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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 16 a 22 de novembro 2012
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO
Ano 11 N.º 557
pág. 17 > SUPLEMENTO pág. 21 > ECONOMIA pág. 23 > DESPORTO
1,00 Euro
pág. 26 > CULTURA
SEMANÁRIO DA
pág. 28 > EM FOCO Publicidade
pág. 30 > SAÚDE
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REGIÃO DE VISEU
pág. 33 > CLASSIFICADOS
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A intermunicipalidade no distrito de Viseu
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∑ Carlos Marta, CIM Dão-Lafões
∑ António Borges, AM Vale Douro Sul
Paulo Neto
Nuno André Ferreira
| páginas 6 a 9
2
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
praçapública r
palavras
deles
Quero falar-lhe sobre a extinção de freguesias [...]. Há um pai e não é incógnito: é Miguel Relvas. O senhor ministro tem todo o direito de mistificar a sua vida, a sua realidade (legalmente), mas a nossa vida, a nossa realidade, a das autarquias e a dos portugueses não” Acácio Pinto Deputado (Intervenção durante a audição do ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, Miguel Relvas, 13 de novembro)
Opinião
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A dinâmica de desenvolvimento tem sido transversal a todos os municípios e é indiscutível que a nossa região cresceu, desenvolveu-se e fruto de um conjunto significativo de investimentos privados em vários setores empresariais, está a conseguir melhor que outros, responder à crise” Carlos Marta Presidente da CIM Dão Lafões, em entrevista ao Jornal do Centro
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António Borges
A ADDLAP dispõe de cerca de 14,6 milhões de euros, para aplicar no seu território. Em 2011, movimentou cerca de 400 mil euros, relativos a percentagens dos programas referidos e outras receitas resultantes das quotas dos associados”
Presidente da AM Vale Douro Sul, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da ADDLP, em declarações ao Jornal do Centro
existir tributação no território de origem onde o proveito ou o rendimento é gerado, independentemente dos agentes envolvidos”
Guilherme Almeida
Cogumelos no campo e na mesa Os cogumelos afirmam-se como um alimento saudável, de baixo teor calórico, ricos em proteínas, hidratos de carbono, sódio, fibras, com poucas gorduras e de fácil digestão, sendo uma alternativa em relação aos alimentos de origem animal. Há quem opine que, em geral, os cogumelos apresentam duas vezes mais proteínas do que os espargos ou couves; quatro vezes mais do que as laranjas e doze vezes mais do que as maçãs. Para além dos cogumelos silvestres, existem cerca de 25 espécies principais cultivadas comercialmente, das quais se destacam, por serem mundialmente consumidas: o Champignon de Paris (Agaricus), o Shiitake (Lentinula edodes) e várias espécies de Pleurotos (Pleurotus spp.). Sabe-se do seu consumo desde sempre, merecendo destaque na confecção de iguarias requintadas. Os egípcios pensavam serem um presente do Deus Osíris e os Faraós utilizavam-nos como presente especial. Eram o “manjar dos deuses” para os antigos romanos. O Imperador Júlio César idolatrava-os, especialmente a uma “amanita” que ficou indelevelmente com o seu nome – Amanita caesarea (cogumelo-dos-césares, amanita-real ou amanita-dos-césares) - e por isso consumidos apenas em ocasiões especiais. Na Grécia antiga, os guerreiros gregos acreditavam que os cogumelos os dotavam de força e coragem. Os chineses chamavam-lhe o “elixir da vida” (sabendo que poderia ser, também, o contrário). Nos rituais religiosos (e dolorosíssimos) os índios mexicanos utilizavam-nos como alucinógenos, psicotrópicos e analgésicos. Há fundados receios no que respeita ao consumo de cogumelos. São fungos e, como tal, capazes de se mutarem. O nosso famoso míscaro (noutras zonas míscaro refere-se a outra variedade) e que dá pelo nome científico de “tricoloma equestre” está classificado como espécie susceptível de mutação, tóxico e de provocar, consequentemente, a morte. Afirma-se, hoje, nalguns círculos, que o consumo excessivo de míscaros (várias refeições por semana) pode provocar graves
lesões no tecido muscular. Detectados casos mortais atribuídos ao consumo do Tricoloma Equestre, o seu comércio foi proibido em Espanha e França. Nós, por cá, temos encolhido os ombros e, como os gauleses do Astérix, esperamos que o céu não nos caia em cima. Mas fechar tascas de qualidade, isso já pode ser !!! Com algumas variedades são merecidos os maiores e mais avisados cuidados no que respeita á sua colha, selecção e, inclusive, à forma como se consomem. Embora não fazendo parte da panóplia conhecida pela maioria de nós, há casos curiosos pelas restrições que se impõem, quer na sua preparação, quer no seu acompanhamento. Dois exemplos disso são duas variedades, comuns entre nós, mas pouco usadas no consumo. Uma, muito semelhante ao nosso tão vulgar quanto amado tortulho (aliás frade, fradinho, gasalho, centieiro, púcara, cugordo, marifuso, rócula, roca, parasol) e que é conhecida por “coprinus comatus” é refinada no sabor e aroma. Mas, não se pode acompanhar com álcool. Torna-se num veneno que, embora possa não causar a morte, provoca graves distúrbios intestinais e uma intoxicação altamente debilitante. Aparece frequentemente em áreas fortemente ricas em matéria orgânica (estercos) e daí a origem do seu nome; “ coprus” do grego, que significa esterco.
A outra é constituída pelas “morchelas”. Requintadíssimas na gastronomia, só podem ser consumidas depois duma cocção de, pelo menos, 15 minutos. Consumidos crus provocam cólicas intestinais fortíssimas e concomitante desarranjo.
De entre as inúmeras variedades de cogumelos existentes, a maioria é comestível, saborosa e nutritiva, havendo-os venenosos (mortais ou não) outros com propriedades medicinais, curativas e até afrodisíacas. Recomenda-se: 1. Para evitar a sua extinção: - Não destruir as espécies que não se conhece; - colhê-los com um corte pela base e nunca por arrancamento; - deixar intactos os exemplares mais tocados pelo amadurecimento. 2. Na recolha: - Não usar saco de plástico e, sempre que possível um cesto em verga (arejado); - apanhar somente os exemplares de cores mais firmes, sem manchas ou estando moles; - Tentar, na cesta, colocar cada espécie em seu sítio; - Apanhar unicamente aqueles que temos a certeza absoluta sobre a sua espécie ou qualidade. 3. No consumo: - Saber ser importante não tomar como válido um certo número de crenças na avaliação dos exemplares. Assim, a história do escurecimento da colher de prata ou do alho ao cozinhar, ou mesmo de dar ao cão, aguardando o resultado, são de rechaçar liminarmente; - Comer só, e só, aqueles que conhecemos bem ou que nos forem recomendados/autorizados por quem, de facto, saiba “da poda”. Usados como veneno têm dado origem a lendas como a do homem que tendo ficado viúvo três vezes foi questionado sobre as mortes das mulheres ao que respondeu: -as duas primeiras morreram com cogumelos venenosos. -E a terceira? - Com uma paulada. Não queria comer os cogumelos! Pedro Calheiros
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
números
estrelas
75.000 É o nú mero de pesso as com diabetes que existem na região Centro e são acompanhadas pelas equipas de Cuidados de Saúde Primários.
António Borges Presidente da AMVDS
As terceiras conferências do Douro Sul apresentam-se com um elenco de luxo. Miguel Macedo, Augusto Mateus, António Barreto, Elisa Ferreira, Ilda Figueiredo, José Manuel Fernandes, Diogo Feio e os autarcas que integram a associação. A expetativa é grande.
A Infantuna, na comemoração dos 21 anos, apresenta-se com um espetáculo solidário em que cada participante faz uma doação à Cáritas Diocesana de Viseu.
Representa uma mais valia para o nosso distrito pelo escritor que era.
Para mim significa as leituras de outros tempos... Hoje em dia já não leio muito mas antigamente, Aquilino Ribeiro, fez parte dos escritores que apreciava bastante.
Maria de Fátima Correia
Manuel dos Santos
Assistente operacional de ação educativa
Comerciante
Apesar de não conhecer muito da sua obra penso que foi um escritor muito reconhecido e que valoriza o nosso distrito.
Não é dos escritores que mais admire mas é, sem dúvida, uma figura ilustre do distrito de Viseu.
Zilda Matos
Rafaela Oliveira
Assistente operacional de ação educativa
Estudante
Sofia Campos sophie.sophie@sapo.pt
Com votos de maior permanência no clube e melhores resultados, chega Filipe Moreira, numa sucessão de treinadores ao longo das últimas épocas.
O que significa para si Aquilino Ribeiro?
Importa-se de responder?
Opinião
Filipe Moreira Treinador do Académico de Viseu
José Costa Vice-presidente do IPV
Otimismo… … que eu já nem sei bem como se escreve havia de ser uma confiança no futuro ou uma disposição para entrever o lado bom das coisas. Era. Extinguiram-se os otimistas como o lince da Malcata. Até no governo, sempre chocadeira de tal estado, a má cara dos atores vai mostrando que o filme nem é comédia nem de aventuras. É uma tragédia na qual o herói é o povo que luta contra um fator desmesurado que conduz a um fatal destino, que também é fado, tão ao gosto da desgraça lusitana. Os nossos Ésquilos, Eurípides e Sófocles chamam-se hoje Borges,
Gaspares e Moedas e assemelhamse a uma mungidoira eletrónica ligada aos flácidos úberos nacionais e, por falta de seiva, direcionados também para as artérias, veias e capilares. Uma avidez sem nome e sem memória. O catastrófico é que estes dadores à força que hoje somos todos nós, pele e osso, carteira vazia e esperanças emigradas, começam a perceber que a colheita nem tem fim, nem solução visível. Sabemos hoje que pagámos as loucuras de bancos que aforraram os alforges dos amigalhaços; que esses bancos foram vendidos ao desbarato a especu-
ladores estrangeiros; que liquidamos as arquimilionárias dívidas das PPP’s; que somos o alimento vital para os desmandos de manadas de políticos que, à sombra de uma aparente incompetência – sempre é menos gravoso que outra coisa – têm o condão de sugar tudo onde tocam. Lembro-me da História e de o Marquês de Pombal ter ordenado a salga das terras dos Távoras, Alornas e Atouguias por suposto envolvimento no atentado a D. José, em 1758. Também estes que nos governam, depois de levarem tudo, deixam um rasto de sal para a infertilidade, para que não nos
possamos mais reerguer, espinhela partida, regressados à horizontalidade não da subserviência, mas sim da total paralisia. Esvaziados de tudo, cedemos à depressão, perdemos o riso e cainos da boca o sorriso. Se éramos um povo melancólico tornámonos um povo triste e, pior do que isso, um triste povo. À noite, quando à cama nos recolhemos, já nem a longínqua hipótese de um sonho bom nos acode. Sabemos que a noite é negra e se houver luz para além desse negrume é para alumiar o pesadelo. Trágico destino… tais açougueiros.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Opinião Distribuição
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
Epá, lipoaspira-me os ossos! 1. 4 mil milhões… De cada vez que este governo se propõe reduzir as “gorduras do Estado”, lá vem mais um saque à bolsa de todos nós. Nas parcerias público-privadas não mexe; o BPN foi o sugadoiro sem fundo que nós pensamos que sabemos mas do qual ignoramos a dimensão da verdade; as sinecuras criadas para gratificação dos seus diletos servidores são contínuas e inesgotáveis. Para o cidadão comum, tem lá uns “einesteinezinhos”, decerto pagos a peso de oiro, para cada dia apresentarem uma nova e original “gordura”. Até já os mortos são penalizados… até já os casais desempregados vão pagar novo imposto… Entretanto, a economia definha, o desemprego aumenta, as insolvências sucedemse, os jovens partem e a desgraça
desmesura-se. 2. O criminoso que jogou na Bolsa e perdeu 1,5 mil milhões de euros da Segurança Social já foi identificado, julgado e preso? É muito improvável. Se fosse um cidadão desempregado a apropriar-se indevidamente de 15 euros, já estaria atrás das grades. 3. Sábado 10 assisti a uma cena que me deixou perturbado. Uma senhora na casa dos 30 anos estacionou, sem hesitar, o seu automóvel num lugar para deficientes. Saiu do carro, elegante, ágil e saracoteada, do alto dos seus saltos pontiagudos, abriu a porta a uma criança de 8 ou 9 anos e lá marcharam para o café mais próximo. Logo de seguida, chegou um cidadão portador de deficiência motora, com o seu veículo especial. Viu o seu lugar ocu-
pado. Deu três voltas ao quarteirão. Lá acabou por encontrar um sítio a mais de 50 metros da porta da residência, à qual chegou com dificuldade, um ar abnegado no rosto, apesar da dificuldade com que percorreu aquela distância. Entretanto, a “madama” saiu do café, telemóvel na orelha, entrou no carro e arrancou com a naturalidade dos “habitués” da prevaricação. Deu uma boa lição de civismo e cidadania à jovem que a acompanhava, provavelmente sua filha. E revelou, ali, a falta de educação, dignidade, princípios, solidariedade e respeito que as roupas caras e o veículo ostensivo que conduzia não conseguiram disfarçar, antes ecoando o egoísmo do ato tão leviana e ligeiramente praticado. Neste caso, uma multa pesada, a doer, talvez
decidi mesmo assim chamar o cachorrinho preto de Obama, certa e esperançosa da vitória do outro. Esta certeza e esta esperança deviam-se a quê? A uma profunda vontade de que algo mudasse na nação mais poderosa do mundo, aquela que apesar disso apenas trabalha em função dos seus poderes e interesses capitalistas, encabeçados normalmente por companhias petrolí-
feras e de outros recursos naturais, que vão sugando países e povos. A Terra da Oportunidade é aquela que não reduz as suas emissões poluentes, não assinou o Protocolo de Quioto, marca presença em todas as cimeiras sem nunca tomar posições corajosas e decisivas, não tinha sistema social de saúde, empreende guerras, fornece armamento, e a meu ver tem também um grave
Obamas
Vasp
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Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com
Em Junho de 2008, a Branca, cadela matriarca da minha matilha, pariu um cachorro maioritariamente preto. Estando habituada a que as cores predominantes das ninhadas fossem o branco, bege ou castanho, aquilo soou-me a uma espécie de presságio, pois era o ano de lançamento da candidatura de Barack Obama à Casa Branca. As eleições só seriam em Novembro, mas eu
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Opinião
Gerência Pedro Santiago
Sílvia Vermelho Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Politóloga
Opinião Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt
União Portuguesa da Imprensa Regional
A alternativa à culpa “Não-há-alternativa” - os governantes gostam desta quase-palavra e as/os que defendem a manutenção das coisas também. Não porque achem que “está tudo bem”, mas porque é o que conhecem. Se outras coisas não conhecemos que não a corrupção, o compadrio, o clientelismo, a injustiça e o demérito, neste mundo sabemos viver. Não é difícil, pois sabemos o que nos espera – ou nos inserimos numa estrutura ten-
tacular definida, em simbiose com este polvo pérfido ou… esperai, já me esquecia - não há “ou” porque “não-háalternativa”. “Não-há-alternativa” é o primeiro de muitos eufemismos que encabeça o prontuário da austeridade e talvez seja o mais poderoso de todos eles, mesmo contando com a própria “austeridade”, uma suavização simpática de “morte”. Se não-há-alternativa, não temos cul-
pa de estar a contribuir, com uma reverência monástica, para a proliferação deste molusco insaciável. Não o fazemos directamente, longe disso. Deixamos isso para quem consegue dormir à noite com coisas que a nós nos deixam os cabelos em pé. Nós apenas fechamos os olhos, porque não-há-alternativa. Não há alternativa a uma partidocracia que todas/os reconhecemos como penosa, porque se não houver quem
Vai uma aposta? Miguel Sousa Tavares, na sua última crónica de opinião, no semanário Expresso, afirmava a rematar que (...) “por pior que seja a opinião sobre o Governo de Passos Coelho, não há, entre os portugueses, nenhuma pressa ou desejo intenso em vê-lo substituído por um de António José Seguro: acreditem que não há.” Acontece que se conhecesse a ideia que um outro Miguel, este mais concelhio e menos aconselhado, vincula na 5 de Outubro, junto dos apaniguados das outras duas famílias que com a dele, e para in-
fortúnio dos socialistas, constituem o PS Viseu, por certo que não se atrevia a dar forma a tais palavras. Não o posso assegurar, como calculam, mas atento à postura da oposição, cá do burgo, é altamente provável que nesta fase esteja melhor definida a lista dos futuros candidatos a deputados do que o nome a apresentar para candidato à cadeira de Fernando Ruas. A prova mais recente e evidente desta possibilidade deriva do facto de numa semana em que a oposição deveria ter colocado ao Executivo a
necessidade de clarificar as noticias vindas a público sobre situações de concursos públicos viciados ou de escolas com deficiências na alimentação a crianças nem uma linha ou um minuto perderam com tal exigência política, cívica e até moral. O vazio e inércia, que Lúcia Silva criou na concelhia, foram aproveitados pelo candidato a candidato Fernando Cálix, ao questionar, ainda que sem legitimidade politica mas como cidadão, essa mesma realidade. Num momento de lucidez, Cálix, encostou literalmente
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fosse a única forma de educar esta “ignorância”. 4. Os combustíveis vão subir de novo, brevemente. Não consigo entender como é possível este aumento constante quando as petrolíferas, a cada semestre que passa apresentam relatórios de contas com lucros crescentes de milhões; a entidade reguladora acha normal; o Estado, esse, assobia para o ar, de mãos nos bolsos. É que 50% do valor de cada litro que esportulamos revertem para os seus cofres rotos. 5. O automobilista português é uma das vítimas mais exploradas pelos impostos. Paga dos veículos mais caros da Europa – apesar dos salários serem dos mais baixos; paga um IUC – Imposto de Circulação que é uma aberração fiscal e todos os anos aumenta; paga portagens caríssimas nas ex-scut’s; paga um IVA elevadíssimo; depois é-lhe sacado ain-
da um IA – Imposto Automóvel – verdadeiramente absurdo e… por aí fora, sempre a rolar! É por isso que, ao contrário das previsões governamentais (esses génios de gabinete!), as receitas
fiscais estão a diminuir drasticamente, fruto de uma quebra de vendas no setor da ordem dos 50%. 6. Fui a uma farmácia comprar um medicamento vital para uma idosa
que vive comigo. Não havia. “Que estava esgotado” – respondeu a menina da bata branca com um ar simpático e constrangido. Porém, será outra a realidade: deixaram de ter medicamentos em stock para além dos mais triviais. “Volte amanhã, que vou já encomendar!” 7. Por motivos profissionais, jantei esta semana com dois cidadãos estrangeiros num dos mais frequentados restaurantes da cidade de Viseu. Daqueles que há meses estavam sempre cheios. Havia mais empregados que clientes. O aumento do IVA de 11 para 23% na restauração está a matar, também, lentamente, este setor económico. Despedem-se funcionários, fecham-se as portas, perdem-se referências turísticas preciosas… 8. E quando é que o Relvas vai estudar para a Sorbonne?
