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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
17 Jornal do Centro
23 | novembro | 2012
especial
UM JORNAL COMPLETO
Agências de Viagens
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Paulo Neto
pág. 08 > À CONVERSA
de çar percursos. Há quem goste Viaja r começa mu ilevar a sua viagem previamente to antes da viajem em com escolha de locais si. Há muitas coisas delineada, exposições, parques, loque se devem ter em a visitar, ruas. Mas há também quem conta cont antes do dia jas, esta planificaesca- não queira fazer m da merecida prefira partir à descoberta. pada. Escolher o ção e pad casos é importante que, loca l pa ra onde Nos dois loc se assinale pontos de se pretende via- pelo menos, chave, isso vai facilitar jar é o primeiro interesse rentabilizar o tempo onto a ter em e sobretudo po Outra das “dores de conta, con na maioria da viajem. é fazer a mala, o medo das vezes sabe-se cabeça” importante o lo- de que alguma coisa previamente prev a escolha das roupas certas, ca l pa ra onde se falte, o imprescindível ao invés quer ir mas, por ve- levar não vamos chegar coisa que de coisas que ú zes, a única leusar são temas que podem se sabe é que se quer ir, a alguns dias a resolver. Tenha onde não interessa. var para onde, em conta a meteorologia sempre ir e internet na Pesquisar n uma pessão do local para onde vai, a uma agência de viagens vai perNes- quisa rápida na internet as atitudes mais corretas. saiba, mais ou menos, que mitir sempre opçã tem que é ta segunda opção o tempo que vai fazer, em acompanhamento de pessoas o acompanhamen lhe ajuda? Na escolha da q podem ser que isto especializadas e que levar um caSe roupa, claro. Se deve o grande guia nas indecisões. mais quente, se deve levar ideias exponha-as saco tem algumas idei para a chuva por- calçado apropriado sempre e explique as razões apostar em deve se sol, o para ou lod t-shirt que pretende ir a determinado calças ao invés de calções, profissiona saberão com cal, os profissionais de manga a me- em vez de camisolas ind mais facilidade indicar-lhe e tantas outras peças p outro lado, cumprida lhor opção. Se, por Para facilitar a tarefa on gostaria de de roupa. não faz ideia de onde forma a procam- faça uma lista, desta de alir, faça uma triagem: praia, den- babilidade de se esquecer mepo ou serra, frio ou calor, guma coisa será certamente tro do país ou para o estrangeiro? essa lista nunca nor e poderá aproveitar É muito importante que se se esquedispõe para futuras viagens, se esqueça do tempo que cer de alguma coisa acrescente, para a viagem. vai faltar. tra- da próxima vez já não Escolhido o local é altura de
pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO
Ano 11 N.º 558
pág. 14 > ECONOMIA pág. 17 > ESPECIAL pág. 20 > DESPORTO
1,00 Euro
pág. 23 > CULTURA
SEMANÁRIO DA
pág. 26 > EM FOCO
Nesta N estta ed edição dição
pág. 28 > SAÚDE
Especial Agências de Viagens
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Semanário 23 a 29 de novembro 2012
pág. 06 > ABERTURA
Prepare-se antes de viajar…
mais, extenso e na lado vez mais em todo o lado, Viajar é muitas vezes debate hora de escolher o sítio fazer as malas e partir à a escolha quando se precerto pondera-se tudo e descoberta de novos lutende fugir à rotina e à faz-se contas à vida em gares ou regressar a loconfusão do dia-a-dia busca do pacote mais cais onde já se foi muito e, sobretudo, quando a adequado às necessidafeliz é a opção. palavra de ordem é desdo turista e da carO leque de países, ci- des cansar. Numa altura em teira. dades e preços é, cada que o tema da crise se
DIRETOR
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Faça as malas e venha viajar pelo especial desta semana…
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REGIÃO DE VISEU
pág. 29 > CLASSIFICADOS
Novo acordo ortográfico
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“A empresa mais exportadora da região centro está na Dão Lafões” | páginas 8 e 9
∑ José Couto, presidente da direção do
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Paulo Neto
CEC, em entrevista ao Jornal do Centro
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Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
praçapública rOs livros de Daniel r
palavras
deles
IndependenteSampaio fazem parte mente dos governos, da mobília das nossas independentemente das posições particasas”” dárias, sempre assumimos que não tinha qualquer sentido fazer esta reforma apenas e só pelas juntas de freguesia” Fidalgo Freitas Médico psiquiatra (Apresentação do novo livro de Daniel Sampaio, Leya na Pretexto, Viseu, 15 de novembro)
Opinião
Jorge Loureiro Vice-presidente da AHRESP
Opinião
Sílvia Vermelho Politóloga
Carlos Marta Presidesidente da Câmara Municipal de Tondela (Conferência de imprensa , 19 de novembro)
r
Para além de se pedir aos empresários que inovem e que introduzam novas variáveis no seu negócio, que reinventem o seu negócio, que aumentem a faturação e consigam exportar, pede-se-lhes também que tenham um papel do ponto de vista da responsabilidade social”
r
A Região Centro está no top 100 das regiões mais competitivas em termos de inovação”
José Couto
José Couto
Presidente do CEC, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente do CEC, em entrevista ao Jornal do Centro
A Hotelaria e a Restauração e Bebidas na atual conjuntura económica Apesar da situação de crise vivida por estes setores se ter agudizado nos últimos tempos, por via da recessão económica actual, a verdade é que, desde há muito que a Hotelaria e a Restauração e Bebidas se vêem confrontados com uma carga “brutal”, ao nível dos custos de contexto, não comparável com qualquer outra atividade económica. Hoje em dia estes setores estão obrigados ao pagamento de, no mínimo, 97 verbas, só entre Impostos e Taxas. Se a isto somarmos as consequências diretas da crise económica, como seja a quebra no consumo e ainda mais aumento fiscal, a consequência não pode ser outra senão a dizimação de milhares de empresas, a que hoje já assistimos, e dos respetivos postos de trabalho que asseguram, ou asseguravam, com todos os inconvenientes que daí advém, quer ao nível de despesa para o próprio Estado, quer ao nível do impacto social que geram. Estas empresas, na sua maioria micro e pequenas empresas, deixaram
assim de ser um importante contribuinte produtivo (económico e social), para passarem ao estado de contribuinte de insolvência, de desemprego, com expectáveis quebras de elevados volumes económicos ativos para a balança comercial do nosso País. As opções políticas (anti competitivas) e as medidas (desproporcionadas), até agora implementadas, estão a destruir o principal tecido empresarial e um dos mais importantes segmentos produtivos exportadores – a Hotelaria, a Restauração e o Turismo. A subida da taxa do IVA na Restauração e Bebidas em 77% com reflexos também ao nível da Hotelaria foi a gota de água final na capacidade de sobrevivência das empresas destes setores. Prevendo o que sucederia, a AHRESP empreendeu uma série de ações com vista a sensibilizar o Governo, para que reconhecesse o tremendo erro que estava a cometer. Realizámos ações de esclarecimentos, colocámos novamente o assunto à AR, através da nossa Petição, e, mais recentemente,
apresentámos um estudo independente que comprova as visões mais pessimistas sobre o impacto da taxa máxima de IVA nestes serviços. Compreendemos e somos solidários com as razões que levam movimentos mais “radicais” a tomar outro tipo de medidas, como aconteceu recentemente em Viseu. No entanto essa não é a postura da AHRESP. Somos uma associação com uma dimensão e uma responsabilidade que não se coaduna com este tipo de iniciativas, para além de que, concretamente no que diz respeito ao “Dia Nacional Sem Restaurantes”, proposto pelo Movimento Nacional de Empresários da Restauração, foram os próprios empresários que nos informaram não se reverem numa iniciativa que teria como único resultado a perda de mais receitas. As reclamações até podem ser as mesmas mas divergimos diametralmente na forma de as reivindicar. Mantendo-se a atual taxa de IVA, estima-se que, até final de 2013, se registe uma redução do volume de negócios
no setor de cerca de €1750 milhões, enquanto no que diz respeito ao encerramento de empresas se calcule que o seu número atingirá as 39 mil, o que ditará a extinção de 99 mil postos de trabalho – e isto apenas entre 2012/13. Acreditamos que o esforço da AHRESP não foi em vão. Recentemente o Governo veio reconhecer a importância destes setores na economia nacional, tanto pelo importante contributo na geração de emprego, como pela significativa contribuição para o bom desempenho do sector turístico nacional, tendo decidido criar um grupo de trabalho interministerial que, em colaboração com os representantes do sector, avalie o respetivo regime fiscal. É urgente que, rapidamente se chegue a soluções e se implementem medidas, como a redução da taxa do IVA, que ainda possam salvar a Restauração e o Turismo. Caso contrário, a manutenção da taxa do IVA em 23%, terá efeitos irrecuperáveis no setor, na sociedade e na economia portuguesa.
dualmente. Portugal conheceu, no passado dia 14, a maior carga policial desde 1990. Miguel Macedo, que afirmou que o aumento de 10,8% no orçamento das forças de segurança tinha como objectivo a sua estabilização, atribui a responsabilidade dos acontecimentos a “meia dúzia de profissionais da desordem” e os relatos confirmam que, dentre as milhares de pessoas que se encontravam à porta da AR, apenas escassas dezenas encetavam o início do que viria a ser uma carga policial indiscriminada. O domínio de Thor seria, muito provavelmente, o domínio de um delírio colectivo de agressividade, que muito se viu. Um corpo de intervenção faz o que uma pessoa não faria. Há uma subtracção, um rapto até, da personalidade própria e do humanismo. Os fatos
e os escudos criam uma dissociação da realidade e há uma desproporção da força. “Danos colaterais” e “sítio errado, hora errada” são justificações encontradas pela opinião pública para que num Estado de Direito Democrático se possa assumir que “estas coisas” existam. Mas a polícia também é povo. É um povo especial, claro, que quando faz manifestações, fá-las sozinha e empunha cartazes a dizer: “qualquer dia prendemo-vos a vocês”. No dia 14, “eles”, o “vocês” para quem a polícia falava, continuavam exactamente na mesma: bem. Nós, polícia e civis, continuamos na mesma – mal, e, pior!, divididas/os. Divide et impera. Dá jeito ter dois lados na AR, “polícia contra manifestantes”. A divisão, física,
visível, distrai-nos do resto, tudo o que nos povoa a cabeça são essas fileiras típicas. Os escudos altos da polícia estavam virados para as/os manifestantes. Mas os escudos, como sinal de protecção, teriam, pela lógica, de estar virados para a AR, de onde vem a ofensiva. Um dia, as/os polícias, estarão com os seus pares – o povo – de frente para a AR. E então sim, as barricadas serão verdadeiras - povo (todo) contra a injustiça, e não divisões provocadas, que procuram distrair-nos da ofensiva que vem do Poder. Não nos deixemos distrair do que deve ser o nosso objecto de trabalho diário – a protecção da nossa vida. Recordo uma imagem televisiva da Revolução de Veludo – dizia uma mulher para um polícia: Junta-te a nós, tu também és povo.
O efeito Thor Na mitologia nórdica, Thor é o Deus da Guerra. Os guerreiros vikings, antes de partirem para a guerra, solicitavam a sua protecção mas, em vez de uma mera bênção divina, Thor possuía cada um dos corpos no campo da batalha. Sob a carne humana, passava apenas a residir o espírito guerreiro do deus e, incapaz de discernir o que o rodeava, o guerreiro aniquilava tudo à sua frente. Se a Razão nos leva a duvidar que Thor tenha possuído os espíritos dos guerreiros que o invocavam, sabemos hoje, pelas ciências que tomaram o lugar à crença, que o indivíduo tem, em grupo, reacções que não teria sozinho. O efeito das massas é explorado até à exaustão pelas ciências sociais e, verdade, estas não nos têm trazido grandes respostas, antes constatações – somos, em grupo, o que não seríamos indivi-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
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O número de automobilistas já fiscalizados este ano pela PSP na cidade de Viseu. Em média ainda são detetadas 40 a 50 contraordenações graves e três a quatro muito graves por cada operação.
José Couto Presidente do CEC e da CCIC
Pelo trabalho levado a cabo junto das empresas da Região Centro, no sentido da sua motivação e preparação para “Crescer Exportando”.
Importa-se de responder?
Com a apresentação do seu último filme “Livro de ponto”, na cidade-cenário onde decorre e numa concorrida apresentação levada a efeito pelo Cine Clube de Viseu.
Sou um apreciador de cogumelos, mas não os sei colher nem identificar. Habitualmente como os enlatados e míscaros, embora não seja grande apreciador destes últimos.
Natércia Martins
Sérgio Saraiva
Professora
Estudante
Gosto bastante de cogumelos, conheço algumas espécies. Costumo comer míscaros, tortulhos e sanchas.
Sou uma grande aperciadora de cogumelos, gosto muito. Sei distinguir algumas espécies mas, por vezes, tenho muitas dúvidas. Habitualmente como míscaros, sanchas e tortulhos.
Vasco Silva
Maria José
Professor
Professora
João Cotta Presidente da AIRV
Ao comemorarem os 20 anos da sua Associação, desenvolvem uma série de parcerias e de iniciativas que culminarão com a presença de Dom Duarte de Bragança, no dia 29 deste mês, em Viseu.
É um apreciador de cogumelos? Gosto muito. Conheço uma ou duas espécies e frequento algumas ações. Habitualmente como tortulho e míscaros.
Opinião
Álvaro Barba de Menezes Presidente da Real Associação de Viseu
Nuno Tudela Cineasta
Refundação das PPP´s rodoviárias No 1.º semestre de 2012 no distrito de Viseu, as insolvências aumentaram 48,19% face ao período homólogo de 2011. O 2.º semestre deste ano está a ser aterrador e estes números vão ser muito piores. As portagens das ex SCUT´s são um problema adicional que agravará a difícil situação das empresas e dos cidadãos. O Observatório das Parcerias Publico Privadas realizou recentemente um estudo sobre as PPP em Portugal. Ficámos a saber que Portugal foi o País do Mundo que usou mais as PPP, em % do PIB! Os diversos Governos usaram e abusaram deste mecanismo, muitas vezes para desorçamentar estes investimentos da despesa pública. O
referido estudo refere que, em alguns destes projetos, os interesses do Estado não foram devidamente acautelados e que houve o adiamento falacioso do início do seu pagamento. Por esta razão o Estado vai pagar este ano cerca de 1,5 milhões de euros e a partir de 2014 cerca de 2 mil milhões de euros por ano. Sabemos que a nossa região é muito afetada pelas portagens das SCUTS, destinadas a pagar as PPP´S. Quer as empresas quer os particulares já começaram a sentir este aumento dos seus custos. Para as grandes empresas exportadoras da nossa região, estas portagens representam um agravamento anual de várias centenas de milhares de euros.
O Observatório das PPP apresentou recentemente uma ideia que merece ser analisada. As PPP rodoviárias deveriam ser recompradas pelo Estado por um valor equivalente a 2% do PIB (3,5 mil milhões de euros. Esta aquisição teria um problema: agravaria o défice do Estado em 2% no ano de aquisição. Teria no entanto, entre outras, três vantagens. A primeira seria a redução anual da despesa do Estado em 400 milhões de euros. Esta operação permitiria também a injeção de liquidez nos Bancos financiadores das PPP´s através do pagamento da dívida. Por último as construtoras também receberiam liquidez através da compra dos ativos destas PPP´s .
Para reforçar a bondade desta ideia resta referir que o Memorando de entendimento com a Troika prevê a possibilidade de renegociar as PPP, para reduzir o esforço dos pagamentos pelo Estado. Neste momento todas as boas ideias que possam permitir o crescimento da economia devem ser estudadas. Com esta medida poderá ser possível reduzir o esforço das portagens para as empresas e particulares. Por outro lado poderíamos ter mais liquidez na economia. A refundação do Estado também exige a análise das PPP´s. Esta ideia do Observatório das PPP´S deve ser estudada pelo Governo e apresentada aos nossos amos da Troika.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Paulo Neto Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt
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Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
A Raiz do Mal Ninguém hoje tem dúvidas de que um malefício devastador tomou conta da sociedade portuguesa. A vida de todos quantos lutaram pela liberdade está nas mãos de um punhado de indivíduos. E a liberdade relativizou-se, uma vez que a “democracia” encontrou novas formas totalitárias e eficazes de estrangular o cidadão. A primeira década superveniente ao 25 de Abril desorbitou-se nos inevitáveis exageros de qualquer revolução ou evolução acelerada. Mas tinha uma elite de políticos tarimbada na oposição dos anos 50 e 60, com grande pos-
tura intelectual, cívica e moral. A partir de meados de 80 e início da década de 90 desabrocham os dirigentes que perceberam que a política não era uma missão, um curso de vida, mas sim uma comissão e um recurso por explorar. Começaram a chegar ao poder os oportunistas com o seu séquito infindável de lugares-tenentes e a sua clientela inesgotável de duvidosos lóbis e onerosos encargos. Vem a adesão à comunidade europeia e com ela chegam os dinheiros fáceis. Surgem os subsídio-dependentes. De repente, em
muitos cérebros fez-se luz: o Estado é um ubero pródigo. Vamos abocanhálo, convidar familiares e amigos para os tetos sobrantes e sugar o leite todo. A democracia que tem nos partidos políticos a essência da sua liberdade tem hoje, nos partidos políticos, em geral e salvo honrosas excepções, a escória dos indigentes: gente que nunca fez nada fora da política, que nada sabe fazer no mundo sério e árduo do trabalho, gente norteada por valores como o individualismo, o amiguismo, o arranjismo, a cupidez e a venalidade. E depois, de repente, percebemos
Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
Serviços Administrativos Sabina Figueiredo
Opinião
sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt
O exercício da greve Não será preciso estudar história, filosofia, política, sociologia, ou outras ciências para se entender, querendo, já se vê, o porquê deste direito que vai sendo, de mais em mais, inalienável, sobretudo nos países que tendem para as democracias frouxas e, consequentemente, para o descalabro financeiro ou para a bancarrota, bem como para o amornar de usos mais galhardos e para a inversão de tudo quanto se conhecia há pouco tempo atrás.
