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UM JORNAL COMPLETO
Jornal do Centro
07 | dezembro | 2012
sugestões
Passagem de Ano
Paulo Neto
Semanário 7 a 13 de dezembro de 2012
pág. 06 > ABERTURA
Hotel Durão
Entre com elegância Entrar no novo ano num ambiente distinto e elegante é mais fácil com o programa especial fim-de-ano do Hotel Durão. A unidade hoteleira, da localizada perto do centro cidade de Viseu, na Avenida da Bélgica, prepara uma noite diferente e inesquecível com início marcado para as 19h45, com um cocktail de ano velho. O jantar buffet, composto pelas mais deliciosas e tradicioo são região da nais iguarias se mote para uma noite que pretende memorável. Pode-
DIRETOR
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 08 > À CONVERSA
rá disfrutar de muita animação com música ao vivo. E, depois de uma festa de arromba o merecido descanso. O Hotel as disponibiliza alojamento e reservas efetuadas até ao próximo dia 18 beneficiam de um desconto de cinco por cento. Passe o seu réveillon em festa e no único Eco-hotel da cidade, que respeita e se preocupa com o ambiente. Para mais informações e reservas contacte através do 232 410 460 ou por correio eletrónico info@hotel-
pág. 12 > REGIÃO pág. 18 > EDUCAÇÃO
durao.com.
Mamma Mia
Ano 11 N.º 560
pág. 20 > ECONOMIA
Diversão até ser dia
e gratuianos pagam apenas 10 euros Diversão, boa disposição, música aos nove anos). Dance- to para crianças até e dança são as propostas da à escolha mais O valor inclui duas bebidas teria Mamma Mia para a noite e passas, Estrada e à meia-noite champanhe partir longa do ano. Localizada na ano. A Viseu, a para brindar ao novo serve do Aeródromo – Campo de das 3 da manhã a danceteria Mamma Mia promete um ambiente a ceia onde poderá deliciar-se com à prefestivo e glamoroso e convida quente. horas. bolo-rei, bôla e cacau cargo sença de todos a partir das 22 A animação musical fica a A decoração moderna e requine quando Canela” de “Pau grupo do a para tada, pensada especialmente a cabine fica aos indife- a noite já for longa e muita data, não vai deixar ninguém comandos do Dj Migg, festa rente e com projetores de televisão animação até às 6 da manhã. ambienatraem ecrã gigante oferece um Pode efetua r reser va 891 ou te diferente e festivo. vés dos contactos 966 153 euros 20 de é pessoa por O preço e os 16 936 014 763. (crianças e jovens entre os 10
pág. 22 > DESPORTO pág. 26 > CULTURA
1,00 Euro
pág. 28 > EM FOCO
SEMANÁRIO DA
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pág. 31 > SAÚDE
Nesta N estta ed edição dição
pág. 33 > CLASSIFICADOS
Sugestões Passagem de Ano
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Paulo Neto
| Telefone: 232 437 461
·
REGIÃO DE VISEU
pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
Novo acordo ortográfico
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redacao@jornaldocentro.pt
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“Um chefe de Estado rei teria controlado muito melhor os desmandos dos governos”
∑ Dom Duarte de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8, 9 e 10
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Jornal do Centro 07 | dezembro | 2012
praçapública rHá Estado a mais rTemos que nos cul- r Temos na Proteção Civil”
palavras
deles
par a nós próprios porque deixamos o nosso Estado, eleito por nós, dar cabo da economia portuguesa por inépcia, irresponsabilidade e, nalguns casos, francamente, por corrupção”
uma economia de gastos nãosustentável a corrigir e todos contamos com os beirões para introduzir este espírito revolucionário na nossa economia”
Opinião
João Cotta Presidente da AIRV
Opinião
Sílvia Vermelho Politóloga
modelo de financiamento para sustentar os bombeiros ou, mais dia menos dia teremos a vida muito complicada.
Valdemar Freitas
Rebelo Marinho Presidente da federação de Bombeiros do Distrito de Viseu (Tomada de posse do comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu, 2 de dezembro)
rOu se arranja um
D. Duarte de Bragança
D. Duarte de Bragança
Chefe da Casa Real Portuguesa, em entrevista ao Jornal do Centro
Chefe da Casa Real Portuguesa, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu (Entrevista ao Jornal do Centro, 4 de dezembro)
Concertação empresarial, motor regional do desenvolvimento O principal ensinamento que temos de reter atualmente é que todos os recursos são muito escassos. Têm de ser eficientemente usados, para criar o maior valor possível. Qual o resultado que pretendemos? Queremos investimento para criar riqueza, promover a natalidade e fixar de pessoas! Queremos investimento industrial, económico, cultural, social, na retenção de todo o tipo de talento. Apenas o investimento permite gerar valor a prazo. Tudo isto depende de nós sociedade civil, poder político nacional e regional, o ensino e as empresas. O caminho é o alinhamento estratégico, agregação de esforços,
racionalização de recursos e a orientação para resultados. A sociedade civil tem de ser forte, afirmativa e interventiva. O poder político nacional irá identificar os parceiros sociais regionais interlocutores únicos e credíveis. Os autarcas já deram um passo em diante ao criar a Comunidade Intermunicipal. O ensino ainda não fez o caminho da agregação e do alinhamento estratégico, que permitirá atrair, fixar e desenvolver talentos. E os empresários? Para Lisboa e Porto fomos, somos e seremos sempre periféricos. Quer a nível associativo quer individual temos de fazer as coisas de forma diferente, para obtermos os re-
sultados melhores e diferentes. Os empresários têm de melhorar a qualidade da sua gestão, inovar nos produtos, nos modelos de negócio e trabalhar em rede com outras empresas complementares. Isto dará dimensão às empresas, reduzirá o risco na procura de novos mercados, promoverá as sinergias de recursos e o aumento de competitividade regional. As Associações empresariais regionais têm de dar o exemplo. Nenhuma associação empresarial de cariz nacional se empenhará na resolução dos nossos problemas. A constituição do Conselho Empresarial da Região de Viseu conferirá maior poder
negocial e representatividade aos empresários. O que une as Associações empresariais da nossa região é muito! Temos necessidades e problemas iguais, que podemos resolver atuando de forma concertada. Uma associação empresarial regional única permitirá aumentar a sua sustentabilidade, a cooperação entre os diversos setores, receber competências centrais e trabalhar com todos os parceiros regionais. O Conselho Empresarial da Região de Viseu terá de ser um motor regional, com a prioridade cimeira da captação de investimento, única garantia da criação de riqueza e fixação de pessoas.
A propósito de multiplicadores Em Fevereiro passado, em Lisboa, fui desafiada a falar numa conferência sobre participação política das/os jovens. Às vezes, sinto que o facto de ter estudado Ciência Política serve para tudo o que tenha a palavra “política” e, até ao momento em que comecei a falar na dita conferência, estava convencida que tinha sido um erro de casting na construção do painel – de participação política tinha muito pouco, pensei eu. Nunca desempenhei funções ao nível de cargos políticos e nunca militei em nenhum partido. Nem sempre exerci o meu privilégio de voto e, das vezes que o fiz, só levei a sério o voto das autárquicas porque é o único voto, da dita democracia representativa, que vejo como realmente útil. A militância, por si só, é per-
niciosa. A etimologia leva-nos à desenvolvo voluntariamente no resposta do resultado de qual- Terceiro Sector, ou mesmo proquer militância – servir como fissionalmente, o meu papel é um soldado – e quem serve como ser útil a quem age. Contribuo, um soldado não é livre. Por isso, humildemente, para o desenvolnuma sociedade tão agrilhoada, vimento de ferramentas de acevitar novo acorrentamento de- ção e, dessa forma, para o emveria ser, penso, o imperativo de poderamento de jovens pares qualquer ser pensante. que se vão cruzando comigo e Que participação política te- connosco – esse conjunto de nho, então, eu? A dita “participa- pessoas cuja missão é, também, ção cívica” contará? Claro que serem úteis. Somos – sou – uma sim, pensei, mas, mesmo aí, a espécie de multiplicador. minha participação é, maiorita- Bem sei que o único multipliriamente, de trabalho no terre- cador que se fala nos últimos no. Pouco faço, directamente, ao tempos é o keynesiano. As crinível do lobbying e influência ses têm esse efeito agridoce, aude políticas públicas, sou, na- mentam substancialmente a lituralmente, uma pessoa de bas- teracia de um país. Mas o nosso tidores. Estava quase a deses- efeito multiplicador não se traperar sobre que poderia eu di- duz na matemática. Somos um zer que pudesse ser útil à plateia multiplicador da economia real quando, me apercebi, que o meu – aquela que não passa por abspapel é precisamente esse – eu trações e artificialidades finantento ser útil. Nos trabalhos que ceiras, mas aquela que organiza
a vida em sociedade de modo a providenciar a satisfação das necessidades dos indivíduos. Isto porque, alguém, dos muitos “alguéns” que por mim, e por nós, têm passado, há-de salvar as baleias e outro alguém há-de erradicar a pobreza extrema. Haverá outro alguém que lançará um livro que ficará para a História das ideias que mudaram o mundo ou então criará um sistema de incentivo ao envelhecimento activo no seu bairro e deixarão de haver as mortes no isolamento. E poderíamos continuar a descrição de tudo aquilo que o resto do mundo poderá fazer. Não somos nós – mas é, também, através de nós – um nós quem contém aqui o “vós”. A melhor incubadora de sonhos é a realidade da acção. Multipliquemo-la e o mundo mudará.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
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números
estrelas
10.000 O montante em euros roubado por cinco homens que assaltaram nesta terça-feira, a dependência da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, em Silgueiros, no concelho de Viseu.
Importa-se de responder?
Luís Duarte Comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu
Catarina Sobral Presidente do Banco Alimentar de Viseu
Depois de 36 anos ao serviço dos bombeiros, Luís Duarte foi empossado Comandante dos Voluntários de Viseu, propondo um novo ciclo para a a corporação.
Mobilizando mais de 1500 pessoas, o Banco Alimentar recolheu 95 toneladas de alimentos que irá distribuir por 60 instituições de Solidariedade Social.
António Lopes Pires Presidente da direção da ASSOPS
A ASSOPS recebeu em Guimarães o Óscar Mundial de Folclore pela mão do presidente da Junta de Freguesia, Carlos Coelho. Este galardão coloca Passos de Silgueiros na rota cultural nacional.
Que ideia tem da monarquia? É uma família real que por um lado tem um patriotismo com o país e por outro com a Europa. A monarquia é uma espécie de símbolo vivo de união.
A monarquia é uma alternativa ao que temos, a uma república gasta. Seria uma forma de as pessoas conhecerem outro tipo de vida, outra forma de se gerir um país. Era uma boa opção.
Ricardo Mendes
Jorge Capelle
Arquiteto
Administrativo
Para mim representa um agrupamento familiar muito importante, que nos dá o exemplo, que nos agrupa e ajuda a termos uma indicação de como nos comportar, associar e, principalmente, de como respeitar os nossos valores.
Maria de Lurdes Peixoto Reformada
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Penso que deveria haver monarquia em Portugal. Para além de estar acima dos partidos talvez melhorasse alguma coisa, nomeadamente a vida dos portugueses.
Clara Osório Reformada
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial
Jornal do Centro 07 | dezembro | 2012
“Gramática do Inferno” (…) “o povo, como qualquer país à beira mar plantado, vergava sob impostos pesadíssimos, corrompendo na miséria e na escuridão.” Aquilino Ribeiro, O Livro do Menino Deus, Bertrand, 1945
Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)
Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Gil Peres, C.P. n.º 7571 gil.peres@jornaldocentro.pt
Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596 tiago.virgilio@jornaldocentro.pt
Paulo Neto Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt
Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
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Ainda por cima somos hipócritas? Numa sociedade, os idosos e os recém-nascidos são as duas franjas etárias mais frágeis. Se os anciãos são descartáveis como as Bic’s – honra às exceções – num país com uma tão acentuada quebra demográfica, deveríamos esperar que os segundos fossem tão abençoados como a chuva cálida depois da longa seca. Mas não. Hoje, como se tornado hábito, já não preocupante mas alarmante, há mães a dar à luz e a “lar-
gar” os filho nas maternidades – o lugar da “mater”. Não há competência para julgar um ato deste teor. E falar em desumanidade é simplista. Acreditamos que só o mais profundo e exacerbado dos desesperos pode levar uma mãe a abandonar seu filho. Ou um filho a abandonar seu pai… Atrocidades, ambas. Que maculada cegueira nos tolda a vista e não nos deixa ver quem são os idosos de amanhã. Aqueles que irão ser deixados entregues a si e ao seu temível destino: morrer sozinho pelos filhos desprezado, como nascer sozinho, fugida a mãe a seguir ao parto. Questão cultural? Só muito parcialmente. Há tribos no mais recôndito sertão que festejam e acarinham tanto os nascituros
como os anciãos. Questão económica? Será ela o cerne da questão. Mas é certo também que há famílias tão pobres como Job ou os Fandingas e onde avô e neto nunca foram repudiados. Sinais e reflexos dos tempos? Absolutamente. Uma sociedade decadente e amoral, sem valores, é geradora de todas as vilezas. A Escola desprestigiada e agora, ao que se diz, em vias de se tornar luxo de elites; filhos deficientemente formados que irão ser pais com défices de educação acentuados; um neoliberalismo tresvairado e insano que despreza o ser humano, só o apreciando como besta de carga; políticos-governantes espelhando as piores e mais estigmatizantes práticas… tudo conjugado, que sociedade geradora de afetos e valores
Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt
Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA
Opinião
Distribuição Vasp
Tiragem média 6.000 exemplares por edição
Sede e Redação Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461
Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com
Nova Iorque, Nova Iorque O julgamento durou apenas dois meses, onde ficou provado aquilo que já toda a gente sabia à partida, Renato Seabra é culpado. Dúvida havia era relativamente à sua consciência do momento em que cometeu o crime, maníaco, psicótico ou não, há pormenores nesta novela de horrores que só me fazem pensar que pelo menos um pequeno
rasgo de loucura teve de se manifestar a qualquer momento. Um rasgo de loucura que começa logo no momento em que uma pessoa com a idade e mediatismo do Carlos Castro, não se pode permitir a justificar com o calor da paixão uma relação baseada no interesse e favoritismo, onde a ascensão como modelo que ele proporcionava
era paga dentro de portas de um quarto de hotel. Talvez não o percebesse, eu duvido, acho que o que ele não percebeu foi que o desfecho final podia vir a ser tão dramático. Um rasgo de loucura deve também ter invadido a cabeça de Renato quando se apercebeu (consciente ou não) que pagava com uma homossexualidade que se diz
. Que se esqueçam os responsáveis pelos crimes que contra o todo, a Nação, têm sido perpetrados, sobretudo por aqueles a quem confiaram o Poder; . que haja tanta gente, verdadeiras rémuras, parasitando quem produz, colhendo o fruto sem nada criar, a não ser cirrose e maledicência; . que quem sustenta essa parasita-
gem não se rebele, negando o dever de dar a quem só entende ter o direito de colher; . que se negue aos idosos, que sempre trabalharam, tudo aquilo que se dá aos bandidos nas cadeias; . que não se exija Justiça célere, igual, operante, confiável e servidora do povo; . que se percam processos judiciais
lusa pátria. Vamos a factos, a 28 de Agosto de 2010, em plena Assembleia Municipal, Fernando Ruas, dominando como poucos a arte da “fina” ironia, afirmava: “…uma
trapassada a ideia de por lá instalar a loja do cidadão e mais tarde alguns serviços municipais, logo que se preserve o imóvel de alto valor histórico e patrimonial, a escolha parece acertada. De forma a minimizar os riscos, ao nível da gestão do conceito, será conveniente realizar um estudo prévio que contextualize o sucesso obtido por outras incubadoras de âmbito municipal que se desenvolveram nos últimos anos. De modo a que este projecto não esteja condenado à nascença, também será sensato, que a escolha para ocupação do espaço recaia sobre empresas tecnologicamente avançadas, criativas ou de eleva-
redaccao@jornaldocentro.pt
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Opinião
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Propriedade
1. Sabendo que tantas coisas poderiam ser modificadas, faz-me pena: . ver as pessoas amalgamadas no entulho da propaganda do pós 25 D’Abril, sem terem saber, ou coragem, de se livrar dessa maleita; . que o nosso povo esteja sempre disposto a crucificar, à laia dos fariseus, quem colida com os seus interesses particulares, esquecendo o colectivo;
O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA
Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
Faz-me pena
Opinião
Incubar Viseu 1. Incubadora de Empresas: No decurso natural da história dos povos, diversos foram os líderes que ao longo da sua vida mudaram de opinião, ou de partido, sem que o caos viesse ao mundo. Winston Churchill será o exemplo mais flagrante. Surpreendentemente, numa terra em que o tempo demora a passar, o mesmo aconteceu com Fernando Ruas. No espaço de duas mudanças de calendário, o ilustre autarca alterou a sua opinião relativamente às incubadoras de empresas. O único lamento é que apenas o tenha feito com uma década de atraso em relação ao boom destas iniciativas na
Incubadora no Centro Histórico… Eu a princípio até pensei andamos com algum problema com a história das funerárias, já lá há no Centro Histórico, mas não é a mesma coisa...” Chegados a Novembro do corrente ano, um Fernando Ruas visionário lança o projecto de uma incubadora de empresas, na antiga sede dos bombeiros voluntários de Viseu em pleno centro histórico. Relativamente ao espaço escolhido, ul-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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Se em democracia um político é sufragado
pelo seu programa eleitoral, pelas promessas que traz arrimadas à sua candidatura, que se devia fazer àquele que, uma vez eleito, deita tudo para trás das costas e faz exatamente o mesmo ou pior que aqueles contra quem se apresentou a votos? Querem alterar a Constituição? Pois comecem por aí: Artigo I – Todo o político que usando de discursos cínicos e de ilusão tire deles proveito para ludibriar o povo que nele confiou, praticando o oposto do prometido, só tem uma forma de expiação: Pelourinho com ele, de pés e mãos acorrentados às argolas do granito pendentes, exposto ao escárnio, à bosta, ao escarro e à natureza que o pariu. Porque em primeira e derradeira instância, eles são os culpados da “malina” que assola Portugal, agrilhoado à miséria e ao desengano.
acontecido em Nova Iorque, ser julgado à luz da lei desse estado, que significa que vai apanhar uma pena de 15 anos a prisão perpétua, o que a mim me parece algo como um intervalo do género: de 2ª oportunidade a vida perdida. As penas para mim só têm lógica se permitirem uma 2ª oportunidade, e nunca uma perda total de vida, é dever da sociedade não punir com as mesmas armas
aqueles que condena por as usarem, senão como saberíamos onde está o “racional” do animal? Nunca entendi o conceito de pena de morte, assaltam-me sempre perguntas como: Não estamos a ser iguais aos criminosos? Que justiça há em punir com a própria vida? Não devíamos tentar redimir e oferecer a oportunidade de mudar? Mas assim não estamos a fazer o “papel de Deus”?