complexo de grandeza. A nação que mais gasta em investigação científica é aquela que em mais de 50% das suas escolas adoptou como teoria da evolução humana o Criacionismo e admite a Cientologia nas suas aulas (?) É definitivamente alarmante. Mas nesse ido ano de 2008 a esperança surgiu em tons escuros, gostei logo da figura, gostei do sorriso, da coragem, e porque não dizê-lo, até gosto dele porque é preto! Porque represen-
tava a tal da oportunidade, a oportunidade de vermos nesta nação algo diferente, algo que lembrasse Kennedy ou Luther King (prefiro o último). Obama ganhou, e não decepcionou, até teve direito a Prémio Nobel, mas para mim o mais relevante foi mesmo a sua luta pelo serviço social de saúde, a coragem e esforço que empreendeu contra uma das questões mais delicadas da política americana. Também trouxe soldados para
casa, e capturou o homem mais procurado de todos os tempos. Mas chegada a altura de se candidatar novamente, pasmei com as sondagens. Como poderiam os americanos pensar em andar de cavalo para burro? E pensaram, pensaram até ao último momento! Mais uma vez este povo me desiludiu, aquele que rivalizava com o perfeito ébano achava que os aviões deviam dar para abrir as janelas (!?!) só para lembrar uma das mui-
tas esplendorosas tiradas e opiniões do rival. Mas o mundo lá suspirou de alívio! O meu Obama, tímido, inseguro, mas muito meigo, passa indiferente a tudo isto, não sabe que carrega um nome que vai ficar para sempre na história. O Obama do resto do mundo, é destemido, seguro e quer ficar na história. Durante mais 4 anos a esperança tem a cor preta, e acreditamos num futuro mais “claro” e mais verde.
dê corpo ao polvo, que será de nós? Não há alternativa a um pacote de austeridade. Não há alternativa se não calarmo-nos porque o polvo expulsa-nos e isso é a morte. É certo que se o polvo nos expulsar, a cada um/a de nós individualmente, morremos. O polvo tem tudo – o acesso à água, à distribuição da comida e cuidados de saúde. Só por isso é que alinhamos, juramos à noite. Só por isso nos sujeitamos, nos vendemos, nos calamos, nos vendamos, nos apagamos. Só
por isso abdicamos da nossa coluna vertebral, e caímos, como vermes, aos pés deste molusco. E a culpa de todas as pessoas virem a conhecer a miséria ou a morte seria nossa. Eis o discurso da “não-alternativa”: ninguém quer ser cúmplice da queda de um país. O discurso da “não-alternativa” é um discurso de culpa. Discurso de culpa foi, também, o da Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet. Apesar de não passar de um
chorrilho de banalidades constantes do prontuário da austeridade, um coro de indignação surgiu em redor da “activista” – é mais fácil quando o polvo ganha rostos. Mas para o polvo ganhar rostos, temos nós que os identificar. O polvo terá sempre o rosto do nosso chefe quando este fizer uma promoção injusta, o rosto de Duarte Lima, o rosto da fulana que abriu um concurso público em Agosto para meter lá quem não devia, o rosto de José
Sócrates, o rosto do Presidente da Associação que desviou votos nas eleições, o rosto de Cavaco Silva e assim por diante. A única maneira de não juntar os nossos rostos a estes é mantermo-nos de pé. O polvo não é vertebrado, não convive com quem tem espinha e não verga. Se o fizermos, veremos que a simbiose não passa de um parasitismo, em que o polvo é o elo mais fraco. Esta é a alternativa à culpa e chama-se justiça.
a líder concelhia às cordas obrigando-a a definir-se quanto às suas escolhas, se é que as tem, sobre as próximas autárquicas. Isolada a nível distrital onde terá sido politicamente humilhada, ignorada a nível concelhio onde cada intervenção pública só serve para demonstrar a sua total inépcia política, Lúcia Silva já nem chega a ser a aplicação prática da Lei de Murphy pois há muito que ultrapassou o seu limiar de incompetência. Para lhe dar resposta, o que diz bem do seu valor como líder partidária, vem a terreiro o seu adversário político de igual dimensão e valor,
Guilherme Almeida. Fernando Ruas, conhecedor da postura amorfa da vereação da oposição que Lúcia Silva deveria coordenar, ao dar resposta pela voz de um fraco subalterno consegue menorizar e até nalguns casos ridicularizar a intervenção opositora. A actual líder que já no mandato anterior viu os seus vereadores desertarem um após o outro e em campanha se mostrou com disposição para cortar com esse passado, mas que no presente acolhe os mesmos conselheiros mais preocupados com a manutenção de certos status quo do que com o dever de servir os cidadãos
e viseenses, tem esquecido a necessidade de acompanhar, criticar e propor alternativas à gestão municipal. Uma oposição muito fraca, quase inexpressiva, inevitavelmente resulta em pouca fiscalização e acompanhamento sobre o que o Executivo faz ou deixa de fazer. Esquece-se ainda Lúcia Silva que o esvaziamento da oposição tende a unificar o discurso político, acabando com a necessária representatividade. Tal facto será mais gravoso para Viseu tendo em conta o que acontece no momento com o CDS Viseu. A democracia é o contraditório, já Lúcia Silva é
apenas contradição! Uma oposição fraca só contribui para sustentar e manter um fraco Executivo, este último mandato de Fernando Ruas faz prova disso. Como poderia ser o melhor de sempre se a líder da oposição simplesmente não existe politicamente? Só um milagre fará com que este mandato de Fernando Ruas seja de facto o melhor, mas quase apostaria que só a hecatombe que se avizinha nas próximas autárquicas mostrará aos militantes e aos viseenses o valor desta liderança de Lúcia Silva. O que diz o meu caro leitor, vale a aposta?
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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abertura Alvo: dinamizar o distrito Todos os concelhos do distrito de Viseu integram Associações e por conseguinte uma Comunidade Intermunicipal ou uma Associação de Municípios. De acordo com o mapa, Castro Daire é o único que não integra nenhuma das Associações esmiuçadas. Contudo, pertence à ADRIMAG - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro Arada e Gralheira. À imagem do que acontece com a ADICES, ADDLAP e ADD, os objetivos assen-
tam na melhoria das condições de vida da população, através de investimento em equipamentos básicos e sociais de apoio; promoção de ações de formação, informação e animação. O empreendedorismo e o turismo parecem ser as linhas mestras para o futuro destas Associações que, desta forma, pretendem “segurar” as populações nas áreas de abrangência e melhorar-lhes a qualidade de vida, aplicando da melhor forma os fundos comunitários.
textos ∑ Tiago Virgílio Pereira
CIMDL - Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões Para a CIM Dão Lafões, a modernização da Administração Pública só pode ser prosseguida através de fortes investimentos na perspetiva evolutiva pessoal e na formação profissional dos seus recursos humanos. É com base nesta premissa que a Comunidade Intermunicipal tem desenvolvido ao longo dos últimos anos um projeto formativo ambicioso dirigido aos profissionais das autarquias associadas. Desde finais de 2009, e com o apoio do POPH – Programa Operacional Potencial Humano, foi possível implementar, até ao início de 2011, um projeto de formação-ação, que envolveu mais de 200 profissionais das autarquias de Dão Lafões, ultrapassando as 3.600 horas. Posteriormente, e também com o financiamento do POPH, realizou-se um programa de formação de suporte à modernização administrativa e que envolveu mais de 1.200 formandos, durante uma centena de ações de formação. Por forma a aproveitar e a dar sequência a este trabalho pretende-se continuar, em 2013, a capacitar os recursos humanos dos municípios, em áreas temáticas que resultaram de um diagnóstico de necessidades efetuado e que garantem a modernização da administração em termos de qualidade, eficácia e eficiência, produtividade, responsabilidade, preparando a gestão pública para a Sociedade da Informação e do Conhecimento. Assim, o plano de formação para 2013/2014 prevê realizar ações nas seguintes áreas: gestão e avaliação de projetos; gestão de recursos humanos; gestão financeira, orçamental e POCAL; literacia Informática; mática; gestão do Território e Urbanismo. ura O projeto de formação a levar a efeito resulta de uma candidatura já aprovada pelo POPH no âmbito da tipologia de Intervenção 3.4 – “Qualificação dos Profissionais da Administração Pública Resende Central e Local” e abrangerá um universo de 3.400 formandos Cinfães e 76 cursos, repartidos por 273 ações de formação. a Carlos Marta, presidente do concelho de administração da ”, CIM Dão Lafões é um dos entrevistados na rúbrica “à conversa”, nesta edição do Jornal do Centro.
Tar
Castro Daire
ADICES - Associação de Desenvolvimento Local
Vila Nov
Constituída a 22 de Janeiro de 1991, a ADICES, entidade declarada de utilidade pública, tem como o principais objetivos o financiamento a iniciativas locais; a programação e operacionalização de projetos, ações e atividades de desenvolvimento local; a organização e promoção dos produtos locais; a formação; a promoção e divulgação dos recursos locais e do território; a animação e a dinamização o nacional de iniciativas locais e a constituição de parcerias e construção de projectos de cooperação S. Pedro do Sul e transnacional. DER I, A ADICES foi a entidade responsável pela gestão local das Iniciativas Comunitárias LEADER LEADER II, LEADER+, Programa AGRIS (Medida 7.1) e Programa Operacional do Centro (Eixo 2, Medida 1). No programa LEADER foram aprovados 356 projetos com investimento Oliveria de Frades aprovado na ordem dos 23 milhões de euros. No programa AGRIS, foram aprovados 18 projetos com um investimento de 741.600 euros e no POCENTRO, sete projetos e cerca de 900 mil euros de investimento. Os principais beneficiários dos fundos comunitários geridos pela ADICES são as Associações Culturais, Recreativas e Desportivas, sociedades filarmónicas, Associações Humanitárias de Bombeiros, cooperativas, San-Vouzela is e tas Casas da Misericórdia, Fundações, empresas privadas em diversos ramos de atividade, Câmaras Municipais las, Juntas de Freguesia. A Valorização do Património Cultural (moinhos, museus, património arqueológico, capelas, lavadouros, fontes), o investimento e modernização de unidades empresariais (pequena indústria, artesanato, serli viços, comércio, turismo, agricultura, pecuária, floresta), a viabilização de espaços de promoção e comercialização de produtos locais, a dinamização do movimento associativo local (renovação de espaços, equipamentos, instrumentos, fardamentos) e a qualificação dos Serviços de Proximidade (IPSS - valências de apoio ao idoso, à criança; educação) são algumas das tipologias de intervenção da ADICES que conta mais de 1.300 formandos certificados. Nesta área da formação a ADICES é certificada pela DGERT. Promove a qualificação das populações lo-Tondela cais: activos empregados, activos desempregados, jovens e públicos desfavorecidos, apostando na formação Modular Certificada, na Educação e Formação de Adultos e na Formação para a Inclusão.
Viseu
Carregal do Sal
ADD- Associação de Desenvolvimento do Dão A ADD é uma Associação de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, de Utilidade Pública, constituída a 7 de abril de 1994. A ADD surgiu de uma visão estratégica conjunta para o território, entre autarcas, técnicos e entidades privadas, visando a implementação de um plano de desenvolvimento local, de forma a colmatar um conjunto de estrangulamentos locais e ineren-go, tes à desertificação dos meios rurais; fraca dinamização socioeconómica, desemprego, êxodo dos mais jovens e com mais habilitações, diminuição da importância e abandono da actividade do sector agrário, descaracterização/desvalorização dos usos e costumes tradicionais. Para a melhoria da qualidade de vida e fixação da população, a ADD apoia-se em financiamentos comunitários e nacionais, iniciativas e investimentos de carácter produtivo, no âmbito da agricultura, indústria, comércio, serviços, turismo, preservação e gestão dos recursos naturais, bem como, de carácter não produtivo no âmbito do património natural, arquitectónico, arqueológico, cultural e da valorização dos recursos humanos.
Lameg
Mortágua S. Comba Dão
AM Vale Douro Sul
CIM Dão-Lafões
Nelas
go
Jornal do Centro
COMUNIDADES E ASSOCIAÇÕES INTERMUNICIPAIS | ABERTURA 7
16 | novembro | 2012
Opinião
AMVDS - Associação de Municípios do Vale do Douro Sul A AMVDS em colaboração com a Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro – Beira Douro, organiza pelo terceiro ano consecutivo as Conferências do Douro Sul, no próximo dia 23, a partir das 9h30, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego. Este ano a iniciativa incidirá sobre a estratégia de desenvolvimento para o Vale do Douro Sul que será apresentada por Augusto Mateus, debruçando-se sobre as potencialidades e os problemas que este território apresenta e indicando algumas linhas de orientação no âmbito da Agenda 2020. Para além dos dez auutarcas do Douro Sul, as conferências vão contar com a participação de António Barreto cuja intervenção incidirá sobre “Portugal e o Douro – Haverá lugar no futuro da História?” e com os deputados do Parlamento Europeu: Elisa Ferreira, Ilda Figueiredo e José Manuel Fernandes, que abordarão o tema “Os desafios da construção europeia – convergência ou crise?”. R ica rdo M a galhães, bem como Paulo Ferreira, sub-diretor do Jornal de Notícias, con também são presenças confirmadas na iniciativa que pretende debater soluções para o futuro fu da região do Douro e das suas populações, discutindo também o seu lugar na Europa, um tema intransponível na atualidade. A entrevista a António Borges, presidente do conS. João da Pesqueira celho diretivo da AMVDS, está na rúbrica “à conversa”, desta edição.
Armamar
Tabuaço
rouca Moimenta da Beira
Penedono
AD ADDLAP - Associação de Desenvolvimento do Dão, D Lafões e Alto Paiva
A ADDLAP tem como objeto a promoção e o desenvolvimento rural integrado, Sernancelhe va de Paiva din dinamizando e valorizando a intermunicipalidade num espírito de colaboração e cooperação regional e nacional com entidades públicas e priv vadas que prossigam a mesma finalidade de. A operacionalização desta estratégia Aguiar da Beira passa por três grandes vetores: as pessoas, os sectores estratégicos e (Distrito Guarda) as infraestruturas. Dinamizar ações tendentes à concretização de estudos que permitam uma análise da realidade e das potencialidades concelhias, promover iniSatão ciativas que fomentem o desenvolvimento local, dar apoio técnico ao desenvolvimento rural, colaborar e estimular as PME’s ligadas ao artesanato, p produtos locais e respetivos serviços de apoio, são alguns dos objetivos. A Até data, entraram 100 projetos nas diferentes medidas, dos quais 55 já foram Penalva do Castelo contratados, encontrando-se os restantes em fase de análise. No âmbito do plano de aquisição de competências e animação, foi realizado um c conjunto diversificado de ações de animação do território e promoção de produtos lo locais, turismo e cultura: os Jardins Efémeros e o Festival do Frango do Campo são Mangualde disso exemplo. Estão em desenvolvimento mais 11 módulos no âmbito da Formação Modular Certificada nas seguintes áreas de informática, produção animal e serviço de m mesa e bar. Para o futuro, a atividade da ADDLAP pretende consolidar o trabalho realizado nos último mos anos, no sentido de estimular e dinamizar ações que contribuam para implementar, na sua área de intervenção, um conjunto de programas nacionais e comunitários que promovam o desenvolvimento sustentado e a fixação de pessoas nas freguesias ruais. Além da comparticipação dos projetos/programas aprovados nas diversas candidaturas efetuadas a fundos comunitários, a ADDLAP conta com o apoio dos associados e dos parceiros, cuja função passa por apoiar a implementação de atividades e projetos desenvolvidos pela Associação. Neste período de programação, foram apoiadas 21 empresas, prevendo-se a criação de meia centena de postos de trabalho; 18 projetos no âmbito da recuperação e restauro de património rural e cultural, contribuindo para a manutenção da identidade e valorização turística da região; 15 entidades coletivas foram também apoiadas, 10 das quais no âmbito da solidariedade social, que permitiu a melhoria da oferta dos seus serviços requalificados às populações, sobretudo nas zonas rurais. Na prática, sendo a ADDLAP, um instrumento de promoção do desenvolvimento local, com capacidade de dinamização do território, dos agentes, dos costumes, das artes e das tradições, promove, também, a criação de parcerias e interatividades, procurando manter o mundo rural vivo, atrativo e com melhor qualidade de vida. A ADDLAP dispõe de cerca de 14,6 milhões de euros, para aplicar no seu território. Em 2011, movimentou cerca de 400 mil euros, relativos a percentagens dos programas referidos e outras receitas resultantes das quotas dos associados, tendo os municípios da sua área de intervenção, uma importância acrescida na sustentabilidade da Associação. É de salientar que os pagamentos do Subprograma 3 do PRODER – Abordagem LEADER, com um investimento total de mais de 14 milhões de euros são efetuados diretamente do IFAP para os promotores dos projetos aprovados
Comunidades Intermunicipais ou fusão de municípios? A organização territorial do Estado assenta apenas nos níveis central e local. Mas, é reconhecido que a administração a partir do governo necessita de órgãos deslocalizados (CCDR, Centros de Emprego, p.ex.) para o exercício das suas funções. Por outro lado, o poder local tem-se organizado em associações intermunicipais com objetivos diversos, mas sempre procurando compensar a pequena dimensão municipal para o exercício de algumas funções próprias. Ora, se há 30 ou 40 anos atrás ainda poderíamos aceitar que nem todas as parcelas do território nacional tinham meios para assumir funções próprias, hoje essa questão não se coloca e, por isso, é defensável que o nível local do poder possa exercer mais competências, mesmo para alem das que actualmente pertencem às autarquias locais existentes. No entanto, importa saber qual a dimensão adequada para que haja decisões eficazes (com os melhores resultados possíveis) e, simultaneamente, qual a dimensão adequada para gerir recursos da forma mais eficiente possível, isto é, com o mínimo de desperdício de recursos que são de todos os portugueses. Seja pela situação financeira, seja pelo percurso que as autarquias locais fizeram nestes anos ao dotarem as populações com infra-estruturas, equipamentos e serviços, a verdade é que começa a surgir algum consenso em torno da necessidade de o poder local ir mais alem do que tem sido o seu papel prioritário. De algum modo, propõe-se que haja uma mudança de paradigma do poder local no sentido de este se virar mais para a conceção e aplicação de politicas locais, autónomas e enquadradas pelos objectivos e as grandes linhas das politicas nacionais. No fundo, trata-se de reconhecer que não basta aplicar o mesmo modelo a realidades locais distintas. Porém, em muitos casos, a aplicação de politicas locais necessita de territórios relevantes mais alargados que os limites dos actuais municípios. Tome-se o exemplo do emprego. O governo define uma politica, com objectivos e meios, para o todo nacional, no entanto, a sua aplicação, para ser mais eficaz, não tem que ser feita de igual forma em territórios com causas, com agentes económicos e com meios diversos. Deve existir uma compreensão e uma decisão local sobre o modo de
Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt
aplicação dessa politica, devendo os decisores responder pelos resultados alcançados. Por outro lado, para ser eficiente, essa politica não pode ser definida ao nível de um município mas sim ao nível do conjunto de municípios que constituem a designada “bacia de emprego”, na medida em que o bom funcionamento do mercado de trabalho necessita que haja circulação das pessoas entre os locais de residência e os locais de trabalho que frequentemente não são no mesmo município. Mas o exemplo do mercado de trabalho pode estender-se a outros domínios, nomeadamente, no desenvolvimento económico, na educação e formação profissional ou mesmo na saúde. É igualmente defensável que as intervenções técnicas, por exemplo ao nível do ambiente, do ordenamento do território, etc. possam ser realizadas, não no quadro do município, mas de um conjunto de municípios vizinhos, com problemas comuns ou complementares, que se influenciam reciprocamente. Todas estas áreas de intervenção, e certamente outras mais, necessitam que o nível local seja alargado, em termos territoriais e demográficos. As Comunidades Intermunicipais (como as de Dão-Lafões ou do Douro Sul) podem ser uma solução, no entanto, para que funcionem como uma comunidade única e não como uma federação de interesses municipais, deverão ter um programa politico, deverão ser geridas por alguém que seja eleito e que possa responder perante os eleitores da comunidade. Não se trata apenas de uma associação para ganhar dimensão e, dessa forma, resolver melhor um problema (o bom exemplo da recolha de lixos domésticos), mas trata-se de valorizar o nível local de decisão e, assim, contribuir melhor para a satisfação das necessidades das populações de cada local e do País. Uma alternativa a este modelo poderá ser a fusão de municípios. Seja como for, podendo hoje o nível “local” dar um maior contributo ao desenvolvimento do Pais, pena será que tudo continue na mesma. A discussão dos assuntos é o melhor caminho a seguir.
