Jornal do Centro - Ed572

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Paulo Neto

NÃO PODE SER VENDIDO FEVEREIRO DE 2013 E

28 DE NTRO EDIÇÃO 572 DE C

Semanário 28 de fevereiro a 6 de março de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO

Ano 11 N.º 572 1 Euro

pág. 32 > CULTURA Marcos Rebelo

Paulo Neto

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Nesta N t edição di ã

ENTRADA LIVRE DIRETOR

pág. 28 > DESPORTO

Textos: Micaela Costa | Grafismo:

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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

SEPARADAMENTE.

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Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

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“Dão Lafões é uma região forte que exporta mais de mil milhões de euros por ano” ∑ Pedro Saraiva, presidente da CCDRC, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 a 10


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Jornal do Centro 28 | fevereiro | 2013

praçapública r

palavras

deles

Moimenta da Beira e os concelhos limítrofes são responsáveis por cerca de metade da produção nacional de maçã”

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r

Tabuaço perdeu verdadeira reforma cerca de seis por cenadministrativa tinha to de residentes, desde que partir do estudo os Censos 2001” da história”

João Inês Vaz José Eduardo Ferreira Presidente da Câmara de Moimenta da Beira, em declarações ao Jornal do Centro.

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Historiador (Declarações ao Jornal do Centro a propósito das comemorações dos 500 anos do “foral novo”, 25 de fevereiro)

João Ribeiro Presidente da Câmara Municipal de Tabuaço (Lusa, 19 de fevereiro)

r VALORIZAR é um

programa de discriminação positiva centrado nos territórios do interior, que tem uma série de medidas disponíveis e uma delas é uma medida de estímulo a uma micro empresa que queira fazer um investimento no interior” Pedro Saraiva Presidente da CCDRC, em entrevista ao Jornal do Centro

Imp®udências Parlamentares… Com alguma inocência haverá ainda quem pense que a Assembleia da República é um lugar estimável onde se reúnem os eleitos populares para tratar soberanamente dos interesses da Nação e do do Povo que lhe sub e sobrejaz. Porém, ultimamente, aquele órgão tem momentos em que mais parece uma taberna das Rua Escura onde gente bem aconchegada, na vã glória dos insensatos, entre dois carapaus de escabeche, meio quartilho de briol e uma isca de fígado de cebolada, deixa ouvir uns arrotos a ressumbrar o fel acanalhado de uma gastrite de difícil erradicação. Até já ouvi falar de uma Comissão de Ética, mas creio que era boato. O que decerto boato não foi saiu da boca de um senhor deputado do PSD eleito pela Guarda (que tanta e tão boa gente viu nascer), o qual do alto de seu estatuto, estribado na sua ciência jurídica e no fulgor esplendente dos seus 45 invernos, vociferou contra aqueles que como seus pais o conceberam e educaram, contra quantos, no seu distrito, lhe concederam o voto, contra os milhões de cidadãos, mais velhos do que ele que há muito lutam por um país onde ele possa carpir seus dislates e expandir suas diatribes. Até e mesmo contra um largo leque de ministros do PSD, partido que lhe deu guarida e voz. Numa intervenção do mais fino recorte e distinto quilate, o de cujus assim falou: “A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha” e assim se finou: ““Se assim não for, envelhecemos e apodrecemos com o País.” A metáfora “peste grisalha” para se referir aos idosos é de uma má criação, falta de civis-

mo e de dignidade, grosseria, boçalidade, insensibilidade e ingratidão representativas de uma qualquer deformação de espírito onde o espirituoso se confunde com a canalhice. Quanto ao apodrecer com o país, senhor deputado, o senhor será e mais breve do que aquilo que pense, sem bravatas nem ilusões, um velho. Um cidadão velho. Fisicamente velho, porque moralmente parece estar já atacado de Alzheimer. E não apodrecerá com o país porque o país já vive num charco fétido, pútrido criado pelos políticos que nos têm governado nos últimos anos. Senhor deputado, senhores eleitores do senhor deputado, quando ele for pela sua circunscrição a esmolar votos, tenha a coragem e a coerência de se dirigir aos seus eleitores mais velhos com o tratamento que lhes deu na Casa do Povo: “Votai em mim, peste grisalha!”. Senhores eleitores da Guarda dar o voto a quem não nos defende antes nos ofende é contribuir para o apodrecimento da Nação e para a difusão da peste política sem tento na língua, sem lucidez na cabeça e com fel na glote. Gente desta, num país civilizado, deveria ser interditada de entrar na Assembleia da República por onde tantos e tão eloquentes representantes do Povo passaram, fazendo

