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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 9 a 15 de novembro 2012
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO
Ano 11 N.º 556
pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > ECONOMIA pág. 20 > DESPORTO
1,00 Euro
pág. 22 > CULTURA pág. 25 > EM FOCO
SEMANÁRIO DA
pág. 27 > SAÚDE
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Nuno André Ferreira
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REGIÃO DE VISEU
pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
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Novo acordo ortográfico
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“A minha principal linha de ação é o respeito pela pessoa” ∑ Marques Neves, Diretor exec. do Agrupº CS Dão-Lafões I, à conversa com o Jornal do Centro
| págs. 8, 9 e 10
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pág. 29 > CLASSIFICADOS
2
Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
praçapública r
palavras
deles
Devemos ter presente que a Saúde é um bem económico e por vezes esquecemos que este bem económico é um direito das populações esquecendo o dever dessas próprias populações em defender a sua própria saúde” José Armando Marques Neves Diretor executivo do Agrupamento Dão-Lafões I, em entrevista ao Jornal do Centro
Opinião
João Cotta Presidente da AIRV
Opinião
Sílvia Vermelho Politóloga
rHá pouca gente a r doar sangue, precisamos do dobro para cobrir as necessidades”
O Instituto Politécnico de Viseu tem, no ano letivo em curso, 1.851 novos alunos matriculados em todo o seu leque formativo, desde as licenciaturas aos mestrados, passando pelos cursos de especialização tecnológica”
Marina Costa Médica responsável pelo serviço de Sangue do CHTV, em declarações ao Jornal do Centro
rÉ
um momento em que os viseenses precisam que sejam aliviadas as suas responsabilidades ficais”
Fernando Ruas Fernando Sebastião Presidente do IPV, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da Câmara de Viseu, durante a reunião descentralizada na Junta de Freguesia de S. Salvador
Mudança Na Europa, as práticas seguidas pelos governos, pelo sistema financeiro, pelas empresas e pelos particulares conduziram a um elevadíssimo endividamento e ao descontrolo da despesa pública de muitos Estados Europeus. Portugal está a sofrer um ajustamento cego e muito violento. Houve necessidade de tomar medidas que produzissem efeitos rápidos. Em muitas delas existiu impreparação, falta de estudo e desconhecimento da relação causa-efeito. A internacionalização, sem dúvida indispensável, é o dogma da moda. É a solução milagrosa para todas as empresas. As medidas tomadas provocaram a retração violenta da economia Portuguesa, falências em cadeia e um grande aumento do desemprego. Estamos numa espiral recessiva e o OE 2013 ameaça destruir grande parte da
economia nacional. A crise que atravessamos tem raízes políticas económicas e financeiras. Toda a Europa está em dificuldades e sem crescimento económico. A crise europeia e Portuguesa resolve-se com soluções políticas europeias que permitam soluções políticas, económicas e financeiras para cada País. A Europa e o FMI começam a dar sinais de mudança, pois constatam que com austeridade cega há recessão, quebra da receita fiscal, quebra de confiança, pobreza generalizada e rutura social. Portugal tem de aproveitar esta abertura para um novo modelo. O modelo futuro tem de ser baseado no rigor orçamental dos Países mas também na manutenção do mercado interno, na industrialização, no investimento qualificado, para criar
emprego e receita fiscal. Portugal, para poder cumprir, tem de poder cumprir. Portugal tem de conseguir o alargamento do prazo da dívida, a redução dos seus juros e manter um fortíssimo controlo orçamental. Os Portugueses, os partidos políticos e os parceiros sociais têm de mostrar aos nossos credores o seu forte compromisso no pagamento da dívida e nas reformas estruturais que são necessárias. De cabeça erguida já mostrámos que somos cumpridores e merecemos que confiem em nós. A reforma profunda do Estado é indispensável. Exige competência, tempo, estudo, estabilidade política e compromissos de longo prazo. A redução dos 4 biliões de euros na despesa pública exige estratégia clara, políticas de longo prazo e muita determinação.
Esta tarefa exige um governo de unidade nacional, de base parlamentar alargada e alinhado com objetivos de longo prazo. Os seus membros têm de ser pessoas com provas dadas, reconhecida competência, prestígio nacional e internacional, capacidade de estudo e movidos por um forte sentido de missão nacional. Este governo tem de criar confiança, mercado e financiamento para criar emprego. Tudo isto é muito difícil. Mas são estes os momentos de afirmação dos indivíduos e dos povos. Precisamos de uma nova liderança que mobilize e crie um compromisso nacional. Os Portugueses têm uma enorme capacidade de sofrimento mas os sacrifícios têm de fazer sentido, transmitir confiança e mostrar um caminho para o futuro. Vamos a isso!
A Idalina é o país O Movimento 12 de Março lançou um vídeo cujo nome empresta o título a este texto e resume bem o testemunho desta mulher de 58 anos que, não sendo nem o velho nem o novo busto da República, é uma de nós. Ouvir a Idalina é ouvir a voz da consciência colectiva de um Portugal estrangulado pela escravidão. O Senhor aqui do feudo, mui nobre!, é o Regime Democrático. O Senhor Regime Democrático comprou o seu título nobiliárquico à família das ditas Democracias Liberais Ocidentais mas nunca mudou as suas maneiras de tirano do burgo. Habituado a um saneamento eficaz, o Senhor Regime Democrático, como apreciador de buxos, não permite que nenhuma árvore cresça neste seu grande jardim, pois aprecia a docilidade que os
arbustos devotam à sua tesoura da poda, engenhosamente manipulada por máquinas como a Autoridade Tributária e Aduaneira e a chamada Justiça. Sobre a nudez crua da verdade e sob o manto diáfano da fantasia, parafraseando Eça, ergue-se a amante do Senhor Regime, Milady Propaganda. Propaganda nunca conheceu limites à sua habilidosa utilização de todas as maravilhas que a cosmética democrática tem ao seu dispor, e bamboleia-se pelo meio do buxeiro onde faz crer os pobres buxos de que são, na realidade, vigorosas sequóias. Heróis do mar, nobre povo, Milady recusa o empobrecimento, elogia o sacrifício, incentiva à competitividade, à inovação e ao empreendedorismo e senta-se à mesa farta do Senhor Regime fechando as cortinas
da janela, para que a pobreza não incomode. De tempos a tempos, organiza-se o grande circo feudal. Propaganda veste-se de forma digna de um filme épico e desce ao jardim anunciando as Eleições, promessa do Senhor Regime Democrático, fielmente cumprida desde que este se instalara por ali. As eleições são um festim. O Senhor Regime ganha sempre carne fresca que é a base de produção das máquinas podadoras, e fá-lo através de uma escolha criteriosa de quem consegue seduzir o maior número de buxos por ali presentes. Milady ajuda, pois claro, como (en)formadora da plebe-feita-regime. Como fantoches, a plebe eleita é colocada numa montra gigante, para que os buxos lhes estendam a sua veneração, como aprendido com Milady.
O Senhor Regime não é invejoso e aprecia bem a veneração por estes fantoches que distraem o povo enquanto as máquinas actuam. Regra geral, o Senhor Regime não gosta de violências – instalouse porque venceu pelo cansaço. Dizer “não” é um processo muito cansativo quando, à nossa volta, a tudo teríamos que dizer que não, por devoção ao Regime Democrático, e temos que dizer que sim por ordem do Senhor que lhe tomou o nome. Quando a Autoridade Tributária viesse podar, deveríamos poder invocar objecção de consciência. Diríamos então: “Não há mais poda. Não financio mais BPNs e PPPs. Não financio eleições-fantoche. Nem…”. No fim da enumeração, que canseira ouvi-la!, seria a Idalina a vencer pelo cansaço e o país que é ela.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
números
estrelas
3200
Alexandre Vaz Presidente da Câmara Municipal de Sátão
Foi o número de unidades recolhidas pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, no período de janeiro até novembro.
A Câmara Municipal de Sátão, ao levar a efeito a VI Feira do Míscaro, aposta forte num produto endógeno para estimular a economia regional.
Por ter atingido o número de 1851 novos alunos inscritos, para um biénio particularmente difícil de 2012/2013.
Incansável na promoção de Aquilino Ribeiro, desdobra-se em iniciativas difusoras da sua obra.
O que significa para si o São Martinho?
Importa-se de responder?
É uma tradição engraçada que conta a história em que São Martinho dividiu a sua capa pelos pobres. Para mim é, também, significado de sol!
Para mim é o bom tempo, as castanhas e é Viseu!
Maria Luisa Amaral
Francisco Pimentel
Empregada de balcão
Engenheiro civil
Para mim é o magusto, é uma tradição antiga onde se cultiva a amizade e o convívio.
O São Martinho é mais uma festa onde família e amigos se reúnem para comer castanhas.
Ana Trindade
Elisabete Ribeiro
Educadora de Infância
Lojista
Opinião
CEAR Centro de Estudos Aquilino Ribeiro
Fernando Sebastião Presidente do IPV
Kafka mora aqui!
Li hoje uma notícia que me deixou estarrecida… Que a Segurança Social teria perdido 1,5 mil milhões de euros na Bolsa!!! Primeiro julguei estar com distorção visual; cerrei os olhos e voltei a ler… Inalterável, a notícia. Ainda por cima, surgida num meio de comunicação soMarta Almeida cial pouco dado às conjeturas. Noutro marta92almeida@gmail.com órgão anunciava que a mesma Instituição apenas teria dinheiro para pagar 8 a 9 meses de aposentações. Boquiaberta, pensei: Vão morrer de fome e de doença ou de doença e fome – que aqui a ordem dos fatores é arbitrária – todos os reformados de Portugal. Os meus pais fazem descontos. Eu, quando tenho trabalho, faço descontos.
Milhões de portugueses fizeram e fazem descontos e vêm-nos dizer que um badameco qualquer arriscou na “roleta” do casino da bolsa o futuro de todos? E um vigarista destes, ministro da tutela, secretário de estado, director geral, presidente de qualquer-coisa não é julgado pelos seus atos? É tão frágil o sistema que permite a qualquer insensato megalómano fazer da coisa pública, foro seu? Então estamos todos à mercê de um qualquer jogador compulsivo que tem capacidade de manusear milhares de milhões sem que um qualquer instituto de gestão financeira, um qualquer regulador económico, um ministro da tutela, um tribunal de contas, fis-
calize e dê luz vermelha ou verde aos seus atos? O que se começa a adivinhar é que nos últimos 30 anos estivemos nas mãos de uma corja insolente de inconscientes burlões que fizeram da nação courela sua, do erário seu mealheiro e da credibilidade tábua rasa. No fundo, a sustentabilidade das finanças nacionais revelou-se um castelo de cartas ao sabor da brisa. No dia em que a ventana enrijou, tudo se desmoronou. Mas a questão persiste e assiste-nos uma resposta: Se a Segurança Social entrar em bancarrota, o que sucederá a metade da 3ª idade portuguesa? Serão gazeados num qualquer Auschwitz feito de encomenda a qualquer empre-
sa-público-privada? Ou o Estado Social mandá-los-á ir receber, ao hospital mais próximo, a vacina letal contra o sofrimento final? É dramático ser portuguesa nos dias de hoje. Não pelo Portugal-país em que nasci, mas sim pelos famigerados governantes que o destruíram e mais a esperança de mais novos e mais velhos, irmanados na total ausência dela. E a culminar, sabermos que todos cometem as maiores e mais consequentes arbitrariedades impunemente, porque a Justiça revelou-se incapaz de julgar os poderosos e deixou de ser encarada como garante de um Estado de Direito Democrático.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
Os Profetas da Desgraça 1. O Dia de Finados, esta 5ª feira que se seguiu à aprovação do OE, apresentou-se consentâneo com o tema dominante: cor de chumbo, triste, soturno, com chuva fina e fria. Quando Camões escreveu “aqueles que por obras valerosas /se vão da lei da morte libertando”, referia-se a quantos, por mor de seus feitos heróicos, ficavam para sempre na memória dos vindouros; e ao ficarem na memória dos vindouros, libertavam-se do esquecimento, esse sim, lei da morte. Hoje ficam na história os vilões. Aqueles que, por tanto mal a um povo fazerem, nunca por ele deverão ser esquecidos. Alguém dizia que só morremos completamente quando ninguém nos recordar. Acontece com as gerações.