8 entrevista ∑ Paulo Neto fotos ∑ Nuno André Ferreira Paulo Neto
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
à conversa
CIM DÃO LAFÕES
“A CIM Dão Lafões é um organismo intermédio de gestão do QREN para os 14 municípios e gere 77 milhões de euros de FEDER”
créscimo populacional só pode ser invertido com políticas nacionais de inTotal identificação dos centivo à natalidade. É um catorze municípios de desígnio nacional e que a Região Dão Lafões e um todos diz respeito. Da nossa parte estamos grande trabalho de diálogo, concertação e procura a fazer o nosso trabalho, de soluções para os pro- que passa por captação blemas com que todos (as) de investimento que perestamos confrontados.Em mita a criação de riqueza relação à AMVDS, não para fixar pessoas e atrair tem havido articulação talentos, e como exemplo a Rede Urbana de Comde políticas. petitividade e Inovação Em 2005 os residentes (RUCI) e a rede regional neste território eram 290 de empreendedorismo. Há identificação ou rutura com os 10 municípios integrantes da AMVDS?
mil. Em 2011 baixaram para 270 mil. Apesar de uma dinâmica demográfica positiva, por oposição à década de 90, prevê-se para 2020 um decréscimo populacional de 10%. Que medidas têm para contrapor à realidade destes números?
Infelizmente o problema demográfico não é exclusivamente da nossa região mas igualmente de todo o país. Os números são assustadores e é importante inverter rapidamente a situação para a sustentabilidade do País. Na nossa região sendo do dito “interior”, o problema é mais grave e do nosso ponto de vista este de-
O nosso trabalho, tem sido o procurar aproveitar todas as oportunidades do QREN, para criar valor acrescentado na nossa região. Investimentos municipais e supra municipais, para garantir coesão, solidariedade, qualidade de vida e desenvolvimento dos nossos territórios e ao mesmo tempo a aposta crescente na formação, nas novas tecnologias, em novas áreas de inovação (a
NUT III Dão Lafões. É composta por 14 autarquias, a saber: Viseu; Tondela; Santa Comba Dão; S. Pedro do Sul; Vouzela; Oliveira de frades; Castro Daire; Carregal do Sal; Nelas; Mangualde; Penalva do Castelo; Sátão; Aguiar da Beira e Vila Nova de Paiva. O presidente do seu Conselho Diretivo é Carlos Marta, presidente da câmara de Tondela, com quem o JC foi falar.
Superior, Agrupamentos de Escolas, Turismo Centro de Portugal, Associação Comercial de Viseu, Federação Vitivinícola do Dão, Centros de Formação, Centros de Emprego, Instituições Culturais e Associações de desenvolvimento local, Qual o papel das associa- entre muitos outros; com ções de desenvolvimento vantagens para todos os como a ADD, ADDLAP e intervenientes. Em suma, ADISCES? Não é mais do procuramos todos ser mesmo? protagonistas e agentes Um papel importante. do bom investimento e Têm sido fundamentais do desenvolvimento. no desenvolvimento dos Qual a participação na diferentes territórios em gestão de programas de áreas diversificadas, e de apoio ao desenvolvimento apoio a iniciativas de peregional, designadamente quenos e médios empresáâmbito QREN? rios. São instituições com A Comunidade Interimensa “massa crítica”, que devem ser reforçadas municipal da Região Dão Lafões é um organismo e valorizadas. intermédio de gestão do Com que entidades públicas QREN para os catorze de caráter supramunicipal municípios e no caso esinteragem? Tem havido pecífico gere 77 milhões benefícios bilaterais? de euros de FEDER, tendo É essencial a articula- já aprovado 103 projetos ção e parceria entre os de investimento que está vários agentes da região, a desenvolver e tem uma sejam eles privados ou das taxas de execução físipúblicos. O que temos ca e financeira mais signivindo a fa zer com su- ficativas de todo o país. cesso é trabalhar com a Com que recursos humanos AIRV, Escolas de Ensino
cresceu, desenvolveu-se e fruto de um conjunto significativo de investimentos privados em vários seO PIB de 1,7% é o mais re- tores empresariais, está duzido entre as 6 NUT III, a conseguir melhor que com um índice de poder de outros, responder à crise compra – exceção de Viseu difícil com que estamos – abaixo da média nacional. confrontados.
RUCI é um bom exemplo), no empreendedorismo e na eficiência energética;
Há perspetivas de inverter esta realidade? Como?
De facto essa é uma realidade que não podemos negar, fruto sobretudo da necessidade dos últimos anos, de se ter apostado muito em infraestruturas. Começou-se entretanto a Como têm vindo a desen- inverter tal situação e hoje volver uma estrutura social a nossa estratégia passa e económica sustentável por criar novas áreas de que, pelo menos, garanta a localização empresarial. manutenção da população residente?
A Comunidade Intermunicipal Dão-Lafões está integrada na
Nesta sub-Região DãoLafões, além de Viseu, têm vindo a afirmar-se Tondela e Mangualde. E os outros 11 concelhos, qual é a sua realidade, em termos de dinâmica evolutiva?
Julgamos que o desenvolvimento da Dão Lafões não se tem limitado aos três concelhos que referiu. No seu todo a dinâmica de desenvolvimento tem sido transversal a todos os municípios e é indiscutível que a nossa região
conta a CIM Dão-Lafões?
Temos 7 funcionários, o que para o volume de trabalho é claramente insuficiente, até comparativamente com outras Comunidades. Refiro que para além da gestão do QREN, a Comunidade candidatou-se, conseguiu aprovar e está a executar muitos outros projetos no território. Que projetos têm neste momento em mãos? Balanço geral…
Realçamos o Projeto de Modernização Administrativa para os catorze municípios no valor de 3,5 milhões de euros; a Rede Urbana de Competitividade e Inovação para seis municípios e projetos específicos da Comunidade (Marca Viseu – Dão Lafões). Governança e Liderança do Empreendedorismo na Região Dão Lafões; Gestão da Ecopista do Dão; Formação de quadros e funcionários municipais, e Eficiência Energética, ou seja, um conjunto muito alargado de iniciativas que nos colocam num patamar de referência nacional.
AM VALE DOURO SUL | À CONVERSA 9
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
rio tem em contributo para a economia do país, íamos encontrar muitas surpresas. O Dos dez concelhos que Douro é um território muiconstituem a Associação de to importante na produção Municípios do Vale Douro de energia, no turismo, no Sul (AMVDS) dois estão na vinho ou em muitas produCIM do Tâmega, casos de ções tradicionais diferenCinfães e Resende, e os ou- ciadas. tros estão na Comunidade Qual é o PIB da NUT III do do Douro. Não é uma quesDouro? tão fácil, sobretudo quando Estamos a falar das mése trata de falar de afinidades, de problemas comuns e dias mais baixas do país. da região do Douro que tem, Mas essa é sempre a forma de facto, um grande carácter, mais fácil de iludir o que é mas que não pode ser dividi- mais importante e ir acuda de forma simples. Quem mulando erros atrás de erestá em Viseu ou na Região ros na governação dos terCentro, mas apesar de tudo ritórios. O PIB per capita no no mesmo distrito, que acaba Douro é de cerca de 62,5% da para umas coisas e não aca- média nacional, na zona da bou para outras, e que volta CIM Tâmega é ainda mais à luz do dia com esta nova baixo (55%). No nosso caso reforma do mapa judiciário, quando comparado com Lisnão será fácil compreender boa estamos a falar de quase toda esta falta de coerência três vezes menos. Se acontena organização do território. cer uma transacção de uma Entre os municípios nunca quinta no Douro através da se sentiu dificuldades de re- alienação de partes de capilacionamento, de concertar tal das sociedades detentoe até de resolver o que outros ras desses imóveis não há deveriam enfrentar. Que há tributação por não consubsproblemas no modelo de or- tanciarem uma transmisganização de território isso é são onerosa de imóveis. Se a evidente, que continuamos sede da empresa estiver fora sem ideias nestes domínios da região o reflexo nas leitué verdade! Precisamos de ní- ras estatísticas sai prejudicaveis de abordagem mais sim- do. Deveria existir tributação ples e eficazes, com escala e no território de origem onde sem a atomização que conti- o proveito ou o rendimento é nua a dominar os processos gerado, independentemente dos agentes envolvidos. Em de decisão. Portugal andamos todos à Qual a população em 2001 do procura dos meios e fundos vosso território? E em 2011? europeus para as políticas de Qual a previsão para 2020? coesão, instrumentos essenHá uma dinâmica regressiva ciais da construção europeia. ou progressiva? Há muito pouco tempo ouviNa última década o con- mos Durão Barroso falar, no junto dos dez municípios quadro da crise, da imporque formam a AMVDS per- tância das políticas de coedeu 7,8% da sua população, são na Europa como alavanque se situa agora em cerca cas para o crescimento e o de 105 mil pessoas. Na déca- emprego. Lá fora estamos toda anterior a perda foi ain- dos de acordo relativamenda superior. Essa é uma ten- te à implementação de podência da região, de Portu- líticas desse tipo, cá dentro gal, mas também da velha parece que tudo se inclina Europa. Aqui ou em qual- sempre para os mesmos. O quer outra parte do país os Norte do distrito, onde está desafios são os mesmos. Só a AMVDS, continua à espehá políticas de inclusão se ti- ra de investimentos em árevermos na sustentabilidade as como as acessibilidades. económica e no emprego os Continua a ser uma debiliprimeiros objectivos e resol- dade séria. E mesmo a capivermos em definitivo a ques- tal do distrito continua a ver tão de equilibrar lógicas en- adiada a ligação a Coimbra. tre os territórios geradores Diabolizar o investimento e os receptores de riqueza e como parece moda agora é produto. Não se pense que o esquecer que os factores de Douro e o Norte do distrito competitividade dos territóé coisa menor ou não con- rios têm de existir para todos tribuem para a economia do em todos os domínios. país. Se contabilizarmos a Quais as estratégias de desenprodução per capita em vez volvimento económico, social do consumo, e se avaliarmos na origem o que cada territóe ambiental do território? Há identificação ou ruptura com os outros municípios integrantes da CIM do Douro?
“Não vale a pena continuar a dizer uma coisa quando se está na oposição e quando se governa ficar de mãos atadas”
A Associação de Municípios Vale do Douro Sul, está integrada na NUT III Norte / Douro. É composta por 10 autarquias, a saber: Armamar; Cinfães; Lamego; Moimenta da Beira; Penedono; Resende; S. João da Pesqueira; Sernancelhe; Tabuaço e Tarouca. O presidente do seu Conselho Diretivo é António Borges, presidente da câmara de Resende, com quem o JC foi falar. Nesta região do Douro, e com a especificidade e as marcas que lhe reconhecemos, há áreas incontornáveis e de grande tradição até exportadora. Desde logo o vinho! Mas a produção de energia, a valorização dos produtos tradicionais e diferenciadores, o turismo e um enorme potencial nas redes culturais, na paisagem como recurso, tantos outros motivos que precisam de escala e de constituírem modelos e explorações sustentáveis e rentáveis, sobretudo para quem cá vive, são aspectos incontornáveis. Não adianta continuar a falar de turismo no Douro, da sua via navegável, se temos fora do Porto pouco mais do que 2% do alojamento turístico nacional. Ou se trata de um objectivo mais amplo da própria economia do país, que acredita nesse contributo para o seu desenvolvimento, os Governos acreditam que esse é também um desígnio para as suas políticas de desenvolvimento ou não vamos lá. E não vale a pena continuar a dizer uma coisa quando se está na oposição e quando se governa ficar de mãos atadas!
do actual quadro comunitário, a esse nível, é muito decepcionante. As regras foram mudadas várias vezes e sob os mais diferentes pretextos, como aconteceu ultimamente. E admito que o caminho que nos vai levar a um novo quadro não augura nada de novo e de melhor. Em Portugal essa discussão e a preparação da Agenda 2020 ainda não começou, numa altura em que os regulamentos comunitários estão já praticamente desenhados e aprovados em Bruxelas. Na Associação de Municípios do Vale Douro Sul estamos a trabalhar nessa matéria. O Plano de Avaliação Estratégica dos dez municípios está já a dar passos com os estudos que entregámos ao Prof. Augusto Mateus. O primeiro “draft” será apresentado no próximo dia 23 de Novembro em Lamego, na terceira edição das nossas conferências. Qual a participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, designadamente no âmbito do QREN?
A contratualização acontece ao nível das comunidades intermunicipais. Numa entiComo se articulam os investi- dade como a AMVDS, tratamentosmunicipaisdenatureza se de não perder uma coomunicipal? peração de décadas entre os No QREN foram os céle- dez municípios do Norte. bres Planos Territoriais de Desenvolvimento que serCom que entidades públicas de carácter supramunicipal viram para definir à partida essa articulação. A avaliação interagem? Tem havido bene-
fícios bilaterais?
A Associação tem uma participação até do ponto de vista dos seus próprios recursos na CIM do Douro. Existem projectos e acções comuns também com outras associações do Douro Norte e do Douro Superior e iniciativas muitas partilhadas com as próprias agências de desenvolvimento regional, no caso a Beira Douro. Mas há iniciativas próprias em domínios complementares da actuação dos municípios fora da lógica de execução do quadro comunitário. Recordo-me, por exemplo, de termos lançado o projecto de infraestruturas da Banda Larga, um dossier que serviu para o Governo de então impulsionar a rede nos territórios de baixa densidade. Com que recursos humanos conta a AMVDS?
O núcleo principal vem do extinto GAT, que acabou por ser absorvido em áreas mais técnicas e administrativas. Mas a associação recorre a serviços externos. Como já referi está em curso o Plano Estratégico do Douro Sul, que foi entregue à equipa do Prof. Augusto Mateus e que tem como objectivo avaliar a região numa perspectiva da Agenda 2020 e das oportunidades que o próximo quadro comunitário possibilita. Que projectos tem neste momento em mãos?
Há vários! Alguns que têm
contexto no QREN, como os Planos de Emergência, o Sítio do Montemuro - com forte componente de preservação ambiental e valorização das comunidades locais - na área da Cartografia Digital, os Fóruns Intermunicipais Temáticos que representam trocas de experiências, e na participação continuada do chamado “Simplex Autárquico” em que estivemos no início a promover o envolvimento dos parceiros. E depois há algumas acções que são muito próprias e que refiro como de grande importância. É o caso do processo de desmaterialização integral e gestão documental que a AMVDS promove, sem encargos, nos municípios que a constituem. Qual o balanço geral?
Entidades como a AMVDS terão a prazo que ser clarificadas no seu domínio de actuação e até na sua razão e utilidade. A atomização do processo de decisão é algo que não se deseja. Mas também não podemos perder algumas décadas onde se construíram espaços de cooperação entre municípios e que são postos em causa com constantes alterações dos modelos de associativismo municipal. A partilha, seja a que nível for, e a lógica de rede são sempre conceitos importantes e úteis. Aí o balanço é positivo.
Jornal do Centro
10
16 | novembro | 2012
região Família de Castro Daire intoxicada por comer cogumelos
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Protestos ∑ Autarquia de Tondela admite avançar com providência cautelar
DR
Uma família de Castro Daire está internada no Serviço de Gasterenterologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) desde domingo depois de ter ingerido cogumelos. Diogo Gonçalves, de 21 anos, filho do casal Maria Helena Gonçalves de 50 anos, doméstica e João Manuel Rodrigues, de 44 anos, trabalhador da construção civil, “estão estáveis”, sendo o “prognóstico vital favorável”, segundo informações do gabinete de comunicação dos HUC, prestados ao Jornal do Centro no fecho da edição, quarta-feira. O casal e o filho, vivem no Bairro António Lacerda, na vila de Castro Daire. Esta família disse ter comido “gasalhos” na sexta-feira, no sábado os três elementos sentiramse indispostos e com dores de barriga. No domingo de manhã acabaram por ir ao Centro de Saúde de Castro Daire, onde receberam os primeiros cuidados médicos. Já medicados foram transportados para o Hospital de Viseu onde, depois de avaliada a situação, a equipa médica que acompanhou o caso, decidiu transferir os três utentes para os HUC. Carlos Loureiro, do ser v iço de a mbu lâ ncias da empresa Translider que os transportou ao Hospital de Viseu diz ter ficado “surpreendi-
Distrito de Viseu vai perder cerca de 90 freguesias
do” com a transferência para Coimbra, uma vez que “iam estáveis” “apenas transmitiam má disposição”. O Jornal do Centro não conseguiu apurar o tipo de cogumelos ingeridos que terá provocado a intoxicação. Mas tudo indica tratar-se de mais um caso de confusão de espécies. “Gasalhos não foram de certeza”, adianta José Manuel Costa, professor na Escola Superior Agrária de Viseu. Os gasalhos - Macrolepiota procera para os entendidos - também denominados de “tortulhos”, é dos cogumelos mais conhecidos mas, adianta José Manuel Costa, o problema é que “as pessoas popularmente dizem que conhecem, mas identificam espécies muito parecidas, venenosas e algumas mortais. O especialista alerta que há uma espécie venenosa em que os cogumelos “quando muito pequenos têm uma forma parecida” aos gasalhos mas não são comestíveis. EA
O distrito de Viseu vai perder cerca de 90 freguesias com a Reorganização Administrativa do Território. Das 372 autarquias que compõem os 24 concelhos, o número deverá baixar para pouco mais de 280 freguesias. Das 24 apenas nove Assembleias Municipais apresentaram propostas de reorganização à Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa (UTRAT) tendo a maioria sido aceites, só as de Oliveira de Frades e Sátão não estavam conformes e têm agora 20 dias para retificar. O documento desenhado pela UTRAT deu entrada na Assembleia da República no início do mês e prevê a extinção ou agregação de 1165 freguesias. A zona Centro perde 303. Apesar de o Governo se mostrar determinado em avançar com a reforma, a mesma está longe de ser pacífica. A maioria dos autarcas do distrito está contra, mesmo os que aceitaram apresentar propostas de reorganização. Em Tondela, o executivo da Câmara (PSD) aprovou por unanimidade na terça-feira uma proposta de “total discordância” com a reforma. Ao lado das juntas de freguesia, a autarquia decidiu não apresentar qualquer proposta de reorganização e admite agora avançar com uma providência cautelar para impedir a aplicação da reforma. “O que está em causa não é esta proposta [definida para Tondela], mas os pressupostos da Lei”, adianta o presidente da Câmara, Carlos Marta. A Câmara Municipal de Tarouca (PS) hasteou bandeira negra em sinal de luto e protesto contra a proposta da UTRAT que corta três das 10 freguesias que compõem o concelho. O presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo (PS) criticou esta semana num artigo de opinião o trabalho da UTRAT ao considerar que “teve objetivos políticos e partidários”. João A z evedo a ler t a a i nd a pa ra a s consequências: “Com esta proposta teremos no distrito de Viseu muitas freguesias com uma população superior a muitos concelhos, o que levará, inevitavelmente, no futuro próximo, à extinção desses mesmos concelhos”.
