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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 10 a 16 de janeiro de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO
Ano 11 N.º 565 1 Euro
pág. 19 > DESPORTO pág. 22 > CULTURA pág. 26 > EM FOCO Publicidade
pág. 29 > CLASSIFICADOS
REGIÃO DE VISEU
pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
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novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 27 > SAÚDE
| Telefone: 232 437 461
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pág. 16 > ECONOMIA
Novo acordo ortográfico
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“Em 2008, a CVR Dão tinha 1 milhão de euros(...) Esse dinheiro teve o mesmo destino que o fumo...” ∑ António Mendes em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9
∑ Silgueiros (Miguel Oliveira)
∑ UDACA (Carlos Silva)
Paulo Neto
∑ Vila Nova de Tázem (Pedro Pereira)
∑ Mangualde (António Mendes)
2
Jornal do Centro 10 | janeiro | 2013
praçapública r
palavras
deles Opinião
Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com
Opinião
David Santiago
Na região tem desaparecido alguma vinha, sem que as pessoas se apercebam muito, é o desaparecimento do património vitícola”
r
O consumo de vinho é hoje um objeto de culto e os restaurantes em Viseu já trabalham de forma mais digna e mais correta, em relação ao vinho do Dão”
rE o problema é que rA em Portugal 80 por cento dos vinhos são vendidos nas grandes superfícies e há cinco pessoas que mandam nos vinhos”
CVR Dão teve uma herança pesada e todo o bom trabalho que agora está a ser realizado parece pouco, mas houve anos em que não foi nenhum”
Pedro Pereira
Miguel Oliveira
António Mendes
Carlos Silva
Enólogo da Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem, em entrevista ao Jornal do Centro
Enólogo da Adega Cooperativa de Silgueiros, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da Adega Cooperativa de Mangualde, em entrevista ao Jornal do Centro
Enólogo da UDACA, em entrevista ao Jornal do Centro
TDT, porcaria de TV O termo Digital fez-nos pensar que iríamos passar para um serviço de alta qualidade, moderno e com maior interactividade, já nos sabíamos atrasados nesta passagem relativamente ao resto da europa, nada a que não estivéssemos já habituados; mas o sentimento de estranheza começou a formarse quando nos apercebemos o que implicava essa passagem…Ora bem que se era financeiramente afortunado e já se tinha pacote de tv paga, e/ou todos os equipamentos modernos com capacidade de recepção, ou então…comprava-se um aparelho para que a tv velhinha continuasse a funcionar, mas depois de instalado verificava-se que também a antena já era velhinha, mas depois da antena insta-
lada verificava-se que a cobertura não era assim tão “total” nem tão perfeita! As zonas mais junto à fronteira, o interior e zonas com isolamentos geográficos naturais, eram então candidatos a depois de toda esta despesa inicial, ainda entrarem no jogo da decisão final: ou passo a ouvir rádio ou tenho mesmo de despender uma quantia por mês por um pacote televisivo. Mas claro, se quiser acompanhar o desporto rei é melhor fazer as contas por cima, porque paga-se caro, e apesar de ser um dos preferidos portugueses e que maiores shares gera, está a desaparecer aos pouquinhos da tv pública. Depois de tanta decisão a ser tomada, e tanta coisa a ser comprada, seria bom que
pudéssemos simplesmente sentar no sofá e disfrutar…mas não! Apesar de pagarmos todos os meses a Contribuição Audiovisual que vem facturada na conta da EDP, uma grande parte das vezes o serviço é mau, bloqueia, e a frase “sem sinal” é tão comum que começa a semear pequenas vontades assassinas para com o aparelho. E mais, continuamos cingidos a apenas 4 canais (com um 5º, o do Parlamento, apenas com emissões pontuais), que talvez passem a 3, e com uma possível privatização que nos lance para a dúvida da permanência da qualidade que ainda resta num deles. As reclamações acumulam-se aos milhares, sem se saber muito bem a quem se diri-
gem, e sem qualquer possibilidade de ajuda técnica. Lembro-me de em 1996 as férias do Natal terem um presente especial, estreavam na tv dois “blockbusters” imensos, “O Piano” e o “Drácula de Bram Stoker”, mas a minha lembrança é negra…a electricidade falhou durante uma semana, e não vi nem um nem outro, nesse velho século e milénio, a falha de luz implicava não poder ver televisão, neste novo século e milénio, ter luz não quer dizer que se veja televisão…em Portugal. No final, acho que acabamos todos por pensar o mesmo: uma porcaria de um serviço que implica tanto investimento…deve querer dizer que alguém se “governou” com este negócio, não?
vido. Seguramente muitos tiveram a sensação ou o medo de que não teria um culminar. Voltando ao romance de Thomas Mann, também Hans Castorp duvidou da sua capacidade para resistir a tanto tempo nos frios Alpes, encarando esse espaço temporal como uma eternidade. Foi a paixão pela jovem russa Chauchat e o contacto com o mestre humanista Lodovico Settembrini que levaram Castorp a penitenciar-se pela voracidade com que os dias, até aí pesarosos e intermináveis, eram agora devorados. Aos portugueses faltará aquilo que Castorp entretanto ganhara: esperança. Quando a esperança escasseia, encaramos a passagem do tempo como quem olha, impacientemen-
te, para uma ampulheta contando cada grão de areia que percorre o caminho de uma âmbula para a outra. Citando José Adelino Maltez, “precisamos de engenheiros de sonhos”, capazes de nos devolver a esperança tolhida por aqueles que nos deveriam representar, mas se revelam incapazes de estar à altura dos desafios presentes. Enquanto Setembrini foi capaz de inculcar uma diferente percepção temporal a Castorp, afastando-o da impaciência, nós aguardamos impacientemente por alguém que nos devolva a capacidade para sonhar. Se assim não for, o ano que agora começa poderá ser ainda mais longo que o anterior, correndo nós o risco que se revele interminável.
Máquina do Tempo Findo 2012, invariavelmente, penso no quão moroso e difícil foi este ano. Por esta altura, acredito, cada um de nós escolheria poder saltar directamente para 2014, para 2015, ou até mesmo para quando as tormentas houvessem terminado e a bonança tornasse, talvez em 2020. Esta problemática assente na medida temporal recorda-me os dilemas de Hans Castorp, personagem principal do genial romance de Thomas Mann, intitulado “A Montanha Mágica”. A aparente constância temporal medida em segundos, minutos, dias, meses ou anos nada mais é do que uma ilusão imposta por uma sociedade pós-industrial, da qual o pensamento e reflexão estão cada vez mais
afastados. Como disse Carlos Drummond de Andrade “quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias(...)industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão”. A escassez de reflexão tende a uniformizar não apenas os comportamentos, mas também a percepção que temos do correr dos dias. Todavia, é inato ao ser humano que, de acordo com as dificuldades, as esperanças, os desafios, as carências ou paixões, encare determinado período temporal de forma distinta. Arrisco, no entanto, afirmar que todos nós gostaríamos poder esquecer rapidamente o ano agora finado. Como tal, para muitos de nós, o ano de 2012 foi um dos, senão o mais, penoso e longo até hoje vi-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
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números
estrelas
Sérgio Gorjão Diretor do Museu Grão Vasco
129.112 Número de visitantes que o Museu Grão Vasco teve em 2012.
Importa-se de responder?
Casimiro Gomes Presidente da Lusovini
A antiga Cooperativa Agrícola de Nelas passa a centralizar toda a logística nacional e internacional de engarrafamento de vinhos produzidos em diversas regiões portuguesas, num investimento de cinco milhões de euros.
Ao aumentar tão significamente o número de visitantes anuais do Museu Grão Vasco, recebe os louros de um trabalho consistente.
O da maioria dos portugueses: que o país evolua para melhor e saia da crise.
Marisa Victória
José Caesa
Agente da GNR
Reformado
Apesar das previsões serem negativas , o meu desejo é que o meu país melhore durante este ano de 2013.
Quero manter os meus planos e continuar a conviver em saúde com os meus colegas.
Lúcia Mendes
Jorge Adolfo
Cabeleireira
Professor
Marta Almeida marta92almeida@gmail.com
Aumentando a qualidade e gerando sinergias para a sua crescente comercialização, o vinho do Dão pelas mãos dos seus enólogos conquista cada vez mais apreciadores. Para breve... um vinho novo feito a cinco mãos.
Qual o maior desejo a concretizar em 2013? Para este 2013 desejo muita saúde para todos e subir na minha carreira profissional.
Opinião
Vinho do Dão
O pecado mora ao lado? Q u a ntos m i l h a re s de vez e s se n ão terá e sc r ito sobre a m a i s vel h a pro f issão do mundo? Foi ta lvez dos primeiros comércios i n st it u ídos . H á u m a vendedora e h á um comprador. A vendedora vende o que tem: o cor po. O comprador compra o que não tem: o sexo. É como na história do corrupto. Tem q u e h a ve r q u e m c o m p r e e q u e m s e deixe compra r. Os tempos vão ra reados de va lores. A mora l vendeu-se à esqui n a do m a-
terial. A escassez açula o que de mais malévolo há no ser humano: criminal id ade , pro s t it u iç ã o , v iolê n c i a , s u i cídio… A au sênci a de f rontei ra s – a h e ssa c oi s a d a g lo b a l id a d e e d a l iv r e c i r culação! – traz-nos o bom e com ele, ta mbém, toda a escória huma na . A grande criminalidade é estrangeira – não, não estou a fa la r da dos “col a r i n hos bra ncos”, poi s dessa temos até para exportar – a maioria das meretrizes é estra ngeira .
A ausência de legislação adequada , num país de hipócritas como o nosso, c o n c e d e a p a r a d i s í a c a i mp u n id ad e . Mas, ainda assim, não deveria permitir ao auta rca viseense a “insustentável leveza” com que se sujeitou a ser u m a “a nedota” n acion a l . A s “ peça s” que v i mos n a T V destaca m dois factos: prostitutas levia nas (passe a redu nd â nc i a) e u m aut a rc a l i gei r i n ho na a ná lise da situação, suas relações de causa /efeito e no desrespeito pe los munícipes.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor paulo.neto@jornaldocentro.pt
“Com enganos lhe fora assim negada...” Pound, E. – Os Cantos (XVI), Assírio & Alvim
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10 | janeiro | 2013
“Sim, esse povo é gente boa, eles Podem fazer tudo, tudo menos agir”
Paulo Neto, C.P. n.º TE-261
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1. Há nos rebanhos de ovelhas que pastam tranquilos nos prados uma serenidade oriunda da frescura da erva, do odor da terra, do trilar da avena, da sombra dos mastins, do cajado nodoso e do vulto seco do pastor. Tal bonomia… Não sabem que depois da engorda, da tosquia e da cria, a lâmina acerada, breve, certeira as esvairá num espasmo inútil
sobre a laje fria. Ciclos encadeados em anéis de uma corrente infinda, forjada no lume das cavernas e às cinzas do fogo regressados. 2. O presidente da República aprovou o orçamento de Estado com uma ligeira finta no meio campo, à própria sombra, para dar valor ao remate frouxo para uma baliza com a malha à frente. 3. O Ano, que chamam de Novo, apesar dos seus 2013 pesados calendários, chegou de dias dados à noite e com uma frieza no vento
sopradora de maus augúrios. Em fila, marcialmente alinhados, os vendilhões da usura apregoaram os novos custos de um viver escasso. A angústia cresceu com as unhas rapaces e os bolsos ficaram mais vazios. E os estômagos. Farto, só o frio que cresta as hortas e os ossos dos velhos sem achas nas fogueiras abandonadas. 4. Ikónnikov já mal sabe que terra o correu. Foi deixado para aí, numa cama com lençóis, num hospital. Convalescido do corpo, mais
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Opinião
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Opinião
O festim continua. Ao mesmo tempo que o Tribunal de Contas constata que os custos com os gabinetes ministeriais não desceram, o Banif é recapitalizado com milhões de euros cujos juros são, na prática, suportados por nós, contribuintes. Porque a imiscuidade entre a Banca e o Estado é o prato do dia, a DGS vem recomendar refeições económicas e saudáveis. Porque já comemos em pratos onde a comida não chegava para to-
das as pessoas presentes, como dizia o outro, sabemos o quão a pobreza é honrada e, por isso, aceitar trabalho sem remuneração, como a comissão que vai mexer no IRC, é um exemplo a seguir, diz o outro outro. E porque estamos em maré de cozinha, damos conta de que o salazar se chama agora gaspar, numa clara alusão à forma eficaz com que Gaspar rapa os bolsos, tal como o instrumento da cozinha rapa impecavel-
mente qualquer alguidar com massa de sonhos. Como os nossos sonhos não são de cenoura nem são sempre de Natal, “rapa” que é “rapa” é o jogo do rapa, naquele pião que roda, roda, roda, deixando-nos na expectativa sobre o que faremos aos nossos sonhos: põe, tira, rapa… Quando não houver nada para rapar, há sempre o reino dos céus, não é assim? Onde será mais difícil um
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Opinião
Escrevo esta crónica em dia de encerrar a quadra natalícia, eu que ainda sou do tempo em que “um conto de reis” era garantia de “um Natal que todos merecíamos” e certeza que além das prendas “muitas famílias teriam na Consoada os pratos que se habituaram”. Outros tempos… hoje foram-se os subsídios e, tirando os que entretanto emigraram, são poucos os agregados familiares onde a “gula fiscal” não roubou os últimos “tostões” porque a esperança no futuro, essa, foi hipotecada pelos sucessivos governos da última década. Neste cenário o número de 3476 euros gastos nas férias no Brasil pelo Secretário de Estado da Economia Almeida Henriques mostra que ainda há, felizmente, quem não tenha razões de
queixa e que há mais vida para quem frequenta festas do Pontal. As circunstâncias particulares que vivemos e a noção de que, como dizia Agustina Bessa-Luís, só se lidera pelo exemplo sugeriam alguma contenção por parte dos nossos governantes pelo que bem pode de seguida, com a inabilidade e presunção politica que caracterizam o também Presidente da Assembleia Municipal de Viseu, vir de novo a público insistir mostrando a factura das despesas pagas do bolso dele porque no geral fica a certeza que só eu e ele acreditaremos em tal versão. E nem precisamos de recuar aos tempos da Lusitânia mas tão só à X Legislatura em que o então deputado Almeida Henriques, na Reunião Plenária de 29 de Novembro de
2006, se dirigia ao Ministro das Finanças de então dizendo-lhe: “(...) - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, em matéria de impostos já ficou bem patente para todos os portugueses qual é a intenção do Governo. E essa intenção chama-se voracidade fiscal, chama-se cobrar mais para gastar mais! É claro e notório neste Orçamento que o Governo penaliza, mais uma vez, as famílias, as empresas e, mais grave ainda, penaliza a competitividade da economia portuguesa. Aliás, é o próprio Relatório de Outono do Banco de Portugal que vem reconhecer que este agravamento é insuportável para as famílias e para as empresas. Nesta voracidade fiscal, a que chamaria até «gula» fiscal - e a gula é uma coisa feia
Pica a leiva, Toino De pequenos, no meu tempo, todos fazíamos qualquer coisa. Além dos pais, por defeito, qualquer adulto tinha, , o direito de pedir aos mais pequenotes um favorzeco. E, em oposto ao hodierno, havia um certo prazer em ajudar. Ganhava-se a simpatia dos mais velhos, e com eles partilhamse momentos, conversas e, até, a sua cumplicidade, dando cobertura em algumas asneiras e ajudavam a dis-
simular a seu quociente, evitando a punição, mais do que certa, por parte da progenitura. Os pais amavam os filhos e educavam-nos, ainda que com castigos físicos. Bom, nas belgas que se cultivavam com a ajuda de toda a família, o trabalho era distribuído conforme as aptidões e capacidades. Os bois puxavam a charrua e a comandá-los ia o pai de família, único capaz de do-
minar o gado, indo o filho ao arado, endireitando a leiva conforme podia, enquanto se ouvia pelos campos uma espécie de rumor feito pelos homens que encorajavam o gado à tarefa pesada e davam simultaneamente indicações sobre a forma como a relha devia actuar no chão. Tanta vez ouvi: - Pica a leiva, Toino (Zé, Manel, João, Albino…) que ainda hoje me ecoa na cabeça, prazenteiramente. No final
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brando de cabeça, olhou em redor e com a leve trouxa na mão esquerda, especou-se no Jardim das Mães, sem saber onde estava, nem o que fazer. Desceu trôpego até à Cava, comprou um garrafão de vinho reles e atrás do Viriato, seminu porque é de bronze, abrigou-se sob um tecto roto, deitou-se sobre um soalho esburacado cortado por uma parede esboroada onde esbarrava o frio maior. Aqueceu-se no vinho até gelar o sangue dilatado de cansaço nas veias encordoadas e duras. 5. A gente boa que junta faz um povo
que só no hino esquecido grita, envergonhada, “às armas!”, recolhe-se à noite, tensa e zangada com o fado. Tem pesadelos porque há três meses que não paga a renda de casa. Pensa saber, agora, qual o fim do mundo anunciado. 6. Amanhã, entrará na fila dos que, olhos baixos, voz sumida e mão estendida receberão o cabaz de Natal – que é natividade – dos braços amigos e afadigados de esmolas dos fariseus. “Próspero 2013”, auspiciam-lhe como uma ordem amistosa e vil. 7. “Há mais pedintes nas esquinas e
putas nas vielas”, desabafa desalentado um magistrado amigo, cansado de julgar ladrões de pão. O sr. Alberto enforcouse numa trave da cozinha, para não ir roubar, mas só deram por isso 156 dias depois. Ninguém o deteve. 8. “Os opressores juntam-se
Porque andamos a desejar um feliz ano novo? Perduramos a fórmula num significante sem significado. E assim, o signo, claudicante, não passa de uma borboleta brilhante e morta.