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Há nisto uma sequência que, por pedogénese, extingue tudo. A democracia, tal como a conhecemos no nosso exemplo, é uma meiacoisa. Meio sério/meio a brincar; meio responsável/meio agarotado; meio limpo/meio sujo; meio honesto/meio corrupto, etc. Mas há um conjunto de três características que a marcam como um ferrete: a ignorância, a maldade e a inveja. Por defeito, os cidadãos comuns deveriam chamar-me, genericamente,
de “gravidade”. Puxam para baixo, e todos ao mesmo tempo. Ninguém tem o direito de crescer, seja em que sentido for, sem ser alvo de “mau-olhado”, de escárnio invejoso ou, até, de maus tratos. Uma sociedade com tal entendimento e vivência está condenada. Mas, ela não é mais do que o resultado da sua evolução, mesmo sendo em sentido negativo, e a resposta ao conjunto de factores que a moldam. Ora, se os patrões são uns poltrões, mes-
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Gerência Pedro Santiago
Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
Opinião
É sabido que em alturas de crise surgem novas oportunidades, novas ideias, projectos inovadores e os empreendedores destacam-se. Mas por estes meses tem surgido uma nova profissão em crescente ascensão: O Comentador! Há-os para todos os gostos e feitios, desde o desportivo, cor-de-rosa, político, económico, criminal, meteorológico, gastronómico, do dia-a-dia, e (…) po-
deria continuar indefinidamente, pois basta ligar a televisão a qualquer hora do dia, o rádio ou abrir um jornal, e lá estão eles, os entendidos e versados em determinado assunto (?), dispostos a esclarecer (ou não) à luz da sua imensa sabedoria um qualquer leigo que julgam nunca ter opinião formada ou que pura e simplesmente caminha nesta vida sem se dar conta do que se passa à sua
volta. Tirando algumas excepções a que todos associamos essa ocupação, como o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, Miguel Esteves Cardoso ou Miguel Sousa Tavares, todos os outros parecem ter saído de uma linha de montagem, comentam absolutamente tudo, mas no fim sentimos que não ficamos mais elucidados, por vezes o contrário até é o mais verdadeiro… Pois quem ainda não reparou,
Comunidades Intermunicipais, JS e Américo 2013 1. Mais Estado?: Assinado o compromisso de reforma da administração local e pressionado pelo calendário da Troika, o inestimável ministro Miguel Relvas e os seus bem pagos assessores, imbuídos num espírito reformista, sentaram-se num gabinete e, de régua e esquadro na mão, toca a dividir o país. Apelidaram este projecto de: Novo Regime Jurídico das Autarquias Locais. Um nome juridicamente pomposo para a vetusta ideia da transferência de competências do poder central para o poder local. Para atingir tal desiderato, propõem a criação de um corpo intermédio: as entidades inter-
municipais. A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), liderada pelo estimável Fernando Ruas, rejeitou por unanimidade esta proposta, contra-argumentando com a previsível perda de competências autárquicas e com a redução da capacidade de gestão de dinheiros públicos por parte dos seus associados, em benefício destas novas entidades. Num sinal de lucidez democrática, o representativo Fernando Ruas e a ANMP defendem que a liderança destas comissões deve ser legitimada através de sufrágio universal e directo. Neste último ponto, eu apenas acrescentaria a exigência da li-
mitação de mandatos: dois, a exemplo do Presidente da Nação. Mas o que são estas comunidades intermunicipais? Velhos Governos Civis com nova nomenclatura e novos poderes? Segundo o semanário Expresso, estas comissões representam pelo menos uma centena de lugares a serem estreados e liderados por um primeiro secretário com um ordenado na ordem dos 4000 euros. A figura do primeiro secretário, ao invés do ex-governador civil, não será meramente decorativa, vai receber os poderes tributários municipais e ter capacidade de distribuição dos dinheiros públicos nacionais e europeus.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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que a nossa liberdade está nas mãos desta cáfila de arrivistas de duvidoso saber, parca competência e desmesurada gula. Mas o remanescente de políticos sérios que ainda vamos encontrando, mais no poder local do que no central, descrente do partidarismo descabelado que tem as duas facetas, na sua bi-polaridade de Dr. Jekyll e Mr. Hyde percebe, com toda a clareza e até, com as mudanças vertiginosas ocorridas no último meio século, que este estado da política braceja moribundo seus estertores no pântano onde caiu, pelo seu pé ligeiro e cabeça deslumbrada. Num sistema assim gasto, o Estado que
devia servir os cidadãos, tornou-se em seu sibarita proxeneta. A-social e medíocre, arrogante e atrevido como todos os ignorantes tem os dias contados. Hoje, os conceitos alteram-se de um dia para o outro – os jovens são quem melhor o percebeu – e estará para breve o momento em que os cidadãos acabem com o decadentismo partidário e se assumam em movimentos supra-partidários, com uma ética republicana nova, com valores morais sólidos e com inabalável espírito de missão. Será esta, naturalmente, a única via de salvação da democracia e que deve co-
meçar de dentro para fora, das autarquias para o Terreiro do Paço, mostrando, sem equívocos, que o Homem é superior à alavanca de um partido inexoravelmente consumido pela sua mediocridade e ganância. Aquilino, premonitoriamente, há 70 anos falava no “homem novo”. Não numa perspectiva de arianismo tenebroso, sim num enfoque do Homem com saber, com princípios, com missão e devoção. O Homem de hoje levou o país à rastejante desgraça, ignóbil subserviência e aviltante miséria. Provou o que valia. Por quê e até quando mais do mesmo?
quinhos, desmedidamente exploradores, quem haveria de defender os operários? O sindicato, claro. Já quanto a haver um sindicato de magistrados, a coisa pia mais fino. Só num país de dementes. Já agora deveria haver um sindicato de ministros, outro de deputados e até um sindicatozinho para o P.R.. E porque não haveria de ter um sindicato a instituição militar? «Amanhã não há guerra porque a malta assim decidiu». Ou «amanhã a ladroagem pode andar à vontade qu’a malta
nã vai moriar». Pois é, de facto a Instituição militar deveria ter como “sindicato” os seus chefes, os Generais. Mas, não. Os generais foram sendo absorvidos, esvaídos, distraídos, controlados, esquematizados… abafados. E a tal função de “sindicato” apagou-se. Os direitos dos militares foram sendo vilipendiados pelos políticos e os generais a dizer que sim. Ao contrário, os magistrados criaram um sindicato e o resultado, ao fim destes anos, é o seguinte:
Em 1974, um juiz “comarcão” ganhava tanto como o Comandante da Secção da GNR, normalmente um Tenente, tendo ambos o encargo da mesma zona territorial. Hoje, o equivalente magistrado ganha desmesuradamente mais e cavou-se entre esses “iguais” um fosso salarial que só um sindicato conseguiria. O Porquê? É simples: Os magistrados são sempre os mesmos, grosso modo, com as mesmas representatividades e a puxarem todos para o mesmo lado; os militares da Guarda têm a comandá-los
generais que não são da Guarda, que são colocados pelos diferentes Ministros de Administração Interna (que mudam de tempos a tempos) e não têm um fio condutor que permita com apego, interesse e espírito de corpo, pugnar pelos que acabam por nestes anos todos não ter quem os defenda. Lá se volta à questão dos maus patrões… No entanto, não falta o sindicato. Falta é quem o substitua.
nas tiradas finais como: “O futuro vai-me dar razão.”; “Sei mais alguns pormenores que prefiro não divulgar agora”; “Tenho a certeza que ainda iremos voltar a falar nisto!”; “Gostaria de não estar certo!”; e a sensação de que aqueles comentários que deviam servir para elucidar apenas parecem trazer mais em que pensar e nalguns casos, mais lenha para uma fogueira inextinguível. Então penso que deveriam surgir duas novas profissões que conside-
raria mais prementes: O Esclarecedor e o Solucionador. O Esclarecedor, que seja directo e conciso no seu discurso, e nos tire realmente dúvidas, que nos permita afirmar que estamos no poder de toda a informação respeitante a um determinado tema e ainda mais alguma que de outra forma não atingiríamos, de maneira a nos sentirmos realmente esclarecidos. Do Solucionador, por sua vez, e como o nome indica, esperaríamos soluções, ma-
neiras de agir e pensar que nos permitissem melhorar a nossa vivência e convivência com a conjuntura actual. Alturas houve em que a figura de solucionador passava única e exclusivamente pelo político eleito, acho que já nos demos conta que hoje essa figura tem de passar um pouco por todos nós, eleitores, arranjar soluções para o nosso seio familiar, para a comunidade onde estamos inseridos e esperar que tenha impacto a níveis su-
periores. A profissão que todos desempenhamos, a de “Desenrascador” já não basta, precisamos mesmo de soluções, de trilhar caminhos imbuídos de certezas, mas isso não seria tão mais fácil se todo o conjunto das nossas cabeças pensantes, largassem o comentário? Usassem toda a sua capacidade para um verdadeiro esclarecimento e cultivassem a construção de soluções? Eu acho que sim, mas é só a minha opinião…
Estas comissões em relação aos extintos governos civis ganham um novo poder, o aliciante poder do dinheiro. Neste contexto, além das autarquias também as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional serão esvaziadas de competências e relevância local. Numa época de aperto financeiro, este lugar de primeiro secretário será apetecível, logo disputado a nível político. À primeira vista estes lugares parecem talhados, pelo alfaiate Miguel Relvas, à medida dos dinossauros autárquicos, homens de costas largas entretanto impedidos de se recandidatarem aos lugares em que se eternizaram. Estas comissões serão uma segunda vida que o apparatchik, Miguel Relvas, dá
a quem, sobrevivendo do aparelho, não quer uma reforma banalmente chata ou ao fim de tantos anos ainda alimenta alguma réstia de ambição política. Por saber está o tamanho destes órgãos e quanto nos vão custar, pois quem paga a factura já sabemos.
secretariado nacional, fica a intervenção de José Pedro Gomes, durante a discussão da moção global de estratégia, sobre a cidade e o fim de ciclo a que assistimos. Não renegando a obra feita, o líder da concelhia, alertou para o facto de muito estar por fazer do ponto de vista social, económico e cultural. Reforçou a necessidade de novas políticas, de se avançar com o Conselho Municipal da Juventude bem como com o orçamento participativo. Ainda teve tempo para criticar a política do subsídio e, tal como grande parte desta geração, espera que os próximos anos sejam de afirmação desta cidade como líder no plano nacional. Até aqui temos um bom evento, eleitos locais, um bom discurso
e bastantes bandeiras a abanar. O que falta? Falta uma jota nas ruas, uma jota interventiva ao lado dos mais jovens, uma jota com agenda activa.
2. JS: A JS Viseu fez o trabalho de casa e, como bons alunos, tiveram a recompensa merecida. Durante 3 dias (2, 3, 4 de Novembro), reuniram 800 jovens socialistas em congresso nacional na cidade de Viriato. Em termos nacionais deste congresso saiu uma nova direcção e foi aprovada a moção global para o próximo biénio. A nível local, além dos eleitos para a comissão nacional e para o
Pedro Calheiros
3. PSD: Na Praça do Município, à medida que a ideia Américo 2013 ganha força, Guilherme fica sem margem. Manter-se relevante, na narrativa política, pode ser mais complicado do que cumprir os doze trabalhos de Hércules. Miguel Fernandes Politólogo (atribunadeviseu@gmail.com)
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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23 | novembro | 2012
abertura
textos ∑ Tiago Virgílio Pereira
Viagem alucinate ao mundo das “drogas legais” “O céu não é o limite”. É este o slogan da smartshop de Viseu. O espaço está aberto há mais de um ano e dedica-se à comercialização de “drogas legais”. O desafio, a aventura, querer viver emoções fortes e potenciar o prazer do momento, são algumas das motivações que levam cada vez mais clientes a optar por consumir “drogas legais”. “Define a trip que pretendes, um salto ao outro lado da rua, uma viagem à lua, uma expedição a Plutão. O efeito é garantido”, é a promessa da loja e pode ler-se na página do Facebook. O Jornal do Centro tentou falar com o responsável do espaço em Viseu, que recusou prestar esclarecimentos. O responsável pela comunicação também optou pelo silêncio. Cogumelos mágicos,
chás, incensos, energéticos naturais e fertilizantes de plantas estão expostos em armários de vidro. Quando visitámos o espaço, pedimos ao funcionário uma droga com efeitos secundários redutores. O indivíduo alertou que “nenhuma das substâncias é direcionada para consumo humano”. Contudo, pouco depois, aconselhou a aquisição de incenso. “Pode ser misturado com tabaco, como se fosse um cigarro de enrolar”, explicou. Perguntámos acerca dos efeitos secundário: “depende do metabolismo de cada um e, sobretudo, da quantidade usada”, respondeu. Apesar de estarem expostas várias placas com a indicação “maiores de 18 anos”, o Jornal do Centro sabe que há menores a frequentar recorrentemente o
espaço. O semanário sabe também que já foram hospitalizados alguns jovens, informação não confirmada pelo gabinete de relações públicas do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Segundo o jornal Público, “o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) deverá avançar ainda este mês com uma proposta de criminalização das substâncias psicoativas que compõem a maioria das chamadas “drogas legais” à venda nas smartshops, sob a forma de pílulas, ervas, incensos, suplementos e até fertilizantes. Apesar de maioritariamente surgirem como não sendo indicadas para consumo humano, estas substâncias são comercializadas com indicações sobre o modo como devem ser consumidas para obter um efeito psicotrópi-
co e já terão provocado a morte de algumas pessoas em Portugal”.
“Pensei que ia morrer” Por “curiosidade” e pela “aventura”, João (nome fictício), 22 anos, visitou a smartshop de Viseu, há cerca de meio ano. Estava com mais dois amigos, todos maiores de idade, e decidiram experimentar. “Na loja, pedimos a droga mais forte e o funcionário aconselhou-nos Tribe” (entretanto retirada do mercado). Os amigos compraram um grama da substância parecida com cannabis por 13 euros, um cachimbo em inox que foi oferecido e foram para casa experimentar. “Fizemos um cachimbo e fumámos, como ninguém sentiu qualquer efeito fizemos outro. E nada. Foi então que decidimos fazer o terceiro”.
A
Substância deixou de ser comercializada. Contudo, foi a “droga legal” consumida pela nossa testemunha Foram precisos apenas cinco minutos para os jovens começarem a alucinar. “O dono da casa trancou-se na casa de banho porque garantiu que se atirava da janela, o outro saiu a correr de casa e foi até a uma área de serviço. Ligou aos pais que vieram de Gouveia para o buscar”, contou João que a meio do caminho para casa, parou o carro porque já não conseguia mais. “Um amigo ligou-me e eu só consegui dizer onde estava. Comecei a ter alucinações, deixei de
sentir os braços e as pernas. O coração batia a uma velocidade estonteante. Tremia de frio e perdia pontualmente a visão. Pensei que era o fim do mundo e que ia morrer”. O efeito demorou cerca de três horas. No dia seguinte, os amigos conversaram e todos sentiram os mesmos efeitos. João, que também já consumiu com moderação cannabis e haxixe, garantiu que nunca mais consome as ditas “drogas legais”.
Jornal do Centro
SMART SHOPS | ABERTURA 7
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Tem a palavra
“O interesse económico ultrapassa o interesse cívico na defesa da saúde pública” Marques Neves Médico Especialista em Saúde Pública
1.
Há dois vetores fundamentais. Por um lado o interesse económico da venda, em que os vendedores arranjam inúmeras maneiras de contornar a questão para facilitar a própria venda. Acontece que quem procura este tipo de substâncias, procura efeitos que sabe que são inimigos da saúde, mas pensa que são momentâneos e que uma vez não faz mal, duas, três e começa a ser um hábito de dePublicidade
pendência. Por sua vez, não há conhecimento científico destas substâncias, pelo que, a falta de consciência cívica do vendedor em vender o que não é próprio equacionada com o ganho fácil de daí advém, faz com que o interesse económico ultrapasse o interesse cívico na defesa da saúde pública. Toda a gente sabe que estas substâncias a curto, médio ou longo prazo provocam efeitos nocivos na saúde.
Estas “drogas legais” estão protegidas pelo facto de conter indicação escrita de que não se destinam a consumo humano. Estarão os vendedores a salvaguardar-se?
2.
Deveria existir uma legislação específica para estas substâncias?
Claro que sim. O aparecimen-
to de novas substâncias, por vezes ultrapassa ao controlo e a viabilidade das mesmas no mercado. Por isso, é extremamente difícil compatibilizar a velocidade de crescimento com o conhecimento científico destas substâncias, nomeadamente os efeitos secundários, e a legislação nunca joga a nosso favor.
3.
Deveria a ASAE atuar com maior frequência?
A ASAE fez um acordo conjunto com a Direção Geral de Saúde em que promete intensificar a vigilância deste tipo de esta-
belecimentos que promovem a venda destas substâncias.
4.
O que aconselha à população em geral, sobretudo aos mais jovens?
Não utilizem estas drogas. Acho que os jovens de hoje são bem formados e têm um nível de conhecimento elevado para saberem que estas substâncias não revolvem os problemas da vida, que são constantes. E estas drogas não resolvem nada e pequenos atos irrefletidos num determinado momento poderão acarretar sequelas graves para o resto da vida, que todos os jovens ambicionam viver.