DISTRITO DE VISEU Pareceres da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) Concelhos
Nº atual de freguesias Reorganização
Armamar (AM fez proposta)
19 (5 com menos de 150 H)
14
Carregal do Sal
7
5
22 (2 com menos de 150 H)
16
17 (2 com menos de 150 H)
14 18
(AM propôs não agregação) Castro Daire (AM propôs não agregação) Cinfães (AM fez proposta) Lamego (AM fez proposta)
24
Mangualde (AM não se pronunciou)
18 (2 com menos de 150H)
12
Moimenta da Beira (AM fez proposta)
20 (5 com menos de 150H)
16
Mortágua (AM propôs não agregação)
10 (1 com menos de 150H)
7
Nelas (AM propôs não agregação)
9
7
Oliveira de Frades
12 (*)
?
Penalva do Castelo (AM fez proposta)
13 (1 com menos de 150H)
10
Penedono (AM não fez proposta)
9 (2 com menos de 150H)
7
Resende (AM não fez proposta)
15 (2 com menos de 150H)
11
Sta Comba Dão (AM propôs não agregação)
9
6
S. João da Pesqueira (AM fez proposta)
14 (1 com menos de 150H)
11
São Pedro do Sul (AM propôs não agregação)
19 (2 com menos de 150H)
16
Sátão
12 (*)
?
Sernancelhe (AM não fez proposta)
17 (3 com menos de 150H)
13
Tabuaço (AM propôs não agregação)
17 (5 com menos de 150H)
13
Tarouca (AM não fez proposta)
10
7 19
Tondela (AM propôs não agregação)
26 (1 com menos de 150H)
Vila N. de Paiva (AM não fez proposta)
7
5
Viseu (AM fez proposta)
34
25
Vouzela (AM propôs não agregação)
12
9
Totais
372
264
(*) A UTRAT espera nova pronúncia da Assembleia Municipal (AM) uma vez
Emília Amaral que a proposta feita não estava conforme. A AM tem 20 dias para o fazer.
Jornal do Centro
12 REGIÃO | VISEU | CANAS DE SENHORIM | LAMEGO | ARMAMAR
16 | novembro | 2012
MATERIAL RECUPERADO
Viseu. A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Viseu recuperou diverso material que havia sido roubado do interior de dois veículos, que se encontravam estacionados em artérias desta cidade. A operação aconteceu no âmbito de uma investigação criminal por furto no interior de veículos, e ocorreu nos dias 8 e 9 de novembro. O material recuperado, avaliado em cerca de 600 euros, foi entregue aos proprietários. O presumível autor dos factos tem 28 anos, e é natural de Viseu. Já estava referenciado pela PSP, por crimes semelhantes. Foi constituído arguido nos dois processos-crime.
DETIDO
Viseu. No passado dia 10, a PSP deteve um indivíduo, de 17 anos, após ter agredido um árbitro de futebol, num recinto desportivo da cidade de Viseu. O jogo opôs as equipas do Viseu e Benfica e do Grupo Desportivo de Canas de Senhorim. O resultado final fixouse em 2-3.
MORTO
Canas de Senhorim. Um homem de 53 anos foi encontrado morto, na segundafeira, numa zona de mato, junto à Estrada Nacional (EN) 234, entre Nelas a Canas de Senhorim. A vítima não apresentava sinais de Publicidade
agressão e os indícios não apontam para que se trate de crime, apesar da GNR de Canas de Senhorim ter chamado a PJ ao local. O alerta foi dado às 11h00. O lugar da Ponte Seca, onde foi encontrado Jorge Loureiro, é frequentado por prostitutas. O homem estava deitado de barriga para cima e com as calças baixadas até aos joelhos, junto ao seu veículo. Ao que se apurou, terá tido um ataque cardíaco durante o ato sexual. A prostituta terá ficado “assustada” e, de imediato, abandonou o local, pelo que poderá incorrer no crime de omissão de auxílio. No local estiveram a GNR de Nelas e Canas de Senhorim, o Núcleo de Investigação Criminal e a PJ, que está agora a investigar o caso.
MATERIAL RECUPERADO
Viseu. No dia 9, a PSP de Viseu, no âmbito de uma investigação criminal, por furtos em anexos a residências, procedeu à recuperação de duas máquinas “roçadeiras”, que haviam sido roubadas de um barracão de uma quinta situada em Viseu. O material recuperado, avaliado em cerda de 250 euros, vai ser entregue aos seus proprietários. O presumível autor dos factos, tem 35 anos de idade e é natural de Viseu. Foi constituído arguido no processo em investigação.
Emília Amaral
UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ARMAMAR ABRIU NA SEGUNDA-FEIRA
ACerca de 30 pares de sapatos femininos deram visibilidade a situações reais de mulheres
Movimento Democrático de Mulheres promove ação de protesto em Viseu Local∑ A iniciativa decorreu em plena Rua Formosa O núcleo de Viseu do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) saiu à rua, no dia 8 de novembro, para “denunciar a crescente desigualdade” que diz estar a “instalar-se a passos largos na sociedade portuguesa”. A ação descentralizada fez parte de uma grande manifestação nacional do MDM. Em plena Rua Formosa podiam ler-se depoimentos de mulheres do distrito de Viseu que estão a viver problemas sociais “dramáticos”, escritos em folhas A4. “Antónia, 79 anos, Mortágua (nome fictício), reformada foilhe cortado o transpor-
te de ambulância para se deslocar aos tratamentos em Coimbra”, “Olinda (nome fictício), 48 anos, desempregada, dois filhos com deficiência, vivem em condições de miséria, é-lhes cortado o rendimento mínimo”, “16 trabalhadoras da Fulgurauto sem salário desde abril de 2012!”, são três exemplos das dezenas de depoimentos de mulheres expostos na via. Um ramo de carvalho foi transformado em “orçamento da desigualdade”, exibindo o conjunto de medidas presentes no Orçamento do Estado para 2013. A ação de “repúdio”
convidava a mulheres que atravessavam a rua a associar-se ao protesto, completando uma carta do MDM dirigida ao presidente da República e primeiro-ministro. “O agravamento da situação social de toda a população e, ainda de forma mais aguda, das mulheres leva o MDM a apelar às mulheres a fazerem ouvir o seu protesto. A hora é de lutar por políticas para pôr o país a progredir, para pôr os trabalhadores, homens e mulheres a viver com dignidade”, lia-se num documento. Emília Amaral
A Un iversidade Sénior de A rma ma r (USA) abriu of icialmente esta segunda-feira, dia 12 de novembro. A cerimónia que decorreu nas instalações da antiga escola do 1.º ciclo, onde vão funcionar as aulas, assinalou o arranque do primeiro ano letivo da instituição. A USA é um projeto que resulta de um protocolo de colaboração entre a Associação Cultural, Assistencial e Recreativa dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Armamar (ATAR) e a autarquia local. No referido protocolo pode ler-se que na USA “serão desenvolvidas ações de formação pessoal e profissional para toda a comunidade em espaços de encontro que se tornem incentivos e estímulos a um são espírito de convivência e de solidariedade humana e social para a preservação da história, cultura, tradições e valores”. EA
UNIVERSIDADE SÉNIOR DE LAMEGO TEM NOVA SEDE A Un iversidade Sénior Jerónimo Cardoso de Lamego está a funcionar numa nova sede cedida pela Câmara Municipal. O novo espaço situa-se o piso super ior do Mercado Municipal, onde já funcionou a Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego. EA
Jornal do Centro
REGIÃO 13
16 | novembro | 2012
Distrito regista uma das maiores greves de sempre
Opinião
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Só falta concretizá-las Este foi o modo como findei na semana passada a ideia expressa neste espaço relativamente à disputa de interesses existentes entre a produção e a distribuição. Nestes momentos, não importa esgrimir mais argumentos a favor de cada uma das partes, cada uma saberá certamente defender de forma acérrima os seus argumentos. Importa é relembrar as pontes, isto é, as vias de comunicação a estabelecer para o entendimento das partes e essa epopeia foi também já impulsionada pelo governo. Provavelmente, restanos apenas acrescentar exemplos idênticos aos que foram narrados na semana anterior. Relembremos o caso da rede de supermercados Alisuper, em processo de insolvência, com forte implantação no sul de Portugal, designadamente na região do Algarve, que foi adquirida por 26 milhões de euros pelo grupo Nogueira, que congrega as Frutas Douro Sul, com um valor de facturação de 7 milhões de euros/ano e dos Fumados Douro com 15 milhões de euros/ano. Trata-se de um grupo empresarial agro-alimentar, com sede em Armamar, dedicado ao abate de suínos, ovinos e caprinos e à produção de enchidos regionais, com base na carne suína, estendendo ainda a sua área de negócios à fruticultura e horticultura. A conclusão a exalar deste negócio redonda no assegurar do abastecimento da rede de supermercados com produtos provenientes dos próprios. Hipoteticamente, resolve-se um possível problema e fomenta-se a actividade. Idêntico exemplo de-
corre com as captações de engarrafamento de águas lisas na posse das grandes cadeias de produção e distribuição de cervejas. Estas empresas procuram também nesta fase incentivar a produção cerealífera em Portugal, equacionando a sua provável produção. No caso do lúpulo, a planta responsável pelo aroma das cervejas, talvez uma das melhores fragrâncias mundiais, a produção encontra-se circunscrita a Trás-os-Montes e Alto Douro, e neste caso as parcerias parecem bem estipuladas. Poderíamos ainda acrescentar a estes exemplos as empresas de distribuição de bebidas, propriedade de muitos produtores e vários são os exemplos. Neste contexto destacamos o Grupo Nabeiro dos cafés Delta, com um investimento de 6 milhões de euros na construção da Adega Mayor. Igual postura foi também adoptada pelo Grupo Ribeiralves com o negócio na área do bacalhau que investiu 5 milhões de euros na construção da Adega Mãe. Estes projectos apresentam um denominador comum, um investimento agrícola com impacto arquitectónico numa visão global do enoturismo. Dos possíveis modelos citados, parece notório que alguns já entenderam e perceberam que o ganho decorre do domínio de todas as etapas do processo, desde a produção até à distribuição. Acredito genuinamente que em todas estas situações foram desenhadas e concebidas escrupulosas análises financeiras com um correcto delineamento do plano de negócios. Pelos vistos já há quem os concretizou.
A União dos Sindicatos de Viseu (USV) fez um balanço “muito positivo” da adesão à greve geral (no dia 14) no distrito, nomeadamente no setor da educação. “Comparativamente à última greve geral, a adesão cresceu muito significativamente nalguns setores, como, por exemplo, na educação”, disse à agência Lusa Francisco Almeida, Publicidade
da USV. Segundo Francisco Almeida, que é também dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, está encerrado o Centro Escolar de Mortágua e as escolas do primeiro ciclo de Couto de Cima, Tondelinha, Paradinha, Portela e Vil de Soito, todas no concelho de Viseu. Fora da capital de distrito, estão encerradas as escolas do
primeiro ciclo de S. João do Monte e de Paredes de Guardão, no concelho de Tondela. Francisco Almeida destacou também a “grande adesão” registada por parte de trabalhadores Câmara e dos tribunais da cidade de Viseu. Segundo a USV, os serviços de recolha de lixo e de varredura mecânica da Câmara de Viseu regista-
ram uma adesão à greve de cem por cento, o mesmo tendo acontecido no Tribunal Administrativo e no Tribunal de Trabalho de Viseu. A greve geral, convocada pela CGTP-IN, visou o protesto contra o agravamento das políticas de austeridade e a defesa de políticas alternativas que favoreçam o crescimento económico.
Jornal do Centro
14 REGIÃO | SERNANCELHE | VOUZELA | TONDELA
16 | novembro | 2012
EXPO-PROTEC em Sernancelhe Decorreu nos dias 8, 9, 10 e 11 deste mês, no pavilhão multiusos de Sernancelhe uma exposição subordinada à área da Segurança. Com dezenas de expositores e muito público curioso desta temática, foram ainda proporcionados vários colóquios sobre prevenção rodoviária; incêndios urbanos e industriais; exercícios de cinotecnia pela GNR; workshops sobre emergência médica; etc. Falámos com Luís Fonseca, comandante dos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe, entidade organizadora do evento que nos referiu serem os objetivos “juntar os vários elementos da proteção civil, bem como empresas da área da segurança e socorro nos mais diversos
âmbitos: neve, acidentes rodoviários, socorros a náufragos, etc., para sensibilizar a opinião pública e o utente para a sua segurança e segurança pública”, mais acrescentou “estarem também formativamente virados para as Escolas, na área de suporte básico de vida, com visita de mais de 500 alunos dos diferentes níveis de Ensino.” Paulo Neto
Paulo Neto
Segurança ∑ Exposição e colóquios
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(17) novembro : concerto
Filipe Melo trio
Expo-Ibérica de Aves em Tondela
Filipe Melo, André Carvalho (contrabaixo) e João Rijo (bateria)
A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
APOIO
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA Rua Dr. Ricardo Mota, s/n 3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt
Decorreu entre os dias 9 e 11, a terceira edição da Expo-Ibérica de Aves, em Tondela. O evento organizado pelo Clube Ornitológico de Tondela e pela Câmara Municipal de Tondela teve, tal como nas edições anteriores, duas vertentes, por um lado um concurso de aves e, por outro, uma exposição e mostra de aves, peixes, répteis e animais de quinta. A ação, que teve lugar no pavilhão do Estádio João Cardoso, foi “extremamente positiva e provou mais uma vez que há muitas pessoas a interessarem-se pelo tema”, adiantou José António de Jesus, vereador do município de Tondela.
Para além dos vários visitantes que passaram pela terceira edição da exposição, o vereador destaca a presença das escolas, que ao longo dos dois primeiros dias tiveram em contacto com os animais em exposição, de forma a “promover o conhecimento e alertando para a consciencialização da conservação da natureza”, acrescentou o vereador. A organização afirmou ainda que este ano se sentiu uma redução de visitantes espanhóis, “devido à situação económica que o país vizinho também atravessa”, no entanto, “não foi posta em causa a qualidade do evento e dos expositores que estiveram presentes”.
VOUZELA INVESTE MEIO MILHÃO NOS RIOS E FLORESTA A Câmara de Vouzela vai investir meio milhão de euros na requalif icação e valorização dos rios e na proteção da floresta contra incêndios. Os trabalhos encontram-se a decorrer desde janeiro de 2011 e até ao presente foram investidos na requalificação de rios e ribeiras cerca de 78 mil euros, tendo sido intervencionados 80 hectares nas freg uesias de A lcofra , Campia, Cambra, Paços de Vilharigues, Figueiredo das Donas, S. Miguel do Mato e Vouzela. Em curso estão igualmente outras candidaturas e projetos de apoio à floresta. “Estas candidaturas permitiram à autarquia investir em sectores que consideramos fundamentais, como é o caso da floresta e dos rios. Estas requalificações, feitas em todas as freguesias do concelho, inserem-se na estratég i a mu n icipa l de desenvolvimento rural e de combate aos fogos florestais, e potenciam aqueles que são os nossos recursos naturais mais importantes”, sublinha Rui Ladeira, vereador do Desenvolvimento Rural. Os trabalhos deverão estar concluídos em 2014. EA
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Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
economia SOVECO, do Grupo GOCIAL, com três novas marcas Stand 2 ∑ Em Pascoal, Viseu, com Hyundai, Nissan e Kia
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Neste momento de grande retração do mercado automóvel nacional, adicionar três novas marcas é um risco ou um desafio?
Um desafio, porque são marcas prestigiadas e neste momento, de acordo com o estado do mercado há que juntar mais marcas, com a mesma estrutura, para rentabilização empresarial. Hoje, com oito marcas, não se faz o volume de vendas semelhante ao que o mercado proporcionava há 2/3 anos.
Equantoarecursoshumanos?
Criámos mais oito postos de trabalho a juntar a um universo de vinte e oito colaboradores. Quais as expetativas para estas marcas, no seio do Grupo Soveco?
São marcas que estão em crescimento. A Hyundai já estava implementada no distrito desde 1990. Aproveitámos alguma estrutura de recursos humanos desde essa altura. O que é uma mais-valia. A Nissan já possui um historial di-
Paulo Neto
A Soveco Viseu, para além da sua unidade no Parque Industrial de Coimbrões, abriu no passado dia 10 o Stand 2, em Pascoal para acolher as três novas marcas com cujas concessões ficaram: a Hyundai, a Nissan e a Kia. Alargam deste modo o leque de marcas disponíveis, pois já eram detentores da Alfa Romeo, Lancia, Fiat, Iveco e Jeep. Num momento grave de crise no setor, falámos com o diretor da Unidade, Henrique Rodrigues.
ferente porque tem uma implementação em Viseu com meio século de existência e desde os tempos da Datsun. A Kia, por sua vez, é mais nova e com um futuro previsivelmente brilhante, desde que foi comprada pelo grupo Hyundai.
Expetativas?
O nosso Grupo Gocial é dos maiores do mercado automóvel português. Está muito bem implementado, com uma forte estrutura e igual solidez. Estamos muito motivados para apostar
com toda a energia no mercado de Viseu e região. De salientar que a tarde foi de festa, com muito público, variedades, bufet e exposição dos novos modelos e novas motorizações da Kia, Nissan e Hyundai. De 16 a 19 decorrerá uma feira de usados nas instalações da Soveco Viseu, em Coimbrões. Paulo neto
Jornal do Centro
16 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
16 | novembro | 2012
LANÇAMENTO DO NOVO FORD B-MAX
Clareza no Pensamento
A Garagem Lopes, em Viseu, apresenta amanhã e domingo o novo Ford B-Max, o primeiro OpenCar da história. Este veículo, sem barra central, possibilita um acesso facilitado ao seu interior. Amanhã, comemorase também o dia cliente FORD, com a oferta de check up da viatura. A partir das 15h30 a Garagem Lopes oferece um magusto onde castanhas e jeropiga não vão faltar.
Crise, PEC… e vontades
CONFERÊNCIA “ÁREAS URBANAS” NO IPV Decorre no próximo dia 26, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, a conferência “Áreas Urbanas: Propostas para 2014-2020”. Uma organização conjunta do Instituto Politécnico de Viseu e do IT – Instituto do Território, Rede Portuguesa para o Desenvolvimento e que conta com o apoio do Programa Operacional de Assistência Técnica e do Quadro de Referência Estratégica Nacional. O objetivo da conferência “é informar as entidades participantes sobre o decurso das negociações do próximo quadro comunitário de apoio por parte do governo e apresentar as atuais tendências empreendedoras nas áreas urbanas”, explica a organização em comunicado.