Este português que matou outro português, pode não apanhar uma pena à portuguesa, pode não merecer nunca o perdão das pessoas que fez sofrer, mas é demasiado novo e a história é demasiado grotesca para que não tenha direito a um dia reconstruir a sua vida, por isso espero que ele seja condenado a uma pena entre os 15 e os 20 anos, parece mais justo.
por prescrição maliciosa, corrupta e negligente (apoiada pelos sindicatos); . que as famílias estejam tão desmembradas pelo rescaldo desta voragem insana em que mergulhámos; . que se ponham a dirigir organismos e instituições aqueles que não tendo apetência para o fazer a substituem por laços maçónicos, partidários, religiosos, clubísticos, nepóticos, ou outros avessos aos verdadei-
ros interesses; . que se faça uma ronda pelo interesse das fundações criadas e que o resultado tenha sido aquele nada que foi difundido nos média; . que o Governo não tenha atributos genitais que lhe permitam rumar e remar contra as imposições internas e externas que constantemente o comprimem na hora da decisão;
. que a oposição seja tão pobre de “sarro”, tão inócua, tão naïf e limpa de ideias; . que não haja quem dê linhas-guia à nossa mocidade, por já não haver quem conheça nem linhas, nem guias. 2. Ver desaparecer, consumido pela doença, um amigo de invulgar estrutura, temperado por princípios inabaláveis e dono de uma cultura de justiça verdadeiramente admirá-
vel, como foi o Coronel da GNR Manuel Alberto Mourão Rios, a quem presto, aqui, o meu preito de profunda amizade, admiração e gratidão, sabendo que nestas letras vai o sentir da Família da Guarda, sobretudo daqueles que, seus subordinados, tiveram nele um apoio amigo, solidário, confiável e permanente.
do valor acrescentado. Ao analisar este tipo de apoio ao desenvolvimento económico seremos induzidos a concluir que, grosso modo, apenas as incubadoras umbilicalmente ligadas a estabelecimentos de ensino superior, a um tecido empresarial inovador ou a uma população dinâmica e com massa crítica disponível, onde abundem especialistas e/ou criativos capazes de dinamizar constantemente o espaço, atribuindo uma vida autónoma (longe da mão protectora do Estado) à incubadora, parecem atingir relativo sucesso. Neste momento, ainda sem dados concretos sobre os moldes em que este conceito vai ser desenvolvido, será sempre injusto questionar a bondade da inicia-
tiva. Resta esperar que a autarquia tenha a capacidade de estudar e aprender com os erros de terceiros. Numa cidade sem tradição industrial, não nos podemos dar ao luxo de perder duas vezes o mesmo comboio.
tidárias teimam em adiar o despontar de uma nova geração de ideias e líderes. Entretidos em combates internos, tanto o PS como o PSD, parecem pouco preocupados em debater a cidade. Os partidos políticos ou tão pouco a sociedade civil, não parecem encontrar soluções para este impasse. Afigura-se forte, a probabilidade de ser perdida uma oportunidade de agentes políticos e sociedade civil sentarem à mesma mesa os seus elementos mais válidos, para em conjunto, livres de preconceitos ideológicos, definirem um projecto de Cidade. A política local carece de uma linha orientadora de ideias e objectivos que os cidadãos reconheçam como desígnios a serem
atingidos. Em época de troika, a lógica, até aqui reinante, de projectos avulsos, obras fátuas sem qualquer visão estratégica ou gigantismos de personalidade terá de ser definitivamente ultrapassada.
esperávamos encontrar? Batedores do Inferno não alcançam Paraíso… Portugal recuou nos últimos anos, décadas no seu processo evolutivo. Voltámos a ser – e já não com o anátema do fascismo – um país não desenvolvido, um país não em vias de desenvolvimento, mas sim um país subdesenvolvido. Que regressão… Sim, temos mais auto estradas que tortulhos – lancinantes riscos negros na paisagem sulcada – onde cada vez circulam menos automóveis. Sim, temos Expos megalómanas para atestar e expor o novo-riquismo que agora se paga e pago será pelas gerações vindoiras – os filhos da desgraça. Sim, temos parques escolares alarvemente despesistas na forma sem serem sinónimo de boas práticas no conteúdo, antes atestados da corrupção exarados na “pires” obra.
Sim, damos centenas de milhares de “Magalhães” – como o Fernão – às criancinhas tecnológicas para as apodarmos de infoincluídas, mesmo carenciadas da broa, do caldo migado, do ralão corrido. Sim, temos bpn’s de amigos e ex-libris de Negócios à
forjada um percurso profissional que nunca seria associado a mérito próprio, que apesar de ter conseguido um sonho, ele implicava consequências para as quais não tinha maturidade nem estabilidade psicológica. Seja qual for a verdade, sejam quais forem os contornos reais desta história de crime e paixão, sinto pena do rapaz, sinto pena das famílias. Sinto pena também por tudo ter
2. Incubadora de Ideias: O ano de 2013 do calendário gregoriano anuncia o fim de uma era política. O modelo de desenvolvimento proposto pelo Engº Carrilho, em grande parte executado por Fernando Ruas, já não garante resposta às necessidades desta cidade, neste século. No entanto, apesar do “modelo Carrilho” estar esgotado, o Ruísmo dá sinais de resistir ao seu fim anunciado e as máquinas par-
Portuguesa, resgatados com a desgraça de milhões de “inimigos”. Sim, temos muitos acessórios, mas não bastam para colar com cuspo e fel o apressado rótulo do desenvolvimento, apenas adregando ao parolismo, ao arranjismo, ao amiguismo e ao enxame de incompetentes que se vêm cevando nas lautas e marmoreadas manjedoiras da governança, alheados do Estado-monstro que estão a gerar, onde a miséria é pródiga, a riqueza parca e os valores nulos. Hoje os portugueses já não vivem, sobrevivem e – pior ainda – indiferentes ao depauperado estado de sítio reinante em derredor. “Mas depois a noite manteve-se imóvel” George Steiner, O transporte para San Cristóbal de A. H., Gradiva
Pedro Calheiros
3. Incubadora de Vices: No culminar de uma longa carreira como vice-presidente, mantendo a mesma equipa, não se vislumbrando um inequívoco pensamento de fundo sobre a cidade, Américo estará à altura dos tempos? Temo que a resposta seja negativa. Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
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abertura
textos e fotos ∑ Paulo Neto
Dádiva e Partilha… o lema do Banco Alimentar contra a Fome de Viseu O 1º e o 2º de Dezembro foram, uma vez mais, dias de DAR. O Banco Alimentar de Viseu, membro da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome mobilizou os seus voluntários e, numa estratégia e logística apuradas, concertadas, diligentes e profícuas, pôs em marcha mais uma iniciativa de recolha de bens alimentares. Se a última campanha de 26 e 27 de Maio últimos apurou 87 toneladas de ali-
A
cularmente difícil, economicamente precário e de imenso deficit de boas práticas sociais, os concelhos do distrito aderentes à iniciativa provaram que quanto maior é a falta mais há quem dê, numa sociedade onde um espartilho asfixiante está a reduzir os portugueses às maiores carências de todos os bens essenciais. O BA Viseu nasceu em 2009 pela mão de pessoas que entenderam lutar con-
tra o desperdício de alimentos e contra a fome na região de Viseu. O seu armazém está localizado na AIRV. Ainda neste ano foram seriadas por voluntários do Banco Alimentar de Viseu cerca de 60 instituições de solidariedade social que solicitaram apoio tendo sido assinados 56 acordos de cooperação e ajuda alimentar. Estas instituições recebem, todos os meses, em média, 12 toneladas de
produtos, que distribuem por cerca de 5400 pessoas carenciadas. No seu dia-adia, o BA Viseu tem a participação de dezenas de voluntários que garantem o seu optimizado funcionamento. Con sag rá mos o Do mingo ao acompanhamento desta iniciativa. Falámos com muitos voluntários. Vimo-los agir. Andámos por alguns concelhos. Tentámos entender a gigantesca operação
logística que subjaz a todo este notável empreendimento. No fim, passada a surpresa inicial, ficou a admiração e o muito respeito por todas estas centenas de cidadãos anónimos que conferem com seus actos desinteressados e solidários um valor novo à esperança e um estímulo à crença de que nem tudo está perdido enquanto houver gente desta raça, fibra e carácter.
“Neste momento apoiamos cerca de 5400 pessoas todos os meses”
Há quanto anos nestas andanças?
que ser destruídos. Havendo pessoas a passar fome, isso é uma coisa que nos incomoda. E, quando começámos com esta iniciativa, pareceu-nos que seria um bom motivo para nos lançarmos num projeto destes. É um projeto que é trabalhoso, porém no fundo e aquilo que nos move é mesmo evitar o desperdício alimentar enquanto houver carências.
as todos os meses, durante todo o ano. O aumento foi gradual porque somos recentes e temos vindo sempre a aumentar quer o número de concelhos que apoiamos – já estamos neste momento no distrito todo – quer o número de instituições que também ao longo dos anos nos têm vindo a conhecer e a pedir ajuda.
E as carências são muitas?
Em termos de voluntários, durante as campanhas, nunca tivemos falta de voluntários. Maioritariamente são jovens mas vemos várias pessoas, avós
mentos, com as dificuldades crescentes que se vivem por todo o lado, as previsões dividiam-se, sendo em geral de receio pela diminuição de dádivas recolhidas. Porém, pela madrugada do dia 3 recebíamos o sms de Catarina Sobral, a presidente da direcção do BA – Viseu: “95 toneladas” – uma vez mais, a aposta estava ganha mercê do empenhamento e dedicação destes cidadãos. Num momento parti-
Catarina Sobral, pres. da Direção do BA Viseu, empresária, o rosto local da iniciativa
Há pouco. O banco alimentar de Viseu tem apenas quatro anos de existência e nós andaremos nisto há cerca de seis anos, com toda as preparações prévias, antes de abrir o Banco Alimentar. Quais são as suas motivações?
O projeto do Banco Alimentar tem como fundamento evitar o desperdício alimentar. Na minha vida profissional lido com alimentos e sei que muitos deles, que não podem ser comercializados, têm
A adesão é grande?
Sim, temos vindo a aumentar o número de pedidos e instituições apoiadas. Neste momento já apoiamos cerca de 5400 pesso-
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BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME - VISEU | ABERTURA 7
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A voz dos voluntários Andámosnaestrada;visitámos alguns concelhos, fomos a superfícies comerciais, estivemos no “quartel-general”. Por todo o lado, a mesma motivação, o mesmo entusiasmo, a mesma gratificante e voluntariosaformadesersolidário.Alunosdasescolasmais próximas, escuteiros, professores, enfermeiros, veterinários, empresários, desempregados, mais ou menos jovens… um ror de gente. Um denominador comum: dar o pouco ou o muito que em si têm disponível para aqueles que ainda têm menos… “Há pessoas que aderem bastante e que vêm de propósito para ajudar e comprar os produtos para o Banco Alimentar”, diz o professor Jorge, da Viriato e conclui “Os portugueses nestes momentos difíceis para todos nós são solidários e penso que estão a responder dentro dos limites. Eu lembrome de um senhor desempregado que entrou aqui hoje de manhã e ele próprio contribuiu.” Em Abraveses, refere-nos Ana Borges, jovem escuteira: “Penso que são os desempregados aqueles que mais contribuem e são solidários. Também os reformados. “ Em Pascoal, Emília Cordeira, aposentada dos CTT, diz-nos: “ Há muita adesão. Pessoas que dizem que também são pobres mas que ajudam na mesma. E, normalmente, não são os que mais têm que mais dão. “ Em Tondela, Cristina afirma: “ Esta é a forma mais
com netos, famílias inteiras. É também uma forma de educar e o que notamos, e temos vindo a desenvolver algum trabalho junto das escolas, é que os pequeninos trazem a família toda. Os filhos trazem os pais, os irmãos. O que constatamos é que as famílias aderem muito às campanhas. Em termos de voluntários do dia-a-dia, temos uma pessoa aqui, que não é uma contratada ainda e está com um programa que conseguimos com o apoio da Segurança Social, e o trabalho é feito por voluntários assíduos que re-
gularmente se deslocam ao Banco Alimentar para fazer todo o trabalho, desde carregamento de dados, neste caso as faixas etárias são um bocadinho mais acima, são pessoas reformadas, ou que por algum motivo ficaram desempregados. Diziam-me que pessoas desempregadas aderiam mais a estes projeto que outras.
Já na outra campanha notámos que as dificuldades e a crise que se tem vindo a sentir de algum modo tocou toda a gente e as pessoas neste momento sentem que têm
correta de ajudar quem precisa”. Ao lado, a sua colega Sara acrescenta: “- As faixas etárias predominantes são os mais velhos e são os que têm menos que mais contribuem.” Na outra porta do mesmo espaço, Maria Cília constata: “Há uma boa adesão. Dos mais velhos aos mais novos. Esta é uma boa causa. Hoje para uns, amanhã para nós!” Ainda em Tondela, João Urbano, o chefe da equipa com funções de juntar, coordenar e distribuir as equipas no terreno, confessanos: “Temos hoje 8 pessoas no terreno. No geral, chega às 30 pessoas. As pessoas estão mais alertadas para toda esta situação e o povo português é um povo que em tempos difíceis sempre gostou de contribuir”. Helena Ribeiro, a colaborar na organização, acrescenta: “ As faixas etárias oscilam entre os 16 e os 54 anos. Os habitantes de Tondela estão solidários. Neste momento com menos quantidades de alimentos que nos anos anteriores, mesmo assim foi bom. Há muitas pessoas que dizem que não podem dar porque estão desempregadas. Mas estou muito contente com a ajuda que tem sido dada. Penso que o Banco Alimentar tem estado bastante presente em todas as situações e as pessoas têm colaborado. As pessoas sabem separar o que é o Banco Alimentar daquilo que são cabazes de Natal e estão bem informa-
que ajudar, daí também os donativos serem acima das nossas espectativas e todas as pessoas estarem a colaborar. Em números, estamos a falar de que quantidades de donativos?
O primeiro dia fechou em linha com o que tínhamos feito em Novembro do ano passado. Para nós foi uma surpresa positiva uma vez que não aumentámos os concelhos que abrangemos, nem o número de superfícies comerciais. E realmente o contexto é de crise económica profunda, as pessoas estão
das quanto ao destino das recolhas e não se recusam a contribuir”. A Soraia, a Cristiana e o Stefano vieram de Viseu para Canas de Senhorim e Carregal do Sal. São jovens alunos do ensino profissional. Vêm porque há quem precise. E se, por vezes, em casa não há muita fartura, pensam que há famílias em piores condições. Por isso, dão o que têm: o seu sábado e o seu domingo, muitas horas juntas para estar em toda a parte onde haja necessidade de mais dois braços. “Uma escola de vida”, remata Soraia que trabalha num café para pagar os seus estudos. O nosso último entrevistado foi o José Esteves Ferreira que tem 11 anos e estava no centro de recolha dos bens alimentares, segundo o jovem: “Para ajudar a minha mãe e as crianças necessitadas a terem alimentos para poderem viver. Ponho os alimentos nos carros e ajudo a minha mãe nas tarefas dela. Acho que é bom para as crianças que não têm dinheiro para comer e assim já podem fazê-lo.” Ao fim do dia o cansaço estampava-se no rosto de muitos dos maratonistas. As costas doíam. As pernas pesavam e os braços refletiam o cansaço de tanta labuta. Porém, de comum, a certeza. “Estarei cá na próxima campanha e trarei amigos e familiares comigo”, desabafou uma professora aposentada que se quis manter incógnita…
sem dinheiro, muitas não receberam o subsídio de Natal e achámos que isso de algum modo iria afetar a nossa recolha. Fechámos com 51 toneladas, ontem. Hoje já vamos com 61 toneladas.
as carenciadas, fazemolo através de instituições, servimos meramente de intermediário, somos um centro logístico, recolhemos e entregamos.
