Jornal do Centro - Ed553

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Classificaçção de Classificaçã

Conforto e bem-estar

com tradição

Semanário 19 a 25 de outubro 2012

pág. 06 > ABERTURA pág. 11 > REGIÃO

esporto no desporto

automóvel

Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo

pág. 15 > ECONOMIA pág. 22 > DESPORTO

1,00 Euro

pág. 28 > CULTURA

Nesta N esta stta ediç ed edição diççã ão

| Telefone: 232 437 461

Ano 11 N.º 553

pág. 14 > EDUCAÇÃO

A João Leonardo

pág. 30 > SAÚDE

Aquecimento & Climatização e especial Rali de Mortágua ·

SEMANÁRIO DA

pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 34 > NECROLOGIA

REGIÃO DE VISEU

pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu ·

“Temos que pensar o mundo para pensar a Europa, para pensar Portugal e para pensar Viseu”

Nuno André Ferreira

Paulo Neto

pág. 08 > À CONVERSA

moacréscimo de ESTE SUPLEMENTOcom esseINTEGRANTE É PARTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO Munipessoas 553 DE 19 DE OUTUBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE. fos, jornalistas, Publicidade vimento. A Câmara esforprocu- grafos, os pilotos, quando faz este harmoniosa, acompanham dois, cipal as di- quee para forma tem em conta ço financeiro rando compatibilizar so- quee aqui permanecem te estamos disponíveis para a ecoconsoante de Mortágua essa plataforma. ês ou mais dias, todo esse retorno três mensões económica, O concelho desportiva tradição integrar que o concelho Finalmente te- nomia local, que no contexto as situações. É sabido cial, ambiental, tem uma grande que vem pessoas tem uma impossui condimilhares de atual do país, e lúdica. de Mortágua neste desporto, é o mos os maior. ao desenrodo mítico TAP ções únicas para a realização portância ainda ue vêm assistir O Rali de MortáguaTra- que dos tempos a tointedesporpresença desDeixo o convite tipo de evento rede exemplo disso mesmo. pro- lar ar da prova. A a Rallye de Portugal, que pessoas tem de Ralis deste que venham temos uma de um cartaz es milhares de na dos para o Rali, incluingrado no Mundial que tivo, porque florestais mui- ta-se a nível tes significativo ver o concelho de caminhos de Mortágua a um impacto (WRC) e só lamentamos noturKm, move tenha deilocal. A título e contribui para mais de 1300 do a Super-Especial para o Rali de Portugal para ir to extensa, mas economia uma nacional os dias do novidade do país também temos ex- afirmação do concelho, pal- exemplo, durante na, que é uma xado o norte muito um espetáculo dias antecede facto como da região, como muita gente e Rali e até nos ao para o sul, quandoé a norte rede pavimentada que também unidades do desporto que diferente, aproveitando privilegiado dentes, as nossas co tensa e bem conservada, está provado saborelado, ene para RA e restauração de sermos ABRAN Por outro público AFONSO ABRA mesmo tempo de alojamento resulta do facto 250 Km2 automóvel. e coque há mais Presidente dda C deste desque traz muita ficam normalmente lotadas. ar a nossa gastronomia com é um evento Municipal dee M naa tusiasmo à volta que é tem- um concelho que há ouas nossas belezas acho Mortágua. Estamos Naturalmente 92 povoações. lo- nhecer porto. Aliás, do gente a da região e centenas de pessoas, tros setores do comércio Tem sido estratégia po dos municípiose esforços va- falar de também turais. promover e pilotos, organização, cal que beneficiam unirem vontades regressar Município endó- entre assistência, fotófazer lorizar as condiçõesde uma equipas de no sentido de ao seu loo Rali de Portugalnossa par- genas do território, e da cal de eleição

um concelho Mortágua é

DIRETOR

A Ivo Nogueira

A

Opinião

UM JORNAL COMPLETO pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

A nossa casa, o local de trabalho ou simplesmente um espaço público fechado, são os locais que mais frequentamos no nosso dia-a-dia. Em qualquer um deles o conforto e o ambiente são fundamentais para que possamos relaxar ou trabalhar com mais qualidade. Então nestes dias que se avizinham frios, o aquecimento de qualquer espaço é imprescindível. E é aqui que várias questões nos começam a surgir no pensamento: “Qual a melhor solução de aquecimento e climatização?”, “Qual é o mais sustentável?”, “Qual é o mais económico e eficiente?”. Para lhe ajudar nesta escolha e para que tenha um Inverno mais quente e confortável apresentamos-lhe várias soluções.

Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

·

www.jornaldocentro.pt |

∑ Manuel Maria Carrilho, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 a 10


2

Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

praçapública r Hoje

palavras

deles

os partidos estão muito virados para si próprios, para a vida das suas classes dirigentes, para os seus interesses e têm um desconhecimento do mundo e um desinteresse pela sociedade que é intolerável nos representantes políticos” Manuel Maria Carrilho Em entrevista ao Jornal do Centro

Opinião

João Cotta Presidente da AIRV

Pensar o quotidiano

A. Gomes Professor de Filosofia

rNão permitirei que r se instale em Viseu uma lógica de exclusão, promoção pessoal e valorização dos interesses pessoais em detrimento dos interesses do partido”

r

É tempo dos muniOs ministros da cípios da região unirem Economia e das vontades e esforços Finanças têm sido no sentido de fazer verdadeiros regressar o Rali de caixeiros-viajantes” Portugal ao seu local de eleição e da nossa parte estamos disponíveis para integrar essa plataforma” João Inês Vaz

Hélder Amaral Presidente da Comissão Política Distrital do CDS-PP Viseu (Jornal do Centro, 17 de outubro)

Arqueólogo (Apresentação pública do grupo de análise e reflexão do PS Novos desafios para Viseu, 15 de outubro)

Afonso Abrantes Presidente da Câmara Municipal de Mortágua em declarações ao Jornal do Centro

Haja bom senso Este governo recebeu o País numa situação muito complicada, fruto do desvario dos anos anteriores. Assinámos um memorando que nos obriga a cumprir a meta do défice público e a fazer reformas estruturais. Temos de cumprir mas não de forma cega. A austeridade, prevista no OE de 2012, foi pensada para corrigir o défice público e a balança comercial. As medidas de austeridade tiveram um impacto muito mais forte no consumo do que o previsto. E porquê? Porque as famílias e as empresas estão demasiado endividadas. Com a redução do rendimento disponível e das vendas, aquelas optaram por reduzir o consumo e o investimento, para cumprirem as obrigações das suas dívidas. Como comprámos menos ao exterior e exportámos mais equilibrámos a nos-

sa balança comercial com o exterior. No entanto, com a austeridade e a recessão económica, a colecta de impostos reduziu-se bastante gerando um défice público acima do previsto. Resultado, a recessão económica não permite sequer que paguemos os juros da dívida pública, que se acumulam assim à dívida. O governo, em meados de 2012, devia ter percebido que esta receita não funciona. A austeridade pelo controlo da despesa pública pode ser virtuosa e permitir a competitividade rápida do País. Mas a austeridade pelo aumento da receita, sobretudo com os cidadãos e as empresas muito endividados, é o ciclo da pobreza. Com mais impostos há cada vez menos consumo, logo menos receita. As empresas fecham, há menos dinheiro a circular, há mais desemprego, há mais despesas so-

ciais, há menos investimento. Este é um ciclo destruidor da economia. Assim, em meados de 2012 o Governo devia ter pedido para renegociar o prazo da dívida, pois nas circunstâncias atuais nem sequer pagamos os juros. Chegámos à preparação do OE de 2013 num estado de emergência. O governo mesmo alertado pelo FMI insiste na mesma receita. É o orçamento impossível! Vamos ter uma arrasadora subida do IRS, maior evasão fiscal, destruir o mercado nacional, ter um desemprego a subir a níveis impensáveis. Não vamos cumprir o défice! Vamos dizimar as empresas! As empresas precisam de duas coisas para viver, mercado e financiamento. E não terão ambas! Se não fizermos nada, no início do próximo ano vamos ter novas medidas de austeridade.

Temos um País desfeito a todos os níveis. O desânimo é geral, ninguém acredita no futuro. Portugal tornou-se hostil aos Portugueses. O que tem de ser feito? Temos de renegociar o prazo da dívida e esta é a base fundamental. Temos de aumentar o rendimento disponível dos Portugueses, para manter o mercado nacional e assegurar o financiamento às empresas. Temos de ter uma fiscalidade inteligente, que analise a relação custo/benefício de cada medida. Temos de manter o controlo da despesa e a disciplina orçamental rigorosa. Ninguém é dono da verdade ou da competência. Pode haver uma direcção mas esta pode ter vários caminhos. Na negociação do OE 2013 ainda acredito no bom senso, na capacidade de ouvir os outros, na grandeza da humildade.

que, tal como acontece no futebol (e referiu explicitamente o nome de Ronaldo), o seu salário era ditado pelo valor de mercado. Ficamos, assim, a saber que o valor de mercado do cabelo de uma cambojana de 48 anos é de 6 euros. E que a fonte de muitos problemas poderá estar num sistema baseado no mercado. 4. Um mundo habitado por gente tão rica como se sabe (e os exemplos que referi nem são, globalmente, os mais “exemplares”) mas onde a maioria das pessoas é tão pobre que tem poucas alternativas de ultrapassar uma vida abaixo dos limites da dignidade – um mundo assim, sem equidade, não pode ser justo. O modo proposto por John Rawls (1921-2002) para a construção de uma sociedade justa é um “golpe de génio”: vamos conceber essa

sociedade imaginando que não sabemos a posição que ocuparemos nela – se seremos ricos ou pobres, “normais” ou “deficientes”, bonitos ou feios, homens ou mulheres, jogadores de futebol ou mineiros, homossexuais ou outra coisa... Este é o único modo de definirmos os princípios de uma sociedade nova e melhor. Diz o povo que quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte. Contudo, se eu partir sem saber que parte me tocará, tentarei partir de modo a que a repartição seja equitativa: é o único modo de garantir a minha satisfação, seja qual for o bocado que me toque em sorte. Nota: pode concordar ou discordar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/haja-justica/)

XXIII. Haja justiça 1. Em inícios de setembro passado, soubemos que Ronaldo estava triste (tão triste que os espanhóis, jocosamente, lhe trocaram o nome para Tristiano Ronaldo). Não se conhece, até ao momento em que escrevo, a razão segura de tal tristeza, embora se apontem razões financeiras e o próprio jogador garanta que não. Diz quem sabe que, por ano, Ronaldo ‘fatura’ um total de 33 milhões de euros, entre salário e ganhos com publicidade. Ou seja, mais de 90 mil euros por dia. Ou seja, quase 4 mil euros por hora. 2. The Phnom Penh Post fez-nos saber que uma mulher de 48 anos, pressionada pela fome, tinha vendido o seu cabelo por pouco mais de 6 euros. Ao jornal explicou que todas as mulheres gostam de estar lindas, “mas entre a beleza e a fome, o

que devo escolher?”. O comércio do cabelo natural está em expansão no Camboja. O cabelo das cambojanas parece-se muito com o das índias, que lideram o setor e conseguem os preços mais altos; dependendo do seu comprimento e da qualidade, bem como da idade da mulher, pode valer entre 5 e 10 euros. 3. Quando, em inícios 2012, se soube que Eduardo Catroga poderia vir a receber 600 mil euros por ano, pelas suas funções de presidente do Conselho Geral da EDP, houve indignação em Portugal: o ex-ministro tinha participado nas negociações com a troika – a razão recorrentemente invocada para justificar os cortes nos salários de pessoas que estão muito longe de receber valores próximos daqueles. Aos seus críticos, Catroga explicou


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

números

estrelas

50

José Mário Cardoso Presidente da Câmara de Sernancelhe

O número de camiões de empresas de transportes da região que, juntamente com dezenas de veículos ligeiros, integraram um buzinão e numa marcha lenta contra as portagens, na sexta-feira, dia 12, em Viseu.

Este autarca é o verdadeiro obreiro da dignificação e visibilidade da castanha sernacelhense. Com mais uma edição da Festa da Castanha, Sernancelhe assume-se como a capital da martaínha, rico produto endógeno cuja cultura já é modo de vida de muitos agricultores.

Com a publicação da obra, em dois volumes, “Pensar o Mundo”, o também filósofo dá-nos uma visão das metamorfoses atuais e vertiginosas que ocorrem na sociedade contemporânea, permitindo assim uma reflexão lúcida sobre o que nos rodeia.

Com o projeto inovador baseado na reciclagem das pontas de cigarro, os empreendedores arrecadaram o primeiro lugar a nível regional e o terceiro a nível nacional. O IPV está de parabéns também por ter sido palco da cerimónia de encerramento do concurso.

Uvas ou castanhas? Qual prefere e porquê?

Importa-se de responder?

Eu prefiro uvas. Pela textura, pelo sumo e sobretudo pelo sabor. Para mim é um fruto mais agradável.

Celeste Marta

Eu prefiro uva, talvez por ter uma maior variedade do que castanhas.

Maria Vitória Abreu

Professora

Professora

Talvez as uvas... Para além de ser um fruto mais doce é muito saudável.

Eu escolho as castanhas, primeiro porque não gosto de uvas e segundo porque as castanhas são bastante nutritivas.

Sandra Ferreira

Lisa Lopes

Estudante

Estudante

Opinião

Johnny Reis, Romeu Videira Vencedores regionais do 9º “Poliempreende”

Manuel Maria Carrilho Professor

A política do exemplo

Quando andava na escola primária, os pelourinhos – ou picotas - transformaram-se numa espécie de paragem obrigatória em todas as passeatas familiares. Impressionada pelas histórias que a História me fazia chegar, os pelourinhos representavam para mim, já na altura, o desconforto perante cerSílvia Vermelho tas manifestações (para usar um eufePolitóloga mismo) de poder e autoridade. Claro que a História está cheia de histórias romanceadas de como eram os maus da fita que acabavam ali, expostos em praça pública, depois de punidos, mas também havia a história dos Távoras e essa, para mim, significava muito mais do que qualquer outra história de anóni-

mos ladrões do mercado e da feira. Depois da carnificina ter passado de moda, os pelourinhos sempre arranjaram ao longo do tempo os seus legítimos substitutos e, não haja dúvida, o Estado de Direito foi um deles. As injustiças arranjaram um poderoso escudo – a Lei e as suas filhas leis. Ao abrigo da lei, em sentido lato, ainda que esta se abrigue sob nomes e tecnicismos de códigos e regulamentos, Pedro Afonso, aluno do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, viu-se alvo de inquérito disciplinar por ter proferido um insulto contra o Primeiro-ministro, que entrou na Universidade rodeado por um séquito de seguranças.

Um vulgaríssimo insulto a um Primeiro-ministro ganhou um rosto e um nome que, provavelmente, Pedro Afonso, que não conheço, nunca quis dar. Mas estas coisas de rostos e de nomes (no uso do imperativo: identifique-se) são um dos novos pelourinhos que a Lei erigiu como símbolos de controlo, poder e autoridade. Aqui ao lado, em Espanha, 50 moradas de IP foram dadas pela Google e pelo Facebook à “Justiça” Espanhola que, invocando a figura de “crime de associação”, procura identificar os financiadores do movimento 25 de Setembro. Que importará o significado da mobilização de milhares de pessoas de-

pois de perseguir e encontrar alegados responsáveis por este devaneio massivo da população, que se rebela contra um governo-pastor de um rebanho insubordinado? Façamos dos rostos e dos nomes os instrumentos da política pública do exemplo. Felizmente há luar!, diz D. Miguel no texto, aludindo à possibilidade da execução de Gomes Freire de Andrade ser visível ainda que noite adentro. Mas Felizmente há luar!, diz também Matilde, invocando a luz espelhada pelo luar daquela noite como fonte de liberdade. Sejamos Matilde - e saludemos o luar em todos os exemplos a que o Terror nos queira fazer vergar.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

O Super-Regedor 1. A Assembleia Municipal de Viseu aprovou a proposta do PSD de diminuição de freguesias do Concelho, de 34 para 25, com 40 votos a favor, 16 contra e 3 abstenções. Este resultado legitima democraticamente tal decisão. Qual é então o novo cenário? Repeses com S. Salvador; Couto de Cima com Couto de Baixo; Fail com Vila Chã de Sá; Barreiros com Cepões; São Cipriano com Vil do Soito; Boaldeia, com Farminhão e Torredeita. Na cidade, fundem-se as três freguesias numa só. Ou seja, São José, Santa Maria e Coração de Jesus desaparecem e surgirá uma macro freguesia com muita abrangência, grande poder e até, apetecida retribuição monetária. Se até aqui um Presidente de Junta de uma destas três referidas usufruía,

se a tempo inteiro, uma retribuição de 850 euros mais senhas de presença no valor de 75 euros por reunião (freguesia urbana, que as rústicas dão um “suplemento” sete vezes inferior), é conjectural pensar-se que, para poupar ao Estado, o futuro PJ de Viseu passará a receber 25% do salário do Presidente da República (7.415 euros), para mais de 20 mil eleitores. Ou seja, por volta dos 1.854 Euros, uma vez que os partidos do poder, PSD e CDS, não se entenderam quanto à Lei Eleitoral, devendo assim manter-se o regime retributivo. Ainda veremos um Super-Regedor com mais poder que o Presidente do Município. Doravante não hão-de faltar candidatos à missão de servir a “coisa pública”… Por falar nisso, Diamantino Santos, presidente da Junta de Freguesia do Sa-

grado Coração de Jesus, após ter sido alertado para uma situação anómala no “seu território”, pelos JC, mandou cancelar a assinatura institucional. O PSD no seu melhor. Imaginam agora um indivído destes à frente de uma superfreguesia? A seguir...

abandonaram), multiplicam-se os apelos na comunicação social e redes sociais, seja para adopção, seja para famílias de acolhimento ou tão simplesmente para contribuir com ajudas preciosas para a manutenção das próprias instituições, espaços que se encontram a rebentar pelas costuras com habitantes a que tudo é alheio. Tudo porque o tempo vai de contenção, de poupança, de corte em tudo o que se julga superficial, e o cão, esse “melhor amigo” por nós domesticado e hominizado, completamente dependente da mão que um dia lhe retirou a natureza

selvagem, se tornou simplesmente dispensável, causador de despesa, e sem qualquer tipo de utilidade mensurável. Mas que triste sina esta, a dos humanos, num dia precisam noutro dia não, esquecem a história num piscar de olhos ou por entre o tilintar de vil metal. Volvidos mais de 30 000 anos de domesticação, o objectivo inicial alterou-se, já não precisamos que sejam nossos companheiros e guardiões nas viagens por comida quando ainda eramos naturalmente nómadas, mas ainda os usamos para caçar, para farejar, para guiar, para guardar e proteger.