“A ARQUITETURA (AR) RISCA-SE!” Enquadrada na Semana de Ciência e Tecnologia, que decorre entre os dias 19 e 25, o curso de Arquitetura da Universidade Católica Portuguesa em Viseu, participa com a atividade “A Arquitetura (Ar)risca-se!”. Esta ação é direcionada para alunos do ensino básico e secundário e consiste em workshops de construção de maquetes e desenho de espaços. Inscrições através do email: info@crb.ucp.pt
(http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Mangualde fomenta relações com a Bulgária Foi assinado, no passado dia 5 de novembro, no Salão Nobre, em Mangualde, um protocolo entre a câmara municipal local e o município de Tundzha, Yambol na Bélgica. O protocolo, com a duração de três anos renováveis automaticamente, visa fomentar o desenvolvimento das relações económico-comerciais, o investimento
cultural e de cooperação mútua em áreas de interesse comum. Deve ainda criar condições para atrair investimentos nas regiões dos dois países, para o desenvolvimento de relações económicas entre empresas, instituições e outros. A visita da comitiva, que decorreu entre os dias 3 e 6, composta pelo presidente do município de Tun-
dzha, Georgiev, a sua esposa, Vanya Georgieva e os vice-presidentes, Stancho Stavrev e Pencho Penev, passou por várias empresas do concelho, pela loja Social “Mangualde Social Mais”, Centro Escolar de Mangualde, Unidade de Cuidados Continuados e o Complexo Paroquial. Micaela Costa
Pai Natal no Forum Viseu Está tudo pronto para a chegada do Pai Natal, amanhã, pelas 17h00, no Forum Viseu. Em vários pontos do centro comercial os mais pequenos vão encontrar várias surpresas preparadas especialmente para eles, a partir das 15h00. Mas, este ano, o Pai Natal não vem sozinho e traz Mário Daniel, mágico conceituado no
panorama nacional e que atualmente apresenta o programa “Minutos Mágicos” na SIC. Já devidamente instalado no seu trono, o Pai Natal, recebe todas as crianças que queiram tirar fotografias ou simplesmente deixar o seu pedido de Natal. Como já vem sendo hábito os mais pequenos são presenteados com a 6º edição do Li-
vro do Gui: “A brincar, a brincar, a sua profissão irá encontrar!” Para 15 escolas do distrito de Viseu o Natal chegou mais cedo e desde quarta-feira, 15, até hoje, o Forum levou às escolas um espetáculo único e divertido de fantoches conduzido por animadores “peritos em arrancar” deliciosas gargalhadas aos mais pequenos.
Decathlon comemora primeiro aniversário A Decathlon Viseu comemora o primeiro aniversário. Para festejar a data proporciona a todos os que visitem a loja, entre hoje e domingo, várias atividades e demonstrações desportivas. Body Vive e Fitness Zumba são algumas das propostas que a Decatlon disponibiliza de forma gratuita. Jonathan Augusto, diretor da loja de Viseu, afirma que ao longo deste primeiro ano se “fidelizaram
novos clientes e trouxe à cidade uma insígnia muito especial“, um espaço de 2000m2, com 166 lugares de estacionamento, onde se podem encontrar 65 desportos, serviços como oficina, estampagem, encordoamento, colaboradores apaixonados pelo desporto, 100% orientados para o cliente, em que a tenacidade, preço e inovação se juntam, “marca a diferença”. Nestes dias de ce -
lebração a Decat h lon disponibiliza a inda “produtos a preços verdadeiramente loucos, assim como boas oportunidades, a pensar já no Natal que está à porta”, acrescentou. Jonathan Augusto agradece “a todos os parceiros que ajudaram a criar um evento diferente para Viseu e aos que visitaram e ajudaram a crescer a loja, ao longo deste ano”. MC
No passado dia 3 de Novembro a Chanceler alemã Angela Merkel voltou a defender a austeridade e pediu esforço aos parceiros europeus durante os próximos cinco anos. Para as vozes que têm defendido, crescentemente, uma moderação da austeridade, esta é mais uma contrariedade. É que na União Europeia (UE) continua a prevalecer a vontade dos países mais fortes, a qual depende, bastante, dos respetivos interesses. A esse propósito parece oportuno recordar as posições de alguns países “maiores”, particularmente da Alemanha, em matéria de controlo orçamental. As preocupações com o controlo das contas públicas dos estados da UE (que constavam já no Tratado de Roma) foram particularmente reforçadas em 1997, com o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). O PEC sublinhava o objetivo essencial da manutenção de finanças públicas sãs como meio de reforçar as condições de estabilidade dos preços e de um crescimento sustentável forte conducente à criação de emprego, reforçando, para isso, a necessidade de os países apresentarem défices orçamentais anuais não superiores a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e dívida pública abaixo de 60% do PIB. O Regulamento nº 1467/97 do Conselho Europeu (um dos vários documentos que sustentavam o PEC) procurava agilizar, acelerar e clarificar a aplicação dos procedimentos a impor aos países que apresentassem, de forma persistente, défices excessivos, os quais poderiam culminar, após diversos passos e fases, na aplicação de sanções (chegando, no limite, a multas). A ideia era a de, ao longo do processo, se ir pressionando crescentemente os países “infratores” no sentido da correção do défice excessivo. A Alemanha foi um dos defensores maiores do PEC (pretendia até intervenções mais fortes), nomeadamente pela voz do então Ministro das Finanças, Theo Weigel. (Portugal foi o primeiro país a sujeitar-se aos procedimentos dos défices excessivos, em 2002, em virtude do défice registado em 2001). No entanto, quando em 2003 o Conselho declarou a Alemanha e a França em situação de défice excessivo (que se repetiria em 2004), devendo, por isso, desencadearem-se os correspondentes procedimentos, a Alemanha
Joaquim Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu jasimoes@estv.ipv.pt
recusou, firmemente, a sujeição a essas regras. Na sequência destas posições, em Novembro de 2003 o Conselho de Ministros das Finanças da Zona Euro chegou a um acordo que suspendia, na prática, a aplicação do PEC. Em 2004, por força daquele fracasso, as instâncias europeias reconheceram a necessidade de rever o Pacto, daí resultando um PEC mais suavizado, permitindo maior flexibilidade e “relaxamento” no tratamento das questões orçamentais. Este relaxamento contribuiu, a meu ver, para uma gestão menos rigorosa das contas públicas em alguns países, concorrendo para défices mais elevados e consequente crescimento da dívida pública, com as gravosas consequências que se conhecem. Naturalmente que pode argumentar-se que grande parte dos problemas atuais derivam das crises financeira e económica iniciadas em 2007 e 2008. Obviamente que isso explicará, em parte, a situação. Parece-me, no entanto, que se o PEC tivesse sido aplicado com maior rigor, obrigando a um continuado, persistente e generalizado controlo orçamental, esses países estariam mais preparados para lidar com essas crises e encontrar-seiam hoje, certamente, em situação menos aflitiva. Mas, retornando às posições dos maiores países, estas voltariam, entretanto, a “ajustar-se”. Recordam-se as insistentes posições da Chanceler Merkel e do Presidente francês N. Sarzoky, mormente em Dezembro de 2011, quando defenderam, entre outros aspetos, a refundação da Europa baseada num novo Tratado Europeu, a aplicação de sanções automáticas aos países que apresentassem défices excessivos e a recusa das eurobonds. Recorde-se também que a Sra. Merkel foi uma aguerrida defensora do “pacto orçamental” assinado em Março de 2012 por 25 países da UE. A sua última declaração encaixa nessa lógica. E é um pouco ao sabor destas “vontades” que a Europa vai (sobre)vivendo. São sobretudo os países grandes a comandar. Se a União Europeia o fosse verdadeiramente (uma união) as coisas poderiam ser diferentes.
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 557 DE 16 DE NOVEMBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
suplemento
Formação & Qualificação
A formação e a educação são essenciais para o desenvolvimento pessoal de qualquer cidadão. Criam bases de empregabilidade e promovem tanto o progresso económico como social. A aprendizagem ao longo da vida é a única forma de atualizar competências e conhecimentos face às rápidas mudanças tecnológicas e de organização do trabalho promovidas pela globalização. Uma das formas dessa aprendizagem é através da formação pois torna-se um fator de diferenciação entre os demais e é uma ferramenta para vingar num mundo cada vez mais competitivo e informado. Apostar na formação é um dos mecanismos que combatem a crise, instruindo, informando e dotando a população de ferramentas que os tornam aptos e socialmente ativos.
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18 SUPLEMENTO
16 | novembro | 2012
FORMAÇÃO & QUALIFICAÇÃO
Formação para todos os gostos A formação ganha terreno quando o objetivo é combater o abandono e o insucesso escolar, aumentar as possibilidades de empregabilidade, atualizar competências, obter uma polivalência na área do conhecimento individual e valorizar cursos práticos. Existem várias modalidades de formação, adaptadas à faixa etária e às necessidades formativas de cada indi-
víduo, neste suplemento apresentamos-lhe alguns exemplos da vasta lista de formação de que atualmente as várias entidades dispõem. Desde formação para adultos, para os mais jovens, financiadas e não financiadas, há sempre uma opção para que possa acrescentar e valorizar o seu conhecimento pessoal e profissional.
Cursos de Aprendizagem A desmotivação junto dos jovens que procuram incessantemente um futuro melhor e uma perspetiva de vida, quer profissional quer pessoal, estável tem vindo a crescer e, infelizmente, muitos vêm o abandono escolar como a atitude mais prática e que mais frutos (económicos) lhes pode trazer. Mas é importante que se consiga incutir um novo espírito, pois sem formação e qualificações, esta procura por uma vida profissional e pessoal, torna-se difícil. Os cursos de aprendizagem que possibilitam que os jovens, com idades entre os 15 e 24 anos, aprendam uma profissão enquanto adquirem uma
Cursos de Especialização Tecnológica Destinado aos jovens que pretendem a especialização numa determinada área. São cursos pós-secundários não superiores, que conferem uma qualificação de nível 5. Publicidade
dupla certificação, 12º e nível 4, é uma das opções devido à grande componente técnica e prática. São formações financiadas e uma mais-valia à aquisição de competências e sobretudo de experiências para que depois sejam aplicadas em contexto de trabalho. Existem vários cursos disponíveis nas entidades formadoras, desde hotelaria e turismo, às novas tecnologias, às energias renováveis, à educação, e tantas outras opções. No âmbito dos mais jovens existem ainda formações que possibilitam a equivalência ao 6.º e 9.º anos de escolaridade.
Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) Os cursos EFA são destinados à p op ulação adulta, com i d a d e i g u a l o u s u p e r i o r a 18 anos, sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho ou sem a conclusão do ensino básico ou do ensino secundário. Estes cursos visam aumentar os níveis de habilitação escolar e profissional, através de uma vasta ofer ta de fo r m a ç õ e s, q u e p ote n c i a m a empregabilidade e que cer tifica as competências adquiridas ao lo ng o da v ida, se n do este último item a for te aposta dos cursos EFA. Conferem um certificado do 3.º ciclo do ensino básico e o nível 2 de qualificação, ou, um cer tificado do ensino secundário e o nível 4 de qualificação.
Jornal do Centro
SUPLEMENTO 19 FORMAÇÃO & QUALIFICAÇÃO
16 | novembro | 2012
Formação em todo o lado O avanço das tecnologias de informação e comunicação, a necessidade de alargar o campo de intervenção da formação e o crescimento das formas de ensino e formação, levaram à criação de uma nova ideia de aprendizagem, a formação a distância. Esta opção, cada vez mais utilizada em Portugal, possibilita que qualquer pessoa e em qualquer lugar possa aperfeiçoar os conhecimentos e investir na formação. O tempo cada vez mais escasso, para tudo o que não faz par te de uma lista de tarefas meticulosamente delineadas, leva, muitas vezes, a que nos esqueçamos de coisas tão importantes como a formação. Para combater esta realidade apareceram as formações através de um sistema não presencial, utilizando apenas o computador e uma ligação à internet. É já muito vasto o catálogo de cursos que se podem tirar sem ter de se deslocar. No entanto, existem vários regimes no que toca à formação a distância, o sistema e-learning
ou ensino eletrónico é um moodelo de ensino não presennia, cial suportado por tecnologia, onde o aluno aprende através és elo de conteúdos colocados pelo professor/formador numa plassitafor ma online, não necessiiais. tando de sessões presenciais. sões No caso de existirem sessões o/forpresenciais, em que o aluno/formando tem de se deslocar, recebe ecebe o nome de b-learning. g podem Dentro do regime e-learning sões sínainda encontrar-se as sessões mando esse cronas, o formador e o formando esrmatão a mesmo tempo na formaç ã o , hat, com recurso ao telefone, chat, convideoconferência ou web-conuanferência, por outro lado, quando o formador e o formando não estão ao mesmo tempo naa forssões mação dá-se o nome de sessões assíncronas.
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FN Way aposta na formação agrícola Ao longo dos últimos anos a aposta na formação dos indivíduos tem-se intensificado, uma das áreas com grande incidência e que faz parte das políticas formativas é o ramo da agricultura. A Fn Way Consulting tem apostado na área agrícola pois “deve ser vista como um investimento e enriquecimento da economia portuguesa. Temos um clima que é bastante propício para esta prática e é, cada vez mais, uma opção de empregabilidade, sobretudo para os mais jovens”, afirmou Michael Batista, Gestor de Formação Profissional da FN Way. A empresa, que se dedica à for mação e consultoria, conta com um vasto leque de cursos nesta área, quer em formação financiada quer não financiada. Relativamente à primeira, e no âmbito do Proder, disponibiliza o curso de Gestão da Empresa Agrícola, Controlo e
Análise de Investimentos (140 horas), Gestão Florestal Sustentável, Planos de Gestão Florestal, ArcGis e Ecologia Florestal, muitas delas estão já a decorrer em Viseu, Sátão e Penalva do Castelo e ainda por iniciar em Mangualde, Aguiar da Beira, Castro Daire e Vouzela. Ministrar estas formações só é possível com as parcerias que a FNWay tem vindo a fazer com várias entidades do distrito, como é o caso da UDACA, Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva e a Associação de Produtores Florestais Verde Lafões, para além do projeto autónomo da própria FN Way. D isp o nibiliz a m a in da fo r maçõ es de Té cnico de Micologia e Agricultura Biológica, ambos ainda em processo de homologação. A aposta na área agrí-
cola prende-se com “o atual desenvolvimento na área agrícola e florestal”, acrescentou Michael Batista. Por isso, “é imprescindível que todos aqueles que pretendam alargar os conhecimentos nesta área e até mesmo enveredar por novas práticas profissionais devem ver a agricultura como uma opção bastante viável”, salientou. A FN Way Consulting, sediada em Abraveses, é uma empresa que contempla várias áreas de atuação. Para além da formação em diferentes ramos, dispõe de apoio e gestão a projetos de investimento para pequenas e médias empresas, nas mais variadas áreas, inovação, qualificação e internacionalização. Outros dos setores de intervenção da empresa são os serviços de contabilidade e consultoria.
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Jornal do Centro
20 SUPLEMENTO
16 | novembro | 2012
FORMAÇÃO & QUALIFICAÇÃO
OPINIÃO
“A formação profissional assume um papel estratégico”
Governo aposta na formação técnica profissional
Pedro Pereira de Carvalho Director Executivo da Tecla
As transformações técnicas e organizacionais no mundo do trabalho têm levado a alguns debates sobre os problemas que nos remetem às relações entre formação, qualificação e trabalho. No atual contexto económico do país, a formação profissional assume um papel estratégico, face ao elevado déficit de qualificação dos recursos humanos e às inúmeras e rápidas mutações científicas e tecnológicas. É urgente dotar os jovens e profissionais com competências e conhecimentos adequados aos enormes desafios da produtividade, competitividade e globalização enfrentados pelas empresas e demais organizações. A formação profissional apresenta-se, assim, como um instrumento privilegiado para, num curto espaço de tempo, se adquirir as competências técnicas, comportamentais e relacionais mais importantes e em linha com a dimensão de tais desafios. Segundo o Presidente da Agência para a Qualificação e Ensino Profissional, “quase 50 por cento dos jovens já escolhem enveredar pelo ensino profissional de forma a terminar o 12º ano, ao invés dos cursos científico-humanísticos.” No entanto, temos ainda um longo caminho a percorrer no que respeita à qualidade destes cursos. A actualização de alguns referenciais, a adequação dos mesmo à realidade do tecido empresarial e o aumento do rigor na seleção dos profissionais que os ministram são desafios prementes, para que se faça um caminho sólido e com resultados a longo prazo. Por outro lado, a meu entender, deverá repensar-se as metodologias, Publicidade
melhorando a informação a nível teórico mas, também, para que seja possível o questionamento e a reflexão. Compete ao Estado garantir o acesso de todos os cidadãos à formação profissional, proporcionando os apoios públicos para o efeito. Contudo, no atual contexto económico-financeiro e a aproximação do fim de um quadro comunitário de apoio já em 2013, tem levado à racionalização e seleção criteriosa na concessão dos apoios nesta área. Numa intervenção da Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário sobre a “Avaliação da Iniciativa Novas Oportunidades – Eixo Adultos” referiu que o governo define como objectivos a revisão da oferta formativa, a reestruturação da rede de Centro de Novas Oportunidades e a melhoria da educação e formação de adultos. Mais à frente referiu, ainda, que o governo tem como medidas para o futuro a revisão das tipologias de cursos, bem como dos referenciais de formação e os processos de RVCC, prevendo avaliar, regularmente, o impacto das ofertas formativas no desempenho no mercado de trabalho. A mais recente iniciativa que reflete esta preocupação é o Programa Vida Ativa. Este programa, segundo o Secretário de Estado do Emprego, permitirá encaminhar os “desempregados de forma mais célere para ações de formação de cur ta duração de natureza transversal, conciliáveis com a procura ativa de emprego”, a “aquisição de competências relevantes para o mercado de trabalho e a mobilização para processos subsequentes de qualificação ou reconversão profis-
sional”, dispondo de “ações diferenciadas de acordo com o nível de escolaridade do desempregado”, através de “percursos modulares de dupla certificação que permitem a aquisição de novas competências, com o reforço significativo das atividades práticas na componente de formação tecnológica” Muito pouco ainda foi dito ou se sabe sobre as orientações políticas e estratégicas para os Fundos Comunitários para o período de 20142020. No entanto, no passado dia 8 de Novembro, o Conselho de Ministros aprovou uma Resolução que contém as linhas que deverão ser tidas em conta na negociação com a Comissão Europeia. Assim, entre as três grandes prioridades temos a formação do capital humano que, juntamente com as outras duas, segundo a resolução, fornecerão as bases “para a recuperação de uma trajetória de crescimento e de emprego sustentável”. Ainda neste documento podemos ler que estas prioridades se concretizarão em 5 objectivos, entre eles, o “reforço do investimento na educação e formação técnica profissional e, nesse contexto, reforço de medidas e iniciativas dirigidas à empregabilidade; desenvolvimento do sistema de formação dual e de qualidade das jovens gerações, assegurando o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, bem como, as condições fundamentais para a ulterior integração no mercado de trabalho”. Na formação profissional a preocupação essencial será percorrer uma trajetória assente em princípios da qualidade, rigor e inovação.
Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência
A fo r m a ç ã o té c n i c a p rof i s s i o n a l te m s i d o alvo de muitos debates nos últimos anos por par te do Governo, que pretende que se reconheça o ensino e a formação profissional como fatores chave para o desenvolvimento socioeconómico do país. No passado dia 8, em conselho de ministros, reforçou-se esta ideia e, no ponto número nove, reitera-se a impor tancia do “reforço do investimento na educação e formação técnica profissional” e ainda de “medidas e iniciativas dirigidas à empregabilidade; desenvolvimento do sistema de formação dual e de qualidade das jovens gerações, assegurando o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 a n o s, b e m c o m o, a s condições fundamentais para a ulterior integração no mercado de trabalho”. Dias antes, a 5 de nove m b ro, Po r t u g a l e a Alemanha assinaram um protocolo onde está patente a necessidade
da troca de exper iência sobre o ensino profissional, com o objetivo de triplicar o número de alunos nos sistemas de ensino profissional e de aprendizagem dual nos próximos 7 anos. A assinatura deste Memorando de Entendimento do Governo, pretende ser uma grande aposta no ensino técnico e na formação profissional através de “um sistema de formação dual que articule a formação teórica das escolas profissionais com a formação prática das empresas”, afirmou Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência. Este protocolo visa também desenvolver a indústria, aumentar a competitividade e combater o desemprego. Na segunda-feira, 12, Nuno Crato voltou a reforçar a ideia e afirmou que “Gostaríamos [governo] que dentro de um ou dois anos tivéssemos mais 50% de alunos neste sistema de ensino. Será também uma forma de reduzir o desemprego jovem”.
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Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
desporto AGOSTINHO REAGE NO FACEBOOK
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
Rui Almeida Treinador do Castro Daire
Cartão FairPlay Chegou ao clube à 4ª jornada da Divisão de Honra de Viseu. Desdde que tomou o comando do Castro Daire, Rui Almeida só sabe o que é vencer. O castro Daire já lá está em cima, isolado.
Expulsões no Penalva do Castelo
Cartão Amarelo Incompreensível a forma como alg uns jogadores do Penalva perderam a cabeça em São Pedro do Sul. Três expulsões, por vermelho directo, além de prejudicarem a equipa no jogo, condicionam as escolhas do treinador. Falham a Taça em Coimbra. Querem pior castigo? Treinadores de futebol
Cartão Vermelho A forma como a lguns reagem às “críticas” não se compreende, nem se aceita. Pode não se concordar, mas há que respeitar. Publicidade
A Filipe Moreira, o novo treinador do Académico de Viseu Académico de Viseu
O “mister” que se segue Despedido ∑ Agostinho aguentou 8 jornadas 10 ∑ O número de treinadores com António Albino Estalou o chicote no Académico de Viseu. Carlos Agostinho sai, entre Filipe Moreira. A direção do clube entendeu que os resultados e o futebol exibido pela equipa não estariam a corresponder às expectativas iniciais, e que passam pela ambição do Académico de Viseu lutar pela subida à II Liga. Um desencanto que não é de agora e que se vinha agravando nas últimas semanas. Desde a derrota em Nogueira do Cravo que o ambiente entre treinador e direcção se degradou for-
temente, e a gota de água na paciência de António Albino, presidente do clube, terá sido o empate na passada jornada em Bustelo, frente a um dos últimos classificados na série Centro da II Divisão. Mais do que o resultado, a exibição da equipa não agradou aos responsáveis academistas. É assim mais um treinador que tem uma curta passagem pela liderança da equipa, numa longa lista onde foram poucos os que conseguiram levar uma época de princípio ao fim. Excepção às primeiras épocas do “novo”
Académico de Viseu, ainda no distrital e depois na II Divisão, com Idalino de Almeida no comando técnico, que o clube tem sido um entra e sai de treinadores: Luís Almeida, José Miguel Borges, António Borges, João Paulo Correia, Paulo Gomes, Manuel Matias, Lima Pereira, Carlos Agostinho e agora Filipe Moreira. O novo técnico não é um desconhecido no futebol, e muito menos na região, já que em 2010/2011 quase levou o Tondela à II Liga. Filipe Moreira começou a temporada no Sporting da Covilhã, e na passada
terça-feira acertou a sua desvinculação com o clube serrano. Os maus resultados terão estado na génese da saída. No mesmo dia em que saiu do Covilhã, acertou tudo com o Académico de Viseu, e foi apresentado à imprensa na quarta-feira. O novo técnico academista tem um longo currículo desportivo com passagens por clubes como Operário, Santa Clara, Portimonense, União da Madeira, Olivais e Moscavide, Tondela e o Sporting da Covilhã. Gil Peres
A terça-feira foi um turbilhão de emoções para Carlos Agostinho. Foi através da sua página no facebook que o ex-treinador do Académico de Viseu, mais “a frio”, publicou: “Amigos chegou ao fim a minha passagem nesse grande clube que é o Académico de Viseu. Naturalmente quando aceitei representar este clube muitas coisas me passaram pela cabeça: tornou-se realidade um sonho que tinha desde miúdo, treinar o grande clube da nossa região, o clube que eu acompanhei desde os meus 14 anos e que estive presente em todos os grandes momentos dos últimos 30 anos e porque não, ter a ambição de o ajudar a levar a outros patamares. Sem dúvida que mal passou de um sonho porque a realidade encontrada foi bem diferente. Amigos e mais não vou dizer porque gosto muito mas muito do Académico e de forma alguma quero que me acusem de destabilizador, mas deixo para todos vocês a análise do porquê da minha saída. Digo-vos foi um dos dias mais tristes porque eu continuo a pensar que iria conseguir colocar este grande clube numa liga profissional mas fui sentindo falta de algo que é muito importante para mim e que não vou dizer o que é. Peço desculpa a todos os academistas se em algum momento não correspondi ao que esperavam de mim. Força Académico, as pessoas passam mas o clube fica sempre”.
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22 DESPORTO | FUTEBOL
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
III Divisão Nacional de Futebol - Série C
Perder três pontos, e três jogadores
A Dédé foi um dos três expulsos no Penalva
A União Desportiva Sampedrense somou a segunda vitória na Série C da III Divisão de Futebol ao vencer o Penalva do Castelo por 1 a 0. Um dérbi de Viseu que foi durinho, excessivamente nervoso de parte a parte, com algumas picardias próprias deste tipo de dérbis, e que acabaram por ter influência no desenrolar do jogo e no próprio resultado final. Perante um Penalva com atitude positiva e que foi a São Pedro do Sul mostrar que queria ganhar, respondeu a Sampedrense com uma defesa sólida, um meio campo muito combativo e rápidas movimentações na frente. Ao futebol mais elaborado do Penalva, os da casa respondiam com objectividade em direcção à
baliza de Ferrari. Uma partida com muitas faltas e que acabaria por se decidir em poucos minutos. Primeiro com o golo de Ferreirinha na marcação de um livre directo e onde contou com a involuntária colaboração de Bruno Ferrari. O guarda-redes do Penalva deu um frango, eventualmente traído pelo sol. Minutos depois, a expulsão de Dédé. Entrada impetuosa de “sola” do avançado do Penalva, que o árbitro puniu com vermelho directo. Não houve maldade, mas descuido de Dédé que atingiu o seu adversário. Apesar da desvantagem com que foi para o descanso, o Penalva reentrou com vontade no segundo tempo. Foi mais intenso e
perigoso mas, é bom dizêlo, sem verdadeiramente criar muito perigo à baliza de Márcio. Foi mesmo a Sampedrense com a melhor oportunidade da segunda parte, num trabalho individual de Ferreirinha, que driblou Ferrari já na área mas perdeu ângulo e rematou para fora. Com a expulsão de Jô, por uma eventual agressão sem bola, acabou o jogo para o Penalva. A equipa enervou-se ainda mais e a Sampedrense controlou como quis o jogo. Partida que não acabaria sem uma terceira expulsão com vermelho directo para a equipa de Rogério Sousa. Alfredo terá agredido um jogador da Sampedrense numa altura em que o jogo estava parado. Num jogo mal jogado, ganhou quem marcou. GP
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Taça de Portugal
Exame em Coimbra
A Penalva vai defrontar o detentor do troféu, a Académica O Penalva do Castelo joga este domingo em Coimbra, em partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal, em futebol. Única equipa do Distrito de Viseu ainda em prova, teve no sorteio o “prémio” de defrontar o actual detentor do troféu.
Um a deslocação a Coimbra, para jogar com a Briosa, numa competição oficial, não é todos os dias que acontece a um clube como o Penalva do Castelo. Recompensa merecida pelo que tem vindo a fazer na actual temporada, com Rogério Sousa como treinador principal.
Um Penalva que joga futebol positivo, e que vai tentar fazer a vida “negra” à Académica. Um Penalva desfalcado de , pelo menos, três jogadores: Dédé, Jô e Alfredo ficam de fora. Três expulsões desnecessárias em São Pedro do Sul que os deixam de fora deste jogo histórico. GP
FUTSAL | DESPORTO 23
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
II Divisão Nacional de Futsal - Série A
Distrital Futsal Feminino
Goleada do Viseu 2001 antes da visita ao líder
Unidos voltam à liderança
A Balão é um dos melhores marcadores da equipa Publicidade
O Viseu 2001 goleou o Vale de Cambra por 5 a 1 e mantém-se na segunda posição na classificação da série A da II Divisão nacional de Futsal. Em jogo da 4ª jornada do campeonato, os viseenses não tiveram dificuldades em somar mais 3 pontos frente ao último classificado e têm agora 10 pontos na classificação geral, menos 2 que o líder que é o Lameirinhas da Guarda e que soma por vitórias todos os jogos já disputados, e este fim-desemana há um Lameirinhas – Viseu 2001 no que será um grande teste à capacidade dos viseenses quanto aos objectivos de subida para esta temporada. Quanto à AJAB de Tabuaço, perdeu por 5 a 0 no Bes-
sa com o Boavista e desceu para o 12º lugar com 4 pontos. Na III Divisão , jornada positiva para as equipas de Viseu na série B. O São Martinho de Mouros ganhou pela primeira vez. Vitória frente ao Gondomar por 5 a 4 e subida ao 9º lugar da classificação com 4 pontos. Quanto ao Rio de Moinhos, empatou em casa a 3 golos com o Lamas Futsal. Mais um ponto para a equipa de Sátão que assim está na 8ª posição com 4 pontos. Na série C o ABC de Nelas perdeu em casa com o Mirando da Corvo por 4 a 3. Os nelenses estão na 7ª posição com 7 pontos. GP
O Unidos da Estação reassumiu a liderança do Distrital de Futsal Feminino da Associação de Futebol de Viseu. A for m ação de São Pedro do Sul goleou em Mortágua a Casa do Benfica por 12 a 1. As hexacampeãs distritais beneficiaram ainda da derrota do anterior líder, o Carbelrio, que perdeu em Penedono
por 5 a 1. Penedono que tem já o jogo de folga cumprido e que assim poderá em breve chegar à liderança, já que soma por vitórias os quatro jogos já disputados. Destaque ainda para o Lusitano de Vildemoinhos que venceu o Oliveira de Frades por 5 a 3 e assim subiu ao 4º lugar com 7 pontos. GP
D Fernando Bonito apresenta livro
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culturas expos
“Os sem direito a nome de rua” é o nome da obra que Fernando Bonito irá apresentar no domingo, dia 18, a partir das 15h00, no Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva.
Arcas da memória
Destaque
S. Martinho: rimas com pão e vinho
Nuno André Ferreira (arq.)
MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 20 de novembro Exposição de fotografia “Vislumbres”, de Nuno Abrantes. SANTA COMBA DÃO ∑ Junta de Freguesia de Treixedo Até dia 30 de novembro Exposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, uma organização conjunta da Câmara Municipal, através da Biblioteca Municipal Alves Mateus e da Universidade Sénior de Santa Comba Dão. VISEU ∑ Instituto Português do Desporto e Juventude Até dia 26 de novembro Exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Rebelo. VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de novembro Exposição de escultura “Bairro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques. Até dia 30 de novembro Exposição de pintura “Recreio dos Ícones”, de Cláudia Costa. Até dia 30 de novembro Exposição mista “Coleção Camiliana”, de Paulo Sá Machado.
A Tuna de Viseu dá a volta à crise com iniciativa inédita, dia 8 de dezembro no IPV
“Infantuna 21 anos de partilha” Iniciativa∑ Espetáculo solidário em substituição do Festival de Tunas Oito grupos de Viseu onde hoje tocam antigos elementos da Infantuna Cidade de Viseu e ainda dois filhos de tunos vão juntar-se dia 8 de dezembro, na Aula Magna do Instituto Politécnico (IPV), às 21h00, num espetáculo solidário carregado de simbolismo e de originalidade na cidade: “Infantuna 21 anos de partilha”. A ideia é da Infantuna. Uma forma criativa de dar a volta à crise já que este ano a tuna assume não ter condições para organizar o tradicional Festival Internacional de Tunas da Cidade de Viseu, ao mesmo tempo que reforça o papel de responsabilidade social. “Um festival custa entre 10 e 12 mil euros, envol-
ve muito dinheiro e, neste momento, face às dificuldades que o país atravessa, não estamos numa fase em que possamos ir pedir dinheiro às instituições. Então, optámos por devolver à sociedade civil muito do que nos foram dando ao longo do tempo”, justifica José Costa, porta-voz da Infantuna. A opção é fazer um espetáculo com grupos onde existam elementos da Infantuna, tais o Musicando, o Coro Mozart, Fado em Si, Gaiteiros Cepa Torta, Xivinhas, Pedro Duval e o Grupo de Canto e de Guitarra do Orfeão de Viseu a par da própria Infantuna. No espetáculo vão estar dois filhos de elementos da Infan-
tuna ao acordeão e na precursão. Cada participante no espetáculo é convidado a fazer-se acompanhar de um valor alimentar para doar à Cáritas Diocesana de Viseu. “O nosso apelo vai ser para as pessoas, para as instituições e para as empresas em geral. O fundamental é ajudarmos nesta altura de Natal, marcando a época do festival, mas de uma outra forma”, adianta José Costa. Para o responsável a iniciativa deste ano não significa o fim do festival de tunas, tratou-se de “uma opção atendendo às dificuldades do país”.
Sessões diárias às 14h40, 17h20, 21h20, 00h00* Força Ralph VP (M6) (Digital)
16h10, 18h50, 21h30, 00h10* Dos homens sem lei (M16) (Digital)
(M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10* 007 - Skyfall (M12) (Digital)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU
Sessões diárias às 13h40, 16h15, 19h00 Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h00, 23h50* Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus (M6) (Digital)
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
Sessões diárias às 21h40, 00h20* Para Roma, com amor (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h15* 007 Skyfall (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30,
Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h10, 21h50, ooh30* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (CB) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00*
Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (CB) (Digital)
O pão e o vinho padronizam todo o alimento e o homem os procura, angustioso sempre, desde a trágica saída doÉden,desdequeosdeixou de poder ter de forma gratuita. E quando os celeiros se enchiam, ao findar do Verão, quando, nas adegas, se sentia ainda o referver do mosto ao vir dos primeiros frios do Outono, os homens de todos os tempos celebravam as divindades compassivas que lhes concederam o dom do resgate da culpa original através do trabalho e das dores. E então estendiam sobre a mesa as primícias do pão que as mulheres haveriam de governar pelo ano fora e as infusas de vinho novo passavam de mão em mão entre os convivas e na cidade dos homens acendiam-se fogos de festa. Vêm de um tempo em que o tempo não era medido como o nosso, em calendário, estes rituais, sementes de Primavera que se escondem no seio fecundo de uma Terra-Mãe, Deméter ou Geia, tanto faz, que a enxada abre ou o arado lavra, Proserpina quelogovemcantandorimas nosranchosdeceifeirosedos vindimadores, e o seu regressotristeàescuridãodoHades e as folhas dos castanheiros que lhe cobrem o chão como mortalha e, ouvindo-se ao longe, um cortejo que toca flautas de Pan, serão pastores, e Dionísio surgindo, a cabeça do deus coroada de flores, dizendo aos homens que esqueçam as dores, que um tempo novocomeça,aPrimaverairá
Taken - a vingança (M12) (Digital)
19h00, 21h40, ooh20*
Sessões diárias às 14h20,
Força Ralph VP
16h40, 19h10, 21h50, 00h25*
Antropólogo
voltar. E os crisântemos que ainda estão verdes sobre as campas dos avós. Como haveriam de morrer estes costumes antigos se o homem permanece no fluir das gerações?! E eis que uma doutrina nova salva do tédio o correr dos dias em que o sol se esconde mais cedo e acende luzes nos cemitérios e acende fogos propícios sobre as eiras da margem dos povoados e as raparigas, as filhas núbeis dos lavradores carregam, à cabeça ou no braço, cestas de verga cheias de castanhas e os rapazes trazem aos ombros as ancoretas do vinho e a cerimónia que ali tem lugar, no descampado, reinventa os sacrifícios antigos, Dionísio morreu, o patrono é agora S. Martinho, traz por bandeira o seu gesto de partilha, pão e vinho repartidos, por um tempo breve um homem pensa que retornou ao paraíso. Memórias, estas, dos meus “magustos” antigos, evocação feita de afectos por essa rede de meus avós que vem, eu sei lá, do Neolítico, “campas de mouros” cavadas em oiteiros na Quinta do Valbom, papoulas que lá cresciam ao redor e violetas selvagens na margem dos ribeiros e as letras que escrevo, pudessem elas ser flores também.
Estreia da semana
Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h50, 22h00, 00h30* Atividade paranormal 4 (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h25, 18h50, 21h30, 00h15* Argo
(dom.), 13h40, 16h20,
Alberto Correia aierrocotrebla@gmail.com
(M12) (Digital) Legenda: * sexta e sábado
A Saga Twilight: amanhecer parte 2 – Depois do nascimento de Renesmee, os Cullen unem-se a outros clãs de vampiros para protegerem a criança dos Volturi.
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
culturas
D Oficina de cestaria na Casa da Ribeira
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A Casa da Ribeira, em Viseu, vai realizar amanhã, dia 17, das 10h00 às 12h30, uma oficina de cestaria para o público infanto-juvenil, que tem como objetivo o contato direto com a arte de trabalhar o vime. A partir do contato com o artesão e a matéria-prima, pretende-se estimular a criatividade, desenvolver a capacidade de expressão e potenciar a experiência em grupo, através de uma atividade pedagógica e de carácter lúdico.
Destaque
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Xico Lucena expõe em Aveiro “Negro, quase azul, luz, quase noite”∑ Obras questionam a existência humana O artista Xico Lucena apresenta amanhã, dia 17, a exposição de pintura “negro, quase azul, luz, quase noite”, na Galeria 9 Arte Contemporânea, em Aveiro. Xico Lucena, 46 anos, natural de Sernancelhe, é um dos escultores portugueses mais conceituados no mundo. Contudo, o artista decidiu abraçar um novo desafio. “A pintura nasce da necessidade de criar uma nova forma de expressão”, referiu. Através da pintura, Xico Lucena pretende provocar a descoberta através da interrogação. “O caminho não passa por colocar questões fáceis mas
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sim provocar questões difíceis que estimulem o pensamento”, explicou. Por esse motivo, os quadros expostos focam em questões da existência humana: quem somos? é a questão que se levanta. Os quadros retratam a figura humana que sobressai de fundos negros. Re-
metem para o vazio, para o caminho desconhecido com elementos forjados num surrealismo renovado. “Na verdade, naquele cruzamento da realidade com a perceção, aquilo que é o fruto desta transumância da escultura para a pintura, só pode ser integralmente compreendida se visto o céu estrelado, negro, quase azul…”, escreveu o jornalista Ricardo Bordalo, responsável pelas legendas das obras. “Negro, quase azul, luz, quase noite” estará patente ao público até ao dia sete de dezembro. Tiago Virgílio Pereira
“Girazine” é o nome do novo projeto editorial da associação cultural Gira Sol Azul. Foi lançado na passada sexta-feira, dia 9 de novembro, no espaço Noites Diurnas de Um Par de Dois, em Abraveses, Viseu. A nova publicação pretende ser uma janela aberta para a arte, para as iniciativas que estão próximas e merecem visibilidade e para os agentes culturais com ligações à região, mas que produzem cultura dentro e fora do país.
