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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 31 de agosto a 6 de setembro de 2012
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > ECONOMIA
Ano 11 N.º 546
pág. 24 > DESPORTO pág. 26 > CULTURA pág. 30 > EM FOCO
1,00 Euro
pág. 31 > SAÚDE
SEMANÁRIO DA
Publicidade
pág. 33 > CLASSIFICADOS pág. 34 > NECROLOGIA
REGIÃO DE VISEU
pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
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Novo acordo ortográfico
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Desporto “invade” Viseu Publicidade
| páginas 6 e 7
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Jornal do Centro 31 | agosto | 2012
praçapública r
rMesmo em
palavras
deles
Um cartaz cenários de crise, a desportivo atrativo é cultura e as artes não uma mais-valia para Feira de S. Mateus e podem sucumbir” para a cidade”
Paulo Ribeiro Diretor do Teatro Viriato (Entrevista ao Jornal do Centro, 28 de agosto)
Opinião
Sofia Campos
Marta Almeida marta92almeida@gmail.com
Miguel Macedo Ministro da Administração Interna Visita a Cinfães, Lusa, 28 de agosto)
Maria Figueiredo Presidente do Hóquei Clube de Viseu (Entrevista ao Jornal do Centro, 29 de agosto)
A verdade mais evidente é que à Morte ninguém escapa… Mas morrer de solidão, abandonado à triste sina, sabe-se lá em que condições, apenas com a impressão vaga e inútil de que poderia ter sido salvo… Cada vez mais são encontrados idosos mortos nas suas casas, nos seus apartamentos. Viviam sozinhos ou com o animal de estimação… Abandonados pela família e pelos amigos – o idoso não presta, é descartável como a fralda – morrem porque fraquejaram, caíram e não conseguiram levantar-se, por desnutrição, desidratação, frio… Somos uns iludidos. Esquecemonos que amanhã, se lá chegarmos,
somos todos as futuras vítimas. Dantes ouvia-se dizer que o grau de civilização de um país se aferia pela forma como tratava e estimava os seus animais domésticos. E agora,
perante isto, que pensar ou dizer? Uma sociedade sem afecto é geradora de todas as violências. Mas afinal, as grandes avenidas são ghettos iguais ao Bronx. E não é um problema de lugar, de espaço. É um problema de gente, humanidade. Quem imagina o que muitos pais passam para criar os filhos? Os sacrifícios, o sofrimento, as privações…? Filho és, pai serás. No fundo será não só geracional como sinónimo dos tempos modernos. Tudo é descartável. O idoso mais
que todos porque já esgotou o seu potencial produtivo e gerador de riqueza. Só tem afecto ou saudade. E isso não compra nada. Não presta para nada. E na era do tem-tem, um idoso é como uma doença má. Ou seja, algo a evitar a todo o custo. Há centenas de anos, diz-se, o idoso era lançado pelo filho primogénito para o fundo de uma ravina. As pessoas lêem isto e dizem agoniadas “Que horror!” e eu replico: “Não é mais desumano que deixá-los morrer caídos sobre os azulejos frios de uma cozinha, enquanto o cão, fiel, uiva a dor que ninguém ouve, até se calar, também por Caronte levado.” Há-de ser muito chato morrer.
USA arrecada o prize. Voilà! ( Eu ando a investir nas línguas, mortas e vivas, a ver se arranjo um precário de um emprego!) (*) Derrapagem – “Deslizamento descontrolado das rodas de um
veículo no solo, provocado por falta de aderência ao piso.”
O último que apague a luz Quem vier de fora terá dificuldades em perceber a crise que se atravessa cá dentro. Há festas por todo o lado. Estonteantes voltas ao rectângulo em bicicleta. Cantorias. Feiras e romarias… Uma coisa assim…! A massa, a multidão que acorre, gosta de se divertir. Precisa urgentemente de se divertir… para não endoidecer. Em última instância nem sequer reflecte que é o cidadão comum, que paga todo o forró. Com os seus impostos, directa e indirectamente. As câmaras, por exemplo, não são produtivas, não fabricam nada, gerem os impostos que cobram aos munícipes, orientam as clientelas partidárias, cuidam, também (às vezes) da coisa pública. Os autarcas são os gerentes da repartição, ou melhor, os chefes da repartição. E alguns até fazem brilharetes com muita luz e relampejante estralejo. De onde lhes vem
o dinheiro? Quais os critérios para os seus gastos numa festarola ou numa requalificação de calçada? Eles sabem… Porque a verdade, porque mais que a queiramos recusar é esta que fazia manchete nos jornais nacionais: “Norte é onde mais pessoas recebem abaixo de 310”, ou “Governo assume derrapagem (*) de 3 mil milhões de receita”. Mas esta realidade é deprimente. Então, vamos vê-los a pedalar, velozes, como pégasos levados pelo vento. Quanto nos custa o “vento”? Que interessa isso? Tanta cor, tanta alegria, o “mayor” repenica kisses nas starlettes e um D. R.
Opinião
tem já um dro da reestruturação lugar no mapa do do QREN, uma verba hóquei” importante para apoio aos bombeiros, mas não queremos que seja sobretudo gasta em estruturas que muitas vezes não são absolutamente necessárias para o bom desempenho das funções”
Velhos e usados
D. R.
sophie.sophie@sapo.pt
Guilherme Almeida Vereador do desporto na Câmara Municipal de Viseu (Conferência de imprensa de apresentação da 32ª Meia Maratona de Viseu
rGarantimos, no qua- r Viseu
Afinal o défice é um veículo e a culpa há-de ser dos pneus carecas!
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
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números
estrelas
30.000
Elza Pais Deputada do PS eleita pelo circulo de Viseu
Número de pessoas esperadas no Motorfestival, entre os dias 07 e 09 de setembro, no Caramulo.
Importa-se de responder?
A deputada do PS eleita por Viseu, Elza Pais é uma das observadoras da delegação portuguesa destacada para Angola, no âmbito das eleições gerais, que decorrem esta sexta-feira.
De destacar a qualidade das propostas da programação do Teatro Viriato para os últimos quatro meses do ano. Espetáculos de companhias que nunca se apresentaram em Portugal e projetos musicais inteiramente nacionais marcam o cartaz apresentado esta semana.
Não, porque sei que as empresas pagam um valor elevado de taxas à banca sobre o uso do multibanco, o que faz reduzir as suas margens de lucro. Tendo em conta a situação económica atual, isso poderá afetar ainda mais a estabilidade das empresas, principalmente as do pequeno comércio.
Tânia Lopes
Pedro Ferreira
Estudante
Estudante
Em Portugal não uso cartão multibanco, só quando me desloco ao estrangeiro.
Por ser mais prático e cómodo, uso para compras superiores a cinco euros.
Emanuel Guerra
Daniela Nunes
Desempregado
Administrativa
Mia Tomé
O intendente Victor Rodrigues regressa a Viseu, para voltar a dirigir o Comando Distrital da PSP. É um momento impar na vida do comando, ao ver regressar um comandante. Vítor Rodrigues comandou a PSP de Viseu entre maio de 2008 e janeiro de 2009, sendo transferido para Faro, onde esteve até agora.
Usa o cartão multibanco para pagar pequenas compras? Sim. Nunca sei quanto vou gastar e por isso opto por não levantar dinheiro.
Opinião
Victor Rodrigues Comandante da PSP de Viseu
Paulo Ribeiro Diretor do Teatro Viriato
Cortes e feridas Um tema basta nte abordado enquanto estou sentada na mesa do café a beber o meu d e s c a fe i n a d o : O c o r te d o s subsídios para as artes e para a cultura. Passo a dizer que não é tema fácil nem do agrado de ninguém, somos jovens, com ligações ao mundo das artes e por este andar com um futuro na corda bamba. Uns licenciados, outros que ainda estudam e há aqueles que já estão a caminho do segundo curso por falta de oportunidades na área pretendida.
Estamos a falar de uma geração de artistas que está neste momento praticamente sozinha, e cujo apoio passa por outros artistas na mesma situação. Os subsídios que compa n hias de teatro recebia m foram reduzidos em força, temos instituições a despedir atores e técnicos por falta de verbas, no que toca ao cinema falamos da não existência de concursos para o ganho de subsídios para fazer os filmes que têm viajado pelo mundo. Como é que é possível ignora r geraçõe s de a r t i st a s
que i nvestem du ra nte a nos para uma evolução das artes em Por tuga l? Como é que é possível ignorar os prémios g a n ho s p e lo s re a l i z adore s portug ueses no estra ngeiro, como é o caso de João Salav i za que este a no venceu o Urso de O u ro no fest iva l de cinema em Berlim com a curta-metragem “Rafa”, ou o documentário “José e Pilar” de Miguel Gonçalves Mendes que f icou nos 9 pré-selecio nados para os Oscars, ou seja, pré-selecionado pela Academ ia norte-a merica na de A r-
tes e Ciências Cinematográficas, Companhias Portuguesas como o teatro Meridional a ganhar prémios em São Petersburgo… Portanto as nossas a r tes a viaja r pelo mu ndo e um país a cortar as asas a obras que poderiam muito bem seg u i r o mesmo r u mo. Não se pode deixar morrer o que acabou de nascer, é preciso público, é preciso mente aberta, é preciso apoio não só em valores monetários, mas também em valores da consciência de um público chamado país.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO
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Os nossos heróis…
Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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I. Alguns políticos partidários – há os outros – parecem, por vezes, uns meros vendedores de banha da cobra. Como qualquer bom vendedor, toda a banca lhes é propícia para a troquilha do produto.
Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA
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Tiragem média 6.000 exemplares por edição
Gostam muito de falar aos microfones das rádios, adoram câmaras de televisão, apreciam escrever nas colunas dos jornais nacionais, regionais e paroquiais. Direito que lhes assiste. Onde eles não ecoam é mesmo no lugar onde sua voz, como a de
outrora José Estevão, por exemplo, deveria ser ouvida, em defesa dos seus eleitores, da sua região, das causas fundamentais e fracturantes que as assolam e ao país. II. Foi prática implementada pelo director deste jornal fechar o púlpito aos pregadores das boas graças. E dar voz aos cidadãos independentes, que não são porta-voz de políticas, mas sim políticos no exercício da sua interventiva cidadania, com enfoques de muito alcance e originalidade, porque sem antolhos nem peias partidárias. É gratificante receber participação dos jovens. Que acreditam no JC. Que têm ideias sobre tudo em seu redor, embora haja quem insista em fazer passar a imagem contrária. Uma lufada de ar fresco.
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Opinião
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João Cotta Presidente da AIRV
Gerência Pedro Santiago
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Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
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União Portuguesa da Imprensa Regional
Opinião
Hoje em dia a palavra risco assumiu uma importância extrema. Há poucos anos não havia risco para nada, tudo era fácil. Em 2 anos degradou-se o risco dos países, das empresas e das pessoas. Risco gera desconfiança. Uma das consequências mais dramáticas é a escassez de financiamento às empresas e o seu custo. Sem financiamento não há investimento, consumo, criação de trabalho, nem cres-
cimento económico. Como podemos reduzir a perceção de risco que afeta a confiança dos agentes económicos e asfixia as empresas? A nível empresarial pela informação. Quanto mais e melhor informação possuirmos menor o risco de falharmos. Quanto melhor informação dermos sobre o nosso negócio aos nossos fornecedores e bancos maior a confiança. Por
Linguagem porcalhona Vai longe o tempo em que os meninos que dissessem palavrões eram punidos com pimenta na língua. Antes, porém, era servida uma “ensaboadela” com alusão a quem, por hábito, usava essa linguagem, sem prejuízo de comparação com alguns animais que, embora nem falem, vivem no meio de coisas pouco limpas. Mesmo palavras como gajo, tipo, bestial, chatice, porreiro e tantas outras, eram afastadas do convívio onde estivessem senhoras. Tudo isso é Campo Morto. Tudo isso é uma bruma que alguns “castiços” ainda recordam. Pessoalmente, ainda me bate como um maço nos ouvidos os impropérios que ouço na rua e noutros locais, muitas vezes ditas por rapariguitas novas, entre elas,
ou na presença de rapazes. Arrepia-me por me lembrar os locais em que ouvia essa linguagem. Como se dizia na época: «onde as mulheres fumam e tratam os homens por tu». As tais da “vida fácil” usavam como parte do seu “métier” o mesmo vocabulário que ouço, hoje, nas ruas. Pais falam com os filhos da mesma maneira e nem reparam como eles lhes respondem na mesma frequência de onda. Ao tentar perceber o que se passa encontro, sempre, a mesma explicação primária. Já não há muitas Senhoras. As esposas não o são, as mães não o são, as professoras não o são e por aí fora. Não merecem o respeito dos demais. Mas há outra explicação que se lhe segue: Já não há Cavalheiros. Os maridos não o são, os
pais não o são, os professores não o são e por aí fora. Há mães que chamam filhos da p… aos próprios filhos. Também é verdade que um cidadão foi levado a tribunal (propositadamente com letra pequena) por ter ofendido um Oficial da GNR a quem lhe chamou tal coisa. O juiz acautelou a defesa do cidadão dizendo que não se pode considerar ofensa esse tratamento uma vez que é usado para definir o tempo mau, ou bom, um golaço, uma onda enorme, e etc. Assim, pode-se dizer que uma boa pescaria é uma pescaria filha da p…, quer ela seja grande ou, inversamente, pequena. E, nesta base, o ordinário cidadão foi mandado em paz sem qualquer agravo e, quem sabe, convencido de que era um tipo
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Recebemos de troco no supermercado uma moeda de 2 euros. Ao repararmos nela vimos que era grega e tinha no reverso a Europa montando Zeus, disfarçado de belo touro… Lembrámo-nos da mitologia que diz mais ou menos isto: Europa era uma heroína f ilha de Agenor e Telefaassa. Zeus viu-a brincar numa praia de Sídon e apaixonouse por ela. Transformou-se num touro de enorme beleza e foi deitar-se a seus pés. Primeiro receosa, depois agradada, Europa brincou com ele e montoulhe para o dorso. Assim o fez, Zeus entrou mar adentro em direcção a Creta onde, em Gortina, junta a uma fonte e à sombra de plátanos, consumou seu amor. Tiveram três filhos. Mas quem é Zeus? É o deus grego da Luz… Moral da história… na moedinha de 2 euros, os gregos lembram que quem cobriu a leviana e cândida Europa foi um conterrâneo e que um touro bravo e deslumbrante precisa de mais que arcanjos do panteão germânico para se deixar pegar. Se ainda fossem os forcados amadores de Alcochete…!