O banco alimentar tem uma expressão mais voluntariosa em momentos como estes. Podemos considerar o Banco Alimentar como um sucedâneo a um estado associal?
IPSS, Conferências São Vicente Paulo, que são instituições que não são IPSS, mas que têm cariz comunitário. Todas elas apoiam pessoas carenciadas e todas elas são visitadas com alguma regularidade por visitadores do Banco Alimentar.
De algum modo, nós e as instituições substituímos o estado nestes apoios que estamos a dar. O Banco Alimentar não apoia diretamente pesso-
Quais são essas instituições?
Aqui neste armazém da AIRV estão quantas pessoas a tra-
balhar?
No dia todo passam mais de 300. No distrito têm quantas?
Mais de 1500 e ainda não os temos todos contabilizados. 900 e muitos nas lojas.
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entrevista e fotos ∑ Paulo Neto
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à conversa
D. Duarte Pio de Bragança é pretendente ao trono de Portugal, e detentor do título de duque de Bragança, reivindicando direitos sobre o tíitulo de Rei de Portugal. É o chefe da Casa de Bragança e, por inerência, o chefe da Casa Real portuguesa. Nasceu em Berna a 15 de Maio de 1945. Foi o primeiro filho de D. Duarte Nuno de Bragança e de D. Maria Francisca de Orléans e Bragança. Os seus padrinhos foram o Papa Pio XII, a Rainha D. Amélia de Orleães e a Princesa Aldegundes de Liechtenstein. Estudou em Portugal, no Colégio Nuno Álvares e nos Jesuítas de Santo Tirso. Em 60 ingressou no Colégio Militar. Estudou no ISA e graduou-se pelo Instituto para o Desenvolvimento, da U. de Genebra. Entre 68 e 71 cumpriu o serviço militar em Angola como piloto da FAP. Em 72 organizou uma lista independente de candidatos à AN o que determinou a sua expulsão do território angolano por ordem de Marcelo Caetano. No 25 de Abril divulgou em comunicado: “Vivo intensamente este momento de transcendente importância para a Nação. Dou o meu inteiro apoio ao MFA e à Junta de Salvação Nacional”. Foi presidente da Campanha “Timor 87 de apoio à independência de Timor-Leste. Tal iniciativa deu destaque à causa timorense, congregando diversas personalidades. Com esses e outros apoios, D. Duarte conseguiu a construção de um bairro de quarenta casas para desalojados. Através da Fundº D. Manuel II enviou ainda ajudas para Timor-Leste no valor de centenas de milhares de €. Casou com D. Isabel Inês de Castro Curvelo de Herédia e tem três filhos. Quais as ligações afetivas de Dom Duarte de Bragança a Viseu?
vado e isso é a coisa mais difícil nos nossos dias. Temos localidades lindíssimas em Portugal que estão completamente desfiguradas e há sobretudo um problema, as instituições oficiais preocupam-se com os monumentos, mas não tomam em consideração a paisagem. E a cidade de Viseu, com um edifício como, por exemplo, a torre da Segurança Social, destrói muito da paisagem urbana. Uma rua lindíssima, medieval, com o caixote do Siza Vieira no meio perde a sua graça, por mais interessante que seja a arquitectura dele. Não se pode misturar nenhuma área, que tem um conjunto paisagístico, um equilíbrio próprio, que faz parte da nossa memória e desfigurá-la com construções que não têm nada a ver.
Desde criança que me lembro de vir a Viseu com os meus pais, de achar uma cidade lindíssima e com pessoas muito simpáticas. Mas quando o engenheiro Pedro da Silveira me deixou a casa de Santar passei a vir mais vezes e a ter uma atividade muito próxima. Vivi em Santar uns anos, embora fosse muitas vezes a Lisboa, tinha a minha base aqui em Viseu. Entretanto combinei com o meu irmão Miguel e ofereci-lhe a casa de Santar, que agora dirige. A partir daí, sobretudo com o casamento e com a necessidade de resolver vários problemas em Lisboa, no resto do país e no mundo lusófono, acabei por vir menos vezes a Viseu. Mas tenho uma ligação afetiva muito grande Duarte Pio João Miguel Gaà cidade, que tem o mérito briel Rafael. É este o nome de sempre ter conseguido completo? Detém alguma preservar a sua área histórisimbologia? ca, com algumas barbaridaÉ tradição de família pedir des pelo meio, mas de modo geral tem tudo bem preser- a proteção dos três arcanjos
“50% da riqueza produzida em Portugal é para sustentar o Estado”
[Miguel, Gabriel e Rafael]. Todos os membros da família tiveram sempre esses nomes e até o ramo brasileiro mantém essa tradição. Agrónomo e agricultor, foi piloto aviador. A terra e o ar. E o mar português ficou de fora?
Não. Há uns anos quando se comemorou o centenário do assassinato do rei D. Carlos, que foi o fundador das Ciências de Estudo Marítimo da Oceanografia em Portugal, fizemos um congresso internacional dos países lusófonos (Congresso Mares da Lusofonia). Vieram cientistas, especialistas, oficiais da marinha, todos os países de língua portuguesa e gostaram tanto do congresso que pediram para se repetir. Desde então tem-se feito todos os dois anos e o terceiro vai ser no Rio do Janeiro, organizado pela marinha brasileira, pela Associação dos Antigos Marinheiros Brasileiros e pela Petrobrás. E, neste sentido, o mar não fica de fora.
Como vê o momento político-económico-social vivido em Portugal? Existe alternativa?
Temos um grande problema de pensamento em Portugal que é causado pelo ensino escolar, pela cultura familiar e que põe de lado o raciocínio lógico. Tomamse decisões emocionais e pouco lógicas e estamos na situação de uma pessoa que andou anos a comer de mais, a não cuidar da saúde e agora tem que entrar em dieta rigorosa e tomar remédios muito amargos. Esta é a situação do Estado português. Depois ficamos muito zangados com o médico que é muito mau connosco quando, na verdade, temos que nos culpar a nós próprios porque deixamos o nosso Estado, eleito por nós, dar cabo da economia portuguesa por inépcia, irresponsabilidade e, nalguns casos, francamente, por corrupção. Muitas destas obras espaventosas de país muito rico que andámos a fazer durante estes
anos todos tinham dois objetivos: Ser simpático para com o eleitorado que gosta de autoestradas, rotundas, de monumentos engraçados e disparatados nas rotundas mas, sobretudo, obras públicas. Mas há um motivo muito pior, estou convencido que muitas dessas obras públicas eram para dar negócios aos amigos, que depois dão emprego aos políticos que tomaram essas decisões, já para não dizer, financiar os partidos políticos a partir de comissões e doações dadas pelas empresas que fizeram as grandes obras públicas. Se em vez de, por exemplo, se ter feito a Expo, em Lisboa, onde se gastaram centenas de milhões de euros numa festa de seis meses, se tivessem restaurado bairros históricos de Lamego, Lisboa, Porto, uma quantidade de bairros históricos em Portugal que estão a cair, dava trabalho a muitas pequenas empresas de construção civil, era muito mais útil para o país, tinha muito mais interesse. Não
dava era as tais comissões nem as negociatas que foram feitas à volta da Expo. O mesmo aconteceu com o Centro Cultural de Belém, estádios de futebol, ponte Vasco da Gama que custou imenso e que estamos a agora a pagar. Na altura o estado estava a pagar as suas despesas com dinheiro do exterior e quem nos emprestava o dinheiro disse: “Então como é que vão pagar isso? Com o vosso nível de vida nunca vão ser capazes de pagar. Só continuamos a emprestar se passarem a ter uma gestão muito cuidadosa e se gastarem menos do que aquilo que ganham”. Mas ainda estamos a gastar mais do que o que ganhamos… Isto era o inevitável causado pela irresponsabilidade e que já tinha acontecido com a primeira República, começaram a fazer a mesma coisa e em 1926, ao fim de 16 anos estavam na falência. Alternativas… Em primeiro lugar produzir produtos que possam ser vendidos no estrangeiro, darmos o máximo de
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apoio à produção nacional, agricultura, pesca, indústria, tudo aquilo que nós sabemos fazer bem e que foi negligenciado e destruído e, curiosamente, o único setor que melhorou este ano foi a agricultura. Outro aspeto é saber se o dinheiro que o Estado está a gastar é bem aplicado. Toda a gente tem pena dos funcionários públicos despedidos, claro que é para ter pena, mas será que vale mesmo a pena que nós todos, quem produz riqueza em Portugal, sustentemos 700 mil funcionários públicos, quando em 1975 tínhamos 200 mil? É isso que temos que saber, se queremos pagar isso e provavelmente não, preferimos pagar serviços que realmente recebemos e não a uma data de gente que muitas vezes não se sabe o que está a fazer. E, 80% do orçamento do Estado, são salários do funcionalismo público, do governo central e das câmaras. 50% da riqueza oficialmente produzida em Portugal é para sustentar o Estado e isto começa a ser insustentável. Se cada um de nós trabalha 11 meses, recebe 14, metade do que ganhamos é para sustentar a máquina do Estado. Mas de todas as desgraças se pode tirar um ensinamento e alguma vantagem, neste caso, visto que não soubemos obrigar o nosso Estado a comportar-se como pessoa de bem e sensata, agora não há alternativa. Em vez de cortar naquilo que é útil e produtivo no país, como é o caso de excesso de impostos que vão matar a produção industrial e agrícola, a economia produtiva, e que vão dificultar a nossa competitividade internacional, é preferível menos impostos e mais cortes na despesa do Estado e eu acho que isto é básico e lógico. E, àqueles que tiverem de ficar desempregados, arranjem-lhes outros trabalhos onde sejam produtivos, onde possam produzir coisas úteis. Quase toda a gente sabe fazer outras coisas, há muita gente que está a abandonar a cidade, a ir para o campo e a criar produtos comestíveis, que são industrializados, que são vendidos aumentando a produção agrícola. Há dezenas de milhares de estrangeiros, a trabalhar na agricultura portuguesa, porque poucos portugueses estão interessados em fazer
vindimas, apanhar azeitona, fazer limpeza florestal. Há muita gente a receber subsídios para não fazer nada. Há câmaras, que eu conheço pessoalmente, como é o caso de Setúbal, onde quem recebe subsídios é obrigado a prestar serviços à comunidade, desde pessoas que ajudam na segurança das escolas, que dão explicações aos alunos com dificuldades, que tratam dos jardins municipais, que restauram prédios degradados, desempregados que têm um certo nível cultural e trabalham nessa área, outros que vão levar comida a casa dos mais velhos que não podem sair de casa… Milhares de pessoas a fazerem trabalhos para a comunidade em troca dos subsídios que recebem. Isso é um passo muito positivo em todos os aspetos, e para eles em primeiro lugar. Claro que há os falsos desempregados, até há pouco tempo 30% das ofertas de trabalho em Portugal não tinham ninguém interessado nelas. O povo das Beiras tem mais flexibilidade, as pessoas são desembaraçadas, têm experiência de campo, quando perdem o emprego num serviço ou numa indústria sabem fazer outras coisas, podem mais facilmente adaptar-se à situação de crise económica do que, por exemplo, as do Porto e Lisboa.
seus compromissos financeiros e outras já nem conseguem sustentar as necessidades básicas da casa. Por outro lado está-se a desenvolver muito a solidariedade, o apoio dentro da própria família, o apoio entre amigos, de instituições de solidariedade e de caridade. Vê-se pelo sucesso que o Banco Alimentar, a Cáritas e outras têm e são o exemplo de que é uma grande tradição portuguesa, muito profunda, que está na nossa alma nacional e que tem estado a dar uma resposta muito boa perante as circunstâncias atuais.
De que modo poderia a Instituição Real ser um fator de união popular?
Há uma reincidência do eleitorado português?
Tanto nos países superdesenvolvidos, muito progressistas como os do norte da Europa, países Escandinavos, Holanda, Bélgica e como nos países de terceiro mundo, que são democracias, como a Tailândia, Camboja, etc., mesmo em países onde a sua democracia é completamente diferente da nossa, como os países árabes, mesmo aí comparando a monarquia com a república, a monarquia funciona melhor. Marrocos funciona melhor que a Argélia, a Jordânia funciona melhor que a Síria, ou que o Egipto. Portanto, comparando na mesma região, as monarquias funcionam sempre melhor que as repúblicas. Estou convencido que um chefe de Estado rei teria controlado muito melhor os desmandos dos governos, porque não é suspeito de parciali-
O que acha imperioso mudar em Portugal?
Primeiro, na base de todos os problemas está a falta de raciocínio lógico. Em geral temos um comportamento incoerente e ilógico nas nossas decisões. Gastamos o que não deveríamos gastar, compramos o que está fora dos nossos meios, tomamos decisões de escolha de profissão e de curso baseado em modas ou em simpatias e não em vocação ou de perspetiva de futuro e emprego, nas decisões políticas, votamos no “nosso partido”, como se fosse um clube de futebol, mesmo que o presidente seja corrupto e esteja tudo mal, continuase a votar porque é o “meu clube”.
A maioria do eleitorado português vota sempre nos mesmos partidos desde o começo da democracia, o tal espírito de clube sem lógica. Numa perspetiva de poder local entreveria com bom grado a hipótese de candidaturas autónomas suprapartidárias?
dade. Os nossos presidentes, por melhor que tenham sido, quando tentavam dizer ao governo “você está a exagerar, está a disparatar”, eram logo acusados de parcialidade partidária, com a exceção dos militares, como o general Ramalho Eanes que tinha uma verdadeira independência, os outros foram fundadores, presidentes, dirigentes partidários e não se conseguem libertar disso. As pessoas não acreditam na independência do chefe de Estado, mesmo que eles o tentem ser.
Disse-se que os portugueses perderam a esperança e vivem cada vez mais acabrunhados e desesperados. Partilha desta opinião?
Há muita gente assim e pelas circunstâncias em que vive. É a primeira vez em que a geração mais nova vai, provavelmente, ter que viver com menos e com mais dificuldades que a geração dos seus pais. Até agora, nas últimas dezenas de anos, foi sempre o contrário. Há famílias extremamente angustiadas porque não conseguem cumprir os
Acho que seria muito útil e uma acção de civismo muitíssimo interessante. Aconteceu nas presidenciais. Há também pequenos partidos, como o Partido da Terra e outros que têm ideias muito originais e interessantes e que poderiam estar no centro dos movimentos cívicos. Têm algum descrédito os partidos?
Considero que os partidos são indispensáveis para o funcionamento democrático. A minha dúvida é se o poder todo deve ser con-
trolado pelos partidos ou se não seria melhor ter, por exemplo, o voto uninominal para o parlamento, ou pelo menos metade ou dois terços fosse eleito por voto uninominal. Que opinião tem sobre os nossos governantes, em geral?
Temos tido, dos vários governos, pessoas de grande qualidade, de grande valor. Do governo atual há ministros com valor intelectual e profissional, mas também temos tido pessoas politicamente menos competentes, mesmo que tecnicamente possam ser bons. Tenho ouvido muitas queixas, no sentido de que a escolha para os cargos políticos não é necessariamente pelos mais competentes, mas por motivos partidários, por motivos de outra ordem. É pena que cada vez que muda o governo mudem todas as cúpulas das instituições e daquilo que faz funcionar o Estado. Por exemplo, em França, normalmente ninguém vai para ministro sem ter sido aluno das grandes escolas de administração e pelo menos ninguém vai para cargos públicos de administração sem ter passado por essas escolas. E sobre a figura do Presidente da República? Vota nas presidenciais?
Nunca votei nas presidenciais, por uma questão de princípios, porque se não concordo com a instituição, Presidência da República, não faria sentido votar nela. Voto nas eleições municipais, porque aí conheço os candidatos, sei aquele que merece mais confiança e voto nele como pessoa e não como partido. Eu acho que o atual presidente é uma pessoa de muito valor, muito dedicada e que se esforça para cumprir a sua missão, mas é um cargo difícil, por um lado pela sua origem partidária, que é sempre suspeito de favorecer o seu próprio partido, embora nunca o tenha feito e muitas vezes até incomodou e atrapalhou o próprio partido, mostrando isenção. Por outro lado, o facto de muitas vezes termos o presidente num partido e o governo noutro tem criado muitos conflitos institucionais à política portuguesa, que é outro dos inconvenientes do
10 À CONVERSA | D. DUARTE DE BRAGANÇA sistema republicano. E o pior dos inconvenientes é quando um presidente é muito bom, toda a gente gosta dele e gostaria que ele continuasse, ele não pode continuar porque a Constituição não deixa. Aliás, eu pergunto: porque é que a Constituição não deixa o povo reeleger sempre o mesmo presidente, se o quiser? Essa é a vantagem dos reis e, de qualquer forma, também podem ser “despedidos”, porque em todas as democracias ocidentais o parlamente tem poder para destituir o rei. Qual a figura política portuguesa das duas últimas décadas com a qual tem alguma identificação?
