noção de cultura posimenso mimetismo. sa ser mais abrangente que a Via Se de muitas imitações mais Láctea… não vem do que um cómico psiGiríssimo é ler no ar as ondas tacismo, de outras rompe a mais de ufania. É entender que a culinaudita violência e, enf im, há tura – o que quer que tal seja – se
tornou um paradigma estimado, acarinhado, estimulado. E entender que os políticos o entenderam, com o seu olho finório para captar franjas eleitorais emergentes e muito alhead a s/de si lud id a s – p or le g a l desconfiança – das suas costumeiras (ou costaneiras?) atitudes. E então quando a cultura vivif ica, gera animação, traz ri-
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Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
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Opinião
O humor é…
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O humor é, sem margem para dúvidas, e cada vez mais na deprimida “pólis” onde escolhemos viver, uma das chaves para a compreensão da cultura local. O humor é uma das formas mais nobres de criação artística e basta ler Oscar Wilde ou Evelyn Waugh para o confirmarmos. Um grande humorista, para o ser, terá de possuir um relacionamento franco com a vida pois o humor deriva da nossa consciência pessoal, do saber rir das nossas imperfeições, sendo indissociável das nossas tragédias e dramas, tanto colectivos como pessoais. Em cada época da história social e humana o pensamento cria e derruba paradigmas
e o humor soube evoluir de acordo com espirito de cada época. Contudo, e apesar de o humor ser largamente teorizado e discutido, ainda há quem não o entenda como forma de arte ou de pensamento e pior ainda, quem falhe na sua compreensão. Existem subtilezas entre apenas ser cómico, ser irónico ou satírico! Para Sócrates a ironia é uma espécie de “docta ignorantia”. S. Tomás de Aquino vê na ironia uma forma de obtenção de benevolência alheia pelo fingimento de falta de méritos próprios. Com Kant a ironia passa a ser considerada alguma coisa aparente que, como tal, se impõe ao homem vulgar ou distraído. Já a sátira, como
mostra Gil Vicente, é mais corrosiva e implacável, serve para mostrar indignação, para punir abusos, denunciar preconceitos, injustiças, etc… A capacidade de influência do humor, grosso modo, é determinada pela personalidade do ouvinte ou receptador da mensagem e distingue-se das restantes formas de comunicação pela possibilidade de independência em relação qualquer dialéctica e também pela possibilidade de ausência de qualquer função social ou mesmo sentido. Ou seja, se “há tantos humores como humoristas” então na cidade o humor devia ser parte do conceito de cidadania, não concordam? Se o humor é tão impor-
tragos, se mais não for porque nos desabituam de ver as palavras bem escritas. Mas não são, entendo eu, o mais grave (tenha, aqui, grave o sentido que tiver). Graves são as alterações que passam duradouramente para a língua, escrita ou falada; “tá”, substituto de “está”, talvez seja o exemplo mais comum dessas alterações: o verbo tar passou dos telemóveis para as folhas dos testes escolares e parece ter já uma boa implantação no “mercado” da escrita, sobretudo a mais jovem, e
da própria oralidade. 2. A pontuação, quando não está completamente ausente, ocupa poucos dos carateres limitados dos sms. Pouco usada naquele que é um dos meios de escrita mais utilizados pelos jovens, a pontuação perde importância em outras situações de escrita mais formal. Não será essa a razão única explicativa das deficiências de pontuação que, cada vez mais, correm pelos textos; aliás, os seus autores têm, em muitos casos, mais idade
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Pensar o quotidiano
Gerência Pedro Santiago
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Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
A. Gomes Professor de Filosofia
Opinião
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António Vilarigues anm_vilarigues@hotmail.com
XVII. o vocativo 1. O uso intensivo de mensagens curtas através de telemóveis (vulgo, sms) irá (está a) modificar a língua. A língua escrita, num curto prazo, e, inevitavelmente, a língua falada, num prazo não muito mais longo. São imprevisíveis as consequências da quase ausência de acentuação nos sms, do caráter telegráfico das mensagens, das abreviaturas exigidas pelo espaço reduzido… Abreviaturas comuns no género de pk em vez de porque fazem es-
A importância de um Centro de Saúde A política de saúde do actual governo caracteriza-se por um conjunto de opções programáticas e não conjunturais. Por outras palavras: mesmo sem o pretexto da crise e o Pacto de Agressão, as opções do governo seriam do mesmo tipo. Quando muito apenas os sectores e prazos poderiam ser diferentes. Os objectivos do governo PSD/CDS são claros: por um lado, privatizar o
essencial da prestação de cuidados de saúde, o que dá lucro. Por outro, reduzir o papel do Estado à promoção e ao financiamento, o que dá prejuízo. Se dúvidas pudessem existir sobre este objectivo, basta recordarmos o aumento dos custos para os utentes, o encerramento de cuidados de proximidade, a desorganização que se vive em muitas insti-
tuições públicas de saúde. E os resultados pretendidos pelo governo aí estão: no final do primeiro trimestre do ano, foi anunciado um crescimento de 15% nas idas às urgências nos hospitais privados. No mesmo período houve uma redução de 300.000 idas às urgências nos hospitais e Cuidados de Saúde Primários. A campanha desencadeada na co-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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queza e sensação… a vida torna-se uma festa. Tão pulsante que até nos faz esquecer que somos uns pobretanas, indigentes, insolventes e coniventes. A festa é amiga e caridosa com a pobreza. E não são tão lindas, se bem que efémeras, as lágrimas luminosas de um estralejado foguetório? “Como sit uar-m e e m face de sta luz, que, em bom rigor, não existe?” (idem, ibidem)
tante não devia ser parte também dos critérios de definição da qualidade de vida dos cidadãos? Não se mede a felicidade de Nações? Porque não medir o humor das mesmas Nações? Mas longínquos vão os anos de S.Tomás e hoje somos parte de uma Europa cinzenta, de contribuintes exauridos de um País sem piada e com cidadãos adormecidos de uma Cidade onde ainda dá gosto viver, mas que deixou de saber rir de si própria. Formatados por décadas de poder laranja, onde apesar de tudo foram crescendo muitas anedotas, a Cidade fica de mau humor quando se questiona, critica, interroga, pergunta porquê ou se lança uma piada de bolso. Em Itália Beppe Grilo atirou-se à
“casta” dos políticos, às multinacionais, à comida de lixo, contra tudo e contra todos e com um humor tal que nas últimas autárquicas de Maio obteve 15% dos votos do eleitorado. Robert Castiglion é o novo presidente da Câmara de Sarego graças a uma campanha bemhumorada que custou 600 apenas. Os partidários de Grillo são jovens, têm emprego, são casados, têm filhos, estão cansados dos políticos corruptos e querem a renovação e a limpeza da política italiana. Nos EUA Obama, no jantar de correspondentes da Casa Branca, ri-se de si próprio, das suas políticas e dos adversários… Então, porque não desejar que a cidade de Viriato seja local de reconhecida qualidade de vida, mas também a
urbe onde os habitantes trocam sorridentes bons dias pela manhã, pela tarde e à noite se juntam para beber um copo, partilhar uma risada e discutir seriamente o futuro comum? Porque não dar a conhecer Viseu como o concelho onde todos têm espaço de expressão das suas expectativas, dos seus problemas, das suas ideias e tudo isso num clima bem-humorado que só a confiança no futuro permite? Porque não fazer da cidade um imenso “Jardim Efémero” onde com espirito se discute que Viseu queremos para filhos e netos? Leon Eliachar dizia que o humor é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros… que bom seria que quem governa permitisse que tal aconteça! Mas a realidade é outra. Permitam
que a finalizar deixe um exemplo ilustrativo do atrás referido. Se porventura num dado fórum politico da cidade me passasse pela cabeça anunciar que em Viseu só cresceram nestes últimos anos duas coisas, o “banco de terras” e as empresas do Dr Almeida Henriques arriscava-me certamente a que me propusessem na Assembleia Municipal como “persona non grata”, mas já se pelo contrário afirmasse que valia mais apostarem no Dr José Costa como candidato do que no previsível “dispensável remodelável” governante arrancaria uma valente gargalhada da plateia. Percebem agora o drama de uma cidade que não se sabe rir de si própria e porque é o humor uma das chaves para a compreensão da sua cultura?
que os telemóveis. Pontuar um texto requer um tal conhecimento da (e uma sensibilidade para a) língua – mesmo quando esse conhecimento e essa sensibilidade já se tornaram reflexos – que só pode gerar uma certa condescendência, em relação a essas deficiências. Até porque pontuar é um ato com uma componente de subjetividade muito forte – e vou deixar entre parêntesis a “péssima” pontuação dos livros de Saramago… 3. É nas redes sociais (com características de escrita próximas das dos sms) onde é mais visível quanto a pontuação
sofre. No Facebook, por exemplo. Particularmente quando o número de “amigos” do Facebook atinge várias centenas, não é fácil passar um dia sem aniversários. As mensagens de felicitações ao (e de agradecimento do) aniversariante são a amostra de que o vocativo está a perder a vírgula que lhe foi atribuída, sabe-se lá há quanto tempo. Em tendencialmente 100% das celebrações, escreve-se “Parabéns Luís”, em vez de “Parabéns, Luís” e “Obrigado Maria”, em lugar de “Obrigado, Maria”. E parece ser assim o correto, incluindo
a competentes professores de Língua Portuguesa. 4. Os próprios responsáveis pelos chamados meios de comunicação parecem desconhecer a importância de separar devidamente (quero dizer, através de vírgula) o vocativo, dos outros termos sintáticos: para dar um só exemplo, além do que figura no “Adeus checos” da imagem – a RTP todos os dias nos informa através de um “Bom dia Portugal” – um programa, também ele, sem vírgula. Um d i a destes , u m a cen a de documentário, num canal televisivo,
mostrava um diálogo entre dois jovens que comiam pêssegos. Às tantas, um deles insistiu com o outro, que não queria comer mais; segundo a legenda, terlhe-ia dito: “Come mais um rapaz!”. A diferença entre este incentivo e o que, presumivelmente, terá sido dito em inglês (algo no género de “Come mais um, rapaz!”) é muito grande. Ainda que a única diferença visível seja apenas uma minúscula vírgula, a do vocativo. Nota: pode concordar ou discordar deste texto no blogue O meu baú (http:// omeubau.net/vocativo/)
municação social de que era possível, em saúde, fazer mais e melhor com muito menos dinheiro, revelou-se um completo embuste. O governo sabia, e sabe, que esta é uma tese há muito experimentada noutros países com resultados catastróficos para as populações. O governo de Passos Coelho e Paulo Portas sabe que desde o início do ano centenas de milhares de portugueses deixaram de recorrer aos cuidados de
saúde. Porque deixou de ser necessário? Não! Tal facto deve-se a uma política que nega o direito ao acompanhamento médico, que elimina ou reduz a dimensão preventiva e o acesso ao diagnóstico, que coloca em risco de vida e à falta de qualidade de vida de muitos doentes devido às restrições que estão a ser impostas ao Serviço Nacional de Saúde. Deve-se ao aumento brutal das taxas moderadoras, ao retirar de apoios ao transporte de
doentes não urgentes, ao encerramento serviços e valências hospitalares, ao racionar a utilização dos meios fundamentais ao tratamento dos doentes. Um exemplo muito pessoal. No último fim-de-semana de Junho fui atingido por uma infecção bacteriana. Sábado desloquei-me ao Centro de Saúde do meu concelho, Penalva do Castelo. Estava aberto o que nem sempre acontece. Foi de imediato feito o diagnóstico, o
primeiro tratamento, fui medicado. Caso estivesse encerrado teria ido ao Hospital de Viseu (30km). Em alternativa esperaria por segunda-feira. Em qualquer dos casos o resultado provável seria um internamento hospitalar devido ao agravamento da infecção. Estou certo que situações como esta se repetem aos milhares por esse país fora. E demonstram bem a importância de cuidados de saúde de proximidade.
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
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20 | julho | 2012
abertura
texto ∑ Tiago Virgílio Pereira fotografia ∑ Nuno André Ferreira
A José Rui Martins, diretor artístico da ACERT, no arranque de mais um “Tom de Festa”
Festival de Músicas do Mundo em Tondela “Tom de Festa”∑ Tributo a Zeca Afonso e espírito de voluntariado são as características marcantes num ano de dificuldades Como uma matriz diferente de todos os festivais, o “Tom de Festa” – Festival de Músicas do Mundo – um dos mais antigos do género no país, arranca para a sua vigésima segunda edição. A organização ponderou não avançar com o evento, devido ao corte no apoio financeiro pela Direção Geral das Artes. Contudo, a união dos elementos da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) e de outras associações do concelho fez a força. E nos dias 26, 27 e 28 deste mês, começa mais um “Tom de Festa”. Sob o tema “Terra da
Fraternidade”, o conceito deste espetáculo é” por um lado um sonho, e por outro uma surpresa e uma felicidade incrível”, disse José Rui Martins. O concerto tributo a José Afonso, marcado para o dia 28, reflete o espirito da ACERT. “Achamos que ele é um dos fundadores da ACERT mas, por incrível que pareça, nunca tínhamos feito um espetáculo de homenagem ao José Afonso, nestes 36 anos. Participamos em muitos e o nosso trabalho reflete o espírito do Zeca transversalmente”, explicou o diretor artístico. Este espetáculo, será a estreia pública do “Grândola
Vila Morena”. Contará com uma banda base composta pelos músicos do Trigo Limpo e uma grande orquestra de convidados. Estão a ser preparados arranjos para mais de 30 músicas. “Não é um tributo, pois o Zeca é um dos músicos que estará continuamente no palco. Ele, decerto, queria que fizéssemos um concerto e é o que vamos fazer com todos que adiram à sua música. O Zeca Afonso é uma figura de charneira da música portuguesa e mundial, se ele tivesse nascido na América seria o Bob Dylan. Os espanhóis dizem que a música deles mudou depois de
o ouvirem e foi ele quem introduziu os ritmos africanos na Europa, nos anos 60 e 70”, explicou. O “Tom de Festa” é único no país. Não tem vertente comercial, levita à volta do voluntariado e funciona como um local de encontro de pessoas da região com outras de fora. Movimenta cerca de uma centena de pessoas que apoiam a produção, a organização, recebem os artistas e constroem o espetáculo. Ao longo do ano, a ACERT teve de repensar a sua forma de gestão. Passou por remodelações profundas e dolorosas. “Ao fim de 36 anos de ativi-
dade posso dizer que o final do ano passado foi o momento mais angustiante de todos que aqui trabalham, na medida em que tivemos de fazer uma coisa que julgámos nunca fazer, ter muito trabalho, muito atividade, a ACERT ter um serviço publico testado e atestado no âmbito regional e nacional e alguns de nós prescindirem de um coração da vida da ACERT. Com toda a certeza, devido ao corte no apoio da Direção Geral das Artes, esta edição foi a mais difícil de fazer”, referiu. A pensar nos públicos, a ACERT decidiu baixar o preço dos bilhetes, em rela-
ção ao ano passado. O “Tom de Festa” assenta no voluntariado das pessoas e das associações “vizinhas” e, em 2012, apresenta um cartaz “que honra, de uma forma particular, a ACERT nestas 22 edições”. A falta de apoio à cultura pelo Governo foi criticada por José Rui Martins. “Se acham que o desenvolvimento de um povo se faz sem esta ferramenta essencial estão muito enganados. Cultura não é festas, folclore ou arraiais mas sim uma identificação de um povo aos seu valores, à autoestima e à identidade”, concluiu.