Paulo Neto
esta razão os empresários têm de investir mais na boa gestão e menos nos conflitos. Quem nos financia quer garantias de que vai receber e que quanto melhor informação dermos menor o risco percebido. A informação das empresas, qualitativa e quantitativa, a tempos e horas é necessária para uma gestão correta das operações mas também para dar confiança ao sistema financeiro, aos fornecedores, clientes e trabalhadores.
A ficção que vivemos durante anos foi muito impulsionada pelo sistema financeiro que criou a ilusão da ausência de risco. Da permissividade quase total passou para o crivo apertado, onde não passa ninguém. A situação neste domínio contínua dramática, com muitas empresas sem financiamento. O sistema financeiro deve procurar conhecer melhor as empresas, criar relações de proximidade, fomentar a melhoria da sua gestão, entender as suas necessida-
eloquente, que usou linguagem “diferente”. Uma vez lida a decisão, mandou o magistrado que saíssem e terá achado graça quando o Oficial, aproveitando a douta, maestra lição, se despediu dizendo: - Oh filho da p…, então bom dia e até à próxima. As mulheres querem tomar o lugar dos homens. Os homens o das mulheres. Tudo isto salvo seja. Reina a confusão. Encantame o espevitado que representa uma mulher na praia com o sovaco escondido por farta pelugem ou a gesticular para alguém com o dedo grande da mão esticado. Ou mesmo ouvir, como hoje aconteceu, uma mocinha a falar com uma amiga por telemóvel, em tom amistoso e a trata-la por “minha pu..”! Haverá quem tenha explicação para tal, cheia de considerandos, de remissões a tratados e em verborreia erudita.
Para mim, é “paleio de sanzala ao ritmo de pop-chula”. Ordinarice, falta de educação básica e postura de sem vergonha são tudo quanto se pode dizer para definir e explicar o “FENÓMENO”. Mas, o pior é que esse despudor passa-se para a forma como se anda de carro, se estaciona e apita. Para o uso de equipamento social. Para os consumos de tudo em exagero e para a displicência com que se trata o próximo, especialmente os mais idosos. Cheira, por todo o lado, a podre. A bafio. E os nossos filhos a crescerem no meio do entulho que os da geração mais velha lhes impõe, começando pelos juízes tolhidos pela doutrina, pela legislação e por uma consciência mole, gelatinosa e muito, muito opaca. Pedro Calheiros.
des, exigir informação regular e fiável e estabelecer critérios exigentes mas exequíveis para financiar as empresas. Qual o papel do Estado? Em primeiro lugar assegurando a confiança externa no nosso País e reduzindo os custos do nosso financiamento externo. Em segundo lugar pagando a tempo e horas todos os seus compromissos, não gastando mais do que pode. Em terceiro lugar melhorando a justiça. Quem não cumpre tem de ser penalizado e rapi-
damente. Em quarto lugar pela transparência dos processos em todos os domínios. Em quinto lugar por acordos de regime entre os partidos políticos do poder que garantam políticas de longo prazo, que sejam previsíveis para quem investe. Em resumo, todos nós, aos diferentes níveis, pelo nosso exemplo, cumprindo as nossas obrigações, podemos ajudar a reduzir o risco que afeta a nossa confiança e nos asfixia.
D. R.
Mas não agrada a todos, nomeadamente a quantos querem, à viva força que a comunicação social seja toada a loas ao seu ego. Convivendo mal com críticas e tentando, da forma mais enviesada, mostrar o seu descontentamento em relação a quem as faz e, por tabela, ao órgão que as veicula. Isto acontece com a câ m a ra de Viseu. Mas se Fernando Ruas e Américo Nunes não nos apreciam, nós continuamos a respeitá-los, a admirar e gabar as coisas bem feitas que tiveram tempo, dinheiro e oportunidade de fazer. E a ser críticos do que não fizeram ou fazem mal. Há diferenças de perspectiva, de cultura, de educação democrática. O que não há, para nós, são vacas sagradas nem cultura da subserviência invertebrada. Tão pouco mordaças. Tirem-nos a publicidade institucional, censurem-nos dentro do círculo de amigos que daqui a uns meses escassearão, critiquem-nos nas suas tertúlias partidárias. Têm tanto direito como nós. Diferimos na forma. Usamos de frontalidade. III.
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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abertura
textos ∑ Tiago Virgílio Pereira fotos ∑ Nuno André Ferreira
Desporto em alta petições nacionais na cidade de Viseu, atraindo centenas de “forasteiros”, que conhecem, visitam, dormem, comem e potenciam a economia local. Para que tal aconteça, é imprescindível a estrita colaboração da autarquia viseense, na organização e divulgação dos eventos e na cedência de espaços. Segundo Guilherme Almeida, vereador na Câmara de Viseu, “a feira
só os atletas, há a equipa técnica, os preparadores, e alguns trazem a família, que, de outra forma não conheciam a feira e a cidade com melhor qualidade de vida do país”, referiu. Guilherme Almeida sabe que a vertente cultural é “mais divulgada e enfatizada” contudo, a promoção e a difusão do desporto é uma das apostas da Câmara.”Temos publicidade em outdo-
tem um conjunto de atividades desportivas muito rico e forte, muitas delas de impacto nacional”. O responsável pelo pelouro do desporto, disse ainda que “um cartaz desportivo atrativo é uma maisvalia para toda a Feira de S. Mateus e para a cidade”, na medida em que “todos ganham”, desde a restauração, ao pequeno comércio, ao turismo e ao número de vistas à feira. “As equipas não são
ors, mupis, flyers e contamos com o apoio da comunicação social local e nacional, tudo para que as pessoas conheçam e se familiarizem com as atividades por nós programadas”, esclareceu. Apesar de já se ter realizado a gala de full contact e demostrações de artes marciais, o 44º festival aéreo e o andebol (ver caixa). O Jornal do Centro destaca a 32ª meia maratona, o 8º torneio de golfe
e a 26ª edição do torneio de hóquei. Mas até 23 de setembro, suor e vontade de vencer vão pairar na terra de Viriato.
Emília Amaral
A Feira de S. Mateus está ao rubro. Diariamente, milhares de pessoas deslocam-se ao reci nto de u m da s feiras mais antigas e com maior tradição no país, e assistem aos espetáculos musicais e culturais propostos pela Expovis, entidade organizadora. Contudo, ano após ano, a programação desportiva tem ganho “fôlego” e hoje, por esta altura, realizam-se torneios e com-
32ª Meia Maratona de Viseu - Mini/Caminhada No dia 9 de setembro, a partir das 10h00, arranca, na Rotundo do Coval, em Viseu, a segunda meia maratona mais antiga de Portugal. Este ano, e pela primeira vez, o Grupo Desportivo “Os Ribeirinhos” está solidário com uma instituição. Os valores conseguidos na Meia/ Mini Maratona e Caminhada vão reverter a favor do Banco Alimentar de Viseu. Ao efetuarem a inscrição, os atletas devem entregar os bens alimentares, no valor de 2 euros ou mais, e será entregue um vale que comprovará o depósito de alimentos. Outra das novidades deste ano tem a ver com a inscrição. Assim, os interessados podem inscrever-se através do sítio na internet do clube “Os Ribeirinhos”. O presidente, Olímpio Coelho, fez uma retrospetiva da prova e, emocionado, agradeceu o apoio de todos, com destaque para a Câmara Municipal de Viseu, Expovis e Junta de Freguesia de S. José. Todos os participantes terão direito a uma medalha e os três primeiros classificados, em cada categoria, receberão um prémio que vai diferir no tamanho. A Decathlon, a Vitalis, a Litocar, a Casa de Saúde S. Mateus e o Banco Alimentar são os patrocinadores do evento. Em conferência de imprensa, Catarina Sobral, responsável pelo Banco Alimentar de Viseu mostrou-se “muito agradecida” e realçou a importância do contributo neste ano difícil.
26º Torneio de Hóquei em Patins É a vigésima sexta edição do torneio, igual número de vezes que o Hóquei Clube de Viseu, organizador do evento, participa. O Pavilhão Desportivo Viriato, recebe o torneio internacional, nos dias 15 e 16 de setembro, a partir das 9h00. Estão confirmadas doze equipas, “uma equipa espanhola, de Vigo, e várias de associações de norte a sul do país”, referiu Maria Figueiredo, presidente do Hóquei Clube de Viseu. O destaque vai para a presença do Futebol Clube do Porto. Segundo a responsável, “Viseu tem já um lugar no mapa do hóquei, mas é sempre bom que eventos como este aconteçam”, disse. Atualmente, o hóquei em Viseu conta com cerca de 60 atletas federados, “é um número significativo mas queremos mais”. Para Maria Figueiredo, a divulgação da programação desportiva da Feira de S. Mateus é “aceitável”, o que deve mudar é “a sensibilidade das pessoas para os eventos desta dimensão”, concluiu.
Jornal do Centro
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Calendário para os próximos dias
15º Torneio Internacional de Andebol O torneio de Andebol realizou-se nos dias 25 e 26 de agosto. O sucesso foi de tal ordem, que o Jornal do Centro decidiu “recordar” a modalidade que juntou as melhores equipas nacionais, no Pavilhão do Inatel. Muitas centenas de pessoas vibraram com os jogos, o que prova que o Andebol é uma das modalidades mais apreciadas na cidade. Para Joaquim Escada, presidente da Associação de Andebol de Viseu, “o mais importante é motivar os jovens para o desporto e para a modalidade”. Reconheceu que esta edição “superou as expetativas” e que o pavilhão esteve cheio no jogo que opôs Benfica e Sporting. O presidente da Associação considerou que a divulgação tem sido cada vez maior, a título de exemplo foram distribuídos 10 mil flyers, espalhados 500 cartazes e enviados centenas de convites para as associações de todo o país.
8º Torneio de Golfe “O Golfe é uma modalidade que está a crescer em Viseu e temos conseguido atrair cada vez mais pessoas”, disse Bruno Melo, diretor do Campo de Golfe Montebelo. Esperam-se mais de 70 pessoas no 8º Torneio de Golfe, Publicidade
1 de setembro - Tiro - XXIX - Grande Prémio Feira de São Mateus em Fosso Universal - 50 pratos, nas instalações do Clube de Caçadores e Pescadores da Beira, na Muna, a partir das 15h00. 2 de setembro - Ciclismo - 21º Passeio de Cicloturismo Feira de São Mateus, no Parque Desportivo do Fontelo, a partir das 8h00. 10º Encontro de viaturas 4L, na Avenida da Eu-
que se vai realizar no Campo de Golfe Montebelo, no dia 8 de setembro, a partir das 9h00. As inscrições estão abertas até ao dia 7, por isso ainda é prematuro falar na presença de “grandes nomes” da modalidade. Bruno Melo garantiu que o Golfe é um excelente cartão-de-visita e que há mui-
ropa, às 14h00. Tiro - XXIX - Grande Prémio Feira de São Mateus em Fosso Universal - 50 pratos, nas instalações do Clube de Caçadores e Pescadores da Beira, na Muna, a partir das 15h00.
8 de setembro - Ciclismo - 21º Passeio de Cicloturismo Feira de São Mateus, no Parque Desportivo do Fontelo, a partir das 8h00.
Hipismo - XXVI Concurso Nacional B de Saltos Feira de São Mateus, no Centro Hípico de Viseu, às 10h00. Tiro - XXIX - Grande Prémio Feira de São Mateus em Fosso Universal - 50 pratos, nas instalações do Clube de Caçadores e Pescadores da Beira, na Muna, a partir das 15h00. Futebol - 18º Torneio de Futebol de Veteranos, Complexo Desportivo do Fontelo, às 16h00.
tos jogadores que, com a família, aproveitam o fim-de-semana para visitar a cidade. O responsável sabe que praticar Golfe “não é viável para todos” mas garantiu que a ideia de “desporto elitista2 está a desaparecer e que por 100 euros mensais, já se pratica a modalidade.
8 entrevista ∑ Emília Amaral fotografias ∑ Nuno André Ferreira
Jornal do Centro 31 | agosto | 2012
à conversa
“Qualquer autarca deve orgulhar-se de uma casa destas e não olhar para ela como um peso” O Teatro Viriato apresentou esta semana a programação para o último quadrimestre do ano. Define-a como “luminosa”. Porquê?
teatro, temos dois nomes maiores que é o Nuno Bravo e o Marco Martins, mas também com intérpretes de grande categoria.
nossas peças, não temos pessoas que estejam atentas a isto. Eu senti na pele no ano passado, quando estive no Théâtre de la Ville. Foram cinco dias, 1200 pessoas por noite, o teatro cheio, no final, E a dança volta em força? A dança volta em força toda a gente de pé, e não tive com um momento emergen- ninguém em Paris [a assistir te que batizámos de “new ao espetáculo]. A economia age, new time” porque são passa também por aqui. jovens criadores com proFalta reflexão? postas muito pessoais de Não há reflexão e logo linguagem de autor, que estão a ter uma projeção inter- aqui há um atraso enorme, nacional interessantíssima. porque isto é algo que nos Depois, temos a estreia “La- diferencia dos nossos parmento – Solo pour Gabriella”. ceiros europeus. Já não falo A Michèle Anne De Mey só em falta de verbas, mas de foi uma vez a Lisboa há uns trabalho que devia ser feito 15 anos atrás e é uma criado- quando há pessoas destacara belga da minha geração das para o fazer e não apareque vem a Viseu e ao Tea- cem. Isto leva-me a crer que tro Viriato pela primeira vez. as pessoas estão nos cargos Isto também inicia uma par- a usufruir deles sem qualceria muito forte com o cen- quer sentido de missão e de tro da Europa, com o Charle- serviço. roi Dance que é uma espécie Vai continuar a privilegiar e a de espaço onde só acontece envolver a cidade de Viseu dança.