2. Um trabalho da Eurosondagem para o Expresso diz-nos que o Governo teve uma quebra no seu índice de popularidade de 20%, seguido dos juízes com 19,5% e do ministério público com 17,7%. Porque será que a governação está tão próxima da justiça, neste óbvio descrédito? 3. Fala-se hoje muito da Tecnoforma. Empresa de formação à qual estão ou estiveram ligados Miguel Relvas e Pas-

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Vida de Cão Houve uma altura em que pensava que a expressão “vida de cão” nada tinha de depreciativo, nem reportava de forma alguma para uma maneira de viver desagradável, antes porém um estilo de vida altamente descontraído e fácil, comida certa, carinho e atenção garantidos, e longas sonecas numa qualquer entrada solarenga. Claro que entendia que nem todos auferiam por parte de seus donos o mesmo tratamento ou as mesmas condições, mas nunca como agora vejo…não se percorre uma estrada sem os ver a vaguear (talvez no encalço daqueles que os

Gerência Pedro Santiago

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Opinião

Em terra de cegos… Anda tanta gente numa tarefa ufana e desesperada, fixada no comentar e coscuvilhar, que se desligaram da existência de outra coisa, que é fundamental para quem não se quer deixar afastar da realidade, a que se chama análise. Análise é a decomposição de um “todo” nos seus elementos constituintes, seja referido a coisas materialmente palpáveis ou ao domínio do impalpável (sentimentos, pensamentos, intenções, recalcamentos, etc). Mas mais do que a análise simples, convém que se tente perceber o que representa cada um dos elementos constituintes daquilo que se está a analisar. Tentando aplicar o conceito no domínio do substantivo, palpável, ao vinho, por exemplo, iremos mandar o dito ao laboratório de onde esperamos que venha, em relatório de análise, uma lista dos componentes e as respectivas percentagens que, somadas, nos permi-

tem entender que amálgama de substâncias ingerimos às refeições, embora saibamos que: 1. Para alguns não era preciso que fosse ao laboratório porque é bom de sabor e cheiro; 2. Outros gostam da percepção sensorial experimentada, mas querem ir mais longe e saber o que estão exactamente a beber (taninos, sulfurosos, antocianas, flavonoides, álcool, açúcares, ácidos, etc); 3. E ainda há uns tantos que querem saber como, quando e porquê esses elementos estão presentes na constituição do vinho e a forma como a parte química e organoléptica se relacionam no que se refere ao resultado do percepcionado na degustação. Então, poderemos decidir que há, neste caso, três diferentes tipos de análise. Uma primeira que é básica, directa, sensorial. Uma segunda que é mais

profunda, dependente de exploração e a terceira que está mais longínqua, menos acessível e que carece, em absoluto, de trabalho de exploração, de investigação e reanálise. Ora, como no caso do vinho, que vimos, em tudo que é substantivo, palpável, a análise é simples e pode depender de processos mecânicos, manuais e da interacção operacionalizada com coisas com massa volume e forma. Já o que é do domínio do imaterial tem de ser tratado de outra forma e depende exclusivamente do empenho de cada um no estudo e aculturação específica que permite chegar ao entendimento daquilo que se quer alcançar. Perceber o que determinou que S. Francisco de Assis tenha deixado o fausto dos bens materiais para se entregar de forma mendicante à espiritualidade e a ajudar os mais desfavorecidos envolve, vos garanto, mais


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

4. “Napalm”, “terramoto”, “carnificina fiscal”, “saque despudorado”, ” terrorismo fiscal”, “roubo sem precedentes”… são alguns dos epítetos usados pelos críticos (alguns da cor do poder) para designar as novas regras tributárias impostas por Passos Coelho a um país exangue, a precisar de transfusões, ao qual se tiram as derradeiras gotas da seiva vital…

nossos governantes, cuja maioria nem saberá o quer dizer. Eu explico: vem do latim mitigare, adoçar, de mitis, doce. Percebem agora porque o fel vem açucarado?

6. “Mitigar os sacrifícios dos portugueses” é uma expressão muito comum na boca dos

7. “À angústia do presente, junta-se a intranquilidade pelo futuro.” “Não se pode governar com base num acto de fé e destroçar o país.” “Se a humildade democrática é de aplaudir, os impulsos são de evitar.” “Pior que a certeza dolorosa é a dúvida ansiosa.” O leitor consegue saber de quem são estes pensamentos e a quem se dirigem? De Manuela Ferreira Leite, que foi Ministra de Estado e das Finanças do XVº Governo e para o Ministro das Finanças do XIXº Governo Constitucional, Victor Gaspar, conhecido pela alcunha o “Salazarinho”.

balho de fazer uma última viagem misericordiosa, e nas imediações de uma aldeia aí os deixam, deve-lhes pesar menos na consciência. Eu sempre tive cães, o meu primei ro mel hor amigo foi um pastor alemão, já recolhi 3 abandonados (2 deles por caçadores), agora só tenho 7, e só tenho 7 porque este ano foi doloroso, faleceram-me

3 …e nenhum dos que tenho ou virei a ter poderá de alguma forma substituí-los! São todos d i ferentes , cada um com a sua mania ou característica excêntrica, mas todos comungam uma mesma f ilosofia, a de adoração e respeito ao dono. Conseguimos humanizar um animal ao ponto de ele exibir quase todas as nossas características como donos, e depois aban-

donamo-los. Quem é mais humano? Quem persegue o carro ou quem se recusa a olhar pelo retrovisor? Nestes tempos de crise de dinheiro, os cães não fazem contenção ao amor e afecto, à companhia, à alegria que nos dão e à maneira como abanam o rabo quando nos recebem à vinda para casa, ricos ou pobres, empregados ou desempregados, com mais fartura de comida ou menos, eles são sempre leais e nunca nos julgam por aquilo que temos mas pelo que somos, tentemos por isso darlhes a vida digna que merecem e por nunca quererem algo em troca de quem os condenou.

do e como começou. E o quê e porquê do seu início. Há um fluxo de informação que nos chega pelos telejornais , jornais e rádio mas que é, a bem dizer, quase só factual. A informação é servida a frio, sem delongas, porque quebra a capacidade de concentração de quem ouve, ou lê, e isso é contrário às leis do mercado. O jornalismo de investigação está moribundo. Deixou de ter “mercado”. E esse era o que poderia, através da análise cuidada das coisas e dos factos ocorridos, meter-se a caminho de encontrar aquilo que interessa conhecer - a génese das questões. A génese que tem meios próprios, circunstâncias específicas e actores. A génese que leva ao percurso que termina onde estamos e que permite observar com clareza e entendimento, formular juízos de valor acertados e honestos e mais seguramente ajudar a que decidamos sem “pôdres” sobre as medidas a tomar. Ultimamente temos observado um cres-

cendo de impaciência nas pessoas. Uma fervilhante revolta que pode levar a um estado de convulsão, porque está latente, e à cegueira da actuação em massa, em turba. Estamos em “ponto-de-rebuçado” e, se calhar, porque a tal nos levaram sem que tivéssemos dado conta. Talvez tenhamos chegado ao ponto pretendido por algumas pessoas/entidades. Deste ponto começa a não se ter escapatórias e quando não as há estamos enjaulados. Ora, enjaulados perdemos a capacidade de nos movimentarmos. Em suma: Perdemos a Liberdade. Tantos anos a anunciarem-nos que rumávamos a ela, à Liberdade, para que não nos apercebêssemos do ninho que nos faziam atrás da orelha. E tão cegos, como autistas, em rebanhos acarneirados seguimos o pasto que nos iam deixando no trilho a pisar. Chegámos! Se tivéssemos feito um esforço, sério e honesto, para entender o que para alguns era evidente, não teríamos entrado na “gaiola”. Agora, há que aguentar e tentar fugir logo

que se possa. E sairemos porque nada é imutável. Mas, revela-nos a História, iremos cair no mesmo depois de termos esquecido o que passámos, e chegar, de novo, outro ou outros grupos de políticos charlatões que nos sirvam pasto fácil até se entrar na jaula de novo. A próxima jaula, aquela a usar daqui a décadas talvez até já esteja pronta á espera da “clientela”. A fórmula para nos defendermos é simples: Gostarmos de nós, da nossa família dos nossos amigos e da nossa Pátria. A eles nos consagrarmos como paga daquilo que os demais nos consagram a nós. Soltarmos de nós e aprisionar em cela de aço os egoísmos que temos servido tão denodadamente e que são as ferramentas com que nos manipulam as bestas a quem damos poder. Por fim, olear e operacionalizar uma Justiça que o seja efectivamente.

sos Coelho, que andou a “formar quadros” das autarquias por toda a parte e a receber fundos europeus astronómicos para o efeito. Segundo Clara Ferreira Alves, “Só em 2003, 82% das candidaturas aprovadas a empresas privadas na região centro, no quadro do programa Foral, coube à Tecnoforma.” Relvas era então secretário de Estado da Administração Local. Por acaso.

Lembro que já por volta de 2003 ou 2004 denunciei este facto no jornal do qual era director, “O Zurara”, assim como referi os pontas-de-lança no terreno: dois “homens de leis”, um ex vice-presidente de câmara e um quadro superior do ensino politécnico, ambos do PSD. E se bem me lembro, a nível nacional, ainda havia um tal Elias…

O processo de domesticação e reprodução selectiva gerou um sem número de raças e espécies caracterizadas por um número ainda maior de variedade de formas, cores e habilidades, infelizmente também gerou uma febre de status pela posse de determinados espécimes, como se de um troféu ou jóia se tratasse para que alegremente o pavoneássemos rua fora enquanto no resto do dia o encaixotávamos no T2 com uma varanda de 2 metros quadrados. Na minha aldeia, e nas outras também, não há semana em que não apareça um cão abandonado, todas as semanas vejo mais e mais…os donos dão-se ao tra-

do que se ficar pelo assumir de que tal «lhe deu “na bolha”» e/ou que «foi um capricho de menino bem». Haverá que dar-lhe o benefício da dúvida, no mínimo. Não era um qualquer desequilibrado a tentar viver uma aventura diferente por se ter cansado de ser servido e de poder alcançar tudo o que os bens materiais pudessem permitir-lhe. O estado lastimoso, tendencial e potencialmente degradado a que se chegou no País não passa só pelo resultado das medidas que têm vindo a ser tomadas. É tema que demanda análise. Uma Análise profunda, séria, despartidarizada, livre de quaisquer preconceitos e o mais intelectualmente honesta que possa ser. As pessoas têm tendência a não ser sérias e a deixar-se manipular. A esquecerem-se do que sabem ter-se passado há bem pouco e a imputar culpas a quem esteja mais perto ou que seja mais favorável atingir. Não se dão ao trabalho de procurar, como na análise que vimos ao vinho, quais foram as causas do descalabre, onde quan-

5. Há dias coloquei esta pergunta numa rede social: “O Estado enquanto comunidade tem 3 fins: proporcionar segurança, justiça e bemestar. Qual(ais) vos parece que falta(m) hoje ao Estado português? Unanimemente, as respostas foram: “TODAS!”

Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura

textos ∑ Emília Amaral fotos ∑ Nuno André Ferreira (arq.)

Desentendimentos no Alguns desentendimentos entre o presidente da Comissão Política do CDSPP Viseu demissionário, José Carreira e o presidente da distrital do partido, Hélder Amaral terão sido a gota de água para a demissão de José Carreira, menos de três meses depois de ter tomado posse. A sua demissão desencadeou depois, ao longo de uma semana, a demissão paulatina da maioria dos órgãos da estrutura e a consequente a dissolução da Mesa da Comissão Política por força dos estatutos. Também os membros da mesa do plenário acabaram por se demitir, tendo justificado a posição através de comunicado interno. José Carreira enviou uma carta ao presidente do CDS-PP, Paulo Portas a enunciar as razões que o levaram a tomar tal “decisão irreversível” e deu a conhecer o conteúdo da mesma aos elementos da comissão política. Ainda sem resposta de Paulo Portas, o ex-líder recusa-se a di-

vulgar o conteúdo da carta, mas nega que na origem da demissão tenham estado motivos pessoais como chegou a ser noticiado. “Senti que mudar é muito difícil e foi essa dificuldade que me levou a tomar esta posição”, adianta José Carreira sem nunca responder à pergunta se houve desentendimentos internos. “Entendi que não estavam reunidas as condições para continuar e não me arrependo. Saio de consciência tranquila, quer em relação ao trabalho que fiz, quer em relação aos colegas”, conclui. Mesmo sem qualquer dirigente o assumir, o ambiente tenso em várias reuniões é apontado por alguns militantes como o problema de base para o vazia agora criado na concelhia. O presidente da distrital refere que as demissões não lhe “merecem qualquer tipo de comentário, é um assunto interno do partido e, como todas as demissões, serão tratadas

“no seio dos órgãos do partido”. Questionado sobre os alegados desentendimentos, o deputado centrista diz que “até à data não foi explicado por José Carreira, por carta ou por outro meio, as razões da sua demissão”, mas lembra que foi ele “quem convidou José Carreira para o cargo que agora resolveu abandonar”, sublinhando que, como presidente da distrital do CDS-PP, se relaciona “de forma excelente” com os dirigentes das estruturas partidárias, sendo “amigo” e “admirador de vários dirigentes”. Para Hélder Amaral “nada é colocado em causa com a demissão dos órgãos concelhios. Trata-se de um processo normal na vida de qualquer partido político, e a uma queda de um órgão segue-se a eleição de novos elementos, o que sucederá muito em breve”. Jorge Azevedo, atualmente presidente da mesa da Assembleia, assumiu a liderança da concelhia em

conversas

“É um erro pensar-se que o CDS é o Hélder Amaral”

Embora afastado da vida ativa do CDS-PP diz que ficou preocupado com o estado do partido em Viseu. Porquê?

Fiquei preocupado com a saída de José Carreira. Entendo que tinha condições para fazer um bom mandato. Agora, entendo que está na altura do CDS se refundar em Viseu. Estamos a um ano das eleições autárquicas que vão ser muito importantes para o partido e isso é que me preocupa. É um momento de vital importância para todos os partidos a começar pelo próprio PSD e em que o CDS tinha todas possibilidades de alcançar um bom resultado. Já não tem?

Rui Santos Ex-presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS

Não é isso. Esta fase menos boa do CDS pode-se repercutir numa menor preparação das autárquicas e, depois, perde o CDS e perde a cidade por ficar sem um projeto alternativo e credível que surgiu com Francisco Mendes da Silva (ex-presidente da concelhia e candidato à Câmara de Viseu nas ultimas eleições autárquicas).

Porque diz que o partido está na altura de se refundar?

Refundar no sentido em que o partido regrediu. Voltou a fecharse mais um pouco em termos locais. Cresceu no plano interno, mas não fez o trabalho externo que devia ter feito. A voz do partido no concelho limita-se muitas vezes à Assembleia Municipal e isso foi nefasto para o CDS. Quem são os culpados?

Ou num outro do mesmo género, de abertura a ideias e a pessoas que não tenham uma mentalidade acéfala. Acho que as concelhias podiam ter ido mais além do que foram. O partido tem mais militantes, mas não gere alternativas dentro dele. Esse é o erro de todos os partidos pequenos. O CDS não sabe acarinhar quem está com ele, é um partido de muitos simpatizantes, mas não de militantes.

Somos todos nós. Acha que Francisco Mendes da Silva se devia ter mantido à frente da concelhia?

Eu penso que sim. Sou suspeito porque fazia parte do projeto, mas era um projeto com a mais-valia de trazer pessoas para a discussão, de apresentar propostas novas e de fugir do marasmo que é a política local. O CDS devia ter continuado a trabalha no projeto de Francisco Mendes da Silva?

Qual é a sugestão que dá a quem deve agora seguir com o processo?

Que o partido não pode esperar. Cada dia que passa a partido em Viseu vai entrando numa agonia. Já devia ter anunciado o candidato à Câmara?

Não necessariamente. O CDS tem capacidade para gerar candidaturas à Câmara de Viseu com qualidade, muito na óptica de novas gerações de políticas. E tem que ser inteligente percebendo


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DEMISSÃO DAS ESTRUTURAS LOCAIS DO CDS-PP VISEU | ABERTURA 7

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O futuro

CDS Viseu 2010, numa fase em que o partido estava sem concelhia depois da demissão de Francisco Mendes da Silva após as eleições autárquicas. No final do primeiro mandato, Jorge Azevedo decidiu não se recandidatar. Alguns militantes não encararam a sua saída como um processo natural, sabendo-se que tinha um projeto abrangente para desenvolver, que incluía as eleições autárquicas de 2013. O centrista admite que houve razões de força maior, que faltou o reconhecimento do trabalho feito, mas lembra que José Carreira seria a pessoa para dar continuidade ao projeto que estava a ser desenvolvido. “O Hélder Amaral fez o seu trabalho nos últimos 20 anos que nunca foi posto em causa, nem nunca ninguém questionou a sua militância nem a suas condições como deputado. Divergimos muitas vezes, mas sempre fui frontal com ele, ele sempre foi

frontal comigo e conseguimos encontrar o consenso mínimo para coabitar”, responde, salvaguardando: “Não podemos ver as mudanças como algo de mal”. Quanto à demissão do líder da concelhia, Jorge Azevedo diz que ficou “espantado”, que está “triste” e rotula o processo de “lamentável, escusado, evitável, não desejável”, em que se está “a discutir uma questão menor”. Jorge Azevedo não entende a demissão da concelhia do CDS Viseu como uma interrupção no projeto que estava ser seguido, mas deixa uma aviso: “O CDS deve aproveitar este momento para, de uma vez por todas, perceber que os partidos só crescem quando se ouvem pelos seus dirigentes, pelas suas bases e que as decisões devem ser tomadas pelo coletivo e não por cada um individualmente”. A Comissão Política Distrital do CDS-PP de Viseu deverá agora marcar eleições em Novembro.

que há novas oportunidades com a saída do dr. Ruas. O betão está feito e essa é a grande obra do dr. Ruas, mas Viseu concelho tem que ser refundado.

O regresso de Helder Amaral descansou-o?

Hélder Amaral seria um bom candidato à Câmara de Viseu?

É um dos possíveis candidatos do CDS. Conhece bem o concelho e tem ideias, agora é um erro pensar-se que o CDS é o Hélder Amaral. Esse tem sido um erro do partido?

O maior erro do partido foi ficar à espera que os mesmos resolvessem as situações. Quando saí deixei essa mensagem para ver se abanava as mentes, mas o partido não o fez. Já está em condições de explicar melhor a sua saída?

Há coisas que ficam comigo.

Era a melhor solução na altura, agora, havia outras. Acho que o partido nesse especto deu um paço atrás. Não por ser o Hélder a regressar, mas no seu conjunto, não continuou o trabalho de abertura a novas pessoas. E qual é a solução para a concelhia de Viseu.

Encontrar alguém que consiga fazer a ponte entre o CDS antigo e um novo projeto para as eleições autárquicas. Não temos muito tempo para experimentações. O regresso de Francisco Mendes da Silva era uma boa solução?

Era um bom candidato. O Francisco Mendes da Silva tem muito para dar a Viseu. Faz parte de uma nova geração de políticas e de uma nova geração de pessoas.

O receio de que a demissão da Concelhia do CDS Viseu possa comprometer o processo das eleições autárquicas de 2013, é a grande preocupação manifestada pelo partido. Por outro lado, na origem da alegada tensão das estruturas locais estará mesmo o desenrolar do processo à volta da escoPublicidade

lha de um candidato. O ex-presidente, José Carreira confirma que “estava a trabalhar num projeto para as eleições autárquicas”, inclusive a desenvolver contactos com potenciais candidatos. “O processo não está completo mas deixei trabalho feito. Há um perfil lógico, gente com experiência política e reconhecida pelos viseenses”, esclarece. Jorge Azevedo, acrescenta que, passados seis meses de ter assumido a liderança na concelhia tinha um candidato definido: “O Hélder Amaral era o meu candidato. Foi-lhe dito para pensar e não

deu resposta nenhuma”. O ex-líder do CDS Viseu reconhece que o candidato à Câmara de Viseu em 2009 “iniciou uma nova geração de política”, mas que o projeto foi “parado abruptamente”. “Se não se tivesse demitido naquela noite [das eleições] o Francisco Mendes da Silva seria hoje um candidato e à altura dos desafios”, responde. O Jornal do Centro apurou que, em bastidores já se fala no regresso do Francisco Mendes da Silva à concelhia. Hélder Amaral esclarece que “o novo presidente será quem os militantes

de Viseu escolherem”, mas “Francisco Mendes da Silva é um dos melhores quadros do partido e é hoje o único membro de Viseu eleito para a Comissão Politica Nacional”. “Vejo nessa possibilidade uma continuidade que sempre defendi para o partido. Não permitirei que se instale em Viseu uma lógica de exclusão, promoção pessoal e valorização dos interesses pessoais em detrimento dos interesses do partido. Espero, por isso, uma nova Comissão Política que ponha o interesse de Viseu e do CDS em primeiro lugar”, termina.