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entrevista e fotos ∑ Paulo Neto
Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
à conversa “As nossas empresas são tão competitivas como aquelas a quem compramos lá fora”
Nasceu em Viseu, a 21 de Janeiro 1959. Casado, com 3 filhos, reside na Figueira da Foz. É Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra, pós-graduado em Marketing pela Universidade Católica Portuguesa, e MBA em Gestão INDEG / ISCTE. Na área empresarial é administrador de empresas na área da Saúde, Ambiente, Indústria de Moldes, Indústria de Plásticos, Consultoria e Capital de Risco/ Business Angels. Na área associativa, é Presidente da Direcção do Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comércio e Indústria do Centro – desde 2010, Membro da Direcção da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz desde 1997 – Vice-Presidente e Membro da Direcção da Incubadora de Empresas da Figueira da Foz.
muito do que é o referencial da região centro, quer pela tipologia de empresas, porque têm em média três empregados, muitas delas empresas familiares, quer no nível de faturação que rondará os 250 mil euros. Mas há umas particularidades que valem a pena assinalar, por exemplo, a empresa mais exportadora da região centro está na região de Dão Lafões e as oito empresas mais exportadoras, aquelas que mais facturam, são tão relevantes que se forem subtraídas, a faturação média por empresa passa de 250 mil euros para 180 mil, o que significa que estas oito empresas são mesmo importantes. Por oposição, este número evidencia o peso enorme das microempresas e, por isso, na perspetiva do CEC, que tem estudado esta tendência, constitui uma debilidade, que não é da Dão-Lafões mas de toda a Região Centro. Neste contexto de crise e das necessidades das Que lhe apraz acrescentar empresas aumentarem a sobre o cenário empresarial sua faturação e a diversidado Dão-Lafões? de dos seus mercados, a diO conjunto de empre- mensão média reduzida das sas do Dão Lafões, não sai empresas é um obstáculo à
O CEC engloba na sua área de acção os distritos da zona Centro: Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. Na área específica deste território, cobre a região DãoLafões, num universo de 23 mil empresas que fazem a ponte entre o litoral e o interior, responsável por 10% do PIB da Região Centro, com um peso relativo de 1,98%, representando em número de empresas 2,2% de Portugal e um volume de negócios de 1,8%. As empresas deste universo têm um número médio de trabalhadores de 3 pessoas e um volume de negócios ligeiramente superior à média da Região Centro, com mais ou menos 250 mil euros. Esta região exporta mais do que importa, excepção dos concelhos de Viseu e Santa Comba Dão, que importam mais do que exportam. Há uma concentração de volume de negócios em 4 empresas com uma média das 8 maiores de 200 milhões de euros.
sua sustentabilidade. O problema ainda que com menor expressão verifica-se no resto da Região Centro onde das empresas que exportam, as cinco empresas mais exportadoras de cada um dos distritos, ou seja 30 empresas, são responsáveis por 65% das exportações, se alargarmos o número às 200 maiores da Região Centro só chegamos a 68%. É um universo de quantos milhares de empresas?
Um universo de 3853 empresas exportadoras, o que significa que, mesmo as que exportam, para além destas 200 maiores, têm uma facturação para exportação baixa. Há aqui uma debilidade alargada a toda a região, que reside na necessidade de aumentar o peso crítico, o volume e a dimensão das empresas, porque o que hoje se pede às empresas é que sejam competitivas, quer no mercado nacional quer no mercado externo, e ser-se competitivo não é só no preço, é também noutras características: um sistema qualificado da garantia de gestão da qualidade, garantir
a fiabilidade de um serviço, de um tipo de produto, ser capaz de responder às necessidade de inovação que os seus clientes lhe colocam, conseguir chegar a tempo aos mercados, ter o problema de logística resolvido e, portanto, isto muitas vezes não se faz pensando em empresas com uma dimensão pequena, temos de encontrar a dimensão certa para que as empresas possam ir para os mercados externos. Na Região Centro, como na Região de Dão Lafões as exportações são mais que as importações, logo tem uma cobertura positiva, tirando dois concelhos, o de Santa Comba e o de Viseu, se bem que Viseu tenha uma grande especialização do ponto de vista comercial. Sempre teve estas características, capacidade de arrasto sobre concelhos aqui à volta e de outros concelhos mais longínquos. É reconhecida pela sua capacidade de oferta comercial. Mas neste assunto, o que interessa é que a região na sua totalidade contribui positivamente para a nossa balança comercial, e isso é importante. Temos que deixar de ver as coisas
um pouco na perspectiva do concelho, mas sim de NUT e da região, porque a região tem um conjunto alargado de infra-estruturas que não podemos andar a replicar. Devemos funcionar em rede, ter uma lógica global e de utilização conveniente dos recursos, a economia e o desenvolvimento têm de ser olhados de forma supramunicipal. Quais os desafios que hoje se presentificam aos empresários, em geral e especificamente aos da Região Centro?
Os problemas que se põem aos empresários da Região Centro não são distintos dos colocados aos empresários de outras regiões. Para fugirmos àqueles velhos clichés, de dizer que há um problema financeiro – e efectivamente há – os empresários fizeram um percurso de redução do endividamento à custa de introduzirem dinheiro nas empresas, com grandes sacrifícios. Hoje estão esgotados os seus recursos e como não há crédito, este é um problema. Felizmente os empresários da região e não só, têm mostrado capa-
cidade de imaginação para ultrapassar os problemas. Só a imaginação já é a sustentação para encontrar uma solução?
Não é. Mas encontrar a solução e fazer um esforço para que isso aconteça e conseguir “dar a volta” com argumentos e soluções, já é muito bom. É consabido que em períodos de crise, em momentos de dificuldade, o homem tem uma capacidade notável de inventar e engenhar novas soluções. Este é um dos momentos mais difíceis da economia portuguesa das últimas décadas. Acha que há uma reação empresarial à altura da dimensão da situação que vivemos?
Eu costumo dizer nas reuniões que tenho com empresários e com o governo que nunca se pediu tanto aos empresários como se pede hoje. Refere-se a esforços, sacrifícios impostos e quejandos?
Exactamente. O ónus da saída da crise é imputado a quem? Aos empresários. Ao seu empreendedorismo, à
JOSÉ COUTO | À CONVERSA 9
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capacidade de ir lá para fora em busca de novos mercados. Aos empresários que não têm formação, a quem durante anos foi esquecido o problema da segurança social, a impossibilidade de se socorrerem do subsídio de desemprego, porque a maior parte deles vêem não uma empresa mas um emprego, no seu estabelecimento. Nunca tanto foi pedido aos empresários… Dizia o senhor primeiro-ministro que só os empresários conseguem resolver o problema do emprego. É verdade, mas é também verdade que os empresários só podem criar emprego se o mercado, quer nacional quer externo, lhes for favorável. Para além de se pedir aos empresários que inovem e que introduzam novas variáveis no seu negócio, que reinventem o seu negócio, que aumentem a faturação e consigam exportar, pede-se-lhes também que tenham um papel do ponto de vista da responsabilidade social. E sem dúvida que hoje, os empresários são o suporte de muitas práticas da área da responsabilidade social. Isso remete-nos para outro o problema. Termos um govererno que perante as dificuldades es é associal?
O que eu considero é que ue se não dermos atenção às questões sociais, vamos engutrar num caminho de alguto ma complexidade do ponto de vista do domínio de tote das as variáveis. Isto é, neste onâmbito temos hoje um conão junto de empresas que são m familiares e que para além ca de uma questão económica m e financeira do capital têm também uma questão de sustentabilidade familiarr e ruafectiva. E isso pode destruuir turar uma família e destruir is tudo. Há questões sociais que são intangíveis, não faos zem parte dos orçamentos mmas têm tanta ou mais importância do que eles.
mos conseguir manter alguns benefícios em termos sociais. Não vale a pena pensarmos que vamos resolver tudo internamente, há que ter uma balança superavitária, temos que modificar o nosso paradigma desse ponto de vista, temos que dimensionar as nossas empresas projectando-as para outros mercados, que não são o mercado nacional. Aliás, essa é uma das nossas preocupações, inclusivamente com as empresas que estão nas nossas incubadoras, dar-lhes uma dimensão internacional e ajudá-las a pensar que o seu mercado tem de ir para além do nacional. Para o mercado espanhol, da América Latina, dos países da língua portuguesa… Temos pensado e reflectido muito nisto. Primeiro que tudo temos de exportar e é muito importante perceber que estamos numa região que é diversificada do ponto de vista do factor de produtos. Temos agricultura, calçado, têxteis, moldes, metalúrgica, cerâmica, produtos endógenos, o que é importante, para a exportação, esta óptica é excelente. Crescer em produtos com valor acresacres centado. E podemos exportar cá dentro, substituindo as importações que temos. As nossas empresas são tão competitivas como aquelas a quem compramos lá fora. A substituição das importações é muito importante, pois transformam empresas, que ao serem fornecedoras de empresas que exportam, mudam, melhoram e tornam-se mais competitivas. Isto significa que estamos a criar valor internamente. Diminuindo as importações, aumentamos a nossa taxa de cobertura, preparando as empresas para serem mais competitivas. O processo de reindustrialização é fundamental e é impor-
zer. Exportar-crescer-de- presas. Isto é uma área que senvolver é todo um con- achamos muito importante, ceito interligado. a de entrar em novos mercados com a ajuda de outras O mercado europeu em geral empresas. Contudo, temos está todo abrangido transver- que procurar fazer ligações salmente, pela mesma crise, interempresariais, faciliembora em graus diferentes tar para que as empresas de dificuldade. Os outros cheguem lá fora e tenham mercados, como o angolano contactos importantes. Por e africano não são tão apete- exemplo, com a República cíveis… Checa, fazendo ligação com O mercado africano cres- as associações que estão liceu significativamente até gadas à indústria automóeste ano. Nas exportações vel. No norte de África com cresceu à volta dos 30%. O Associações e Câmaras de mercado de Angola, por Comércio, de empresário para empresário, para que exemplo, cresceu 20,4%. se possam trocar ideias e para que se possam enconE o mercado Sul-americano? O mercado Sul-america- trar soluções. Procuramos, no está no âmbito daquelas caso a caso, encontrar as economias emergentes. Al- oportunidades e parcerias gumas empresas portugue- que ajudem a internacionasas, nomeadamente de algu- lizar as empresas que nos ma dimensão, entraram no procuram. mercado sul-americano e Há uma massa empresarial têm tido algum sucesso. Poque não é o protótipo do emrém, a expectativa de que presário moderno, com forestávamos perante um mermação tecnológica de ponta, cado parecido não é correque é antes um empresário ta. Tem culturas diferentes, tradicional com empresas de e há naturalmente um prohá muitos anos e de pequena cesso de aprendizagem. Crescerexportandoéummote enfatizado pelo CEC. Como estão a levar a mensagem aos empresários, em geral? e p esá os,e ge al?
Há quase dois anos, ajudámos a lançar um produto aqui em Viseu, na pers-pectiva de que uma grande e empresa portuguesa, que estava no mercado europeu e sul-americano, ajudasse a levar empresas portuguesas para fora, e que, inclusivamente, se emparceirasse com elas, para que ajudassem a encontrar capital, e assim se poderem estabelecer nesses mercados. Que fosse, no fundo, um facilitador para o u tras
Internacionalizar e exportarr é um lema para crescer. Quall a diferença entre os dois conceiceitos, em termos económicos? s?
Para continuarmos a asos pirar a ter alguns benefícios átisociais e ter algumas práticas do ponto de vista social, al, ão nomeadamente a questão os da saúde e do ensino, temos ue que faturar mais, temos que ue produzir mais, temos que pôr o nosso PIB a crescerr e só dessa maneira é que va-
tante o processo de endencontrar cá den ntro opções para as nossas comprass em vez de o fazermoss lá fora. E deveríamos até é premiar aquelas empree-sas que o conseguem fa-
e m -
Sim, temos ajudado nesse âmbito. Cerca de 2% das exportações são exportações tecnológicas. A Região Centro está no top 100 das regiões mais competitivas em termos de inovação. Em Portugal só existem duas nessa fasquia, a Região Centro e a Região de Lisboa. Isto para nós é muito importante. E tal consegue-se com o bom relacionamento com as universidades, que têm aumentado o número de mestres e de doutorados nas empresas, concedendo uma nova dimensão tecnológica às empresas. Fizemos uma coisa que é muito importante: trabalhar em rede e através da capilaridade da rede do CEC chegar às empresas que não têm informação. Ao longo dos últimos três anos já se envolveram em acções de formação-acção da nossa rede 730 empresas, até ao fim do ano que vem serão mais 425. É uma aposta importante, porque como é sabido muitos empresários têm pouca formação e, nalguns cadimensão. O CEC está a fazer sos, menos que os próprios a ponte entre esses empre- trabalhadores. Era preciso sários e as novas perspetivas vencer esta barreira que é económicas e de mercados? duplamente complicada: primeiro, não ter formação e segundo, pelo facto de não ter formação, não conseguir captar técnicos com formação para a sua empresa.
do é que são os próprios a constatar e avaliar quão importante é esta formação. O CEC conseguiu o objetivo de formar?
Relativamente ao objetivo de manter o nível de formação vocacionada na qualificação dos empresários, achamos que temos conseguido e que as nossas associações têm tido um papel relevante e importante, pois o CEC é apenas o dinamizador e facilitador. Como deve hoje um empresário apostar em formatos de cooperação que propiciem uma escala capaz de garantir a sua sustentabilidade e competitividade empresarial?
As empresas precisam de alguma escala e acredito que hoje as empresas perceberam que estar só no seu cantinho, ter empresas dimensionadas à família, às suas necessidades, não é a solução. E o CEC e as suas Associações têm ajudado a dar pistas para isso. Há formas de as empresas se encontrarem, como a fusão de empresas. Por exemplo, as empresas de construção civil encontraram soluções concorrendo a projectos grandes, quer em Portugal, quer no estrangeiro, fazendo acordos complementares de empresas. Temos de encontrar a dimensão certa para as empresas e o Estado Nesse processo bilateral têm tem que facilitar soluções encontrado resistência e re- do ponto de vista fiscal e do siliência? ponto de vista burocrático. Nós temos uma experiência altamente positiva… E estão a encontrá-las? Fiscalmente, ainda não há Os nossos empresários numa primeira fase resis- soluções que nós consideretem. Numa segunda fase mos práticas, havendo ainda ficam contentes, e depois um caminho a percorrer. Penso que durante alsão eles próprios a pedir formação. E isso é muito gum tempo o Estado e o gopositivo, porque muitas verno ficaram um bocado das empresas que hoje es- obcecados com o probletão a evoluir para o mer- ma do “caixa”, o problema cado externo, perceberam financeiro e ainda continuque, com esta formação, o am assim. Mas hoje notaseu plano de negócios ti- se, por parte do ministério nha de crescer, ter outra da Economia, o surgimendimensão e tinha de pro- to de algumas ideias, de alcurar outros mercados. gumas políticas que permiQue havia um plano de tem facilitar e incrementar marketing para fazer, que a ajuda às empresas. Espeera preciso ter uma dimen- ro que tal tenha continuisão comercial, que é pre- dade, que não fique por ciso transformar as em- aqui. Vamos aprendendo presas virando-as para os com os erros, vamos ter clientes… Isto foi muito im- que sair deste processo de portante. Foi preciso criar crise e vamos certamenum ambiente para que não te ser mais competitivos e se sentissem “ameaçados”, temos que valorizar mais um ambiente confortável a atividade do nosso país, proporcionando-lhes uma algo que nos últimos anos evolução linear. O resulta- não foi tido em conta.
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região Os representantes das 26 juntas de freguesia de Tondela apelaram ao Governo e aos partidos da maioria parlamentar “que revoguem a Lei 22/2012” da Reorganização Administrativa Territorial Autárquica “dando um sinal de abertura, sensibilidade e respeito pelas posições já assumidas pela esmagadora maioria das assembleias municipais, da Associação Nacional de Freguesias e da Associação Nacional de Municípios Portugueses”. Vinte e quatro presidentes de junta e dois representantes (Canas de Santa Maria e Santiago) realizaram esta semana uma conferência de imprensa em conjunto com a autarquia, no salão Nobre da Câmara, para reforçarem a posição assumida anteriormente. A Assembleia Municipal de Tondela não apresentou qualquer proposta de reorganização do concelho por “rejeitar a Lei”. O presidente da Junta
de Barreiro de Besteiros, José Hélder reforçou essa posição durante o encontro com os jornalistas e acrescentou: “Estamos com alguma esperança que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre a inconstitucionalidade deste Lei”. O porta-voz dos autarcas de Tondela escusou-se a anunciar futuras ações de protesto, admitindo estar “em aberto” a possibilidade de avançar com a providência cautelar à semelhança do que fizeram cerca de 50 autarquias do país. “A única coisa que não vamos fazer é promover qualquer intifada contra esta Lei, de resto está tudo em aberto”, respondeu. O presidente da Câmara, ao lado dos autarcas do concelho, reforçou a sua posição “contra” a Lei da Reorganização Administrativa Territorial Autárquica por entender que “não vem reduzir despesa do Estado que seja significativa”. EA
PCP fala em traição às populações
∑ “No distrito de Viseu, a generalidade das câmaras e das assembleias municipais não se ‘pronunciaram’. As poucas que o fizeram, seguidistas em relação ao Governo, traíram os profundos interesses dos concidadãos que neles confiaram”, adianta a Direção da Organização Regional de Viseu (DORV) do PCP em comunicado. No documento, a DORV desafia as juntas de freguesias, as câmaras e as assembleias municipais a não baixarem os braços e que “envolvam as populações no processo”, lembrando que “ainda estão a tempo de travar este vergonhoso processo”, porque “se ele fosse levado por diante significaria o empobrecimento democrático”.
