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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 21 a 27 de fevereiro de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 15 > EDUCAÇÃO
Ano 11 N.º 571 1 Euro
pág. 20 > DESPORTO pág. 22 > EM FOCO pág. 24 > CULTURA Publicidade
pág. 29 > CLASSIFICADOS
REGIÃO DE VISEU
pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
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SEMANÁRIO DA
pág. 26 > SAÚDE
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pág. 16 > ECONOMIA
Novo acordo ortográfico
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“Inaugurar um Hospital, com esta qualidade, é um acontecimento que não acontecerá ∑ senão uma vez por século”
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Paulo Neto
Francisco Lopes, presidente da Câmara Municipal de Lamego | págs. 6 a 9
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praçapública rQuando o desem- r Hoje,
palavras
deles
penho de 2012 deveria ser premiado e incentivado,[...] lamento ter de transmitir que cortes adicionais no contrato-programa de 2013 são suscetíveis do encerramento, ainda que parcial, de alguma atividade assistencial” Ermida Rebelo
Presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu (Cerimónia do Dia Hospital S. Teotónio, 18 de fevereiro)
Editorial
Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
O presidente da GALP, Ferreira de Oliveira, diz que “da parte da empresa não há margem para os preços (dos combustíveis) descerem”. E contudo, em 2012, anunciou lucros de 359 milhões de euros, mais 43% do que em 2011. E acrescenta o gestor: “Os portugueses quando compram gasolina pagam essencialmente imposto.” Certo. Nada que ignorássemos. Mas se o Estado é o “gigolo” da fita, pensando no montante anual de lucros da Galp, onde devemos situar o seu PDG?
Com todos estes pitorescos (ia escrever picarescos mas ofenderia António Malhadas de Barrelas e Dom
Sílvia Vermelho Politóloga
A regeneração urbana deve ser uma das principais preocupações de quem vai gerir a cidade e define os fundos comunitários. Se esta componente não estiver assegurada, este património terá alguma dificuldade em se manter”
Carlos Vaz
Presidente da Câmara Municipal de Viseu (Visita a edifícios reconstruídos pela Sociedade de Reabilitação Urbana, 13 de fevereiro
Presidente do conselho de administração do CHTMAD, em entrevista ao Jornal do Centro
rEstamos todos de
parabéns, esperamos que este sentimento se mantenha, com o aproveitamento integral das condições que são tantas e tão boas deste hospital”
Fernando Ruas Francisco Lopes Presidentente da Câmara Municipal de Lamego, em entrevista ao Jornal do Centro
Somos todos parvos?
Pior do que isso, não na agravante de impostos mas na luta por eles, um tal SE Núncio – que não é apostólico mas parece ser um diligente papista – quer exigir ao consumidor que mostre aos fiscais a factura da “bica”. Claro que depois não nos admiramos que, com algum agastamento vernáculo, o ex-SE da Cultura José Viegas, mande “tomar no C_!”. Tão pouco achamos estranho que o inefável Relvas, que ainda não conseguiu vender todo o património luso, afirme, confrontado com o caso, de forma anuente e cordata, “respeitar todas as opiniões de membros e exmembros do Governo”.
Opinião
r
um conceito destes exige muito mais dos profissionais. Devo dizer que as nossas primeiras equipas, que estavam a treinar já há algum tempo (oftalmologia), houve dias de fazerem mais de 40 intervenções cirúrgicas”
Quixote de la Mancha y Castilla) este “reality show” seria uma comédia indiana se não tivesse contornos de tragédia grega, revelada em números como este: “um terço das crianças portuguesas vive no patamar da pobreza e da indigência.” Oliveiras, Núncios, Viegas, Relvas, Lda.”: uma troupe de artistas numa arena onde o leão, desperto e famélico, aguça as garras nas grades… Numa acção local levada a efeito pela Comissão Política Concelhia do PSD subordinada ao tema: “Caminhos de Desenvolvimento para Viseu”, a estrela da noite foi João Cotta que apresentou cenários concretos sustentados em números reais, com sugestões para o muito que há por fazer. O presidente da AIRV tem um projecto. Será o mesmo de que falam Hélder Amaral e, agora, José Cesário? Conta quem viu que a vereadora da cultura da autarquia gastou um BIC a copiar as “dicas” que Cotta apresentou no seu “power point”. Assim, embora a desoras, também já levou para o Rossio um rascunho de projecto. Quanto ao crânio da organização, Guilherme Almeida, ocupado a concluir a sua pós-graduação que aponta para um summa cum laude, pouco disse. Mota Faria ficou-se por
um balbúcio quando se propôs discordar – como compete aos competentes – dos incontestáveis números e cenários apresentados pelo veterinário/empresário João Cotta. Ficou tremido no retrato. Excelente nota, também, para o presidente da CCRC, Pedro Saraiva, com rumo e fio condutor na sua intervenção. Foi com o maior prazer que passei a tarde de 6º feira, em Lamego, no novo Hospital de Proximidade e na companhia do administrador do Centro Hospitalar de Trásos-Montes e Alto Douro, Carlos Vaz, um “obstinado” e competente gestor da “coisa pública” e Francisco Lopes, o dinâmico e empreendedor autarca lamecense. Até parece – por falta de hábito, claro! – que estava noutra galáxia onde a eficácia e a modernidade são palavras de ordem, sustentadas em factos bem à vista de toda a gente e em prol dos utentes. Chegaram-me às mãos umas fotocópias de documentos onde, a ser verdade tudo o que é referido, há uma instituiçãoque está confusa em matéria de expropriações de terrenos urbanos e, eventualmente parece fazer um duplo pagamento dos mesmos (?!). Uma coisa assim! Nem dá para acreditar! Vou estudá-los para tentar
perceber porque é que depois de se pagarem 185.300.00 Euros, se voltam a pagar, pela aparentemente mesma fracção, mais 247.575.00 Euros. Cresce na cidade – vox populi – e perante a mediocridade dos políticos locais, a ideia cada vez menos peregrina e mais consistente, duma candidatura suprapartidária à autarquia viseense. E se o povo tiver razão? No voto, não é ele quem mais ordena? Ou será que do âmago do PSD sai finalmente fumo, tornando a candidatura suprapartidária em candidatura laranja? Chama-se a isto “flexibilidade renal”! Enquanto isso, fica-se a saber em semanário nacional pela notícia do jornalista local A.A. que “muitas das fracções dos prédios da Quinta do Grilo onde se pratica a prostituição são propriedade de um ex militar, um cabo da GNR reformado (…) pai de um dos engenheiros da CMV. E por um diário reputado que o antigo Matadouro Municipal é palco de cultos satânicos com encapuzados noite adentro, em rituais estranhos. A autarquia, ao manter o local naquele estado de ruína, abandono e incúria e ao virar costas a um processo que nunca foi muito claro, dá azo a esta “qualidade de vida” – nocturna, claro está e só para alguns…
Que força é essa? O Primeiro-ministro foi interrompido na Assembleia da República pela senha. Grândola Vila Morena ecoou pelas galerias da Sala principal da Assembleia. E o Primeiro-ministro diz que lhe fez lembrar a comemoração do 25 de Abril – aquele feriado que o seu Governo tornou opcional para as suas representações diplomáticas. Bem, em suma, depreendemos que a cantoria fez lembrar ao Primeiro-ministro a comemoração do dia
fundacional do actual regime. De facto, nós ouvimos o que queremos escutar – porque a senha, a mim, soou a fim de regime. O meu coração é que começa a não aguentar tantos “falsos alarmes” e este é apenas mais um. Tem-me revoltado cada vez mais a inércia do povo que somos nós. Somos um povo de alforrecas – potencialmente perigosas mas apenas quando lhes tocamos directamente. E assim se vê a sectorização das
manifestações e dos protestos: ora é a polícia, ora são as/os professoras/es, ora é a restauração, ora são os carrosséis – ora bolas!, apetece-me dizer, com revolta. Mas serão os nossos problemas diferentes? Afectar-nosão de forma menor ou maior estas políticas de desgovernação? Claro que não. A desgovernação tem um carácter epidémico, afecta o sistema como um todo do qual, inevitavelmente, fazem parte todas as classes e ordens
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números
estrelas
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O número de participantes na manifestação que a União de Sindicatos promoveu em Viseu. O protesto integrouse na jornada nacional de luta que a CGTP organizou em todo o país durante o fim-desemana.
Carlos Vaz Presidente do conselho de administração do CHTMAD
Pela sua “obstinação” e visão como administrador hospitalar, vê hoje implantado no terreno o novo Hospital de Proximidade de Lamego.
Importa-se de responder?
Sérgio Monteiro Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Francisco Lopes Presidente da Câmara Municipal de Lamego
Lamego, ao passar de um hospital tradicional para um hospital de referência regional, ganha peso e proporciona mais e melhores cuidados a toda a Região.
É o mangualdense afinal o “bola de ouro” das PPP que assinou 12 contratos de financiamento como quadro da CGA, dispondo-se a financiar as PPP até 7,5 mil milhões de euros?
O que é para si um hospital de proximidade? Um hospital que seja mais próximo e que apoie as pessoas de forma eficaz.
Para mim é um hospital diferente e uma mais-valia para os utentes, dado que é construído para ser mais eficaz e humanizado.
José António
Madalena Marques
Eletricista
Auxiliar de Educação
É um hospital que serve os utentes de forma digna e com as melhores condições.
Penso que é um hospital diferente daqueles a que estamos habituados. Tanto na construção do edifício como no auxílio prestado aos utentes.
Carlos
Maria Fernandes
Advogado
Empregada fabril
profissionais. Mas esta III República teve essa coisa perversa de transformar a luta de classes – que, independentemente da sua validade, era de simples compreensão – em lutas de invejas. As lutas de invejas trazem o que de pior a cultura organizacional deste país tem: o mito de que o bem-estar é um jogo de soma zero. Como tal, se o bem-estar é uma selva, ninguém quer ser ser a zebra. Toca a querer ser o leão. E está aberta a caça.
A caça, contudo, e a mortandade dela resultante, tem incentivos de que poucas/os dão conta. Toca a meter as/os contribuintes a recolherem os dados já entregues à Administração Pública para os entregar “voluntariamente” às Finanças para efeitos de regularização do IMI. Se não o fizer, a/o sua/seu vizinho fará por si. Eles sabem disso. Toca a meter medo às/aos contribuintes com a obrigatoriedade de pedir factura – a melhor maneira de um regime
se manter é fazer com que todas as ovelhas sejam a sua Guarda. Este Governo é uma Máfia – o Governo obriga as/os contribuintes a protegerem-se dele mesmo, como a boa e velha Máfia que obriga a pagamentos para protecção dela mesma. Há quem resista – ou quem faça por isso. “Fisco ao fisco” é um grupo que pode encontrar no Facebook onde o objectivo é informar em tempo directo onde se encontram essas/es 100 fiscais
que andam por aí na caça à multa. O objectivo do grupo não é fugir ao fisco. É antes cercá-lo – mostrar que há uma massa crítica presente e vigilante. Reagimos, com métodos de vigilância mais toscos do que os ficheiros SAFT da Autoridade Tributária mas muito mais eficazes. Bem se vê, o povo unido jamais será vencido. Sem presas nem predadores. Até porque, na selva, quem ri por último não é o leão – são os abutres. E esses estão no poleiro.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Uma questão de testosterona Para seu desconforto pessoal e desgosto das suas tropas que tinham criado a expectativa de uma investida sobre a Praça da República, uma mensagem de algum “pretor laranja” terá sido suficiente para refrear o ímpeto guerreiro do “último Viriato”, o (in)disponível, José Costa. Acampado definitivamente no Campus Politécnico, terá agora tempo para tentar perceber porque razão Diodoro dizia sobre o verdadeiro herói que “Viriato considerava a auto-suficiência a sua maior riqueza, a liberdade, a sua pátria, e a superioridade que lhe advinha da coragem, a sua mais segura posse.” O cenário de uma candidatura independente às autárquicas 2013 fica mais distante, com o passo à retaguarda de José Costa e com o improvável passo em frente de Carlos Marta desligado do partido. O debate sai
empobrecido pois diminui o leque de intervenientes que poderiam trazer um novo conjunto de posições políticas, de novas ideias, de novas propostas de solução para os problemas que assolam as populações. No figurino eleitoral que se vai murmurando pela cidade, a candidatura já afirmada ou cada nova opção que surge é pior que a antecede, o ridículo da opção Américo é substituído pela hilariante hipótese de Cesário. Nada de novo! Neste caso, a única mudança previsível, na Praça da República, seria a da afável secretária Olívia pelo especialista em redes sociais Lino das bicicletas. É certo que a solução non sense de Zé Cesário por suposto consenso laranja tem muitas vantagens e apenas um inconveniente, a saber, Paulo Portas aplaudirá por se libertar de um estorvo que a par-
tidocracia eleitoral lhe impôs, a Diáspora rejubilará por se ver livre do distribuidor de bibliotecas da banha da cobra, o contribuinte aliviar-se-á de um despesista em milhas aéreas à conta do erário público e só Viseu, como sempre, perderá no negócio. Ao Zé, como gosta de ser chamado, contentar-se com o cargo de Presidente da Assembleia Municipal seria mal menor pois permitir-lhe-ia acumular as senhas de presença locais com as ajudas de custo de governante caixeiro-viajante e ainda deixar-lhe tempo livre para um curso de pintura de azulejos na África do Sul. Voltando ao tema, dizia, e salvo melhor opinião, que a participação de movimentos de cidadãos nos processos eleitorais enriquece a Democracia, pelo que é saudável que surjam no processo eleitoral autárquico
eles não seduzimos, pacotes de viagens que prometem felicidade; me perguntava para quem eram afinal dirigidos. Nem nos nossos tempos mais esbanjadores e de fantasia adornada por cartões de plástico, conseguíamos em perfeito juízo económico comprar as prendas ou recordações que nos eram sugeridas, a não ser claro, uma elite que auferia e aufere ordenados absolutamente as-
tronómicos, que a população trabalhadora em geral não totalizará em toda a sua vida, mas que infelizmente paga com o seu esforço e dever de cidadão. Não serei a única a dizer e a ouvir da boca de conhecidos que a melhor prenda que receberam foi uma que nem sequer tem um valor monetário digno de ser lembrado; um pequeno gesto, uma pequena surpresa, algo feito com muito carinho;
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A semana passada sobreviveu-se a mais um Dia de S. Valentim, mas como tem sido regra da conjuntura, a publicidade apresentou um declínio, acompanhando a própria capacidade consumista também ela em notória decadência. Decerto não sou a única que ao ser confrontada com anúncios publicitários de relógios que custam tanto como carros, perfumes minúsculos que nos convencem que sem
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Opinião
Gerência Pedro Santiago
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David Santiago
Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
Tomar...consciência Apesar do ridículo do tema, gostaria de voltar à questão dos funcionários da autoridade fiscal encarregues de fiscalizar a emissão e pedido de facturas por parte de comerciantes e clientes, respectivamente. Obviamente trata-se de uma medida inexequível, não apenas pela incapacidade de fiscalização e pela sua provável inconstitucionalidade, mas também
porque este tipo de medida cria, no cidadão comum, uma vontade de sabotagem, porque invasiva e persecutória, que a torna inviável desde a sua fase embrionária. A este propósito o anterior secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, avisou que se interpelado por um fiscal das finanças lhe dirá, de forma abrasileirada, para ir
“tomar no cu”. Houve quem se indignasse com a falta de sentido de estado de um ex-governante e quem exortasse com a oportunidade da afirmação. Para os mais pudicos, gostaria apenas de notar que traseiro ou pacote são expressões que pecam por alguma inexactidão, e que a expressão “tomar no cu” pode ser um reflexo da confusão reinante no pós apli-
Chique
Tem origem na palavra francesa “chic” e uma significância de uma abrangência enorme. Relaciona-se com o conceito de esmerado, elegante, apropriado, de bom gosto. É percepcionada de formas diferentes, sobretudo de acordo com a educação, ou a falta dela. A evolução selvagem e/ou anárquica do conceito de gosto, na sua maior amplitude, é criadora das atitudes, usos e comportamentos os mais descabidos, egoístas e chocantes, que mais fogem aos princípios elementares de conduta em sociedade e susceptíveis de causar mal-estar a terceiros. O dar nas vis-
tas, enquanto meta a atingir, é pretendido e praticado sempre que se foge ao cinzento da normalidade. Ao sair-se dessa sombra, ou se fica exposto ao” brilho do sol”, ou ao “contraste com a neve”. E, chique, chique, é a pessoa estar nessa penumbra de uma forma que se torne agradável aos outros e desperte a curiosidade pelo rigor da atitude, da discrição, da elegância de gestos e falas (o tom, o volume e o tema). Da agradabilidade das vestes do ponto de vista da simplicidade e bom gosto com que se combinam cores e géneros. Enfim, factualmente, ser chique será, entre
outras coisas, o contrário de: - Fazer espalhafato em lugares públicos e falar alto, com ou sem telemóvel; - Manter o som dos telemóveis na igreja, cinema, hospitais, etc; - Ter a música do carro a “berrar”; - Não segurar uma porta para outra pessoa que nos segue poder passar; -Não agradecer a quem nos segura uma porta para se passar; - Tratar pessoas que não se conhecem bem pelo nome próprio; - Trata r por “oh professor(a)”, “oh
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e só se lamenta que o art.º 151º da Constituição da República não permita que estes movimentos também concorram às legislativas. Importa contudo anotar que muitos dos movimentos que surgem em época eleitoral nada têm de independentes, afirmando-se sim contra os partidos e muito dependentes da política do “ser contra” o que, na maior parte das vezes, acaba por aniquilar a mais-valia que seria a sua participação verdadeiramente independente nos actos eleitorais. A maior parte das vezes estes movimentos mais não são que agremiações de ex-qualquer coisa: ex-militantes de partidos, ex-autarcas, ex-candidatos e tal como os “ex-Viriatos” morrem como nascem: sem fôlego, sem ideias, sem… futuro! Já aqui, noutros artigos de opinião, se falou do dificuldade de operacionalizar este tipo de candidaturas pela blinda-
gem e burocracia que a lei eleitoral impõe, mas há sempre a possibilidade de apoiar essa vontade independente através do recurso aos pequenos partidos sem representação parlamentar, desde que o façam com a garantia aos eleitores que após o acto eleitoral mantêm o respeito pelo voto recebido e serão oposição séria e credível. Uma candidatura verdadeiramente independente dos partidos, de gente de créditos firmados e de princípios assumidos, de ideias claras e projecto de desenvolvimento para a cidade, com vontade de lutar por mais emprego, mais bem estar, mais cultura, mais educação e mais segurança representaria uma fresca brisa no pântano da partidocracia local. E se a essa frescura, acrescentasse a sensibilidade e pragmatismo feminino então teríamos um quadro colorido capaz de encan-
tar muito eleitor viseense. A política local está prenhe de testosterona e é, na minha óptica, necessário e urgente que se renove permitindo que mais mulheres assumam lugar de destaque e cimeiro que não apenas os que lhe cabem por cota obrigatória por lei. A melhoria deverá ser conjunta, dos partidos procurando cativar na sociedade civil as mulheres que melhor competência e qualidade detenham e das viseenses procurando por mérito e trabalho conquistar essa posição. Seria interessante e promissor verificar nas listas às autárquicas de 2013 a 2ª posição ser ocupada por uma mulher ou melhor ainda, nas candidaturas que faltam afirmar ver inscrito no topo um nome feminino. Quantas mulheres se destacam ou têm destacado na política local? Quantas têm fugido à norma da cota? Imagino que aqui chegados já estejam a pensar que o
contrário também é verdadeiro, que há quem se destaque em demasia e pela negativa mas uma vez mais estaríamos a desviar-nos da verdadeira essência do mérito politico e a pensar em minudências. Deixemos pois a Lúcia Silva em paz e como Fernando Ruas dixit que “somos um pouco como a Finlândia da Europa” falemos então de exemplos como Tarja Halonen, prova que “um povo educado elegerá dirigentes honestos e competentes. Estes escolherão os melhores assessores. Com um povo inculto acontece exactamente o inverso.” Liderança, capacidade de decisão, inflexibilidade, atitude, carácter e honestidade são algumas das características que muitas mulheres reúnem para poder singrar neste universo grotesco e machista da política local. Então, porque não uma candidatura de uma mulher independente?