8 entrevista ∑ Paulo Neto fotos ∑ Nuno André Ferreira

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à conversa

“Isto não se resolve com contas de mercearia e sobretudo com soluções políticas que desmentem tudo aquilo que foi prometido” Um avoengo meu, quando achava alguém perigoso avisava: “Cuidado, aquele é um filósofo!”. A perigosidade dos filósofos vem desde a imemorialidade dos tempos. Acha-se um cidadão perigoso?

Não. Na História houve filósofos de todos os tipos. Naturalmente que eles partilham essa perigosidade com as pessoas que põem questões. Vivemos hoje, e na história, sobre o império de opiniões dominantes, e eles colocam em questão aquilo que é influente, que é confortável, que faz os consensos mais óbvios, o status quo. Seja poeta, filósofo ou pintor, gera esse lado um pouco inconformista de todos esses perfis que são considerados perigosos. Eu preferiria dizer que, em geral, são incómodos. É talvez uma visão romântica, e até arrogante…

Por uma análise breve dos 19 títulos que publicou percebemos um afastamento da filosofia enquanto ciência para a uma “polisofia”, ou se quisermos, uma intervenção directa e activa do homem do saber na política. Será uma leitura abusiva?

A leitura que eu tenho é diferente. O que está na origem da publicação deste livro é, como diz o meu editor, uma grande continuidade do meu trabalho. Numa primeira fase, com uma incidência académica e filosófica, mas que diz respeito à construção da sociedade, da democracia, da Europa, da racionalidade, do que é a actividade fundamental da filosofia ligada com o exercício de problematização, contra aquilo que eu chamo a “ruminação”. Ele [editor] pensou, e eu fico contente que alguém pense isso, que há uma grande

continuidade, apesar de haver algumas diferenças de incidência muito grandes na parte académica – mais técnica do ponto de vista filosófico – noutra com preocupações mais políticas, mais culturais. Mas eu tento sempre seguir uma máxima, que não é muito fácil, de Bergson: “O que é importante na vida é agir como homem de pensamento e pensar como homem de acção”. Tenho a presunção que este meu livro possa representar uma aproximação desta máxima.

Abertos e, finalmente, Pensar o Mundo. Este ementário de títulos tem que relação com Manuel Maria Carrilho, o político crítico, interventivo, consciente e desiludido?

Não é uma ideia de desilusão. A política, desde sempre, faz-se de dois movimentos, os movimentos de esperança e de desilusão, de expectativa e decepção. Este balancear, de dizer “ah, isto agora está terrível, só há críticos”… Eu aconselho a ler Tito Lívio ou Suetónio, para verem como a política desde sempre, desOs seus nove últimos livros de a Grécia Antiga, desde a ver o prelo têm os títulos Roma, tem este movimento seguintes: balanceado de períodos de O Estado da Nação; A Cul- grande decepção, de grantura no Coração da Política; de depressão, de grande Política à Conversa; Crónicas negatividade, porque esta Intempestivas; O Impasse é a natureza do homem. E Português; Sob o Signo da também períodos de granVerdade; E agora? – Por uma de esperança, de utopia, de Nova República; De Olhos grandes optimismos. To-

dos temos na nossa experiência, como políticos ou como cidadãos, os dois movimentos. Os últimos anos têm sido muito difíceis, e decorrem de muitos factores – uma boa parte se tivesse sido pensada a tempo podia ter sido evitada ou reorientada noutro sentido. Uma das coisas que me impressionou, na leitura de todos os meus textos, que eu fiz agora, foi o que escrevi sobre a Europa, sobre o País, sobre a orientação política do país, durante toda a década. Via-se que muitas coisas na altura iam conduzir a problemas mais graves e nunca se pôs um travão nessa orientação. Eu penso que, e procurei assumir isso quando estive na política, um político que está no executivo tem que se responsabilizar pelas acções que desencadeia, mas também pelos efeitos previsí-

veis dessas acções e, muito daquilo que veio a acontecer, era previsível. Misturou-se com muitos dados e acontecimentos imprevisíveis, mas era possível ter feito melhor e isso significaria que o país estaria numa situação mais fácil, pois hoje a situação é muito difícil. Tendo nascido em Coimbra em 1951 vive em Viseu até aos 18 anos. Estuda no Liceu de Viseu. Que memórias lhe ficaram desse tempo e desta cidade?

Memórias sempre magníficas. Eu tenho boas memórias desses 18 anos, em tudo, desde a família, os amigos, a cidade, as escolas onde andei, onde fiz grandes amigos, onde tive grandes professores, e eu sou professor porque tive grandes professores, tenho paixão de ensinar porque senti essa paixão com os


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ões, eu dava. Entrei no partido socialista em 86, quando saiu o Dr. Mário Soares para a presidência da república. Havia na altura o hábito de nos congressos os candidatos apresentarem novos militantes e eu apoiei o Jaime Gama - que conheci na faculdade. Ele era então um social-democrata radical, muito corajoso. Tive outras ligações mais próximas, como por exemplo a ajuda ao Jorge Sampaio no domínio da cultura em 91. É uma altura em que eu estou muito distante da política. Em 95, Guterres honra-me com o convite para ser Ministro da Cultura - para o qual o partido socialista estava preparado, porque eu acho que em vários domínios esse governo teve os primeiros tempos muito bons, justamente porque se tinha preparado, todos sabiam o que iam fazer, passaram anos a estudar o que se ia fazer. Coisa que acontece nos partidos da Europa e em Portugal é uma raridade. Eu integrei esse governo, fiz o melhor que sabia, consegui motivar uma equipa muito boa de colaboradores e directores gerais, houve imensa gente, em todos os domínios, que veio trabalhar com espírito de missão e todos juntos fizemos uma obra que infelizmente não foi seguida.

meus [professores], Augusto Saraiva, Osório Mateus, José Manuel de Melo, Ilídio Sardoeira, Simões Gomes… Eram pessoas com quem eu tive muito contacto no liceu, e fora do liceu. Digo sempre que foi em Viseu que eu me fiz. Lembro-me também de um grupo de estudantes fantástico, interessadíssimos na actualidade. O fim do liceu coincide com o ano de 68/69, surgem grandes acontecimentos no mundo e em Portugal. Tenho grandes recordações e continuo muito ligado a Viseu, venho cá várias vezes e tenho cá muita família. É militante do PS desde 1986. Entre outros cargos, foi deputado; candidato à autarquia lisbonense; vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS; Embaixador de Portugal junto da Unesco, em Paris… Estamos perante um notável

percurso político, coroado com o desempenho de Ministro da Cultura de 1995 a 2000. Há quem o considere não um Ministro da Cultura mas sim O Ministro da Cultura, tal foi a profusão da obra encetada e concluída. É esse o maior risco de termos um erudito académico na governação?

Estive estes anos na política um pouco por acaso. Sempre me dividi muito entre a filosofia e a política e sempre escolhi na minha vida a filosofia. Desde o liceu que foi uma opção de fundo. Para mim foi muito claro, nítido e normal. Depois do 25 de Abril fui sempre um companheiro de ‘route’ do Partido Socialista, fui sempre muito soarista, todos os meus amigos eram de extrema-esquerda, mas mantive-me sempre muito à parte, não me inscrevi, nunca militei no partido, mas quando me pediam opini-

to, com muita abertura. O meu pai era uma pessoa muito aberta. Eu acho que o meu pai foi a personalidade pública mais notável de Viseu, na segunda metade do século passado, por todas as funções que exerceu, pela forma como as exerceu. Foi também provedor da Misericórdia, durante 40 anos, sempre graciosamente, tendo sido esse o cargo que sentimentalmente lhe disse mais. Em todas essas funções o meu pai marcou, porque tinha uma visão e espírito público – e isso sei que lho devo a ele. Eu nunca vim a Viseu que o meu pai não dissesse “vamos ver isto, vamos ver aquilo. Estou a pensar nisto, estou a pensar naquilo…”, era uma pessoa completamente virada para o mundo e para o que ia fazer no mundo e para as pessoas. Falava com toda a gente e queria sempre saber os problemas de toda a gente, com uma enorme generosidade. Acho que a visão dele e as iniciativas notáveis, marcaram Viseu. É uma grande herança. Foi convidado pela Concelhia do PS local para ser candidato nas próximas autárquicas. A aceitação deste desafio não seria uma extraordinária homenagem do filho Manuel Maria a seu pai Manuel Augusto?

Parte de um pressuposto que eu não lhe posso confirmar, que é esse convite. Penso que o PS Viseu procurará e encontrará, certamente, um excelente candidato para a Câmara de Viseu. A cidade merece ter bons candidatos. Hoje, eu estou totalmente envolvido na minha vida académica, nacional e fora do país também. Estive 15 anos na política, foNão é fácil falarmos do ram anos muito felizes mas nosso próprio pai nestas também muito desgastantes, funções. Somos certamen- mas hoje, as minhas opções te parciais, mas como eu já estão claramente feitas. Este disse, sou professor pelos livro, este conjunto de obras, professores que tive e, naa política, certamente teriaa o feito qualquer coisa muito diferente se não fosse a innar fluência do meu pai, apesar nde ele já ter falecido quanado entrei a sério na atividaode política. Era uma persoe nalidade muito forte que eme marcou muito. Opusetimo-nos em termos políticos, sobretudo nos meuss 16, 17 anos, mas tínhamoss s, grandes cumplicidades, napesar das nossas diferenuiças, conversávamos muiTraz no nome um apelido que representa muito para viseenses da nossa geração. Que herança cultural e vivencial lhe deixou seu pai, o Engº Agrónomo Engrácia Carrilho, que foi deputado de 61 a 65; governador civil de Viseu de 64 a 71; Presidente da Comissão da Região Centro de 71 a 75 e Presidente da Câmara Municipal de Viseu, eleito em 86?

não fecha a minha vida intelectual, pelo contrário, pois estou neste momento a trabalhar noutros projectos, e em vários outros livros, mas as minhas opções estão feitas e são as de me dedicar exclusivamente à minha vida intelectual e académica. E as homenagens ao meu pai acho que as fiz e farei conforme as circunstâncias da minha vida. Referentemente à publicação da sua última obra “Pensar o Mundo”, da Grácio Editor, 2 volumes, 1600 páginas, estamos perante uma reflexão filosófica ou uma narrativa diarística e crítica de um “Homem Público”? Ou perante ambas?

É tudo, porque realmente recolhe os meus 20 livros. Tem trabalhos de fôlego, trabalhos mais técnicos, tem recolhas de crónicas… Porque é que eu escolhi este título? Eu acho que a preocupação de todos é essa, porque pensar o mundo é perceber que o mundo tem que ser pensado para nós podermos agir bem. Nós hoje tendemos muito, na sociedade mediática em que vivemos, a desligar as coisas. Mas é impossível agir apenas com uma preocupação de eficácia, de pragmatismo, de imediaticidade de resultados. As coisas têm de ser pensadas e se nós não pensamos no mundo não conseguimos apropriar-nos dele. É este o meu ponto fundamental, seja em que sentido for, num sentido mais político, mais cultural, mais económico. Nós temos que pensar o mundo e perceber que está tudo ligado, a grande novidade deste século – que vem das últimas décadas do século passado – é que está tudo completamente interligado. Nós temos que pensar o mundo para pensar a Europa, para pensar Portugal e para pensar Viseu… Isto

é necessário, ninguém consegue pensar as coisas apenas localmente e para isso são precisos instrumentos, são precisos conceitos, revisitações da história. Só assim conseguimos pensar de novo para resolvermos os problemas. Isto acaba por ser a síntese possível. É talvez a síntese possível a fazer hoje sobre essa necessidade que eu senti sempre desde miúdo, senti mais nesses anos efervescentes da adolescência, dos anos 60, que é pensar o mundo. A minha família, o meu pai, ajudaram muito porque o que eu senti é que nós estávamos sempre a olhar para o mundo, ainda que em família, nas nossas conversas. Nós eramos uma família enorme e o tema da nossa vida não éramos nós, era o mundo. O que acontecia no mundo. Esta publicação compulsa ensaios e crónicas do filósofo político, passe a tautologia. Como concebe hoje o pensamento filosófico em Portugal e a praxis política que se tem vindo a instalar, grosso modo, nas duas últimas décadas no seio da governação?

Sobre a vida filosófica… eu não gosto de avaliar sem conhecer bem. Nos últimos 15 anos estive afastado da vida académica e não tenho uma noção muito exacta do que se faz hoje. Eu integrei um período e um grupo entre os anos 70 e o começo dos anos 90, que foi muito dinâmico na actividade filosófica, que colaborou com entrevistas, escreveu muito, pensou muito, fundou um departamento de filosofia na Universidade Nova que teve projecção internacional, trouxe muita gente, dinamizou muito o intercâmbio com o melhor que há no mundo e na Europa… Quanto ao que se seguiu, não tenho uma noção para continua »

Apresentação do livro “Pensar o Mundo” Dia 26 de outubro de 2012, pelas 21h30, no Hotel Montebelo, em Viseu, o lançamento do livro «Pensar o Mundo (Obras 19822012)», de Manuel Maria Carrilho. A entrada é livre.


10 À CONVERSA | MANUEL MARIA CARRILHO que me possa pronunciar. De qualquer forma, há vitalidade na vida filosófica, talvez não haja atenção à vida pública por parte da filosofia, a filosofia vive de uma atração pública e de uma atração privada, a história da filosofia foi sempre assim, há filósofos muito centrados no seu aperfeiçoamento individual e na sua subjetividade e muitos filósofos mais interessados no mundo, na sociedade, na comunidade e nos problemas públicos. Quanto à vida política, à evolução, eu sou muito crítico nestes últimos 20 anos, quanto a três pontos. Portugal falhou sistematicamente as batalhas da qualificação. O grande défice não é o défice financeiro, é o défice de qualificação, tanto das pessoas, como do território e das distribuições. A minha única causa política foi e é acreditar que é possível fazer alguma coisa neste domínio. O outro ponto tem sido a descredibilização dos partidos políticos. Hoje os partidos estão muito virados para si próprios, para a vida das suas classes dirigentes, para os seus interesses e têm um desconhecimento do mundo e um desinteresse pela sociedade que é intolerável nos representantes políticos. Algo que também se sente na Europa, mas que se passa de uma forma agudíssima em Portugal. Os representantes não nos representam. Quando as pessoas se sentem assim, e isto se junta à ineficácia pública, como acontece neste momento, o que acontece é a deslegitimação dos políticos e esse é um processo muito grave em democracia, quando o povo, os cidadãos sentem que os governantes não os representam e, portanto, os deslegitimam. O terceiro problema é a desvitalização da democracia. Por um lado, sentimo-nos todos muito satisfeitos com a nossa liberdade individual, que é naturalmente preciosa para todos nós, mas em termos globais produziu-se, nas últimas décadas, a disjunção entre a nossa liberdade individual e a nossa capacidade pública e colectiva. A nossa democracia nasceu com a Revolução Francesa e com outras revoluções no mundo, quando se liga à afirmação da liberdade

individual, os meus direitos individuais e a capacidade de transformar isso em acção colectiva, de mudar o mundo e a sociedade. Hoje estamos muito fechados nos nossos direitos individuais, numa área muito privada. Na história da humanidade nunca houve tanta liberdade como a que temos hoje, nunca o individualismo foi tão pujante, mas nunca, como sociedade, fomos tão impotentes, tão incapazes e talvez este seja o problema mais grave de todos os que enunciei. Que futuro para Portugal? Que futuro para Manuel Maria Carrilho?

O meu futuro… Trabalho neste momento num livro, que não sei sinceramente se é um livro ou uma trilogia, que tem a ver com as metamorfoses. Eu resisto um bocado à conversa e histeria da crise. A crise nos gregos era um momento de decisão. Há um conjunto de dificuldades, há uma decisão e depois acaba, mas há seis anos a esta parte vivemos uma crise que não acaba. Portanto, a crise passou a ser uma coisa paradoxal, uma crise permanente, tornou-se um bocado como o ar que respiramos, há crise por todo o lado. Às vezes até pergunto “mas afinal onde é que não há crise?”, porque parece que já não sabemos enunciar o que quer que seja na nossa vida pública ou na nossa vida pessoal, que não seja em termos de crise, é quase como se um assunto que não tenha crise não valha a pena. Esta crise era, em vários aspetos, previsível, menos num: que os mercados financeiros pudessem especular contra as dívidas soberanas. Eu interessei-me sempre, e particularmente, por aquilo que muda sobre essa capa da crise, e é a isso que eu chamo de metamorfoses. O que é que muda na democracia? Porque é que hoje nós nos satisfazemos com mecanismos mais expressivos, como é o caso das manifestações, que não mudam nada e damos pouca atenção aos mecanismos representativos que podiam mudar? Os conjuntos de mecanismos que estão a mudar na democracia, na esquerda e no indivíduo – a esquer-

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da que era o partido do progresso, da inovação, hoje é o partido que quer conservar e não quer mudar. O último tópico tem a ver com a cultura, a digitalização, a gratuitidade, o desaparecimento das fronteiras… E este é o meu, digamos futuro em termos filosóficos e de trabalho. Portugal… Estamos na concha de uma vaga e temos que começar a pensar na globalização, na integração da Ásia na nossa vida. A produção, o comércio é tudo isto que está a alterar o mundo e temos que perceber e encontrar uma saída para o país, neste contexto. Penso que o actual governo não o está a fazer, está apenas a aplicar uma receita de contabilidade, uma leitura contabilística do endividamento, que é gravíssimo. Fui muito crítico das políticas de José Sócrates, porque para mim era absolutamente claro, em 98, que as soluções que o partido socialista tinha pensado, para os problemas do país, em termos do massivo investimento público, tinham deixado de ser possíveis. Escrevi-o várias vezes. A partir daquele momento, aquelas políticas iam-nos conduzir a isto. O que é fundamental é fazer uma leitura política desta situação e encontrar soluções a partir de uma leitura global. Isto não se resolve com contas de mercearia e sobretudo com soluções políticas que desmentem tudo aquilo que foi prometido, todo o enquadramento que deu ao país. É devastador do ponto de vista da expectativa, das convicções, da legitimidade política. O partido socialista precisa de assumir a sua responsabilidade, porque é isso que se faz na política, assumem-se responsabilidades. E não há nada pior do que dizer que não há alternativas, porque há-as sempre e é isso que o PS tem que fazer: apresentar alternativas. Os partidos políticos têm de ser capazes de dizer ao país que há futuro e qual é esse futuro. Não basta criticar o governo e apresentar remendos “eu não cortava aqui, eu cortava ali”, isso não basta, temos de ter uma leitura das dificuldades do país, que são muitas, com uma visão global do futuro e das potencialidades.