Mas os oprimidos andam desunidos.” Brecht, B.
rico entrar. Assim, abençoados os pobres e abençoados os que os fizeram assim, que lhes garantiram um lugar no céu: esta élite política. Em Gaspar, não há nada de “técnico”, ele não é a cara de tecnocracia: é a cara da crença cega na tecnocracia. E, crente nos seus modelos teóricos, de técnico já não tem nada. De ideológico, porém, tem muito. O seu discurso de pobreza é um discurso crente. Um discurso confiante de que a classe média há-de pôr, os pobres terão de
tirar e a élite política há-de rapar. Mas como em todos os extremismos, Gaspar tem em si a incapacidade de ver para além da sua fé nos modelos e na sua ideologia da pobreza honrada. A classe média há-de deixar de pôr porque a prole desta deixará de alimentar este sistema viciado de “reposição”: a sobrevivência primeiro. E a sobrevivência implica que o pião deixe de rodar, implica estar fora do jogo do rapa. Quem nada tem a perder, não teme, não
é assim? Sabemos isso desde o início dos tempos, com a criminalidade a ser exaustivamente ligada à exclusão social (que é, como quem diz, o roubo à pobreza). A Autoridade Tributária perceberá, contudo, que todo um conjunto de pessoas que até aqui se portavam como cidadãs/ ãos exemplares no cumprimento dos seus deveres fiscais, se virarão, sem hesitação, para a ilegalidade. Receber um e-mail da AT em que a obrigação da emissão de factura é tida como uma forma de combate à
corrupção é um gozo puro à pessoa contribuinte. Mas o truque está na desvalorização. O que a AT diz, o que o Governo e o PS dizem, e todo o séquito de responsáveis que passaram pelo Poder nesta III República, tem de se desvalorizar, pela nossa sanidade mental. Por isso, na próxima Feira de São Mateus, quando for à banca que vende os piões do rapa, o jogo familiar vai jogar com nomes de figuras da III República. Faço figas para que me saia o rapa.
- não escapa ninguém!” para percebermos até onde vai a hipocrisia politica de Almeida Henriques. A memória das promessas da campanha das últimas legislativas que ditaram a vitória e ascensão política de Almeida Henriques, a par das crónicas e intervenções públicas, dariam para fazer corar de vergonha um qualquer Artur Batista da Silva, “coordenador” do PNUD da ONU. Basta lembrar da paixão esquecida do Arquivo Distrital ao banco de terras, da luta pela Universidade Pública ao fecho dos Tribunais, da fusão do Serviço de Finanças à Auto-Estrada Viseu – Coimbra. Na sua crónica de 1 de Fevereiro de 2010 dizia que “mantendo a coerência que sempre teve, só deve haver portagens para os residentes se existir via alternativa” mas, o seu Ministério acabou de anunciar há dias, neste início de ano, um aumento nas porta-
gens das ex-Scut superior à inflação. O social-democrata Almeida Henriques promete em Viseu, o seu assessor desmente em Lisboa. Com dificuldade em distinguir governar de governar-se, servir de servir-se espero que Almeida Henriques se recorde das datas referidas que cito factualmente não vá dar-se o caso de me acusar de demagogia ou, pior ainda, de maledicência. Agora os meus amigos maçons impolutos e idealistas, vão-me perdoar mas, a não ser que os desígnios da Maçonaria sejam outros depois do anúncio breve e quase certo de José Junqueiro como candidato do PS o PSD nacional irá também indicar Almeida Henriques como seu adversário. É sabido que na cidade também se aponta o nome de José Cesário como possível candidato (contra quem o amigo Carlos Marta nunca concorreria) e, sendo
certo que a política pode ser divertida sem dever ser burlesca pelo que esta discussão vai fugir ao controlo do PSD local, deixando de fora Mota Faria e para desconsolo último de Fernando Ruas o seu candidato Américo Nunes. Ruas, cuja cadeira é a causa de toda esta luta, detentor da patente da Marca Viseu que já conheceu melhores dias e propaganda mais positiva (e as meninas à janela da reportagem da SIC dispensava-se bem), poderá ocupar por troca directa o lugar do dispensável da governação nacional considerado assim adequado gestor da polis local. Conhecidos os dotes empresariais de Almeida Henriques num futuro próximo a cidade ainda terá saudades de Fernando Ruas, mas em 2017 com esta solução de mais do mesmo, senão pior com Guilherme Almeida a vice, a troca de cadeiras poderá de novo ter lugar.
Tal só não acontecerá a ser verdade tal cenário politico se, no momento em que se apresente nas urnas a sufrágio como candidato os viseenses lhe mostrem a factura das promessas politicas não cumpridas, da má gestão governamental e dos sacrifícios a que por isso serão obrigados durante mais uns anos. Os nossos representantes esqueceram o fundamental da política, precisam de ser recordados que a actividade política deve ser entendida com o espirito de serviço público ao qual se doam alguns anos de vida e não como um centro de emprego, para os próprios e família, ou como um up-grade económico-social a que não se teria acesso de outro modo. Mas quem ao fim de tantos anos ainda não compreendeu esta regra elementar dificilmente a entenderá, quem paga somos nós e… sem direito a férias no Brasil.
do dia, ou da tarefa, ia aquela procissão familiar para casa, cansada, mas alegre, todos com o seu dever cumprido e honrando o pão que iam comer. A cada dia de trabalho o laço de comunhão de família ia-se estreitando, apertando com afagos, beijos, alegria e partilha. Muita partilha. Muito entendimento. Muito querer em comum. Muita cumplicidade amarrada solidamente com amor, com “ter de ser”. Tudo isto se perdeu em actos e mesmo em
memórias. Os nossos filhos já nem sabem como ocupar o tempo. Nós, pouco precisávamos de brinquedos…! O que falta hoje é um timão nas mãos de quem o saiba manejar, mas não para a redra. Já que tanto se mudaram as coisas, que se dê uso ao equipamento que vai ficando obsoleto. Numas extensões lombares voltariam a ser úteis, se aplicadas adequadamente. Quem sabe se à porta de alguns prédios televisionados, com ma-
nequins à janela, a darem “boa” nomeada a uma cidade que já teve bons costumes enraizados e que vão perecendo por laxismo, por permeabilidade pútrida, por cobardia, por desvio da madre cultural e por interesses que a maioria das pessoas nem “cheira”. Vergonha, digo. Não se pode pactuar com situações que nos envergonham, que estragam com baba peçonhenta o crescer dos nossos filhos e os desviam dos pa-
drões que eram a base, consolidada, da cultura beirã, tão respeitada quanto admirada e dada como exemplo a seguir. Tomem-se medidas e exigir a quem nos representa uma sólida atitude de defesa do nosso património cultural beirão e banir, exemplarmente, estes desmandos que nos enxovalham, nos contrariam e que, em nada, lustram quem nos governa. Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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abertura
textos e fotos ∑ Emília Amaral
Ninguém lucra com as portagens Conclusão ∑ Fórum organizado pela Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24 mostrou que as portagens nas ex-SCUT “são um mau negócio” 2013 ∑ Dia nacional de luta contra as portagens confirmado
Durante o ‘Fórum Defender o Interior/Pôr Fim às Portagens’, que decorreu durante a tarde de sábado na Escola Viriato, em Viseu, organizado pela Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24, ficou provado que ninguém está a lucrar com a introdução de portagens nas ex-SCUT. “Aumentou o valor das rendas a pagar às concessionárias privadas” o que “produziu efeitos contrários”, tratando-se de “um negócio desastroso” para as finanças públicas, a par da diminuição dos fluxos de trânsito nas autoestradas, em algumas delas superior a 50%. As empresas passaram a ter uma fatu-
ra mais alta de portagens e a piorar a sua atividade também pelo aumento do tempo de deslocação. As pessoas pagam mais. As estradas nacionais e municipais estão a ser prejudicadas com o aumento de tráfego sem que tenham condições físicas para receber tantos veículos por dia. Há um novo problema social associado ao aumento de acidentes. Com estes dados, os vários intervenientes no Fórum mostraram que “a introdução de portagens é uma má medida de política económica que penaliza o interior”. O polivalente da Escola Secundária Viriato encheu-se de participan-
tes dos distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro e Porto e ainda de empresários, professores e autarcas. De Viseu estiveram presentes o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, José Morgado e o vice-presidente da Câmara de Mangualde, Joaquim Patrício. O porta-voz da comissão de utentes, Francisco Almeida sustentou que o princípio do utilizador/pagador que o Governo invoca deve ser “firmemente combatido”, a não ser que alguém queira aplicá-lo a toda a vida nacional. Os participantes defenderam a uma só voz que a “luta contra as portagens” deve continuar. O portavoz dos utentes de Aveiro
reforçou que “A luta organizada é o caminho para esta malfeitoria que o Governo está a fazer e é possível fazer o Governo recuar”, insistindo na ideia de que “as SCUT foram construídas com base na fundamentação de que não havia alternativas”. Rui Pereira, da Comissão de Utentes do Grande Porto alertou que “é uma falsidade dizer que as SCUT dão prejuízo, elas geram riqueza para o país”. No imediato, Rui Pereira, defendeu o fim das portagens, mas também uma análise ao processo por parte do Governo: “Temos neste momento toda a legitimidade para exigir que o Governo faça um estudo seguro so-
bre o impacto das portagens e com isso veja que não está a ganhar absolutamente nada”. Rui Pereira alertou igualmente para a “dimensão das quebras” tanto na utiliza-
ção das vias como na economia do norte. “A quebra de 200 mil euros por parte dos espanhóis no aeroporto Sá Carneiro deve-se à introdução de portagens”, exemplificou.
Aprovada proposta de proclamação
∑ Durante o Fórum Defender o Interior/Pôr Fim às Portagens foi aprovada por unanimidade uma proposta de proclamação, em que se apela a um esforço de convergência, no plano nacional, para que, com outras comissões de utentes, prossigam a luta contra o pagamento de portagens nas ex-SCUT. A realização de um dia nacional de luta contra as portagens, foi uma das iniciativas confirmadas por Francisco Almeida no final do encontro.
Testemunhos
Graça Pinto Professora/Dirigente do Bloco de Esquerda
“Sou utente militante da A25. Sou professora e faço diariamente 100 quilómetros. Utilizava a A25, mas ultimamente vou pela EN16.
Há dias o mecânico perguntou-me por onde tenho andado ultimamente com o carro, por causa dos estragos. Defendo o direito à mobilidade que é tão importante como o direito à saúde ou à educação. Sem mobilidade todos os outros direitos estão comprometidos. [Com a utilização das vias alternativas] chegamos em piores condições ao nosso trabalho, falo por mim. Isso não é contabilizado em números, mas é um aspeto que importa focar”.
lhar, porque não ganho para a “bucha”. Desisti de trabalhar mas não desisto da caça ao coelho. Tirem-nos tudo, mas não nos tiram a dignidade. José Carlos Nascimento
Vítor Pereira
Vendedor
Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS
“Sou comissionista [setor de ótica] e desisti. Represento duas empresas espanholas e não posso continuar a traba-
“As portagens estão num pacote enorme de políticas contra as portagens. Tem que haver uma política de transpor-
tes, porque o transporte é um bem social. Isto já lá não vai com melhoral, tem de ser com antibiótico! Ou este Governo sai rapidamente ou estamos feitos. O país tem que se desenvolver, não queremos uma política de mão estendida, é preciso criar riqueza e que a componente económica não esteja à frente da componente social”.
Jornal do Centro
FÓRUM DEFENDER O INTERIOR. PÔR FIM ÀS PORTAGENS | ABERTURA 7
10 | janeiro | 2013
Tem a palavra
“É a primeira vez que participo num ato deste género porque está na altura de sairmos da nossa zona de conforto e começarmos a agir como um todo. Somos todos responsáveis pelo bom e pelo mau. Esta situação das portagens vem trazer um problema acrescido a outros que os comerciantes já têm. A própria qualidade de vida dos residentes está posta em causa. As famílias evitam deslocações. Muitos dos clientes habituais do nosso comércio, dos concelhos vizinhos, como da Guarda, Seia, Covilhã, Gouveia Águeda etc. deixaram de vir por causa das portagens.” Gualter Mirandez da Associação Comercial do Distrito de Viseu
“A introdução de portagens é um conceito fundamentalista. As estradas municipais estão completamente obsoletas, não permitem que o trânsito circule com normalidade, pelo seu estado elevado de degradação. Não são alternativa” Joaquim Patrício, Vice-presidente da Câmara Municipal de Mangualde
“As portagens são um mau negócio para o Estado e são um mau negócio para o país. Têm custos sociais que têm que ser contabilizados nomeadamente os acidentes ocorridos nas estradas nacionais. Os proveitos acumulados têm um nível de execução de 50%. Não é por aqui que o Estado vai poupar. É uma má política económica, penaliza as empresas e a população”. Fernando Matos, da Universidade da Beira Interior
“O distrito está enxameado de autarcas que falam muito alto para baixo mas baixinho para cima”
1.
Francisco Almeida Porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24
Qual é o próximo passo depois do Fórum contra as portagens realizado em Viseu??
Vamos, com as outras comissões de utentes, nomeadamente do Porto, de Santarém e do Algarve, tentar encontrar um dia nacional de luta, sendo que a forma de ação pode não ser exatamente igual em todo o país.
2.
Fatura da Patinter sobe de 220 mil para 750 mil euros Portagens ∑ Administração provou com dados que “não se justifica a introdução de portagens” por não haver alternativas Pedro Polónio, da administração da transportadora Patinter, marcou presença no Fórum, onde explicou com números que a introdução de portagens nas ex-SCUT tem sido uma consequência “grave para a empresa”. “Se em 2010 a Patinter gastava cerca de 220 mil euros em portagens por ano, no território nacional, em 2012 gastou 750 mil euros”, revelou Pedro Polónio. “É grave para a empresa, mexe com o dinheiro das empresas e mexe com o dinheiro de todos nós”, reforçou. A Patinter, sedeada em Mangualde, uma das mais conceituadas e conhecidas empresas no sector de transportes internacionais na Europa, assume com parte do prejuízo, mas a situação atinge também os seus clientes, nomeadamente a Peuge-
ot Citroen de Mangualde, que é um dos seus melhores clientes. Pedro Polónio, na sua intervenção fundamentada com gráficos e estudos da empresa mostrou que “as regiões [norte e sul do país] são tratadas de maneira diferente”, ao revelar que uma frota de 12 camiões a fazer o mesmo percurso, o mesmo número de quilómetros e as mesmas portagens pagou em 2010 pouco mais de 600 euros no sul do país e 1500 euros no norte (valor que subiu para quatro mil euros em 2011). “Verifica-se que a região norte está muito mais portajada do que a zona da grande lisboa”, confirmou o administrador. Pedro Polónio comparou ainda a realidade nacional com o que se passa em outros países europeus por onde a frota de camiões da Patinter passa
regularmente, lembrando que “a empresa conseguiu no estrangeiro baixar a sua fatura de portagens”, ainda que estas tenham sofrido aumentos nos últimos anos. A conclusão é só uma para Pedro Polónio: “existem alternativas. Em Portugal não conseguimos alternativas e a empresa tem que pagar portagens porque não há alternativas”. Ao perspetivar um cenário difícil para 2013, o administrador admitiu que a empresa terá de efetuar ajustamentos para diminuir a fatura das portagens. Mas esse ajustamento acarreta consequências. “O ajustamento implica entradas e saídas da A25, um esforço acrescido para os motoristas, um esforço acrescido para as viaturas”, alertou. “Por tudo isto não se justificava a introdução de portagens”, terminou pedro Polónio.
É certo que em 2013 haverá um dia nacional contra as portagens?
É certo que nos próximos tempos haverá um dia nacional de luta contra as portagens disso não há dúvidas. No caso do distrito de Viseu, se quisermos paramos a A25 em poucos dias.
3.
4.
Esse era um dos objetivos do Fórum?
Para isso não valia a pena fazê-lo. O objetivo foi ouvir as opiniões vistas a partir de pontos diferentes. A opinião de um representante da administração da Patinter é necessariamente diferente da opinião transmitida por um enfermeiro ou por um professor que circula diariamente para ir trabalhar. Foi muito importante a intervenção do dr. Pedro Polónio (Patinter), demonstrando que fica mais caro circular no interior do país do que circular na zona sul do país, por várias formas, inclusiva nas portagens.
A ausência dos autarcas do distrito de Viseu era esperada pela organização do Fórum?