Para já, porque é uma programação diversificada e cheia de momentos fortes, tanto no que diz respeito ao teatro à música, como à própria dança com o “Novo Circo” aqui representado ao seu mais alto nível. Nós, começámos agora a criar uma parceria com o Teatro Nacional de S. João (Porto) e com o S. Luís em Lisboa, de forma a tentar ressuscitá-lo, porque lá fora há criações e interpretes desta área que são quase sobrenaturais na capacidade das coisas que fazem. Ao abrimos logo com o espetáculo “Novo Circo”, é muito luminoso pelas propostas que vêm, pela diversidade muito eclética e muito abrangente e, depois, em termos de ligações para o futuro, também é luminosa. Há ainda a tal revelação do teTrata-se de uma aposta na atro jovem que vamos fazer internacionalização? pela primeira vez com Cabo Estas parcerias vão no Verde (Mindelo) e com Salsentido de criar uma maior vador da Baía (Brasil). internacionalização, porÉ por tudo isso que definiu a que é o grande trabalho que nova programação como “a temos que fazer. Uma coisa melhor de que há memória” notória é que, em termos de apesar de 14 anos a construir criação, não estamos no terprogramações diferentes? ceiro mundo. Podemos esCompletamente. Vai para tar a aproximarmo-nos do além da qualidade dos espe- terceiro mundo em relação táculos que são aqui apre- às economias, mas em termos de criação não estamos sentados. aí, como não estamos na liteQuer sintetizar estes quatro ratura, no cinema, no teatro meses intensos de dança, tea- ou na dança. Somos cosmotro e música? politas e estamos num pataEm relação à música, as mar mundial, só que compropostas são muito nacio- pletamente isolados em ternais, temos pessoas de re- mos geográficos. conhecido mérito como Como assim? Norberto Lobo que é um virtuoso cada vez mais maNós precisamos disto. duro, o Luís Vicente Trio, Não temos uma diplomacia os Wraygunn, o José Pei- cultural, não temos embaixoto, António Quintino. No xadores que promovam as
através dos projetos com a comunidade?
Neste momento, esta relação com a cidade está completamente madura e é muito recompensadora. O Teatro Viriato de agora e o Teatro Viriato de há 14 anos atrás não tem nada a ver. Isto é bom, mas podia ter-se esgotado e não esgotou, o que tem acontecido é que a forma como temos criado parcerias com o resto da cidade, tem permitido incrementar, desenvolver e ir mais longe. A função do Teatro é esta, porque é um equipamento de serviço público. Em Abril não excluía a possibilidade de a qualidade da programação de setembro a dezembro vir a ser afetada, se até lá não recebessem o dinheiro que faltava do QREN. Caso não recebessem a fatia dos 100 mil euros [de um total de 150
mil euros] estava agora tudo em causa?
O Teatro Viriato não ia fechar portas, mas a programação teria que ser toda revista. Do lado da Câmara [de Viseu] temos garantias, mas a programação tinha que ser revista de fio a pavio.
cedência de material. Apoiámos no que foi possível. Num olhar mais crítico parecem ideias efémeras, já que tudo acontece naqueles dias, gastaram-se 40 mil euros, mas tudo desaparece rapidamente inclusive as pessoas. Essa é a ideia do Teatro Viriato?
Não. A ideia era criar uma base que fizesse sustentar, E há parceiros nossos da renascer e continuar, ma o rede “Cinco Sentidos” que trabalho da Sandra (promoainda não receberam nada. tora dos “Jardins Efémeros”) é interessante. É essencial Como vai ser 2013, apesar des- que este tipo de coisas cote balão de oxigénio? mece a acontecer em Viseu. Vamos candidatar-nos em As pessoas estão a organisetembro aos próximos qua- zar-se, como o Projeto Património/Empório de Rui Matro anos. cário e uma série de artistas Continua adiado o projeto que, para já, instalaram-se “Viseu a…” integrado numa em Viseu e, depois, são pescandidatura apresentada pela soas com ideias. Espero Comunidade Intermunicipal que este tipo de iniciativas Dão Lafões, intitulada Redes como os “Jardins Efémeros” Urbanas para a Competividade se multipliquem pela cidade e Inovação (RUCI), que envol- fora, porque é um sinal fanveria o centro histórico de tástico. Ainda falta receber 50 mil através da rede “Cinco Sentidos”.
Viseu numa outra dinâmica?
Estamos à espera. Têmnos dito que as notícias vão chegar, mas a verdade é que tem sido tudo adiado. Tínhamos uma ação para 2012/2013, uma espécie de aperitivo, porque era um projeto de grande ambição que teria dois dias este ano e em 2013 o resto. Este ano teve que ser anulado e estamos à espera de saber o que vai acontecer em 2013, sabendo-se que este tipo de projeto tem que ser preparado com antecedênciaÉ um projeto que envolve a cidade sempre à volta da zona histórica, mas com as mais diversas atividades, com as pessoas, com as lojas, com os restaurantes…
Fale-nos do novo projeto anunciado esta semana para o antigo pavilhão em ruínas da empresa Aprojel encravado nas traseiras do Teatro Viriato já comprado pela camara municipal de Viseu?
Do todo que reúne a escola [de dança] Lugar Presente, o Teatro Viriato e esse espaço irá nascer uma casa de dança. Deve ser um espaço para os primeiros passos da profissionalização, que faça a ponte entre o ensino e o reconhecimento. É um espaço interessante, porque com o ensino articulado básico e a dinâmica do teatro, têndo uma companhia residente [Paulo Ribeiro], podemos muito facilmente aspirar ao Qual a sua opinião sobre o pro- ensino profissional. A priojeto “Jardins Efémeros”, que ridade seria a dança e estão animou o centro histórico em lançadas as condições para Julho? uma casa da dança. O Teatro Viriato apoiou na
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PAULO RIBEIRO | DIRETOR GERAL DO TEATRO VIRIATO | À CONVERSA 9 Qual é o ponto de situação do projeto?
Temos que perceber de que forma vai ser feito e que verba existe. O que sei é que tem o empenho da Câmara [de Viseu] para resolver esta questão. Para a cidade era interessante. Quando se pensa que numa escola aqui ao lado há mais de 200 pessoas a frequentar a mesma (Lugar Presente), em que já conseguimos criar turmas de miúdos com imenso potencial, inclusive com rapazes, o que é raro, podemos criar as condições para que isto avance. Mesmo em cenários de crise, a cultura e as artes não podem sucumbir e nós não podemos deixar fugir os nossos maiores talentos lá para fora, que é o que está a acontecer. Como se explica que nos primeiros meses do ano o Teatro Viriato tenha registado a maior participação e afluência de público?
Há uma população jovem que hoje frequenta muito mais o Teatro. Isto tem a ver com a dinâmica que se criou com a cidade, e tem a ver também com o próprio café concerto que funciona bem em termos de frequência e na escolha dos músicos. A questão das pessoas virem ao teatro para descobrir as peças, os autores é algo que hoje acontece. No fundo essa realidade é um somatório. Falta trabalho em rede nesta região?
Não me parece nada. O trabalho em rede faz-se pela cumplicidade e de forma natural. Mas a rede de teatros “regionais”, Tondela, Guarda, Lamego, Vila Real, etc, parece não funcionar.
Paulo Ribeiro é um dos mais reputados coreógrafos europeus que marcou uma geração. Em 1998, foi viver para Canas de Senhorim (Nelas) e instalou-se em Viseu com a sua companhia, para dirigir tecnicamente o Teatro Viriato. Na terça-feira apresentou a nova temporada do teatro que vai de setembro a dezembro. A chegada de uma fatia de 100 mil euros de financiamento do QREN foi um “balão de oxigénio” para preparar a nova programação à qual reconhece como “a melhor de que há memória”, em 14 anos a criar coisas novas.
A questão de programar em rede também é uma questão perversa, porque muitas vezes uniformiza a programação, são sempre os mesmos em todo o lado e isso é redutor. Por exemplo, não faz muito sentido programar a mesma coisa em Tondela e em Viseu. Acho que nos podemos juntar e rentabilizar projetos específicos de raiz. Temos que descobrir e ter coisas diferentes uns dos outros. Isto de falar em rede não pode ser uma doutrina, porque acaba por ser completamente redutor da qualidade e da riqueza de uma programação.
Teme fraturas? Que destino dava ao Teatro Mirita Casimiro, fechado há anos no centro da cidade de Viseu?
Eu penso logo no Cine Clube de Viseu. A sala tem tudo o que é preciso. Tem uma dimensão muito interessante é ótima para conferências, para pequenos formatos como solos, duetos, mas parece-me que podia ser bem aproveitado para o cinema. A Câmara de Viseu fez bem em cancelar a construção do novo teatro?
Completamente.
Não me parece. É importante manter a tal relação de confiança que hoje o Teatro tem com o presidente, Fernando Ruas?
É essencial. Na equipa que ganha não se meche. Esta casa tem vindo a crescer, não entra numa rotina, está constantemente a reequacionar. Que comentário lhe merece o desaparecimento das rádios no concelho de Viseu como projetos informativos locais de divulgação da região?
Preocupa-me mais do que a questão que me foi colocaMas apoiava o projeto. da anteriormente. A comuNão se pode fazer só por- nicação social é essencial que sim. Criar um novo equi- numa cidade, não só para pamento para a cidade deve divulgar, como pela profunser objeto de uma grande didade dos olhares. Sempre reflexão e, antes do edifício ambicionei ter críticos em estar feito, a sua atividade já Viseu. deve estar definida. DeveExistem? mos ter o espaço cheio antes Claro que não. É um sinal de o construir. Dadas as circunstâncias, vale mais inves- péssimo e, mais uma vez, detir no que já existe do que es- nota um atraso em relação tar a fazer de novo e correr o ao que acontece no resto da risco de ter um espaço que ia Europa. ficar vazio e, como os eucaQual é a explicação? liptos, ia secar tudo à volta. O que está a acontecer é Em 2013 vai mudar o execu- que há uma regressão em tivo da Câmara de Viseu, em termos sociais. Espero que consequência das eleições seja uma coisa passageira e autárquicas. Para o Paulo que que mude rapidamente. Há sempre trabalhou com este uma espécie de massificaexecutivo, acha que a mudan- ção da banalidade de que ça pode trazer consequências vocês próprios (jornalistas) para o Teatro? estão a sofrer com isso. Este projeto foi criado com o ministro [da CultuHoje a cidade já reconhece o trabalho feito pelo Paulo Ribeira] da altura, Manuel Maro no Teatro Viriato? ria Carrilho, o dr. Fernando Ruas e eu. Não queria muiCompletamente. É muito to pensar nisso, mas é claro bonito de ver que uma esque me preocupa. Não pen- treia minha tem sempre casa so em partidos, penso muito cheia. Hoje, posso medir mais em pessoas na forma aqui completamente a força como o dr. Fernando Ruas ou a fragilidade das minhas tem olhado e apoiado o Tea- peças. Conforme o público tro, sente-se que há uma re- de Viseu responde incrivellação de confiança que des- mente vou ter a mesma reade o início e que tem deixado ção em Lisboa, em Paris, ou esta casa existir. na Hungria. Em Viseu a qualidade de público é tão boa Mas vem aí um novo olhar. que eu posso medir se fiz alEste equipamento não guma coisa de jeito ou se me é um equipamento caro. espalhei ao comprido. Numa sessão de fogo-deViseu é mesmo a melhor cidaartifício que acontece numa de para viver? noite gasta-se tanto como É uma cidade fantástica, num ano aqui. Penso que qualquer autarca se deve onde a qualidade de vida e orgulhar de uma casa des- a qualidade de trabalho são tas, pela atividade que tem, muitos interessantes. porque que formou pessoas, Programação de setembro a dezemcriou uma dinâmica com a bro disponível em cidade, e não olhar para ela www.teatroviriato.com como um peso.
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região Está a decorrer a XXI Concentração Motard, em Viseu, inserida na programação da Feira de S. Mateus. O Parque Desportivo do Fontelo recebe por estes dias milhares de motoqueiros oriundos de todo o país. Hoje, atua a banda de motards de Lisboa, “Cão Zarolho”, a noite encerra com o “Morango Tango”, várias sessões de striptease. Sabado, noite algarvia com os “Slip Out” a abrir a noite e a fechar, os “Iris”, e sessão de striptease. A organização é do Moto Clube de Viseu.
REQUALIFICAÇÃO DE ETAR EM TONDELA A Câmara Municipal de Tondela vai lançar a obra de requalificação da ETAR da Zona Industrial Municipal - Adiça. A cerimónia decorre próximo sábado, dia 1 de setembro, às 17h00.
ENVELHECIMENTO ATIVO ANALISADO EM LORDOSA A Associação Juvenil de Lordosa, em Viseu, vai realizar o I Encontro de Envelhecimento Ativo sobre “A Gerontologia e o Idoso na Atualidade”, domingo dia 2 de setembro, a partir das 14h30m, no largo da Junta de Freguesia de Lordosa. No final da palestra decorre uma aula de ginástica para a população idosa. Publicidade
Nuno André Ferreira
ENCONTRO MOTARD EM VISEU
Padre motard atrai centenas de motoqueiros de todo o país XXI Concentração Lamego∑ O Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, encheu-se de fieis A XXI Concentração Motard à Romaria, terminou, no domingo, em Lamego, com a missa motard celebrada pelo padre José Fernando, também ele motard, no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Segundo a organização, a concentração juntou cerca de 600 motards de todo o país. A animada e muito cantada cerimónia religiosa juntou muitas dezenas de motoqueiros, que vieram de propósito por causa do “padre motard”. Os muitos
capacetes colocados no chão do Santuário e o capacete branco usado pelo padre, colocado no cimo da mesa, refletem o espírito de união e o respeito mútuo.“Vim por causa dele e pela amizade que une todos os motards. As pessoas acham que os motards não sabem rezar um “Pai Nosso” e que não ligam à religião, mas quando vamos para a estrada temos de rezar a alguém para que nos guie no nosso caminho”, disse Carlos Ribeiro, 47 anos, presidente
do Moto Clube Concelho de Alijó. José Fernando, 54 anos, não se preocupa se os motards são católicos e que vão à missa, só “quer que descubram a parte espiritual que há dentro deles”. Reconhece que ser “um deles” é um “trunfo” mas o segredo é dar o sermão “com espirito aberto e ser o primeiro a viver a celebração”. Também Alfredo Sá, 51 anos, experiente motard do Moto Clube de Rebordosa, Paredes, foi a Lamego para assistir à homilia. “Temos
um padre motard que cativa muita gente e é uma referência para todos nós. Tem uma mente aberta que facilita a relação e sabe separar a vertente religiosa da diversão, que é natural numa concentração motard”, referiu. Paulo Gonçalves, 42 anos, um dos organizadores da concentração que durou três dias, reforçou a importância da “união da religião com a sociedade motard” e apelidou o devoto religioso como “uma entrega dos motards a Lamego e à
Nossa Senhora dos Remédios”, concluiu. Ao pároco foi diagnosticado um cancro nos pulmões, há sete anos. O diagnóstico é reservado e o estado clínico considerado grave. José Fernando criticou a Igreja ao dizer que “deveria ser a primeira a testemunhar e a preocupar-se com o estado de saúde”, mas deixou a garantia que “mesmo com uma vida precária, estará presente no próximo ano”. Tiago Virgílio Pereira
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Opinião
Merendas regressam à Senhora do Castelo
A inevitável subida
Mangualde ∑ Autarquia recupera tradição antiga
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Senhora do Castelo abria as portas ao inverno e acabava com as merendas”, recorda o presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo.