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região

DR

Tiago Virgílio Pereira

PS faz nascer grupo de análise para refletir Viseu

“Viseu é uma cidade bonita para quem vem de fora. Mas isso será uma verdade? É esse o diagnóstico que queremos fazer”. Foi desta forma que João Inês Vaz, antigo governador civil de Viseu (PS) começou a falar do tema “Novos Desafios para Viseu”. O tema da palestra dá nome ao grupo de análise e reflexão criado pela Comissão Política Concelhia do PS, constituído por independentes de várias áreas e militantes do partido, com o objetivo de “pensar Viseu” para os próximos anos, que foi apresentado na passada segunda-feira. Com a certeza de que Viseu “está numa mudança de ciclo que tem que ser aproveitada pelo Partido Socialista”, o historiador e arqueólogo deixou um conjunto de questões para reflexão futura: “De que vive a cidade? O que pode fixar as pessoas? Quantas empresas de média dimensão já se instalaram em Viseu nos últimos 20 anos? Que economia queremos? Perguntas que nunca tiveram resposta”. João Inês Vaz falou de “ilusões dos últimos 20 anos” e citou a universidade que nunca foi criada na cidade, o fecho do Pólo da Faculdade de Arquitetura do Porto, a prometida

ligação à Linha Ferroviária da Beira Alta, a falta de debate à volta do futuro do Instituto Politécnico, entre outras promessas. “O bom político tem que saber mudar a agulha no momento em que vê que as suas reivindicações não dão resultado”, criticou. Para o professor, “Viseu nunca se afirmou como uma referência nacional”, defendendo a necessidade de construir “um novo paradigma” para o concelho. O coordenador geral do Grupo, Pedro Baila Antunes apresentou a estrutura e a orgânica do mesmo. O projeto vai começar por ter uma fase de diagnóstico para identificar “pontos negativos e pontos positivos, ameaças e oportunidades do concelho de Viseu”. Numa segunda fase o grupo de reflexão irá promover um conjunto de ações de índole diversa no sentido de “perspetivar uma política estratégica planeada, germinando com ideias e soluções articuladas”. Pedro Baila Antunes criticou que a marca “Viseu a melhor cidade para viver” segundo um estudo de opinião realizado pela Associação de Defesa do Consumidor (Deco), “morre pela base” para defender “um planeamento mais estratégico” para o concelho. EA

A André Cardoso, Márcia Leite e Mariana Veloso são alguns dos elementos da direção da associação

Zunzum revitaliza Parque da cidade com “Outono Quente” De 22 a 27∑ Objetivo passa por chegar a todos os públicos com espetáculos culturais diversificados A Zunzum Associação Cultural vai promover diversas atividades culturais, no Parque Aquilino Ribeiro, em Viseu, entre os dias 22 e 27 de outubro. A iniciativa denominada “Outono Quente”, pretende juntar amigos e desaf iar o público a “acampar” numa tenda, com todas as condições para a total comodidade dos espetadores, que será instalada no coração da cidade de Viriato, durante seis dias. Animação não vai faltar, numa festa que promete ser tão “agitada” como “aconchegante” e direcionada para todas as faixas etárias. A entrada é livre. Música, teatro, novo circo, dança, workshops e muita animação vão dar vida ao renovado Parque da cidade. O evento surge na sequência do quinto aniversário da associa-

ção, mas não é visto como uma celebração especial, “a ideia passa pela promoção da cultura, num mês em que há pouca atividade cultural e usando um espaço que precisa de ser dinamizado”, referiu André Cardoso, 32 anos, presidente da Zunzum. O evento, que conta com a colaboração de cerca de 20 voluntários, para além dos oito elementos que formam o núcleo ativo da Zunzum, pretende “colmatar a falta de espaços alternativos ao Teatro Viriato, para grupos e bandas, de média dimensão mas com valor, atuarem”, referiu André Cardoso. “Outono Quente” quer chegar a toda a população. “A programação direciona-se para todas as faixas etárias. Desde teatro infantil para as escolas, em colaboração com a Associação Cultural e

Recreativa de Tondela (ACERT), passando por workshops de danças europeias, música para bebés, concertos e peças de teatro durante a noite, e com entrada livre”, explicou Mariana Veloso, 24 anos. Da heterogénea programação, destaque para a atuação de Carlos Peninha, num tributo ao Jazz, e o espetáculo “Mal empregados”, d’Orfeu, na quinta-feira, dia 25, à noite. Na sexta-feira, dia 26, atua o grupo de música de danças europeias “B de Baile”, de Lisboa. A banda Ósmavati sobe ao palco no sábado, com a contagiante música Klezmer. Numa altura de crise, a criação deste evento só foi possível graças aos vincados laços de amizade com outras associações culturais do país. A Zunzum Associação Cultural nasceu há cinco anos com o objetivo

de criar e promover cultura mas diversas áreas. Fomentou mais de 250 espetáculos e apresentações por todo o país, com especial enfoque no distrito de Viseu. A associação começou de forma quase amadora, apesar de todos os elementos serem especializados nas áreas da música, do teatro e animação e, de ano para a ano, tornou-se mais profissional. A maior fatia, no que a apoios financeiros concerne, vem da Fundação Lapa do Lobo. Em jeito de conclusão, Márcia Leite, 38 anos, lembrou que “o estado da cultura em Viseu e no país não é animador”, culpa do poder político que “simplesmente não acredita”, ideia contrária tem a Zunzum Associação Cultural que garante continuar a acreditar. Tiago Virgílio Pereira


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12 REGIÃO | VISEU

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Presidente da Junta de Repeses contesta proposta de reorganização de Viseu junto da AR Assembleia Municipal ∑ Deliberação aprovada reduz a divisão do concelho de 34 para 25 freguesias mas gera muita contestação O presidente da Junta de Freguesia de Repeses, José Pais Ferrão (PSD) vai enviar uma exposição à Unidade Técnica para a Reforma Administrativa Territorial Autárquica da Assembleia da República a contestar a forma como foi aprovada uma proposta de reorganização do concelho de Viseu na reunião da Assembleia Municipal (AMV) de sextafeira, dia 12. José Ferrão votou contra discordando da agregação da sua freguesia com a de S. Salvador. A AMV aprovou, por maioria, a redução de 34 para 25 freguesias, apesar de estar contra a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica. A proposta a enviar à Assembleia da República foi aprovada com 40 votos a favor, 16 contra e três abstenções, depois de quatro horas de reunião extraordinária. O PS e o Bloco de Esquerda votaram contra, assim como alguns presidentes de junta do PSD, o CDS absteve-se.

Apresentada pelo PSD, a proposta prevê que o concelho fique com menos nove freguesias, com a agregação das de Coração de Jesus/ Santa Maria e São José (todas urbanas), Repeses/São Salvador, Couto de Cima/ Couto de Baixo, Fail/Vila Chã de Sá, Barreiros/Cepões, São Cipriano/Vil de Soito e, por fim, Boa Aldeia/ Farminhão/Torredeita. O porta-voz do PSD, Manuel Teodósio, explicou que estas agregações orientaram-se pela proposta A, de um estudo que tinha sido pedido à Escola Superior de Tecnologia de Viseu, “com afinações feitas de acordo com a sensibilidade das freguesias”. Nesse estudo, eram apresentadas duas propostas: a A, que previa a diminuição de dez freguesias, e a B, que indicava a redução de 12. Depois de a Câmara Municipal ter deliberado por unanimidade que a AMV seria o palco de discussão e de decisões, a AMV criou

“O modelo da régua e esquadro seria sempre pior”

Esta proposta pode ser alterada pela Unidade Técnica para a Reorganização Admi-

essa reunião o presidente da Câmara, Fernando Ruas tentou alertar para a necessidade de travar a aprovação da proposta, assim como outros membros do PSD, mas sem sucesso. Na exposição, o presidente da Junta lembra aos parlamentares que a Freguesia de Repeses é recente e avança com números para provar que a desanexação de Ranhados em 1993 permitiu um “grande desenvolvimento” naquela zona do concelho. O presidente de Boaldeia, António Neves (PSD), outra autarca que se manifestou contra a reforma na AMV, vem hastear uma bandeira negra na sede da junta a protestar a deliberação. Na reunião de sexta-feira , o presidente da Junta de Freguesia de Abraveses, Jorge Mota (PSD) também discordou da proposta do PSD porque esta implica que o concelho de Viseu fique com uma única freguesia urbana, que integrará

“um quarto da população, em dois por cento do território”. “Qualquer especialista em demografia sabe bem as consequências nefastas que trará a prazo”, alertou. Ao contrário do que defendeu Manuel Teodósio (ver caixa abaixo), o deputado do PS, João Paulo Rebelo, considerou que a proposta do PSD “não é nenhum mal menor, é a pior opção, a que menos defenderá os interesses de Viseu”. O deputado do BE, Carlos Vieira disse estar “contra qualquer proposta de alteração” da atual organização administrativa do concelho defendendo desde o início que a população local devia ser ouvida. Estas decisões demonstram que embora a Assembleia Municipal de Viseu tenha aprovado uma proposta de reorganização do concelho de Viseu, o processo está longe de ser consensual

Nacional

conversas

Qual a razão para o PSD insistir na apresentação de uma proposta? Se não tivesse sido aprovada esta proposta o modelo da régua e esquadro seria sempre pior, não tinha os 20% do benefício, as agrupadas seriam mais do que estas e a agregação era feita sem benefícios financeiros para as autarquias associadas enquanto que aqui garantimos um reforço de 15% no financiamento destas freguesia agrupadas . Não é o PSD que quer isto é a sensibilidade das pessoas face à incerteza que vinha lá de baixo e ninguém quis correr esses riscos.

uma comissão de trabalho eleita por unanimidade com poderes para decidir sobre a matéria. Em simultâneo, cada uma das 34 assembleias de freguesia tomou posição. “Se deram poderes ao grupo de trabalho que, não havendo consenso, decidiu que se mantinha tudo como estava. Se a maioria das assembleias de freguesia se pronunciaram contra a alteração, se a decisão não era aquela, como é que depois a Assembleia Municipal vota o contrário?”, Alerta José Pais Ferrando ao interpretar que “há uma ilegalidade dos próprios presidentes de junta que votaram contra a deliberação das suas assembleias de freguesia. José Ferrão diz ainda não entender a negociação feita “sobre o joelho e à revelia” de deliberações anteriores durante os 30 minutos em que a AMV foi suspensa para voltar a reunir o grupo de trabalho. O Jornal do Centro sabe que durante

Manuel Teodósio Porta-voz do PSD nistrativa do Território? Em princípio a decisão é final porque comporta todos os parâmetros. Se eventualmente a proposta fosse para a diminuição de oito freguesias, é que já estava fora do parâmetro e a comissão poderia aceitar ou não e, portanto, estava-se a correr outro risco. Desta forma beneficia-se das prorrogativas no sentido de não se perderem vantagens, garantindo o desaparecimento mínimo de freguesias.

O que muda? No fundo muda o órgão que gere as freguesias, porque as freguesias vão manter a sua individualidade como tal, o órgão que gere é que vai ser comum no caso das que são agregadas.

∑ Mais de dois terços dos municípios não se pronunciaram sobre a agregação das freguesias. ∑ Dia 27 de outubro, a Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias (PNCEF) promove uma ação de protesto em várias cidados do país. ∑ “Não se podem extinguir freguesias sem o acordo das mesmas”, como decorre da Carta Europeia da Autonomia do Poder Local. Nuno Cavaco portava-voz da PNCEF (jornal Público)

A Novas

freguesias propostas para o concelho de Viseu

tendo, pela primeira vez, aparecido um PSD dividido, com muitas vozes contra o que levou a reunião da AMV a estender-se por quatro horas. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Votação

40

votos a favor

16

votos contra

3

abstenções


Jornal do Centro

VILA NOVA DE PAIVA | TONDELA | SÁTÃO | TONDELA | REGIÃO 13

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Opinião

Aprecatar Rui Coutinho

A Evento realiza-se no dia 25 de outubro, a partir 09h30

Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

Os vinhos já se encontram correctamente acomodados nas pipas, nos tonéis ou nas cubas. A azáfama das vindimas findou e muitos crêem que as preocupações terminaram. Puro engano. A partir deste momento é indispensável desenvolver um conjunto de acções para preservar o vinho em condições de ser amplamente desfrutado. Estes cuidados devem desde logo começar pela primorosa e irrepreensível higiene a perpetuar na adega. Finda a fermentação, quer ela tenha decorrido de modo controlada ou não, de forma espontânea ou não, provida de correcções e desinfecções ou não, o vinho já está feito. Neste período, o ar é o maior inimigo do vinho e há que procurar preserválo do modo mais eficaz. Assim, é recomendável atestar as cubas, colocar os batoques de fermentação (anti-sépticos) e procurar estimular de modo célere a fermentação maloláctica (FML) nos vinhos tintos, impedindo-a de ocorrer nos brancos. E ste s pro c e d i m e n tos passam, entre outras condições, por manter a adega a uma temperatura ambiente de 15ºC, promover correcções da acidez (com ácido tartárico), mantendo o sulfuroso num valor que favoreça a sua ocorrência ou não. Neste espaço já referimos a quantidade a adicionar deste precioso e indispensável auxiliar aquando da vinificação. No entanto, a questão poderá nesta altura ser sempre colocada. Digo mais, deve. O vinho está protegido? A fermentação (FML) pode ocorrer em que condições? Estas correcções têm o propósito de estimular a fermentação maloláctica (FML), indispensável à estabilização microbiológi-

ca dos vinhos tintos, permitindo o início da sua ampla degustação. Em condições ideias, a prova tem início em Novembro pelo São Martinho ou em Março, no caso de Outonos e Invernos frios. Nessa altura o vinho já está “liso”, pronto a beber. A f im de evitar surpresas desagradáveis, aquando da abertura do pipo ou da cuba onde se encontram os vinhos que laboriosamente criaram, é indispensável ir verificando ao longo do tempo o seu estado de conservação. Após a encubada dos vinhos (deitar na cuba) é recomendável e desejável efectuar uma análise completa para determinar o seu estado de conservação, sensorial e sanitário. Procurando dar resposta a muitas das questões que por vezes são colocadas, importa conhecer os parâmetros a avaliar. Sem querer entrar num exame técnico e moroso, importa dominar: o teor alcoólico, a acidez total e pH, a massa volúmica, o sulfuroso total e livre, bem como a acidez volátil. Estes dois últimos parâmetros permitem aferir, não só o modo como a fermentação decorreu, mas fundamentalmente o seu actual estado de conservação, impedindo eventuais alterações, ditando ainda as suas condições sanitárias. Depois de determinados estes parâmetros procurem, se assim o entenderem, respeitar os tratamentos que normalmente acompanham o boletim ou consultem um técnico para aclarar as futuras acções a adoptar. Deixo como eventual sugestão a prova regular e periódica dos vinhos com o propósito de detectar, apurar e acurar as alterações que estão a decorrer. Previnam-se.

JULGADA

Tondela. O início do julgamento da florista Cidália Calheiros, 49 anos, acusada do homicídio da tia Maria Cília de Sousa, 69 anos, na sexta-feira, no Tribunal de Tondela, ficou marcado por insultos à arguida e à família, por populares que acompanharam a sessão e encheram a sala de audiências. Segundo a acusação, a florista perseguiu a tia até junto das escadas, meteu-lhe as mãos na cara e arranhou-a. Depois, lançou as mãos ao pescoço da vítima e apertou-o com força, até aquela ficar com falta de ar, desfalecer e cair morta.

MORTE

Sátão. Um casal de vendedores ambulantes naturais de Alvite, Moimenta da Beira, morreu na segunda-feira, de manhã, quando a carrinha onde seguiam se despistou contra o muro de betão de uma ponte, na EN329, nos arredores de Sátão. ”As vítimas ainda tinham sinais vitais, mas não resistiram aos graves ferimentos sofridos”, disse um elemento que prestou socorro a Adérito Ribeiro Carvalho, de 59 anos, condutor do veículo, e à sua mulher, Maria Dolores Clemêncio, de 55 anos. As causas do acidente são ainda desconhecidas. Sabe-se que a viatura saiu da via para a berma esquerda, galgou a proteção metálica e foi embater “com grande violência” num muro. A GNR está a investigar o caso.

MORTE

Tondela/S. Pedro do Sul. Dois acidentes com tratores resultaram em duas mortes, na terça-feira. Um na localidade de Pindelo dos Milagres, em S. Pedro do Sul, às 14h50. Amadeu Ferreira, 61 anos, conduzia um trator e, ao tentar desviar-se de um veículo pesado, caiu numa ribanceira. Cerca de 40 minutos depois, na localidade de Couço de Mouraz, em Tondela, Luís Br´s, 46 anos, capotou o trator agrícola em que seguia. O veículo tombou para o lado e o condutor ficou imobilizado junto da máquina.

“XIII Encontro de Comunicação Autárquica” Vila Nova de Paiva∑ Painéis e oradores de qualidade reunem-se no Auditório Carlos Paredes O Auditório C arlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, vai receber o “XIII Encontro de Comunicação Autárquica”, no dia 25 de outubro, quinta-feira. O programa conta com três painéis pertinentes e de qualidade superior e oradores de renome que irão debater “o impacto das tecnologias informativas e da comunicação contemporânea no sistePublicidade

ma social”, “boa imagem dispensa protocolo?” e “projetos culturais: estratégias e desafios”. A sessão de abertura, marcada para as 09h30, estará a cargo de José Morgado, presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva. Luísa Roseira, do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, o jornalista Hernâni de

Carvalho, Cristina Fernandes, consultora e formadora em protocolo, eventos e imagem e Paulo Sérgio Pais, administrador executivo da “Feira Viva”, são alguns dos nomes mais sonantes do “XIII Encontro de Comunicação Autárquica”. O encontro nacional encerra às 17h00. Tiago Virgílio Pereira


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educação&formação Politécnico de Viseu ganha concurso regional de empreendedorismo O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) esteve em destaque na 9ª edição do concurso “Poliempreende”. Para além de ter sido palco da cerimónia de encerramento, arrecadou o primeiro prémio na categoria regional e ficou em terceiro lugar a nível nacional. Cigarrete butts Recyclable, que significa reciclagem de pontas de cigarro, foi a ideia empreendedora vencedora a nível regional. Os mentores são Johnny Reis, 30 anos, natural de Águeda, estudou no Instituto Politécnico de Viseu e estabeleceu-se na terra de Viriato. É engenheiro do ambiente. Romeu Videira, 43 anos, natural de Pinhel, vive em Viseu e é investigador na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, já foi docente no IPV. E Alexandra Tavares, 31 anos, natural de Estarreja, vive em Viseu e é gestora. “A ideia base passa pela reciclagem das pontas dos cigarros, depois de fumadas. Os objetivos são retirar a ni-

cotina que ficou concentrada e recuperar o acetato de celulose para transformar, ambos os produtos, em mais-valias de mercado. A nicotina vai ser transformada em inseticidas ecológicos e o acetato de celulose vai ser transformado numa cola que será usada como agente aglomerante em painéis, como penas que vão permitir um isolamento acústico e sonoro melhor do que qualquer elemento no mercado”, explicou Romeu Videira. “O inseticida ainda está numa fase de desenvolvimento. A nicotina como inseticida ecológica é conhecida há mais de 700 anos, no entanto a sua utilização tem problemas como a falta de estabilidade temporal, o que significa que ainda estejamos a desenvolver uma tecnologia à base de nano partículas para incorporar a nicotina e depois ser utilizada na agricultura biológica”, referiu o investigador. Quem estava visivelmente satisfeito com a conquista era Johnny Reis. “É sempre

Tiago Virgílio Pereira

9º “Poliempreende”∑ Reciclagem de pontas de cigarro foi a ideia inovadora que convenceu o júri

A

Johnny Reis e Romeu Videira. Dois dos três mentores do projeto vencedor bom ter um conjunto de pessoas que reconhecem o nosso mérito. Os prémios são fruto de trabalho e dedicação e este é o exemplo perfeito disso”. E deixou uma garantia: “Não costumo iniciar um projeto para perder, acredito na ideia e em breve vão ter noticias nossas, estou muito confiante”. Para já, a ideia está a ser amadurecida e as necessidades financeiras

contabilizadas. No início, será necessário um financiamento de dezenas ou até centenas de milhares de euros e por isso, não está acessível a um investimento próprio. “Temos uma equipa polifacetada, o ideal era conseguirmos um parceiro que nos ajudasse na parte inicial, ficando com uma quota da empresa, que nos permitisse trabalhar durante dois anos sem termos ne-

A Escola Profissional de Tondela procedeu à abertura oficial do ano letivo 2012/2013, no auditório da ACERT. O evento que reuniu centenas de alunos Publicidade

teve como objetivo dar as boas-vindas ao novo ano escolar, apesar das aulas terem iniciado em setembro, e premiar o melhor aluno do ano transato. A

direção da escola decidiu entregar ao aluno um cheque no valor de 500 euros, de forma a incentivar outros alunos a ter melhor prestação. TVP

Catarina Fonte

Profissional de Tondela abre 2012/2013

cessidade de vender coisas”, sustentou Romeu Videira. Para o ex-docente do IPV, “Portugal tem bons empreendedores mas temos falhado em dois pontos: na passagem da ideia, que surge em Politécnicos e Universidades, para a empresa. E depois da empresa criada, faltam os inputs financeiros necessários para a sobrevivência e aposta na internacionalização”. Agradado com o resultado final e com a generalidade dos projetos apresentados, Fernando Sebastião referiu como fundamental “dizer aos jovens que o mercado de trabalho está difícil, mas que é possível ter alternativas que passam por criar a própria empresa e, para isso, é necessário conjugar esforços com entidades que queiram financiar com os professores que possam fazer o plano de negócio”. O presidente do IPV, disse ainda que “as instituições de ensino superior do interior têm um papel fundamental no desenvolvimento do país

e na fixação das pessoas e, estes projetos, são o reflexo disso mesmo”. Em breve, será criada a Incubadora do Politécnico, que vai permitir aos alunos iniciar a própria empresa para depois puderem expandir. Segundo José Costa, vice-presidente do IPV, “o primeiro lugar a nível regional e o top três a nível nacional demonstra que há ideias inovadoras e com pernas para andar. Há estudantes com qualidade que não estão nada à rasca e que precisam de concretizar as brilhantes ideias que têm”. Em jeito de conclusão, João Cotta, presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), falou sobre as razões que levam as pessoas a empreender.“Ou por insatisfação ou por necessidade”, mas, acima de tudo, “o empreendedorismo tem de estar vivo e, apesar do momento difícil, estas boas ideias têm de passar para o terreno, sempre com a colaboração da AIRV”. Tiago Virgílio Pereira


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Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

economia Desfile de moda na Pousada de Viseu As novas tendências pa ra a estação O uto no/Inverno do Atelier Ca stelo e do pronto a-vestir Preto e Branco vão ser conhecidas amanhã, dia 20, a partir das 21h00, na Pousada de Viseu, com um des-

Publicidade

A

André Cabral, António Lemos, Guilherme Almeida, Fernando Ruas e Mário Cabral na abertura do Rio Sucos.