Participaram as câmaras de Mangualde e de Vila Nova de Paiva, mas esperava que outros participassem. Nós temos um distrito que está enxameado de autarcas que falam muito alto para baixo mas falam baixinho para cima. Participar numa ação contra as portagens é uma forma de falar para cima e eles para cima falam muito baixinho.
5.
Quer clarificar a ideia?
É fácil às vezes fazer uma declaração para a comunicação social sobre as portagens, mas é mais difícil dar a cara e participar em ações de protesto. Dito de outra forma, é fácil ser contra as portagens quando está um Governo no poder, quando passa para o Governo da nossa cor política, às vezes, é mais difícil para alguns. Recordo que alguns autarcas do nosso distrito reclamavam e posicionavam-se claramente contra as portagens no Governo, por exemplo, do engenheiro José Sócrates, mudou o Governo e passaram a ser menos contra. Já vi o município de Viseu e a Assembleia Municipal a posicionarem-se muitas vezes contra as portagens, mas era justo esperar que estivesse aqui, tal como os municípios de S. Pedro do Sul, de Vouzela, de Celorico da Beira, de Fornos de Algodres, da Guarda, de Castro Daire, de Lamego. Era de esperar destes municípios mais firmeza na luta contra as portagens. Não é preciso irem aos buzinões, terão certamente outras forma de intervir, mas era bom que o fizessem.
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à conversa
entrevista ∑ Tiago Virgílio Pereira fotos ∑ Paulo Neto
O Dom do DÃO O tratamento de dom dava-se a vilões melhorados, os “domnegos”, nos séculos XI a XIV, por próximos da nobreza. O povo, de seguida, muda o Dom em Dão… e hoje, muito naturalmente e para lá de todas as possíveis corruptelas, falar do Dão é falar dos seus plurais
Como será a colheita de 2012?
Miguel Oliveira – As primeiras impressões, que são aquelas que podemos falar, são muito favoráveis. Temos vinhos de grande equilíbrio, elegantes, de grande riqueza aromática, complexos e com uma grande capacidade evolutiva, estou confiante. António Mendes – Em Mangualde estamos muito surpreendidos com a qualidade do vinho em 2012, em especial os brancos. Este ano conferiu-lhes uma riqueza aromática e uma acidez pouco comum. Relativo aos tintos, os vinhos são excelentes e muito equilibrados. Pedro Pereira – Em Vila Nova de Tázem, sub-região da Serra da Estrela, os vinhos para 2012 não são muito concentrados e primam pela elegância. Há um equilíbrio entre álcool, acidez e corpo, numa colheita em que depositamos excelentes perspetivas e acreditamos que, pela sua qualidade, vão ser recordados no futuro. Carlos Silva – O 2012 destaca-se pelos brancos. Há muito tempo que não tínhamos brancos tão interessantes e fantásticos. A nível de tintos, o 2012 é o oposto de 2011. Se em 2011 tivemos volume, álcool e redondez, em 2012 temos vinhos mais frescos que se destacam pela acidez e mineralidade, que no fundo são as características do vinho do Dão. Quais as maiores dificuldades que o setor atravessa?
Carlos Silva – As dificuldades estão a montante e a jusante do setor. Por um lado os viticultores, na medida em que o tecido social
dons. Para tal ouvimos quem sabe e sobre a matéria tem avisada voz, mas no entreacto deixamos estas considerações, à laia de introito: Platão escreveu: “O vinho é o mais belo presente dos deuses aos homens”;
e rural está envelhecido e infelizmente não há fixação de pessoas mais novas à terra. Por outro, os mercados. Devido à conjuntura económica há muitos mercados que estão, progressivamente, a emagrecer. Pedro Pereira – A questão da produção, relacionada com a vinha, e a comercialização são os maiores entraves. Na região tem desaparecido alguma vinha, sem que as pessoas se apercebam muito, é o desaparecimento do património vitícola. A nível da comercialização continua a não existir uma forte implantação da marca Dão. Tem havido esforços, mas ainda não conseguimos implementar a marca Dão de forma homogénea por todo o país. António Mendes – O principal problema do Dão é a desorganização. Quer na parte da viticultura, quer na parte comercial. Depois, o enorme desequilíbrio entre a oferta e a procura. Nos últimos 5 anos, temos aumentado de forma sustentada a produção da região. Em 2008 produzimos 23 milhões de litros e em 2012, estimam-se 40 milhões de litros. O consumo baixou de 16 milhões de litros para 11 milhões, e isto causa o tal desequilíbrio entre a oferta e a procura. O custo de produção das uvas é outro fator que, nesta região de minifúndio, se faz sentir. Há ainda outra questão cultural que me entristece, em Viseu, capital do distrito, a maior parte dos restaurantes não tem como vinho da casa o vinho do Dão, mas sim de outra região. Não sei o porquê mas falta de qualidade é que não é. Miguel Oliveira – O maior problema da região é o en-
Henrique IV afirmou: “Boa cozinha e bons vinhos tornam a Terra em Paraíso”; Victor Hugo acrescentou: “C’est Dieu qui créa l’eau, mais l’homme fit le vin.” e, na sua sabedoria popular, os espanhóis concluem com o afo-
rismo: “Uma refeição sem vinho é como um dia sem sol.” Aquilino Ribeiro, na sua copiosa obra por meia grosa de títulos composta, lavra plurais excertos sobre gastronomia, onde a caça impera de mão dada com os produtos geralmente beirões. Em “O Homem da Nave”, falando de
galinholas: “A sua carne rivaliza com a do faisão e rima com Dão, sendo de lamentar que a cozinha provincial, escrupulosa por sete, comece por esvaziar-lhe a tripa, que é, segundo Brillat-Savarin, o melhor dela, desfeito em molho de manteiga e cominhos”, para concluir em “Aldeia, Terra, Gen-
∑ Vila Nova de Tázem (Pedro Pereira)
∑ UDACA (Carlos Silva)
velhecimento das pessoas que trabalham a vinha, não há um rejuvenescimento dos viticultores. Outro problema é o enquadramento social e económico que vivemos. Estamos em crise e não conseguimos dar o salto conforme pretendíamos. Qual o motivo da marca Dão tardar a afirmar-se no panorama nacional?
Miguel Oliveira – No meu ponto de vista, a forma como se encara o vinho tem vindo a melhorar. O consumo de vinho é hoje um objeto de culto e os restaurantes em Viseu já trabalham de forma mais digna e mais correta, em relação ao vinho do Dão. O problema do Dão a nível nacional é que as outras regiões também se estão a impor e têm outros trunfos para se
colocar no mercado. Têm mais dinheiro para investir em publicidade e nós não temos devido ao nosso tamanho atual. António Mendes – Eu não concordo que o Dão se tarde a afirmar. Temos de avaliar quantitativa e qualitativamente. Na parte qualitativa, penso que a marca é conhecida pelos grandes críticos nacionais e mundiais. A região deu um grande salto nos últimos cinco anos. Em termos quantitativos isso não está a acontecer. E o problema é que em Portugal 80 por cento dos vinhos são vendidos nas grandes superfícies e há cinco pessoas que mandam nos vinhos. No Dão, há duas marcas fortes que estão nesta distribuição e as outras marcas não têm capacidade para entrar nesta quota de mercado.
Pedro Pereira – Começa localmente. Viseu, em todo o conjunto, é uma cidade fechada para a questão do vinho, quando deveria ser o centro do Dão. Devia haver eventos e ações de promoção de cariz nacional para elevar a marca Dão, e não há. Carlos Silva – O que falta no Dão á a afirmação de nome e a aposta das pessoas. O Douro tem a mais-valia das paisagens, é património mundial e tem a força do vinho do Porto. O Alentejo destaca-se pela proximidade a Lisboa e os investimentos dos grupos capitalistas, na medida em que se tornou “chic” ter uma herdade no Alentejo. O Dão tem que dar este salto para trazer mais pessoas e não ser só vinho por vinho. Juntar o vinho com a Serra da Estrela poderia ser uma ótima aposta.
Como avaliam a prestação da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão?
Pedro Pereira - Um setor, e em particular o Dão, deve ser pensado a longo prazo, 10/15 anos. Foi assim que outros países começaram a ser líderes mundiais. Nós temos uma estratégia que está definida apenas para meio ano/1 ano e que muitas vezes não tem continuidade nos anos seguintes. Todos juntos temos e devemos colocar o Dão no lugar que merece. Carlos Silva – A CVR Dão teve uma herança pesada e todo o bom trabalho que agora está a ser realizado parece pouco, mas houve anos em que não foi nenhum. António Mendes - A região do Dão teve completamente parada mais de uma década e só há cinco
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te e Bichos, acerca da trindade degustadora: “ Três, isto é, a pessoa que a come, ela galinhola, a bem cozinhada, e uma garrafa de Dão.” Em “O Malhadinhas” o António Malhadas da Barrelas de um Sino, escreve Aquilino: “veio a pinga, um cântaro de palhete, deste palhete das margens do Dão, que parece veludo no céu da boca e um homem sente fugir pela goela abaixo vivinho e ágil como um lagartixo para a sua lorga.”
Em “Volfrâmio”, vem à colação o comilão Antoninho Fráguas, primeiro garfo do concelho, que assim se conformava: “Meio lombo de porco, um cabrito assado, duas molejas de vitela não requeriam para ele outra companhia além de seis ‘meninas’ do Dão.” Se nos lembrarmos que as seis meninas faziam 4 litros e meio… estamos conversados quanto a esta pantagruélica alma! A História do vinho enleia-se
inextrincavelmente com a do homem. Sabemos que a civilização nasceu da agricultura: quando os primeiros nómadas lançaram à terra as sementes e esperaram pela colheita, as suas errâncias cessaram. Poder-se-ia afirmar com mais exactidão que a civilização começou com o vinho pois a vinha leva mais tempo a produzir do que qualquer outra planta e apenas dá uvas para vinificação ao fim de quatro anos.
Depois de ter permanecido quatro anos num qualquer lugar, a tribo nómada já se tinha estabilizado e praticava algumas artes domésticas. Ignoramos quando o homem começou a beber vinho, mas aceitou-o como um dom dos deuses: os Egípcios atribuíamno a Osíris, os Gregos a Dionísio, os Arménios sustentavam que Noé tinha plantado a primeira vinha perto de Erivan (que sig-
nifica Rei, em Arménio). Aqui chegado e quanto aos dons do Dão, bem podemos deixar a oração do bordelês, aqui candidamente adulterada: Mon Dieu... Donnezmoilasantépourlongtemps De l’amour de temps en temps Du boulot, pas trop souvent Mais du Dão très fréquemment… Paulo Neto
Os Enólogos...
∑ Mangualde (António Mendes)
Carlos Silva. Licenciado em Enologia pela UTAD - Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro; Mestrado em Viticultura e Enologia pela UTL - Universidade Técnica de Lisboa;Título Profissional de Enólogo pelo Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. Enólogo da UDACA - União das Adegas Cooperativas do Dão; Docente convidado do Ensino Superior. Pedro Pereira. Licenciatura em Enologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Enólogo da Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem desde 1998. Docente convidado do Ensino Superior.
António Mendes. 42 anos, licenciado em Ciências Vitivinícolas e pós graduado em Gestão de Empresas pela UCP. Viticultor, Presidente da Adega Cooperativa de Mangualde, vogal da direção da CVRDão. Miguel Oliveira. Licenciado em Eng. Agrícola pela UTAD, pós graduado em Viticultura e Enologia pelo ISA-UTL. Enólogo da Adega Cooperativa de Silgueiros desde 2000, Sócio e Enólogo da empresa de Consultadoria VW Vines e Wines Lda desde 2002. Docente na ESTH-Seia do IPG nas Cadeiras de Enologia.
∑ Silgueiros (Miguel Oliveira)
anos é que começou a ressurgir. Quando foi exigido o profissionalismo, o Dão não esteve à altura. As pessoas que geriam não estiveram preocupadas numa visão a longo prazo nem com a valorização do Dão. Em 2008, a CVR Dão tinha 1 milhão de euros em depósitos a prazo que foram gastos no centenário. Esse dinheiro teve o mesmo destino que o fumo: desapareceu, em festas e festinhas. Nos dias de hoje, a Comissão, da qual eu faço parte, tem feito um bom trabalho. Miguel Oliveira – A Comissão tem realizado o trabalho que é possível fazer. Mas podemos fazer sempre mais. É visível que há uma estratégia mais definida. A nível mundial onde podemos colocar as melhores
colheitas do Dão?
Todos: No topo. Quais os mercados externos que o Dão deve explorar?
Todos: Onde estão os emigrantes portugueses, França, Suíça, Alemanha e Luxemburgo. E depois os mercados a emergir: E.U.A. , Canadá, Brasil, Angola, Moçambique, Polónia, Rússia, China e Hong Kong. Em abril, será lançado na UDACA um vinho tinto único no Dão, da colheita de 2010. É um vinho que junta quatro adegas e cinco enólogos. Para além dos enólogos que estiveram à Conversa com o Jornal do Centro, junta-se António Narciso, da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo. Carlos Silva – A ideia partiu de todos. E, por questões logísticas ainda não podemos revelar o nome. Os
enólogos que trabalham em Adegas Cooperativas decidiram mostrar ao mercado que conseguem fazer, em junção, um vinho capaz de vencer todas as contrariedades. Representa todo o Dão no sentido vínico das sub-regiões, numa abrangência geográfica. O que esperam para 2013 e para a marca Dão?
António Mendes - Não sou nada pessimista e o setor vitivinícola e o Dão vão ser melhores em 2013. Miguel Oliveira – Espero uma maior afirmação do Dão. Pedro Pereira – Desejo que tenha maior projeção e mais vendas. Carlos Silva – 2013 será o ano de afirmação por via da exportação e do reconhecimento dos mercados internacionais.
Os Vinhos... Tazem Tinto Castas: Touriga Nacional, Jaen e Alfrocheiro Ano: 2009 Cor: Rubi acentuada Álcool: 13% Estágio: Seis meses em depósito e estágio em barrica durante seis meses. Estágio de 12 meses em garrafa. P rova: Not a s frescas e de flores. Os taninos presentes envolvem notas de frutos pretos, algum licor e ligeira tosta. Termina longo e bastante persistente. Ao consumidor: Armazenar em posição horizontal, protegida da luz direta, em local com temperatura entre os 10-12ºC e humidade relativa entre os 75-80%.
Dom Daganel Reserva Castas: TourigaNacional e TintaRoriz Ano: 2005 Cor : I n te n s a e profunda Álcool: 13,5% Estágio: Em barrica de 225 litros de c a r va l ho f ra ncê s novo durante 14 meses e 1 2 meses em garrafa. P r ov a : A r o m a complexo de f r uta de bosque, com nu a nce s de t abaco e cacau, na boca apresenta-se equilibrado longo e estruturado.
Vinho Tinto Tesouro da Sé Privat Selection Castas: Touriga Nacional e Alfrocheiro Ano: 2009 Cor: Rubi profundo com reflexos violeta Álcool: 13,5% Estágio: 12 meses em barrica de carvalho Allier Fino, seguindo-se de 6 meses em garrafa Prova: Aspeto límpido, aroma muito fino com presença de notas de ameixa e amora madura com nuances de baunilha fina, chocolate preto e especiarias. Sabor complexo, intenso e aveludado, boa estrutura de elegantes taninos construindo para uma requintada persistência. Ao consumidor: Vinho que se apresenta para se consumir no entanto poderá ser guardado por mais 10 anos.
Castelo de Azurara Castas: Touriga Nacional Ano: 2010 Cor: Tinto Álcool: 13,5% Estágio: Seis meses em barricas de carvalho americano. P rova: G r a nde intensidade de cor, com tons violáceos. Na boca apresenta-se equilibrado com taninos redondos, bastante musculado e com final persistente. Ao consumidor: Acompanha bem pratos de carne com destaque para o cabrito assado em forno de lenha. Deve consumir-se a uma temperatura de 19ºC. As garrafas devem ser armazenadas na horizontal.