Oito dias em festa. Já na reta final do tempo das romarias, Mangualde praticamente fecha o ciclo em grande. Antes das festas da Senhora do Castelo, de 1 a 5 de setembro decorrem as Festas da Cidade, organizadas pela Câmara Municipal, no Largo Dr. Couto. No domingo decorrerá a Gala de Folclore, a partir das 15h00. Pelas 17h00 disputa-se o Jogo de Futebol de Veteranos entre o GDM e o S. Roque, no Estádio Municipal de Mangualde. Às 18h00 sobe ao palco o Grupo Beirão de Concertinas e às 18h30 começa do III Festival de Sopa de Mangualde. Pela noite atuam os Xeque-Mate às 21h00 e a Romana às 22h30.
DR
Reavivar a tradição das merendas marca a programação deste ano das tradicionais Festas da Senhora do Castelo, em Mangualde, que vão decorrer de 7 a 9 de setembro. A autarquia junta-se à Santa Casa da Misericórdia, promotora do evento, para recuperar, a 8 de setembro, uma velha tradição no concelho, através de um conjunto de atividades que envolvem ranchos folclóricos, tunas, artesãos e momentos de pintura. “O dia 8 de setembro, dia de festa em honra de Nossa Senhora do Castelo, era precisamente aproveitado por toda a população para uma pausa nos árduos trabalhos rurais. Assim, em clima festivo, as populações acorriam ao monte e, espalhados em grupos, juntavam-se à volta das merendas trazidas de casa. Era a última merenda do ano. Cumpria-se a tradição popular de que a Nossa
A A festa das merendas decorre a 8 de setembro No dia 3, segunda-feira, atuam as Escolas de Música, pelas 21h00. Às 22h30 começa a Noite de Fados, com o Grupo de Fados de Mangualde. Na terça-feira continuam a atuar as Escolas de Música, às 21h00 a Escola de Musica Raul Linhares e às 21h45 o Palco de Encantos. Pelas 22h00 sobe ao palco a Banda RX. Por fim, no dia 5, pelas 22h30, atuam os Angriff,
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
no Live Beach.
Sopas. O III Festival das Sopas é uma das iniciativas que está a gerar fortes expetativas. Domingo, a partir das 18h30, 15 restaurantes, hotéis e pastelarias da cidade prometem fazer as delícias de todos os apreciadores de sopas. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Todos os dias somos bombardeados com notícias relacionadas com a subida de preços, da qual os combustíveis são um caso enigmático. Que esses aumentos vão ter consequências indirectas sobre os bens alimentares já não é novidade para ninguém. No entanto, no actual estado de seca extrema em que nos encontramos, esta situação começa a assumir contornos algo preocupantes. Nos EUA, um dos maiores produtores cerealíferos mundiais, a seca provocou uma redução substancial na produção de milho. Da actual colheita, apenas 23% parece estar em condições de ser utilizada. A agravar este cenário, podemos ainda referir que 1/3 desta se destina em exclusivo à obtenção de biodiesel. A guerra entre governantes, produtores e restante cadeira está instalada. A consequência imediata desta escassez é um aumento de 40% no seu preço. Produzir nos dias de hoje matéria-prima (alimentos) para transforma r em combustível é provavel mente um luxo ou um absurdo. Faz sentido a população crescer continuamente, a necessidade em alimentos aumentar e transformarmos matérias-primas para a obtenção de combustível? Será que não existem outras vias mais eficazes e ecológicas para atingirmos esses fins? Em termos especulativos, e no que se refere aos fundos monetários “commodities” (matérias primas), estes apresentam porventura as melhores rentabilidades m a s a conti nua r mos nesta escalada de preços a miséria alimentar vai ser uma triste reali-
dade. Se a estes factos juntarmos uma política de plena abundância, amparada em preços baixos existentes nos EUA, não ficamos por certo escandalizados com o desperdício de 131.688 milhões de euros/ano em alimentos não consu m idos nos dom icílios. Nos supermercados, o seu valor ascende a 11.900 milhões de euros/ano, valores que dão para pensar e reflectir. A FAO há muito tempo que tem vindo a alertar para as consequências da conjugação destas diferentes variáveis e a consequência directa desta situação redundou num aumento, em Julho deste ano, de 6% no preço dos alimentos a nível mundial. No caso de não ocorrerem chuvas até Outubro e Novembro, é mais uma campanha cerealífera e agrícola perdida, o que só vem agudizar o problema, com consequências gravosas entre nós. Em Portugal a produção cerealífera registou uma quebra de 25 a 30% (menos 50 mil toneladas foram produzidas). Em face de todas estas vicissitudes e da actual conjuntura mundial e europeia, não é o momento para se aumentar, melhorar, incentivar, instigar e fundamentalmente proteger a produção agrícola nacional e procurar desenvolver uma política agrícola planeada e pensada para décadas? Os muitos projectos agrícolas que estão a dar entrada no âmbito do PRODER, por certo podem vir a funcionar como o garante de uma revolução pacífica e silenciosa que se está a operar na agricultura portuguesa.
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VISEU | REGIÃO 13
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fiscalizados foram levantados quatro autos.
FISCALIZAÇÃO D E T E N Ç ÃO
Viseu. Na noite de 25 para 26 de agosto, no âmbito de fiscalização de estabelecimentos e de trânsito, nos concelhos de Castro Daire, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela, o Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Viseu, deteve um indivíduo do sexo masculino de 25 anos de idade, residente em São Pedro do Sul, por tráfico de estupefacientes. Foi apreendido seis gramas de haxixe. Processo baixou a inquérito. Milita res do Posto Territoria l de Castro Daire, identificaram um cidadão de nacionalidade cabo-verdiana, de 28 anos de idade, residente em Castro-Daire e duas cidadãs de nacionalidade Romena e Angolana, de 20 e 30 anos de idade, residentes em Peso da Régua e Póvoa de Varzim, todos por permanência ilegal no país. Foram fiscalizados vários estabelecimentos comerciais, tendo sido elaborados dois autos de contraordenação. Relativamente aos condutores
Viseu. A GNR e o Comando Territorial de Viseu, entre o período de 20 a 26 de agosto, desenvolveram uma operação de intensificação da fiscalização rodoviária, incidindo no controlo de velocidade. As ações de fiscalização foram orientadas para as vias com maior índice de sinistralidade e maior tráfego rodoviário. Foram realizadas 23 patrulhas e rondas, em que estiveram envolvidos 35 militares, tendo sido controlados 54 292 veículos. Destes, foram registados 721 situações de excesso de velocidade.
MO R T E
Viseu.Um homem de 30 anos morreu, ao ser atinguido com dois tiros, na sequência de uma discussão, em Póvoa de abraveses, Viseu. O alerta foi dado pelas 18h00. O suspeito da autoria do crime, um homem de 25 anos, foi encontrado no domingo, dia 26, junto à Escola Agrária de Coimbra. O homem que esteve desaparecido quase 24 horas, foi identificado pela PSP de Viseu. Depois presente a Tribunal e está em prisão preventiva.
PSP de Viseu tem novo comandante O intendente Victor Rodrigues, de 4 4 a nos , é o novo Co mandante Distrital de Viseu da PSP. Em setembro vai tomar posPublicidade
se, substituindo o superintendente Sousa Tava res, que vai co mandar Aveiro. Victor Rodrigues já comandou a P SP de V i s e u
entre maio de 2008 e janeiro de 2009. Enquanto não toma posse, o subintendente Almeida Campos é o comandante interino.
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14 REGIÃO | MANGUALDE | CINFÃES | OLIVEIRA DE FRADES
31 | agosto | 2012
Tribunais: PS alerta para Mangualde Miguel Macedo A comissão política do PS de Mangualde considera que a reforma do mapa judiciário que o governo está a preparar faz com que o Tribuna l de Ma ng ua lde (T M) ten ha “os dias contados”. A concelhia alerta em comunicado assinado pelo presidente, Marco Almeida, que embora a comarca de Mangualde não faça parte da lista de nove tribunais que deverão fechar portas no distrito de Viseu, a Publicidade
reforma anunciada vai fazer com que “entre em declínio” e, em breve, os mangualdenses “sejam obrigados a deslocar-se a Viseu”. “Com esta reforma perde um juiz e um procurador, e perde principalmente processos. De seguida encerrará portas num processo em que a responsabilidade é única e exclusivamente do Governo do PSD, acrescenta Marco Almeida. De acordo com o socia lista , o TM “f ica-
rá reduzido a serviços mínimos. Os processos executivos, as ações de valor elevado, as insolvências, os assuntos referentes a menores e a instrução criminal, deixam de poder dar entrada neste Tribunal, bem como os processos de crime com pena de prisão superior a cinco anos”. Para Marco Almeida, “isto fará com que a entrada de processos em Mangualde caia acentuadamente, colocan-
do o seu funcionamento em causa no futuro próximo, bastando para isso que a entrada de processos seja inferior ao critério definido pelo governo. Uma vez que a maior parte dos processos se reportam a ações que transitam para Viseu, é mais do que claro que a intenção deste governo será fechar o Tribunal de Mangualde muito em breve”, analisa. Emília Amaral
deixa garantias aos bombeiros de Cinfães O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, assegurou que se vai empenhar para que os bombeiros voluntários de Cinfães tenham em breve um novo quartel, que anseiam há mais de uma década. O governante visitou na terça-feira o quartel dos bombeiros e reuniu com a direção da corporação do norte do distrito de Viseu. “É um dos poucos sítios no país onde a instalação física da corporação de bombeiros é manifestamente deficitária”, admitiu Miguel Macedo. Neste âmbito, e “sem fazer uma promessa formal”, disse que se vai empenhar para resolver o problema, juntamente com os bombeiros e a autarquia. “Espero que, daqui a algum tempo, o senhor presidente da câmara possa re-
conhecer que não foi em vão que aqui viemos e que um processo que já tem muitos anos possa finalmente entrar na reta final e decisiva”, afirmou. Segundo o ministro, depois de “um investimento importante e vultuoso” que tem sido feito, “há hoje, genericamente, poucas corporações de bombeiros que precisam de uma intervenção de raiz para as suas instalações”. “Nós garantimos, no quadro da reestruturação do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional], uma verba importante para apoio aos bombeiros, mas não queremos que essa verba seja sobretudo gasta em estruturas que muitas vezes não são absolutamente necessárias para o bom desempenho das funções”, afirmou. EA/ Lusa
Oliveira de Frades vai ter nova biblioteca em 2013 A Câmara de Oliveira de Frades anunciou que o estado avançado da construção da Biblioteca Municipal vai permitir colocar em funcionamento o novo equipamento em 2013. O edifício, orçado em mais de um milhão de euros, é constituído por quatro pisos de acesso público. No piso térreo encontra-se a praça coberta que dá acesso à entrada principal, o café das letras com uma componente interior e exterior, a receção principal que é um núcleo dedicado à consulta de revistas e jornais, um espaço de consulta na internet designado “Busca Informática”, uma secção infantil que incluirá livros e objetos dedicados às crianças com contadores de histórias e uma sala de leitura infantil. O piso -1 é dedicado à mú-
sica, vídeos, filmes e consulta informática, a par do pátio da Oliveira de características mediterrânicas, incluindo uma área de exposições temporárias e ainda um depósito central de livros onde será feita a preservação dos mesmos. O primeiro piso é constituído por uma sala de leitura para adultos e uma sala polivalente. E, no segundo piso, vai funcionar o Gabinete do Bibliotecário e um terraço para a realização de eventos, denominado de espaço de reflexão. A nova biblioteca “dotará o concelho de uma infraestrutura de excelência que propiciará bem-estar, melhor qualidade de vida e um acesso mais facilitado à cultura em diversas vertentes”, considerou o presidente da Câmara, Luís Vasconcelos. EA
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economia O POTENCIAL DE ARMAMAR NA FEIRA DA MAÇÃ A PARTIR DE HOJE
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Pedro Baila Antunes Docente do Instituto Politécnico de Viseu baila@estv.ipv.pt
Arquivo JC
Em termos ambientais e socioculturais a floresta é matricial numa vasta área do território nacional. Ao nível da economia, a multidiversificada fileira florestal – do turismo de natureza à pasta de papel – é, de há muito, entendida como um cluster prioritário para Portugal. O Concelho de Viseu insere-se numa região de grande “intensidade f lorestal” (veja-se a sua relevância em concelhos limítrofes como Ma ng ua lde, Nelas ou Mortágua), precisamente à cidade é “colada” a i magem de A m iga do Ambiente. Porém, pese o epíteto de “Melhor Cidade para Viver”, - sublinhadamente neste período de quase agonia dos serviços públicos, do comércio e da construção civil - é reconhecida a falta de atividades económicas e a inerente criação de riqueza e emprego. Outras cidades nacionais de média dimensão
AO certame decorre durante dias 7, 8 e 9 de setembro na Praça do Município
Feira do Vinho do Dão quer potenciar posição estratégica de Nelas Programa∑ Ministra da Agricultura inaugura certame dia 7, às17h30 A Praça do Município de Nelas recebe dias 7, 8 e 9 de setembro a Feira do Vinho do Dão, organizada pela Câmara Municipal local. O evento repete-se há 21 anos. Ao longo de três dias, mais de uma centena de expositores de vinho, de queijo, de artesanato, de gastronomia e de máquinas agrícolas levam à feira o que de melhor tem a região. Mas, a este cenário de exposição, a organização acrescenta a oportunidade dos visitantes participarem em provas de vinho, de queijo Serra da Estrela, de azeite, de mel e de chocolate, em sessões de cozinha ao vivo e em atividades lúdicas e desportivas. “Este ano, a Feira do Vinho do Dão procura potenciar a posição es-
tratégica de Nelas, bem como no centro da Região Demarcada dos Vinhos do Dão”, revela a presidente da autarquia, Isaura Pedro, na apresentação do evento. Considerando o momento “uma merecida homenagem” aos produtores, a autarca reconhece que, “ao longo dos anos, a Feira tem acumulado êxitos sucessivos, que lhe granjearam uma invejável posição no contexto da região e mesmo nacional”, ao receber milhares de visitantes em cada edição. A abertura oficial da Feira do Vinho do Dão está marcada para a próxima sexta-feira, dia 7 de setembro, na presença da ministra da Agricultura, Assunção cristas. Emília Amaral
Jantar vínico ∑ Na noite de 6 de setembro, a Câmara de Nelas promove o tradicional jantar vínico com todos os produtores de vinho presentes na Feira do Vinho do Dão. Enólogos, confrades, jornalistas e outras entidades convidadas vão também participar no encontro de provas e reflexão sobre o vinho do dão e a gastronomia. O jantar vínico vai decorrer nas Caldas da Felgueira, a partir das 20h30.