João Soares, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, várias esposas de políticos, havia gente de todos os sectores, Intersindical, UGT, todos apoiaram e a campanha teve um enorme sucesso. O Artur Albarrã teve também um papel importantíssimo. Curiosamente, um grupo de estudantes portugueses, a quem eu fiz uma conferência na Universidade de Brown, em Rhode Island, decidiu lançar uma campanha por Timor, lá onde 15% da população é portuguesa. Então, o senador Kennedy, para ganhar o voto dos portugueses, decidiu apoiar Timor, virou o Senado americano, depois o Congresso americano e a política americana virou por causa dos estudantes portugueses da universidade. Pequenos movimentos bem organizados podem ter efeitos muito grandes. Em 1997 visitei a Indonésia, tive encontros com os políticos de alto nível, vice-presidente da república, chefes militares, serviços secretos e consegui convencê-los a mudar de política em Timor e foi assim que a Indonésia permitiu a libertação de Timor.
Há bastantes, com quem trabalhei em matéria de política internacional, desde o Dr. Durão Barroso, o Dr. Jaime Gama, o próprio presidente Cavaco Silva, são pessoas com quem eu me dei bastante, o Dr. Mário Soares, enfim, tento sempre manter um relacionamento com eles na medida em que eles podem e que têm disponibilidade de tempo. Por outro lado, há realmente pessoas de grande nível que passaram pelos nossos governos Neste momento que relae com quem tive um relacioções subsistem com Timor? namento muito interessanTenho mantido um conte. São vários e se começo a citar uns esqueço-me de tacto muito próximo, tenho lá ido todos os anos, por veoutros… zes ano sim ano não e, da Que motivos o levaram em última vez, em Março, tive 87 a criar um movimento de uma grande alegria: o parapoio a Timor Leste e que lamento votou por unanirelações subsistem atual- midade dar-me a nacionamente com esse país. lidade Timorense. Depois o A dada altura Timor es- presidente Dr. Ramos Horta tava sob ocupação Indoné- deu-me uma condecoração sia, havia centenas de mi- e o ministro Guterres deulhares de mortos e as forças me o passaporte diplomátipolíticas que governavam co, de modo que agora sou Portugal achavam o assun- timorense de pleno direito. to incómodo, que criava E também estou em vias de problemas com os nossos ter a nacionalidade brasialiados, Espanhóis, Ame- leira, porque a minha mãe ricanos e outros, e que era é brasileira e a presidente um caso perdido. Eu achei Dilma Rousseff é favorável que isso não se podia fazer, a isso. Sou a favor de que deera uma traição para com veríamos ter o conceito de o nosso povo irmão e con- união lusófona ou confedevidei uma série de pessoas ração lusófona. Cabo Verpara participar numa cam- de propôs há bastante tempanha que tinha como pri- po o conceito de cidadão meiro objetivo realojar os lusófono, o que eu me conrefugiados timorenses que sidero. Sigo aquela frase de estavam a viver num aca- Fernando Pessoa, “a minha mamento provisório no Ja- pátria é a língua portuguesa”. mor. E o segundo objetivo, Também mais fácil e viável mobilizar a opinião nacio- seria fazer um passaporte nal e internacional a favor lusófono, que permitisse aos da causa de Timor e, de fac- seus detentores ir a todos os to, tivemos desde o presi- países sem precisar de visdente da câmara de Lisboa, to, que seria dado a pessoas
que tivessem motivos sérios para o pedir. Da monarquia europeia, qual a figura com quem mais se identifica.
Os meus primos mais próximos, com quem me dou muito bem, o Duque Henrique de Luxemburgo, o rei Alberto da Bélgica, todos eles são bisnetos do rei D. Miguel, ou o príncipe reinante de Lichtenstein, Hans Adam. Identifico-me e tenho uma grande simpatia pelo príncipe Carlos de Inglaterra. O seu pensamento e natureza ecológica e social, as grandes pro-
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postas que tem para a Inglaterra têm marcado muito o país. Tenho uma grande admiração pelo rei de Espanha, de facto foi quem aí salvou a democracia, que levou o país pacificamente da ditadura para a democracia, enquanto que, Portugal, sofreu uma revolução que destruiu e atrasou a economia portuguesa, devido às nacionalizações, ocupações, leis disparatadas, que nos tornaram pouco competitivos. Ou seja, para chegarmos à democracia precisámos de uma revolução que ia dando cabo do país e que deu cabo do ultramar. Os nossos irmãos
africanos sofreram anos de guerra civil, miséria, fome, centenas de milhares de mortos, por causa de uma descolonização completamente irresponsável e mal conduzida. A Espanha evitou-o, num país muito mais perigoso e complicado que Portugal. A nível internacional tenho também várias ligações com reis e rainhas, como a rainha da Dinamarca e a sua família, rei da Holanda, os reis da Jordânia, o imperador do Japão, o rei da Tailândia, enfim mantenho uma relação muito próxima com várias monarquias. E de todos os 34 reis e rainhas de Portugal, qual o favorito?
Sempre tive uma simpatia muito especial pelo rei D. Dinis, desde criança. Considero também que houve reis que foram muito injustiçados na nossa história, como é o caso do rei D. Miguel. Todos os livros de História falam mal dele, de uma maneira muito injusta, efetivamente quem estava com programa do progresso, com a democracia e com a modernidade era o D. Pedro. O projeto era seguir o modelo Inglês de política democrática moderna, só que o povo português não estava para aí virado e identificouse com D. Miguel e foi esse o drama. As elites quiseram a democracia moderna que D. Pedro propôs. Ambos tinham os seus ideais só que a maneira como a história trata D. Miguel é completamente injusta e desligada da realidade da época. Também D. João VI foi um rei inteligentíssimo, conseguiu que Portugal e o Brasil se conseguissem salvar das invasões francesas, pelo menos salvar a sua independência, e fez do Brasil um país fantástico. Existe uma mística que acho muito importante, que é a do Quinto Império, do Império do Espírito Santo, em que a missão de Portugal está por cumprir, não se limitando ao retângulo peninsular, mas é universal e com a missão de levar uma mensagem de fraternidade, humildade e espírito cristão que, de alguma forma, ainda continua a existir. Que mensagem deixa aos beirões?
As qualidades humanas que encontramos aqui nas
Beiras são de facto das melhores que há em Portugal e basta ver a quantidade de personalidades do mundo da cultura, ciência, política, que são da região e que têm tido sucesso. Os portugueses emigrados, maioritariamente destas zonas, têm sucesso para onde vão, Estados Unidos da América, no Luxemburgo, onde 25% da população ativa é portuguesa, mostra que as nossas capacidades devem ser bem aproveitadas e bem orientadas. Acho que foi pena os nossos emigrantes terem gasto muito das suas poupanças em habitações, em geral esteticamente duvidosas, abandonadas e deveriam ter investido em empreendimentos de natureza económica rentável. Há uma potencialidade muito grande que deve ser melhor aproveitada e encorajada e desde as câmaras municipais, às instituições, locais e nacionais, têm que conseguir orientar as boas iniciativas no campo agrícola, industrial e outras. A informação tem que ser melhorada, o trabalho de extensão rural também deve ser melhorado. As indústrias regionais e a produção agrícola regional deveriam ser preferidas por todos. Vejo gente ligada à produção agrícola e que depois vai ao supermercado e compra produtos espanhóis, sem sequer se importarem com a sua origem. Tem que haver coerência e eficácia no nosso comportamento para ultrapassarmos a crise económica e criarmos uma nova dinâmica em que o país se torne sustentável. Temos uma economia de gastos não-sustentável a corrigir e todos contamos com os beirões para introduzir este espírito revolucionário na nossa economia. Se estamos interessados em manter uma cultura e uma identidade cultural própria, e já que temos turismo, temos que salvar a nossa paisagem. Não podemos continuar a destruir a paisagem com construções disparatadas, desenquadradas e depois querermos que os turistas venham ver caixotes. Eles querem é boas aldeias, vilas, bons campos e o papel do agricultor é também o papel de preservar, manter e melhorar a paisagem e isso tem que ser pago. O agricultor é um defensor da sua paisagem.
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região “Não posso afirmar com certeza, mas se houvesse mais comunicação entre a GNR, os ladrões podiam ter sido capturados”, disse António Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Silgueiros. Segundo o autarca, na altura do assalto à agência da Caixa de Crédito Agrícola (CCA) de Silgueiros, em Viseu, “uma patrulha do destacamento de trânsito da GNR estava a multar uma senhora, a cerca de um quilómetro e meio. Se dessem logo o alerta ou se começassem a perseguição, o desfecho podia ter sido outro”, explicou. Pelas 12h00, de terça-feira, cinco “bandidos” pararam um BMW de cor cinzenta - com matrícula falsa - em Publicidade
frente à porta da CCA, localizada na EN231-1. De cara tapada, um ficou no carro e os outros entraram no banco onde estavam dois funcionários e cinco clientes. Com o dinheiro, cerca de dez mil euros, os assaltantes fugiram em direção a Tondela e as autoridades montaram uma gigantesca operação que até contou com um avião. “Não foi nada que não estivesse à espera. Ainda há poucos dias comentei com uma funcionária do banco sobre os riscos de assalto e ela disse-me que receava uma visita dos amigos do alheio”, disse o presidente da Junta. António Coelho há muito que reclama um posto da
GNR em Silgueiros. “Até ofereci um terreno para construir um posto de raiz. Foi aprovado, por unanimidade, em Assembleia Municipal mas o tempo foi passando e chegaram à conclusão que não se justificava e o resultado está à vista: os roubos sucedem-se, as placas de sinalização estão destruídas, as paragens dos autocarros vandalizadas. Não posso culpar a GNR de Viseu que, mesmo com falta de meios, está sempre disposta a ajudar”, lamentou. Nos últimos dez anos, é a segunda vez que a CCA é assaltada. Em breve, a agência vai passar para uma zona mais central e movimentada de Silgueiros, em frente à Junta de Freguesia. TVP
Micaela Costa
“Se houvesse mais comunicação entre a GNR, os ladrões podiam ter sido capturados” A Cantor Ricardo Azevedo (1º à esquerda), anima o Congresso pelas 17h30
I Congresso “Gerações Ativas” em Viseu Iniciativa∑ Combate à solidão e incentivo ao envelhecimento com dignidade Decorre no próximo dia 15, a partir das 14h00, no Auditório do Centro Sócio Pastoral da Diocese de Viseu, o I Congresso “Gerações Ativas”. Integrado no “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações”, o evento, organizado pela Cáritas Diocesana de Viseu e com a colaboração da Viseugest, pretende “combater a pobreza e a solidão e incentivar o envelhecimento com dignidade”, explicou José Borges, presidente da Cáritas Viseu. O Congresso visa ainda sensibilizar a comunidade viseense para o desafio do “envelhecimento populacional acelerado e para a necessidade de oferecer um ambiente favorável aos mais velhos”, através de um Publicidade
“trabalho contínuo de partilha e de conhecimentos e saberes entre as novas e as mais antigas gerações”. José Borges alertou ainda para o facto de Viseu ser um concelho onde cerca de “17% da população tem mais de 65 anos”, tornando o evento uma mais-valia. Para debater o tema “Envelhecer com Qualidade” os organizadores da iniciativa escolheram um painel de oradores especialistas no asunto, Rui D’Espiney, diretor executivo do Instituto das Comunidades Educativas e José Augusto Pereira, diretor da Universidade Sénior de Rotary de Viseu. No debate estão também presentes o ator Ruy de Carvalho, o Bispo de Viseu, o presidente da Câmara Municipal
de Viseu, o diretor da Segurança Social de Viseu e o Presidente da Cáritas Portuguesa. O Congresso conta ainda com a participação de músicos como Ricardo Azevedo, que agradeceu o convite e promete dar “bons momentos musicais” e o Padre Victor. Pelas 18h00 terá lugar a apresentação do livro “Os anjos não têm asas” do ator Ruy de Carvalho. A encerrar o Congresso, a escadaria da Igreja dos Terceiros vai ser palco de um “gesto pela paz e pela solidariedade”, designado “Dez Milhões de Estrelas”, várias velas que representam a “justiça e a paz no mundo”, explicou José Borges. Micaela Costa
Jornal do Centro 07 | dezembro | 2012
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Jornal do Centro
14 REGIÃO | VISEU | VOUZELA | TONDELA | S. JOÃO PESQUEIRA| MANGUALDE
07 | dezembro | 2012
Maioria dos lobos vive acima do Rio Douro
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MORTE
O especialista acrescentou que a atual situação contrasta com o que se passava até à década de 1930 em que os lobos viviam às portas de cidades como Lisboa e Porto. A espécie começou a diminuir a partir de 1950, por doenças e pela caça. O evento juntou à mesma mesa representantes das autarquias, associações locais, comunidade científica, organizações ambientais e autoridades ambientais. EA
Tiago Virgílio Pereira
A Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico promoveu na passada sexta-feira, dia 30 uma conferência alusiva ao tema “O lobo a sul do Douro” com o objetivo de divulgar, informar e discutir os vários aspetos relacionados com a conservação do lobo na região. Ao longo da jornada ficou a saber-se que “em Portugal existem cerca de 300 lobos, quase todas acima do rio Douro e que, por serem tão poucos e a população ser muito instável, é uma espécie ameaçada de extinção”, divulgou Francisco Álvares, da Universidade do Porto.
A Vouzela protestou com mensagens, velas e ao som de Zeca Afonso
Populares manifestam-se contra o encerramento de tribunais Vouzela e Mangualde ∑ Centenas de pessoas lamentam o sucessivo encerramento de serviços Ao som da música “Eles comem tudo e não deixam nada”, de Zeca Afonso, cerca de uma centena de pessoas juntou-se em frente do tribunal de Vouzela, no final da tarde de sexta-feira, dia 30 de novembro, para protestar contra o encerramento do tribunal da comarca. Segundo Maria do Carmo Bica, elemento da “Iniciativa Cidadã pelo Desenvolvimento de Vouzela”. ficar sem a comarca significará para Vouzela mais um passo na “perda de representatividade e de identidade” do concelho e obrigará a sacrifícios da população. Vouzela perdeu, nos últimos anos, o serviço do Ministério da Agricultura e o Serviço
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de Atendimento Permanente (SAP) do centro de saúde e a lista de encerramentos pode agora aumentar, com o tribunal. “As pessoas terão de se deslocar a Viseu para tratar de assuntos de justiça. Se já hoje há famílias com dificuldades económicas para aceder aos serviços de justiça, de futuro ainda será pior”, acrescentou, lembrando que “não existe uma rede de transportes públicos entre as aldeias do concelho e Viseu”, acrescentou. A vigília juntou representantes de todos os partidos e presidentes de Juntas de Freguesia. “É preciso sairmos à rua e lutarmos, não queremos ser tratados como cidadãos
de segunda”, gritaram os dinamizadores da iniciativa. No domingo, em Mangualde, cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se contra a perda de competências do tribunal, que, ao que tudo indica, irá levar ao seu encerramento. “A passagem de Penalva do Castelo para a comarca do Sátão é o principio do fim. Há uma ligação histórica, familiar e económica que agora se perde o que significa que Mangualde, a curto prazo, vai perder o tribunal”, concluiu João Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Mangualde. Tiago Virgílio Pereira
Tondela. Um homem de 65 anos foi encontrado morto, no sábado, dia 1, num a r m a z ém em L omba , Tondela, quando fabricava uma bomba artesanal para assustar os ladrões que nas últimas semanas rondaram os pavilhões de que é proprietário. Duarte Sousa Rodrigues experimentava o engenho explosivo quando aquele rebentou. “Manuseava o explosivo improvisado, que estava na fase de experimentação, e que rebentou provocando inúmeras lesões”, adiantou fonte ligada às investigações. Foi a companheira que deu o alerta. A mulher ia visitar o empresário e encontrouo caído, já sem vida, no armazém. Também a PJ se deslocou ao local e mobilizou uma equipa da Polícia Científica para apurar que tipo de explosivo foi usado, trabalhos que decorreram durante a madrugada. Às 05h30, o corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Viseu.
MORTE
S. João da Pesqueira. Um idoso mor reu , n a se gunda-feira, carbonizado durante um incêndio que destruiu por completo a casa onde vivia, em S. João da Pesqueira. O alerta foi dado pelas 20h00. quando os bombeiros chegaram ao local, a habitação já estava em chamas.