A Vários convidados na inauguração do espaço

O Rio Sucos abre portas no Rossio Foi no Rossio, no coraç ão d a c id ade de Viseu, que Rio Sucos abriu portas no passado dia 11. Um “espaço integrado na cidade que apoia e dinamiza o centro e que procura oferecer serviços alternativos à restauração local”, explicou André Cabral, sócio gerente. Este novo projecto, com um conceito diferente do Grupo Rio Sul, pretende oferecer aos clientes uma alimentação saudável e com preços atrativos. Desde baguetes integrais, saladas ou os típicos bitoques e as fatias de pizza, o Rio Sucos oferece um menu variado que se adapta às necessidades de cada cliente. “Pensouse neste conceito derivado ao que nos rodeia, as pessoas têm cada vez mais uma vida agitada e dedicam pouca atenção à alimentação,

o nosso espaço oferece-lhes fast food (comida rápida) mas ao mesmo tempo saudável. E depois temos os turistas que inevitavelmente passam pelo Rossio e podem parar por ali e provarem os nossos sumos ou os variados menus de que dispomos. No fundo é o conceito de passar, comer e seguir”, acrescentou André Cabral. A grande novidade são os sumos de frutas naturais e que serviu de inspiração para o nome do projeto. Os preços praticados variam entre os dois e os seis euros, dependendo do que o cliente escolher. Com uma decoração minimalista e “vestida de branco” o Rio Sucos” pretende satisfazer as delícias dos viseenses e não só. Micaela Costa

file de moda intitulado “Sonhos de Outono”. Ma ria do Castelo, est i l i sta e propr ietária do Atelier Castelo, revelou ao Jor n a l do Centro que acessórios “das cores bordô, verde a zeiton a e a m a re -

lo mostrada” serão as mais “fashion” nesta estação. Durante o desfile, irá atuar Angelicus Musicae. O grupo viseense apresenta um repertório predominantemente clássico. Utiliza tam-

bém temas contemporâ neos revestidos de uma sonoridade muito própria. A noite encerrará com chave de ouro pela voz da pequen a mas talentosíssima fadista Mara Pedro. A entrada é livre. TVP


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16 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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Clareza no Pensamento

Garagem Lopes avança para “lay-off” de 12 trabalhadores Doze funcionários de todas as áreas da Garagem Lopes, em Viseu, vão entrar em regime de “lay-off”, disse ao Jornal do Centro o presidente do conselho de administração. “A quebra de mais de 50 por cento na venda de automóveis e assistências pós-venda obrigam-nos a tomar esta, inevitável, medida. Fazemo-lo para salvaguardar os postos de trabalho”, sublinhou Octávio Soares. O empresário lembrou que “esta situação de dificuldades não é exclusiva à Garagem Lopes, mas do mercado automóvel em geral”. Os trabalhadores já foram informados da situação. O Jornal do Centro sabe que não irá ser formada, para já, uma comissão de trabalhadores. Os funcionários que vão entrar no regime de “lay-off” são vendedo-

DR

Motivo∑ Quebra de mais de 50 por cento na venda de automóveis e assitências pós-venda

AA Garagem Lopes, em Viseu, foi o primeiro concessionário autorizado Ford em Portugal res, gestores de vendas e mecânicos. “Não sei porque motivo atacaram as chefias de determinadas áreas, mas temos de saber lidar com a situação que não é, de todo, animadora”, referiu um dos funcionários visados. Os trabalhadores efetivos da Garagem Lopes são agora 19. Octávio Soares sabe

que, pelo seu historial, a Garagem Lopes “é uma referência e conhecida por todos em Viseu” e está convencido que “daqui a seis meses, os funcionários possam ser reintegrados”. Contudo, os trabalhadores não estão confiantes. “Sabemos que é difícil voltar a trabalhar. Se hoje está mau, daqui a seis meses esta-

rá pior”, referiu um funcionário que pediu anonimato. Fundada em 1910, e tendo sido o primeiro concessionário autorizado da Ford em Portugal, em 1924, a Garagem Lopes recorre ao processo de “layoff” pela primeira vez na sua história. Tiago Virgílio Pereira

FormaSanus tem inscrições abertas

“Festa da Castanha” em Sernancelhe

A FormaSanus – Formação Prof issional e Consultoria, tem abertas as inscrições para o curso de Técnico de Massagem e Auxiliar de Fisioterapia e Reabilitação Física a iniciar amanhã, 20. O curso visa formar terapeutas e profissionais competentes para exercer funções como técnicos auxiliares de fisioterapia e técnicos de massagem. Com a modalidade de Formação Inicial e Formação de Qualificação presencial com estágio, tem a duração total de 462 horas e destina-se ao público em geral, ativos ou desempregados, com a escolaridade mínima obrigatória. No final o formando tem direito a

A edição 2012 da “Festa da Castanha”, que vai ter lugar no Exposalão de Sernancelhe, nos dias 26, 27 e 28, apresenta um programa diversificado de atividades culturais e desportivas e aposta na valorização da castanha, enquanto produto fundamental para a economia local. Esta edição é vista como decisiva para a valorização da castanha de Sernancelhe. Pelo protocolo celebrado entre o município e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a castanha e os castanheiros de Sernancelhe são agora acompanhados de perto pelos técnicos, os solos são analisados, foram criados campos de ensaio e novas soluções estão a ser experi-

um certificado de Formação Profissional. A FormaSanus tem ainda outras formações com inscrições abertas para o novo ano lectivo: Drenagem Linfática, Reflexologia e Especialização em Massagem Desportiva e Reabilitação, entre outros. Mais informações em www.formasanus.com MC

mentadas. Os objetivos são o combate às doenças dos soutos, mas também o aumento da produção, mantendo a qualidade e exclusividade da martaínha. É aguardada com expetativa a palestra “A Importância de cuidar o solo na saúde do souto”, marcada para o dia 27, da responsabilidade dos professores Ester Portela e Miguel Martins, da UTAD, até porque mais de meia centena de produtores concelhios aderiram já aos conselhos técnicos daquela Universidade. No interior do Exposalão vão estar mais de meia centena de expositores, entre produtores e transformadores de castanha, juntas de freguesia e restaurantes para mostrar o melhor do concelho. TVP

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Seja um “campeão” Paloma Cabañas Dir. Recursos Humanos, Huf Portuguesa, Lda. Docente da cadeira de Gestão de Recursos Humanos IPV

“Eu posso aceitar a falha, todos falham em alguma coisa. Mas eu não posso aceitar não tentar.” Michael Jordan A palavra campeão está associada a vencedor, a ganhador, a resultados e desempenhos de excelência, no fundo é aquilo que reconhecemos a todas as pessoas que consideramos serem bem sucedidas. Ter sucesso na vida não significa necessariamente bater recordes. Ter sucesso é um sentimento interno de bem-estar, felicidade e realização pessoal, é um sentimento de autoeficácia e adequação às situações de vida. O campeão não sossega, é um desafiador nato, é um executante de topo, está sempre a procura de desafios. Nunca se acomoda e está constantemente à procura de mais, inventando novas formas de fazer melhor e com mais eficácia. Foi assim com Carlos Lopes, Campeão Olímpico na maratona em Los Angeles 1984, aos 37 anos de idade. Mas efectivamente, que características, que comportamentos, que atitudes deveríamos de adoptar para sermos uns campeões? VONTADE CONTÍNUA - O campeão quer saber o máximo de detalhes sobre aquilo que faz. Escuta as críticas, pede opiniões, analisa a sua performance, antecipa situações de dificuldade e preparase para as conseguir ultrapassar. Tudo com o objectivo de ir mais além. COMBATIVIDADE PERANTE O FRACASSO - O campeão sabe que as derrotas fazem parte da vida. Provavelmente como todas as pessoas, ele detesta-as, evita-as, no entanto tem sangue frio suficiente para não entrar em deses-

pero nos momentos mais difíceis e duros. Ele tem sabedoria para aprender com os seus erros e, principalmente, não atribui os maus desempenhos aos outros. AÇÕES ORIENTADAS PARA A VITÓRIA - Nem todos têm de ser campeões no verdadeiro sentido da palavra, por isso adequa-se mais falar em executantes de topo, são todas as pessoas que conseguem elevados desempenhos seja no desporto, nos negócios ou na vida em geral. PAIXÃO - Todas as pessoas que conseguiram resultados extraordinários são apaixonadas pelo que fazem. Na grande maioria da vezes estas pessoas têm dificuldade em separar o trabalho de diversão, pois estão sempre muito empenhadas pelo trabalho que realizam. Elas sabem que existem problemas, porém não se fixam neles. Concentram a sua atenção nos seus objectivos e desenvolvem um pensamento positivo acerca de si próprio e dos resultados que pretendem atingir. IMPETUOSIDADE Os campeões têm uma vontade enorme de seguir em frente. Quando estudam, planificam, executam, emanam energia capaz de ofuscar todas as limitações. Sabem que estão sempre a viver momentos de decisão. CONFIANÇA - Perceba quais são as suas forças, que características tem que o diferenciam? Avance, percorra o caminho e dirija-se para a meta, não pare, force-se a impor um ritmo nas acções, relembre-se daquilo a que se propôs. Tornem-se os campeões da vossa própria vida!


suplemento

Aquecimento & Climatização Conforto e bem-estar

A nossa casa, o local de trabalho ou simplesmente um espaço público fechado, são os locais que mais frequentamos no nosso dia-a-dia. Em qualquer um deles o conforto e o ambiente são fundamentais para que possamos relaxar ou trabalhar com mais qualidade. Então nestes dias que se avizinham frios, o aquecimento de qualquer espaço é imprescindível. E é aqui que várias questões nos começam a surgir no pensamento: “Qual a melhor solução de aquecimento e climatização?”, “Qual é o mais sustentável?”, “Qual é o mais económico e eficiente?”. Para lhe ajudar nesta escolha e para que tenha um Inverno mais quente e confortável apresentamos-lhe várias soluções.

Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 553 DE 19 DE OUTUBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE. Publicidade


Jornal do Centro

18 SUPLEMENTO | AQUECIMENTO & CLIMATIZAÇÃO

19 | outubro | 2012

Ideias e soluções O conforto térmico de um espaço é fundamental para a qualidade de vida de quem o utiliza. Muitas vezes a escolha recai nos sistemas de climatização que regulam a temperatura e a humidade do am-

biente interior. No mercado da climatização, existem várias opções, no que diz respeito aos sistemas que proporcionam frio ou calor. É importante que a escolha do melhor sistema de climatização co-

meçe na construção, quando isso não é possível a climatização de um espaço implica que se recorra a equipamentos de energias renováveis, electricidade ou gás.

Sistemas de energias renováveis: Solar térmico

Biomassa

Os painéis solares são uma boa opção de investimento para o aquecimento das águas de uma casa mas, se o intuito é aquecer o ambiente, o investimento passa a ser maior, uma vez que são necessários mais painéis. Se a intenção é o aquecimento do ambiente deve ser feito com um sistema de piso radiante, pois ao contrário dos radiadores, não necessitam de água tão quente.

Através de lareiras com recuperador de calor ou sistemas a pellets. Relativamente à primeira opção, lareiras fechadas, há um consumo racional e controlado da madeira o que possibilita economizar a matéria-prima e tem uma irradiação de calor superior às de lareira aberta. A segunda, permite a utilização de pellets (granulado da madeira, produzidos a partir dos desperdícios resultantes da limpeza de florestas e das sobras da indústria da madeira). Ambos os sistemas podem ser utilizados no aquecimento da divisão onde o sistema está colocado ou em outras divisões, através de tubagens.

Solar térmico + Biomassa

Bomba de calor geotérmica

Um sistema misto que possibilita aquecer as águas sanitárias no verão, através dos painéis solares, e no inverno o painel contribui para o aquecimento da habitação, com o pré aquecimento da água, que depois circula com o sistema a biomassa que funciona com radiadores ou piso radiante - este último com um consumo energético mais baixo, que os radiadores.

Embora as bombas de calor geotérmicas não sejam sistemas que utilizam energias renováveis, pois precisam sempre de energia eléctrica para funcionarem, tornam-se uma solução a considerar devido aos elevados rendimentos energéticos que estes equipamentos atingem. São sistemas que utilizam a temperatura estável do subsolo e/ou lençóis de água para aquecerem ou arrefecerem o espaço.

Piso radiante Este tipo de aquecimento é uma boa solução para qualquer espaço, desde habitação, empresas, escolas, entre outros. Confere um grande conforto térmico, mantendo uma temperatura uniforme e distribui o calor. A sua colocação é discreta uma vez que é imersa na argamassa, é um aquecimento invisível e pode ser colocado em qualquer tipo de piso, tijoleira, madeira, alcatifa, ou outros. Proporciona um ambiente agradável, a temperatura é controlada através de termóstato, ficando assim livre de temperaturas elevadas que possam causar queimaduras. Dentro do piso radiante pode optar por piso radiante eléctrico ou piso radiante hidráulico. A colocação deste tipo de equipamento é aconselhada nas casas ainda em construção ou nas que estão em fase de remodelação, devido à instalação de toda a estrutura por baixo do pavimento da habitação.

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AQUECIMENTO CENTRAL CANALIZAÇÕES AR CONDICIONADO ENERGIA SOLAR ASPIRAÇÃO CENTRAL PISO RADIANTE REMODELAÇÃO DE INTERIORES Tel / fax 232 084 232 - 964 007 698 e.mail: clycenter@hotmail.com

e... Sabia que... bia qu Sa ¼ Um sistema solar térmico corretamente dimensionado permite poupar, em média, mais de 70% da energia? ¼ O sistema a biomassa é pouco poluente e não emitindo dióxido de carbono? ¼ O piso radiante permite uma temperatura uniforme entre os 21 e os 25ºC? ¼ Com a energia geotérmica pode poupar aproximadamente 55% do valor habitual?


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AQUECIMENTO & CLIMATIZAÇÃO | SUPLEMENTO 19

Sistemas de climatização tradicionais Aparelhos móveis Existem vários tipos de climatização tradicionais como é o caso dos irradiadores a óleo, irradiadores de infravermelhos, convetores, termoventiladores, aquecimento de halogéneo, braseiras e escalfletas e aquecedores a gás e todos eles, à exceção do último mencionado, têm um consumo energético semelhante e consomem na proporção direta à sua potência.

Aparelhos fixos Sistema central (gás ou eléctrico) Quanto a este modelo de aquecimento é importante que se avalie a localização de aplicação dos aparelhos na casa, para que se tire maior partido do mesmo. A colocação destes equipamentos requer alguma logística, os radiadores devem ser montados nas paredes exteriores, normalmente abaixo das janelas – que não podem ter i n f i lt raçõ e s de a r, para além das necessá ria s à renovação do ar. Os emissores (radiadores), são afixados na parede.

Acumulador de calor Se tem um tarifário bi-horário este pode ser um bom sistema de aquecimento para a habitação uma vez que acumula calor e torna-se assim mais económico. Não precisa de pré-instalação e liga-se à tomada. Existem os acumuladores estáticos que são mais adequados para habitações com necessidades permanentes de aquecimento e sem perdas de calor e os dinâmicos que possuem uma regulação maior que os estáticos, tem um pequeno ventilador que provoca a movimentação de ar, recomendados para salas ou escritórios. No entanto há que ter em atenção a utilização destes aparelhos, pois o uso de vários pode necessitar maior potência contratada, ao distribuidor de electricidade, causando assim mais custos.

Ar condicionado Alguns destes aparelhos têm uma dupla funcionalidade, tanto produzem ar quente como ar frio, nem sempre fazem renovação de ar e por isso é necessário um bom sistema de filtragem para que se preserve a qualidade do ar. Existem vários modelos de ar condicionado e uns são mais económicos que outros, o coeficiente de desempenho (COP), traduz a relação entre a energia produzida pelo aparelho e a energia absorvida para o efeito, a grande maioria tem um COP superior a 3 e quanto maior for este valor, melhor é a sua eficiência energética. Pode optar por um aparelho fixo, que carece de colocação nas paredes ou então os móveis que pode levar para qualquer divisão, mas que requer um tubo extensor que deve ser acoplado a uma janela ou a um espaço exterior.


20 SUPLEMENTO | AQUECIMENTO & CLIMATIZAÇÃO

ENAT aposta nas energias naturais O Grupo ENAT - Energias Naturais tem uma larga experiência no panorama da climatização e energias renováveis em Portugal. A actividade da empresa desenvolve-se em torno das energias naturais, baseando-se essencialmente na comercialização e instalação de equipamentos que aproveitem a energia proveniente da terra, do ar e do sol. Com cerca de uma dezena de delegações espalhadas pelo país, a ENAT aposta nos produtos de qualidade e que tragam benefícios aos clientes na certificação energética, bem como na poupança económica dos gastos necessários ao utilizador. Orlando Portinha, Engenheiro e responsável pela delegação de Viseu, acredita que “a aposta neste tipo de energia é uma mais-valia. O combustível

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fóssil começa a tornar-se incomportável, o ambiente precisa de práticas sustentáveis e apesar de o investimento ser grande em relação aos equipamentos tradicionais o retorno é satisfatório.” As energias renováveis apresentam várias gamas de produtos, que devem ser escolhidas tendo em conta a necessidade do cliente e sobretudo a logística técnica. Os preços são também diferentes e oscilam consoante o equipamento que se pretende. Orlando Portinha destaca alguns exemplos “o sistema de recuperador de calor é uma gama com custos mais baixos, no entanto satisfaz termicamente e é rentável, embora necessite de algum trabalho em termos de manutenção. Os sistemas de biomassa a pelletes são também relativamente acessíveis, situamse numa gama intermé-

dia na relação qualidade – preço. As bombas de calor são por excelência uma boa opção, sistemas com uma manutenção praticamente inexistente e com um coeficiente de rendimento elevado, sendo que neste caso é necessário despender mais algum dinheiro no investimento. Temos também os painéis solares fotovoltaicos, térmicos e termodinâmicos, estes têm como finalidade a produção de electricidade, aquecimento de águas sanitárias e aquecimento central. “ Para quem está a pensar recorrer aos sistemas de energias renováveis, a ENAT disponibiliza várias soluções, a equipa de profissionais desloca-se ao local e avalia as condições de viabilidade técnica e económica, dando assim a melhor aplicabilidade ao investimento do cliente.

