Jornal do Centro - Ed564

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 04 a 10 de janeiro de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 10 > À CONVERSA pág. 14 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO

Ano 11 N.º 564

pág. 17 > ECONOMIA pág. 19 > DESPORTO pág. 21 > EM FOCO

1,00 Euro

pág. 22 > CULTURA

SEMANÁRIO DA

pág. 24 > SAÚDE Publicidade

pág. 25 > CLASSIFICADOS

| Telefone: 232 437 461

Paulo Neto

REGIÃO DE VISEU

pág. 27 > CLUBE DO LEITOR

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Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

Novo acordo ortográfico

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Deputados fazem o balanço de 2012 e perspetivam 2013 | páginas 10 e 11


2

Jornal do Centro 04 | janeiro | 2013

praçapública r

palavras

deles Opinião

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nosso Distrito tem condições únicas para vencer esta crise. A aposta deve ser feita em conhecimento e serviços: valorizar o que a natureza nos concedeu, a nossa gente, a nossa cultura e os nossos produtos”

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Alguém quer racioAs consequências do plano de ajusta- nalizar custos, mas mento estão bem visí- isto não é racionaliveis na retracção do zar. É um disparate” poder de compra, na (acerca da redução das repartidiminuição dos rendi- ções de Finanças) mentos das famílias e no aumento do desemprego”

José Junqueiro

Hélder Amaral

João Carlos Figueiredo

Deputado do PS, em entrevista ao Jornal do Centro

Deputado do CDS/PP, em entrevista ao Jornal do Centro

Deputado do PSD, em entrevista ao Jornal do Centro

José Mário Cardoso Presidente da câmara de Sernancelhe, em declarações ao Jornal do Centro

O faisão desenganado

Umempreendedorfaisãocomprouumpacotedesementesdetrigoeresolveusemeá-las.Desafiou toda a vizinhança para lhe dar ajuda. No entanto, a vaca recusou porque prefere verdes a grão; a cabra não aceitou porque ganhava o sustentonacama;oporconegou-sepornãoterambiçãoparaalémdechafurdar;opapagaiotinhadeir devezemquandoaoparlamentoeninguémajudou. O faisão, foito, prometeu semear, ainda que sozinho, todo o grão comprado, e fê-lo. Ao fim de algum tempo o grão apareceu maduro e pronto a ser colhido e, de novo, o faisão questionouosvizinhos,quejogavamamalhano adrodaaldeiaenquantodespejavamumascervejas, sobre a sua disposição para apanhar o cereal. Logo o marreco assegurou que não precisava pois que recebia o rendimento mínimo. O porco pediu para ser pago sem recibo. O bode assegurou que as suas cabras o mantinham a ele e aos vícios. O perúdesculpou-se porreceiodeperder o fundo de desemprego e o faisão meteu mãos à obra,colhendootrigo.Deseguidamalhou-o,ensacou-o e guardou-o na tulha. Dias depois disse que ia fazer pão e pediu ajuda. O corvo disse que com a venda da droga já ganhava para ele e para

Opinião

Os partidos da maioria perderam a voz em Viseu, mas é necessário convencer o governo que sem investimento não há retoma, que com apenas austeridade só teremos recessão”

a família; o burro assegurou que apesar de ser quem é nem ele precisa de trabalhar, pois vive daCaritas;apegatinhaumdiscursoparafazer;o rouxinolidadarumconcerto;aovelhadesculpousecomocalorquetinhacomocasacoquetrazia; todososoutrosiamaofutebolenãohouvequem se dispusesse a participar na faina do pão. Era meia tarde quando a brisa começou a espalhar o aroma irresistível dos oito pães frescos pelas redondezas da casa do faisão e não tardou aquetodaavizinhançaaliseabeirassecomsorrisosepalavrasafáveis,pondo-seajeitoparaaceitar aboavontadedofaisãonadistribuiçãodoproduto do seu trabalho. Mas ele não estava pelos ajustes e disse: - Dei a todos a possibilidade de contribuírem para o que agora está a sair do forno e ninguém ajudou. Todo o esforço foi meu, todo o proveito será meu. E,foiaquiqueacoisasecomplicou.Logoopapagaio, de punho no ar, chamou fascista ao faisão, iniciando um coro de protestos entre todos os outros com epítetos que iam de sanguessuga aimperialista,passandopelosempreconveniente explorador, opressor, palhaço, burguês, ladrão

e promovendo iniciativas através das omnipresentes «morte aofaisão», «p´rácadeia,já», «justiçapopular»,«campopequenocomele»,etc.Gritaram-se os Direitos: Paz, Pão, Saúde, Educação, Igualdade e outros. Veio,porpartedoGoverno,uminspectordas Finanças que lhe levou quatro pães e meio a título de irs, mais um por via das mais-valias e outro pelo irc. Foi notificado para pagar uma coima por falta de licença industrial e avisaram-no de que iria pagar um tal de “por conta”. A Cáritas pediu uma participação para distribuir pelos carenciados. O Banco Alimentar candidatou-se aumaajudaeaSegurançaSocialalegouosidosos que tinha nas IPSS, sem ninguém que lhes ligar, para pedir pão. Efoiassimqueofaisãoficou“depenado”ecom dívidas. Ainda lhe disseram, a título de explicação, que tinha de cobrir os desfalques feitos nos bancos, as negociatas das parcerias público-privadas, os imensos quilómetros inúteis de autoestradas, os estádios de futebol abandonados e as dívidas dos clubes, o RSI a quem nada quer fazer nem é obrigado a tal e que de nada lhe valeria queixar-se.

E agora são todos iguais. Andam todos igualmente cheios de fome. Ninguém tem de pagar impostos por não haver porquê. Vai deixar de haver a quem chamar explorador e todo esse riquíssimo léxico aprendido nas fitas dos noticiários. Os professores vão continuar a falar do tempo da exploração do Homem, do imperialismo, da opressão da classe operária, em que havia quem fizesse pão sem o distribuir. Os políticos a explicaro inexplicável. Osprocessos nos tribunais a prescrever. Os roubos a aumentar. Os suicídios a multiplicarem-se. As estradas a degradarem-se. A educação académica a diminuir (a outra desapareceu há décadas!). A prostituição a proliferar. As empresas a falir. Os restaurantes a fechar. Enfim, estamos onde no cume de uma coisa aonde esta “procissão” nos colocou. Continuamos a culpar gatos e sapatos sem qualquer tipo de autocrítica. Bem merecemos o que conseguimos. E este irá ser um desígnio de somas que nos permitem almejar a mais um BOM ANO NOVO.

recebe, o que retirou todo valor humano ao acto. Através das Juntas de Freguesia, em colaboração comarededeIPSS’Separóquias,nãoseriapossível fazer o mesmo com mais recato e eficiência? Ao transformar uma benemérita acção de solidariedade num espectáculo de comunicação, o executivo esqueceu as suas raízes sociais-democratas, baseadas na doutrina social da igreja e no personalismo–queodeputadoAlvesadoracitar, semdarexemplospráticos-.Estesconceitosestão relacionadoscomadefiniçãodepessoaerespeito peladignidadehumana.Oserhumanoterádeser entendidocomopessoaenãocommerocidadão, esteactodiminuiuarepresentaçãosocialdosmais vulneráveisemplenaeradaimagemcomovalor absoluto. Fazer da miséria alheia espectáculo públicoapenasrevelaavaidade,assentenumegoinsuflado em pés de barro, e a falta de sensibilidade social de quem idealiza e/ou participa nestes actos.Jádizoditado“Nãosaibaatuamãoesquerda oqueatuamãodireitafaz”. 2. Recordar 2012: No ano que findou nem tudo foi mau. Pela música, tivemos direito à explosiva

mistura entre rock e blues de Jack White. Pelos livros, o Brasil de Dalton Trevisan (o eterno anónimo),viaprémioCamões,voltouàsestantesdas nossas livrarias. Por Viseu, se ficámos mal classificados no Índice de Cidades Inteligentes, fomos nomeadosaMelhorCidadeparaViver. 3. Viver 2013: Este ano avizinha-se como mais um período de dificuldades, afinal de contas, ou mudamos de vida ou a Troika está para ficar. Na santa terrinha surge a oportunidade de mudar a políticadobetão–Atireaprimeirapedraoautarca quenuncadisse:“Aminharotundaémaiorquea tua.”- para a política das pessoas, do serviço público; do respeito pelas instituições públicas; da cultura; do investimento reprodutivo; da industrialização; da meritocracia, sem nunca esquecer aslutasantigaspelaAE:Coimbra–Viseu;ligação ferroviária; Ensino Superior de qualidade. Fica a pergunta: Quem irá apresentar um programa enxutoeexequível?

Pedro Calheiros

Caridade, 2012 e 2013

1. Politização da Caridade: Enterrado no velho sofá de família, observo a hipocrisia que uma vez porano,semprenosfinsdeDezembro,dáàcosta. Esteestadosinistro,aqueunschamamespíritonatalício e outros solidariedade, envolve a alma dos nossos políticos de tal modo que estes atropelam asmaiselementaresregrasdecivilidadeparaexercerem a sua quota-parte de caridade. Caro leitor, não me tome por um pessimista ensimesmado, mas,emabonodaverdade,eunãoesperavamais dos nossos representantes ou dos nossos pares, a minha teoria geral sobre a natureza humana é bastante simples, deriva de Hobbes: o Homem é mau por natureza apenas refreia os seus ímpetos devido ao dedo inquisitório da sociedade. Mas, como eu dizia, pelo menos uma vez por ano todos nos lembramos que somos anjos “vestidos” de Homens e, para não decepcionarmos os nossoscamaradas,temosumactosolidárioparacom osdesvalidos.Esperamosnós,queestemomento decompaixãonoslibertedosentimentodeculpa judaico-cristãoquenoscorróiemresultadodetermospassadomaisumanosempraticarqualquer

actobondoso,oudignodefigurarnumfuturoobituário, em relação a terceiros. Até aqui está tudo bem, cada cidadão é livre de viver na sua avareza ou mergulhar no espírito missionário da forma quebementender.Oquemelevaareflectirsobre este tema é bem mais grave, é a politização da caridadeeodesprezopeladignidadehumanaaque passivamenteassistimos.Vamosafactos:AC.M.V decidiu entregar 500 cabazes de Natal a famílias necessitadas; a entrega decorreu no pavilhão “multiusos”;algunsdoscarenciadosforamtransportadosatéaolocalpelos“presidentes”(assumo sejamoslíderesdeJuntasdeFreguesia)egentede “bem”;nopavilhãotemososcarenciadosperante FernandoRuaserestantesentidades,algumacomunicaçãosocialefoto-jornalistas;faz-seodiscurso circunstancial; batem-se palmas; entregam-se os cabazes; tiram-se fotos; todos aparentemente felizes;fim-de-festa.Todaestaacçãoteriaumalto valormoralcasofosseconcretizadacomadevida reserva.Domodocomoocorreu,nãomaisfezdo queestabelecerumarelaçãopaternalistaehumilhanteentrequemdá,napessoadeRuas,equem

Miguel Fernandes, Politólogo, atribunadeviseu@gmail.com


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

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números

estrelas

51

É o número de acidentes que se registaram durante a Operação “Ano Novo”, levada a cabo pela GNR de Viseu, de 28 de dezembro a 1 de janeiro.

Hélder Abraços Chefe de divisão da cultura da Câmara de Tondela

Enquanto historiador e co-responsável pelo Museu Terras de Besteiros, a sua investigação tem contribuído para incentivar os trabalhos de olaria em barro negro.

Importa-se de responder?

Com o possível encerramento de 50% das repartições de finanças em Portugal e, no caso concreto do distrito de Viseu com o possível fecho de 17 em 24, Vítor Gaspar desfere mais um sério golpe nos serviços prestados aos utentes.

O dia de reis é mais um dia de comemorações cristãs. Cantam-se as janeiras entre outras coisas que fazem parte da tradição. Valoriza o significado de dar sem estar à espera de receber, no meu ponto de vista é o que torna este dia especial.

Rui Pedro Frias

Cátia Pereira

Sociólogo

Estudante

É um dia que apesar de ser considerado importante, se torna um dia completamente normal uma vez que aqui em Portugal todo o significado do dia de Reis é comemorado no dia de Natal. Não tem muito significado para mim, a não ser porque é o dia em que desfaço a árvore de Natal!

Filipa Santos

João Cotta

Para mim é um dia para relembrar o passado. Hoje em dia já não se dá tanta importância, mas eu tento sempre ter o bolo rei e a romã, como forma de comemorar.

Lurdes Cruz Assistente operacional

Dietista

Presidente da AIRV

A luta contra as portagens nas ex-SCUT’s continua na ordem do dia e prevêm-se novas ações, nomeadamente debates públicos para aferir das consequências nefastas destas medidas na zona centro.

O que significa para si o Dia de Reis O dia de reis, para mim, simboliza a visita dos três Reis Magos a Jesus Cristo. Particularmente gosto do bolo-rei e se fosse espanhol seria mais especial porque iria abrir as prendas nesse dia!