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VISEU | REGIÃO 15
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Selo da acessibilidade surge em Viseu
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Uma hora de solidariedade Os dias de hoje vêm demonstrar de forma gritante as lacunas e brech a s ex istentes na nossa sociedade. Para muitos colaboradores e técn icos que encetam agora o seu percurso laboral, descendentes da “geração rasca”, ou pior a i nda , da “geração dos 50 0 eu ros”, os dias não se avizinham nada fáceis. Neste processo não há inocentes. Os trabalhadores procuram auferir um vencimento que lhes parece justo, em face do esforço desenvolvido na obtenção de maisva l i a s ac adém ic a s . P o r o ut r o l ad o , o s empregadores, numa visão estereotipada, d e ple n a a b u n d â n cia, de contenção de custos, despedem e baixam salários aos seus quadros qualificados. A ssi m , a muitos resta-lhes a deplorável condição de omitirem qualif icações no seu CV para a obtenção de um trabalho de carácter sempre temporário. Se este cenário se verif ica num espectro social com maior for m a ç ã o , a c h a g a assume proporções maiores em trabalhadores menos qualificados, onde o des e m pr e g o é pr ov a velmente a inevitável condição. Esta ca la m idade tem vindo a grassar em Portuga l de forma gritante e nesta conjuntura as acções de solidariedade vão sendo ainda o garante de alguma sanidade para muitas famílias. Para muitos de nós a
participação em campanha de recolha de alimentos como a que ocorreu este fim de semana, na distribuição de brinquedos usados é uma receita que se vem perpetuando já há algum tempo. No entanto, o que se prop õe é t ão só uma hora de solidariedade semanal. O consumo pelas famílias de sopa já está devida mente en raizado nos nossos hábitos gastronómicos. Quanto tempo demora a preparar uma panela de sopa? Provavelmente, uma hora. Depois de dividida em adequ ad a s pro porções, congelada ou refrigerada, nestes meses a sua duração prolonga-se por uma semana, digo eu sem errar muito. Isto é, uma parte de uma refeição familiar demora uma hora a confeccionar, ou minutos a aquecer. E se no bico do fogão ao lado se f izer a mesma sopa com as mesmas qua ntidades? Não será uma outra família que se alimenta? O gesto inerente a esta iniciativa não será suf icientemente reconfortante e cobrirá o custo da sua produção? Acredito que muitas famílias estarão por certo dispostas a participar nesta e noutras iniciativas de igual pendor. As instituições de solidariedade social poderão e deverão funcionar nestas situações como pólos gestores e agregadores de muitos destes movimentos. Neste caso, participar é uma condição, não uma obrigação.
A Câmara Municipal de Viseu vai lançar esta sextafeira, dia 7, o Selo da Acessibilidade. Trata-se de uma iniciativa “pioneira” anunciada pelo vereador, Guilherme Almeida, na abertura do seminário da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu. O objetivo do selo é identificar os edifícios públicos e locais onde o acesso uniPublicidade
versal às atividades económicas, sociais, culturais e turísticas está garantido, para receber pessoas com deficiência. De acordo com o vereador, a Biblioteca Municipal, a Câmara Municipal e a Pousada de Portugal serão os primeiros edifícios a receber o selo da acessibilidade, mas o executivo acredita que, dentro de pouco
tempo, outros equipamentos possam vir a receber o selo. “O trabalho das acessibilidades é para toda a cidade”, alertou Guilherme Almeida, ao admitir que, se nada for feito, as cidades podem não estar preparadas para a “concentração de pessoas” que se perspetiva dentro de velhecimento populacional alguns anos para os centros que fará aumentar a popuurbanos, assim como o en- lação idosa. EA Arquivo
Opinião
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16 REGIÃO | VISEU
07 | dezembro | 2012
conversas
Valdemar Freitas Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Viseu
Emília Amaral
“Nós recebemos um montante [do Estado] que posso considerar ridículo” A
2º Comandante, José Luís Teixeira
A Comandante, Luís Duarte
A Comandante adjunto, Rui Nogueira
“É um novo ciclo que hoje se inicia” Posse ∑ Novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu assumiu funções no domingo Num ambiente carregado de emoção estampado no rosto dos novos homens que vão assegurar o funcionamento do corpo ativo, tomou posse no domingo o novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu. Luís Duarte, 51 anos, 36 como bombeiros, é agora comandante da corporação. Ao seu lado tem José Luís Teixeira como segundo comandante e Rui Nogueira no lugar de comandante adjunto. “É um novo ciclo que hoje se inicia”, assumiu o comandante, ao lembrar que a corporação “pela primeira vez viu tomar posse um corpo de comando completo”. Luís Duarte quis deixar para trás momentos conturbados vividos entre o comando e a direção da associação humanitária que há nove anos não tinha uma equipa completa e
justificou-o com ações de “renovação” no terreno. O com a nda nte apresentou a nova Escola de Infantes e Cadetes já a funcionar com 30 elementos e anunciou o curso de estagiários para maiores de 18 anos que está igualmente a decorrer, formando bombeiros para ingressar na carreira a curto prazo. “Queremos injetar sangue novo ao serviço do voluntariado”, justificou. Luís Duarte considerou, no entanto, que “a melhoria operacional não está terminada” e alertou para os problem as f i na ncei ros dos bombeiros, assim como o “parque automóvel envelhecido e, no caso concreto dos voluntários de Viseu, a necessidade de melhorar o acesso ao novo quartel - a funcionar desde 2011, em Rio de Loba, junto ao nó do IP5 - através da constru-
ção de uma rotunda no itinerário principal em frente ao edifício ou de uma outra solução que permita o acesso rápido ao quartel. A cerimónia de tomada de posse começou com a bênção de uma nova A mbulâ ncia de Tra nsporte Múltiplo (ABTM). O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, Valdemar Freitas adiantou que a nova viatura integra-se num plano de renovação do equipamento, tendo anunciado a aquisição de um novo carro de combate a incêndios f lorestais. A nova viatura resulta de uma candidatura ao QREN que garante a comparticipação em 85% dos 130 mil euros sendo os restantes 20 mil euros assegurados pela Câmara Municipal de Viseu como confirmou o presidente, Fer-
nando Ruas durante a cerimónia de tomada de posse. O secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, Almeida Hen riques rea lçou o “aspeto intergeracional” dado recentemente à corporação de voluntários de Viseu. Sobre a classe, Almeida Henriques lembrou que uma das prioridades do projeto de reorganização dos fundos comunitários do QREN são as associações de bombeiros estando a ser atualmente beneficiadas 165 das 243 associação de bombeiros do país. De acordo com o secretário de Estado isso representou um aumento de 96 milhões para 114 milhões de apoios destinados a instalações, aquisição de novas viaturas e outros equipamentos. Emília Amaral
O que quis dizer quando afirmou no seu discurso que os Bombeiros Voluntários de Viseu estão numa “situação insustentável da tesouraria”?
O nosso problema financeiro, por força da construção do quartel, já é muito difícil na medida em que há ainda compromissos bancários a assumir fruto do empréstimo contraído com a banca. Depois, temos os custos fixos que se tornam difíceis de suportar com estes encargos e com o significativo aumento dos combustíveis, pois não há subsídios para o gasóleo e o aumento mínimo do preço do quilómetro não veio suportar o aumento dos combustíveis. Temos ainda os custos diários com as viaturas de manutenção, e outras coisas mais. Concorda com as palavras do presidente da Federação Distrital de Bombeiros, Rebelo Marinho, quando disse que “os corpos de bombeiros não resistem muito tempo mais à tempestade...”?
É um pouco isso. Ou se arranja um modelo de financiamento para sustentar os bombeiros ou, mais dia, menos dia, teremos a vida muito complicada. Pode ser já no próximo verão com os inevitáveis
incêndios?
Sim, sim. Quando diz que o atual plano de cooperação com os bombeiros “está desajustado” em relação a outras instituições, está a referir-se ao Governo?
Exatamente. Nós recebemos uma importância mínima do Programa Permanente de Cooperação, cerca de 3.700 euros, um montante que posso considerar ridículo para as necessidades dos Voluntários de Viseu, que têm um orçamento de cerca de um milhão de euros. Se não fossem as autarquias os bombeiros não estariam de porta aberta?
Se não fosse a colaboração da autarquia, os bombeiros só por si não sobreviviam. O novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu criou uma nova era da vida da corporação?
É uma nova vida pelo refrescamento do com a n d o , p o rq u e a té aqui praticamente só existia comandante e esse comandante era inoperacional. Agora, com o comando completo, com o seu perfil e formação, os Bombeiros de Viseu podem ter dado uma viragem muito grande e recuperar a dignidade que já tiveram. EA
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educação&formação PS questiona Governo sobre obras nas escolas Reprogramação∑ Socialistas estranham o silêncio à volta dos projetos parados
ENB entrega diplomas A Escola de Negócios das Beiras (ENB) entregou certificados e diploma, a 109 alunos que fizeram formações nas mais diversas áreas de atuação durante o ano de 2012. “Apesar do número de participantes ter sido reduzido, a cerimónia foi feita para os alunos, de forma a homenagear a
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sua disponibilidade e vontade para aprender”, af irmou a direção da ENB durante a cerimónia. O encontro terminou com um brinde a todos os alunos presentes e aos ausentes com a mensagem de que “todos eles contribuem para o bom sucesso da Escola”.
Os deputados do PS eleitos por Viseu, Acácio Pinto, José Junqueiro e Elza Pais questionaram esta semana o ministro da Educação sobre o atraso na requalificação das escolas do distrito de Viseu, cujos projetos de recuperação dos edifícios estavam já calendarizados, mas que o atual Governo mandou parar em 2011. As escolas Viriato e Grão Vasco em Viseu, as secundárias de Mangualde, de Moimenta da Beira, Latino Coelho (Lamego), de S. Pedro do Sul e a Básica Secundária
A A Grão Vasco é uma das 7 escolas em causa de Oliveira de Frades são os estabelecimentos de ensino em causa. Os deputados socialistas, consideram que o Orçamento de Estado para 2013 não é esclarecedor sobre esta matéria, estranham o facto de não ser conhecida qualquer re-
programação e, por isso, perguntam ao ministro, através de requerimento entregue na Assembleia da República “quais as escolas do distrito de Viseu que irão receber obras de requalificação durante o ano de 2013 e qual o cronograma previsto para as
respetivas execuções”. “Estes casos, colocam diversos problemas às direções das escolas e agrupamentos e têm vindo a merecer uma grande preocupação por parte das diversas comunidades educativas, nalguns casos, a nível de segurança, de higiene e de relação pedagógica que se vive nesses estabelecimentos, que só não é mais grave devido ao forte empenhamento dos profissionais de educação e da comunidade”, acrescenta o texto do requerimento. Emília Amaral
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sugestões
Passagem de Ano Hotel Durão
Entre com elegância Entrar no novo ano num ambiente distinto e elegante é mais fácil com o programa especial fim-de-ano do Hotel Durão. A unidade hoteleira, localizada perto do centro da cidade de Viseu, na Avenida da Bélgica, prepara uma noite diferente e inesquecível com início marcado para as 19h45, com um cocktail de ano velho. O jantar buffet, composto pelas mais deliciosas e tradicionais iguarias da região são o mote para uma noite que se pretende memorável. Pode-
rá disfrutar de muita animação com música ao vivo. E, depois de uma festa de arromba o merecido descanso. O Hotel disponibiliza alojamento e as reservas efetuadas até ao próximo dia 18 beneficiam de um desconto de cinco por cento. Passe o seu réveillon em festa e no único Eco-hotel da cidade, que respeita e se preocupa com o ambiente. Para mais informações e reservas contacte através do 232 410 460 ou por correio eletrónico info@hoteldurao.com.
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anos pagam apenas 10 euros e gratuito para crianças até aos nove anos). O valor inclui duas bebidas à escolha e à meia-noite champanhe e passas, para brindar ao novo ano. A partir das 3 da manhã a danceteria serve a ceia onde poderá deliciar-se com bolo-rei, bôla e cacau quente. A animação musical fica a cargo do grupo “Pau de Canela” e quando a noite já for longa a cabine fica aos comandos do Dj Migg, festa e muita animação até às 6 da manhã. Pode efet ua r reser va at ravés dos contactos 966 153 891 ou 936 014 763.
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economia AE.HTDOURO ANIMA NATAL NAS RUAS DE LAMEGO
LOJA ANTI-CRISE NASCE PELA MÃO DE EMPRESÁRIOS DE VISEU
A Escola de Negó cios das Beiras e a Visar Consultores e Associ ados acaba m de la nça r a “Loja A ntiC r i s e ”. Tr a t a - s e d e uma loja online (www. lojaanticrise.pt), onde os utilizadores vão poder encontrar todos os serviços para a sua empresa, assim como “inúmeros benefícios para usufruir a título particular”, revelam os responsáveis pelo projeto em comunicado, reconhecendo que “o comércio eletrónico é uma tendência ascendente em Portugal”. Formação, seguros, contabi l idade , renta - c a r, c o n s u l t o r i a , projetos de i nve st imento, licenciamento s e c e r t i f ic a ç õ e s , são a lg u n s ser v iços d i spon ibi l i zados n a loja virtual. EA
(http://clarezanopensamento.blogspot.com)
O Natal do nosso descontentamento Madalena Malva Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu malva@estv.ipv.pt
Tiago Virgílio Pereira
Nos dias 23 e 24 deste mês e 6 de janeiro (Dia de Reis) uma viatura dos Bombeiros Voluntários vai andar pelas ruas e escolas da cidade de Lamego a distribuir brindes e outras lembranças. A iniciativa é da associação de empresár ios A E . H T D OU RO que está a promover desde o início do mês, u m conju nto de i n iciativas destinadas a envolver o comércio local no espírito natalício e assim poder aumentar as suas vendas. EA
Clareza no Pensamento
A Pedro Saraiva, durante a apresentação no Welcome Center, em Viseu
Roteiro quer dar a conhecer projetos “Mais Centro” Composição∑ Museus, aldeias e património fazem parte do guia A comissão diretiva do “Mais Centro” e a Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão-Lafões lançaram, no Welcome Center, em Viseu, o roteiro Mais Centro-Dão Lafões. O roteiro Mais Centro é um conjunto de roteiros, de cariz turístico e cultural, das diversas sub-regiões do Centro de Portugal, que apresenta projetos visitáveis apoiados pelo programa “Mais Centro”: museus, parques, jardins, praias, piscinas, aldeias, património, mercados, bibliotecas. “A ideia é que em dois dias, uma família conheça e possa usufruir de
um conjunto de intervenções realizadas pelo Mais Centro”, referiu Pedro Saraiva presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). A visita ao Parque Aquilino Ribeiro, em Viseu, ao Museu Terras de Besteiros, em Tondela ou à Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, são algumas das propostas de um roteiro que, para além de papel, também está disponível on-line. Para Carlos Marta, “a requalificação urbana e a recuperação de vias nacionais e regionais são metas
ainda por alcançar”. O presidente executivo da CIM Dão Lafões alertou para o facto do país “ter de mudar o modelo económico” e elogiou o presidente da autarquia e a cidade de Viseu, “pelos sinais claros de progresso e qualidade de vida”. Na sub-região de Dão Lafões, o programa “Mais Centro” apoiou 305 projetos, que correspondem a um investimento de cerca 167 milhões de euros, com comparticipação comunitária de cerca de 121 milhões. Tiago Virgílio Pereira
Cabrito é cabeça de cartaz em Penalva do Castelo Este fim-de-semana, em nove restaurantes do concelho de Penalva do Castelo reina o cabrito como prato gastronómico especialmente servido na região. Cabrito assado no forno, cabrito assado na brasa, cabrito em caçarola de barro e cabrito de caldeirada ou ensopado são algumas das propostas que fazem parte da iniciativa Fim de semana do Cabrito,
promovida pela Câmara Municipal de Penalva do Castelo em conjunto com o Turismo Centro de Portugal, para atraírem turistas ao concelho. “Com esta iniciativa, a autarquia promove mais um evento gastronómico, de forma a cativar mais visitantes a Penalva do Castelo, que possam apreciar as potencialidades dos produtos endógenos”, re-
vela o presidente da Câmara, Leonídio Monteiro. Nesta iniciativa dedicada à promoção dos produtos endógenos do concelho, os restaurantes aderentes juntam um naipe de doces regionais para sobremesa, tais como sabores da farinha de milho, castanha, queijo Serra da Estrela, pasteis “castendo” e a maçã bravo de Esmolfe. EA
Chegados ao mês do Natal e ao final de um novo ano, época propícia ao sentimento de renovar esperança(s) e fomentar nova(s) etapa(s), deparo-me com uma manifesta e enraizada falta de esperança no futuro, principalmente pelo descrédito das instituições e por consequência do país. Nada me recorda a atual situação, nada se vislumbra no meu passado, mesmo alargando o horizonte temporal, à qual se assemelha este descrédito, desmotivação ou mesmo falta de esperança, quase mitigada na falta de fé. Todos os dias somos massivamente consumidos por notícias que alimentam a atual situação, a da própria notícia, de desemprego, de famílias que já prescindiram de energia eléctrica, água, gaz, de crianças que passam fome, de pessoas que há muito tempo vivem para lá do limite admissível e aceitável no país para o qual todos os nossos “pais” direta e indiretamente contribuíram, lutaram, trabalharam, acreditaram! O pior é que no futuro próximo não se perspectivam melhoras, muito pelo contrário, com as consequências que todos conhecemos e que muitos de nós já sentem. Estas linhas, ao contrário do que o leitor até agora poderá ter pensado, são de esperança, de convicção, de continuar, de vencer e de acreditar que o amanhã, ou o depois será diferente. Que melhor exemplo o de acreditar que o do passado fim-de-semana, a da iniciativa de recolha de alimentos do Banco Alimentar, onde, mais uma vez, os portugueses se mostram generosos, tendo sido possível alcáçar as 2914 toneladas de alimentos! São múltiplos, embora mais ou menos expressivos, os exemplos de solidariedade. Apesar de tudo devo relembrar que talvez, “A CRISE” (fica de alguma forma controlada entre aspas) conduza ao despertar de algum espírito, daquele espírito, que todos precisamos mesmo quando não estamos em “CRISE”. Deixo-vos um poema como prenda de Natal e com votos de um bom 2013. “Ensinaram-me as coisas importantes Que afinal o não eram. Acumularam-me de conhecimentos De que ainda me liberto. Ditaram-me no caderno de duas linhas Os exemplos que procuro não seguir. Fizeram-me ler as histórias de santos, sábios e heróis, Que eu não quero ser nem imitar. Soube de cor as constelações Que hoje se escondem no fundo das cidades. Ensinaram-me a pescar nos rios e regatos Em que bóiam as garrafas de plástico. Quando eu sabia tudo Atiraram-me para a vida de que eu não sabia nada E onde tudo era ao contrário do que aprendera. Habituei-me a raciocinar pelo contrário. Não era feliz, era desarmado. E tive de aprender, de novo, Tudo o que me haviam ensinado E que eu queria não ter aprendido.” IN ENTRE MIM E O MUNDO DE JACINTO MAGALHÃES
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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 21
Portugal e a Europa discutem-se em Viseu Inaugura no próximo dia 13, em Viseu, a Ideia XXI Centro de Formação Profissional e Consultadoria, Ideia XXI, na Rua Cândido dos Reis. A escola de formação, com mais de 14 anos de experiência tem, desde 2008, homologação para cursos de cabeleireiro e estética. Com sede em Paredes, atua ainda em Penafiel e Paços de Ferreira. A escolha pela cidade de Viseu deve-se ao facto de ser “uma capital de distrito, uma cidade grande e ao mesmo tempo pequena e com um grande potencial para alargarmos o nosso trabalho na Publicidade
área da formação”, explicou Nuno Martins, diretor da Ideia XXI. Para além da área de cabeleireiro e estética, a escola de formação tem ainda cursos de Auxiliar de Fisioterapia, área de informática, saúde e apoio a crianças e jovens. A primeira turma de Esteticista e Cosmetologista arranca no dia 13 mas a Ideia XXI tem já vários cursos com inscrições abertas para iniciarem no primeiro trimestre do próximo ano. Pa ra m a is i n for m ações contacte através do 960232622 ou 934293963 e visite o site em www.ideiaxxi.pt
Decorreu no passado dia 29, na Associação Comercial do Distrito de Viseu, a Conferência “Portugal e o Futuro da Europa”, proferida por Rui Moreira, Presidente da Associação Comercial do Porto e autor do livro com o mesmo tema, “Ultimato”. A obra é uma reflexão da situação económica e política do país e que, como explicou o autor, “faz a história recente e atual sem ser excessivamente crítica e demonstra o que aflige o povo português”. Na conferência discutiramse os contornos da atual crise e da situação económica que o país atravessa bem como a história e
o futuro da Europa. Para Rui Moreira tudo começa com uma má entrada na Europa “entrámos impreparados, estávamos numa situação desesperada e fizemos um negócio”. Quanto ao futuro da Europa, Rui Rodrigues, traça duas alternativas “ou um modelo mais federal em que deixe de haver diretórios, em que Bruxelas volte a ser Bruxelas e não seja apenas uma filial de Berlim ou então um modelo de dissolução em que a Europa se vai desagregar”. Após a conferência foi servido a todos os presentes um Dão de Honra. Micaela Costa
Micaela Costa
Ideia XXI abre em Viseu
Conferência∑ Reflexão da situação económica e política
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Rui Moreira, Presidente da Associação Comercial do Porto e autor do “livro Ultimato”
KAROL CABELEIREIROS ABRE NOVO ESPAÇO
Micaela Costa
07 | dezembro | 2012
O já conhecido salão de cabeleireiros Karol, abriu um novo espaço na Avenida Calouste Gulbenkian, nº 333, em Viseu, no passado dia 4. Um espaço amplo, moderno com serviço de cabeleireiro, estética, saúde e bem estar. A aposta em mais um espaço na cidade não assusta os proprietários que acreditam que o cliente merece um salão diferenciado e com as condições idiais para que se sintam bem. A pensar também nos mais novos o Karol Cabeleireiros recriou um espaço onde as crianças podem brincar. Até amanhã e como forma de comemorar, os clientes podem beneficiar de promoções de 50% . O salão está aberto de segunda a quarta das 8h30 às 19h e de quinta a sábado das 8h30 às 20h. Contacte através do 232 478 301 ou 961 944 783.