Jornal do Centro
TOM DE FESTA 2012 ABERTURA 7
20 | julho | 2012
Tem a palavra
r “É um regresso e um encontro da própria ACERT”
A O quê:
José António Jesus Vice-presidente da Câmara Municipal de Tondela, responsável pelo pelouro da Cultura
Tom de Festa: 22º Festival de Músicas do Mundo
A Onde:
Novo Ciclo ACERT, em Tondela
A Quando: 26, 27 e 28 de julho
A A
Preço dos bilhetes: 5 euros para associados da ACERT e reformados. 7, 50 euros para o público geral. Entrada livre, dia 26
Programação: Dia 26, 21h30, na cidade - “Em Viagem pela Cidade”. Um espetáculo teatro-musical de rua, uma produção do trigo limpo teatro acert com actores e músicos voluntários: Coro Polifónico da Casa do Povo de Tondela; Banda da Soc. Filarmónica Tondelense; “Os Cestos” grupo de t. amador (Nandufe) ; Grupo de Teatro da ADCR de S. João do Monte e Teia (Arca, Alvarim) 23h30, na ACERT - Karrossel. “Põem todos a andar à roda! É para dançar”. baile músicas do mundo + porco no espeto Dia 27, 21h30, na ACERT - Luis Pastor: “¿Qué Fue de los Cantautores?” Celebrando os 40 anos de carreira com um original concerto com surpresas imperdíveis. FIL’MUS (ACERT): Fil’mus é um espectáculo cine-musical e completo que promete encantar públicos de todas as idades. SEBASTIÃO ANTUNES: As tradições representam uma raíz de saber. Dia 28, 21h30, na ACERT - “Terra da Fraternidade”: Concerto de tributo a José Afonso, 40 anos da primeira interpretação pública de “grândola vila morena” edição portuguesa do concerto da galiza maio’12. Banda base: A Cor da Língua, ACERT + convidados: Cantos da Liberdade, Carlos Clara Gomes, Couple Coffee, Chévere, Fran Pérez Narf, Francisco Falhais, João Afonso, júlio pereira, Lourdes Guerra, luís Pastor, Manuel Ffreire, Najla Shami, New Sketch, presença das formigas, Sebastião Antunes, Sés & Bocixa, Trigo Limpo Teatro ACERT, Uxía , Vitorino , Zeca Medeiros Encerramento: DJ Johnny Red + VJ Mecca Sons do Mundo e Vídeo numa maratona de encerramento.
∑ Consciente das dificuldades económicas das associações, em particular das culturais, o município de Tondela está atento e vai manter os apoios essenciais à sobrevivência das organizações e eventos, como o “Tom de Festa”. José António Jesus, responsável pelo pelouro da cultura, aplaude o espírito de sacrifício e de voluntariado de todos os envolvidos no festival e lembra que a oferta cultural é uma das bandeiras do concelho.
1.
O que representa o “Tom de Festa” para o concelho?
O município tem uma estratégia de desenvolvimento e promoção cultural que passa pelo apoio e estímulo a um conjunto de atividades e instituições culturais do concelho nas várias áreas: dança, teatro e expressões. O estímulo à produção local é relevante não só para a formação de públicos mas também para que possa ser dado um espaço criativo para aqueles que aí se queiram estabilizar. Em paralelo, há um conjunto de eventos anuais que são bandeiras do concelho como a “Queima e o Rebentamento do Judas” e o “Tom de Festa”, sem esquecer, noutro contexto, a “Ficton”. Por isso não podíamos deixar de apostar e incentivar esta edição do “Tom de Festa”. Sem esta atividade, haveria uma perca muita significativa das ofertas culturais, mas também de uma referência regional da oferta cultural que temos para apresentar à nossa região.
2.
Apesar das dificuldade que económicas que a ACERT teve para realizar esta edição, a Câmara nunca negou apoio, porquê?
Nós temos uma relação de parceria com a ACERT que não se esgota no apoio financeiro mas sim no apoio permanente das várias problemáticas que vão surgindo. Sabemos que todo o movimento associativo passa por dificuldades, em especial a ACERT, que teve de reformular a sua estrutura e equipa, em função dos cortes sofridos pela Administração Central. Estamos a acompanhar essa evolução, mas também sabemos que a ACERT tem tido indicadores de produção muito significativos se tivermos em conta que muitos profissionais da casa deixaram de ter uma relação de entidade patronal e passaram a ter uma relação colaborativa e voluntária. Isto mostra que há um arregaçar de mangas, um erguer de vontades, no sentido de contornar este tempo de crise. Mas, não é possível viver desta forma eternamente. Mantemos o apoio à atividade regular da oferta formativa, educativa e cultural que o espaço Novo Ciclo apresenta ao longo do ano.
3.
Teme que a menor qualidade do cartaz atraia menos gente ao concelho?
O cartaz apoia-se numa grande força que estou convicto que será capaz de superar todas as dificuldades e eventuais restrições. Essa força é o voluntariado. Grande parte deste cartaz tem um forte envolvimento de instituições locais de outras associações culturais, que será uma mostra da força do associativismo do concelho. Também estarão presentes uma série de nomes de referência nacional, que farão que Tondela, na “Terra da Fraternidade”, será um marco de afirmação destes rostos. É um cartaz diferente, mas não necessariamente menor quando comparado em termos qualitativos, mas ao ser diferente é capaz de atrair os valores do voluntariado e da solidariedade, que são as matrizes basilares de todo o movimento associativo. É um regresso e um encontro da própria ACERT.
4.
Qual o orçamento da Câmara para o festival?
É um orçamento que andará nos valores de um terço, daquilo que era a referência financeira para esta organização. Não podemos esquecer a componente voluntária que não é mensurável. Há também um trabalho logístico de apoio através das brigadas municipais e outros serviços do município que não está contabilizado. O apoio financeiro é o mesmo do ano passado e será de cerca de 20 mil euros.
8 entrevista ∑ Paulo Neto fotos ∑ Nuno André Ferreira
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
à conversa
“Há um ano atrás éramos um país à beira da bancarrota” António Almeida Henriques Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional António Almeida Henriques nasceu em Viseu, em 1961. É advogado e dedicou os últimos vinte e cinco anos à atividade empresarial e ao associativismo empresarial em diversos sectores. Deputado nas IX, X e XI legislaturas, foi Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XI Legislatura, com a coordenação da área económica, tendo sido também Vice-Presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República e Vice-Presidente da Delegação portuguesa à Assembleia Parlamentar da OSCE. Foi Vice-Presidente da Confederação da indústria Portuguesa (CIP), Presidente do Conselho Empresarial do Centro-Câmara de Comércio e Indústria (CECCCIC) e Presidente da Associação Industrial da Região de Viseu. É Presidente da Assembleia Municipal de Viseu e da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal Dão-Lafões.
Quais são os dossiês relevantes que tem em mãos e cuja responsabilidade decisória lhe compete?
Sou secretário de estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, o que significa que faço o acompanhamento político dos diferentes dossiês do ministério, nomeadamente em reuniões de secretários de estado, quer em representação do ministério da Economia e Emprego quer na preparação dos próprios conselhos de ministros. Em termos de matérias temáticas, o “prato forte” da minha responsabilidade é a gestão do quadro dos fundos comunitários, numa componente muito forte, quer do ponto de vista da economia, quer do ponto de vista do desenvolvimento regional o que me permite ter quase 10 milhõe de portugueses como destinatários das políticas do meu ministério e da minha secretaria de estado porque, para além da economia tenho o desenvolvimento regional, que me põe em contacto com os empre-
sários e com os autarcas e tenho ainda sob minha responsabilidade a área do consumidor. Na área do QREN, num ano de acção enquanto membro do governo fiz já duas reprogramações. Quinze dias depois de estar em funções, estava a entregar em Bruxelas a primeira reprogramação técnica, que foi o primeiro passo de todo este trabalho que desenvolvi nos fundos estruturais ao longo deste ano. Qual foi o efeito que teve? Foi o aumento imediato da comparticipação das taxas comunitárias, isto é, Portugal passou a ver a sua comparticipação aumentada para 85 % ao contrário dos 70 % que tinha anteriormente, o que levou a que só aqui, nesta operação inicial, nós tivéssemos tido uma injecção na economia, por via dos fundos comunitários, quase na ordem dos 700 milhões de euros. Depois, avancei para a reprogramação estratégica que entregarei em Bruxelas 2ª feira. Portugal tem claramente duas prioridades que são entendidas por to-
das as pessoas: por um lado é combater o desemprego, que tem vindo a crescer de uma forma exponencial, e por outro lado poder estimular a economia. Qual o breve ponto de situação dessas políticas?
No âmbito da minha área, para além do QREN e desta programação, que se tem que fazer no domínio dos fundos estruturais, centrei a minha acção em três grandes eixos. Por um lado o financiamento da economia, por outro lado a promoção das exportações e por outro lado a revitalização das empresas. Só temos um caminho a seguir que é o de fomentar as nossas exportações. E desse ponto de vista, a economia tem-se comportado bem. As nossas empresas têm reagido muito bem. Por um lado à situação de diminuição da procura interna, por outro lado à necessidade de procurarem novos mercados. Nós hoje temos mais 3 mil empresas a exportar em Portugal do que as que tínhamos há um ano
atrás e se olharmos para o volume das nossas exportações, apesar de alguma estabilização/estagnação que se verifica nos mercados europeus, verificamos que os nossos empresários se têm estado a virar essencialmente para o Atlântico. Eu diria que depois de alguns anos virados de costas para o Atlântico, os nossos empresários estão a descobrir os novos mercados e o próprio Governo acaba por colocar no centro das suas políticas consolidar a nossa posição europeia. Os nossos grandes mercados estão na Europa. Neste momento apesar do crescimento extra comunitário, a Europa representa para nós cerca de 70% das nossas exportações, o que é significativo. Mercados como o espanhol, o alemão, o francês, o italiano, o holandês, são mercados extremamente fortes para Portugal, do ponto de vista das suas exportações, mas não deixa de ser claro, no último trimestre há um ligeiro decréscimo de 4% para Espanha, de 3% para Alemanha, o que significa
que temos que estar muito atentos e consolidar a nossa posição na Europa, mas sobretudo abrir novos mercados. Dentro do próprio Governo há uma concentração de esforços entre a Economia e os Negócios Estrangeiros. Há uma prática de diplomacia económica, que foi iniciada por este governo, de responsabilização dos nossos diplomatas. Os nossos embaixadores são hoje os verdadeiros representantes do Estado lá fora. Estamos a iniciar uma nova mentalidade, a de pôr os nossos diplomatas cada vez mais a trabalharem para a nossa economia. Nesta área, tenho essencialmente sobre minha responsabilidade na Economia, o continente africano e a América latina, que são dois mercados de crescimento natural, No continente africano essencialmente com Angola, que é um mercado natural para os portugueses e na América latina, por exemplo, tenho acompanhado muito de perto a nossa entrada nos mercados da Colômbia onde, na primeira
visita que fiz, com o ministro Paulo Portas, tínhamos 5 ou 6 empresas e neste momento já temos mais de 20. Presido também à Comissão Mista PortugalVenezuela com uma forte comunidade portuguesa, da qual há que tirar partido. Há que aproveitar estes novos mercados. E de facto, neste último trimestre, até finais de Maio, estávamos a crescer 24,9% nos mercados extra comunitários. O que significa que nos últimos dois anos duplicaram. Temos um peso de quase 30% nesses mercados. Neste momento difícil que estamos a atravessar Portugal tem três responsabilidades: credibilizar a sua imagem internacional e o Governo deu aqui um grande passo, porque após este primeiro ano a comunidade internacional voltou a acreditar em Portugal; por outro lado uma perspectiva muito centrada na arrumação das contas, a terceira vertente é a das reformas estruturais. E aqui há que reconhecer o grande esforço que o ministério da Economia tem
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feito. Muitas das reformas estruturais feitas neste primeiro ano estão focalizadas no ministério da Economia. Desde logo a reforma da legislação laboral feita com o IVA depois de um acordo de concertação social que é extremamente importante para a vida do país. A reforma do licenciamento industrial concluída e em fase de implementação, que vai permitir criar quase um sistema de licenciamento zero para os industriais. A reforma do código de insolvências e de recuperação de empresas que acabou por ser desenvolvida na vertente do programa Revitalizar. Por outro lado, a reforma do sector dos transportes que foi desenvolvida pelo meu colega de Viseu, o Sérgio Monteiro, A lei da Concorrência que também foi revista com o Tribunal da Concorrência em Santarém. Criar um clima mais amigo do investidor e das empresas e ao mesmo tempo criando patamares para ajudar as empresas. Entrámos em funções e logo na primeira semana instituímos a iniciativa “Empresas à Sexta”. Todas as sextasfeiras passo o dia fora. Já corri o país e um terço dos municípios e já se contam por largas centenas as empresas com quem eu interagi, para ter um sentido de como está o tecido empresarial e até para ajudar a desatar alguns nós que todos os dias surgem. O financiamento às empresas é outro tema quente, com empresas a fecharem portas a um ritmo preocupante. Que soluções podem hoje as empresas encontrar?
Há um ano atrás éramos um país à beira da banca rota, com dificuldade de acesso ao mercado, com os financiadores internacionais a saírem do nosso mercado e a obrigarem a um esforço da própria banca, substituindo-se a esses investidores, nomeadamente no sector empresarial do estado. Um ano depois o que é que se verifica? Verificamos que a banca está mais aberta e começa a ter mais liquidez para poder financiar as empresas e com uma nova filosofia. A CGD ainda a semana passada lançava uma linha de 1500 milhões de euros para a revitalização de empre-
sas. Há alteração que deriva da confiança dos mercados e da necessidade de criar mecanismos alternativos de financiamento. O Governo procurou durante esta ano criar políticas para ajudar as empresas. A linha PME-Crescimento é um bom exemplo disso. Tem menos de 5 meses de funcionamento e mais de 90% de utilização. Estamos a falar de uma linha de 1500 milhões de euros que reforçámos acerca de duas semanas com mais 1000 milhões de euros. É uma linha estruturada, virada para a liquidez das empresas, alicerçada numa lógica de garantia, isto é, a banca empresta o dinheiro, as empresas têm que criar condições para que esse dinheiro seja disponibilizado e ao mesmo tempo, temos posto um enfoque importante nas empresas exportadoras. Metade desta linha Investe PME-Crescimento é virada para as empresas exportadoras. Outra vertente onde procurámos actuar foi na do Capital de Risco em Portugal, com a reestruturação dos capitais de risco do Estado. Procurámos também, nesta reestruturação do QREN, virá-lo para a vertente das empresas. Estamos a falar num acréscimo de 705 milhões de euros de incentivos para as empresas. Estamos a falar de 137 milhões de euros virados para os fundos de revitalização espalhados por todo o território. Falamos também em colocar micro crédito para apoio à micro e pequena empresa. Estamos a falar num conjunto de mecanismos que significam, a par da linha Investe Qren. Temos também uma linha de 1000 milhões de euros em que direccionámos 500 milhões que tínhamos para investimento produtivo, entrando a banca com outros 500 milhões, numa perspectiva de partilha que temos procurado, que é de corrermos riscos com a banca para podermos financiar a economia na Investe QREN para poder financiar o investimento produtivo. A filosofia da Investe QREN é claramente uma bandeira. Vai ser lançada esta semana. Com a aprovação em Bruxelas desta reprogramação, na 2ª feira, é lançada na 4ª feira a linha Investe QREN
que disponibiliza estes 1000 milhões de euros. Muitas das empresas hoje chegam à banca e não conseguem financiamento para o seu projecto de inovação, de exportação, de projectos já aprovados nos diferentes incentivos. Agora vão passar a ter, porque há uma partilha de risco entre o Estado e a própria banca e isto foi uma linha negociada entre mim e a própria banca. Por cada euro da banca o Estado arrisca também um euro e garante 37,5% do risco que a banca está acorrer através da garantia mútua. Criar políticas ao invés de estar a transferir dinheiro de uma forma cega. O Estado não vai meter dinheiro directamente nas empresas. Vai criar condições para que o mercado funcione de forma consistente. Há uma mudança de paradigma. Ao criarmos o Gabinete de Crise no primeiro minuto percebemos que não podemos actuar de forma voluntarista. Daí os programas Revitalizar, o Investe QREN. Exportações, investimento e revitalização é um triângulo em que estamos a apostar. Hoje, o processo de insolvência de uma empresa pode ser encarado como solução e não como fim da empresa?