Opinião

Francisco Almeida Porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, A24 e A25

Vítor Gaspar Ministro das Finanças

Fuga de Portugueses e capitais Acredito na seriedade intelectual do Primeiro-ministro e do Ministro das Finanças. Mas não acredito no rumo que estão a dar ao País, para o empobrecimento sem retorno. O Governo deita a mão a todo o tipo de rendimento. Com as políticas fiscais devoradoras, Portugal tornou-se um País hostil para os rendimentos do trabalho e para os rendimentos do capital. Os primeiros geram consumo e permitem o crescimento da economia. Os segundos geram investimento produtivo, indispensável para o crescimento da economia. Mais de metade do rendimento do trabalho dos Portugueses é retida pelos impostos diretos e indiretos.

O rendimento disponível sustenta o mercado interno, fundamental para mais de 95% das empresas Portuguesas. A redução brutal do rendimento disponível vai ser esmagador para as empresas e para o emprego. Quem cria emprego é o mercado! Sem emprego e com o assalto fiscal teremos a fuga dos Portugueses, sobretudo dos mais qualificados para as economias mais atrativas. Também para os rendimentos do capital Portugal é um País pouco atrativo. O imposto sobre os rendimentos de capital vai voltar a aumentar, para 28%. A taxa liberatória, que incide sobre rendimentos de mais-valias, dividendos, juros de depósitos a prazo

e outras aplicações, vai voltar a ser agravada, depois de ter subido no mês de outubro para 26,5%. Recorde-se que esta taxa tinha já aumentado no início do ano, de 21,5% para 25%. Este será assim o terceiro aumento no espaço de um ano, num total de 6,5%. Isto desencadeia a fuga legal dos capitais para outros Países europeus, mais inteligentes fiscalmente. Sem os capitais não temos investimento. O investimento em 2012 reduziu quase 18%. O investimento é a base da riqueza futura. A dívida pública paga-se com impostos racionais. Os impostos são gerados pela economia em crescimento. Logo uma economia em recessão con-

tínua não pode pagar as suas dívidas. Existe outro caminho! Tem de existir outro caminho! Não há salvação sem crescimento económico. Sem consumo, sem mão-de-obra qualificada, sem capital, sem investimento, sem atratividade fiscal, não há crescimento económico. Portugal é um País cumpridor e como tal merecemos um prazo mais alargado e juros mais baixos para pagar a nossa dívida. O ano de 2013 vai pôr à prova a resiliência dos Portugueses. Acabei de ouvir, finalmente, uma intervenção clara do Sr. Presidente da República sobre o Orçamento de 2013. Os Portugueses precisam dele e 2013 vai exigir muito dele.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Impressão

Jornal do Centro 04 | janeiro | 2013

“Este não foi o Natal que merecíamos”, 1. Algumas das fragilidades dos media expuseram-se na publicação pelo Expresso da entrevista dada por um falso coordenador da ONU. Nicolau Santos, um dos “grandes” jornalistas da actualidade foi vítima da “compressão” a que se está sujeito num universo onde a notícia chega a velocidades vertiginosas e em grandes quantidades, acrescido de credenciais cosméticas do “burlão”, por diversos organismos já ineficazmente triadas. Se o sistema é frágil há que o robustecer. Não há é que crucificar um profissional de méritos mais que reconhecidos e um semanário que há 40 anos é a grande referência da imprensa portuguesa. Evidentemente que existem dentes afiados prontos a morder, por todo o lado. Alguns políticos, de caninos acerados, vieram logo ferrar na jugular. É óbvio que, de repente, se acharam

iguais a quem tanto os tem desmistificado e criticado. Erro alarve e grave que não se vislumbra do solo onde rastejam a sua incompetente e subserviente boçalidade. 2. É hoje hábito enraizado dar aos meios de comunicação social, em travessas de fina porcelana, “iguarias bem empratadas”… Corporativismos, classes, ordens, colectivos e singulares acham que é mais fácil passar a informação e deixar nas mãos dos outros a denúncia para resolver problemas, reais ou inventados, por vezes apenas mesquinhos ajustes de contas, entre um denunciante e um denunciado. Há quem viva disso e a isso se preste, numa sociedade onde a capacidade interventiva do cidadão se cinge, muitas vezes, ao passar da bola a quem por ele saiba rematar. Esta matéria daria azo a muita investida na psicologia e

sociologia… e até a análises sobre o 1º, 2º, 3º e 4º poderes. Mas permitiria perceber, também, os comportamentos sociais e institucionais. O cidadão temeroso das represálias; uma justiça desacreditada; uma impunidade reinante. Porém, se os meios de comunicação social se devem sentir lisonjeados por tanta “fé”, devem também reflectir que o excesso de fé se pode tornar ópio puro… 3. Não conheço o empresário Joaquim Coimbra. Nunca o vi. Nunca falei com ele até hoje. Tem vindo a lume o seu nome como beneficiário e envolvido na polémica do BPN. Nesta coluna, sem equívocos, se tem escrito sobre esta matéria e sobre quão escandalosa e mal conduzida ela foi por dois sucessivos governos, deixando os portugueses a pagar uma dívida brutal resultante de quantos sôfregos

GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

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Opinião

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David Santiago

Bipolaridade conveniente Desde há muito percebemos que Passos Coelho optou por seguir o caminho do bom e disciplinado seguidor das instruções germânicas. A esse respeito, ingenuamente, ou talvez não, no programa Quadratura do Círculo, Lobo Xavier questionava António Costa sobre se preferiria “aliar-se com os mais fortes ou com

os mais fracos”. Independentemente da resposta de António Costa, que considera que nos deveríamos aliar aos que têm os mesmos interesses de Portugal, Passos deparar-se-à, agora, com a indefinição sobre qual o discurso a adoptar. As recentes declarações da Chanceler alemã, Angela Merkel, e do seu

ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, tornam a tarefa seguidista de Passos Coelho ainda mais espinhosa. Apesar de não ser inédito o nosso primeiro-ministro dar o dito por não dito, tal a frequência com que o vem fazendo, dificilmente não o fará de novo, tendo em conta as diferentes opiniões manifestadas, nos

refas, na medida em que elas nos aparecem como “obrigações”, algo como “este é o ano em que teremos de cumprir (…)”. Há uma ânsia-padrão nas resoluções de ano novo – especialmente de quem as leva a sério e as aponta num papel ou as diz em voz alta, na presença de testemunhas. Essa ânsia é a busca incessante da ordem no caos, do cumprimento face ao sentimento de “falha” e, naturalmente, da perfeição no cum-

primento dos nossos papéis sociais – familiares, profissionais... Esta parafernália de obrigações a que nos vinculámos por convenções e exigências sociais, muitas vezes sob o epíteto de “brio pessoal”, perde-se, frequentemente, nas boas intenções iniciais – sabemo-lo bem. Obrigação não é uma palavra que combine com prazer, logo procrastinaremos ad æternum o momento de execução de tal obrigação.

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Opinião

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

Prioridades Li, recentemente, um artigo que comentava que as resoluções de ano novo eram um projecto falhado logo de início, pois foram feitas na natural base de procrastinação de tarefas a executar. Ao enumerar uma série de coisas que pretendemos fazer no novo ano, estamos a destinar-nos tarefas e um prazo para as mesmas. Assim, procrastinar torna-se rapidamente o verbo-mãe dessa lista de ta-

Carta de um Social Natal Na semana antes do Natal todos os trabalhadores independentes foram presenteados com uma carta da Segurança Social, o assunto, a fixação anual da redução da base de incidência e taxa contributiva. Este tipo de correspondência só por si já nada augura de simpático, mas o conteúdo verificar-se-ia em muitos casos extremamente desagradável;

o valor da taxa contributiva é desanimador, mas mais ainda é o facto de essa taxa ser aplicada directamente a um valor de rendimento correspondente ao IAS (referência ao salário mínimo nacional) mesmo que o rendimento relevante do último ano seja muito inferior. Verificam-se assim muitos casos em que aquilo que foi auferido em reci-

bo verde não chega para pagar um ano de contribuições. Felizmente a carta assegura que se essa situação se verificar (situação que se encontra explicita), nos casos de início ou reinício de actividade e do rendimento relevante ser igual ou inferior a 12 vezes o valor do IAS, se pode pedir dentro de um determinado prazo que seja considerado


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Pedro dixit… se cevaram àquela ancha manjedoira. E se pensarmos que o burlão-mor está comodamente instalado em prisão domiciliária, no pleno usufruto das mordomias que o dinheiro alheio lhe permitiu adquirir, estamos mais que falados. Porém, incluir Joaquim Coimbra neste rol será uma precipitação toldada pela incompletude factual. O BPN estava na praça a funcionar, com uma licença emitida pela entidade supervisora que é o Banco de Portugal. Joaquim Coimbra era accionista do BPN, assim como de outros Bancos e empresas. Joaquim Coimbra tem uma acção em tribunal contra o BPN/SLN no valor de 44.000.000 euros. Porquê? Porque assinou com o BPN/SLN um contrato de compra e recompra de acções do BPN. Está contratualmente previsto que o BPN/SLN lhe deveria ter pago estas acções com aquele valor em 2007, 2008 e 2009. Isto não aconteceu. Portanto, em termos líquidos, é cre-

dor do BPN/SLN. Além deste valor perdeu ainda muito mais dinheiro como accionista do BPN, em acções sem contrato de recompra e que não poderá recuperar. Por isso, referir que deve 11 milhões sem acrescentar que o BPN lhe deve muito mais que os tais 44 milhões, não acrescenta os plurais contornos dos factos. 4. Vou a Tondela como peregrino cultural. Passo pelo Museu Terras de Besteiros e delicio-me com a exposição “Toupeiradas”, em barro negro de Molelos, com peças carregadas de simbolismo interventivo saídas das mãos de dois mestres oleiros: Carlos Lima e Xana Monteiro. Se pensarmos neste neologismo construído a partir da toupeira e o associarmos aos infiltrados e aos corruptos, temos ali motivo para muita conversa. E se numa tarde de sábado, chuvosa e desconfortável, de uma cajadada acertar em dois coelhos? Pois assim foi. Sair do antigo paço dos Santanas

e rumar ao auditório 2 da ACERT onde temos sempre a certeza de haver espectáculo. “O sabor do leite-creme” deu o mote. Película realizada por Rossana Torres e Hiroatsu Suzuki, rodada no Mosteiro de Fráguas. Um filme de um passado recente sobre o futuro. O futuro de todos nós: a velhice, a solidão, a decrepitude e o vazio. E também de um terno afecto entre duas irmãs nonogenárias. Cassilda e Fernanda Cardoso de Figueiredo, mestras uma vida inteira, a ensinar as crianças do lugar onde chegaram a brincar cento e tal meninos no recreio e hoje… 5. A realidade dos sem-abrigo em Viseu, pelo Jornal do Centro noticiada, deixou muito leitor perturbado e alertado para aquilo que julgava só existir algures e no cinema. Esperamos que a constatação deste facto nos mova, a todos, autarquia incluída, a sermos menos míopes e mais solidários com quem precisa e com quem ajuda

quem precisa, esses valorosos voluntários anónimos que, sem ribaltas nem enaltecimentos, dão de si o tempo, a boa vontade, o amor e o trabalho. Sem votos de retorno. Abençoados! 6. Anda toda a gente com o “credo” na boca quando se invoca o 2013 recém-chegado. Mas será possível vir um Ano pior que o finado? E como lhe resistiremos? Deixo uma animosa sugestão: lendo estes “desabafos” do Pedro no facebook…

últimos dias, pelos dois principais responsáveis alemães. Se por um lado Merkel julga que “a conjuntura económica não será mais fácil, mas mais difícil no próximo ano(2013)”, já o seu ministro das finanças defende que “o pior já ficou para trás”. Qual destas posições consideraria Lobo Xavier como a “mais forte”? E o mimetismo de Passos ir-

se-á assemelhar a qual dos discursos? Se no verão, talvez inebriado pela clima da festa do Pontal, Passos afirmou solenemente que 2013 seria o ano da “inversão” e da “recuperação” económica, ao invés, no último debate quinzenal de 2012 atestou que 2013 será um “ano de grandes dificuldades”. Porventura precavendo nova declaração a destempo, na recente mensa-

gem natalícia, o nosso primeiro-ministro (não o Pedro), optou pela vaga e inócua constatação de que “em 2013 continuaremos a preparar o nosso futuro”. Para facilitar a vida do nosso primeiro-ministro e em simultâneo favorecer a uma melhor percepção dos portugueses, proponho, modestamente, que o líder do governo luso assuma o discurso

mais pessimista de Merkel, permitindo que o Pedro possa assumir o discurso de Schäuble e o do líder do PSD no Pontal, ou vice-versa. Esta bipolaridade, por mais paradoxal que possa parecer, poderia servir para aumentar a credibilidade e confiança que os portugueses detêm no primeiro-ministro e no próprio Pedro.