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Números

19.000 Panéis fotovoltaicos instalados até ao final de 2011

9300 m2 Painéis termodinâmicos

84 223

Geotermias

Aerotermias

6240 m2 Painéis solares térmicos

61.000 m2 Piso radiante.



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desporto ATLETISMO REGIONAL DE FUNDO EM SILGUEIROS

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

No domingo, dia 21 de outubro, vai decorrer em Silgueiros mais uma edição do Campeonato Regional de Fundo da Associação de Atletismo de Viseu. Numa organização da Associação Cultural e Desportiva de Silgueiros, a prova tem uma distância de 15 quilómetros e está aberta aos escalões competitivos de seniores – masculinos e femininos – e ainda de veteranos. O início está marcado para as 10h00, e leva os atletas num percurso que passa pelo Areeiro, Bela Vista, Loureiro, Pindelo, Ramal de Passos, Passos, cruzamento de Parada de Gonta e Lages.

Cartão FairPlay Viseu tem uma equipa a comandar a 2.ª divisão nacional, Centro: Clube Desportivo de Cinfães. Começar bem um campeonato é meio caminho andado. O CDC traçou como objetivo a permanência e nada melhor que amealhar já pontos que o permitam o mais rápido possível. Depois tudo será possível. RUI SANTOS Académico de Viseu

Cartão FairPlay O “mágico” do Académico voltou a resolver no Fontelo. Rui Santos teima em fazer história. Nem as lesões que tem tido ao longo da carreira o impedem de responder bem, sempre que é solicitado a fazê-lo. O último resistente de uma geração de futebolistas de Viseu que orgulha os viseenses. Marcou dois golos e foi decisivo na reviravolta do resultado. ATLETISMO Jorge Matos

Cartão FairPlay Jorge Matos sagrou-se campeão Nacional de Maratona de Montanha no Escalão de M40. O atleta de Ranhados nunca deixou de acreditar mesmo depois de várias dificuldades e lesões. Parabéns! Publicidade

Gil Peres

FUTEBOL Cinfães

A Segundo golo do Académico (reviravolta) foi muito festejado, dentro e fora do relvado Futebol - II Divisão B

Entrar a dormir e sair bem acordado Académico ∑ Vitória (3-1) frente ao Pampilhosa O Académico de Viseu regressou às vitórias. Venceu o Pampilhosa por 3 a 1 com dois golos de Rui Santos e um de Hélder Rodrigues. Não que sem antes tenha pregado um susto dos grandes aos adeptos nas bancada. A equipa entrou “sonolenta” com um futebol apático e desgarrado, sem conseguir uma jogada com princípio, meio e fim. Aproveitou o Pampilhosa, sem que tenha feito muito para o merecer, para se adiantar no marcador. O intervalo chegou, sem que a primeira parte deixasse saudades entre os academistas. Foi na segunda parte

que a equipa de Carlos Agostinho finalmente deu um ar da sua graça, embalando para uma vitória justa e sem margem para dúvidas sobre qual das equipas era mais forte. I mp or t a va lor i z a r o que a equipa conseguiu na segunda metade, onde jogou muito, e bem, sobretudo pelos flancos, onde encontrou a chave para a vitória. Importa também, e sobretudo, não esquecer uma primeira parte apática que frente a um adversário mais poderoso que o Pampilhosa, poderia ter causado sérios danos no resultado final aos homens da casa. Foi , de fa c to , u m a

Cinfães ∑ Liderança da série Centro se g u nd a met ade em tudo diferente, com o Académ ico a con se guir mais velocidade no jogo, evidenciando as limitações da equipa do Pampilhosa, acabando por conseguir a reviravolta no marcador com dois golos de Rui Santos - entrou ainda na primeira parte pra o lugar de Álvaro - , muito iguais, aproveitado duas jogadas pelo lado direito do ataque para rematar, à entrada da área, de forma perfeita. Em vantagem o Académico não permitiu veleidades ao adversário, nem quando o Pampilhosa procurou o jogo directo com a entrada de duas “traves”

para a frente. A “machadada” final no jogo foi o aproveitar de um brinde da defesa do Pampilhosa com Hélder Rodrigues a isolar-se e a colocar, com um toque subtil, a bola sobre o guarda-redes adversário. Com o triunfo o Académico subiu ao sétimo lugar com 7 pontos, mas menos um jogo disputado. Já o Cinfães é a gora l íder com 1 1 pontos. Venceu o Bustelo por 4 a 1 e aproveitou o empate sem golos do Coimbrões frente ao Sousense, para se isolar no comando da série Centro. Gil Peres

BTT TUDO DECIDIDO EM CASTRO DAIRE Michel Machado do BTT Seia conquistou o título da Maratona na edição de 2012 do Up And Down organizado pelo Inatel de Viseu. À entrada para a sétima e derradeira etapa, em Castro Daire, Michel Machado tinha uma vantagem importante, mas não facilitou e venceu também a etapa. Na classificação feminina da Maratona, Flávia Lopes, do Vasconha BTT, somou a sexta vitória consecutiva em etapas e conquistou o troféu. Na prova da MeiaMaratona, o título foi para Carlos Nascimento, do Ser e Parecer Team, que em Castro Daire se limitou a gerir a vantagem para conquistar o título. Em femininos a vencedora do Troféu Up And Down 2012, na MeiaMaratona, foi Catarina Machado, do Dá Gás de Mangualde.


MODALIDADES | DESPORTO 23

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Futebol

Futsal - II Divisão Nacional

Tondela critica arbitragem

Viseu 2001 e AJAB lideram na Série A A Viseense venceram em Macedo de Cavaleiros Há duas equipas de Viseu na frente da série A da II Divisão Nacional de Futsal. Viseu 2001 e Associação Juvenil Abel Botelho, de Tabuaço, venceram na primeira jornada do campeonato e repartem a liderança da classificação com mais três formações. O Viseu 2001, que entra na época com aspirações aos primeiros lugares, e memso discutir uma eventual subida, foi Publicidade

até Macedo de Cavaleiros para defrontar o Macedense, equipa que no seu reduto é sempre um “osso difícil de roer”. O jogo terminou com a vitória do Viseu 2001 por 4 a 3, com Valter Canhoto e Claudinho, mais recente reforço da equipa, a bisarem na partida. Até aqui tudo normal, menos o que se terá passado no final da partida. Os viseenses, em comunicado, acusam os adeptos do Macedense de in-

sultos racistas durante o jogo ao guarda-redes Nilton, de agressões a dirigentes e jogadores no final do jogo, e de apedrejamento ao autocarro. A direcção do Viseu 2001 pondera avançar com queixas nas autoridades competentes, adiantando ainda que vai também levar o caso até à federação. Quanto à AJAB de Tabuaço, nesta estreia na II Nacional, recebeu a equipa do Vale de Cambra.

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL SÉRIE A 2ª jornada (20 Out) Lameirinhas

-

AJAB

Viseu 2001 (21/10 - 17h00) ADR Mata

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL 2ª jornada Série B (20 Out) S. M. Mouros Rio Moinhos

Abeira Douro

-

Leça

Série C ABC Nelas

-

Caldas

O Desportivo de Tondela , pela voz do seu presidente, Gilberto Coimbra, não poupa críticas à arbitragem de Vasco Santos no jogo do passado fim-de-semana, frente ao Feirense, em partida antecipada da 10ª jornada da II Liga Profissional de Futebol. Em comunicado, Gilberto Coimbra, presidente do clube, lembra que o Tondela se tem pautado pela moderação e pela ausência de críticas às arbitragens nos anteriores jogos da época, mas agora chegou a vez de dizer “basta”. Em causa, dizem os tondelenses, estão dois lances passíveis de g ra nde pen a l id ade na área do Feiren-

se, um dos quais já nos descontos, e que Vasco Santos não apitou. Diz o Tondela que “por falta de coragem” do árbitro da partida. As críticas e acusações são fundamentadas com recurso às imagens que fez da partida. Ainda no Tondela é notícia a confirmação da ausência de Jô até ao final da época. A lesão sofrida no Restelo provocou rotura de ligamentos no joelho e obrigou a operação. O tempo de recuperação aponta pa ra seis meses. O Tondela que joga este sábado, pelas 17h00, no Bonfim frente ao Vitória de Setúbal. Jogo da III Eliminatória da Taça de Portugal. GP


especial

19 e 20 de Outubro

Rali Mortágua 2012

textos e fotos ∑ Gil Peres

Campeonato de Portugal de Ralis

Rali de Mortágua renovado, e mais económico É um Rali de Mortágua renovado, e adaptado à realidade dos tempos, o que hoje sai para a estrada com a Super Especial noturna que abre a edição deste ano. Racionalizar meios e minorar os custos, estiveram no pensamento dos responsáveis do Clube Automóvel do Centro, que assim mexeram com alguma profundidade na estrutura da prova, mais uma vez pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis, Campeonato Regional do Centro e Taça de Portugal, Campeonato de 2 Litros 2 Rodas Motrizes, e Troféu Nacional de Clássicos. A Super Especial, a abrir, é o retomar dos primórdios do rali, esperando a organização levar até ao local milhares de espectadores que sempre fazem questão de marcar presença nesta classificativa. No sábado, tudo se decidirá com as duplas passagens em seis Especiais de Classificação, das quais apenas Mortágua se mantém do figurino do ano passado. É assim um rali com novidades ao nível dos troços escolhidos, o que representa um alician-

DR

Decisões ∑ Nacional Absoluto decidido, atenções no 2L/2RM e no Regional Centro Novidades ∑ Novas Especiais de Classificação

A Ricardo Moura te extra para a prova. Competitivamente, se no Nacional Absoluto de Pilotos Ricardo Moura chega a Mortágua já com o título “no bolso”, no demais há ainda muita coisa por decidir. Nos 2L/2RM, Ivo Nogueira está bem colocado para alcançar o tri, com Renato Pita e Pedro leal na expectativa. Na Taça de Portugal, Vítor Pascoal está a um curto passo do título, e pode sair campeão de Mortágua. Já no Regional do Centro, luta animada na frente com três pilotos na disputa pelo

A Ivo Nogueira

título: Luís Mota, Fernando Teotónio e Daniel Nunes vão decidir tudo em Mortágua, última prova do regional. Quanto a pilotos de Viseu, João Leonardo/Nuno Costa marcam presença com o Skoda Felicia KitCar. Depois de um experiência em Aguiar da Beira e dos problemas no Mesão Frio, Mortágua será o primeiro verdadeiro teste para o novo carro do piloto viseense. Gil Peres

A João Leonardo

Opinião

Mortágua é um concelho com tradição no desporto automóvel O concelho de Mortágua tem uma grande tradição neste desporto, que vem dos tempos do mítico TAP Rallye de Portugal, integrado no Mundial de Ralis (WRC) e só lamentamos que o Rali de Portugal tenha deixado o norte do país para ir para o sul, quando de facto está provado que é a norte que há mais público e entusiasmo à volta deste desporto. Aliás, acho que é tempo dos municípios da região unirem vontades e esforços no sentido de fazer regressar o Rali de Portugal ao seu local de eleição e da nossa par-

te estamos disponíveis para integrar essa plataforma. É sabido que o concelho de Mortágua possui condições únicas para a realização deste tipo de evento desportivo, porque temos uma rede de caminhos florestais muito extensa, mais de 1300 Km, como também temos uma rede pavimentada muito extensa e bem conservada, que resulta do facto de sermos um concelho com 250 Km2 e 92 povoações. Tem sido estratégia do Município promover e valorizar as condições endógenas do território, de uma

forma harmoniosa, procurando compatibilizar as dimensões económica, social, ambiental, desportiva e lúdica. O Rali de Mortágua é o exemplo disso mesmo. Trata-se de um cartaz que promove o concelho a nível nacional e contribui para a afirmação do concelho, mas também da região, como palco privilegiado do desporto automóvel. Por outro lado, é um evento que traz muita gente a Mortágua. Estamos a falar de centenas de pessoas, entre pilotos, organização, equipas de assistência, fotó-

grafos, jornalistas, pessoas que acompanham os pilotos, que aqui permanecem dois, três ou mais dias, consoante as situações. Finalmente temos os milhares de pessoas que vêm assistir ao desenrolar da prova. A presença destes milhares de pessoas tem um impacto significativo na economia local. A título de exemplo, durante os dias do Rali e até nos dias antecedentes, as nossas unidades de alojamento e restauração ficam normalmente lotadas. Naturalmente que há outros setores do comércio local que beneficiam também

com esse acréscimo de movimento. A Câmara Municipal quando faz este esforço financeiro tem em conta todo esse retorno para a economia local, que no contexto atual do país, tem uma importância ainda maior. Deixo o convite a todos para que venham a Mortágua ver o Rali, incluindo a Super-Especial noturna, que é uma novidade para muita gente e um espetáculo diferente, aproveitando ao mesmo tempo para saborear a nossa gastronomia e conhecer as nossas belezas naturais.

AFONSO ABRANTES Presidente da Câmara Municipal de Mortágua


RALI DE MORTÁGUA | ESPECIAL 25

Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

LISTA DE INSCRITOS CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS Ricardo Moura Miguel Barbosa Pedro Peres Pedro Meireles João Silva Ivo Nogueira Pedro Leal Paulo Neto Renato Pita Ricardo Marques Vitor Calisto

António Costa Mitsubishi Lancer Evo IX Justino Reis Mitsubishi Lancer Evo IX Tiago Ferreira Mitsubishi Lancer Evo IX Mário Castro Subaru Impreza Hugo Magalhães Renault Clio R3 Nuno Rodrigues Silva Citroen DS3 R3 Redwan Cassamo Citroen Saxo S1600 Vitor Hugo Citroen DS3 R3 Alberto Silva Renault Clio R3 Paulo Marques Citroen C2 R2 Max Joaquim Batalha Citroen Xsara 2.0 16V

Taça de Portugal Vitor Pascoal Luis Ramalho Mitsubishi Lancer Evo VII Armindo Neves Bernardo Gusmão Mitsubishi Evo VII Luis Mota A lexandre Ramos Mitsubishi Lancer Evo IV Daniel Ribeiro Jorge Carvalho Opel Corsa OPC Carlos Fernandes Fábio Vicente Citroen C2 R2 Max Daniel Nunes Daniel Amaral Mitsubishi Lancer Evo VI Raúl AguiarP edro Pereira Mistubishi Lancere EVO IV Carlos Cruz Paulo Santos Peugeot 206 RC José Vieira Hugo Rodrigues Carisma EVO V Fern. Teotónio Luis Morgadinho BMW 325 I João Soares João Barata Citroen Saxo André Portugal Pedro Colaço Mitsubishi Lancer Evo III Paulo Carvalheiro Marco Cordeiro BMW M3 Paulo Correia Mitsubishi Lancer Evo VI Ricardo Coelho Daniel Pereira Toyota Starlet João Leonardo Nuno Costa Skoda Felicia Kit Car

Troféu Nacional Clássicos Carlos Neves RALI DE MORTÁGUA 2012 ONDE VER (COORDENADAS GPS) A parte competitiva do Rallye de Mortágua será constituída pela já referida Super Especial de Mortágua, com 1,86 Km Publicidade

junto às rotundas de Vale de Açores , e no dia seguinte pela dupla passagem em 3 Provas Especiais (PE’s) em piso de Asfalto: Mortágua – 15,39 Km (que terá po seu inicio junto à povoação de Caporrosinha e terá o seu final perto da EN 234), Sobrosa com 20,65Km (à volta

da serra de Espinho, sendo o seu início junto ao cruzamento entre a povoação de Meligioso e Trezoi a Norte da EN 234) e finalmente a terceira PE Vila Pouca com 9,55Km (terá o seu início em Falgaroso da Serra e também o seu final). As Zonas Espetáculo re-

João Reis

comendadas pela organização para melhor ver o Rali de Mortágua são: PE 1 - SUPER ESPECIAL Localização – Estrada EN km 51 sentido Mortágua Luso PE 2/5 – MORTÁGUA

ZP 1 - MARMELEIRA Km 5,43 / Marmeleira (40º 21,103’ N, 08º 15,616’ W) – Cruzamento em Gancho à esquerda PE 2/5 – MORTÁGUA ZP 2 - CERCOSA Km 6,96 / Cercosa (40º 20,433’ N, 08º 16,122’

Datsun 1200 W) – Dupla direita na povoação, após zona rápida PE 2/5 – MORTÁGUA ZP 3 - CERDEIRA Km 13,42 / Cerdeira (40º 21,833’ N, 08º 18,663’ W) – Esquerda em 90º seguida de direita após forte travagem


26 SUPLEMENTO | RALI DE MORTÁGUA AutoVintage CAC Rally Trophy e Critérium Centro

“Mortágua Clássicos” é uma novidade

A Viseense Óscar Lemos vai estar presente Uma das grandes novidades deste ano é o “Mortágua Clássicos” pontuável para o AutoVintage CAC Rally Trophy e para o Critérium de Ralis Centro. Decorre integrado no prog ra m a do R a l i de Mortágua, disputado integralmente em estrada fechada, com um figurino inédito de rali sprint com 91,64 Km de provas cronometradas, distribuídos por sete especiais de classificação. Hoje, dia 19, disputase a Super-Especial, prova espetáculo com 1,86 K m de extensão, com o primeiro piloto a sair por volta das 21h00, logo depois de todos os carPublicidade

ros inscritos no Rali de Mortágua terem cumprido a classificativa. A m a n h ã , sábado, o primeiro concorrente do “Mortágua Clássicos” sairá para a estrada cerca das 10h30 horas para a 1ª secção composta pelas especiais de Mortágua 1 com 16,27 Km, Sobrosa 1 com 19,08 e Vila Pouca 1 com 9,54 Km. Depois de um reagrupamento segue -se a 2ª secção, por volta das 13h30, onde se repetem as especiais já disputadas na 1ª secção. Aberto a clássicos até 1983 e a desportivos até aos dias de hoje - desde que assim considerados pela organização -

o “Mortágua Clássicos” apresenta-se diferente no panorama da regularidade nacional, desde logo porque os concorrentes terão previamente acesso ao percurso e poderão reconhecê-lo. As provas especiais de classificação serão todas feitas por tabela de média, que oscilará entre os 60 e os 100 Km/, de forma a garantir um ritmo entusiasmante e “próximo” dos concorrentes do rali de velocidade. Os pilotos cumprem sempre as classificativas após os pilotos do rali de Mortágua, pelo que os horários de início das PEC´s estarão sempre condicionados. GP

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LISTA DE INSCRITOS RALLYE CLASSICOS DE MORTÁGUA João Mexia Leitão Nuno Machado Porsche 911 Parcidio Summavielle Jorge Oliveira BMW 2002 ti Cipriano Antunes António Caldeira Audi Quattro Sinel Martins Ivo Tavares BMW 2002 Jorge Dinis Tiago Caio Porsche 911 Bruno Vasconcelos João Gil VW Golf Pedro Marques Rui Oliveira BMW 2002 Tiago Prata João Paulo Baptista Ford Escort 2.0 João Cruz Luís Brito Ford Escort 2.0 Rui Ribeiro Pedro Fernandes Ford Escort RS 1.6 Henrique Damásio João Guerra Marques BMW 1602 Jorge Santos José Segarra Marques Alfa GTV 2.0 Óscar Lemos Paulo Silva Triumph Dolomite Pedro Lopes NN Porsche 911 Filipe Freitas António Serrão BMW 2002 José Meiavia João Brito Fiat 124 Spider José Fresco António Fresco Ford Escort RS João Fernandes Ricardo Oliveira BMW 2002 tii João Ribeiro Cunha João Silva Cunha Porsche 911 BMW 328 i Gonçalo Rosado José Moreira António Pinto Manuel Lebre Fiat 124 Sport José Tomás Carlos Paredes Toyota Corolla António Abrantes André Abrantes Datsun 1200 Mário Antunes David Lúzio Austin Cooper João Sousa Gonçalo Fortuna MG BGT Luís Ribeiro José Ribeiro Ford Escort XR3 J Ferreira Rolo André Keim Citroen 2 cv Sander Kuipers Jorge Daniel Fiat 127 RALI DE MORTÁGUA 2011 - HORÁRIOS 1ª ETAPA | 1ª SECÇÃO >> SEX 19 20h15 | PE1 - Super Espec. | 1,86 Km 2ª ETAPA | 1ª SECÇÃO >> SÁB 20 10h12 | Caparrosinha 10h15 | PE2 - Mortágua 1 | 15,39 Km 10h45 | Meligioso 10h48 | PE3 - Sobrosa 1 | 20,65 Km 11h28 | Falgaroso da Serra 11h31 | PE4 - Vila Pouca 1 | 9,55 Km 12h11 | Aeródromo / Reagrupamento 2ª ETAPA | 2ª SECÇÃO >> SÁB 20 13h31 | PE5 - Mortágua 2 | 15,39 Km 14h01 | Meligioso 14h04 | PE6 - Sobrosa 2 | 20,65 Km 14h44 | Falgaroso da Serra 14h47 | PE7 - Vila Pouca 2 | 9,55 Km Mortágua (1,86 km)



D “À descoberta do Primeiro Santo, São Teotónio”

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culturas expos VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de outubroExposição fotográfica “Sombras entre Sonhos”, de Luís Rigueira.