Um filho lembra seus pais partidos. Uma neta deles terá difusa imagem. A 4ª geração já deles não terá memória. A lei da morte. E quando pensamos que após uma cremação, o ser humano se reduz a mais ou menos 200 grs. de cinza, deveremos, com humildade, ponderar na efemeridade da existência, na vacuidade das vaidades e iniquidade do mal. 2. O ministro das Finanças tem a consciência pesada. A imagem que deixou na 4ª feira passada, na AR, foi a de um homem cabisbaixo, como se de um derrotado se tratasse, ou de alguém vergado ao peso da culpa. Pode ser só “ronha”. Inúsita postura, teatralmente fingindo uma sujeição esmagadora ao “peso do dever”. Mas em dura verdade, rosto no rosto, não terá cara
para olhar nos olhos os portugueses que vai conduzindo à ara da imolação. Ou fingirá, apenas, com esse gesto de humildade ou vergonha, uma contrição tão falsa quanto aos olhos que não tem sobejam mãos que nos saqueiam. 3. Uma sociedade não-afectiva é geradora de todas as violências. Hoje, é o espelho e o reflexo do Estado não social. Há fome. E a fome só sobrevém quando já não temos nada. E quando não temos nada, que temos nós a perder? As fábricas fecham umas a seguir às outras; os comércios igualmente. Até já as farmácias fecham por falta de dinheiro para comprar o “remédio”… Os desempregados afloram o milhão. Se em fila, de mãos dadas, teriam mil quilómetros de comprimento, ou seja, um cordão humano, de so-
arrepender-nos de determinada publicação ou desabafo, mas neste caso as provas não ficarão retidas apenas no nosso pensamento ou num álbum fotográfico empoeirado e esquecido numa prateleira, mas sim numa cronologia, numa cronologia que continua em constante construção e acaba por se parecer mais com um “scrapbook” (livro de recortes) do que com um “facebook”, ali mesmo à mão de todos, diário partilhado de vida alheia. A tendência é a de publicar as coisas mais marcantes, mas no caminho, acabamos por ceder a revelações mo-
mentâneas que pelo calor do momento serão meio caminho andado para o arrependimento. Por outro lado, e no meu ponto de vista, as redes sociais começam a ter dentro de uma determinada franja da população, um papel vital na manutenção e propagação de informação, informação que de outra forma nunca chegaria ao nosso conhecimento. As manifestações organizadas e propagandeadas por esta via, verificaram-se um sucesso, e quando digo sucesso refiro-me ao facto de serem amplamente protagonizadas por aqueles que realmente têm
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Diário do Povo As redes sociais fazem parte do nosso dia-a-dia, por mais relutantes que sejamos na sua aceitação ou utilização. Há quem diga que por sua causa se dão divórcios, mas em contrapartida também surgem casamentos, relações, conhecimentos, amizades…como tudo, tem um lado bom e outro mau. Mas será que um desses lados se expressa mais que outro? Bem, eu acho que o lado que se revela mais é aquele que nós próprios permitimos. Da mesma forma que nos arrependemos de em certa idade termos usado determinada roupa ou penteado, no futuro iremos
Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
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União Portuguesa da Imprensa Regional
Opinião
Bairro Municipal, Carlos Marta e Literatura 1. Identidade Local: De acordo com Kevin Linch (1960); em : A Imagem da Cidade, Edições 70: “A cada instante existe mais do que a vista alcança, mais do que o ouvido pode ouvir, uma composição ou um cenário à espera de ser analisado. Nada se conhece em relação a si próprio, mas em relação ao seu meio ambiente à cadeia precedente de acontecimentos, à recordação de experiencias passadas”. Esta ref lexão, fará todo o sentido, para uma mente civilizada que, tal como Fernando Ruas, tenha sido agraciada com medalha de ouro da Société Académique des Arts, Sciences et Lettres, mas infelizmente não
faz escola entre os técnicos da nossa autarquia. Esta semana, assisti ao documentário ”O Bairro” da autoria de Raquel de Castro. Este documentário é um pequeno “fresco”, muito em breve histórico, da vida no Bairro Municipal. Bairro que será terraplanado em nome de uma modernidade uniformizadora da vida e paisagem urbana. Certamente, sem conhecimento do nosso autarca, foi elaborado um plano de regeneração para este espaço no centro da cidade, prevendo-se a construção de um moderno edifício de habitação social composto por 60 fogos, obra estimada nuns simpáticos 2,3 milhões de euros. O que
os técnicos responsáveis por este projecto, ainda formatados na lógica de demolição-construção em voga nos anos 80 e 90, não perceberam foi que no meio de tantos milhões perde-se mais um local característico da cidade, perdese uma reminiscência de ruralidade na selva de betão. Tudo isto numa época, e perante uma geração, que valoriza a reabilitação e a preservação da nossa memória histórica. Mas o que é o bairro municipal? Construído em 1948, junto ao estabelecimento prisional de Viseu, o Bairro Municipal, será o mais antigo dos bairros sociais da cidade. Constituído por 120 habitações unifamiliares,
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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frimento, que chegaria de Faro a Bragança e de Bragança a Valença do Minho. Conseguem visualizar? Na maior desgraça, da maior desgraça,
surgem lojas de roupa usada, lojas de compra de ouro… Mas, mais e pior surge o crime, não a pequena criminalidade, mas a organizada, que é temível, porque de alcance
algo a dizer: o Povo! Tornaram-se rostos, imagens familiares, espelho da verdade dentro de portas daqueles que sentem e vivem a realidade no duro curto prazo. Os manifestos de certos grupos mais violentos por norma organizados são repudiados, a partidarização é vista de lado quando as mãos vão dadas com o cônjuge e o filho, só se pretende falar e ser ouvido, juntos e apenas ao serviço da pátria. Foi pelo Facebook que me apercebi de um foco de irritação causado em várias pessoas e grupos, a CGTP tentava puxar para si os louros e a organização de uma destas iniciativas, e nesse momento apercebi-me que
esses indignados eram afinal um povo totalmente livre, que pensava pela sua própria cabeça, um povo que por regra não temos hipótese de conhecer nos meios de comunicação mais banalizados mas que as redes sociais ajudaram a mostrar-nos. Afinal estes diários sociais de um povo, carregados de opinião e desenhados à imagem do presente, têm muito mais a dar ao serviço da informação e da verdade do que as suas desvantagens poderiam fazer pensar, trouxeram à luz do dia o pensamento e voz de quem não costumava falar…pois não se identificava com as restantes opções.
tendo os seus moradores, famílias de escassos rendimentos económicos, migrado do centro histórico e aldeias próximas. Na actualidade, o bairro alberga uma população envelhecida com raízes rurais. As moradias, em granito, não dispõem hoje das mais básicas condições de habitabilidade, no entanto, este bairro possui uma qualidade visual rara, nas urbes modernas, a clareza ou “legibilidade” da sua envolvente, todo ele é uma estrutura planeada, coerente e única na paisagem urbana. A sua reabilitação, respeitando as características diferenciadoras, seria a melhor opção sendo vantajosa em termos económicos, o histórico-arquitectónicos e turísticos. Se a identidade da cidade é também o
e consequências inesperadas. E surge a revolta. A revolta do tal povo de brandos costumes, como diz o cliché. Também nós, que olhamos pacificados o mar sereno, chão, bonançoso, só depois de um devastador tsunami ou de um furioso Sandy percebemos que a tranquilidade visível tem dentro de si fúrias e forças tais que, em breves minutos, arrasam tudo o que lhes faz frente. A ira, no caldeirão ebuliente da cegueira fundamentalista, da arrogância radical e da prepotência inumana… começa a escorrer a sua calda, lentamente, lava ardente… 4. Marques Mendes é a nova voz de Passos Coelho. O primeiro-ministro arranja arautos para as desgraças, pensando assim preservar sua imagem. Tem feito de parvos os portugueses. De burros e de brandos, que o mesmo é dizer, de frouxos. E de facto, ao que por aí vai, só mesmo um povo
frouxo e de cerviz vergada ao fado, continua a aguentar tais arremetidas. Agora vem o tal Marques Mendes falar em “refundação” da função pública. Estes tipos têm uns lexicólogos a estudar eufemismos para reviravoltear a língua, amaciar, ou como há dias referi, o termo muito em voga, “mitigar” a cruel realidade que as palavras enunciam. Se refundar é fundar de novo, se fundar é instituir, edificar desde os alicerces, pode também querer dizer, afundar. E afinal acabamos por perceber esta “refundação”. Quando todos os organismos públicos, sem excepção, se queixam da falta de recursos humanos, Passos pretende lançar mais um ataque letal despedindo 50 mil funcionários públicos. E então, para se não desgastar, manda o Luisinho, em pontas de pés, (re)afundar… Quem dá mais uma esmolinha para o BPN?
fruto da percepção dos seus habitantes e visitantes, destruir este bairro é destruir parte da identidade desta cidade. Neste caso, a autarquia, terá de saber equilibrar a tensão contemporânea entre o local e o global, dando primazia ao local, não como reacção à globalização, que é bem-vinda, mas como afirmação da nossa singularidade.
Viseu, ou melhor para Tondela, fica a porta entreaberta. Na matemática interna, se Marta quiser terá os mesmos 100% de Menezes? Tendo em conta os casos que envolvem os proto-candidatos-laranja locais, é altamente provável que sim.
2. Marta e o exemplo Menezes: De Gaia, Luís Filipe Menezes decidiu marchar sobre o Porto. Se por um lado o CDS-PP inviabilizou qualquer coligação encabeçada por Menezes, por outro lado a concelhia do PSD, através de voto secreto, aclamou por unanimidade o autarca de Gaia. Para
3. Literatura: 17 de Novembro de 1925, um crime abalou a cidade. É sobre este episódio dramático que nos fala Paulo Bruno Alves em O Crime da Poça das Feiticeiras. Uma leitura recomendada para os dias de chuva que se avizinham. Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com
Jornal do Centro
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abertura
textos ∑ Tiago Virgílio Pereira fotos ∑ Nuno André Ferreira
Urgente: dadores de sangue precisam-se “Há pouca gente a doar sangue, precisamos do dobro para cobrir as necessidades”, garantiu ao Jornal do Centro Marina Costa, médica responsável pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. O serviço, tradicionalmente conhecido como Banco de Sangue, existe no Hospital de Viseu, desde 1963. O número de dadores “manteve-se mais ou menos o mesmo em relação ao ano passado” contudo, “é manifestamente insuficiente”, referiu a respon-
sável. Isto porque de janeiro até novembro, foram recolhidas 3 mil e 200 unidades (cerca de 1 milhão e 440 mil ml/ sangue) mas foram usadas quase 7 mil unidades em transfusões (cerca de 3 milhões e 150 mil ml/sangue). A percentagem de dadores é semelhante nos sexos feminino e masculino. Para Marina Costa, o número de dadores de sangue pode e deve aumentar, é tudo uma questão de publicidade. “Acho que o Centro Hospitalar Tondela-Viseu devia apostar mais na divulgação
desta valência. Nós não fazemos publicidade por isso não nos podemos queixar”, alertou. No Banco de Sangue laboram dois médicos e dois enfermeiros. A nível distrital, para além do Hospital de Viseu, as recolhas de sangue são feitas através de iniciativas promovidas pelo Instituto Português do Sangue. Marina Costa aplaude o espírito altruísta dos dadores de sangue que, mesmo com poucas regalias, o fazem com gosto e com espírito de missão.
úteis Números e informações
3.200
∑ Foi o número de unidades recolhidas pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, no período de janeiro até novembro.
Horário ∑ De segunda a sábado, das 08h30 às 12h00.
14 de junho ∑ Neste dia comemora-se o Dia Mundial do Dador de Sangue. Publicidade
450 ml ∑ É o volume de sangue recolhido em cada doação.
42 dias ∑ É a validade do sangue. As hemácias, glóbulos vermelhos do sangue, têm uma durabilidade de 35 a 42 dias, variando de acordo com a solução anticoagulante presente no interior da bolsa de sangue, pois algumas dessas soluções podem preservar o sangue por mais ou menos tempo.
Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
BANCO DE SANGUE DE VISEU | ABERTURA 7
Quem pode doar sangue?
∑ Maiores de 18 anos e menores de 65 (a primeira vez tem que ser antes dos 60 anos) ∑ Pesar mais de 50 quilogramas ∑ Pessoas saudáveis. Em caso de estar a ser medicado, o potencial dador deve informar o médico. Quem viveu fora do país deve igualmente informar o médico.
“É só uma picada de uma agulha sem dor adicional”
x
Quem não pode doar sangue?
∑ Toxicodependentes ou consumidores de drogas (e seus parceiros sexuais)
∑ Mulheres que tenham tido parto ou aborto há menos de seis meses, que estejam grávidas, menstruadas ou em amamentação
∑ Operados há menos de seis meses ∑ Pessoas que receberam sangue ou componentes depois de 1980 ∑ Pessoas com vários parceiros sexuais ou com comportamentos de risco ∑ Pessoas que fizeram tatuagens, piercings, acupuntura e endoscopias há menos de seis meses Publicidade
Paulo Fernandes, 36 anos, é dador de sangue desde os 18 anos. Já perdeu a conta ao número de vezes que se deslocou ao Banco de Sangue do Hospital de Viseu. Trimestralmente é presença assídua e já criou uma forte relação de amizade com médicos e dadores. A sua dedicação já lhe valeu uma medalha de bronze. “Comecei a doar porque sentia que estava a prestar um contributo à sociedade e a mim. No futuro, quem sabe, posso vir a precisar e fico grato a quem me ajudar. Cada vez mais assistimos à individualidade e
à falta de valores e ser-se solidário é um bem cada vez mais precioso”, referiu o consultor ao Jornal do Centro. Por ser presença habitual, Paulo tem assistido, com alguma tristeza, à redução do número de dadores. “Acho que a crise fez com que as pessoas se desloquem com menor frequência ao Hospital. Quem não tem transporte não vem de propósito doar sangue. Antes, o serviço disponibilizava brigadas que se deslocavam às aldeias mais longínquas e era mais fácil para as pessoas doarem, e sobretudo
facilitava a vida aos mais velhos”, argumentou. “Até as escolas, que faziam uma recolha mais assídua, parece que pararam”, complementou. Paulo Fernandes rejeita a ideia de que doar sangue é um processo doloroso. “Isso é uma desculpa, é só uma picada de uma agulha, normal, sem dor adicional”, garantiu. A relação de amizade que cimentou ao longo dos anos faz com que diga que tem “uma grande cumplicidade com médicos e enfermeiros e com os dadores mais antigos”, concluiu.
8 entrevista ∑ Paulo Neto fotos ∑ Nuno André Ferreira
Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
à conversa
José Armando Marques Neves, médico de saúde público com pós-graduação em administração de saúde, iniciou em outubro de 1975 a sua atividade profissional em Seia. O concelho de Mangualde foi a opção em 1980 e o de Viseu a partir de 1981. Foi Autoridade de Saúde do distrito de Viseu até 2009. É coordenador do Internato Médico da Saúde Pública da Zona Centro, Presidente da Comissão Regional do Internato Médico da Zona Centro e membro do Conselho Nacional do Internato Médico. Coordenou a Comissão Nacional Executiva para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Pública e integrou o grupo de Missão para os Cuidados de Saúde Primários. Desde 2009 no Conselho Clínico do Agrupamento de Centros de Saúde de Dão Lafões I – concelho de Viseu. Desde 2012, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Dão-Lafões I. Enquanto profissional, a sua área de actuação tem-se centrado na Saúde Pública. Concretamente, em que consiste?
Em termos sociais a Saúde Pública é tudo o que está relacionado com a saúde. Como área de especialização médica é aquela área que se preocupa com a promoção da saúde e a prevenção das doenças potenciando todos os recursos dos serviços de saúde e da comunidade, pois a sociedade deve ter presente que a saúde é algo que esta em si. Tudo o que seja promover uma mudança de comportamentos, de estilos de vida, um modelo de toma de medicamentos, a gestão de recursos, a priorização de intervenções, etc., são preocupações da Saúde Pública.
Lafões I. Quais as suas áreas geográficas e domínios de actuação?
A área geográfica do DãoLafões I corresponde unicamente ao concelho de Viseu. Temos mais duas áreas geográficas que estão abrangidas pelo Dão-Lafões II e III. Vendo o distrito de Viseu, podemos dizer que há um centro que é o concelho de Viseu e todo um leque de concelhos à sua volta que se distribuem pelo II e III. Quanto aos domínios: Há quantos anos tem de- promovermos ao máximo sempenhado essa função na a saúde da nossa populaSaúde Pública? ção, garantindo a maior Desde 1981. acessibilidade possível ao nível dos cuidados de saúFoi nomeado director- de primários. Por isso, reexecutivo do Agrupamento organizar os serviços, tende Centros de Saúde de Dão- do em conta o novo mode-
lo de prestação de cuidados que foi implementado há 4 anos no país, com a criação das Unidades de Saúde Familiares (USF), as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), as Unidades de Saúde Pública (USP), as Unidades de Cuidados à Comunidade (UCC), as Unidades de Recursos Existenciais Partilhados (URAP), … Uma reorganização dos anteriores técnicos que trabalhavam na Sub-Região de Saúde e nos centros de saúde, tendo em vista garantir uma maior acessibilidade, com mais qualidade e mais humanidade e uma melhor gestão de recursos. Fala num novo modelo
implementado há 4 anos. A perspectiva política é a de dar continuidade a esse modelo?
Sim. Talvez haja necessidade de se proceder a alguns ajustamentos decorrentes da experiência entretanto havida. Há mais dois ACeS na região Dão-Lafões. Qual o seu futuro? Vão ser agregados ao Dão-Lafões I ou funcionarão autonomamente?