A criação do Programa Revitalizar é algo que defendo há 10 anos, tal como existe nos EUA, que não empurrasse as empresas em dificuldades para uma situação de insolvência. Já se perderam milhares de empresas neste país pelo facto de não existir o Revitalizar. Nos últimos 10 anos menos de 1% das empresas que se apresentaram à insolvência conseguiram recuperar. O que é francamente pouco. Quantas boas empresas se não perderam? Por outro o lado, o Estado fala a várias vozes. Muitas vezes, nestes processos, encontramos o Fisco e a Segurança Social a falar a duas vozes. O IAPMEI a falar a uma terceira voz. Neste Revitalizar tem três grandes parâmetros: o legislativo, de procedimentos do Estado e de financiamentos. Alterar o Código de insolvências e recuperação de empresas, aligeirando os prazos e criando o PER, o Plano Especial de Revitalização, traba-
lho feito entre o ministério da Economia e o da Justiça. Permite a uma empresa que veja que está em dificuldades, antecipar a sua apresentação ao tribunal juntamente com um credor e apresentar o seu plano de recuperação, evitando ir para uma situação de insolvência e é no contexto de assembleia de credores que se vai procurar uma maioria. E se essa maioria viabilizar o plano a minoria tem que o aceitar. Isto é, no fundo, a empresa ganha um novo fôlego através do processo da revitalização e pode até fundir-se com outra empresa, pode vir um novo sócio para a centrar na empresa. Este processo tem que decorrer ao longo de 60 dias permitindo à empresa encontrar um novo fôlego para a sua própria vida. O PER existe para empresas que voluntariamente se vão apresentar, juntamente com os seus credores, para se revitalizarem. Outras empresas chegaram a uma situação que já não têm hipóteses. E é bom que o processo seja rápido para não se perderem os activos. Há uma dificuldade, liquide-se. Nós temos outro paradigma: viabilize-se! Do ponto de vista legislativo há mais uma actualização que fizemos e vai entrar agora em vigor a 1 de Agosto: reforçámos os processos extra judiciais. O antigo PEC que existia no IAPMEI passou a chamar-se SIREV. Se a empresa tem um problema pontual, por exemplo com o Fisco ou com a Segurança Social pode utilizar a intermediação do IAPMEI para chegar a um acordo. Ou com dois bancos, para a resolução de problemas pontuais através de sistemas extra judiciais. Também estamos a alterar a legislação dos administradores de insolvência. Ele hoje está virado para a liquidação do património; nós vamos é premiar a recuperação do património. Há um terceiro patamar: depois de revitalizada uma empresa e reestruturada como é que ela pode ganhar um novo fôlego se não tiver uma injecção de capital novo? É aí que surge a ideia de criar os Fundos de Revitalização que serão lançados também a concurso público até final deste mês. Era preciso concluir a reprogramação do
QREN para podermos libertar 110 milhões de euros de fundos comunitários e ao mesmo tempo concluir a negociação da banca que vai também participar com 110 milhões de euros nestes fundos. No caso concreto da Região Centro estamos a falar de um fundo concreto de 80 milhões de euros que será lançado a concurso e permitirá às empresas que foram reestruturadas de buscarem o seu novo fôlego através dos fundos de revitalização. É uma clara mudança de paradigma na sociedade portuguesa para o qual eu tenho a expectativa, não de ser usado massivamente mas de forma a poder permitir recuperar empresas. Este programa ainda não tem dois meses e já temos 34 processos em tribunal. As empresas e os trabalhadores vão ser o tónus deste país. O Governo pode fazer tudo bem feito, mas se a Economia não ajudar… É preciso desmistificar o risco. Até para levar mais jovens a tornarem-se empreendedores A Lei dos Compromissos está a gerar polémica com autarquias e a ANM. Há lógica para essa conflitualidade?
Este Governo tem tido uma preocupação muito grande: dialogar de forma muito estreita com a ANM. Os municípios, passado o patamar da infraestruturação têm que se concentrar mais na perspectiva de valor dos territórios. Não estarmos à espera do euro milhões, do grande investimento mas rentabilizar todo o pequeno investimento, é um paradigma de mudança. Muitas vezes olhamos para a floresta sem olhar para a árvore. Temos que nos concentrar também na árvore. Há inúmeras oportunidades. Por exemplo, no mercado externo, ainda não tínhamos redescoberto a América latina, com tantas comunidades e uma ligação histórica tão forte e só as estamos a descobrir agora. Mesmo em África, com a vocação natural que temos para esses territórios, só agora os estamos a descobrir… Se eu puder ganhar a minha vida à porta da casa, eu não vou à procura noutro lado. O país tem demonstrado uma atitude de grande resiliência;
os empresários têm pegado nas malas e vão. Está no nosso ADN. Com 900 anos de História temos um dos ADN’s mais ricos do mundo, com uma mistura de sangues que mais nenhum povo tem. Eu chamo muitas vezes aos nossos empresários os nossos novos navegadores. Esse é o caminho. Mas ainda acerca da sua pergunta… Nós temos que gerir com rigor. Uma autarquia quando lança um concurso tem de saber de onde vêm os meios para o seu financiamento. Os recursos não são ilimitados. Não é admissível que o Estado, ao longo destes anos, tenha atirado para uma situação de insolvência milhares de empresas porque não paga a tempo e horas. Isto só se consegue com finanças sãs. Finanças sãs implica o quê? Quando eu decido fazer uma obra tenho de saber de onde vem o dinheiro. A Lei dos Compromissos não é nada mais do que isso. A reprogramação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) tirou à Região Centro 60 milhões de euros. Tal facto levou à demissão do seu presidente Norberto Pires, que entendia que os cortes exigidos eram demasiados face aos 13 milhões que ele propunha e em consequência de haver obras já firmada no âmbito do Programa Operacional Regional do QREN. Qual a sua responsabilidade neste controverso processo? Isso é completamente falso. Uma falácia absoluta. Uma mentira. Nenhuma Região perdeu um cêntimo que tinha. Houve sim uma refocalização. Se nós aproveitámos a reprogramação do QREN para focar a nossa atenção no combate ao desemprego, na formação para a empregabilidade e no apoio à economia. Temos que animar a economia e combater o grande flagelo do desemprego e essas são as grandes prioridades. Do ponto de vista prático nenhuma região perdeu um cêntimo. No caso da Região Centro até lhe digo mais: vai beneficiar de um fundo de revitalização de 80 milhões para o qual só vai fazer um esforço de 5 milhões. Só aí já está a ganhar 75 milhões. O Norte, para o mesmo fundo vai fazer um
10 À CONVERSA | ALMEIDA HENRIQUES esforço de 40 milhões. A suspensão do acto de abertura de concursos liberta agora 130 milhões de euros no âmbito desta reprogramação para novos projectos das autarquias locais, dos quais o centro beneficia de 50 milhões, bastante acima das outras regiões. O Centro está em condições de seguir em velocidade de cruzeiro o seu caminho. A Região Centro tem 1100 milhões de euros do ponto de vista das autarquias aprovados e tem 420 milhões de execução. O que significa que há aqui um esforço superior a 700 milhões que as autarquias da Região Centro têm de fazer só para executar os projectos que têm neste momento aprovados. No quadro de limitações que temos actualmente, há aqui decerto projectos que não vão ter capacidade de ser executados, porque foram superdimensionados e precisam de ser reprogramados em baixa. A ANM põe um comunicado cá fora a aprovar e dar uma votação favorável. Por outro lado, a Região Centro sai a ganhar deste processo. Se há pessoas que procuram às vezes ter protagonismos fáceis, procurando deitar areia para os olhos e a meio de um processo vir para o terreno lançar confusões, eu não posso fazer comentários em relação a isso. A Região Centro, no contexto do país, sai claramente a ganhar nesta reprogramação. E já agora digo-lhe: grande presidente que vai ter na CCDR a partir do dia 16, Pedro Saraiva. O que pensa para o futuro do ensino superior na região de Viseu?
Nenhuma região pode ter futuro sem ter por um lado um tecido empresarial forte e um sistema científico-tecnológico forte. Viseu, se quer ter futuro e tem condições para o ter, é este o momento certo para fazer grandes opções de fundo, até por causa dos fundos comunitários. Estamos no final de um quadro e vamos programar 201420220. É um dos últimos períodos em que Portugal vai ter oportunidade de fazer algum tipo de investimentos: deixar já apontado o caminho para a redinamização do porto de Aveiro e da Figueira da Foz em ligação com a ferrovia para
a Europa é um caminho fundamental; deixar equacionado como é que vamos resolver um dos principais problemas de acessibilidade que Viseu tem, que é a ligação a Coimbra. Este é o momento certo para o deixar definido. Na mesma em relação ao Ensino Superior. Numa lógica de estímulo ao empreendedorismo fazer uma boa relação entre os estabelecimentos que temos. Quer queiramos quer não o Politécnico é a nossa âncora. Se nós temos essa âncora há que a potenciar e temos que procurar à volta do Politécnico, racionalizando o que temos em Viseu, encontrar com pragmatismo caminhos para o futuro que levem a que saia valorizado o Ensino Superior local no sentido de caminhar ao mesmo tempo para um ensino universitário, mas ao mesmo tempo não esquecendo as novas dinâmicas actuais. Viseu tem que entrar numa lógica das indústrias criativas, entrar nas lógicas de inovação, tem que apanhar este comboio de uma vez por todas. Este é um trabalho que tem que ser feito entre todos. Não podemos partir do zero. Há que potenciar o que temos e ver também os condicionalismos que o país atravessa. Eu estou no Governo a desenvolver um trabalho nacional, mas nunca me esqueço da minha condição de cabeça de
lista por Viseu. Está sempre presente. Tenho um grande amor a Viseu. Toda a gente o sabe. A minha vida foi feita aqui, nos seus diferentes vectores e se puder com o meu modesto contributo dar uma ajuda para que Viseu fique melhor e os meus filhos tenham futuro aqui, darei sempre o meu melhor e tenho procurado dá-lo. O projecto Veiga Simão continua a ser um projecto muito actual. A lógica de puxar pelos estabelecimentos de ensino existentes em Viseu, criar aqui uma valência universitária numa perspectiva internacional, ensino bilingue, procurar encontrar duas áreas de excelência em que Viseu possa marcar… este é o caminho do Ensino Superior em Viseu, com pragmatismo, com os pés assentes na terra e sem construção de castelos no ar. Passando pelo IPV, âncora de desenvolvimento de um conceito novo de Ensino Superior em Viseu Afirmou na tomada de posse que “Viseu tem 10% do Governo”. Um ministro em dez. Três secretários de estado em trinta. Não obstante, até ao momento, os viseenses e a região ainda não perceptibilizaram quais as vantagens daí advenientes ao nível de políticas públicas de desenvolvimento regional. A afirmação foi uma mera “boutade”?
Temos que prosseguir
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políticas nacionais enquanto governantes de um país. Mas não deixa de ser verdade que Viseu tendo três secretários de estado e um ministro neste Governo, isso lhe dá uma voz e isso é perceptível Se falar com os diferentes autarcas e as diferentes empresas verificará que nós temos tido um papel de proximidade e obviamente que esta percepção da região dá-lhe algum peso. Eu diria que quando Viseu não tem ninguém em lugares de destaque as pessoas referem: Viseu não tem peso porque não tem ninguém em lugares de destaque, depois quando os tem, tendem a desvalorizar… É candidato a Viseu nas próximas autárquicas?
Eu estou a desempenhar a função de Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional. Mostrei ao longo da minha vida que tenho um grande espírito de missão. Nas diferentes funções que tive, como presidente da AIRV, como presidente do Conselho Empresarial do Centro. Nestes últimos dez anos como presidente da Assembleia Municipal de Viseu e até como presidente da Assembleia da CIM. O que lhe digo é: o meu espírito de serviço a Viseu dá-me abertura para e em função da evolução futura, poder ou não, den-
tro de uma lógica de missão, servir o meu país e servir a minha região. Nunca me furtei a desafios e acima de tudo ponho o meu país e ponho o meu distrito e o meu concelho. As escolhas do PSD centram-se em si, Carlos Marta, Américo Nunes, Mota Faria… sem esquecermos a candidatura espontânea e legítima de José Costa. Quem está, afinal, na “pole position” para este Grand Prix?
Não faço a mínima ideia. Eu não estou na “pole position”. O PSD tem grandes responsabilidades em Viseu. Geriu e muito bem os destinos do concelho nestes últimos 24 anos. O Dr. Ruas catapultou Viseu para o lugar de ser a melhor cidade para viver, pela segunda vez consecutiva; fez crescer Viseu em 20 mil habitantes e hoje Viseu é apontado como um modelo de crescimento no interior do país. Isto é um legado de muita responsabilidade. Isto significa que o PSD terá que escolher um projecto para esta segunda fase em que Viseu poderá continuar a ter uma liderança do PSD. Terá que ser muito cuidadoso na escolha e muito cuidadoso no projecto. Isto é o que acho relevante. Não é o Almeida Henriques. Não são as pessoas. O importante é que se consiga um projecto mobilizador que permita a Viseu
continuar um caminho de crescimento e dar um novo salto e honrar o legado de Fernando Ruas. O actual autarca viseense, Fernando Ruas, diz querer ter uma palavra nas escolhas do partido e para tal, ter um envelope com dois ou três nomes, o que seria decisivo para o envolvimento da sua pessoa na campanha. É um desses dois ou três nomes? Acha legítima essa interferência?
Não faço ideia de quais são nomes que o Dr. Ruas tem no envelope. O que acho é que o Dr. Fernando Ruas é fundamental no próximo processo autárquico em Viseu. E depois do trabalho que fez em prol de Viseu, deve de facto ter uma palavra a dizer e estar na primeira linha do apoio de uma candidatura que o PSD apresente à câmara de Viseu.
Aparece agora uma afirmação em que Fernando Ruas admite ser candidato daqui a quatro anos. Tal afirmação traduz-se num condicionalismo terrível para um candidato que preveja desenvolver um projecto sério num mínimo de dois mandatos. Admitiria ser candidato, à partida, a um mandato único?
Em democracia as eleições ganham-se nas urnas. Meio ano em política é uma eternidade, quanto mais cinco anos.
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O “Banco BIC Tesouraria - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria” (“Fundo”) é um fundo de investimento harmonizado constituído de acordo com a legislação e regulamentação portuguesas e gerido pela Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. O presente documento tem fins meramente informativos, não devendo ser interpretado como uma solicitação à subscrição de unidades de participação do Fundo. A subscrição de unidades de participação do Fundo implica riscos que se encontram descritos na documentação legal do Fundo, nomeadamente no prospecto completo e no prospecto simplificado. Informação disponível na sede da referida entidade gestora (Av. da Liberdade 229, 3.º, em Lisboa) ou na sede da entidade depositária, Banco BIC Português, S.A. (Rua Mouzinho da Silveira, 11/19, em Lisboa), bem como nos seus Balcões e Centros de Empresas.