mas assim denunciamos prontamente que não pertencemos a essa elite que tanto se esmera para mostrar a aparência perfeita, marcada pelo exagerado aspecto externo de riqueza, que diga-se, está muito fora de moda. Mas infelizmente existe uma realidade que é transversal à elite e aos restantes, uma realidade que por vezes se apura com requintes de malvadez no dia dos festejos de amor, a violência doméstica. Uma realidade demasiadas vezes dentro
de portas, mascarada com anéis de diamantes mas ostentando marcas de carinho excessivamente veloz, justificadas com quedas ou portas mal fechadas. A demência do amor, aquela que gera pertença e controlo, tem por natureza ascensão destrutiva quando ele próprio é posto em causa. A vítima de violência doméstica questiona-se, mas o exagero das acções confunde-se com o tamanho do amor do agressor, o medo impera e sair da (falsa)
zona de conforto tem implicações que a levam a aceitar a sua realidade como sendo efectivamente a melhor, a mais fácil. São precisas provas de amor mais fortes, o amor-próprio, o amor da família, amigos, vizinhos e conhecidos, que ajudem mas denunciem, a vítima dificilmente o deixará de ser se essas provas não aparecerem. Quando situações como as de Reeva Steenkamp e Oscar Pistorios vêm a público, ficamos muito escandalizados e critica-
mos os vizinhos, esquecendo que somos vizinhos de alguém não tão bonito e famoso, mas que caminha a passos largos para o mesmo desfecho. Os números não mentem, no dia de S. Valentim a violência aumenta, no dia em que mais amor devia ser esbanjado, somos egoístas e mesquinhos ao ponto de não o partilharmos com quem dele precisa. Qual o significado de um dia em que permitimos que aconteça aquilo que o contradiz?
cação de um acordo ortográfico que era um nado-morto à partida. Julgo, porém, que o mais importante não será discutir a oportunidade e qualidade da declaração, antes o porquê. A este respeito, Pedro Adão e Silva dizia, na antena da TSF, que tal afirmação demonstrava o pensamento da direita portuguesa. Não consigo perceber tal conclusão. Considera Adão e Silva que mandar
alguém “tomar no cu” é um pensamento estruturante da nossa direita? Aconselho a leitura de César das Neves para expurgar tais demónios. Ou por outro lado, pensará Adão e Silva que a direita nacional tem uma tendência visceral para incentivar a fuga ao fisco? Adão e Silva, comentador conhecido por estar ideologicamente próximo do PS, negligencia o facto da posição do an-
tigo governante ser muito mais reflexo de um pensamento liberal do que uma simples pertença a uma qualquer tribo de direita. Estranhamente esquece que o próprio PS tem no seu ADN ideológico a herança de princípios fundamentais que remontam ao liberalismo pedrista e ao republicanismo da 1ª República. É exemplificativo das inúmeras confusões sobre o que é direita, pensamento liberal
e esquerda, descuidando-se que o pensamento liberal não é propriedade exclusiva da direita ou de uma qualquer facção ideológica. O pensamento liberal justifica-se a si próprio e é perfeitamente natural que alguém afecto a estes princípios não veja com bons olhos o fisco assumir o papel do “baader meinhof” do esbulho fiscal, que utiliza o medo como forma de imposição.
doutor(a)”, “oh engenheiro(a)”, sem a palavra senhor(a); - Dizer palavrões sem respeito pelo pudor alheio; - Responder sem afabilidade ou atender grosseiramente num balcão; - Não evitar ruídos corporais; -Andar com as cuecas à mostra por falta de pano a cobri-las; - Coçar a cabeça ou limpar os ouvidos com aquela longa unha horrorosa do dedo mindinho; -Caminhar com aqueles sapatos de
senhora de talão enorme sem se saber pisar com eles; - Apitar nos carros sem motivo que justifique o incómodo que causa; - Passar à frente de Senhoras e Cavalheiros mais velhos em portas e locais apertados; - Dialogar com alguém de óculos de sol postos; - Mostrar desdém ou rir-se de outras pessoas diferentes; - Dizer o preço das coisas que se compram;
- Estacionar em lugar de deficientes; -Estacionar sem cuidado de deixar espaço para outros o fazerem facilmente; - Andar com cães nas ruas a deixar “minas” por todo o lado; - Fazer gestos obscenos; - Coçar-se em lugares públicos (sobretudo os homens, entrepernas); - Cumprimentar de mãos nos bolsos; - Os homens cumprimentarem, comerem ou estarem sob um coberto de chapéu na cabeça;
Chique, em suma, é manter-se uma conduta que seja agradável a todos nas mais diversas facetas da vida, e que seja praticada com elevação, com distinção, de forma exemplar. Mais ou menos o contrário do que se passa na nossa Assembleia da República e do que, por mau exemplo, se vem passando um pouco por todo o lado. Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
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abertura
Textos e fotos ∑ Paulo neto
Hospital de Proximidade de Lamego
Tem a palavra
Maior rede de saúde - Mais proximidade Maria José Quintela Enfermeira Supervisora
“Uma recuperação mais rápida ” Qual a sua opinião sobre este conceito de “Hospital de Proximidade”?
Uma introdução… A génese do processo deste Hospital de Proximidade é lavra de Correia de Campos, ministro da Saúde do XVII Governo Constitucional. Foi continuado por Ana Jorge e concluído por Paulo Macedo. Sofreu várias vicissitudes desde a sua origem até ao presente. Uma das maiores e mais difíceis terá sido a incompreensão por parte da população, muito arreigada a um conceito hospitalar tradicional. O seu projecto foi lançado em concurso público internacional e, a 21 de Abril de 2009, entregue ao consórcio EDIFER/OBRECOl. Depois, a obra em si, na sua componente estrutural, passou por diversos momentos delicados, nomeadamente o da falência da empresa construtora, o que foi sucessivamente adiando a conclusão da sua entrega. O i nvesti mento tota l foi de 41.070.168,43 euros, sendo 70% comparticipados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, FEDER. Esta estrutura dará cobertura a mais de 100 mil habitantes oriundos de toda a região, mas mais especificamente a população distribuída por 10 concelhos do Publicidade
Douro Sul. Procederá ainda a uma cobertura indirecta, nas áreas de cirurgia de ambulatório, à população integrante do CHTMAD, ou seja, 375 mil habitantes. Situa-se num terreno com sete hectares e meio e tem uma área de construção de 16.833 m2. O seu acesso faz-se através do nó de acesso a Lamego, pela A24. Ao estar ligado a um hospital de referência, evita a maioria das deslocações dos doentes pois são as equipas médicas a vir a Lamego. Daí, a proximidade. Sendo predominantemente de ambulatório é nesse tipo de cirurgia que se centra, contando para o efeito com três blocos operatórios capacitados para 10 mil intervenções cirúrgicas/ano. Na consulta externa conta com as valências de Medicina Interna, Cardiologia, Pneumologia, Pediatria, Neurologia, Oncologia, Reumatologia e Alergologia. Tem valências médico-cirúrgicas de Cirurgia Geral, Anestesia, Obstetrícia/Ginecologia, Oftalmologia, ORL, Ortopedia e Urologia. Existe uma Urgência Básica Especializada com 759 m2 de espaço físico e capacidade para 60 mil atendimentos/ano. Dispõe de 30 camas de internamento
de Medicina Interna. O Hospital de Dia tem duas áreas específicas: prestação de cuidados na área pós-operatória, doentes agudos em convalescença e prestação de cuidados pós-internamento, na área de continuados/convalescença da área médica. Concluídos os tratamentos específicos e as intervenções cirúrgicas, o hospital providencia o tratamento dos doentes em suas casas através de um Serviço Domiciliário centrado nos mais modernos conceitos curativos e de humanização de cuidados. O novo Hospital de Proximidade de Lamego é uma realidade ao serviço das populações. Abriu as suas portas no dia 11 de Fevereiro e quando o visitámos, quatro dias depois, no meio de uma grande azáfama sequente a uma mudança tão radical, constatámos da sua aprazabilidade, novidade, inovação e muita motivação por parte dos profissionais que ali trabalham e com quem tivemos oportunidade de trocar impressões. Para concluir, diria que a belíssima paisagem onde se enquadra também terá efeitos curativos muito salutares…
O conceito de proximidade privilegia a componente de ambulatório, proporcionando que os doentes sejam tratados sem recurso ao internamento e tenham, deste modo, uma recuperação mais rápida e a respectiva continuidade de cuidados junto dos seus familiares. O novo Hospital de Lamego é uma maisvalia para a Região?
Sem dúvida que sim. Porque este modelo de hospital vem instalar uma nova metodologia de trabalho que aumenta a capacidade para tratar doentes, colmatando uma importante lacuna na acessibilidade de cuidados de saúde desta população. Lamego está de parabéns?
Lamego está de parabéns porque Lamego há muito merecia este hospital! E estão de parabéns todos os profissionais que trabalharam e trabalham ainda incansavelmente para pôr o “seu” hospital a funcionar. Crê viável a realização de 10 mil cirurgias/ ano nos três blocos operatórios?
É um desafio ambicioso. Mas com o planeamento rigoroso dos tempos operatórios e uma boa gestão de todos os outros recursos, humanos e materiais, julgo que é possível atingir essa produtividade.
Jornal do Centro
HOSPITAL DE PROXIMIDADE DE LAMEGO | ABERTURA 7
21| fevereiro | 2013
Tem a palavra
Jorge Monteiro de Almeida Vogal executivo do Conselho de Administração
“Lamego está de parabéns ” Qual a sua opinião sobre este conceito de “Hospital de Proximidade”?
É um conceito inovador, que traz novidades para a prestação aos doentes. É um conceito que traz proximidade e eficiência na resposta, relativamente às necessidades dos utentes e da população em geral. O novo Hospital de Lamego é uma mais-valia para a Região?
Certamente! Não só porque traz nova tecnologia na resposta, como traz para a população do Douro Sul e parte da população do Douro Norte circuitos de resposta em termos de cirurgia de ambulatório que vão dar uma resposta rápida, eficiente, numa abrangência territorial muito significativa. No caso da cirurgia de ambulatório, vai abranger praticamente toda a área territorial que vai do Douro Sul e à parte sul e norte do distrito de Vila Real. Estamos a falar de 10 concelhos?
Poderemos estar a falar até de 24… Ou seja, todo o distrito na área da cirurgia de ambulatório. Lamego está de parabéns?
José Manuel Correia, Enfº Chefe do serviço de medicina interna
Lamego está de parabéns e deve entender o conceito deste Hospital, deverá perceber a capacidade instalada e a muito breve prazo irá perceber toda esta mais-valia. Crê viável a realização de 10 mil cirurgias/ano nos três blocos operatórios?
A
Os dois primeiros doentes a serem transferidos para o novo hospital no dia 10 de fevereiro Publicidade
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Nós temos neste momento uma capacidade instalada, em termos técnicos e em termos de recursos humanos que nos permite a eficiência dos circuitos de preparação do doente e realização das cirurgias e pós-cirurgias com apoio domiciliário. Temos a pretensão de atingir esses números e num futuro muito próximo, provavelmente, ultrapassá-los.
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Jornal do Centro 21 | fevereiro | 2013
à conversa
entrevista e fotos ∑ Paulo Neto
“Os lamecenses merecem ter uma estrutura destas, com esta dimensão, funcionalidade e dignidade” Hoje, que tem o Hospital de Proximidade de Lamego a funcionar, com muito da sua paternidade, qual é a sensação e o sentimento que lhe ocorrem?
Mais do que tudo, o sentimento de satisfação e dever cumprido, porque este é um hospital completamente diferente dos outros, com um conceito perfeitamente inovador em Portugal, porque é um Hospital de Proximidade e de raiz de ambulatório. Já existem em todo o mundo, há mais de 20 anos, hospitais com este conceito, que já vão na sua 5ª geração. Tivemos a vantagem de aproveitar os últimos modelos do conceito, eliminando algumas imperfeições iniciais. Este conceito, em primeiro lugar, quer servir as populações que estão próximas, dos concelhos limítrofes na área da consulta externa em que irão ter aqui apoio de todas as especialidades médicas do Hospital Central de Vila Real que virá cá fazer a cobertura dos doentes, muitos dos quais já estão em Vila Real mas são desta região e vão passar os médicos a deslocar-se em vez de ser população a fazêlo. Daí o conceito de proximidade e objectividade directa e na área de cirurgia temos um excelente bloco operatório, já preparado para fazer cirurgias de ambulatório, sendo os circuitos céleres, rápidos. Os doentes entram, podemos fazer day sirurgy. O que quer isto dizer? O doente é preparado na consulta externa, não precisa de internamento, no dia anterior ou mesmo no próprio dia ele faz a consulta de anestesiologia, faz as análises e é operado nesse dia e depois das normais 7/8 horas de recobro, pode perfeitamente deslocar-se para sua casa. Grandes vantagens deste sistema? É rápido para as pessoas, célere para o seu tratamento e para a sua recuperação, pois ninguém gosta de estar internado, muito menos em camas
hospitalares e fundamentalmente evitar, e este é o grande conceito destes hospitais, as infecções nosocomiais. Estas infecções são tremendas nos hospitais e segundo os estudos existentes elas começam a instalar-se nos doentes a partir das 42 a 72 horas. Ora, doente tratado, doente na rua. Evita essas infecções, é muitíssimo melhor, a qualidade tem que estar presente e equivale a que 70 a 75% de toda a patologia cirúrgica de que a nossa população necessita seja feita nestes moldes de cirurgia de ambulatório. É um sucesso em todo o mundo, portanto, em Portugal também o vai ser, seguramente e aqui, até porque as nossas equipas estão muito motivadas e, como vê, é um hospital lindíssimo, ágil, com circuitos muito próprios e muito definidos. Obviamente que haverá pessoas que por desconhecimento deste conceito lhe porão reservas. Nós, portugueses, somos um bocado avessos à mudança até a conhecermos, depois de a conhecermos aceitamola porque é boa. É um bom conceito. Abrimos há 3 ou 4 dias, estamos a reorganizar as partes finais, nomeadamente os blocos operatórios. As pessoas andam animadíssimas, satisfeitas e para a semana vamos entrar já em velocidade de cruzeiro a fazer as intervenções cirúrgicas de todas as áreas, com grande optimismo e grande eficácia. As equipas estão preparadas, quer multidisciplinares, quer compostas por cirurgiões de Vila Real e de Lamego, em várias áreas. Por exemplo, em oftalmologia com provas dadas de grande produção. O circuito foi instalado, transferido do Hospital da Régua onde estava em fase de treino para se instalar aqui. Temos todas as condições para prestarmos um grande serviço à população de toda esta região. Existem fragilidades neste
conceito hospitalar? Como serão superáveis?
Enquanto conceito, enquanto construção, eu não vejo fragilidades. Compreendo que as pessoas, no conceito antigo de camas, parecia que os hospitais se mediam pelo número de camas que tinham, pensassem de outra forma. Hoje esse conceito está completamente ultrapassado em todo o mundo e mesmo já cá em Portugal. O que é necessário é tratar os doentes da melhor forma possível, da forma mais ágil, mais eficaz e mais eficiente. Depreendo e não é difícil deduzi-lo, que o conceito de Hospital de Proximidade, no qual Lamego foi pioneira, é um conceito de futuro para todo o Portugal?
Seguramente! Este conceito irá ser replicado e reproduzido em todo o país. Já há o Hospital de Amarante, irá ser feito o Hospital de Barcelos também neste conceito. Já está o projecto delineado para a zona do Seixal. A multiplicação deste conceito será o futuro… Esperam poder realizar 10 mil cirurgias por ano, nos três blocos operatórios? Quantas eram realizadas no anterior hospital?
Não pode haver comparação possível com o hospital antigo porque eram casos de cirurgia programada convencional. Hoje e aqui, a grande diferença entre os hospitais convencionais e os de ambulatório de raiz puro e duro é fundamentalmente uma questão de organização dos próprios doentes e da própria cirurgia. Hoje, um conceito destes exige muito mais dos profissionais, exige organização, programação muito rigorosa e um pós-operatório muito melhor. Exige maior rigor, maior programação e atinge uma eficácia muito superior. Devo dizer que as nossas primeiras equipas, que estavam a treinar já há al-
gum tempo, nomeadamente as de oftalmologia, houve dias de fazerem mais de 40 intervenções cirúrgicas. Têm recursos humanos para a optimizada operacionalização deste conceito, em todas as áreas?
Em primeiro lugar este hospital é um hospital de ambulatório. Portanto aqui não se vão fazer intervenções cirúrgicas de agudos. É um conceito completamente diferente. Temos equipas mais do que suficientes, até já gostaríamos de ter mais salas, porque há programas operatórios para mais salas, mas só temos três. Temos recursos humanos de excelência para todas as áreas, em quantidade e em qualidade. Aliás, a cirurgia de ambulatório tem de ser feita pelos melhores… precisamente porque não tem internamento. No nosso pósoperatório, aqui na cirurgia de ambulatório, temos 18 camas, o que permite uma grande rotação de doentes. A maior parte deles terá que ficar no pós-operatório 4/5 horas, mas há especialidades nas quais o doente, após passar o período anestésico pode perfeitamente ir para casa. Está assegurado todo esse circuito até e porque este hospital foi desenhado especificamente para cirurgias de ambulatório. Enquanto administrador, tem encontrado alguma reacção negativa destes recursos humanos? São adjuvantes de todo o processo? Têm vontade, interesse e empenhamento ou são reactivos?