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culturas Variedades
D Conferência “Indústria Agrícola e Internacionalização” A conferência realiza-se quarta-feira, dia 21, a partir das 17h30, no Teatro Viriato, em Viseu, no âmbito do “Prémio Agricultura 2012 – Escolha Portugal”, com o objetivo de promover, incentivar e premiar os casos de sucesso da agricultura nacional. Esta é uma iniciativa do Continente e do Correio da Manhã, com o patrocínio do Ministério da Agricultura
Destaque
O som e a fúria
Aulas de música gratuitas O município de Sátão vai proporcionar aos alunos inscritos nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s), do Agrupamento de Escolas de Sátão, aulas de música gratuitas. Estas aulas decorrerão na Casa da Cultura de Sátão, todos os sábados, das 9h30 às 11h30. Os objetivos destas aulas passam pela promoção do ensino e do gosto pela música e a ocupação dos tempos livres das crianças de um modo lúdico-educativo.
Evento solidário para aquisição de cadeira de rodas Realiza-se amanhã, dia 17, um evento de cariz solidário, apresentado e promovido pela Associação Sempre Sobre Rodas, de Santa Comba Dão, no Centro Cultural de Carregal do Sal, pelas 21h30. O espetáculo de teatro, intitulado de “Rampit”, fala de um grupo de atores que transporta para a cena a história de um D. Quixote e tudo o que acontece nos bastidores. A entrada é livre mas aceitar-se-ão donativos para a aquisição de uma cadeira de rodas para a prática de desporto. O espetáculo será traduzido em língua gestual.
“Traição a Salazar” José António Barreiros apresenta hoje, dia 16, no Hotel Montebelo, em Viseu, o livro “Traição a Salazar”, a partir das 21h30. “Traição a Salazar” resulta de uma investigação sobre a história de uma rede de espionagem inglesa em Portugal, na II Guerra Mundial, que a polícia política de Oliveira Salazar desmontou, devido à rivalidade com a Legião Portuguesa. De acordo com o autor, esta rede inglesa de operações clandestinas “contava com a participação de vários portugueses adversos ao regime», mas «os ingleses caíram na ingenuidade de ter contactos com a Legião Portuguesa”.
Jornal do Centro 16 | novembro | 2012
Um Natal diferente, o Diwali Maria da Graça Canto Moniz
A Apresentação do livro acontece amanhã, na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva
“Pai, vem me ver” conta o drama da separação conjugal Apresentação do livro∑ Apresentação estará a cargo de Paulo Fernandes, Relações Públicas da GNR de Viseu Nuno Vilaranda e Patrícia Trindade Mendes apresentam a obra “Pai, vem me ver”, amanhã, dia 17, a partir das 16h00, na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva, em Viseu. O livro apresenta o diário do pai de dois filhos menores de idade que, após a separação conjugal, começa a viver uma experiência dramática, presenciando, amargurado, a tormenta instalada na vida dos filhos. É uma amostra de uma realidade muitas vezes escondida na sociedade portuguesa, com a ajuda de testemunhos reais, co-
mentada por dois psicólogos e por um advogado. Publicado pela Chiado Editora, mais do que um livro, é uma história real que pretende desencadear a reflexão e o debate sobre experiências vividas por muitas famílias portuguesas. A obra é marcada pela dedicatória a um amigo do autor, brutalmente assassinado a 5 de fevereiro de 2011 pelo ex-sogro, durante uma visita à filha, autorizada pelo Tribunal, num jardim público. A história infantil “Dois ninhos. Uma família” da autoria de Eunice Guerreiro e ilustra-
ção de Nuno Vilaranda, vem em anexo. Nuno Vilaranda é guarda do Destacamento de Intervenção do Comando Territorial da GNR de Évora e membro da direção da Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos (APIPDF). Patrícia Trindade Mendes é mestre em Psicologia da Educação e membro da direção da APIPDF. “Pai, vem me ver” será apresentado por Paulo Fernandes. Tenente-coronel e Relações Públicas da GNR de Viseu. Tiago Virgílio Pereira
Variedades
Rádio NOAR “renasce” na Empório O vigésimo terceiro cromo da Viseupédia tem como tema a extinta rádio NOAR. A apresentação desta publicação da Projeto Património decorre amanhã, dia 17, no espaço da Empório, em Viseu, a
partir das 15h00. O texto ficou a cargo de Júlia Alves, um dos primeiros membros da antiga cooperativa que deu origem à telefonia. A imagem é da responsabilidade de Margarida Oliveira, a mesma designer que, no
passado, criou o logótipo da rádio viseense. As autoras são presença confirmada, assim como muitos viseenses que fizeram parte da história da NOAR, quer como funcionários, quer como ouvintes. TVP
Durante a semana passada o mundo Hindu esteve em festa. O motivo dos festejos foi a “Festa das Luzes” (ou Diwali) que simboliza a vitória do bem contra o mal, da luz sobre a escuridão, no mundo como um todo e dentro de cada ser humano. A luz representa a libertação da ignorância. É através da luz que a beleza deste mundo nos é revelada e, historicamente falando, a maioria das civilizações reconhecem a importância da luz como um presente de Deus e/ou como um símbolo de tudo o que é positivo. Nas casas, acendem-se pequenas lamparinas, penduram-se lanternas coloridas, visitam-se os amigos e os vizinhos e reúne-se, à volta de uma mesa muitíssimo bem constituída, a família para celebrar a alegria que traz a festa do Diwali (significa “fila de luzes”). Para os hindus, a escuridão representa a ignorância, e a luz é como que uma metáfora para o conhecimento. Portanto, o acender de uma lâmpada simboliza a destruição, através do conhecimento, de toda a maldade e de todas as forças negativas: violência, luxúria, ira, inveja, cobiça, inveja, medo, injustiça, opressão e sofrimento,… Existem várias suposições sobre a origem do
Diwali. Há quem diga que é a celebração do casamento de Lakshmi com Vishnu. Em Bengala, o festival é dedicado à deusa Kalí. É também comemorado como o dia em que o Rei Rama, de forma triunfante e após 14 anos de exílio na floresta, retornou para Ayôdhya, após ter derrotado Ravana. Nesta mesma data, também, Sri Krishna matou o demónio Narakásura. A primeira vez que perguntei a uma Hindu do que se tratava, para simplificar, explicou-me que era uma festa muito familiar semelhante ao Natal Ocidental. Tal como no nosso Natal, no Diwali há compras e trocas de presentes mas esta troca que ocorre atualmente é a modernização de uma tradição antiquíssima de troca de doces e frutas secas. A verdade é que, independentemente da explicação mitológica escolhida, o que o festival das luzes realmente simboliza hoje em dia é a reafirmação da esperança, um compromisso renovado para com a amizade e a boa vontade, e uma celebração religiosa das alegrias simples – e não tão simples – da vida. Há uma prática de Yôga que descreve bem o ambiente que se vive e sente: “pújá”, uma espécie de retribuição ética de energia, o agradecer antes de receber.
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em foco Magusto do CEAR
Nuno André Ferreira / Micaela Costa
O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro (CEAR), que comemora 25 anos de existência, promoveu na passada sextafeira, 9, um magusto com uma conversa intitulada “Alemanha – Convenção sobre os afetos”, conduzida por Paulo Neto. Este “serão”, dedicado ao Engenheiro Aquilino Ribeiro Machado, filho do escritor natural de Sernancelhe, Aquilino Gomes Ribeiro, decorreu no Solar do Dão, casa onde o Mestre esteve em reclusão e de onde se evadiu a 15 de agosto de 1928. Para Alberto Correia, responsável do CEAR, “foi um encontro de amigos que fomentam o estudo do escritor”. Na sessão debateu-se a ligação de Aquilino com a Alemanha, país referenciado em algumas obras e de onde é originária a sua primeira mulher, Grete Tiedmann, mãe do seu filho Aníbal. O tema escolhido foi para Alberto Correia “muito pertinente, não pelo momento político que atravessamos ou pela soberania da Alemanha, mas pela necessidade de aprofundar uma faceta menos refletida do escritor e que ainda é um tabu”. No final da sessão os convivas foram presenteados com um magusto acompanhado por vinho do Dão. MC
DR
Feira do Míscaro no Sátão
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Decorreu no passado dia 11, a VI edição da Feira do Míscaro no município de Sátão. A autarquia ofereceu mais uma vez, a todos os satenses e visitantes, um evento com uma vasta cultura gastronómica e cultural, onde o Míscaro é o protagonista. A capital do míscaro, como é conhecida, acolheu turistas, visitantes, especialistas na degustação de míscaros, artesãos, vendedores e compradores da iguaria. O certame contou ainda com uma prova de BTT – “Maratona BTT, Rota do Míscaro 2012”, uma organização do grupo “Galos do BTT” em parceria com a Câmara Municipal. As castanhas também marcaram presença e várias atividades como pinturas faciais e modelagem de balões fizeram as delícias dos mais pequenos. Ao longo da tarde ranchos folclóricos e grupos musicais animaram todos os presentes e para a noite ficou reservada a atuação da artista Ruth Marlene.
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em foco Jantar vínico culmina com a apresentação do Branco Reserva 2011 da Casa da Ínsua A Quinta Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, apresentou o novo vinho, o Branco Reserva 2011, uma edição limitada a 13 mil garrafas. Considerado um vinho bastante gastronómico, este novo néctar posiciona o vinho da Casa da Ínsua num novo nicho de mercado, alargando o seu portfólio a uma área onde a produção obedece a requisitos muito rigorosos. Segundo o enólogo Miguel Oliveira, a produção de vinho branco na Casa da Ínsua só ocorre nos anos em que a qualidade da colheita está claramente acima da média. A apresentação decorreu durante um jantar vínico no restaurante da Casa da Ínsua, que também serviu para atestar as excecionais qualidades do Reserva Tinto 2008. Resultado do cruzamento das castas Touriga Nacional e Cabernet-Sauvignon, é um vinho com bastante estrutura e muito gastronómico, de aroma muito frutado. João Paulo Gouveia, também enólogo, disse tratar-se de “um excelente exemplar das castas que o compõem”. No final do jantar, José Matias, enólogo e responsável agrícola pela Quinta da Casa da Ínsua, conduziu uma visita à adega, onde explicou aos presentes as várias fases de produção dos vinhos produzidas nas terras da Ínsua e deu a provar a nova colheita que se irá transformar no Espumante Casa da Ínsua 2012.
FR Travel comemorou 1º aniversário Com muito público, uma exposição e concurso de fotografias, participada por clientes no qual foram distinguidas três categorias - originalidade, caráter técnico e melhor espírito de férias, a Agência comemorou o seu primeiro aniversário. Um momento de convivialidade entre os presentes, onde a música marcou presença, executada pelo trio musical – Catarina Barros, Daniel Simões (cantores líricos) e pelo violinista Luís Peres. Este primeiro ano foi realçado pela diretora, Fátima Ribeiro, como “gratificante e muito positivo para a empresa”.
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Escola Profissional de Tondela assinala S. Martinho A Escola Prof issional de Tondela (EPT) assinalou o S. Martinho com a realização do tradicional magusto, no passado dia 9. O evento reuniu alunos, professores, funcionários e membros da direção da Escola. O átrio exterior serviu de palco à festa com a componente gastronómica, nomeadamente as castanhas, em plano de destaque. Esta iniciativa procura “consolidar os laços de coesão e de amizade entre toda a comun id ade educat iva uma vez que a escola deverá ser também um espaço de amizade, tolerância e companheirismo”, a d i a n to u o d i r e tor da EPT, Miguel Rodrigues. EA
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16 | novembro | 2012
em foco A AIRV e a CEC entregam Prémios aos Empreendedores da RIERC
Nuno André Ferreira
No dia 9, numa unidade hoteleira da cidade, realizouse a Gala de entrega de prémios do Concurso Regional de Ideias de Empreendedorismo da RIERC com a presença do secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Social e diversas outras individualidades, em organização da AIRV e do CEC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro. Os vencedores foram: 1º Prémio: “Toxfinder in Vitro” – Coimbra; 2º Prémio:”i9Surf” – Aveiro; 3º Prémio: “ASIS” – Coimbra; 4º Prémio: “Smartexpander” – Aveiro; 5º Prémio: “Auditwork” - Viseu
Finiclasse apresentou novo comercial Citan
Ana Paula Duarte
A Finiclasse Viseu apresentou, nos passados dias 9 e 10, o mais recente modelo de veículo comercial da marca Mercendes-Bez, o Citan. O novo comercial foi concebido para ir ao encontro dos desafios das atividades do dia-a-dia, combinando as palavras ‘cidade’ e ‘titan’. O veículo durável e robusto pretende ser um forte aliado dos clientes dos setores de serviços, vendas e comércio, oferecendo um espaço de carga alargado, apesar das dimensões compactas do veículo. Possui os atributos típicos da marca como a elevada qualidade, economia, segurança, uma excelente manobrabilidade, bem como uma alta eficiência de combustível e emissões de CO2. Um “herói” preparado para qualquer situação seja em trabalho ou mesmo em família.
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saúde e bem-estar Mais apoio à saúde da população em Repeses Projeto de voluntariado∑ Gabinete dinamizado por alunas de Educação social Pelo terceiro ano consecutivo, as estagiárias do curso de Educação Soci a l d a Escola Superior de Educação de Viseu dinamizam o gabinete social-vertente saúde da Junta de Freguesia de Repeses, no concelho de Viseu. Todas as quartas-feira s , ent re a s 1 4 h30 e
as 16h30, a população pode dirigir-se à sede da junta para realizar rastreios gratuitos de colesterol, de glicémia e de ten são a r ter i a l , através da colaboração de uma enfermeira voluntária. A idei a l a nç ad a h á t rês a nos cont a este ano com o trabalho das
alunas Andressa Marques, Nair Almeida e Ana Pinto. Mas o projeto desenvolve-se através de um trabalho conjunto que envolve ainda a Junta de Repeses, a Farmácia Avenida, as professoras e educadoras do 1º Ciclo. “Este projeto procura o bem-estar e a quali-
dade de vida da população”, a f i rmou Na i r Almeida na cerimónia de abertura do gabinete. A estagiária acrescentou que o objetivo é “contribuir para a promo ç ão d a saúde dos idosos da Freguesia de Repeses.
A A abertura do gabinete decorreu na quarta-feira
Emília Amaral
Opinião
Um modo natural de ajudar as articulações dolorosas Osteoartrose, a deterioração da cartilagem das articulações que surge numa idade mais avançada, faz parte do processo de envelhecimento. O que é interessante saber é que a investigação científica encontrou uma solução natural que parece ser muito eficaz: glucosamina combinada com condroitina. Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadeira. Pára a meio e fica “congelado”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamenta-se, mostrando claramente que tem dores, e lá consegue pôr-se de pé. Esta imagem clássica é osteoartrose, o resultado doloroso do desgaste da cartilagem. As extremidades ósseas expostas friccionam
entre elas, originando dor, estalidos e perda de mobilidade, mas investigadores empenhados encontraram o que parece ser uma solução muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de medicamentos de síntese, é uma combinação de dois componentes naturais. Uma chama-se glucosamina, a outra condroitina. A glucosamina é um amino-açúcar, produzido a partir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo biológico e um componente estrutural da cartilagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimular a síntese corporal de cartilagem e foi exactamente isso que a investigação mostrou ser benéfico na osteoartrose.
A condroitina, o outro componente, é extraído normalmente da cartilagem de porco ou de vaca, mas também é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um componente estrutural vital da cartilagem. Ao contrário dos medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteoartrose, a glucosamina e a condroitina têm outros efeitos para além de melhorar a dor. IMPEDE A DEGRADAÇÃO DA CARTILAGEM. Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura perda de cartilagem articular. Os investigadores científicos ainda não chegaram a um consenso sobre como a gluco-
samina combinada com a condroitina consegue este efeito, mas parece que o tratamento inibe as enzimas que degradam a cartilagem, provocando a sua deterioração. Alguns peritos reclamaram ainda que a glucosamina pode recuperar alguma da cartilagem já degradada. Num artigo de revisão publicado no início deste ano na revista Artroscopia (Ar-
throscopy), investigadores americanos referem o sulfato de glucosamina como “uma modalidade inicial de tratamento para muitos doentes com osteoartrose”. Por outras palavras, esta substância representa uma solução excelente de primeira linha para articulações degradadas, tal como os estudos conduzidos com a combinação da glucosamina com a condroitina mostram resultados promissores. Outra situação importante que os investigadores nomeiam é o facto da glucosamina e da condroitina serem substâncias muito seguras, com quase todos os estudos a demonstrar igualdade de segurança desses dois componentes relativamente ao placebo. A osteoartrose, como
Inês Veiga Farmacêutica
mencionado anteriormente, é uma parte natural do processo de envelhecimento. Para além da relação com a idade, e da degradação enzimática da cartilagem articular, a osteoartrose pode ser provocada pela utilização inadequada das articulações ou por uma combinação de excesso de peso e pouco exercício físico. Glucosamina combinada com condroitina parece ser uma solução benéfica para a osteoartrose ligeira a moderada, não apenas pelos seus efeitos comprovados, mas também pela sua segurança.