ouvir suas vozes, seus argumentos, seus credos, suas crenças, com elevação, educação, emoção e ponderação. A Guarda pode ser feia, pode ser fria, mas é farta e sede de um distrito beirão senhoril e orgulhoso de seu passado e do seu presente. A excepção confirma sempre a regra. Por Viseu, Hélder Amaral já tem um “Compromisso com as pessoas”. Está de parabéns, ele e as pessoas com quem se comprometeu, com quem se empenha, a quem promete. A seguir, decerto, vem o Projecto. Finalmente surgirá, num cronograma aprimorado, O candidato. Para já, em fórmula “chic a valer”, dá conferência de imprensa, em hotel 5 estrelas, com pequeno- almoço continental no menu. Senhor deputado, a coisa não se podia resolver no João da Europa ou no Pinto Ladrão? Junqueiro, do alto da sondagem que lhe dá inequívoca vitória contra Américo Nunes, Cesário e Mota Faria cavalga a onda e, em chouto curto, anda no terreno com afincamento a fazer o trabalhinho de casa. Muitos serão os escolhos… mas mais forte será a persistência que lhe dá alento. No PSD as reuniões sucedemse, os consensos ausentam-se e as caturrices permanecem. Se calhar é por serem sempre os mesmos… Se um candidato emer-

ge com alguma credibilidade, saem de imediato, do vetusto armário, os esqueletos pesadíssimos do costume. A certeza é que ninguém já quer o 3º e o 4º lugar, pois as sondagens prenunciam dois vereadores! Ainda veremos Ruas, como Egas Moniz, a suplicar a Almeida Henriques seu perdão… e a “engolir” Cesário com seu novo aliado. Adivinhem quem? Isso é que vai ser um chupar de Rennies. Há dias, enquanto um ministro falava na televisão, um grupo de três jovens sentado a uma mesa ao lado da minha comentava: “Será que o tipo se ganza?”. Outro adiantava: “Só pode! Olha o ar esgazeado dele…” e o terceiro rematava: “A minha garina, qu’inda vai na tanga destes gajos, diz que um tipo assim deve ser um tédio: só buracos e não acerta em nenhum!” Assim vêem os jovens a governança. Claro está, quando não cantam as “fevereiras” ao Relvas… A moda desta semana é o NIF do Primeiro-Ministro a ser posto por milhares de contribuintes nas facturas pagas das compras feitas. Uma ironia… A notícia habitual é a de um ex-ministro do PSD, Arlindo de Carvalho ser um dos acusados no caso BPN e implicado numa nova burla superior a 100 milhões de euros. Uma avaria… As más notícias são: a nossa dívida ir já em 125% do PIB e o número de desempregados ter chegado aos 17,3%. Duas calamidades… A boa notícia: o Grupo PSA de Mangualde vai abrir o 3º turno criando mais 300 postos de trabalho. Valham-nos os gauleses! Uma promessa cumprida…


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

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números

estrelas

300

Foram os novos postos de trabalho criados pela laboração do 3º turno, no Grupo PSA Mangualde.

Importa-se de responder?

O entusiasmo e a competência deste professor universitário dão à Região Centro um interlocutor de muita proximidade com os centros de decisão.

O deputado 5 em 1 já tem um “compromisso” para Viseu. Falta-lhe apenas um projeto e O candidato.

Penso tratar-se de uma boa ideia. É claro que tenho de me informar melhor sobre todas as condições e objetivos e, por esse motivo, ainda não sei se irei participar.

Camila Ramirez

José Coelho

Estudante

Estudante

Cativou-me bastante. Acho que, de certa forma, está relacionado com a minha área de estudo - Humanidades - e vou participar.