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desporto FUTSAL VISEU 2001 DEFRONTA BOAVISTA
NATAÇÃO ACADÉMICO COM 4 PÓDIOS NO REGIONAL DE FUNDO Os nadadores de Viseu colecionaram um conjunto de bons resultados na Prova de Fundo da Associação de Natação de Aveiro, que decorreu nas piscinas do Fontelo, em Viseu. Estiveram presentes cerca de 140 atletas em representação de 15 clubes, numa prova disputada em Infantis e Juvenis. O Académico garantiu a presença em 4 dos sete pódios finais. João Teixeira foi terceiro em Infantis A, Cláudia Martins segunda também em Infantis A, André Moura venceu os Juvenis B, e Rui Figueiredo venceu nos Juvenis A. Os nadadores viseenses vão agora disputar o Nacional de Clubes feminino, na Mealhada, e o Nacional de Clubes masculino, em Lisboa.
Vítor Santos vtr1967@gmail.com
Futebol Solidário CD Tondela Académico de Viseu
Cartão FairPlay Pouco mais de 400 espetadores marcaram presença nas bacadas do Estádio João Cardoso, em Tondela, no que se refletiu numa receita de cerca de 2 mil euros para os Voluntários de Tondela. Um jogo solidário que foi um bom exemplo dado por dois clubes que, sendo rivais, se sabem unir quando as causas são nobres. . Futsal Feminino
Gil Peres
Muito importante para as aspirações do Viseu 2001 no Nacional de Futsal da II Divisão, o jogo deste domingo, pelas 17h00, no Pavilhão da Via Sacra, frente ao Boavista. Depois da derrota na Guarda com o Lameirinhas, e do empate caseiro com o Cohaemato, só a vitória interessa aos viseenses, ou podem ficar já bem longe da frente. Nesta altura são já quatro os pontos de diferença para o líder, e dois do segundo classificado, tendo ainda menos um ponto que os axadrezados.
Visto e Falado
A Académico venceu “Jogo Solidário” em Tondela II Divisão Nacional
Derbi em Cinfães aquece série Centro Liderança ∑ Cinfães tem 4 pontos de vantagem sobre o Académico de Viseu O Académico de Viseu venceu por 1 a 0 o jogo solidá rio frente ao Tondela. Partida no estádio João Cardoso que juntou as duas equipas, que aproveitaram já não estarem em prova na Taça de Portugal para a realização de um jogo amigável em que a receita reverteu a favor dos Bombeiros Voluntários de Tondela. Kifuta, reforço academista, marcou na estreia com a camisola do clube viseense e fez aos 65 minutos o golo que ditou o resultado final. Um jogo em que Vítor Paneira aproveitou para
dar minutos a jogadores menos utilizados no Tondela, enquanto Filipe Moreira fez questão de colocar o melhor 11 e assim procurar consolidar processos e o sistema de jogo que pretende implementar no Académico de Viseu. Quanto à receita, foram perto de 400 os espetadores pagantes o que fez entrar nos cofres dos Voluntários de Tondela cerca de 2 mil euros. Académico que assim teve um bom ensaio em vésperas de uma visita a Cinfães onde vai defrontar o líder da série Centro da II Divisão Nacio-
nal de Futebol. Um derbi distrital que promete, já que coloca frente-a-frente duas equipas com a moral em alta. Desde logo o Cinfães, na sua condição de primeiro classificado, e que está a rea li za r u ma época de gra nde nível, pera nte um Académ ico de Viseu que vem da recente “chicotada psicológica” que resultou numa vitória frente ao Tourizense, e no amigável em Tondela. Será este derbi um grande teste à capacidade da equipa viseense agora liderada por Filipe
Moreira. Um Académico que chega a Cinfães a quatro pontos do líder, e que em caso de derrota poderá hipotecar as aspirações em lutar pelos lugares de subida. Já uma vitória poderá ser a confirmação que se vive uma nova fase na equipa. Entretanto o clube viseense vai-se reforçando, tendo assegurado três reforços para Filipe Moreira - todos opções ofensivas - casos dos avançados Kifuta e Johnn, e do médio Mauro Antunes. Gil Peres
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Ténis de Mesa - Torneio de Vagos
Jovens de Mundão em bom plano Alunos da Escola de Mundão estiveram em d e s t a q u e n o I X To r neio Aber to de Tén is de Mesa do Concelho de Vagos pa ra atletas federados. Na prova de cadetes, M i g u e l P e r e i r a ve n ceu o seu gr upo, com
três vitórias, enquanto Rodrigo Mendes venceu dois jogos e perdeu um. Sorte diferente teve Guilherme Oliveira que apenas venceu um jogo e não passou para a segunda fase. Já a elimin a r, Rod r igo Mendes c he gou a i nd a ao ter-
ceiro desafio onde caiu apenas frente ao líder do ra n k i ng n acion a l . Miguel Pereira perdeu também frente a um dos 10 primeiros do ranking Nacional. Contas finais, Rodrigo Mendes foi 19º e Miguel Pereira terminou em 26º.
Penedono
Cartão FairPlay Depois de seis épocas de total domínio do Unidos da Estação, haver quem faça frente à equipa de Lafões no Futsal Feminino distrital é notícia. É o Penedono quem, para já, o consegue. Lidera, com mérito, o campeonato distrital. O Penedono soma por vitórias todos os jogos já realizados. Futebol Violência em Candal
Cartão Vermelho As agressões de que foram alvo adeptos e jogadores do Lusitano de Vildemoinhos em Vila Nova de Gaia não têm o mínimo de justificação ou desculpa. Numa altura em que se legisla sobre a não obrigatoriedade de policiamento no futebol jovem, este bem que pode ser um caso que dê que pensar ao legislador. Indelizmente não é caso único. É que se os praticantes são jovens, já quem assiste é gente crescida, muitas vezes mal formada.
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B oas F estas
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Nacional de Iniciados
Tondela marca passo com a Oliveirense
Jogo termina em violência
Gil Peres
Futebol - II Liga Profissional
A Tondela não perde há quatro jogos para a II Liga Terminou sem golos o jogo entre o Desportivo de Tondela e a Oliveirense. Uma pa rtida da 16ª jornada da II Liga Profissional em que o vencedor deixava para trás na classificação o seu adversário. Um ponto ga n hou?
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Um ponto perdido? Mais para a frente se farão contas, mas os jogos em casa têm sempre a responsabilidade acrescida para quem joga nessa condição. Com mais este ponto o Tondela fica no oitavo lugar - à condição já que depende do que o
União da Madeira faça frente ao Sporting B (no fecho desta emissão ainda não tinham jogado) isto alguns dias antes da deslocação ao Sporting de Covilhã, este domingo, dia 9 de dezembro. Certo é que a Oliveirense era um adversário de respeito, já que é uma
das equipas que habitualmente aposta forte nesta II Liga na perspectiva de lutar por uma subida ao principal escalão do futebol português. Com este empate o Tondela continua assim numa série de resu lt ados posit ivos , ma ntendo -se uma equipa sólida defensivamente - vai em quatro jogos consecutivos para a II Liga sem perder. O jogo com o Covilhã poderá abrir portas a um triunfo já que vai defrontar um dos “aflitos”, o que deixaria o Tondela pelos lugares cimeiros da tabela antes da recepção ao Sporting B, agendada para a manhã do dia 17 de dezembro. Cumprido que está mais que o primeiro terço dos 42 jogos do campeonato, o Tondela vai somando os pontos que rapidamente lhe podem dar a manutenção, e depois então sonhar com outros objetivos. GP
Jogadores, dirigentes e simpatizantes do Lusitano Futebol Clube, que se deslocaram no domingo ao recinto do Desportivo Candal, em Vila Nova de Gaia, já estavam alertados, por elementos de outro clube de futebol de Viseu que recentemente visitou aquele estádio, que a receção não iria ser pacífica, mas nunca imaginaram que o campo de futebol se transformasse num campo de batalha. No f inal do jogo de Juniores C, em que a equipa do Lusitano de Vildemoinhos, venceu (0-3) o Desportivo de Candal, iniciou-se uma batalha campal entre os pais dos atletas – de 13 e 14 anos. “Começaram a atirar placas de alumínio, caixotes do lixo e cadeiras”, referiu João Gomes, diretor da formação do Lusitano, que apelidou a situação de “muito grave”. “Pontapearam, ameaçaram com facas e tesouras, num espetáculo degradante de violência gratuita”, contou. Dirigentes e pais criticam a atuação dos dois elementos da PSP que foram destacados para o
jogo. “Perante a situação, o árbitro da partida fugiu e os polícias foram protege-lo. Chamaram reforços que demoraram 40 minutos a chegar”, criticou João Gomes. “Já vi muitos jogos do meu filho e nunca assisti a uma situação destas. Já sabíamos dos perigos, por isso nem festejámos os golos, mas garanto que o meu filho nunca mais joga naquele campo. Nunca tive tanto medo na minha vida”, disse lavada em lágrimas Catarina Marques, 34 anos, mãe de um atleta. O clube viseense garante que não voltará a Candal para o jogo da 2ª fase e irá enviar o caso à Federação Portuguesa de Futebol e ao Ministério da Administração Interna. “Quando as pessoas semeiam ventos, colhem tempestades. Têm de respeitar o terreno que pisam”, disse à Lusa Jorge Marques, do Candal. No dia 11 de novembro, o Clube de Futebol “Os Repesenses” também visitou o estádio do Candal. A comitiva foi agredida e a massagista saiu com o nariz partido, depois de ter sido atingida com a cabeça. TVP
Futebol Formação
I Encontro de Traquinas O Estádio Municipal O rl a ndo Mendes , em Santa Comba Dão, vai receber no próximo sábado, 8 de dezembro, o 1º Encontro de Traquinas, no escalão de Sub9. Vai decorrer ao longo da manhã numa organização da Associação de Futebol de Viseu em colaboração com a Câmara Municipal de Santa Comba Dão. Este Encontro de
Traquinas começa pelas 10h00 e vai contar com a participação de várias equipas de futebol do distrito de Viseu no escalão de Sub-9 do distrito de Viseu e tem como objetivos divulgar a modalidade junto dos mais novos, ao mesmo tempo que se pretende dar algum ritmo competitivo aos jovens atletas além de se promover o convívio entre as diversas equipas.
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Futsal Feminino
Futebol - Divisão de Honra de Viseu
A Vitória em Viseu cimentou a liderança O Moimenta da Beira continua a liderar a Divisão de Honra da Associação de Futebol de Viseu. Venceu nesta jornada o Viseu e Benfica por 3 a 0, mas o resultado não diz o que o jogo foi. O Moimenta da Beira só
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conseguiu marcar a 10 minutos do final, quando o Viseu e Benfica jogava já toda a segunda parte com 10 jogadores, e os dois últimos golos aconteceram já minutos finais. Viseu e Benfica que estreou Carlos Marques
“Mourilhe” no banco, como novo técnico, depois de ter substituído António Renato no decorrer da semana anterior. Perante um Viseu e Benfica defensivamente bem organizado, o líder sentiu grands dificuldades e só a 10 minutos do fim Ruizinho desbloqueou um jogo que estava bem complciado. Na perseg uição ao Moimenta continua o Castro Daire. Nesta jornada 11 a equipa orientada por Rui Almeida venceu em casa o Campia por 1 a 0. O Sátão é agora terceiro enquanto o Canas de Senhorim com o empate a 2 em Vildemoinhos perdeu terreno na frente. GP
Gil Peres
Gil Peres
Moimenta da Beira não cede Unidos da Estação não facilita
A Hexacampeãs venceram um Carbelrio desflacado de algumas jogadoras Não houve surpresas na oitava jornada do Distrital de Futsal Feminino. Penedono e Unidos da Estação venceram e continuam a ser as mais sérias candidatas ao título. O Unidos goleou o Carbelrio por 8 a 1. Depois de algumas escorregadelas
inesperadas, as hecampeãs não facilitaram e venceram folgadamente, numa jornada onde as líderes do Penedono foram vencer a Castro Daire por 9 a 1. Também sem surpresa a Casa do Benfica de Mortágua ganhou em São
João da Pesqueira por 7 a 3 enquanto Oliveira de Frades e Naval de Viseu empataram sem golos. Nesta jornada folgou o Lusitano de Vildemoinhos. O Penedono é líder com 21 pontos, seguido do Unidos com 19, mas com mais um jogo disputado. GP
D Joana Arnaut apresenta livro
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culturas
“Um dia quem sabe”, é o nome da primeira obra escrita por Joana Arnaut, e será apresentada amanhã, dia 8, a partir das 16h00, na FNAC Viseu. O livro fala de vozes que confiaram na autora.
expos
Destaque
SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 29 de dezembro Exposição de artesanato urbano “Pinceladas”, de Susana Santos.
Festival Internacional de Teatro até domingo na ACERT
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de janeiro Exposição de escultura “Elmos e Cilindros”, de Manuel Vaz. Até dia 31 de janeiro Exposição de ilustração “O Lápis”, da Junta de Freguesia de S. João da Madeira. MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de janeiro Exposição documental e de objetos dos 130 anos da linha da Beira Alta. OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de dezembro Exposição de banda desenhada “Cenários Intemporais – Portugal”, do GICAV – Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu. MOIMENTA DA BEIRA ∑ Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro Até dia 28 de dezembro Exposição “Sente a Leitura”, de David Silva e Cristina Morais.