DR
A Feira da Maçã de Armamar começa esta sexta-feira, às 18h30, com a cerimónia de abertura presidida pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. “A edição deste ano da Feira da Maçã tem o mesmo objetivo das anteriores”, responde a autarquia em comunicado lembrando que se “pretende mostrar o potencial de desenvolvimento económico de Armamar, nas suas mais diversas vertentes”. Neste certame que se prolonga até domingo, 2 de setembro, estão representados os produtores agrícolas ligados aos vinhos, do Douro e do Távora Varosa, os fruticultores que produzem as maçãs de montanha, a indústria a limenta r com fumeiros, enchidos e queijos, os setores do alojamento turístico e da restauração e um conjunto de outras empresas que compõem o tecido económico do município. O programa apresenta exposição e venda de produtos, tasquinhas de petiscos e animação permanente. No cartaz de espetáculos destaca-se o concerto Trio Odemira e Nuno Barroso, no sábado às 23h00, e o Cortejo etnográfico, domingo, às 15h00, com a participação especial das associações culturais do concelho. Para a Feira da Maçã, a CP, Comboios de Portugal, preparou horários entre a Régua e o Porto compatíveis com o evento. As ligações a Armamar serão asseguradas por viaturas da Câmara Municipal. EA
Criação de um Parque Florestal no concelho de Viseu patenteiam “imagens de marca” indutoras de valor acrescentado/competitividade e atividade económica: P.e. Braga/ Software; Aveiro/Telecomunicações; Coimbra/ Saúde e Conhecimento; etc. Neste contexto, ocupando um espaço ainda vazio, na Cidade/região de Viseu a Floresta pode emergir naturalmente como oportunidade para alicerçar um modelo de desenvolvimento socioeconómico sustentável. Para semear, planear e implementar esta “aura”, para além de habituais mecanismos que deverão catalisar estes processos – incentivos fiscais e outros à instalação e desenvolvimento de atividades da fileira, eventos, I&D, ensino superior, etc. – é necessário criar símbolos. Neste sentido, a instituição de um Parque Florestal multivalente, na área florestal do Monte de Santa Luzia e da Serra do Crasto, poderia ser muito pertinente.
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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 17
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Continente em Lamego O s S up e r m e rc a d o s Conti nente i n aug u raram uma nova loja em Lamego, na quinta-feira, dia 30. O Continente Modelo está inserido na estratégia de expasnsão da marca que visa “reforçar as rela-
ções de prox i m idade com os seus clientes”, revel a a empre sa em comunicado. A nova loja situase no Lugar de Nazes, Quinta do Rabolal, na freg uesia de A l m acave.
Worten abre loja A Wor ten abre esta sexta-feira, dia 31 uma loja em Lamego. A empresa revela q u e a “ 1 3 9 ª Wo r t e n em Portugal vai ao encontro das necessidades dos h abita ntes
locais”. O novo espaço, que vai reforçar a presença da marca no norte do pa í s , cont a com u m a á rea de vend a de 550 met ros e u m a equ ipa de 13 funcionários.
Sabores de Silgueiros A K ’a i m e e ve n to s p r o m o ve a p r i m e i r a edição de “ Sabores de Si lg uei ros” no do mingo, dia 2 de setembro, entre as 15hoo e as 21h00, nas instalações d a A de g a C o op e r a t i Publicidade
va de Si l g uei ro s , e m Viseu. A iniciativa visa promover o vi n ho, a gastronomia e a cultura. O evento repete-se a 28 de outubro e a 11 de novembro.
Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa atrai milhares de pessoas Durante os meses de verão, m i l h a res de pessoas deslocam-se até Mortágua em busc a de l a z er, de sc a nso, conforto e contato com a natureza. O Montebelo A g u iei ra Lake Resort & Spa, situado junto ao espelho de água da Albufeira da Aguieira, é um local de férias que cada vez mais é procurado por portugueses e estrangeiros. “No mês de agosto a taxa de ocupação rondou os 95 por cento, o que corresponde a uma média de 500 pessoas por dia. São maioritariamente portugueses, mas também há espa-
nhóis, franceses e alguns turistas doutros países europeus”, referiu Fra ncisco Loureiro, diretor do Montebelo Aguieira. Os clientes são sobretudo famílias, que encontram as condições ideais para desfrutar de um tempo de férias bem passado, dispondo de um conjunto diversificado de atividades, seja m de rela xe o u lúd ic o - de s p or t i vas. Um dos fatores diferenciadores deste resort de cinco estrelas é a oferta de atividades aquáticas, dada a sua localização junto a um imenso lago, como o
ski náutico, windsurf, wakeboard, além dos passeios de barco pela A lbu fei r a e a lu g uer de kayaks e motas de ág ua . A m a ri na possu i u m a ncoradou ro com capacidade para 400 embarcações. Os passeios de barco oferecem a oportunidade de observar a fauna e flora da região, ao longo dos rios Dão, Criz e Mondego, conhecer a praia f luvial do Falgaroso do maio, sendo até possível fazer uma picn ic no ba rco ou nas margens da Albufeira. A ga m a de ofer ta de serviços inclui ainda Spa , 3 piscinas exte-
r iores pa norâ m ica s , 2 piscinas interiores aquecidas, ginásio, sau n a , ba n ho t u rco, jacúzi, court de ténis, campo de futebol de 5, campo de Vólei, parque infantil e jogos de água. Em 2 01 1 fora m rea lizados vários Investimentos que contempla ra m nova pisci na interior, ampliação do restaurante e salão de eventos, com capacidade para 900 pessoas, e ginásio de apoio à c a noa gem e remo. Atualmente estão em c u rso i nvesti mentos a nível dos acessos ao aldeamento e criação de mais zonas verdes.
Nuno André Ferreira
CLUBE DESPORTIVO DE T
TONDELA 2012/2013
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especial Regresso às aulas Famílias investem em vestuário e calçado Preço dos livros escolares sobe 2,6 por cento
textos ∑ Andreia Mota
Vestuário e calçado são as grandes apostas no regresso às aulas. Este é o resultado de um inquérito realizado por uma instituição de crédito, que regista os investimentos das famílias portuguesas. De acordo com o trabalho agora conhecido, a grande maioria dos inquiridos (74 por cento) referiu que pretende adquirir este tipo de produto para o início do ano letivo 2012/2013. No topo das intenções de consumo encontram-se ainda a aquisição de equipamento desportivo (67 por cento), as despesas de educação (63 por cento) e os artigos de informática (54 por cento). Já o automóvel/moto (2
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por cento), os telemóveis (15 por cento) e os artigos para a casa (17 por cento) são as áreas que registam menores intenções de compra no arranque de mais uma época escolar. Um outro inquérito so-
bre os locais de consumo realizado pela instituição de crédito concluiu-se que oito por cento dos consumidores portugueses preferem adquirir online o material escolar para o regresso às aulas. O valor
revela um crescimento de 1 ponto percentual face ao ano anterior. Outro dado importante prende-se com os hábitos dos estudantes que são responsáveis por adquirir o seu próprio material. Destes, 16 por cento tem a Internet como plataforma preferencial. O estudo revela que a grande maioria dos consumidores continua a eleger as papelarias (82 por cento) e hipermercados/ supermercados (79 por cento) como locais de eleição para este tipo de compras. Ainda assim, as preferência no primeiro caso diminuíram 17 pontos percentuais e, no segundo, 1 ponto percentual.
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Os manuais escolares devem registar, no máximo, um aumento de 2,6 por cento em 2012/2013. De acordo com a Convenção de Preços, assinada entre a Direção-Geral das Atividades Económicas e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, este ano letivo o custo dos livros é superior ao do ano passado (ficou-se em 1,1 por cento) mas abaixo da inflação prevista que, segundo o boletim de janeiro do Banco de Portugal, deverá atingir os 3,2 por cento. Deste modo, os preços dos manuais - que serão Publicidade
ainda estipulados pelas editoras - com base nestes limites, poderão oscilar entre os 9,46 euros (com IVA) do manual de Língua Portuguesa do 1.º ciclo e os 37,51 euros que custa o livro de Matemática A do 12.º ano. Com efeito, os manuais absorvem a maior parte da fatia do orçamento familiar quando as aulas recomeçam e podem tornar-se numa verdadeira dor de cabeça, sobretudo quando há mais de uma criança em idade escolar. Mas também nesta área é possível poupar algum dinheiro fazendo opções inteligentes.
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REGRESSO ÀS AULAS | ESPECIAL 21
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Material escolar Truques para cortar nas despesas é incentivo para os mais novos O regresso às aulas é sinónimo de mais encargos. Roupa, calçado, mochila, livros e mil e uma coisas novas para a escola. O mês de setembro pode ser particularmente difícil para os pais em termos financeiros, pelo que todas as sugestões para poupar são bemvindas. Tome nota de algumas ideias que podem ser úteis. • Para evitar gastos desnecessários comece por enumerar tudo o que vai precisar para os seus filhos e reúna todo o material que tenha sobrado do ano passado que possa ser reutilizado. • Comprar com antecedência o material que ainda falta significa evitar os preços mais altos e perPublicidade
mite comparar a oferta de vários espaços comerciais. Pesquise os folhetos promocionais que são entregues pelo correio. • Ter em conta a qualidade também é importante. E como há coisas que as crianças precisam todos os anos: mochila, lancheira, estojo, tesoura, casaco, botas, etc.; o melhor é escolher modelos que não sigam tendências mas que possam ser usados durante dois ou três anos. • Faça um balanço do que correu bem e dos pontos onde poderia ter poupado mais. Guarde tudo juntamente com as faturas, pois o ritual repete-se para o ano. Economizar é um hábito que exige prática.
O material a estrear é sempre um incentivo para os mais novos quando se fala em regressar à escola. Cadernos, lápis, canetas e livros aguardam impacientemente dentro da mochila pelo dia em que vão ser usados e são um motivo de orgulho. Mas antes de brilharem na sala de aula, esta é uma preocupação para os pais que se veem com uma des-
pesa extraordinária. Por isso fizemos as contas e apresentamos o custo médio de um kit de material escolar. Optar por marcas brancas pode ser um bom truque para não gastar tanto. Não se esqueça também de pedir faturas de todas as compras que efetuar relacionadas com compras de material escolar, inscrições na escola e matrículas, de modo a poder fazer a respetiva dedução no IRS. Depois de adquirir o material é hora de preparar o cantinho do estudo em casa. Quer seja uma mesa no quarto, um cantinho na sala ou na cozinha, o importante é que o seu filho disponha de um local próprio para fazer os trabalhos de casa, ler e mesmo guardar todos os documentos relacionados com a escola.
Quanto vai gastar Mochila: 15 euros Caderno espiral: 2,50 euros (multiplicando pelo número de disciplinas) Pasta de Arquivo: 2 euros Estojo: 3 euros Saco para lanche: 5 euros Af ia (pack de dois): 0,35 euros Resma de Papel: 2,50 euros Fita-cola: 1,50 euros Cola líquida: 2 euros Esferográf icas (conjunto de 10 unidades): 2 euros Lapiseira: 2 euros Borracha (duas unidades): 1,50 euros Conjunto régua + esquadro + transferidor: 2 euros Compasso: 2 euros Marcadores: 2,50 euros Lápis de cera: 2 euros Dicionário básico de Língua Portuguesa: 5 euros
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Peças básicas são essenciais no guarda-roupa
Preparar a rotina com antecedência diminui ansiedade
Com a chegada de setembro começa também a preocupação dos pais em ter tudo pronto para o ano escolar dos filhos. E depois de um verão cheio de brincadeiras, os dias quentes começam a dar lugar às primeiras chuvas, o que torna necessário tirar do armário roupas mais quentes. E se lhe parecer que o vestuário das crianças encolheu, a verdade é que os seus filhos voltaram a dar um pulo. Nã o de s e s p e r e . Ao contrário do que possa pensar, preparar a roupa, sapatos e acessórios para que estejam apresentáveis para aprender, brincar e socializar com os amigos não tem de ser um problema. Comece por fazer um inventário do que há em casa e do que pode passar de um filho para
Depois de um longo período de férias, sem horários e obrigações, regressam as aulas e a rotina para as crianças. Para muitas famílias isso representa stress e correria. Mas não tem de ser assim. Basta gerir e preparar a família para esta mudança. Voltar às aulas significa também retomar a hora de deitar e levantar, hábitos importantes para terem energia suficiente para o dia a dia. Por isso, uma ou duas semanas antes do primeiro dia de aulas implemente esta nova rotina, para que a mudança não seja repentina e não cheguem ensonados. Durante este período pode também aproveitar para levar os miúdos a recordarem a escola ou, se for esse o caso, a conhecerem o novo estabeleci-
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o outro ou mesmo ser transformado e ganhar nova vida. Quando terminar esta tarefa veja o que falta. É importante investir em peças essenciais e que não prendam os movimentos dos mais pequenos. Fatos de treino e umas sapatilhas são imprescindíveis para as aulas de educação física e mesmo para o dia a dia, por serem opções práticas e que ajudarão
a que o seu petiz se vista sozinho. Precisa ainda de um casaco de inverno bem quente, de botas, calças de ganga e peças básicas. O conforto deve estar acima de tudo. E depois há escolhas que farão sucesso de certeza: cores fortes, padrões clássicos, estampados com os seus heróis favoritos e acessórios para finalizar o look ideal.
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mento de ensino que vão frequentar. Esta visita vai diminuir o risco de ansiedade. Outra opção é combinar um encontro com antigos colegas, de modo a que as crianças se sintam mais ambientadas quando for hora de retomarem as atividades.
Não se esqueça de delinear também as tarefas que o seu filho tem de realizar quando se levanta (vestir, fazer a cama, tomar o pequeno-almoço); como e com quem vai para a escola; onde almoça; o que tem de fazer quando regressa a casa e quanto a preparar a mochila para o dia seguinte. Se sentir que os mais novos estão com algum receio em retomarem o percurso escolar transmita-lhes pensamentos positivos. Roupa e calçado novos, material escolar para estriar, voltar ao convívio com os amigos, rever os professores, aprender coisas novas e retomar as atividades extracurriculares são motivos mais suficientes para que deixem de lado as preocupações.