Há de tudo. Felizmente que depois de abrirmos, a grande maioria aderiu perfeitamente ao projecto. Há pessoas com mais idade que criam mais resistência, mas sinto todo o pessoal que vai fazer o desenvolvimento deste projecto muito motivado e com muito vontade. Este conceito centrado na
Carlos Vaz, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e AltoDouro humanização de cuidados não poderá ser entrevisto como “caução nobre a real cínico”, ou seja, poupar dinheiro à custa da saúde dos utentes?
que demos, há o ambiente humano familiar.
De maneira nenhuma! O conceito e a multiplicação de produção será de tal ordem que não vai poupar dinheiro. Iremos fazer seguramente muitas mais consultas, muitas mais intervenções cirúrgicas do que as que fazíamos e o que custa dinheiro são os consumíveis, medicamentos, etc. Não, pelo contrário… Este conceito foi implementado e burilado nos EUA para evitar as infecções que as pessoas apanhavam internadas e que custavam fortunas colossais e muitas vidas às pessoas que, debilitadas como estavam, dentro dos hospitais, ao 3º ou 4º dia apanhavam uma infecção nosocomial, muito difícil de combater. O conceito foi criado para que as pessoas não adoecessem no hospital, de outras bactérias que não a sua doença inicial. Além disso, no facto do doente ir para o domicílio, no pós-operatório, entra em linha de conta, também, a dimensão afectiva e humana, Além do apoio técnico
Uma última palavra para os lamecenses e para os concelhos que vão ser usufrutuários deste conceito…
Fora de casa morre-se mais?
Muito mais!
Estão de parabéns por este projecto. Em primeiro lugar porque é um projecto inovador em segundo lugar os lamecenses merecem ter uma estrutura destas, com esta dimensão, funcionalidade e dignidade. É o primeiro hospital do género em Portugal e seguramente que este modelo irá ser repetido por toda a parte. Em terceiro lugar, garantir aos lamecenses que irão ter muitos e melhores cuidados, muitas mais especialidades disponíveis que nunca iriam ter num hospital convencional. Quer deixar uma palavra ao engenheiro Francisco Lopes?
Dar os parabéns ao senhor presidente da Câmara pelo excelente hospital que vai ter na sua terra. Este hospital é bom para os lamecenses, é bom para o senhor presidente e é bom para o país.
CARLOS VAZ | FRANCISCO LOPES | À CONVERSA 9
Jornal do Centro 21| fevereiro | 2013
“Este equipamento irá responder a mais de 95% dos problemas de saúde da população”
Francisco Lopes, presidente da Câmara de Lamego O Hospital de Proximidade de Lamego é hoje uma realidade concreta e irreversível. Como encara, hoje, esta estrutura de saúde?
Este é um momento histórico para a cidade, para o concelho de Lamego e para a Região do Douro Sul. Inaugurar um novo Hospital, um equipamento com esta dimensão, com esta qualidade, com este conjunto de valências que aqui estão disponíveis é um acontecimento que, por norma, não acontecerá senão uma vez por século, ou eventualmente nem isso. Este é um momento de grande satisfação e também de grande expectativa, porque sabemos que este equipamento é inaugurado num momento muito difícil da nossa vida colectiva e num contexto em que a alteração dos padrões de serviço público, quer na área da saúde quer em outras áreas de serviços prestados à população estão em profunda reflexão e a questão é saber se este edifício, se os serviços que aqui vão ser prestados, cumprem ou não a função para a qual ele foi projectado, respondendo às expectativas da população. A minha esperança é de que sim, que essa seja a resposta afirmativa.
Quais as expectativas que a população em geral tem acerca desta estrutura? Duas diferentes. A primeira tem a ver com a estrutura física. O Hospital de Lamego era uma estrutura muito antiga, mais que centenária, com diversos problemas que não foram resolvidos ao longo do tempo, com um conjunto de alterações, de modificações e de obras de ampliação que ainda assim foram feitas. Era um equipamento que cumprindo bem a sua função naquilo que referia à medicação, à competência dos seus profissionais, à proximidade que é necessária na prestação de cuidados naqueles que estão mais fragilizados, os doentes que procuram o Hospital, já não cumpria quanto à sua estrutura física. Em relação à estrutura física há pois uma expectativa enorme que este grande edifício, que está moderno, funcional, bonito, responda de forma muito mais satisfatório que o antigo Hospital. A outra é em relação ao modelo funcional, em relação aos serviços que aqui vão ser prestados, em relação às valências que aqui vão ser disponibilizadas, à forma como os profissionais de saúde vão encarar este
novo equipamento, a todo o enquadramento que tem sido muito evolutivo na área da saúde. Nesta meia dúzia de anos passámos de um Hospital isolado para um Centro Hospitalar, passámos de um conceito de um Hospital distrital, como se chamava, para um conceito de Hospital de Proximidade e aí há uma alteração de modelo muito relevante, que nós acompanhámos e não vou esconder que acompanhámos com preocupação e tendo agora a expectativa de que venha a afirmar-se e seja efectivamente um modelo de modernidade e de futuro. Toda a mudança carreia em si alguma reacção e dificuldade de aceitação. Crê que esta mudança tão abismal pode ter trazido algum antagonismo por dificuldade de apreensão do conceito pela maior parte das pessoas?
Trouxe. Mas quero considerar que está no passado. Ou seja, tínhamos um projecto para um hospital tradicional, convencional. Estava pronto para ser adjudicado. Isto em 2005. O então ministro da Saúde pensou noutro conceito, apresentou-nos um projecto de Hospital de
Proximidade, baseado em serviços diferentes: uma cirurgia de ambulatório, uma ampla gama de especialidades, cuidados continuados, tecnologia de ponta em termos de exames diagnósticos, etc. Um hospital muito moderno mas sem o peso dos hospitais tradicionais na área da cirurgia convencional e no internamento. É evidente que este modelo nos pôs problemas que nós sempre discutimos, tendo chegado a uma solução que eu entendo ser um bom compromisso. Não ignorando esse modelo diferente de Hospital de Proximidade, mas manter-lhe algumas valências que para nós eram indispensáveis, nomeadamente o serviço de medicina interna e o internamento, ainda que limitado às 30 camas que aqui estão disponíveis, mas que penso serem suficientes, porque a prova que vinha do hospital velho e que foi sendo adaptada é que as 30 camas serão suficientes. Situações que necessitem de cuidados mais diferenciados serão transferidas para Vila Real, mas isso será uma pequena parte dos utentes e, eventualmente, um ou outro para Viseu em função da sua área de residência. Vemos com agrado que possa haver esta flexibilidade e portantoesteequipamentoiráresponderamaisde95%dosproblemasdesaúdedapopulação. O que é fundamental.
dade e regressar a suas casas depois de uma consulta ou visita a um doente internado. Mas essas são questões à margem da política de saúde e que se prendem com o padrão de desenvolvimento regional que incrementámos.
Os seus colegas autarcas dos concelhos limítrofes estão também já sensibilizados para a realidade que vão aqui encontrar?
Quero acreditar que sim, sem deixar de reconhecer que uma mudança desta envergadura tem sempre problemas, traz sempre resistências. Há aqui alterações diversas: é mudar a alteração geográfica, os passos, as tecnologias, a organização. Há aqui um conjunto grande de alterações que não deixarão de provocar alguns problemas, que serão ultrapassadas com boa vontade e eu conto com a boa vontade de todos. Aliás, quando me foi anunciado que o Hospital iria abrir no passado fim-de- semana, uma rádio questionou-me e eu disse isso exactamente. Peço a todos os profissionais de saúde que vão ser confrontados com um processo
Penso que estão sensibilizados. Embora admita que não conheçam em profundidade a dimensão e a qualidade do equipamento que aqui está construída. Terão oportunidade de o fazer muito brevemente, depois desta fase de instalação e penso que a recepção e a opinião sobre este equipamento será francamente positiva. É evidente que há depois outras questões que temos que melhorar e que têm a ver com as acessibilidades intra-regionais. As pessoas têm que chegar a Lamego com facili-
Constato que estarão dissipadas a maior parte das dúvidas ou as dúvidas na sua totalidade quanto à mais-valia deste equipamento para o concelho de Lamego e concelhos limítrofes…
Como eu disse no primeiro dia ao ministro Correia de Campos, este projecto, sendo moderno e inovador, diferente de tudo quanto tinha sido construído até hoje em Portugal, em termos hospitalares, mereceu o benefício da dúvida. E se o demos só a uma ideia e a um conceito, quando o vemos construído, quando vemos essa realidade física no terreno, com a qualidade que aqui se pode sentir, temos que passar da dúvida à certeza de que temos aqui “pano para mangas”. Ou seja, agora é afinar o modelo de funcionamento, estimular os profissionais de saúde e a gestão deste centro hospitalar para que este equipamento dê tudo quanto pode dar. Estarão então todas as sinergias criadas para um caso de sucesso, mesmo em termos de motivação dos próprios profissionais de saúde?
complexo, para darem quanto puderem com dedicação e competência. Sei que isso tem acontecido. Mais peço à população para ir com calma, percebendo que estamos num processo de mudança, aceitando algumas dificuldades que possam surgir, mas sobretudo usufruir de tudo o que é novo, é bom e está implementado neste projecto. Lamego e os lamecenses estão pois de parabéns?
Penso que estamos de parabéns por termos este equipamento a funcionar naquilo que me parece ser um compromisso excelente entre um projecto que se calhar estava um bocadinho à frente do seu tempo e a vontade local de ter um equipamento mais consentâneo com a ideia mais tradicional de um hospital. Estamos todos de parabéns, esperamos que este sentimento se mantenha, com o aproveitamento integral das condições que são tantas e tão boas deste hospital. Para terminarmos, quer deixar uma palavra ao Dr. Carlos Vaz?
Claro! É de facto uma ironia do destino encontrarem-se num projecto desta natureza, em Lamego, dois naturais de Macedo de Cavaleiros. Duas pessoas unidas pela naturalidade e pela amizade, que partilharam o mesmo anseio, que era fazer aqui e deste equipamento, o melhor equipamento possível para os utentes, para os lamecenses e todos os residentes do Douro Sul, por caminhos que nem sempre foram os mesmos, nem sempre houve sintonia de posições, mas se os vários caminhos nos levam ao objectivo comum, isso é que é importante. E quero deixar aqui ao Dr. Carlos Vaz uma palavra de grande apreço pessoal e de grande admiração profissional, porque é um gestor hospitalar de grande qualidade, que peca às vezes por um pouco de obstinação, mas o obstinação também é importante para nos levar a perseverar até atingirmos o objectivo que pretendemos.
Jornal do Centro
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21 | fevereiro | 2013
região
A Câmara Municipal de Viseu vai comprar um apartamento à VISEU NOVO – Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), no centro histórico para alojar vítimas de violência doméstica em situação de risco. A informação foi avançada na quarta-feira, dia 13 de fevereiro, durante uma visita a mais um edifício recuperado desta vez na Calçada da Vigia. A reabilitação visitada representa um investimento de 500 mil euros. Dentro de um mês estará pronto a habitar. O edifício comporta três apartamentos e uma loja de rua, sendo um dos apartamentos destinado ao alojamento de vítimas de violência doméstica. “Subscrevemos há pouco tempo um protocolo de apoio à vítima de violência doméstica e sabemos que há vítimas que só não saem de casa porque não têm casa e, às vezes, é o maior travão para que abandonem o lar, portanto, fica aqui um dos apartamentos para estas vítimas”, adiantou o presidente da autarquia, Publicidade
Fernando Ruas aos jornalistas. O presidente da SRU e vice-presidente da autarquia, Américo Nunes, acrescentou que houve o cuidado de deixar apenas um apartamento destinado às vítimas de violência doméstica, “para evitar situações de segregação”. Os restantes serão vendidos, preferencialmente a casais jovens, em “condições muito vantajosas”. O espaço destinado a comércio e serviços do edifício vai servir de sede a instituições de âmbito cultural, segundo o autarca. Com este trabalhado de regeneração urbana desenvolvido já alguns anos pela SRU, Fernando Ruas, consciente que “este é o caminho” para repovoar o centro histórico, lembra que a estratégia da autarquia passa por “obrigar” as pessoas a deslocarem-se ao centro histórico para acederem a serviços de cultura, sociais e outros e, “ao mesmo tempo, disponibilizar espaços que permitam quer o alojamento, quer o comércio e serviços, quer o associativismo”. De acordo com o autarca ainda não há dados concretos para confirmar que há mais gente na zona antiga da cidade, mas: “se não fosse esta ação havia menos gente no centro histórico”. EA
“OS VERDES” QUEREMALTERNATIVA PARA REDUZIR A SINISTRALIDADE
Tiago Virgílio Pereira
Emília Amaral
Regeneração com espaço para a violência doméstica
A Edifício, situado na zona histórica de Viseu, voltou a ser habitado por D. Ilídio Leandro
Casa Episcopal benzida D. Ilídio Leandro ∑ “Esta obra, a par de outras, completa o conjunto de estruturas que servem a Diocese” A vontade de D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu e da Diocese em preservar a identidade e a história do local prevaleceram e, com a colaboração dos serviços municipais e da Direcção Regional de Cultura do Centro, foi benzida a nova Casa Episcopal, na zona histórica de Viseu. O edifício sofreu obras de requalificação, nos últimos seis anos, orçadas em cerca de um milhão de euros. D. Ilídio congratulou-se com o facto de, ao longo da realização da obra, “não se terem registado acidentes de trabalho, apesar da complexidade da empreitada”. Os custos foram suportados pela alienação de bens da Diocese, com a colaboração monetária de algumas instituições diocesanas, o que permitiu fazer a obra, sem prejudicar o normal funcionamento da Diocese.
O edifício foi benzido por D. Rino Passigato, na presença de muito público e das autoridades locais e regionais. Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, e Sérgio Gorjão, diretor do Museu Grão Vasco, foram algumas das individualidades presentes. O Coral do Conservatório de Viseu deu solenidade ao momento, tendo também havido a participação do Grupo Cantorias, que veio agradecer ao Núncio Apostólico a sua intervenção para que o grupo tivesse tido a oportunidade de cantar as Janeiras ao Papa, na Sala de Audiências do Vaticano. Escavações arqueológicas realizadas no local deixaram a descoberto e devidamente valorizados alguns elementos que se mostraram de interesse, assim como alguns objectos e
equipamentos relacionados com o funcionamento do primitivo edifício. “A par com o Seminário e com o Centro Sócio- Pastoral, a Casa Episcopal completa o conjunto de estruturas físicas que servem a Diocese, no seu funcionamento ao serviço da Igreja local”, explicou o bispo de Viseu. D. Ilídio Leandro guiou Núncio Apostólico, que presidiu ao encerramento das celebrações jubilares de S. Teotónio, e restantes Bispos, na visita ao edifício, que foi mobilado com o espólio que o Paço Episcopal possuía e que foi devidamente restaurado, ao longo dos anos que a construção demorou. Todo o público presente visitou a Casa Episcopal e os serviços instalados. Tiago Virgílio Pereira
O partido ecologista “Os Verdes” pretende que a Câmara de Oliveira de Frades encontre uma solução para o troço de ligação da A25 à zona industrial local, de forma a reduzir a sinistralidade. “O coletivo regional de Viseu do Partido Ecologista “Os Verdes” considera que é urgente que a Câmara de Oliveira de Frades encontre uma solução alternativa que permita reduzir o nível de sinistralidade no local e implemente soluções para diminuir a velocidade, de forma a melhorar a segurança dos condutores e dos peões”, defende a estrutura, em comunicado. Em questão está um troço de cerca de meio quilómetro, construído há oito anos, para reduzir o tempo de deslocação entre a A25 e a zona industrial de Vilarinho, para além de reduzir o tráfego automóvel no interior das povoações de Sobreiro e Pereiras, na freguesia de Pinheiro. Na altura, para gerir o trânsito automóvel entre as duas variantes e o trajeto inicial da Estrada Municipal 617, a autarquia de Oliveira de Frades “implementou uma espécie de rotunda”. O presidente da Câmara de Oliveira de Frades, Luís Vasconcelos, garantiu que já está a ser estudada uma solução para corrigir o troço, que herdou do executivo anterior.