“Barro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques.

MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de outubro Exposição “Zootrope”, no qual se aliam o cinema de animação e a reciclagem. TONDELA ∑ Mercado Velho Até dia 4 de novembro Exposição “Mundos à Parte”, de Nuno Loureiro, Diogo Rocha e Sandra Rocha.

MOIMENTA DA BEIRA ∑ Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro

Até dia 4 de novembro Exposição de caricaturas de André Carrilho.

Arcas da memória

Destaque

São Tomé e Príncipe sob o olhar de José Simões “São Tomé e Príncipe – Um paraíso ainda sem rumo” ∑ Autor apresenta a obra no dia 27, na Pousada de Viseu Um viseense decidiu lançar-se à descoberta de São Tomé e Príncipe. Através de um olhar independente, crítico e sociológico, José Simões conta a história de um país que ainda não se libertou do processo da descolonização, ocorrido há mais de trinta anos. O autor vai apresentar a obra “São Tomé e Príncipe – Um paraíso ainda sem rumo”, no dia 27 de outubro, sábado, a partir das 16h00, nos Claustros da Pousada de Viseu. A obra foca-se, primariamente, do território São Tomense sob o ponto de vista geográfico. O autor demora-se na caracterização física e climática, uma vez que esses elementos tiveram e têm profundos reflexos na vida das gentes daquelas paragens. As ilhas do arquipélago são como laboratórios agrícolas transcontinentais, desde as origens do seu povoamento. José Simões, através de relatos recolhidos no local, analisa e descreve com pormenor os laços laborais que, após a

abolição esclavagista se estabelecem entre empregadores e empregados. Para além destas componentes de cariz mais sociológico, este é também um livro que se enquadra na literatura de viagens. Por isso, o autor não se coibiu de lançar um olhar crítico sobre as condições menos dignas em que a sociedade santomense se orienta hoje, face aos parcos recursos endógenos do seu território. E denuncia novas formas de esclavagismo, quando constata que a subsistên-

00h20* Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VO (CB) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h30* Dredd (M16) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h50 Paranorman VP (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 21h10, 00h00* Selvagens (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h40 Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (CB) (Digital) Sessões diárias às 19h15, 21h40,

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No âmbito das comemorações jubilares de São Teotónio, padroeiro da diocese e cidade de Viseu, a autarquia apresenta a obra infanto-juvenil “À descoberta do Primeiro Santo, São Teotónio”, amanhã, às 16h00, na Biblioteca Municipal. Os textos são da autoria de Carlos Paixão e ilustrações de Carlos Pais.

Até dia 31 de outubroExposição de escultura

Jornal do Centro

cia de alguns homens, chefes de família, é limitada pelos quinze euros mensais que recebem pelo seu trabalho nas roças. Nas ruas, constatou o binómio entre a pobreza vivida pela maioria, sobretudo no interior, e a ostentação que o “novoriquismo” de alguns não deixa esconder. Sentiu o bulício das gentes em torno de pequenos negócios de ocasião e soube deixar na tela deste livro traços marcantes sobre as condições em que estes se praticam. Segundo António Barros Cardoso, professor doutorado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e autor do prefácio da obra, “este livro representa a materialização da irrequietude do espírito que o autor transporta consigo, revelador de saberes consolidados que reclamam sempre mais e novos saberes”. Durante a apresentação, serão projetados slides que irão ajudar a compreender a estória. No final, será servido um “Dão de Honra”. Tiago Virgílio Pereira

Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h20, 23h50* Ted (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h45, 21h00, 00h10* Linhas de Wellington (M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 23h50* Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VO (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40 Brave VP (M4) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h15, 21h30, 00h05* Para Roma, com amor (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Looper - reflexo assassino (M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h50, 17h00 Impy na terra da magia (M4) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00* (dom.), 13h30, 16ho5, 18h40

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h00, 00h00* Balas e Bolinhos 3 – O

A Poça das Feiticeiras Na minha terra, a minha aldeia, havia a Rua das Feiticeiras, jeito de estreita viela, mais larga do que as vulgares “quelhas” que por lá também havia, e ligava o Adro da Igreja à Rua das Amoreiras onde ficava a casa de meus pais. Era através dela que eu fazia o trajecto para a Escola. Foi também nos muros dela que eu achei, um dia, um ninho de “ferreiro”, num buraco que ainda sei, hoje vazio. Havia ao lado o boqueirão de uma porteira e dentro dela uma armação só de ruína, e era ali, no meio dela, o hahitat das feiticeiras. Passava por ali no dia a dia, enquanto desse lá na rua a luz do dia, que nessas horas andavam bem por longe as feiticeiras. Mas quando, às vezes, noite já caída, minha mãe me mandava, com recado, a casa da madrinha, dava, com receio de passar pela viela, uma volta grande pela estrada. Lembro-me queemcertaocasião,alguém teria dito que era noite de Sabbath, andariam lá por longe as feiticeiras, deitei, ainda assustado, a correr pela viela, e só me lembro que bati de encontro à corrida de um cão que vinha a atravessar, tão assustado quanto eu. Na cidade de Viseu, que não é a minha terra, à margem dela, havia nesse tempo, me contaram, uma rua que era dita, tal e qual na minha terra, a Rua das Feiticeiras, não que ali houvesse casario em ruína, ali o que era razão dela, era a cruz antiga dos caminhoseumapresadeáguas

escorridas que regavam chãosdasquintasláporperto. E era ali, quando à meia-noite as águas já dormiam, que as feiticeiras reuniam nos seus místicosencontrosdasnoites de Sabbath. E tal e qual como eu na minha terra, ninguém se atrevia, noite alta, a passar por lá. E às águas represadas, sem que ali se visse fonte, ondesóvinhambeberbichos do monte, houve em tempos quem chamasse, a Poça das Feiticeiras, e foi esse o nome que ficou. Conta-se de um crime que, certa noite, ali perto aconteceu. Nunca se soube, foi feitiço, do autor que o consumou. Era Verão, não era ainda a lua-cheia, as águas já dormiam, noite fora, não ficaram no chão marcas de pegadas, medonho, só, foi o grito que alguém ouviu na perturbante escuridão quando,deassustado,umesquisito bando de aves com estrondo levantou. E o estranho silêncio que voltou. Rompia a madrugada quando um homem, de viagem, lá passou. E foi ele quem fez a descoberta. Homem morto! E espalhou a notícia no lugar. ChamaramCrimedaPoça das Feiticeiras o crime que, nessa noite, ali perto aconteceu. Há que tempos que isso foi!...Masahistóriaaindabole em nosso coração.

Último Capítulo (M16) (Digital)

Estreia da semana

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

Sessões diárias às 13h50, 16h40, 19h10, 21h50, 00h30* Arbitrage - a fraude (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h50, 21h20, 00h10* Taken - a vingança (M12) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 21h30, 23h40* A cilada (M16) (Digital) Legenda: * sexta e sábado

Astérix e Obélix: ao serviço de sua majestade – Conduzidas por Júlio Cesar, as gloriosas legiões de Roma invadiram a Britânia. Mas uma aldeia continua a resistir à invasão, todos os dias com mais dificuldade. A rainha dos bretões resolve enviar o seu leal funcionário Anticlímax à Gália para procurar ajuda junto de outra aldeia, famosa pela sua heroica resistência aos romanos.


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culturas Variedades

D “Bipolar, o lado de cá”

No auditório da Fundação Lapa do Lobo, em Nelas, será apresentada a obra “Bipolar, o lado de cá”, de Ana Ventura, no dia 27, pelas 21h30. No final será servido um “Dão de Honra”. A entrada é livre.

Destaque

O som e a fúria

A cultura fora dos grandes centros Projeto Llull ∑ Residência artística portuguesa e espanhola em Carregal

“Utopia” no Obviamente A exposição “Utopia” pode ser vista, até dia 13 de novembro, no Obviamente Bar, na zona histórica de Viseu. Pela primeira vez, Alexandre Alves, 35 anos, mostra os seus trabalhos ao público. A coleção particular é composta por seis quadros, dos mais antigos, de 1997, até aos mais recentes. As técnicas utilizadas são o pastel e o óleo. “Esta é a maneira como vejo o mundo. Confuso, pouco metódico e definido”, esclareceu o artista viseense. Os quadros expostos não estão para venda contudo, Alexandre Alves aceita encomendas. O artista é um autodidata. Começou a pintar em tenra idade e o gosto pelo desenho não mais abandonou. TVP

Duas companhias portuguesas e duas companhias espanholas escolheram o Centro Cultural de Carregal do Sal, para permanecerem em residência artística durante cerca de mês e meio, e ali preparar um espetáculo ibérico que vai ser apresentado no Brasil, EUA, Beirut, Índia, Portugal e Espanha. O Projeto Llull, uma coprodução do Teatro de Cerca (Barcelona), Propositário Azul (Lisboa), Companhia Voadora (Santiago de Compostela) e Nicho Associação cultural (Viseu), é uma adaptação para a atualidade do clássico do catalão Ramon Llull, “O livro do gentil e dos três sábios” do século XIII, que se debruça sobre o diálogo inter-religioso e tem como ideia central a necessidade do permanente o diálogo entre as religiões para que o mundo viva em paz. A adaptação teatral inédita da obra de Llull transpostada para a contemporaneidade - “Sots l’Hombra d’un bell Arbre – The future is unwritten” -, é encenada por Graeme Pullyn do Teatro Serra do Montemuro, conta com a dramaturgia de Helena Tornero do Te-

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A Adaptação de “O livro do gentil e dos três sábios” atre Nacional Catalunya e com a participação de atores português e espanhóis. “O nosso objetivo é criar uma nova dramaturgia desta obra” adianta Cristóvão Cunha, coordenador do Projeto Llull. Além da peça de teatro, o projeto Llull conta com várias conferências nomeadamente a conferência “Ouvindo o Outro”, dia 3 de dezembro, às 17h30 na Acert em Tondela, e um ciclo de workshops paralelo à digressão do espetáculo, em 2012 e 2013, alguns deles já a acontecer em Carregal do Sal. “ No contex to at ual de eventual secessão da Catalunya e crise na Península Ibérica, de conflitos sanguinários no Médio Oriente e da crescente ascensão dos

fundamentalismos extremados, esta obra nasce do centro do olho do furacão. E é engraçado como Llull já previa este caldeirão prestes a explodir há 500 anos. E como lê-lo hoje pode ser tão atual, comenta. Cristóvão Cunha reconhece-o com “um projeto para, de certa forma, dinamizar e fomentar” a criação de cultura fora dos grandes centros urbanos. “Este projeto acontece em Carregal do Sal porque sou natural de lá e decidi investir a minha experiência ganha na Europa. Fazendo o contrário do que muitos acreditam ser a solução, acredito que devemos começar a investir no nosso território mas pensar a largo prazo”, termina. Emília Amaral

“Who do I call if I want to call Europe?” Maria da Graça Canto Moniz

A Comissão Norueguesa entregou o Prémio Nobel da Paz de 2012 à União Europeia apesar do bloco enfrentar a mais grave crise desde que surgiu nos pós-guerras. Um prémio que serviu, simultaneamente, como um aviso, uma “aprovação” e um impulso moral (se bem que é discutível até que ponto este prémio encorajara os Gregos, Espanhóis e Portugueses). O Comité disse que o prémio é uma forma de reconhecer mais de seis décadas durante as quais o anteriormente conflituoso continente se tornou um prenúncio de paz, democracia (tenho algumas dúvidas acerca da natureza democrática do processo de integração per se), direitos humanos, interna e externamente. Mas, Thorbjørn Jagland, presidente do comité, não deixou de injectar a tradicional dose política ao prémio, alertando para que os europeus encarem o prémio como um aviso de que o bloco de 27 países (e, acrescento eu, o mundo em geral) fica a perder se a atual turbulência económica quebrar a sua coesão. I.e., é muitíssimo importante assegurar o precioso e único património que a UE conseguiu criar ao longo destes anos todos e que não se resume a taxas de juro, fundos de resgate, etc. Por outro lado, o prémio também pode ser

Literatura

Carlos Ferreira vem a Viseu apresentar a obra “Alguma dor cura a alma” O jorna lista Ca rlos Ferreira vai lançar o livro “Alguma dor cura a alma”, em Viseu. A obra descreve a caminhada dos peregrinos pelos trilhos de Santigo de Compostela e Fátima, contada em formato de reportagem. A apresentação está

marcada para amanhã, dia 20, a partir das 18h00, na Associação Cultural e Recreativa do Rancho Folclórico do Caçador. Carlos Ferreira, 45 anos, tem uma forte relação afetiva com a cidade de Viriato. Foi em Viseu, no ano de 2005, que o jorna-

lista começou a peregrinação. O gosto pela descoberta e pelo desafio deram o mote para que voltasse a repetir a experiência, cinco anos depois. “Em ambas caminhei os 175 quilómetros que separam o Caçador, em Viseu, de Fátima. As peregrinações, em gru-

po, foram completamente diferentes desta a Santiago de Compostela. Em três dias e meio, divididos em quatro etapas, chegámos ao Altar do Mundo, culminando um esforço enorme, num traçado muito cansativo, sobretudo porque sempre em alcatrão, por

estradas nacionais, e o essencial cumprido durante a noite”, referiu Carlos Ferreira. “É tempo de recordar histórias como a de Tondela”, é o mote para o encontro. Carlos Machado é o orador convidado. TVP

uma chamada de atenção para a Europa adoptar uma postura mais musculada nos assuntos internacionais. A UE é o maior doador mundial de ajuda humanitária (peço desculpa pela franqueza, mas é de louvar uma instituição que trabalha não só para o benefício dos seus cidadãos como também para o de todo o mundo) mas, os seus membros, muitas vezes lutam para ter uma visão comum em assuntos cruciais de política externa (por exemplo, as divisões, o ano passado entre Alemanha por um lado e a França e o Reino Unido, relativamente à Líbia). Numa altura em que os sinais de extremismo e nacionalismo vão surgindo já se fala do perigo real da desintegração europeia pelo que é importante pensarmos no core deste projecto. No entanto, no mesmo dia em que o prémio foi anunciado em Oslo, os responsáveis políticos europeus novamente manifestaram os seus desacordos acerca do resgate Grego. Além disso, alguns funcionários europeus imediatamente levantaram a questão de quem iria aceitar o prémio em nome do bloco. Estas rivalidades “intra-UE” fazem-me lembrar uma pergunta do antigo funcionário de Estado Norte-Americano, Henry Kissinger: “Who do I call if I want to call Europe?”


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saúde e bem-estar Centro de dislexia nasce na Universidade Católica Câmara de Nelas assegura manutenção de projetos para atividade física A Câmara Municipal de Nelas vai dar continuidade aos dois projetos de saúde e bem-estar “Atividade Física em População com Diabetes” e “Crianças em Movimento”. Para tal, acaba de assinar protocolos com várias entidades do concelho parceiras nos programas. O projeto “Atividade Física em População com Diabetes” é dirigido à população do

concelho com a diabetes diagnosticada. O programa “Crianças em Movimento” vai permitir que cerca de 400 crianças do ensino pré-escolar possam beneficiar da prática de natação, no sentido de criar nas mesmas “um desenvolvimento salutar, autonomia, coordenação e aprendizagem”, escreve a autarquia numa nota envia à comunicação social. EA

A psicóloga Cláudia Coelho, depois de terminar o mestrado em educação especial no Centro Regional das Beiras da Universidade Católica, lançou o desafio para criar em Viseu um centro de dislexia (dificuldade específica de aprendisagem). A ideia foi bem aceite. O primeiro centro de dislexia do distrito de Viseu está a funcionar desde o dia 1 de outubro, nas instalações da Universidade Católica. O Centro de Dislexia (CD) nasce no âmbito do mestrado em Educação Especial que vai na quinta edição. Uma equipa de seis profissionais orientada pela psicóloga, Célia Ribeiro, também coordenadora do mestrado, trabalha diariamente no projeto. A nova estrutura tem como primeiro objetivo apoiar na investigação e na formação dos mestrandos, mas encontra-se igualmente equipada para a realização de consultas e acompanhamento de utentes, nomeadamente crianças e jovens em idade escolar. “A ideia base é servir a comunidade, abrir consultas para crianças e jovens inclusive alunos da nossa universidade”, adianta a coordenadora do CD.

Tiago Virgílio Pereira

Arquivo

Projeto∑ A nova estrutura visa dar apoio aos alunos de mestrado e servir a comunidade

A Célia Ribeiro (esq.) coordena uma equipa de seis profissionais A responsável reconhece que hoje as escolas, por força da legislação em vigor, “estão mais voltadas para a área das dificuldades intelectuais, deficiências motoras, visuais e auditivas”, deixando “um pouco de lado as situações de dificuldades específicas de aprendizagem como a dislexia”. De acordo com Célia Ribeiro é aí que o CD pode prestar um novo serviço à comunidade. Praticando-se valores abaixo do mercado, os interessados pode efetuar marcações de consultas no CD através do número de telefone 232419500 ou pelo email www.-crb.ucp.pt.

As verbas conseguidas no CD serão canalizadas para apoio à investigação na universidade, como confirmou Célia Ribeiro. O próximo passo deste projeto passa pela assinatura de protocolos com esco-

las, associações, hospitais e a própria Segurança Social no sentido de serem canalisadas para o CD crianças diagnosticadas em consultas de desenvolvimento. Emília Amaral

Estudo: Escolas de Silgueiros e Repeses

∑ A psicóloga Cláudia Coelho realizou um estudo com 40 alunos dos antigos agrupamentos de escolas de Silgueiros e Infante D. Henrique sobre o percurso dos alunos disléxicos, e concluiu que os alunos diagnosticados que não sofreram qualquer intervenção tiveram piores resultados no seu percurso escolar. De acordo com Cláudia Coelho, oito desses alunos acabaram por abandonar os estudos, “porque não havia apoios, a escola deixou andar e eles perderam completamente o interesse pela escola”. As conclusões do estudo revelam que alguns dos alunos intervencionados já estavam no ensino superior. EA


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SAÚDE E BEM-ESTAR 31

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Opinião

Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt

Os nossos dentes Os nossos dentes são u m a pa r te importante da nossa person a l idade , além disso proporciona m-nos qualidade de vida e autoconfiança. Perm item-nos comer com prazer, rir despreocupadamente, falar com clareza e oferecem-nos segurança no dia-a-dia, bem- esta r e gosto pela vida. Mas a vida não passa pelos nossos dentes sem deixar m a rca s . Acontece com frequência que se perde um ou vários dentes. As causas podem ser doenças dos dentes ou da gengiva (por exemplo, periodontite) ou ainda acidentes (desporto, dia-a-dia). A falta de dentes não é apenas uma questão estética mas t a mbém i nter fere com a funcionalidade, limitando-nos de várias formas. Por isso deve confiar no seu Médico Dentista/Higienista oral . A visita ao Médico Dentista não deverá ser dolorosa e deverá ser regular! Estamos no ano de 2011 e foi percorrido um longo caminho no ava nço te c no lógico e nas condições de conforto que são proporcionadas nu m a con su lta de Medicina Dentária. Nos dias de hoje, já não deverá ter medo de ir ao Médico Dentista. Pelo contrário, deverá ter consciência que está a fazer algo de bom para a saúde ao controlar a sua saúde oral.