Neste momento posso falar-lhe pela atualidade. Funcionam autonomamente. Há uma vontade de pensar no redimensionamento geo-demográfica dos ACeS. Neste momento penso que é matéria em estudo a nível regional e central e que deverá ser decidida a cur-
to prazo. Mas de facto, este Governo já tem mais de um ano de governação e, em matéria de Saúde, mantém o que foi feito pelo anterior…
Penso que um dos males que nós temos é nunca deixarmos estabilizar uma reorganização, uma reestruturação, para ver os benefícios ou prejuízos consequentes. Uma constante alteração de modos de estar nunca é benéfico para o desenvolvimento das próprias estruturas. Pela minha parte, porque sou um dos pensadores desta nova reorganização, defendo-a. Defendo que o atendimento por uma pequena equipa de saúde é positivo para au-
mentar a acessibilidade e a satisfação das pessoas. Evidentemente que estamos numa fase, que quando foi pensado e implementado, ninguém imaginava o número exagerado de constrangimentos entretanto surgidos: reformas antecipadas, não admissões de pessoal, limitações à mobilidade de profissionais, constrangimentos económicos, … Os ACeS (Agrupº de Centros de Saúde) foram criados, de acordo com as NUTS (Nomª Unid. Territ.) visando uma maior proximidade do prestador ao utente. Tal política teve êxito? O que foi conseguido e o que falhou?
O conseguido foi que
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Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
Uma das críticas reiteradas por autarquias e partidos políticos prende-se com a falta de médicos. Há razão nestas críticas? Por que razão há falta de médicos no interior? Como pensa resolver este assunto?
“o ACeS Dão-Lafões I tem falta de 18 médicos num universo de 73” todas as pessoas que são utentes de uma USF manifestam um grau de satisfação. O desempenho da equipa de saúde em termos de cuidados de saúde é melhor. No nosso caso de Viseu, temos duas USF que funcionam com os melhores padrões de qualidade ao nível do país. Evidentemente que é um padrão que gostaríamos de ver implementado em todas as USF, mas não podemos esquecer o contexto social em que elas foram desenvolvidas. Nas primeiras havia uma facilidade de afetação de recursos humanos e técnicos que face aos constrangimentos orçamentais hoje existentes não é passível de ser replicado na actualidade. As
vou pronunciar sobre os outros dois ACeS, em virtude de os mesmos terem um director executivo próprio. Penso que, neste momento, o problema mais relevante que temos é a falta de recursos médicos e de assistentes técnicos. A acessibilidade a uma consulta médica creio ser o problema que mais me preocupa, porque na verdade, a procura de uma consulta médica, em termos populacionais é a forma mais importante de as populações se manifestarem. O problema mais rePelo conhecimento que de- levante é a falta de capacitém da área geográfica dos dade dos nossos serviços três ACeS, quais os problemas em dar resposta à esta nemais relevantes existentes? cessidade expressa pelas Se me permite não me populações.
atuais e próximas USF aparecem com maior dificuldade de implementação: nenhum dirigente deixa sair um profissional porque o não pode substituir, todo o economista dificulta a aquisição de materiais ou obras de beneficiação de instalações porque há constrangimentos orçamentais. Uma realidade que piorou a dinâmica das USF. Uma batalha que travaremos para garantir a melhor acessibilidade às pessoas, um melhor atendimento dos nossos utentes.
Essa crítica é fundamentada, mas nós temos que ver que um jovem que entre numa faculdade de Medicina, tem 6 anos de faculdade e depois, no mínimo, mais 5 anos para poder ser médico especialista. A medicina geral e familiar é uma especialidade médica. Por isso estamos a falar de 11 anos. O problema que temos agora é consequência do que se passou há 11 e mais anos – falta de planeamento. Igualmente não podemos esquecer as reformas antecipadas dos médicos que connosco trabalhavam! Por que razão há falta de médicos no interior?
As reformas antecipadas foram em todas as zonas do país. Acontece que, enquanto houver uma melhor qualidade de vida – se assim se possa dizer – e houver maior disponibilidade de trabalho nas zonas socialmente mais agitadas e agradáveis, é humano os médicos escolherem essas zonas, pois são pessoas como as outras que o fazem na nossa sociedade. Porém, hoje provavelmente encontramos mais qualidade de vida numa vila do interior do que no Rossio, em Lisboa. E a onda de revivalismo levanos a fazer opções de centripetação para as origens…
Completamente de acordo. Contudo é preciso fazer a análise em função da idade das pessoas de que estamos a falar. Enquanto que as pessoas de uma certa idade valorizam a calmaria socio-ambiental, é próprio da juventude, pois estamos a falar de profissionais que acabam a formação na sua época dos 30 anos, possuir a agitação toda que lhes é inerente, a agitação numa vida que eu com 60 anos já não procuro. Depara-se com esta falta de médicos. Como pensa resolver este assunto?
Sabemos que no próximo ano um número significativo de médicos vai acabar a sua especialização em Medicina Geral e Familiar.
Penso que nessa altura viremos a ter um maior número de médicos com possibilidade de trabalharem connosco. Também devemos pensar que as zonas ditas socialmente mais apetecíveis para os jovens médicos, começam a ter os seus quadros esgotados. É a lei da vida, é a lei da procura e do encontro do local de trabalho. Desde há alguns anos é opção do Ministério da Saúde, aquando das escolhas para especialização médica, afetar a esta área um número significativo de vagas. Os especialistas começam a ser mais. Qualquer dia começamos a não ter necessidade de todos. É a falta de planeamento estratégico. As entradas na faculdade só são efetivas para o mercado de trabalho no mínimo, ao fim de 11 anos. O Governo prevê mais cortes na Saúde. Existe margem para tal?
Penso que se houver maior racionalização de gastos é possível fazer um pequeno ajustamento. Devemos ter presente que a Saúde é um bem económico e por vezes esquecemos que este bem económico é um direito das populações esquecendo o dever dessas próprias populações em defender a sua própria saúde. É o dever, e vamos para a minha área de especialização, é o dever da sua própria promoção de saúde. Porque na verdade nós temos gastos exacerbados em saúde, pela falta de qualidade de auto-cuidados das pessoas na promoção da sua própria saúde. Se eu levar uma vida saudável, praticando exercício físico, tendo cuidado com a minha ingestão alimentar, com a bebida, etc., vou diminuir o número de casos de doenças cardio-cerebrovasculares, de doenças oncológicas, de diabetes, … e estes tipos de doenças exigem cuidados muito, mas muito caros.
termos de investimento e ganhos, em Saúde Pública, o ciclo de uma política de saúde é geracional. Para alterar um comportamento tenho que o começar a intervir muito cedo, para obter resultados passados 10, 15, 20 anos. Quando tivemos a ameaça de pandemia de gripe, tentámos educar as pessoas a tossir para a face interna do cotovelo, para aquando de um aperto da mão não transmitir os vírus ou as bactérias que são expelidos normalmente pela nossa respiração e que pela nossa mão passam para a mão das outras pessoas. Se reparar, essa pequena mudança comportamental teve um impacto significativo a nível dos Jardins Escolas e das primeiras escolas, enquanto os nossos hábitos ainda não estão suficientemente formatados – assim há mudanças. Este número de pessoas que adquiriu este saudável hábito aos 3-10 anos de idade, irá evidenciar benefícios sociais em termos de saúde, com a diminuição da transmissão de doenças infectocontagiosas, quando forem adultos ativos. Este pequeno hábito de tossir só produzirá efeitos daqui a 20 anos. Logo, a Saúde devia constituir-se e programarse com pactos de regime, não podendo ser serviços de gladiação, pois as atitudes, os hábitos, os comportamentos são geracionais. E porque não se constitui?
Isso deverá ser perguntado a quem faz orçamentos, a quem governa o país, a quem tem que definir políticas. Da parte dos profissionais de Saúde Pública era o que nós mais desejávamos. Mas nós sabemos bem que os políticos não governam para o longo prazo mas sim para o imediatismo…
Em termos de Saúde não há nenhum ciclo político que permita obter ganhos a não ser em pseudo-gesMas essa profilaxia carece tão de listas de espera e alde uma educação e de uma gumas pseudo-gestões de cultura que não dada nem alguns indicadores vulgarimplementada. Nas Escolas, mente utilizados. Em Saúsó há muito pouco tempo co- de, qualquer grande benemeçou a haver preocupação fício é sempre a longo pracom essa temática… zo. Não estou a falar em A nossa sociedade vive tratar de uma doença agupor ciclos políticos e se da, de uma gripe, pela qual nós pensarmos que um ci- eu vou a um médico, receclo político é pensado em bo um determinado trata-
10 À CONVERSA | JOSÉ ARMANDO MARQUES NEVES Eu como futuro pai, ou futura mãe, fico satisfeitíssimo, de todas as vezes que vou à consulta médica fazer uma ecografia, mas se eu dimensionar isto para uma consciência cívica, de cidadania, qual é o custo que isto tem? Todo o ato de saúde é um bem económico. E se nós não pensarmos que devemos dar o máximo dentro de determinados parâmetros, tudo o que for a mais do que é considerado essencial, para manter a qualidade social do Serviço Nacional de Saúde, pesa e alguém vai ter que pagar e tem de sair de um outro lado qualquer. Neste momento, o meu problema é que não temos o suficiente. Por isso vai ser uma opção, penso que muito difícil, de quem tiver de decidir, dizer onde é que se vai cortar. Mas nós temos que racionalizar mais um bocadinho aquilo que nós gastamos. Penso que essa racionalização vai ser muito dentro de cada um de nós, do próprio prestador, dos serviços de saúde. Tem que haver uma simbiose, por isso o ideal das USF, com o agendamento atempado, com o médico e o utente a perderem um bocadinho mais de tempo a explicar a mudança do nome comercial de um medicamento, por que é que não se pede aquele exame complementar de diagnóstico, para haver uma satisfação de todos naquele relacionamento. Em que medida esses cortes Se houver possibilidade e vão afectar o utente? mais tempo para se aumenSão medidas políticas tar o diálogo médico-doenque eu não lhe sei referir. te, haverá uma maior comDa minha parte e do meu preensão de algumas mediAgrupamento iremos ten- das que têm de ser tomadas tar fazer tudo para que a para “esticar um bocadinho acessibilidade seja o mais mais a corda”. facilitada possível, que denEsse conceito é interessante, tro das operações terapêude aumentar o diálogo entre ticas, com a mesma eficámédico e doente, mas hoje, cia terapêutica, isto é, o aquilo que percebemos da medicamento produzindo realidade que temos é que o o mesmo efeito, sejam usatempo já escasseia até para dos os de menor custo posaquela prestação centrada… sível. Com certeza que ireÉ verdade. Propomo-nos mos ter que fazer alguma racionalização. Quero cha- a melhorar. Se eu lhe dismar a atenção para o con- ser que o ACeS Dão-Laceito amplo de racionaliza- fões I tem falta de 18 méção e para não o empolar. dicos num universo de 73. Dou um exemplo, na vigi- Nós não queremos que as lância em saúde materna – a pessoas que nos procuram grávida, em princípio, deve se vão embora sem atendifazer 6 ecografias. Nós, no mento. É com dor que dizenosso serviço, temos grávi- mos a uma pessoa “Já não das que fazem 10 e 12 eco- tem lugar. Já não há vaga.” grafias. Estamos a duplicar Temos consultas de intero custo de uma vigilância. substituição, justamente
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dade entre todos, o que é muito difícil neste momento, quando estamos a atingir um patamar social em termos de morbilidade que nos próximos tempos nos vai exigir muitos mais recursos – as chamadas doença da civilização e da terceira idade.
mento, passado 4 ou 5 dias não tenho febre e estou ótimo. Estou a falar, por exemplo, de um diabético, da amputação de uma perna por uma ferida que se arrasta há anos. Neste momento estamos a investir muito numa melhoria de vigilância dos diabéticos, através de um controle muito mais apertado para vir a ter benefícios daqui a 10/15 anos. Para a população que já tem insuficiências vasculares, que já tem problemas nos dedos dos pés consequentes da falta de sangue, para estes as atividades de vigilância e preventivas poderão atrasar ligeiramente a amputação; o grande custo do ato médico de fazer uma amputação e de requalificar a vida de uma pessoa amputada, extremamente grande e difícil em termos de ajudas técnicas, em termos da pessoa aceitar que perdeu um membro … já não vamos a tempo de intervir eficazmente nessas pessoas. Gastamos a tratar. É a grande dificuldade dos orçamentos em Saúde – investir agora para colher lucros daqui a 10/15 anos. Os gastos em tratamentos seriam melhores para a qualidade de vida se fossem investidos em promoção da saúde e prevenção da doença. Durante anos tem de ser ao mesmo tempo, prevenir e tratar para depois diminuir o tratar e, então, ter ganhos efetivos em Saúde.
Que ideia tem do eventual conceito de privatização da Saúde?
Sou céptico. Voltando ao SNS, todo o cidadão português e dentro de pouco tempo, todo o cidadão europeu tem acesso ao nosso SNS. É uma acessibilidade ilimitada. Na privatização dos serviços de saúde o que me custa é que não haja obrigatoriedade de opção. Quem opta pelos serviços privados, é para tudo. Quem se mantém no SNS é para tudo. Porque o cidadão, constitucionalmente, tem direito ao acesso a todos os cuidados médicos prestados pelo Estado português. E como tem acesso, a privatização retira apenas alguns dos procedimentos menos significativos do SNS em termos de atos, mas não nos podemos esquecer que eles irão ser pagos à mesma pelo Estado, por nós. Qual o estado de saúde da Região Dão-Lafões?
Penso que é bom. Não teria que o internar nem aplicar-lhe uma terapia específica…
sociedade evoluiu e tem que haver uma adaptabilidade à realidade social. O SNS apareceu quando a nossa sociedade não tinha recursos humanos e técnicos a que recorrer. Neste momento nós temos os recursos. Quando apareceu o SNS não havia o potencial de meios terapêuticos e complementares de diagnóstico que entretanto foÉ apologista do SNS tal como ram surgindo e que aumenele foi originariamente con- tam o seu custo. Por isso cebido? lhe digo, a sustentabilidade Como ele foi origina- do nosso SNS tem que esriamente concebido sou tar adequada à capacidade apologista a 100%. Deve- que lhe for atribuída, tendo mos porém pensar que a em vista garantir uma equi-
para quando falta o médico de um utente ou o utente não tem médico, haver outro que o possa fazer. Com a nossa capacidade de mais 18 médicos por dia, se puséssemos 4 horas de atendimento polivalente por dia e cada médico visse 4 pessoas em cada hora, seriam atendidos mais 288 doentes pessoas por dia …
Não. Temos um bom Centro Hospitalar Tondela-Viseu, que também luta com problemas de falta de recursos; temos uma panóplia de especialidades médicas muito boa; temos um Centro Hospitalar que rivaliza com os melhores centros hospitalares de Lisboa, Porto e Coimbra; a nível dos cuidados de saúde primários temos ótimos médicos de família, cujos parâmetros de qualidade são referenciados aos mais altos níveis; temos empenho dos profissionais mas por vezes nós esquecemonos que os médicos, os enfermeiros, os administrativos são homens e mulheres como qualquer pessoa que os procura… Temos excelentes recursos, penso que o nosso estado de saúde, pela morbilidade que nos procura é sobreponível a de qualquer ponto do país, as
taxas de mortalidade não estão referenciadas de uma forma que nos possa constituir preocupação. Penso que estamos equilibrados no país. Então, quaisquer críticas que surjam, não terão razão de ser?