Acho que todas as medidas amigas do ambiente e de redução do impacto ambiental são bem vindas e esta é mais uma. Agrada-me bastante e vou participar.

Jéssica Cunha

Joana Loureiro

Estudante

Estudante

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

Alvo de notícias que alegam haver semelhanças entre a sua tese de mestrado e uma outra, não tem sido convincente a argumentar a sua verdade, um dia antes da apresentação pública da dita, já dada ao prelo.

O que pensa do “Projeto 80” apresentado na Escola Secundária Alves Martins? Parece-me bastante interessante. Fiquei contente que tenha sido apresentado na minha escola. Estou a pensar concorrer, com os outros alunos da Associação de Estudantes, porque é uma alternativa para os jovens e aposta no empreendedorismo.

Opinião

Guilherme Almeida Vereador da Câmara Municipal de Viseu

Hélder Amaral Presidente da Distrital de Viseu do CDS/PP

Pedro Saraiva Presidente da CCDRC

Humor para todos os gostos Desde o sucesso do “Levanta-te e ri” que o humor tomou conta da televisão, e os humoristas ganharam espaço para os seus textos e representações em vários programas, o legado Herman José ressuscitou e agora todos os dias soltamos gargalhadas. O português é tipicamente gozão, fazendo piadas acerca daquilo que mais lhe dói, “Ó Relvas vai estudar” é já um clássico, e muitos outras punchlines ficarão na memória. Como em quase tudo, poderia esperarse que o exagero em número pudesse levar à banalização e ao aparecimento de coisas menos boas, mas felizmente não. Melhor do que qualquer outro canal esteve a RTP, arriscando com o humor caótico e cáustico que vimos em

“O último a sair” e podemos ver agora, do a lançar ideias fantásticas e inovabrilhantemente, em “A Odisseia”. A doras, a RTP tornou-se também a mais nova grelha da RTP é talvez este ano, inclusiva de todas as televisões, tendo uma das melhores de sempre, paira a muitos dos seus programas legendadúvida se para combater a privatização, dos e com tradução para linguagem mas a verdade é que desde que se dis- gestual. Do outro lado, a televisão pritanciou da perigosa novela e decidiu vada, com grelhas em que consegue ter apostar numa produção nacional de 5 telenovelas seguidas, e programas de alta qualidade, está na moda com pro- entretenimento com conteúdos nulos gramas como o “5 para a meia-noite”, que empurram séries premiadas como mas não só, surgiram também pro- “Downton Abbey” para horários inagramas em que com uma pitada con- cessíveis. Esbanja talentos como Martrolada de humor, muita cultura, infor- co Horácio e João Manzarra, em promação e história, nos mostram o que gramas que ficam a meio do caminho é afinal serviço público, são exemplos entre o entretenimento de qualidade e “Depois do adeus”, “Conta-me história” a total idiotice, que apenas valem o que e “Quem é que tu pensas que és?”. Com valem pela presença dos seus apresena ajuda da Academia RTP que tem vin- tadores e convidados e a sua hercúlea

capacidade de se distanciarem do parolo básico. A maior percentagem de audiência vai mesmo para o parolo básico e para as telenovelas, mostrando o resultado de 2 décadas de televisão amorfa a nível cultural que criou telespectadores nada exigentes, a RTP tentou nos últimos anos mudar essa tendência, e este ano a sua grelha é a prova de que esse esforço é para continuar. A audiência em programas como o “5 para a meia-noite” já é considerável, alguns sketches de personagens recorrentes são já objecto de culto, e o Raminhos é o maluco do momento. A RTP está na mó de cima, faz mais serviço público, tem mais e melhor humor, e está sem dúvida de parabéns.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596 tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