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região Novos monumentos de interesse público
Moimenta da Beira. Des-
FORUM VISEU PREMEIA CLIENTES
Arquivo
Lamego. Foram quatro as igrejas e capelas, do concelho de Lamego, considerados monumentos de interesse público, pelo Governo, através da Secretaria de Estado da Cultura. A Capela de Nossa Senhora dos Meninos do Bairro da Ponte, a Igreja do Mosteiro das Chagas, no Jardim da República, a Casa e Capela de Santo António e a Igreja Matriz de São Silvestre, estes dois últimos situados na freguesia de Britiande, passam assim a fazer parte da lista de imóveis classificados no nosso país. A relação de monumentos classificados agora pelo Governo integra 40 edifícios e conjuntos arquitetónicos existentes no território nacional, quatro dos quais em Lamego, um número assinalável que reforça a importância deste concelho como o centro histórico e cultural do Douro Património da Humanidade.
de o passado dia 7 que o antigo Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação, no Terreiro das Freiras, em Moimenta da Beira, é “monumento de interesse público”. A conceção do edifício, sob o ponto de vista arquitetónico, urbanístico e paisagístico, foi considerado “relevante”, tal como o seu valor estético e testemunho simbólico e religioso. O convento foi fundado no final do século XVI (1596) pelo Abade Fernão Mergulhão, recebendo os privilégios da Congregação Beneditina de S. Martinho de Tibães um ano depois, em1597, por bula papal. Na igreja, de estrutura maneirista, destaca-se o erudito portal principal, de duplas colunas jónicas e frontão semicircular, e a varandamirantena na fachada principal, apoiada em volumosos modilhões de volutas. O interior mantém elevada integridade e autenticidade, apresentando muitos elementos barrocos, sobretudo ao nível do programa decorativo, com altares de estilo nacional e rococó e revestimentos azulejares do tipo tapete. Conserva o coro-alto e o coro-baixo gradeados, edificados originalmente para uso exclusivo das freiras. O edifício destaca-se pela qualidade construtiva, dimensões e sobriedade. MC
A Moradores do bairro já apresentaram várias queixas às autoridades
PSP investiga Quinta do Grilo Problema ∑ “Prostituição encapotada” limita trabalho da PSP Na sequência de várias queixas de moradores está em curso uma investigação ao bairro da Quinta do Grilo, em Viseu, conhecida zona de prostituição, na zona habitacional. Apesar de a prática ser de conhecimento público o comandante da PSP, Victor Rodrigues, explicou à lusa que é “difícil recolher prova”, pois é tudo feito dentro dos apartamentos. “Não há ali prostituição a céu aberto, nas ruas. É uma prostituição encapotada, o que em termos de investigação se torna muito mais complicado”, acrescentou. Há vários anos que moradores daquele bairro
residencial de Viseu, situado junto ao Hospital de S. Teotónio, se queixam do mau ambiente gerado depois de várias prostitutas terem ido morar para lá, tendo feito abaixo-assinados e apresentado queixas na PSP. Victor Rodrigues, conta à lusa que cerca de um mês depois de ter tomado posse, recebeu uma carta de um morador indignado a descrever essa situação e que, de imediato e procurou saber o que se estava a passar. “Em termos de investigação criminal, temos um processo aberto. Mas é difícil recolher prova, porque os homens que
são abordados, embora se desloquem claramente para junto daquelas senhoras, não dizem ao que vão. E elas, quando são abordadas, também não dizem que se dedicam a isso”, explicou. O comandante da PSP afirma que o patrulhamento está a ser feito e chegam mesmo a identificar quem por ali passa, como forma de evitar que voltem lá, “se sentirem que a polícia controla, que quando ali vão podem estar sujeitos a ser mandados parar e a identificar-se, pode ser que evitem ir lá”, explicou. Micaela Costa / Lusa
Tiago Virgílio Pereira
foto legenda Primeira pedra da Casa Museu Madre Rita foi colocada no passado dia 6. Para Custódio Ferreira, presidente da junta de freguesia de Ribafeita esta é “uma obra de grande importância pois evoca a memória da Madre Rita”. Acrescentando ainda que “é uma obra muito ambicionada e que pode trazer muitos devotos à terra”.
No passado dia 7, a administração do Forum, entregou aos vencedores do passatempo “Os Clientes Habituais Merecem Mais”. O centro comercial decidiu premiar a f idelidade de quem visitou o espaço até 31 de dezembro. Ana Costa, Bruno Salgado, Luisa Monteiro, Maria Elisabete e Paulo Silva, foram cinco os contemplados com 5.000 euros. Para o Forum Viseu foi a forma encontrada de retribuir a “lealdade e o carinho” a quem os visita e para os vencedores “é, uma forma de entrar em 2013, mais aliviado no orçamento e, de algum modo, facilitar os tempos difíceis que se avizinham”. MC
PALÁCIO DO GELO DIVULGA LISTA DE VENCEDORES No passado dia 7, o Palácio do Gelo, em Viseu procedeu à extração do nome dos vencedores dos 15 prémios a atribuir aos clientes. O primeiro lugar premiou Cremilde Martins Alexandre, com um Renault Twiz. Ana Maria Alves Cabral, arrecadou o segundo prémio, também um Renault Twizy e o terceiro lugar, uma viagem para duas pessoas em regime de meia pensão, a Tenerife, foi para Carla Liliana Oliveira Alves. Um telemóvel, estadias em hotéis e um televisor foram alguns dos restantes prémios atribuidos.
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12 REGIÃO | VISEU | SÃO PEDRO DO SUL
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Opinião
Mc Donald´s à Portuguesa Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Vseu. Um homem foi detido no passado dia 6, pelo Núcleo de Proteção Ambiental, do Destacamento Territorial de Viseu, em Povolide, Viseu, pelas 17h15, por crime de caça ao tordo para além do período permitido. A detenção ocorreu no âmbito de uma operação de fiscalização de caça. Ao homem de 51 anos de idade foi-lhe ainda apreendida uma arma, catorze cartuchos, uma arma de caça, um colete, um livrete e uma carta de caçador. Recorde-se que a caça ao tordo, naquela zona, é permitida após os nascer do sol e até às 16h00.
ATROPELADOS
São Pedro do Sul. Na sequência de um atropelamento que decorreu na madrugada de dia 5, morreram duas pessoas de 32 e 50 anos, no concelho de S. Pedro do Sul. As vítimas mortais eram naturais da freguesia de Vila Maior. O alerta para o atropelamento foi dado às 2h30, na povoação de Cobertinha, freguesia de Vila Maior, segundo o Comandado Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu. O comandante dos Bombeiros da Salvação Pública de S. Pedro do Sul, Eduardo Boloto, explicou à agência Lusa que quando chegaram ao local, um homem já se encontrava cadáver, enquanto o outro ainda tinha pulso. O atropelamento ocorreu na estrada nacional, no sentido S. Pedro do Sul – Castro Daire, dois ou três metros depois da cortada para Vila Maior centro, numa zona de “pouca visibilidade”. “À primeira vista, a viatura ter-se-á deparado com duas pessoas no chão, já muito em cima, e atropelou-as, pois o carro não tem qualquer dano do para-choques para cima”, informou. O comandante informou ainda que “o condutor do veículo parou logo uns cinco metros à frente e manteve-se sempre no local”.
DR
DETIDO
A Inês Cruz e Thiago Ribeiro da Costa
Jovem de Silgueiros morre no Brasil Funeral ∑ Realiza-se esta sexta-feira pelas 16h00 em Silgueiros A jovem enóloga, Inês Ma rques Pesta na da Cruz, de 29 anos, natural de Silgueiros, Viseu, morreu no passado dia 6, atingida por um raio, na praia de Bertioga, a cerca de 100 quilómetros de São Paulo, no Brasil. A descarga elétrica vitimou ainda o marido da jovem viseense, Thiago Ribeiro da Costa, de 31 anos, natural do Brasil. Os dois foram socorridos e transportados para um
serviço de urgência médica, mas não sobreviveram. Inês Cruz e Thiago Ribeiro da Costa foram surpreendidos por uma tempestade quando passeavam numa praia de Bertioga, no litoral do estado de São Paulo. O casal vivia em Itupeva, no interior do Estado, e encontravam-se a passar o fim-de-semana em casa de um amigo. Segundo fonte próxima de Inês Cruz, o casal pre-
parava-se para construir casa no Brasil, tendo já adquirido um terreno para o efeito. Inês Cruz, trabalhava como enóloga e fundou no Brasil a empresa Viavitis Cursos & Consultoria. O corpo da jovem Inês Cruz será transladado para Portugal e o funeral realiza-se esta sexta-feira pelas 16h00, em Silgueiros. Micaela Costa
A colossal empresa alimentar de escala mundial Mc Donald’s especializada na comida fast-food povoou todo o mundo. Construiu uma marca, um conceito de forte impacto. Criou e induziu novas ideias e gostos gastronómicos, com produtos agrícolas oriundos e desenvolvidos nos Estados Unidos da América, que disseminou por todo o lado. Esta empresa desenvolve uma campanha de marketing assertiva na procura de novos clientes. Nos dias de hoje qual é a criança que ainda não foi ao Mc Donald’s e não rejubila com as ofertas propostas? Os agora debutantes consumidores não estão particularmente interessados na qualidade dos menus degustados, mas sim vidrados nos brinquedos oferecidos. Digo eu. Assim, desde tenra idade os clientes são moldados e instruídos para posteriormente se deleitarem com os produtos propostos. Os menus são concebidos e desenvolvidos com o propósito de se tornarem apetecíveis em sabores e texturas. Um processo que tem como intento replicar gostos e sabores a perpetuar ao longo de gerações. Os pais que não se revêem neste formato de comida ficam confinados a acompanhar os seus filhos nesses períplos, ou não. Para este grupo de clientes, ainda arreigados a uma cultura gastronómica portuguesa, a empresa soube alargar a sua oferta de pendor americano algo estereotipada e espartana. A Mc Donald’s compreende o mercado onde se movimenta e diversificou a oferta com iguarias portuguesas e são disso exemplos: a Bica, o Pastel de Nata, as Sopas (em particular o Calve Verde), as saladas, o Mc Lusitano (que combina pão rústi-
co português, paio da Nobre, queijo Terra Nostra dos Açores e batatas fritas às rodelas), a Mc Bifana, o gelado Sundae com cobertura de Doce de Ovos, com Pera Rocha e recentemente com compota de maçã de Alcobaça, dispondo ainda de fruta portuguesa laminada. A este conjunto poderemos ainda juntar a água, a cerveja, os sumos e néctares, tudo português e, provavelmente, esqueço-me de alguns. Podemos então perceber e meditar sobre o modo como uma multinacional manifesta plena capacidade de se adaptar a cada território que vai colonizando, num processo de plena aculturação, mas ávida e disponível para diversificar a sua oferta e moldá-la a cada país. O que seria interessante era conhecer o volume que estas ofertas genuinamente portuguesas representam para a empresa. Sabe-se, no entanto, que uma larga maioria dos seus fornecedores são já empresas portuguesas a responder a um controlo de qualidade muito apertado. Assim, se é possível desenvolver este formato de fast-food com algumas receitas portuguesas presumivelmente carece apenas juntar aos mencionados produtos outros de igual valor e exemplos não faltam por este Portugal. O que falta para que esta hilariante utopia, ou não se torne uma realidade é apenas reajustar ideias, conceitos e procurar na nova e pujante vaga de projectos agrícolas parceiros a estimular correctamente para que possam abraçar novos produtos, novas combinações, gerando inovadoras sinergias. Os futuros menus à portuguesa no formato fastfood.
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VISEU | REGIÃO 13
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APPDA recebe donativos do FFitness Decorreu no passado dia 6 a entrega dos donativos à Associação Portuguesa de Autismo (APPDA Viseu), recolhidos numa ação de solidariedade levada a cabo pelo FFitness Hea lth Club Viseu. Os fundos foram angariados numa atividade desenvolvida pelo ginásio, nos dias 14 e 15 de dezembro e que consistiu numa maratona de Cycling. Os participantes, agrupados por equipas, alugavam uma bicicleta e durante 24 horas não podiam deixar de pedalar, revessandose entre si. O valor recolhido do aluguer do material reverteu a favor da APPDA. Sónia, diretora técnica do espaço, explicou que “esta atividade faz parte de algumas práticas so-
ciais que têm vindo a desenvolver”. Todos temos obrigações para com os outros cidadãos e a solidariedade é uma forma de retribuirmos à sociedade o que ela nos dá”, acrescentou lembrando ainda que esta foi uma atividade “interessante e de partilha de esforço entre todos, desde participantes, professores e funcionários do ginásio”. Os donativos recolhidos vão servir para “financiar a equitação terapêutica ao longo de um ano de um jovem com 18 anos de uma família carenciada, que se encontra em casa sem qualquer tipo de apoio e para quem a equitação terapêutica é “o ponto alto da semana”, explicou Prazeres Domingues, presidente da direção da
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Angariação ∑ Financiar a equitação terapêutica de um jovem de uma família carenciada.
A FFitness entregou o donativo à APPDA, domingo, dia 6. APPDA Viseu. Estas ações são, para Prazeres Domingues, “estruturantes” para a associação “pois ela só existe porque existem amigos e voluntários”. “São atos como este que permitem que a APPDA
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prossiga e os voluntários (pais e amigos) sintam força para continuar”, acrescentou. A APPDA é uma associação que contribuiu para o desenvolvimento pessoal, emocional e social, para a autonomia e Publicidade
s o s r u c s o Nov em r a i c i n i a o r i e r e v e F
Inglês e Espanhol
Rua dos Casimiros, 33 - 3510-061 Viseu Tel: 232 420 850 - information@ihviseu.com - www.ihviseu.com
para a reabilitação das crianças, jovens e adultos com Perturbação do Espectro Autista (PEA) da região de Viseu. “Não tem financiamento público, conta apenas com apoios pontuais para projetos concretos. Isto
apesar de o trabalho que desenvolve ser enaltecido e sublinhado por várias entidades públicas” explicou a diretora, Prazeres Domingues. A APPDA tem ainda uma vasta lista de necessidades específicas que vão desde roupa a materiais para adequação de espaços, jogos didáticos e outros materiais necessários a determinados ateliers e intervenções. Tem ainda uma campanha com uma lista de crianças que necessitavam de ser apoiadas e/ou apadrinhadas em terapias com valores que vão desde os oito euros mensais da Natação Adaptada até aos 25 euros do treino de competências. Micaela Costa
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educação&formação Secundária de Resende abre remodelada O primeiro dia de aulas do segundo período foi de festa na Escola Secundária D. Egas Moniz de Resende, com a abertura oficial das novas instalações, inauguradas pelo presidente da Câmara, António Borges, e pelo diretor do Agrupamento de Escolas, Manuel Luís Tuna. O investimento de 12
milhões de euros permitiu modernizar todo o edifício, dispondo de quatro laboratórios totalmente equipados, salas equipadas com vídeo-projetor, oficinas de música, um novo espaço para o curso de Termalismo, biblioteca totalmente nova, um auditório, gabinetes e salas de reuniões, áreas de
apoio administrativo, refeitório, bar, a par de outras valências. “Espero que no futuro este tipo de intervenções e este caminho que estamos a percorrer resulte numa qualificação acrescida no concelho de Resende” referiu António Borges, durante a cerimónia. EA
Os alunos da Universidade Sénior de Armamar (USA), apresentaram um espetáculo resultante do projeto de Natal, criado em novembro do ano passado, que envolveu a autarquia local e a associação dos trabalhadores da Câmara MuPublicidade
nicipal. Do espetáculo fez parte uma revista à portuguesa, um cântico de Natal em língua inglesa. “Note-se que a aprendizagem do inglês consta da oferta formativa da USA”, lembra a autarquia em comu-
nicado. À iniciativa juntaram-se ainda os alunos convidados da Universidade Sénior Rotary de Valongo que levaram a música “Cantares ao Menino” e dramatizaram o conto “Suave Milagre”, de Eça de Queirós.
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Universidade Sénior de Armamar promove espetáculo
A Secretário de Estado do Ensino Básico inaugurou edificio no sábado
Centro Escolar de Lamego inaugurado Projeto ∑ Escola renovada conclui reorganização da rede traçada pela autarquia O secretário de Estado do Ensino Básico, João Grancho inaugurou no sábado o novo Centro Escolar de Lamego Nº2, que se encontrava a funcionar desde o início do ano letivo. A escola renovada, que recebe 177 alunos do 1º ciclo e 50 crianças do préescolar, oferece salas de aula dotadas de equipamentos modernos, espaços próprios para o ensino da música e da informática e para o ensino especial, entre outras valências. O projeto contemplou ainda a requalificação da envolvente exterior que integrou a criação de um parque infantil com uma horta pe-
dagógica e a construção de um parque de estacionamento de apoio. Nascido da ampliação e requalificação da anterior Escola Nº2, o novo Centro Escolar de Lamego Nº2 “já está a cumprir o fim para o qual foi concebido: ser u m a escol a modelo, adaptada às necessidades atuais do sistema educativo”, lembrou o presidente da Câmara de lamego. O Centro Escolar constitui a última etapa do processo de reorganização da rede escolar que a Câmara traçou. A este estabelecimento de ensino, juntou-se a entrada em funcionamento
de três novas infraestruturas, construídas de raiz: o Centro Escolar de Lamego, erguido junto à Escola EB 2/3, o Centro Escolar de Lamego-Sul (freguesia de Penude) e o Centro Escolar de Lamego-Sudeste (freguesia de Ferreirim). “A construção de quatro novos centros escolares foi uma prioridade absoluta desta autarquia. Deste modo, será mais eficaz o combate ao abandono e à exclusão escolar, bem como a oferta de refeições e de outros apoios sociais aos alunos”, acrescentou o presidente da autarquia. Emília Amaral
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economia Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
POUSADA DE VISEU ANIMA NOITES DE SÁBADO A partir de janeiro, a Pou sad a de V i seu terá música ao vivo todos os sábados à noite. Os concertos de piano surgirão entre as 19h30 e as 23h00 e acompan h a rão os hóspedes durante a hora de jantar no claustro Mestre Grão Vasco. A Pousada de Viseu convida os hóspedes e os visienses a jantar, provar um bom vinho ou beber um café num ambiente acolhedor. O claustro tem capacidade para 500 pessoas e livre acesso ao bar e ao restaurante. Integrado na parte mais bonita do espaço; é o ideal para degustar os sabores da região acompanhados pelos vinhos aromáticos Dão e Beiras.