Evidentemente que há sempre críticas, porque quem critica é aquela pessoa que julga que o seu problema é o mais importante de todos. Agora o que me é dado saber é que… (estáme a mostrar no jornal a notícia acerca da falta de médicos em Tondela). O autarca de Tondela tem toda a razão. O quadro de Tondela teve alguns dissabores há pouco tempo, que na verdade são graves. Reformas antecipadas, morte, doença em médicos. O problema é parcialmente minorado a curto prazo porque penso que iremos melhorar, em meados de 2013. Não sendo no meu ACeS todos sabemos que Tondela sofreu, sofre e ainda vai sofrer durante algum tempo com isso. Quais as linhas estruturais da acção que vai implementar no seu mandato?
A minha principal linha de ação e a de todos aqueles que abraçam os cuidados de saúde primários, é o respeito pela pessoa. Quer como utente, quer como prestador de cuidados, sabendo que nós existimos porque existem pessoas que atendem e que são atendidas. Por isso a minha principal linha de ação é garantir a maior acessibilidade, sabendo que tenho algumas dificuldades, nomeadamente na falta de recursos, por isso a minha grande preocupação, a minha grande luta com a ARS-Centro vai ser tentar convencê-los a darem-me o maior número possível de recursos médicos; depois gostaria muito de melhorar algumas condições dos equipamentos que utilizamos, até e porque as pessoas quando estão num lugar que lhes é agradável desempenham muito melhor a função e o utente quando é recebido num local aprazível vai com muito maior satisfação – humanização. Neste momento de contenção orçamental vai ser difícil fazer render as migalhas que temos.
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região Nuno André Ferreira
CONCLUÍDA A SEGUNDA FASE DO PARQUE INFANTIL DE VOUZELA O novo equipamento, destinado a crianças dos 6 aos 12 anos, está disponível desde o final da semana passada. A requalificação do parque infantil de Vouzela ascendeu aos 46 mil e 500 euros e é co-financiada pelo programa Leader +, no âmbito de uma candidatura apresentada pela autarquia à ADDLAP – Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), anunciou na quarta-feira que todas as taxas municipais vão sofrer reduções em 2013, nomeadamente o IRS, que será reduzido em 20 por cento. “Vamos reduzir o IRS em 20 por cento, já que nos cinco por cento a que a Câmara tem direito, passaremos a ter apenas quatro”, afirmou o autarca perante os presidentes das 34 juntas de freguesia do concelho, numa reunião na freguesia de São Salvador. Em declarações aos jornalistas, Fernando Ruas explicou que a autarquia vai abdicar de parte da sua receita porque, em ocasiões “em que foi necessário pedir a participação dos viseenses com taxas máximas, eles disponibilizaram-se”. O autarca sublinhou que “as receitas do concelho continuam asseguradas” e que este é “um momento em que os viseenses precisam que sejam aliviadas as suas responsabilidades ficais”. Além da redução do IRS, foi ainda “feita uma revisão de todas as taxas muPublicidade
nicipais”, inclusivamente “aquelas que não são de pagamento corrente, mas cujas taxas passarão a ser bem inferiores”. Fernando Ruas exemplificou que, nos casos em que os cidadãos queiram construir casa, contarão “com uma redução na licença camarária”. Já em setembro, a autarquia de Viseu anunciara a redução em 2013 das taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Derrama, que incide sobre o lucro das empresas com volume de negócios até 150 mil euros. O IMI sofre, a partir de 2013, uma redução dos atuais 0,7 por cento para 0,6 por cento, num máximo possível de 0,8 por cento, para os prédios urbanos não avaliados, e uma descida dos atuais 0,4 para 0,35 por cento num máximo que pode ir aos 0,5 por cento, para os prédios urbanos avaliados. Quanto à Derrama, a redução é de 20 por cento, quando a autarquia já aplica uma taxa de 1,35 por cento para empresas com volume de negócios inferior a 150 mil euros, sendo a taxa máxima de 1,5 por cento. LUSA
DR
Taxas municipais vão sofrer reduções em 20013
A Investidas das alcateias provocam prejuizos em muitas centenas de gado perdido
São Pedro do Sul pede intervenção do Governo Autarquia ∑ Pedido de ajuda ainda não tem resposta Com o aumento dos ataques de lobos aos rebanhos comunitários nas serras de Montemuro e Gralheira em São Pedro do Sul, a Câmara Municipal pediu a intervenção do Ministério da Agricultura e até agora não obteve resposta. Segundo António Carlos Figueiredo, presidente do município, “foi feita uma participação e enviado um dossier para o ministério, mas até agora ainda não foi dada qualquer ajuda nomeadamente numa ação de controlo das alcateias”.
Os ataque aos rebanhos têm sido uma constante de há quatro anos a esta parte no entanto, nos últimos meses, intensificaram-se. Muitas cabras e ovelhas já foram mortas e o prejuízo é cada vez maior, “segundo o que as populações têm dito, os prejuizos já vão em muitas centenas de gado perdido”, acrescentou o autarca. Covas do Rio, uma aldeia de São Pedro do Sul, é um dos locais mais prejudicados com estes ataques dos lobos. Nesta área concen-
tram-se alguns dos maiores rebanhos de cabras e manadas de bovinos, com características comunitárias e que constituem uma das principais fontes de rendimento das pessoas daquela aldeia. Um das soluções apresentadas para combater as investidas das alcateias é um plano de reintrodução do corço, para que passe a substituir gradualmente os animais domésticos na alimentação das alcateias. Micaela Costa
7ª JORNADA MICOLÓGICA DE LAFÕES A Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões, com o apoio do Município de Vouzela, vai organizar, no dia 18 de novembro, a sétima edição da Jornada Micológica de Lafões. A iniciativa visa a identificação e a recolha de cogumelos, valoriza a preservação da natureza através da caminhada e do contacto com a fauna e a flora e promove a gastronomia. Do programa consta a recolha, separação e classificação do material micológico recolhido, um almoço de campo, a identificação do material a partir dos caracteres macroscópicos e organolépticos, uma exposição e um jantar micológico. As inscrições têm um custo de 45 euros e podem ser efetuadas através do email ruicardosoramos@ gmail.com ou contacto telefónico: 965 486 082.
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14 REGIÃO | VISEU
09 | novembro | 2012
Vandalismo e inseguraça nas ruas de Viseu Montras pintadas, assaltos, cadeiras e mesas partidas, insegurança e falta de patrulhamento são as grandes preocupações de vários comerciantes da Rua do Comércio, da zona da Sé e até do Rossio. Ao longo da semana passada foram vários os episódios que deixaram marcas nas ruas de Viseu, o vandalismo e a insegurança instalaramse na cidade e há mesmo quem pense em fechar as portas. O caso mais recente ocorreu na passada sexta-feira, 2. Artur Rodrigues, proprietário do estabelecimento comercial “GoodVibes”, na Rua do Comércio, deparou-se com atos de vandalismo nos dois vasos de grandes dimensões que tem à entrada da loja. “Já é hábito que sujem montras, que mexam nas flores, mas que tirem toda a terra e virem os vasos nunca tinha acontecido”, adiantou. Para o comerciante “estes atos de vandalismo afastam as pessoas da rua. Isto já está deserto então com este vandalismo e insegurança, pior”. O problema, dizem, é a falta de polícia e mesmo quando solicitada não aparece. Pedro Lopes, morador na zona, contou ao jornal que “nessa noite um grupo de cerca de dez jovens estavam a partir cadeiras e mesas, chamei a polícia que nunca apareceu”. Também outros estabelecimentos sofreram com atos de vandalismo, com montras pintadas e, na zona da Sé, vários carros foram vandalizados. A pastelaria S. José, na Rua do Comércio, foi uma das afetadas, na noite de Halloween, de dia 31 para dia 1, “partiram a montra com um paralelo, entraram no estabelecimento e roubaram dez euros
Micaela Costa
Comerciantes ∑ Falta de patrulhamento é uma das causas apontadas
em moedas que tinha deixado na caixa”, afirmou Maria da Conceição, proprietária da pastelaria. “A esplanada é raro não estar suja, cheia de garrafas, e essa noite não foi exceção, até ovos havia”, acrescentou. Paulo Rodrigues, filho da proprietária, disse ainda que “isto é inadmissível, não há patrulhamento, um dia destes tenho de ser
eu a arranjar meios para me defender desta selvajaria, quando tal deveria estar a cargo das forças policiais.” O Rossio também não escapou a esta onde de insegurança e assaltos, de 28 para 29 de outubro, a Tabacaria do Rossio sofreu danos avultados. Em tabaco foram roubados 2.500 euros e levaram 50 euros em moedas.
Desta vez os contornos foram mais rebuscados, Noémia Rodrigues Fonseca, proprietária do estabelecimento que está no Rossio há mais de 25 anos, explicou: “após várias tentativas falhadas, queimaram a porta com o auxílio de um maçarico e arrancaram a fechadura com pé de cabra”. Os vizinhos não se aperceberam de nada e a polícia que vigia o banco de Portugal também não. “Estamos rodeados de insegurança e isto tende a piorar”, acrescentou Noémia Fonseca. Este assalto é para a proprietária um momento de decisão “tenho medo de voltar a pôr tabaco, que é a única coisa que ainda me dá algum lucro, mesmo que seja pouco é o que nos faz estar abertos. Este assalto fez-me pensar e assim não tenho condições para manter a tabacaria aberta e tenho pena, pois gosto muito de estar aqui”. O caso está em segredo de justiça pelo que não pode ser adiantada qualquer informação, explicou Vítor Rodrigues, comandante da PSP de Viseu. Questionado sobre as várias queixas dos comerciantes o intendente disse ao jornal que, “infelizmente não há o policiamento que queremos, não é possível ter um agente em cada rua”. “Há uma preocupação com a zona histórica e às sextas, sábados e domingos, dias de mais movimento e com maior afluência de gente na rua, temos equipas de intervenção rápida e o contrato local de segurança que também combate esta falta de segurança. Estamos a tentar resolver estes problemas aumentando e reforçando o policiamento”, acrescentou. Micaela Costa
Opinião
Punir para equilibrar A promoção desenvolvida pelo Pingo Doce teve o mérito de lançar para a ordem do dia a discussão sobre os lucros auferidos em bens alimentares pela distribuição. O facto ocorrido no dia 1 de Maio de 2011 não se voltará a repetir nesses moldes. No caso concreto do Pingo Doce, as promoções desenhadas em seguida circunscreveram-se a alguns produtos, em alguns dias. Isto é, o efeito ioiô. Este episódio teve o engenho de induzir a criação de uma plataforma de trabalho (PARCA) para estudar e escalpelizar o que todos nós já sabíamos: existe uma desproporção de ganhos entre os produtores e os distribuidores. Até à data parece também notória que a robustez negocial imposta por parte da distribuição fala mais alto. Assim, o governo viu-se na incumbência de legislar, punindo de forma significativa estes episódios. O Pinco Doce foi multado em 30 mil euros, após a detecção do chamado dumping em 3 artigos. Nos dias de hoje, o valor da coima poderá atingir 2,5 milhões de euros. Igual episódio não se irá por certo repetir. As promoções são momentos ideias para a aquisição de bens mas, neste e noutros casos, fazer repercutir a presumível dádiva, impondo uma alteração nas condições contratualizadas com os fornecedores, é que é de lastimar. As cadeias de distribuição mantêm um pendor emproado, alegando que, por exemplo, nos produtos hortícolas a sua percentagem de lucro não ultrapassa os 7%. Honestamente, manifesto alguma dificuldade em compreender estas margens. As contas que conheço apontam para ganhos que atingem 250% nesses produtos. Na sua eloquente retórica, a distribuição alude a gastos muito elevados com a logística. Vamos tentar apenas dissecar alguns aspectos desse obscuro encargo.
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Os grandes armazéns frigoríficos onde permanecem os alimentos no período pós-colheita não estão na posse de cooperativas, agrupamentos de produtores ou produtores? Quantos entrepostos logísticos as grandes superfícies possuem? O acréscimo no custo unitário de cada produto é dessa grandeza? A rede de distribuição móvel (camiões frigoríficos) não é pertença de empresas especializadas na área? O exercício de fazer as contas deixo-o a cada um. Reporto, no entanto, um caso concreto de uma empresa de transportes, a Paulo Duarte, que tem vindo a apostar de forma determinante na fruticultura e horticultura, com uma facturação de 51,6 milhões de euros em 2010, a qual diversificou este ano a sua oferta com um novo projecto a edificar no Alentejo para a produção de Pera Rocha. Não será este um exemplo a replicar? O repto que muitos de nós eventualmente lançaríamos às cadeias de distribuição é a de se tornarem também produtores. Desta forma, facilmente cumpririam todas as exigências que muito bem impõem aos produtores, desde análises, normas de segurança e de rastreabilidade do produto, produções amigas do ambiente, apenas para citar algumas. Estes novos locais de produção poderiam funcionar como verdadeiros polos de disseminação de boas práticas para todos. Tudo estaria controlado e neste caso a política “do prado ao prato” era um facto consumado. Para muitas redes de distribuição, a aposta já estava ganha. Nos dias de hoje, o difícil não é produzir bem, é vender a bom preço e em quantidade. Espaços já possuem. Certamente muitos de nós rejubilaríamos com tão benévolas iniciativas. Só falta concretizá-las.
Jornal do Centro
TONDELA | NELAS | MORTÁGUA | REGIÃO 15
09 | novembro | 2012
Na madrugada de terçafeira, os militares cercaram o fugitivo e capturaram-no à porta de um bar – não ofereceu resistência. “A GNR foi rápida a intervir”, testemunhou um popular que assistiu à captura. Foi encaminhado de volta para a Carregueira.
CAPTURADO
PS denuncia falhas graves na saúde em Tondela José Junqueiro e Acácio Pinto ∑ Falam em “insensibilidade moral” do Governo
Nelas. Um homem de 35 anos em fuga da cadeia da Carregueira, Sintra, onde cumpre uma pena de 18 anos e meio por furto, sequestro e violação, de que foi vítima uma irmã, foi capturado na madrugada de terçafeira, pela GNR de Nelas, poucas horas depois de ter abordado a mesma familiar. Onze anos depois dos crimes que o atiraram para a cadeia, Paulo Luís gozou uma saída precária e não regressou à reclusão – devia ter voltado à Carregueira no passado dia 25 de Outubro. Publicidade
Os deputados do PS eleitos por Viseu, José Junqueiro e Acácio Pinto, deslocaram-se no dia 5 de novembro ao concelho de Tondela onde, com a comissão política do PS local, presidida por Joaquim Santos, se inteiraram “do grave problema com que se confrontam os cuidados de saúde primários de Tondela e consequentemente as populações do concelho”, lê-se em comunicado. Os deputados estiveram nas unidades de
cuidados de saúde personalizados de Tondela, Canas de Santa Maria e Campo de Besteiros/Caramulo e ainda na extensão de Molelos. Os deputados constataram que, em Campo de Besteiros, uma idosa de 85 anos esperava, sem comer, há mais de sete horas por uma consulta e que uma criança de 14 dias teve de ser assistida em gabinete improvisado, porque a unidade de saúde de Canas não tem dinheiro para o aqueci-
mento. No mesmo comunicado pode ler-se ainda que “os profissionais de saúde fazem o seu melhor, mas não chegam para as encomendas, como diz o povo, o mesmo que desespera pelos cuidados de saúde que lhes são dificultados ou negados”. Para os deputados José Junqueiro e Acácio Pinto, o Governo sofre de “insensibilidade moral”. Tiago Virgílio Pereira
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Oferece-se
Fluente em alemão e inglês (escrito e falado) e com conhecimentos de polaco, húngaro e francês. Experiência de 3 anos, 1 dos quais no estrangeiro. 27 anos. Mestre pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Contactos: 96 7175948 | mx.ricardo.xm@gmail.com
Os familiares f icaram assustados com a fuga e tinham razões para isso: na segunda-feira fez-se passar por vendedor ambulante e bateu à porta de casa da irmã a quem fez mal, em Canas de Senhorim. “Apavorada”, a vítima, de 30 anos, identificou-o e alertou logo a GNR. O foragido “vigiou os passos da irmã”, uma vez que “a abordou no dia em que o marido partiu para o estrangeiro”. Em Nelas, Paulo Luís foi a casa da mãe, a quem pediu para passar uma noite, mas a progenitora também avisou a GNR.
