Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
UM JORNAL COMPLETO
100 Maiores 2011
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
e melhores empresas do distrito de Viseu
Semanário 4 a 11 de outubro 2012
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO
Ano 11 N.º 550
pág. 14 > EDUCAÇÃO centrais > SUPLEMENTO
Internacionalização das Empresas ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO
JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 451 DE 4 DE OUTUBRO
DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO
pág. 15 > ECONOMIA
SEPARADAMENTE.
Veja eja a nesta nesta e edição: diçã ão Suplemento 100 Maiores Empresas | Telefone: 232 437 461
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1,00 Euro
pág. 17 > DESPORTO pág. 20 > CULTURA
SEMANÁRIO DA
pág. 22 > SAÚDE pág. 24 > CLASSIFICADOS
REGIÃO DE VISEU
pág. 27 > CLUBE DO LEITOR
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Novo acordo ortográfico
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| páginas 8 e 9
∑ O Jornal do Centro foi saber o que vai acontecer às fundações de Viseu, após as medidas anunciadas pelo Governo
2
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
praçapública rTrinta por cento de rA manutenção
palavras
deles Opinião
Sofia Campos sophie.sophie@sapo.pt
Pensar o quotidiano
A. Gomes Professor de Filosofia
r
r
As empresas Há uma linha que zero dá zero [...] nunca destas portagens [nas separa a austeridade portuguesas estão a deixar de ser recebemos nada do ex-SCUT] é já quase da imoralidade” um caso de teimosia e competitivas lá fora” Estado” de parvoíce política”
João Chiquilho
Francisco Almeida
António José Seguro
Jorge Lemos
Diretor-geral da Fundação Rodrigues Silveira, Moimenta da Beira (Entrevista ao Jornal do Centro, 1 de outubro)
Pporta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portgens na A25, A24 e A23 (Conferencia de imprensa, 28 de setembro)
Secretário Geral do Ps (Reunião da Comissão Nacional do PS Mangualde, 29 de setembro)
Empresário (Declarações ao Jornal do Centro a propósito das portagens, 28 de setembro)
O Vulcão Há uma parte de mundo dito rico, o que quer que isso seja nas suas profundas clivagens, que tem a obsessão da “economia” e por ela luta obstinadamente. Um mundo às vezes amoral e canibal com um único deus, o dinheiro. Uma sociedade que fundamentou no consumismo desenfreado a última esperança do paraíso perdido. A ilusão, porém, foi de curta duração. E hoje, todos os desmandos feitos e os desvarios cometidos, o neo-liberalismo que foi bandeira dessa utopia, exausto e exangue, reconta os destroços deixados pelo furacão descontrolado e devastador. Enquanto isso, enquanto o con-
tinente africano se afunda numa miséria extrema e atávica de onde emergem os arqui-ricos, enquanto o continente sul-americano se mostra como palco das mais violentas desigualdades e arbitrariedades, algures para o oriente, as
ideologias, fruto de um barbarismo radical, impõem-se coesas, dominadoras e expansivas. A cultura, derrubados muros e erguidos outros, soergue-se paradoxalmente estuante de vitalidade. Tudo isto parece um contra senso? Talvez
estes três conceitos, no espaço de uma crónica, sejam ou pareçam ser tão redutores como antagónicos, mas ficam como ponto de partida para uma reflexão: a economia na sua insanidade acessória a mostrar a peanha de barro sustentatória, enquanto a convicta e cegante ideologia e a frágil cultura, com os seus fundamentalismos, libertas ou repletas de opressões, ora são lava ardente, ora continente que estremece com a ebulição do seu conteúdo. Ofuscados pelo ouro e recobertos pela camada espessa que os que não querem ver põem no objecto à vista, ignorar a latente erupção é postura de néscios.
3. Fahrenheit 451 é um romance de Ray Bradbury em cujo enredo são proibidos todos os livros (451 é a temperatura, em graus Fahrenheit, a que o papel incendeia, equivalente a 233 graus centígrados), todas as opiniões próprias e todo o pensamento crítico. A síntese da versão espanhola da Plaza & Janés: Fahrenheit 451 oferece-nos a história de um sombrio e horroroso futuro. Montag, o protagonista, pertence a uma estranha brigada de bombeiros cuja missão, paradoxalmente, não é a de dominar incêndios mas antes a de os provocar, para queimar livros. Porque no país de Montag foi terminantemente proibido ler. Porque ler obriga a pensar e no país de Montag foi proibido pensar. Porque ler impede de ser ingenuamente feliz, e no país de Montag há que ser feliz à força… 4. O problema dos ditadores é
que, mesmo que porventura conseguissem queimar todos os livros físicos, continuar-lhes-ia vedado o acesso a outros livros: os que estão na mente. Continua para mim um mistério o porquê desta nossa tendência humana para decorarmos livros, em particular os poemas. Recordo a história contada por Alberto Manguel (Uma história da leitura. Presença) de um famoso erudito que sabia de cor muitos dos clássicos e, durante o tempo que passara no campo de concentração alemão de Sachsenhausen, se oferecera como uma espécie de biblioteca para os seus camaradas lerem. É o que acontece igualmente no final de Fahrenheit 451: os livros não existem em papel, mas na mente. Nota: pode concordar ou discordar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/ livre-elivro/)
XXII. Livre e livro 1. Pergunta-me um amigo, o meu melhor amigo, se o étimo de livro é o mesmo de liberdade. A pergunta faz sentido: nós, os que aprendemos umas coisas de latim, sabemos que, ao livro, os romanos chamavam liber — e um homem livre era “igualmente” liber. Contudo, só aparentemente é o mesmo liber. Na verdade, trata-se de dois liber… diferentes. Digamos, homónimos: a) o li b e r étimo de livro designa a entrecasca — a película que se encontra entre a madeira e a casca exterior — sobre a qual se escrevia, antes da descoberta do papiro (o nome manteve-se, depois de
se deixar de escrever aí); o outro liber, o que dará origem à libertas latina e à nossa liberdade, é adjetivo e tem o significado de aquele (pessoas, cidades, povos) ou aquilo (coisas ou abstrações) que é livre. b) os dois liber ”confundem-se” apenas no nominativo (e nominativo masculino, no caso do adjetivo: o feminino é libera); basta atendermos ao genitivo e as confusões desfazem-se: libri, no caso do étimo de livro — liberi, no caso do adjetivo. 2. Bem… resta-nos a hipótese de ligarmos o livro e a liberdade através da ficção… etimológica. Ou da não-ficção histórica: não faltam exemplos ilustrativos das ameaças que o livro constitui para as ditaduras. Para só dar um exemplo, pela negativa, recorde-se o Índex (suprimido pelo Papa Paulo VI em 1966), a lista pública das obras declaradas pela Igreja como contrárias às verdades da fé e que os fiéis estavam proibidos de ler.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
números
estrelas
15%
É o desconto que o estado passou a fazer nas portagens das antigas SCUT.
Grupo “Trabalho de Professores na Comunidade”
Visabeira Turismo
A festa de “Os Melhores Anos” instalou-se como um evento anual que já vai na 16ª edição. Desta feita, associa um projeto solidário apoiando crianças e jovens com doenças graves.
Importa-se de responder?
Um grupo de professoras sem colocação, desempregadas, reúne-se semanalmente em Viseu com projetos vários, entre eles o de conseguir algum dinheiro através da realização de atividades conjuntas que contribuam para uma sociedade mais solidária.
O dia 5 de outubro é um feriado em Portugal onde se comemora a Implantação da República Portuguesa, devido a um golpe de estado pelo partido republicano português. Anteriormente a esta data, Portugal era regido por uma monarquia ao que seguiu o regime republicano. Com esta implantação nasceu um novo hino e uma nova bandeira nacional.
Filipa Silva
Orlando Paz
Técnica de Vendas
Administrativo/Oficial de Justiça
Para mim o 5 de outubro é o dia que marca o início do processo democrático em Portugal e o nascimento de novas ideias e formas de pensar. Uma das grandes medidas políticas foi a separação da Igreja e do Estado. Na altura num país tradicionalmente religioso, dividiu-se o povo e os intelectuais. Digamos que a República começou em beleza.
O 5 de outubro marca a Implantação da República, termina a monarquia, o poder da igreja, a ditadura e a incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e de adaptação à modernidade. Nos dias de hoje, o 5 de outubro, significa os nossos direitos enquanto cidadãos.
João Simão
Ana Paula Rocha
Actor/Professor de Expressão Dramática
Técnica de Saúde Ambiental
Marta Almeida marta92almeida@gmail.com
Preocupada com a grave situação do país, apresenta um vasto conjunto de medidas visando o crescimento económico e a implementação de melhores práticas governativas.
O que significa para si o 5 de outubro? O 5 de outubro é uma data muito importante para todos os portugueses devido à implantação da República, visto que anteriormente eramos governados pela monarquia. A 5 de outubro de 1910 juntaram-se grupos de cidadãos portugueses partidários, de um sistema de governo republicano, revoltaram-se e acabaram por conseguir terminar com a monarquia e implantar a República.
Opinião
AIRV
De algures, a miséria Viseu, Mangualde e muitas outras localidades do distrito vêem aparecer um novo rosto da miséria: os pedintes oriundos de alguns estados desmembrados do ex-leste totalitário. São na sua maioria romenos. E quando falo na Roménia só me ocorrem, na minha ignorância, dois nomes: o de um ditador de má memória, Nicolae Ceausescu e o de uma ginasta de gabarito mundial, Nadia Comaneci. Os pedintes romenos fogem da miséria do seu país. Clandestinamente acolhidos em Portugal, agregados numa malha para nós incompreensí-
vel de uma organização e hierarquização tenebrosas, fechados na sua “cultura” inabordável, na sua língua estranha e porém com raízes afins do português, nas suas vestes usadas no final do século XIX, os pedintes romenos, ou melhor, as pedintes romenas, porque os homens são invisíveis, estendem a mão à caridade, de forma meticulosa e disciplinada. Estão sentadas no chão, lenço na cabeça, filho de tenra idade ao colo, seguro com o braço esquerdo (o do coração?) e mão direita estendida à caridade de quem passa, sai ou entra, à porta de cafés, restaurantes e igrejas, às horas de culto. Supostamente di-
reccionadas para a fartura e para a fé, dois pontos que fragilizam os fartos e os crentes, entoam uma lengalenga indecifrável, quase um carpido choro, olhos tristes, mão em concha. De noite somem-se sabe-se lá onde, em tugúrios encobertos, inacessíveis ao olhar do comum mortal, num intrigante sub-mundo, que existe mas
não se vê. Uma realidade quase irreal, evidenciadora de uma brutal exclusão, clandestinidade, miséria e crime. Como deve uma sociedade justa e solidária lidar com esta verdade? Fingindo que não existe e ignorando-a, deixando no côncavo da mão os 50 cêntimos da boa consciência? Ou tomar medidas de fundo e identificadoras da situação e propiciadoras de uma eventual inclusão? É que os “problemas sociais” não deixam de existir porque fingimos não os ver. Pelo contrário, potenciam-se e desmesuram-se à margem de todos nós e contra nós.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
“Por qué no te callas?” O tal ministro-sombra e conselheiro-iluminado do Estado, António Borges, ex-FMI, confidencial e decerto principescamente pago por Passos Coelho para vociferar “bitaites”, de cada vez que abre a boca só regurgita estranho fel, como ainda há dias, ao alardear que os portugueses precisavam de novos cortes salariais porque estavam a ganhar de mais, esquecendo-se de referir as centenas de milhares de euros sem imposto que arrecada de quem o contratou, pagos pelo contribuinte contra quem arrota, sem nenhuma pedagogia formativa, apenas porque está com azia, não tem bicarbonato à mão e é insensato. Agora, num seminário para ilustrar os crentes, esse farol do neo liberalismo desenfreado referiu que os empresários nacionais, ao criticarem a TSU, mostraram ser uns
“ignorantes”, ferroando ainda com arrogância pseudo-académica, que “não passariam do 1º ano do meu curso na faculdade”. Claro está que de seguida, o presidente da CIP retorquiu que o sr. Borges “não integraria nunca os quadros de nenhuma empresa, porque não passaria sequer da entrevista com os recursos humanos…“ E acrescentou: “Já nos bastam os pirómanos que andam a incendiar a situação portuguesa, para ainda termos outros que esperávamos que fossem os bombeiros, que, afinal, também são incendiários.” Parecem comadres... Danoso é porém o efeito de boomerang que tais fanfarronices têm sobre o governo por esta personagem aconselhado. Ou então, é deixarem-no falar, pois há quem agradeça... Sobre o senhor ministro Miguel Macedo reza assim, estranhamen-
te, na Wikipédia, do Google: ” É militante do PSD desde jovem, Miguel Macedo foi dirigente da JSD. Desde muito jovem teve o objectivo de se tornar uma cigarra e poder assim viver à custa das formigas.” Este governante veio a Campia, Vouzela, contar uma fábula de La Fontaine, numa elucidativa e clara prova do moralizante e educativo discurso de um estadista com discutível sentido de oportunidade e conveniência, no que apodou de “pedagogia para os tempos difíceis”. Segundo o dito e grosso modo, os portugueses e principalmente se atendermos à geografia local, os da zona centro, serão cigarras muito cantadeiras no verão e esfomeadas no inverno, enquanto os governantes, coitados, serão formigas laboriosas que labutam durante todo o ano para terem o celeiro a abarrotar. Bom, isto
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A pergunta que nos assola imediatamente quando ouvimos falar em exploração petrolífera em Portugal é: Vamos ter combustíveis mais baratos? A resposta a esta pergunta cabe ao Governo, pois o custo dependerá exclusivamente da política energética adoptada por este. Nalguns países europeus produtores os custos continuam elevados, como na Noruega e no Reino Unido, mas estes também são países com diferentes realidades económicas. No nosso caso teria de se definir uma redução da carga fiscal so-
Gerência Pedro Santiago
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Opinião
Custos do sossego É de muito longe a preocupação social com a questão do Sossego, aliada indefectivelmente, ao mais alargado conceito de Segurança. São constantes as aproximações que os realizadores de cinema fazem aos temas de justiça, com julgamentos em directo, por ser apreciado pelas pessoas, de uma forma genérica. O mesmo esquema utilizam os jornalistas para cativar a atenção de quem compra os jornais aos seus patrões (e sobre esta questão dos patrões dos jornais muito haveria a dizer!). De facto, a génese do Direito e a criação dos normativos legais que sustentam as sociedades, bem como o inerente tecido judicial são tomados como primordiais e de substituição impossível, interessando, sobrema-
neira, a todos. A democratização que, utopicamente, se pretendeu transversal, moldou a ideia de que a severidade do enquadramento punitivo/penal legal era tendencialmente autista em razão dos percursos de vida das pessoas com comportamentos desviados e o nexo de causalidade, pretensamente marcante e determinante, com os seus efeitos. Assim, um qualquer miúdo oriundo de uma das minorias que nos são tão conhecidas, tem, à partida, em função do seu nascimento, uma clemência de cariz social/legal, adveniente do facto de ser nada e criada num ambiente propiciador de desvios, de forma natural. «Coitadinha da criancinha, que não tem culpa de ter nascido
onde nasceu», é uma constante que se ouve a cada momento. Tudo se perdoa a quem não tem educação, nem princípios, nem moral, nem nenhuma das coisas que, por necessidade, ditaram o nascimento do Direito. Há uma descriminação em tudo isto. Mas, no meu magro entender, de sentido negativo. Quem for educado está a contas com a justiça porque, pretensamente, tem obrigações que os “jovens”, como lhe chamam os media (não é correcto chamar os boi(y)s pelos nomes), não têm. Neste contexto de permissividade admissível foi criada uma figura jurídica a que se deu o nome de formigueiro. Pretende-se com ela enquadrar os delitos que surgem por incapacidade
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seria sempre um desaforo, se não fosse apenas uma cínica comparação… Pode-se pôr em causa a produtividade de alguns portugueses, é certo, mas devemos, antes, questionar-nos acerca da improdutividade dos ministros dos últimos governos, face aos resultados calamitosos das suas políticas. Porém, é lícito aceitar-se a outra parte da fábula: a da fome dos governados e a da fartura dos governantes. E aí, sim, seria muito adequadamente pedagógico… Que se saiba, as avocadas formigas, se muito trabalham e a aferir pelos resultados obtidos, de nula eficácia e duvidoso alcance, mais não têm que contribuído para afundar o país num défice interminável e numa miséria palpável, há décadas não vista. O ministro cometeu um erro de casting. Trocou os figurantes. As cigarras são afinal os responsáveis que estão a naufragar a “jangada de pedra” nos abismos insondáveis de um “mar sem fim”, nem fundo.