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REGRESSO ÀS AULAS | ESPECIAL 23
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4Art promove aulas de pintura para crianças
Declare guerra aos piolhos Mal começa a escola, os pais entram em sobressalto sempre que os filhos coçam a cabeça. Os piolhos são uma verdadeira praga e de facto, as crianças em idade escolar são o grupo mais afetado pelo Pediculus humanus capitis. Cada vez mais resistentes a loções, às terapêuticas clássicas e a outras soluções apresentadas pela indústria farmacêutica, o parasita, altamente contagioso, parece ganhar a guerra ano após ano. Isto porque um piolho fêmea põe cinco a dez ovos por dia, fazendo com que a infestação seja bastante rápida. Embora não transmitam nenhuma doença, podem causar comichão e são desagradáveis. Independentemente do seu nível de higiene, este é um problema comum nas crianças, pelo que não deve ser motivo de medo ou de vergonha. Aliás, esta é a doença mais frequente na infância a seguir à constipaPublicidade
O desenho e a pintura vão estar em destaque no 4Art, localizado na Quinta de Santo Estevão (Viseu). Depois das várias propostas que desenvolveram a propósito das Férias Criativas, os mais novos têm, no regresso às aulas, a possibilidade de aprofundar os seus conhecimentos. Iniciação ao desenho e à pintura para crianças entre os 6 e os 10 anos; iniciação ao desenho e à pintura artística para alunos a partir dos 11 anos; e desenho e pintura a óleo e/ ou acrílico para jovens com 15 ou mais anos são as áreas privilegiadas. Apesar da sua vertente lúdica, os cursos têm também um cariz de aprendizagem artística, com recurso à História da Arte. A proporção das formas; a localização das figuras no espaço e a forma
como se relacionam entre si; a educação da mão e da visão; o estudo da luz, das sombras e da composição; e o recurso a diferentes materiais – como lápis de grafite, carvão, lápis de cor, tinta (guache, têmpera, acrílico e óleo) e aguarela - estão entre as áreas abordadas. As atividades serão realizadas a partir das 17 ou das 17h30m, podendo também formar-se grupos durante as manhãs. Mas não são só as crianças que terão a oportunidade de dar largas à imaginação. Para os pais, o 4Art preparou propostas como desenho e pintura a óleo e acrílico, azulejo, vitral (tiffany e calha de chumbo), estanho, fusão de vidro e cerâmica criativa. As formações podem ter lugar em horário laboral ou pós-laboral, de acordo com as necessidades dos participantes.
Embrace Life promove estudo acompanhado O regresso às aulas é sinónimo de novos conhecimentos e matérias, o que representa um desafio acrescido para os alunos e uma preocupação para os pais. A pensar nesta situação, a Embrace Life vai disponibilizar nas suas instalações, em Santo Estevão (Viseu), estudo acompanhado. O objetivo é o de ajudar crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem.
ção, sendo inclusive mais frequente do que as restantes infeções juntas. A melhor maneira de combater o problema é pentear o cabelo molhado com um pente próprio (com pouca distância entre os dentes), numa zona bastante iluminada e sobre um fundo branco. Aplique uma loção ou gel específicos (pediculicidas), pois têm uma ação mais prolongada que os champôs. Para eliminar as lêndeas
pode aplicar uma solução de vinagre e água em partes iguais durante algumas horas, pois desfaz a substância aderente que as cola ao cabelo. Também neste caso a prevenção pode ser uma boa aliada. Basta incutir nos mais novos o hábito de se pentearem bem duas ou três vezes por semana. Está comprovado que este gesto pode ser quase tão eficaz como os pediculicidas a tratar a infestação.
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desporto PAVILHÃO DESPORTIVO DE OLIVEIRA DE FRADES QUASE CONCLUÍDO
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
O novo Pavilhão Desportivo Municipal, em Oliveira de Frades, encontra-se em avançado estado de construção, apresenta uma taxa de execução de 74 por cento. Esta obra insere-se numa política de grande investimento desportivo que visa melhorar as condições da prática desportiva no concelho, prevendose que esteja concluído antes do fim do ano. A e m pr e it a d a foi adjudicada pelo valor de cerca de um milhão e duzentos mil euros, e comparticipado em 70 por cento pelo FEDER. A obra dotará o concelho de excelentes condições para a prática desportiva de diversas modalidades, permitindo a realização de jogos de campeonatos nacionais. T.V.P.
Ac. Viseu - Futebol
Caramulo – Desporto automóvel
CartãoFairPlay Realiza-se no segundo fim-de-semana de setembro o “Motorfestival” do Caramulo que é considerado um dos maiores eventos portugueses do desporto automóvel e clássicos e teve na sua génese o Museu do Caramulo. A edição deste ano vai contar com dois novos passeios: Passeio Land Rover e o Passeio SideCar.
Moimenta da Beira -– novo estádio
CartãoFairPlay Está aprovado o novo Estádio Municipal de Moimenta da Beira. A homologação de todas a estrutura foi confirmada pela AFV e permite que o clube de Moimenta utilize já este novo espaço nas provas oficiais. O futebol é o grande beneficiado com este novo complexo desportivo.
Motorfestival arranca no Caramulo Com a proposta de imensa variedade de atividades para públicos de todas as faixas etárias e heterogéneos, foi apresentado, em conferência de imprensa, o Caramulo Motorfestival, um evento dedicado aos automóveis e motociclos clássicos e desportivos, que irá decorrer de 7 a 9 de setembro, na Serra do Caramulo. Para além da Rampa do Caramulo (Campeonato Nacional de Montanha) e da Rampa Histórica do Caramulo, a grande novidade desta sétima edição
são as provas de regularidade que trazem um novo grupo de entusiastas dos automóveis clássicos ao festival. Outra das novidades para esta edição passa por atrair não só os verdadeiros aficionados dos automóveis e motociclos, mas também muitas famílias. A organização espera superar a marca de 30 mil pessoas, registada em 2011, num evento de grande importância para o concelho de Tondela e para toda a região. José António Jesus destacou “a criação de con-
dições para que o Motorfestival pudesse ter continuidade, no quadro de afirmação e relevância que tem vindo a conquistar nos últimos anos, sendo um importante marco da atividade automobilística da região”. O vicepresidente da Câmara de Tondela não tem dúvidas no sucesso do evento, uma vez que “face á diversidade de atividades, as famílias podem esperar um programa aliciante, que preencherá cada minuto que se viverá nesse fim-de-semana”, concluiu.
Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal, referiuse ao evento como sendo “muito relevante para a atracão turística da região centro” e, como tal, deve “alargar a área de promoção na esfera das ações de marketing”. O Caramulo Motorfestival é organizado pelo Museu do Caramulo, através de uma equipa própria e com larga experiência na produção de grandes eventos automobilísticos.
ZÉ RUI É REFORÇO DO ACADÉMICO DE VISEU
Tiago Virgílio Pereira DR
CartãoFairPlay O Académico de Viseu iniciou a época em grande. A equipa de Carlos Agostinho venceu o Prainha, em jogo a contar para a 1.ª eliminatória da Taça de Portugal, goleando por 6-0. Um começo auspicioso para a equipa de Viseu que inicia o campeonato no próximo domingo. O Cinfães foi a outra equipa do distrito a vencer. Ac. Viseu e Cinfães seguem para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal. Boa sorte.
Viseu 2001 prepara época 2012/2013 A equipa sénior do Viseu 2001 vai começar os trabalhos de preparação para a época 2012/2013, na segunda-feira, dia 3 de setembro, a partir das 20h30, no Pavilhão do Colégio da Via-Sacra, em Viseu. A equipa viseense de futsal, orientada por Rui Almeida, disputa pelo quinto ano consecutivo, a 2ª divisão nacional e ambiciona a subida. “É o grande objetivo para a nova época. O clube tem vindo a construir uma equipa sólida e não esquece a formação, prova disso são
os quatro atletas que transitaram dos juniores para a equipa sénior”, referiu o técnico. Para ajudar a atingir o objetivo, Rui Caldeira, 25 anos, (na foto em cima), “resgatado” ao futebol de onze, é a mais recente contratação do clube, que aguarda pela chegada de mais um jogador para fechar o plantel. Futebol feminino do Viseu 2001 em alta A atleta Carolina Silva (na foto em baixo) foi convocada para a seleção nacional feminina de sub19. O estágio de preparação vai realizar-
se de 3 a 6 de setembro, no Cartaxo. A direção do clube, que abraçou este projeto inovador em todo o distrito, recebeu com “enorme agrado” a notícia e “espera que seja o primeiro de muitos estágios para a jovem atleta e que motive as outras jogadoras das equipas júnior e sénior”. Os treinos da equipa sénior e júnior feminina tiveram início no dia 28 de agosto, no campo de Fragosela, com a apresentação e receção pela direção do clube e equipa técnica. T.V.P.
José Rui Veiga, conhecido no mundo do futebol como Zé Rui, é o novo reforço do Académico de Viseu. Trata-se de um avançado que faz todas as posições do ataque, mas que atua preferencialmente nas alas. O jogador de 30 anos atuou na época passada na Naval, e vem colmatar uma das lacunas do plantel viseense. Na época 03/04, Zé Rui estreou-se na I Divisão Nacional pelo A lverca . Em 04 /05 jogou no Vitória de Setúbal e venceu a Taça de Portugal ao serviço dos sadinos. T.V.P.
MODALIDADES | DESPORTO 25
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Rali
II Liga Profissional
A Tondela perdeu o último jogo, realizado no seu reduto, diante o Trofense O Ton d e l a d e f r o n ta, domingo, o Braga B, em jogo a contar para a quinta jornada, da II Liga Profissional de Futebol. A equipa orientada por Vítor Paneira ainda Publicidade
não conseguiu arrecadar os três pontos, perante os seus adeptos, no Estádio João Cardoso. O Tondela, atual 12º classificado, com cinco pontos, vem de um empate, sem golos, frente ao San-
ta Clara. Agora, o objetivo passa por vencer o Braga B, atual 18º classificado, com três pontos. O jogo está marcado para as 17h00. O preço dos bilhetes varia entre os três e os 12 euros. T.V.P.
Aguiar da Beira recebe, amanhã, dia 1 de setembro, o primeiro Rali. Uma organização do Clube Automóvel da Marinha Grande, com a colaboração da Câmara Municipal de Aguiar da Beira e da ARC Sport. Para abrilhantar esta prova, estão confirmadas as presenças de Ricardo Moura, atual campeão de Portugal de Ralis, título conquistado com a ARC Sport, Adruzilo Lopes, antigo campeão absoluto e que também alcançou títulos nacionais de Produção e Duas Rodas Motrizes com a equipa sedeada em Aguiar da Beira, e Renato Pita, piloto que este ano também confiou na estrutura da ARC Sport. Inscrito no Criterium de Ralis Centro, o Rali de Publicidade
DR
Nuno André Ferreira
Aguiar da Beira recebe Tondela persegue primeiro triunfo em casa amanhã a primeira prova
Aguiar da Beira conta com a chancela da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e está aberto a todos os tipos de veículos, com ou sem homologação, desde que sejam possuidores de cintos de segurança com cinco pontos de fixação, extintores e arco de segurança. Para participar na prova não é necessário ter licença desporti-
va, sendo suficiente possuir carta de condução há mais de um ano. Disputado em pisos de asfalto, o Rali de Aguiar da Beira vai contar com duas provas especiais de classificação diferentes, disputadas por três vezes, e ainda com uma Super Especial de encerramento, agendada para o final da tarde de sábado. T.V.P.
D Vi(r)Ver o Centro Histórico de Viseu
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culturas expos
SANTA COMBA DÃO ∑ Clube Recreativo de São Joaninho Até dia 28 de setembro Exposição itinerante, “ Santa Comba Dão no Feminino”.
M ANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 28 de setembro Exposição de foto graf ia, “Da luz e do olhar”, de Pereira Lopes.
Arcas da memória
Destaque
A Feira de S. Mateus 3 – A Feira de cartaz moderno
A O grupo “La la la Ressonance” atua no sábado, 1 de setembro, e encerram o festival
ZigurFest anima Lamego Segunda edição∑ Hoje e amanhã todos os caminhos vão dar ao Museu da cidade e ao Teatro Ribeiro Conceição A segunda edição do ZigurFest, produzido e organizado pelo Teatro Ribeiro Conceição (TRC), em Lamego, com direção artística da Zigur Artists, realiza-se hoje e amanhã. O TRC ZigurFest surge com a vontade de agitar as águas do panorama cultural do interior do país e motivar toda a gente, dos 7 aos 77 anos, a conhecer a nova música nacional nas suas mais variadas formas e estados. O festival decorrerá em dois espaços, durante a tarde o Museu da cidade será o es-
paço anfitrião e à noite, é o auditório do Teatro Ribeiro Conceição que assume a forma de abrigo e palco. Hoje, à tarde, atuam “Alto!” e dSCI”. À noite, “RA e JP”, “Black Bombaim” e “Gala Drop”. No sábado, “Tales and Melodies”, “Aspen” e “Balão Dirigível” mostram-se ao público no Museu de Lamego, no Ribeiro Conceição, “Vox Mambo”, “Sensible Soccers” e “La la la Ressonance”. Outro dos grandes objetivos do TRC ZigurFest é levar toda a gente a aproveitar ao máximo
a cidade de Lamego e as suas potencialidades. O festival pretende ramificar-se pela cidade procurando imbuir o público do espírito de festa que começa a sentir-se nesta altura do ano. As gentes de Lamego acreditam que “chegados a Setembro, Lamego não pára mais”. A articulação com o comércio local será outra das valias, no sentido de tornar o TRC ZigurFest mais convidativo e surpreendente, nesta segunda edição. Tiago Virgílio Pereira
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 21h00(exceto 6ª e sábado), 22h00* O cavaleiro das trevas renasce (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50 Idade do gelo 4: deriva continental VP (M4) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h15, 18h30 Madagáscar 3 VP (M4) (Digital)
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Hoje, dia 31, e amanhã, o Centro Histórico de Viseu tem agendadas animações de rua, no seguimento da iniciativa Vi(r)Ver o Centro Histórico. Hoje há “Cantorias”, amanhã atua Carlos Peninha, num espetáculo de Jazz.
VISEU ∑ Museu Grão Vasco/Sé Catedral Até dia 7 de outubro Exposição “São Teotónio. Patrono da diocese e da cidade de Viseu - ref. 11622012”.
SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 9 de outubro Exposição de objetos, fotograf ias e amostras de minerais das Minas da Gralheira, “Herança Mineral de Um Povo”.