Família de Ranhados reclama requalificação de rua há 20 anos Problema ∑ Moradora fala em discriminação por parte da junta de freguesia Uma família residente na Rua do Carregal, em Ranhados, concelho de Viseu reclama a requalificação de um troço da via pública de cerca de um quilómetro que dá acesso a três habitações, “prometida” há 20 anos. “Há 20 anos obrigaram-me a dar oito metros de terreno para alargar a estrada dizendo que era pública, com a promessa de que a iam alargar e alcatroar, mas nunca fizeram nada”, afirmou Alice Fernandes. Num extremo da freguesia, onde começa o troço em causa parece que tudo termina. A estrada alcatroada dá lugar a uma via de terra batida com pinhal de ambos os lados. Não existe qualquer identificação de que dali para a frente mora gente, mas vivem perto de 10 pessoas distribuídas por três habitações. “Uma vez a minha filha estava para ter bebé e a ambulância ficou cá em cima, os bombeiros tiveram que ir lá abaixo a pé com a maca”, contou Alice Fernandes. Uma das filhas, Emília Basílio, que hoje reside em outra freguesia do concelho mas continua a ir a casa dos pais diariamente, acrescentou que perdeu a conta ao número de amortecedoras que teve de substituir nos três car-
Emília Amaral
Tondela apela à revogação da Lei
ros que comprou, a par de outros problemas diários ocorridos no acesso a casa: “Uma vez caí com o meu carro ao pinhal e teve que vir cá um trator arrastá-lo. O meu pai tem noites de chuva em que às três da manhã tem que se levantar da cama para desentupir os bueiros. Não entra aqui um carro de bombeiros, nem uma ambulância. Não fazem aqui nada”, desabafou. Alice Fernandes acrescentou que estão “cansa-
dos” de alertar a junta de freguesia e a Câmara para o problema, mas “de nada adianta”. A moradora critica ainda o presidente da junta por “alcatroar estradas no meio de pinhal onde não vive ninguém” e “esquecer” aquele troço da freguesia. “Todos os anos vamos à Câmara reclamar. Dizemnos que vão fazer e depois fica aqui o monte [de brita] e nós temos que nos desenrascar. Gostava que o dr. Ruas visse isto, por-
que eu acho que ele não deve saber para onde está a dar o dinheiro”, terminou Emília Basílio. O presidente da Junta de Freguesia de Ranhados, António Mateus não quis pronunciar-se sobre o assunto. “A junta está aberta às terças e quintas-feiras para receber queixas. Venham à junta ter connosco”, adiantou o autarca. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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Tiago Virgílio Perreira
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MORTE
“Não é um movimento feminista, surge no sentido de salvaguardar as particularidades da mulher na sociedade e enquanto mais-valia do trabalho partidário”, foi desta forma que Ana Paula Santana, responsável pela ligação entre a Comissão Política da Secção de Viseu e o Núcleo, caracterizou o movimento. Promover a participação paritária dentro do PSD, assim como ações de defesa da igualdade e oportunidade para todos, ao nível da vida social, económica, cultural e política. Desenvolver ações conducentes à salvaguarda da igualdade de direitos e deveres entre géneros e promover a representatividade legal da militância nas estruturas políticas são os principais objetivos do “Núcleo de Mulheres Social Democratas”, que, no âmbito da plataforma para a cidadania, apresentou a ordem de trabalhos, na Pousada de Viseu.
A também vereadora do pelouro da cultura da Câmara de Viseu, rejeitou a ideia de este ser “um núcleo restrito de militantes social democratas” e desafiou todas as mulheres, dos mais variados quadrantes, a juntarem-se a esta causa “para fazer de Viseu uma cidade melhor”. Ana Paula Santana pretende que este seja um grupo aberto à comunidade em que a participação de homens é igualmente bem-vinda. Estão já agendadas algumas iniciativas como uma campanha de sensibilização dos direitos da criança e uma palestra sobre as questões de saúde materna e problemas infantis. O lançamento do núcleo contou com a presença da eurodeputada Maria da Graça Carvalho. “É uma mulher de coragem que representa a maturidade política e social e a responsabilidade de assumir um cargo de chefia”, concluiu Ana Paula Santana. TVP
Consequências da Guerra do Ultramar em colóquios A Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar está a promover desde o dia 17, os colóquios sobre “A Guerra do Ultramar e as suas Consequências, no Auditório Municipal de Tondela. Este sábado, dia 24, decorre o segundo encontro para falar de “A África Branca”. O colóquio, marcado para
as 21h00, vai ter a participação do coronel Matos Gomes. Oficial reformado e historiador, foi combatente em Angola, Moçambique e Guiné. O último colóquio está marcado para 1 de dezembro, onde vai ser abordado o tema “Portugal e o Crepúsculo dos Impérios” com a presença do coronel David Martelo. EA
Emília Amaral
Apresentação do “Núcleo de Mulheres Social Democratas”
A Sessão informativa sobre apoios do QREN ao turismo no Welcome Center de Viseu
“Imaginação diferenciadora” precisa-se no turismo Reunião ∑ Sessão informativa do Turismo do Centro para investidores O Vice-Presidente do Turismo do Centro, Adriano Azevedo alertou esta semana os investidores da região de Viseu que “tanto no turismo como em outras áreas de negócio não se pode fazer hoje mais do mesmo”. O responsável falava na abertura de uma sessão informativa sobre apoios financeiros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) ao setor do turismo, que decorreu na quinta-feira, no Welcome Center de Viseu. Adriano Azevedo anunciou que entre 2009 e 2012 foram aprovados para a região Centro 130 milhões de euros para apoio direto ao turismo, sendo
80 milhões referentes a comparticipações a fundo perdido. Para o vice-presidente do Turismo do Centro tratam-se de dados “significativos”, mas deixou claro que cada investidor tem que ter hoje “imaginação diferenciadora” para poder aproveitar as oportunidades dadas pelo QREN e, dessa forma, permitir a criação de empresas e de emprego. “Se for só para recuperar uma casa ou para alojamento turístico, dificilmente conseguimos a aprovação [do projeto]. É preciso ter em atenção as componentes inovadoras e não apresentar mais do mesmo”, reforçou Adriano
Azevedo. A iniciativa do Turismo do Centro integrou-se num calendário de sessões informativas que estão a decorrer em toda a região. No período da manhã, um representante da empresa Paquete - Economistas Associados falou dos protocolos de colaboração TP/ Banca, ao abordar concretamente sas linhas de apoio à tesouraria, à qualificação e a carência de capital. À tarde foi a vez de um representante da Caixa Geral de Depósitos esclarecer os investidores acerca da importância da certificação para a valorização do setor do turismo. Emília Amaral
“Que futuro agro rural para Lafões?” A Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões (ADRL) promove o seminário “Que Futuro Agro Rural para Lafões?”, este sábado,
dia 14, às 14h30, no Auditório 25 de Abril, em Vouzela. “Florestas e Desenvolvimento Rural” e que formato de desenvolvi-
mento rural, serão os dois temas fortes do encontro, mas a associação pretende com a iniciativa promover debate em torno da problemática.
Sernancelhe. A criança de cinco anos que morreu atropelada à porta de casa, em Tabosa do Carregal, foi a enterrar na passada sexta-feira. Centenas de pessoas oriundas daquela aldeia, na freguesia do Carregal, e de todo o concelho de Sernancelhe, marcaram presença no último adeus a Beatriz Augusto, uma criança que a população apelidava de “alegre, simpática e muito brincalhona”. O corpo esteve a ser velado na capela de Tabosa do Carregal e foi transportado para a igreja do Carregal, a cerca de um quilómetro, para a missa que antecedeu o enterro. Muitas lágrimas e dor marcaram a despedida à menina, atropelada por um condutor embriagado. “A vida é injusta. Uma criança não pode abandonar o mundo desta forma” disse Beatriz Costa, 79 anos, ainda em choque com a tragédia que se abateu sobre a família.
DETIDO
S. Pedro do Sul. Os militares do Núcleo de Proteção do Ambiente do Destacamento Territorial de Viseu da GNR detiveram na zona de caça municipal “Os Amigos da Carcoda”, no lugar de Alto do Barro, Bordonhos, São Pedro do Sul, no âmbito da fiscalização da caça, deteve em flagrante delito um cidadão maior, residente no concelho de São Pedro do Sul, pelo exercício da caça na área de proteção de instalações industriais. O arguido depois de detido e sujeito a medidas processuais penais, foi libertado e notificado para comparecer no Tribunal de São Pedro do Sul. Foi apreendida uma arma de caça, 3 cartuchos de calibre 12 carregado com chumbo, 3 cartuchos percutidos, 1 carta de caçador, 1 livrete de manifesto de arma.
Jornal do Centro
VISEU | REGIÃO 13
23 | novembro | 2012
Enérgica Ativa: Desporto e arte
Opinião
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
1.06%, 1.13% ou 1.23% A crise que tem vindo a açular a restauração redunda da alteraç ão d a t a x a de I VA a cobra r. O aumento em 10 pontos percent u a i s dos 13 para os 23% tem varrido os restaurantes por todo o país. Desconhece-se os estudos desenvolvidos que a rquitectaram este aumento e, até à data, ainda nada foi narrado sobre o assunto. O sector tem-se vindo a queixar de quedas acentuadas de clientes, situação fácil de constatar. O desemprego na área é um problema nacional em crescendo. Decorrido um ano após a sua alteração, vai agora ser criada uma comissão para o estudo do sector. As conclusões a pontificar do relatório não serão muito difíceis de imaginar. Nestas situações, o que importa é saber quais serão as futuras medidas a adoptar, uma vez que a receita, até à data, não tem produzido os resultados pretendidos. Trata-se de um sector onde por ventura o sistema fiscal tem alguma dificuldade em apurar números em concreto. Os sucessivos cortes nas depauperadas receitas fa milia res conduziram a uma alteração dos hábitos de consumo alimentares. A economia de proximidade ressente-se de modo notório. As idas aos restaurantes diminuíram, o consumo de bebidas sofreu uma queda acentuada e as ementas tiveram de sofrer reajustamentos. As refeições de 6€
a 10€, que são o garante do sucesso de muita restauração, tiveram de ser redesenhadas. Os empresários deixaram, quiçá, de fazer contas não aos euros a ganhar mas possivelmente aos cêntimos a arrecadar. Assim, a escolha dos fornecedores com a melhor relação preço/qualidade é de vital importância, no caso de se pretender manter as possíveis margens. Mu ito se poderá conjecturar sobre este problema, no entanto a emissão da factura parece ser uma condição obrigatória e de difícil escapatória. Em face da actual situação, parece premente mod i f ica r a taxa de IVA para um va lor que possa fo mentar a actividade. Concomitantemente, e com a chancela do Ministério das Finanças, importa também desenvolver programas informáticos sujeitos a actualizações anuais para determinar com rigor o volume de facturação do sector. Por outro lado, é necessário que junto dos consumidores se induza o estímulo com adequados benefícios fiscais conducentes à emissão da factura. Por ventura, os números a apurar serão bem distintos dos actuais e o novo valor do IVA a cobrar correctamente determinado. D e ste mo do, d inamizava-se o sector, melhorava-se o serviço e fomentava-se uma economia de proximidade com elevado impacto nas diferentes regiões. Será 1.06%, 1.13% ou 1.23%?
É este o lema para um evento que decorrerá no dia 1 de Dezembro, no Pavilhão Multiusos, organizado pela Enérgica – Associação Juvenil de Viseu. Além da Ânimus, haverá o Espaço Ginástica pela Associação de Gumirães, o Espaço Artes
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Marciais, com a organização do CEKS, o Espaço Música a cargo do Conservatório Regional de Música de Viseu, o Espaço Cycling promovido pela Forlife e o Espaço Saúde, do CHV para recolha de sangue, seguido de um Curso de Suporte Básico de Vida.
O Alidanças, com direção artística de Mónica Baptista , orga niz a rá o seu 5 º e spet á culo para a Cidade de Viseu. Os lucros deste conjunto de iniciativas reverterão para a Aldeias de Crianças SOS de Portugal.
AParticipação especial
Fubu Beatbox, vencedor do “Portugal tem Talento”
Jornal do Centro
14
23 | novembro | 2012
economia Conferências do Douro Sul arrancam hoje em Lamego
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História?” e com os deputados do Parlamento Europeu Elisa Ferreira, Ilda Figueiredo e José Manuel Fernandes, que abordarão o tema “Os desafios da construção europeia – convergência ou crise?”. Ricardo Magalhães, bem como Paulo Ferreira, Sub-Diretor do Jornal de Notícias, também são presenças confirmadas na iniciativa que pretende debater soluções para o futuro da região do Douro e das suas populações, discutindo também o seu lugar na Europa, um tema intransponível na atualidade. Recorde-se que as Conferências do DouroSul realizam-se desde 2010, numa iniciativa que pretende afirmar o Douro Sul como um ponto de encontro dos diferentes atores locais e regionais com responsabilidades na governação territorial, abrindo um espaço de reflexão sobre os desafios que esta região enfrenta. TVP
A
DR
A Associação de Municípios do Vale do Douro Sul (AMVDS), em colaboração com a Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro – Beira Douro, organiza pelo terceiro ano consecutivo as Conferências do Douro Sul que decorrem hoje, dia 23, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, a partir das 09h30. Este ano, a iniciativa incidirá sobre a estratégia de desenvolvimento para o Vale do Douro Sul que será apresentada por Augusto Mateus, debruçando-se sobre as potencialidades e os problemas que este território apresenta e indicando algumas linhas de orientação no âmbito da “Agenda 2020”. Pa ra a lém dos dez autarcas do Douro Sul, as conferências vão contar com a participação de António Barreto cuja intervenção incidirá sobre “Portugal e o Douro – Haverá lugar no futuro da
FUN LANGUAGE ENTREGA CERTIFICADOS E DIPLOMAS AOS ALUNOS
Propostas de degustação apresentadas em 14 restaurantes de Tondela, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Mortágua
Rota quer levar restaurantes a comprar produtos locais ADICES ∑ Rota da Gastronomia decorre até 15 de fevereiro “Pretendemos criar em três meses uma cadeia que possa começar a funcionar para o futuro, que é o produtor local vender ao restaurante local”. Esta é ideia base da Rota da Gastronomia da Aguieira, Dão e Caramulo exposta pelo vereador da Câmara de Tondela, Pedro Adão. Não sendo uma novidade, a segunda edição da Rota da Gastronomia promovida pela ADICES – Associação de Desenvolvimento Local, que decorre até 15 de fevereiro, surge este ano com mais restaurantes aderentes (14) dos quatro concelhos envolvidos e com um trabalho de sensibilização das autarquias junto dos restaurantes. “A ideia deste ano é que os próprios restaurantes possam beneficiar o produtor ao adquirir os produtos deles”, adiantou Pedro Adão. Durante a conferência de imprensa de apresentação da rota, o presidente da Câmara de Mortágua,
Afonso Abrantes deixou claro que os municípios em conjunto deviam fazer um esforço conjunto para que o setor da restauração “consiga resistir a um período extremamente difícil”. Também Adriano Azevedo, vice-presidente do Turismo do Centro assumiu que a gastronomia e os vinhos são “um elo de ligação dos municípios” ao defender a promoção dos produtos locais. A Rota da Gastronomia conta este ano com a participação restaurantes de Tondela, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Mortágua. O vereador, Pedro Adão considera que “os que aderiram estão muito empenhados” e o projeto vai ser visível em cada espaço. Quem neste período saborear as propostas da ementa destes restaurantes fica com a certeza de que está a consumir produtos locais, desde a laranja de besteiros ao vinho do dão, passando pelo mel do Caramulo, a lampantana de
Mortágua ou os licores da Região. “A par de servir os produtos locais, o próprio restaurante cria uma dinâmica à volta disso, com um espetáculo musical, etc”, acrescenta Pedro Adão. Uma noite de fados no restaurante Dão Catering no dia 24, um Showcooking “Enchidos Gourmet” com o Chef André Carvalho no restaurante Pátio das Conversas em Carregal do Sal, no dia 25, das 12H30 às 14H30, são os dois eventos promovidos pela Rota nos próximos dias. Todos os sábados o restaurante o País situado em plena Serra do Caramulo, tem música ao vivo para os seus clientes. Integrado na Rota da gastronomia, a ADICES, em parceria com o Turismo do Centro vai realizar uma degustação dos produtos locais em Lisboa e no Porto, em fins de semana diferentes. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
A Fun Languages realizou no passado sábado, 17, a cerimónia de entrega dos Certificados da Universidade de Cambridge e Diplomas do Instituto Cervantes, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. Cerca de 100 alunos estiveram presentes com as suas famílias para receber os respetivos Certificados e Diplomas, “aprovações de 100% que comprovam o sucesso da metodologia da Fun Languages e o mérito dos seus professores”, explica em comunicado a Fun Languages. Para além da entrega dos diplomas e certificados os professores das várias línguas relembraram a importância da aprendizagem de uma língua estrangeira.
CONFERÊNCIA “O LOBO A SUL DO DOURO” A Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico promove no próximo dia 30, em Moimenta da Beira , a con ferência “O Lobo a sul do Douro” que juntará à mesma mesa representantes das autarquias, associações locais, comunidade científica, organizações ambientalistas e autoridades ambientais. O evento conta com o apoio da autarquia e terá lugar no auditório municipal padre da Bento da Guia para dois públicos distintos: à tarde, a partir das 14h30, para os alunos da escola secundária da vila e à noite, a partir das 21h00, para o resto da população. Numa altura em que esta espécie selvagem apresenta, a sul do rio Douro, elevados níveis de isolamento e instabilidade, são relevantes todas as iniciativas tendentes à sua conservação na região.