bre os combustíveis, que no presente se cifra em 53% para a gasolina e 47% para o gasóleo, outra alternativa seria subsidia-los permitindo assim o abaixamento dos preços, sendo o que se passa actualmente na Arábia Saudita, em que apesar de serem subsidiados não são efectivamente taxados. Mas para já o importante é abrir mão à sua pesquisa e prospecção, apesar de implicar pouco rendimento ao estado, algo entre 30 e 200 euros anuais por quilómetro quadrado, mais importante é o emprego que o processo gera e as atenções a nível mundial por parte de investidores e petrolíferas. No
de controlar impulsos que tendam para o desvio de comportamento exigível. É o caso de quem, em estado de fome e ao passar por uma banca ou expositor, não resiste ao deitar a mão e subtrair ao legítimo dono um qualquer artigo de primeira necessidade, como por exemplo uma peça de fruta ou “seis chocolates”. E chegados ao “seis chocolates” atingese o cerne de uma notícia veiculada há dias em primeiras páginas de jornais e em abertura de telejornais, que dava conta que o julgamento de um indivíduo que furtou seis chocolates teria custado ao erário público cerca de mil euros. Confesso que pasmei, incrédulo, a ver os contornos que deram ao noticiado. As questões de justiça, de facto, são empolgantes. Até porque cada vez mais se percebe menos o que siginifica
caso da descoberta e da sua exploração, o encaixe para os cofres estatais rondaria os 9 por cento da receita por barril de crude, uma receita extraordinária e nova que acabava por nos folgar a todos, além dos impostos sobre os lucros de produção que seriam cobrados às petrolíferas. O petróleo é das espécies mais omnipresentes no nosso dia-a-dia, não é só combustíveis apesar de essa ser a imagem mais vulgar, ele está presente em tudo o que usamos e fazemos, não conseguíamos passar um dia sem petróleo mesmo que o tentássemos, a lista de produtos com origem na indústria petroquími-
Justiça. Acredito que haja pessoas a achar que alguns casos não devem ir a tribunal. Estamos todos a pagar para que quem não aceita as normas da sociedade, as infringe permanentemente e com o beneplácito dos juízes e da legislação que aplicam. Umas mangueiradas ao correr do lombo seriam mais eficazes e protectoras dos interesses de cada um e de todos, em geral, do que a justiça que temos visto ser aplicada. Mais
ca é quase infindável: todo o tipo de plásticos, remédios sintéticos, fertilizantes, herbicidas e pesticidas, champôs, cremes de barbear, desodorizantes, cortinas para chuveiros, pasta de dentes, próteses dentárias, lentes de contacto, armações para óculos, batom de lábios, fraldas descartáveis, materiais impermeáveis como o goretex, solas para sapatos, o asfalto das estradas, frigideiras antiaderentes, cartões multibanco, computadores e periféricos, telefones e telemóveis, CD´s, DVD´s, bolas de golfe, pensos rápidos, cola, pacemakers, meias de vidro para senhora, e etc. e etc.. Como
barata, mais tempestiva, mais directa, mais eficiente e, claro, mais eficaz, traria aquilo que a dita justiça dos tribunais nega à sociedade que a criou. O homem que, por formigueiro, por gula ou por desprezo de terceiros, furtou os ditos chocolates ficounos caro. A justiça é cara! Nem é equilibrada, nem equitativa, nem é transversal, nem é tempestiva, nem é eficiente, nem é eficaz, nem é…justiça. De forma nenhuma poderemos passar sem ela. Mas de outra Justiça. A que vai no encalço de quem nos rouba. Nos bancos, nos hospitais, nas farmácias, no parlamento, nos ministérios, nas secretarias de estado,…nos tribunais. A que põe os presos a ganhar o que comem, bebem e gastam. A que julga democraticamente (coisa perdida há décadas, com o aparecimento da democracia)punindo sem olhar
se depreende de tudo isto, na sua ausência o mundo parava! Resta-nos então almejar uma consciência de futuro sustentável, compensar progressivamente a exagerada dependência com políticas energéticas alternativas, como as renováveis ou a nuclear, minimizar os impactos ambientais da sua excessiva utilização, prepararmonos para um declínio produtivo que se prevê ainda para este século. Gostava de ver Portugal a ser um bom exemplo neste processo de gestão energéticoambiental, tem os meios, os recursos e pessoas habilitadas capazes, espero que tenha a coragem. (continua)
a hierarquias, a capital acumulado, a vedetismo, a sociedades secretas, a minorias teimosas, a membros de governos, a juízes, etc. Sossego e segurança mesclam-se, complementam-se, interagem e vivem numa relação simbiótica em que os altos e os baixos se lhes manifestam numa proporção funcional tendencialmente semelhante. Se queremos sossego/segurança, teremos de os pagar. Com dinheiro, com trabalho, com coragem, com determinação e, sobretudo, com a alma prenhe do espírito que nos manteve coesos e unos como Nação numa Pátria que, de novo, está ameaçada de morte. Já está visto que há coisas que não funcionam. Mudemo-las. Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
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abertura
textos ∑ Emília Amaral fotos ∑ Nuno André Ferreira
O que dizem os empresários
João Cotta Presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV)
Esta medida vai favorecer a deslocalização das empresas e dos cidadãos
Viseu vai ser palco de encontro inédito para debater as portagens Viseu recebe dia 8 de dezembro o fórum “Em Defesa do Interior. Pôr Fim às Portagens”, organizado pela Comissão de Utentes Contra as Portagens na A 25 , A24 e na A23. O por ta-voz da co missão de utentes, Francisco Almeida está convencido que “ va i ser o maior encontro de sempre” pa ra de bater a problemática. Nesta iniciativa que assinala o primeiro ano de introdução de portagens na A 25 , A 24 e A 23 , vão estar outras com i ssões cont ra a s portagens de Portugal e de Espanha, autarcas, associações industriais e comerciais, empresas e especialistas na área de mobilidade e transportes. “Nós queremos lá to d a a ge n te ”, de s a fiou Francisco Almeida. Numa conferência de imprensa realizada numa área de serviço
da A 25 defendeu que “as ações de luta não são para que o Governo prolongue as isenções. Só há u ma maneira de resolver este conflito entre o Governo, as populações e as empresas desta região: acabar com as portagens”. Fra ncisco A l meida apelou aos habitantes que não desistam, lembra ndo que “e st ão a ser roubados todos os dias quando se deslocam nestas autoestradas” e que existem empresas cuja subsistência está a ser colocada em causa. “ É m u ito pr ov áve l que seja difícil acabar com as portagens nas autoestradas. É de certeza muito difícil, mas não é impossível”, frisou. O anúncio de um conjunto de ações de protesto ocorreu no dia em que o Governo anunciou que toda a gente
passava a pagar nas exSCUT e que iria baixar as tarifas em 15 % a partir de 1 de outubro, data em que terminaram as isenções mensais para os ut i l i zadores residentes. O Governo baixou as tarifas em 15% para todos os utilizadores. As empresas transportadoras continuarão a beneficiar de um desconto adicional de 10 % nas passagens, durante o dia, e de 25 %, à noite. P a r a o m ov i m e n to Empresários pela Subsistência do Interior “era a peça que faltava para acabar com o interior”, comentou o porta-voz Luís Veiga, acrescentando que se trata de “uma falta de sensibilidade do Governo” para com a região. A comissão de utentes fez as contas e anunciou que há um agravamento de 24 % no pagamento das por-
tagens. “Uma pessoa de Viseu que viaje quotidianamente tinha antes um desconto de 36,25% e agora passa a ter de 15%. Se estivermos a falar de uma empresa em que a sua viatura faça um determinado número de viagens por mês pode sofrer um agravamento de 85%”, denunciou o porta-voz da comissão de utentes. A primeira ação de protesto aconteceu na segunda-feira com um buzinão na cidade da Guarda. Na ocasião a comissão insistiu que “o pagamento de portagens não é suportável pelos cidadãos e empresas dos distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco e Vila Real” e considerou que a medida “agrava o empobrecimento” dos que vivem a trabalham na região, “afeta a atividade económica” e “afasta” turistas e visitantes.
Jorge Lemos Empresário do setor dos transportes
Não é possível passar mais custos para o exportador
As portagens vão agravar a vida das empresas e dos cidadãos, em particular os que vivem no interior. Os sucessivos governos têm agravado as assimetrias nacionais e este Governo continua esta tarefa. Portugal está a fazer tudo para repelir o investimento e os cidadãos. Esta medida vai favorecer a deslocalização das empresas e dos cidadãos e encarecer as importações e as exportações. Ninguém vem para Portugal porque nos tornámos um país hostil ao investimento, às empresa e aos cidadãos. Para as empresas exportadoras este será um custo adicional e um convite para saírem. Para as empresas que vivem apenas no mercado nacional, além da redução das vendas, além da dificuldade em cobrarem, além da dificuldade do financiamento, além dos aumentos dos combustíveis e da energia têm mais um fator que não controlam e que vem agravar a sua tesouraria asfixiada. Em resumo o Estado poderá arrecadar alguma receita mas de forma direta e indireta vai perder muito mais. As empresas portuguesas estão a deixar de ser competitivas lá fora, porque os preços dispararam e um dos motivos é o custo do transporte. Nós somos obrigados a aplicar ao cliente os custos das portagens, do aumento dos combustíveis, etc. e o preço das mercadorias portuguesas está a aumentar. Ao subirem o preço deixaram de ser competitivas lá fora. Acredito que as empresas estejam a perder clientes, porque há alguma dificuldade das empresas de transporte terem serviço no estrangeiro. Dou um exemplo de um setor em que o custo do transporte é superior ao valor da mercadoria: o caso do granito. Deixaram de se vender milhares de toneladas do chamado paralelo português, porque os custos de transporte são incomportáveis, ou seja, os franceses preferem comprar aos chineses. Não é possível passar mais custos para o exportador.
PORTAGENS | ABERTURA 7
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
Que comentário lhe merece a decisão de baixar as tarifas em 15%?
José Junqueiro, Elza Pais, Acácio Pinto (PS)
Pedro Alves (PSD) Deputado eleito por Viseu
Deputados eleitos por Viseu
“A universalização do pagamento de portagens nas A24 e A25 é altamente lesivo para os cidadãos e para as empresas do distrito de Viseu, mas também para a economia portuguesa e para e coesão territorial”, revela um documento entregue na quarta-feira na Assembleia da República com uma pergunta ao ministro da Economia e do Emprego: “O PS sempre se opôs às portagens destas vias enquanto não existissem alternativas ou o desenvolvimento económico não fosse equivalente ao todo nacional. O PS só cedeu, e ainda assim com isenções e descontos para os residentes, uma vez que estava em situação minoritária no parlamento. Está o Governo disponível para rever esta medida altamente lesiva para os cidadãos e para as empresas do distrito de Viseu e para a economia portuguesa”.
Hélder Amaral (CDS-PP) Deputado eleito por Viseu
“Independentemente de preferimos que as isenções prevalecessem para o interior, a redução é melhor que nada. É o fim da ilusão, não há almoços nem jantares grátis. É sempre bom lembrar que o processo de introdução de portagens nas antigas autoestradas Sem Custos para o Utilizador (SCUT) é um processo que vem do anterior Governo [do PS] e que, face à situação do país, foi necessário continuar”.
“É evidente que não sendo possíveis as isenções regionais e as isenções para residentes – que seria o modelo ideal – este modelo encontrado pelo Governo, no momento atual, nas condições em que o país vive, é de louvar e é de aproveitar, porque todos os utentes terão 15% de desconto e as empresas de transportes passam a ter descontos de 25% – o que é razoável. Este modelo merece, da parte do CDS, um forte aplauso, porque é razoável e preenche aquele princípio de transformar as autoestradas em algo competitivo: quem utiliza mais, paga menos, no sentido de captar tráfego, já que as autoestradas têm perdido imenso tráfego”.
Francisco Lopes (PSD) Presidente da Câmara de Lamego (concelho atravessado pela A24)
“É um bom princípio. Havendo dúvidas de legalidade das isenções, face à legislação europeia, esta descida dos valores das portagens, procurando adaptá-los ao custo das autoestradas portajadas e ao poder de compra dos cidadãos residentes, é um passo no caminho certo, contudo ainda muito insuficiente. Obviamente que trás prejuízos para as empresas e cidadãos que têm que trocar uma isenta de 10 viagens por uma redução de preço de 15%, o que rabula em menor benéfico. Os autarcas já fizeram ouvir o seu protesto. O problema é que o governo precisa do dinheiro das portagens par equilibrar o custo elevado de construção de algumas destas novas estradas construídas sob o regime de SCUT. Acho que estamos todos consciencializados de que a única solução viável é a aplicação do princípio do utilizador pagador”.