AÇÃO SOBRE EMPREENDEDORISMO PARA ESTUDANTES A Escola Secundária Em ídio Nava rro, em Viseu recebe nos próximos dias 30 e 31 uma ação de sensibilização sobre empreendedorismo, destinada a alunos do 12º Ano. A iniciativa vai ser dinamizada pelos Serviços de Psicologia e Orientação da escola e do Gabinete de Inserção profissional da Câmara de Viseu.
Nuno André Ferreira (arquivo JC)
“Gerir e Poupar”
APresidente, Casimiro Gomes diz estarem a contribuir para o desenvolvimento do interior
Lusovini centraliza operações em Nelas Investimento∑ Distribuidora investe cinco milhões na antiga cooperativa de Nelas A distribuidora Lusovini adquiriu recentemente os ativos da antiga Cooperativa Agrícola de Nelas, para ali centralizar toda a sua logística nacional e internacional e engarrafar os vinhos que produz em várias regiões portuguesas. O investimento de cerca de cinco milhões de euros para três anos prevê a criação de mais de cem postos de trabalho. A Lusovini iniciou a sua atividade há três a nos, com sede em Coimbra. Atualmente distribui vinhos de 14 produtores nacionais e tem produções próprias nas regiões do Alentejo, Bairrada, Tejo, Verdes, Douro e Estremadura. O presidente da Luso-
vini, Casimiro Gomes, um dos fundadores da Dão Sul (Carregal do Sal), justificou que a distribuidora sempre encarou o Dão como a sua “região natural” tendo nos três anos de atividade contribuído para o crescimento de vendas de vinhos de Denominação de Origem Controlada (DOC) Dão. “ Pa ra quem pen sa global, como é o nosso caso, localizar todas as operações em Nelas não é nenhuma limitação ao desenvolvimento dos nossos projetos”, sublinhou, considerando que, desta forma, a empresa está a contribuir para o desenvolvimento do interior do país e para a fixação de população qualificada.
O investimento em Nelas prevê a recuperação do edifício da adega, adaptando-o a novas funcionalidades, em que se pretende dar mais visibilidade à área do enoturismo e do acolhimento aos clientes. A estratégia da Lusovini tem passado pela exportação, através de um projeto de internacionalização, nomeadamente para Angola (Lusovini Angola), Moçambique (Mozamvini) e para o Brasil (Brasvini), neste último caso em parceria com a empresa Rui Costa e Sousa, de Tondela. A distribuidora exporta atualmente para 37 países. Emília Amaral/Lusa emilia.amaral@jornaldocentro.pt
A mais recente crise à escala global veio reforçar a preocupação de muitos organismos e entidades (nacionais e supranacionais) com a literacia financeira. A título meramente exemplificativo podemos referir, entre nós, o inquérito à literacia financeira da população levado a cabo pelo Banco de Portugal em 2010 e a publicação do Plano Nacional de Formação Financeira em 2011 (da responsabilidade dos três reguladores financeiros portugueses - Banco de Portugal (BdP), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Instituto de Seguros de Portugal (ISP)). A nível internacional, organismos como a OCDE, a Comissão Europeia e o Banco Mundial têm igualmente vindo a mostrar grande preocupação com a questão da literacia financeira. Na sociedade atual o recurso a instrumentos financeiros (quer na ótica do financiamento, quer na ótica do investimento) é praticamente incontornável. Isto bastaria para que a educação financeira da população constituísse uma prioridade, sobretudo dos governos das nações. Como já por mais de uma vez manifestámos, este papel deveria competir, em primeira instância, à Escola, ao sistema de ensino, e deveria começar a sensibilizar os estudantes logo desde o momento em que nele ingressam e ao longo de todo o seu percurso académico. A complexidade dos produtos financeiros, a forte concorrência entre instituições e, em muitos casos, a pouca ética subjacente ao negócio reforçam esta necessidade. O Plano Nacional de Formação Financeira é um documento meritório. As medidas nele preconizadas têm vindo a ser executadas, talvez de forma não tão célere como certamente todos gostaríamos, mas ainda assim, percebe-se que o projeto não está parado. Em alguns aspetos, muitas entidades são chamadas a participar (não apenas as escolas, mas também outras instituições de formação, associações sindicais, entidades patronais, juntas de freguesia e outras). Hoje vamos falar de uma iniciativa da DECO – Asso-
Rogério Matias rogerio.matias@estv.ipv.pt
ciação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da Direção Geral do Consumidor que merece ser divulgada, nomeadamente junto das escolas básicas e secundárias, uma vez que pode ser interessante como instrumento de apoio em algumas disciplinas ou outros contextos, na linha do preconizado no Plano Nacional de Formação Financeira. Referimo-nos ao projeto “Gerir e Poupar” (www. gerirepoupar.com). A página tem duas grandes áreas, uma dirigida a crianças e jovens entre os 6 e os 12 anos e a outra mais vocacionada para jovens de idade superior. Na primeira são abordados temas como o Euro, aprender a gerir o dinheiro, saber usar o dinheiro e gerir a semanada. Em alguns casos são propostas atividades interativas (pequenos jogos) com um personagem animado, o Guito. Na segunda são abordados temas como o dinheiro, como ganhar dinheiro, gerir o dinheiro, poupar e investir e o crédito. De um modo geral, a partir de um pequeno filme que ilustra uma situação específica, são explicados os conceitos subjacentes, com preocupações pedagógicas, terminando com um breve teste de avaliação dos conhecimentos. Há ainda uma secção final com diversas recomendações e cuidados a ter. A página é complementada com um blogue, já com várias entradas em todos os temas tratados. Como é referido no próprio portal “as pessoas devem adquirir competências financeiras na sua vida o mais cedo possível e a escola desempenha um papel fundamental nesta educação”. Parece-nos que o recurso à informação aqui disponibilizada pode ser útil, não apenas nas escolas, mas também em ambiente familiar. Nota: este artigo ficará disponível no blogue Clareza no Pensamento (http://www.clarezanopensamento. blogspot.com)numaversãoalargada e com ligações diretas a páginas web relacionadas com o tema.
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18 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
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Casa Arouquesa à mesa com qualidade carta de vinhos, que foi já classificada pela Revista de Vinhos “Wine” como a terceira melhor e, agora, sétima a nível nacional. “Temos cuidado na escolha dos produtos e sobretudo na forma como servimos o vinho, desde os copos, à temperatura, tudo é cuidadosamente verificado”, afirma Nelson Mota. Apesar das dificuldades no setor e da subida do IVA, Nelson Mota garante que o restaurante mantem a qualidade, no entanto, recorda que é um momento difícil e que muita coisa tem que se ajustar, “se as coisas não mudarem em termos de carga fiscal, temos de tomar medidas, os preços podem sofrer alterações, já que no ano anterior não o fizemos”. A Casa Arouquesa localiza-se no Empreendimento Bellavista, em Repeses e está aberta de segunda a domingo, das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22.30h, encerra à terça-feira e ao domingo no horário das 19h00 às 22.30h. Micaela Costa
DR
Acolhedor, moderno e requintado, assim se define um dos restaurantes mais conhecidos da cidade de Viseu. A Casa Arouquesa, aberta desde 2007, proporciona aos seus clientes uma experiência gastronómica única, onde podem deliciar-se com a especialidade da casa, a carne de vitela arouquesa. Desde a sua criação o estabelecimento, aposta num monoproduto o que oferece ao cliente a certeza que “se vem ao restaurante come boa carne arouquesa, de qualidade e certificada”, explica Nelson Mota, proprietário do espaço. Vitela arouquesa, confecionada de três formas, grelhada, frita ou assada no forno, são as especialidades da casa, mas para quem não gosta de carne a Casa Arouquesa disponibiliza algumas alternativas: Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau com Broa ou Polvo à Lagareiro. Pode ainda deliciar-se com algumas entradas, a alheira confecionada pela casa, presunto ou salpicão. A Casa Arouquesa pauta-se também pela qualidade da sua
Micaela Costa
Especialidades ∑ Carne Arouquesa e carta de vinhos são referência
Opinião
Novas regras de faturação já em vigor Entraram em vigor em um de janeiro de 2013 as novas regras de faturação e outras alterações fiscais, como a dedução de IVA suportado em fatura à coleta de IRS ou a comunicação de faturas à Administração Fiscal, medidas previstas nos DecretosLei n.º 197/2012 e 198/2012, ambos de 24 de agosto. Sem pretendermos fazer uma abordagem exaustiva, vamos referir as principais novidades em matéria de faturação. Em complemento, aconselhamos a leitura integral dos artigos 29.º, 36.º e 40.º do Código do IVA (CIVA). Os retalhistas e os vendedores ambulantes passam a emitir fatura, mesmo que o cliente seja um particular (consumidor final) e acabaram os documentos equivalentes à fatura, como os talões de venda, as vendas a dinheiro ou as notas de lançamento. Operações sujeitas a IVA apenas podem ser
tituladas por faturas, que no essencial mantêm as características já conhecidas, e por faturas simplificadas, uma nova figura de fatura que, é menos exigente em termos de conteúdo. É obrigatório emitir uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços realizadas, em todos os setores de atividade, qualquer que seja a qualidade do cliente e mesmo que este não solicite a sua emissão. No recebimento de adiantamentos passa também a ser utilizada a fatura. E não é permitida aos sujeitos passivos a emissão e entrega de documentos de natureza diferente da fatura para titular as suas operações ativas. As notas de débito e as notas de crédito continuam a utilizar-se, mas somente para retificar faturas previamente emitidas e deverão fazer referência à fatura e ao conteúdo que sofrem alterações.
Houve um reforço da obrigação de faturação, havendo dispensa apenas para quem pratique exclusivamente operações isentas de IVA (sujeitos enquadrados no regime especial de isenção do artigo 53.º ou entidades que desenvolvem atividades previstas no artigo 9.º, ambos do CIVA). Dispensa de emitir fatura significa apenas possibilidade de simplificação e mantém-se a obrigação de emissão de um recibo para efeitos de titular o rendimento obtido. Os comerciantes enquadrados no regime dos pequenos retalhistas (artigo 60.º do CIVA) são agora obrigados a emitir fatura. A utilização de fatura simplificada cumpre a obrigatoriedade de emissão de fatura mas tem âmbito de aplicação mais limitado. Só é permitida em transmissões de bens e prestações de serviços cujo imposto seja
devido em território nacional e só pode ser emitida em vendas feitas por retalhistas ou vendedores ambulantes a particulares, quando o valor da fatura não for superior a 1.000 euros, ou em outras transmissões de bens e prestações de serviços, em qualquer setor de atividade, quando o montante da fatura não ultrapasse 100 euros. Nas atividades de transportes, estacionamento, portagens e entradas em espetáculos, o bilhete de transporte, ingresso ou outro documento ao portador comprovativo do pagamento substitui a obrigação de emissão de fatura. Nas vendas de bens efetuadas através de aparelhos de distribuição automática, que não permitam a emissão de fatura, a obrigação é cumprida pelo registo das operações. Existem diferenças quanto aos elementos a constar
na fatura e na fatura simplificada. Não os vamos aprofundar porque os fornecedores de programas ou equipamentos eletrónicos de faturação e as tipografias incluíram as suas especificidades nos respetivos produtos que fornecem. Vamos apenas esclarecer os elementos referentes ao cliente que podem, ou devem, constar em cada uma delas. Na fatura simplificada apenas se exige o número de identificação fiscal (NIF) do cliente (nome e morada não têm que constar). Contudo, se o cliente for um consumidor final, a fatura simplificada deve conter o seu NIF apenas quando este o solicite. Já o NIF do adquirente sujeito passivo de IVA é de preenchimento obrigatório. Na fatura, a regra geral que obriga à inclusão dos NIF’s, nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do vendedor
Paulo Marques TOC e docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego – IPV pmarques@estgl.ipv.pt
e do comprador, aplicar-seá na íntegra sempre que o cliente for outra empresa, sujeito passivo de IVA. Já se o cliente for um particular, a indicação da identificação (nome) e do domicílio (morada) não é obrigatória nas faturas de valor inferior a 1.000 euros, e apenas deverá constar quando o cliente o solicite. A indicação do NIF do cliente não sujeito passivo só é obrigatória quando este o exija. Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo a identificação e o NIF do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação.
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desporto PINGUINZINHO APRESENTA EQUIPA DE CICLISMO JOVEM
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
No passado domingo, dia 6 de janeiro foi apresentada em Santa Comba Dão a nova equipa de jovens ciclistas para a época desportiva 2013, da escola de ciclismo “O Pinguinzinho”. Uma equipa com a “responsabilidade” de repetir o êxito da temporada passada onde se destaca a prestação de Naíde Serrano, que com apenas 7 anos de idade se sagrou vencedora na categoria de Benjamins, na Taça da Associação de Ciclismo do Porto. Na categoria de juvenis femininos foi também alcançado um segundo lugar pela atleta Soraia Silva.
Cartão FairPlay Não demorou muito que o Cinfães regressasse ao topo da série Centro da II Divisão Nacional de Futebol. Está de novo na frente, e isolado. Com a chegada da última jornada, o Cinfães pode virar o campeonato na frente. Basta que vença nos Açores, e na Bairrada há um Anadia - Académico de Viseu que pode deixar a concorrência mais longe. CICLISMO Pinguinzinho
Gil Peres
Futebol Cinfães
A Hélder Rodrigues marcou para o Académico, mas a equipa viria a consentir o empate II Divisão Nacional - Centro
Oportunidade perdida
JOVENS DE MUNDÃO BRILHAM NA TAÇA DISTRITAL DE TÉNIS DE MESA
Fundamental ∑ Jogo em Anadia vai ser de capital importância para o Académico Cartão FairPlay Apostar em modalidades que não o futebol é sempre algo digno de destaque, seja qual for a coletividade que procura esse caminho do ecletismo. Em Santa Comba Dão, o Pinguinzinho mantém a aposta em equipas jovens de ciclismo. E os resultados já vão aparecendo. Futebol Feminino Viseu 2001
Cartão FairPlay Juntou os “cacos” da desistência do Escola Futebol Clube, e ergeu um projeto de futebol feminino que tem tudo para dar certo. Uma equipa de jovens técnicas e de jovens jogadores - média de idades muito baixa - que dão garantias quanto ao futuro. Está a correr de feição com a equipa na luta pelo primeiro lugar na sua série no Nacional de Promoção. Se o objetivo, um dia, é a subida, porque não já este ano? Potencial e qualidade de trabalho já existem.
Um Académico de Viseu perdulário, e nervoso nas bolas paradas, acabou por consentir um empate a um golo com o São João de Ver, num jogo que esteve sempre controlado e onde esteve a vencer. Na penúltima jornada da primeira volta da série Centro da II Divisão Nacional, os viseenses sabiam que era importante conquistar os três pontos, antes da deslocação a Anadia, onde vão defrontar um dos candidatos à subida. Pressionados, ou não, pela necessidade dos três pontos, os viseenses entraram nervosos ao ponto
de falharem demasiados passes, nada normal no Académico das últimas jornadas. A equipa lá se recompôs do desacerto inicial e começou a jogar mais de acordo com aquele que já mostrou ser capaz de fazer. Até ao f inal da primeira parte houve mais Académico perante um São João de Ver bem organizado a defender, mas que também não era capaz de incomodar verdadeiramente Nuno Ricardo, exceto nas bolas paradas onde a equipa viseense “treme” em demasia.
Coube aos academistas a melhor oportunidade dos primeiros 45, com Hélder Rodrigues a falhar de forma escandalosa “na cara” do guardaredes adversário. Isolado, atirou ao lado. No segundo tempo o Académico entrou decidido a marcar. Conseguiu-o com alguma felicidade, num remate de Hélder Rodrigues com a bola a desviar num adversário e a trair o guardaredes. Pensava-se que o mais difícil estaria feito, mas num canto, uma bola que a defesa não conseguiu aliviar, caiu ao segundo
poste onde estava Saúl, sem marcação, que se limitou a empurrar para as redes. Até final, carregou o Académico e teve várias oportunidades para ganhar o jogo, mas Kifuta, por várias vezes, viu o guarda-redes adversário negar-lhe o golo. O Académico está no 4º lugar a seis pontos do líder que é o Cinfães. O jogo em Anadia, este domingo, sem ser decisivo para os viseenses, é fundamental para uma equipa que quer aspirar ao primeiro lugar. Gil Peres
Decorreu no Agrupamento de Escolas de Mundão, no passado sábado, a Taça Distrital da Associação de Ténis de Mesa de Viseu para o escalão de seniores masculinos. Esta prova apurava o vencedor para disputar a Taça de Portugal. A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de Mundão conquistou o segundo lugar, com os mesmos pontos da equipa vencedora, os Bombeiros de Seia. Jorge Miguel Loureiro da APEE do AE Mundão, que venceu os sete jogos em que participou.
Académico de Viseu
Filipe Moreira está suspenso Filipe Moreira continua fora do banco do Académico de Viseu. O técnico academista encontra-se preventivamente suspenso e sob alçada do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, desde 21 de dezembro passado.