Jornal do Centro
12 REGIÃO | VISEU
21 | fevereiro | 2013
Quais os “Caminhos de Desenvolvimento para Viseu”? Quais os “Caminhos de Desenvolvimento para Viseu” que devem ser seguidos no futuro? A discussão surgiu na última conferência organizada pela comissão política de secção do PSD Viseu, que juntou os presidentes da Associação Empresarial da região de Viseu (AIRV) e da Associação Comercial do distrito (ACDV) e o presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva. Ao longo do encontro ficou claro que Viseu, apesar de beneficiar de caraterísticas muito próprias e de projetos a seu favor, está abaixo da média nacional e para tal precisa daquilo que o presidente da ACDV, Gualter Mirandez começou por chamar lobby. “Não conseguimos criar um lobby, viramos todos as costas uns para os outros e isso tem que ser ultrapassado”, frisou O presidente da AIRV, João Cotta reforçou a ideia ao afirmar que “Viseu não pode esquecer as indústrias dos outros concelhos à volta, porque muitos dos que lá trabalham vivem em Viseu” e deverá assumir uma liderança regional. O dirigente lembrou através da apresentação de números, que o Produto Interno Bruto (PIB) da região Dão Lafões está abaixo da média nacional e de outros concelhos da zona centro como Aveiro e Coimbra e o mesmo se
Emília Amaral
Conferência ∑ PSD junta dirigentes da AIRV, ACDV e CCDRC
A O debate fez parte de um ciclo de conferências organizado pelo PSD Viseu passa na análise do PIB por habitante. João Cotta acrescentou como pontos fracos a rede “deficiente” de transportes, o “problema de qualificação”, do envelhecimento da população e do desemprego, ao mesmo tempo que “a região tem perdido peso político”, tem uma “fraca notoriedade regional” e tardam em ser conhecidos projetos futuros de políticas autárquicas. A par destes pontos fracos, João Cotta apontou as portagens como uma das várias grandes ameaças para a região. Para o presidente da AIRV esta “nuvem cinzenta” que paira sobre a região combate-se com economia, ou seja, criação de emprego, e a crise económica qua o país atravessa pode ser a oportunidade para fixar jovens na região. Qual é a solução? Definir a identidade de Viseu pode ser um caminho, apontado pelo presidente da ACDV, que lançou
foto legenda Pentagramas invertidos e outros símbolos foram encontrados no interior do antigo matadouro de Viseu, junto à Estrada Nacional (EN) nº 229. A população que reside nas imediações está dividida. Uns acham que se trata de uma brincadeira de jovens, outros falam em rituais satânicos. As autoridades, para já, desvalorizam o caso. As figuras foram desenhadas com sal grosso. O JC sabe que o, degradado espaço, é usado regularmente para sessões de fotografia.
o desafio no debate de procurar uma marca que represente e promova Viseu. “Quando se fala de Viseu, fala-se de quê? Somos conhecidos porquê? Onde é que está a nossa diferenciação? Teremos que trabalhar no sentido de marcar a posição de Viseu de uma maneira diferente”, reforçou Gualter Mirandez ao admitir que o rótulo de ‘Viseu melhor cidade para viver’ é redutor: “ Podemos ter um carro muito bom e muito bonito, mas se não tenho dinheiro para a gasolina de que adianta ter esse carro? Viseu é uma cidade muito bem lançada em termos urbanísticos, mas as pessoas que vivem cá como vão sobreviver?” Em declarações aos jornalistas, Gualter Mirandez anunciou que em janeiro deste ano encerraram 30 estabelecimentos comerciais sócios da ACDV, a maioria no concelho de Viseu. Em fevereiro, a ACDV já registou
18 encerramentos: “O ritmo é avassalador e deixanos apreensivos com o futuro próximo”. O presidente da CCDRC optou por apontar coisas positivas onde Viseu possa vir a encontrar essa marca. Pedro Saraiva indicou como “sinal de esperança” para a região o facto de a zona Centro exportar mais do que importar ao contrário da “tendência crónica” do resto do país. O responsável deixou ainda como dicas o que lhe vem à memória quando pensa em Viseu e citou Viriato, o vinho do Dão, a “intensidade” da obra de Grão Vasco e as castanhas de ovos. “O grande problema não é só de Viseu, é o de não termos sido capazes de crescer. Portugal gripou desde 2000 e é muito difícil querer ter qualidade de vida quando a economia não cresce”, sintetizou. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Opinião
Made in Portugal A criação de uma marca de produtos com origem em Portugal tem sido alvo de várias iniciativas ao longo dos anos. Nas décadas de 80 e 90, no auge da integração na C.E.E., atual U.E., a designação Made in Portugal fazia furor e denotava prestígio na pujante indústria do calçado e vestuário. Por essa altura, os telejornais faziam questão de abrir os boletins noticiários citando a vinda de mais uma empresa para Portugal, deslocalizada do seu país de origem. A argumentação invocada centrava-se basicamente nos custos da mão-de-obra mais barata e na possibilidade de fruírem dos desejados incentivos para a sua implantação. Nos dias de hoje o que se verifica é o inverso. Nas referidas décadas, se se exportava e acelerava nestas áreas, importava-se e travava-se muito nos sectores agrícola e alimentar. No entanto, o fenómeno decorrente da globalização do comércio mundial veio catapultar para a ribalta as novas e emergentes potências mundiais, China e India. O fenómeno de deslocalização industrial prosseguiu a sua saga para estes novos paraísos. Se este tráfego devastador conduziu ao fecho de muitas indústrias em Portugal, o alargamento da U.E. aos países de leste intensificou e acelerou de forma agudizada a sangria. Uma vaga muito difícil de suster, dizem. As contrapartidas dadas para a instalação de muitas dessas indústrias em território nacional foram devidamente acauteladas? As marcas com projecção e dimensão mundial de vestuário e calçado que assentaram arraiais a Norte, já foram há muito. No entanto, a qualidade da manufacturação realizada em Portugal e o forte incremento tecnológico que se verificou recentemente nestes sectores parece poder inverter o processo. No calçado é evidente a mutação que estamos a empreender. O seu preço de venda é o segundo mais caro do mundo e as encomendas
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
não param de aumentar. Neste período em que o crescimento das exportações nacionais constituem uma poderosa alavanca a que todos se tentam agarrar, o sector agrícola e agro-alimentar é responsável por 1/5 das mesmas, registando taxas de crescimento de 2.8% ao ano, num momento de plena contracção. Neste período, o sector agro-alimentar tem demonstrado a competência de incorporar valor acrescentado aos seus produtos que passaram a ser disseminados pelos diferentes continentes de modo regular. Na procura de um estímulo ao consumo do que é genuinamente nacional, foi desenvolvida com enorme sucesso a campanha/selo “Compro o que é nosso”. Esta iniciativa serviu como o embrião para a recente criação do movimento/marca mais abrangente “Portugal sou eu” que permitirá agregar todos os sectores e actividades onde é possível quantificar a incorporação de mais-valias nacionais numa percentagem superior a 50% num produto. A transversalidade da iniciativa promovida pela AEP, AIP, CAP e IAPMEI permitirá por certo surfar as ondas gigantes da Nazaré que fustigam a costa. Mais um produto a explorar. Nesta fase, o que muitos desejam é que a lista dos produtos a ter acesso a esta chancela aumente de modo consistente e articulado. Será curioso poder observar a impressão deste novo selo em todos os produtos de marca branca a denotarem taxas de crescimento a 30% ao ano. A ver vamos… A conjugação de esforços para a promoção dos vários sectores, através de um denominador comum “Portugal sou eu”, é uma ferramenta que por certo permitirá suplantar os novos e constantes desafios. A união faz a força, não?
Jornal do Centro
VISEU | ARMAMAR | REGIÃO 13
21| fevereiro | 2013
DETIDO
Viseu. A GNR deteve um homem, de 25 anos, suspeito de traficar droga, residente no bairro social de Paradinha, em São Salvador, no concelho de Viseu. Segundo a GNR, o homem foi detido no âmbito de duas buscas naquele bairro, efetuadas por militares do Núcleo de Investigação Criminal de Viseu. A GNR refere, em comunicado, ter apreendido 1.264 doses individuais de heroína, 41 de cocaína e três de haxixe, um telemóvel e uma balança de precisão. Durante as buscas foram ainda apreendidos 2,6 quilogramas de um metal que a GNR supõe ser ouro, já derretido, um revolver e duas carabinas, duas miras telescópicas, um sabre e várias munições.
Viseu. A PSP de Viseu identificou, na quintafeira, três suspeitos de um assalto, com recurso a arma de fogo, a um estabelecimento comercial da cidade. Em comunicado, a PSP explica que identificou os suspeitos na terça-feira, depois de um deles, menor de idade, ter sido localizado no hospital de Viseu “por ter consumido produto psicotrópico”. Após o menor ter referido que o produto tinha sido proveniente de um estabelecimento assaltado, elementos da Esquadra de Investigação Criminal da PSP intercetaram e identificaram os outros dois, que viajavam num táxi. Quando intercetados, estes suspeitos “ainda tinham na sua posse vários produtos provenientes” do estabelecimento assaltado, refere a PSP. Uma vez que foi utilizada arma de fogo durante o assalto, os suspeitos foram entregues à Polícia Judiciária.
Armamar. O Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego, no âmbito do patrulhamento geral do Serviço Proteção da Natureza e Ambiente, na Zona de Caça Armamar, freguesia de Vila Seca, deteve em flagrante delito um indivíduo, residente em Gaia, pelo exercício da caça com recurso a Chamariz. Foram apreendidas três armas de caça, 58 cartuchos, 3 cartas de caçador, 3 livretes de manifesto da arma, 2 tordos, 1 chamariz, 1 pilha e 1 bolsa de transporte de munições. As aves foram entregues a uma instituição de caridade local.
DETIDO
Viseu. A PSP de Viseu deteve um homem de 60 anos, por condução de veículo automóvel com taxa de alcoolémia de 1,72 g/l.
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José Carreira eleito presidente Obras Sociais ∑ Pessoal da Câmara e Serviços Municipalizados de Viseu Esta eleição tem tanto mais significado porquanto feita pelos associados. As Obras Sociais da Câmara e Serviços Municipalizados são juridicamente uma IPSS e têm como missão prestar apoio a famílias, jovens e idosos carenciados, assim como aos seus associados. Viseu, Mangualde, Penalva do Castelo e Sátão compõem a área geográfica de intervenção desta IPSS, num universo de vinte e cinco funcionários. Para dar resposta aos seus objectivos, conta com um refeitório na Rua das Bocas que serve uma centena de refeições diárias, cre-
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IDENTIFICADO DETIDO
A José Carreira che, pré-escolar e ATL frequentadas por uma centena e meia de crianças. José Carreira, oriundo de Aviuges, é mestre em Trabalho Social e de-
sempenhava desde 2008 as funções de coordenador pedagógico da instituição, onde exerce funções desde 2001. Paulo Neto
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educação&formação A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu obteve o título de Eco-Escolas 2012 em reconhecimento do trabalho desenvolvido no ano letivo 2011/2012 em benefício do ambiente e sustentabilidade. O certificado da Associação Bandeira Azul da Europa resulta da reali-
zação de um conjunto de atividades ao longo do ano académico, em prol do desenvolvimento sustentável daquela escola. As atividades foram levadas a cabo por dois alunos do 3º ano do curso de licenciatura em Educação Ambiental, no âmbito da unidade curricular de projeto. EA
Santa Comba Dão comemora Dia da Língua Materna A Câmara de Santa Comba Dão, através da Biblioteca Municipal Alves Mateus e da Universidade Sénior, vão assinalar o Dia Internacional da Língua Materna (21 de Fevereiro), com um conjunto de atividades marcadas para o Cine-Teatro da Casa da Cultura, esta sexta-feira, Publicidade
dia 22, pelas 21 horas. A iniciativa conta com apontamentos de dança, canto, poesia, teatro, contos tradicionais, fado, música popular portuguesa e com uma mostra gastronómica com ementas de variados países, para fomentar a troca de experiências. EA
Mirtilos nas escolas de Vouzela Objetivo ∑ Escoar o fruto e introduzir novos hábitos de consumo nas crianças e jovens O presidente da Câmara Municipal de Vouzela confirma a disponibilidade da autarquia para abraçar a ideia de distribuir mirtilos nas escolas do concelho já este ano letivo, como forma de promover o fruto que se encontra em forte expansão na região de Lafões. A ideia foi lançada por uma produtora e bem acolhida pelo presidente, Telmo Antunes, durante o Encontro de Produtores de Mirtilos de Lafões que decorreu recentemente em Vouzela, dominado pela falta de um plano estratégico para escoar centenas de toneladas de mirtilo que vão começar a sair de perto de 150 hectares de plantações existentes nos três concelhos. “Havendo um investimento tão grande, faz sentido que o mirtilo comece também a ser comercializado em PorPublicidade
Arquivo
Superior de Educação recebe título de Eco-Escola
A Presidente da autarquia defende iniciativa dos produtores apoiada pela Câmara tugal e não seja só para exportar”, justificou o autarca ao Jornal do Centro, que entende ser esta a via para “introduzir novos hábitos de consumo” na sociedade. S e g u n d o Te l m o Antunes, a iniciativa nunca partirá da autarquia, deverão ser os produtores a organizar-se e a abraçar a ação de promoção do mirtilo nas escolas, mas a Câmara
está disponível para colaborar inclusive comprar o fruto para depois ser distribuído nos lanches dos alunos. Para o autarca, o modelo poderá depois vir a ser aplicado a outros produtos locais, nomeadamente fruta produzida no concelho. “Os produtores em vez de gastarem dinheiro em ações de promoção do produto podem fazêPublicidade
lo através da oferta e assim estão também a tentar alterar os hábitos de consumo”, concluiu. Quanto aos mirtilos, Telmo Antunes lembrou que se a ação de distribuição ocorrer já este ano, é provável que no próximo ano “as mães já comprem mirtilos para os filhos”. Emília Amaral Emilia.amaral@jornaldocentro.pt
suplemento
PME ExcelĂŞncia
Textos: Micaela Costa | Grafismo: Marcos Rebelo
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANĂ RIO JORNAL DO CENTRO, EDIĂ‡ĂƒO 571 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2013 E NĂƒO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
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Jornal do Centro
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IAPMEI distingue as melhores empresas Foi no início do ano que se ficou a conhecer a lista de empresas que, no ano de 2012, conseguiram o estatuto de “PME Excelência”. Esta distinção, fruto da seleção do IAPMEI e do Turismo de Portugal, tem como base o universo das PME Líder, um selo de reputação para distinguir o mérito das pequenas e médias empresas nacionais com desempenhos superiores e tendo por base os melhores sinais de rating e indicadores económico-financeiros. As “PME Excelências” são empresas que “apresentam rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional, que têm sabido manter altos padrões competitivos num contexto particularmente exigente e que estão a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resultados, e contributos ativos na criação de riqueza e de emprego das regiões onde se inserem”. “PME Excelência” é um estatuto de qualificação empresarial criado pelo IAPMEI, numa parceria com o Turismo de Portugal, o Barclays, o Banco Espírito Santo, o Banco Espírito Santo dos Açores, o Banco BPI, a Caixa Geral de Depósitos, o Crédito Agrícola, o Millenium BCP, o Montepio e o Santander Totta.
Distrito de Viseu distinguido com 56 PME Excelência Das 1315 empresas distinguidas pelos vários distritos do país, 56, menos uma que no ano anterior, pertencem ao distrito de Viseu, nos mais variados setores, nomeadamente, indústria, turismo, serviços, comércio, construção e transportes. O ramo do comércio é onde se concentra o maior número de empresas distinguidas como “PME Excelência”, 19, seguido da indústria com 16 empresas. O turismo está na terceira posição com 10. Os ramos com menos distinções são: servi-
ções, com 5 e no final da tabela, construção e transportes, ambos com 3 empresas distinguidas. Comparativamente ao ano anterior, o setor que perdeu mais empresas distinguidas foi o da construção, em 2011 registava 12 e, em 2012, apenas 3 mereceram o estatuto “PME Excelência”, a quebra no setor em muito se relaciona com estes valores. Em todos os restantes setores houve um aumento de empresas, a indústria passou de 15 para 16, o turismo de 6 para 10, os serviços de 3 para 5, o comércio
de 18 para 19 e os transportes de 1 para 3. No que toca aos concelhos, onde estas empresas desenvolvem a sua atividade, o de Viseu é o que acumula mais empresas distinguidas, 27. Castro Daire é o concelho que se segue com cinco. Com três, os concelhos de Mangualde, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Tondela. Armamar, Penalva do Castelo e Tarouca registam duas empresas “PME Excelência” e com uma empresa, Cinfães, Lamego, Mortágua, Nelas, Resende e Santa Comba Dão (ver infografia página 21).
10 2012Comércio 19
Turismo
2011 Transportes
Transportes
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Turismo
Serv iços
Comércio
Indústria
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3
Turismo
Comércio
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Construção
3 15
Transportes
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os Serviç
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Indústria
Indústria
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Co ns tru çã o
Construção
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AIRV e Jornal do Centro premeiam empresas
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v Visipapel
v Lanxeirão
v Favir
v Graciano da Cruz
v Ourivesaria Pereirinha
v Paviléctrica
v JC Pastelaria
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“Os empresários devem ser reconhecidos pelo seu mérito, resultados obtidos e procura de melhoria contínua” tão de justiça, e é também um prazer para o IAPMEI e para os nossos parceiros da banca, podermos valorizar bons exemplos de empreendedorismo e capacidade competitiva. São empresas que merecem o nosso reconhecimento, pela relevância dos seus contributos para o desenvolvimento e o emprego nas regiões, e pelo seu papel enquanto motor da nossa economia. Temos consciência de que ao tornar pública esta segmentação, estamos também a divulgar rácios médios de desempenho que podem servir de baliza para outras empresas, que nos vá-
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v Luis Filipe Costa, Presidente do IAPMEI Qual a importância do Estatuto PME Excelência para as empresas? Com os estatuto PME Excelência, o IAPMEI visa reconhecer o mérito das PME com melhores desempenhos, pelo que uma das vantagens imediatas para as empresas está directamente relacionada com o aumento da sua reputação e notoriedade junto do mercado. Sinalizadas como as melhores, estas empresas passam a ter uma visibilidade acrescida junto, não só da sua rede de clientes e fornecedores, mas também do sistema financeiro e das instituições públicas, que lhes vai facilitar nos seus relacionamentos comerciais e institucionais. Para além dos ganhos de visibilidade, estas empresas são também beneficiárias de condições especiais no acesso a financiamento, por exemplo através da recentemente lançada linha de crédito com garantia mútua PME Crescimento 2013, que tem a sua dotação reforçada este ano com 2 mil milhões de euros. Num contexto de escassez de financiamento, são estas empresas que mais facilmente acedem a crédito ou a capital e que melhores condições obtêm. Por outro lado, acreditamos que a apologia de casos de sucesso pode ter um efeito multiplicador para outras empresas que ambicionem seguir bons exemplos e melhorar os seus desempenhos comparando-se com as melhores. Quais são as principais dificuldades das PME portuguesas para atingir este estatuto? Para aceder ao estatuto PME Excelência, as empresas têm que cumprir um conjunto de critérios, que atestam a qualidade do seu desempenho e a sua solidez económico-financeira. E sendo este estatuto atribuído em parceria com os principais bancos a operar em Portugal, é óbvio que a notação de risco ocupa um papel muito importante na avaliação. Temos consciência de que os critérios são selectivos e que estratégias empresariais de maior risco poderão sair penalizadas, mas é por isso mesmo que a distinção é anual, permitindo a entrada de empresas, depois de ultrapassadas fases críticas de crescimento. De que maneira é que a PME Excelência contribui para a segmentação do mercado? Os empresários devem ser reconhecidos pelo seu mérito, resultados obtidos e procura de melhoria contínua. É uma ques-
rios sectores de actividade pretendam ascender a outros patamares no desenvolvimento dos seus negócios. Na conjuntura difícil que atravessamos, as empresas PME Excelência 2012 tiveram um crescimento de 21% nas exportações e viram aumentar os seus resultados líquidos em 24%, com uma autonomia financeira superior a 50% e níveis de rendibilidade bem acima da média nacional. São indicadores que atestam bem a qualidade destas empresas e o mérito da sua governação.