“O Estado começou a perder dinheiro nestas autoestradas desde que começou a introduzir portagens” Para a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 a manutenção destas portagens “é já quase um caso de teimosia e de parvoíce política”, atendendo aos estudos conhecidos. Francisco Almeida citou uma “uma conhecida consultora financeira (Ernst & Young) para demonstrar que o Estado começou a perder dinheiro com estas autoestradas desde que introduziu as portagens. “Em cada oito euros que alguém paga, só um vai para a Estradas de Portugal, o resto vai para as concessionárias”, lamentou o porta-voz. Numa Parceria Público Privada (PPP) bem feita o Estado e as empresas devem dividir tanto os riscos como os lucros dos projetos. Segundo a consultora, numa notícia avançada pela TVI, foram detetados pelo menos 732 milhões de “benefícios sombra” para os privados em sete PPP lançadas como SCUT, autoestradas sem custos para o utilizador que entretanto já foram portajadas. Neste fenómeno de distribuição de dividendos antes do previsto, a Ernst & Young detetou por exemplo 104 milhões de euros de “benefícios sombra” para os acionistas privados da PPP Interior Norte da autoestrada Viseu/Chaves (A24), porque os encargos financeiros reais foram inferiores ao previsto no contrato inicial. Publicidade
João Azevedo (PS) Presidente da Câmara de Mangualde (concelho atravessado pela A25)
“O interior, nomeadamente o concelho de Mangualde vão ser prejudicados, o que passa a haver são portagens mais baratas. Deixou de haver discriminação positiva. Quem está aqui e não tem estradas alternativas é colocado no mesmo nível do resto do país. É preciso lembrar que não temos alternativas, as nossas estradas começam a ficar com um grau de degradação enorme e as autarquias não têm condições financeiras para as reparar, já o disse a quem de direito”.
Telmo Antunes (PSD) Presidente da Câmara de Vouzela (concelho atravessado pela A25)
“Não vai ter efeitos práticos. Compreendo que o Governo tenha querido fazer uma discriminação positiva, mas é um sinal muito pequeno, deveria ir mais longe nos descontos, até porque as portagens [nas ex-SCUT] já eram mais caras do que em outras autoestradas do país. Depois, o concelho não tem alternativas. Um automobilista de Campia demora 25 minutos a chegar a Viseu pela A25 e 50 minutos pela Estrada Nacional 16. O Governo tem que fazer muito bem as contas e comparar qual a percentagem de utilizadores nesta autoestrada (A25) antes de introduzir portagens e qual a percentagem de utilizadores atualmente, mais os custos acrescidos nas estradas nacionais. O IP5, por exemplo, é hoje um problema enorme”.
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textos ∑ Tiago Virgílio Pereira fotografias ∑ Arquivo
à conversa
(A)Fundações à vista... Serão 40 as fundações que, a cumprir-se a proposta elaborada pelo Governo, vão ter de ser extintas, sendo as suas competências, se for o caso, transferidas para outras entidades do Estado central. O Executivo não adiantou o número de trabalhadores que poderão estar envolvidos, mas não estão excluídos despedimentos. A maioria PSD/CDS-PP aprovou n a genera l idade a proposta de lei para a extinção preventiva das fundações públicas, com os votos contra do PS e a abstenção do PCP, BE e PEV. Segundo o Diário de Notícias, durante a discussão em plenário do diploma, que visa fazer um censo do número de fundações públicas de direito público e privado e de fundações privadas que detêm património ou recebem dinheiro do Estado, o secretário de Estado da Administração Pública garantiu que as fundações com “trabalho
qualitativo” na área social e no ensino superior estão salvaguardadas na extinção preventiva. O caráter preventivo das extinções pode ter o mesmo resultado daquele que se verificou nas autarquias, ou seja, nenhum. Para já, o Jornal do Centro falou com os responsáveis de algumas fundações do distrito de Viseu. Para uns, o corte nas verbas nem se sente, usando a fórmula simples da matemática que diz que qualquer coisa multiplicada por zero dá zero. Para outros o fim do subsídio não significa o fim da fundação, mas as ações realizadas pela fundação dinamizam e incentivam o turismo, nos concelhos em que estão inseridas. Num país em que o futuro é cada vez mais incerto, todos acham que a cortar nas fundações ao menos que fosse naquelas que todos os meses “açambarcam” milhões ao Estado e por consequência aos contribuintes. Resultado, é esperar para ver.
Fundação Abel Lacerda Situa-se na freguesia de Guardão, concelho de Tondela, distrito de Viseu Presidente: Tiago Patrício Gouveia
Fundação Rodrigues Silveira Situa-se no concelho de Moimenta da Beira, distrito de Viseu
Ano da fundação: 1958 Categoria: Cultura e Lazer - Monumentos e Museus Propriedade: Museu de arte e automóveis
Diretor-geral: João Chiquilho
Extinção total dos apoios estatais.
Ano da fundação: 1987
Foi com “enorme surpresa” que Tiago Patrício Gouveia, presidente da Fundação
Categoria: Social
Abel Lacerda, recebeu a notícia do corte total, apesar de preventivo, dos apoios
Propriedade: Instituto de Formação e Educação Cooperativa
do Estado à Fundação. “Recentemente, um estudo considerou a Fundação Abel Lacerda como a terceira melhor de Portugal e a forma que o Estado encontrou para
Sofreu um corte de 30 por cento dos apoios financeiros públicos.
premiar o excelente resultado foi com o corte total dos apoios. Em algumas das
Para João Chiquilho, “30 por cento de zero dá zero”, por isso não está preocupado
fundações que ficaram pior classificadas, o Estado continua a dar tudo”, referiu.
com o corte. “Nunca recebemos nada do Estado, enquanto Fundação. Vem de lá
Tiago Gouveia explicou ainda que “os apoios que a Fundação recebe são dados pela
uma verba de cerca de 100 mil euros que corresponde a uma ajuda como qualquer
Câmara Municipal de Tondela logo, não cabe ao Estado fazer esses cortes”.
agricultor tem”, explicou. Segundo o diretor-geral, “a Fundação Rodrigues Silveira
A Fundação Abel Lacerda é financiada com cerca de 50 mil euros/ano. O apoio é
não tem qualquer benefício, paga as contribuições como qualquer empresa”. Na
dado para a realização de atividades específicas e pontuais, “se não realizarmos
génese da Fundação estiveram três entidades envolvidas que decidiram, pelos
nenhuma atividade não nos é dado dinheiro algum”, referiu. O presidente da
estatutos, entregar todos os bens ao Estado, em situação de extinção. Os obje-
Fundação apelidou o corte de “cego e sem nexo” e lembrou os “400 milhões de
tivos da Fundação Rodrigues Silveira passam pelo reforço da componente social
euros que o Estado dá à Fundação Magalhães”. “As pessoas que realizaram o
a idosos e crianças e o apoio cultural (rancho s e grupos desportivos).
estudo (contabilistas) não mediram o impacto das fundações na região em que estão inseridas”, concluiu.
O FUTURO DAS FUNDAÇÕES | À CONVERSA 9
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Fundação Aquilino Ribeiro Situa-se na freguesia de Soutosa, concelho de Moimenta da Beira, distrito de Viseu Presidente: Até Fevereiro de 2010, esta instituição tinha como presidente do conselho de administração a nora do autor, Maria Josefa Campos, que deixou o lugar vago após a sua morte. Agora, as três autarquias onde o autor de “A Via Sinuosa” deixou marcas - Vila Nova de Paiva, Sernancelhe e Moimenta da Beira - assumem a gestão partilhada da fundação. Atualmente, o presidente é o edil de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira Ano da fundação: 1988 Categoria: Cultura Propriedade: Casa Museu e Biblioteca A Fundação Aquilino Ribeiro não sofreu qualquer corte porque não tem apoio do Estado. Os meios de subsistência proveem dos bens da Fundação.
José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, comentou, no geral, a atuação do Governo dizendo que, “há boas e más fundações, como de resto acontece um todas as áreas, e que o Estado deve realizar uma avaliação criteriosa para não cair no erro de extinguir fundações relevantes e eficazes em causas socias e culturais”.
Fundação Mariana Seixas Situa-se em Ranhados, Viseu Sócios gerentes: Carlos Amaral, José Costa, Jorge Felgar e Joaquim Moura Ano da fundação: 1981 Categoria: Serviços de apoio e assistência, serviços complementares de apoio, prestação de serviços e formação em diversas áreas Propriedade: ATL, bercário, infantário e centros de dia Não sofreu cortes do Estado.
Segundo a gerência da Fundação Mariana Seixas, “é certo que o Estado não vai cortar as comparticipações”. A Mariana Seixas é simultaneamente uma Fundação e IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social). O Estado não comparticipa diretamente com verbas mas sim com comparticipações que dependem do número de crianças e idosos, atualmente 150 e 80, respetivamente. A gerência concorda com a extinção “das fundações mal geridas e com prejuízo” ao passo que as “que trabalhem bem devem ser apoiadas para continuar”.
Fundação Joaquim dos Santos Situa-se em Torredeita, Viseu Presidente: Arcides Baptista Simões Ano da fundação: 1967 Categoria: Desenvolver soluções criativas e sustentáveis de educação, ciências,
cultura e proteção social Propriedade: Escola Profissional, jardim-de-infância, ATL, lar, ecomuseu, planetário,
unidade de cuidados continuados integrados Aguarda apreciação por parte do Estado.
A Fundação Joaquim dos Santos, clássica e de direito privado, está integrada numa IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social). Segundo Arcides Simões, “o Estado não dá nada diretamente e não interfere com a Fundação, há protocolos que são celebrados com a Segurança Social e a Escola Profissional, por exemplo”. Para o comendador de 83 anos, “todas as Fundações devem prestar um trabalho sério e em regime de voluntariado, o problema é que se perdeu esta essência e por isso temos o país mergulhado na miséria”.
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região
Os três projetos de lei apresentados pelo Bloco de Esquerda (BE), PCP e “Os Verdes” que pretendiam assegurar indemnizações por doença profissional aos ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU) foram rejeitados com os votos contra do PSD e CDS-PP, a abstenção do PS e os votos a favor do PCP, BE, Verdes e 13 deputados do do Partido Socialista, entre eles, Acácio Pinto e Elsa Pais eleitos por Viseu. O deputado José Junqueiro não participou na votação por se encontrar numa missão em Bruxelas, mas mostrouse solidário com os colegas de Viseu. Na sua intervenção, a deputada do BE Mariana Aiveca sublinhou que “desde 1995 que estes ex-trabalhadores lutam pelo reconhecimento daquilo que foram os impactos que tiveram na suas vidas e na sua saúde a exposição ao urânio”. Afirmando que em 2010 foram aprovados um conjunto de projetos de lei que vieram “repor justiça a estes trabalhadores”, a deputada sublinhou que, “de fora, ficou o reconhecimento ao direito de uma indemnização por doença profissional”, o que “não é admissível”. Por seu lado, o deputado Miguel Tiago, do PCP acusou o PS de “tudo ter feito” para “bloquear” as conquistas que os ex-trabalhadores conseguiram nos últimos anos e frisou que o PSD e o CDS “se uniram para bloquear acesso às indemnizações”. Manuel Tiago lembrou aos deputados que “centenas de pessoas e suas famílias entregaram ao Estado português anos de trabalho da sua vida e tiveram contacto com material radioativo”. “O que está em causa não é mandar estas questões para os tribunais.