Em vez de incluir uma nova tarefa na sua lista de resoluções de ano novo - “este ano deixarei de procrastinar e cumprirei todas as minhas decisões”, esqueça as resoluções de ano novo. Era esta, afinal de contas, a mensagem principal do artigo que me levou a discorrer sobre este momento solene das nossas vidas calendarizadas. Mas, para que ficasse claro que a intenção do artigo não era a rebelião contra o estabelecimento de deveres e tomada de decisão, era então

proposta uma alternativa às resoluções de ano novo: uma lista de prioridades. E fazer uma lista de prioridades significa, somente, responder a estas questões: O que é mais importante para mim – e o que vai ser mais importante para mim este ano? Se fizer este pequeno exercício mental, verá que as respostas diferirão bastante da sua lista inicial de resoluções de ano novo. Não é uma coisa muito surpreendente – depois de pensarmos nela, bem ao estilo do

ovo de Colombo – mas tal destrinça pode ser uma mais-valia para que a organização não se torne em prisão. Duvido que na sua lista de prioridades constem um inventário da sua biblioteca pessoal ou a arrumação do guarda-fatos por cores e tamanho: coisas que, facilmente, seriam postas na sua lista de resoluções. A sua lista de prioridades mostrar-lhe-á o que valoriza – assistir às peças de teatro do filho? Passear mais vezes com o cão? Desenhar? Passar tempo com a avó? – e

não a infinidade de coisas que arranja para fazer à sua volta. Verá que não procrastinará as suas prioridades – elas são as suas necessidades, e não obrigações. Desligar do circuito do “dever” pode parecer o que, corriqueiramente, se apelida de anárquico, mas pode muito bem ser, na realidade, a resposta natural para esse grande problema social da procrastinação. Em 2013, seja bem-vinda/o de volta à sua própria vida.

como base de incidência contributiva o duodécimo do respectivo rendimento, com o limite mínimo de 50% do valor do IAS. Ou seja, poderá haver uma redução para metade na contribuição apresentando uma reclamação na Segurança Social acompanhada do IRS (para comprovar o valor do rendimento relevante que por sua vez já constava na carta e já se sabia de antemão preen-

cher os requisitos da redução…). Então se a Segurança Social estava já na posse de todas as informações para considerar um determinado contribuinte candidato a uma redução, porque tem o contribuinte de passar pela situação caricata de receber uma carta, para que da sua leitura entenda que pode reclamar, dirigindo-se a um balcão da Segurança Social e fornecendo documentos que pro-

vam uma situação que era já conhecida à partida (?). Assim de repente, parece serviço público de muito má qualidade, não respeitando o contribuinte, não agilizando processos burocráticos e fazendo uma gestão irresponsável dos recursos. Afinal toda esta situação tem custos adicionados, mas maior foi o custo dos funcionários e contribuintes reclamantes que durante a semana seguinte se

organizaram em fila para procederem à resolução da sua situação contributiva. É definitivamente nestes pequenos grandes pormenores que se continua a falhar, desperdiçamos recursos para fazer algo que podia nem ser necessário de todo, fazendo com que a simplicidade e objectividade estejam ainda longe de ser os pontos fortes da nossa logística burocrática nos serviços públicos.

“Amigos, Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente. (…) A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes. Um abraço, Pedro”

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura Distrito de Viseu perde 17 serviços de Finanças… serão reduzidas para metade em todo o território nacional. Quando hoje entramos nas finanças de Viseu, tiramos senha e perdemos uma manhã ou uma tarde para pagarmos um imposto, uma coima ou até, para sermos informados de um qualquer direito ou dever, percebemos que a falta de recursos humanos agravada com esta medida vai

revelar-se um pesadelo para o cidadão-pagadorde-impostos. Mas há mais contornos na questão. Ao serem fechados dezassete das vinte e quatro repartições existentes no distrito, quer dizer que haverá dezassete concelhos que perderão esse serviço. Não sabemos hoje qual o critério de seleção, congeminamos apenas o dis-

funcionamento e os custos acrescidos que tal medida trará para todos nós, nomeadamente para os mais idosos que cada vez mais serão confinados a uma política de terra queimada em seu redor, que lhes fechou as escolas onde os netos andavam, lhes tirou as juntas de freguesia que os aconselhavam, lhes manda os filhos emigrar por mín-

gua ancestral de “pão” e lhes deixa, porque não dá despesa – até ver – o cemitério centenar para os enterrar. Em nome da racionalização perde-se a cabeça. Os aeroportos estão à venda, o caminho-de-ferro obsoleto canta sua onomatopeia estrídula “pouca-terra, pouca-terra”, as scut’s a preços proibitivos riscam o deserto, e eis que

a diáspora, a eterna diáspora lusitana se presentifica e nos manda todos para o mar. Quanto aos que não souberem nadar, sempre podem apresentar queixa ao Instituto de Socorros a Náufragos se entretanto não for “racionalizado”, que o mesmo é dizer, extinto ou encerrado. Paulo Neto

DR

Paulo Neto

Incansável, este governo, no encerramento de serviços, brindar-nos-á neste 2013 com mais um corte que irá afetar profundamente o utente. A Comissão Europeia manda. O governo executa. E deste modo, de acordo com o relatório sobre a sexta revisão do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), as repartições de finanças

A José Mário Cardoso, presidente da Câmara de Sernancelhe

A José Morgado, presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva

“Isto é um desconhecimento total “O serviço de proximidade da realidade do país e do interior” vai esgotar-se” S e e st a med id a for avante, José Mário Cardoso (PSD), presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, af irma que “será uma tragédia”. Para o autarca a s repa r t ições de f inanças não podem ser vistas como um serviço qualquer, “não são as empresas, os comerciantes que precisam dia ria mente das f inanças, isto não é um ser viço como os correios. Há muita gente que precisa de recor-

rer com regularidade às repartições e é acima de tudo um serviço social, um serviço de proximidade e que tem re sp on s a bi l id a des”. José Mário Cardoso lembra que “são os idosos que mais sofrem com este disparate, não podem deslocar-se com a mesma facilidade”. A medida apresentada em memorando da Troika e imposta pelo governo é na opinião do edil de Sernancelhe

“um descon hecimento total da realidade do país e do interior”. Em Sernancelhe são cerca de quatro os trabalhadores nas repart içõ e s de f i n a nç a s e para o autarca “não é isso que custa dinheiro aos erários públicos e se for preciso a Câmara até pode ajudar nos custos e despesas”. Sublinhando ainda que “alguém quer racionalizar custos, mas isto não é raciona li za r. É um disparate”.

“Querem acabar com todos os serviços públicos e, como sempre, os concelhos do interior são os que mais irão sofrer”, disse José Morgado (PS), presidente da Câ ma ra de Vila Nova de Paiva. Há cerca de um mês, o autarca esteve reunido com membros do Governo e da Comunidade Intermun icipa l Dão L a f õ e s e percebeu que a intenção passa pelo encerramento de mais de met ade d a s repa r t içõ e s

de f inanças do distrito, substituindo-as por Lojas do Cidadão eletrónicas. “Só me falavam em vantagens, mas eu não vejo vantagem alguma”, referiu. Para além das finanças, muitos balcões da Segurança Social e dos CTT vão encerrar. “O serviço de proximidade vai esgotar-se, ainda mais nesta zona em que o território está deprimido, as pessoas não têm tantas habilitações e muita dif iculdade em aceder à

internet”, explicou. Ao que o JC apurou, só os balcões de S. Pedro do S u l , V i s e u , To n d e l a , L a mego, M a n g u a lde , Cinf ães e Moimenta da Beira vão continua r a b e r to s . E a l g u n s vão passar para as autarquias, acarretando mais um custo para os municípios. José Morgado acredita que esta medida vai “aumentar o desemprego e torna r o interior ainda mais desertificado”, concluiu.


PSA MANGUALDE: BALANÇO DA ATIVIDADE 2012 Atividade 2012 A PSA de Mangualde encerrou a atividade do ano 2012 com uma produção de 43.940 Veículos: (Citroën Berlingo e Peugeot Partner). Com esta produção atingirá um volume de vendas de cerca de 410 Milhões de euros contra 404 milhões de euros em 2011, ou seja mais 1,5%. As exportações atingirão um valor de 389 Milhões de euros tendo sido superiores a 2011 em cerca de 10 Milhões de euros, mais 2,9%. A baixa de 12,6% de volumes, devida sobretudo à quebra dos mercados europeus, foi compensada por um programa mais rico em veículos de maior valor acrescentado e por um aumento da produção de peças para exportação. Apesar da empresa se ter redimensionado no passado mês de Abril, passando de um regime de produção de 3 turnos a 2 turnos para reagir à crise e garantir a sua sustentabilidade, manteve um elevado volume de emprego, 870 postos de trabalho directos e mais de 200 indirectos. Os investimentos em 2012 para a renovação e modernização das suas instalações e equipamentos industriais foram de 1,8 milhões de euros.

Social Este ano ficou especialmente marcado pela comemoração de 50 anos de história e de 1 000 000 de veículos produzidos na PSA de Mangualde.Participaram neste evento os colaboradores da empresa, seus familiares e alguns convidados num total de 3200. No corrente ano foram realizadas 38.300 horas de formação e passados ao quadro 28 colaboradores.

Os aumentos médios salariais foram de 4,9% em 2012, atingindo 8,5% para o conjunto dos anos 2011 e 2012. Foi iniciada a abertura da empresa a visitas dos familiares dos colaboradores.

Desenvolvimento Responsável Em termos de responsabilidade social há a destacar: • Doação de 2 carrinhas, no valor de 80 000 euros, adaptadas para transportar pessoas com dificuldades de mobilidade, em cooperação com a Fundação PSA – Um mundo em movimento, a 2 instituições de solidariedade social de Mangualde (Complexo Paroquial e Santa Casa da Misericórdia). • Doação de um Citroën Berlingo à Escola Profissional de Tondela para formação dos jovens. • Foram proporcionados a 32 jovens da região estágios curriculares e profissionais, contribuindo assim para o seu desenvolvimento e valorização. • Caminhada solidária dos colaboradores da PSA associada à angariação de fundos, para ajudar os Bombeiros de Mangualde e fornecimento a esta corporação de cerca de 3000 refeições durante o ano 2012. • Doação de sangue ao IPS por 92 colaboradores.

Perspectivas 2013 A empresa prevê nesta data uma produção de aproximadamente 46.000 veículos, ou seja mais 5% que em 2012, num regime de 2 equipas mantendo um nível médio de emprego próximo do actual, 870 pessoas.


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A João Cotta, presidente da AIRV

A Gualter Mirandez, presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu

“É uma medida de peso se servir para baixar, os encargos dos cidadãos”

“Afeta os cidadãos e o comércio envolvente”

Está é uma “medida de peso” que para o Presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) pode s e r p o s it iv a “ s e s e r vir para racionalizar e baixar, a médio prazo, os encargos dos cida-

dãos”. Na opi n i ão de João Cotta este é um “serv iço e u m a est r ut u ra que requer muita gente e consequentemente muitos custos. Estamos numa fase em que é preciso cortar despesas ex-

cessivas”. Para o presidente da AIRV, “não devem ser só as repartições de finanças a sofrer cortes e reduções, existem outros departamentos em que esta medida deveria ser aplicada”.

Gualter Mirandez, presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, afirma que esta medida afeta “não só os cidadãos mas também o comércio que está em volta das repartições de finanças. As pessoas deixam de se deslocar às cidades e o comércio sofre com isso”. Também “a

criação de pequenos comércios será afetada com esta medida do governo. Não se está a facilitar, dificulta-se cada vez mais quem precisa de serviços como as finanças”. Para Gualter Mirandez é preocupante “a falta de um serviço próximo do cidadão pois vai atingir a qualidade e a

sustentabilidade do mesmo”. O presidente da Associação Comercial acredita que esta é uma medida que, apesar de pretender reduzir custos, vai reduzir um serviço que deve primar pela “localização de proximidade, uma vez que é um local obrigatório para qualquer cidadão”.



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à conversa E que dizem eles, os representantes da Nação? O Jornal do Centro, depois de ouvir na última edição interlocutores reginais nos domínios da cultura, saúde, autarquias, empresas e desporto, sobre o balanço do Ano Velho e as ex-

petativas sobre o Ano Novo, quis auscultar os três partidos políticos com deputados eleitos no distrito, acerca das expetativas que têm para 2013, concernentes à atuação do Governo

nos setores mais relevantes, numa ótica de distrito de Viseu, numa perspetiva nacional e acerca das realizações mais marcantes, bem como sobre os fracassos da ação governativa.