Arcas da memória
“Sermão aos Peixes”∑ Quarta criação do Trigo Limpo é a grande atração A peça “Sermão aos Peixes”, que estreia amanhã, dia 8, a partir das 21h45, é a grande atração teatral do 18º FINTA - Festival Internacional de Teatro ACERT, que decorre até domingo, dia 9, no Novo Ciclo. Esta é a quarta criação do Trigo Limpo, em 2012, e “reflete um momento especial do festival”, disse ao JC José Rui Martins, diretor da ACERT. Ao longo do ano, a Associação Cultural e Recreativa de Tondela lutou contra
todas as barreiras impostas pelo Governo - sobretudo o corte de 38% - e resistiu. “Não podíamos abandonar o nosso público que sempre nos apoiou. O FINTA é mais um ato de afirmação do projeto ACERT que não se esgota, o que os outros vêm como despesa, nós vemos como investimento”, sublinhou José Martins. O cartaz conta essencialmente com nomes nacionais, mas com projeção internacional. O FIN-
Sessões diárias às 21h10, 00h10* Aristides de Sousa Mendes - o Cônsul de Bordéus (M6) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h40 Força Ralph VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10 A origem dos Guardiões VP (M6) (Digital)
Tiago Virgílio Pereira
Serões do CEAR
uma “conversa” acerca de “O Livro do Menino Deus”, de Aquilino Ribeiro. Segue-se convívio com momento musical e bolo-rei.
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU
TA aposta igualmente nas atividades paralelas, quer através de lançamentos de livros, quer pela animação nas ruas. O preço do bilhete é de 7,50 euros para o público geral, 5 euros para sócios e 6,50 para reformados, estudantes e portadores de cartão jovem. No último dia, o preço fixa-se em 10 euros, e reverte a favor dos Bombeiros Voluntários de Tondela.
Literatura
O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro convidou Dom Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, dia 7, às 21h30, no Solar do Vinho do Dão, para
Sessões diárias às 21h30, 23h50* A origem dos Guardiões VO (M6) (Digital)
16h20, 19h00, 21h40, ooh20* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 00h05* 007 Skyfall (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h50, 21h50, 00h30* Mato-os suavemente (M16) (Digital)
Sessões diárias às 13h50, 15h50, 17h50, 19h50, 22h00, 00h00* Sininho e o segredo das fadas (CB) (Digital) Sessões diárias às 13h40,
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PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h05* Anna Karenina (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30,
16h10, 18h50, 21h30, 00h20* Amanhecer violento (CB) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 21h00, 00h10* 007 - Skyfall (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 18h00 Argo
Os “cinco réisinhos” da praxe “Dali até ao povo, em cada linha de rampa, os pobres eram mais que o cisco. Assentes sobre taleigos, os surdos-mudos pareciam marcos de baliza à espera que os distribuíssem pelos campos; já os entrevadinhos tinham avantado para o meio da estrada, sobre os cotos das mãos ou as pernas engatinhadas, algumas secas como cabos de faca, e deitavam a lamúria: - Ó meus ricos senhores, dai a esmola ao aleijadinho! Olhaide para a minha triste sorte!” Aquilino Ribeiro, Terras do Demo.
Este retrato colheu-o Aquilino Ribeiro há um século atrás, acontecia à entrada de todas as feiras e romarias nessa geografia ampla que ainda hoje dá pelo nome de Terras do Demo e que dela não era apanágio, que saibamos. Eram os alvores da Primeira República, não houvera ainda tempo de seu lema de igualdade se ter feito prática corrente! Meio século depois eu ouvia a mesma cantilena dos deserdados à entrada da romaria da Lapa ou da do Senhor dos Caminhos, na subida para as feiras quinzenais ou para a Feira d’ Ano, pelos Santos. E escutavaos rezando Padre-Nossos à porta de minha mãe e ia depois entregar-lhes a abonada fatia de pão que comiam sentados no balcão ou despejava-lhes no bornal de andarilho a cesta de batatas que requeriam para sustento da família. Iam trin-
(M12) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h15* As voltas da vida (M12) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
ta anos de Estado Novo e os pobres continuavam a pedir!... Ontem, na cidade onde agora moro, as mesmas mãos antigas se estenderam para mim. Mãos de rapariga com filho pequeno, duas frases num cartão, mendigando “cinco rèisinhos”, o andar trôpego de um rapaz e as inquietas voltas do chapéu quase vazio, o pobre copo de um outro apontando à janela do meu carro na paragem breve do semáforo, e a mulher de joelhos, “cinco rèisinhos”, por piedade!... E Francisco de Assis que não passa!... E mais de trinta anos de Democracia que continuam passando ao lado!... Só mais recolhida, parece, a procissão de mendigos que antes se mostrava. E o pão que lhes estendemos como fazia minha mãe. E os míseros “cinco rèisinhos”!... E a dignidade que não damos àquela mulher ajoelhada! E a vergonha do chapéu estendido igual ao que nos cobre! E a nossa vergonha de nunca mais saber escolher os homens que governam a República!... E o gesto exemplar de tantos que constroem esse Banco Alimentar!... Aguardando que todos se sentem, por igual, numa cadeira da “Respublica”.
Estreia da semana
Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h30, 18h50 A origem dos Guardiões VP (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h40, 17h15, 20h50 (exceto 6ª e sáb.), 21h50* Cloud Atlas (M12) (Digital) Legenda: * sexta e sábado
Amanhecer violento – Uma pequena cidade do estado de Washington acorda para um acontecimento chocante e surreal: é o alvo principal de uma invasão aos EUA por militares estrangeiros. Rapidamente e sem aviso, a cidade fica sob ocupação inimiga e os seus cidadãos são feitos prisioneiros.
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culturas
D Workshop de origami
O origami é uma arte japonesa de dobragem de papel, que transforma uma folha em quase tudo o que se possa imaginar. Esta é a proposta de Cristina Baccari, domingo, pelas 16h00, na FNAC Viseu. A entrda é livre.
Variedades
Destaque
“A Noite de Natal” na biblioteca de Tondela
António Lopes Pires recebe Óscar Mundial de Folclore
A Biblioteca Municipal de Tomás Ribeiro, em Tondela, assinala a quadra natalícia com um espetáculo de natal baseado num conto da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen. Destinado às crianças do 1º e 2º ciclos, no dia 13, quinta-feira, a partir das 14h00. “A Noite de Natal” apresenta-se como uma leitura encenada, interpretada pelo ator Paulo Lages, com ilustração cénica através da manipulação de adereços sugeridos pela história.
O som e a fúria
Mérito∑ Associação de Paços de Silgueiros destaca-se no panorama cultural nacional António Lopes Pires foi distinguido com o Óscar Mundial de Folclore 2012. O presidente da direção da Associação de Passos de Silgueiros (ASSOPS), de Viseu, recebeu o prémio atribuído pela IGF, Federação Internacional dos Grupos de Folclore. Este ano, foi Portugal a organizar a festa e a homenagear 13 personalidades de dez países, que se distinguiram no estudo, na defesa, na preserva-
A Premiado é presidente da direção da ASSOPS
ção e na divulgação dos diversos aspetos da cultura tradicional dos seus povos, em especial no folclore. Em Guimarães, Capital Europeia da Cultura, Carlos Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Silgueiros, entregou o Óscar a António Lopes Pires. Foi um momento alto para Silgueiros e para a associação, que ocupa já um lugar de relevo no panorama cultural português. Tiago Virgílio Pereira
Literatura
Ludgero Rosas ao vivo na FNAC Viseu Ludgero é um jovem pianista, compositor e cantor português, que desde cedo teve apetência para o mundo da música. Na adolescência, esteve em várias bandas e aos 22 anos participou num programa televisivo, que marcou a sua originalidade como intérprete. Desde então, desenvolve o seu trabalho em espetáculos a solo num registo mais intimista. “Horas Sem Dias” é o seu mais recente trabalho e será apresentado no domingo, dia 9, a partir das 19h00, na FNAC Viseu. Publicidade
“Plano C” apresentado em Viseu Foi apresentado, no passado dia 29, o livro “Plano C, o combate da cidadania”, no Hotel Grão Vasco em Viseu. A obra, redigida por 22 autores, “exprime o sentimento da sociedade civil portuguesa”, explicou Mendo Castro Henriques, Presidente do Instituto da Democracia Portuguesa. O livro, promovido pelo Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), reúne um grupo de cidadãos independentes e alguns filiados em vários partidos. Nomes como Rui Moreira, Rui Rangel, João Gomes Almeida, Ribeiro Telles, apresentam temas como justiça, economia, Europa, cidadania, orçamento de estado e tantos
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outros assuntos que, segundo Mendo Henriques, pretendem “ser o primeiro passo e a partir daqui espera-se que a sociedade em geral lance também propostas e soluções, que sejam o 23º autor”. Quanto ao título da obra, o presidente do IDP, explica que “Plano A, é o plano de entendimento com a Troika, que não está a funcionar, o Plano B são os programas partidários, a oposição, que também não surte efeitos e, neste sentido, achámos que era preciso criar um Plano C, que transmita a força da cidadania, através de temas como coragem, cultura, comunicação, constituição e conhecimento”. O prefácio é assinado por D.
Duarte de Bragança, presidente de honra do IDP e nele pode ler-se “sentimonos perdidos, perdidos nas ideias que nos devem guiar nos caminhos da democracia portuguesa, afastados dos ideais que orientam a nossa História e das pessoas às quais esses caminhos vão dar. Para intervirmos no nosso país, na Europa e no Mundo, precisamos de afirmar os princípios que nos identificam”.
O Choque das Civilizações. Ainda? Samuel Huntington foi um dos grandes cientistas políticos dos E.U.A. Em 1993 publicou um ensaio fascinante intitulado “The Clash of Civilizations?” que, posteriormente, se tornou num livro cuja tese central é a de que o mundo pós-guerra fria seria marcado por um conflito civilizacional. Os seres humanos, escreveu Huntington, estão divididos por linhagens culturais – Ocidental, Islâmica, Hindu e por aí adiante. Não existe uma civilização universal. Pelo contrário, há obstáculos e clivagens culturais, cada um de acordo com a respectiva cartilha de valores. E, claro, a civilização Islâmica é a mais problemática por não partilhar das mesmas proposições que o mundo Ocidental (como, por exemplo, ao privilegiar a religião ao Estado Nação ou a aversão natural a certos ideias liberais como o pluralismo, o idealismo e a Democracia). Com as mudanças que varrem o Mundo Árabe, e depois de ter passado três meses num país islâmico, atrevo-me a não concordar com o Sr. Huntington. Por várias razões que vou, brevemente, sumariar. Primeira, a tecnologia (internet, iphones, ipads e todas essas “icoisas”) aproximou muitíssimo a geração mais recente destas civilizações muito mais aberta às ideias dos Ocidente. Segunda, não é verdade que no mundo árabe o povo não é nacionalista. Não só o é como também preza o pluralismo e a Democracia que lhes permite um reconhecimento único enquanto seres humanos e cidadãos. Aquilo que a que Platão se refere na República como thymos, intrínseco ao Homem e que o impulsiona (basta olhar
Maria da Graça Canto Moniz
para a História) a lutar por uma ordem política que satisfaça o seu desejo de reconhecimento da sua dignidade e valor. Alguns Autores como Hegel e Fukuyama resumem o problema da história humana a essa busca de um meio de satisfazer o desejo de reconhecimento, busca essa que terminou com a vitória de uma ordem social que atinja esse objectivo. Na minha humilde opinião, Huntington esqueceuse da importância do contexto e das circunstâncias políticas (leia-se repressivas numa confusão da religião com a cidadania e política) a que estavam sujeitos esses povos. Mas, sobretudo, creio que Huntington se enganou ao definir cultura. Em alguns aspectos, somos, pessoas, todos muito parecidos; certo que, de certo modo, somo parte de uma cultura e de um grupo mas, também é verdade, que cada um de nós é único num certo sentido. Huntington minimizou o poder de valores universais exagerando a influência de valores culturais distintos. Mas, depois da (s) “Primavera (s) Arabe (s)” parece evidente que muitos povos do Mundo árabe partilham de um desejo universal pela Liberdade, de uma aspiração ao reconhecimento da sua dignidade e a sistemas políticos que respondem e respeitam a vontade do povo. A cultura, latu senso, pode ser um factor de diferença civilizacional mas a Democracia, e aquilo que ela implica em termos de satisfação Humana, é um factor de união dessas civilizações.
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em foco Causa Real Viseu comemora 20º Aniversário A propósito das comemorações dos 372 anos do 1º de dezembro, dia da Restauração da Independência e do 20º Aniversario da Real Associação de Viseu, a Real Causa de Viseu organizou, no passado dia 30, um jantar comemorativo. O evento contou com a ilustre presença do Duque de Bragança, Presidente de Honra da Causa Real e com vários outros convidados que puderam disfrutar de um serão diferente. “A Causa Real é uma entidade nacional que reúne as Reais Associações existentes por todo o país e também no estrangeiro e que tem como finalidade política lutar pela instalação da monarquia em Portugal. As Reais Associações, como é o caso da Real Associação de Viseu, são órgãos da Causa Real. Têm no entanto uma autonomia que lhes permite fazerem as suas próprias atividades e contribuírem para as de nível nacional”, explicou Álvaro Menezes, presidente da Causa Real de Viseu. “Temos sempre procurado fazer atividades que tenham interesse público e que possam de alguma forma, como associação de pessoas, de portugueses, ter um papel social útil na área da cultura, da história, das tradições, ao nível dos grandes problemas nacionais, não entrando em questões político-partidárias. Procuramos sempre ter ações que levem à reflexão, ao esclarecimento, debate e temos feito isso ao longo destes anos e têm merecido reconhecimento quer da Câmara Municipal, quer de outras entidades”, acrescentou. Durante o jantar foi apresentado o livro “Plano C, o combate da cidadania”, por Mendo Cast ro Hen riques, Presidente do Instituto da Democracia Portuguesa” (ver página 27). Antes do jantar e enquadrado nas comemorações, houve uma conferência intitulada “Portugal e o futuro da Europa”, proferida por Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto (ver página 21). E como de comemorações se tratava o evento terminou com o bolo de aniversário da Real Associação de Viseu. MC
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Micaela Costa
em foco
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em foco Enérgica Ativa: Desporto e Arte No dia 1 de dezembro, o pavilhão Multiusos, encheu-se de música, dança, arte e bem-estar, num evento organizado pela Enérgica – Associação Juvenil de Viseu. “Enérgica Ativa Desporto & Arte”, além da Ânimus, disponibilizou um Espaço Ginástica pela Associação de Guimarães, o Espaço Artes Marciais, com a organização do CEKS, o Espaço Música a cargo do Conservatório Regional de Música de Viseu, o Espaço Cycling promovido pela Forlife e o Espaço Saúde, do CHV para recolha de sangue, seguido de um Curso de Suporte Básico de Vida. O Alidanças organizou o seu 5º espetáculo para a Cidade de Viseu. Parte dos lucros da bilheteira reverteram para a Aldeias de Crianças SOS de Portugal.
Emília Amaral
Bruno Quadros
Tomada de posse do novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu
No primeiro dia de dezembro, o Pai Natal chegou ao centro comercial Retail Park de Viseu acompanhado de várias figuras natalícias e proporcionou um tarde divertida. A programação de Natal do centro comercial, localizado em Fragosela, junto à A25, decorre até dia 24. Entre os dias 13 e 16 realiza-se o Mercado Medieval de Natal chamado “Dias de S. Nicolau”, personagem histórica que serviu de modelo ao Pai Natal.
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João Pedro Matos
Pai Natal chega ao Retail Park de Viseu
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saúde e bem-estar conversas
Leonor Nascimento Presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu O Seminário “Vários Caminhos… uma Finalidade” é o resultado de 30 anos de trabalho da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu?
Representam 30 anos e é uma forma de assinalar esses 30 anos. Ao longo deste ano levámos a efeito um conjunto de atividades que não é normal na instituição, mas quisemos assinalar a data com um conjunto de atividades no exterior. Os temas que destacaram para o encontro refletem as vossas preocupações?
São os temas mais sensíveis e aqueles que têm mais atualidade. A sexualidade, porque ainda é um tema tabú pouco abordado, quer pelas pessoas portadoras de deficiência, quer pelos próprios profissionais, por isso, Foi importante trazer cá alguém que pudesse falar de forma desassombrada sobre o tema (, Jaime Antunes, médico assistente familiar); as acessibilidades porque se trata de uma parceria com a Câmara Municipal de Viseu e o mercado de trabalho, porque é também uma das nossas prioridades na qual temos tido excelentes resultados. Quizemos refletir e debater sobre outras formas de integração e sensibilizar a comunidade para que haja um despertar para estas questões. Quais são as suas perspetivas paras instituição?
Sabemos que nada está fácil no país. Fizemos uma candidatura que infelizmente não foi aprovada. Tratava-se de uma obra perspetivada para 2013 que permitiria alargar o centro de atividades ocupacionais para mais 18 utentes, em dois deles iriamos fazer
“Há áreas que necessitam de um olhar mais atento do Estado” uma experiência como residência autónoma já que temos pedidos das famílias nesse sentido. São pessoas que já começam a ter alguma idade e a sua preocupação é não ter a quem deixar e filhos. Portanto estávamos a entrar numa fase de tentar fazer residências autónomas para o permitir. Isso não foi possível, portanto, no próximo ano vamo-nos virar mais para o interior da instituição. Apelou ao Centro Distrital de Segurança Social de Viseu para rever o acordo de cooperação em matéria de transportes. Quer concretizar esse apelo?