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região O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares inaugurou no dom i ngo, d ia 15 , o novo edifício Creche e Cent ro de Di a do Cent ro Paroquial de Vilar Seco, em Nelas. A obra ca ndidatada ao prog ra m a PA R E S , c ustou cerca de 63 8 mil euros, contou com uma comparticipação do PA R ES de 2 02 m i l euros, e de 212 mil euros da Câ ma ra de Nelas. O valor restante foi a s s u m ido p e lo Centro Paroquial de Vilar Seco, com apoio da Junta de Freguesia local. EA
Biblioteca de Mangualde cria espaço igualdade de género cerca de 100 obras, entre livros e documentos específicos, sobre igualdade de género, não discriminação e informação em matéria de direitos. Os documentos foram oferecidos pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e pela Comissão para a A Biblioteca Munici- Igualdade no Trabalho pal de Mangualde dis- e Emprego. O espaço surgiu no âmpõe de um novo espaço dedicado à igualdade de bito da implementação do Plano para a Igualdagénero. No “ E s p a ç o p a r a a de da Câmara Municipal. Igualdade”, criado pela Para o executivo “constiautarquia em parceria tui um centro de recurcom a Promover Con- sos disponíveis para a sultores, encontram-se comunidade”. EA
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22º Festival de Músicas do Mundo ACERT TERRA DA FRATERNIDADE
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28 JUL · SÁB · 21:30 TERRA DA FRATERNIDADE
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27 JUL · SEX · 21:30 LUIS PASTOR FIL’MUS (ACERT) S SE EBA BAST STIÃ ST IÃO IÃ OA NTU TUN NES SEBASTIÃO ANTUNES Apoio
Co-financiamento
CANTOS DA LIBERDADE · CARLOS CLARA GOMES COUPLE COFFEE · CHÉVERE FRAN PÉREZ NARF FRANCISCO FANHAIS · JOÃO AFONSO · JÚLIO PEREIRA LOURDES GUERRA · LUIS PASTOR · MANUEL FREIRE NAJLA SHAMI · NEW SKETCH · PRESENÇA DAS FORMIGAS SEBASTIÃO ANTUNES · SÉS & BOCIXA TRIGO LIMPO T. ACERT · ÚXIA · VITORINO ZECA MEDEIROS
ENCERRAMENTO
DJ JOHNNY RED + VJ MECCA EXPOSIÇÕES: FOTOGRAFIA, ARTES PLÁSTICAS E DOCUMENTAL · FEIRA DE PRODUTOS LOCAIS VISTA VIST A CURTA’12 CURTA CUR TA’112 12 FESTIVAL FESTIVAL DE CURT CURTAS AS DE V VISEU VISE U A ACERT é uma estrutura financiada fi por p
Mecenas
A O objetivo da investimento de 768 mil euros é atrair mais gente às termas
Zona de Alcafache requalificada Viseu∑ Intervenções nas praias, espaço público e percurso pedestre
TONDELA 26 27 28 JUL’12
26 JUL · QUI · 21:30 (NA CIDADE) “EM VIAGEM PELA CIDADE”
Arquivo Jornal do Centro
VILAR SECO TEM NOVA CRECHE E CENTRO DE DIA
Organização Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, s/n; 3460-613 Tondela +351 232 814 400
www.acert.pt
A Câmara Municipal de Viseu vai avançar com a requalificação da margem direita do Rio Dão junto às Termas de Alcafache. O investimento de 768 mil euros (537 de fundos comunitários) integra a requalificação das duas principais praias fluviais e de um percurso pedestre, num total de 15 mil metros quadrados, devendo estar concluído no verão do próximo ano. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, o objetivo é aproveitar “um recurso endógeno de primeira categoria” para atrair mais gente, sendo a estância termal a única do concelho. A obra era há muito reivindicada pelas populações, mas Fernando Ruas justificou que este é o momento certo, com o programa respetivo que “possibilita fazer uma intervenção de fundo”, ao referir-se ao Programa de Valorização económi-
ca de Recursos Endógenos (PROVERE). O presidente da administração das Termas de Alcafache, Jorge Loureiro lembrou ao Jornal do Centro que “O projeto só foi possível na parte privada, pela cedência de terrenos das Termas e de outros particulares, através de um protocolo de comodato com a Câmara, com a cedência a título gratuito, durante 30 anos, desses espaços privados. Para o responsável “esta cedência teve como fim a realização de uma obra com impacto muito significativo nesta localidade. Era a única maneira possível de ter um projeto apoiado numa candidatura ao programa PROVERE, em terrenos particulares com investimentos públicos”. O responsável pela equipa projetista, Alexandre Maia, explicou que nas praias haverá intervenção nos acessos, com sinalética e pavimentação, e serão criadas infraestruturas de apoio,
como balneários, churrasqueiras e parque de merendas. Os açudes também serão melhorados e o espelho de água aumentado. No espaço público, está prevista a repavimentação quase total da área, a duplicação do número de lugares de estacionamento, novo mobiliário urbano e sinalética. Segundo o projetista, esta área inclui a zona de esplanadas e cafés, que deverá deixar de ser considerada uma rua, para se assumir como uma praça, “onde as pessoas vão para ficar, porque lá há eventos e gente”. O objetivo do percurso pedestre, com uma largura de quatro metros e uma extensão de 311 metros, é que possa ser usado por todos, “mesmo por pessoas com mobilidade reduzida”, ficando com piso idêntico ao da ecopista do Dão. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro
14 REGIÃO | Tabuaço, Mangualde, Viseu
20 | julho | 2012
MORTE
Tabuaço. Na EN311, em Pinho, Boticas, um min i a uto c a r r o , c o m 2 0 pessoas, despistou-se e caiu para um penhasco de 50 metros. O veículo capotou e várias pessoas foram projectadas. M a r i a d e Fá t i m a , 5 1 anos, natural de Pereiro, Tabuaço, foi cuspida pela janela e teve morte imediata. Oito pess o a s f ic a r a m fer id a s com g rav id ade e dez sofreram escoriações. Uma menina de quatro anos escapou ilesa. O acidente aconteceu às 11h15, de domindo, dia 15 , por causa s desco nhecidas. Maria de Fátima foi a enterrar, na terça-feira.
A
Nuno Terra Lopes, vogal da Secção do Centro da OE está a realizar périplo pelo distrito
Ordem confirma enfermeiros a ganhar 3,5 euros à hora em Viseu Consequências∑ “Está em causa a segurança dos utentes”
INCÊNDIO
Mangualde. As chamas l av ra ra m cerc a de 10 hecta res de mato, pin ha l e euca lipta l, dura nte toda a ta rde de segunda-feira, na freg ue si a de A lc a fac he , em Mangualde. O alerta foi dado às 1 4h00 e rapida mente dezenas de meios operacionais e aéreos se deslocaram ao local. O fogo começou junto ao Rio Dão, a juzante das Termas de A lca fache e depressa as chamas alastraram para a área circundante. Contudo, o primeiro “grande incêndio de Verão” desta zona do país, não pôs em risco as populações e as habitações. “Havia umas quintas, mas ainda afastadas do local, m a s é n at u ra l que os donos zelem por aquilo que é deles”, disse José António, segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Mangualde. Às 19h00, o fogo foi dado como dominado a todo o seu perímetro.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (SRCOE) confirma que há instituições no distrito de Viseu a pagarem 3,5 euros à hora a enfermeiros contratados, nomeadamente em algumas instituições privadas. Na sequência da denúncia tornada pública de que havia a nível nacional enfermeiros a queixarem-se de receberem menos de quatro euros hora, por causa da parte cobrada pelas empresas de serviços, quando o valor de referência é de 10 euros, a SRCOE está a realizar um périplo pelas instituições “visando verificar se existem condições que permitam o melhor exercício da profissão”, segundo Nuno Terra Lopes, vogal da SRCOE. De acordo com o responsável, os casos de enfermeiros contratados a menos de quatro euros à hora foram identificados em instituições de saúde privada, desconhecendo até à data a contratação em serviços públicos no distrito.
“Esta situação é alarmante e insuportável”, comenta o dirigente, admitindo que perante a conjuntura de “desemprego, desmotivação, baixas remunerações, precariedade e insegurança, falta de condições para o exercício da profissão, os grandes prejudicados são os utentes”. “Temos relatos de enfermeiros que são, sozinhos, responsáveis pela vida de mais de 40 pessoas em simultâneo”, exemplifica, assumindo que está em causa a segurança dos doentes: “Apesar da elevada competência e sacrifício dos enfermeiros em exercício, começam a não ter a possibilidade de, em termos numéricos, garantir a qualidade e segurança aos seus utentes”. Para Nuno Terra Lopes, “a política das baixas remunerações decorre de várias razões” e avança com o “planeamento deficiente por parte da tutela no que diz respeito à disponibilização de vagas para o curso superior
de enfermagem”, que “em conjunto com a desregulação da oferta no ensino privado, resultou num desequilíbrio” entre a oferta e a procura. Por outro lado, o enfermeiro diz que “ a cultura de gestão em Portugal é tendenciosa e centrada no modelo médico, despromovendo todos os outros profissionais, e lembra que nesta matéria a Ordem dos Enfermeiros (OE) está a trabalhar no sentido de propor a alteração do modelo de financiamento do setor, para que se englobem também indicadores do exercício profissional dos enfermeiros”. Nuno Terra Lopes mostrase ainda preocupado com a emigração em média de 10 enfermeiros por dia em Portugal, segundo dados da OE, ao lembrar que o Estado está a investir na formação de enfermeiros e, depois “deixa que emigrem a custo”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro
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Dia dos Avós comemora-se a 26 de julho A 26 de julho assinalase em Portugal o Dia dos Avós, uma jornada que pretende reconhecer o “papel fundamental dos avós ao nível mais restrito da família, quer no plano mais alargado da sociedade em geral”. A
data é vivida desde 2003, por instituição do Parlamento. Além de ser uma comemoração simbólica, tratase de um dia que pretende consciencializar para o papel que os avós desempenham na vida dos
netos e dos filhos, bem como a sua importância para a sociedade. Numa altura em que tanto se questionam os valores familiares, a data permite alertar para o legado que os seniores deixam às gerações mais jovens, sem
esquecer a importância de reconhecer as suas próprias necessidades. A data escolhida para a celebração prende-se com o facto de ser também o dia dos pais de Maria e avós de Jesus Cristo, Santa Ana e São Joaquim,
considerados os padroeiros de todos os avós. Numa altura em que se assinala o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, como forma de assinalar o 10.º Aniversário do Plano de Ação das
Nações Unidas sobre Envelhecimento, esta é mais uma oportunidade para promover o encontro entre avós e netos e reforçar a solidariedade entre gerações, de modo a criar uma sociedade para todos.
Jornal do Centro
16 ESPECIAL | AVÓS
“Festa do Dia dos Avós” em Penedono
A Câmara Municipal de Penedono vai celebrar, a 26 de julho, o Dia dos Avós. A efeméride será assinalada com uma jornada dedicada a avós e netos, onde não falPublicidade
tará amizade, partilha e, acima de tudo, um convívio em família. A “Festa do Dia dos Avós” terá lugar no Sa nt uá rio de Sa nta Eufémia.
20 | julho | 2012
FESTA NO ESPAÇO INTERGERAÇÕES O dia é especial, por i sso, n ad a mel hor do que muita festa para o assinalar. A proposta é da Delegação de Viseu da Associação Nacional de Aposentados Pensionistas e Reformados – MODE R P, que e st á a preparar, para 26 deste mês, um convívio onde avós e netos têm encontro marcado. O certame realiza-se no Espaço I ntergerações, na Rua da Senhora da Piedade.
Embrace Life assinala com caminhada na Ecopista
Uma caminhada por uma boa causa. Este é o mote de uma iniciativa que está a ser promovida pela Embrace Life e que propõe um passeio pela Ecopista para comemorar o Dia dos Avós. Tendo como local de encontro as traseiras do Tribunal, a caminhada será realizada no dia 28 deste mês, pelas 9 horas, e pretende reunir avós, netos e todos os familiares que queiram associar-se à iniciativa, cujo objetivo é o de celebrar a experiência de vida e o valor da experiência adquirida, ao mesmo tempo que se promove o convívio com a Natureza. “Abraçar a Vida” é o desaf io que a empresa, sediada no Bairro de Santo Estevão, em Viseu, lança a propósito
da efeméride. Especializada em apoio domiciliário, a Embrace L i fe d i spon ibi l i za acompanhamento permanente e especializado a seniores e dependentes, assegurando tarefas como supervisão de medicação, auxílio na higiene pessoal diária, limpeza da habitação, realização de atividades lúdicas e de bemestar físico e psicológico ou acompanhamento em deslocações. Idas ao médico ou mesmo ao supermercado, à farmácia e ao cabeleireiro já não precisam de ser um transtorno, uma vez que a empresa dispõe de uma equipa de profissionais prontos a assegurar todas as necessidades dos utentes. A Embrace Life conta ainda com um serviço de enfermagem
ao domicílio, o que permite um melhor acompanhamento dos tratamentos e do estado de saúde do doente. O apoio psicossocial, a formação e auxílio aos cuidadores e familiares, o auxílio nas refeições, a reabilitação motora e a estimulação sensorial são outros dos serviços, com vista a promover um ambiente seguro e adequado à condição específica de cada pessoa. A par das atividades do dia a dia, a Embrace Life, onde pode encont ra r apoio específ ico para doentes de Alzheimer, Parkinson e outras demências, pretende ser também uma empresa de afetos, onde os utentes e os familiares terão sempre um miminho e uma porta aberta para a partilha de experiências.
Jornal do Centro
AVÓS | ESPECIAL 17
20 | julho | 2012
Lei reconhece benefícios para os menores Até 1995, a legislação por t ug uesa n ão dava quaisquer direitos aos avós, no caso de separação dos pais ou da morte de um. A partir daí, foram estabelecidos dois princípios: o de relacionamento com o neto, dividido entre a relação pessoal propriamente dita e as informações sobre a vida do menor; e o do direito da criança a conviver com os avós, como forma de desenvolvimento da sua personalidade e identidade. Assim, o direito de os menores conviverem com os seus ascendentes passou a ser consagrado na lei que reconhece a importância para a criança do conhecimento e da relação com a família alargada. Essa confirmação é dada pelo Artigo 1887.º-A, aditado pela Lei Publicidade
n.º 84/85, de 31 de agosto do Código Civil, de acordo com o qual “os pais não podem injustificadamente privar os filhos do convívio com os irmãos e ascendentes”. Mas tal preceito legal veio colocar algumas questões, nomeadamente se esse direito deve ser integrado nos casos em que há necessidade de regulação do poder paternal. Por outro lado, muitas vozes têm interrogado se os avós têm o direito legalmente reconhecido de reclamar o convívio com os netos. O superior interesse da criança tem sido apontado como a base para nortear as leis e todas as decisões administrativas, judiciais ou outras. Foi também com esta premissa que o Supremo
Tribunal de Justiça instituiu em 1998 um Acórdão sobre a matéria. Pode lerse no documento: “I – O Art.º 1887.º-A do CC, aditado pela Lei n.º 84/95, de 31/08, consagrou não só o direito do menor ao convívio com os avós, como reconheceu, também, um direito destes ao convívio com o neto, que poderá designar-se por “direito de visita”. II – Em caso de conflito entre os pais e os avós do menor, o interesse deste último será o critério decisivo para que seja concedido ou denegado o “direito de visita”. III – Presumindo a lei que a ligação entre os avós e o menor é benéfica para este, incumbirá aos pais – ou ao progenitor sobrevivo ou que ficou a deter o poder paternal – a prova
de que, no caso concreto, esse relacionamento serlhe-á prejudicial.” Um aspeto relevante do Acórdão é o facto de se reconhecer que “os avós têm em relação aos netos um papel complementar ao dos pais, embora de natureza diferente. Enquanto os pais assumem uma função predominantemente de autoridade e de disciplina em relação aos filhos, o papel dos avós é quase exclusivamente afetivo e lúdico, satisfazendo a necessidade emocional da criança de se sentir amada, valorizada e apreciada”. Cumprindo-se a jurisprudência, está assegurado aos menores o direito a beneficiarem do património humano, cultural e social que os avós têm para oferecer.