Assim, do CDS/PP, do PSD e do PS, aqui deixamos as palavras de Hélder Amaral, João Carlos Figueiredo e José Junqueiro, respetivamente. Paulo Neto

Paulo Neto

2013, Viseu e uma voz que não desista

A José Junqueiro, deputado do PS Viseu chega ao final de 2013 com mais 28% de desempregados, paralisação de todos os investimentos, mais 42,9% de insolvências, a duplicação de casais no desemprego, encerramento de tribunais e serviços, emigração de jovens qualificados e, para as famílias e empresas, com uma carga fiscal insuportável e sem precedentes. As taxas máximas de 23% do IVA para setores estratégicos como os da eletricidade e gás, para atividades ancora, como a da restauração, o corte de todos os incentivos

fiscais às empresas, nomeadamente no interior, a desregulação nos combustíveis, o estado de negação relativamente ao financiamento das micro, pequenas e médias empresas e à internacionalização da economia, são realidades não previstas no memorando da “Troika”, mas apenas na agenda do governo. A racionalização das autarquias estava prevista, mas o dizimar irracional de freguesias, com o aumento e não diminuição de despesa, com um pior em vez de um melhor serviço pú-

blico, a criação de novos lugares políticos nas Entidades Intermunicipais, que poderão atingir 79 nomeados, com vencimentos até 4400 euros (contestados pela própria ANMP) NÃO constavam de qualquer documento conhecido dos portugueses. Acrescento que as seis atualizações clandestinas do memorando, efetuadas entre o governo e a “Troika”, tal como o documento de estratégia orçamental (DEO), negociado à revelia da Assembleia da República, bem como o corte de 4 mil mi-

lhões no Estado Social, combinado em segredo, em Setembro último, entre os mesmos protagonistas, não fazem parte de nada que seja conhecido dos portugueses. Os partidos da maioria perderam a voz em Viseu, mas é necessário convencer o governo que sem investimento não há retoma, que com apenas austeridade só teremos recessão. E é necessário convencêlo, de entre as outras 357 propostas apresentadas, da mobilização de 3 mil milhões do QREN para a regeneração urbana; de

afetar pelo menos 50% dos 7,5 mil milhões não utilizados para o resgate da banca para o apoio à tesouraria e internacionalização das empresas (estão parados e custam-nos 250 milhões por ano); de negociar com o BEI uma linha de apoio à s e mpre s a s , de ade quar, simultaneamente, a carga fiscal como, por exemplo, na restauração, de modo a obter mais receita fiscal que não seja a dos vencimentos, subsídios ou reformas das pessoas e famílias. Finalmente, é necessário que o governo ad-

mita, com humildade, que e st a mos a pa g a r apenas as derrapagens orçamentais, que a dívida em vez de diminuir aumentou de 94% para 120% do PIB e que, por isso, para 2013, é necessário renegociar o memorando para obtermos juros mais baixos e mais tempo a fim de pagarmos a dívida, dar uma oportunidade à economia e um novo fôlego às famílias. Viseu precisa desta oportunidade e, por isso, nas próximas eleições autárquicas, em 2013, precisa também de uma voz que não desista.


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JOSÉ JUNQUEIRO | HÉLDER AMARAL | JOÃO CARLOS FIGUEIREDO XXXXXXX||ÀÀCONVERSA CONVERSA 11

2012 foi um ano difícil mos a tendência para arranjar um bode expiatório para os males que nos afetam, geralmente terceiros. Há uma parte do País que acha que o caminho que nos trouxe até aqui não é o resultado de políticas erradas e da impunidade de alguns decisores. Normalmente são os mesmos a pensar que tudo se resolve com medidas fáceis e rápidas, mas não será assim: o País está pejado de obra que nos foi vendida como pagando-se a si própria, ou com financiamento europeu, e geradora de emprego e crescimento económico, e o resultado foi apenas mais dívida, mais desemprego e mais recessão. Estas obras são imagem de marca dos poderes local e central, passam por técnicos supostamente bem preparados, por Ministros, Secretários de Estado e Presidentes de Câmara com grande simpatia eleitoral. Por exemplo, o Funicular de Viseu ou o Metro a Sul do Tejo (uma PPP de autarcas e Governo): no primeiro a

emprego ou na economia. Para 2013, o que queremos é investimento em conhecimento e serviços, e menos em betão. 2013 é ano de Eleições Autárquicas, e a escolha deverá recair em novas políticas e novos protagonistas. A nível nacional, importa preservar a estabilidade da coligação, e a importância da

Concertação Social. 2013 será um ano cheio de perigos e desafios – v.g., a execução orçamental, e as consequências do aumento de impostos, que reduzirá drasticamente o rendimento disponível. Para garantir o sucesso da correção da crise financeira, uma boa correção deve ser feita do lado da despesa estrutural, ou seja, nas

funções do Estado e no dinheiro disponível para o financiar. É um ajustamento necessário e imprescindível. Não sei se vai ser feito “custe o que custar”; mas se continuarmos sem nada fazer, então vai custar muito mais. O tempo da promessa fácil e da obra de fachada acabou. O nosso Distrito tem condições únicas para vencer esta crise. A aposta deve ser feita em conhecimento e serviços: valorizar o que a natureza nos concedeu, a nossa gente, a nossa cultura e os nossos produtos. Até aqui temos procurado soluções fora, quando afinal temos muito para oferecer ao País e ao Mundo. Temos vários produtos de base regional capazes de fazer a diferença em todos os mercados, e temos empreendedores que precisam de ser olhados com atenção. 2013 convoca o melhor que há em cada região, e em cada um de nós. Veremos se estamos à altura do desafio.

água do capote”. Quem desgraçou o país desta forma não pode voltar a governar sem antes pedir desculpa aos portugueses. Alguns indicadores do presente sustentam a esperança de estarmos a conseguir ganhar esta difícil batalha. Às avaliações positivas dos nossos credores somam-se indicadores que nos fazem acreditar. Na última sexta-feira do ano a taxa dos juros das Obrigações do Tesouro Português foi negociada a 6,98%, o nível mais baixo dos últimos 22 meses. O país está a reconquistar a credibilidade internacional, condição fundamental e determinante para nos ajudar a sair desta situação difícil. As consequências do plano de ajustamento estão bem visíveis na retrac-

ção do poder de compra, na diminuição dos rendimentos das famílias e no aumento do desemprego. Haveria outros caminhos? Certamente que sim. Mais tempo e mais dinheiro, é um deles, mas isso é sinonimo de mais dívida e, consequentemente, mais austeridade. Com 90% do programa cumprido, desejamos que este ano de 2013 nos traga indicadores de crescimento económico e com eles a diminuição da maior chaga social da actualidade: o desemprego. Ao planearmos o futuro temos de nos lembrar que fazemos parte da União Europeia. Nela habita 7% da população mundial que gera 25% da riqueza do mundo e que, por sua vez, gasta 50% da despesa social do planeta. Perante isto facilmente se percebe que o ac-

tual modelo social europeu se esgotou. Morreu. A discussão em torno da redefinição das funções do Estado é desejável que seja participada por todos. Não a querer fazer é negar a realidade e contribuir para a sua degradação. A situação portuguesa não é excepção e como tal importa discutir o futuro do Estado Social a fim de que ninguém se sinta excluído. Não é possível haver igualdade e justiça se todos não tiverem as mesmas oportunidades. Pelos desafios, pela imprevisibilidade e pelos sacrifícios é tarefa de todos fazer de 2013 um Bom Ano, quer seja no nosso distrito quer seja no país, porque é min ha forte convicção que vamos ser capazes de vencer esta batalha que transformará 2013 num ano decisivo.

Paulo Neto

Deixou-nos dois dados positivos: a diminuição desde Janeiro das taxas de juro das obrigações do tesouro português, e o excelente resultado das exportações, mérito dos trabalhadores e empresários portugueses, que provaram que com trabalho é possível vencer a crise. A verdade é que o nosso pior défice - o externo - parece quase resolvido: de acordo com os dados do INE, registou-se um excedente face ao exterior no terceiro trimestre de 2012, a 1ª vez que tal acontece desde 1999. O pior erro de abordagem a 2013 é pensar-se que está tudo feito. O País precisa de realismo, de assumir as suas incapacidades e corrigir erros, deixar de lado os preconceitos ideológicos que se limitam a reivindicar direitos relegando os deveres para outros. Foi assim desde 1974, e resultou numa quase falência pela 3ª vez, sem retirar daí nenhuma consequência, ou ensinamento. Como sempre, mante-

A Hélder Amaral, deputado do CDS/PP viagem é grátis, a manutenção é paga pelo contribuinte; o segundo é tudo pago pelo contribuinte - o tráfego é de um terço do que consta da banda mínima do contrato. No funicular, não há sequer expectativa de tráfego: a procura é pouco mais que inexistente. Mas podemos ainda perguntar que impacto teve na criação de

Paulo Neto

2013, o ano decisivo

A João Carlos Figueiredo, deputado do PSD

Independentemente do ângulo de análise que queiramos fazer há três perspectivas que devemos abordar quando pensamos no Ano Novo que agora começa: o que nos trouxe aqui, a avaliação do presente e a perspectiva futura. A megalómana governação Socrática conduziu-nos a um pedido de ajuda financeira internacional assinado em Maio de 2011. Seria normal, responsável e expectável que quem assinou e negociou o dito empréstimo, tudo fizesse para que o mesmo viesse a ser cumprido. Puro engano. Desejo que 2013 seja o ano da tomada de consciência, por parte dos portugueses, de quem, sistematicamente se socorreu de verdades diminuídas para nos ocultar a realidade agora tudo faz para “sacudir a




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região Opinião

A almejada TSU para 2013 Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

Viseu. Cinquenta e um acidentes, 30 colisões, 17 despistes e 4 atropelamentos, dos quais resultaram 1 morto e 21 feridos ligeiros, é o balanço da Operação “Ano Novo”, levado a cabo pela GNR e o Comando Territorial de Viseu, de 28 de dezembro a 1 de janeiro. A ação do dispositivo da GNR do distrito focouse, para além da segurança e apoio ao condutor, na intensificação das ações de fiscalização rodoviária, nomeadamente a condução sob o efeito de álcool. Em comunicado, a Guarda refere que “em comparação com o mesmo período do ano transato, registaram-se mais 14 acidentes, mais 1 morto, menos 2 feridos graves e mais 7 feridos ligeiros”. Ainda segundo o mesmo comunicado, ”na operação foram f iscalizados 3.519 veículos, tendo sido detidos 12 condutores, sendo 11 por condução sob efeito do álcool e 1 por condução sem habilitação legal. Foram ainda elaborados 418 autos de contraordenação por infrações à legislação rodoviária, dos quais 17 por cinto de segurança, 12 por falta de seguro, 8 por falta de inspeção e 8 por utilização do telemóvel”.

INCÊNDIO

Tondela. Um incêndio provocado por uma explosão de foguetes, durante a passagem de ano, destruiu o telhado e o sótão de uma habitação, em Lajeosa do Dão, Tondela. O acidente deixou desalojadas cinco pessoas, três adultos e duas crianças.

Nuno André Ferreira (arquivo)

O P E R AÇ Ã O “ANO NOVO”

Jornadas Parlamentares do PS em Viseu Viseu vai receber as Jornadas Parlamentares do Partido Socialista (PS), nos dias 13, 14 e 15 de janeiro. Estão conf irmadas as presenças de todos os deputados da ban-

cada socialista. António José Seguro, secretário-geral do partido, procederá ao encerramento. Estas Jornadas Parlamentares contarão igualmente com visi-

tas a vários pontos do distrito e terão como macro tema a análise do estado social. Saúde, educação e políticas sociais são as principais temáticas a debater. PN

Museu de arte Keil Amaral “nasce” em Viseu A família Keil lançou o repto e a autarquia viseense acedeu. O Museu de arte Keil Amaral vai surgir no centro histórico da cidade, antes de outubro, e com peças de arte exclusivas do espólio da família

“A Câmara fez um trabalho discreto para arranjar o local, ótimo em termos físicos e daquilo que é a traça do edifício, é mais um upgrade no centro histórico”, disse ao JC Fernando Ruas, presidente da Câmara de

Viseu. O auta rca não adia ntou a data da inauguração, mas garantiu que o fará antes de abandonar a autarquia: “a data limite para a conclusão terá de ser até outubro”, referiu. TVP

Ruas nega intenção de sair do Planalto Beirão “Queremos continuar na Associação de Municípios do Planalto Beirão (AMPB). Nós fomentamos o movimento associativo, mas tem de ser benéfico e por isso, acautelámo-los e tentámos saber o preço de uma recolha de lixo para nós”,

explicou o autarca viseense. Fernando Ruas deseja que o novo concurso da AMPB seja “benéfico para todos os associados, incluindo Viseu”. “O presidente da Câmara de Mangualde disse que se este diferencial de preços se mantivesse que

iria associar-se à Câmara de Viseu”, referiu. P o r o ut r o l a d o , Jo ã o Azevedo garantiu que “aguarda com expetativa o resultado do concurso da AMPB” e que “não quer aliados”, apenas “o melhor para os mangualdenses”. TVP