Jornal do Centro
INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 15
23 | novembro | 2012
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
A informação financeira e a ética Isabel Martins Docente de Contabilidade e Auditoria na ESTGV
A propósito das contas públicas do Estado, ouvimos e lemos, às vezes até em demasia, termos técnicos do domínio de estudiosos e especialistas: déficit, dívida pública e dívida privada, consumo público e consumo privado, balança comercial, austeridade, entre outros. Ora, o Estado tem vindo a exigir, de forma crescente, ao longo dos anos, aos empresários (em nome individual, incluindo os trabalhadores a recibo verde) e às empresas informação financeira: compreensível (qualquer interessado a possa perceber); relevante (importante para a tomada de decisão); fiável (isenta de erros materiais); e comparável (permite a análise através do tempo). Estes, assessorados pelo Técnico Oficias de Contas e, em empresas de maior dimensão, por Revisores Oficiais de Contas, cumprem com as suas obrigações, cada vez mais exigentes e sujeitas a supervisão/inspeção. A fim de minimizarem os riscos de incumprimentos, com penalizações civis e criminais, organizam-se com sistemas de informação modernos, atuais e eficientes, adequados às suas necessidades de informação, útil e atempada, para a tomada de decisão. Aliás, só organizações com estas caraterísticas continuam de pé, com uma gestão proactiva, que antecipa os problemas, num contexto nacional tão adverso. Se o Estado fizesse a si próprio (incluindo empresas públicas e municipais, autarquias, fundações) o que exige ao setor privado, não estaríamos na situação atual. De que adianta emitir legislação e outras normas (de controlo interno, grau de endividamento, Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, por exemplo) se não são supervisionados em tempo útil e penalizados os incumpridores? De
que adianta, uns anos depois, virem longos relatórios do Tribunal de Contas (será que são lidos?!) ou de outro organismo equivalente, se já não é informação atempada nem útil? Que consequências advêm? Pela informação que nos vai chegando, são raros os casos em tal acontece, e que se ‘arrastam’ em tribunal. A título de exemplo, há organismos que há mais de 10 anos estão obrigados a ter um sistema de controlo interno em funcionamento, mercê da entrada em funcionamento do Plano Oficial de Contabilidade Pública. É claro que há quem tenha um manual de controlo interno em funcionamento, devidamente atualizado e supervisionado pela atividade de auditoria interna. Mas também há outros cuja função não passou da letra impressa no documento que tiveram de entregar à tutela e que é desconhecido internamente, isto é, não está em funcionamento. E que consequências têm? Ora, este tipo de situações não têm paralelo no setor privado. Aí do empresário/empresa que seja ‘fiscalizado’ pela Autoridade Tributária e Aduaneira (ATA) e não tenha a sua contabilidade devidamente organizada e impostos em dia. E a ATA não é o único organismo se fiscalização. De acordo com a atividade da empresa, estão sujeitos a uma variedade de entidades de fiscalização. O Estado, tal como o órgão de gestão de qualquer empresa, deve ser o primeiro a dar o exemplo no cabal cumprimento de todas as normas que emite. É uma questão de princípio e de ética. Infelizmente, a ética é um desses temas que, como a comida ou a casa, se vai revelando progressivamente importante à medida que se faz sentir a sua falta. (José António Gonzalo)
PSA Mangualde oferece carrinhas solidárias Investimento∑ Carrinhas custaram 80 mil euros e pretendem ajudar a comunidade A PSA – Peugeot Citroën em Mangualde, ofereceu, no passado dia 15, duas carrinhas adaptadas a pessoas com problemas de mobilidade à Santa Casa da Misericórdia e ao Complexo Paroquial de Mangualde. A iniciativa, levada a cabo pela Fundação PSA Peugeot Citroën decorreu nas instalações do Centro de Produção de Mangualde, e “apesar das dificuldades do setor, pretende reforçar a solidariedade e os laços com a região”, afirmou João Mattosinho, diretor geral da PSA Mangualde. Acrescentou ainda que “numa época de crise nada é mais importante que a solidariedade”. Um investimento de 80 mil euros, em que 50 mil foram financiados pela Fundação PSA Mangualde e os restantes 30 mil, pela empresa PSA Mangualde e pelas marcas Peugeot e Citroën. A Fundação, criada em 2011, tem como lema “Mundo em movimento” e apoia projetos úteis à comunidade
nas áreas de mobilidade solidária, projetos educativos, sociais e culturais, projetos dedicados à pessoa deficiente e projetos relacionados com o meio ambiente. A escolha das duas instituições deve-se ao movimento solidário desenvolvido pela fundação, que já apoiou 140 projetos. Para os representantes das instituições este foi um momento muito relevante e que em muito vai ajudar todos os utentes. Fernando de Almeida, provedor da Santa Casa da Misericórdia salientou a importância da presença da PSA Mangualde, que “é para nós
um verdadeiro padrinho e por isso estamos muito gratos”. Já o Cónego Jorge Seixas, do Complexo Paroquial de Mangualde, ressaltou o gesto como “forma de reconhecimento de um trabalho e de uma missão que as duas instituições têm desenvolvido junto da comunidade e da região”. Na cerimónia de entrega das viaturas esteve também presente o diretor da Segurança Social, Joaquim Seixas, que destacou que “esta ação é reveladora da consciência social deste grupo. E só de mãos dadas, segurança social, instituições, agentes Publicidade
Briel no Forum Viseu A Briel inaugurou, no passado dia 15, a segunda loja da marca na cidade de Viseu. A empresa portuguesa especialista em máquinas de café espresso pretende apresentar aos clientes um leque de produtos relacionados com Publicidade
café, de destacar o descafeinado e café em pastilhas, em grão e em pó moído na hora. A loja está aberta ao público durante os próximos dois mese, das 10h00 às 23h00 e situa-se na loja 2.17, no Forum Viseu..
económicos, município e sociedade em geral, conseguimos combater a indiferença e só assim construímos uma sociedade mais justa, tolerante e que acredite no futuro” Para o presidente do município de Mangualde, João Azevedo, é “importante a presença da PSA no concelho e felizmente que a cá temos em força”, este é um ato simbólico que para o autarca “é de grande importância e que representa as preocupações desta empresa”. Micaela Costa
Jornal do Centro
16 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
23 | novembro | 2012
Comentários “IVA a 23 representa o funeral da restauração” João Valério 62 anos Proprietário do restaurante “O Valério”, em Mangualde
“ Tiago Virgílio Pereira
Estou no ramo da restauração desde os 10 anos de idade e esta, é sem dúvida a pior crise económica de sempre. O IVA a 23 por cento representa o funeral da restauração. Os proprietários sentem-se envergonhados. Nós, que sempre ajudámos o Estado, mereciam os mais consideração. Vamos reunir e, com certeza, vamos alargar ainda mais as ações de luta”.
Sopa e pão a 23 por cento não! Proprietários e funcionários de restaurantes do distrito de Viseu reuniram-se no Rossio, frente à Câmara Municipal, e protestaram contra a taxa do IVA a 23 por cento no setor. A ação surgiu no âmbito do “Dia Nacional sem Restaurantes”, na tentativa de pressionar o Governo a reduzir o IVA. Descontentamento e desespero foram os sentimentos partilhados. “Se não fosse por vergonha, a maior parte já tinha a porta fechada”, alertam. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) não aderiu ao protesto. Uma sopa, um pedaço de pão recesso e um papel com a mensagem “sopa e pão a 23 por cen-
to”. Foi desta forma simbólica que muitas dezenas de pessoas, representando um total de 22 restaurantes, protestaram contra a taxa do IVA a 23 por cento. “Foi a forma que encontrámos para dizer que estamos presentes. A verdade, é que nestas condições não temos margem de lucro nem sustentabilidade para continuar o negócio”, disse Serafim Campos, um dos dinamizadores da iniciativa. “Exigimos, pelo menos, que o Governo baixe para a taxa intermédia de 13 por cento”, referiu o proprietário do Restaurante “O Cortiço”, em Viseu. A uma só voz, os proprietários concordaram que “lucram mais com a casa fechada do que aberta” e por isso “ponde-
ram despedir funcionários”. A quebra de afluência de clientes ronda os 60 por cento e, “se não fosse por vergonha, a maior parte já tinha a porta fechada, porque todos estamos com a corda ao pescoço”, explicaram. À imagem do que aconteceu no país, também em Viseu a AHRESP recusou aliar-se à manifestação, alegando que “um dia de encerramento representa um grande impacto nas finanças das empresas de hotelaria e restauração”. Esta posição motivou muitas críticas dos proprietários. “Não nos sentimos representados pela AHRESP, esta associação defende muito bem o H ( de Hotelaria), que tem uma taxa de 6 por cen-
to, esquece-se é do R (de Restauração) ”, disparou Serafim Campos. Quem tentou valorizar o papel da associação foi Nélson Mota, outro dinamizador do protesto. Para o proprietário do Restaurante “Casa Arouquesa”, em Viseu, “a AHRESP tem vindo a desempenhar um bom papel na defesa do setor através de uma série de iniciativas de cariz nacional, que mostram o quanto estão descontentes com as medidas impostas pelo Governo”, disse. Até ao final do mês, estão previstas mais ações e vigílias de protesto. Os profissionais da restauração prometem “não baixar os braços”. Tiago Virgílio Pereira
“Trabalho para pagar as contas” Paulo Pataco 34 anos Proprietário do restaurante “Zé Pataco”, em Canas de Senhorim
“
Com o IVA a 23 por cento não dá para colmatar as despesas que são cada vez mais e com menos dinheiro. Trabalho para pagar as contas porque sinto, e de que maneira, a quebra no número de clientes. Vamos continuar a lutar e se não nos fizermos ouvir, teremos de repensar a estratégia”.
“Governantes têm de voltar à escola” Jorge Ferreira 54 anos Proprietário do Restaurante “Santa Luzia”, em Viseu
“
Trabalho há 40 anos e, por esse motivo, não tive muito tempo para frequentar o ensino. Contudo, das contas que sei, com o IVA a 13 por cento, de 100 euros tiram 13 euros, e, com o IVA a 23 por cento, de 50 euros levam 11, 50 euros. Parece que são os nossos Governantes que têm de voltar à escola, porque nem isto conseguem ver”.
Conferência “Portugal e o Futuro da Europa” A Associação Comercial do Distrito de Viseu recebe no próximo dia 29, quinta-feira, a conferência “Portugal e o FuPublicidade
turo da Europa”, a partir das 18h00. O orador convidado é Rui de Carvalho Moreira, presidente da Associa-
ção Comercial do Porto. A organização do evento está a cargo da Real Associação de Viseu. TVP
Jornal do Centro
17
23 | novembro | 2012
especial
Agências de Viagens
Faça as malas e venha viajar pelo especial desta semana…
Prepare-se antes de viajar…
Viajar é muitas vezes a escolha quando se pretende fugir à rotina e à confusão do dia-a-dia e, sobretudo, quando a palavra de ordem é descansar. Numa altura em que o tema da crise se
debate em todo o lado, lado fazer as malas e partir à descoberta de novos lugares ou regressar a locais onde já se foi muito feliz é a opção. O leque de países, cidades e preços é, cada
vez mais mais, extenso e na hora de escolher o sítio certo pondera-se tudo e faz-se contas à vida em busca do pacote mais adequado às necessidades do turista e da carteira.
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Av. Dr. António José Almeida, 88 - 3510-042 Viseu Tel.: 232 409 960 /1 /2 Fax.: 232 405 334 Email: geral@okviagens.com
Viaja r começa mu ito antes da viajem em si. Há muitas coisas que se devem ter em cont conta antes do dia da merecida m escapad pada. Escolher o loc loca l pa ra onde se pretende viajar é o primeiro po onto a ter em con conta, na maioria das vezes sabe-se prev previamente o loca l pa ra onde se quer ir mas, por vezes, a única ú coisa que se sabe é que se quer ir, para onde onde, não interessa. Pesquisar n na internet e ir a uma agência de viagens são as atitudes mais corretas. Nesta segunda opção opçã tem sempre o acompanhamen acompanhamento de pessoas especializadas e que q podem ser o grande guia nas indecisões. Se tem algumas idei ideias exponha-as sempre e explique as razões porque pretende ir a d determinado local, os profissionais profissiona saberão com mais facilidade indicar-lhe ind a melhor opção. Se, por p outro lado, não faz ideia de onde on gostaria de ir, faça uma triagem: praia, campo ou serra, frio ou calor, dentro do país ou para o estrangeiro? É muito importante que nunca se esqueça do tempo que dispõe para a viagem. Escolhido o local é altura de tra-
çar percursos. Há quem goste de levar a sua viagem previamente delineada, com escolha de locais a visitar, exposições, parques, lojas, ruas. Mas há também quem não queira fazer esta planificação e prefira partir à descoberta. Nos dois casos é importante que, pelo menos, se assinale pontos de interesse chave, isso vai facilitar e sobretudo rentabilizar o tempo da viajem. Outra das “dores de cabeça” é fazer a mala, o medo de que alguma coisa importante falte, a escolha das roupas certas, levar o imprescindível ao invés de coisas que não vamos chegar a usar são temas que podem levar alguns dias a resolver. Tenha sempre em conta a meteorologia do local para onde vai, uma pesquisa rápida na internet vai permitir que saiba, mais ou menos, o tempo que vai fazer, em que é que isto lhe ajuda? Na escolha da roupa, claro. Se deve levar um casaco mais quente, se deve levar calçado apropriado para a chuva ou para o sol, se deve apostar em calças ao invés de calções, t-shirt em vez de camisolas de manga cumprida e tantas outras peças de roupa. Para facilitar a tarefa faça uma lista, desta forma a probabilidade de se esquecer de alguma coisa será certamente menor e poderá aproveitar essa lista para futuras viagens, se se esquecer de alguma coisa acrescente, da próxima vez já não vai faltar.
Jornal do Centro
18 ESPECIAL | AGÊNCIAS DE VIAGENS
23 | novembro | 2012
FR Travel, Viagens & Turismo, ajuda-o a poupar na hora de viajar: - Definir antecipadamente um orçamento para as férias; - Tentar enquadrar o seu período de férias nas épocas mais baixas que têm tarifas mais económicas. A flexibilidade de datas poupa muito dinheiro. - Aproveitar as campanhas de venda antecipada. Hoje os operadores para garantirem o mínimo de ocupação da s sua s operações , lançam promoções fantásticas de venda antecipada que podem ir desde 25% de desconto aos tão desejados 2X1 (viajam duas pessoas ao preço de uma + taxas); - As estadias e voos durante a semana f icam quase sempre mais em conta. Por outro lado, os horários de voos de madrugada têm normalmente preços mais reduzidos. - Planif icação pormenorizada da viagem a ntes da pa rtida por forma a rentabilizar o tempo e aproveitar ao máximo a viagem adquirida;
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- Utilização, sempre que o destino permitir, de companhias aéreas Low Cost, mas tendo em atenção que os aeroportos onde aterram muitas vezes são longe das cidades, as restrições de bagagens e suplementos que as mesmas vão adicionando até finalização da reserva; - Quando vai de viagem, peça aconselhamento na sua Agência relativamente aos passes de transporte, cartões desconto monumentos, etc… pois muitas vezes a aquisição dos mesmos fica mais em conta, do que a compra individual desses serviços; - Quando opta por um Cruzeiro, verifique bem os serviços que estão incluídos no pacote. As companhias têm normalmente packages de bebidas e excursões que adquiridos antes da viagem têm bons descontos. Prepare também criteriosamente a mala com tudo o que julga ser necessário, medicamentos, artigos de higiene pessoal, etc… A bordo pode comprar quase tudo, mas na maioria das vezes a preços mais elevados.
Antes só que acompanhado? Cada vez m a is há quem prefira viajar sozinho, não por falta de companhia mas porque férias e f ins de semana também significam crescimento pessoal e estar só. Num tempo em que a agitação do dia-adia e a frenética corrida entre a casa e o trabalho nos deixam desgastados e com os nervos à f lor da pele, viajar sozinho pode ser uma boa escolha. Para além de poder planear tudo pensando apenas em si as van-
tagens são inúmeras, as despesas podem ser mais reduzidas, a gestão do tempo torna-se mais fáci l e f u nda menta lmente pode ter aquele tempo que tanto anseia para estar só, para tomar decisões e descansar da rotina. Este tipo de viagem, para quem souber tomar o maior partido, pode funcionar como uma boa escola para a vida, aprendese a lidar com os senti mentos, a obser va r o outro, ser mais tole-
rante, aprender a resolver problemas e contratempos sozinho. E, de qualquer forma, fazer a mala e viajar desacompanhado não quer dizer que assim o seja, esta pode ser uma boa altura para conhecer novas pessoas e trocar experiência s , cer ta mente que vai encontrar milhares de pessoas a faz erem ex at a mente o mesmo. Encha o seu dia com atividades, procure passeios com guias, procure um hostel, um
conceito diferente de hotel mas onde encontra muitas pessoas que também estão a viajar sozinhas, trace planos e sobretudo divirta-se sem nunca se esquecer que é importante que se sinta seguro. Esta é, sem dúvida, uma forma de viajar diferente e repleta de surpresas, quando regressar trará a mala repleta de recordações, histórias e aventuras para contar aos familiares e amigos.
OK Viagens leva-o a todo o lado Escolher o local para onde se quer viajar varia, na maioria das vezes, entre praia, cultura e história. “No caso das viagens de cariz cultural as zonas mais escolhidas são as cidades europeias como Paris, Londres e Roma, já no que diz res-
peito à praia os destinos de eleição são as Caraíbas, com muita procura, e Cabo Verde”, explicou ao jornal José Gomes, gerente e consultor da agência de viagens, OK Viagens. A situação económica e o orçamento são pre-
ocupações que afetam os clientes, “a aposta em promoções e pacotes dinâmicos feitos na hora”, são soluções que para José Gomes “ajudam na hora da decisão”. A OK Viagens é uma agência que prima pela qu a l id ade dos ser v i-
ços prestados a empresas e particulares, com consultoria especializada no âmbito da atividade das agências de viagens. Localizada na Avenida José de Almeida, em Viseu, a Ok Viagens conta já com mais de 25 anos de experiência.
Jornal do Centro
AGÊNCIAS DE VIAGENS | ESPECIAL 19
23 | novembro | 2012
Travel Gate aposta no atendimento personalizado
Opinião
A lua-de-mel é o início de uma viagem a dois
Ana Charneca Chefe da Agência GeoStar Viseu
O casamento faz sonhar! Sonhar com um d ia especia l e i nesquecível , com mo m e n to s ú n i c o s q u e vão m a rca r a h istó ria de uma vida. Parte desse sonho é a lua-de-mel, um dos momentos mais emocionantes que merece ser passado num dest i no de slu mbra nte , que servirá de cenário para uma das viagens mais importantes vividas a dois. Momentos de sonho em pra ia s pa rad isíacas de areia branca e mar azul-turquesa, nas Caraí bas, Brasil
ou Polinésia Francesa. Aventura nas estâ ncias de A ndorra, P i re né u s ou A lp e s , exotismo na Ásia, ou cidades m á g ica s n a Europa, onde o rom a nt ismo está pre s e n te e m c a d a m o numento, rua ou museu. Lugares que nos fazem sonhar com a lua-de-mel perfeita. Escolha o seu destino e seja feliz. Visite a GeoSta r V i seu e con he ç a a s nossas condições especiais para noivos e convidados. Com mais de 50
anos de experiência, e apoiada em evo lu íd a s fe r r a m e nt a s tecnológicas e serviços inovadores a GeoStar apresenta uma proposta de valor i nteg rada aos seus clientes, assente nos mais elevados níveis de serviço com as melhores condições de mercado. Porque acreditamos que a viagem começa onde o desafio, a evasão, e son ho, a vo n t a d e e o d e s e j o começa m , acreditamos que a sua viagem de lua de mel começa aqui.