Sabia que… ∑ Os avós têm direito a faltar até 30 dias seguidos, após o nascimento de neto(a), filho de adolescente com idade até 16 anos, que viva com eles. Estes dias podem ser partilhados entre eles e são gozados em substituição do pai e da mãe da criança. Nesta situação, têm direito a um subsídio no valor de 100 por cento da sua remuneração de referência. Os avós podem, ainda, faltar, em substituição dos pais da(s) criança(s), para prestar assistência inadiável e imprescindível a neto(s), nos casos de doença, acidente de neto(s) menor(es), deficiência ou doença crónica (independentemente da idade da criança). Nesta situação, têm direito a um subsídio no valor de 65 por cento da sua remuneração de referência.
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18 ESPECIAL | AVÓS
20 | julho | 2012
Opinião
Os meus avós... Pedro Carvalho Gomes CMDV Supreme Smile
Os meus avós são muito importantes para a minha vida e só tenho pena de não poder passar mais tempo com eles, pois uns moram em Coimbra e os outros em Fornos de Algodres.
Actualize as suas próteses dentárias Helena Sofia 12 anos
Só tive oportunidade de conviver com as minhas avós e recordo-me das histórias que nos contavam, a maneira como falavam dos laços familiares, da sua infância e do trabalho árduo que havia antigamente. Por outro lado, não posso esquecer os presentes e o muito carinho que nos davam. Sem dúvida que contribuíram para o meu crescimento cultural e enquanto pessoa. Ana Cristina Marques 47 anos
Rosa Spoek 53 anos
Sou avó de uma menina de três anos e esta é uma experiência fantástica. Quando somos avós, as emoções são a dobrar e mais profundas do que quando se é mãe, uma vez que já acumulámos conhecimentos e os receios dão lugar à calma. Por isso se diz que ser avó e ser mãe duas vezes, até porque já temos mais tempo disponível para aproveitar todos os momentos com os netos e para os “estragar” com mimos. Dos meus avós só conheci a avó Maria, que tratávamos carinhosamente como Marquinhas. Era uma mulher séria, que não nos deixava sair da linha, mas também muito culta, inteligente, atenciosa, ligada à família, preocupada com os netos e carinhosa.
Jornada de convívio em Mangualde O Dia dos Avós vai ser assinalado em Mangualde com um “Arraial Sénior”, promovido pela Câmara Municipal e pela Rede Social local, com o apoio dos Bombeiros Voluntários, da Santa Casa da Misericórdia, do Agrupamento de Escolas, da Unidade de Cuidados na Comunidade e da Guarda Nacional Republicana. No próximo dia 26 todos os olhares estarão voltados para a Nossa Senhora do Castelo, onde a partir das 11 horas são esperadas centenas de munícipes com 65 ou mais anos, acompanhados pelos netos, que também são
Milhões de portugueses têm falta da maioria ou mesmo de todos os dentes. Para estes, a substituição das próteses dentárias por uma outra solução que elimine a necessidade de “colas”, pode significar um novo nível de conforto e facilidade na sua vida. A alternativa mais eficaz seria a prótese que utiliza os implantes dentários como suporte e para dar retenção, removendo assim a necessidade de utilização dos materiais adesivos de prótese para melhorar a retenção desta. Na verdade, a retenção e a estabilidade da prótese com implantes é muito superior à da prótese tradicional mesmo quando se utiliza esses materiais adesivos. Além disso, deixa de haver lesões nas gengivas provocadas pela instabilidade das próteses. A utilização de implantes dentários permite devolver-lhe o seu sorriso e função mastigatória que outrora teve e que é de todo impossível proporcionar com as próteses removíveis convencionais, mesmo com os materiais adesivos. Estas próteses com implantes podem substituir a totalidade dos seus dentes ou apenas parcialmente, dependendo dos dentes em falta. Além disso, as próteses sobre implantes podem ser fixas ou removíveis:
Próteses fixas sobreimplantes dentários
chamados a participar na iniciativa. O programa tem início com uma missa solene, seguindo-se uma troca de merendas entre os presentes. Durante a tarde, os avós, individualmente ou em grupo, serão convidados a dar o seu contributo para a festa protagonizando canções, anedotas, poemas, ou espetáculos de teatro. A animação será uma constante. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia nas sedes das juntas de freguesia ou na Câmara Municipal de Mangualde, no Serviço de Ação Social.
Esta solução consiste numa ponte dentária sobre implantes que é suportada por quatro ou mais implantes dentários, dependendo dos dentes em falta. Neste tratamento os implantes dentários funcionam de forma semelhante às raízes naturais e a sensação das próteses definitivas será muito semelhante à dos dentes naturais.
Próteses removíveis estabilizada com implantes dentários Uma prótese removível é uma outra forma de prótese suportada por implantes dentários, mas que é possível tirar pela própria pessoa, sendo mais semelhante às próteses convencionais. Esta prótese suportada por implantes dentários pode “encaixar” apenas em dois implantes dentários, conferindo um aspecto e funcionamento muito semelhante ao dos dentes naturais. Se necessitar de compor a sua prótese ou se estiver cansado(a) de utilizar as suas próteses, considere as alternativas de substituição de prótese e deixe que os materiais adesivos de próteses passem a fazer parte do passado. É tempo de dizer adeus aos materiais adesivos de prótese e melhorar a sua qualidade de vida.
Jornal do Centro
AVÓS | ESPECIAL 19
20 | julho | 2012
Apoio a doentes de Alzheimer é prioridade da Home Instead em Viseu A aposta nas necessidades e na qualidade de vida da população sénior tem sido uma das prioridades da Home Instead desde que se instalou, no ano de 2008, em Viseu, na Avenida Alberto Sampaio. A partir de então, os utentes têm ao seu dispor um leque completo de serviços sem que haja necessidade de deixarem a sua
habitação, bens e zona de conforto. Evita-se, assim, o corte radical com aquilo que mais estimam. Apoio durante a noite, preparação das refeições, limpeza da roupa, higiene pessoal, acompanhamento em camin hadas, pla nea mento de visitas, e lembrança das horas da medicação são algumas das áreas abrangidas pela empre-
sa, que tem desenvolvido um acompanhamento específico e personalizado para pessoas com doença de Alzheimer. Esta valência resulta de um programa de formação específico desenvolvido nos Estados Unidos, em colaboração com a George G. Glenner School of Dementia Care, uma conceituada associação especialista nestas áreas,
e permite aos CAREGivers agir perante as necessidades e particularidades de um cliente com a Doença de Alzheimer. O objetivo é o de garantir aos utentes o apoio adequado às suas exigências, pelo que os horários e os serviços são feitos à medida de cada um. Por outro lado, a Home Instead pretende contrariar o sentimento de solidão,
comum a muitos idosos e ajudar as famílias a cuidar dos seus membros. Acreditando que o futuro do acompan hamento à população sénior passa pelo apoio domiciliário, a empresa dispõe de uma equipa especializada em geriatria e formada para lidar com as mais variadas situações e necessidades dos seniores.
Associação Famílias promove concurso A Associação Famílias lançou um concurso a nível nacional destinado a assinalar o Dia dos Avós. “Um dia, no meu dia de Avô (Avó)…” é o mote da iniciativa que procura estimular o envelhecimento ativo e o diálogo intergeracional, ao mesmo tempo que promove o valor dos seniores na família. Os concor rentes , obrigatoriamente avós, podem criar o seu texto em prosa ou em verso, com um tamanho máximo de duas folhas A4, só frente. Os trabalhos podem ser enviados pelo correio, correio eletrónico ou entregues em mão na sede da Associação. O prazo para participar termina no próximo domingo. Os trabalhos apresentados a concurso poderão ser objeto de edição posterior, na página da Associação Famílias (www.a-familias.org) ou noutro formato. O júri irá eleger os três textos mais relevantes e significativos das vivências dos avós e os vencedores serão conhecidos a 26 deste mês.
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20 | julho | 2012
economia ESTÉTICA E BEM-ESTAR COM “ALMA”, ABRE EM VISEU
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Rogério Matias Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu rogerio.matias@estv.ipv.pt
DR
“Todos Contam”: Portal do Plano Nacional de Formação Financeira
DR
Em Viseu, foi inaugurado no passado dia 13, o centro de estética e bemestar “Alma”. Localizado na Quinta das Fontainhas, local tranquilo e de fácil acesso, com estacionamento, o novo espaço aposta nos serviços de depilação elight, jet bronze, aplicação de gel UV e variados trata mentos “que vão de encontro às necessidades de cada pessoa”, refer iu A n a A nd rade R a mos . A gerente do “Alma”, aposta num serviço personalizado. Ana vê agora “um sonho concretizado” e não esquece o apoio incondicional do marido e das amigas. A gerente ambiciona revolucionalizar o conceito de bem-estar na cidade de Viseu.
JOANA MARTINS PODE SER A PRÓXIMA VJ DA MTV A viseense Joa na Martins, vencedora da epata do MTV VJ Casting que decorreu no Forum Viseu, pode ser a próxima cara do canal de música. A g ra nde f i n a l está marcada para amanhã, dia 21, pelas 15h00, no Forum Sintra. Para ajudar a Joana a alcançar o sonho, pode votar através do sítio na internet: www. mtv.pt/vjcasting. Aurea, No Soul Family e Mikel Solnado vão colocar os 11 finalistas à prova. TVP
A Certame decorre dias 21 e 22, e conta com mais de uma dezena de atividades
Feira de Caça da Nave regressa a Alvite Moimenta da Beira∑ Já considerada a maior mostra entre Douro e Mondego A II Feira de Caça da Nave, em Alvite, realizase no fim de semana de 21 e 22, pela mão da direção da Associação de Caçadores de Alvite. Dois dias, em vez de um como aconteceu no ano passado, e mais de uma dezena de atividades programadas, algumas pioneiras no país, como a prova de trabalho de cães coelheiros, a corrida de galgos, a largada de perdizes e o concurso do melhor exemplar canino da feira. Uma outra novidade é a libertação de um falcão, ave de rapina, um dos animais mais velozes do mundo, que em
voo picado chega a atingir velocidades superiores a 300quilómetros por hora. O cartaz volta a contemplar espaços expositivos, todos ligados à atividade cigética, venda de cães, uma mostra da fauna selvagem com o coelho bravo, a perdiz vermelha e o javali. “Estreou-se apenas há um ano e conquistou logo o estatuto de maior Feira da Caça de todas as que se realizam de entre Douro e Mondego”, garante a organização ao anunciar “uma segunda edição ainda maior e mais diversificada. “Vai ser de excelência”, as-
segura Rui Clemêncio, presidente da direção da Associação de Caçadores de Alvite. O presidente da Câmara de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira sublinha que o certame valoriza acima de tudo os recursos do território. “A caça é um bem económico com um valor significativo e um fator de valorização da nossa zona. Temos belíssimas serras, temos de aproveitar os nossos recursos e integrá-los nos roteiros turísticos”, enfatiza o autarca. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Nova Rota da Gastronomia A Associação de Desenvolvimento Local ADICES garantiu esta semana a realização da segunda edição da Rota da Gastronomia, em outubro ou novembro deste ano. A primeira mostra decorreu entre 14 de abril e 13 de maio, em colaboração com as autarquias de Carregal do
Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela. Um trabalho em parceria com 14 restaurantes dos concelhos, que contou com o apoio o Turismo Centro de Portugal. O objetivo da iniciativa é promover a gastronomia e os produtos locais produzidos localmente, bem como outros recursos do território
como o património natural e a oferta turística. A segunda edição vai privilegiar os produtos endógenos de outono tais como míscaros/cogumelos, castanha, lampantana, carolos e grelos. A formação na restauração é outra vertente em destaque na próxima rota. EA
Um ano depois de ter sido anunciado, o Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF) ganhou maior visibilidade graças ao lançamento, na semana passada, do seu portal na Internet: www.todoscontam.pt. O PNFF é da responsabilidade dos três reguladores financeiros portugueses - Banco de Portugal (BdP), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Instituto de Seguros de Portugal (ISP) - tem um horizonte temporal de 5 anos (2011-2015) e os seguintes objetivos proncipais: melhorar conhecimentos e atitudes financeiras, apoiar a inclusão financeira, desenvolver hábitos de poupança, promover o recurso responsável ao crédito, criar hábitos de precaução. O portal agora disponibilizado é apenas uma de várias formas de atuação previstas dirigidas a diversos grupos de destinatários (estudantes de todos os graus de ensino, trabalhadores, “grupos vulneráveis” - designação adotada no documento e que inclui desempregados, imigrantes, reformados com baixos níveis de rendimento e jovens sem escolaridade obrigatória). Pretende ser um veículo de promoção da formação financeira da população portuguesa e de uma cidadania financeira responsável, disponibilizando desde já um conjunto muito interessante de informa-
ções agrupadas nos seguintes temas: - Planear o orçamento familiar - Fazer pagamentos - Poupar e investir - Criar uma empresa - Contrair crédito - Fazer um seguro - Prevenir a fraude O portal disponibiliza ainda outros recursos igualmente interessantes e úteis: diversos simuladores (orçamento familiar, poupança, crédito à habitação, crédito ao consumo, cartões de crédito, pensões da Segurança Social, encargos com produtos bancários, encargos com PPR, encargos para o investidor), brochuras temáticas dirigidas a públicos específicos, informação relevante consoante as diversas etapas da vida (estudar, começar a trabalhar, comprar carro, comprar casa, constituir família, planear a reforma, desemprego, divórcio, doença) e um glossário com muitos conceitos financeiros explicados de forma simples. É ainda possível subscrever uma newsletter. O portal Todos Contam é um instrumento muito meritório e que deve ser amplamente divulgado, nomeadamente junto de estudantes dos diferentes graus de ensino. Nota: este artigo ficará disponível no blogue Clareza no Pensamento (http://www.clarezanopensamento. blogspot.com)
Jornal do Centro
INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 21
20 | julho | 2012
Agropecuária juntase à feira de Aguiar
O Festival de Doçaria “Doce Vouzela”, promovido pela Câmara Municipal realiza-se nos próximos dias 28 e 29. Durante dois dias, a vila de Vouzela receberá o melhor da doçaria regional. O certame vai contar com mais de 20 produtores de doces do concelho, mas também de Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul. A novidade no cartaz deste ano é o primeiro Encontro de Colecionadores de Pacotes de Açúcar, dia 28 às 14h00, e a 2ª Exposição de Cake Design, inaugurada às 18h00 do mesmo dia. A iniciativa inclui vários espetáculos musicais, insuf láveis, animação de rua, pinturas faciais e o comboio turístico gratuito. EA
WORKSHOP DE COZINHA DE VERÃO A Escola Profissional de Tondela (EPT) promove dia 24, às 17h00, um workshope com sabores de verão, sob a orienação do chef Luís Almeida. Os participantes terão a oportunidade de confecionar saladas e pratos leves e saudáveis, uma das grandes opções nesta época do ano. Para a EPT a proposta “é um apelo à arte culinária de todos os interessados”.
MANGUALDEFASHION EM SETEMBRO A Câmara de Mang ua lde rea li za dia 6 de setembro, o MANGUALDEFashion 2012. Este primeiro desfile de moda pretende dinamizar e promover as marcas e as lojas da cidade, envolvendo os vários representantes de roupa e acessórios, ourivesarias e relojoarias, sapatarias, cabeleireiros maquilhadoras e óticas. As inscrições para a pré-seleção de modelos estão abertas até dia 25 deste mês.