MORTE
Mortágua. No dia 6 de novembro, pela s 02h30, na Estação Elétrica da Refer – Breda Mortágua, ocorreu furto de cobre efetuado por três indivíduos, de 26, 32 e 60 anos de idade, residentes no concelho de Carregal do Sal. Os mesmos colocaramse em fuga após chegada dos militares do Posto Territorial de Mortágua, vindo a serem localizados cerca de 1Km do local. O indivíduo de 26 anos viria a ser encontrado inconsciente na viatura, acabando por falecer no local, vítima de descarga elétrica.
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educação&formação IPV otimista para o ano letivo de 2012/2013 Perante a realidade atual do país e seus reflexos económicos no ES, quais eram as apreensões do IPV?
Tendo em conta os resultados das provas de ingresso deste ano, as alterações verificadas no regime de ingresso nos cursos de engenharia, os reflexos da redução da taxa de natalidade e a grave crise que o país atravessa, as nossas expetativas não eram, de facto, muito elevadas em relação às candidaturas ao ensino superior de 2012/2013. Neste momento, qual é a concreta situação?
O Instituto Politécnico de Viseu tem, no ano letivo em curso, 1.851 novos alunos matriculados em todo o seu leque formativo, desde as licenciaturas aos mestrados, passando pelos cursos de especialização tecnológica. O IPV disponibilizou, este ano, 1.484 vagas para o concurso nacional de acesso ao ensino superior. Na primeira fase do concurso foram colocados 674 estudantes, na segunda 310 e na terceira 53. Aos alunos provenientes do contingente nacional, juntaram-se mais 500 novos estudantes que ingressaram na instituição através dos concursos locais. Globalmente, descontando os alunos recoloca-
clos de estudos de curta duração que preparam os estudantes para a sua inserção no mercado de trabalho numa determinada área de especialização. Aos detentores destes cursos são disponibilizadas vagas próprias que permitem o acesso ao cursos de licenciatura, em alternativa ao concurso nacional. A adesão a estes cursos confirma a atratividade do IPV e a sua importância para a região.
dos no concurso nacional de acesso, o IPV tem matriculados 1.338 novos estudantes nas 37 licenciaturas que disponibiliza. Nas outras formações, verificou-se de igual modo uma muito significativa adesão de novos estudantes, mais concretamente 521, distribuídos pelos diversos cursos de Mestrado (316) e de Especialização Tecnológica (205). Se disponibilizou 1.484 vagas e recebeu 1.851 alunos, podemos afirmar que as melhores expetativas foram superadas?
O cenário final confirma a relevância do IPV e acrescelhe as responsabilidades. Como manter a “fasquia” alta?
Considero que, dadas as atuais circunstâncias, tivemos um bom resultado que garante a sustentabilidade do IPV. Os concursos locais que contribuíram com 500 alunos, são exatamente o quê?
Na sua esmagadora maioria trata-se de alunos colocados através dos regimes de transferência e mudança de curso, alunos matriculados no ano anterior noutras instituições de ensino superior que pretenderam transferir-se para o IPV. Os restantes são alunos titulares de Cursos de Especialização Tecnológica e do regime de maiores de 23 anos que têm normal-
A Fernando Sebastião, presidente do Instituto Politécnico de Viseu mente à partida um número de vagas muito reduzido mas que pode ser alargado através da ocupação das vagas sobrantes do Concurso Nacional. Considerando que as várias regiões do país possuem instituições de ensino superior, se tivéssemos em conta o número de candidatos àquele concurso, provenientes da região de Viseu, as vagas que disponibilizamos anualmente deveria ser inferior às 1484 definidas para este ano, o que permi-
tiria obter no concurso nacional uma taxa de ocupação mais elevada. Em contrapartida essa opção iria inviabilizar a admissão de algumas centenas de alunos colocados através dos concursos locais cujo contingente pode ser alargado se existirem vagas sobrantes. Também a adesão aos Mestrados e Especializações Tecnológicas evidencia uma nova realidade. Porquê tanta procura? Publicidade
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Com a adesão ao Processo de Bolonha, as licenciaturas passaram de quatro ou cinco anos para três. Nessa medida os mestrados complementam a qualificação dos estudantes permitindo-lhes uma melhor integração no mercado de trabalho. Nos cursos de formação de professores o mestrado é atualmente obrigatório para a obtenção da sua qualificação profissional. Os cursos de especialização tecnológica são ci-
Apesar do feedback muito favorável que temos dos empregadores, devemos ter a preocupação permanente de melhoria da qualidade. Nesse sentido o programa de formação do corpo docente que temos em curso é bastante ambicioso, sendo nosso objetivo possuir em 2015 cerca de 70% do corpo docente doutorado. Este enorme reforço da nossa capacidade científica irá permitir uma ainda maior ligação e apoio às empresas e instituições da região reforçando o papel do IPV como impulsionador do desenvolvimento regional. Paulo Neto
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economia “Conversas à volta do vinho”, Residência Sénior em Almargem na Casa da Ínsua
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queijo com mel da Ínsua, acompanhado com Espumante da Casa da Ínsua. O filete de robalo com volau-vent de legumes, perfumado com redução de Porto, é o prato eleito para acompanhar a revelação da noite: o Branco Reserva 2011. Em época de caça, a perdiz, corada com cremoso de míscaros e castanhas de S. Martinho, casa na perfeição com o Tinto Reserva 2008 da Casa da Ínsua. A noite de sabores intensos é ainda sublinhada por uma trilogia doce e outonal: fofo de abóbora, mousse de castanha e maçã assada, harmonizada com redução de framboesa, a que se juntam, após o café, castanhas assadas e jeropiga produzida
Nuno André Ferreira
O Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, promove “Conversas à volta do vinho”, amanhã, dia 10. Nesta iniciativa vínica, será apresentada a colheita Casa da Ínsua Branco Reserva 2011. Para revelar o novo néctar do Dão em todo o seu esplendor, a unidade de charme da Visabeira Turismo promove um jantar vínico com um menu personalizado de degustação, juntando os sabores únicos dos produtos da região aos aromas do portfólio de vinhos da Quinta da Casa da Ínsua. Comentado pelos enólogos José Matias, João Paulo Gouveia e Miguel Oliveira, o jantar de degustação inicia-se com tosta de
A Residência Sénior “Jardim do Vouga” abre no próximo mês em Almargem, Viseu. Com o grande objetivo de valorizar a qualidade de vida dos seus utentes, dispõe de várias atividades lúdicas, como passeios e espetáculos. Disponibiliza ainda um acompanhamento personalizado com uma
na adega da Quinta. Para quem pretender aproveitar o fim-de-semana em Penalva do Castelo, a Casa da Ínsua, unidade cinco estrelas, oferece uma tarifa especial de alojamento de 92 euros, em quarto duplo.
vasta equipa multidisciplinar de profissionais das várias áreas da saúde. Quartos modernos, casas de banho privativas e adaptadas, corredores com barras de segurança, elevador e aquecimento central são alguns exemplos do conforto que a residência “Jardim do Vouga” oferece aos
seus clientes. Para todas as inscrições efetuadas até 30 de novembro, a residência oferece o valor da taxa de inscrição e uma redução na mensalidade nos três primeiros meses. Pa ra m a is i n for m ações contacte através do 968335904 ou 939079488.
MC
Finiclasse apresenta Citan A Finiclasse Viseu dá a conhecer, hoje e amanhã, o mais recente modelo de veículos comerciais da marca Mercedes-Benz, o novo Citan. Ao longo dos dois dias pode conduzir esta “estrela económica” com portas laterais deslizantes, que facilitam o acesso ao interior, de baixo consumo e com sistema BlueEfficiency.
O novo Citan apresenta também uma versão de cinco portas que articula a funcionalidade e o con-
forto. Um “herói” preparado para qualquer situação, seja em família ou em trabalho. MC
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II JORNADAS DE ENOTURISMO – O CENTRO DE PORTUGAL COMO DESTINO DE ENOTURISMO Viseu é um dos destinos escolhidos para uma das duas sessões das “II Jornadas de Enoturismo – O Centro de Portugal como destino de Enoturismo”. No dia 15 de novembro, quinta-feira, a partir das 10h00, o Solar do Vinho do Dão será palco de debate com especialistas sobre o papel do Enoturismo no desenvolvimento dos destinos turísticos, da análise sobre as potencialidades deste produto no Centro de Portugal nas regiões vitivinícolas da Bairrada, Beira Interior e essencialmente da região do Dão. Conhecer as tendências da procura nacional e internacional, promover a oferta regional assente em equipamentos de elevada qualidade, partilhar experiências e conhecimento, assim como debater as oportunidade e desafios do mercado, são outros dos objetivos destas jornadas. Estão ainda previstas visitas técnicas ao Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo e Paço dos Cunhas de Santar, em Nelas. A segunda sessão irá acontecer no dia 16, na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra em Coimbra, e abordará os seguintes temas: As políticas públicas de incentivo ao turismo/Enoturismo e Experiências e boas práticas de Enoturismo. TVP
foto legenda Ideia original em tempos de imaginação como sinónimo de atração A r e p u t a d a L oja Tavares gratifica os seus clientes, aprofundando a relação existente, com uma deg ustação de v in hos, em pa rceria com produtor da região. Esta iniciativa coroou-se de êxito pelo número de presenças e agrado com que foi acolhida.
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
O regresso da dicotomia Interior – Litoral (conc.)
Avelino Castro, sócio gerente da loja franchisada, João Bastos, administrador da Arcádia - Porto, Fernando Ruas, presidente da câmara municipal de Viseu e Carlos Araújo, sócio gerente da loja franchisada
Chocolates Arcádia à prova em Viseu Confeitaria∑ Mais de 70 anos de história e de tradição nas receitas e fabrico de chocolate Já abriu em Viseu, na rua Alexandre Lobo, uma das mais conhecidas confeitarias da cidade do Porto, a Arcádia. Famosa pelas línguas-degato de chocolate e pelos seus deliciosos bombons, o espaço comercial que conta com mais de 70 anos de história “pretende estar nos centros históricos das cidades de referência do país. Viseu, com a sua grande visibilidade é uma boa aposta”, afirmou Carlos Araújo, sócio-gerente da loja
franchisada. A Arcádia assumese como uma fábrica de confeitaria artesanal, que mantem a tradição nas suas receitas e processos de fabrico e nos quais são utilizados somente produtos naturais seleccionados. Com uma vasta gama de produtos para todos os gostos, pode encontrar na Arcádia o mítico chocolate de leite, negro e branco, chocolate de frutas como morango e menta, chocola-
tes com uma simbiose de vinho do porto Calle e aguardente Adega Velha e, atentos às preocupações dos seus clientes, disponibiliza também chocolate sem açúcar. Com uma decoração fiel à casa mãe, a Arcádia de Viseu, ostenta características arquitetónicas antigas, com mobiliário em madeira, azulejaria portuguesa e grandes montras onde o chocolate é o protagonista. Micaela Costa
O despovoamento do Interior acelerou nesta última década. Em sentido contrario, o Litoral ganhou população. A acompanhar esta saída mais apressada de pessoas, o Interior assistiu a uma perda significativa de empresas tornando menos “densa” a sua economia, enquanto o Litoral ganhou em concentração empresarial. Mais recentemente, podemos estar a assistir a uma nova rutura, com a aceleração da quebra de alunos inscritos nas formações em engenharia nos institutos politécnicos do interior e aos consequentes ganhos por parte das universidades, particularmente do Litoral. Em suma, a macrocefalia crescente de uma cada vez mais estreita faixa do território nacional resulta, em simultâneo, no declínio do Interior. Em termos práticos, isto significa que o Interior deixa de ter interesse enquanto território de consumo, o que inibe a iniciativa local, deixa de ser território com recursos humanos abundantes, o que afasta a instalação de empresas que procuram esse factor produtivo, deixa de ser um território com capacidade para a formação de quadros técnicos superiores nas áreas da produção e para I&DT, factores importantes para o acompanhamento das empresas instaladas, para a transmissão de novos conhecimentos a partir dos centros de investigação até às economias locais – o Interior transformar-seá num território cada vez menos atrativo para projetos empresariais mais exigentes em conhecimento e tecnologia. A persistir, esta tendência cristalizaria duas economias bem distintas e com cada vez menos pontos de contacto: o Interior e o Litoral. Apesar desta evolução, importa assinalar que, nos territórios do Interior, mesmo nos mais deprimidos, os sistemas urbanos organizados em torno das maiores cidades resistem ao despovoamento rápido e neles subsistem os recursos fundamentais para a aplicação bem sucedida de políticas de desenvolvimento territorial (os agentes económicos, os equipamentos e serviços de educação e saúde, a capacidade de organização das iniciativas da sociedade civil, etc.). São estas cidades e os respetivos sistemas urbanos que constituem os fulcros para uma atuação necessa-
Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt
riamente concertada entre o poder central e os poderes locais para a definição e a aplicação de uma estratégia de desenvolvimento que trave esta fratura entre Interior e Litoral. Do governo central espera-se a formulação de uma estratégia nacional para o desenvolvimento harmonioso do território e a definição e implementação de politicas geradoras do aproveitamento dos recursos locais existentes nos territórios. Não adianta o poder central distribuir dinheiro dos fundos estruturais pelas regiões se não existir, por detrás, uma politica orientadora para objectivos nacionais (Objectivos nacionais, digo bem, porque importa responder à questão: “- como pode a Região X contribuir para os objectivos do Pais?”). Ao nível local definemse objectivos próprios e politicas concretas, umas dirigidas à satisfação das necessidades das populações e outras de apoio à aplicação, em concreto, da estratégia nacional em cada uma das parcelas do território. O nível local necessitará, para o efeito, de mais competências e de uma redefinição do seu âmbito geográfico. O papel atual parece estar a chegar ao fim e é necessário pensar e agir em territórios mais vastos, integrados e estruturados pelas principais cidades médias espalhadas pelo território nacional. Apoiando-se nas politicas centrais que visam ganhos de competitividade para o Pais (politicas fiscal, laboral, de investigação e dispersão do conhecimento, redução dos custos de contexto, ...), o nível local (alargado em termos de competências e geográficos) tem a obrigação de possuir uma nova visão que guie a acção politica para que o respetivo território ganhe competitividade e, por isso, seja capaz de travar o despovoamento e de construir ambientes sociais e culturais atrativos para as pessoas e para o investimento gerador de elevado valor acrescentado. Esta força, ao nível dos diferentes territórios, exige que os agentes locais, especialmente os políticos e os económicos, ganhem dimensão. Esta é uma mudança urgente.