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Sessões diárias às 16h25, 18h50, 21h20, 23h45* Os Mercenários 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h10, 00h00* O Legado de Bourne (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h20, 16h50, 19h20, 21h50, 00h20* Ted (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 16h05, 18h40
Brave Indomável VP (M4) (Digital) Sessões diárias às 21h30, 23h50 Brave Indomável VO (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h35, 21h05, 00h10* As flores da guerra (M16) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 22h00, 00h25 Piranha XXL (M16) (Digital)
Sessões diárias às 11h00* (só dom.), 14h10, 16h30, 18h50 Madagáscar 3 VP (M4) (Digital 3D) Sessões diárias às 14h30, 16h55, 19h20, 21h50, 00h30 Os Mercenários 2 (M12) (Digital)
Quando, em 1929, o cartaz da Feira Franca que, então, era assim que se dizia, começa a difundir-se pelos iniciáticos caminhos ditos já turísticos e sabemos que iam do mar e entravam na fronteira, as gentes olharam com espanto a garridice da rapariga vestida de festa que levantava em suas mãos o brasão da cidade, Viseu em fundo, sombreada pela montanha distante, bandeiras em arco na largueza de um terreiro antigo onde o tempo ia ser diferente, ao moderno. E a gente correu. Era Setembro. Estavam pagas as rendas, recolhera-se o pão das eiras, faziam-se as desfolhadas na Beira-Vouga, começavam a encher-se os cestos da vindima, que, por esse tempo a nossa terra era ainda terra de lavradores e de mesteres. E a Feira, agora, era como se fosse grandiosa festa de colheitas, ranchos chegando de longe de pé e de cavalo, comboio apitando ao largo fumaradas, as torres da Sé erguidas ao jeito de farol marcando o findar, quase, da viagem e no largo chão que há trezentos anos é pisado as velhas ritualidades cumprindo-se, mãos de amigos estendendo-se, as compras aviadas à boca das tendas do costume, homens de bengala passeando, o gado que ainda se vendia, apetrechos de
19h00, 21h40, 00h20 Desafio total (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00* (só dom.), 13h45, 16h05, 18h25, 21h10, 00h15 Morangos com açucar - o filme (M12) (Digital)
Sessões diárias às 20h50, 00h10 O cavaleiro das trevas renasce (M12) (Digital)
Sessões diárias às 11h10* (só dom), 14h20, 16h45, 19h10 Brave Indomável VP (M6) (Digital 3D)
Sessões diárias às 13h40, 16h20,
Legenda: * sexta e sábado
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
tulha e de lagar, cama de bilros de enxoval de noiva, barricas de enguias, essas que ainda eram do mar e se vendiam em barricas de madeira e a noite que era de arraial, foguetes estrelejando de pirotécnicos rivais, namorados, rifas, carrosséis, algodão doce e as farturas e os brinquedos que se compravam para as crianças. E as memórias que elas guardavam. E o cinema que começara por se ver numa barraca, e os artistas que passaram ali a mostrar os seus retratos e os desenhos coloridos das paisagens, e a fotografia e os artefactos de um mundo antigo num Pavilhão de Exposições, e o teatro e os Jogos Florais e as bandas em concerto e as luzes à noite e as luzes que depois se viam de olhos fechados, no regresso, e o passeio de ida e volta na avenida, senhoras que ainda iam de chapéu e aqueles que até amanhã se despediam e aqueles que prometiam voltar no ano que há-de vir, e um livro que se guardava com imagens da Cava, da Sé, das Portas da Cidade, essa operosa densidade da Feira ainda Franca, quase a ser de S. Mateus, dentro dela uma alma inteira de cidade onde os homens, nesse efémero tempo, eram iguais.
Estreia da semana
Morangos com açucar - o filme – Entre a praia e a piscina, o parque de campismoeocampodeférias,amigos de longa data reencontram-se e novas amizades acontecem. A alegria é geral e ninguém vai querer perder o grande festival de bandas que está prestes a acontecer. É num ambiente de grande festaqueaenergiadamúsicavaidarritmoaosamoresedesamoresdeVerão. Uma coisa é certa, o Verão é agora!
Jornal do Centro 31 | agosto | 2012
culturas
D “Liquid Paintings” em Lamego
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O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, recebe a abertura formal da esposição de pintura e vinhos “Liquid Paintings”, amanhã, dia 1 de setembro, pelas 17h00. O pintor João Rebelo estará entre os convidados.
Paulo Neto
O imparável Alberto Correia
“Alcança quem não cansa”, se foi ex-libris de Aquilino Ribeiro não assentaria mal a Alberto Correia. S e m p r e a b u l i r, o etnógrafo, historiador, museólogo, escritor e investigador, no seu bem-querer à cultura da sua terra, do seu distrito, não se queda parado, nem dá poisio ou folga à sua criatividade. Foi connosco à Feira de S. Mateus, ao 2º piso da Expovis onde dinamiza três stands e 2 exposições: o da Revista Beira Alta, com prestigiados 70 anos de história e para a qual foi Publicidade
recém-nomeado director por convite do presidente da Assembleia Distrital, Fernando Ruas, preparando já a saída de um número duplo, tendo também já sido o coordenador do número duplo anterior, de homenagem a Alexandre Alves. O do CEAR, Centro de Estudos Aquilinianos, criado em 1885 e com primicial publicação dos seus valiosos “Cadernos Aquilinianos”, de 1992 aos nossos dias. Brevemente surgirá o nº 20 desta publicação. Segue-se o da Confraria da Castanha, com aproximadamente 60 confrades e da qual foi criador, é Mordomo-Mor e cujos objectivos visam a promoção, difusão e divulgação da castanha através de encontros, do jornal trimestral que concebeu, de jogos florais, de exposições, estando prevista, em Outubro próximo, a apresen-
tação de um livro acerca deste fruto na obra de Aquilino. Noutro espaço do pavilhão expõe-se o “Poeta do Ferro”, o viseense Arnaldo Malho, em painéis elucidativos do rigor, profusão e arte da sua obra. Conclui-se com uma exposição de cartazes da Feira Franca. Mas Alberto Correia não fica por aqui e além do seu livro sobre o Museu de Várzea de Calde que será publicamente apresentado em Setembro próximo, brinda-nos, também, com mais uma das suas bemsucedidas incursões na literatura infanto-juvenil, desta feita com a obra “Matilde e o Chapéu de Chuva Azul – Viagem à Feira de S. Mateus”. Texto de sua autoria em edição cuidada da Expovis, com o design de Sónia Ferreira e a fotografia de Rowan Schelten. Tiragem de mil exemplares a
apresentar no domingo, 16 de Setembro. E que mais dizer? Que este homem, oriundo da Sarzeda, concelho de Sernancelhe, ao longo das quatro últimas décadas, se tem afirmado como um defensor acérrimo do nosso património e um divulgador das nossas riquezas artísticas, literárias, históricas e naturais. Outros há com menos obra feita já homenageados. Talvez a sua terra natal, que é mais dada ao reconhecimento o faça com toda a justiça, já que Viseu não se tem lembrado… Paulo Neto
O som e a fúria
O centenário de Jorge Amado ou do “romancista do povo”
Maria da Graça Canto Moniz
A intimidade com que expôs traços, costumes e contradições da cultura brasileira foram um dos fatores que deu alento à popularidade de que Amado desfrutou e desfruta. O escritor moçambicano Mia Couto confessa que Jorge Amado fez mais para projetar a imagem do Brasil lá fora do que todas as instituições governamentais juntas. “Jorge Amado não escreveu livros, escreveu um país”, afirmou Mia Couto, em 2008, numa palestra em que discursou sobre a influência do autor sobre escritores africanos (os mais entendidos na matéria dizem que o escritor baiano destacou a herança africana e a mistura que compõe a sociedade brasileira como valores positivos do país). Em boa verdade, Amado é um dos escritores brasileiros mais conhecidos internacionalmente, com obras publicadas em 49 línguas e 55 países. A fazenda de cacau em que nasceu, os terreiros de candomblé, a mistura de crenças reli-
giosas, a pobreza nas ruas de Salvador, a miscigenação e o racismo dissimulado da sociedade brasileira são alguns dos elementos que compõem a sua obra escrita numa linguagem simples para atrair a atenção dos leitores (mais do que explorar novas linguagens literárias, o seu objetivo era conquistar leitores e alcançar as massas). “Mar morto” e “Jubiabá” são expoentes máximos disso mesmo. Tanto a vida como a obra deste escritor foram marcadas pela sua militância no partido comunista mas, o destaque na sua obra vai, sem dúvida, para uma espécie de compromisso que assumiu ao vestir o papel de narrador do Brasil e ao abraçar uma postura crítica dos problemas sociais do Brasil mas, ao mesmo tempo, de certo modo, idealizando um povo – mestiço e feliz – ao transportar para o centro das suas histórias heróis improváveis: um negro, uma prostituta, meninos de rua (por exemplo, “Capitães da areia”).
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especial
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Feira de S. Mateus
textos ∑ Andreia Mota
Feira de S. Mateus apresenta Ao som da música popular tenda multiusos gigante
De dia é um espaço versátil e multidisciplinar, à noite transformase num palco privilegiado para receber bandas e DJ’s. Este é o conceito da tenda multiusos que foi instalada na Feira de S. Mateus, em frente ao Pavilhão. Trata-se de uma novidade que tem suscitado muita curiosidade junto do público que se desloca até ao certame. Além de exposições, desporto, mostras gastronómicas e de vinho, a tenda gigante, com 1500 metros
quadrados, dispõe de um segundo palco por onde vão passar vários projetos musicais, muitos deles ligados a Viseu. Este é um espaço dinâmico, de convívio e de discussão crítica que privilegia um ambiente mais intimista e que se encontra aberto à produção artística e cultural da região. Pa ra esta noite, por exemplo, a animação está garantida com uma sessão de karaoke, que promete fazer as delícias dos presentes. A tarde de amanhã ar-
ranca, às 18 horas, com uma sessão de cinema. “Bansky – Pinta a Parede!” é a proposta. À noite, no palco 2, é a vez do DJ B Face mostrar o que vale. Os mais novos vão estar em destaque na tarde de domingo, com a dinamização do Espaço Criança. A partir da meia-noite, no palco 2 podem ouvir-se as propostas do DJ Peter Sky. No dia seguinte, será a vez do Coro Mozart atuar e na terça-feira marcará presença o DJ Kosta. No âmbito das Quartas FNAC, o palco 2 vai receber David Pires. A 6 setembro, a partir das 17 horas, na Tenda Multiusos o destaque vai para o desporto, com a apresentação de várias modalidades de Fitness e uma aula de Zumba. Já à noite, o grupo Even Time é o protagonista das Quintas do Rock.
Para participar basta dirigir-se à tenda, mais concretamente ao espaço Flash Fama, e tirar uma fotografia – individual ou em grupo – alusiva a um tema à sua escolha, que deverá enviar para flashfam a@i mpactocreate . net, juntamente com a
sua identificação, morada, telefone e o número do bilhete de entrada no recinto, que deverá guardar. Serão premiadas as ideias mais originais e criativas. Barcelona, Milão, Londres e Paris são os destinos que pode conhecer.
É uma semana recheada de propostas musicais, a maioria com a chancela da música tradicional portuguesa. Mas há sugestões e espetáculos para todos os gostos. Esta noite, às 22 horas, a Banda Republika marca presença no palco 1. Já amanhã, a partir das 20h30m, se estiver no recinto da Feira não se surpreenda se vir muita agitação. É o espetáculo itinerante “Visitadas bem passadas”. Às 22 horas atua um dos artistas mais aguardados do cartaz deste ano do certame secular. Boss AC atua e é esperada uma verdadeira enchente. O domingo será de festa nas ruas da cidade
de Viseu, com a Dança da Morgadinha a percorrer algumas das artérias desde o Rossio, a partir das 15h30m, até à Feira de S. Mateus. A pa rtir das 17 ho ras arranca o Festival de Folclore Infa ntil, com a participação do Grupo Típico Regional Infantil “Os Pauliteiritos de Abraveses” (Viseu), da Escola Infantil do Rancho Típico de S. Mamede de Infesta (Matosinhos), do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo de Valongo do Vouga (Á g ued a) e do Gr upo Etnográfico Infantil de Arneiro de Fora (Maiorca – Figueira da Foz). A c u lt u ra popu l a r mantém-se à noite, com o Festival de Folclore
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Prémios A te n d a g i g a n te é ta mbém pa lco pa ra um passatempo muito especial. No âmbito do Flash Fama os visitantes da Feira de S. Mateus podem habilitar-se a ganhar uma viagem para duas pessoa s tod a s a s sem anas.
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que conta com a presença do Rancho Folclórico da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Lordosa, do Rancho Folclórico do Caçador, do Rancho Folclórico de Poives e do Rancho Folclórico “As Costureirinhas de Cavernães”. Na segunda-feira à noite é a vez do Rancho Folclórico de Carragoso subir ao palco. O dia 4 é dedicado à Paróquia de S. José e conta com a atuação de Carla Maria, seguida do grupo Sons do Minho. No dia seguinte, a iniciativa “Hoje há Fado” terá como protagonista Mara Pedro e, na quinta-feira, o Rancho Folclórico de Mundão irá abrilhantar o palco 1.
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em foco Vinhos “à prova” em Penalva do Castelo Muito público em Penalva do Castelo para provar alguns dos melhores néctares do Dão. A prova técnica de Vinhos do Dão decorreu no passado dia 25, inserido nas festividades do concelho, e foi, pela 11ª vez, um sucesso. Na Casa da Ínsua foi servido um almoço, acompanhado pelos vinhos que à tarde estiveram à prova na Quinta do Serrado. O Reserva 2008 da Adega de Penalva, o Reserva 2006, da Casa da Ínsua, o Colheita 2008 e o Adega da Corga Touriga Nacional foram alguns dos vinhos que estiveram em destaque. Para Carlos Santos, vice-presidente da Câmara de Penalva, “o vinho é o grande embaixador da região, no mundo”.
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saúde e bem-estar Hospital de Viseu passa a receber mulheres referenciadas em rastreios Todas mulheresda área de influência do Centro Hospitalar Tondela - Viseu (distritos de Viseu e Guarda), a quem após a realização do rastreio ao cancro da mama se verifique qualquer situação anómala, vão deixar de ter que se deslocar a Coimbra e passar a ser encaminhadas para a Unidade Funcional da Mama, integrada no departamento de obstetrícia e ginecologia do Centro Hospitalar Tondela – Viseu (CHTV), a funcionar no Hospital S. Teotónio. O CHTV vai assinar na
terça-feira, dia 4, às 11h00, um protocolo de cooperação com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, que determina tal alteração. “É sem dúv ida u m a mais-valia para as mulheres que após a feitura da mamografia efetuada nas unidades móveis da Liga, através do rastreio nacional, desde que se verifique qualquer situação anómala, serão referenciadas para o CHTV em Viseu, evitando longas deslocações com as consequentes perdas de tempo”, considera a administração do CHTV em Comunicado.