DR
“DOCE VOUZELA” NO FINAL DO MÊS
A O projeto vai ser coordenado pelo economista, Augusto Mateus
Douro Sul define Estratégia de Desenvolvimento e Plano de Ação Objetivo ∑ Fixar população num território despovoado Os 10 municípios do Douro Sul vão avançar com uma estratégia de desenvolvimento assente nos recursos endógenos, como o vinho ou a fruta, para fixar a população naquele território cada vez mais despovoado e ganhar dimensão. O economista Augusto Mateus vai coordenar esta Estratégia de Desenvolvimento e Plano de Ação, que vai custar cerca de 10 mil euros a cada um dos 10 municípios e deverá estar pronta até novembro. A iniciativa, promovida pela Associação de Municípios do Vale do Douro Sul (AMVDS) foi apresentada recentemente em Lamego. O presidente da AMVDS, António Borges, também presidente da Câmara de Resende (PS)
esclareceu que a ideia é “avaliar os instrumentos disponíveis para continuar a fazer crescer a região e, sobretudo, para a fazer crescer no sentido da sua qualificação, da criação de emprego e crescimento económico”. O presidente de Lamego, Francisco Lopes concretizou que o objetivo é “definir iniciativas e projetos que possam ser estratégicos para o período de programação 20142020”, referente ao próximo quadro comunitário de apoio. Augusto Mateus apontou como problemas deste território a “dificuldade em fixar população e de ter atratividade”. “A ideia com que partimos para este trabalho é a de podermos ter mais valor acres-
centado sobre os produtos endógenos, como a agricultura, a gastronomia, os granitos, o Douro - tudo aquilo que faz a identidade desta região”, afirmou Augusto Mateus, destacando a necessidade de a região fazer um esforço na internacionalização. No território dos municípios de Armamar, Cinfães, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, Resende, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca vivem, segundo os censos 2011, cerca de 74 mil pessoas. O Vale do Douro Sul detém uma representatividade de 2% no contexto da região Norte em termos populacionais e económicos. Emília Amaral/Lusa
Em Aguiar da Beira decorre este sábado, dia 21 a primeira edição da Feira Agropecuária. O certame integra-se na XI Feira das Atividades Económicas, que começou na quintafeira e prolonga-se até domingo. A ideia é convidar todos os produtores locais a venderem os seus produtos durante a manhã de sábado. A Câmara, entidade organizadora do evento, adianta que é “uma experiência” nova e, por isso, rodeada de “expetativas”. XI Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira destaca-se ainda pelas alterações introduzidas este ano no recinto do certame, que recebe mais de 100 expositores, e pelos concertos. Esta sexta-feira abre as portas às 19h00 e no palco destaca-se o concerto dos Amor Electro, às 22h00. Sábado, é a noite o concerto de David Carreira. O domingo é composto por variadas iniciativas, entre elas o cortejo etnográfico, às 18h00.
Centro de Atendimento Municipal (CAM). Este ano, a Camara de Aguiar da Beira juntou à progra-
mação da Feira das Atividades Económicas, a abertura do Centro de Atendimento Municipal. Um novo espaço de atendimento no edifício da autarquia, inaugurado na quinta-feira, criado para “tornar mais célere e eficiente o atendimento dos cidadãos, para além de ter também como objetivo a redução de custos”, lê-se numa nota enviada pela autarquia. Este CAM está diretamente ligado aos serviços camarários, permitindo, desde pagar a água até a elaboração de um processo de obras. A partir do CAM as pessoas serão igualmente encaminhadas, sempre que necessário, às várias divisões administrativas e ao próprio executivo. O projeto resulta de uma candidatura aos fundos comunitárias, através da Comunidade Intermunicipal Dão Lafões, da qual o concelho faz parte. O CAM engloba a formação de funcionários que vão trabalhar no espaço de atendimento aos munícipes, “de forma a estarem preparados para assumir esta modernização administrativa”, assume o executivo de Aguiar da Beira. EA
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A FLECHA SAGRADA
VISTACURTA
19 | 22:00
21 | 22:00
Sylvain Chomet
Aki Kaurismaki
Samuel Fuller
BELLEVILLE RENDEZ-VOUS
FESTIVAL DE CURTAS DE VISEU
LE HAVRE
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Jornal do Centro 20 | julho | 2012
desporto “ENCONTRO DE ESCOLAS DE CICLISMO” EM MANGUALDE
Bruno Ferrary, Sérgio Fonseca, Gamarra e Cristóvão vão continuar a representar o Penalva do Castelo. Os quatro atletas já chegaram a acordo com a direção do clube e vão manterse no plantel que este ano será liderado por Rogério Sousa, ex-atleta do Penalva e que na última temporada treinou os juniores do Viseu e Benfica. Para já há também três reforços confirmados para mais uma época na série C da III Divisão Nacional. Miguel Pereira, centro campista que jogava no Sátão está de regresso ao clube onde fez a sua formação. Joe Junior e Pedro Cruz são também reforços. Joe Junior estava no Mangualde enquanto Pedro Cruz era guarda-redes do Viseu e Benfica.
vtr1967@gmail.com
Fontelo Viseu
A O reeleito presidente aproveitou o discurso para alertar para os tempos difíceis que se adivinham Associação de Futebol de Viseu
“O Estado, ingrato... ignora-nos” José Alberto Ferreira ∑ Desde 2002 na presidência, vai manter-se até 2015 Cáustico e crítico, mas acima de tudo realista, o discurso proferido por José Alberto Ferreira durante a cerimónia de tomada de posse na presidência da Associação de Futebol de Viseu. Os 10 anos que leva aos comandos do futebol distrital dão-lhe essa capacidade de diagnóstico da atualidade do futebol em Viseu. Vários anos de mandato que atravessam, de forma transversal, o “tempo das vacas gordas” e o de aperto de cinto de que padece o futebol, em
particular, e o pais em geral. Uma intervenção muito virada para as necessidades e os desafios que os clubes têm, e terão pela frente nos próximos tempos, mas, principalmente, para o papel do dirigente no desporto em Portugal. Neste particular, aproveitou para reivindicar a criação de “um estatuto do dirigente associativo benévolo” com deveres e obrigações, “mas com direitos”, frisou. Considerando que o “Estado, ingrato como é, e sempre foi” igno-
ra, legal e juridicamente o dirigente desportivo, pilar fundamental do desenvolvimento do desporto em Portugal. E foi mais longe ao não esconder o seu “espanto” por ainda existirem “dirigentes associativos voluntários, capazes de correr riscos pessoais de toda a ordem, em prol de um ideal, utopicamente cada vez mais distante. O agora reeleito presidente da Associação de Futebol de Viseu, para o mandatao 2012 - 2015, não esqueceu o ano difícil que passou, e que, recordou,
“provocou o abandono de alguns associado” que representavam clubes de freguesias mais interiores e que, em muitos desses casos, “eram a única coletividade desportiva” local. Apesar de considerar que vem pela frente “um mar encapelado de dificuldades”, reafirmou o desafio de continuar a promover e desenvolver o futebol em Viseu, e a promessa de “continuar a ajudar os clubes neste período difícil a ultrapassar as suas dificuldades”. Gil Peres
Cartão FairPlay Sala de visitas desportiva de Viseu, o Complexo Desportivo do Fontelo tem este fim-de-semana intensa atividade, e em modalidades tão diferentes como o futebol, o voleibol e os desportos radicais. Os espaços estão lá, prontos para utilização, e haja eventos para lá realizar. Fica a faltar a prometida requalificação do Pavilhão Gimnodesportivo para que o complexo fique com mais condições ainda. Pena que não sobre muito mais por onde se possa expandir, e as necessidades são cada vez maiores. José Alberto Ferreira Presidente AF Viseu
Cartão FairPlay Mais de uma década a comandar os destinos do futebol em Viseu é também sinónimo da confiança que a equipa que dirije tem sabido conquistar junto dos clubes filiados. confiança conquista-se com trabalho e qualidade. Nesse particular a Associação de Futebol de Viseu tem estado (está) bem servida. Futebol Redes Sociais
Futebol
Nem que seja particular, há “grande” no Fontelo O Estádio do Fontelo volta a receber um “grande” do futebol em Portugal. Desta vez é o Campeão Nacional, Futebol Clube do Porto que vem até Viseu para defrontar os espanhóis do Celta de Vigo. Uma partida de preparação, organizada pela João Peres Sport, que vai dis-
putar-se a partir das 19h45 deste sábado, dia 21 de julho. Os bilhetes estão à venda na Associação de Futebol de Viseu, e amanhã, a partir das 14h00, nas bilheteiras do Estádio do Fontelo, com preços entre os 10 e os 20 euros. É o campeão nacional
a jogar em Viseu, frente a uma equipa que já esteve no top em Espanha, e que este ano está de regresso à Liga. Expectativa sobre uma eventual estreia de Jackson Martinez, o avançado internacional colombiano que o FC Porto contratou esta época . GP
Ultra.com
CONTRATAÇÕES E RENOVAÇÕES NO PENALVA DO CASTELO”
Vítor Santos
Gil Peres
Mangualde volta a receber o “Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo”, já este fimde-semana, dias 21 e 22 de julho. O encontro é uma iniciativa que procura fomentar a prática do ciclismo de estrada e também do BTT. Em Mangualde são esperados cerca de 500 atletas num encontro onde participam todas as escolas de formação de ciclismo do país, no que é um dos mais importantes eventos do calendário de competições jovens da Federação Portuguesa de Ciclismo. Mais uma vez, a Câmara Municipal de Mangualde volta a associar-se a este encontro, no que para os seus responsáveis é “uma demonstração da aposta da autarquia na promoção do desporto no concelho”. Recordase que o “Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo” se realiza, pelo terceiro ano consecutivo, em Mangualde.
Visto e Falado
A Jackson Martinez
Cartão Amarelo Enraizou-se nos clubes a ideia que as redes sociais são hoje meio de privilégio para comunicar com sócios e adeptos. Errado. Com isso , além de que nem toda a gente vai ao facebook, subalterniza-se, perigosamente, o papel da imprensa. Depois não se queixam.
MODALIDADES | DESPORTO 23
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
VISEU 2001 Skate DC Skate Challenge em Viseu Valter Canhoto contratado O Viseu 2001 contratou mais um jogador. O ala Valter Canhoto, que na época passada jogou no Operário, da I Divisão, chegou a acordo com o clube viseense. Tem 29 anos e é considerado um jogador experiente, tendo sido companheiro de Balão, outro
dos reforços da temporada no Viseu 2001. Antes de jogar no Operário, Valter Canhoto vestiu a camisola de alguns clubes da região de Lisboa que disputaram subidas de divisão, e é por isso encarado como um jogador que pode ser uma mais-valia para
a equipa, aliando à sua categoria, a experiência necessária para dar esse acréscimo de qualidade ao plantel. A direção do Viseu 2001 adianta que vai ainda contratar mais três jogadores: um pivot, um fixo e um universal. GP
Flávio Martins
foto legenda
O novíssimo Skate Parque de Viseu prepara-se, este fim de semana, 21 e 22 de julho, a segunda etapa do DC Skate Challenge by MEO. Os melhores atletas do País já confirmaram a sua presença nesta prova do Circuito que define os Campeões Nacionais de Street Skate nas categorias Profissional, Amador e Iniciante. Depois do arranque do Circuito em Torres
Vedras, a competição chega agora a Viseu, num evento que, oficialmente, será a primeira prova a decorrer no recém inaugurado Skate Parque Municipal, no Fontelo, e logo com um dos mais prestigiados eventos nacionais da modalidade. “Muito skate, boas manobras, música e muita animação”, é o que a organização promete pra este evento. A prova é aberta a todos
os skaters, independentemente da idade, sexo e nível técnico. As inscrições decorrem no sábado, entre as 10h00 e as 12h00, dia em que se realizam as Eliminatórias de Iniciados, Amadores e Profissionais. Domingo é dia de finais, onde competem, a partir das 14h00, apenas os melhores classificados das eliminatórias. GP
Gil Peres
A Recém inaugurado skate park de Viseu recebe prova oficial
As águas do Rio Douro, junto às Termas das Caldas de Aregos, em Resense, receberam mais uma prova do Campeonato Nacional de Motonáutica. Um espectáculo que leva sempre muita gente até às margens do rio para ver em acção pilotos e máquinas num cenário natural de grande beleza e que dá sempre um enquadramento especial e único a este tipo de eventos. O Campeonato segue a 28 para uns quilómteros a Norte, em Cinfães..
Voleibol de Praia
Torneio do Lusitano no Fontelo Depois da relva , a areia. A secção de voleibol do Lusitano de Vildemoinhos promove este fim de semana, 21 e 22 de julho, mais um torneio de verão. É um torneio de VoleiPublicidade
bol de Duplas de Praia, masculinas e femininas e vai ser disputado nos ca mpos do complexo desportivo do Fontelo, em Viseu. Um torneio aberto e que está a registar um
elevado número de inscrições. No fecho desta edição ultrapassava já as três dezenas, mas a organização esperava que nos últimos dias esse número aumentasse ainda mais.
Este tipo de eventos, por norma, no dia de prova regista sempre muitas inscrições. No sábado serão os jogos de fase de grupos e no domingo decorrerão as finais. GP
A Lusitano apostado em promover o voleibol
24 DESPORTO | AUTOMOBILISMO
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
CAMPEONATO OFFROAD DE PORTUGAL
Pilotos de Viseu em força em Montalegre O Ca mpeonato de Offroad regressa este fim de semana, 21 e 22 de julho, para a quinta prova da temporada. É a segunda das três passagens pelo circuito de Montalegre, em Vila Real e que representa a segunda prova da época em circuito misto de asfalto e terra do campe-
onato. Uma prova que vai voltar a com a presença de vários pilotos de Viseu. José Cruz vai competir na Divisão 1 com o Peugeot 306 Turbo 16, numa prova que está a despontar grande expetativa já que vai contar com um “reforço” da lista de inscritos, o que promete ser
garantia de espectáculo. O piloto viseense tem em Montalegre a sua terceira corrida da época, num circuito de boa memória, já que foi onde conquistou o seu primeiro triunfo da temporada. Na Divisão 6, Hugo Lopes em Peugeot 106 e Bernardo Maia em Toyo-
A José Cruz venceu prova anterior no circuito transmontano ta Starlett, correm com ambições diferentes. Enquanto Hugo Lopes luta pela vitória no Camp e o n a to , e p o r m a n ter a liderança no Troféu Ernesto Gonçalves, já Bernardo Maia quer afastar de vez os problemas mecânicos com que se debateu nas últimas corridas e que lhe retira-
ram muitas hipóteses de uma boa classificação final no Campeonato. O piloto de São Pedro do Sul tem no entanto em aberto a luta pelo Troféu Ernesto Gonçalves. Novidade em Montalegre o regresso de José Dias, piloto de Cinfães que volta a competir na Divisão 5 com o Lancia
Caramulo Motorfestival
Novidades em 2012 A serra do Caramulo vai receber entre 7 e 9 de setembro mais uma edição do Caramulo Motorfestival . É a sétima edição deste evento que alia desporto, aos passeios e exposições. Em termos competitivos o Caramulo Motorfestival tem o ponto alto em mais uma edição da Rampa do Cara-
mulo, pontuável para o Campeonato de Portugal de Montanha, além da Rampa Histórica do Caramulo. Como novidade para a edição deste ano as provas de regularidade que prometem levar ao evento um grande número de entusiastas das provas para automóveis clássicos. O evento concentra
mais de 700 veículos, entre carros e motos. A organização, a cargo do Museu do Caramulo, promete que esta será a maior edição de sempre de um evento que tem vindo a crescer de popularidade. No ano passado teve mais de 30 mil visitantes. GP
A Edição deste ano vai decorrer entre 7 e 9 de setembro
Delta HF Turbo. De fora fica João Oliveira. O piloto de Mortágua tem um novo carro, um Peugeot 206 GTi da Divisão 2, preparado pela Automotorsport, mas a estreia deverá acontecer apenas na próxima prova, no início de agosto em Sever do Vouga.
D João Simões em concerto acústico
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
culturas expos
O viseense João Simões atua no Reitoria Bar, amanhã, 21, pelas 22h30, para um dos últimos concertos em formato acústico, antes da apresentação do novo álbum.