A manifestação popular ocorrida a 15 de Setembro é por muitos aludida como o momento mais marcante do ano de 2012. Na sua génese encontrava-se o novo desenho proposto pelo governo para a conjecturada revitalização da economia baseada na alteração da TSU. A resposta estrondosa ocorrida nas maiores cidades de Portugal nessa data veio provar que um país de pessoas tidas como recatadas, de brandos costumes, que acatavam tudo o que lhes era vinculado, possui e demonstra voz crítica e manifesta-se de modo sumptuoso. O ano de 201 2 introduziu com elevada recorrência o prefixo re de reestruturar, reorganizar, reformular, reeducar, redimensionar, reequacionar, repensar, refundar. Isto é pensar e fazer de modo diferente. E se assim é, significa que o caminho definido e arquitectado até à data ou é inadequado, ou é muito tortuoso e penoso, ou vai em direcção ao abismo. O tempo dos experimentos contabilísticos provavelmente vai assumir primordial importância entre o primeiro e segundo trimestres de 2013. Este período é por muitos augurado como o momento de se fazer a prova dos nove e ver o resultado. Ou estamos no trilho certo ou a derrapagem nas contas conduzirá a um novo cenário. Em termos agrícolas e alimentares, podemos caracterizar 2012 como um ano de contínuo regresso à terra por um conjunto de jovens agricultores, com formações de distintas áreas, mas imbuídos de um novo espírito em-

preendedor que importa acarinhar. Este novo entusiasmo necessita de ser consolidado e articulado de forma determinante com os clássicos conhecimentos agrícolas e as mais recentes inovações em cada uma das áreas para que os diferentes projectos agrícolas agora financiados se tornem uma agradável realidade. A agricultura é uma ciência que abarca uma enorme lanceira de áreas e o domínio de uma vasta panóplia de conhecimentos é determinante para o seu sucesso. Só vontade não basta. Em termos alimentares, assistiu-se a um domínio cada vez maior dos aspectos nutricionais. Passouse a valorizar de forma determinante o que é nacional e com especial ênfase o regional. Os mercados municipais passaram a registar uma frequência superior e as discórdias entre a produção e a distribuição mantêm-se agora longe dos holofotes da comunicação social. Novos e imponentes projectos agrícolas e agro-alimentares foram edificados, reedificados e consolidados e, assim sendo, a riqueza nacional só tende a aumentar. No entanto, o exponencial aumento da taxa de IVA em muitos produtos agrícolas e alimentares conduziu a uma retracção no seu consumo. Deste modo, o novo paradigma para 2013 será manter a mesma qualidade e baixar os custos de produção. Uma missão espinhosa só ao alcance de quem conhece muito bem a actividade e o mercado. Com asserto, o que se cobiça para o ano de 2013 é uma refundada TSU: Trabalho, Saúde e União.


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VISEU | REGIÃO 15

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Decorreu desde outubro a 25 de dezembro uma campanha de recolha de roupa e brinquedos para crianças e adolescentes, por parte da empresa If You Wear Export e Import. Lda, detentora do espaço comercial Good Vibes em Viseu, na Rua do Comércio. Esta ação, intitulada “Campanha Partilhar Sorrisos”, teve como objetivo recolher objetos que as pessoas já não precisassem e que estivessem em bom estado para serem doados a várias instituições. Em Viseu, o Centro de Acolhimento Temporário (CAT) e o Lar Escola de Santo António foram as escolhidas. Para Artur Rodrigues, responsável de loja, esta foi uma forma de ajudar e de “perceber a realidade viseense. As pessoas foram muito participativas Publicidade

e recolhemos muita roupa e brinquedos. Quando se trata de crianças a solidariedade é ainda maior”, afirmou. Esta é a primeira ação do género por parte da empresa , m a s A r t u r Rodrigues refere que “é uma ideia que queremos continuar, queremos que as pessoas partilhem o que têm e como podem e que façam os outros sorrir. Quem quiser contribuir pode fazê-lo que nós seremos os intermediários”. A roupa e brinquedos já foram entregues ao CAT no passado dia 26 e este fim de semana será a vez do Lar Escola de Santo António receber os presentes dos viseenses. Esta ação teve também lugar na cidade do Porto, com doações para a Crescer e Ser - Casa de Cedofeita e o Centro Juvenil de Campanhã. MC

Primeira pedra da Casa-Museu Madre Rita Casa Museu∑ Pronta dentro de um ano está orçada em 300 mil euros É já este domingo que a primeira pedra da Casa-Museu de Madre Rita A m ada de Jesus , em Viseu, vai ser colocada, em Casal Mendinho, na freguesia de Ribafeita, local onde a beata nasceu e morreu. A obra que deverá estar pronta dentro de um ano está orçada em 300 mil euros. Com dois pisos, a construção conta ainda com uma capela e um espaço museu onde será recriada a vida da madre. Em declarações à lusa, Margarida Rodrigues Bento, do Instituto Jesus Maria José, afirmou que se trata de “uma casa memorial, que será erguida onde es-

Arquivo

Good Vibes em ação solidária Viseu

A Madre Rita foi beatificada em maio de 2006 e comemora-se este ano os 100 anos da sua morte

tão as ruínas daquela que foi a casa que viu nascer a beata Rita Amada de Jesus”. “Além de reconstruirmos a casa onde nasceu, a

casa que era dos pais, vamos acrescentar uma parte mais moderna, destinada ao acolhimento e oração”, acrescentou.

Margarida Rodrigues Bento explicou ainda que a obra não é apenas um museu mas “um espaço que motive a alma das gentes, dando a conhecer o carisma de madre Rita, que fundou o Instituto Jesus Maria José”. Madre Rita nasceu a 05 de março de 1848 e morreu a 07 de janeiro de 1913. Foi beatificada em maio de 2006, depois de a Santa Sé ter reconhecido um milagre que lhe era atribuído: a cura de uma mulher que sofria de uma doença mortal do intestino, na cidade brasileira de Franca, em 1989. Micaela Costa / Lusa


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educação&formação Correia de Campos apresenta prémio escolar

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vens podem visitar o Parlamento Europeu, em Bruxelas, e ser recebidos pelo deputado. Ainda segundo Correia de Campos, os trabalhos são de tema livre mas devem estar relacionados com o funcionamento, história ou enquadramento institucional ou jurídico da União Europeia, ou com o impacto das suas políticas em Portugal ou na região de Viseu. Os trabalhos se-

rão posteriormente avaliados por um júri composto pelo mentor do prémio, pelo presidente da Assembleia Municipal, Almeida Henriques (PSP), e por Fernando Ruas (PSD), presidente da Câmara Municipal de Viseu. O Jornal do Centro sabe que o facto de não constar qualquer nome afeto ao PS para constituir o júri criou algum mal-estar no seio dos socialistas, em particular nos militantes mais antigos. O concurso é válido para o ano letivo em curso e para o próximo. A entrega dos prémios deverá acontecer em abril ou maio. O regulamento está disponível em www.delegptpse.eu. Tiago Virgílio Pereira Arquivo

“Viseu na Europa” é o nome do prémio escolar, destinado aos alunos do ensino secundário, profissional e superior do concelho de Viseu, criado pelo eurodeputado Correia de Campos (PS). O antigo Ministro da Saúde apresentou-o durante a última Assembleia Municipal de Viseu (28 de dezembro). O objetivo passa por promover o conhecimento e o debate acerca do funcionamento da União Europeia e das suas instituições, fomentar o interesse dos estudantes pelas políticas da União e, ao mesmo tempo, melhorar as capacidades de investigação e de metodologia de elaboração de trabalhos académicos em grupo. Desta forma, os jo-

A Escola Secundária Alves Martins será palco do encontro

XIII Encontro Regional de Associações de Pais Objetivo ∑ Partilhar temáticas e preocupações A Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, vai ser palco do XIII Encontro Regional de Associações de Pais. O evento, organizado pela Federação Regional das Associações de Pais de Viseu está marcado para o dia 19 de janeiro. O objetivo passa por partilhar com as Associações de Pais temas e preocupações que visam contribuir para uma maior participação dos pais na vida escolar dos filhos e educandos. A sessão de abertu-

ra está marcada para as 9h30. O primeiro painel, “O pai responsável: de pai colaborador a pai parceiro!”, tem início às 10h00. Ana Albuquerque, docente no Agrupamento de Escolas de Sátão - Escola Frei Rosa Viterbo, é a oradora convidada. Segue-se o debate. “Relação escola-família: o papel das Associações de Pais” é o tema do segundo painel, com a docente Maria Martins, do Agrupamento de Escolas ViseuSul - Escola Infante D.

Henrique. Ao fim da manhã, antes do almoço convívio, Carlos Manuel Lázaro, técnico especialista da Autoridade Tributária de Viseu, fala sobre “As obrigações fiscais da AP´s”. A apresentação do encontro decorre no dia 11 de janeiro, pelas 19h00, na sede da Federação Regional das Associações de Pais de Viseu, nos Moinhos da Balsa, em Viseu. Tiago Virgílio Pereira


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economia Casa Boironesa aposta na distinção e qualidade Na Quinta do Catavejo, em Mundão, Viseu, loca l pacato, rodeado por espaços verdes que lhe confere uma envolvência ambiental única, “nasceu” a Casa Boironesa. O restaurante abriu as portas em novembro, aposta num conceito inovador e na cozinha tradicional. “Queremos proporcionar aos clientes uma refeição sossegada e diferente dos outros restaurantes da cidade”, referiu Mónica Rebelo, gerente do espaço. Para isso, a

aposta passa pela excelência de três menus distintos: Executivo, Posta e Boironesa da Casa. O ex-libris da casa são as carnes de qualidade superior, confecionadas na hora e servidas numa pedra quente. A Casa Boironesa dispõe de dois andares com capacidade para 150 pessoas e sala para fumadores. Aos sábados à noite e aos domingos à hora de almoço, a música ao vivo é outra das atrações. Todos os meses, há uma noite temática. No

dia 19 de janeiro, a noite é dedicada ao fado. Neste dia, o cliente só poderá disfrutar do espaço mediante reserva. A garrafeira é composta por vários vinhos de todas as regiões do país. Contudo, é o vinho da casa que tem colhido os maiores elogios. “Esperamos atingir o nível de satisfação dos clientes e que esse esforço seja compensado”, são os votos da gerente para o ano de 2013. Tiago Virgílio Pereira

Micaela Costa

Mundão ∑ Espaço calmo e acolhedor com conceito diferente da restauração viseense

A Casa situa-se na Quinta do Catavejo, em Mundão Publicidade

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Jornal do Centro

18 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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Associação de Hotelaria do Centro e a Associação da Hotelaria de Portugal fundem-se A associação dos industriais de hotelaria e restauração da região centro do país (HR Centro) fundiu-se com a Associação de Hotelaria e Restauração de Portugal (AHR ESP), revela em comunicado esta última instituição. “Este ato formaliza a fusão das duas maiores as-

sociações de hotelaria e restauração de Portugal, e é mais um importantíssimo passo no sentido do reforço e da defesa do nosso tecido empresarial”, adianta a AHRESP. A decisão de “unir formalmente” os dois organismos foi tomada sextafeira, 28, em assembleiageral na HR Centro. MC

Universidade Católica distinguida com prémio A Universidade Católica Portuguesa, em Viseu, foi uma das três instituições vencedoras do prémio Semana da Ciência e da Tecnologia 2012, instituído pela Ciência Viva como reconhecimento e estímu-

lo ao esforço coletivo de divulgação da ciência e da tecnologia durante a Semana C&T 2012. O prémio foi atribuído à atividade “A Arquitectura (Ar)Risca-se!” através de votação do público.

Zona centro é a que menos espera pelos saldos O inquérito do Observador Cetelem apurou, por regiões, que a zona centro é a que menos espera pelos saldos. Apenas 5% afirma que só faz as compras de Natal quando chegam os saldos. Por outro lado, os habitantes da zona do Porto são os que mais esperam pelas promoções (26%). O estudo apurou ainda que Publicidade

são os indivíduos entre os 18 e os 24 anos (25%) que mais esperam pelos saldos de Inverno para fazer a compra de presentes. Já 81% dos inquiridos entre os 25 e 34 anos afirmam que não pretendem esperar pelas promoções, o que faz desta faixa etária a que menos expetativa cria em relação aos saldos.

A Jovens com idade média de 22 anos participaram nos 10 eventos realizados em Portugal

2012 marcou o regresso dos Campos de Trabalho Internacionais Campos de Trabalho∑ Visam promover a mobilidade e o intercâmbio O ano de 2012 marca o regresso da realização de Campos de Trabalho Internacionais em Portugal, após um ano de interrupção devido à ausência de atividade por falta de verba, uma situação que se revelou negativa para os jovens portugueses e estrangeiros, bem como para as organizações nacionais e parceiros internacionais, de acordo com Alexandre Miguel Mestre, Secretário de Estado do Desporto e Juventude e sob gestão do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Os CTI, enquadrados no

Programa Mobilidade e Intercâmbio de Jovens, visam promover a mobilidade e o intercâmbio através de atividades que incentivem a troca de experiências e o conhecimento de novas realidades socioculturais, facilitando o relacionamento de jovens portugueses com jovens de outros países, através da realização de campos de trabalho, dentro ou fora do território nacional, capazes de dar respostas formativas, através dos processos educativos não formais, designadamente interculturais. A realização de 10 CTI

em Portugal envolveu 144 participantes, com idade média de 22 anos, 56% do sexo feminino, 81% estudantes e 81% estrangeiros, de 17 nacionalidades diferentes. “Os principais fatores que motivaram os participantes foram conhecer um país, uma cultura ou uma língua diferentes. Às áreas de intervenção dos CTI realizados em Portugal foram a sociocomunitária, património histórico e cultural e ambiente”, explica José Cardoso, diretor regional do Centro, em comunicado. Pode ler-se ainda que “da

verba de 50.000,00 euros atribuída pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. para os CTI realizados em Portugal, em 2012,foi comprometida a verba de 46.440,00 euros para o financiamento dos 10 projetos, sendo que a taxa de execução se situou nos 100%. Não houve cancelamento de atividades, não houve devoluções nem acertos de verbas, a execução foi integralmente concretizada em conformidade com o inicialmente previsto”. Micaela Costa


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desporto FUTSAL FEMININO PENEDONO CONTINUA IMBATÍVEL E SÓ COM VITÓRIAS

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

No Distrital de Futsal feminino, o Penedono continua imparável na frente. A equipa do Norte do Distrito somou a nona vitória consecutiva ao golear o Lusitano por 12 a 0. Na perseguição e a 5 pontos, continua o Unidos da Estação que nesta 10ª jornada venceu o Oliveira de Frades por 8 a 0. Nos restantes jogos da jornada o Carbelrio venceu o Crasto por 2 a 1 e a Naval de Viseu goleou a Casa do Benfica de São João da Pesqueira por 14 a 2. Cumpridas 10 jornadas, o Penedono continua a dar mostras de querer terminar com um domínio absoluto do Unidos da Estação no futebol feminino em Viseu, e colocar um fim numa série que já vai em seis títulos consecutivos para a equipa de São Pedro do Sul.