Em causa está ainda a expulsão no jogo frente ao Coimbrões, disputado no passado dia 16 de dezembro, no Estádio do Fontelo. No fecho desta edição não era ainda conhecido se haveria já uma decisão final sobre o casti-
go a aplicar, mas é provável que não seja ainda em Anadia que o técnico regresse ao banco academista. Filipe Moreira foi já “obrigado” a orientar da bancada os jogos frente ao Tocha, Espinho e São João de Ver. GP
A Filipe Moreira orienta equipa na bancada
20 DESPORTO | FUTSAL | FUTEBOL
Jornal do Centro 10 | janeiro | 2013
Futsal - III Divisão Série C
Futebol Feminino
Viseu 2001 não desarma na frente São Martinho
Gil Peres
e ABC de Nelas a pontuar
A Viseenses ficaram a dever a si próprias uma goleada frente ao Esperança O Viseu 2001 não dá mostras de querer deixar a liderança da sua série do Campeonato Nacional de Promoção em Futebol Feminino. A jogar em casa, frente ao Esperança Atlético, a equipa viseense “arrumou” a questão ainda durante o primeiro tempo. Marcou por duas ve-
zes e fez aquele que seria o resultado final. Com uma média de idades muito baixa, o Viseu 2001 ressente-se, por vezes, dessa inexperiência de algumas das suas jovens jogadoras, principalmente na hora de atirar à baliza. Caso estivessem com a pontaria mais afinada, ou fos-
sem mais objetivas na hora do remate, o Esperança Atlético teria regressado a casa de “saco cheio”, tantas, e tão flagrandes, foram as oportunidades desperdiçadas pelas viseenses. A certeza, porém, que a equipa técnica, liderada por Francisca Martins, está a fazer “crescer”
e que tem, claramente, potencial e margem de crescimento para render cada vez mais no futuro. Jogo a jogo, ponto a ponto, a I Div isão Nacional, sem ser uma obsessão, poderá, assumidamente e sem rodeios, ser objetivo desta equipa já este ano. GP
No nacional de Futsal da III Divisão, o São Ma rtin ho de Mouros empatou em casa a três golos com os Leões Valboenses, em jogo da 10ª jornada. Um resultado que fez a formação de Resende cair para a 10ª posição, mas três pontos ainda acima da linha de água. Nas contas de formação de Resende, a necessidade de ir somando pontos, a pensar na manutenção nos nacionais que são os objetivos assumidos para esta temporada. Em situação mais delicada, e colocado em posição de descida, no 12º lugar da série B, está o Rio de Moinhos que folgou nesta jornada. A equ ipa de Sátão, Campeão Distrital na época passada, vai “pagando” a inexperiência nestas competições, mas a época é longa e há
Futsal - II Divisão Nacional
Viseu 2001 “retoca” o plantel Mex idas no pla ntel do Viseu 2001 com a direção do clube viseense a retocar o plantel de acordo com os resultados conseguidos e em f u nção dos objetivos para a temporada. Começou por ser cand idato à subida , m a s uma série de resultados menos positivos deixou a equipa viseense algo afastada da frente e dos dois primeiros lugares - os que dão subida direta - aos quais se somou o problema gerado
pela lesão grave de Berto Barek, capitão e peça fundamental no plantel orientado por Rui Almeida. Ainda no decorrer da passada semana a direção do clube procedeu a alguns reajustes, desde logo com a certeza que Berto não pode jogar mais esta época, e também com a saída de Valter Canhoto, um jogador com “mercado” e q u e e n t r e t a n to foi transferido para o Piedense.
Saídas compensadas, para já, com o regresso de Nuninho, jogador que já vestiu, com sucesso, a camisola laranja dos viseenses, e que esta época alinhava no Operário, equipa da I Divisão. Nun i n ho já jogou frente ao Crecor, jogo que os viseenses venceram por 6 a 3. Daniel, outro ex-Operá rio, tem tudo certo com os viseenses, mas poderá ser “vendido” ao Rio Ave. GP
A Valter Canhoto deixou Viseu 2001
ainda muitos pontos em jogo, pelo que tudo está ainda em aberto nas suas aspirações. Na série C, o ABC de Nelas recebeu o Achete e empatou a três golos. A formação de Nelas ocupa o 8º lugar com 15 pontos, já a oito do líder que é o Mendiga. A jovem equ ipa do ABC de Nelas vai assim cumprindo com os seus objetivos num ano marcado por uma aposta em jogadores jovens e da formação do clube, onde o ABC de Nelas tem pergaminhos no futsal em Viseu. Com dois ou três jogadores m a i s ex per ientes no plantel, o ABC de Nelas tem na equipa jogadores provenientes da sua formação, num caminho de crescimento sustentado, e sem exageros financeiros, que são opção estratégica do clube para o futuro.GP
MODALIDADES | DESPORTO 21
Jornal do Centro 10 | janeiro | 2013
Basquetebol - CNB2
Futsal Feminino - Associação Futebol de Viseu
Gil Peres
Naval venceu o derbi Gumirães derrotou ACERT
Terminou com a vitória da Naval de Viseu, o derbi viseenses no Distrital de Futsal Feminino, frente ao Lusitano de Vildemoinhos. Duas equipas com uma classif icação semelhante na tabela, e que proporcion a ra m um jogo interessante e equilibrado. O resultado final de 6 a 2 para a Naval não espelha fiel-
mente o que se passou no Pavilhão do Inatel, já que a partida foi bastante equilibrada, com as jogadoras da Naval a fazerem a diferença, principalmente, na hora de concluir. Mais eficazes acabaram por vencer com justiça um jogo que voltou a revelar que, além das equipas como o Penedono e o Unidos, que domina m o ca m-
Gil Peres
A Trambelas resistiram até onde conseguiram peonato, há nas outras equipas jogadoras de qualidade. O Lusitano e a Naval Viseu são dois bons exemplos. Na frente nada de novo com o Penedono a continuar imbatível, a somar por vitórias todos os jogos disputados, com o Unidos a cinco pontos de distância, mas ainda a “sonhar” com a conquista do Hepta. GP
A Gumirães está na liderança O Gumirães venceu a ACERT de Tondela por 54 - 4 4 em jogo da 8ª jor n ada zon a Cent ro do Campeonato Nacional de Basquetebol 2. E m jo go d i sput ado no Pavilhão do Fontelo e que colocou, frente-a-frente, duas equipas, e dois clubes, que são uma referência no basquetebol em Viseu,
não só pelos resultados das suas equipas compet it iva s , m a s , pr i ncipa lmente, pelo trabalho importante que fazem nos escalões de formação. Já se sabe que este é sempre um jogo especial entre as duas equipas de Viseu que competem nesta zona Centro, com o Gumirães a
fazer imperar o fator casa e a vencer por 10 pontos de diferença. Na classificação, o Gumirães manteve a liderança que partilha com o Marinhense, ambas com 13 pontos. A AC E RT e st á n o quinto lugar da Geral, com menos três pontos que a dupla que está na frente. GP
Penedono, mas os jogos, num passado bem recente, entre estas formações, foram elucid at ivos sobre o favoritismo com que as duas primeiras classi-
f icadas do campeonato se apresentam para estas meias-finais. O Unidos joga em Oliveira de Frades e o Penedono em Mortágua, dia 2 de fevereiro. GP
Futsal Feminino - Taça de Viseu
Sorteadas as meias-finais E stá em perspet iva u m a g r a nde f i n a l n a Taça de Futsa l Fem inino da Associação de Futebol de Viseu, assim Oliveira de Frades e Mortágua estejam pe-
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los ajustes. O sorteio das meiasfinais da prova não ditaram o confronto entre Unidos da Estação e Pe n e d o n o , a s du a s equipas que dominam
a época competitiva. O que, a acontecer, seria uma f inal antecipada, acaba perante este sorteio pr se tornar uma f i na l previsível, pelo menos no pl a no te ó -
rico. Isto sem desprim o r p a r a a s e q u ip a s do Oliveira de Frades e da Casa do Ben f ica de Mortágua que joga, respetivamente, com o Unidos da estação e o
D Exposição de arte em Resende
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culturas expos
Jornal do Centro 10 | janeiro | 2013
Até dia 13 de janeiro, o centro cultural de S.Cipriano em Resende irá expor uma coleção de arte, escultura, pintura, azulejo e vários trabalhos manuais em vidro .
Arcas da memória
Destaque
VILA NOVA DE PAIVA
A burrica do meu presépio
∑ Auditório Municipal Carlos Paredes
Tradições de Natal – I Alberto Correia
Até dia 31 de janeiro Exposição de escultura “Elmos e Cilindros”, de
Até dia 31 de janeiro Exposição de ilustração “O Lápis”, da Junta de Freguesia de S. João da Madeira.
Diana Melo
Manuel Vaz.
A O cartaz inicia-se a partir de 26 de janeiro.
2013 estrea-se em palco no Teatro Viriato
MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Até dia 31 de janeiro Exposição documental e de objetos dos 130 anos da linha da Beira Alta.
LAMEGO ∑ Teatro Ribeiro Conceição
Até dia 18 de janeiro Exposição de fotografia “O prazer de fotografar”, de Eduardo Teixeira Pinto.
Teatro Viriato∑ Programação para o primeiro trimestre de 2013 O teatro Viriato apresentou a programação para os próximos três meses.Da música ao teatro,passando pela magia destacam-se espetáculos como “três dedos abaixo do chão”,de Tiago Rodrigues a 16 de março,Maria João e Mário Laginha que regressam aos palcos a 26 de janeiro com o disco «Iridescente» e dos Estados Unidos chega Samara Lubelski com um capítulo da sua sexta discografia «Wavelength». Vocacionada para diferentes públicos a programação marca, segundo Paulo Ribeiro, “a rotina de diversidade” e o início de um projeto que dura quatro anos e conta
com o apoio financeiro da Direção Geral das Artes. A par da programação estão também parcerias nacionais e internacionais como é o caso da K Cena - projeto lusófono de teatro jovem que aposta na sinergia de vários países lusófonos como Portugal,Cabo Verde e Brasil e que conta com a participação de vários encenadores como Márcio Meirelles,João Branco e Graeme Pully. Para além destes projetos o teatro acolherá um artista residente “que goza de mérito para trabalhar na cidade”e será desafiado a olhar para a sua comunidade. Durante os três me-
ses de programação do cartaz estarão agendados concertos de jazz a iniciar a 6 de feveiro,a presença do cantor António Zambujo e do compositor Tiago Sousa.”Chaos” é outra das grandes apostas para este trimestre,com Luís de Matos a encabeçar a jornada de shows.No teatro pode-se contar com 4 espetáculos distintos:«Porto S.Bento»,«Alma»,«Raso como o chão »e «três dedos abaixo do chão». Na dança será Filipa Franci sco que m a rca rá o passo,atuando entre os dias 2 e 3 de março com o bailado “a viagem”.
A origem dos Guardiões (M6) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 17h00, 19h10 Hotel Transylvânia VP (M6) (Digital)
00h30* A vida de Pi (M12) (Digital)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU
Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h10, 00h15(*6ª e Sáb.) Decisão de Risco (M16) (Digital) Sessões diárias às 21h15, 23h40* O Chef (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h50, 21h30, 00h20* A vida de Pi (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 16h00, 18h20
Sessões diárias às 13h40, 17h20, 21h00*(exceto 6ª e Sáb.), 21h50* O Hobbit: uma viagem inesperada (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h40, 21h20, 00h10* Amour (M16) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h30* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h20, 16h05, 18h50, 21h40, 00h30* Guia Para Um Final Feliz (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h20(Dom.), 14h00, 16h15 Hotel Transylvânia VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h30,
Diana Melo
Sessões diárias às 20h40 * (exceto 6ª e sáb.), 21h10* (* só 6.ª e sáb.) Hobbit: uma viagem inesperada 3D (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h15* Jack Reacher (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h10 (Dom.), 13h30, 15h35, 17h45 Zambézia VP
Quando Maria e José, já cansados de percorrer as ruas de Belém sem que encontrassem lugar em conta para ficar, depararam à beira da cidade com um tranquilo lavrador que ao vê-los sem amparo lhes perguntou quem eram e a terra de onde vinham e ao saber que eles não tinham pousada onde ficar, com ele os fez seguir e lhes deu abrigo na corte do seu gado onde, nessa hora, acabavam de sair as mulheres que ali terminavam o serão. José aceitou logo o gesto do amigo e lá seguiu, a burrica pela rédea, em conversa com o bom do lavrador. Lá dentro, no curral, estava quente e havia palha nova. José tirou a albarda à burriquita e prendeu-a à manjedoira onde partilhou com a vaca “Remoedora”, que era este o nome que lhe dera o lavrador, palha de trigo que aquele lhes trouxera num braçado e estendeu no chão, num canto resguardado, a enxerga da albarda para Maria se deitar. Era quase meia-noite quando Maria começou com suas dores e José, de atarantado, nem sabia o que fazer e então Maria, de assustada, sem ela
(M6) (Digital 3D)
Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
saber bem o que é que ia acontecer, disse a José que fosse sem demora chamar a sua casa a mulher do lavrador. Levantou-se, pressurosa, a boa da mulher. Mas quando ela veio com a gamela de água quente, o Menino, esse sorria, de quentinho, nas palhas do presépio, quer dizer, da manjedoira, onde, por instantes o deitara sua Mãe. A vaca e a burrica pararam de comer e foram elas que, enquanto Maria tirava da bolsa de retalhos os cueiros que trazia, com seu bafo não deixaram o Menino arrefecer. Os pastores que tinham gados lá por perto começaram a chegar de manhãzinha e quando José lhes perguntou como souberam, eles disseram que tal notícia tinha corrido pelo ar sem que tivessem visto o mensageiro. Deixaram presentes. Cordeiros. As mulheres trouxeram queijos e ovos e pão caseiro do bom trigo de Belém. E frangãos. Era aquilo que tinham em suas casas, disseram elas. Antes de ir embora quiseram saber o nome do Menino. E Maria disse-lhes que haveria de chamar-se de Jesus.
Estreia da semana
Sessões diárias às 11h00(Dom.), 14h20, 16h40 A origem dos Guardiões VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 20h50* (exceto 6ª e Sáb.), 21h50* Cloud Atlas (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 17h15, 21h00, 00h20* Os Miseráveis (CB) (Digital)
Legenda: * sexta e sábado
DecisãodeRisco–Whip(Denzel Washington) é um experiente piloto de aviões comerciais que consegue evitar que o seu aparelho caia, salvando assim a vida das mais de cem pessoas que estavam a bordo.
D Mostra de presépios
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culturas
O som e a fúria
Grupo de Viseu dá concerto para o Papa
DR
Data∑ Dia 16, o Cantorias atua na Basílica de S. Pedro
A Cantorias já gravou o segundo CD da vida do Cantorias. O concerto acontece uma semana depois de o grupo ter cantado as Janeiras na Assembleia da República e no Tribunal Constitucional. Já no ano passado foi convidado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, para cantar as Janeiras em
Belém. José Ernesto considera que a oportunidade resulta do “trabalho desenvolvido pelo Cantorias em dez anos, na defesa e na divulgação da música popular e das tradições” da freguesia. O autarca lembra que “que talvez em Portugal
poucos grupos musicais tenham atuado em tão diferentes órgãos de soberania. Além das várias atuações no país, o Cantorias já atuou em França, na Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro- Brasil, e na Madeira. O Cantorias nasceu há dez anos no seio do projeto da Associação de Solidariedade Social, Recreativa e Desportiva da Freguesia de Vila Chã de Sá. Hoje, é composto por 22 elementos que, além de cantarem, dedicam-se à preservação e divulgação da cultura e tradição popular. Em dezembro lançou o segundo CD “Cantares de Perdição”. Emília Amaral
Música - Hardmetalfest
“Contamos com muito público estrangeiro, em particular de Espanha” até pelo facto de estar a ser preparada uma excursão com partida no Porto. O ano passado referiu que era o melhor cartaz de sempre. Como o classifica este ano?
Sim, no ano passado tivemos um cartaz muito bom e variado, tal como este, que difere nos subgéneros do som mais pesado. Os Master (E.U.A.) são os cabeça-de-cartaz, uma banda conhecida no mundo inteiro dentro do género e depois temos os Crise Total, uma banda punk lendária que comemora 30 anos e que nunca tocou em festivais de Metal.
Quais as expetativas para a 19ª edição do Hardmetalfest?
Espera muito público nacional e estrangeiro?
As expectativas são elevadas, dado o feedback que tenho tido e pelo crescimento natural do festival. O Hardmetalfest tem vindo a receber visitantes heterogéneos ao longo dos anos e aqueles que veem voltam sempre, por isso só posso estar otimista
Pelo facto de atuarem duas bandas estrangeiras, e sendo uma delas uma referência no Death Metal, contamos com muito público estrangeiro, em particular de Espanha. Para além disso, e à imagem do que aconteceu o ano passado, muitos portugueses
Arquivo (Nuno André Ferreira)
A 19ª edição do Hardmetalfest chega no sábado, dia 12, ao Centro Cultural de Santo André, em Mangualde. O festival “de peso” mais antigo do país apresenta dez bandas de renome nacional e internacional e, segundo José Rocha, promotor do evento, são esperadas muitas centenas de pessoas de todo o país e da vizinha Espanha. Apesar das dificuldades financeiras, o Hardmetalfest promete reunir os amantes do estilo Metal. Os primeiros solos vão ouvir-se a partir das 15h00, o preço dos bilhetes varia entre os 10 e os 13 euros.