É garantir com clareza na lei que as doenças que podem decorrer comprovadamente de trabalho na mina possam ser reconhecidas” e que daí decorram consequências. Pelos Verdes, a deputada Heloísa Apolónia disse que o que está em causa é uma “questão de elementar justiça que ainda está de fora da lei: as indemnizações no caso de ser diagnosticada uma doença profissional a estas pessoas que estiveram sujeitas à radioatividade”. Do lado do PS, o deputado Acácio Pinto (Viseu) disse que o partido “continua a ter profunda convicção que os direitos dos trabalhadores se encontram, com as alterações de 2010, salvaguardados no que toca à reparação de danos emergentes às doenças profissionais”. Por isso, o PS decidiu “não viabilizar” as propostas do BE, PCP e Verdes. O deputado João Figueiredo (Viseu), do PSD, disse que falta nos projetos de lei em debate algum rigor quanto ao processo indemnizatório, pelo que o seu grupo parlamentar irá “apresentar projeto de resolução que recomenda ao Governo que avalie o impacto financeiro desta medida e um conjunto de critérios justos e equitativos que permitam avaliar a sua possível aplicabilidade”. Do lado do CDS-PP, o deputado Hélder Amaral considerou que existem atualmente mecanismos legais que permitem defender os ex-trabalhadores da ENU, pelo que não há necessidade de nova legislação nesse sentido. Contudo, adiantou que o CDS-PP vai votar favoravelmente no projeto de resolução apresentado pelo PSD. EA/Lusa
Nuno André Ferreira
Minas: Deputados do PS votam favoravelmente projetos chumbados
Seguro critica Governo e António Borges Mangualde∑ Na reunião da Comissão Nacional do PS aprovaram-se regulamentos internos Durante a reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista (PS), que decorreu em Mangualde, António José Seguro criticou as declarações feitas por António Borges, consultor do Governo, e do primeiro-ministro. “Tenho muitas dúvidas se eles [Passos Coelho e António Borges] perceberam qual foi a lição que os portugueses lhes deram com a manifestação do dia 15 de setembro e com todas as iniciativas que foram tomadas para evitar que a Taxa Social Única (TSU) entrasse em vigor”, referiu. António José Seguro admitiu que lhe custou a acreditar que António Borges tivesse chamado ignorantes aos empresários portugueses. “Achei que tinha sido um erro e quis ouvir com
os meus próprios ouvidos, porque estava fora de Portugal. E devo dizer que considero isso inaceitável”, contou. Na opinião de Seguro, “há uma linha que separa a austeridade da imoralidade” e, com a proposta da TSU, essa linha “tinha sido ultrapassada”. Na reunião da comissão nacional do PS, em que se procedeu igualmente à aprovação de regulamentos de funcionamento interno do partido, Seguro reconheceu que Portugal tem problemas, alguns dos quais que derivam das indefinições europeias onde Portugal não tem sabido fazer ouvir a sua voz. “O que eu digo é que há problemas nacionais que nós temos de resolver e há problemas europeus, de que nós fazemos par-
te, e que têm que ser resolvidos ao nível europeu. E devo dizermos uma coisa: não merece governar Portugal um Governo que não tenha pensamento europeu nem capacidade de defender na Europa estas posições”, afirmou o líder do PS, colhendo vários aplausos. Falando para o interior do partido, Seguro avisou os socialistas que há muitos portugueses descontentes com a forma como se faz política. “A manifestação que houve no dia 15 de setembro foi maioritariamente e esmagadoramente contra as políticas do Governo, mas há uma parte daquela manifestação que também é contra a forma como se faz política em Portugal. E o Partido Socialista tem que entender
isso”, declarou. Por isso, defendeu o líder socialista, é preciso falar verdade e não prometer, como outros, soluções para tudo porque a crise portuguesa não se resolve com “uma varinha mágica”. “Essa gente que sofre, precisa de nós, e a nossa responsabilidade, que estamos na política, é de encontrar soluções para essas pessoas e não a varinha mágica que tudo se resolve de um dia para a outra. Todos sabemos que isso infelizmente é impossível, por isso também nos distanciamos daqueles que prometem tudo, que vendem ilusões e que dizem que tudo é possível de um momento para o outro”, concluiu. Tiago Virgílio Pereira
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Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
CONCELHIA DO CDS-PP VISEU CRIA GRUPO DE TRABALHO NA INTERNET A Comissão Política Concelhia do CDS-PP criou na internet um grupo de discussão que possa dar contributos para a resolução de um conjunto de problemas nacionais e locais. O grupo “Cidadania Ativa pelo Trabalho” pode ser acedido através do blog cdsviseu. blogspot.pt. “O nosso pa í s está f r a g i l i z a do s o c i a l e economicamente. As p ol ít ic a s m a c ro s ã o importantes, mas entendemos que as políticas de âmbito local são imprescindíveis, considerando a especificidade de cada contexto. Nesse sentido, lançamos o repto a todos os cidadãos para que possam dar contributos no grupo de discussão que criaremos na Internet”, adianta a concelhia em comunicado. Estratégias de criação de emprego local, novas políticas pró-competitivas, participação social e especialização laboral são alguns dos temas propostos pelo novo canal de fazer política. EA Publicidade
Opinião
A
A valência nasce de um protocolo entre a autarquia e a Direcção dos Assuntos Consulares
Gabinete do emigrante presta apoio variado Santa Comba Dão∑ O projeto foi anunciado em fevereiro O Gabinete de Apoio ao Emigrante da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, criado a 14 de Fevereiro entrou recentemente em funcionamento. A estrutura surgiu através de um protocolo de colaboração assinado entre a DirecçãoGeral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGADCP) e o Município, com o intuito de prestar um serviço de proximidade, em diversas áreas, a emigrantes do concelho. Este Gabinete de
Apoio ao Emigrante tem como principais objetivos prestar informações e apoio gratuitos a munícipes que tenham estado emigrados, estejam em vias de regresso ou que ainda residam nos países de acolhimento assim como os seus familiares. O serviço está equipado para informar os utentes em matérias no âmbito da Segurança Social, vistos de entrada em Portugal, criação de emprego e formação profissional em Portu-
gal, franquias aduaneiras, habilitações literárias (equivalência e/ou reconhecimento), legalização de veículos automóveis e isenção do i mp o sto autom óve l , poupança emigrante e nacionalidade. A partir desta estrutura o utente pode, ainda, solicitar declarações variadas como troca de carta de condução, ingresso no ensino superior, antecipação do exame de condução, efeitos bancários e atualização da carta de caçador.
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Novos produtos regionais Vivemos actualmente momentos conturbados na procura desesperada de soluções para crises cavadas durante décadas, alimentadas por variadíssimas condições. No nosso caso, a falta de uma orientação temporal e longínqua na def inição de uma política agrícola nacional é uma realidade que não merece contestação. É do conhecimento de todos a nossa dependência externa, processo que tem vindo a ser paulatinamente alterado. No caso de continuarmos neste profícuo relho, provavelmente poderemos alterar e inverter esta assoladora subserviência. Mu ito se tem fa l ado sobre a agricultura, com o enfoque na dimensão das explorações agrícolas, um dos grandes entraves à sua mecanização, o que obstrui à redução dos custos unitários de produção, conceito tão em voga na actualidade. A enorme e cultural dificuldade em nos agregarmos para obtermos dimensão e capacidade negocial é outra das espinhas que temos permanentemente atravessadas. Estes e outros condicionalismos são evidentes. Assim, a necessidade de valorizar os produtos existentes em cada região advogase como uma desígnio que importa desenvolver. No caso da nossa região, uma das principais produtoras de maçã, a preocupação na valorização dos seus possíveis derivados poderá ser encarada como uma alternativa viável ao que existe actualmente. Por que n ão fa z er
su mos e sid ra na região? Qual o destino da maçã que não apresenta calibre ou denota pequenos defeitos, impedindo-a de ser comercializada? A transformação. Onde ocorre? Provavelmente, em Espanha? Qual o preço a pagar por kg? Poucos cêntimos (0.05€/kg), digo eu, que tão pouco cobrem o custo com a sua apanha. Existe tecnologia e instalações para a sua transformação na região? Provavelmente. O processo de produção de mostos de maçãs e de sidra é idêntico ao dos v i n ho s? H ip ote t ic a mente. O que é então necessário? Fazer ensaios, testar alternativas, potenciar a qualidade dos produtos e fazer provavelmente readaptações às instalações já existentes. Estes novos produtos não poderão ter uma marca própria? Essa marca não anuirá a uma valorização acrescida ao produto? Esta hipotética e pertença estratégia não per m iti rá fech a r e potenciar todo o ciclo, da produção à transformação, induzindo ganhos intrínsecos à actividade. O caso da parceria existente para a produção de sumo de maçã Bravo de Esmolfe, não é um exemplo concreto do que se descreve? Este amavio não é um sucesso? Não se trata de um produto de valor acrescentado? A região e a marca que o produz (Compa l) n ão saem ambas a ganhar? A candeia que vai à frente já não está acesa? Fica a ideia, cogitada certa mente por muitos.
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
CARREGAL DO SAL | CASTRO DAIRE | VISEU | SANTA COMBA DÃO | REGIÃO 13 DETENÇÃO
APREENSÃO
Carregal do Sal. No dia 1 de outubro, em Beijós – Carregal do Sal, militares do Posto Territorial de Carregal do Sal, do Destacamento Territorial de Santa Comba Dão, no âmbito de inquérito por falsificação de documentos, efetuaram busca domiciliária, tendo apreendido vários cartões de crédito e cadernetas de contas bancárias. Foram ainda apreendidos vá rios ca r t uchos de caçadeira e artigos pirotécnicos (bombas carnaval). Foi detido um indivíduo de 25 anos de idade. Mesmo prestou Termo de Identidade e Residência, tendo processo baixado a inquérito. Publicidade
Castro Daire. Na segunda-feira, dia 1 de outubro, em Castro Daire, o Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento territorial de Viseu, em colaboração com militares do Posto Territorial de Cast ro Da i re , det ivera m um indivíduo de 21 anos de idade por cultivo de plantas canábis. Após efetuada busca domiciliária, foram apreendidas quatro plantas em fase de crescimento, várias em fase de germinação, vasos de plantação, fertilizantes e substrato para plantas, objetos para irrigação, sementes de canábis, sacos herméticos para acondicionamento e dosagem de canábis, 1grama de haxixe, uma faca borboleta, dois moinhos para moer haxixe e cannabis, várias plantas de canábis em fase de secagem, uma balança decimal digital para
pesagem e dosagem e dinheiro. Processo baixou a inquérito.
IDENTIFICADOS
Viseu. A Polícia de Segurança Pública de Viseu, no âmbito de uma investigação por furtos, procedeu à identif icação de três indivíduos suspeitos, com idades compreendidas entre os 16 e 21 anos de idade, bem como à ident i f icação do recetador, por furto de seis esquentadores, no valor de 2 100 euros, que se encontravam nos balneários de um campo de futebol da cidade. Na apreensão do material verificou-se que o mesmo já se encontrava vendido ao recetor e devidamente desmantelado, pronto para ser vendido a terceiros para fundição. Os suspeitos foram identificados e constituídos arguidos nos processos.
Helicóptero voa até Santa Comba Dão Bell 412 ∑ Passa a operar para o INEM “É a melhor solução para o país porque fica mais barato, está mais central e presta um socorro mais rápido”, disse João Lorenço, presidente da Câmara de Santa Comba Dão, relativo aos três helicópteros da Administração Interna, incluído o Bell 412 que se encontra estacionado em Santa Comba Dão, e que agora opera para o INEM. Para o edil, “foi um erro estratégico” o helicóptero ter saído de Santa Comba Dão para Aguiar da Beira. Quem não se con forma é Augusto Andrade, pre-
sidente da Câmara de Aguiar da Beira, que assumiu um investimento de mais de 375 mil euros para a requalificação da pista e construção de um hangar “em nome de Aguiar da Beira e de toda
a região abrangida pelo helicóptero do INEM” e que agora se sente “penalizado com a perda de um serviço ligado ao socorro de pessoas”. Tiago Virgílio Pereira
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educação&formação Professores inconformados criam TPC Carla, Sara, Fernanda, Cláudia, Catarina, Cristiane… têm entre 30 e 37 anos, são professoras e têm em comum o facto de estarem desempregadas por falta de colocação. Reúnem-se todas as quartas-feiras à tarde numa sala cedida pela Cáritas de Viseu, num grupo que criaram para “combater o isolamento”, “ocupar o tempo livre” “trocar informação” e conseguir algum dinheiro através da realização de atividades conjuntas que contribuam para uma sociedade mais criativa e solidária. O projeto nasceu de conversas casuais entre professoras sem qualquer tipo de ocupação. Três delas juntaram-se e decidiram dinamizar um grupo de colegas que fizesse nascer uma luz ao fundo do túnel para alternativa ao futuro “negro” do docente em Portugal. Carla Ferreira, portavoz do grupo adianta que o objetivo é “criar um projeto que traga benefícios para a comunidade” e ao mesmo tempo “beneficie os elementos do grupo”. O grupo foi crescendo à medida que se encontravam semanalmente. “O segundo momento foi chamar pessoas e contei com a colaboração do Centro de
Emília Amaral
Viseu∑ Grupo “Trabalho de Professores na Comunidade” resulta de um encontro às quartas-feiras criado para trocar ideias
A Grupo de professores apela à recetividade da comunidade e das entidades locais Emprego. A parti daí, quem se identificou com a ideia e quis sair do isolamento e começou a participar”. Desafiadas pela reportagem do Jornal do Centro a encontrar um nome para o projeto. O grupo batizado TPC – Trabalho de Professores na Comunidade, parte agora para uma terceira etapa. Dinamizar um conjunto de atividades no terreno. “Queremos desenvolver trabalho com crianças, com idosos, workshops, fei-
ras temáticas”, respondem num coro de esperança ao darem a primeira presença na FICTON em Tondela por bem aproveitada.“É ir aproveitando o que cada um sabe fazer além de saber dar aulas”, acrescenta Cláudia Marques. A sala da Cáritas começa a tornar-se pequena para o que em breve vai deixar de ser uma reunião apenas para debater preocupações e partilhar alternativas. Carla Ferreira in-
siste que não basta ser-se empreendedor, é necessário que a comunidade e as entidades locais “colaborem e estejam recetivas”. “Um dos objetivos é conseguir um espaço próprio. Sabemos, por exemplo, que a autarquia tem escolas desativadas e nós com uma dessas escolas podíamos avançar com o nosso projeto”, indica Carla Ferreira. Envolvidas neste espirito empreendedor, as pro-
fessoras no desemprego esperam que outros elementos se juntem ao grupo e asseguram que o TPC não vai acabar mesmo que venham a ser colocadas. Mas será isto mudar de profissão após mais de 10 anos a dar aulas? Para umas sim, para outras não. No entanto, nesse campo a esperança é pouca. “Andei dois anos a ir e vir todos os dias de Viseu para Gaia (Porto). Saía de casa às cinco da manhã, o
dinheiro que ganhava não dava para o gasóleo mas continuava a achar que estava a fazer tempo de serviço. Houve uma altura em que não compensava o risco. Resolvi concorrer a outras escolas e fiquei desempregada”, conta Sara Maltez. Fernanda Dias está em casa sem receber salário há dois anos e vivia uma situação difícil agravada há meio ano quando o marido também ficou desempregado. “Amo dar aulas e é o que me satisfaz plenamente mas tive que arriscar um negócio novo”, relata Fernanda Dias que abriu um café juntamente com o marida há um mês. Na conversa à mesa da última quarta-feira, uma outra colega conta que concorreu a um lugar de assistente dentária sem experiência, mas o currículo foi excluído por ter mais de 28 anos. O TPC pode agora trazer novas expetativas a estas professoras desempregadas que apenas pedem alguma colaboração das entidades locais e da comunidade. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Câmara de Tarouca assume despesa com transporte escolar
Duas alunas do Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo receberam um sistema de apoio à escuta para poderem ouvir melhor os professores nas aulas. As estudantes dos 8.º e 9.º anos têm problemas auditivos e este sistema, oferecido pela Fundação Luís Figo, vai permitir que o barulho
A Câmara de Tarouca vai suportar a totalidade dos encargos com transporte aos alunos que residem a menos de quatro quilómetros da escola. o presidente da autarquia, Mário Ferreira adiantou que “o atual executivo tem apostado claramente na educa-
de fundo, o ruído do movimento do professor e a má acústica sejam silenciados, assim proporcionar uma melhor audição na sala de aula.