A agência de viagens Travel Gate, com dez anos de existência na cidade de Viseu, aposta cada vez mais na diferenciação e no atendimento personalizado. Com um conceito distinto, onde não há catálogos nem promoções na montra da loja, pretende ter um nova atitude, “cada cliente é diferente e detentor das suas experiências, é preciso avaliar as necessidades e aconselhar de acordo com os gostos de cada um, esse é o nosso ponto de partida”, explicou Paulo Coelho, CEO da Travel Gate. Este conceito, “atrai clientes diferentes e, de certa forma, seleciona quem nos procura, pouca gente mas quem vem compra”, acrescentou. Outra política de diferenciação prende-se com a aposta no mercado de reservas através da internet, “isso ajuda muito o clienPublicidade
Viajar em modo low cost Atualmente e dada a conjuntura económica viaja r é muitas vezes deixado de lado. Para combater esta tendência surge o conceito low cost (baixo custo). As férias low cost são signif icado de poupança em vários níveis, desde o preço do transporte, do alojamento e até dos restaurantes, tudo isto sem baixar a qualidade do conforto e da diversão. Viajar em modo low c o s t i mpl i c a a l g u m a preparação, isto é, programar a viagem com alguma antecedência pois muitos pacotes turísticos têm preços reduzidos para marcações com um mês ou mais de antecedência. Optar por alugar apartamento ao i nvés de escol her u m hotel é outra forma de tornar as suas viagens mais económicas, para além do alojamento ficar mais barato pode ainda fazer algumas refeições em casa. Trace rotas de
modo a não perder tempo e sobretudo dinheiro com deslocações desnecessárias. Estes são alPublicidade
guns exemplos de como viajar de forma económica mas com a mesma boa disposição.
te, pode deslocar-se à loja se assim o entender mas pode muito facilmente reservar a sua viagem a partir de casa”, explicou. Também a qualidade e competência dos profissionais da Travel Gate tem sido uma prioridade, “as pessoas querem alguém que os ajude, que perceba do tema, só assim o cliente tem confiança em nós”. A agência de viagens que abriu em 2003, está desde abril deste ano nas novas instalações na Rua Formosa, não só o conceito de atendimento mudou como também o espaço se reno-
vou. Com sede única em Viseu tem alargado ao longo destes anos a sua atividade para todo o país, “só assim podemos crescer, não queremos estar fechados ao mercado de Viseu, queremos chegar a todo o lado”, afirmou Paulo Coelho. Numa altura em que a conjuntura económica afasta os compradores de viagens, para Paulo Coelho, “ser distinto marca uma posição, não sentimos a crise, continuamos a trabalhar de manhã à noite e isso deve-se à nossa capacidade de nos reinventarmos e de sermos diferentes”. Apesar de a classe média ter baixado a compra de viagens, começam a aparecer novos clientes como é o caso das empresas, viajam cada vez mais na procura de oportunidades, vão para a China, Alemanha, Angola, Moçambique e Brasil”.
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desporto FUTSAL VISEU 2001 DERROTADO NA GURADA
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
No Nacional de Futsal da II Divisão, o Viseu 2001 perdeu na Guarda frente ao Lameirinhas por 3 a 1. Um jogo entre os dois primeiros classificados da série A que deixou o Lameirinhas mais só na frente enquanto o Viseu 2001 manteve o segundo lugar, mas agora já a cinco pontos da formação da Guarda. Os viseenses foram ainda alcançados na classificação pelo Póvoa Futsal e pelo Cohaemato, próximo adversário do Viseu 2001 no domingo, em jogo para a sexta jornada do campeonato. Uma partida marcada para as 17h00 no pavilhão da Via Sacra, em Viseu.
Cartão FairPlay O Penalva de Castelo honrou o futebol distrital no passado domingo em Coimbra. Perante o detentor da Taça de Portugal a equipa treinada por Rogério Sousa obrigou a equipa dos estudantes a sofrer para conseguir passar a eliminatória. A formação jovem demonstrou que no futebol não há vencedores antecipados. Ténis de Mesa Aquilino Pinto
Gil Peres
Futebol Penalva do Castelo
A Jogo muito disputado no Municipal de Coimbra com a sorte a sorrir à Académica Taça de Portugal
Cartão FairPlay Aquilino Pinto tomou posse para mais um mandato na presidência da Associação de Ténis do Distrito de Viseu e só por si garante que o ténis de mesa continua o seu projeto de crescimento. A descentralização tem sido uma marca do trabalho realizado. Nova Lei de Policiamento no jogos dos jovens
Cartão Vermelho Entrou em vigor o DL 216/2012, relativamente ao regime de policiamento dos espetáculos desportivos. Muito ruído e muitas indefinições. À portuguesa… Publicidade
“Brioso” Penalva do Castelo Eliminação ∑ Penalvenses resistiram até aos 108 minutos Terminou aos 108 minutos o sonho do Penalva do Castelo eliminar a Académica de Coimbra e seguir para a 5ª eliminatória da Taça de Portugal, em futebol. Fortemente apoiada nas bancadas, a formação orientada Rogério Sousa entrou desinibida e consciente da superioridade do adversário. Essa consciência libertou os jogadores para uma partida conseguida, assente em muita determinação e empenho. O jogo em Coimbra, para muitos, poderá ser a página
mais importante da carreira desportiva, por isso não regatearem esforços e conseguiram bater o pé ao detentor do troféu. O Penalva conseguiu o feito de aguentar o nulo nos 90 minutos regulamentares e levar a decisão para o prolongamento. Uma defesa de betão, e um guarda-redes inspirado que defendeu tudo, menos o penálti no prolongamento, numa altura em que pairava no Municipal de Coimbra o fantasma do desempate por penalidades, e da “lotaria” que sempre represen-
ta num jogo a eliminar. Era a essa situação que os homens do Penalva se iam agarrando, com unhas e dentes. Ironia do destino, foi num penálti que tudo acabou por se decidir. Aos 108 minutos, Edinho marcou para a Académica, numa penalidade apitada por João Ferreira a castigar mão de Diogo a remate de Wilson Eduardo. Nos últimos minutos, com os adeptos da Briosa ainda pouco convencidos do apuramento, eram os apoiantes do Penalva
que, apesar do resultado desfavorável, faziam a festa. Entre o apoio ao Penalva, um cântico ficou até final: “... E a Briosa, só de penálti!”. E foi mesmo assim. O Penalva acabou a aventura na Taça de Portugal e deixou Viseu sem equipas na competição. Numa equipa que se exibiu como um todo, é justo mencionar a qualidade das defesas de Ferrari, e a dupla de centrais – Sérgio e Cunha foram enormes. Gil Peres
FUTSAL VITÓRIA, EMPATE E DERROTA PARA EQUIPAS DE VISEU No nacional de Futsal da III Divisão, na série B, o Rio de Moinhos somou mais um ponto ao empatar a 3 golos na deslocação a Lourosa. Nesta jornada 5 do campeonato, o São marinho de Mouros foi derrotado por 5 a 2 em Leça. Após esta ronda, o Rio de Moinhos ocupa a 9ª posição com 5 pontos enquanto o São Martinho de Mouros é 10º com 4. Na próxima jornada o Rio de Moinhos recebe o Arsenal Parada enquanto o São Martinho de Mouros joga em casa com o Futsal Azemeis.
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II Divisão Promoção - Futebol Feminino
Viseu 2001 reassume liderança O Viseu 2001 voltou ao topo da classificação na série C do Campeonato Nacional de Promoção de Futebol Feminino. As viseenses derrotaram o Ferreirense por 2 a 1 em jogo disputado no sintético do Campo
1º de Maio, no Fontelo. Com este triunfo, o Viseu 2001 somou o 10º ponto na classificação em 4 jogos disputados, e reassumiu a liderança. As viseenses estão invictas esta época e no campeonato somam três vitórias e um empate.
Lideram em igualdade pontual com o Murtoense, que nesta jornada empatou sem golos com o Cadima, mas o Viseu 2001 tem menos um jogo disputado, pelo que poderá beneficiar da “folga” das adversárias para se isolar na Publicidade
Penalva do Castelo
“Velha Glória” homenageada em Coimbra
A Higino da Costa O jogo da Taça de Portugal, em Coimbra, entre a Académica e o Penalva do Castelo, serviu também para uma homenagem a uma antiga glória dos dois clubes. Direcção da Académica aproveitou o intervalo do jogo para levar até ao relvado Higino da Costa Bernardo, antigo jogador da Briosa e também do Penalva do Castelo. Higino da Costa
Bernardo foi atleta da Académ ica n a época 1951-52, altura em que se sagrou campeão nacional de juniores, sob o comando de Óscar Tellechea. José Eduardo Simões, presidente da Briosa, entregou a Higino da Costa um livro da História da Académica, numa cerimónia à qual também se associou Leonídio Monteiro, autarca de Penalva do Castelo. GP
frente.. Esta jornada 5 completou-se com a vitória do Eirolense em Seia por 3 a 1. Na próxima jornada, este domingo, dia 25 , o Viseu 2001 vai jogar ao Eirolense, equipa do distrito de Aveiro. GP
A Viseenses seguem invictas
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ACADÉMICO DE VISEU
Há mais mudanças no plantel do Académico de Viseu. Depois da saída de Álvaro, que assinou pelo Lusitano de Vildemoinhos, agora é Luís Cardoso a deixar o plantel academista e a assina r pelo Castro Daire, equipa da Divisão de Honra de Viseu, embora, oficialmente, e no fecho desta edição, ainda
não houvesse confirmação por parte da direcção do clube viseense. Luís Cardoso, avançado que esta época chegou ao Académico depois de passagens por Aguiar da Beira e Penalva do Castelo, é assim reforço da equipa orientada por Rui Almeida, e que luta pelos primeiros lugares da Divisão de Honra de Viseu.
O té c n i c o d o C a s t r o Daire chegou também a ponderar a inclusão de Álvaro no palntel, mas o jogador, por questões de proximidade, acabou por preferir vestir a camisola do Lusitano de Vildemoinhos. À saída de Luís Cardoso junta-se ainda a de João Ricardo, ex-júnior o clube. O jovem avan-
Gil Peres
Nova ordem no clube leva à saída de atletas A Luís Cardoso vai reforçar o Castro Daire çado confidenciou nas redes sociais a sua saída do Académico, mas, ao que apurámos, as saídas não deverão ficarse por estes três atletas. O Académico de Viseu, com a chegada de Filipe Moreira adoptou um es-
quema de treinos bi-diários e o facto de alguns jogadores do plantel serem semi-profissionais, com outras actividades além do futebol, está a obrigar o clube a alguns reajustes. A decisão final sobre as várias situações
de possíveis saídas estão nas mãos do técnico academista. Estas saídas poderão levar também à entrada de alguns jogadores. Os próximos dias deverão trazer mais novidades. GP
Taça de Portugal de Futsal
O Viseu 2001 está automaticamente apurado para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal em futsal, e pode continuar a sonhar em jogar com um dos “grandes” da modalidade em Portugal. A formação orientada por Rui Almeida ficou isenta no sorteio da 3ª eliminatória, e vai agora esperar pelos resul-
tados e, principalmente, pelo sorteio da próxima ronda onde entram em competição as equipas do rpincipal escalão do futsal em Portugal. Quanto à AJAB, não teve tanta sorte, embora não se possa queixar do sorteio, já que lhe deu a oportunidade de jogar em casa. A equipa de Tabuaço vai receber o Gualter, equipa de Braga
que milita na série A da III Divisão Nacional de Futsal. Os jogos estão marcados para 1 de dezembro. E nt re t a nto o c a m peon ato reg ressa no fim-de-semana com a AJAB a jogar no Póvoa Futsal e o Viseu 2001 a receber o Cohaemato. Jogo às 17h00 no Pavilhão da Via Sacra, em Viseu. GP
Gil Peres
Sorteio foi uma sorte
A Viseu 2001 depois de eliminar o Prodeco ficou isento da 4ª eliminatória
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D Revolution Within no Estudantino
Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
culturas
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O Estudantino Bar, em Jugueiros, Viseu, recebe, amanhã, dia 24, a partir das 22h30, a banda Revolution Within e o DJ The Rock. O evento realiza-se no âmbito do warm up do 19º Hardmetalfest, que irá ter lugar em Mangualde, no início de 2013.
expos
Destaque
Arcas da memória
SANTA COMBA DÃO ∑ Junta de Freguesia de Treixedo Até dia 30 de novembro Exposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, uma organização conjunta da Câmara Municipal, através da Biblioteca Municipal Alves Mateus e da Universidade Sénior de Santa Comba Dão.
Magia invade o Teatro Ribeiro Conceição
O “INDIÁTICO” AVENTUREIRO E PIEDOSO – 1
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 30 de novembro Exposição de escultura “Bairro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques. Até dia 30 de novembro Exposição de pintura “Recreio dos Ícones”, de Cláudia Costa. Até dia 30 de novembro Exposição mista “Coleção Camiliana”, de Paulo Sá Machado. MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até dia 26 de novembro Exposição “Pontos e Encontros”.
Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h00, 23h50* Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h20 Força Ralph VP
A Interação e mistério são alguns dos ingredientes do espetáculo
Luís de Matos∑ “Chaos” promete desafiar a razão Luís de Matos, mágico português mais premiado e distinguido de sempre, atua amanhã, dia 24, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, a partir das 21h30. “Chaos” é o nome do espetáculo de magia que promete iludir miúdos e graúdos. O novo “concerto” de ilusões do português será tão real que desafiará a razão. Uma jornada ines-
quecível, plena de interação e mistério, repleta de feitos inexplicáveis que perduram na memória de cada espectador que os vive. Em “Chaos”, os mais est ra n hos elementos interagem de forma mágica e surpreendente. Saramago disse um dia que o “caos” é uma ordem por decifrar. Os noventa minutos de espetáculo são uma combinação única da imaginação cole-
tiva de todos que nele participam. É uma experiência mágica sem precedentes, uma coleção de mistérios tornados realidade em cada representação, constituindo uma viagem mágica pessoal, intransmissível e memorável. Ilusão ou realidade? fica a questão. O preço do bilhete é de 10 euros. Tiago Virgílio Pereira
foto legenda Fernando Bonito, de Alhais, Vila Nova de Paiva, diretor do periódico ”Notícias do Paiva”, lançou no dia 17, no auditório do IPJ, em Viseu, o seu primeiro livro “Os Sem Direito a Nome de Rua”. Entre conterrâneos e amigos, a apresentação esteve a cargo de Fernando Paulo Baptista.
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h40, 16h15, 18h50 Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (M6) (Digital)
Frei Agostinho de Santa Maria, Santuário Mariano, 1711.
Paulo Neto
VISEU ∑ Instituto Português do Desporto e Juventude Até dia 26 de novembro Exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Rebelo.
Ali se vê também, pendurada em uma linha de ferro da Igreja a pele de um grande lagarto marinho, ou jacaré, que um homem matou, favorecido daquela grande Senhora, em as partes da Índia Oriental, que agradecido ao seu favor, lha veio oferecer à sua Casa, o qual era natural daquelas partes.
(M6) (Digital)
Sessões diárias às 21h40, 00h20* Para Roma, com amor (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h15* 007 Skyfall (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h30, 00h10* Dos homens sem lei (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h50,
Agostinho Nunes de Sousa Valente, fundador do Convento da Fraga, no seu Olimpo Místico, Fraga Prodigiosa, que terá escrito por volta de 1745, refere a vida aventurosa de Francisco de Almeida e Gouveia, natural de Vila Boa, termos de Ferreira de Aves e hoje concelho do Sátão, lugar não distanciado da Senhora da Lapa, que tendo embarcado na Carreira das Índias, pelo Oriente se distinguiu de tal modo que passaram a apelidá-lo com o título de “Indiático”. Foi Governador da Praça de Moçambique e ao voltar ao reino El-Rei honrou-o com o título de Cavaleiro de Cristo e outras mercês e fê-lo Comendador de Alcofra. Veio a morrer na sua terra natal onde casara com Joana Vasconcelos filha do 5.º donatário de Moçâmedes, desse consórcio havendo sete filhos. Não se livrou de vida atribulada o “Indiático” e bastas vezes, falho de outro socorro, do céu se valeu implorando o auxílio da Virgem de quem era devoto. De uma das vezes valeu-se da Senhora da Lapa alevantada no Santuário onde talvez tivesse ido em romagem quando era meni-
16h30, 19h10, 21h50, ooh30* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital)
Sessões diárias às 11h00* (dom.), 13h40, 16h20, 19h00 Força Ralph VP (M6) (Digital 3D)
Sessões diárias às 22h00, 00h30* Taken - a vingança (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 16h45, 19h00, 21h20, 23h30* Operação: outono (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10* 007 - Skyfall (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h05, 21h40, 00h20* As voltas da vida (CB) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h20, 21h50, 00h20* Fim de turno (CB) (Digital)
Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital)
Sessões diárias às 15h00, 17h45, 21h10, 23h50* Argo (M12) (Digital)
Legenda: * sexta e sábado
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
no. Atacado por um crocodilo numa das suas andanças pelo sertão, já meio perdido, veio-lhe à lembrança o longínquo Santuário em cujas paredes vira sinais de muitos milagres, invocou aquela Senhora e logo dele se desprende o corpulento bicho que ali matou e cuja pele, mais tarde preenchida de pano e madeirame, pintada a zarcão, semelhando o bicho original, manda prender no travejamento da nave do Santuário onde se manteve por quase 300 anos. E foi a esta estranha figura de milagre que o povo ingénuo que à Lapa vinha em romaria chamou “o lagarto da Lapa”, inventando-lhe ao jeito de lenda essa humaníssima e familiar história de uma aldeã das proximidades que, por caminhos de serra, seguia em busca de tecedeira que compusesse colcha de lã para o noivado da filha quando das brenhas da serra rompe o tal lagarto da fama e de quem ela, por milagre da Senhora, se livra mercê de inspirada astúcia que lhe faz atirar os grossos novelos que trazia à bocarra aberta tolhendo ao bicho a respiração ao puxar dos fios. E à maneira do “Indiático”, faz transportar o lagarto como troféu para o Santuário da Senhora onde, na sua prisão de cadeias, sobre a nave alta, ainda me fez medo quando eu era menino.
Estreia da semana
Fim de turno – Taylor e Zavala (Jake Gyllenhaal e Michael Peña) são dois jovens polícias que descobrem, de forma acidental, os planos de um dos maiores cartéis de droga de Los Angeles. Esta descoberta leva-os a arriscarem as suas próprias vidas para fazerem justiça e deixarem as ruas da sua cidade um pouco mais seguras.