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Lanxeirão prima pela excelência
Favir aposta no mercado externo
Criado em 2005, o tão conhecido “Lanxeirão” em Viseu, desde cedo cativou os muitos viseenses que provavam a famosa lancheira. Embora esta seja a imagem de marca da empresa disponibilizam ainda refeições de qualidade e a um preço convidativo. O Lanxeirão aparece ao público pela primeira vez no Instituto Politécnico de Viseu (IPV), mais tarde acabaria por encerrar, mas rapidamente se instala ainda mais próximo de todos os viseenses, com a loja no centro da cidade, seguindo-se o Instituto Português da Juventude no Fontelo, outra no Continente e agora novamente na casa onde o viu nascer, o IPV. Com quatro espaços espalhados pela cidade o Lanxeirão desde sempre procurou “criar espaços sustentáveis”, pois “não basta abrir as portas, é preciso que se criem bases que garantam a continuidade do negócio”, explica Alda, uma das proprietárias do espaço. Com oito anos de existência o Lanxeirão desde sempre apostou “na capacidade de adaptação ao longo dos tempos, reinventando formas de trabalhar e sobretudo que fosse ao encontro das necessidades do cliente”, afirma Alda. A distinção como PME Excelência deixou Alda e Leonel, “muito surpreendidos”, porque apesar do longo trabalho efetuado “nunca se pensou que chegasse uma distinção como esta”. Com cerca de 30 trabalhadores, o Lanxeirão, tem arrecadado milhares de fãs um pouco por todo o país “trabalhamos não só para o distrito como para Lisboa, Porto e muitos outros locais onde as pessoas fazem questão de divulgar o nome do Lanxeirão”. É esta forte ligação com os clientes que, para Alda, “marca a diferença”. “É bom saber que as pessoas gostam da nossa comida e que gostam de nós, é por isso que continuamos, todos os dias, a trabalhar para sermos melhores”, acrescenta.
Fundada em 1961, a Favir iniciou a sua atividade no ramo dos plásticos. Em 1964 passa a dedicar-se ao fabrico de produtos de limpeza derivados do arame de aço. Em 1975 é feito um novo investimento com a ampliação das instalações fabris, ao adquirir uma nova máquina de grande produção de lã d’aço e palha d’aço. Anos depois, em 1991, ampliou novamente a área de produção com mais um investimento para o fabrico de esfregões desengordurantes impregnados com sabão. Atualmente, a fábrica de plásticos Favir, Lda., é a mais importante fábrica da Península Ibérica na produção de esfregões desengordurantes com sabão impregnado, de lã d´aço, de palha d´aço, de esfregões galvanizados, aço inoxidável e aço cupro/níquel. A sua localização privilegiada no centro do país junto à IP3 permite-lhe grande “facilidade e eficiência no transporte dos produtos até aos clientes, tanto a nível nacional como internacional”, explica Paulo Moura, sócio-gerente. Apesar da forte crise, a Favir não tem sentido grandes dificuldades, sobretudo porque “o mercado externo tem sido a nossa principal aposta”. Desde 2009 a Favir tem registado sempre crescimento, aliado ao “empenho depositado no trabalho”, afirma Paulo Moura. Este é o segundo ano consecutivo que a Favir é distinguida como uma “PME Excelência” tendo, socialmente, aumentado o seu número de colaboradores de 29, que registava em 2008, para os atuais 60 que fazem parte do seu quadro de pessoal. Questionado sobre a distinção de empresa excelência, Paulo Moura, acredita que tudo se deve aos “50 anos de existência da empresa e ao grande trabalho que todos têm desenvolvido”, para o sócio-gerente da Favir “esta distinção é sempre uma boa noticia mas o mais importante é continuar a crescer, a dar condições aos trabalhadores e sobretudo aos clientes”.
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Critérios de avaliação * Integrar os níveis de rating AAA ou AA, baseado no Relatório e Contas do ano anterior; * Cumprir os seguintes critérios financeiros: a) Autonomia financeira igual ou superior a 35 por cento; b) Crescimento do Volume de negócios anual igual ou superior a 5 por cento; c) Rendibilidade dos Capitais Próprios igual ou superior a 10 por cento; d) Rendibilidade do Ativo igual ou superior a 3 por cento. O Estatuto PME Excelência tem a validade de um ano e um dos critérios pode ser flexibilizado, dentro dos valores estipulados no programa.
Benefícios São várias as vantagens que as empresas conquistam ao receberem o epíteto de PME Excelência. Associadas ao estatuto estão condições de maior facilidade no acesso ao crédito, melhores condições de financiamento e de aquisição de produtos ou serviços, facilitação na relação com a banca e a administração pública, e um certificado de qualidade na sua relação com o mercado.
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PME Excelência por concelhos
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Graciano da Cruz, mais de duas décadas de existência
Viseu
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Tarouca
1
Mortágua
1
Resende
A empresa, Graciano da Cruz – Gestão de Resíduos Industriais, Lda, começou a sua atividade ligada ao sector dos metais. Mas, desde muito cedo se deparou com a questão “o que fazer com os resíduos”? Ao longo dos tempos e com as regras e metas ambientais definidas pelo governo, esta questão começou a fazer ainda mais sentido. A empres a G r aciano da Cruz, que conta com mais de
3 Tondela
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1 S. Comba Dão Cinfães
1 2
1
Armamar
Nelas
Mangualde
3
5 Castro Daire
3
S. Pedro do Sul
Oliveria de Frades
3
duas décadas de existência, integra cerca de 12 funcionários e desenvolve atividade quer com empresas nacionais quer com empresas europeias, como explica António Cruz, responsável pela empresa. “No que diz respeito aos metais a Espanha tem muito potencial e trabalhamos com eles, os resíduos são trabalhados em Portugal. Sempre que temos a possibilidade de trabalhar com em-
presas do nosso país, damos preferência, mas o mercado externo é também uma grande aposta”. A distinção PME Excelência é para António Cruz, “o fruto do trabalho desenvolvido e do empenho de todos”. “Gerir uma empresa no atual contexto económico, integrando funcionários, aumento de carga fiscal, aumento de custos energéticos, concorrência interna e externa, é hoje um
grande desafio”, acrescenta, e “o reconhecimento da Graciano da Cruz por parte do IPMAEI tem um significado especial”. Quanto ao futuro, António Cruz, acredita que “seria importante manter ou melhorar o volume de negócios assim como os postos de trabalho. Nesta missão estaremos certos de estar a contribuir para a melhoria das metas ambientais”.
Ourivesaria Pereirinha no mercado online
Com 75 anos de histĂłria a Ourivesaria Pereirinha ĂŠ uma das mais antigas empresas no ramo da ourivesaria na cidade de Viseu. Para Pedro GuimarĂŁes, gerente, “nĂŁo ĂŠ fĂĄcil manter uma empresa ao longo de tantos anos no mercadoâ€?. E, por isso, “temos a grande preocupação de injetar sangue novo, procurar pessoas jovens, com ideiasâ€?. A distinção, como “PME ExcelĂŞnciaâ€?, ĂŠ na opiniĂŁo de Pedro GuimarĂŁes, “uma forma de percebermos que estamos a trabalhar, a ser bons profissionais e que somos reconhecidosâ€?, no entanto, afirma que “nĂŁo ĂŠ fĂĄcil ser excelente e sĂł os clientes podem dizer-nos se somos ou nĂŁo de excelĂŞnciaâ€?. Outro segredo para o sucesso da empresa ĂŠ “perceber que quando hĂĄ dificuldades o trabalho tem que ser a dobrar, o esforço e o investimento tĂŞm que ser maiores. Pois sĂł assim podemos vencer num mercado complicado e em constante mudançaâ€?. A Ourivesaria Pereirinha tem ainda apostado no mercado online, loja atravĂŠs da internet, pois â€œĂŠ a maneira de expormos ao mundo a nossa loja. E esta ĂŠ uma forma rĂĄpida, mas tambĂŠm muito trabalhosa, ĂŠ preciso tirar fotografias, atualizar a pĂĄgina da loja. Embora seja virtual, hĂĄ cuidados que nĂŁo podem ser esquecidos, continuamos a querer agradar o clienteâ€?. A empresa conta atualmente com 14 trabalhadores e Pedro GuimarĂŁes ambiciona que este nĂşmero aumente, “espero que em 2015 sejamos 30. SerĂĄ um bom sinal para nĂłs e para os trabalhadoresâ€?.
suplemento_PME’s PavilÊctrica valoriza satisfação do cliente
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JC Pastelaria quer manter referĂŞncia
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A PavilĂŠctrica, empresa de materiais de construção e materiais elĂŠtricos, encontra-se no mercado desde 1989. Com quase 25 anos de histĂłria tem sofrido um forte crescido ao longo destes anos, como afirma gerente, LuĂs Morais, gerente da PavilĂŠctrica “a empresa sofreu uma evolução exponencial ao longo destes anos, impacto que ainda se nota hoje nas vendas. Apesar da atual situação econĂłmica, garantimos mesmo nestas condiçþes a integração de 15 funcionĂĄrios nos quadros â€?. SĂŁo vĂĄrios os prĂŠmios e condecoraçþes acumuladas ao longo deste perĂodo de tempo, atingindo nos Ăşltimos dois anos consecutivos a distinção mĂĄxima para PME ExcelĂŞncia. Factos que o gerente da empresa justifica com “o atendimento profissional e especializado, com uma vertente muito humana, preços competitivos, disponibilidade em quantidade e qualidade de stock e os resultantes reduzidos prazos de entregaâ€?. O que vem refletir o lema da empresa, que ĂŠ “a satisfação do clienteâ€?, resultante na fidelização dos clientes.
Fundada em 1996 a “JC Pastelariaâ€? ĂŠ uma empresa inovadora no ramo alimentar, com uma vasta variedade de produtos e lojas. Inicialmente abre a Jota Cake no antigo PalĂĄcio do Gelo e hoje o grupo “JC Pastelariaâ€? tem vĂĄrias empresas de referĂŞncia na cidade de Viseu, tais como: Greens Restaurante (PalĂĄcio do gelo), TorrediPizza, Jota Cake (PalĂĄcio do gelo e Piscinas CabanĂľes), Chef China (PalĂĄcio do Gelo) e Santa Grela (PalĂĄcio do Gelo). Para Junior, gerente do grupo, manter um negĂłcio “nĂŁo ĂŠ fĂĄcil, ĂŠ preciso um grande esforço, honrar todos os compromissos, comprar um produto de Ăłtima qualidade e conseguir o melhor preço possĂvel, com a polĂtica de pagar praticamente tudo a pronto pagamento para obter um preço melhor e ter uma situação econĂłmica real da empresaâ€?. Atualmente conta com 41 trabalhadores. Quanto Ă distinção como “PME ExcelĂŞnciaâ€?, Junior vĂŞ a sua empresa como “normal, apenas se trabalha muito para tentar servir o melhor possĂvel os clientesâ€?.
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economia AIRV e Associação Comercial criam conselho empresarial da regiĂŁo de Viseu A Associação Empresarial da RegiĂŁo de Viseu (AIRV) e a Associação Comercia l d o D i s t r ito ( AC DV ) preparam-se para form a r o Con sel ho Empresarial da RegiĂŁo de Viseu. A ideia da criação de um novo organismo que defenda os interesses dos empresĂĄrios em conjunto foi anunciada pelo presidente d a A I RV, JoĂŁo Cotta dura nte a confe r ĂŞ n c i a “ C a m i n h o s de Desenvolv i mento para Viseuâ€?, organizada pela comissĂŁo polĂtica de secção do PSD Viseu.
A Douro - Lamego
A DĂŁo LafĂľes - Caramulo
apenas pela retificação da Associação Comercial que deverĂĄ ocorrer em marçoâ€?, frisou. JoĂŁo Cotta ad ia ntou que as duas associaçþes sĂŁo as sĂłcias fundadores do futuro conselho empresarial, mas a ideia ĂŠ que seja “alargada a outras associaçþes empresariais do distritoâ€?. O n ovo o r g a n i s m o destinado ao desenvolvimento regional pretende capta r investimento nacional e internacional e desenvolver o que jĂĄ existe, tal como explicou JoĂŁo Cotta na entrevista ao JC. EA
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Lamego e Caramulo apresentam participaçþes na Xantar Douro e DĂŁo LafĂľes ∑ Em Espanha para promover gastronomia e vinhos Levar pela primeira vez o curso de pastelaria da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro e apresentar, nas bebidas, um cocktail de vinho do Porto e chocolate, sĂŁo as grandes apostas da comitiva portuguesa que se vai deslocar, de 6 a 10 de março, a Ourense, Espanha, para a Xantar - “14Âş SalĂŁo Gallego de Gastronomia e Turismoâ€?. “O nosso objetivo passa pela proximidade ao mercado Galego, na medida em que pretendemos cativar o turista para Portugal, nĂŁo sĂł pelas bonitas paisagens
“Olhar sĂł para Viseu ĂŠ mortal. Viseu tem que assumir esta liderança [regional] â€?, sublinhou JoĂŁo Cotta. O presidente da AIRV, que numa entrevista ao Jornal do Centro (JC) em maio do ano passado tinha jĂĄ admitido a oportunidade de em 2013 vir a nascer o Conselho Empresarial d a R e g i ĂŁ o de V i s e u , concretizou Ă margem da conferĂŞncia que as ne go c i açþ e s ent re a AIRV e a ACDV estĂŁo a decorrer hĂĄ mais de um ano encontrando-se o processo praticamente fechado. “Aguarda-se
do Douro e do Centro, mas tambĂŠm pelos vinhos, e sobretudo pela gastronomiaâ€?, disse ao JC AntĂłnio Garcia, delegado para Portugal da Xantar/Expourense. A Xantar ĂŠ uma feira que reĂşne restaurantes, instituiçþes pĂşblicas e de promoção turĂstica ou produtores de alimentos. As apresentaçþes das participaçþes das regiĂľes do douro e DĂŁo LafĂľes na Xantar decorreram, respetivamente, em Lamego, no Restaurante Garçon D´Ouro, e em Tondela, no Hotel Caramulo. Pelo quarto ano con-
secutivo, a Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego, vai proporcionar um show cooking. A Escola Profissional de Vouzela, a Câmara Municipal de Vouzela, a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, a Câmara Municipal de Oliveira de Frades e a empresa Campoaves sĂŁo parceiros que tambĂŠm se associaram ao evento. Viseu vai estar representado com um stand de turismo e produtos regionais. Este ano, o paĂs convidado ĂŠ o PerĂş.
1º JANTAR CONFERÊNCIA 01 DE MARÇO DE 2013 > 19H00 > HOTEL MONTEBELO > VISEU
ORÇAMENTO DE ESTADO 2013 COMO SAIR DESTA CRISE?
> Telma Curado
moderador e comentador
> JosĂŠ Gomes Ferreira a perspectiva dos media
> Leonel SimĂľes
> Ao efectuar a sua inscrição estå a doar 1₏ para a APPACDM Viseu Data limite de inscrição 26 de fevereiro | Valor: 35₏ Inscriçþes e pedido de informaçþes Tlf: 232 415 999 | Tlm: 91 66 08 359 | marta.oliveira@visar.pt
> Envie-nos uma questĂŁo que gostasse de ver respondida pelos nossos oradores > Alto PatrocĂnio
> Organização ESCOLA DE NEGÓCIOS DAS BEIRAS
> Apoios
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Tiago VirgĂlio Pereira
> Camilo Lourenço
visar soluçþes globais de negĂłcios > PatrocĂnios
Jornal do Centro
24 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
21 | fevereiro | 2013
João Cotta, presidente da AIRV, numa recente acção levada a efeito pela concelhia local do PSD e subordinada ao tema “Caminhos de Desenvolvimento para Viseu” apresentou aquele que é considerado como um estudo e um primeiro projecto válido para a região. Pelo seu interesse, deixamos aos nossos leitores, seus pontos fundamentais.