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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 19
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Festa da Castanha e do Mel em S. Pedro do Sul Fim de semana∑ Música, atelier, desfile temático e magusto são algumas das atividades propostas Decorre amanhã e domingo a 16ª edição da Festa da Castanha e do Mel, em M aciei ra do Su l , concelho de S. Pedro do Sul. No sábado, o programa conta com a atuação do Grupo de Cantares ao Desafio e Concertinas de Castro Da i re. Va i realizar-se um atelier intitulado “A castanha e o mel na culinária e na Doçaria”, da Escola Profissional de Carvalhais, uma mostra de maquetes/multimédia com ideias do curso de arquitetura da Universidade Católica de Viseu para Macieira. O primeiro dia de festa enPublicidade
cerra com um magusto e um jantar tradicional. No domingo, o programa irá iniciar com um percurso pedestre da castanha e uma oficina de extração de mel na Casa do Santo. Seguese um desfile temático da castanha, do mel e da cultura tradicional, com a participação do Rancho Folclórico dos Pesos do Sul. Será apresentado um projeto empresarial de exploração de mel “Aldeias de Magaio”, o Grupo de Cant a re s d a A sso ci aç ão Cultural Recreativa e Desportiva de Oliveira e Aveloso vai animar o magusto de encerra-
mento. O certame é organiCâ z ado p e l a C âmara Mu n icipa pa l de S. Pedro do Sul, Casa Recreatiatinse va Macieirense (Macieira de Su l), A s so ciação das Aldeias de Magaio, Junt a de Fre guesia de Su l , CL DS e bo com a colabo untas ração das juntas de freguesia de São as Moitas Martinho das e Covas do Rio. Micaela Mi l Costa C
EXPO-PROTEC EM SERNANCELHE Os Bombeiros Voluntários de Sernancelhe, em parceria com a autarquia, organizam até domingo, dia 11, a ExpoProtec: Feira de Atividades, Segurança e Proteção Civil. A iniciativa vai decorrer no Expo Salão, e conta com apoios da L iga dos B ombei ros Portugueses, Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, Autoridade Nacional de Proteção Civil, Guarda Nacional Republicana e Cruz Vermelha Portuguesa. Os visitantes terão contato, através dos 25 expositores, com os equipamentos de Proteção Civil, fundamentais para o trabalho diário dos bombeiros, das equipas de emergência, das forças de segurança e de todos os organismos que trabalham no socorro a pessoas e bens. TVP
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desporto BASQUETEBOL GUMIRÃES DERROTADO NO GINÁSIO FIGUEIRENSE
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
Cartão FairPlay O jovem Tobias, é o novo craque do Distrito de Viseu. Atleta do Sporting desde 2005, para onde se transferiu do Penalva, tem sido líder na equipa de Alvalade que está em 1.º lugar na 2.ª liga do futebol profissional português. Tem ainda idade de junior. Futsal em Viseu
Gil Peres
Tobias Jogador do Sporting
A Viseu 2001 eliminou, no prolongamento (3-2) o Covões Cantanhede Futsal - Taça de Portugal
Cartão FairPlay O Futsal distrital está em alta com as vitórias alcançadas no passado fim de semana. Viseu 2001, ABC de Nelas e AJAB Tabuaço continuam a acalentar o sonho de ir longe na Taça e receberem um dos chamados “grandes”. FUTEBOL III Divisão
Cartão Vermelho As equipas da região (Viseu e Guarda) que disputam a 3.ª Divisão Nacional, com exceção do Penalva de Castelo, estão nos últimos lugares das classificações. Publicidade
Agora venham “os grandes” Apurados ∑ Viseu 2001, AJAB Tabuaço e ABC de Nelas Foi total o aproveitamento das equipas de Viseu em competição na segunda eliminatória da Taça de Portugal em futsal. Viseu 2001, AJAB de Tabuaço e ABC de Nelas jogaram, venceram e ca rimba ra m o passaporte para a terceira ronda da competição. A joga r em ca sa , o Viseu 2001 eliminou o Prodeco Covões, formação da III Divisão. Vitória por 3 a 2, mas teve que ser no prolongamento, depois de uma
igualdade a dois no tempo regulamentar consentida mesmo sobre o apito final. No prolongamento o Viseu 2001 marcou um terceiro golo e assegurou o apuramento. A AJA B de Ta bu aço recebeu e eliminou o Covão Lobo com um triunfo por 10 a 7, enquanto o ABC de Nelas garantiu a presença na próxima eliminatória ao vencer por 3 a 2 na deslocação ao Vermoin. Na próxima elimina-
tória entram já em prova as equipas da I Divisão Nacional. Campeonatos regressam no fim-de-semana. Passadas as emoções da Taça de Portugal, as atenções viram-se agora para mais uma jornada nos nacionais. Na II Divisão, o Viseu 2001 mantém as aspirações de lutar pela subida à I Nacional. Este domingo recebe no Pavilhão da Via Sacra a formação do Vale de Cambra. Os viseenses
estão no segundo lugar da classificação com 7 pontos, menos dois que o Lameirinhas que lidera. Quanto à AJAB de Tabuaço, joga este sábado no Pavilhão do Bessa, frente ao Boavista. Na III Divisão, na série B, o Rio de Moinhos recebe o Lamas Futsal enquanto o São Martinho de Mouros joga em casa com o Gondomar. Na série C, o ABC de Nelas vai receber este sábado o Mirando do Corvo. Gil Peres
O Gumirães perdeu por 81 – 40 na deslocação à Figueira da Foz onde defrontou o Ginásio Figueirense. Frente a uma equipa que já foi campeã nacional em 2009 no escalão sub-14, em 2001 em sub-16, e que quer esta ano conquistar o título nos sub-18, o Gumirães já sabia que ia ter missão difícil… mais complicada se tornou depois de uma má entrada em jogo onde consentiu um parcial de 15 a 0. Os viseense ainda reagiram e deram mais algum equilíbrio ao jogo, mas o Ginásio impôs o seu potencial e venceu por um esclarecedor 81 – 40. Apesar desta derrota, o Gumirães mantém a 3ª posição no campeonato Regional de Coimbra de Sub-18.
FUTSAL TORNEIO JOVEM EM LAMEGO A nova direcção da Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu vai tomar posse no próximo dia 10 de Novembro. A cerimónia está marcada para as 15h00 no Salão Nobre da Câmara de Lamego. Aquilino Pinto, fundador da associação vai ser empossado para mais um mandato… vão ser mais quatro anos à frente dos destinos do ténis de mesa em Viseu. A Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu está sedeada em São Martinho de Mouros, no concelho de Resende.
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II Liga
Tondela vencido, mas pouco convencido dou seguir por considerar lances normais. No f i n a l , n a sa la de imprensa, Vítor Paneir a q u e br o u u m h á bi to que mantinha desde o início da temporada que era “não falar de arbitragem”, como disse, mas “perante o que se passou tenho que dizer que não gostei da arbitragem ao longo de 94 minutos. Foi um jogo em que fomos prejudicados em duas grandes penalidades”. E continuou o desabafo de Paneira: “ Estávamos a aproximarnos dos lugares cimeiros e acabámos mais
uma vez por ser penalizados. Foi gritante a forma como esta partida foi controlada, dominada e apitada”. Os dois lances aconteceram já na segunda parte. Um sobre Piojo, derrubado na queda por um adversário, depois do argentino o ter driblado já dentro da área, e u m out ro, no m i nuto 93, num derrube do guarda-redes do Portimonense a Luís Aurélio. Dois lances nos quais o árbitro da partida estava bem posicionado e estranhamente não apitou. GP
A Bruno Esteves muito contestado pelo Tondela
Gil Peres
Arrasador. Vítor Paneira não poupou Bruno E steve s n a con fe rência de imprensa que se seguiu à derrota do Tondela frente ao Portimonense (0 – 1). Paneira saiu vencido, mas muito pouco convencido, e o seu olhar a i nd a no relvado n ão deixava dúvidas que estava tudo menos satisfeito com a actuação do árbitro lisboeta. Em causa dois lances na á rea dos a lga r vios (nas fotos), e que os tondelen ses recla m a ra m grande penalidade, mas que Bruno Esteves man-
A Vítor Paneira saíu furioso com o árbitro da partida
A O lance sobre Piojo
A O lance sobre Luís Aurélio
Futsal - AF Viseu
Viseu 2001 - Futebol Feminino
Castro Daire na frente
Duplamente vitoriosas Jornada duplamente vitoriosa para o futebol feminino do Viseu 2001. As viseenses venceram no Estoril por 1 a 0 em jogo a contar para a segunda eliminatória da Taça de Publicidade
A Casa do Benfica de Castro Daire lidera o distrital de futsal da Associação de Futebol de Viseu, mas o Sporting de Lamego, que ocupa a segunda posição, tem apenas menos um ponto que os vizinhos de Castro Daire e menos um jogo disputado. Na quinta jornada da
prova, os líderes do campeonato vencera m em c a s a o S e ve r c o m u m triunfo por 7 a 5, enquanto o Sporting de Lamego sentiu dificuldades para bater o Pedreles, tendo ganho pela vantagem mínima de 6 a 5. O Armamar segue na terceira posição da Geral
tendo ganho nesta jornada por 3 a 1 no pavilhão da Casa do Benf ica de Moimenta da Beira. Na classificação lidera a Casa do Benfica de Castro Daire com 13 pontos, mais um que o Sporting de Lamego que tem em atraso um jogo com o Viseu 2001 B. GP
Portugal, garantindo o apuramento para a próxima ronda da prova. Três dias depois novo triunfo, desta vez bem mais folgado. O Viseu 2001 ganhou em Seia por 7 a 0
em jogo da terceira jornada da série C do Campeonato Nacional de Promoção. Com 7 pontos em três jogos disputados. As viseenses lideram isoladas a série. GP
D Apresentação do livro de Fernando Bonito
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culturas expos
Fernando Bonito apresenta, no Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, a obra “Os sem direito a nome de rua”, no dia 18 de novembro, a partir das 15h00.
Arcas da memória
Destaque
Doces castanhas da minha memória
MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 20 de novembro Exposição de fotografia “Vislumbres”, de Nuno Abrantes. SANTA COMBA DÃO ∑ Junta de Freguesia de Treixedo Até dia 30 de novembro Exposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, uma organização conjunta da Câmara Municipal, através da Biblioteca Municipal Alves Mateus e da Universidade Sénior de Santa Comba Dão.
(Homenagem às castanhas de Sernancelhe)
A Estreado no Festival de Cinema de Berlim, “Tabu” tem distribuição prevista em mais de 45 países.
VISEU ∑ Instituto Português do Desporto e Juventude Até dia 26 de novembro Exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Rebelo.
Cine Clube de Viseu aposta no cinema nacional
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de novembro Exposição de escultura “Bairro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques.
O Cine Clube de Viseu apresenta anualmente o programa que destaca a produção de cinema português: “Nós Por Cá 2012”. Este ciclo oferece a possibilidade de divulgação de filmes, normalmente afastados do circuito comercial, e a sua exibição devidamente enquadrada e, por isso, possibilitadora de espaços de discussão particulares. O ciclo surge num momento crítico: a atividade do Instituto do Cinema e Audiovisual mantém-se suspensa, a RTP 2 enfrenta
uma reestruturação, e nas salas de cinema, apenas 0,7 por cento dos espectadores assistiu, em 2011, a filmes nacionais. As várias ameaças colocam, segundo responsáveis do setor, o cinema português no limiar da sobrevivência. Assim, de 13 de novembro a 18 de dezembro, serão exibidos seis filmes com Joaquim Sapinho e Manuel de Oliveira em destaque. O programa contempla a presença do realizador Nuno Tudela, que apresentará o filme “Livro de Ponto”. A ses-
são começa no dia 13, terça-feira, no Instituto Português da Juventude (IPJ), em Viseu, com “Tabu”, em que uma idosa temperamental, a sua empregada cabo-verdiana e uma vizinha dedicada a causas sociais partilham o andar num prédio em Lisboa. Quando a primeira morre, as outras duas passam a conhecer um episódio do seu passado: uma história de amor e crime passada numa África de filme de aventuras.
17h40, 21h00, 23h50* Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus (CB) (Digital)
Sessões diárias às 14h20, 17h25, 21h10, 00h15* 007 Skyfall (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10* 007 - Skyfall (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10* Dos homens sem lei (M16) (Digital)
Sessões diárias às 11h15* (dom.), 14h00, 16h35, 19h20 Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (M6) (Digital 3D)
Até dia 30 de novembro Exposição de pintura “Recreio dos Ícones”, de Cláudia Costa. Até dia 30 de novembro Exposição mista “Coleção Camiliana”, de Paulo Sá Machado.
“Nós Por Cá 2012”∑ De 13 de novembro a 18 de dezembro, no IPJ
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU
Sessões diárias às 14h00 Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 16h30, 19h05, 21h40, 00h20* Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VO (M6) (Digital) Sessões diárias às 15h00,
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Sessões diárias às 14h40, 17h20, 21h20, 00h00* Força Ralph VP (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 16h45, 19h20, 21h50, 00h30* Para Roma, com amor (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00* (dom.), 13h30, 16h15, 19h00, 21h40, ooh25* Força Ralph VP (CB) (Digital 3D)
Tiago Virgílio Pereira
Sessões diárias às 21h50, 00h30* Balas e Bolinhos 3 (M16) (Digital)
Descendo aos limbos da infância, como Aquilino diria, vejo a funda lareira da casa de meus pais e, sentado no meu banco de menino enquanto minha mãe prepara a ceia, enquanto a madrinha fia estrigas de linho, enquanto o pai cavaqueia com o tio Chico, enquanto a Mulata ronrona no quente agasalho daquele eterno chão de lareira ou talvez nos meus joelhos feitos colo, enquanto o Fiel ladra, na quintã, à aproximação de dois rafeiros, remexo, descuidado, o brasido que arde de fronte da pilheira no amparo do grande pote de ferro onde coze a vianda do porco e das panelas de três ou de seis malgas, se dizia assim, por medida, onde ferve um caldo que háde ser gostoso, de feijão, onde cozem as batatas, onde cheira a louro um coelho posto a guisar. E eis já posta a mesa franca, pão alvo de centeio sobre a toalha que sempre era de linho, um pobre que às vezes batia à porta e a malga de caldo partilhada e as castanhas cozidas na púcara de barro que as tornava mais gostosas e o sabor dessas que ficavam, mais tempo, a torrar, mil anos que eu viva que nunca um sabor desses vou esquecer. Há muito se apagou o lume de pinho, de castanho ou carvalho, na lareira. Há muito que não aquece minhas mãos um tal calor. Mas Novembro chega.
Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h10, 22h00, 00h20* Taken - a vingança (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h05, 21h40, 23h50* Atividade paranormal 4 (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h20, 16h05, 18h50, 21h30, 00h15* Argo (CB) (Digital) Legenda: * sexta e sábado
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
Como Maio. Como o Verão. Cores de Outono pintalgando os castanheiros. Verão de S. Martinho que o traz sempre o calendário. As castanhas, nos soutos, estão no auge de cair, e é então que eu volto à minha terra e reinvento, de memória, o remanso da antiga refeição familiar. Acendo o lampião, bailam as sombras no jornal que forra a cantareira, ouve-se o fuso como se fosse de avó ainda a fiar, ouve-se o correr do fio de uma história ou o murmúrio de umas contas de rezar e o cão que agora se calou e o silêncio dos passos abafados na caruma fresca da quintã de alguém que háde vir, será por bem, e as castanhas cozidas na panela de barro quentes do borralho a apetecer, pucarinho de barro com vinho a amornecer, e os rituais antigos, a castanha descascada, o cheiro a lume do bilhó, o doce sabor da infância. E as velhas histórias que percorrem o serão, Os Dez Pares de França, Carlos Magno a comandar, e Floripes que andou comigo na Escola e a quem deram o nome desses contos de encantar. E o anoitecer demorado e a geada que a gente sentia pousar sobre o telhado. E os lençóis de linho. E o brasido que se agasalhava, como o vivo, como a gente, na cozinha.
Estreia da semana
Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus – O filme revisita a extraordinária história do herói português que salvou mais de 30.000 vidas durante a Segunda Guerra Mundial e desvenda a consciência e coragem de um homem que ousou desafiar Salazar inscrevendo o seu nome na história da humanidade. Um filme obrigatório!
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culturas Variedades
D Terceira exposição ibérica de aves
Hoje, dia 9, a partir das 18h00, o pavilhão desportivo no Estádio João Cardoso, em Tondela, será o local da cerimónia de abertura da terceira exposição ibérica de aves.
Destaque
O som e a fúria
Manuel Maria Carrilho apresenta livro em Lamego
Levi’s “Go Forth” Maria da Graça Canto Moniz
Manuel Maria Carrilho, antigo ministro da Cultura e ex-embaixador de Portugal na UNESCO, vai apresentar a sua mais recente obra literária “Pensar o Mundo (1982-2012)”, no Salão Nobre do Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, na quarta-feira, dia 15, pelas 18h30.
PhaZer ao vivo na FNAC Depois de um EP promissor, “Revelations”, e de um álbum verdadeiramente assombroso, “Kismet”, os PhaZer estão de regresso com mais um EP de 6 temas. Neste trabalho, a principal referência a retirar é a continuidade da excelência do trabalho desenvolvido em “Kismet”. “Rockslinger” é um disco de rock, que não conhece fronteiras nem limites. Um disco que tanto pode ser verdadeiro metal pesado, agressivo, demolidor, como se despe e se apresenta frágil, nu e intimista. A banda atua ao vivo amanhã, dia 10, na FNAC Viseu, a partir das 16h00.
“Mãos dos 7 Ofícios” em Tondela Hoje, dia 9, é inaugurada a exposição “Mãos dos 7 Ofícios”, no Mercado Velho, em Tondela, a partir das 18h00. Este é um projeto da marksearch team.
Jornal do Centro 09 | novembro | 2012
Academia de Dança de Viseu – Escola de Bailado Giselle Brites quer afirmar-se em Viseu A Academia de Dança e Teatro de Viseu nasceu em 1995, fundada pela bailarina e professora Giselle Brites. Hoje, 17 anos passados, a diretora sente que ainda há muitos viseenses que não conhecem a escola e por isso decidiu alterar o nome para Academia de Dança de Viseu – Escola de Bailado Giselle Brites.“Sei e sinto que os viseenses têm vontade de dançar mas não conhecem a escola e acabam por desistir”, referiu Giselle Brites, 35 anos. A Academia aposta “na qualidade e na excelência, e vai de encontro
às caraterísticas e ambições de cada aluno”, disse a bailarina, “única professora do distrito de Viseu registada e diplomada pela Royal Academy of Dance”. Na Academia de Dança de Viseu – Escola de Bailado Giselle Brites leciona-se ballet clássico, dança Jazz/moderno/ contemporâneo, sapateado, dança do ventre, dança de salão, orientais, africanas, indianas/bolly wood, hip hop, yoga, taichi, reiki e, em breve, kung-Fu. O ballet e a dança moderna são as áreas com mais alunos. Há
também aulas de teatro e expressão dramática. A Academia é representante da Dance Art Internacional, de África do Sul na Europa, tem ligação à UNESCO, através do Conselho Internacional da Dança, e parceira de “American Ballet Theatre”. “Com os exames realizados através destas instituições, as crianças e os jovens adquirem, de tenra idade, um bom currículo enquanto bailarinos, podendo continuar com uma carreira profissional”, concluiu Giselle Brites. Tiago Virgílio Pereira
Literatura
Tertúlia Aquiliniana no Solar do Vinho do Dão O Cent ro de E st udos Aquilino Ribeiro (CEAR), em colaboração com a Com issão Vitivinícola Regional (CVR) Dão, promove hoje, dia 9, um serão aquiliniano no evocativo espaço do Sola r do Vinho do Dão, em
Viseu, na a mbiência propícia das Festas de S. Martinho, dos magustos e da amizade. No prog ra m a , está prev i st a u m a te r t ú lia, a partir das 21h30, sob o tema “Alemanha - convenção sobre os afetos/sob o signo de
Aquilino”, orientada por Paulo Neto, diretor do Jornal do Centro. Após a sessão, é tempo de comer castanhas de Sernancelhe e beber vinho do Dão, num mag usto convívio. TVP
A con hecida marca Levi’s introduziu um novo reclame na sua campanha “Go Forth”. Devo confessar, é genial. A ideia transversal a todo o anúncio é “aquela” ideia de que as camadas mais jovens dos nossos dias acreditam piamente que serão eles a deixar uma impressão digital revolucionária no mundo. Bem, pensando duas vezes, não sei se são os jovens dos nossos dias ou os de sempre (certamente que os de hoje têm mais poder tecnológico), mas é exatamente aí que está a genialidade do anúncio - conseguiu de forma única captar aquilo que parece ser a essência da juventude, uma força para construir o futuro. Creio que há duas formas de interpretar a mensagem que a Levis quer transmitir: uma, perfeitamente encaixilhada neste annus horribilis de crises económicas, financeiras e sociais, é para um jovem desempregado, encurralado num beco sem saída e desencantado com a vida. “Não te preocupes! Veste um par de Levi’s e sentir-te-ás capaz de mandar no Mundo”; mas, segundo a outra perspectiva (com a qual eu me identifico), esta campanha não é sobre os jeans. Os jeans não são mágicos. Não têm capacidade para
transformar quem quer que seja num changemaker pelo simples facto de os usar. Que disparate. Ao invés, este reclame é sobre quem veste os jeans: jovens urbanos, hipsters (perdão, mas tinha de usar esta palavra que está tão na moda agora), sonhadores e empreendedores. No fundo, o anúncio posiciona a Levi’s como parte do ADN central do que é hip e cool num sociedade multicultural e urbana (o pano de fundo deste ad é, discretamente, Nova Iorque). O porquê é importante aqui, o facto de eu controlar o meu destino. E, o que quer que seja que eu faça dele, a Levi’s não falha e tem uns jeans para eu usar. Os jeans não são a cura para os meus problemas, eu sou. A Levi’s diz-me isso: “do it yourself”, é esse o “Go Forth”. Enfim, este anúncio foi a linguagem visual que a Levi’s encontrou para explicar a alma daquilo que faz, o seu manifesto.
Jornal do Centro
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em foco 3ª edição do Mercado Magriço
Ana Paula Duarte
Decorreu entre os dias 2 e 4 a terceira edição do Mercado Magriço em Penedono. Uma iniciativa na qual “o executivo se empenhou e que é mais uma aposta no empreendedorismo, na mostra das potencialidades do concelho e do dinamismo industrial”, afirmou Carlos Esteves, presidente da câmara municipal de Penedono. O certame, que ao longos de três dias deu destaque ao artesanato, produtos agrícolas, industriais e gastronómicos locais, contou com mais de três mil visitantes por dia. Para Cristina Ferreira, vice-presidente da autarquia, “as expetativas foram superadas e o objetivo de dar a conhecer as empresas e a economia local foi cumprido”. Destacou ainda que “o grande interesse era que os produtores escoassem os produtos e isso foi conseguido”.
A redescoberta da Lampantana Mortágua e o III Fim de Semana da Lampantana Bastava o número de 1402 doses servidas; bastava a afluência de gente de fora, que foi muita; bastava a adesão de treze restaurantes a esta ideia gastronómica de trazer do passado este delicioso pitéu, quase ao acaso inventado, no decurso das Invasões Francesas… para que a iniciativa se tornasse um sucesso apreciado por todos. “Cada vez temos mais pessoas a apreciar a Lampantana, sobretudo pessoas de fora do Concelho e que já não dispensam uma visita a Mortágua durante este fim de semana gastronómico”, afirma o autarca Afonso Abrantes. O vinho produzido localmente e com rótulo especial alusivo ao evento, para acompanhar este regalo da boca, foi uma oferta do Município. Esta iniciativa visou também perdurar a tradição local, deixando às gerações vindouras não uma memória ténue do passado, mas sim um produto atrativo, em termos económicos, orgulho da região.
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em foco A Feira dos Santos – Tradição que Mangualde não dispensa Este ano ainda foi maior a afluência de público e a oferta proporcionada, tornando este evento gastronómico num marco nacional e consolidando uma iniciativa com mais de três séculos de existência, muito do agrado de todos quantos procuram as Terras de Azurara para nele participarem. “Da Tradição à Modernidade”, foi o lema. O local foi o centro da cidade. A organização coube à autarquia mangualdense. Se as febras foram o prato forte, o artesanato e os produtos agrícolas marcaram também presença, acompanhados por variedades diversas e muita animação. Fórmula acertada, esta, de difundir a nível nacional uma realidade local, promovendo a Terra, os seus produtos e fomentando a economia regional.
Nuno André Ferreira
XVIII Congresso Nacional da JS alerta para a proteção social
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Realizou-se no fim de semana, no pavilhão do INATEL, em Viseu, o XVIII congresso nacional da JS. João Torres sucedeu a Pedro Delgado Alves na liderança dos jovens socialistas. Na sua intervenção, João Torres referiu que “se este Governo não inverter rapidamente o rumo das suas políticas e não adotar rapidamente estratégias conducentes à criação de postos de trabalho e ao crescimento da economia, não devemos hesitar em pedir a sua demissão”. António José Seguro, secretário geral do PS, marcou presença e, no encerramento do congresso, defendeu que “a proteção social não é um capricho dos socialistas”, mas “uma necessidade de toda a sociedade portuguesa para manter a coesão social e combater as desigualdades sociais.”
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saúde e bem-estar Rastreio de cancro da mama em Mortágua Até dezembro∑ Serviço gratuito de exame mamográfico digital Uma unidade móvel de mamografia do Núcleo Regional do Centro, da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), vai esta r junto aos Bombeiros Voluntários de Mortágua. O serviço gratuito de ex a me m a mog rá f ico
digital estará disponível até meados de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. As mulheres inscritas no Centro de Saúde são convocadas por carta para efetuar o rastreio.
O programa está aberto à população fem in i na entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho e interessada em fazer o exame. Para marcações ou informações adicionais, as interessadas devem contatar o Centro de Co-
ordenação do Rastreio, através do telefone 239 487 495/6 ou do e-mail rcmama.nrc@ligacontracancro.pt. O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção eficaz.
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Envelhecimento ativo debate-se em Viseu Decorre hoje e amanhã , na Escola Superior de Saúde Jean Piaget, do Campus Universitário de Viseu, o Congresso Internacional, com o tema “Envelhecimento Ativo: Atravessando Gerações”. Esta iniciativa insere-se no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações e conta com um programa vasto centrado em temas como o envelhecimento na sociedade contemporânea, o suporte social e revitalização da população idosa, a prevenção do isolamento, estímulos à integração do idoso, dependência e imobilidade, controlo da dor crónica, exercício físico adaptado, terapias alternativas e doenças degenerativas. Entre os oradores convida-
dos, destacam-se docentes e investigadores de instituições como a Universidade do Porto (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Universidade de Aveiro, Universidade de Valência, University of Burapha (Tailândia) e Vlaams Huisartsen Instituut (Bélgica). “O envelhecimento da população é uma tendência com uma dimensão mundial e as formas de viver o envelhecimento são múltiplas e exigem políticas e outras iniciativas diferenciadas, adaptadas e atentas às necessidades e às capacidades de cada pessoa nessa etapa da vida”, destacou em comunicado a organização do evento. MC
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Nefropatia diabética é a principal causa de insuficiência renal 14 de novembro∑ Dia Mundial da Diabetes No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta para a prevalência da diabetes nos doentes renais, sendo que quase 50% dos diabéticos de tipo 1 e entre 10% a 20% dos diabéticos de tipo 2 desenvolvem nefropatia diabética. De acordo com o presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Fernando Nolasco, “a nefropatia diabética é uma das complicações mais temidas pelos doentes com dia-
betes tipo 1 e diabetes tipo 2. Esta doença renal, que resulta das lesões que a diabetes provoca nos rins, evolui em muitos casos para a insuficiência renal crónica”. E acrescenta que “nos últimos anos houve um incremento do número de casos de nefropatia diabética, fruto de melhores cuidados de saúde que resultam numa maior esperança de vida dos doentes e num aumento do número de doentes em estadio terminal, onde o tratamento passa por diálise ou transplantação renal”.
Para tentar prevenir a nefropatia diabética, e dado que a doença não revela sintomas, os doentes devem ter um controlo muito rigoroso da glicemia e da tensão arterial. Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação. Tiago Virgílio Pereira
UNIVERSIDADE CATÓLICA PROMOVE DEBATE “ABORDAGEM DA PATOLOGIA QUÍSTICA E TUMORAL DA CAVIDADE ORAL” No domingo, dia 12 de novembro, a partir das 21h30, vai decorrer uma palestra, seguida de debate, intitulada “Abordagem da Patologia quística e tumoral da cavidade oral”, proferida por Rui Amaral Mendes. O evento vai ter lugar no Auditório Eng. Engrácia Carrilho, na Universidade Católica de Viseu. O orador convidado é coordenador do Mestrado Integrado em Medicina Dentária e diretor clínico da Clínica Dentária Universitária, da UCP Viseu. Esta palestra é uma iniciativa do Departamento Científico da Associação Académica da Católica. TVP
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DEscreva-nos para:
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clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
CARTA DO LEITOR
HÁ UM ANO
Clareza nas portagens
EDIÇÃO 504 | 11 DE NOVEMBRO DE 2011
José Paulo Ferreira Lousado Docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego Instituto Politécnico de Viseu
DIRECTOR
Paulo Neto
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UM JORNAL COMPLETO
Semanário 11 a 17 de Novembro de 2011
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > ECONOMIA pág. 19 > SUPLEMENTO pág. 24 > DESPORTO pág. 28 > CULTURA pág. 31 > EM FOCO pág. 32 > SAÚDE pág. 35 > CLASSIFICADOS pág. 38 > NECROLOGIA pág. 39 > CLUBE DO LEITOR
Ano 10 N.º 504
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
· www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225
“As pessoas vão ter que voltar à terra e para voltarem à terra vão ter que vir para o interior” em entrevista exclusiva
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Paulo Neto
∑ Paulo de Carvalho, 50 anos de carreira, ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9
∑ Reorganização da Rede de Atendimento dos CTT. ∑ Paulo de Carvalho em Sernancelhe. ∑ As portagens vistas pelo lado do empresário. ∑ Novo presidente da Tecnologia assume tempos difíceis.