Arcas da memória
Destaque
VISEU ∑ Museu Grão Vasco/
Mário Matos “Pirolito”
Sé Catedral Até dia 7 de outubro Exposição “São Teotó-
Alfaiate de Viseu
nio. Patrono da diocese ref. 1162-2012”.
∑ Palácio do Gelo Até dia 31 de agosto Exposição de três carros alegóricos que desfilaram no cortejo das Cavalhadas de Vildemoinhos.
∑ Welcome Center Até dia 31 de julho Sul...ComVida”.
LAMEGO ∑ Teatro Ribeiro Conceição Até dia 31 de julho Exposição “Aulas Vivas na Biblioteca”, pelos alunos de artes da Escola Secundária Latino Coelho.
OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de julho Exposição de fotografia “Too Many Days WithoutThinking”.
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de agosto Exposição de mosaico “Ressurgir do Mosaico”, de Marco Conde. Até dia 30 de agosto Exposição de fotografia “Fotografia no Douro: Arqueologia e modernidade”, pelo Museu do Douro.
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
e da cidade de Viseu -
Exposição “S. Pedro do
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A Álvaro Meneses, presidente da RAV
A Real Associação de Viseu Concerto∑ Coro de Ariel College - Oxford Um fim de tarde de 3ª feira. A nave da Sé de Viseu repleta de um público atento e interessado para ouvir o Coro de Ariel College de Oxford. Com a presença de Dom Miguel de Bragança, da vereadora do pelouro da cultura e Álvaro Meneses, as quase duas dezenas de jovens de ambos os sexos, regidos pelo maestro e organista David Maw, proporcionaram um espectáculo de alto nível com um desempenho vocal e instrumental de elevada categoria. Em complemento das peças corais de Charles Wood, Edward Bairstow, John Blow, William Harris, Monteverdi, Pedro de Cristo, Antonio Lotti, Tomas Victoria, Orlando de Lasso, John Stainer, Henry Ley e Samuel S. Wesley, foram ainda tocadas duas peças de órgão a solo, por Tiffany Vong, com Bach e David Maw, com Louis Vierne.
quanto associação de cidadãos empenhados e esclarecidos. Esta acção social, exercida para a promoção da Cultura, do Em que se insere esta ini- conhecimento da Históciativa e que acções têm ria Pátria e da divulgação ainda programadas? da nossa e doutras regiA Real Associação de ões do país dirige-se soViseu completa 20 anos bretudo para o exterior de existência. Até final da associação, para a sodo corrente ano a RAV ciedade portuguesa que irá efectuar outras ac- pretende servir. ções de âmbito cultural E para hoje, dia 17, o que e também no campo da temos? ref lexão política, integrando-as no programa O concer to de hoje de Comemoração do seu dará início a esse pro20º Aniversário. grama, tendo nós a satisfação de oferecer, a Que objectivos norteiam quem quiser assistir, um a RAV? evento musical de boa Para além da prosse- qualidade. O Coro Oriel cução do seu objectivo de Oxford visita o nosprincipal de divulgar e so País e a RAV, através esclarecer as razões do de contactos que manideal monárquico, a RAV tém em Oxford, teve o esforça-se por cumprir prazer de o poder trazer uma útil acção social, a Viseu. A Câmara Muque além de ser consig- nicipal, nomeadamente nada como objectivo es- pelo pelouro da Cultutatutário, faz parte do ra, logo aceitou dar-nos seu sentido do dever en- apoio. PN Ouvimos Álvaro Meneses, o presidente da direcção da Real Associação de Viseu:
Há quem guarde ainda memória generosa de Mário Ferreira Matos, nascido em Vildemoinhos em 1898, “Pirolito” de apelativo, não sabemos bem porquê, sabemos que era já herdo de família e ele o honrou. Herda de seu pai a casa e o ofício, não à maneira dos mesteirais antigos, que ele aprende o ofício nos bancos da Escola, na prestigiada Academia Minister’s, em Londres, de onde traz o saber-fazer que lhe permite arregimentar clientela de luxo, cativada pela mestria da execução das roupagens, levada à boca da oficina para a tertúlia amena nas calmosas tardes da primavera ou do verão, quando a Praça fronteira da oficina, na Rua Formosa, se esvaziava. Almeida Moreira a quem vestiu, estamos em crer, de fatos galantes, Almeida e Silva na sua austera roupa de pintor, Gilberto de Carvalho, Aquilino Ribeiro que por ali vinha no verão e a quem o mestre talhava fatos de honra ou veste de caçador, Cristóvão Moreira de Figueiredo com as preciosas descrições da sua Beira, Hen r ique M ac h ado a enumerar uma vez mais o acrescento das suas colecções, ei-los à porta, esquecidos, que, de retratá-los, não houve pintor que se lembrasse. Mário Matos é tam-
bém cidadão interventivo numa urbe ainda a crescer. Vereador da Câmara, activo participante da Comissão de Iniciativa e Turismo, Presidente da Associação Comercial de Viseu em mandatos vários, sócio fundador do Clube Rotário de Viseu que, mais tarde, por iniciativa sua, haverá de levantar na Soutosa um expressivo Memorial a Aquilino Ribeiro por quem nutria singular apreço, Mário Matos permanece como esmaecida memória nesse chão mitificado da Rua Formosa de que ninguém contou ainda, quase nada, da história. Ainda que, mais tarde, tenha transferido a sua oficina para mais distante lugar, a Avenida Gulbenkian, onde continua a sentar-se com amigos e fregueses em demorada cavaqueira, onde prossegue, com prestígio, a carreira, onde os anos correm, operosos. Que sempre chega o fim, como por lei está traçado. Não quis honras maiores quando morreu. Não quis o mausoléu antes erguido para o pai e seus irmãos. Ao rés da terra sentiu que era ali que ficava bem. Guardaram-se, parece, os utensílios do ofício. E a gente fica à espera que um dia no-los mostrem nesse modo de mostrar da lição que um bom museu pode fazer.
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culturas
D Vila Nova de Paiva recebe Bombeiros Exposição
Pedro Ribeiro expõe em Viseu
DR
“Festa Portuguesa Música e Sabores da Região” A Associação Do Desenvolvimento do D ã o , L a f õ e s e A lto Paiva (ADDLAP) em pa rcer i a com a A s soci ação Por t ug ue sa de Pais e Amigos do Cidadão Def iciente Menta l de Viseu (A PPACDM), vai realizar a primeira Ed ição da “Festa Por t ug uesa – Música e Sabores da Região”, hoje e amanhã, a partir das 18h00, nas instalações da A PPACDM , em Re peses. A abertura do evento está marcado pa ra as 18h0 0 desta sexta-feira com uma prova de vinhos e visita aos expositores. Pelas 20h00, será servido um jantar típico e diversas atuações musicais. Sábado, a ex p osição abre às 1 4 h00. O Rancho Folclórico de Fail e o grupo de c a nt a re s de Fa r m in h ão vão at u a r durante a tarde. A primeira edição da “Festa Portuguesa – Mú sic a e Sabore s d a Re g i ão” encer ra às 17h00.
20 | julho | 2012
O Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, recebe a Tuna da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, amanhã, dia 21, pelas 21h30. A entrada é livre.
Destaque
Variedades
Jornal do Centro
TVP
A Manuel Vara Branco apresentou o seu último “Renascer para a vida” no IPJ
Hino de alerta em livro Mensagem∑ Espiritualista chama atenção para os perigos da sociedade materialista “Renascerparaavida-Um hino de alerta” é o título do novo livro de Alberto Vara Branco, lançado na semana passada no Instituto PortuguêsdaJuventude,emViseu, pela Chiado Editora. O antigo professora da EscolaSuperiordeEducaçãodo IPV, espiritualista e retratista tem vindo a acentuar a sua dedicaçãoàescritadesdeque se reformou do ensino, bem como à espiritualidade. Com esta obra, Vara Brancoquerlançarumavisoàhumanidade: “O mundo está a seravassaladoporumaonda denegatividadeprofunda,ao nível político, da educação e climático, ajudado pela incú-
ria do próprio homem”, afirmou o autor durante a apresentação do livro, alertando que o ser humano está a ver “só o lado material, esquecendo o lado espiritual”. Com uma mensagem de “esperança” e de “confiança, porque a terra não vai desaparecer, faz parte do universo, vai sim modificar-se”, a obra adverte que é necessário “chamar à atenção para a transformação que a terra está a ter”. Graça Resende, que integrou a tertúlia de apresentaçãodolivroconcluiunaapresentação que a obra remete os seus leitores para a urgência de “uma mudança inte-
rior de cada um de nós”, sendo “necessária uma purificaçãoehigienizaçãodoplaneta e dos homens”. “Este livro é uma linda história de amor, sendo Jesus a personagem principal”, terminou Graça Resende. Vara Branco está entretanto a escrever um outro livro chamado “As Conversas com a minha filha no plano espiritual” dedicado à filha que faleceu há algum tempo. Na cerimónia assumiu que a pintura retratista é outro tema ao qual se vai dedicar no futuro próximo. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Variedades
XXVII Festival Nacional de Folclore O Largo Dr. António de Sèves, em Leomil, Moimenta da Beira, vai receber o XXVII Festival Nacional de Folclore, no domingo, dia 22. O Rancho da Casa do Povo de Leomil é a entidade organizadora do evento que terá início às 15h00, com desfile entre a Casa do Povo e o largo
arborizado que bordeja a estrada nacional, salão de visitas de Leomil. Aqui, haverá entrega de lembranças e seguir-seão depois as representações dos grupos presentes. Além do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Leomil, membro da Federação do Folclore
Português desde o ano passado, estarão presentes grupos federados, criteriosamente selecionados, nomeadamente: Rancho Folclórico de Torres Novas – Ribatejo; Grupo Típico O Cancioneiro de Castelo Branco – Beira Baixa; Grupo Os Serranos de Belazaima do Chão – Baixo Vouga,
Beira Litoral e Grupo Folclórico As Lavradeiras de Parada de Gatim – Minho. Este é, de há largos anos a esta parte, um dos momentos altos das festividades em honra do S. Tiago, protagonizado por este grupo de Folclore que no dia 28 de Maio totalizou 34 anos. TVP
A partir de hoje, dia 20, e até dia 19 de agosto, o viseense Pedro Ribeiro, expõe as suas obras no Palácio do Gelo. O que começou por ser um “fediver”, no início do ano, depressa se tornou num assunto sério e agora, o artista quer mais. “Comecei por pintar alguns retratos e as encomendas foram surgindo, hoje, pinto tudo o que o meu estado de espírito sugere, costumo chamar-lhe estados de alma. A verdade é que não consigo parar”, referiu. O gosto pela pintura surgiu em tenra idade mas a motivação e o empenho “só” apareceram em janeiro de 2012. As pinturas de Pedro Ribeiro são em pastel e os desenhos em grafite. O autodidata vai apresentar quadros variados de monumentos, pessoas e pai-
sagens. A exposição, que durante o fim-de-semana estará no piso zero do centro comercial e que depois passará para a galeria do piso 1, não tem um tema específico. É a primeira vez que o jovem artista expõe para tanta gente o que acarreta nervos e alguma ansiedade. “É natural que esteja nervoso, mas ao mesmo tempo confiante que as pessoas apreciem o meu trabalho”, concluiu. TVP
Música
António Albernaz celebra 40 anos de carreira O cantor, António Albernaz, natural de Viseu acaba de editar um CD comemorativo dos 40 anos de carreira. Neste seu último trabalho, o artista a cantar há quatro décadas, opta pela inovação e pela inclusão de temas inéditos criados pelo conhecido compositor Ricardo Landum e outros em colaboração com este. “A boa disposição e a ironia mordaz são as notas dominantes deste CD” adianta António Albernaz. O cantor sublinha que “não foram esquecidos
no trabalho, os emigrantes”, a quem sempre foi “muito grato, as gentes do Minho e da Beira, os jovens e as novas tecnologias”. No t raba l ho destaque ainda para a balada dedicada aos locutores radiofónicos, “Rádio Solidão”.
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
culturas
Ex in Troika na FNAC Viseu D Rock
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Três4gerações diferentes de ver e encarar a música, com o anseio principal que De este programa venha a agradar a gregos e troianos, saciando, por um lado, os que gostam de Rock, aproximando, por outros que sem o conhecerem, o criticam e desprezam. O Rock in Troika realiza-se hoje, pelas 21h00, na FNAC Viseu.
Destaque
Em Sernancelhe, a globalização começa pela música Concerto ∑ Com as pianistas Olga Panova, russa e Ecaterina Baranov, moldava
Paulo Neto
Há relações musicais entre as escolhas desta noite? OP: Esta noite vou interpretar Mussorgsky e Shostakovich, EB: Tocarei Kirill Zaborov e, em conjunto, Ravel. Três compositores russos e um francês. Diferentes épocas, estéticas e estilos, também.
Já nos habituámos aos “sons” de Sernancelhe. Ora das cordas das guitarras, ora dos violoncelos. Ora das teclas das concertinas, ora dos pianos… A autarquia local, numa sistematicidade quase mensal, brinda os espectadores que acorrem ao Auditório Municipal – sempre cheio – com concertos de elevadíssima qualidade. Desta feita, por mãos do pianista local André Cardoso, vieram – a expensas próprias – a russa Olga Panova e a moldava Ecaterina Baranov. Músicas jovens, com um vasto CV, têm em comum os anos de estudo na École Normale de Musique de Paris, “Alfred Cortot”, onde obtiveram os diplomas superiores de concertista em piano e música de câmara; execução e concertista, respectivamente. Ao âmago das Terras do Demo trouxeram ainda uma “première” mundial: a apresentação da peça “Trois Esquisses”, do compositor contemporâneo russo Kirill Barov e executaram peças de Mussorgsky, Shostakovich e, a quatro mãos, de Maurice Ravel. Em pouco menos de uma hora, com a sua arte musical, fizeram vibrar um auditório, cujo público – maioritariamente jovem – se rendeu a tanta competência e virtuosismo. Antes disso, o Jornal do Centro teve a oportunidade de conversar com as duas
pianistas. Foi por acaso, ou existe uma lógica a propósito da vossa comum presença em Sernancelhe? EB: Na vida e na minha opinião, não há acasos. Estamos em Sernancelhe porque nos conhecemos na ENMAC, em Paris, nas aulas do mesmo professor. Ficámos amigos, começámos a colaborar profissionalmente e André teve a ideia de organizar aqui este concerto. E cá estamos… Conheceram-se onde e quando? OP: Em Paris, há mais ou menos seis anos. Têm o hábito de actuar conjuntamente? EB: Há um ano que tocamos juntas. Obtivemos o Diploma de Concertistas em Duo para piano. Foi com este objectivo que começámos a trabalhar em conjunto. A partir do momento em que trabalhámos um ano assim, as ideias começaram a surgir. Somos muito diferentes como músicas, como pianistas e dotadas de diferente atitude musical. O nosso tocar é diferente, a nossa percepção do tempo também. A música, em geral, é formada pelo som e pelo tom. O som existe no tempo. A ideia musical desenvolve-se no tempo. Cada movimento entre o som e o tempo é já uma
De onde vem a vossa paixão pelo piano? OP: A palavra paixão inclui o amor e a dependência. Não podemos desligá-las. Se tocamos desde a infância, torna-se um modo de viver. Passamos a ver o mundo que nos rodeia através do piano. Definimos os nossos dias em função do trabalho com o piano. É uma necessidade física. Sem piano, a vida seria vazia. Em média, passamos 4 horas por dia ao piano. EB: A interpretação é um processo que conjuga esforços racionais, emocionais e físicos. Se retirarmos um destes parâmetros, o trabalho nunca terá êxito. Estamos em vias de treinar a técnica, de investir na emoção e de construir a ideia filosófica da peça. As três partes são um todo. Primeiro objectivo: compreender o que o compositor fez. Aquilo que ele estruturou. De seguida, como cada um tem a sua compreensão musical, é preciso encontrarmo-nos na peça. É o renascer. É preciso adaptarmonos à peça. Porquê Sernancelhe hoje? Conhecem já muito mundo, que opinião formaram acerca desta vila do interior de Portugal? OP: É o destino. Um belíssimo destino… EB: Tem especificidades que não vimos noutros locais. Primeiro, as pessoas – em geral – e na primeira impressão, trata-se de pessoas muito directas, que têm um calor interior e uma afectividade verdadeiramente genuínas. Muito sensíveis. Mais sinceras, mais conectadas à sua maneira de ser. Genuínas. Pouco tempo tivemos para descobrir a terra, que numa primeira impressão nos atraiu. Kirill Zaborov é um compositor contemporâneo russo. Esta noite teremos o privilégio de uma “première” mundial com a interpretação de uma peça sua na actuação de Ecaterina Baranov. De que se trata? Por-
quê aqui? EB: Travámos conhecimento com Kirill através do nosso professor na “Alfred Cortot”. Kirill é um amigo dele que se tornou nosso amigo. “Trois Esquisses” trata-se de uma sequência lógica da nossa colaboração. Acabámos de completar esta peça. É o nosso primeiro concerto. Logo, é o exacto momento de a apresentar. Ambas, Ecaterina e Olga, têm uma previsão de um percurso conjunto através da música sul-americana. Porquê esta opção? Quais compositores? EB: É uma paixão pessoal desencadeada num momento de crise. Uma vontade de conhecer o mundo e outras culturas. OP: Começámos a pesquisar ligações com contemporâneos vivos. Daí colaborarmos agora com Blas Emilio Atehortúa, um dos maiores compositores colombianos da actualidade. Alba Fernanda Triana, Guillermo Uribe Holguín… No fundo, o nosso projecto encerra um diálogo artístico entre a cultura latino-americana e a cultura russa. Onde conheceram André Cardoso? Façam-nos uma confidência… como se passam as coisas, entre ele e o piano? EB: Fomos todos colegas na “Alfred Cortot”, em Paris. André e o piano têm uma relação soberba! OP: André é uma pessoa que se entrega a fundo. Que busca a máxima compreensão. Tem uma lógica excepcionalmente desenvolvida que usa para aprofundar a compreensão musical. É muito minucioso, perfeccionista e filosófico. Qualidades que utiliza na sua interpretação. É um pianista excelente. PN
Paulo Neto
percepção do tempo. Falamos de centésimos de segundo. Quando tocamos juntas o público percebe as diferenças. A arte da interpretação é como a alta criação de um joalheiro.