“O desenvolvimento regional tem diversas perspetivas complementares, mas deve ser orientado para a sustentabilidade. Viseu e a sua região têm muitas coisas bem-feitas e outras que anda estão por fazer. Devemos ter muito orgulho no facto de a cidade de Viseu ter sido considerada por 2 vezes consecutivas como a melhor cidade para viver, pela sua qualidade de vida e em tantos outros aspetos que nos distinguem. Mas o futuro é feito de desafios e devemos saber qual o caminho que queremos seguir. A sustentabilidade pode ter 3 perspetivas: económica, social e ambiental. Todas elas conduzem à criação de valor regional, contribuindo para que a região de Viseu seja percebida como única no País. A região de Dão Lafões, tal como a Região Centro, é bastante assimétrica. O concelho de Viseu lidera pela positiva em Dão Lafões e mesmo em alguns indicadores nacionais mas temos concelhos que estão dramaticamente a perder terreno, sobretudo a norte do Distrito. A nossa região tem, felizmente, uma grande diversidade no seu tecido económico. Identificámos 7 clusters empresariais de forma vertical, entendo como cluster grupos de empresas como recursos complementares, localizadas numa determinada região, que produzem bens ou serviços para um mesmo mercado. Agropecuária (Vinhos, Frutas, Floresta, Queijo, Azeite, Frango); Lar (Cozi-
nhas, têxtil, utensílios domésticos, loiças, pedras ornamentais, eficiência energética e energias renováveis); Saúde (laboratórios farmacêuticos); Turismo, lazer e bem-estar (Horeca, termalismo, museus, montanha; aventura); Automóvel (montagem; produção de componentes); Logística; Comércio. A região Centro representa cerca de 19% do PIB nacional e a região de Dão Lafões apenas 2%. Segundo dados de 2011 o nosso PIB por habitante é de 11.600 euros contra 13.400 euros da região Centro. Mais de 95% das nossas empresas têm menos de 10 trabalhadores e menos de 2% são exportadoras. Na nossa região apenas 7% das empresas são industriais, com domínio grande do comércio, serviços e construção. As nossas grandes exportadoras são também grandes importadoras, com valor acrescentado reduzido. A região Centro exporta mais 20% do que importa e a região de Dão Lafões exporta mais 27%. Do ponto de vista social analisei 5 aspetos: Qualificação, Índice de envelhecimento e Densidade populacional, população no ensino superior e desemprego. Apenas 11,2% da nossa população residente em Dão Lafões tem o ensino superior contra 13,8 % da média nacional. Temos 45,3% da população com o ensino básico ou inferior contra 37,6% da média nacional. O índice de envelhecimento é o quociente entre a população com mais de 65 anos (numerador) e a população com menos de 14 anos (denominador). O índice de envelhecimento de Dão Lafões é de 169,5, isto que dizer que para cada 100 habitantes até aos 14 anos temos 169,5 com 65 anos ou mais. A média nacional é 127 e o concelho de Viseu está melhor que a média nacional com 122. A densidade populacional está a baixar em Dão Lafões, exceto no
Paulo Neto
Viseu pela positiva - Promover as coisas bem-feitas e procurar novos desafios
A João Cotta, empresário, veterinário, presidente da AIRV concelho de Viseu que continua a captar população. A média nacional é de 114 habitantes por km2 contra 79,5% na região Dão Lafões. O concelho de Viseu tem uma densidade de 195 e tem vindo sempre a aumentar. O ensino superior está a perder alunos. Em 2011 tínhamos mais de 7.000 alunos e em 2012 temos cerca de 6.300. O desemprego nacional está em 15,7% em 2012, na região Centro e em Dão Lafões está um pouco acima dos 12%, traduzindo a diversidade do tecido económico. Em termos ambientais temos a cidade com melhor qualidade de vida em Portugal, com um centro histórico fantástico ainda não totalmente aproveitado, temos uma diversidade e beleza paisagística única com uma enorme mancha florestal. Temos uma baixa taxa de utilização de transportes públicos o que nos torna energeticamente pouco eficientes. Como pontos fortes temos a qualidade das nossas pessoas, a diversidade do tecido económico, os nossos produtos endógenos, a nossa gastronomia e turismo, o centro histórico de Viseu, a nossa riqueza museológica, a nossa qualidade de vida e segurança, a nossa localização geográfica “pronta para exportar” e o IPV. O Instituto Politécnico de Viseu é, na minha opinião, a instituição mais importante para o futuro da nossa região. Como pontos fracos temos
a ausência de concertação estratégica regional, a desigualdade em Dão Lafões, a reduzida notoriedade que temos, a ausência de uma marca regional forte, a dimensão das nossas empresas, a reduzida industrialização, o índice de envelhecimento, a necessidade de qualificação e a necessidade de evolução do IPV no sentido da excelência e da ligação ainda mais forte às empresas. As ameaças são diversas desde a crise nacional, os custos de contexto, a ausência de políticas fiscais que promovam o investimento no interior, as portagens nas SCUT´S e a proximidade de 2 regiões com um tecido empresarial e um ensino superior mais forte (Aveiro e Coimbra). As oportunidades são também muitas e diversas, a crise económica que pode permitir a fixação dos nossos jovens se tivermos ofertas de qualidade, a diplomacia económica usando as geminações e a nossas comunidades de emigrantes, o novo quadro comunitário de apoio, a “moda” bendita no sentido da industrialização e agricultura. Que caminhos então? Penso que são importantes os seguintes aspetos: Aproveitar tudo aquilo que fizemos bem, promovendo a nossa região e a capital de distrito como cidade com melhor qualidade de vida. Apostar na qualidade de vida no sentido amplo de urbanismo, seguran-
ça, oferta cultural e serviços públicos de qualidade. Concertação estratégica regional nas políticas económicas, sociais, promoção, ambientais, ensino e cultural. A CIM Dão Lafões tem um papel relevante neste domínio e Viseu deve liderar a região. Estabelecer para a região objetivos claros e mensuráveis nos domínios económico, social e ambiental que possamos medir regularmente. Promover a cooperação autárquica e a coesão regional. Promover todas as políticas nacionais importantes para a região: Forte negociação do próximo quadro comunitário; Políticas fiscais agressivas que promovam o investimento no interior; Criação de uma ZEE- Zona Económica Especial à semelhança de outros países da UE, com uma carga fiscal muito atrativa; Promover a concentração da oferta do ensino superior regional e criação da Universidade Politécnica de Viseu, com um ensino superior muito orientado para as empresas; Descentralização Administrativa nas CIM´s; Investimento na linha férrea Aveiro- Espanha, passando por Viseu; Ligação Viseu a Coimbra por uma IP3 melhorada, com 2 faixas, sem necessidade de autoestrada, dadas as limitações financeiras do País. Políticas autárquicas que promovam o desenvolvimento económico: Facili-
tação dos licenciamentos; Benefícios fiscais ao investimento; Criação de um organismo regional que promova a região, atraia o investimento e compradores dos nossos produtos endógenos. Uso da diplomacia económica; Fomento do empreendedorismo em todos os domínios de atividade e cultura do mérito; Dinamização muito forte do Centro Histórico de Viseu; Apoio ao comércio e aos mercados de frescos; Apoio forte à atividade cultural; Realização de eventos específicos que promovam a região como por exemplo a Agrobeiras. A Feira de S. Mateus deve renovar-se, mantendo-se como grande evento regional; Ligação ao ensino superior no caminho da qualificação, diferenciação e excelência. Políticas empresariais: Atração de investimentos de todo o tipo em particular industriais e agrícolas que permitam reduzir importações e gerar exportações; Qualificação de pequenas empresas para poderem ser fornecedoras de grandes multinacionais, reduzindo as importações; Sinergias entre empresas, fomentando empresas que locomotivas, que puxam outras para novos mercados; Ligação ao ensino superior como fonte de inovação aplicada; Qualificação dos empresários e dos colaboradores. Ensino superior: Notoriedade através da excelência; atrair os melhores professores em determinadas áreas ligadas à atividade económica; Concentrar a oferta e ajustar a oferta à procura; Investigação aplicada ao serviço das empresas e da região; Ajustamento da oferta ensino superior/ensino profissional; Fomento do empreendedorismo nos alunos; Cultura do mérito. Fizemos muitas coisas bem-feitas mas não chega. O mundo está cheio de oportunidades. Depende muito de nós saber aproveitá-las.” Paulo Neto
Jornal do Centro
INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 25
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Empresa de Tondela abre portas em Viseu Foi inaugurada na segunda-feira, 18 de Fevereiro, a nova loja do grupo Tondelar, na cidade de Viseu. Com a representação das marcas New-lar Imobiliária, Casa Ok e New-lar Condomínios, este novo espaço pretende assegurar aos visienses todos os serviços relacionados com imobiliário. A marca New-lar Imobiliária representa o setor da mediação imobiliária, nomeadamente compra e venda de imóveis, arrendamentos e gestão de rendas, com mais de 20 anos de experiência no mercado, e apresenta-se aos clientes com uma excelente campanha de abertura: 2,5% de taxa de angariação. A marca Casa Ok dispõe de inúmeros serviços associados à reparação e manutenção de imóveis. Desde a pintura da casa, limpe-
zas, serviços de bricolage, electricidade, canalização, serralharia, jardinagem, tratamento de roupas, resolução de assuntos em repartições públicas (Finanças, conservatórias, câmaras, etc), manutenção e limpezas de condomínios, remodelação e restauro de imóveis, a Casa OK executa todo o tipo de serviços. Esta empresa está preparada para dar resposta em tempo útil a todas as solicitações de clientes. Aproveite a campanha de abertura de 10% de desconto em qualquer serviço. A marca New-lar Condomínios, com uma alargada
experiência na administração de condomínios, embora já exerça a administração de alguns edifícios em Viseu, vem também instalar-se na cidade de modo a dar uma resposta mais rápida e eficiente a todos os seus clientes. Também esta área de negócio apresenta uma campanha de abertura de um ano de taxa de administração gratuita. Com o lema “vendemos, gerimos e cuidamos do seu património”, e profissionais altamente qualificados, a empresa apresenta-se como o parceiro ideal para todos os negócios.
Gastronomia e fado lado a lado no centro histórico JANTAR CONFERÊNCIA SOBRE O ORÇAMENTO DE ESTADO JUNTA ESPECIALISTAS EM VISEU A Escola de Negócios das Beiras, em Viseu e a empresa Visar promovem um jantar conferência, dia 1 de março, às 19h00, no Hotel Montebelo, para debater Orçamento de Estado de 2013. Os jornalistas, José Gomes Ferreira e Camilo Loureno, e os especialistas, Leonel Simões e Telma Curado, são os convidados para discutir o tema “Como sair desta crise?”. EA
Arrancou na sexta-feira, dia 15, na zona histórica de Viseu, a segunda edição do “Há Prova dos 4” e prolonga-se pelos dias 22 e 23. A iniciativa organizada pela Câmara Municipal em colaboração com a Associação Comercial do distrito e com a Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP), pretende colocar a gastronomia e o fado, lado a lado, “privilegiando o que de melhor Viseu tem nestas vertentes tão representativas da Cultu-
ra”, adianta a autarquia em comunicado. Durante quatro noites, quatro restaurantes do centro histórico (Cr Sport, Mesa da Sé, Páteo Taberna e Tias Iva), disponibilizam quatro entradas, quatro pratos principais, quatro sobremesas e quatro vinhos, acompanhados de um espetáculo de fado. O Fado, num tributo a Hilário, marcará presença nos quatro espaços, com vários artistas da região. Ementas e espetáculos disponíveis em: www. cmviseu.pt. EA
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Festa dos Saberes e Sabores do Douro
Feira de Artesanato e Gastronomia Refeições Regionais Ranchos Folclóricos Grupos de Cantares Bandas Filarmónicas Grupos de Música Popular Encontro de Concertinas
CORAÇÃO DO DOURO VINHATEIRO
Heart of the Douro Wine Region
co-organização:
Consulte o programa em www.sjpesqueira.pt
ESPRODOURO ESCOLA PROFISSIONAL DO ALTO DOURO
organização:
MUNICÍPIO DE
S. João da Pesqueira coração do douro vinhateiro
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desporto Segunda Liga P J 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27
1 Belenenses 63 2 Sporting B 47 3 Arouca 46 4 Tondela 44 5 Leixões 43 6 Desp. Aves 42 7 Oliveirense 40 8 Portimonense 40 9 Penafiel 39 10Benfica B 38 11 FC Porto B 38 12U. Madeira 37 13Santa Clara 37 14Naval 35 15Feirense 32 16Atlético CP 31 17Marítimo B 30 18Sp. Covilhã 24 19SC Braga B 23 20Guimarães B 23 21Trofense 23 22Freamunde 19
V 19 12 13 12 11 10 10 11 11 10 9 8 9 8 8 9 9 5 5 4 5 4
E 6 11 7 8 10 12 10 7 6 8 11 13 10 11 8 4 3 9 10 11 8 7
D GMGS 2 47 21 4 41 28 7 41 31 7 36 28 6 33 25 5 32 30 7 34 30 9 37 34 10 28 25 9 46 37 7 32 30 6 29 29 8 36 31 8 37 38 11 40 42 14 29 40 15 22 29 13 24 34 12 22 34 12 14 27 14 20 36 16 22 43
27ª Jornada Belenenses Tondela Desp. Aves Guimarães B Leixões Oliveirense Sp. Covilhã Sporting B Penafiel Portimonense U. Madeira
2-1 1-0 3-3 0-0 1-0 4-2 0-1 1-1 1-0 1-0 2-2
FC Porto B Benfica B Feirense Trofense Santa Clara Atlético Marítimo B Arouca Freamunde Sp. Braga B Naval 1º Maio
28ª Jornada Benfica B Sp. Braga B Naval 1º Maio Marítimo B Trofense Arouca Belenenses Feirense Freamunde FC Porto B Santa Clara
-
Desp. Aves Leixões Tondela Atlético Sporting B Sp. Covilhã U. Madeira Penafiel Oliveirense Guimarães B Portimonense
Segunda Div. CENTRO 1 Cinfães 2 Ac. Viseu 3 Sp. Espinho 4 Anadia 5 S. João Ver 6 Pampilhosa 7 Operário 8 Benfica CB 9 Coimbrões 10 Sousense 11 Tourizense 12 Nogueirense 13 Cesarense 14 Bustelo 15 Tocha 16 Lusitânia
P 39 36 34 32 31 31 28 26 25 25 21 21 20 16 11 11
J 19 19 19 19 19 19 19 19 18 19 19 19 19 19 19 18
V 11 10 9 10 9 9 7 6 6 6 5 5 5 3 2 2
E 6 6 7 2 4 4 7 8 7 7 6 6 5 7 5 5
D GMGS 2 36 16 3 24 13 3 24 15 7 21 18 6 24 21 6 27 25 5 28 21 5 27 24 5 25 26 6 18 19 8 19 21 8 20 25 9 15 22 9 13 24 12 14 29 11 20 36
19ª Jornada Ac. Viseu Anadia Cinfães Coimbrões S. João Ver Sp. Espinho Tocha Tourizense Publicidade
0-0 2-2 3-0 2-1 1-0 2-1 0-3 0-1
Nogueirense Operário Sousense Benfinca CB Lusitânia Cesarense Pampilhosa Sp. Bustelo
Basquetebol no distrito de Viseu Há mais de 20 anos que o Basquetebol é uma das muitas modalidades praticadas no distrito de Viseu. Representado pela Associação de Basquetebol de Viseu, a modalidade desde cedo se fez notar. Inicialmente existia a Associação Desportos de Viseu, mais tarde um grupo de desportistas decide criar a Associação de Basquetebol tendo formado para esse efeito uma Comissão Administrativa. Criadas as condições “nasce” a Associação de Basquetebol de Viseu (ABV), atualmente presidida por Manuel de Sá. Vinte e quatro anos volvidos, a ABV passou por várias fases, sempre com o grande objetivo de consolidar e divulgar o basquetebol no distrito. Apesar das várias dificuldades que se fizeram e fazem sentir, pela falta de recursos humanos e de espaço para as equipas treinarem, os vários clubes têm demonstrado uma forte capacidade, fruto de vários anos de trabalho e sobretudo da paixão que sentem pela modalidade. O Gumirães é uma das equipas com maior representatividade no distrito e conta já com mais de 100 atletas nos vários escalões. O Jornal do Centro (JC) foi conhecer o percurso, as vitórias e as dificuldades da Associação de Basquetebol de Viseu e de um dos seus clubes, Gumirães.
tem a palavra
“Estamos de cabeça levantada a ajudar os nossos clubes” Que balanço faz destes anos na ABV? Quem ocupa estes lugares tem que ter consciência. Consciência para seguir determinada linha de rumo, para dormir descansado e tenho sempre um cuidado muito grande nas despesas. Encontrei esta associação de rastos, financeiramente, e tudo isso me blindou para vidas futuras. Fizeram-se em Viseu inúmeros pontos altos, como finais de taça, campeonatos e inter-seleções. E, hoje, porque se previa o estado do país apertámos as despesas. Estamos de cabeça levantada a ajudar os nossos clubes. De que forma essa ajuda é dada? Por exemplo ao nível dos árbitros onde pagamos as despesas. Nas deslocações para fazerem os campeonatos em Coimbra e Vila Real, por exemplo, pagando “x” por quilómetro, para que não sintam tanto as despesas. Mas os clubes também têm que se mexer, não podem viver só às custas da Associação. Mas a ajuda que damos pelo menos minimiza as despesas. Há clubes com dificuldades.
tem a palavra
Manuel de Sá Presidente da ABV O que está a falhar? Nós temos um lema na Associação que é “vamos amparar os clubes que estão sólidos sem desamparar minimamente os que se estão a estruturar”. Não podemos olhar só para os que já estão sólidos, temos que dar atenção aos que se estão a formar e as ajudas são equitativas. A Associação também está a sentir dificuldades? É evidente que está. Os duodécimos da federação atrasam, as ajudas que vinham de determinadas autarquias baixaram, mas a verdade é que também não as temos pedido. Mas, enquanto eu estiver aqui, os atletas não podem sentir o peso que nos foi transmitido por governos anteriores. O que é que já foi feito e o que é que ainda falta fazer no Basquetebol? Já foi feito muito, mas falta outro tanto. Há dois anos avançámos com os torneiros sub-12. Nós não estamos, ainda, numa zona onde o basquetebol seja rei, mas temos que trabalhar para isso e estamos cá porque gostamos da modalidade e queremos que os mais novos tenham o que nós não tivemos.
“O trabalho que se faz muitas vezes é invisível” O que torna o Gumirães a equipa com maior representatividade no distrito? A nossa história e o longo trabalho que temos desenvolvido. A nível masculino fomos campeões em sub14, sub-16, sub-18 e a equipa de seniores está no campeonato nacional. No início de janeiro a ABV tinha cerca de 291 atletas, sendo que 96 eram do Gumirães, neste momento estamos com 150 atletas no clube. Sente esse trabalho reconhecido? O trabalho que se faz muitas vezes é invisível. Um dos problemas que sentimos, e que tentamos mudar, é a comunicação. Sermos capazes de transmitir para a opinião pública, meios de comunicação e para quem gostam de desporto, aquilo que fazemos. Embora tenhamos a ajuda dos pais, treinadores e equipa técnica para divulgar mesmo assim não é o suficiente. O que falta? Sobretudo meios humanos, recursos matérias, treinadores e dirigentes e um pavilhão para se treinar. Se tivéssemos uma “casa” seria
Jorge Pacheco Diretor Desportivo do Gumirães mais fácil. Há miúdos que numa semana jogam em três sitios diferentes e isso não é bom, já para não falar dos horários, que têm de ser ajustados tanto aos pavilhões como aos próprios atletas. Que balanço faz destes anos de basquetebol? O balanço tem que ser positivo. Tivemos uma transformação muito grande entre 2005 e 2006, em que crescemos muito, passamos de 50/60 atletas para 120/130 e na altura em que apareceu o escalão sénior, tivemos um ponto alto com a conquista de um título. Nos últimos tempos, a partir de 2010, temos vindo a baixar, não a qualidade do treino mas a resposta àquilo que a maioria dos nossos treinadores gostavam. Estamos a estagnar, primeiro porque não temos competição a nível distrital e porque não temos espaço para crescermos. Projetos para o futuro? O que eu gostava que acontecesse era que o Guimirães crescesse, tivesse mais atletas e que a Câmara de Viseu e a Associação continuem a ajudar o clube mais representativo.
MODALIDADES | DESPORTO 27
Jornal do Centro 21| fevereiro | 2013
Futebol
Ténis de Mesa
Canoagem
Tondela recebe lider Belenenses
Equipa de Mundão vence e ocupa o 1º lugar
Seleções Europeias realizam estágio em Mortágua
Após a derrota (2-1) frente ao Naval 1º de Maio no passado fim-de-semana, o Tondela tem agora pela frente um jogo importante contra o primeiro classificado, Belenenses. Uma partida em casa dos tondeleses que pode encurtar a distância do isolado Belenenses, com 66 pontos. O Tondela está agora em
quarto lugar com 44 pontos e a derrota com o 13º classificado deixa os tondelenses a cinco pontos do 2º, Arouca. A equipa de Vítor Paneira mantem-se na corrida para a subida à primeira divisão e a vitória frente ao Belenenses pode deixar ao Tondela mais próximo do sonho, jogo que decorre domingo pelas 15h00.
Futebol
Académico e Cinfães na luta pela liderança Continua renhida a disputa na 2ª Divisão Zona Centro. O Académico foi a Pampilhosa vencer por 1-3 e está agora a um ponto do primeiro classificado, Cinfães, com 39 pontos. Este fim-de-semana defronta o Benfica Publicidade
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Castelo Branco. O Cinfães mantém-se em primeiro lugar com 40 pontos, após o empate frente ao Bustelo (11). Esta jornada recebe o 12º classificado, Tourizense.