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SAÚDE & BEM-ESTAR 31
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Caminhada solidária em Moimenta da Beira A Câmara Municipal de Moimenta da Beira em colaboração com o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro promove dia 18, dois percursos pedestres a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Um dos percursos será urbano, pelo interior da vila, e outro periurbano, mais longo, por trilhos térreos do concelho. Haverá ainda um rastreio de saúde pela Unidade Móvel. Cada participante colabora com três euros de inscrição, valor que reverte por inteiro a favor do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Os dois percursos serão sempre acompanhados por técnicos do desporto da autarquia. A caminhada urbana não irá
além dos dois/três quilómetros e partirá às 09h45 dos Paços do Concelho. Tal como a periurbana, que terá a meta instalada junto à praia fluvial da Barragem de Vilar, depois de percorridos cerca de oito quilómetros que deverão demorar perto de três horas. O regresso, será assegurado por autocarro. São também parceiros do evento o Agrupamento de Centro de Saúde do Douro Sul e a Rede Social de Moimenta da Beira. As inscrições estão abertas até à hora das caminhadas, mas podem ser feitas antes na Câmara Municipal de Moimenta da Beira ou pelo email bancodevoluntariado@cm-moimenta.pt. Mais informações pelos telefones 254 520 070, 935 520 090 e 925 200 200. EA
FicActivo recomeça em Oliveira de Frades Programa∑ Atividade física e partilha de hábitos saudáveis A Câmara de Oliveira de Frades está a promover desde outubro, o projeto FicActivo, um programa gratuito de atividade física regular destinado aos munícipes do concelho com idades igual ou superior a 55 anos. “De realçar que este projeto tem desenvolvido nos últimos anos várias atividades de entretenimento e partilha social entre os munícipes, promovendo simultaneamente hábitos de vida saudáveis”, lembra a autarquia em comunicado. Este projeto consiste na prática de duas modalidades desportivas: ginástica de manutenção/recria-
A Projeto para pessoas a partir dos 55 anos ção a decorrer na Escola nº 1 (antiga escola primária) de segunda a quinta feira às 10h00, e hidroginástica nas Piscinas Municipais de segunda a sexta-feira às 9h45, de forma alternada. Para além destas modalidades, os participantes poderão usufruir ainda de aulas de informá-
tica, caminhadas, festas temáticas, entre outras. As inscrições poderão ser feitas através do número de telefone 232 760303, nas Piscinas Municipais de Oliveira de Frades ou nas respetivas Juntas de Freguesia. Emília Amaral
SAÚDE 24 RECEBEU MAIS DE 4 MILHÕES DE CHAMADAS A Linha Saúde 24 recebeu cerca de 4,3 milhões de contactos de utentes, nos últimos cinco anos (2007), tendo evitado mais de um milhão de idas desnecessárias às urgências, de acordo com o último balanço feito por este serviço. Por ano, a distribuição das chamadas corresponde a cerca de 300 mil, nos oito meses de funcionamento da linha em 2007, cerca de 500 mil, em 2008, perto de 1,2 milhões, em 2009, 630 mil, em 2010, 670 mil, em 2011, e perto de um milhão, em 2012. A maioria dos utentes recorre a este serviço para obter informações e aconselhamento clínico sobre o seu estado de saúde ou de familiares, em particular dos filhos. A Linha Saúde 24 é constituída por uma equipa de 400 profissionais de saúde especialmente formados para dar aconselhamento ou ajudar o utente a encontrar a melhor solução, e dispõe atualmente de dois centros de atendimento, em Lisboa e no Porto.
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32 SAÚDE
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Opinião
Liga lança ideia para Serra da Estrela sem tabaco Projeto∑ Sensibilizar para a prevenção do tabagismo ∑ Apresentado este sábado O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro quer fazer da Serra da Estrela um espaço natural sem fumo de ciga r ros . O projeto de sensibilização para a prevenção do tabagismo, vai ser apresentado este sábado, 17 de
Novembro, Dia Mundial do Não Fumador. A iniciativa vai ser dada a con hecer no Centro de Interpretação da Serra da Estrela, em Seia, numa ceri món ia que conta rá com a participação do diretor-geral da Saúde, Francisco George, e do
presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Carlos Oliveira. Educar para a saúde e prevenir a doença oncológica são os objetivos da ação, que pretende fazer da Serra da Estrela a primeira do mundo sem tabaco. O projeto vai decor-
rer até junho de 2013 e terminará com a realização de uma atividade de relevo, em que participarão entidades parceiras e alunos de várias escolas da área envolvente do Parque Natural da Serra da Estrela.
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Porquê ortodontia? Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt
A colocação de implantes dentários tem como objectivo reabilitar espaços sem dentes, que muitas vezes se encontram assim há bastante tempo ou reabilitar dentes que têm que ser extraídos devido a algum problema ou inflamação.• O facto de ter os dentes tortos não leva a que tenha que os tirar para colocar uns direitos. É totalmente desaconselhado a extracção de dentes sem que esta seja extritamente necessária. Para qualquer tipo de reabilitação dentária, tem que se avaliar vários factores, tais como, Higiene Oral (é essencial manter uma boa saúde oral, ter os dentes limpos, fazer visitas regulares ao Médico Dentista ou Higienista para tentar prevenir a acumulação de placa bacteriana, cáries e infecções nos dentes, osso e gengiva), boa quantidade e qualidade do osso dos maxilares e o estado de saúde geral. A movimentação de
dentes desalinhados é o tratamento de eleição por não ser evasivo, uma vez que mantém intactos os dentes naturais.. Tal é possível com o auxílio de um aparelho dentário. Para colocar aparelho dentário também é fundamental que tenha um osso maxilar e mandibular em boa quantidade e qualidade para que seja possível exercer as forças suficientes para endireitar os dentes. É um tratamento demorado, uma vez que são forças que vão ser exercidas nos dentes para os endireitar e têm que ser feitas de uma forma muito lenta para não os lesar. Quanto ao facto de ser inestético, actualmente já existem brackets transparentes, em vez dos metálicos, e em certos casos é possível colocar o aparelho na parte palatina e lingual dos dentes, isto é na parte de trás dos dentes, sem que se perceba que tem aparelho dentário.
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CLASSIFICADOS 33
16 | novembro | 2012
INSTITUCIONAIS 1ª Publicação
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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)
Um suplemento natural fez toda a diferença
“Já não tenho dores nos joelhos!”
1ª Publicação
“Teria ficado muito triste se não pudesse continuar a praticar exercício, pelo que estou maravilhada por o meu fisioterapeuta ter recomendado o suplemento de glucosamina e condroitina. Estou 100% sem dores e sinto-me óptima”, afirma Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia. Durante muito tempo, Ana lutava contra as dores no joelho. As articulações do joelho estalavam e provocavam-lhe muitas dores.
(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)
Mesmo quando estava sentada, durante algum tempo no trabalho ou a ver um filme em casa, por exemplo, sentia um grande desconforto na articulação do joelho. “O BioActivo Glucosamina Duplo resolveu os meus problemas. O desconforto foi desaparecendo lentamente e agora já não sinto dores. Este produto parece ter sido a solução,” afirma Ana Garrido de 55 anos, aliviada por poder aproveitar e ter uma vida activa novamente.
“Durante anos sofri de dores, mas o suplemento de glucosamina resolveu o meu problema. Estou 100% sem dores”, conta Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia.
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Vida nova para as velhas articulações 1ª Publicação
O BioActivo Glucosamina Duplo contém sulfato de glucosamina e condroitina, dois compostos activos biológicos considerados essenciais para o bom funcionamento da cartilagem. O corpo necessita destas duas substâncias para construir e reparar a cartilagem danificada das articulações. Muitas pessoas descobriram
que o uso regular da combinação da glucosamina com a condroitina, ajuda a manter um estilo de vida activo, sem o desconforto que muitas vezes ocorre à medida que envelhecemos.
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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)
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34 CLASSIFICADOS
16 | novembro | 2012
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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)
(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)
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clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanårio Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
HĂ UM ANO
CARTA DO LEITOR Publicidade
Paulo Neto
David Costa Azevedo Viseu
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Ano 10 N.Âş 505
1,00 Euro
escolher melhor aquilo que comemos e a vida que
SEMANĂ RIO DA
REGIĂƒO DE VISEU
¡ www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu ¡ redaccao@jornaldocentro.pt ¡ Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 ¡ Fax: 232 431 225
EmpresĂĄrios da restauração alertam: “2012 vai ser o pior ano de sempre...â€? ∑ Subida do IVA pĂľe em causa a sobrevivĂŞncia do sector.
EmpresĂĄrios consideram “falĂĄciaâ€? os 200 milhĂľes
temos� (Edite Nascimento - MÊdica)
que o Estado diz arrecadar | pĂĄginas 8 e 9
∑ “Vai ser um dos piores anos da restauraçãoâ€? (EmpresĂĄrios do setor)
∑ Internet chega a todas as freguesias de Viseu ∑ Lampantana em MortĂĄgua foi um sucesso ∑ “Devemos ser um clube cada vez mais regionalâ€?
Paulo Neto
(AntĂłnio Loureiro, presidente do Lusitano)
Por lapso, o Jornal do Centro escreveu, na edição 556, a 9 de novembro, que Artur Rodrigues Ê proprietårio do estabelecimento comercial GoodVibes, mas na realidade, Ê apenas funcionårio e responsåvel de loja. O espaço pertence à empresa If You Wear, exportação e importação lda, sendo Ivo Sousa, o gerente. Aos leitores e aos visados, as nossas desculpas.
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A GUERRA DO ULTRAMAR
E AS SUAS CONSEQUĂŠNCIAS COLĂ“QUIOS - AUDITĂ“RIO MUNICIPAL DE TONDELA
SĂĄbado
17 NOV.
24 NOV.
Tema: Moçambique ç q um p paĂs nascido da g guerra Depoimentos: Prof. Doutor Armando Jorge Lopes +PYLJ[VY KH -HJ\SKHKL KL *PvUJPHZ :VJPHPZ KH <UP]LYZPKHKL 4VUKSHUL 4HW\[V Prof. Doutora Alda Costa <UP]LYZPKHKL 4VUKSHUL 4HW\[V
Tema: A Ă frica branca Coronel Matos Gomes 6Ă&#x201E;JPHS YLMVYTHKV KV ,_tYJP[V L /PZ[VYPHKVY" *VTIH[LU[L LT (UNVSH 4VsHTIPX\L L .\PUt
SĂĄbado
01 DEZ.
21:00 horas
SĂĄbado
21:00 horas
saldo, e que estĂĄ no contrato que eu assinei.NĂŁo sabia nem fui informado na compra,mas nĂŁo ĂŠ importante. Mas que fui roubado, fui,que ĂŠ uma infame jogada ĂŠ. NĂŁo posso aceitar. Desde quem pensou,quem legislou,quem aprovou,Ă s empresas que aplicam, nĂŁo o fizeram nem o fazem de boa fĂŠ, sabem que ĂŠ um roubo. 1- Porque ĂŠ que a validade nĂŁo ĂŠ de 10, 50,100 ou 300 dias? 2- NĂŁo satisfeito com este operador,com esta gente,quero outro operador? Pois e agora! A verdade ĂŠ que nĂŁo temos alternativas,estamos todos entregues obrigatoriamente ao monĂłpĂłlio destes Srs. 3- Claro que, como provado no meu movimento dos Ăşltimos meses, jĂĄ deixei de ir a muito lado mesmo em trabalho,por causa destas malditas scuts,mas eu quero usar uma alternativa, como posso ir para Aveiro ou Porto ou Guarda. NĂŁo existe. Se existisse, a A25 estaria Ă s moscas,mas quando esta foi pensada,foi jĂĄ a pensar que seria mandatĂłrio passar aqui. 4- Desde: a) O ilegal imposto automĂłvel b) Mais o iva desse imposto mais o do bem em si. c)O imposto brutal sobre os combustĂveis d)O aumento sobre os combustĂveis de 2 cĂŞntimos em 2005 para suportar os custos das Scuts segundo o governo de entĂŁo. e) O imposto Ăşnico de circulação (que em alguns casos ĂŠ superior ao de uma vivenda). f) Ao iva sobre todos produtos e serviços que gastamos com o automĂłvel ao longo da sua vida. g) Mais portagens e muito caras. Quando ĂŠ que vai ser suficiente? Quando ĂŠ que este monstro estarĂĄ saciado?
SemanĂĄrio 18 a 24 de Novembro de 2011
pĂĄg. 02 > PRAĂ&#x2021;A PĂ&#x161;BLICA pĂĄg. 06 > ABERTURA pĂĄg. 08 > Ă&#x20AC; CONVERSA pĂĄg. 10 > REGIĂ&#x192;O pĂĄg. 18 > EDUCAĂ&#x2021;Ă&#x192;O pĂĄg. 19 > SUPLEMENTO pĂĄg. 24 > ECONOMIA pĂĄg. 26 > DESPORTO pĂĄg. 29 > CULTURA pĂĄg. 31 > EM FOCO pĂĄg. 32 > SAĂ&#x161;DE pĂĄg. 35 > CLASSIFICADOS pĂĄg. 38 > NECROLOGIA pĂĄg. 39 > CLUBE DO LEITOR
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Em 2011,fruto da minha actividade em que por vezes circulo com diferentes viaturas, adquiri um dispositivo anĂłnimo, de pagamento das portagens Scut por carregamento. Cansado de ter de gerir, melhor o pagamento de scuts, do que muitas outras coisas da minha vida,tipo: passei quando no PĂłrtico? Ir aos correios e... ainda nĂŁo estĂĄ em pagamento, entretanto ser multado porque nĂŁo havia estacionamento, voltar no dia seguinte e ver se jĂĄ posso pagar...e os custos se por acaso nĂŁo pagar nos 5 dias? E o meu trabalho? A minha vida? Ă&#x2030; que somos milhares de Portugueses nesta luta,vou aos correios e vejo sempre muitas pessoas a pagar portagens, e falam em produtividade? Como? Se os nossos governos sĂŁo eles prĂłprios a complicarem, dificultarem, a atrapalharem a vida do paĂs,das pessoas e das empresas. Mas, serve a presente para relatar o facto de no dia 1207-2012, ter feito um carregamento no dispositivo (cujo comprovativo tenho comigo) no valor de 50,00 euros. Deste carregamento apenas usei no dia 137-2012, 5.25 euros ficando naturalmente com a diferença como saldo. No entanto no dia 14-10-2012 recebi uma mensagem no telemĂłvel disparada pelo sistema do Sr ctt, que me avisava que o meu saldo era inferior a 5 euros. Sabendo que nĂŁo tinha usado o meu crĂŠdito fui informar-me atĂŠ que reclamei para â&#x20AC;&#x153;portagens@ctt. ptâ&#x20AC;?. Nestes dias falando com amigos, todos ficavam boquiabertos, incrĂŠdulos, e todos diziam que houve um engano. A resposta veio, confirmando que os ctt dizem, que o dispositivo nĂŁo sendo carregado em 90 dias, eles(comem tudo) limpamnos o saldo. O meu saldo actual ĂŠ zero. Estou seguro que estĂĄ tudo legal. Sim,os ctt dizem que se nĂŁo carregar em 90 dias perco o
â&#x2C6;&#x2018; â&#x20AC;&#x153;NĂŁo vamos mudar o mundo, mas podemos
DIRECTOR
UM JORNAL COMPLETO
O JORNAL DO CENTRO ERROU
EDIĂ&#x2021;Ă&#x192;O 505 | 18 DE NOVEMBRO DE 2011
DistribuĂdo com o Expresso. Venda interdita.
21:00 horas
Quando ĂŠ que este monstro estarĂĄ saciado?
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DEscreva-nos para:
16 | novembro | 2012
Tema: Portugal e o CrepĂşsculo dos ImpĂŠrios Coronel David Martelo 6Ă&#x201E;JPHS YLMVYTHKV KV ,_tYJP[V L /PZ[VYPHKVY" *VTIH[LU[L LT (UNVSH
ENTRADA LIVRE Convidam-se especialmente os combatentes, alunos e professores de história, associaçþes culturais e quantos regressaram de à frica
tempo
JORNAL DO CENTRO 16 | NOVEMBRO | 2012
Hoje, dia 16 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 15ºC e mínima de 10ºC. Amanhã, 17 de novembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 8ºC. Domingo, 18 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 6ºC. Segunda, 19 de novembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 4ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Sexta, 16
Vila Nova de Paiva ∑ X Encontro Micológico da Escola Superior Agrária de Viseu, 9h00, Parque Arbutus do Demo.
Sábado, 17 Viseu ∑ A secção do PSD apresenta o “Nucleo das Mulheres Social Democratas de Viseu”, às 17h00, na Pousada de Viseu.
Domingo, 18 Vouzela ∑ 7ª Jornada Micológica de Lafões, às 10h00, receção no restaurante Eira da Bica.
Terça, 20 Viseu ∑ Apresentação do filme/documentário “Livro de Ponto” do realizador Nuno Tudela, às 21h45, no auditório do IPJ de Viseu. Publicidade
Descobrir Aguieira Dão e Caramulo através dos sabores
Olho de Gato
Seis casos Joaquim Alexandre Rodrigues
Rota Gastronómica∑ ADICES em parceria com 14 restaurantes A ADICES - Associação de Desenvolvimento Local lança o convite até 15 de Fevereiro para partir à descoberta do território composto pelos concelhos de Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela, através dos seus sabores. Durante três meses decorre a segunda edição da “Rota da Gastronomia”. Uma iniciativa da ADICES que arrancou ontem, em parceria com 14 restaurantes locais. A Rota, que tem o apoio das quatro autarquias e do Turismo Centro de Portugal, pretende mostrar a quem visita a região, os “sabores antigos recolhidos no dia-a-dia das aldeias”, mas também “os sabores renovados e reinterpretados por cozinheiros experientes à procura de novas aventuras
gastronómicas”, de acordo com a organização, reforçando que a Rota da Gastronomia “é uma iniciativa que pretende promover e divulgar não só a gastronomia, mas sobretudo a produção local de bens agroalimentares originários do território de intervenção da ADICES”. Nas 1 4 paragens da rota, os restaurantes aderentes promovem durante o período do evento ementas
diversificadas centradas na gastronomia regional e na utilização privilegiada dos produtos que “há longos anos dão expressão e força à cozinha local” como o vinho do Dão, o azeite, o cabrito do Caramulo, a lampantana, o queijo e o requeijão, a laranja de Besteiros, a maçã, o mel, os enchidos, as compotas, os hortícolas, o milho e outros. Emília Amaral
Iniciativas promocionais
∑ Esta edição da Rota da Gastronomia vai para além da componente gastronómica e apresenta iniciativas promocionais: concurso cultural, mostras e degustações de produtos, provas de vinho, ofertas de produtos locais e animação musical. Tudo a acontecer em 14 espaços de restauração que integram esta iniciativa (3Pipos, A Escola, Cota Máxima, Dão Catering, Marte, Monte Belo Aguieira, Nascer do Sol, O Nosso Lar, O País, Panorâmico, Pátio das Conversas, Petz Bar, Quinta de Cabriz e Salinas).
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
(i) Em 2003, a TMN, a Optimus e a Vodafone foram autorizadas pelo governo de Durão Barroso a comprar a quarta rede GSM aprovada para Portugal, rede que tinha atribuído o prefixo 95. (ii) Em 2006, a Autoridade da Concorrência, dirigida por Abel Mateus, proibiu a aquisição das Auto-Estradas do Atlântico pela Brisa, mas o ministro Manuel Pinho decidiu autorizar o negócio. Isto é, a partir de então, a Autoridade da Concorrência passou a ser um verbo de encher, basta lembrar o à-vontade do cartel das gasolineiras. (iii) Em 2008, o governo de Sócrates decidiu ajustar directamente a operação Magalhães à JP Sá Couto, numa clássica operação de “escolha dos vencedores”. (iv) Em 2011, a versão de 3 de Maio do Memorando de Entendimento com a Troika reservava o leilão das novas frequências de banda larga sem fios (4G) só para novos operadores, mas a versão de 11 de Maio, a que veio a ser assinada pelas partes, já deixou que a TMN, Optimus e Vodafone fossem a jogo (de certeza isso não teve nada a ver com a posição que o sr. António Borges tinha então no quartel-general do FMI). (v) Ainda em 2011, mas em Outubro, o Banco de Portugal matou, quase à nascença, uma “guerra” de juros para captação de depósitos que estava então a acontecer, ameaçando os bancos com penalizações. (vi) Em 2012, no primeiro de Maio, o Pingo Doce decidiu fazer um desconto de 50% aos seus clientes. À cautela, para que um “desaforo” desses não se repetisse, as coimas foram subidas de 30 mil para dois milhões e meio de euros. Os cinco primeiros casos mostram manobras de bastidores contra os consumidores e uma cultura do poder opaca e hostil à concorrência. Já no último, o do Pingo Doce, a exibição de força é feita às claras para servir de aviso para o futuro — é colocada uma cabeça de cavalo ensanguentada na cama do sr. Alexandre Soares dos Santos.
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