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na Casa da Ribeira a exposição “Fazer o Natal”.A mostra pode ser visitada até o próximo dia 11 de Janeiro e conta com 70 diferentes tipos de presépios.
Destaque
O grupo de cantares Cantorias, de Vila Chã de Sá, concelho de Viseu vai atuar na Basílica de S. Pedro em Roma para o Papa Bento XVI, no próximo dia 16. O concerto decorre no âmbito das celebrações da época de Reis no Vaticano. Esta oportunidade surge a partir de uma sugestão feita ao Vaticano pelo Bispo da Diocese de Viseu e por entidades diplomáticas. “Atingimos o top em termos de apresentações”, afirma o presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Sá, José Ernesto, adiantando que “é muito importante” para o grupo concretizar “este desejo” ao assumir a atuação como “um momento alto”
Jornal do Centro
A José Rocha, organizador do Hardmetalfest emigrados tiraram férias e já garantiram a presença. Conto com algumas centenas de pessoas oriundas de todos os cantos do país e que aproveitem para conhecer mais a cidade de Mangualde. Usufruindo das várias valências como a hospitalidade e a gastronomia. A crise económica do país pode comprometer a vinda de pessoas. Está preocupado?
Não. Claro que a situação é preocupante, no en-
tanto tivemos o bom senso de não subir o preço do bilhete. Quais as maiores dificuldades para a realização de um festival desta dimensão?
As maiores dificuldades prendem-se com a logística. Sabemos que não temos mais espetadores porque estamos um pouco longe das grandes metrópoles portuguesas, onde facilmente se conseguia encher um recinto devido à elevada quantida-
Finalmente, alguns filmes que lidam com a velhice Pois é, as pessoas envelhecem. Mas parece que, durante muito tempo, a grande tela não foi país para velhos e a indústria cinematográfica não quis retratar a terceira idade, - porventura para se dedicar à aventura do “teen” dólar, retratando, sobretudo, atributos e talentos que apenas um jovem é dotado e pode alcançar. Contudo, atualmente, a situação parece inverter-se. Se, por exemplo, o leitor decidir assistir a “Trouble with the Curve”, verá um Clint Eastwood a lutar para fazer xixi; se optar por ver “Hope Springs”, encontrará Meryl Streep e Tommy Lee Jones a representar um casal a lutar contra um casamento “impotente”; ainda, se escolher “The Best Exotic Marigold Hotel” (que já está disponível em DVD) descobrirá homens e mulheres (diga-se de passagem, grandes actores) a lutarem contra o luto, contra problemas cardíacos e contra ancas deslocadas; e, por fim, se o leitor tiver a possibilidade de ver “Amour” então, encontrará um homem e uma mulher que se amaram durante mais de 50 anos, silenciosamente a caírem em pedaços. A mulher, Emmanuelle Riva, durante o pequeno-almoço, de repente, é sufocada por um ataque cardíaco. O homem, o fabuloso Jean-Louis Trintignant, puxando pela mulher numa cadeira de rodas, ajudandoa a sair da casa de banho e a vesti-la. Verá um casamento que se alimentou de amor, conversa, partilha de experiências, transformar-se em algo cheio de medo, solidão e vergonha. Por outras palavras, verá aquilo que acontece ao corpo humano e à mende de adeptos deste género musical. Outra dificuldade poderá ser o frio e a chuva que fará com que algumas pessoas se retraiam. Existem as naturais dificuldades financeiras para poder suportar todos os custos de produção que um evento destes acarreta. No entanto, e tendo em conta a crise, conseguimos obter bastantes apoios, como do
Maria da Graça Canto Moniz gracacantomoniz@live.com.pt
te humana, quando um e outro começam a perecer. Porém, em três dos filmes que mencionei a esperança (ou ilusão) salta à vista. Nas entrelinhas das legendas lêem-se os versos de Florbela “A mocidade/ Estará só, então, na nossa idade, / Ou está em nós e em nosso peito mora?”. Sobretudo, no filme “The Best Exotic Marigold Hotel”. Ali, a esperança de que as coisas boas, incluindo o sexo, “nunca acabam”, e de que essas coisas acontecem se, como diz a personagem interpretada por Judi Dench, “acordarmos de manhã e dermos o nosso melhor”. Todavia, sem querer deitar fora os finais felizes destes filmes “feel-good”, a verdade é que não se chamam assim porque nos deixam a sentir mal. Eles são, de diferentes formas, agradáveis. Eles são, de formas diferentes, limitados. E, todos eles roçam a caricatura cedendo à tentação de apadrinhar a terceira idade com sentimentalismos e risos fáceis como que oferecendo apenas um alívio breve ao nosso medo daquilo que está para vir. O que, de resto, é comum na sétima arte. “Amour”, por seu turno, não apadrinha nada nem ninguém. Não ilude nem engana. Marca, deste modo, a diferença entre um historiazinha que nos anima e uma obra de arte que é triste mas, ao mesmo tempo bela, por ser verdadeira. É a verdade, nua e crua. município, da Radio Cidade Viriato e do Grupo PSA Peugeot Citroen. Que mensagem quer deixar aos fans?
Que continuem a acompanhar o festival de peso mais antigo de Portugal e que continuem a fazer do Hardmetalfest um festival com um espírito e atmosfera únicos. TVP
D Teatro na ACERT
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culturas
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A Associação cultural e recreativa de Tondela, apresenta,dia 12,a partir das 21:30,a peça de teatro “Sermão aos peixes”.
Cinema
Paulo Neto
Museu Grão Vasco ultrapassa os cem mil visitantes
A Sérgio Gorjão,diretor do Museu Grão Vasco de Viseu. O Museu Grão Vasco registou durante o ano de 2012 um total de 129.112 visitantes, um número que reafirma o crescimento da instituição enquanto pólo de atração da zona centro. Segundo Sérgio Gorjão, diretor do Museu, este resultado deve-se em muito à linha de trabalho que tem vindo a ser traçada pela direção que “implica uma ma ior estabi lidade e motivação das pessoas” bem como à criatividade que permitiu “reduzir os custos de forma a trazer ao museu pessoas que já o visitaram antes”. Das mais de duas dezenas de atividades re-
alizadas, entre conferências, lançamentos, visitas especializadas e ações de formação estiveram também apostas na internacionalização de exposições que atraíram mais britânicos, espanhóis francesese e brasileiros à cidade de Viseu. “ E m temp o de c r ise existem mais períodos de visitas adicionais para dentro da Europa e recorre-se mais ao turismo doméstico para passar férias. “ sublinha. Dependente da Direção Geral do Património Cultural,o museu tem apresentado nos últimos anos um cresci-
mento positivo sustentado nos valores relativos ao ano de 2008; facto que justifica com a atual “performance interna ” necessária para manter o funcionamento das atividades da instituição e à criação de projetos desenvolvidos nos principais espaços culturais. “São poucas as oportunidades de internacionalização que temos mas algumas delas já foram apresentadas ao público, como foi o caso da Europália,uma exposição apresentada na Béligica que tinha como tema principal o Brasil.” Para além destas apostas,muitas foram
as parcerias desenvolvidas com as entidades locais,destacando-se o envolvimento do grupo amigos do Museu Grão Vasco,Câmara Municipal de Viseu,Santa Casa da Misericórdia, Expovis, Diocese,Empório e grupo Visabeira “que revelaram esforço nas suas iniciativas” bem como outros museus que ajudaram a rentabilizar o valor das coleções. “Saliento a exposição apresentada no Museu Municipal de Coimbra sobre o artista Joaquim Lopes.” Apesa r de não ter um plano de actividades def inido em 2013,
o museu irá manter a sua atividade de exposição e vai continuar a apostar na investigação das suas coleções própr i a s . A ssi m sendo, muitas das áreas de investigação,de inventário e de legado chegado ao museu serão restruturadas;como é o caso de ícones russos provenientes da coleção da geóloga Ana Maria Pereira da Gama. Para este ano,Sérgio Gorjão, perspectiva uma continuação da sua anterior linha de trabalho e valorizará mais o espaço e as hipóteses de exposição temporais,sem esquecer as relações de
proximidade com outros parceiros culturais. “Uma das primeiras atividades de 2013 será marcada pela exposição da coleção própria do artista Joaquim Lopes” e adianta que até meados do ano,muitas serão as surpresas que o museu irá reservar ao público. “Esta rá prev isto a apresentação da obra restaurada de Columbano Bordal Pinheiro e o lançamento de 160 cartas nunca antes reveladas da autoria de Almeida Moreira a Joaquim Lopes.” Diana Melo
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em foco Janeiras cantam-se por todo o distrito A tradição voltou a cumpri-se e por todo o distrito de Viseu. Ouviu-se cantar as Janeiras. O 9º Encontro de Cantares de Vila Chã de Sá (1) reuniu quatro grupos de cantares na Igreja Matriz e alegrou os presentes. Em Mangualde (2) a tradição também marcou presença e ao longo do dia foram vários os grupos que passaram pelo salão nobre dos Paços do Concelho, curiosamente em dia de reunião do Executivo Municipal. Em Salzedas (3) reuniram-se nos Claustros do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas cerca de 100 Cantadores de Janeiras, mais de duas centenas de pessoas estiveram presentes, coloriram e aqueceram a noite fria própria deste Janeiro. O Jornal do Centro (4) recebeu a visita da APPACDM, dando continuidade ao espírito natalício e recordando a tradição de solidariedade.
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Emília Amaral
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saúde e bem-estar “Rejuvenescer” mantém-se em Tarouca
FFitness vai pôr população sénior a mexer
A Câmara Municipal de Tarouca vai dar continuidade ao projeto “Rejuvenescer Tarouca” com a introdução de novas atividades. De acordo com um comunicado da autarquia, o projeto que arrancou em 2007 vai disponibilizar uma Unidade Móvel de Saúde. Esta valência percorrerá semanalmente as freguesias do concelho para “efetuar o acompanhamento de saúde dos
idosos”. O projeto “Rejuvenescer Tarouca” inclui ainda um conjunto de valências que vão da dança à ginástica. O projeto, que arrancou em Tarouca em 2007, destina-se a pessoas com idade superior a 65 anos que “pretendam adquirir novos horizontes cognitivos ou que apenas pretendam conviver, atribuindo valor ao seu tempo livre”, acrescenta a nota. EA
O clube FFitness vai promover uma aula aberta e gratuita de Zumba Gold para a população sénior de Viseu, no próximo dia 27, no Pavilhão do Inatel, às 18h00. “O objetivo é dar a conhecer a modalidade zumba gold, que terá a sua primeira formação em Portugal na cidade de Viseu, através do ZES (Zumba Educator Specialist) Hermann Melo, revela Sónia Nascimento, coordenadora do FFitness Health Club Viseu. Este instrutor já foi distinguido pela imprensa europeia e pela cadeia de ginásio internacional Club Med Instrutor do Ano, pelo seu conhecimento técnico, profissionalismo, energia e influência sobre o público. A Zumba Gold é uma modalidade que visa atingir pessoas com idade a partir dos 65 anos. “ Os idosos ativos buscam interação, motivação e exercícios como parte regular da sua programação semanal. A aula de Zumba Gold é perfeita para isso. São aulas combinadas de
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Objetivo∑ Conhecer a zumba gold destinada a pessoas com mais de 65 anos
A A aula aberta vai decorrer no INATEL de Viseu condicionamento físico e dança que proporcionam a oportunidade dos alunos fazerem amigos e, acima de tudo, diversão”, adianta Sónia Nascimento. A modalidade utiliza a fórmula da Zumba e modifica os movimentos e ritmos para se adequarem às necessidades dos participantes idosos ativos, assim como para aqueles que estão a começar a jornada em direção a um novo estilo de vida mais saudável. “O que permanece inalterado são todos os elementos pelos quais a Zumba Fitness-Party é conhecida: a música latina picante como a salsa, o merengue, a cumbia e o reggaeton; os movimen-
tos contagiantes e fáceis de acompanhar, e a revigorante atmosfera festiva”, explica Sónia Nascimento. A coordenadora revela que o FFitness pretende “acima de tudo trazer para Viseu modalidades novas, conceitos diferentes, e fazer de Viseu um marco incontornável no Fitness nacional”. Depois de ter trazido a Viseu diversos eventos de grande porte, o clube anuncia novidades para este ano de 2013: “Em breve haverá novidades sobre uma convenção de fitness que vamos realizar em meados de Março”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Opinião
Pedro Carvalho Gomes CMDV Supreme Smile
Prótese fixa -Sabe o que é e para que serve?
O que é uma prótese fixa? É a substituição parcial ou total da coroa de um dente. Esta ao ser fixada sobre os dentes do paciente, previamente preparados para recebê-la, reabilita-o para mastigar, falar ou sorrir! Recebe o nome de “fixa” porque não pode ser removida pelo paciente. Chamamos de COROA quando a prótese fixa é unitária; PONTE FIXA quando substituímos dois ou mais dentes, unidos uns aos outros; ou FACETA quando substituímos apenas a face frontal dos dentes. Quando se utiliza uma prótese fixa? • Para substituir uma restauração muito grande onde não resta muita estrutura dentária. • Restaurar um dente fracturado. • Proteger um dente enfraquecido. • Cobrir um implante. • Cobrir um dente escurecido, deformado ou destruído. As próteses fixas unitárias, quando bem desenhadas e bem adaptadas, comportam-se como dentes naturais, por isso exigem do paciente os mesmos cuidados na sua limpeza, isto é, boa escovagem, complementada pelo uso do fio ou fita dentária. Já os portadores de pontes fixas necessitam de dispositivos especiais: passadores de fio dental, fios com a ponta endurecida, palitos especiais, ou escovilhões para a limpeza dos espaços protéticos. O mau desenho de uma prótese fixa, a má adaptação, materiais de qualidade duvidosa e a limpeza insuficiente podem permitir a retenção de detritos alimentares e bactérias, causando inflamação gengival e mau hálito.
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Autarca de Tondela pede nova legislação para regresso de médicos reformados O presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carlos Marta propôs ao secretário de Estado da Saúde uma alteração à legislação, que permita aos médicos de família reformados voltarem a trabalhar nos centros de saúde. A proposta foi feita durante uma reunião com aquele membro do Governo, na semana passada, em que o autarca de Tondela expôs, mais uma vez, o problema da falta de médicos de família no concelho. Carlos Marta considera que “neste período transitório”, a medida podia resolver muitas situações difíceis que os centros de saúde vivem atualmente devi-
Nuno André Ferreira (arquivo)
Concurso ∑ Prevista entrada de médicos em fevereiro no Centro de saúde da cidade
A Autarca reuniu com secretário de Estado da Saúde do à falta de médicos de família.