O pav i l h ão do AV Lamego recebeu a 1ª jornada concentrada do campeonato distrital de cadetes da Associação de Ténis de Mesa (ATM) de Viseu. A prova contou com a presença de cinco equipas (duas da AV Lamego, APEE do AE Mundão e duas da APEE de Resende). A APEE do AE Mundão apresentou-se em prova com duas equipas, a equipa A constituída pelos cadetes Miguel Pereira, Rodrigo Mendes, Guilherme Oliveira, João Santos e a equipa B constituída pelos infantis André Amorim, João Balula, Diogo Costinha, Gonçalo Mendes e Duarte Vaz. Os jovens de Mundão dominaram a competi-
ção através da sua equipa A que venceu todos os jogos (3-0). “Os B” venceram Resende por (3-0) e perderam por 3-2 e 3-1 com as equipas A e B da AV Lamego. Com estes resultados a equipa de Mundão A assegura o 1º lugar, partindo em vantagem para as fases seguintes. A equipa deixou boas indicações para o futuro e manteve as portas abertas a um lugar no pódio. Estes resultados são um bom pronuncio para o fim de semana que se avizinha. Mundão vai disputar o Campeonato Nacional de Cadetes por equipas, numa prova a realizar em Madalena - Gaia e que contará com 24 participantes.
Durante os meses de inverno e primavera são muitas as seleções internacionais que escolhem Mortágua, Aguieira e o Resort do Montebelo, para realizar estágios de canoagem. São sobretudo seleções oriundas do centro e norte da Europa, que vêm à procura do sol de inverno português. “No mês de fevereiro temos uma média de 240 atletas por dia, e chegamos a ter alguns picos de 300 atletas por dia. Em março rondará os 200 por dia e em abril os 150 por dia”, referiu Franscico Loureiro, diretor do Montebelo Aguieira. A Rússia, França, Polónia, República Checa e Norue-
ga, Dinamarca, Polonia e Canadá são algumas das seleções que estão atualmente a estagiar. “Já cá estiveram a Letónia, Lituânia, Holanda, Reino Unido, Suécia, Austrália e Alemanha, com atletas de topo e de grande renome a nível internacional”, avança. A primeira a chegar para estágio, na presente temporada, foi a seleção da Rússia, sendo já uma presença regular. O clima ameno do país, é seguramente um dos principais fatores de atração de atletas e seleções internacionais à Aguieira. Acresce ainda a localização privilegiada do Resort, situado junto às aguas da albufeira.
D O Livro dos Salmos apresentado em Viseu
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culturas expos
Arcas da memória
Destaque
As idas ao mercado Ele lá lhe apreçava as encomendas, sal, um cabo de alhos, uma gadanha para o caldo, testeiras para os tamancos encoirados de novo, tudo negócio de miudezas. Se o sal estivesse caro, trouxesse só uma quarta, lá para o diante vinha em boa conta pelas portas. Aquilino Ribeiro, Terras do Demo
VISEU ∑ FNAC Até dia 1 de abril Exposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto.
Arquivo
Até dia 28 de fevereiro Exposição documental “Amadis de Gaula - Cavaleiro Medieval”, de José Valle de Figueiredo.
SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 28 de fevereiro Exposição de pintura de Pedro Emanuel.
Teatro Ribeiro Conceição apaga cinco velas Aniversário∑ Desde a reabertura, mais de 200 mil pessoas assistiram a espetáculos O Teatro Ribeiro Conceição (TRC), em Lamego, está em festa. No sábado, dia 23, a partir das 21h30, comemora o quinto aniversário da sua reabertura. “O dia 23 é sempre de celebração e o objetivo primordial é aproveitar a data para reforçar a importância cultural que o TRC tem na região duriense”, explicou ao JC Rui Fernandes, coordenador do teatro. Durante as celebrações, está prevista a cerimónia
de entrega do “Prémio de Mérito Cultural” ao galardoado da quarta edição, o professor Francisco Artur Laranjo. “Esta festa é também uma oportunidade para homenagear uma personagem lamecense que se evidenciou na área da cultura”, referiu o coordenador. Depois de 20 anos de interregno, o TRC regressou em 2008 com atividade cultural regular. Ressurgindo um dos espaços mais emblemáticos da região do Douro.
Para o futuro, a meta passa por continuar a desenvolver um trabalho sólido e atrair pessoas ao teatro. “Desejamos continuar a trabalhar para manter a mesma atividade e que o público continue a apreciar a cultura no TRC. É um espaço que dignifica Lamego, a região e o país”, concluiu Rui Fernandes. Desde a reabertura, mais de 200 mil pessoas assistiram a espetáculos no TRC.
VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00, 18h40 As aventuras de Vickie VP (M6) (Digital)
(M12) (Digital)
deuses VP (M6) (Digital)
Sessões diárias às 20h50 Django Libertado (M16) (Digital)
Sessões diárias às 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 23h50* Cidade dividida (CB) (Digital)
Sessões diárias às 14h40, 17h40, 21h00, 23h50* Aguenta-te aos 40! (M12) (Digital)
Sessões diárias às 18h30 A vida de Pi (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h10, 16h20, 21h30, 23h40* Hansel & Gretel: Caçadores de Bruxas (M16) (Digital) Sessões diárias às 16h00 Vickie e o tesouro dos
SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 28 de fevereiro Exposição de lenços emoldurados, presépios, marafonas e caixas “Marcas de Portugal”, da autoria de Matilde Santos.
roteiro cinemas
Sessões diárias às 21h10, 00h10* Guia para um final feliz
21 | fevereiro | 2013
O Livro dos Salmos - Versão Terceiro Milénio, da autoria do padre Mário de Oliveira, vai ser apresentado no sábado, dia 23, na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva, em Viseu, pelas 15h30.
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 28 de fevereiro Exposição “Arquitetura em exposição - Projetos (que ficaram) no papel”.
∑ Posto de Turismo Até dia 28 de fevereiro Exposição de artesanato “Ponto de Arte”, de Erondina Calhau.
Jornal do Centro
Sessões diárias às 20h50, 00h00* A Hora Negra (M16) (Digital)
Sessões diárias às 14h20, 17h05 Argo (M12) (Digital)
Tiago Virgílio Pereira
Sessões diárias às 14h10, 16h30, 19h20, 21h50, 00h15* Sangue Quente (M16) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h50, 00h30* Die Hard: Nunca é bom dia para morrer (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h25* O Impossível (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 18h40 Hitchcock (M16) (Digital)
Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h20, 00h20* Die Hard: Nunca é bom dia para morrer (M12) (Digital)
Parece que já lá vão muitos anos mas não vão. Não são ainda assim tão velhos estes dizeres de Rita e Chico Brás contados por Aquilino. Manhã alta, nas Terras do Demo, estrada fora, lá se ia a caminho do “mercado” que acontecia de quinze em quinze dias nas vilas das redondezas nos dias marcados de um calendário antigo. E lá se ia, burrinhas mansas, colchas de lã sobre a albarda e uma dona sentada, mulheres de cestas com ovos e frangãos a pé pelos caminhos, lavradores com juntas à rédea e uma aguilhada, e a “cidade”armada com a feira do gado e a rua do linho e as tendas dos panos e os latoeiros e os ourives e as doceiras com beijinhos, rebuçados de mel e doce da Teixeira e as ancoretas de vender o vinho e os alboroques e a algazarra pelo meio-dia e as vacas vendidas, o preço rachado e os brincos da filha por troca direita do preço dos ovos, blusas de crepe, aventais de riscado, botas de coiro para o filho que há-de ir
Sessões diárias às 15h00, 21h00, 00h10* Lincoln (M12) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
para a escola ou vai de soldado, bacelos de vinha, folhetos de cego, um reportório e as burrinhas de novo na estrada, uma almotolia comprada num latoeiro, moedas atadas na ponta de um lenço e as contas contadas pelos tendeiros. Nas Terras do Demo não se entende bem como são agora os novos mercados. E eu acho que o mesmo se passa no Além-Doiro, no Alentejo profundo, na raia seca do contrabando, com os pescadores da beira do mar. Não há geografia para os situar a estes mercados. Não há calendário. Não há poesia. E o que mais se estranha é que nestes mercados se compre dinheiro. E ainda mais estranho que se dê a banqueiros. Que disso se fala nos Telejornais. À boca pequena, nos meios da NET, como antigamente nos soalheiros, contam-se histórias do arco-da-velha, de gente fadada que acha tesouros, de Ali Ba-bás, de Quarenta Ladrões, de rapazes que trepam como o João por pés de feijões. Mas estas histórias não dão para rir, como antigamente a gente se ria, quando nos contavam as ledas histórias da Carochinha.
Estreia da semana
Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h10, 21h40, 00h30* Força anti-crime (M16) (Digital) A bicharada contra ataca– Sessões diárias às 11h10 (dom.), 14h00, 16h15, 18h30 A bicharada contra ataca VP (M6) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado
Dan Sanders muda-se com a sua família de Chicago para a floresta de Oregon com o objetivo de supervisionar o trabalho de construção de uma casa “ecologicamente correta”. Mas quando a sua atividade exige destruir o habitat natural dos animais da floresta, ele entra na lista negra dos bichos que tentam sabotar o seu trabalho de todas as formas possíveis
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culturas
D Concurso de fotografia
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A Dão Flora – Associação de Produtores Florestais e a Freguesia de Real, em Penalva do Castelo, promove o concurso de fotografia “Bosques do Dão”. Os trabalhos devem ser entregues até ao dia 15 de abril.
Destaque
O som e a fúria
Columbano no Museu Grão Vasco
Uma experiência pessoal, uma historiazinha
Quem foi Columbano?
Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), um dos pintores que mais se evidenciou na pintura portuguesa de finais do século XIX e princípios do século XX. Nascido em Lisboa em 1857 e aí tendo morrido em 1929, destacou-se como retratista, pintando personalidades do meio político, literário e artístico da época, mas também como pintor de temas históricos ligados aos Lusíadas, ou compondo Naturezas-Mortas ou ainda executando trabalhos de pintura decorativa. Os seus primeiros anos de formação foram marcados por uma aprendizagem no meio familiar, depois completada na Academia de Belas Artes de Lisboa e em Paris. Revela uma estética modernista e realista e uma paleta de cores contida, geralmente em tons quentes e escuros (tons de terra, azuis e verdes densos, luminosidade sombreada, pincelada livre e fluida, por vezes pontuada com vermelhos). Qual a representação de peças de Columbano no Museu Grão Vasco e o porquê da constituição desta Publicidade
Paulo Neto
Considerandoaexistência de uma vasta colecção de obras de Columbano Bordalo Pinheiro no acervo do Museu de Grão Vasco, dedicou-se novamente, àquele artista, um espaço diferenciado que fecha agora o ciclo de visita ao Museu. Ouvimos Sérgio Gorjão, director do MGV.
colecção?
Do acervo do Museu de Grão Vasco fazem parte 29 pinturas a óleo, 24 desenhos e 2 aguarelas, num total de 55 obras realizadas por este pintor, sendo um dos acervos mais completos a nível nacional. Na configuração da sala agora dedicada a Columbano, sublinha-se o núcleo de retratos, compondo uma pequena galeria na qual a expressão feminina sobressai. Nestes deixam-se transparecer momentos de intimidade, que revelam detalhes de grande realismo ou exibem limites que se perdem em manchas informes. São disso exemplo Senhora da Mancha Vermelha, Chaleira de Cobre, Senhora de Peliça, Senhora da Gola Branca, e retratos de outras personalidades da vida familiar de Columbano. Avulta ainda o seu próprio auto-retrato (designado “No meu atelier”), classificado como Tesouro Nacional; e ainda os temas históricos relaccionados com os Lusíadas, nomeadamente os episó-
dios de “Inês de Castro” do “Velho do Restelo” e a invocação de “Camões e as Tágides”, peça que durante anos esteve (a par de outras agora expostas) em reserva ou em restauro. A Colecção de Columbano foi constituída por empenho directo de Francisco de Almeida Moreira que, durante a sua formação em Lisboa, contactou directamente com o artista e frequentou assiduamente o seu atelier e o círculo de artistas que gravitava em volta de Columbano. Porquê dedicar um espaço exclusivo a Columbano?
Apesar das dificuldades de apresentação que as obras “Camões e as Tágides” e ainda do tecto “Alegoria à Poesia” levantam quanto à sua ideal apresentação, ponderou-se e decidiu-se pela exposição destas grandes obras, bem como de outras que entretanto estiveram em restauro, de modo a permitir o seu usufruto pelo público (que reclamava a sua apresentação) e o resgate da sua
permanência em reserva. Nestes casos tomaramse as seguintes premissas: Valorizar a presença de Columbano no contexto das colecções de Grão Vasco; Devolver ao público a fruição de peças importantes da arte nacional (como é o caso de Camões e as Tágides); Procurar estabelecer um elo com o passado histórico do museu, dedicando um espaço específico à obra de Columbano, evitando revivalismos, mas evidenciando o valor nacional da colecção; Reforçar temáticas relativas à história portuguesa que de alguma forma possam servir de ponte para a interpretação de outros núcleos de colecção e para maior interacção com os públicos escolares. Nota Pretende-se no decurso de 2013 editar um catálogo da colecção de Columbano, estudo que está a ser realizado por Graça Marcelino, técnica superiora do Museu de Grão Vasco. Paulo Neto
Bolzano (Italiano) ou Bozen (Alemão) é a capital do Tirol do Sul, no Norte da Itália. É uma cidade italiana com enormes influências austríacas, desde a gastronomia até à arquitetura. É também a cidade-natal de Otzi ou Múmia de Similaun, uma múmia com cerca de 5300 anos, descoberta nos Alpes de Otzal, perto do monte de Similaun, na fronteira da Áustria com a Itália. Bolzano tem cerca de 100.000 habitantes dos quais 74% falam italiano, 25.5% italiano e 1% Ladin (uma língua que resultou de uma mistura de dialetos). A maioria dos habitantes é católica. É sexta-feira, dia 15 de fevereiro e estou sentada num Hotel em Bolzano, Itália. Há uma semana, Bolzano não me dizia nada. Mas, como não podia deixar de ser numa era marcada pelas perversidades da velocidade, tudo muda rapidamente e, hoje, posso dizer que tenho memórias maravilhosas desta cidadezinha no Tirol do Sul. Cheguei a Bolzano, no dia 9 de fevereiro com mais 25 académicos, investigadores e estudiosos oriundos dos quatro cantos do mundo para a segunda semana de um curso internacional focado em direitos humanos e federalismo (chamamlhe “Winter School”). Logo no primeiro dia algo captou a minha atenção e de mais dois ou três amigos: Jesus. Melhor dizendo, crucifixos. Por todo o lado nos foram surgindo à medida que explorávamos os meandros meios medievais de Bolzano. Começámos mesmo a contá-los e tornou-se uma espécie de jogo. Num só dia contamos seis e, no final da semana, já eram 20, no hotel, nos restaurantes, em lo-
Maria da Graça Canto Moniz
jas, cruzamentos, farmácias. Enfim, a imagem de Jesus acompanhou-nos durante esta semana. Mas não escrevo sobre Jesus. Nem mesmo sobre Bolzano. Escrevo sobre as pessoas que estavam comigo, gritando “JESUS!”, sempre que víamos um crucifixo. Juntámo-nos ali, uns três ou quatro (dos 25 do grupo), uma portuguesa, um suíço, um canadiense, uma americana e uma indiana, e algo começou entre pessoas que eram perfeitos desconhecidos, com hábitos diferentes, formações e sonhos diferentes. Amizade. Um é sarcástico, o outro é novo; um fala demais, o outro de menos; um ri-se aos berros e o outro sorri; um adoro montanhas o outro praias. Pessoas diferentes, de diferentes latitudes mas com um interesse em comum: os direitos humanos. Agora, uma semana mais tarde, de uma forma simbólica mas nem tanto religiosa, temos Jesus em comum. Sem querer ser pessimista, muitos deles não vou voltar a ver. O tempo vai passar e vou esquecer muitas das coisas que me ligam a esta cidadezinha, de que nunca tinha ouvido falar. Mas sei que sempre que vir Jesus outra vez, pregado a um crucifixo, vou-me lembrar de Bolzano, sorrir e uma voz dentro de mim vai gritar: “JESUS!”. São daqueles momentos que não se recordam em pormenor passados alguns anos e que as palavras não são capazes de reconstruir; vivem em suspenso na nossa memória.
Jornal do Centro
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saúde e bem-estar foto legenda
Cortes provocam constrangimentos O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV), Ermida Rebelo, admitiu que mais cortes no contrato-programa de 2013 podem levar “ao encerramento, ainda que parcial, de alguma atividade assistencial”. “Quando o desempenho de 2012 deveria ser premiado e incentivado, face aos constrangimentos ainda existentes, designadamente na recuperação das listas de espera cirúrgicas, lamento ter de transmitir que cortes adicionais no contrato-programa de 2013 são suscetíveis do encer-
ramento, ainda que parcial, de alguma atividade assistencial”, dirigia-se aos profissionais presentes. O centro hospitalar teve, de 2010 para 2012, cortes de cerca de 12,8 milhões de euros (mais de oito milhões em 2012 face a 2011). Ermida Rebelo acrescentou durante a sua intervenção na cerimónia do Dia do Hospital S. Teotónio, que o CHTV tem alcançado bons resultados quer em termos de desempenho assistencial, quer económica e financeiramente ao prever um EDITDA (lucros antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) positivo superior a um milhão de euros”. O responsável acrescentou que, dentro da sua tipologia, o CHTV sem “gorduras”, apresenta “o menor custo por doente tratado”. Apesar disso, os cortes têm sido significativos desde 2010. Já em declarações aos jornalistas, Ermida Rebelo considerou que “há limites para tudo e, provavelmente, se os cortes continuarem para 2013”, será “muito difícil” combater alguns constrangimentos sentidos, como a necessidade de reduzir as listas de espera cirúrgica.
No que respeita aos serviços que poderão ser afetados, Ermida Rebelo disse que é uma questão “que tem de ser estudada”, sempre numa lógica de “gestão partilhada com os profissionais”. Depois de ouvir o presidente do conselho de administração do CHTV, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, que foi distinguido com a medalha de ouro do hospital de S. Teotónio associou-se às reivindicações do responsável exigindo “ para aqui as condições que o hospital merece”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Emília Amaral
Alerta∑ Presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu admite “encerramento, ainda que parcial, de alguma atividade assistencial”
O autarca, Fernando Ruas foi homenageado com a entregada da medalha de ouro do Hospital S. Teotónio, pelo trabalho desenvolvido como presidente da Câmara de Viseu ao longo de 23 anos. O tributo ocorreu durante as comemorações anuais do dia do Hospital. Com os seis diretores do Hospital S. Teotónio em palco, coube ao mais antigo, Luís de Carvalho usar da palavra para explicar a razão de tal homenagem na última cerimónia em que Fernando Ruas esteve presente como presidente da Câmara de Viseu. “Falar de vossa excelência é falar de um homem que iniciou um ciclo de crescimento da cidade sem precedentes”, afirmou Luís de Carvalho, ao recordar que teve um papel fundamental na construção do novo hospital nos finais dos anos 90. Fernando Ruas respondeu com uma máxima de vida: “Tentei fazer bem aquilo que os outros poderiam ter feito melhor, mas não fizeram”.