∑ Enfermeiros contra novas medidas da ARS Centro. ∑ Magustos de bairro nas ruas de Viseu. ∑ PSP de Viseu arrisca responder em tribunal. ∑ “Amarelinha” vence concurso nacional sobre
Nuno André Ferreira
venha a entrar novamente na A24 em direcção a Lamego nesse nó, cobraram 2,75 euros , mas se fizermos as contas estão a cobrar 1 euro a mais, uma vez que os pórticos que efectivamente devem ser contabilizados, totalizam 1,75 euros com o desconto de 15%. Acontece o mesmo com a viagem efetuada ao contrário, de norte para sul. Quantas pessoas não estarão a ser penalizadas por este “assalto”? Reclamei ontem para a Via Verde e ainda não obtive resposta, mantendo-se no site da VV a facturação errada.
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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
Após ter v i sua l i zado na SIC, a notícia da fact u ração er rada n a A25 para 4 docentes de Penalva do Castelo, informo que o mesmo acontece na A24. Quem utiliza a via verde na A24 e passa por dois pórticos não consecutivos, paga a totalidade do percurso entre o primeiro pórtico e o último, mesmo que não tenha passado por lá. Por exemplo, quem entra no nó de Arcas (ou no nó de Carvalhal) passando pelo pórtico do nó de Carvalhal (Castro Daire Sul), pelo túnel e abandonando a A24 na saída junto ao santuário da Senhora da Ouvida (Castro Daire Norte), percorra de seguida a N2 entre a zona industrial de Castro Daire e o nó de Bigorne e que
prevenção da Sida. Publicidade
Homenagem a António Bento de Almeida, secretário de justiça na Comarca de Viseu, agora aposentado
(17) novembro : concerto
Filipe Melo trio
Filipe Melo, André Carvalho (contrabaixo) e João Rijo (bateria)
Caro amigo Bento: Não podia deixar de presta r uma pequena mas justa homenagem ao teu profissionalismo e ao exemplo que sempre foste, agora que acabas de te aposentar das tuas funções na Justiça. Porém, Amigo Bento não te aposentaste dos amigos e dos colegas a quem deixaste o símbolo máximo e o exemplo do servidor da Justiça. Não foras tu aquela pequena peça da grande máquina chamada Justiça. Sim, aquela máquina composta por Magistrados, Advogados, Solicita-
dores e Funcionários da Justiça. As peças que tanto procuraste juntar e lubrificar, com múltiplas dificuldades e obstáculos, para o seu melhor funcionamento… Não penses Amigo Bento que vais deixar de o fazer. Está-te no sangue. Parafraseando o grande escritor Wilhelm Reich “ O grande homem é aquele que reconhece quando e em que é pequeno. O homem pequeno não reconhece a sua pequenez e teme reconhecê-la”. Mas meu bom A m igo, o bom senso, bondade, humanismo e carác-
ter que sempre te nortearam tornaram-te exímio na superação dos obstáculos e atropelos que se te opuseram sem peias ou discórdias, pois sempre com muita competência e modéstia estiveste no lugar certo e venceste-os, porque na vida só vence quem como tu sempre soube ser. Obrigado Amigo Bento e o desejo de uma continuada vida feliz, com o dobro dos anos daqueles que deste à Justiça Portuguesa. Leonel Soutinho Secretário de Justiça - Aposentado
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tempo
JORNAL DO CENTRO 09 | NOVEMBRO | 2012
Hoje, dia 9 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 8ºC. Amanhã, 10 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 4ºC. Domingo, 11 de novembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 3ºC. Segunda, 12 de novembro, céu limpo. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 3ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Sexta, 9 novembro
Celorico da Bira ∑ O Departamento do Docente Jubilado, do Sindicato dos Professores da Zona Centro, vai festejar o S. Martinho. O evento vai juntar, durante todo o dia, cerca de duzentos educadores e professores aposentados dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu.
Sábado, 10 novembro Tarouca ∑ No intuito de preservar e manter viva a tradição da celebração do S.Martinho nos Esporões, a Associação Cultural e Recreativa de S.Martinho promove a “Cegada de S.Martinho”. Publicidade
Sátão acolhe Feira do Míscaro Domingo ∑ Dia dedicado a um dos produtos endógenos mais apreciados na região A “capital do míscaro” recebe, no domingo, dia 11, a sexta edição da Feira do Míscaro. A partir das 10h00, Sátão será o ponto de encontro de turistas, especialistas, artesãos, vendedores e compradores de um dos produtos endógenos mais apreciados na região. O programa é variado e direcionado para todas as faixas etárias. No desporto, está prevista uma prova de BTT. O artesanato típico do concelho vai estar exposto nas barraquinhas. Aqui, os interessados podem provar os míscaros, o pão artesanal cozido no forno de lenha e beber vinho do Dão. As crianças têm à sua disposição pinturas faciais e modelagem de balões. Às 14h30, os ranchos folcló-
A Ruth Marlene é a grande atração musical ricos das freguesias de S. Miguel de Vila Boa e de Ferreira de Aves, os Grupos Rapotacho e Zaatam (Grupo de Recolha e Divulgação de Música Popular de Sátão) iniciam a animação da tarde, que terminará às 16h00, com chave de ouro, com a atuação da artista de renome nacional Ruth Marlene. Domingo é também o último dia da semana gastronómica. Alguns restau-
rantes do concelho optaram por confecionar especialidades gastronómicas em que míscaro é o produto de eleição. Na vila de Sátão, os restaurantes aderentes são: “Reis”, “Sabores da Quinta” e “Encontro dos Amigos”. E em Lamas, freguesia de Ferreira de Aves, os restaurantes “A Parreira” e “O Camponês”. Tiago Virgílio Pereira
Olho de Gato
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Jornalismo Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
A década do pântano adivinhada por Guterres quando se foi embora foi uma desgraça para o país e foi-o também para o jornalismo e os jornalistas. Proletarizados e precarizados, eles estão a perder a batalha com o mundo das agências de comunicação e de relações públicas, mundo que consegue plantar cada vez mais o seu produto nos media. Isso tem sido fatal. O público percebeu este gato por lebre, perdeu a confiança e fugiu, com a consequente queda de receitas, definhamento e desemprego. Ora, como se sabe, a natureza tem horror ao vazio e todo o vazio tende a ser preenchido com coisas novas. A vida é impossível sem esperança e a esperança cria oportunidades. Assim como o país está a precisar de partidos novos que refresquem a mesmice da terceira república, também o nosso panorama mediático está a precisar de projectos novos capazes de assumirem o papel de “cão-de-guarda”, capazes de contar o que os poderes não querem que se saiba, capazes de usar as fontes e não serem usados por elas. Eis dois exemplos recentes de jornalismo europeu que cortou com principal fonte de descrédito da comunicação social — a imbricação mafiosa entre os proprietários dos media e o poder político: (i) em 2008, o ex-director do “Le Monde”, Edwy Plenel, liderou a fundação do site “Mediapart”, que em três anos se converteu num modelo de independência e credibilidade, revelando casos de corrupção em França, casos que são censurados nos media convencionais. Quase sessenta mil pessoas pagam 90 euros por ano para terem acesso ao trabalho do “Mediapart” que, em 2011, já deu um lucro de meio milhão de euros; (ii) esta semana saiu para as bancas gregas o “Jornal dos Jornalistas”; cem jornalistas entraram com mil euros cada um para uma cooperativa e contam sobreviver se conseguirem vender entre 15 a 20 mil jornais por dia.
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Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 33
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EMPREGO
INSTITUCIONAIS
IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844 Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126
Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907 Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653 Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819
Canalizador. Lamego - Ref. 587869103
Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168
Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222
Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029
Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870
Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167 1ª Publicação
Canteiro. Lamego - Ref. 587823179
CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt
Padeiro, em Geral Ref. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul
Serralheiro Civil Ref. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades
Pedreiro Ref. 587866642 – tempo completo – Oliveira de Frades
Soldador de Arco Electrico Ref. 587872707 – tempo completo
– Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades
Soldador de Arco Electrico Ref. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades
CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
Marceneiro Ref. 587800256 - Carregal do Sal A tempo completo. Candidato com boa experiencia na área de carpintaria/marcenaria, nomeadamente operar com máquinas do ramo.
Carpinteiro de limpos Ref. 587883429 - Carregal do Sal A tempo completo. Preferencialmente candidato com alguma experiência/conhecimentos de para o assentamento em obra.
Outras costureiras Ref. 587839124 - Carregal do Sal A tempo completo. Empresa tem necessidade de um(a) prensador(a) de casacos (fabrico em série), com experiência a chefiar essa secção.
Empregado de balcão Ref. 587874179 - Mortágua A tempo completo. Pretende profissional de preferência com experiência.
Outros estucadores Ref. 587872760 - Carregal do Sal A tempo completo. Prática em aplicação de gesso cartonado em perfis metálicos, “pladur”.
Cozinheiro Ref. 587876555 - Mortágua A tempo completo. Pretende pessoa com experiência e motivação. Tratorista Ref. 587877491 - Mortágua
A tempo completo. A função consiste na utilização de trator para limpeza florestal e de vias públicas, com habilitação e experiência na condução de trator agrícola/florestal. Estucador Ref. 587883929 - Mortágua A tempo completo. Pretende profissional com experiência em aplicar gesso projetado. Engenheiro (silvicultor) Ref. 587886541 - Mortágua A tempo completo. Para elaboração de projetos na área florestal, implementação e acompanhamento. Bate-chapas de veículos
Ref. 587822404 - Tondela A tempo completo. Pretende-se candidato c/experiência na área. Trabalhador não Qualificado Indústria Ref. 587862125 - Tondela A tempo completo. Pretende-se candidato para trabalhos em serração de madeiras com ou sem experiência. Técnico em higiene Ref. 587874628 - Tondela A tempo completo. Pretende técnico(a) com certificação da aptidão profissional na área da segurança e higiene do trabalho como técnico/a de segurança e higiene do trabalho ou técnico/a superior.
(Jornal do Centro - N.º 556 de 09.11.2012)
1ª Publicação
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Esteticista Ref. 587870029 - Tempo Completo - Viseu Cabeleirira Ref. 587868125 – Tempo Completo - Viseu Cozinheiro
Ref. 587862301 - Tempo Completo - Viseu Estucador Ref. 587872917- Tempo Completo - Viseu Soldador a metal ou solda forte Ref. 587878046- Tempo Completo
– Viseu Carpinteiro de limpos Ref. 587873509 - Tempo Completo - Viseu Pasteleiro Ref. 587873118- Tempo Completo – Viseu
Pintor superfícies metalicas Ref. 587884692 - Tempo Completo - Mangualde Cortador Carnes Verdes Ref. 587885012- Tempo Completo - Nelas
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
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(Jornal do Centro - N.º 556 de 09.11.2012)
Jornal do Centro
34 CLASSIFICADOS
09 | novembro | 2012
NECROLOGIA Joaquim Pereira da Poça, 68 anos, solteiro. Natural e re- Agência Funerária Nisa, Lda. sidente em Carvalhosa, Ermida, Castro Daire. O funeral Nelas Tel. 232 949 009 realizou-se no dia 26 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Carvalhosa. Armando da Silva Tavares, 77 anos, casado. Natural e Joaquim Filipe da Costa Gaspar, 56 anos, viúvo. Natural residente em Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no e residente em Vala Abrigoso, Mezio, Castro Daire. O fu- dia 1 de novembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério neral realizou-se no dia 28 de outubro, pelas 15.00 horas, de Campia. para o cemitério de Mezio. José Dias Correia, 65 anos, casado. Natural e residente Maria Idalina da Silva Ferreira Duarte, 58 anos, casa- em Reigoso, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no da. Natural de Cujó, Castro Daire e residente em Amora, dia 2 de novembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério Seixal. O funeral realizou-se no dia 29 de outubro, pelas de Reigoso. 10.00 horas, para o cemitério de Cujó. Emília Rosa, 90 anos, viúva. Natural e residente em ReigoJosé Doloroso Duarte, 76 anos, casado. Natural e residen- so, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 2 de note em Gralheira, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 30 vembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Reigoso. de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Gralheira. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Maria Hália de Almeida Leitão, 97 anos, solteira. Natural de Tabuaço e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 4 de novembro, pelas 11.45 horas, para o cemitério Otília Correia Teixeira Milheiriço, 94 anos, viúva. Natural de Castro Daire. e residente Freixo, Serrazes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 1 de novembro, pelas 10.00 horas, para João da Costa, 81 anos, viúvo. Natural de Castro Daire e o cemitério de Serrazes. residente em Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 7 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemité- Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 rio de Reriz. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238
Maria de Fátima Freire Correia Araújo Pereira, 81 anos, viúva. Natural de Bonfim, Porto e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Orgens. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Maria Cecília dos Prazeres, 79 anos, viúva. Natural de Viseu e residente em Orgens. O funeral realizou-se no dia 2 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Orgens. Maria de Lurdes Almeida Miguel, 47 anos, casada. Natural de São Salvador e residente em Ranhados. O funeral realizou-se no dia 2 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Salvador. Maria do Nascimento Correia de Carvalho, 70 anos, viúva. Residente em Moure de Madalena, Campo. O funeral realizou-se no dia 5 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Farminhão. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Cidália Marina da Silva Ferreira, 27 anos, solteira. Natural de Abraveses e residente em Póvoa de Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.
Américo do Carmo Maurício, 58 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Argueira, Tarouca. O funeral re- Eduardo da Silva Ferreira, 81 anos, casado. Natural de Abravealizou-se no dia 30 de outubro, pelas 16.30 horas, para o ses e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de nocemitério de Esporões, Tarouca. vembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Viseu.
Madalena da Costa, 83 anos, viúva. Natural e residente em Cubos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Maria Noémia Lopes Pereira, 73 anos, casada. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 7 de António Marques Abrantes, 85 anos, casado. Natural e novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Esporesidente em Abrunhosa do Mato, Mangualde. O funeral rões, Tarouca. realizou-se no dia 8 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652
Mateus da Cunha, 86 anos, casado. Natural de São Pedro de France e residente em Carvalhal, São Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 8 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
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Maria Hermínia, 86 anos, viúva. Natural de Silgueiros e residente em Pedra Cavaleira, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 2 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Silgueiros. Ana Cristina Marques dos Santos Pereira, 41 anos, casada. Natural de Silgueiros e residente em Alemanha. O funeral realizou-se no dia 3 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Lageosa, Tondela. Armando Soares, 81 anos, viúvo. Natural e residente em Moreira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 9 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Moreira.
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