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culturas
D Apresentação do livro “Plano C, o Combate da Cidadania”
O Hotel Grão Vasco, em Viseu, será o palco da apresentação do livro “Plano C, o Combate da Cidadania”, por Mendo Castro Henriques, presidente do Instituto da Democracia Portuguesa, no próximo dia 29, às 20h00. O prefácio da obra ficou a cargo de Dom Duarte de Bragança.
Destaque
Variedades
O som e a fúria
Espetáculo de humor em S. Pedro do Sul
Magnetismo é tema no Museu do Quartzo O Muzeu do Quartzo, em Viseu, comemora o Dia Internacional da Cultura Científica sob a temática do magnetismo, com o atelié “Vamos fazer uma bússola”, amanhã, dia 24, a partir das 10h30, destinado para as crianças dos 5 aos 12 anos.
Colóquio em Castro Daire “A Ermida do Paiva no Portugal Medieval” é o nome do colóquio que irá realizar-se no próximo dia 26, a partir das 14h00, no Auditório do Centro Municipal de Cultura de Castro Daire.
Lana del Rey: artista revelação 2012? Maria da Graça Canto Moniz
Emília Amaral
O Cineteatro S. Pedro, em S. Pedro do Sul, será palco da peça de teatro “Um Espetáculo Natura lmente Bom”, apresentado pela companhia de teatro “Atrapalh’arte”, de Coimbra, no dia 30 de novembro, às 21h30. O espetáculo, com uma forte componente humorista e de entretenimento, terá a participação especial de Seraf im, reconhecido humorista de âmbito nacional, e de Jorge Marinheiro ao piano. O preço dos bilhetes é de 3 euros e podem ser adquiridos ou reservados através do mail cultura@cm-spsul.pt ou pelo telefone 232 720 140. A organização é da Câmara de S. Pedro do Sul.
Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
A O psiquiatra, Fidalgo Freitas apresentou o novo trabalho do colega de profissão
Daniel Sampaio apresenta livro em Viseu Obra∑ “Labirinto de Mágoas - As Crises do Casamento e como enfrentá-las” “Depois de trinta anos a ouvir casais resolvi escrever este livro”. É assim que o escritor e médico psiquiatra, Daniel Sampaio começa o seu novo livro “Labirinto de Mágoas - As Crises do Casamento e como Enfrentá-las”. A obra foi apresentada na quinta-feira, dia 15, na livraria LEYA na Pretexto, em Viseu. A sessão contou com a presença do autor, mas foi ao conhecido psiquiatra viseense, Fidalgo Freitas que coube apresentar a obra. “É um livro oportuno num tempo de mudança”, resumiu Fidalgo Freitas. O médico alertou para o facto de a psiquiatria e a psicologia darem “pouca resposta” em Portugal
a esta problemática, numa altura em que quase metade dos casamentos resulta em divórcio e as alterações numa relação a dois são profundas. “Quem precisa de ajuda tem dificuldade em encontrar essa ajuda. É uma área muito deficitária da nossa formação”, reforçou. Habituado a escrever sobre as famílias e os jovens de hoje, Daniel Sampaio aborda neste novo livro os vários aspetos da desagregação de uma relação, por ângulos diferentes. A obra conta ainda com um capítulo dedicado aos conflitos próprios da conjugalidade gay e lésbica, da autoria de Pedro Frazão.
“Este livro serve para estarmos atentos e termos alguns caminhos a seguir”, adiantou Daniel Sampaio, ao apresentar a obra como “uma proposta de reflexão” de como debater os primeiros sinais de desentendimento do casal, de como lidar com eles ou de como aceitar o divórcio. “Este é um livro que pretende fazer pensar. Não é um livro de autoajuda, nem um manual para salvar um casamento em crise. Ninguém aqui encontrará uma solução para salvar os seus males de amor”, escreve ainda Daniel Sampaio na introdução de “Labirinto de Mágoas”. Emília Amaral
Com os Grammys 2013 a pairar no ar (10 de fevereiro) dei comigo a concluir que Lana del Rey vai ganhar o prémio de artista revelação. Nascida numa era sonora mais dada às sonoridades alternativas, o single de estreia, Video Games, foi dos mais aclamados de 2011. Editado em janeiro de 2012, o álbum já não foi acolhido com o mesmo entusiasmo pelos seus admiradores mais antigos. Mas, entretanto, e claramente apoiada pela estrutura de uma grande editora, Lana del Rey viu Born to Die transformá-la, gradualmente, num fenómeno que chegou ao grande público. As maiores críticas que lhe apontam os mais céticos devem-se ao facto de ter mudado de nome (nascida Elizabeth Woolridge Grant, chegou a editar um disco como Lizzy Grant), de registo vocal e de imagem... Como se a mudança fosse coisa nunca antes vista no universo pop (David Bowie que era Davie Jones?)! As suas músicas são de uma textura pop bem polida e minuciosamente desenhadas, quase barrocas. Na linha do vintage alternativo (ou do indie, não sei bem!), o glamour é uma nota presente através de retrospetivas que recuperam tons e imagens da sétima arte. Basta ver alguns telediscos de Lana como, por exemplo, National Anthem onde são criativamente retratadas Marilyn
Monroe e Jackie O. Neste (que, devo confessar, gosto particularmente) o ultraromantismo dá lugar a um hino literal cheio de patriotismo, amor ao dinheiro e slogans americanos populares. Mas, ainda que tivesse algumas dúvidas acerca da “autenticidade” de Lana, rendime com Paradise. Cerca de metade do álbum é uma mistura de promessa e de execução frustrada. Apesar de algumas letras questionáveis, Gods and Monsters é estranhamente comovente graças a (ou apesar?) do seu refrão comovente. O fraseado vocal em Yayo, um remake de uma belíssima canção de Lizzy Grant, soa como se Del Rey fosse sucumbir a uma anestesia. O ouvinte não pode ajudar, mas apenas seguir o seu exemplo. Com este álbum a persona artística de Lana e a sua performance vocal, mais rica e acrobática (quem acha que esta menina não sabe cantar vai mudar de opinião depois de ouvir o falsete desmaiado que nos apanha de surpresa em Cola ou o chilrear danificado em Yavo) revelam o seu potencial. A sexualização e o erotismo em Paradise é um passo adiante da infantilização perturbadora de Born to Die. Em Burning Desire, Ride, Lana não está mais disposta a deixar o ouvinte jogar vídeo games, ela é o agente ativo, é ela quem joga. É ela a artista revelação, no verdadeiro sentido da palavra.
Variedades
Miúdos e graúdos confecionam sabonetes “Crónicas do Inverno” A Associação de Cultu- tir das 14h30, aos idosos glicerina com aromas e em Viseu ra, Recreio e Solidarieda- e crianças da freguesia e corantes alimentares. Dede Social de Vila da Rua, em Moimenta da Beira, e a “Soap & Soul”, uma empresa de Viseu que se dedica ao fabrico artesanal de sabão, sais e gel de banho, vão proporcionar, amanhã, dia 24, a par-
sócios da instituição, uma tarde de convívio onde terão a oportunidade de aprender e confeccionar sabonetes de glicerina e sais de banho. Será feito sabão recorrendo à mistura de
pois haverá lugar a algumas demonstrações de como lavar as mãos e da importância da higiene. Estas acções têm carácter didáctico e são importantes para miúdos e graúdos. TVP
A Companhia DeMente apresenta “Crónicas do Inverno”, hoje, dia 23, a partir das 21h30, na Estrada Velha de Abraveses, nº 61, em Viseu. Os artistas viseenses Carlos Clara Gomes e
André Cardoso proporcionam “Noites Diurnas Dum Par de Dois”, ao som da guitarra romântica e da guitarra portuguesa. No final, está prevista uma tertúlia moderada por Ricardo Bordalo. TVP
Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
culturas
D 18º FINTA na ACERT
Apesar das dificuldades económicas do país e do setor da cultura, a Associação Cultural e Recreativa de Tondela está a preparar o 18º FINTA - Festival Internacional de Teatro da ACERT, que irá decorrer de 5 a 9 de dezembro.
Variedades
Cinema
Feira do Livro em Nelas
Livro de ponto – Um filme de Nuno Tudela
A Biblioteca Municipal de Nelas acolhe, até dia 22 de dezembro, a Feira do Livro, sob o mote “Neste Natal ofereça um livro”. At rativo comple mentar para uma visita à Feira são as sessões de contos para pais e filhos, com atividades de animação e leitura, que decorrem aos sábados, às 15h30, o encontro e sessão de autógrafos com o escritor António Torrado, no dia 27 de novembro, pelas 13h45, a exposição de Presépios da artesã Lia Alvadia, a exposição de fotografia e poemas de Fábio Rodrigues e Sérgio Espírito Santo, e a oficina de Natal “Present´Arte” dirigida a famílias, no dia 15 de dezembro, pelas 15h00. A Feira decorre no horário da Biblioteca Municipal de segunda a quinta das 9h30 às 18h00, sexta, das 9h30 às 18h30 e aos sábados, das 14h30 às 18h00.
DVD “Fado & Jazz” em concerto “FADO & JAZZ” é um projeto musical idealizado e concretizado pelo pianista e compositor Paulo Lima. Com o objetivo de passar a mensagem do Fado de uma forma mais abrangente, o compositor Paulo Lima decidiu fundir o Fado e o Jazz e fazer novos arranjos musicais. O concerto ao vivo do DVD “Fado & Jazz” está marcado para o próximo dia 30, no Hotel Montebelo, em Viseu, a partir das 21h30. O concerto conta ainda com a participação de Catarina Rocha, Carlos Peninha, Pedro Lemos e Luís Nobre.
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Quem é Nuno Tudela?
Essa é sempre a mais difícil…um viseense que gosta de regressar às suas memórias e ao espaço onde cresceu até aos 21 anos. Serei sempre um viseense onde quer que esteja. Tenho 46 anos. Fui para Lisboa estudar cinema. Estive por lá 13 anos. Subi ao Porto e dou aulas no Instituto Politécnico do Porto, no curso de Comunicação Áudio Visual na ESMAE. Este filme, um olhar sobre a cidade?
O meu olhar, em última instância, é sobre a cidade. De memória fotográfica, cinematográfica, de imagens. Antes ainda de sair de Viseu comecei a tirar fotografias. Mesmo antes da cidade se tornar um objeto de imagem já correspondia a um olhar, a uma representação, sujeita a um ponto de vista, hoje muito mais reforçado do enfoque cinematográfico. Sobre qual cidade?
Sou um apaixonado por esse olhar sobre a cidade. Não interessa qual. Gosto de conhecer. De viajar. São várias. Este filme, O Livro de Ponto, é muito mais sobre as pessoas. As cidades são uma contingência onde as pessoas se encontram. O filme é um ponto de partida com regresso, num final em aberto, cuja simbologia estará sempre no destinatário. Termino o filme com os andorilhões que são um animal que ciclicamente parte e regressa e me remete para a minha infância. Um som . Eu sabia que tinha de terminar o
filme com isso. Terá vários significados… Livro de ponto é finalmente o título…
O livro de ponto é o objeto que me levou à ideia do filme. Está subjacente no filme uma reconstituição do objeto que já não existe. O livro de chamada e de sumários de uma turma: o 12º I de 88/89, do Liceu de Viseu. São imagens de um real imaginado?
Resu me u m a certa definição do que é o documentário nos dias de hoje. Olhar sobre o real conduzido pelo imaginário dos autores. O real imaginado sabe a quê?
Sou um obcecado pela memória. Conduz-me uma curiosidade. A de saber o que aconteceu às pessoas. Só agora, no espaço de 20 anos?
Surgiu agora a oportunidade e concretizei-a. Projetos para o curto prazo?
Quero continuar a filmar. Dar aulas é uma forma de subsistência. Estou na área, felizmente… Mas quero continuar a filmar. Tenho mais a dizer. É importante ter algo para preencher as narrativas. Seguir contando histórias. O Cine Clube de Viseu tem vindo há anos a ser um pertinaz difusor das boas práticas cinematográficas. É um entendimento e sequente reconhecimento que está, hoje, aqui?
Claro! Passei pela direção do CCV em 89 e considero-me um antigo colaborador ativo do CC. Tenho colaboração esporádica com ele. O meu tio, José Nicolau foi um dos seus fundadores e os meus pais foram ambos sócios. Eu aprendi a ver cinema no Cine Clube de Viseu! Paulo Neto
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em foco Finiclasse e o passeio de classicos Decorreu no passado dia 18, o Iº Passeio Turístico e Cultural de Carros Clássicos com o tema “Pelos Caminhos de Viseu”. O evento que proporcionou o desfile de várias viaturas clássicas e antigas, pelas ruas de Viseu, foi organizado pela Associação Cultural Recreativa e Social de Teivas, Casa do Pessoal do Hospital de S. Teotónio de Viseu e com o total apoio da FINICLASSE – Concessionário Mercedes Benz para o distrito de Viseu.
Decathlon comemora o 1º aniversário
A Decatlon Viseu comemorou entre os dias 16 e 18, o seu primeiro aniversário. Durante os três dias de festa mais de 3000 clientes passaram pelas instalações onde puderam participar e assistir a várias atividades desportivas como zumba, body-vive, danças de hip hop e até a um desfile de moda. Jonathan Augusto, diretor da loja de Viseu, aproveitou para “agradecer a todos os parceiros, Academia de Dança de Viseu, Dragon Force, FFitness, Viva Fit, Viseu Benfica, Inatel de Viseu e Câmara Municipal de Viseu pela sua disponibilidade em proporcionar aos clientes estes dias diferentes e a todos os que vistam diariamente e fizeram da loja o sucesso que é”.
Pai Natal já chega ao Palácio do Gelo Foi perante uma plateia de centenas de crianças que o Pai Natal chegou ao Palácio do Gelo no passado dia 17. Conduzindo um triciclo gigante, acompanhado das renas e dos duendes, trouxe muita animação, espetáculos musicais, ateliers de pinturas faciais e criações artísticas que vieram para ficar nos próximos meses. Este ano o Palácio do Gelo promete uma programação especial e recheada de surpresas, de salientar o sorteio de dois Renault Twizy, uma viagem a Tenerife com estadia para duas pessoas durante cinco noites, um telemóvel topo de gama Samsung Galaxy SIII, uma plasma Panasonic TX-P42X50E ou duas noites em regime APA, para duas pessoas, no Hotel Montebelo Aguieira Lake Resort e Spa, entre outros prémios.
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em foco Garagem Lopes apresenta novo Ford B-Max Na presença de vários clientes e amigos a Garagem Lopes apresentou, no dia 17, o novo Ford B-Max, o primeiro OpenCar da história, um veículo sem barra central que facilita o acesso ao seu interior. Também nesse dia se commemorou o dia do cliente Ford com a oferta de check up da viatura. A Garagem Lopes ofereceu ainda um magusto onde castanhas e jeropiga não faltaram.
Forum cria o mundo mágico do Natal Foi num ambiente mágico que o Pai Natal chegou ao Forum Viseu, no passado dia 17. Mário Daniel, conceituado mágico no panorama nacional e apresentador do programa “Minutos Mágicos” na SIC, fez as delícias de todos com a sua magia e boa disposição. Em vários pontos do centro comercial os mais novos puderam disfrutar de várias surpresas preparadas para eles e as pituras faciais foi uma das atividades mais requisitadas pelas crianças.
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saúde e bem-estar SEMINÁRIO NA ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL A Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV) promove dia 30 deste mês um seminário sobre “Vários Caminhos... uma finalidade”. A sessão decorre no âmbito das comemorações do 30º aniversário da instituição. EA
SESSÃO SOBRE O CANCRO EM RESENDE A Câmara de Resende em colaboração com a Liga Portuguesa Contra o Cancro promove esta sexta-feira uma ação de esclarecimento sobre o cancro do colo do útero e o cancro da mama. O encontro, destinado a toda a população, realiza-se às 18h00, no Auditório do Museu Municipal. EA
Centro de Saúde mantém número de médicos Penalva do Castelo∑ ARSC garantiu a permanência dos quatro profissionais A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) garante que o Centro de Saúde de Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, vai manter os quatro médicos de Medicina Geral e Familiar que tem atualmente. Na terça-feira, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde de Penalva do Castelo contestou a saída de mais um médico do centro de saúde. “O médico já foi informado de que o seu contrato de avença cessa a 31 de dezembro”, disse à agência Lusa António Vilarigues, da comissão de utentes, lamentando que, nos últimos anos, Penalva do Castelo tenha passado de sete para quatro médicos e que, mesmo assim, ainda esteja prevista a saída do médico
Ivan Colesnic, que aí presta serviço desde 2005. Fonte da ARSC disse à Lusa que “o Centro de Saúde de Penalva do Castelo tem, atualmente, quatro médicos de Medicina Geral e Familiar em funções e não se prevê qualquer redução do número de clínicos”. A mesma fonte explicou que a situação referida pela comissão de utentes “está a ser acompanhada pela ARSC que, em devida altura, tomou providências para que o médico em questão se mantenha em funções” no Centro de Saúde de Penalva do Castelo. Segundo a ARSC, o médico Ivan Colesnic “tem contrato de avença por um ano que não permite renovação automática”. Neste âmbito, “deverá, mas ape-
nas temporariamente, ficar ausente de serviço até a efetivação de novo contrato devidamente autorizado pela tutela”, esclareceu. António Vilarigues prometera que a população tudo faria para evitar a saída de mais um médico, nomeadamente sensibilizar para o problema os responsáveis do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões III, da ARSC e do Ministério da Saúde. Também o presidente da Câmara de Penalva do Castelo, Leonídio Monteiro, disse que já tinha enviado um ofício à ARSC “a alertar para a imprescindibilidade dos serviços deste médico, que tem feito um bom trabalho”. Emília Amaral/Lusa
CAMINHADA SOLIDÁRIA EM SÃO PEDRO DO SUL A ADRL- Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões, no âmbito do projeto NIC- “Núcleo integrado para a Igualdade e Cidadania” vai promover uma Caminhada Solidária, domingo, dia 25, em colaboração com o Grupo de Voluntariado Comunitário de São Pedro do Sul do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Com o apelo “caminha por uma sociedade saudável, informada e igualitária”, o percurso com cerca de seis quilómetros, vai iniciar-se às 8h45 em S. Pedro do Sul, junto à Câmara Municipal e seguirá em direção às Termas de S. Pedro do Sul. A inscrição terá um custo de três euros (inclui boné, seguro, guia) que revertem na totalidade para a Liga Portuguesa Contra o Cancro e deverá ser feita até hoje, através dos contactos: ADRL – Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões - 232 772 491 / 925235061 / Correio eletrónico: adrlafoes@gmail.com
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EMPREGO
INSTITUCIONAIS
IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844 1ª Publicação
Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126
Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907 Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653 Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819
Canalizador. Lamego - Ref. 587869103
Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168
Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222
Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029
Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870
Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167
Canteiro. Lamego - Ref. 587823179
CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt
Padeiro, em Geral Ref. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul
Serralheiro Civil Ref. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades
Pedreiro Ref. 587866642 – tempo completo – Oliveira de Frades
Soldador de Arco Electrico Ref. 587872707 – tempo completo
– Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades
Soldador de Arco Electrico Ref. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades
CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
(Jornal do Centro - N.º 558 de 23.11.2012)
Marceneiro Ref. 587800256 - Carregal do Sal A tempo completo. Candidato com boa experiencia na área de carpintaria/marcenaria, nomeadamente operar com máquinas do ramo. Outras costureiras Ref. 587839124 - Carregal do Sal A tempo completo. Empresa tem necessidade de um(a)
prensador(a) de casacos (fabrico em série), com experiência a chefiar essa secção. Outros estucadores Ref. 587872760 - Carregal do Sal A tempo completo. Prática em aplicação de gesso cartonado em perfis metálicos, “pladur”. Carpinteiro de limpos Ref. 587883429 - Carregal do Sal A tempo completo.