A oferta insere-se no projeto “Para uma Vida Melhor” da Fundação Luís Figo, lançado em 2010 para apoiar crianças e jovens desfavorecidos. EA
DR
Fundação Luís Figo oferece sistema auditivo a alunas de Penalva
ção, ou seja, nas pessoas e nos equipamentos, de forma a proporcionar as melhores condições possíveis às famílias, para terem os filhos
a estudar, e aos estudantes e professores e comunidade escolar, para terem as melhores condições de aprendizagem e de ensino”. EA
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economia A AIRV e a “grave situação que se vive no país” Em nota de Imprensa, a Associação Empresa ria l da Região de Viseu mostrou a sua preocupação c o m a s m e d id a s to madas pelo Governo, suas consequências para a economia port ug uesa e nomead amente para as Micro e PME’s. Em face delas faz a sua proposta pa ra o c re s c i mento e conó mico do país: Aumenta r a procura i nterna pelo aumento do rendimento disponível dos cid ad ãos v i a reduç ão f isca l e pelo perdão f i s c a l pa r a o leva n ta mento a ntecipado d a s fo r m a s d e p o u pança com benefícios f iscais; criação de um pacote alargad o d e p r o d u to s a l i mentares de 1ª necessidade com IVA mais re du z ido; e st í mu lo ao con su mo de pro dutos nacionais. Acrescer a receita f iscal pela taxação dos rendimentos do c apit a l , do si ste ma f ina nceiro e por taxas f iscais agravadas para produtos de luxo; combate à fuga e evasão f iscal; criação de taxas setoriais mínimas de IRC. Mais sugere exemplos de políticas do Publicidade
Estado, entre elas: P o l í t i c a s governativas de longo pra zo; est r ut u ra do Governo constante; f lexibilização da política labora l dinamizando a criação de emprego; redução fortíssima dos custos com a s PPP ’s ; redução dos c ustos com as Fundações; privatização das empresas públicas deficitárias; políticas f iscais que defenda m a produção de produtos exógenos; poder loca l com quotas mínimas de compras à economia nacional…. Concluindo com uma política de f in a nci a mento à s empresas mais acessível e ba rato; agi li zação do funcionamento do QR EN; pagamentos pelo Estado dentro dos prazos acordados; medição d a pr o dut iv id a de e redistribuição da riqueza em função da produt iv idade; l igação ao ensino na procura de ta lentos, i nve s t i g a ç ã o e i n ov a ção (…) Segundo a Direcção da AIRV, esta posição, pela positiva , v i s a de st ac a r med id a s pa ra superaç ão d a g r ave c r i s e v iv ida. PN
TRADIÇÃO GASTRONÓMICA NA FEIRA DE S. FRANCISCO
A Maça bravo de Esmolfe é desde 2004 um produto DOP
“Feira da Maça Bravo de Esmolfe” marcada para dia 13 17ª edição∑ Promover o mais importante produto endógeno do concelho de Penalva A aldeia de Esmolfe, em Penalva do Castelo, prepara-se para receber a XVII edição da “Feira da Maça Bravo de Esmolfe”, no dia 13 de outubro, das 08h00 às 17h00, no Centro de Exposições DOC. O objetivo da feira passa por promover um dos produtos endógenos de maior importância do
concelho que, em parceria com o vinho de Penalva do Castelo (Dão) e o Queijo da Serra formam uma trilogia de excelência produtiva. Desde 2004, a maça bravo de Esmolfe é um produto DOP (denominação de Origem Protegida) pelo que, só pode ser comercializada se ostentar a certificação, o
que implica um rigoroso controlo das condições de produção, embalagem e comercialização. A organização do certame é da responsabilidade da Câmara Municipal de Penalva do Castelo e da Junta de Freguesia de Esmolfe. Tiago Virgílio Pereira
Em Moimenta da Beira está a decorrer até ao final do dia a Feira de S. Francisco. Trata-se de um dos mais genuínos certames da região, que mantém a tradição gastronómica dos “rojões à beirã” conhecidos na região como a “marrã”. A autarquia destaca em comunicado que “o certame marca desde tempos imemoriais o fim das colheitas” e lembra que é retratado na obra de Aquilino Ribeiro: “O mestre descreve a feira com pormenor em pelo menos “Os Cinco Reis de Gente” e “Via Sinuosa”. A Feira de S. Francisco decorre perto do convento, na freguesia de Arcozelo. O evento complementa-se com animação dos grupos de acordeões e concertina. EA
NOVO HOTEL VAI NASCER EM PASCOAL O concelho de Viseu vai ter um novo hotel. O investimento superior a dois milhões de euros, localizado em Pascoal surge com o objetivo de servir os frequentadores de dois eixos principais que atravessam o concelho, a A24 e o troço do IP5 permitindo que possam pernoitar sem ter que entrar na cidade. O anúncio foi feito pela Câmara Municipal que confirmou o arranque da obra em breve. Do outro lado da cidade, em Teivas está também a ser construída uma unidade hoteleira com os mesmos objetivos. EA
16 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
ROGÉRIO MATIAS LANÇA 4ª EDIÇÃO DE “CÁLCULO FINANCEIRO. TEORIA E PRÁTICA”
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Os princípios da Contabilidade de Gestão aplicados ao Estado não ajudavam? A Contabilidade de Gestão é um ramo da contabilidade que visa preparar informação que ajude a gerir as organizações, avaliando as actividades que estas realizam, o seu contributo para os objectivos da organização e os recursos afetos a cada uma delas. O gestor, em função dos recursos disponíveis, ou que consegue angariar, afeta-os de um modo racional às actividades que melhor e mais contribuem para a missão da organização. Se afetar recursos a menos arrisca a que os objetivos não sejam cumpridos, se afeta recursos a mais é ineficiente. Dentrodealguns dias, após o falso alarme que ocorreu há pouco menos de um mês, iremos ser “surpreendidos” com as novas medidas que o Orçamento Geral do Estado irá contemplar para 2013, tendo em vista corrigir os desequilíbrios da nossa economia e, consequentemente, dar confiança aos credores para continuarem a financiar-nos. Em boa verdade não haverá grandes surpresas no tipo de medidas a adotar, tendo em conta o que se fez (ou o que se não fez), na gestão do Estado. A surpresa só será na dimensão. Há pouco tempo, consultei os mapas da execução orçamental, publicados pela Direção Geral do Orçamento e pelo INE e que evidenciam que mais de 45 % das despesas da Administração Pública se referem a despesas com pessoal e mais de 23 % se referem a prestações sociais (dados provisórios relativos a 2011). O resto da despesa são juros (inevitáveis face ao montante da dívida e ao risco associado), consumos intermédios, já de si muito “espremidos”, tendo em conta as sucessivas racionalizações dos últimos anos, e despesas de capital (investimento) que também, na conjuntura actual, estão a ser levadas ao mínimo. Creio que por aqui se poderá interpretar (o que não é a mesma coisa de compreender) a razão de os go-
vernos terem esta tendência de aumentar impostos e, no que respeita a diminuir despesa, fazê-lo com a redução das despesas com pessoal e com a redução das prestações sociais. Ou seja, numa visão simplista da situação, verificam que quase 70 % da despesa é com pessoal e prestações sociais e concluem então que é aí que tem que cortar, sem atender às funções/actividades que são realizadas e para quê. Portanto, para este ano, também será previsível que com o “fadiga fiscal” as prestações sociais e, para algumas camadas da população, que possam ainda não estar suficientemente “fatigadas”, as reduções de rendimento via impostos, serão a receita para a resolução dos males da economia. Não tinha nem tem que ser assim, especialmente quando já lá vão mais de quinze meses nesta legislatura. Começa até a ser contraproducente, pois o emagrecimento continuado é anémico e quando forem necessários recursos para “apanhar” a fase ascendente do ciclo económico o Estado vai estar debilitado para agir de acordo com os interesses da economia, tal será o esvaziamento de competências e capacidades em que se encontrarão a maioria dos seus serviços. Reduzir os gastos de um modo indiscriminado (lógica horizontal) preocupando-se só em ver o que tem mais efeito imediato no objetivo entendido como principal, emagrece as estruturas mas torna-as mais débeis para responderem a novos desafios. Há é que reduzir os gastos em função de um plano que defina as funções que o Estado deve/tem que realizar (lógica vertical) e quais as que deve/tem que deixar (seja porque não cabem nas suas funções, seja porque não temos recursos para as executar pelo Estado), assumindo, neste último caso, o papel de regulador/fiscalizador. Carlos Rua
Quatros novos investimentos no parque de Resende A Câmara de Resende vendeu os quatro primeiros lotes no único parque industrial construído no concelho por cerca de 16 mil e quinhentos euros. O presidente da autarquia, António Borges afirmou na cerimónia de assinatura da escritura que a função da Câmara “também é facili-
tar a vida às empresas, baixar os seus custos de instalação e funcionamento e ajudar a criar tecido económico”. Para o autarca tratou-se de uma venda a “preços simbólicos”, 4,5 euros por metro quadrado de terreno, a empresários de Resende e a um investidor de um concelho vizinho.
O parque empresarial de Resende é composto por 13 lotes com uma área de construção de 24.0 metros quadrados, sendo que cada um vai dos 200 aos 3.712 metros quadrados. Até 15 de abril encontra-se aberto o processo de apresentação de candidaturas para mais seis lotes. EA
Publicidade
“Cálculo Financeiro. Teoria e Prática”, da autoria de Rogério Matias, é o nome da quarta edição da obra que será apresentada, terça-feira, dia 9, pelas 18h00, no Centro de Documentação (biblioteca) da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. O livro e outras publicações do autor na mesma área, são recomendados e adotados em diversas instituições de ensino superior em Portugal, Angola e Moçambique. Rogério Matias é docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, pertencente ao IPV. Uma edição anterior desta obra foi traduzida e adaptada ao mercado espanhol, fazendo igualmente parte da bibliografia recomendada em algumas universidades do país vizinho. TVP
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Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA FUTEBOL II LIGA PROFISSIONAL
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
9ª jornada - 07 Out - 15h00 Sporting B Desp. Aves
FUTEBOL Hélder Rodrigues
Rali de Portugal Histórico
Cartão FairPlay Está mais uma vez garantida a passagem da prova pelas estradas do distrito. Viseu e Lamego voltam a figurar no roteiro do Rali de Portugal Histórico, competição que mostra algumas das grandes máquinas do passada, muitas delas com historial, e história, no Rali de Portugal. É também um fator positivo para a economia local das duas cidades. FUTEBOL Clube Desportivo de Tondela
Cartão Amarelo Há jogos que os adeptos, treinadores e jogadores querem esquecer rapidamente. Seguramente o que se passará com o Tondela, depois de “não ter jogado” no Restelo, no que se sabia era uma partida de grau de dificuldade elevado, frente ao líder Belenenses. A goleada sofrida significou tão só a perda de três pontos, e nada mais do que isso. Assim a equipa o assuma e volte, já este domingo, ao rumo que vinha tendo, onde juntava resultados à qualidade das suas exibições.
FC Porto B Belenenses
Portimonense Oliveirense -
Benfica B Feirense
Tondela V. Guimarães Penafiel
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União Madeira Santa Clara SC Braga
Leixões Sp. Covilhã
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Naval 1º Maio Freamunde
Atlético Marítimo B
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Trofense Arouca
II DIVISÃO NACIONAL SÉRIE CENTRO Gil Peres
Cartão FairPlay O extremo academista começou a época em grande forma. Três golos num jogo de uma competição nacional é sempre digno de destaque. Numa equipa com ambições, há sempre jogadores que desiquilibram e podem fazer a diferença no resultado. Hélder Rodrigues é um desses atletas, mas no Académico há mais alguns.