LIMPEZA DE LISTAS NA REGIÃO CENTRO A limpeza das listas de utentes nos centros de saúde arrancou ontem, dia 20, na região Centro. O Governo anunciou em Janeiro que para todos os utentes terem médico de família é necessário que as listas sejam reais e não incluam falsos utentes. A base de dados do registo nacional tem 12 milhões de utentes, um número irreal num país com 10 milhões de habitantes.
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SAÚDE 31
21| fevereiro | 2013
O auditório do Centro Hospitalar Tondela Viseu (COTV),recebe as II Jornadas dos Médicos Internos de Viseu, a p a r t i r d e h oj e , d i a 21 e durante três dias. Esta quinta-feira vão decorrer cursos pré-Jornadas sobre “Interpretação de ECG”, “Via aérea e gasimetria” bem como de “técnicas básicas em medicina” Nos dias seguintes vão ser abordadas em painéis,
temas como a “insuficiência cardíaca”, doença pulmonar obstrutiva crónica”, “politraumatizado”, “vente agudo”, “alcoolismo” e “diabetes mellitus”. “Neste momento encontram-se no Centro Hospitalar cerca de 150 médicos internos, para quem estas jornadas serão sem dúvida uma mais-valia para a sua formação”, conclui o conselho de administração do COTV em comunicado à imprensa. EA
Nuno André Ferreira (arquivo)
Jornadas dos médicos internos arrancam hoje Fundo de Investigação Científica anunciado O Governo vai criar um Fundo de Investigação Científica na área do medicamento que avançará com uma verba de um milhão de euros. O secretário de Estado e Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa ao anunciar a medida reconheceu que a produção científica hospitalar não tem sido um parâmetro levado em conta na contratualização
com os hospitais. O objetivo deste fundo, explicou o secretário de Estado, é evitar que a investigação fique dependente do dinheiro que não é gasto nos programas assistenciais. O Ministério da Saúde pretende que a captação de investigação farmacológica e terapêutica seja “uma prioridade nacional”.
Jornal do Centro
32 SAÚDE & BEM-ESTAR
21 | fevereiro | 2013
Opinião
Saiba o que fazer quando começam as dores nas articulações A utilização de glucosamina e condroitina, duas substâncias naturais, contribuem para menos dores e um melhor funcionamento das articulações. As dores nas articulações surgem geralmente nas pessoas mais velhas, o que não quer dizer que não se possa começar a ter sintomas mais cedo. A osteoartrose é uma perda gradual da cartilagem articular que eventualmente pode conduzir a dores e degradação do funcio-
namento das articulações. O problema pode piorar com o tempo frio e húmido, mas existem formas de melhorar esta situação sem ter que recorrer a medicamentos. A glucosamina e a condroitina são uma combinação que demonstrou aliviar as dores articulares e melhorar o funcionamento das articulações quando tomada regularmente, para tratar ou prevenir os sintomas. É cada vez mais utiliza-
da por pessoas com dores nas articulações, por ser eficaz e extremamente segura. • A glucosamina associada à condroitina pode aliviar as dores tão eficazmente como os medicamentos • Tanto a glucosamina como a condroitina são componentes naturais e constituintes importantes da cartilagem Previne a degradação da cartilagem. O facto interessante acerca da combinação de glucosamina e condroitina é que impede a degradação da cartilagem e ajuda a reparar parte da que está em falta. Até agora, nenhuma outra substância demonstrou o mesmo efeito. A glucosamina estimula a síntese corporal de cartilagem e atua como um tijolo da cartilagem das articulações. A condroitina auxilia estas ações. Estudos demonstraram
que a glucosamina associada a condroitina pode prevenir a progressão da degradação da cartilagem e, alguns peritos afirmam ainda que, pode reconstruir lentamente parte dos tecidos já danificados. Seguro e eficaz. A extensa investigação que tem sido realizada mostra que este produto atua geralmente num período de 8 a 12 semanas. Uma vantagem muito importante é o facto de não apresentar efeitos secundários, uma vez que tanto a glucosamina como a condroitina são parte natural da bioquímica corporal e, deste modo, não atuam como substâncias estranhas. Porque se degrada a cartilagem? A cartilagem, tal como qualquer outro tecido do corpo humano, depende dum aporte constante de nutrientes que participam nos mecanis-
mos de produção e reparação que mantêm os tecidos em bom funcionamento. Ao contrário de todos os outros tecidos, não existem vasos sanguíneos na cartilagem. Deste modo, é utilizado um mecanismo para levar os nutrientes às células da cartilagem. Imagine a sua cartilagem como uma esponja. Uma esponja pode absorver líquidos e libertá-los novamente quando se espreme. A cartilagem funciona de modo muito semelhante. A cartilagem recebe a maior parte dos seus nutrientes para reparação através dum líquido existente no interior da cápsula articular. Este líquido é conhecido como líquido sinovial. Para além disso, funciona como um lubrificante e amortecedor das articulações. Glucosamina precisa de enxofre para actuar
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adequadamente. Se tiver oportunidade de ler alguma da investigação científica que foi realizada com glucosamina, verifica que existem estudos que demonstram bons efeitos, enquanto outros nem por isso. Deste modo, parece um enigma, mas existe uma explicação lógica. A glucosamina apenas atua na presença de enxofre. Em muitas situações, estes estudos utilizaram uma forma de glucosamina designada cloridrato de glucosamina, que não contém enxofre. Os estudos que mostram bons efeitos foram realizados com sulfato de glucosamina, que inclui enxofre. É importante saber isto quando se procura um suplemento de glucosamina.
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Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 33
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34 CLASSIFICADOS
21 | fevereiro | 2013
NECROLOGIA Maria Amélia Gomes Cristóvão, 77 anos, viúva. Natural e residenMaria Teresinha Novais Correia, 73 anos, casada. Natural do Bra- Agência Funerária Maria O. Borges Duarte te em Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 16 de fevereiro, pesil e residente em Mafamude, Vila Nova de Gaia. O funeral reali- Tarouca Tel. 254 679 721 las 15.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba. zou-se no dia 10 de fevereiro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Alva, Castro Daire. Tiago Miguel Cunha Oliveira, 20 anos, solteiro. Natural e residente António Ferreira, 71 anos. Natural e residente em Viseu. O funeAgência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. em Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de fevereiro, ral realizou-se no dia 16 de fevereiro, pelas 16.45 horas, para o Castro Daire Tel. 232 382 238 cemitério velho de Viseu. pelas 16.00 horas, para o cemitério de Santos Evos. Maria José Martins, 89 anos, casada. Natural e residente em ReFernando Manuel Ferreira, 54 anos, solteiro. Natural e residente peses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de fevereiro, pelas em Fagilde, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 16 de feve- 15.00 horas, para o cemitério de Repeses. reiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Fagilde. José Faria Chau, 85 anos, viúvo. Natural de Fornos de Algodres José Rodrigues, 83 anos, solteiro. Natural e residente em São Cos- e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de fevereimado, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17 de fevereiro, ro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Vale de Água, Vila Nova pelas 14.00 horas, para o cemitério de Mangualde. de Mil Fontes.
Patrocínia da Silveira Marques, 76 anos, casada. Natural de Campo e residente em Moselos. O funeral realizou-se no dia 17 de fevereiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Campo.
Maria Cristina Almeida, 86 anos, viúva. Natural de Passos, Albertina Ferreira Paiva, 82 anos, casada. Natural e residente em Mangualde e residente em Cubos, Mangualde. O funeral reali- Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de fevereiro, pelas 10.00 zou-se no dia 18 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério horas, para o cemitério de Pepim, Castro Daire. de Mangualde. José da Costa Rocha, 73 anos, viúvo. Natural e residente em RaJorge Marques Vaz, 89 anos, casado. Natural e residente em Fagil- nhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de fevereiro, pelas de, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 19 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Ranhados. 15.00 horas, para o cemitério de Fagilde. Agência Funerária D. Duarte Agência Funerária Ferraz & Alfredo Viseu Tel. 232 421 952 Mangualde Tel. 232 613 652
Mário Pereira, 86 anos, viúvo. Natural de Orgens e residente em São martinho de Orgens. O funeral realizou-se no dia 18 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Orgens.
Armando Lopes Melo, 86 anos, casado. Natural de Campo e reMário Luís de Almeida, 68 anos, solteiro. Natural e residente em Ca- sidente em Moselos. O funeral realizou-se no dia 13 de fevereiro, jadães, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 13 de feverei- pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campo. ro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de São Vicente de Lafões. João Figueiredo Cecílio Marques, 94 anos, viúvo. Natural de MunAbílio Correia Martins, 55 anos, solteiro. Natural e residente em dão e residente em Póvoa de Mundão. O funeral realizou-se no dia Fiais, Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 14 de feve- 15 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mundão. reiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campia. José Joaquim de Almeida, 86 anos, viúvo. Natural de São Pedro do Sul e residente em Cuvelinho, São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 17 de fevereiro, pelas 14.45 horas, para o cemitério de São João da Serra.
Libéria Maria Lopes Monteiro Almeida, 36 anos, casada. Natural de Mundão e residente na Suíça. O funeral realizou-se no dia 17 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mundão.
António Silva do Amaral, 86 anos, solteiro. Natural de Povolide e residente em Vilar de Ordem. O funeral realizou-se no dia 20 de fevereiro, pelas 8.00 horas, para o cemitério de Povolide. Palmira Esteves Cunha, 98 anos, viúva. Natural de Abraveses e residente em Santiago. O funeral realizou-se no dia 20 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. Maria de Lurdes, 79 anos, viúva. Natural de Orgens e residente em São Martinho de Orgens. O funeral realizou-se no dia 20 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Orgens. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
INSTITUCIONAIS
Maria Celisa Soares de Paula, 80 anos, viúva. Natural e residente em Bispeira, São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 19 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São João da Serra. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 2ª Publicação
2ª Publicação
José Maria, 81 anos, viúvo. Natural de São Pedro de France e residente no Lar de Carcavelos, São Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 14 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de São Pedro de France. Maria Augusta do Amaral Novo, 92 anos, viúva. Natural de Sátão e residente no Lar de Avelal, Sátão. O funeral realizou-se no dia 14 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Sátão. João Ferreira Domingos, 86 anos, solteiro. Natural de Rio de Moinhos, Sátão e residente no Lar de Aguiar da Beira. O funeral realizou-se no dia 15 de fevereiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Rio de Moinhos. Jorge Manuel Correia Lopes, 53 anos, casado. Natural e residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 17 de fevereiro, pelas 14.00 horas, para o cemitério local.
(Jornal do Centro - N.º 571 de 21.02.2013)
Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503 Carlos Alberto dos Santos Marques, 74 anos, casado. Natural de Miragaia, Porto e residente em Valadares, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 14 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Valadares.
2ª Publicação
Maria Alice Santos Simões, 77 anos, viúva. Natural de Freixo, Serrazes, São Pedro do Sul e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 18 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Serrazes. Ângelo de Almeida Martinho, 67 anos, casado. Natural e residente em Fermontelos, Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 19 de fevereiro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 Maria Celeste do Carmo Ribeiro Gomes Leite, 86 anos, casada. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 16 de fevereiro, pelas 11.30 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.
(Jornal do Centro - N.º 571 de 21.02.2013)
(Jornal do Centro - N.º 571 de 21.02.2013)
Jornal do Centro 21| fevereiro | 2013
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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
FOTOS DA SEMANA
HÁ UM ANO EDIÇÃO 519 | 24 DE FEVEREIRO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRETOR
Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
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Paulo Neto
DR
| Telefone: 232 437 461
Na passada edição anunciámos a apresentação do livro “A Foto”. Tendo como co-autores Jaime Mendes, Joaquim Letria, José Gomes de Pina, Mário Lino, Noémia de Ariztía, Paulo Mourão, Raimundo Narciso e Teresa Tito de Morais, decorreu no Solar do Vinho do Dão e o apresentador, o coronel na reserva Fernando Figueiredo, entre outras considerações referiu: “Anos mais tarde a passagem à reserva por minha livre escolha antecipando igual decisão do Papa e contrariando a norma geral de quem vive alapado ao poder e dele vive como se coisa sua se tratasse, permitiu trocar a bazooka pela caneta e dar a cara além do corpo às balas. Curiosamente, dizem-me que hoje incomoda mais a caneta desta minha faceta de cidadania interventiva que a bazooka de tempos idos, mas enfim, eu também ainda não me habituei à ideia de encontrar na política quem se arrogue a limitar a liberdade de expressão daqueles que em Abril de 74 lhe devolveram esse valor maior da democracia. Outra curiosidade que aqui partilho convosco é a de saber onde raio me irão colar politicamente agora depois de me saberem envolvido neste evento com os “duros” da foto! Fiz esta curta alusão ao VSB para perceberem do paralelismo com este grupo de oito jovens que, com mais treze outros, tiraram uma fotografia de circunstância, em 1963, no campo de futebol do I.S.Técnico e que também parte deles viveram na clandestinidade sem nunca se privarem do direito e dever de lutar por um Portugal livre e democrático. São eles que, tal como o VSB serve de ligação com os viseenses espalhados pelo global espaço cibernético, também servem de ponte com o Portugal de ontem e de hoje. “ PN Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt
Semanário 24 de fevereiro a 1 de março de 2012
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO pág. 14 > SUPLEMENTO pág. 23 > ECONOMIA pág. 25 > DESPORTO pág. 27 > EM FOCO pág. 28 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
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Ano 10 N.º 519
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SEMANÁRIO DA
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“Atualmente, a cultura é financiada pelas autarquias”
e responsável pelo Teatro Ribeiro ∑ Francisco Lopes, presidente da autarquia do Centro | páginas 8 e 9 Conceição, em Lamego, entrevistado pelo Jornal
O’ i colocou l Viseu i e Sá Sátão ã no mapa ∑ Portugall O’Meeting “No Teatro Ribeiro Conceição há diversidade, ∑ qualidade e a oferta não se esgota” (Francisco Lopes)
∑ Presidente da Escola Superior de Educação reeleita ∑ “Uma PME Excelência tem estas marcas: Qualidade, Inovação e Sustentabilidade” (Almeida Henriques)
∑ Autarquia de S. João da Pesqueira repete a Festa dos Saberes e Sabores do Douro
∑ Buzinão em Viseu contra as portagens
tempo
JORNAL DO CENTRO 21 | FEVEREIRO | 2013
Hoje, dia 21 de fevereiro, trovoada. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 9ºC. Amanhã, 22 de fevereiro, chuva moderada. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 4ºC. Sábado, 23 de fevereiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 0ºC. Domingo, 24 de fevereiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de -2ºC. Segunda, 25 de fevereiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de -2ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Quinta, 21
O homem do martelo
Castro Daire ∑ Palestra sobre microcrédito, 14h30, centro cultural de Castro Daire.
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Sexta, 22
Sábado, 23
Tondela ∑ III Edição do Mercado de Produtos Locais “Ao’Sabor”. Além dos habituais produtores hortícolas e artesãos a encher o Largo da República, a animação estará novamente presente.
Quarta, 27
Viseu ∑ Lançamento da 10ª edição do concurso regional Poliempreende, na Aula Magna do IPV.
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DR
Viseu ∑ O Lions Clube de Viseu promove um concerto solidário na Aula Magna do IPV, às 21h00. Vouzela ∑ A Câmara de Vouzela promove uma sessão de informação/ divulgação sobre o Programa Impulso Jovem, Apoio ao Rendimento Agrícola e Empreendedorismo e Desenvolvimento Rural, às 21h00, no Auditório Municipal.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
A Artesanato, gastronomia e música do Douro vinhateiro para apreciar em três fins de semana
Município promove festa dos saberes e sabores S. João da Pesqueira ∑ Certame anual arranca dia 23 A Câmara Municipal de S. João da Pesqueira prepara-se para inaugurar mais uma edição da Festa dos Saberes e Sabores do Douro, no próximo dia 23, no salão de exposições da vila. O evento de artesanato e gastronomia, que tem como objetivo ajudar a impulsionar a economia do município mostrando as potencialidades locais, decorre durante três fins de semana. Além dos próximos dias 23 e 24, a
mostra volta a abrir as portas dias 2 e 3 de março, e a 9 e 10 de março. “Pretende-se valorizar os produtos da terra, os deliciosos sabores dos produtos tradicionais e desfrutar da boa gastronomia regional. Podemos então encontrar o delicioso pão caseiro confecionado à moda antiga, em forno de lenha; os enchidos típicos, tais como, o moiro, a alheira, a chouriça e a tabafeira; o azeite; o
vinho; o mel; a amêndoa e o figo seco”, adianta a autarquia em comunicado. A par dos expositores e das ‘tasquitas’ regionais, está agendado um programa de animação cultural. A festa inclui ainda a participação de diferentes artesãos a trabalharem ao vivo materiais diversificados, dando a conhecer as artes e ofícios de outros tempos. Emília Amaral Publicidade
1. Usando-se a muito conhecida intuição de Abraham Maslow, se “para o homem do martelo todos os problemas são pregos”, já para o homem da política todos os problemas são propaganda. Todo o político promove espaventosos “lançamentos da primeira pedra” para jornalistas e “forças vivas”, todo o político inventa momentos intermédios para chouriços noticiosos e todo o político atinge o nirvana numa luzidia inauguração. A “obra” do político tem que ser dada a conhecer. Com trompetas de preferência. Disso não vem nenhum mal ao mundo em 99% dos casos. Só que... há o tal 1% de excepção. Um “só que” destes aconteceu em Viseu no dia 13 de Fevereiro. Nesse dia, o dr. Ruas decidiu fazer propaganda com a aquisição de uma casa para abrigo de vítimas de violência doméstica. A operação de relações públicas correu bem, a notícia saiu em todos os media, saiu até nas televisões, saiu até aqui no Jornal do Centro, mas o problema é que... não devia ter saído. Não devia ter saído e muito menos a localização da casa para aquelas pessoas em risco. Elas a última coisa que precisam é que se saiba — que os agressores saibam - onde estão a viver. Convém reter esta ideia, dr. Ruas: o social é uma “bricolagem” muito melindrosa. Com ele, o método do martelo e do prego não é coisa boa. 2. É “as mãos de um preto são mais claras que o resto do corpo”. É o “o destino inexorável das tílias...” sussurrado pelo actor José Rui Martins enquanto se ouve a flauta e o cantar de Luísa Vieira. É a nossa língua a viajar nos trópicos a falar dos “ninguéns” dos que “não são seres humanos, são recursos humanos”. É o público às gargalhadas a dizer “boi!”, numa “boi-noite!” inesquecível... Falo do divertidíssimo “20 Dizer”, um espectáculo “portátil” da Acert que cabe em todos os sítios. E merece ir a todos os sítios. Amanhã vai estar na “Sala de Ser”, em Marzovelos.