Futsal Penedono

Cartão FairPlay Há uma equipa no Norte do Distrito de Viseu apostado em terminar com o domínio do Unidos da Estação no futsal feminino em Viseu. Com 10 jornadas jogadas no distrital, o Penedono lidera, isolado, com vitórias em todos os jogos disputados. Tem 5 pontos de vantagem sobre as mais diretas adversárias. Se a conseguir gerir até final faz história na modalidade em Viseu. Arbitragem Futebol Olga Almeida

Cartão FairPlay Não é para todos, receber as insígnias de arbitro internacional atribuídas pela FIFA. Uma mulher, é ainda maior o destaque. Para esta viseense professora de educação física, o sonho cumpre-se aos 33 anos. Futebol Lusitano de Vildemoinhos

Cartão FairPlay Depois de um início titubeante, os trambelos chegam à frente na Divisão de Honra. Mérito também para uma direção que sempre manteve a confiança no técnico Rui Cordeiro. Publicidade

A Mais três pontos deixam a equipa cada vez mais próxima da manutenção II Liga Profissional

Entre a sorte e a competência

FUTSAL SPORTING DE LAMEGO LIDERA DIVISÃO DE HONRA

Tranquilidade∑ Tondela continua em posição confortável na classificação Terminou com uma vitória o ano de 2012 no Clube Desportivo de Tondela. Frente a um Marítimo B que, pelo que fez, valorizou o triunfo dos tondelenses, a equipa orientada por Vitor Paneira só nos 45 minutos da segunda parte mostrou a qualidade a que já habituou os adeptos. Venceu por 3 a 1, mas o resultado não espelha as dificuldades. O Tondela fez uma primeira meia-hora perfeitamente disparatada.

Os insulares aperceberam-se desse desnorte e não se fizeram rogados. Criaram várias oportunidades de golo - algumas claras - e acabaram por marcar numa bola parada, com o “gigante” Bauer a saltar à vontade e a cabecear fora do alcance de Cláudio. Marítimo B, com justiça, na frente. O Tondela lá serenou e equilibrou a partida nos minutos finais, tendo chegado ao golo do empate por Fábio Pacheco. Igualdade no final dos

primeiros 45 muito lisonjeira para o Tondela. Na segunda parte tudo diferente. O Tondela foi mais decidido a defender, e acima de tudo mais rápido e incisivo nas acções atacantes. Luís Aurélio muito ativo na direita e Backar muito irrequieto na esquerda, começaram a criar problemas aos adversários. Numa jogada rápida pela direita, Luís Aurélio entrou na área, foi até perto da linha de fundo e cruzou para o se-

gundo poste onde apareceu Backar a empurrar para o segundo. O Marítimo tentou depois o empate, mas só de bola parada conseguiu incomodar Cláudio Ramos. Nos minutos finais Fábio Pacheco, de primeira, de fora da área, fez o seu segundo no jogo e o terceiro do Tondela. Estava feito o resultado e encontrado o vencedor. Justo, principalmente pelos segundos 45 minutos. Gil Peres

No Distrital de Futsal, o Sporting de Lamego não cede na liderança da classificação. Em partida da 11ª jornada venceu em Viseu a Casa do Benfica por 9 a 1. Foi a nona vitória em 11 jogos com os líderes a contabilizarem ainda um empate e uma derrota. Estão na frente agora com mais 4 pontos que o Sever, que é segundo. Formação que adiou o jogo desta jornada com o Armamar e que está assim obrigado a vencer para não perder de vista na frente o líder da classificação, e tentar reduzir a desvantagem para apenas um ponto.


20 DESPORTO | MODALIDADES

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DIVISÃO DE HONRA DE VISEU

Lusitano “Campeão de Inverno”

A Jogo muito disputado entre dois candidatos Na Divisão de Honra de Viseu, a jornada 14 foi de verdadeiro jackpot para o Lusitano. Os trambelos entram em 2013 na frente do campeonato depois de terem derrotado o líder Moimenta da Beira por 2 a 1, com o

golo do triunfo marcado já nos descontos e viu ainda o Castro Daire empatar em Vouzela. Tudo somado, o Lusitano vira o ano na frente do campeonato. O Lusitano esteve na frente do marcador, com um golo de Faro, numa re-

carga oportuna quase sobre a linha de golo. Viria depois a consentir a igualdade numa fase em que o Moimenta justificava o estatuto de líder. As duas equipas proporcionavam um bom espetáculo, bem disputado

e acima com incerteza no marcador até ao final perante algumas centenas de espetadores nas bancadas. Depois de uma primeira parte equilibrada, em que o resultado se aceita, na segunda metade o Moimenta desistiu muito cedo de tentar ganhar. Parecia satisfeito com o empate. Recuou linhas e explorou o contra ataque, mas a história do jogo havia de ser escrita mesmo no tempo de descontos. Nené marcou, na recarga a um violento remate de Belo à trave, e deixou os Trambelos em delírio. Com esta vitória, justa, o Lusitano isolou-se na frente com 31 pontos. Na segunda posição está agora o Sátão que nesta jornada goleou o Resende por 4 a 0. GP

DAKAR 2013

Mário Patrão em estreia

Mário Patrão, motociclista de Seia que conta com vários títulos de campeão nacional de TT e Enduro no seu currículo, participa este ano no Dakar A estreia está marcada para sábado, dia 5 de janeiro, com o Dakar a começar no Peru com destino ao Chile, enquanto as etapas intermédias decorrem em solo argentino, país que nos últimos anos recebeu o arranque do Dakar. Centenas de pilotos distribuídos pelas categorias

Associação de Futebol de Viseu

Olga Almeida recebe insígnias da FIFA Olga Marisa Martins Almeida, do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Viseu, vai receber as insígnias da FIFA na categoria de árbitro auxiliar. Olga Almeida, de Viseu, e Maria João Freire, de Lisboa, são a estreia de Publicidade

Portugal nesta categoria, conhecida que foi agora a lista dos árbitros internacionais portugueses que em 2013 vai atingir o seu maior número de sempre: 29. No futebol masculino, Portugal manteve nove árbitros e dez árbitros assis-

tentes. Na variante de futsal Portugal mantém os quatro árbitros de 2012, número máximo que a FIFA atribui por país. No futebol de praia mantêm-se os dois lugares de 2012, tendo a FIFA aceite a proposta nacional de re-

novação de dois novos árbitros, saídos do processo de seleção elaborado pelo Conselho de Arbitragem no início desta época. Aos 33 anos, Olga Almeida atinge desta forma o ponto mais alto da sua carreira na arbitragem portuguesa. GP

A Olga Almeida

de Motos, Quads, Automóveis e Camiões estão inscritos para estes quinze dias de competição. Mário Patrão fará parte de um grupo de cinco pilotos portugueses a competir nas duas rodas. O piloto de Seia estará, assim, ao lado de Hélder Rodrigues, Paulo Gonçalves, Rúben Faria e Pedro Bianchi Prata, todos eles já com diversas presenças no Rali Dakar. Mário Patrão conduz uma Suzuki e terá o dorsal 107. GP


Jornal do Centro

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em foco Fim de ano animado no distrito de Viseu Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa

Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa

Expocenter

Expocenter

José Alfredo

Festa, animação, convívio, música e alegria foram as palavras de ordem na noite mais longa do ano. Mais ou menos conturbado, o ano 2012 chegou ao fim e a verdade é que na noite de réveillon já só interessava dar as boas vindas ao novo ano. Pelos vários concelhos do distrito de Viseu a festa marcou presença e não deixou ninguém indiferente. Comeram-se as passas, bebeu-se o champanhe e entre um brinde e outro formularam-se desejos, que certamente anseiam por um ano melhor. O Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, o município de Sernancelhe e Moimenta da Beira são alguns dos exemplos. Exposalão Sernancelhe

Exposalão Sernancelhe

Exposalão Sernancelhe Exposalão Sernancelhe

Queima do Velho (Moimenta da Beira)

DR

Confraria de Saberes e Sabores da Beira em destaque

A convite da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos, a Confraria de Saberes e Sabores da Beira, “Grão Vasco”, de Viseu, esteve presente nas celebrações do 41.º Dia Nacional dos Emirados Árabes Unidos. Marcaram presença 25 confrades, numa celebração animada e prestigiante. O evento decorreu em dezembro, no Pavilhão Atlântico/Sala Tejo.


D 9º encontro de cantares de janeiras

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culturas expos

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A Igreja Matriz de São João Baptista de Vila Chã de Sá recebe hoje, dia 4, o 9º encontro de cantares de janeiras, a partir das 21h00, com o grupo de cantares Pedra Moura, grupo de Cavaquinhos da Passilgueirense, grupo Folclórico de Moure de Madalena e o grupo de cantares Cantorias.

Destaque

Arcas da memória

Toupeiradas em barro negro de Molelos

Na minha terra que é terra de castanheiros e que era também terra de rosmaninho e bela-luz, como ali se dizia destas aromáticas plantas que medravam na orla das courelas, havia um costume que de longe vinha, que era o de queimar bela-luz e rosmaninho em cheirosas fogueiras do estio na festiva noite de S. João e fazer arder no adro da igreja, com começo na Noite de Natal, um velho tronco de castanheiro que parecia aquecer a aldeia inteira. Ninguém sabia, na aldeia, nesse tempo, de festas de solstício, ninguém sabia que houvera antigos deuses que se chamavam Sol e Lua, eternamente havia só um Deus Menino, havia o S. João e a Senhora da Lua dos dias de Verão que assim lhe chamávamos quando a Lua era lua-cheia. Em nossa casa ardia um cepo de carvalho, doze dias ele ardia do Natal até aos Reis. Guardava-se depois o resto do brasido. Acendia-se em Maio nas brasas da fogueira, punha-se a arder louro e alecrim dos ramos bentos no Domingo de Ramos, à janela, num pratinho e a gente acreditava que as trovoadas “arramavam” para longe, “onde não houvesse eira nem eira, nem pé de figueira, nem guedelhinho de lã, nem alminhacristã”,queassimrezavam, baixinho, as mulheres. Do cepo de carvalho, no Natal, bastava que houvesse em cada noite o seu calor de lume vivo, o pai sentado no seubancocostumado,minha

A cinza dos ritos VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até dia 31 de janeiro Exposição de escultura “Elmos e Cilindros”, de Manuel Vaz.

Até dia 31 de janeiro Exposição de ilustração

Freguesia de S. João da Madeira.

MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de janeiro Exposição documental e de objetos dos 130 anos da linha da Beira Alta.

VISEU ∑ Biblioteca Municipal Até dia 5 de janeiro Exposição de 27 fotografias “A criança sob o olhar de Eduarto Teixeira Pinto”.