-
4ª jornada - 07 Out - 15h00
A Hélder Rodrigues comemora um dos três golos que marcou
Lusitânia
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S. J Ver
Cesarense
-
Sp. Espinho
Operário
-
Anadia
Nogueirense
-
Ac. Viseu
“Manita” na primeira vitória
Pampilhosa
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Tocha
B.C. Branco
-
Coimbrões
Sousense
-
Cinfães
Académico ∑ Triunfo folgado frente ao Lusitânia dos Açores
Bustelo
-
Tourizense
Futebol - II Divisão Nacional
Foi robusta a primeira vitória do Académico de Viseu na nova época na II Divisão nacional Centro. Um triunfo por 5 a 1, frente aos açorianos da Lusitânia, num jogo que teve momentos inspirados da equipa orientada por Carlos Agostinho. Soube a equipa aproveitar claras debilidades do adversário para ir construindo um resultado bem favorável, dando toda a ideia aos poucos que estavam no Fontelo – onde param os academistas??? – que mais golo menos golo o Académico não teria dificuldades em vencer. Tanta facilidade que nem um golo esporádi-
co dos adversários, num penalti “caído do céu” chegou para que a equipa tivesse receio de não ganhar. Foi para o intervalo a vencer por 3 a 1, e certamente na cabeça dos jogadores a convicção que os três pontos não fugiam. A segunda parte começou, no entanto, com um Académico apático, e defensivamente intranquilo. Deu o meio campo ao adversário e chegou a ser um “Deus nos acuda” na defesa. Nuno Oliveira umas vezes, e o ferro, noutras ocasiões, iam valendo aos viseenses. A troca de R icardo Ferreira por Pedro Ribeiro não ajudou e o
Académico teve 20 minutos de algum desnorte, onde esteve mais perto o segundo do adversário que o quarto golo do Académico. Valeu que a Lusitânia é uma equipa débil, e permitiu à formação de Carlos Agostinho voltar ao jogo e acabar por marcar mais dois golos. A inspiração de Hélder R o d r i g u e s aj ud o u a construir uma vitória robusta, com o extremo a apontar três dos cinco golos do Académico – David Nunez e José Rui marcaram os restantes – triunfo que deixa o Académico de Viseu com 4 pontos em dois jogos disputados, já que tem em atraso a partida
nos Açores com o Operário. Segue-se, este domingo, uma deslocação a Nogueira do Cravo, no concelho de Oliveira do Hospital, equipa que o Académico de Viseu bem con hece, já que com o Nogueirense jogou na época passada na série C da III Divisão. O adversário de domingo é último classificado, sem pontos, mas a história recente mostra que em casa o Nogueirense é sempre um adversário difícil de bater, pelo que se antevê um teste muito sério para a equipa de Carlos Agostinho. Gil Peres
III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE C 4ª jornada - 07 Out - 15h00 Aguiar Beira
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GD Parada
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Oliv. Bairro Grijó
Salgueiros 08
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P. Castelo
Estarreja
-
U. Lamas
Oliv. Frades
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Alba
Avanca
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Sampedrense
Série D Mortágua
-
G. Alcobaça
ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 03ª jornada - 07 Out - 15h00 Paivense
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Castr Daire
Resende Sátão C. Senhorim
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Tarouquense Viseu Benfica Fornelos
Vouzelenses Molelos Sernancelhe
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Sp. Lamego Moim. Beira Mangualde
Lusitano
-
Campia
II Liga
União para “esquecer” Restelo Uma semana, foi quanto Vítor Paneira teve para “limpar” a cabeça aos seus jogadores. O Tondela tem este domingo, em casa, frente à União da Madeira, um jogo carregado de
alguma emoção. Vai, seguramente, dar para ver se o Tondela já conseguiu esquecer e ultrapassar, a desinspirada manhã de domingo passado no Restelo, onde
foi goleado pelo líder, o Belenenses, por 4 a 0. Tondela que vinha num crescendo de exibições e resultados, que a derrota do Restelo pode colocar em causa. GP
A Bruno Sousa sofreu quatro golos no Restelo
18 DESPORTO | FUTSAL
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
Supertaça Masculina de Futsal da Associação de Futebol de Viseu
Rio de Moinhos conquistou mais um troféu O Rio de Moinhos venceu a Supertaça Masculina de Futsal da Associação de Futebol de Viseu, ao derrotar na final a Casa do Benfica de Castro Daire por 9 a 5. O jogo, disputado em Vila Nova de Paiva, foi uma reedição da Final da Taça de Futsal de Viseu da última época. Venceu o Rio de Moinhos que fez prevalecer o favoritismo que lhe era atribuído para este jogo. A equipa do concelho de Sátão, campeã distrital na época passada, e que este ano vai jogar na III Divisão Nacional, foi sempre mais equipa durante o jogo. Entrou a todo o gás e marcou por duas vezes perante algum desnorte que atingiu a equipa de Castro Daire, incapaz de contrariar as investidas do adversário. Vitor Pais, o ex-ABC de Nelas, e que esta época reforça o Rio de Moinhos, mostrou todo o seu potencial e foi sempre uma carga de trabalhos para a equipa de Castro Daire. O marcador rapidamente se desnivelou para os campeões distritais que depois acabaram por “adormecer” no jogo, permitindo que a Casa do Benfica de Castro Daire,
mais refeita do impacto inicial dos golos sofridos, tenha reentrado na partida, marcando golos e aproximando-se no marcador. O jogo acabaria por se decidir em definitivo para o Rio de Moinhos quando, já na segunda parte, a formação de Castro Daire fez a quinta falta. A partir daí, cada falta cometida levava para a linha de 10 metros o Rio de Moinhos que não desperdiçou nenhuma das oportunidade que teve, aproveitando para reforçar a sua vantagem no marcador, numa altura em que a Casa do Benfica de Castro Daire até dava mostras de conseguir reequilibrar o marcador e deixar assim alguma incerteza para os minutos finais. O 9 a 5 final acaba por ser uma triunfo justo para o Rio de Moinhos que mostrou sempre ser mais equipa, embora tenha cometido algumas falhas que num campeonato nacional, como o que vai disputar, poderão ser fatais. Para a história fica a vitória do Rio de Moinhos que assim sucede ao Gumirães na lista dos vencedores do troféu, nesta que foi apenas a segunda edição da Supertaça de Viseu. GP
A A equipa do Rio de Moinhos
Interassociações - Zona Norte
Uma vitória e duas derrotas para a selecção feminina de Viseu Uma vitória frente a Vila Real e duas derrotas, com Aveiro e Braga. É este o balanço da participação da selecção de Viseu na zona Norte do torneio Interassociações em Futsal Feminino, que decorreu em Aveiro. Na jornada de abertura Viseu derrotou Viana do Publicidade
Castelo por 4 a 2. Na primeira parte já vencia por 4 a 0. No segundo jogo, frente a uma equipa forte como Aveiro, derrota das viseenses por 7 a 3. O mesmo resultado na última jornada frente à “toda-poderosa” selecção de Braga, constituída por vá-
rias jogadores internacionais A de Portugal. Viseu ainda conseguiu a “proeza” de ir a vencer para o descanso, por 3 a 2, mas no segundo tempo Braga puxou dos galões e venceu por 7 a 3. A selecção de viseu foi constituída pelas atletas Carolina Bastos, Bruna
Morais, Paula Morais, Bruna Dias, Ligia Rocha, Nadia Correia, Marta Matos e Salomé Martins, todas do Unidos da Estação, ainda Hermínia Ribeiro, Sara Varandas e Daniela Aguiar, atletas do Penedono, e também por Rute Marques, jogadora do Lusitano de Vildemoinhos. GP
A Bruna Morais é internacional A por Portugal
MODALIDADES | DESPORTO 19
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
Rali de Portugal Histórico
Viseu e Lamego recebem pilotos
Futebol Feminino
e máquinas A Oportunidade de (re)ver grandes clássicos A séti ma edição do Rali de Portugal Histórico tem início na próxima semana, dia 9 de outubro, e vai estar na estrada até dia 13. Viseu e Lamego voltam a figurar no percurso desta prova organizada pelo Automóvel Clube de Portugal. Vão ser cinco dias de competição, com um itinerário que ronda os 1800 quilómetros, incluindo 45 provas de classificação. Mais de 80 pilotos e
máquinas estão confirmados no Rali de Portugal Histórico que este ano tem uma novidade, com a criação da categoria Neo-Clássicos para permitir a participação de carros e modelos que marcaram as edições do Rali de Portugal nas décadas de 80 e 90. Será assi m uma opor tun idade de ver, ou rever, alguns exemplares de modelos que marcaram a história daquele que chegou a ser o melhor
rali do Mundo. Entre os inscritos, mais uma vez, uma verdadeira legião de pilotos estrangeiros faz questão de marcar presença na competição. Os pilotos saem do Estoril para a primeira etapa na terça-feira, dia 9, rumo a Tomar, onde será o final. No dia seguinte o destino é Viseu, final da segunda etapa, mas com passagem por Arganil. De Viseu os concor-
rentes saem na manhã de quinta-feira, dia 11, em direção a Lamego. Haverá ainda passagem pela Régua antes do regresso a Viseu. Dia 12 partida de Viseu com passagem pelo Golfe Montebelo de onde depois o Rali de Portugal Histórico ruma em direção a Leiria. Ainda na noite de sexta a saída de Leiria em direção ao Estoril, onde termina o rali na madrugada do dia 13. GP Publicidade
Todo o Terreno e Trial
Gil Peres
EXPO TT em Mangualde
A O trial é sempre aguardado com expectativa A emoção e o gosto pela aventura durante três dias em Mangualde. É a III Expo Feira TT, certame que pretende mostrar as diversas vertentes do todo-o-terreno. Numa organização dos clubes “Dá Gás” e “Rodas no Trilho”, com o apoio da Câmara Municipal de Mangualde, a III Expo
Feira TT de Mangualde tem também objetivos de promoção de algumas riquezas turísticas do concelho. Ponto alto dos três dias do certame, a prova de trial, uma das especialidades do TT que atrai sempre muito público. Uma pista bem desenhada a prometer espetáculo na
sexta-feira, dia 5 de Outubro a partir das 14h00. Sábado é dia de prova de Navegação, enquanto os passeios TT e também de BTT estão agendados para domingo, dia 7 de outubro. A III Expo Feira TT de Mangualde vai decorrer na praia artificial de Mangualde. GP
Viseu 2001 apresentou equipa A equipa de futebol feminino do Viseu 2001 já se apresentou aos adeptos. Está assim constituído o pl a ntel que va i participar no Campeonato Nacional de Promoção, correspondente à II Divisão Nacional. Fra ncisca Ma r ti ns, Catarina Regalo e Tânia Almeida são o trio de técnicas que orienta um conjunto de 26 atletas, muitas delas
prove n ie nte s do e xtinto projeto do Escola Futebol Clube. E nt re a s jogadora s da equipa está Carolina Silva, internacional portuguesa nos escalões jovens, voltando a merecer a con f ia nça do selecionador naciona l que convocou a jogadora pa ra mais um estágio de preparaç ão d a equ ipa Nacional sub-19 feminina a decorrer em R io Maior. GP
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culturas expos
Jornal do Centro
“Ser pequeno para ser maior”
A Fundação Lapa do Lobo, em Nelas, promove a ação de formação de expressão escrita e dramática “Ser pequeno para ser maior”, com Fernando Giestas e Rafaela Santos, de 15 a 20 de outubro.
Arcas da memória
Destaque
FRIOS DE OUTONO
VISEU ∑ Form Viseu Até dia 21 de outubro Exposição “Projectos que (ainda) não passaram do papel”, pelo Núcleo de Arquitectos da Região de Viseu (NARV). SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 9 de outubro Exposição de objetos, fotografias e amostras de minerais das Minas da Gralheira, “Herança Mineral de Um Povo”. MOIMENTA DA BEIRA ∑ Galeria Municipal Até dia 21 de outubro Exposição de desenho “Sem além...nem mal!”, de Chico Lucena e textos de Ricardo Bordalo. VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de outubroExposição fotográfica “Sombras entre Sonhos”, de Luís Rigueira. Até dia 31 de outubroExposição de escultura “Barro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques.
A “As Mulheres Não Percebem”, no dia 1 de dezembro, é uma das atrações do trimestre
Lamego apresenta propostas alternativas e cativantes até dezembro Teatro Ribeiro Conceição∑ Programação arranca com Marta Hugon
Sessões diárias às 14h40, 17h35, 21h00, 00h00* Selvagens (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 15h45, 18h00 Madagáscar 3 VP (M4) (Digital)
Dobra-se, mais longa, a noite sobre o dia, neste quase findar de Setembro, o sol esconde-se mais cedo nas cumeadas da Serra do Caramulo que eu vejo da janela quando os dias têm a limpidez da Primavera ou das manhãs lavadas já da chuva, que não a de hoje, carregada de bruma, pesando sobre a natureza e nossos ombros também. Dantes eu via da janela as andorinhas que, agora, deixaram de fazer ninho por aqui. Dá-se conta de uma estranha poética na travessia da cidade. O Parque está vazio mas ainda sedutor. Os ramos das árvores gotejam, descompassados, enquanto a gente passa de largo no abrigo que o chapéu traz da chuva miúda, dois dedos de conversa no habitual Café, o desaguar de inúteis comentários das notícias penduradas nos jornais do quiosque vizinho, mãos de rapariga que nos estendem a mensagem de pobreza numa folha de papel, soltas moedas que não matam a fome de ninguém, o mecânico piscar dos semáforos que guia os mecânicos passos da gente na roda viva da vida, meninos de escola, de bibe, de mochila, de sacola, marcando as nossas horas, entradas e saídas de escritórios, os “bons dias” que a gente quase não dá pela rua fora, o azul eterno dos azulejos do Rossio e aquela gente que lá mora, no amplo quadro, resistindo ao frio, agora, mulheres aga-
Fanny Roz, “Dead Combo”, Luís de Matos e “As Mulheres não Percebem” são alguns dos destaques da programação do Teatro Ribeiro Conceição (TRC), em Lamego, até ao fim do ano. No sábado, dia 6 de outubro, inserido no Douro Jazz - Festival Internacional Marta Hugon apresenta “A Different Time”, a partir das 21h30. No dia 13, é a vez da francesa Fanny Roz subir ao palco do TRC. No último sábado do mês, Tó Trips e Pedro Gonçalves dão um concerto, de entra-
da livre, de afirmação dos “Dead Combo” no panorama musical nacional. Em novembro, o Teatro Das Beiras apresenta em Lamego “Pagar? Aqui ninguém paga!”. O espetáculo está marcado para o dia 17, a partir das 21h30. No dia 24, o TRC vai viver uma noite mágica com o espetáculo “Luís de Matos Chaos”. Trata-se de uma experiência mágica sem precedentes, uma coleção de mistérios tornados realidade em cada representação. O espetáculo para toda a família tem preço
único de 10 euros. Dezembro arranca com “As Mulheres não Percebem”, às 21h30. Nesta peça de Teatro os espetadores vão ficar a saber o que conversam três amigos trintões quando estão sozinhos. No dia 22, o TRC recebe o projeto musical “Noiserv”, um dos mais estimulantes e criativos que surgiu em Portugal na última década. O preço do bilhete varia entre os cinco e os 24 euros.
Sessões diárias às 21h40, 00h20* Os Mercenários 2 (M12) (Digital)
Impy na terra da magia (M4) (Digital)
19h00 Morangos com açúcar - o filme (M6) (Digital)
17h05, 19h30, 21h50, 00h20** Patrulha de Bairro (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 17h25, 21h10, 00h05** Balas e Bolinhos 3 – O Último Capítulo (M16) (Digital)
Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h30, 23h50** Resident Evil 5: retaliação (M16) (Digital)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00, 16h20, 18h40, 21h10, 23h30* ParaNorman (M6) (Digital 3D)
04 | outubro | 2012
Sessões diárias às 21h20, 00h10* Ted (M12) (Digital)
Sessões diárias às 15h00, 17h15, 19h30, 21h50, 00h30* Dredd (M16) (Digital)
Sessões diárias às 13h45, 16h10, 18h30 Brave Indomável VP (M4) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h40, 16h15, 18h50, 21h20, 00h10** Para Roma, com amor (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 16h35, 18h50, 21h30, 23h45*
Sessões diárias às 11h15 (só 6ª e dom.),14h10, 16h30,
Tiago Virgílio Pereira
Sessões diárias às 21h40, 00h00** Dredd (M16) (Digital 3D) Sessões diárias às 14h40,
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
salhando crianças, a chuva molhando os cestos com frutos, uma delas que ainda não cobriu o pão, o manso olhar do gado esperando, com o dono, a volta para casa ou para o curral. E o mercado que fica ali pouco mais que a dois passos. Figos vindimos que eu gosto sempre de comprar, mais os vermelhos, de capa rota. Cestos de uvas colhidas na parreira do quintal e a lembrança dos cachos da vinha de meu pai, uva mourisca ou moscatel, e os pessegueiros, a penugem macia dos seus frutos, os bolsos cheios, e aquele sabor de infância no liberto caminhar pela estrada fora. E as mulheres colhendo feijão nos milheirais e os renques das vagens, nas eiras, a secar, abóboras-meninas na janela, tabuleiros com marmelos aguardando numa sala. Como vai longe o tempo de “As Pupilas do Senhor Reitor”!... E as mulheres do mercado, qualquer delas poderia ter sido nossa mãe, o jeito delas convidando os fregueses a parar e as seiras de junco, coloridas, que já se não vêem por ali, que tudo acaba, dizem elas. E as castanhas que ainda demoram a cair, e as chuvas que este ano não vieram de Verão e a inquieta espera, as rasas delas que podem não encher.
Estreia da semana
Impy na terra da magia – Sessões diárias às 13h50, 16h05, 18h20, 22h00, 00h30** Taken - a vingança (CB) (Digital) Legenda: * sexta e sábado ** 5ª, sexta e sábado
Impy é um dinossauro muito esperto que vive com os seus amigos animais falantes na ilha de Tikiwu. Quando uma bonita e desajeitada Panda chamada Babu chega à sua família rapidamente todos se apaixonam por ela, para descontentamento do ciumento Impy, que deixa de ser o favorito da ilha.