Hidroginástica em águas profundas chega a Viseu Modalidade ∑ Escola de Natação do Fontelo faz primeira experiência este mês A Escola de Natação do Fontelo (ENF), em Viseu disponibiliza a partir deste mês aulas de hidroginástica em águas profundas. A modalidade originalmente chamada “ D e ep Water ” com origem nos Estados Unidos, leva à realização de exercícios com a utilização de um colete que permite a flutuação do corpo e mantém a cabeça fora da água. Ao contrário da hidroginástica comum, a “Deep Water” deixa o corpo totalmente mergulhado, exceto a cabeça do aluno.

A modalidade pode ser praticada por pessoas de todas as idades não tendo necessariamente de saber nadar. As aulas serão ministradas nas Piscinas do Fontelo. No sentido de promover a moda l idade, a EN F promove uma aula gratuita de d iv u lgaç ão a 2 8 de outubro ou 11 de novembro, com início às 10h30. As inscrições, gratuitas e lim itadas podem ser feitas at ravés do nú mero 962912526. Emília Amaral

Escola Superior de Saúde debate riscos psicossociais A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu promove na terça-feira, dia 23 o seminário “Juntos na Prevenção de Riscos Psicossociais Setor da Saúde”. A abertura do encontro está marcada para as 9h15. Ao longo do dia serão abordados temas como a Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais, a avaliação dos riscos

psicossociais no ambiente de trabalho, os riscos psicossociais numa perspetiva de enfermagem no trabalho, a avaliação dos cuidados psicossociais na unidade de cuidados paliativas do Centro Hospitalar Tondela - Viseu, entre outros. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas até ao final desta sexta-feira, dia 19. EA

Guia apoia idosos A Câmara de Mangualde acaba de lançar o Guia do Idoso”. O documento disponível no serviço de ação social da autarquia, pretende ser um instrumento orientador de ajuda para melhorar a qualidade de vida dos idosos do concelho. Ofertas culturais e

desportivas, formas de ocupar os tempos livres, apoios económicos e sociais, são algumas das questões práticas abordadas no guia, disponibilizando ainda informação sobre um conjunto de valências de que os idosos hoje podem usufruir em Mangualde. EA


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As dores articulares não permitem que tenha um estilo de vida activo?

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Uma das coisas mais importantes para a manutenção da cartilagem articular saudável é o desporto e a actividade física, em geral. Ironicamente, muitas pessoas com deterioração das articulações - em alguns casos, causada pelo desporto excessivo ou inadequado postos de trabalho, etc - são impedidos de exercer as suas actividades desportivas favoritas. Com uma combinação de sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina, dois compostos biologicamente activos que estão envolvidos na síntese de cartilagem articular saudável, pode inverter esta situação e voltar a ter uma vida mais activa! Tijolos de cartilagem. A glucosamina é um aminoaçúcar, produzido a partir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo biológico e um componente estrutural da cartilagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimular a síntese corporal de cartilagem e foi exactamente isso que a investigação mostrou ser benéfico na osteoartrose. A condroitina, o outro componente, é extraído normalmente da cartilagem de porco ou de vaca, mas também é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um componente estrutural vital da cartilagem. Nenhuma outra substância tem este efeito.Ao efeito. Ao contrário dos medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais com u m

para as pessoas com osteoartrose, a glucosamina e a condroitina têm outros efeitos para além de melhorar a dor. IMPEDE A DEGRADAÇÃO DA CARTILAGEM. Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura perda de cartilagem articular. Alguns peritos reclamaram ainda que a glucosamina pode recuperar alguma da cartilagem já degradada. Documentado cientificamente. Actua mesmo? De acordo com estudos científicos, definitivamente parece que sim. Não só melhora o funcionamento das articulações, como os estudos também demonstram que reduz as dores articulares tão eficazmente como os AINE’s (medicamentos anti-inflamatórios não esteróides) que são amplamente utilizados para tratar articulações inflamadas e dolorosas. De facto, investigadores Espanhóis do Hospital Universitário Dr. Peset em Valência publicaram recentemente um estudo na revista científica Radiologia Europeia (European Radiology), no qual comprovaram a capacidade da glucosamina diminuir a dor e melhorar o funcionamento das articulações em pessoas com a cartilagem do joelho degradada. Utilização muito segura. Num artigo de revisão publicado no início deste ano n a rev i st a Artroscopia (Arthrosc o p y) , i n -

vestigadores americanos referem o sulfato de glucosamina como “uma modalidade inicial de tratamento para muitos doentes com osteoartrose”. A osteoartrose, como mencionado anteriormente, é uma parte natural do processo de envelhecimento. Para além da relação com a idade, e da degradação enzimática da cartilagem articular, a osteoartrose pode ser provocada pela utilização inadequada das articulações ou por uma combinação de excesso de peso e pouco exercício físico. Glucosamina combinada com condroitina parece ser uma solução benéfica para a osteoartrose ligeira a moderada, não apenas pelos seus efeitos comprovados, mas também pela sua segurança. Eur Radiol. 2009 Ar throscopy. 2 0 09 Jan;25(1):86-94.

Porquê “sulfato”? Estudos demonstram que o melhor efeito é obtido com sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina. O prefixo “sulfato” refere-se ao facto dos componentes serem combinados com enxofre. Biologicamente, a glucosamina e a condroitina necessitam da presença de enxofre para actuar adequadamente. Outra forma de glucosamina predominantemente utilizada em preparaçõe preparações de glucosamina nos Es Estados Unidos é o “cloridra “cloridrato de glucosamina”. Esta forma fo da substância não aactua tão bem quanto o sulfato sul de glucosamina, explicando exp a razão por que aalguns estudos não apresentam apresent os efeitos esperados. A maioria dos estudos pub publicados com efeitos comprovados com na osteoart osteoartrose utilizaram sulfato s de gluco cosamina.



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34 CLASSIFICADOS

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INSTITUCIONAIS 1ª Publicação

Natália Teixeira Garcia Agente de Execução

EDITAL DE VENDA 2ª Publicação

Afixado em ..…/…../….. A Agente de Execução,

2ª Publicação

Processo: 232/06.8TBVZL

N/Referência: PE/292/2006 Data: 09/10/2012

Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, Crl. Executados: Zulmira Guimarães Pereira Gashi e outros

(Jornal do Centro - N.º 553 de 19.10.2012)

EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

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Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Canalizador. Lamego - Ref. 587869103 Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Serralheiro Mecânico

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168 Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029 Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Serralheiro Civil

Ref. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades Soldador de Arco Electrico

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CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Marceneiro - Ref. 58780025 Carregal do Sal - tempo completo Pretende-se profissional para operário com máquinas no fabrico de móveis, com experiência Outras costureiras, bordadeiras e trabalhos similares - Ref. 58783912 Carregal do Sal - tempo completo. Bate-chapas de veículos automóveis - Ref. 58782240 - Tondela - tempo completo

(Jornal do Centro - N.º 553 de 19.10.2012)

(Jornal do Centro - N.º 553 de 19.10.2012)

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Serralheiro Civil Ref. 587822144 – tempo completo – São Pedro do Sul

Processo n.º 232/06.8TBVZL Tribunal Judicial de Vouzela – Secção Única FAZ SE SABER que, nos autos acima identificados, encontra se designado o dia 19 de Novembro de 2012, pelas 14:30 horas no Tribunal Judicial da Comarca de Vouzela para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento na secretaria, pelos interessados na compra dos seguintes bens: Verbas Verba n.º 1 – Prédio rústico, constituído por terreno de cultura, com 1020 m2, sito no Lugar de Caria, freguesia de São Miguel do Mato e concelho de Vouzela, inscrito na matriz sob o artigo n.º 1773 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Vouzela sob o n.º 1463/20070713. Valor Base: 10.000,00 euros. Verba n.º 2 – Prédio rústico, constituído por terreno de cultura e oliveiras, com 290 m2, sito no Lugar de Caria, freguesia de São Miguel do Mato e concelho de Vouzela, inscrito na matriz sob o artigo n.º 1739, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Vouzela sob o n.º 70/19851218. Valor Base: 5.000,00 euros. Os bens pertencem a Marília Marques Guimarães, residente no Lugar de Caria, freguesia de São Miguel do Mato e concelho de Vouzela. Serão aceites as propostas de melhor preço acima de 70% do valor base. Não se encontra pendente oposição à execução. Não foram reclamados créditos. É fiel depositária, que os deve mostrar a pedido, a executada Marília Marques Guimarães, residente no Lugar de Caria, freguesia de São Miguel do Mato e concelho de Vouzela. Albergaria a Velha, 09 de Outubro de 2012 A Agente de Execução,

Padeiro, em geral - Ref. 58783787 Tondela - tempo completo Com experiência profissional do setor da panificação Outros trabalhadores não qualificados da indústria Transformadora Ref. 58786212 - Tondela A tempo completo Pretende-se candidato para trabalhos em serração de madeiras com ou sem experiência.

CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Cabeleireira Ref. 587868125 Tempo Completo - Viseu

Canalizador Ref. 587873121- Tempo Completo – Viseu

Cozinheiro Ref. 587862301 – Tempo Completo - Viseu

Pedreiro Ref. 587873326 - Tempo Completo - Viseu

Mecânico automóvel Ref. 587870583 - Tempo Completo - Penalva Castelo

Pasteleiro Ref. 587873118- Tempo Completo – Viseu

Estucador Ref. 587872917- Tempo Completo - Viseu

Canalizador Ref. 587874765- Tempo Completo - Nelas

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

NECROLOGIA Maria Engrácia Santos Ribeiro, 70 anos, casada. Natural e residente em Póvoa de Montemuro, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 10 de outubro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Póvoa de Montemuro.

Maria Augusta Morais Meleiro, 79 anos, viúva. Natural e residente em Queiriga, Vila Nova de Paiva. O funeral realizou-se no dia 10 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Queiriga.

Aida de Figueiredo de Almeida Matos, 94 anos, viúva. Natural de Pinheiro e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 14 de outubro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Rosa Azevedo Moreira, 84 anos, viúva. Natural e residente em Queiriga, Vila Nova de Paiva. O funeral realizou-se no dia 13 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Queiriga.

Maria Alice Ferreira, 89 anos, viúva. Natural e residente em Folgosa, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 17 de outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Castro Daire. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Olga da Conceição Amaral, 81 anos, viúva. Natural e residente em Guimarães de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Chãs de Tavares. Domicilia dos Anjos, 82 anos, viúva. Natural de Cativelos, Gouveia e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17 de outubro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Vila Nova de Tazem, Gouveia. Lucília da Conceição, 90 anos, casada. Natural e residente em Quintela de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de outubro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara. Alberto Peixoto do Amaral, 82 anos, viúvo. Natural de Fornos de Maceira Dão, Mangualde e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

Maria Luísa de Jesus, 81 anos, casada. Natural de São Miguel de Vila Boa e residente em Abrunhosa, São Miguel de Vila Boa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 16 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Miguel. Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503 Armando Fernandes, 89 anos, casado. Natural de Ranhados e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Gracinda de Jesus Alves, 86 anos, casada. Natural e residente em Rio de Loba, Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba. Rosalina de Jesus Ferreira de Almeida, 81 anos, viúva. Natural de Abraveses e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses. Maria Gracinda Augusta Monteiro Oliveira, 64 anos, casada. Natural e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. João Carlos Cardoso, 41 anos. Natural de São Pedro do Sul e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Fernando Correia Fernandes, 61 anos, divorciado. Natural e residente em Nogueirães, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 13 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Alberto de Sousa Soares, 83 anos, viúvo. Natural de Ranhados e residente em Repeses. O funeral realizou-se no dia 17 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Repeses.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131


Jornal do Centro 19 | outubro | 2012

clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

FOTO DA SEMANA

HÁ UM ANO EDIÇÃO 501 | 21 DE OUTUBRO DE 2011 Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR

Paulo Neto

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UM JORNAL COMPLETO

Semanário 21 a 27 de Outubro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 501

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO pág. 18 > EDUCAÇÃO pág. 19 > ECONOMIA pág. 21 > SUPLEMENTO pág. 25 > ESPECIAL pág. 29 > DESPORTO pág. 35 > CULTURA pág. 37 > SAÚDE pág. 40 > CLASSIFICADOS pág. 42 > NECROLOGIA pág. 43 > CLUBE DO LEITOR

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

· www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225

PORTAGENS “Parece que estamos perante uma engenharia financeira que vai beneficiar grupos privados que hoje exploram as auto-estradas” ∑ Francisco Almeida, Porta-voz da Comissão de Utentes

Nuno André Ferreira

Contra as Portagens nas auto-estradas A25,

A23 e A24

| páginas 8 a 10

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O nosso leitor João Matos, utente da ecopista, mandou-nos uma série de fotografias que dividiremos por mais que uma edição. Nas duas primeiras imagens, podemos constatar placas arrancadas e vedações destruídas. A terceira imagem mostra uma lixeira à vista de quem passa. A quarta imagem, já noutro concelho, prova que existem veículos proíbidos e perigosos a circular indevidamente onde circulam peões e ciclistas.

∑ “Causa estranheza que os nove deputados eleitos pelo círculo de Viseu, não tenham erguido um dedo sobre portagens”. (Francisco Almeida)

∑ Viagem na EN16 prova que “não é alternativa”. ∑ Ministro garante auto-estrada Viseu/Coimbra. (Álvaro Santos Pereira)

∑ “A Castanha é o emblema de Sernancelhe”. (José

João Matos

Mário Cardoso)

∑ “Assistíamos ao sorriso de uma criança por uma bolacha”. (Fernando Figueiredo) Publicidade

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A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR

APOIO

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA Rua Dr. Ricardo Mota, s/n 3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt


tempo

JORNAL DO CENTRO 19 | OUTUBRO | 2012

Hoje, dia 19 de outubro, aguaceiros. Temperatura máxima de 13 e mínima de 6ºC. Amanhã, 20 de outubro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 5ºC. Domingo, 21 de outubro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 3ºC. Segunda, 22 de outubro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 3ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Sexta, 19

Figueira da Foz ∑ Entrega dos prémios aos vencedores do concurso “Os Melhores Vinhos do Dão 2012”, às 19h30, no Casino da Figueira da Foz. Viseu ∑ Cerimónia comemorativa do 86º aniversário da Associação de Futebol de Viseu, às 18h30, no Auditório Carlos Lopes.

Domingo, 21 Santa Comba Dão ∑ Marcha Nacional Contra a Fome a a Pobreza em Portugal, às 15h30, a partir do Largo do Município.

Quinta, 25 Viseu ∑ Seminário “As oportunidades de negócios com a Colômbia”, às 18h00, no Hotel Montebelo.

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Tributo a Aquilino Ribeiro Machado Sobre a memória de Aquilino Ribeiro Machado nos dobramos, que só ela agora permanece neste chão de recordações que a ele nos fica prendendo pelo tempo fora. Porque ele esteve connosco, o Centro de Estudos Aquilino Ribeiro, desde a hora primeira. Indefectível. Prestimoso. Solidário. Amigo. Sempre perto, através da mensagem que chegava sobre a hora, de afectiva quentura, se outro compromisso o retinha, através de uma presença feita de disponibilidade inteira, o sorriso rasgado como o seu coração aberto, a mão estendida, calorosa, os braços alargados num abraço que a todos continha. Partilhou nossos entusiasmos, combateu nas nossas lutas, que a mesma bandeira seguíamos, aquela que se pousa sobre o Memorial de

seu pai - Aquilino Ribeiro - no Panteão da Nação, a obra e o homem tornados ideais de paz, de justiça e de bem. Quando, em breve, sobre o privilegiado chão de uma rua da cidade, Viseu, se levantar a promessa do bronze da homenagem a seu pai, será o místico gesto da sua mão que nós veremos no amorável ges-

Gambozinos Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

1. Já uma vez falei aqui de um truque narrativo usado pelo grande Alfred Hitchcock, truque a que ele chamava MacGuffin. Um MacGuffin num filme serve para aumentar o interesse do espectador e tanto pode ser um objecto (umas luvas de mulher, em “Chantagem”; um colar, em “Vertigo”), como pode ser uma canção (“Que sera, sera”, cantada por Doris Day em “O Homem Que Sabia Demais”), como pode ser uma pergunta (porque é que as gaivotas começaram a atacar os humanos, em “Pássaros”?) Um MacGuffin é um “engodo” metido no enredo, é um “nada”, ou, traduzido para bom português, é um “gambozino”. O facto é que um MacGuffin-gambozino faz-nos ficar agarrados, do princípio ao fim, a uma “narrativa”.

Paulo Neto

∑agenda

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Olho de Gato

to do retirar de uma bandeira. Presentes, nós, e o calor das nossas palmas. Jeito de tributo, nos dobramos sobre a grata memória do amigo. E à família nos unimos, sentindo a perda, participando na saudade. Alberto Correia Presidente da Direcção do CEAR - Centro de Estudos Aquilino Ribeiro

2. O ministro Relvas tem sentido da “narrativa”, é um bom criador de gambozinos e, em menos de dez anos, já conseguiu prantar dois no país autárquico: — em 2003 foi a dita “Reforma Relvas”, uma “regionalização” que me causou a mais severa indigestão dos meus oito anos de autarca, quando tive que engolir um sapo numa sessão da câmara de Viseu, e votar a favor da putativa “Grande Área Metropolitana de Viseu”, um gambozino “urbano” que ia dos lameiros de Tarouca às vinhas de Castendo; — esta semana a assembleia municipal de Viseu aprovou a agregação de freguesias; graças à união do Coração de Jesus, com Santa Maria e com S. José, o futuro “mega-presidente-da-junta” deste gambozino, mesmo recebendo dois mil euros por mês, lá terá de ir como os outros, de chapéu na mão, ao gabinete do presidente da câmara para poder ter uma ou outra obrazita. Espera-se que esta “Grande Freguesia Urbana de Viseu” venha a ter o mesmo destino que teve a “Grande Área Metropolitana de Viseu”. E espera-se ainda que este tenha sido o último gambozino do ministro Relvas, por cessação definitiva da sua prodigiosa carreira governativa.

São Romão valoriza comércio local A vila de São Romão, no concelho de Seia, organiza amanhã um evento de valorização do comércio local. A iniciativa, que partiu de vários comerciantes da vila, visa divulgar o comércio local, trazer gente às ruas da vila e valorizar o comércio de rua. O “São Romão Fashion 2012” tem ínico a partir das 19h00 com um desfile de bombos da Escola Eva-

risto Nogueira, seguindose o concerto da banda local “Banda Academia de Santa Cecília” e à noite, pelas 22h00, o ponto alto do evento, uma passagem de modelos com a colaboração de várias lojas do comércio local, sapatarias, lojas de roupa, cabeleireiros, esteticistas e ópticas. Os comes e bebes ficam a cargo dos vários cafés da vila. Micaela Costa


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