Paulo Neto

“O Lápis”, da Junta de

O M u s e u Te r r a s d e Besteiros tem em exposição as peças em barro negro de Molelos dos artistasoleiros Carlos Lima e Xana Monteiro. Esta amostra parte de um comum canudo de toupeira, outrora uma armadilha usada para capturar esse roedor que devastava as hortas e plantações, como bem nos explicou o técnico responsável pelo espaço museológico, Helder Abraços. Daqui em diante, o imaginário dos artistas criou o neologismo “toupeiradas” e com base nesse artefacto rural, trilhando novíssimos passos no âmbito da cerâ-

mica negra, propõe aos visitantes uma reflexão criativa sobre a toupeira, talvez enquanto infiltrada ou bufa; talvez enquanto ser muito subterrâneo e destruidor, à semelhança de muitas classes por aí pululantes e arrogantes; talvez enquanto seres corruptos correndo massivamente para o “anjo salvador” ou ente superior que todos adoram: a simbologia de um Poder alado que hoje faz escola e tem fervorosíssimos adeptos em todos os quadrantes sociais… Houve olhos que aí viram falos erectos, outros a representação da primeva reprodução humana, outros uma

esfuziante rosa-dos-ventos anunciando destinos mil, outros, espirais de vida, outros, um colectivo agregado na mais negra das uniões… e é nesta dinâmica criativa, nesta mensagem plurívoca onde a conotação se erige à dinâmica da sugestão, que a arte irrompe e solta se presentifica vinda de heranças longínquas para o presente, numa interacção mística de uma linguagem continuada e transmitida geracionalmente, disponível até, na e pela sua não anacronia, para as verdades imutáveis do universo.

e sáb.) O Hobbit: uma viagem inesperada (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30++, 17h00, 19h10+ Hotel Transylvânia VP (M6) (Digital)

Anna Karenina (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU

Sessões diárias às 13h30, 15h25, 17h30, 19h35, 22h00, 00h05* O Chef (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h50, 21h30, 00h20* A vida de Pi (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 16h00, 18h20 A origem dos Guardiões (M6) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 17h20, 21h00*, 21h50 (só 6ª

Sessões diárias às 21h10, 00h15* 007 Skyfall (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h40, 21h20, 00h10* Amour (M16) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 23h55* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h20 (dom.), 14h00, 16h15 Hotel Transylvânia VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h30, 00h30* A vida de Pi (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h25*

Paulo Neto

Sessões diárias às 13h20, 17h00, 20h40, 21h10* Hobbit: uma viagem inesperada 3D (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h15* Jack Reacher (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h30, 15h35, 17h45 Zambézia VP (M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 11h00(dom.), 14h20, 16h40, 19h10 A origem dos Guardiões VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 20h50, 21h50* Cloud Atlas (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 17h15, 21h00, 00h20* Os Miseráveis (CB) (Digital) Legenda: * sexta e sábado

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

mãe fazendo a lida a que estava habituada, a avó Carolina que tinha ido para o Brasil e que eu não conheci, também lá estava, só no retrato e a avó Beatriz que morreu era eu ainda menino e a madrinha que depoismelevavaparadormir em casa dela e as almas dos antigos por quem se rezavam padre-nossos. E os rapazes que apareciam pela tarde fora para jogar o par e o pernão. E àsvezesumamansalua-cheia, quem sabe se iluminaria no caminho que tomava a estrada por onde vinham os Três Reis. E as raparigas da casa, se havia, minha irmã pequena, a Henriqueta, foi para o céu ainda era pequenina, minha irmã brincando com a vassoura,varrendoemnoitedeNatal a cinza da lareira não fosse a Virgem vir mudar em nossa casa a fralda ao seu Menino e sujar na pedra a brancura do vestido. Memórias que a gente guarda. Vasos de cinza deste estranho crematório que é a nossa vida. E o espírito da Fénix que alimentamos ainda e sempre. E as fogueiras que agora desceramàcidade.Easluzescom que reinventamos o cepo de carvalho. E o bolo-rei. E os braçosquealongamosatravésde umaescritaagoravirtual.Tantos amigos. E os braços de alguém que nem sempre podemos apertar.

Estreia da semana

Os Miseráveis – O filme é baseado na homónima obra teatral/musical da Broadway que, por sua vez, se baseia no famoso clássico literário de Victor Hugo, sobre um ex-condenado, Jean Valjean, que é posto em liberdadeequealteraavidademuitosdos indivíduos que encontra com os seus atos de humanidade e sacrifício. No entanto, um rígido inspetor da polícia, Javert, fará de tudo para o voltar a colocar atrás das grades.


D Peter Pan na Lapa do Lobo

Jornal do Centro 04 | janeiro | 2013

culturas

A Fundação Lapa do Lobo, em Nelas, recebe amanhã, dia 5, a partir das 21h30, o espetáculo de teatro Peter Pan, pela Zunzum. A entrada é livre.

Cinema

O som e a fúria

O Sabor do Leite Creme… Afinal a que sabe? Este filme realizado por Rossana Torres e Hiroatsu Suzuki, selecionado para a competição de longas metragens portuguesas no DOCLISBOA 2012, deixa-nos o sabor afectivo de um doce que o imaginário de todos nós retém; a história de duas irmãs nonogenárias, Cassilda e Fernanda Cardoso de Figueiredo, professoras da Escola Primária de Mosteiro de Fráguas; o espaço vazio de um recreio sem meninos a brincar e de uma casa com corredores onde já ninguém corre e por onde

passa o tremido andar a bengala pontuado. “Ser velho tem uma vantagem”, diz uma das mestras para a outra: “Não somos obrigadas a fazer nada de especial”. Mas será a única, porque ali, naquele topos, o tempo flui ao sabor da natureza renovada e à contagem semanal dos comprimidos que são calços para a saúde que se debilita ao passar dos dias. O silêncio e os bordados fazem-nas Penélopes, já sem Ulisses mas com Caronte à porta. O estaticismo e os objectos, esses, misturam-se com as per-

sonagens e delas fazem uma integrante parte, como a terra que paciente espera e a lareira com seu fogo mas sem gente a quem aquecer. Filme do futuro. Do futuro de todos nós que somos os idosos de amanhã. Exercício de amor e análise da “terra” e dos ciclos existenciais que gera e cria em seu redor, por mais longe que os nossos passos dela nos levem e numa atração porfiada das raízes e das memórias de outrora. Uma homenagem, este “Sabor a Leite Creme” ao lado da rosa cortada e colocada sobre a velha có-

moda em cerejeira, num solitário continente que dela faz único conteúdo. Acresce a “modinha” com que a película se acaba: “ora ponha aqui, ora ponha aqui o seu pézinho…” Só que, de repente, o pé perdido deixa de ter o “ao pé do meu” da quase secular companhia. Em fundo, erecta, a silhueta recortada e sombria do Caramulo, sorri da efemeridade deste tão racional ser que é o homem sem tempo para reflectir na finitude do seu percurso. Paulo Neto

A Rossana Torres e Hiroastu Suzuki realizadores do filme “O Sabor do leite creme” Porquê o título “O sabor do leite de creme”?

Não sei. Não temos uma resposta concreta sobre isso. A primeira vez que surgiu a ideia de fazer um filme dentro da casa com as duas protagonistas foi num Natal em que houve leite de creme na mesa, feito pela minha avó Dona Fernanda. Há vários motivos para o título: a relação familiar, a relação de memória de criança, o doce da avó que desperta toda a questão de uma infância. O filme termina com uma moda“Oraponhaaqui,oraponha aqui o seu pezinho.”Que simbologia é que apresenta esta canção?

Não tem uma simbologia. A minha avó gostava muito da canção “ora ponha aqui o seu pezinho”e bordou essa frase num tapete de arraiolos.

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Estamos perante uma bordadeira que é uma espécie de Penélope à espera de um Ulisses. No filme ela espera por quem?

Ela espera pelo futuro quando está no Outono da vida. Todo o filme fala sobre solidão, sobre a vida e sobre o fim da vida. É tudo um ciclo. Colocaram a aldeia de Mosteiro de Fráguas como cenário principalnofilme.Estaescolha deve-se a algum motivo em particular?

A dona Cassilda, uma das protagonistas, viveu sempre por ali e é obvio que o filme tinha que ser gravado naquele mesmo sítio. A casa é o cenário principal e são estas duas senhoras que a enchem diariamente. As questões quotidianas estão sempre presentes. Porque decidiram transportar esta vivência tardia para a

película?

Desde o início que queriamos muito gravar aquela casa. Pensamos o quanto é bonito aquele quintal, aquele jardim e o quanto é bonita aquela casa. Estas pessoas viviam aqui como se fosse uma espécie de um paraíso estagnado. O Hiroatsu ficou encantado com toda aquela aspiração de vida. Já eu cresci ali e fiz uma revisitação às minhas raízes. Sendo estrangeiro, o que o levou a participar na realização do projeto?

Ele aprecia o cinema português. Já conheceu o Manuel de Oliveira, o Pedro Costa o António Reis e a Margarida Cordeiro e veio descobrir o país onde se faziam aqueles filmes. Encontrei-o, por acaso num seminário de cinema em Serpa e depois decidimos conhecer melhor a “Arquitetura Terra” o cinema que trabalha a Terra. Mais tarde, grava-

mos o filme “Cordão verde” na Serra do Caldeirão em Mértola. O que representa esta projeção na ACERT?

Este filme realizou-se num ano e meio e esta projeção é sobretudo um encontro social. Nesta sala estiveram presentes algumas das alunas da dona Cassilda e as pessoas sentiram a necessidade de fazer uma homenagem. Que planos aguardam no futuro?

Queria continuar a demanda do ambiente cultural na Serra mas alguns dos projetos que tinha planeado estão parados por falta de financiamento. Sem financiamento é quase impossível fazer um filme. Neste em particular tivemos o apoio da Gulbenkian, de familiares e amigos. Diana Melo

A Vida de Pi, de Ang Lee Maria da Graça Canto Moniz

Do ponto de vista técnico, não tenho conhecimentos para esmiuçar este filme mas, sem dúvida que se trata de uma incrível história, com diferentes significados, ref lexões e questões. Na verdade, o filme não é uma mera história de sobrevivência dum rapazinho que se vê a naufragar no meio do Oceano Pacífico durante não sei quantos dias, em condições desafiantes e impossíveis. Não. Embora tudo isso esteja presente, torna-se acessório perante o quadro de alegorias dos vários apanágios da vida ali retratados: o instinto de sobrevivência, a fé e o afeto. Dissecar a história em cada um desses apanágios é um exercício que se impõe ao espectador. Porém, este, facilmente ficará deslumbrado pela fotografia do filme e pelos pasmos causados pelas três dimensões que, por vezes, o farão suster a respiração mas, a própria música, que conduz as duas horas de filme é adequada a uma meditação. Visualmente, este filme é uma obra-prima. Este livro, de Yann Martel, foi considerado, à partida, como impossível de filmar mas Ang Lee (“O Banquete de Casamento”, “Razão e Sensibilidade”, “A Tempestade de Gelo”, “Brokeback Mountain”, “O Tigre e o Dragão”) supera o desafio resistindo a qualquer

tentação de antropomorfizar os animais que se tornam companheiros de Pi. Em vez disso, a bordo de um bote salva-vidas, testemunhamos uma mistura de terror, desespero e tentativas de confiança entre o Homem e o animal. Lee revela-se-nos como um poderoso criador de belíssimas imagens que ficam na memória: desde o céu noturno cheio de estrelas até ao próprio tigre que surge como personagem principal fascinando o espectador com toda a sua beleza e quase “monstruosidade”. Se pudesse resum ir este f ilme numa frase seria: “lenta e deliciosamente, o improvável assume a qualidade de verdadeiro”. O filme por si só poderia ser simplesmente uma bela fábula mas, para mim, o que o engrandece é o final, a forma como a história se “fecha”, ligando os pontos e com um toque de humanidade. Haverá quem veja neste filme um requintado documentário do National Geographic mas creio que são poucos (se é que os há!) os filmes que entrecruzam tão bem o ciclo da vida, a natureza crua e o lugar do homem nesse vasto meio, depois de despojado dos seus apetrechos criados pela sua racionalidade. Um filme a ver este ano, no próximo ou no outro. Bom ano!


Jornal do Centro

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saúde e bem-estar Cinfães tem nova ambulância do INEM Cinfães, no distrito de Viseu, tem nova ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), bem como os concelhos da Nazaré e Terras do Bouro. O INEM escreve em comunicado que “a entrada em funcionamento destas novas ambulâncias do INEM tem por objetivo reforçar a cobertura de

meios de emergência préhospitalar no território de Portugal continental. Pretende-se igualmente aumentar a capacidade operacional das corporações de bombeiros que são parceiros do INEM no Sistema Integrado de Emergência Médica”. As três ambulâncias estão equipadas com desfibrilhador automático externo. MC

Comparticipação de medicamentos para deixar de fumar Ministério da Saúde ∑ Uma embalagem de um fármaco para deixar de fumar pode custar acima dos 40 euros por mês. O Estado quer que os portugueses deixem de fumar e nesse sentido está a criar várias medidas. A comparticipação de medicamentos para deixar de fumar é uma dessas medidas e está já a ser estudada pelo Ministério da Saúde, ao mesmo tempo que vai avançar com a legislação para impedir os novos restaurantes e cafés de terem espaço para fumadores. Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto do Ministério da Educação, refere em entrevista à Lusa que é necessário “criar condições” para que os fumadores que querem deixar de fuma r o faça m . Neste sentido a Autoridade do Me d ic a mento

A

Estado quer ajudar os portugueses a deixarem de fumar (Infarmed) e a Direção Gera da Saúde estão a analisar o potencial terapêutico dos vá rios medicamentos para deixar de fumar, a fim de justificarem ou não uma comparticipação por

parte do estado na compra destes fármacos. Uma embalagem de um destes medicamentos, para um mês de tratamento, custa acima de 40 euros. Leal da Costa considera que “o medi-

camento que possamos considerar passível de comparticipação terá de ter o seu preço revisto. Terá de haver um compromisso por parte do fabricante para uma necessidade de reajustamento do preço para que seja compatível para o erário público”. Admitindo ainda que estes remédios são “desproporcionalmente caros para o resultado pretendido”, reforçando que uma comparticipação estatal é um “caminho novo”. Segundo dados do Ministério, os custos de saúde relacionados com o tabaco representam um encargo anual para o Estado de quase 500 milhões de euros. Micaela Costa


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CLASSIFICADOS 25

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IMOBILIÁRIO - T0 MOBILADO E EQUIPADO, Junto à feira semanal 200,00€ 232 425 755

- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

- T0 MOBILADO Centro, recente, mobilado e equipado 220,00€ 917 921 823

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018

- STUDIO – MOBILADO E EQUIPADO A 2 minutos do Palácio de Gelo água, luz e net incluído 225,00€ 969 090 018 - T1 Centro de Viseu, mobilado e equipado 275,00€ 967 826 082 - T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755 - T1dpx- jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823 - T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755 - T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018 - T2 Mobilado e equipado Bairro Santa Eugenia 300,00€ 967 826 082

- T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00€ 967 826 082 - T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755 - Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755 - Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018

- Moradia junto à cidade - mobilada e equipada, área descoberta, churrasqueira, garagem. 600,00€ 917 921 823 - Moradia – T3+2 Viso, garagem para 3 carros, lareira, cozinha equipada, jardim 600,00€ 969 090 018 - Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00€ 967 826 082 - Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755 - Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€ 917 921 823

- ANDAR MORADIA T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082

- Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018

- Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira, aquecimento 600,00€ 232 425 755

- ARMAZEM – Junto à Cidade, com 300m2 cobertos, 4 frentes, 1000m2 descobertos, 250,00€ 967 826 082

EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844 Eletricista da construção civil.