Preferencialmente candidato com alguma experiência/conhecimentos de para o assentamento em obra. Empregado de balcão Ref. 587874179 - Mortágua A tempo completo. Pretende profissional de preferência com experiência. Cozinheiro
Ref. 587876555 - Mortágua A tempo completo. Pretende pessoa com experiência e motivação. Tratorista Ref. 587877491 - Mortágua A tempo completo. A função consiste na utilização de trator para limpeza florestal e de vias públicas, com habilitação e experiência na condução de trator agrícola/florestal.
CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Esteticista Ref. 587870029 - Tempo Completo - Viseu
1ª Publicação
Cabeleirira Ref. 587868125 – Tempo Completo - Viseu Cozinheiro
Ref. 587862301 - Tempo Completo - Viseu Estucador Ref. 587872917- Tempo Completo - Viseu Soldador a metal ou solda forte Ref. 587878046- Tempo Completo
– Viseu Carpinteiro de limpos Ref. 587873509 - Tempo Completo - Viseu Pasteleiro Ref. 587873118- Tempo Completo – Viseu
Pintor superfícies metalicas Ref. 587884692 - Tempo Completo - Mangualde Cortador Carnes Verdes Ref. 587885012- Tempo Completo - Nelas
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
(Jornal do Centro - N.º 558 de 23.11.2012)
ANGARIADOR DE ASSINATURAS Faça parte da equipa do Jornal do Centro. Ligue 232 437 461 ou envie CV para: publicidade@jornaldocentro.pt
Empresa em Viseu procura Administrativa/o com - Licenciatura em Direito preferencialmente - Bons Conhecimentos de informática nomeadamente em (Word, Excel, Outlook) - Boa capacidade oral e escrita em português e inglês - Boa apresentação - Excelente capacidade de organização e trabalho em equipa Enviar Currículo Vitae com foto para geral@3xlsegurancaprivada.pt
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30 CLASSIFICADOS
23 | novembro | 2012
INSTITUCIONAIS
NECROLOGIA
2ª Publicação
2ª Publicação
Maria dos Anjos, 85 anos, viúva. Natural e residente em Armamar. O funeral realizou-se no dia 21 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Lázaro. Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231 Soledade da Costa, 97 anos, viúva. Natural de Gozende, Castro Daire e residente em Cotelo, Gozende, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 6 de novembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Gozende. Acácio d’Almeida Ribeiro, 80 anos, casado. Natural e residente em Ester de Cima, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 9 de novembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Ester. Mavília da Costa Pinto, 77 anos, viúva. Natural e residente em Desfeita, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 12 de novembro, pelas 15.15 horas, para o cemitério de Pinheiro.
(Jornal do Centro - N.º 557 de 23.11.2012)
Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 2ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 557 de 23.11.2012)
Olívia de Jesus Costa Lagoas, 80 anos, viúva. Natural e residente em Moimenta de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 15 de novembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Moimenta de Maceira Dão. Maria do Céu, 88 anos, viúva. Natural e residente em Quintela de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara.
2ª Publicação
Aurélia de Jesus, 90 anos, viúva. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 19 de novembro, pelas 15.45 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Maria Adelaide, 85 anos, viúva. Natural e residente em Conlela, São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 19 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São João da Serra. Armando Pereira da Silva, 84 anos, solteiro. Natural e residente em Cambra de Baixo, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 19 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cambra.
(Jornal do Centro - N.º 557 de 23.11.2012)
Ag. Fun. Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252
2ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 557 de 23.11.2012)
VENDA DE PROPRIEDADE EM ORGENS QUINTA C/ 3355m, COMPOSTA DE CASA DE HABITAÇÃO EM RUINA, QUINTAL E CASA AGRICOLA. CONTACTAR: 232 286 544 / 232 416 441 HORÁRIO: 9.00H ÀS 18.00H
(Jornal do Centro - N.º 557 de 23.11.2012)
Maria da Conceição, 88 anos, solteira. Natural de Travanca, Oliveira de Frades e residente em Vale Maior, Albergaria à Velha. O funeral realizou-se no dia 20 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vale Maior. Ag. Fun. Fernandes Correia & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 610
Joaquim Ferreira da Silva, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Freixo, Serrazes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 20 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Serrazes. Ag. Fun. Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 Maria Elisete Pais, 82 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Luís Filipe Pereira Lopes, 51 anos, casado. Natural de Viseu e residente em Póvoa de Abraveses. O funeral realizou-se no dia 15 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. Luís Filipe Alves Saraiva, 51 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Maria Edite Queiroz, 85 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de novembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Belmira Rodrigues da Luz, 86 anos, viúva. Natural e residente em São Cipriano. O funeral realizou-se no dia 17 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local. José Gomes Duarte, 86 anos, casado. Natural e residente em Boaldeia. O funeral realizou-se no dia 18 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local. Maria de Lurdes Matos Parreira, 74 anos, viúva. Natural e residente em Torredeita. O funeral realizou-se no dia 20 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária de Figueiró Viseu Tel. 232 415 578 Amando Dias, 93 anos, viúvo. Natural e residente em Serrazes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 17 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Serrazes. Galileu Sanches Cordeiro, 79 anos, casado. Natural de São Vicente, Abrantes e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de novembro, pelas 15.00 horas, para o crematório de Viseu. Adelaide Duarte Rodrigues, 75 anos, viúva. Natural e residente em Lordosa. O funeral realizou-se no dia 20 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.
Alda Marques Correia, 85 anos, viúva. Natural e residente em Queiriga, Vila Nova de Paiva. O funeral realizou-se no dia 22 de novembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Queiriga.
Alberto dos Santos Filipe, 70 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 22 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Abraveses.
Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503
Maria da Nazaré Ferreira dos Santos, 91 anos, viúva. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 22 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.
Fernando Marques, 81 anos, viúvo. Natural e residente em Lameira, Várzea, São Pedro do Sul. O funeral realizouse no dia 15 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Várzea. Maria da Glória Almeida Gomes, 79 anos. Natural e residente em Landeira, Santa Cruz da Trapa, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 16 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa.
Ana Cardoso de Campos, 69 anos, casada. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Ag. Fun. Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
Jornal do Centro 23 | novembro | 2012
clubedoleitor
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DEscreva-nos para:
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
CARTA DO LEITOR
HÁ UM ANO EDIÇÃO 506 | 25 DE NOVEMBRO DE 2011 Publicidad
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRECTOR
O Papel das Misericórdias no distrito de Viseu
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UM JORNAL COMPLETO pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ESPECIAL pág. 20 > ECONOMIA pág. 21 > SUPLEMENTO pág. 30 > DESPORTO pág. 33 > CULTURA pág. 35 > EM FOCO pág. 37 > SAÚDE pág. 39 > CLASSIFICADOS pág. 42 > NECROLOGIA pág. 43 > CLUBE DO LEITOR
Paulo Neto
Semanário 25 de Novembro a 1 de Dezembro de 2011 Ano 10 N.º 506
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
· www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225
Novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Tondela - Viseu envolto em polémica
José Júlio Norte
Como todos já verificámos estamos num mundo em mudança que no nosso caso vem agravado pela crise económica e social. Esta rea l idade sem dúvida vai ter que nos levar a “mudar de vida”, a crise agora instalada está a causar danos, em alguns casos irreparáveis, nos sectores mais desfavorecidos da socied ade Por t ug uesa , que face à conju nt ura internacional e nacional está a arrastar também toda a classe média que se vê confrontada com taxas de desemprego nunca vistas, oneradas com impostos crescentes e sem ex pectativas de u m a vida melhor. O que nos leva a pensar que nos próximos anos vamos assistir a uma degradação sistemática da qualidade de vida da nossa sociedade. Estamos a enfrentar uma das maiores crises económicas já vistas. Vamos ter esperança, pois sabe-se também que a crise é sempre uma oportunidade para quebrar paradigmas, crescer e vencer desafios de várias formas, e uma delas pode ser através da união e sensibilização das demais parcelas da sociedade a exercer a sua responsabilidade social. Teremos que unir esforços e tentar despertar as consciências para o dever cívico e de cidadania, cuidarmos uns dos outros, sempre com um grito de alma presente na nossa mente ”Há que acordar para o dever de servir”, sem esquecer que compete
aos governos apoiarem as instituições que estão no terreno mais próximos das populações. As Misericórdias ao longo do seu trajecto tem encontrado sempre muitos obstáculos fruto por vezes do egoísmo e falsidade e é sempre muito difícil lutar contra estas contrariedades. A crise que vivemos é ma is que económ ica é de Ética, de valores, princípios e falta de respeito pela pessoa humana. Não pode haver solidariedade social sem solidariedade familiar, pois cada vez mais vivemos num mundo individualista e de grande fascínio pelo absolutismo tecnológico. É preciso refundar a primazia pela pessoa humana uma vez que não há soluções técnicas para problemas éticos. É por tudo isto que nós apelamos à sociedade civil para dar o seu contributo, e unir esforços em torno das IPSS e Misericórdias de modo a que seja possível continuar a prestar um serviço de qualidade às nossas crianças, jovens, idosos, deficientes e cidadãos em geral que recorrem diariamente aos nossos serviços. A genera lidade das misericórdias do Distrito de Viseu são pobres em termos materiais, mas muito ricas no material humano que põem ao serviço diariamente de toda a comunidade. A nossa disponibilidade e solidariedade é ilimitada, os recursos financeiros são escassos, por
isso apelamos a todos que nos ajudem neste momento que é dramático, em que queremos ser solidários e fazer o bem e não temos por vezes com quê, mas continuamos a dar-nos aos outros com a riqueza da nossa solidariedade e voluntariado. Não podemos resistir à crise porque ela também está a bater às nossas portas e a nossa capacidade de improvisação, dedicação e imaginação está a atingir o limite, o que significa que se não houver solidariedade para connosco obviamente que não podemos como até agora multiplicar para dar aos outros. Este começa a ser o nosso dra ma , de não sermos capazes de cumprir as 14 obras de Misericórdia que são a matriz das nossas Instituições. Embora o Conselho Nacional e o Presidente da União da Misericórdias, Dr. Manuel de Lemos, tenham lutado com denodo, contra as contrariedades criadas pela crise, e encetado uma luta tenaz com o governo na negociação do Protocolo de Cooperação para 2013 não foi possível ir além da garantia dos acordos firmados e acrescidos de um aumento de 0,9%. Hoje, ma is do que nunca, somos convocados a unir vontades e esforços a nível institucional e da comunidade na protecção dos mais desprotegidos e vulneráveis da sociedade, não deixando que a palavra crise seja sinónimo de esquecimento e abandono.
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Presidente do Secretariado Distrital de Viseu da União das Misericórdias Portuguesas
∑ Novo conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela/Viseu provoca “enfartes de miocárdio”.
∑ “Só eu e o Rui Melo é que somos militantes do PSD”. (Ermida Rebelo) ∑ Reforma administrativa sem consenso. ∑ Noar vendida à Renascença. ∑ “O futuro do ensino superior público passará sempre pelo IPV”. (Fernando Sebastião) ∑ Dão reforça notoriedade no Brasil. ∑ Conferências do Douro Sul desafiam futuro do Douro. ∑ Congresso da AIRV debate presente e futuro. ∑ Comemoração do 750º aniversário do nascimento do Rei D. Diniz. Publicidade
tempo
JORNAL DO CENTRO 23 | NOVEMBRO | 2012
Hoje, dia 23 de novembro, céu muito nublado. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 4ºC. Amanhã, 24 de novembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 10ºC. Domingo, 25 de novembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 8ºC. Segunda, 26 de novembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 3ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Sexta, 23
Viseu ∑ Seminário “Empreendedorismo, Inovação e Competitividade, 19h00, Auditório da Soima.
Sábado, 24 Lamego ∑ Palestra “Ouvir os números : A matemática da música”, às 16h00, Museu de Lamego. Viseu ∑ Homenagem ao professor da Escola Superior de Tecnologia e gestão (ISTGV) do IPV, Rogério Matias, pela Associação dos Antigos Alunos do Departamento de Gestão, às 16h30, na ESTGV.
O Jornal do Centro oferece:
∑
Bilhetes para a peça “Guarda: Sopro Vital” dia 24 e 25 de novembro, na ACERT, em Tondela. Ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados.
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Convenção marca arranque da campanha do CDS
Olho de Gato
Resgates Joaquim Alexandre Rodrigues
Tondela∑ Hélder Amaral promete novidades da reunião A Convenção Autárquica da Distrital de Viseu do CDS-PP, que vai a decorrer em Tondela este sábado, dia 24, “marca o início da campanha autárquica” do partido, afirma o presidente da distrital do CDS, Hélder Amaral. Para o líder dos centristas, trata-se de um encontro com “uma importância acrescida” ao ser dado o pontapé de saída para um ano intenso de eleições, mas também porque há bastante tempo que o partido não promovia uma convenção. Hélder Amaral, admite que de Tondela podem ainda surgir anúncios de candidatos a autarquias do distrito. Fechada à comunicação social no período da manhã para trabalho interno do partido, a Convenção vai contar à tarde com intervenções de Miguel Pires Silva, líder da Juventude Popular, de Joaquim Seixas, Diretor de Segurança So-
cial do Centro Distrital de Viseu, de João Cotta, presidente da AIRV, e de Victor Mendes, presidente da Câmara de Ponte de Lima. O secretário-geral do CDSPP encerra o encontro centrista, às 18h00.
Eleições. O CDS-PP no distrito de Viseu parte para a Convenção Autárquica de amanhã com a casa quase arrumada. No passado fim-der-semana decorreram eleições em mais quatros concelhias. Sofia Pereira foi eleita presidente do CDS de Santa Comba Dão, Manuel Oliva foi eleito para a concelhia de Sátão, Carlos Amaral assume os destinos do CDS em Tondela e José teles Dias em Oliveira de Frades. Aos quatro atos eleitorais concorreram listas únicas, mas esse não é um problema para Hélder Amaral. O presidente da distrital diz que “há um surto de novos militantes”
no partido, “há décadas que não se conseguiam tantos militantes em tão pouco tempo”. Dia 16 de dezembro decorrem eleições para a concelhia do CDS de Vila Nova de Paiva, estando a ser preparados outros atos eleitorais. Viseu continua sem concelhia e sem eleições calendarizadas. Hélder Amaral é claro quanto à principal concelhia do distrito: “Os militantes têm nas suas mãos o destino de Viseu. Se eu for um obstáculo, porei a hipótese de mudar a minha militância para outro concelho onde for bem-vindo”. Hélder Amaral acredita no objetivo traçado pelo CDS para o distrito de Viseu e avança que “antes do fim do ano estarão definidas as 24 concelhias nos 24 concelhos, o que não acontecia há várias décadas”. Emília Amaral.
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joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Em Maio de 2011, o nosso resgate foi formalizado num memorando de entendimento que passou a ser o programa dos nossos governos e fez do país um protectorado na mão dos credores. A seguir, sem surpresa, o resgate à república portuguesa virou fractal, chegando em dominó aos vários níveis de poder. Em Janeiro deste ano, a Madeira foi resgatada. Em troca dos 1,5 mil milhões de euros de empréstimo, Vítor Gaspar impôs subidas de impostos e um ramalhete de medidas de austeridade ao dinossauro madeirense. Em Agosto foi a vez dos Açores. Com menos espalhafato como aconselha a maneira de ser açoriana, Carlos César teve que fazer concessões políticas em troca de um empréstimo de emergência de 135 milhões de euros. Acabou, por exemplo, a vergonhosa eximição dos funcionários açorianos ao corte salarial feito ao funcionalismo público por Sócrates no PEC3. Depois do poder regional, este dominó chegou agora ao poder local. Começaram a ser assinados os resgates às câmaras. Em politiquês a operação chama-se “Programa de Apoio à Economia Local (PAEL)” e tem dois níveis de austeridade. As mais falidas vão ser obrigadas a praticarem impostos e taxas máximas, quer queiram quer não queiram. No distrito de Viseu, já assinaram Armamar, Lamego, Nelas, Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul e Vila Nova de Paiva. Outras se seguirão e entre elas a mais desgraçada de todas — Santa Comba Dão. Falta já menos de um ano para as próximas autárquicas. Nas câmaras resgatadas os eleitos não vão ter margem de manobra, o PAEL vai estar para eles como o memorando de entendimento está para Pedro Passos Coelho. Já para as outras câmaras, repito aqui um aviso deixado no blogue Olho de Gato: eleitorado que eleja doidos com a boca cheia de “obra” e outras despesices, será eleitorado condenado ao IMI máximo, IRS máximo e taxas máximas. E será muito bem feito.
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