João Cotta Presidente da AIRV

Jornal do Centro 28 | fevereiro | 2013

Viseu pela positiva - Participação cívica Criar uma marca significa associa-la a valores positivos. A qualidade de vida é sem dúvida um valor a que deveremos associar a nossa região e em particular Viseu, a capital de distrito. Por esta razão é um privilégio termos, pela 2ª vez consecutiva, a cidade com melhor qualidade de vida. Tal aconteceu porque houveram muitas coisas bem-feitas

e traduz a satisfação dos cidadãos, o melhor de todos os indicadores. No entanto a qualidade de vida só é sustentável se formos capazes de atrair investimento, empresas, promover a qualidade do nosso ensino e envolver os cidadãos. De diversos pontos de vista em Viseu as práticas têm sido corretas. É fácil circular na cidade, os espaços

verdes são abundantes, temos disponibilidade de serviços e de bens, temos bons serviços de assistência social, bons serviços de saúde, boas escolas, bons espaços de desporto e recriação. As questões imateriais como a segurança e o civismo são muito relevantes e apreciados pelos cidadãos. Onde podemos melhorar? Nada

dada com o sol. Quanto mais alto um, mais forte o outro. Deixam de se ouvir os miados da gataria já refastelada de serenatas e orgias nocturnas e começam a sentir-se os trinados vibrantes da passarada. Chega um novo ciclo. Esta certeza de que as coisas assim se passam, no repetir dos anos, afaga-nos pela certeza de que, afinal, depois dos frios passados e dos incómodos da chuva, vêm dias melhores, mais alegres, vêm os verdes dos campos, o cheiro dos pastos e das flores e presencia-se esta me-

tamorfose que faz explodir a vida de vida. A nós, cidadãos desta ponta da Europa, vai-nos ser difícil sair deste “Inverno” em que nos mergulharam. Tivemos um “Verão” muito longo, com toda a gente em férias permanentes, a gastar o que pediram emprestado e não o que amealharam, em casinos e jogos de sorte-ou-azar, nas esplanadas a empanturrarem-se de lagosta quando só tinham fundos para os tremoços e a viajar em executiva. A banca, sempre atenta aos gostos de cada um, foi célere

Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte

Opinião

ana.duarte@jornaldocentro.pt

Quaresma Estamos na Quaresma. Época de cariz religioso ligado à reflexão sobre a ressurreição, ao renascimento da vida, à renovação. É quase primavera. Após o frio que cura as carnes das reses que se matam, a sorça que seca nas chaminés, nos varais vizinhos às lárias que penduram os caldeiros onde cozem morcelas e ossos das alheiras, aparecem os primeiros abrolhos com tremeluzentes gotículas matinais a enfeitar o frio branco que tudo cobre. É o renascimento cheio de cio, de pujança, que segue nos dias de mão

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

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Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

Opinião

“Se o povo não tem pão, que coma brioches”

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Sílvia Vermelho Politóloga

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

Opinião

O povo começa a identificar as Marias Antonietas do nosso regime e, se a Justiça funcionasse, teriam - não a guilhotina - mas a barra do tribunal à sua espera, assim que estalasse a Revolução. Não esperemos um golpe de estado. Desta vez, não há classe que tome conta do trabalho a fazer. Seremos nós. Milhares de facturas foram passadas em nome de Passos Coelho, umas tantas começam a ser passadas em

nome de Miguel Relvas, esse aspirante a Maquiavel que, ao tentar ter uma fuga honrosa do ISCTE, acabou por se ridicularizar na sua posição muito própria do “Rei vai nu”. Nem mesmo com carros de gama alta este regime tem a dignidade com que Assis justificava tamanhos gastos com a frota automóvel, e o desprezo, o asco, que grassa na população Portuguesa por certos governantes, teve o seu expoente máximo na expulsão de Miguel

Relvas do ISCTE. Fomos criadas/os a olhar para os grandes símbolos da nossa Nação e da nossa Democracia com uma reverência vestida de inspiração. Inspiramo-nos nos símbolos que compõem a nossa Nação e o Regime vigente como reconhecimento do legado de quem, antes de nós, já o havia ajudado a construir… por nós. As comunidades têm destas coisas – uma função social de projecção do