Armamar - Ref. 587858126

de escavação. Lamego Ref. 587858819

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Outros operadores de máquinas de imprimir Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Serralheiro civil. Lamego

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira Ref. 587823653 Condutor de máquina

- Ref. 587873168

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira Ref. 587869870

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Padeiro, em Geral Ref. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul Pedreiro Ref. 587866642 – tempo completo –

Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades Soldador de Arco Electrico

Ref. 587872707 – tempo completo – Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco Electrico Ref. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Marceneiro Ref. 587800256 Carregal do Sal A tempo completo Outras costureiras, Ref. 587839124 Carregal do Sal Outros estucadores Ref. 587872760 Carregal do Sal A tempo completo. Carpinteiro de limpos Ref. 587883429 Carregal do Sal

A tempo completo. Bate-chapas de veículos Ref. 587822404 Tondela Padeiro, em geral Ref. 587837876 Tondela A tempo completo Técnico em higiene Ref. 587874628 - Tondela Cortador de carnes verdes Ref. 587877191 -

Tondela A tempo completo Eletromecânico Ref. 587889139 Tondela A tempo completo Empregado de mesa Ref. 587893064 Tondela A tempo completo

Servente de armazém / carregador - serviço de catering Ajudante de cozinha Ref. 587893071 Tondela A tempo completo Ajudante de cozinha com muita experiência - serviço de catering

Fiel de armazém Ref. 587893067 Tondela A tempo completo

CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Técnico Vendas Refª 587887399 Tempo Completo - Viseu

Refª 587909760 - Tempo Completo - Viseu

Cabeleireiro Refª 587890581 – Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro Refª 587910752- Tempo Completo - Viseu

Cortador Carnes Verdes Refª 5878912132 - Tempo Completo Viseu

Serralheiro Civil

Pedreiro

Montador Màquinas

Refª 587910890 Tempo Completo – Viseu

(gruas) Refª 587912416- Tempo Completo – Viseu Engenheiro Mecânico Refª 5878909892Tempo Completo - Viseu

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.


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26 CLASSIFICADOS

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INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA Elisa de Jesus da Costa, 95 anos, viúva. Natural e residente em Veado, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Reriz.

Suzana de Jesus Rodrigues Antunes, 65 anos, casada. Natural de Abraveses e residente em Sintra. O funeral realizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

António Álvaro David Cardoso, 62 anos, casado. Natural e Joaquim Lourenço, 85 anos, viúvo. Natural de Abraveses e residente em Vila Pouca, Castro Daire. O funeral realizou- residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de dese no dia 31 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemi- zembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. tério de Castro Daire. Adelina de Sousa, 96 anos, viúva. Natural de Mundão e reAgostinho Fernandes, 86 anos, casado. Natural de Tendais sidente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 Cinfães e residente em Cêtos, Pinheiro, Castro Daire. O de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de funeral realizou-se no dia 1 de janeiro, pelas 15.00 horas, Abraveses. para o cemitério de Cêtos. Alberto Gomes Correia, 39 anos, solteiro. Natural de AnLucinda de Almeida Martins, 96 anos, viúva. Natural e re- gola e residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizousidente em Vila Pouca, Castro Daire. O funeral realizou-se se no dia 2 de janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério no dia 2 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de de Paradinha. Castro Daire. António Rodrigues Almeida, 95 anos, viúvo. Natural de Bodiosa e residente em Aval de Bodiosa, Viseu. O funeral reAgência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. alizou-se no dia 3 de janeiro, pelas 10.00 horas, para o ceCastro Daire Tel. 232 382 238 mitério de Bodiosa. Vitalino Filipe Pedroso, 69 anos, casado. Natural de Covão Augusto Rodrigues, 89 anos, viúvo. Natural e residente em do Lobo, Vagos e residente em Alemanha. O funeral reali- Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de janeizou-se no dia 29 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o ro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santos Evos. cemitério de Espinho, Mangualde. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Maria de Pina Figueiredo, 84 anos, viúva. Natural e resi- Viseu Tel. 232 423 131 dente em Vila Cova de Covelo, Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Vila Cova de Covelo. Aurora de Jesus Oliveira Fernandes, 87 anos, viúva. Natural e residente em Pinheiro de Baixo, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 31 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Graciano Morais de Loureiro, 77 anos, viúvo. Natural e residente em Pardieiros, Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 22 de dezembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Beijós. Júlio Marques da Silva Melo, 87 anos, solteiro. Natural e residente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 27 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Lageosa. Mercílio de Loureiro Pereira, 84 anos, casado. Natural e residente em Pardieiros, Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Beijós. Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009 Maria José, 90 anos, viúva. Natural de Granjal, Sernancelhe e residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Repeses. Josefa de São Pedro Araújo Cardoso, 88 anos, viúva. Natural de Trancoso e residente em Viseu. O funeral realizouse no dia 28 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Maria Silva Figueiredo, 92 anos, viúva. Natural de Povolide e residente em São Salvador, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Salvador. Ernestina Rosa da Costa Coelho, 87 anos, viúva. Natural de Vila Nova de Gaia, Porto e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Maria Zulmira Bernardina, 70 anos, casada. Natural de Cantanhede e residente em Esculca, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 564 de 04.01.2013)


Jornal do Centro 04 | janeiro | 2013

clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

FOTOS DA SEMANA

HÁ UM ANO EDIÇÃO 512 | 06 DE JANEIRO DE 2012 Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR

UM JORNAL COMPLETO

José Carlos Henriques

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Para descanso dos mais “aceleras”, este Ferrari último modelo, estacionado junto à Meia Laranja, não faz parte da frota da Brigada Territorial da GNR de Viseu.

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 15 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ECONOMIA pág. 18 > DESPORTO pág. 21 > EM FOCO pág. 22 > CULTURA pág. 24 > SAÚDE pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 29 > EMPREGO pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

Paulo Neto

Semanário 6 a 12 de Janeiro de 2011 Ano 10 N.º 512

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

· www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225

“Os jovens são os grandes parentes pobres da sociedade actual” ∑ D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

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Nuno André Ferreira

| páginas 8 e 9

Humberto Pereira

Do outro lado da circunvalação, frente ao edi fício Vi riato, esta cena da vandalização dos tapumes das obras interrompidas, é uma i nestética e perigosa realidade.

∑ Um dia... nos CTT dde Viseu ∑ “É preciso ter coragem para ser pobre” (D. Ilídio Leandro

∑ Placas nos fontanários geram receio na população

∑ Atílio Nunes quer erguer a Casa do Passal ∑ Centro Escolar de Ranhados vai avançar este ano ∑ O voleibol em Viseu tem futuro ∑ Abertura do novo hospital de Lamego adiada para abril

(12) janeiro : teatro

SERMÃO AOSPEIXES

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT Após o sucesso da estreia no 18º Finta o regresso para o público da ACERT…

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR

APOIO

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA Rua Dr. Ricardo Mota, s/n 3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt


tempo

JORNAL DO CENTRO 04 | JANEIRO | 2013

Hoje, dia 4 de janeiro, sol. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 5ºC. Amanhã, 5 de janeiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 2ºC. Domingo, 6 de janeiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 7 de janeiro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 0ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Sábado, 5

Sábado 5, Tarouca ∑ O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas acolhe, a partir das 20h30, o XXI Encontro de Cantares de Janeiras. Estarão presentes os grupos de cantares de S. Romão, Salzedas, Tarouca, Moimenta da Beira e Ferreirim.

Domingo, 6 Santa Comba Dão ∑ O Cine-Teatro da Casa da Cultura de Santa Comba Dão recebe, às 16h00, um concerto de Ano Novo interpretado pela Associação Filarmónica de Arganil.

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Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Arquivo (Nuno André Ferreira)

Vouzela ∑ A freguesia de Alcofra, em Vouzela, recebe a 21ª edição do Encontro Concelhio de Cantares de Janeiras. A iniciativa tem início pelas 19h30, com a atuação individual dos grupos pelas diversas localidades da freguesia, seguindose o encontro na Igreja Paroquial, pelas 20h00.

Ano perdido

A Comissão de Utentes Contra as Portagens realiza Fórum “Defender o Interior. Pôr Fim às Portagens”

Fórum contra as portagens em Viseu Objetivo ∑ Debater as consequências da introdução das portagens em vários distritos Realiza-se amanhã em Viseu, das 14h30 às 18h00, na Escola Secundária de Viriato, o Fórum “Defender o Interior. Pôr Fim às Portagens”, organizado pela Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24. A iniciativa conta com a participação de cidadãos, empresas, autarcas, docentes do ensino superior da área dos transportes e mobilidade, comissões de utentes de outras regiões do país, organizações empresariais, sociais e sindicais. Em comunicado a organização explica que se pretende “debater as consequências nefas-

tas que a introdução de portagens teve e tem na economia dos distritos de Viseu, Castelo Branco, Guarda, Aveiro e Vila Real, na vida dos cidadãos e na sustentabilidade de muitas empresas, sobretudo depois de o Governo ter acabado com as isenções que se encontravam previstas”, refere ainda que pretende-se “votar uma declaração a enviar ao Governo, Assembleia da República e Presidente da República”. No Fórum estão previstas intervenções dos membros da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24, João Azevedo, presiden-

te da Câmara Municipal de Mangualde, Jorge Silva, Professor na Universidade da Beira Interior, especialista em mobilidade e transportes, Gualter Mirandez, presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, um representante de uma grande empresa transportadora do país, Luís Veiga da Associação de Empresários pela subsistência do Interior, José Pinto, Presidente da Junta de Freguesia de Boidobra e alguns membros das comissões de utentes da região de Aveiro e do Grande Porto. Micaela Costa

1. 2012 foi um ano perdido: nada foi feito para melhorar o nosso funcionamento democrático nem tão pouco uma nova lei eleitoral autárquica. Pedro Passos Coelho e António José Seguro não fizeram o que deviam ter feito — a reforma da terceira república. António José Seguro — que chegou à liderança do PS com uma agenda anti-corrupção - foi mandado calar sobre o assunto pelos socratistas e calou-se. Agora, enquanto a generosidade das bases socialistas está focada nas próximas autárquicas, as elites pensam em legislativas antecipadas, apostando que Portas se divorcia de Passos. Depois das duas derrotas monumentais do ano passado — o acórdão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento e a resposta da “rua” à TSU -, o primeiro-ministro está em dificuldades mas a deriva estratégica dos socialistas pode resultar, como se diz em politiquês, numa “janela de oportunidade” para Passos Coelho tornar menos pesado o massacre que vai sofrer nas autárquicas. Depois de um ano perdido, Cavaco é uma solidão chamada BPN, Passos Coelho é Relvas, Portas é um bilhete de avião, Seguro é antes de Costa, os tribunais são Isaltino à solta, os media são pés-de-microfone para todo o bicho careta que diga “senhora”, com cara de enterro, antes do nome Merkel. 2. No início do outono vamos ter as autárquicas. Em Viseu, José Junqueiro e António Almeida Henriques têm a casa para arrumar. Os jogos florais entre facções na concelhia do PS causaram alguma mossa, mas nada que Junqueiro não resolva quando começar a trabalhar. Já António Almeida Henriques tem um problema bicudo para resolver. O dr. Ruas não se cansa de repetir que regressa em 2017. Ora, perante esta sombra, como é que Almeida Henriques vai convencer as pessoas que é um candidato a sério e não alguém que só quer tomar conta da “quinta” durante quatro anos?


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