Jornal do Centro 04 | outubro | 2012
culturas
D Comemoração do Dia Mundial da Música em Vouzela
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ASociedade Musical Vouzelense vai assinalar o “Dia Mundial da Música” com um concerto no Cine-teatro João Ribeiro, em Vouzela, amanhã, dia 5, a partir das 20h00. A entrada é livre.
Destaque
O som e a fúria
“Conversas Camilianas” na biblioteca de Mangualde
Um Emmy bem merecido Maria da Graça Canto Moniz
Camilo Castelo Branco ∑ Homenagem ao escritor no âmbito dos 150 anos da publicação de “Amor de Perdição” Para assinalar as comemorações dos 150 anos da publicação da obra “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, a Câmara Municipal de Mangualde promove a iniciativa “Conversas Camilianas”, hoje, dia 4, a partir das 16h30, na Biblioteca Municipal. A sessão conta com a intervenção de José Valle Figueiredo, figura importante no panorama literário da poesia portuguesa contemporânea e diretor da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
A
Camilo Castelo Branco escreveu romance em quinze dias
Teatro
A iniciativa pretende homenagear o escritor português Camilo Castelo Branco, e relembrar o romance, escrito em quinze dias, durante o período de clausura. É o romance mais célebre do autor e constitui a obra definitiva do seu período romântico – “Amor de Perdição”. Neste exemplo do melhor romantismo português do século XIX, Mangualde ocupa um lugar incontornável. Na ficção de Camilo Castelo Branco, “O Retrato de Ricardina” e “A Doida do Candal”, Mangualde e
personalidades mangualdenses assumem papel de destaque. Falar de “Camilo e a Beira” é inscrever Mangualde no quadro que o grande escritor escolheu para pano de fundo de algumas das suas obras mais emblemáticas. A exposição da Coleção Camiliana de Paulo Sá Machado, patente ao público até ao dia 13 e a apresentação do vinho “Amor de Perdição”, da Quinta de Cabriz, serão outras das atrações do dia. Tiago Virgílio Pereira
Concerto
“K Cena” para jovens dos 14 aos 18 anos Norberto Lobo no Viriato Terminam no dia 8 de outubro, segundo-feira, as inscrições no Teatro Viriato, em Viseu, ou através do sítio na internet, para o projeto de teatro jovem “K Cena”. O projeto com a comunidade procura estimular o gosto e a curiosidade pela escrita e interpretação teatral, promovendo a valorização da língua portuguesa e reconhecimento desta e do Teatro como veículo de desenvolvimento da identidade e enriquecimento pessoal e interpessoal. Destinado a jovens dos 14 aos 18 anos, Publicidade
“K Cena” alargou este ano o “raio de ação” a outros países lusófonos - Cabo Verde e Brasil - privilegiando a oportunidade de colocar em contato (não presencial) jovens de diferentes realidades culturais e contextos, mas ligados pela Língua Portuguesa, fomentando o intercâmbio de experiências. No Viriato, os ensaios realizam-se de 15 de outubro a 21 de dezembro e, em 2013, de 4 de janeiro a 22 de fevereiro, sempre às sextas-feiras, das 18h00 às 21h00, sob a encenação de Graeme Pulleyn. TVP
Original, com uma qualidade rara na criação sonora, Norberto Lobo é do tipo de músicos que parece inventar tradições sozinho. Versado em vár i a s g u it a r r a s , com pa rticula r dedicação nos últimos anos à acústica, à elétrica, e, mais recentemente, à tambura, Norberto Lobo faz à guitarra o que muitos apelidam de “exorcismo”. Ao Teatro Viriato, em Viseu, chega di 6, sábado, a partir das 21h30. “Mudar de Bina” foi o seu
álbum de estreia, seguindo-se “Pata Lenta” editado em meados de 2009 pela Mbari, discos aclamados e acarinhados pelo público e pela crítica nacional da área da música que reconhecem Norberto Lobo como uma das principais figuras do atual panorama da música portuguesa. O preço do bilhete varia entre os 5 e os 10 euros. Pode ser adquirido no balcão do Teatro ou no sítio da internet. TVP
Infelizmente, “Downton Abbey” não caiu no “goto” dos portugueses. Claro, não tem o package a que a malta está habituada: sexo, violência e os melodramas à la novela brasileira terrivelmente imitados nas novelas portuguesas. De qualquer forma, é uma série que já vi e revi e, como já escrevi noutras linhas, pode ser rotulada de várias formas: fantasia liberal, nostalgia, romance ou ficção mas, sem dúvida que tem alguns pontos de comunicação com a situação actual (anunciada por muitos entendidos como “de mudança”), além de ser um retrato da época Eduardina tardia. Ora, no passado dia 24 de Setembro, a actriz de 77 anos Maggie Smith - uma das melhores, na minha opinião, da actualidade ao
lado de outro colosso british que é a Dame Helen M i rren -, que por seu turno é a Condessa de Grantham em Dow nton Abbey, ganhou o Emmy de melhor actriz secundária. O que faz desta Senhora uma das melhores d a ac t u a l id ade , perguntam-me? E que ela não só tem talento para o drama como consegue combiná-lo, num timing impecável, com uma pitada de comédia através do seu olhar trocista, altivo e desdenhoso. Na representação de Smith em Downton, cada linha tem correspondência numa expressão facial e em todos os gestos - feitos com extrema mestria e, sobretudo, com uma elegância incrível. Além do mais, Dame Smith tem, de longe, os melhores diálogos da serie.
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saúde e bem-estar Portugueses cumprem menos de metade da actividade recomendada Em Portugal, mais de metade da população (51%) com mais de 15 anos não cumpre os critérios mínimos de atividade física recomendados pelos especialistas, segundo a revista científica The Lancet. Os resultados confirmam, ainda, que o sexo feminino é o mais sedentário. Os motivos para a inatividade estão associados à capacidade psicológica da mulher para iniciar a prática de exercício ou à sua capacidade física, no caso de sofrer de algum problema ou patologia que a impeça de realizar certos de movimentos ou exercícios. Os especialistas deparam-se, cada vez mais, com situações de aconselhamento e
prescrição de exercício físico a pessoas com condições clínicas associados, onde os riscos e preocupações são maiores. No sentido de combater o problema, os especialistas têm vindo a defender, cada vez mais, a prescrição de exercício físico por parte dos médicos, de forma a prevenir ou melhorar várias patologias. Dados mais recentes revelam que os Portugueses sofrem, cada vez mais, de várias patologias relacionadas com o sedentarismo. Por exemplo, 49,5% dos adultos têm excesso de peso ou obesidade, dois milhões são hipertensos e cerca de um milhão são diabéticos.
DIA MUNDIAL ALERTA PARA A RELAÇÃO ENTRE O CORAÇÃO E OS RINS No domingo passado,30 de Setembro em que se comemorou o Dia Mundial do Coração ficou a saber-se que os rins e o coração “estão interligados”, ao ponto de “as pessoas com insuficiência renal terem três vezes mais probabilidade de ter doenças coração e, adicionalmente, a pressão arterial elevada provoca tantos danos nos rins como no coração”, revelou o presidente da Sociedade portuguesa de Nefrologia, Fernando Nolasco. Em Portugal estimase que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. Para proteger o coração e os rins, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia recomenda andar a pé pelo menos uma vez por dia e durante 30 minutos, praticar natação ou simplesmente andar dentro de água, optar pelas escadas em vez de elevador, beber bastantes líquidos. EA
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SAÚDE E BEM-ESTAR 23
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Dia do Idoso alerta para importância do exercício
Opinião
Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt
Maus hábitos para os dentes que devemos abolir Os cuidados da boca não começam com a 1ª cárie. É importante vigiar a saúde dos dentes desde o 1º momento. Devemos evitar que os nossos filhos adquiram maus hábitos e incentivá-los a adquirir rotinas básicas de higiene oral. Chuchar no dedo A pressão continuada no céuda-boca deforma a arcada dentária superior e pode originar uma forma desta, em forma de ogiva, que fornece menos espaço para os dentes. A chupeta, tal como o dedo, exercem pressão contínua no palato, com os mesmos resultados. No entanto, existem chupetas com formas anatómicas que podem minimizar os efeitos e mais fácil tentar abolir o hábito, porque não podemos “esconder” os dedos dos nossos filhos! Chuchar no dedo afecta desde o 1º momento, no entanto se este hábito for abandonado cedo, com o crescimento, o palato pode recuperar a forma original espontaneamente. Se se mantiver depois dos 4 anos de idade, as probabilidades da criança precisar de tratamento ortodôntico no futuro são bastante maiores. O reflexo de sucção, além de ajudar a alimentar a criança, serve também para a acalmar. Por isso quando não abandona o hábito espontaneamente podemos procurar causas além das puramente dentárias como por exemplo a ansiedade. A educação e a paciência são mais eficazes do que qualquer líquido de sabor pouco agradável. Comida triturada O órgão que não se usa atrofia! Trincar massaja por um lado a gengiva e por outro lado treina os músculos da cara e da língua. Introduzir os alimentos sólidos demasiado tarde e contraproducente para o correcto desenvolvimento da boca. Por isso deve começar a dar-lhe sólidos ou semi-sólidos logo que apareçam os primeiros dentes.
Com o envelhecimento as estruturas muscoesqueléticas do nosso organismo vão perdendo alguma função. A vida sedentária e o facto de o corpo já não ter a mesma atividade atrasa o processo de mobilidade e é aqui que o exercício físico se torna uma mais-valia. Os benefícios que advém da prática de exercício incidem “no bem-estar físico, através da manutenção das amplitudes
articulares, do aumento da força muscular, prevenindo assim a perda de equilíbrio, e sobretudo no combate a doenças como a Osteopedia, a Osteoporose a pressão arterial. Melhora os níveis de colesterol e de glucose no sangue, preserva ou reforça a mineralização óssea, reduz o risco de cancro do cólon e da mama, nas mulheres e tantas outras doenças. No que diz respeito ao bemestar psicológico o exercí-
cio físico preserva a função cognitiva, diminui o risco de depressão e de demência, atenua o stress e melhora a qualidade do sono, da autoimagem e da autoestima.”, explica o fisioterapeuta, André Proença, entrevistado a propósito do Dia Internacional do Idoso, 1 de outubro. A prática de exercício físico depende muito das capacidades motoras e físicas de qualquer indivíduo e nas camadas seniores
essa preocupação deve ser acrescida. No entanto, “as recomendações para a geração sénior consistem na acumulação de, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada (30 minutos por dia, cinco dias por semana), atividades como hidroginástica, natação ou exercícios mais específicos que devem ser feitos com o acompanhamento de um fisioterapeuta ou médico especia-
lista”, sugere André Proença. Acrescentando ainda que, “o importante é que as pessoas se sintam bem e que pratiquem exercício de forma moderada e de acordo com as capacidades individuais. Sempre que sintam que estão a perder capacidades ou força devem consultar um médico ou recorrer à fisioterapia, há vários exercícios passivos, ativos, treino de equilíbrio que também podem fazer”. MC
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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.
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26 CLASSIFICADOS
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Manuel de Jesus Marques, 75 anos, casado. Natural e residente em Alcofra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 29 de setembro, pelas 18.15 horas, para o cemitério de Alcofra.
INSTITUCIONAIS
Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 José da Rocha Figueiredo, 80 anos, viúvo. Natural e residente em Cigana, Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O funeral realizouse no dia 29 de setembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.
2ª Publicação 1ª Publicação
Custódio Lima Pereira, 85 anos, viúvo. Natural de Mosteirinho de Pinho, São Pedro do Sul e residente em Lufinha. O funeral realizouse no dia 1 de outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Ribafeita, Viseu. Ernesto Luís do Carmo, 78 anos, casado. Natural de São Miguel do Mato e residente Moçamedes, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 2 de outubro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Moçamedes. Maria do Céu Soares, 89 anos, solteira. Natural de Paradela e residente Valadares, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 2 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Valadares. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927
(Jornal do Centro - N.º 551 de 04.10.2012)
Jorge Manuel Milagre de Sena, 76 anos, casado. Natural de Aguiar da Beira e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de setembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542
NECROLOGIA
(Jornal do Centro - N.º 551 de 04.10.2012)
1ª Publicação
Maria Jesus Couto, 64 anos, casada. Natural e residente Rio de Loba, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de setembro, pelas 18.00 horas, Adelina Ferreira, 74 anos. Natural de Pindelo dos Milagres, São para o cemitério de Rio de Loba. Pedro do Sul e residente em Mamouros, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 29 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemité- Zulmira Morais, 81 anos, viúva. Natural de Lisboa e residente Póvoa rio de Mamouros. de Sobrinhos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Barbeita. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Celeste Gonçalves, 87 anos, viúva. Natural de Torredeita e residente em Couto de Baixo. O funeral realizou-se no dia 30 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vila Chã do Monte. Coriolano da Silva Pereira, 57 anos, divorciado. Natural de Cabril, Castro Daire e residente em Chelas, Lisboa. O funeral realizou-se no Agência Funerária D. Duarte dia 24 de setembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Cabril. Viseu Tel. 232 421 952 Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358
Júlia Matias Raposo Correia, 88 anos, viúva. Natural de Sines e residente em Cabanões, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de setembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Farminhão.
José da Silva Laires, 93 anos, casado. Natural de Castelo de Penalva, Penalva do Castelo e residente em Ançada, Mangualde. O funeral Dália de Sousa Fernandes, 83 anos, casada. Natural de Decermilo, realizou-se no dia 28 de setembro, pelas 15.00 horas, para o cemi- Sátão e residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizou-se no dia tério de Mangualde. 25 de setembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Paradinha.
Ilídio Ribeiro, 91 anos, viúvo. Natural de Cunha Baixa, Mangualde e Maria de Almeida Santos, 82 anos, divorciada. Natural de Santos residente em EUA. O funeral realizou-se no dia 28 de setembro, pe- Evos e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de setemlas 18.00 horas, para o cemitério de Cunha Baixa. bro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652
(Jornal do Centro - N.º 551 de 04.10.2012)
Adosinda Augusta, 83 anos, viúva. Natural de Couto de Baixo e residente em Vila Nova, Couto de Baixo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Couto de Baixo.
Manuel Mineiro Lopes de Oliveira, 88 anos, casado. Natural de São Miguel do Rio Torto, Abrantes e residente em Abrunhosa do Mato, Agência Funerária de Figueiró Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de outubro, pelas 17.00 Viseu Tel. 232 415 578 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato. Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097
Desidério Alves Cardoso, 78 anos, casado. Natural de Povolide e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Santiago.