Marca Viseu, Candidato 2.0, Funicular 1. Viseu Marca: Nas últimas semanas foi lançado o desafio para se criar uma marca que represente e promova a identidade de Viseu. A resposta mais ajuizada a este pedido muito pós-moderno, surgiu através das palavras de Dalila Rodrigues: “A ideia de reduzir um lugar à expressão de uma marca parece corresponder, desde logo, a um exercício de negação da diversidade e das possibilidades desse lugar”. Não podia estar mais de acordo. O valor intrínseco de cada local afirma-se constantemente na sua diversidade, na sua capacidade de gerar uma ampla gama de representações simbólicas e pelas infinitas oportunidades que, esse local, nos proporciona. Ao catalo-

gar ou reduzir a cidade a um logotipo e/ou a uma referência, corremos o risco de estreitar as suas fronteiras limitando assim o seu potencial. A melhor marca Viseu é ela mesmo, Viseu e as suas gentes. A notoriedade da marca Viseu será o que dela, os eleitores, quiserem fazer no próximo mês de Outubro. “Vender” cidades não é comparável a vender gelados. Não desejo viver dentro das fronteiras da marca Viseu, tal como o Perna de pau vive na marca Olá. Opto por viver numa cidade que marca. Todo este texto serve para deixar um aviso: caros amigos, não há maior risco de que se transformar um local num cliché de si próprio. 2. Candidatos de Vinil: Em épo-

ca de crise, fruir de uma tarde de ócio sem me cruzar com política não é tarefa fácil. O leitor não acredita? Sem necessidade de passar recibo, adianto a explicação. Num destes Sábados, avancei confiante rumo ao café mais próximo de casa, já comodamente sentado, com jornais a ocuparem a mesa, ouço alguém lançar um definitivo: “Na política é vira o disco e toca o mesmo”. De repente, sinos tocam na minha cabeça, lanço um olhar de contestação e comento com os meus botões: “Este cavalheiro não conhecerá Obama? Nunca ouviu falar de Boris Johnson?” Rapidamente compreendo o que me separa do orador. Além de 4 mesas, o que nos separa é o suporte musical. Deixei o leitor


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como ouvir os cidadãos. Com uma periodicidade definida, devíamos ouvir os cidadãos sobre as suas necessidades, anseios e sugestões e prioridades para o futuro. Esta forma de democracia participativa ajudaria certamente a melhorar a qualidade das opções, receber sugestões inovadoras dos munícipes e fomentar a participação cívica. O envolvimento dos cidadãos é cada vez mais

importante e produz resultados notáveis. O referido inquérito deve ouvir a opinião dos cidadãos sobre temas como urbanismo, equipamentos necessários, transportes públicos, acesso à informação, oferta cultural, necessidades sociais, escolares, de saúde, participação cívica, o seu grau de satisfação entre outros temas. Os dados resultantes deste inquérito serão tratados por forma a obtermos in-

formação e conhecimento sobre o nos rodeia. Os seus resultados serão comunicados aos cidadãos. As necessidades, anseios e sugestões dos cidadãos poderão ser a base dos planos de desenvolvimento e das políticas de longo prazo. Aumentar a “ porosidade” do poder político a todos os cidadãos é uma necessidade. Com a divergência de perspetivas, a probabilidade de obtermos ideias ino-

vadoras em todos os domínios serão elevadíssimas. Teremos maior participação cívica. Não se trata de um referendo mas sim de um inquérito muito abrangente e estatisticamente muito válido. As decisões caberão sempre aos executivos camarários, democraticamente eleitos e legítimos. E associaremos Viseu a outro valor positivo, o envolvimento das pessoas.

em promover formas de empréstimo tão distintas como diferentes eram os gostos e, quase nunca, as necessidades das pessoas. Lá, naquela miríade feita para cada um, estava o funil, largo, suave, abrangente, como a armadilha da formiga-leão. Ninguém se lembrou de que após o Verão vem, sempre, o Inverno. Que é preciso fazer lenha para guardar e cevar o bácoro preparando-o para a matança. Que se devem pôr mais uns cobertores na cama e fazer todas essas tarefas que, na privação da calidez, nos permitem alcançar algum conforto. Durante todo esse Verão sempre estiveram a acompanhar-nos os mes-

mos que agora nos querem vender lenha, gás e a energia que precisamos para nos mantermos vivos. Em pequenos, contavam-nos a história de La Fontaine, em que cigarra e formiga viviam de formas diferentes, uma sempre a trabalhar e a outra, à portuguesa, cantando o fado da desgraça da sua vida, mas sempre a cantar. Mais tarde apareceu uma versão em que a formiga, farta de ver a cigarra na folia e sem necessidade de trabalhar, por viver à sua custa, e sabendo que ela se iria encontrar com o La Fontaine, lhe mandou um recado: Diz-lhe que vá para “a pata que o pôs”!