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saúde e bem-estar “O que perguntamos sobre saúde” em livro O enfermeiro, Carlos Edgar, natural de Santa Comba Dão vai lançar o seu segundo livro “O que Perguntamos sobre Saúde”, dia 28, às 16h00, na Fnac Viseu. Depois de “Saude24. net” lançada em 2011, surge agora com uma obra
com as 1000 perg untas mais frequentes sobre saúde, construída em 36571 minutos (25 dias) e através de 1820 pesquisas no Google®. “É uma nova obra, que aborda a questão das perguntas e a busca de informação sobre saúde que fazemos na
web”, acrescenta o autor. Associado à sua experiência na web, através da qual responde a mais de 2500 perguntas anualmente, Carlos Edgar acrescenta em cada capítulo as principais pesquisas feitas no motor de busca. EA
ARS promete pagar este mês A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) confirmou que, durante este mês, pretende pagar às Misericórdias “70 por cento da faturação conferida” do mês de abril. No passado dia 9, o deputado do PS, José Junqueiro de Viseu, após uma reunião com o secretariado distrital de Viseu das Misericórdias, denunciou
atrasos nos pagamentos a estas instituições por parte da Segurança Social, tendo depois esclarecido que, afinal, é a ARSC que está em falta. Contactada pela agência Lusa, a ARSC esclareceu que os pagamentos às Misericórdias e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que com a entidade têm acordos no âmbito da Rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados, cumprem o estabelecido num despacho do secretário de Estado da Saúde, “que determina o pagamento mensal de 70 por cento da faturação apresentada e conferida”. Segundo a ARSC, “este procedimento tem sido aplicado desde o início do ano, sem exceção, a todas as instituições da região Centro”. EA/Lusa
Rastreio em Tondela até outubro O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a realizar, em Tondela, o exame gratuito mamográfico digital até início do mês de outubro, de segunda a sextafeira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. A uma unidade móvel de mamografia encontra-se junto
ao Centro de saúde da cidade. As mulheres inscritas no Centro de Saúde são convocadas por carta para efetuar o rastreio, mas o programa está aberto à população feminina entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho e interessada em fazer o exame. Para marcações ou in-
formações adicionais, deve contactar-se o Centro de Coordenação do Rastreio, através do telefone 239487495/6 ou do email rcmama.nrc@ligacontracancro.pt. O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção eficaz. EA
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GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.
RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.
EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.
TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.
COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.
SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas.
RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com
RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo. RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away.
QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.
PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.
TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.
NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.
VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.
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ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666
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Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498 ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344
PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt
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MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt
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Ajudante Cozinha Refª 587820523- Tempo Completo – Vila Nova de Paiva
Esteticista - Ref. 587822205 - Tempo Completo - Mangualde Cabeleireiro- Ref. 587819728 - Tempo Completo - Viseu
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.
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Jornal do Centro
30 INSTITUCIONAIS
20 | julho | 2012
INSTITUCIONAIS 2ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)
(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)
(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)
(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)
Jornal do Centro 20 | julho | 2012
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IP3 – Que solução?
HÁ UM ANO
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EDIÇÃO 488 | 22 DE JULHO DE 2011
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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRECTOR
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UM JORNAL COMPLETO pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 16 pág. 17 pág. 25 pág. 28 pág. 29 pág. 32 pág. 34 pág. 36 pág. 38 pág. 39
> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > REGIÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > DESPORTO >PASSEIOSDEVERÃO > CULTURAS > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR
Paulo Neto
Semanário 22 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 488
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
t·www.jornaldocentro.pt| Vasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·redaccao@jornaldocentro.p JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorres |Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.
Touros com vida no Montemuro
∑ As chegas de bois são
uma tradição milenar nas serranias a Norte. No Montemuro a tradição está viva e a raça Arouquesa mostra o seu esplendor
Nuno Ferreira
| páginas 6, 7, 8 e 9
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No passado dia 30 de junho re- Viseu e Coimbra deve resultar de de Mortágua, passaria em Frei- radoBuçaco,entreaEM638(Trealizou-se, em Viseu, o ato de pos- uma solução competitiva com o xo,CortegaçaeSantoAntóniodo zói – EN234) e o km 33 da EN234 se dos novos órgãos distritais do atual IP3. Neste caso, passaria a Cântaro, onde iniciaria a subida (Barrô), evitaria Moura e Luso. A PSD, onde estiveram presentes haver entre Santa Comba Dão e na vertente leste da serra do Bu- ligação a Anadia e Aveiro melhoos secretários de estado drs. José Viseutrêsestradasparalelas(EN2, çaco e desceria na vertente oeste raria com um troço de 2 km que Cesário, Almeida Henriques e IP3 e AE). Pessoalmente, defen- até ao km 55 do IP3 (Espinheira). evitaria Vila Nova de Monsarros. Sérgio Monteiro. Este, na sua alo- do a construção de boas estradas, De referir que nesta zona o nemá- Evitar-se-ia também a Mealhada cução, referiu-se ao problema do que passem fora das localidades, todo dizimou todo o pinhal e há comumnovotroçode3kmentre IP3 deixando em aberto a possi- com boas relações custo / quali- muita acácia. O IP3 entre os km a EN234 (km 31) e a EN1 (km 207). bilidade de nova autoestrada ou dade e com previsíveis baixas ta- 55 e 43 (cruzamento com o IC2) A ligação da EN1 (km 205) e o IP3 de duplicação do atual IP3. A opi- xasdesinistralidade.Devemcriar seria também duplicado. Estas (km 45), num troço de 6 km, evinião que aqui expresso preten- coesão intermunicipal e serem obras deveriam ser financiadas taria quatro semáforos na EN1 e de ser um contributo para esta fator de desenvolvimento. Julgo de forma a não haver pagamen- permitiria chegar mais depressa que a análise deve ser alargada e to de portagem. A nova ponte no a Coimbra. Finalmente, poder-sequestão. As estradas a construir devem integrada (v. g. rodovia / ferrovia rio Criz, substituiria as pontes de ia ir de Coimbra à Figueira da Foz, ser competitivas. A solução esco- e IP3 / IC12), procurando não só Criz I e II e evitaria a utilização passando por Taveiro e Montelhida deve ser suportada por es- boa ligação de Viseu a Coimbra, das quatro pontes do IP3 na albu- mor-o-Velho, desde que se resoltudos robustos de tráfego, custos mas também do sul do distrito a feira da Aguieira. Seria possível vessem os problemas do Paul da retornar ao atual IP3 (km 74),atra- Arzila e da rotunda do Almegue. de construção, de manutenção Aveiro e Figueira da Foz. Em termos de ferrovia, para vés da EN228 (Freixo) e evitar a e de exploração. O caso da A14 Esta proposta pode ser uma entre Trouxemil e Montemor-o- mercadorias, defendo a ligação ponte da foz do Dão. base de trabalho para chegar a O IC12 atravessaria o rio Dão melhores soluções, a executar de Velho é claramente um caso de daFigueiradaFozaAlfarelos,em muito mau planeamento com bitola europeia, caso seja possí- e ligaria ao troço proposto de IP3 forma faseada. Contudo nenhuconsequências extremamente vel.LigariaàPampilhosaeaVilar antes da ponte sobre o rio Criz ma proposta alternativa deve ser gravosas. Esta autoestrada não Formoso. Em termos de rodovia, (4 km). O troço até Cortegaça se- descartada à partida, mas tão só suporta a concorrência de uma proponho a duplicação do IP3 en- ria comum (IP3 e IC12), seguindo com base na análise do previsível estrada do século XIX, de má tre os km 115 e 88 (norte de Santa para a EN234 (km 49). Um novo outcome económico e social face qualidade, como é a da Geria a Comba Dão) e a construção de troço ligando os km 49 e 45 da aos respetivos custos. um novo troço, de 27 km, que EN234 evitaria o Barracão. Um Montemor-o-Velho. José Matos Carvalho Aopçãopelaautoestradaentre atravessaria o rio Criz e a ribeira novo troço de 7 km, a norte da ser- Candidato pelo PSD à Câmara de Mortágua em 2009
∑ A festa das chegas de bois ∑ A Ínsua e os seus encantos “escondidos” ∑ José Costa disponível para a CMV ∑ Quinta da Cruz à espera de conteúdos
tempo
JORNAL DO CENTRO 20 | JULHO | 2012
Hoje, dia 20 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 29 e mínima de 16ºC. Amanhã, 21 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 18ºC. Domingo, 22 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 18ºC. Segunda, 23 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 19ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
”Jardins Efémeros” enchem Praça D. Duarte
Sexta, 20
Moimenta da Beira ∑ Abertura das Festas de S. Tiago, em Leomil, que decorrem até dia 25.
Objetivo ∑ Questionar a cidade e o centro histórico de Viseu
Sábado, 21
Viseu ∑ Jogo de futebol entre o Futebol Clube do Porto e Celta de Vigo de Espanha, às 19h45, no Estádio do Fontelo. Um jogo de preparação da nova época. Viseu ∑ Workshop de dança tradicional, às 21h30, nas Termas de Alcafache, com a participação do Rancho Folclórico Verde Gaio de Lordosa.
PASSATEMPOS
O Jornal do Centro oferece:
∑ Bilhetes para o Tom de Fes-
ta, dias 26, 27 e 28 de julho, em Tondela. ∑ Bilhetes para o jogo Porto vs Celta de Vigo, dia 21 de julho, pelas 19h45, em Viseu. Para ganhar um, ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados. Publicidade
Emília Amaral
Viseu ∑ Rota do Quartzo, na Freguesia do Campo, às 18h00, com duração prevista de uma hora e 30 minutos.
A O evento oferece cultura e irreverência até domingo A ideia é original, decorre pelo segundo ano consecutivo e prova que é possível devolver vida aos centros históricos das cidades portugueses, fazendo deles mesmo um espaço de irreverência. No centro histórico de Viseu decorre até domingo a iniciativa “Jardins Efémeros”. Em seis locais específicos na zona antiga da cidade, estão espalhadas 100 toneladas de árvores e outros elementos arbóreos sobre o granito, transformando-a num jardim, com destaque para um pórtico na Rua do Comércio, onde assenta um jardim vertical constituído por 1.714 vasos de heras. Questionar a cidade de Viseu e o seu centro histó-
rico sobre que caminho traçar no futuro é o objetivo. A promotora da iniciativa, Sandra Oliveira reforçou durante a sessão de abertura, na terça-feira, que o evento só é possível graças a um trabalho de parceria que foi articulado entre diversas instituições, e desafiou os viseenses a visitarem o centro histórico. O apelo foi ouvido e na primeira noite dos “Jardins Efémeros” centenas de pessoas passearam livremente pela zona antiga sem trânsito, desfrutando da oferta da gastronomia nos bares e restaurantes, dos espetáculos em palco, do cinema ao ar livre - um ciclo promovido pelo Cine Clube que comemora 30 anos - e dos jar-
dins construídos por toda a parte. “Já não via o D. Duarte tão bonito há muito tempo”, comentava um grupo de senhoras encantadas com o que estava a acontecer. A estátua do rei nascido em Viseu, tantas vezes “despida” está até domingo rodeada de árvores, de esplanadas e de pessoas. Uma exposição de pintura de Ana Seia de Matos na Funerária D. Duarte é um dos momentos que se destaca nos “Jardins Efémeros”, mas há concertos, teatro, workshops, conferências e muito mais a acontecer em pleno recinto, no talho, na mercearia, no hotel ou loja de ferragens. Emília Amaral
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Olho de Gato
Bibliotecas Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
A evolução histórica mostra-nos que os humanos têm vindo a produzir cada vez mais informação e a guardá-la em cada vez menos espaço. Os nossos avôs do Côa precisaram de uma grande rocha para representarem um animal de duas cabeças — na verdade a bicefalia é banda desenhada com milhares de anos, é a representação gráfica do movimento da cabeça do macho a avaliar duas fêmeas. Mas repare-se: o suporte daqueles poucos bytes de informação pesa toneladas. Ao longo dos séculos, os arquivos têm diminuído em peso e volume e estamos agora prontos para saltar para uma era pós-Gutenberg, a era do e-book, o livro electrónico. “A única razão para mantermos o uso de livros feitos a partir de árvores mortas é a nostalgia” — escreveu John Biggs, em Maio, no New York Times. Como lembra David A. Bell, num artigo intitulado “A Biblioteca sem Livros”, uma cópia digital dos 33 milhões de volumes da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos cabe perfeitamente numa caixa de sapatos. Outro exemplo ainda mais avassalador: a Biblioteca Pública de Nova Iorque, exemplar fabuloso de design arquitectónico que ocupa dois quarteirões na Quinta Avenida, perde para um produto de design também fabuloso, já não em mármore mas em plástico, metal e vidro — o iPhone, onde se tem acesso mais rápido e a um maior número de livros. As bibliotecas têm que se saber reinventar, a começar pela Biblioteca Municipal de Viseu que precisa de pensamento estratégico e de capacidade de adaptação aos novos tempos, e, convém não esquecer, num contexto orçamental cada vez severo. Este assunto, espera-se, deve ser pensado na campanha das próximas autárquicas e essa reflexão deverá ter também presente a necessidade de se acabar com o vazio em que, infelizmente, caiu a ex-biblioteca da Casa Amarela, na Santa Cristina. Artigo redigido sem observação do novo acordo ortográfico