As necessidades e os constrangimentos aumentam diariamente, os pedidos de atendimento e apoios crescem a níveis assustadores, as listas de espera engrossam substancialmente e há áreas que necessitam de um olhar mais atento por parte do Estado. Não posso deixar de salientar que o apoio que prestamos aos nossos utentes, através das respetivas respostas sociais, tem um carater supraconcelhio e de enormes custos para a associação. São apoios que respondem a necessidades de concelhos tão distantes como o de Penalva do castelo a Viseu, através da sede, ou o de Mortágua até Carregal do Sal, através do Pólo em Oliveira do Conde, com o recurso a sete viaturas e percorrendo 1500 quilómetros por dia, 7500 quilómetros por semana, 30 mil quilómetros por mês, que requerem um tratamento diferenciado e específico e representam custos que julgamos legítimo ver incluídos e contemplados no acordo de cooperação relativo a transportes. EA
APCV pede revisão do acordo de cooperação dos transportes Aniversário ∑ Associação encerra comemorações dos 30 anos com seminário A presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV), L e onor Na s c i m ento adiantou que os pedidos de atendimento e de apoio a utentes com paralisia cerebral “crescem a níveis assustadores” e, por isso, “há áreas que precisam de um olhar mais atento por parte do Estado”. Leonor Nascimento falava na abertura do seminário “Vários Caminhos... uma Finalidade” que decorreu nos dia 30 de novembro e 1 de dezembro, em Viseu e marcou o encerramento das comemorações dos 30 anos da APCV. A responsável assumiu que foram “30 anos a derrubar barreiras e preconceitos, 30 anos a sensibilizar e a combater a dis-
A Sexualidade no deficiente, mercado de trabalho e acessibilidades em análise
criminação com base na deficiência da pessoa”, ao prestarem uma resposta social indispensável ao distrito, mas é necessário melhor algumas áreas, nomeadamente a do apoio aos transportes.
Novos equipamentos. Também o presidente do Centro Distrital de Segurança Social de Viseu, Joaquim Seixas assumiu “que é fundamental promover uma cobertura eficaz e equilibrada de ser-
viços e equipamentos, criando condições de autonomia às pessoas com deficiência”. A SPCV viu chumbada a candidatura para a criação de uma residência autónoma em 2013, mas Joaquim Seixas anunciou a entrada em funcionamento de dois novos lares residenciais e algumas residências autónomas em nove concelhos do distrito. “Isso significa que o número de respostas mais do que duplica e a cobertura será mais equilibrada, pois vários destes equipamentos estão sedeados em concelhos do norte do distrito, uma zona onde a escassez de resposta nesta área é muita”, acrescentou. Emília Amaral
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32 SAÚDE & BEM-ESTAR
Farmácia de Tondela promove “Recolha de Mimo” A farmácia Tomás Ribeiro, em Tondela está a promover até 6 de janeiro a campanha de Natal “Recolha de Mimo”. A campanha, desenhada em conjunto com a empresa de comunicação criativa Brandline, convida as pessoas a entregar na farmácia um brinquedo, um li-
vro, um DVD ou uma peça de roupa usada, que depois serão oferecidos às crianças e jovens da Associação Recreio do Caramulo. Todos os aderentes à campanha terão um desconto de 15 por cento na compra de perfumes e coffrets (estojos de perfumaria).
07 | dezembro | 2012
Viseu regista sete novos casos de Sida este ano Dados ∑ Distrito está a meio da lista de doentes infetados na região Centro com 492 casos O distrito de Viseu registou este ano de 2012 sete casos novos de infeção VIH, sendo três deles da área de influência do Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões. De acordo com os dados revelados pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARC Centro), Viseu é o terceiro distrito com menos casos na lista dos seis distritos da região Centro, representando uma taxa de 5,72 por cem mil habitantes de novos casos declarados de infeção em 2011 na área de influência da ARS Centro. Os últimos dados de setembro deste ano revelam ainda que o distrito de Viseu tem 492 casos acumulados
A Dia Mundial de Luta Contra a Sida, 1 de dezembro (382 na área de influência da ARS Centro). No conjunto dos seis distritos, Aveiro é o que tem maior número absoluto de casos novos e também maior taxa de novos casos notificados em 2010. No fundo da tabela com menor número de doentes está o distrito da Guarda. Em toda
a região Centro foram registados 92 novos casos de infeção, entre janeiro e 30 de setembro, correspondendo 69 à área de influência da ARS Centro. Os dados foram revelados no Dia Mundial de Luta Contra a Sida, assinalado a 1 de dezembro.
A ARC Centro assume o programa de Prevenção e Controlo da Infeção VIH como “prioritário” e alerta a população para a importância da prevenção. “A adoção de comportamentos que permitam evitar a sua transmissão, o conhecimento precoce da situação de infeção através da realização do teste de rastreio e o tratamento adequado dos infetados são hoje, reconhecidamente a nível mundial, os principais meios de prevenção da transmissão do VIH e que poderão acabar com esta epidemia”, adianta a ARS Centro em comunicado. Emília Amaral
Tondela promove boas Dão Lafões passa de práticas para a inclusão três para um ACES A Câmara Municipal de Tondela assinalou o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro) com a iniciativa “Boas Práticas para a In-
clusão”. Ao longo da tarde da passada segunda-feira, o ginásio do pavilhão Municipal encheu-se de crianças e jovens para comemorar a efeméride.
Violência Doméstica A C a s a d o P ovo d e Abraveses promove esta sexta-feira, dia 7, a partir das 9h30, no auditório do Instituto Português da Juventude, o seminário “Olhares Sobre a Violência Doméstica”. O encontro integra-se nas
jornadas nacionais contra a violência doméstica e pretende reunir intervenientes ligados à problemática, de diversas áreas profissionais, por forma a promover o debate e a reflexão sobre o fenómeno.
Os três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) I, II e III que abrangem 14 dos 24 concelhos do distrito de Viseu, foram fundidos num só agrupamento, passando o diretor do ACES Dão Lafões I, Marques Neves a assumir a direção do novo organismo. A alteração surge na sequência despacho ministerial de 30 de novembro, publicado em “Diário da República” na passada segunda-feira. Esta reestruturação institui a partir de agora um novo organismo, o Agrupamento de Centro de saú-
de Dão Lafões que irá gerir os destinos de 16 centros de saúde e várias extensões de saúde num total de cerca de 300 mil utentes. José Armando Marques Neves foi designado para o cargo de diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Dão-Lafões, pelo período de três anos. EA
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CLASSIFICADOS 33
07 | dezembro | 2012
ANGARIADOR DE ASSINATURAS Faça parte da equipa do Jornal do Centro.
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34 CLASSIFICADOS
07 | dezembro | 2012
Rogério Peres Lopes, 45 anos, casado. Natural e residente em Caldas da Felgueira, Canas de Senhorim, Nelas. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Felgueira.
INSTITUCIONAIS
Maria Fernanda Rodrigues Reis Lopes, 60 anos, casada. Natural e residente em Carvalhal Redondo, Nelas. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Carvalhal Redondo. 1ª Publicação
Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009 Teresa Maria de Jesus, 99 anos, viúva. Natural e residente em Crasto de Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 1 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Campia.
1ª Publicação
Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Isabel Jesus Novo, 78 anos, casada. Natural de Sátão e residente em Samorim, Sátão. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão. António Gomes Martins, 86 anos, casado. Natural de São Miguel de Vila Boa, Sátão e residente em Abrunhosa, São Miguel de Vila Boa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Miguel. Albino Sousa Amaral, 94 anos, viúvo. Natural de São Pedro de France e residente em Anadia. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France.
(Jornal do Centro - N.º 560 de 07.12.2012)
Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503 Lucinda de Jesus, 97 anos, casada. Natural e residente em Lourosa da Comenda, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizouse no dia 28 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moçamedes. José Graciano de Almeida, 76 anos, viúvo. Natural de Vila Maior e residente em Sobrosa, Santa Cruz da Trapa. O funeral realizou-se no dia 29 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa.
1ª Publicação
José Rodrigues Pereira, 82 anos, casado. Natural e residente em Banda Vises, Fataunços, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Fataunços. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927
(Jornal do Centro - N.º 560 de 07.12.2012)
NECROLOGIA José António Paiva, 86 anos, casado. Natural e residente em Pereira, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Pereira. João Batista Carlos Mendes Costa, 49 anos, casado. Natural e residente em São Joaninho, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Joaninho. Claudina Duarte, 81 anos, solteira. Natural e residente em Picão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Picão.
Carlos João Quintela do Amaral, 78 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Laurinda da Cunha Rodrigues, 74 anos, casada. Natural e residente em São João de Lourosa. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local. António Caetano de Jesus, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Silvestre dos Santos, 88 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Rosa Gomes Pinto, 83 anos, viúva. Natural de Vinhô, Gouveia e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Vinhô.
João Augusto Marques, 94 anos, casado. Natural de Pereira, Pinheiro, Castro Daire e residente em Castro Daire. O funeral reali- Ângelo da Anunciação Coelho, 70 anos, casado. Natural e residenzou-se no dia 3 de dezembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério te em Povolide. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas de Castro Daire. 15.30 horas, para o cemitério local.
(Jornal do Centro - N.º 560 de 07.12.2012)
Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238
Maria Ermelinda de Almeida Ferreira, 65 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Orgens.
Celeste de Jesus, 89 anos, viúva. Natural e residente em Água Levada, Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Espinho.
Maria Júlia de Freitas Mota Ferreira, 90 anos, viúva. Natural de Matosinhos e residente em Oliveira de Cima, Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 6 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.
Ana de Jesus Ramos, 94 anos, viúva. Natural e residente em Moimenta de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moimenta de Maceira Dão.
Maria dos Santos Loureiro, 87 anos, viúva. Natural e residente em Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 6 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local.
Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652
Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
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DEscreva-nos para:
07 | dezembro | 2012
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
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HÁ UM ANO
CARTA DO LEITOR
Almoço de homenagem
EDIÇÃO 508 | 9 DE DEZEMBRO DE 2011 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
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Semanário 9 a 15 de Dezembro de 2011
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > ESPECIAL pág. 18 > ECONOMIA pág. 21 > SUPLEMENTO pág. 26 > DESPORTO pág. 30 > CULTURA pág. 36 > EM FOCO pág. 38 > SAÚDE pág. 40 > CLASSIFICADOS pág. 43 > CLUBE DO LEITOR
Ano 10 N.º 508
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
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Viseu e o fado
Nuno André Ferreira
∑ Do Hilário ao Sousa... | páginas 6 e 7
∑ “Viseu podia tratar melhor o fado“. (Sousa, guitarrista) Sabemos que por vezes por razões pessoais ou outras, nunca deixou a loja fechada, sendo um sinal de responsabilidade que a caracteriza, são estas atitudes e comportamentos que marcam a história das empresas tornando-as fortes de um capital humano, activo e benéfico. Assim neste contexto que-
ro agradecer à Dª Francelina, em nome pessoal , esposa e filhos tudo quanto de bom trouxe à empresa. Esperando desta forma que as funcionárias no activo, vejam aqui o exemplo a seguir, certamente não serão esquecidas. Finalmente, termino desejando-lhe muita saúde, felicidades para si e toda a família
assim como a todas as funcionárias e seus familiares. Aproveito nesta Quadra Natalícia, para desejar os presentes um Santo Feliz Natal e um próspero Ano Novo 2013. São estes os nossos votos sinceros, bem-haja. Valdemar Reis Gerente da 5 à SEC Viseu Publicidade
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Antes de mais, obrigado pela vossa presença, como sabem estamos aqui para confraternizamos este momento, que simboliza a despedida da D. Francelina Cardoso pela atribuição da sua reforma. Em tempo útil não foi possível realizar esta festa, mas como diz o ditado antigo, mais vale tarde do que nunca Como sabem a D. Francelina trabalhou na Empresa Lopes & Correia Lda, Belcor e 5 à SEC de Viseu cerca de 40 anos é quase inédito haver situações semelhantes, mas por isso damos graças a Deus pela saúde e força que Deus lhe deu, sendo um exemplo no que diz respeito à honestidade, assiduidade e profissionalismo.
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Discurso proferido por Valdemar Reis:
APOIO
∑ “É preciso que os governantes vejam que o turismo é um setor pujante”. (Pedro Machado)
∑ Viseu menos iluminada este Natal. ∑ Bispo de Viseu pede solidariedade aos padres. ∑ Alunos do IPV são dos mais empreendedores do país.
∑ Federação ganha Marta, ou Tondela perde autarca?
tempo
JORNAL DO CENTRO 07 | NOVEMBRO | 2012
Hoje, dia 7 de dezembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 7ºC. Amanhã, 8 de dezembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 4ºC. Domingo, 9 de dezembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 10 de dezembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 1ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
Sexta, 7
Sernancelhe ∑ Exporacing exposição de viaturas de competição (rallye, todo-o-terreno, velocidade), inaugurado às 18h00, no Expo Salão Multiusos. Adruzilo Lopes, antigo campeão nacional de rallye vai estar presente na inauguração do certame. Viseu ∑ Abertura das “Casinhas de Natal 2012”, às 18h00, no Rossio. A iniciativa repete-se no âmbito do programa “Viseu a Minha Terra Natal” da responsabilidade da autarquia viseense. Viseu ∑ Seminário sobre “Peixes Migrados, organizado pela ADDLAP - Associação de Desenvolvimento de Dão lafões e Alto Paiva, às 9h30, no Auditório da Escola Superior Agrária de Viseu.
O Jornal do Centro oferece:
∑Bilhetes para o FINTA, de 5
a 9 de dezembro, em Tondela. Ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados.
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Federação reúne associações no IPJ
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Felizardos Dos Popós Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Viseu∑ Debate de políticas locais de juventude é um dos temas Dois anos depois de ter sido constituída, a Federação das Associações Juvenis do Distrito de Viseu (FAJDV) reúne-se este fim-de-semana pela primeira vez, para debater, por um lado, a mudança de legislação relativa às associações juvenis e, por outro lado, as políticas locais de juventude. O 1º Encontro Distrital de Associações Juvenis de Viseu decorre este sábado e domingo, no auditório do Instituto Português da Juventude, em Viseu. Representantes de 86 associações do distrito inscritas no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ) vão participar nos trabalhos ao longo dos dois dias. O presidente da FAJUVIS, Júlio Pacheco, adianta que o encontro faz parte do plano de atividades
Arquivo
∑agenda
Olho de Gato
A Distrito tem 86 associações inscritas no RNAJ traçado para a Federação, mas também “faz todo o sentido acontecer” numa altura de crise em que “as associações têm um papel fundamental na resolução de problemas que o Estado não consegue resolver”. Júlio Pacheco acrescenta que Viseu “apesar de ser um distrito forte em associativismo, nunca tinha feito esta tentativa de se unir através da Federação” e por isso é igualmente um momento “histórico” para o associativismo distrital.
O sábado vai ser um dia dedicado ao trabalho prático, com um workshop e plenários, a partir das 10h00. Já o domingo está reservado para o debate de políticas locais de juventude. “Políticas Autárquicas para a Juventude” foi o tema escolhido para o plenário, marcado para as 10h30, onde estarão representantes das Câmaras de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão. Emília Amaral
O título deste Olho de Gato inspira-se na querela recente num tribunal tripeiro onde esteve em causa se um “FDP” junto ao nome de Rui Rio queria dizer aquilo que é comum pensar-se querer dizer, ou queria dizer “Fanático Dos Popós”, conforme jurava o réu. O assunto Felizardos Dos Popós, com carrinhos, combustível, portagens, seguro, tudo pago pelos nossos impostos, é pouco falado na nossa esfera pública. Sempre que alguém o levanta, leva o carimbo de “populista” e “anti-democrata”. Por isso, só se fala dos Felizardos Dos Popós nos comentários dos jornais, da blogosfera e das redes sociais. É a segunda vez que o trato aqui. Da primeira defendi que os carros do estado deviam estar todos identificados como tal. Dos ba stidores da s ú lti m a s negociações orçamentais entre os partidos da maioria, soubese que o CDS queria moralizar o uso dos carros oficiais mas o PSD recusou. O à-vontade com que a casta superior gasta os nossos impostos escapa à compreensão de um sueco, um holandês ou um alemão. Cá ninguém estranha. Quando Freitas do Amaral abandonou o governo Sócrates mandou publicar um louvor à “absoluta discrição” do motorista “encarregado do apoio automóvel” à sua “família directa”. O blogue Corta-Fitas acha que este Felizardo dos Popós estava a gozar quando escarrapachou no diário da república que se sentiu “sempre muito tranquilo” por saber que os membros da sua “família mais próxima” estavam nas mãos do “pontual” motorista quando “precisavam dos seus serviços, de que sempre muito gostaram.” Involuntário mas, de facto, um gozo na nossa cara de pagadores de impostos. Quando o topo usa assim os bens públicos, o exemplo replica-se pela máquina estatal abaixo. Ninguém se admire dos pilaretes com controle remoto que o dr. Ruas e o dr. Américo plantaram no Rossio para seu estacionamento privativo. Publicidade