Afinal, descobriu-se agora que as formigas desapareceram, emigrando, para não terem de continuar a alimentar as cigarras, e que estas estão a morrer à fome, gritando como possessas que lhes dêem ajuda, culpando-se umas às outras das serenatas sem fim e achando que o seu papel era cantar sendo as formigas a maior culpa da sua desgraça, por se recusarem a entendê-las. Hão-de vir a descobrir que é preciso trabalhar. E que será preciso alguém que ensine as cigarrinhas a fazêlo. Poderão, nessa altura, descobrir que quem sabe trabalhar, ou já cá não está, ou que, não se expõe a mais enxovalhos.

Verificarão que só cá ficaram elas, as cigarras, e… os do chicote, que lhes hão-de marcar as costas até que aprendam. Cantem, as cigarras, o “Grândola Vila Morena” ou o “Oh tempo, volta pra trás”, a primavera dos Portugueses vai tardar a chegar. As cigarras têm que reformular os seus sindicatos de “starlets” e encostar as suas “musas” aos museus. Têm de perceber que é preciso “meter a viola no saco”, arregaçar as mangas e deitar mãos à obra. Senão, é sabido que, sendo Inverno, não cantam…!

futuro que é do mais natural que pode haver. Afinal, todas as espécies asseguram a sua continuidade, e a Humanidade não é excepção. Quando pensamos um mundo melhor, não o pensamos no estrito tempo da nossa linha de vida. Pensamo-lo de forma universalista e futurista, o nosso e o dos próximos a vir. As marcas físicas da nossa existência enquanto geração e enquanto época, os edifícios que construímos, os escritos, as bandeiras, os bustos, todo esse património

material fornece referências visíveis ao património imaterial que construímos – a(s) comunidade(s). O culto do simbólico é uma ferramenta de transmissão das aprendizagens dessas comunidades. E, por isso, o caruncho humano que torna a AR carcomida revolta. Revolta porque vandaliza esse legado. Porque é uma heresia ao sagrado que nos é comum a todas/os, uma violação dos nossos laços de comunidade. Mas, do alto da sua presunção, o Regime vai nu e não sabe. A classe política não

dá conta que se passeia de fato e gravata no meio da putrefação do regime. A classe política não se apercebe que mantém cerimónias, protocolos, senhor deputado, senhora deputada, obrigado senhor presidente, como está senhor primeiro ministro e ministro de estado, e tretas afins, com um cenário totalmente desadequado a este fausto e a esta pompa. E o ridículo é visível, para quem, como a criança da história, desmascara o Regime. Run, Relvas, run, As/os que, por seu turno, batem palmas,

que acreditam que o Regime veste o manto mais bonito que a história original poderia conceber, acreditam que virão brioches em vez de pão. Deixam-se ser gozadas/os pelos guardiães do regime, num beija-mão feito de cacique e empregos políticos. Mas ninguém sobrevive a comer brioches que não vêm. E esse será o ponto de viragem.

confuso? Passo a esclarecer. O supracitado cidadão será da geração de 50, logo cresceu a ouvir música em vinil. No seu tempo, a música ouvia-se no lado A e lado B, sendo que não raras vezes, por erros na gravação, o que se ouvia no lado B era uma repetição do lado A. A política, de então, aproveitou a moda e “virar o disco e tocar o mesmo” passou a ser prática comum. Esse modo de viver a política chegou aos dias de hoje, encontrar divergências de fundo entre o PS e o PSD tornou-se tarefa apenas acessível aos mais atentos monges enciclopedistas. Entretanto, a minha geração cresceu num mundo em constante mutação, do CD para o MP3 até ao Itunes. A nossa experiência musical começa ao ouvir o single de avanço, caso a amostra satisfaça o gosto, partimos em busca