Irundina dos Anjos Ferreira Alexandre, 96 anos, viúva. Natural e residente em Casal Meão, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 19 de Maria Fernanda Rodrigues Lima Cardoso, 74 anos, casada. Natural de Mafra e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de sesetembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. tembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria das Dores Dias, 91 anos, viúva. Natural e residente em Pedra Cavaleira, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 20 de setembro, Joaquim de Sá, 85 anos, viúvo. Natural de Rio de Loba e residente em Esculca. O funeral realizou-se no dia 29 de setembro, pelas 16.15 pelas 17.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Nisa, Lda. Belmira Marques, 89 anos, viúva. Natural e residente em São SalNelas Tel. 232 949 009 vador. O funeral realizou-se no dia 3 de outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. Aires de Oliveira, 79 anos, solteiro. Natural e residente em Pinheiro de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 28 de setem- Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 bro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões.
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 551 de 04.10.2012)
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clubedoleitor
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FOTO DA SEMANA
HÁ UM ANO EDIÇÃO 499 | 07 DE OUTUBRO DE 2011
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Os nossos autarcas quando se empolgam fazem maravilhas. Apesar do Senhor Presidente da Junta de Freguesia em causa “refilar” um bocadinho com o JC acerca dos” terrenos públicos e privados”, o certo é que em menos de uma semana “fez o milagre”. Que está à vista na Quinta do Bosque. E beneficiou a todos. Parabéns pela diligência e prontidão. Os moradores agradecem. E nós também!
DIRECTOR
Jornal do Centro 07 | Outubro | 2011
especial
Animais de Estimação
17 textos ∑ Andreia Mota
Realizou-se a 4 de Outubro
S. Francisco de Assis “apadrinha” Dia Mundial do Animal
O Dia Mundial do Ani- ros crimes e torturas con- dade se aperceba. mos chamados a contribuir nasceu em Assis, velha ci- engaiolados só para os ver mal já passou (celebra-se tra os animais, sobretudo A Declaração Universal para que a mesma seja res- dade de Itália, situada na voar de novo, em liberdaa 4 de Outubro), mas nun- porque estes não se conse- dos Direitos do Animal foi peitada. região da Úmbria, em 26 de de. Morreu a 4 de Outubro ca é demais pensar e agir guem defender sozinhos. – através de uma proposta Setembro de 1182. Após ter de 1226 e, dois anos depois, em prol das necessidades Assim, mais do que pensar de Georges Heuse, secreCuriosidade passado por um período foi santificado. dos companheiros de es- nos bichinhos que temos tário-geral do Centro InO Dia do Animal come- em que esteve gravemenEm 1929 no Congresso timação. em casa, importa reflectir ternacional de Experimen- mora-se a 4 de Outubro em te doente decidiu passar a de Protecção Animal Apesar de a data ser assi- sobre aqueles que continu- tação de Biologia em Humana homenagem a S. Francisco ajudar os mais carenciados. Viena, Áustria, foi declanalada desde 1930, em mais am a sofrer às mãos huma- e cientista ilustre - procla- de Assis, por ser a data do Franciscus amava os anirado o dia da morte de São de 45 países, ainda conti- nas e a ser explorados, mui- mada pela UNESCO a 15 de seu falecimento. mais e protegia-os, che- Francisco de Assis como o nuamos a assistir a inúme- tas vezes sem que a socie- Outubro de 1978 e todos soFranciscus van Assisi gando a comprar pássaros Dia Mundial do Animal.
Conheça a história desta dona ‘babada’
“A Litas é tudo para mim” Reza o saber popular que o cão é o melhor amigo do Homem. Entre os dois criam-se laços de cumplicidade ímpares e sem cobranças (bem, talvez um biscoito de vez em quando…). Há casos em que a relação é tão forte que pode mesmo assemelhar-se à que se estabelece entre uma mãe e o filho. É o que acontece com Sophie Rodrigues e Litas, uma cadela arraçada de cão d’água, que até herdou o sobrenome da dona. Conheceram-se em Abril de 2010 e, desde então, são inseparáveis. “O com os humanos, é nos momenhaverá ou não passeio”, acrescenta primeiro olhar até nem foi muito tos de aflição que vemos como os Sophie, deliciada com as peripécias positivo mas, no dia seguinte, já nin- outros nos fazem falta. “A Litas esda petiz. guém ma tirava”, começa por contar teve doente e, além de eu também Além de não largar a dona “um a dona que, desde criança, está ha- ter ficado, percebi o quanto gosto segundo” quando estão em casa e bituada a lidar com animais. Este é dela”, conta. de dormir enroscada à cabeça da um gosto que recebeu dos pais que dona, a Litas – também tratada por têm “dois cães e sete gatos”. Orgulho Litinhas – adora andar de carro, Sobre a sua amiga de quatro paPassado o susto, a dupla voltou a onde já tem lugar cativo e direito a tas, Sophie realça algumas caracte- rotina habitual. “Sou sempre rececinto de segurança próprio. rísticas: “é muito gulosa, brincalho- bida à porta e mal tiro a chave para A experiência com a sua compana, esperta, exigente e territorial”. entrar no prédio ela começa logo a nheira de quatro patas tem corrido “É tudo para mim e uma compa- ladrar. Se é de dia vai buscar a tre- tão bem que a jovem considera mesnheira de todas as ocasiões”, descre- la, enquanto se já estiver escurecimo a hipótese de aumentar a ‘prole’ ve, frisando que, tal como acontece do senta-se na cama, na dúvida se e adoptar mais um cão. Publicidade
Hospital disponibiliza vasto leque de serviços
SOS Animal tem atendimento 24 horas por dia Cirurgias de emergência e or- mais especializados. topédica – incluindo cesarianas e A juntar ao vasto leque de seratendimento a politraumatizados viços está também uma equipa e a casos de intoxicação, cuidados de oito pessoas, na qual a vertente de medicina interna e apoio ao humana é muito marcante. Este é domicílio são alguns dos servi- um dos pontos que, paralelamenços que pode encontrar na SOS te aos preços acessíveis, contriAnimal – Hospital Veterinário bui para a grande afluência que se de Viseu, localizada na Aveni- regista na SOS Animal e que, de da Cidade de Aveiro. A unidade acordo com o médico veterinário presta atendimento 24 horas por e director clínico do espaço, Abel dia, tendo sempre pelo menos um Fernandes, são sinónimo de que médico e um enfermeiro disponí- “o trabalho é reconhecido”. veis, e reúne condições para que o Mas para que os problemas teseu companheiro de quatro patas nham um final feliz, o clínico avisa possa, sem valores acrescidos, fi- que é importante “as pessoas não car internado. protelarem e levarem o animal ao O apoio à criação de animais e hospital quando se suspeita de paos cuidados aos de grande porte tologias que podem ser graves e – como cavalos, bovinos, ovinos e colocar a sua vida em risco”. porcinos – e aos exóticos, são ouA trabalhar na área há cerca de tras das valências da estrutura, a 10 anos e habituado a lidar com a funcionar desde 2009. O facto de ‘bicharada’ desde pequeno, Abel possuir protocolos com outras Fernandes fala com orgulho da unidades permite receber e en- sua profissão e realça o agradeviar doentes de e para outras zo- cimento que recebem não só por nas do país, quer para segundas parte dos donos, mas também opiniões, como para tratamentos dos animais.
UM JORNAL COMPLETO
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO pág. 17 > ESPECIAL pág. 20 > EDUCAÇÃO pág. 21 > ECONOMIA pág. 23 > DESPORTO pág. 26 > CULTURA pág. 28 > EM FOCO pág. 29 > SAÚDE pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 33 > EMPREGO pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
Semanário 07 a 13 de Outubro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 499
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
· www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225
Nuno André Ferreira
Depois
Paulo Neto
Nuno Almeida
Antes
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
NESTA EDIÇÃO
“Não é pela eliminação de freguesias que se poupa dinheiro” ∑ A reforma da administração local discutida à mesa, no Jornal do Centro
| páginas 8 a 10
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Raquel Rodrigues
Este foi o cenário que encontrei no Campo de Viriato, dias depois do fecho de mais uma edição da Feira de S. Mateus. E o cheiro não se sente através da foto... Completamente escusado!
∑ Viseu perde mais de metade das freguesias ∑ Autarquia de Nelas substitui Ministério da Educação ∑ Televisão Digital Terrestre chegou a Viseu ∑ Prohabit contempla mais 115 famílias de Viseu ∑ Semana de sensibilização para a coluna alerta para perigos do computador
∑ XVI Feira da Maçã Bravo de Esmolfe ∑ 1ª Festa das Colheitas - Castro Daire ∑ Festa das Sopas volta ao Multiusos
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21:00 exposição Nada nos inquietará? Rui apolinário 21:45 teatro La Calle del Infierno BonifratesLA A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
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JORNAL DO CENTRO 04 | OUTUBRO | 2012
Hoje, dia 4 de outubro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 23 e mínima de 10ºC. Amanhã, 5 de outubro, céu limpo. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 11ºC. Sábado, 6 de outubro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 12ºC. Domingo, 7 de outubro, céu com periodos de muito nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 14ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Quinta, 4
Mangualde ∑ “Conversas Camilianas”, às 16h30, na Biblioteca Municipal, com a participação de José Valle Figueiredo, diretor da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Sexta, 5
Mangualde ∑ 3ª Edição da Expo Feira TT de Mangualde, às 14hoo. O evento organizado pelos clubes Dá Gás e Rodas do Trilho prolonga-se até domingo, dia 7.
Sábado, 6
Viseu ∑ Inauguração da exposição anual “Projectos que (Ainda) não Passaram do Papel, pelo Núclo de Arquitectos da Região de Viseu. A iniciativa insere-se nas comemorações do Mês Nacional da Arquitectura.
PASSATEMPO O Jornal do Centro oferece bilhetes para a peça “La Calle Del Infierno”, na ACERT, dia 6 de outubro. Para ganhar um, ligue para o 232 437 461. Bilhetes limitados. Publicidade
Jantar dançante ao som de Pedro Abrunhosa
Olho de Gato
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Multitude Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
“Os Melhores Anos”∑ 16ª edição sob o tema “Viseu com Gosto” A festa de “Os Melhores Anos”, que se realiza há 16 anos, em Viseu, regressa no sábado, dia 6, com Pedro Abrunhosa como cabeça-de-cartaz. “Viseu com Gosto” será o tema deste ano, celebrado na ExpoCenter, junto ao “The Day After”, a partir das 20h00. A cidade de Viriato foi considerada a melhor do país para viver, segundo o estudo da DECO que valorizou aspetos como a saúde, a educação, a mobilidade e o meio ambiente, e, por esse facto, “Os Melhores Anos” associam-se a esse galardão atribuído à cidade. Para além da atuação de Pedro Abrunhosa, um dos mais conceituados artistas nacionais, a festa que homenageia os anos 60, e que de ano para ano de aproxima mais da realidade vivida nos “loucos” anos 80, contará ainda com as performances de Roda de Choro de Lisboa, Orquestra “Os Melhores Anos”, “My Jazz Trio” e a animação da Associação Cultural “Zunzum”. O fato escuro é o traje recomendado pela Visabeira Turismo, entidade
A Artista de renome vai abrilhantar a festa dos anos 60 organizadora do evento. À semelhança do que tem acontecido em edições passadas, “Os Melhores Anos” realizam-se no formato de jantar dançante, com enfoque para a cozinha tipica beirã. São esperadas muitas caras conhecidas da televisão, da moda e do espetáculo, numa festa que é já considerada a melhor e mais requintada de Viseu. “Os Melhores Anos” com projeto solidário. A 16ª edição de “Os Me-
lhores Anos” associa-se ao projeto solidário da Fundação “Realizar um Desejo”, que será apresentado pela embaixadora Lúcia Moniz. “Realizar um Desejo” é um projeto destinado a apoiar crianças e jovens entre os 3 e os 18 anos que sofrem de doenças que colocam as suas vidas em risco, proporcionando-lhes momentos de alegria e esperança. Tiago Virgílio Pereira
As duas grandes manifestações feitas em Portugal em Setembro foram diferentes: — a do dia 15 teve convocatória apartidária, via Facebook, realizou-se em várias cidades do país, e só contou com a criatividade e a espontaneidade dos manifestantes; — já a do último sábado, polarizou-se toda ela no Terreiro do Paço, foi organizada da forma tradicional, com transportes de manifestantes em autocarros, e com o enquadramento costumeiro das manifs da Intersindical. Na do dia 15, uma multitude, na do dia 29, uma multidão. A diferença é qualitativa, não é quantitativa. Michael Hardt e Antonio Negri, em “O Império” (2001), explicam: enquanto na “multitude” há diferenciação e individualização, na “multidão” há homogeneização e dissolvência do individual no colectivo. “Multitude” é um conceito político que vem de Maquiavel e Espinosa, tendo este filósofo descendente de judeus portugueses visto nela o contra-peso mais forte que há a um poder: “todo o dirigente tem mais a recear dos seus próprios cidadãos do que de qualquer inimigo estrangeiro”. Uma “multitude” é muito mais do que uma “multidão com atitude”. A “multidão” da Intersindical não põe grandes problemas ao poder, já a “multitude” é corrosiva e põe-lhe problemas sistémicos agudos. A manifestação da “geração à rasca”, feita em 12 de Março de 2011, varreu o autoritarismo negocista de José Sócrates. Agora, em 15 de Setembro, este “que se lixe a troika!” demoliu o edifício moral de Pedro Passos Coelho. Sócrates caiu pouco depois, não tinha maioria que o segurasse no parlamento. A maioria de Pedro Passos Coelho, pelo menos para já, vai-o aguentar. Mas parece, cada vez mais, um submarino a meter água na casa das máquinas.
Viseu participa na caminhada contra o cancro Viseu integra este sábado, dia 6 de outubro, a rede de cidades que vai receber a caminhada “Pequenos Passos, Grandes Gestos” do movimento Vencer e Viver do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). O objetivo da iniciativa é sensibilizar a população para a prevenção e deteção precoce do cancro da mama. A iniciativa realiza-se
às 15h00, em simultâneo em sete cidades da região Centro. Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu. “Pequenos Passos, Grandes Gestos” está integrada no mês internacional de prevenção de cancro da mama, que se assinala em outubro. Além da sensibilização para a prevenção e o diagnóstico precoce, a corrida promove a angariação de fun-
dos destinado ao apoio social à mulher com cancro da mama e à divulgação dos projetos promovidos pela LPCC no domínio da patologia, nomeadamente o rastreio e as atividades do Movimento Vencer e Viver. Anualmente são detectados cerca de 4.500 casos de cancro da mama em Portugal e 1.500 mulheres morrem por ano com esta doença. EA