Novidades em fevereiro. Tondela é um dos concelhos que mais tem sofrido o problema da falta de médicos de família nos últimos meses. Em
causa esteve a aposentação de vários médicos e a morte de um outro profissional que deixou algumas extensões sem médico e o centro de saúde da cidade a trabalhar com falta de recurso humanos. Segundo os dados
avançados em novembro, pelos deputados do PS eleitos por Viseu, havia 14.328 utentes sem médico de família. Hoje existem ainda oito mil doentes com falta de médico. Em dezembro foram colocadas duas médicas no centro de saúde e um médico na extensão de Molelos. Carlos Marta adianta que está previsto para fevereiro a entrada de dois novos profissionais, através de um concurso aberto recentemente. A confirmar-se a entrada de novos profissionais, o autarca admite que o concelho “ficará razoavelmente coberto, caso não surjam novas aposentações” de médicos. Emília Amaral
Opinião
José António Antunes Enfermeiro
As SmartShops em Portugal. O Caso de Viseu (I) Prolifera em Portugal a abertura de Smart Shops, um conceito que já se encontra em Viseu há algum tempo. As Smart Shops são lojas que comercializam “drogas legais”. Legais no sentido de não estarem referenciadas na Lei. É um caso omisso que tem sido aproveitado por vários empresários. Ou “novas drogas” como têm vindo a ser descortinadas pelos investigadores cujos dados circundam os 164 tipos diferentes já encontrados. Nada mais são que diferentes combinações químicas para a indução de efeitos psicoactivos (por exemplo, estados de euforia com alucinações) que chegam a ser mais exacerbados que os sucedidos com as drogas clássicas. De chás a fertilizantes naturais. Um negócio rentável, com um volume de negócios considerável, não contemplando aqui o mercado paralelo, dos produtos livremente adquiridos na internet através dos sites de leilões internacionais. Nas próprias alfândegas, estes produtos entram em território nacional sem qualquer controlo. O grito do Ipiranga das Smart Shops foi dado em Aveiro em 2007 e, desde então, cidade após cidade, os espaços têm sido inaugurados e visitados regularmente. O limite de idade dos clientes que as frequentam não está, propriamente, bem definido (18 anos). Nem é devidamente controlado. E, mesmo que estivesse, os intermediários (os vulgares amigos mais velhos) ou o livre comércio electrónico da Internet são dois poros por onde circulam sem qualquer controlo estes produtos que pouca gente sabe o que são. Defendem-se os proprietários deste negócio em Portugal que seguem o modelo Holandês, país esse que radicaliza actualmente a sua histórica posição nas questões das drogas leves tendo começado a limitar o aces-
so livre aos famosos coffee shops no sentido de contrariar a imagem de destino turístico de drogas. A partir deste mês, duas leis aprovadas em 2011 e 2012 que limitam o consumo de canábis - até agora apenas em vigor em alguns cafés do país – vão ser regra nacional. Cidadãos sem passaporte holandês não podem frequentar as famosas coffee shops, que passarão a ter um número controlado de sócios-consumidores. Argumentam ainda os mesmos empresários portugueses que não vendem os produtos prontos para serem consumidos mas vendem os produtos com necessidade de serem preparados para o consumo e, assim, descartar toda a responsabilidade do que o cliente faz com os mesmos. É um pouco como os vendedores de armas atómicas – “produzimos energia, os outros é que as montam e depois ameaçam o Mundo”. A culpa morre solteira. Não infligem dano directo mas ensinam como se pode fazer pois informam como se devem consumir as ditas substâncias modificadas. No universo infanto-juvenil (e temos que aceitar a verdade dos factos – crianças aos 10 anos já possuem hábitos tabágicos, aos 13 já experimentam drogas leves e aos 16 já é comum as experiências com cocaína, basta visitarmos os lugares mais recônditos das escolas ou os espaços nocturnos ao arlivre mais populados, para o confirmar) dissemina-se a ideia de que “são fixes” as “mocas” com cactos com mescalina, erva sálvia, chás afrodisíacos, sementes, kits para cultivo de “cogumelos mágicos”, incensos artificiais ou cápsulas de produtos naturais com princípios alucinogénicos. Ideias estas que são vulgarmente filmadas e publicadas nas redes sociais do twitter e youtube. (continua...)
Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 29
10 | janeiro | 2013
IMOBILIÁRIO - T0 MOBILADO E EQUIPADO, Junto à feira semanal 200,00€ 232 425 755 - T0 MOBILADO Centro, recente, mobilado e equipado 220,00€ 917 921 823 - STUDIO – MOBILADO E EQUIPADO A 2 minutos do Palácio de Gelo água, luz e net incluído 225,00€ 969 090 018 - T1 Centro de Viseu, mobilado e equipado 275,00€ 967 826 082 - T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755
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EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844 Eletricista da construção civil.
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Outros operadores de máquinas de imprimir Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907
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Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira Ref. 587823653 Condutor de máquina
- Ref. 587873168
Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222
Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029
Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira Ref. 587869870
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CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt
Padeiro, em Geral Ref. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul Pedreiro Ref. 587866642 – tempo completo –
Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades Soldador de Arco Electrico
Ref. 587872707 – tempo completo – Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades
Soldador de Arco Electrico Ref. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades
CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
Outras costureiras, Ref. 587839124 - Carregal do Sal A tempo completo Empresa tem necessidade de um(a) prensador(a) de casacos (fabrico em série), com experiência a chefiar essa secção. Estucador Ref. 587883929 - Mortágua A tempo completo Pretende profissional com experiência em
aplicar gesso projetado. Técnico de vendas Ref. 587886729 - Santa Comba Dão A tempo parcial (20h/ semana) Com ou sem experiência para vendas porta-a-porta na área de residência do(a) trabalhador(a). Carpinteiro - Indústria Ref. 587862125 - Tondela A tempo completo
Pretende-se candidato para trabalhos em serração de madeiras com ou sem experiência. Pedreiro Ref. 587910589 - Tondela A tempo completo Pedreiro de acabamentos: com experiência em rebocos, assentamento de azulejo e assentamento de tijolo
- Tondela A tempo parcial (20h/ semana) Profissional com experiência. Servente - construção Ref. 587914534 - Tondela A tempo completo Profissional com experiência
Ajudante de cozinha Ref. 587911491
CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Técnico Vendas Refª 587887399 Tempo Completo - Viseu
Refª 587909760 - Tempo Completo - Viseu
Cabeleireiro Refª 587890581 – Tempo Completo - Viseu
Cozinheiro Refª 587910752- Tempo Completo - Viseu
Cortador Carnes Verdes Refª 5878912132 - Tempo Completo Viseu
Serralheiro Civil
Pedreiro
Montador Màquinas
Refª 587910890 Tempo Completo – Viseu
(gruas) Refª 587912416- Tempo Completo – Viseu Engenheiro Mecânico Refª 5878909892Tempo Completo - Viseu
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
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30 CLASSIFICADOS
10 | janeiro | 2013
INSTITUCIONAIS
NECROLOGIA Manuel de Almeida, 88 anos, casado. Natural e residente em Alva, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 9 de janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Alva. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Aldora da Conceição Martins Melo, 80 anos, casada. Natural e residente em Silgueiros, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.
Inês Marques Pestana da Cruz, 29 anos, casada. Natural de Silgueiros e residente no Brasil. O funeral irá realizar-se no dia 11 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268
1ª Publicação
Luísa Augusta da Costa, 93 anos, casada. Natural e residente em Cunha Alta, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cunha Alta.
José Pessoa Pais, 75 anos, viúvo. Natural de Silgueiros e residente em Bela Vista, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 8 Maria Catarina de Jesus, 89 anos, solteira. Natural de Povolide janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. de e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Povolide. Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009 António Jorge de Almeida Feijão, 60 anos, solteiro. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de janeiro, Maria Andrade Laranjeira, 98 anos, viúva. Natural e residente pelas 15.00 horas, para o cemitério de Vildemoinhos. em Pinheiro de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizouse no dia 5 de janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Luís Carlos de Sousa Gomes, 42 anos, solteiro. Natural de São Miguel de Vila Boa, Sátão e residente em Abrunhosa, Sátão. Pinheiro de Lafões. O funeral realizou-se no dia 5 de janeiro, pelas 15.00 horas, Susana Maria Costa Cruz Pinto, 95 anos, viúva. Residente no para o cemitério de São Miguel de Vila Boa. Lar da Misericórdia, Oliveira de Frades. O funeral realizouse no dia 7 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Lurdes de Ascensão Pais, 81 anos, casada. Natural de Antas, Penedono e residente em Viseu. O funeral realizou-se Alto de São João, Lisboa. no dia 6 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo Carminda Augusta, 87 anos, viúva. Natural e residente em de Viseu. Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades. O funeral realizouse no dia 8 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Américo de Almeida Mesquita, 83 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente em Mundão, Viseu. O funeral realiArcozelo das Maias. zou-se no dia 6 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitéAgência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. rio de Mundão. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Arminda Lourenço de Carvalho, 85 anos, viúva. Natural de Cepões e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 Alfredo Rodrigues, 80 anos, casado. Natural e residente em de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de AbraSão Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 6 de janeiro, veses. pelas 15.00 horas, para o cemitério da Pedreira, São Pedro do Sul. Antonino Rodrigues de Sousa, 84 anos, viúvo. Natural de Vila Cova à Coelheira, Vila Nova de Paiva e residente em Rio de Maria da Piedade, 91 anos, viúva. Natural de Arcozelo das Loba, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de janeiro, pelas Maias, Oliveira de Frades e residente em Paramos, Espinho. 15.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 9 de janeiro, pelas 11.00 horas, para o cemitério do Covelo, São Pedro do Sul. João Fernando Escada dos Santos, 49 anos, solteiro. Natural de Bodiosa e residente em Pereira de Bodiosa. O funeral Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. realizou-se no dia 8 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o ceS. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 mitério de Bodiosa. Inês Borges Alexandrino Ferreira, 93 anos, viúva. Natural de Angola e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de janeiro, pelas 14.00 horas, para o crematório de Viseu.
Alcides de Albuquerque Esteves de Oliveira, 85 anos, solteiro. Natural de Abraveses e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.
Gil Soares, 65 anos, casado. Natural de Alcafache, Mangualde e residente em Fragosela de Cima, Viseu. O funeral realizou- Palmira Bolhões de Almeida, 86 anos, casada. Natural e resise no dia 8 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de dente em Povolide. O funeral realizou-se no dia 9 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local. Alcafache. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542
Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 565 de 10.01.2013)
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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
FOTO DA SEMANA
HÁ UM ANO EDIÇÃO 513 | 13 DE JANEIRO DE 2012 Publicidade
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRECTOR INTERINO
Pedro Santiago
UM JORNAL COMPLETO
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Nuno André Ferreira
| Telefone: 232 437 461
Como é possível realizarem ações de controlo de velocidade, mormente na circunvalação de Viseu, com o carro em cima do passeio? (em transgressão, obrigando os peões a irem para a estrada). Sem permitir a passagem a cidadãos com mobilidade reduzida como é visivel na fotografia. Que falta de ética e de profissionalismo e que exemplo dado pela divisão de trânsito da PSP! Ignorando por completo os direitos das pessoas com mobilidade reduzida os decretos lei 71 e 72/2099. Neste início de ano 2013 temos de ser mais exigentes com quem deveria estar ao serviços dos interesses dos cidadãos. Ninguém é contra o controlo de velocidade, simplesmente não devem prejudicar terceiros para atingir esse objetivo, principalmente quando no caso em particular poderiam colocar o radar no exterior e a viatura corretamente estacionada. José Alves Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt
Semanário 13 a 19 de janeiro de 2012
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 13 > EDUCAÇÃO pág. 14 > ECONOMIA pág. 15 > SUPLEMENTO pág. 19 > DESPORTO pág. 22 > EM FOCO pág. 24 > CULTURA pág. 26 > SAÚDE pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
Ano 10 N.º 513
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
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redaccao@jornaldocentro.pt
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TDT com falhas em todo o distrito
Inglês e Espanhol
www.jornaldocentro.pt |
∑ Autarcas não consideram a TDT uma prioridade para o país | páginas 6 e 7
os Novos curs em a iniciar Fevereiro
Rua dos Casimiros, 33 - Viseu - www.ihviseu.com Tel: 232 420 850 - information@ihviseu.com
i perder d “companhia” “ hi ” ∑ Idosos receiam “Vamos ter o melhor cartaz de sempre em ∑ Mangualde” (José Rocha - Hardmetalfest)
∑ Bairro de Paradinha vai ter apartados ∑ Lúcia vai ter oposição no PS Viseu ∑ Misericórdia de Mangualde estranha silêncio da Saúde
∑ Transporte Social Solidário chega a Viseu ∑ Portugal entra no Guinness com “O Maior Estendal do Mundo”
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CARTA DO LEITOR
(12) janeiro : teatro
Desabafo de Mãe
Findas as festas natalícias, regresso a Viseu depois de levar o meu filho ao aeroporto de Lisboa. A minha filha deixou também Portugal no dia anterior com a família. A minha casa ficou vazia, e as lágrimas que me caem sem parar pela cara abaixo, extravasam a raiva que me vai na alma contra todos aqueles que pela sua incompetência e ganância, políticos e não políticos, contribuíram para que jovens como os meus filhos fossem condenados ao exílio pelo único crime de serem portugueses e jovens.
São emigrantes licenciados, qualificados, os muitos milhares de jovens que são obrigados a ir trabalhar para o estrangeiro, e que, eles sim, contribuiriam e muito para a sustentabilidade da Segurança Social. Estão a contribuir, claro, para a sustentabilidade da Segurança Social dos países que os acolheram. Não sou única. Quero lembrar aqui os milhares de mães, e conheço muitas, que se encontram na mesma situação que eu, e sofrem, privadas do convívio dos seus filhos, e netos, quando já no outono
da vida, e a vida corre num ápice. O Estado Português não se contenta em tirarnos os bens materiais, tiranos também aqueles que mais amamos. E isso não tem perdão. Rouba-nos friamente o dinheiro que poderíamos usar para ir ver os nossos filhos. Por tudo isto a minha perplexidade é grande, quando ouço o Sr. Presidente da República pedir aos emigrantes que ajudem Portugal. E Portugal, Sr. Presidente, o que faz para ajudar os emigrantes? Maria Isabel Ivo Gomes
SERMÃO AOSPEIXES
TRIGO LIMPO TEATRO ACERT Após o sucesso da estreia no 18º Finta o regresso para o público da ACERT…
A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
APOIO
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA Rua Dr. Ricardo Mota, s/n 3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt
tempo
JORNAL DO CENTRO 10 | JANEIRO | 2013
Hoje, dia 10 de janeiro, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 6ºC. Amanhã, 11 de janeiro, céu nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 2ºC. Sábado, 12 de janeiro, aguaceiros. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 4ºC. Domingo, 13 de janeiro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 0ºC. Segunda, 14 de janeiro, céu limpo. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 0ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Sexta, 11
Mangualde ∑ Tomada de posse dos órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, às 19h30, na sede da institutição.
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Divertimentos
Viseu ∑ A Câmara Municipal de Viseu apresenta o livro infantil “As Aventuras do Tiaguito” da autoria de Tiago Ferreira, um jovem de apenas 10 anos, com a chancela da editora Sítio do Livro. A apresentação decorre na Biblioteca Municipal, às 16h00. Oliveira de Frades ∑ A Câmara Municipal promove o encontro Cantar as Janeiras, às 21h30, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Terça, 15
Viseu ∑ A Aldeia Póvoa Dão revive a romaria em honra do Santo Amaro, uma das mais antigas e vivenciadas tradições da aldeia.
Quarta, 16
Viseu ∑ Apresentação do livro “em Bicos de Pés e de Olhos em Bico”, às 21h30, na FNAC Viseu.
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DR
Sábado, 12
Vaga de frio a partir de sábado Viseu ∑ Previsões apontam para um dos seis distritos mais frios Uma massa de ar frio que vai atingir Portugal Continental a partir de sábado deverá fazer descer as temperaturas mínimas quatro a seis graus abaixo da média da época, a partir de sábado, devido a uma massa de ar frio que vai atingir Portugal Continental.
De acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (antigo Instituto Português de Meteorologia), Viseu será um dos distritos mais atingidos com esta vaga de frio, só em Bragança, Guarda, Castelo Branco e Vila Real se preveem temperaturas mais
baixas. Sábado, domingo e terça-feira, Viseu acordará com uma temperatura de zero graus, não subindo os termómetros acima dos oito graus. Sábado e domingo, a temperatura máxima não ultrapassará mesmo os sete graus. Emília Amaral
Viseu recebe jornadas parlamentares do PS O PS vai realizar em Viseu, dias 14 e 15, as suas jornadas parlamentares. O líder da bancada parlamentar do Partido Socialista, Carlos Zorrinho adiantou aos jornalistas que as jornadas parlamentares serão subordinadas
ao tema da “Defesa de um Estado Social mais Moderno e Solidário”. As jornadas parlamentares do PS em Viseu vão anteceder o debate em torno do objetivo do Governo de cortar cerca de quatro milhões de euros
em despesas do Estado e incidiu no plano partidário interno. Tratam-se das segundas jornadas parlamentares do PS da presente legislatura. As primeiras aconteceram em Abril passado na cidade de Bragança. EA
1. Estamos na segunda fase da crise sistémica global. A primeira foi em 2008/2009, quando quinze biliões de dólares de activos-fantasma se esfumaram no ar, quando os estados se endividaram para salvar os bancos e, a seguir, trataram de tapar o buraco com emissão de liquidez e com um massacre à classe média. Durante estes quatro anos, graças a Angela Merkel e à chegada de Mario Draghi ao BCE, o euro conseguiu resistir às investidas das empresas de rating e ao bombardeamento mediático proveniente de Wall Street e da City. Esta segunda fase começou no segundo semestre de 2012, como tinha previsto o Laboratório Europeu de Antecipação Política. Vão arder mais quinze biliões de dólares de imobiliário invendável e “alavancagens” várias. Convinha que os governos pusessem os accionistas dos bancos a pagar a factura e não, como tem acontecido, os trabalhadores e os reformados. Caso os governos insistam na mesma receita, a “rua” vai explodir. Em Portugal, como a posição do estado nos capitais dos bancos vai aumentar (confira-se o que se está a passar no BPI, BCP, Banif, …), para que raio António José Seguro e Pedro Passos Coelho querem criar ainda mais um banco público, um chamado “banco de fomento”? Para colocar mais uns boys? Para, depois, ser mais fácil vender a CGD? 2. Durante as festas natalícias, tivemos direito a dois divertimentos: (i) O grande Artur Baptista Silva — “representante” da ONU para os países do sul e para a academia do bacalhau e para a universidade de verão do PS e para a SAD do Sporting — foi expulso das televisões. Os oráculos instalados odeiam concorrência. (ii) Com o seu decreto nº 7875 de 27 de Dezembro, a presidenta Dilma Rousseff atirou o acordo ortográfico no Brasil para 2016, deixando pendurada a pressa portuguesa, pressa tão moderninha, pressa tão parolinha no seu fatinho armani. Viva a presidenta!