do restante álbum, sendo que apenas se guardam as músicas que fazem abanar a cabeça; se não agrada damos uso à tecla delete assunto encerrado, venha o próximo artista. Já a política, do ponto de vista do novo receptor, também passa por uma análise crítica constante ao que é dito e ao que é feito. Conteúdo e forma sobre análise constante, sem piedade na análise ou simpatia na escolha final. O mundo evoluiu, a carteira começou a queixar-se, a consciência deu sinais de vida, as novas gerações são mais esclarecidas. Nas próximas eleições autárquicas, é expectável que as candidaturas entendam essa mudança, mas também devem ter em conta que uma significativa parte do eleitorado, que votará em 2013, ainda não tinha idade para votar, ou não era nascido, em 1989. Poderá

ser wishful thinking, mas tal como o vinil é uma recordação do passado, procurada apenas por coleccionadores, o caciquismo e o ruísmo em breve serão artigos de coleccionador. Políticas de vinil não seduzem a geração 2.0. 3. Política de Transportes: Confesso que sinto uma certa curiosidade em saber que propostas nos vão ser apresentadas pelos candidatos autárquicos, de modo a resolver o “Problema Funicular”. Recapitulemos, este meio de transporte sem custo para o utilizador, considerado “A obra do regime”, custou aos contribuintes perto de 5, 2 milhões de euros. Apesar da sua taxa de utilização reduzida, abaixo dos 15%, os mesmos contribuintes que o pagaram continuam, todos os anos, a financiar o seu funcionamento e manutenção num

valor provavelmente superior à centena de milhar de euros. Pensar numa privatização será absurdo, se entendermos estes números de exploração como desastrosos e a taxa de utilização como ridícula. Além do buraco financeiro, o funicular teve a capacidade de se transformar num estorvo para a organização da Feira de S. Mateus, pois é causa de diversos constrangimentos à circulação naquele espaço. Qualquer candidatura que se queira afirmar como alternativa séria terá de apresentar uma resposta credível para este problema. Vão optar por ignorar o elefante na sala da vereação dos transportes?

Pedro Calheiros

Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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abertura

textos e fotos ∑ Micaela Costa

A Carlos Marta (presidente da CIM Dão Lafões); Feliciano Barreiras Duarte (secretário de Estado); Américo Nunes (Vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu)

CIM coloca Dão Lafões em rede Projeto ∑ Comunidade Intermunicipal anuncia próximos passos para o projeto “Modernização Administrativa” O futuro e as próximas alterações ao programa, de Modernização Administrativa, na Comunidade Interminicipal, esteve em discussão no passado dia 21, no seminário “Modernização Administrativa na Região Dão Lafões - O Próximo Passo”. Na generalidade dos países desenvolvidos, tem-se assistido, nas últimas décadas, a transformações profundas nas Administrações Públicas, a grande maioria ligadas ao abandono de modelos de gestão burocráticos e à sua substituição por um novo paradigma, assente na orientação dos serviços públicos para os cidadãos/clientes. Neste sentido surge o programa “Modernização Administrativa” que visa criar condições para uma Administração Pública mais eficiente e eficaz, com vantagens para os cidadãos e para as empresas, com a redução dos custos de contexto, a oferta de um novo modelo de distribuição de serviços públicos, qualifi-

cando o atendimento aos cidadãos e às empresas e melhorar o acesso por parte destes a esses serviços. O referido programa começou a ser implementado na CIM Dão Lafões, em 2010 e passou pela criação de um balcão único, físico e online, nos 14 municípios na área do urbanismo, de uma rede de fibra óptica, centrais de comunicação, instalação do Sistema de Informação Geográfica (SIG) e várias formações para capacitar os funcionários para estes novos serviços. Na ação, Carlos Marta, presidente da CIM Dão Lafões, referiu que o próximo passo é a preparação da candidatura ao COMPETE, com o objetivo de dotar de mais serviços municipais o balcão único: “Pretendemos a evolução do balcão único, com mais serviços municipais, e com a possibilidade de pagamentos ‘online’”. Outra das implementações diz respeito ao SIG, “um sistema de informação geográfica supramunicipal para todos os municípios da CIM e ain-

da um serviço “open-office”. Mais “formações que preparem os funcionários municipais ao exercício das novas funções é também crucial”, acrescentou. Na sessão esteve também presente Feliciano Barreiras Duarte, secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que defendeu “que o paradigma do cidadão estafeta está a dar os últimos dias”. Para Feliciano Duarte a concentração de vários serviços num só local é uma mais -valia, “as pessoas preferem concen-