Viseu na caminhada contra o cancro Viseu integra a rede de cidades que vai receber a caminhada “Pequenos Passos, Grandes Gestos” do movimento Vencer e Viver do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), que tem por objetivo sensibilizar a população para a prevenção e deteção precoce do cancro da mama. A iniciativa decorre dia 6 de outubro, às 15h00, em simultâneo em sete cidades da região Centro. Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e
Viseu. “Pequenos Passos, Grandes Gestos” está integrada no mês internacional de prevenção de cancro da mama, que se assinala em outubro. Além da sensibilização para a prevenção e o diagnóstico precoce, a corrida promove a angariação de fundos destinado ao apoio social à mulher com cancro da mama e à divulgação dos projetos promovidos pela LPCC no domínio da patologia, nomeadamente o rastreio e as atividades do Movimento Vencer e Viver. EA
Para a administração este protocolo “é o reconhecimento do mérito e competência do departamento”, ao lembrar que “passa a ser o primeiro, depois de Coimbra, a ser reconhecido na zona Centro”. De acordo com a nota à imprensa, na área de influência do CHTV, “assume particular relevância o facto de, tomando por referência os dados do Registo Oncológico Regional da Região Centro de 2008, a taxa de incidência do cancro da mama ser de 37,91 por 100.000 habitan-
tes”. “Verdadeira questão de saúde pública que exige, por parte deste Centro Hospitalar, uma adequada resposta”, termina. No cancro da mama a taxa de sobrevivência ronda, atualmente, os 80% a 85%, sendo para tal determinante a capacidade de diagnosticar os tumores em estádios mais precoces, através da introdução de métodos de rastreio organizado e de campanhas de informação dirigidas à população. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Arquivo JC
Cancro da mama∑ Centro Hospitalar e Liga Portuguesa Contra o Cancro assinam protocolo que vai evitar deslocações a Coimbra
A Unidade Funcional da Mama passa a receber utentes
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Criança à beira da morte depois de mal Diretores clínicos de EPE podem acumular diagnosticada no Hospital de Viseu função de médicos Uma menina de cinco anos esteve à beira da morte, depois de ter sido mal diagnosticada no Hospital de Viseu. A “falta de mimo” era afinal encefalite. A mãe está inconformada com a situação, apresentou reclamação por escrito e acusa o hospital de negligência médica. Pondera avançar para Tribunal. Hoje, Matilde está bem de saúde. Em Fevereiro, Matilde deixou de comer, de dormir e não tinha energia para brincar. Preocupada, a mãe, Cristina Ribeiro, levou-a à urgência pediátrica do Hospital de Viseu, onde disseram que estava tudo bem. “A sua filha demostra perturbações psicológicas, se lhe der mais mimo isso passa”, contou citando Publicidade
o médico. Matilde piorava de dia para dia, perdia mais peso e só queria dormir. Indignada, a mãe desesperava e, sem saber o que fazer, voltou ao hospital onde lhe detetaram uma infeção gastrointestinal. O episódio só começou a resolver-se depois de a família ter avançado para um pediatra, no privado, e pagar 60 euros. Após os exames, Matilde foi transferida para o Hospital Pediátrico de Coimbra, onde detetaram encefalite. “Que diferença de atendimento, o cuidado e a atenção que os médicos em Coimbra tiveram com a minha filha em nada se compara com os de Viseu. Houve negligência médica”, atacou. Cristina quis denunciar o
Nuno André Ferreira
Falta de mimo era afinal encefalite∑ Mãe está inconformada e pondera avançar para Tribunal
A Matilde Ribeiro (à direita) tem hoje razões para sorrir caso “para servir de exemplo a outras famílias”. A mãe pondera levar o caso a tribunal. “A minha filha podia ter morrido e não há dinheiro que pague a nossa dor. Eu até avançava para tribunal mas sabemos que os médicos dão sempre a volta e safam-se, porque têm mais poder que
eu”, referiu desanimada. O gabinete de Relações Públicas do Hospital de Viseu disse que “está a decorrer um processo interno de averiguações e que, dentro de 30 dias úteis, será dada uma resposta à reclamação apresentada por Cristina Ribeiro”. Tiago Virgílio Pereira
O governo aprovou um d iplom a que per m ite aos diretores clínicos de entidades públicas empresariais acumularem a atividade médica dentro da unidade de saúde que dirigem. O diploma aprovado em Conselho de Ministros introduz alterações ao regime jurídico aplic ável à s u n id ade s de saúde EPE que permite aos diretores clínicos a acumulação de atividade médica no âmbito da respetiva entidade pública empresarial, media nte demonst ração de interesse do próprio e da instituição. Esta acumulação rea l i z a - s e a p e d ido do próprio e sem direito a qualquer remuneração adicional, esclarece o
comunicado do Conselho de Ministros. No âmbito deste diploma , deverão ser aprofundados os mecanismos de controlo financeiro, procurandose uma padron ização do modelo dos contratos-programa, a celebrar com cada unidade de saúde. “Complementarmente, são criadas condições para revalorizar a atividade de f iscalização, ajustando o perfil de recrutamento do f isca l único em lin ha com os requ i sitos de credenciação f ixados para o órgão de fiscalização dos institutos públicos na respetiva LeiQuadro”, acrescenta a nota. JC/Lusa
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CLASSIFICADOS 33
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GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.
RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.
EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.
TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.
COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.
SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas.
RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com
RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo. RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away.
QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.
PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.
TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.
NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.
VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.
ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU
ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666
ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de
Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498 ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344
PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt
CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454 BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas MANUEL COVELO www.manuelcovelo-advogado.com Escritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710 Email: mcovelo-5466c@adv.oa.pt
MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt
NELAS JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt
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Psicólogo. Lamego - Ref. 587825318
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CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt
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Bate-Chapas de Veículos Automóveis Ref. 58782240 - Tondela Cozinheiro Ref. 587815186 – tempo completo – - A Tempo Completo. Pretende-se Castro Daire candidato com experiência Marceneiro Ref. 587819050 – tempo completo – Castro Daire Mecânico de Automóveis Ref. 587823275 – tempo completo – Castro Daire
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CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
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Cozinheiro Ref. 587820195 Tempo Completo – Mangualde
Ajudante de padaria Ref. 587845587 Tempo Completo - Viseu
Cortador de Carnes Verdes Ref. 587838911 Tempo Completo - Viseu
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.
Jornal do Centro
34 CLASSIFICADOS / NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS
31 | agosto | 2012
INSTITUCIONAIS
Maria Tavares Ferreira, 79 anos, casada. Natural e residente em Valadares, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 26 de agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Valadares. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Belchior de Oliveira Russo, 64 anos, solteiro. Natural e residente em Figueiredo das Donas, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 22 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Figueiredo das Donas. Ermelinda de Almeida Tavares, 91 anos, viúva. Natural e residente em Landeira, Santa Cruz da Trapa, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 29 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa.
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Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927
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António Pedro Marques de Figueiredo, 52 anos, solteiro. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.
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Olívia da Conceição de Melo, 83 anos, viúva. Natural de Mouraz, Tondela e residente em Couço, Tondela. O funeral realizou-se no dia 30 de agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério nº 2 de Mouraz, Tondela. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542
TRESPASSE POLICLINICA EM VISEU
Manuel de Barros Simões, 64 anos, casado. Natural de Silgueiros e residente em Pindelo, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 30 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.
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Ilda Rodrigues de Almeida Coelho, 92 anos, viúva. Natural de Queirã, Vouzela e residente em Repeses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de agosto, pelas 11.30 horas, para o cemitério de Repeses.
INSTITUCIONAIS
Maria Fernanda Ferreira, 79 anos, viúva. Natural de Ranhados e residente em Gumirães, Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Ranhados. Joaquim de Almeida de Oliveira, 82 anos, viúvo. Natural de São Miguel do Mato, Vouzela e residente em Carregal, Queirã, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 24 de agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Figueiredo das Donas, Vouzela.
2ª Publicação
Humberto Tavares Pais de Sampaio, 85 anos, casado. Natural de Santar, Nelas e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Viseu. António Rodrigues de Araújo, 79 anos, viúvo. Natural de Couto de Baixo, Viseu e residente em Mosteirinho, Viseu. O funeral realizouse no dia 26 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Couto de Baixo. Clarisse do Rosário Ribeiro, 86 anos, viúva. Natural de Santa Comba Dão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de agosto, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Campo, Viseu. Maria Pereira Lourenço, 76 anos, viúva. Natural e residente em Vila Chã de Sá, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de agosto, pelas 19.30 horas, para o cemitério de Vila Chã de Sá. Agência Funerária de Figueiró Viseu Tel. 232 415 578 (Jornal do Centro - N.º 546 de 31.08.2012)
NECROLOGIA
Rosa da Costa e Carmo, 95 anos, viúva. Natural e residente em São Salvador, Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério de São Salvador.
Américo Manuel Colaço Cardoso, 43 anos, casado. Natural de Cinfães Alice de Almeida, 93 anos, viúva. Natural de Mões e residente em Fol- e residente em Santiago, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de gosa, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 30 de agosto, pelas agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. 16.30 horas, para o cemitério de Castro Daire. Ana Silva Rodrigues, 91 anos, viúva. Natural do Brasil e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de agosto, pelas 14.00 horas, Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. para o cemitério de Tondela. Castro Daire Tel. 232 382 238 Rosa Teixeira do Sacramento Rebelo, 92 anos, viúva. Natural do Porto e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de agosto, pelas Maria do Pranto Dias, 90 anos, viúva. Natural de Grijó, Gafanhão, 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Castro Daire e residente em Ermida, Castro Daire. O funeral realiJorge Albano Marques Correia, 65 anos, casado. Natural e residente zou-se no dia 28 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de agosto, pelas 15.30 hoErmida. ras, para o cemitério novo de Viseu. (Jornal do Centro - N.º 546 de 31.08.2012)
Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358
Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
Jornal do Centro 31 | agosto | 2012
clubedoleitor
35
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FOTO DA SEMANA
HÁ UM ANO EDIÇÃO 494 | 2 DE SETEMBRO DE 2011 Publicidade
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRECTOR
Paulo Neto
Semanário 2 a 8 de Setembro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 494
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 07 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > REGRESSO ÀS AULAS pág. 21 > SUPLEMENTO pág. 25 > ECONOMIA pág. 27 > PASSEIOS DE VERÃO pág. 30 > DESPORTO pág. 33 > CULTURA pág. 36 > EM FOCO pág. 38 > SAÚDE pág. 40 > CLASSIFICADOS pág. 43 > CLUBE DO LEITOR
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
·www.jornaldocentro.pt| Vasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·redaccao@jornaldocentro.pt JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorres |Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.
Viseu recebe nove mil no Ensino Superior páginas 6 a 9
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Nuno André Ferreira
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UM JORNAL COMPLETO
∑ Viseu recebe nove mil alunos no ensino superior ∑ ADDLAP alvo de críticas ∑ Vinhos de Penalva do Castelo medalhados ∑ Sernancelhe recebe concurso e festival internacional de guitarra clássica
DR
∑ Hospital de Tondela justifica mais gastos
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Enquanto não é implantado um sistema de segurança, no centro histórico de Viseu, eis que vão surgindo algumas ideias originais e económicas. O ladrão que tentar assaltar esta casa vai ter uma surpresa desagradável.
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tempo
JORNAL DO CENTRO 31 | AGOSTO | 2012
Hoje, dia 31 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 27 e mínima de 13ºC. Sábado, 1 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 14ºC. Domingo, 2 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 16ºC. Segunda, 20 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 19ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Sábado, 1 setembro Viseu
∑ Rota das lages, às 17h00, em Ranhados.
Mangualde recebe final do Miss European
Tarouca ∑ Inauguração da variante Este de Tarouca, 15h30, na presença do secretário de Estado Adjunto da Economia, Almeida Henriques.
Terça, 4 setembro Mangualde ∑ Sessão de esclarecimento sobre a reforma do mapa judiciário, às 21h30, Auditório da Câmara Municipal.
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Quarenta finalistas pré -selecion ada s de norte a sul do pa ís vão desfilar esta sexta-feira, dia 31, na passerelle da praia de Ma ng ua lde, du ra nte o espetáculo de eleição da jovem que representa rá o pa ís na grande final europeia do concurso Miss European. O responsável pelo complexo Live Beach, Rui Braga afirma estar “muito satisfeitos com o fato do Live Beach ter sido escolhido pela organização para realizar esta grande f inal”. As jovens têm entre 16 e 2 4 a nos e pa r t ilham o sonho de se tornarem “Miss European 2012”. A partir das 22h00, as finalistas vão
Nuno André Ferreira/arquivo
Domingo, 2 setembro
DR
Espetáculo ∑ Complexo Live Beach, 22h00 de hoje
AAs 40 finalistas vão participar em várias provas ter que provar que merecem a coroa, através de várias provas como dança, desf ile casual em biquíni ou em vestido de cocktail. A apresentação do evento vai ser conduzida pela jorna-
lista da M80, Ana Bernardino. A LiveBeach é a primeira praia artif icial da Europa a funcionar em Mangualde desde 2011, com programação regular entre junho e setembro.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Olho de Gato
Ele e Ela (II)* Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
— Querida, este jantar é especial… — É um jantar normal. — …não vês? É o melhor restaurante da cidade. Abriu na semana passada. — Almocei cá ontem com o meu chefe… — Agora andas sempre ocupada. Sempre ao computador. Sempre ao telemóvel. Lá estás tu outra vez. Deixa lá as mensagens! Vamos conversar… — Podíamos ter ficado em casa. Estou sem apetite. — …em casa não falamos. Agora nunca falamos. — Não há nada para dizer. — Está aqui a ementa. Peixe ou carne? — Escolhe tu qualquer coisa. Já te disse. Não tenho apetite… — Uma dose de dourada grelhada, por favor, e um alvarinho branco fresco. Pode ser de Monção. Viste a carta do banco? Vamos pagar mais 12 euros na prestação. — Estamos a ficar como o país: mais pobres e mais azedos. — Olha, o indiano das flores! Por favor, uma vermelha… Para ti, querida. A tua cor. — Escusavas. Nunca pensas no futuro. És sempre o mesmo! — Tristezas não pagam dívidas. — Dívidas não apagam tristezas. — Não sejas assim! Porque andas assim? — Assim como?! — Ponha aqui a travessa, por favor. Cuidado com a flor! Posso servir-te? — Não, eu sirvo-me. — A dourada está boa. — Assim-assim. — A noite ainda é uma criança. Podíamos ir vadiar… — Não. Quero ir para casa. Tenho que mandar uns mails. — Guias tu ou guio eu? — Guia tu. — Deixaste a tua flor vermelha em cima da mesa… * Republicação do “Ele e Ela” de 1 de Agosto de 2008
Artigo redigido sem observação do novo acordo ortográfico
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