trar tudo num só sítio e não se importam de perder uma manhã ou uma tarde para resolver os problemas que muitas vezes demoravam semanas a fio”. O governante afirmou ainda que “no momento difícil que a economia mundial, europeia e portuguesa atravessam, é cada vez mais necessário serem estabelecidas pontes que permitam agir em rede”, pois “é na ação conjunta que podemos alcançar uma maior e melhor eficiência e prestar um melhor serviço ao cidadão”. Feliciano Barreiros

qual Mortágua (no distrito de Viseu) faz parte. Para o secretário de Estado a estratégia do Governo “passa também pela aposta numa administração eletrónica mais célere e eficaz, que poupe tempo aos utentes e que esteja ao seu serviço, apostando cada vez mais na interoperabilidade e na dinamização de atos”.

Duarte apresentou ainda o novo projeto “Quiosque do Cidadão”, “um novo desafio que tem como objetivo fazer chegar os serviços prestados pela loja do cidadão, a localidades que pela sua dimensão e densidade populacional não justificam uma mobilização de recursos para a instalação de uma Loja do Cidadão”, programa este que foi lançado em cinco concelhos piloto do

S. João da Pesqueira Armamar

Cinfães

Resende

Lamego

Tabuaço

Tarouca Penedono

Moimenta da Beira

Progama de Modernização Administrativa

Vila Nova de Paiva

O pr o g r a m a pretende que “os 14 municípios da região estejam em rede, de forma a prestar melhores, mais rápidos e mais baratos serviços às populações e empresas”.

Sernancelhe

Castro Daire S. Pedro do Sul Aguiar da Beira Satão

Oliveria de Frades

Vouzela

Penalva do Castelo

Viseu

Mangualde Tondela

Nelas

Carlos Marta Presidente da CIM Dão Lafões

Carregal do Sal Mortágua S. Comba Dão


Jornal do Centro

MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA | ABERTURA 7

28| fevereiro | 2013

A José Tribolet, presidente da direção do INESC

“De nada serve criar uma rede sem que todos estejam interligados”

A Bárbara Rosa Santos, vogal do conselho diretivo da AMA A Célia Pestana, diretora no município do Seixal

“O futuro não é cortar o que já foi feito” Na ação esteve pres e n te B á r b a r a S a n tos, representante da Agência para a Modernização Administrativa (AMA).Criada com o objetivo de garantir a continuidade de iniciativas já em curso do programa de Modernização Administrativa, a AMA pretende “contribuir para a transformação profunda da relação entre a administração pública portuguesa e os cidadãos e empresas”, explicou Bárbara Santos. Uma das iniciativas já em vigor, desde 1999, é o “Simplex”, “um programa de simplificação administrativa e legislativa que pretende torna r mais fácil a vida dos cidadãos e das empresas na sua relação com a Administração”, reiterou. Bárbara Santos fez ainda referência à administração eletrónica como “braço armado” da simplificação, “fornecendo as infraestruturas transversais que permitem Publicidade

dar corpo às medidas de simplificação, como é o exemplo do cartão do cidadão, que já cobre cerca de 70% da população”, acrescentou. Bárbara Santos adiantou que vai ser novamente relançado o programa “Simplex” ainda que um pouco diferente, “em vez de existir um programa nacional e um programa autárquico, passa a haver apenas um. E para o cidadão isso é indiferente ele quer é ser bem atendido, de forma rápida e eficiente”. Quanto ao futuro do programa de Modernização Administrativa, Bárbara Santos, afirmou que se perspetivam mudanças, “o futuro não é cortar o que já foi feito pois existe uma importante mudança de estratégia e de caminho, que temos de trabalhar”. Na intervenção defendeu a importância de “uma avaliação continua para potenciar uma melhoria dos serviços implementados”.

“A administração local tem pessoas competentes precisamos é de uma liderança ativa” São vários os municípios que adotaram o programa de Modernização Administrativa. O Seixal é exemplo disso mesmo e deu o seu contributo pela voz de Célia Pestana, diretora no município. “As dificuldades e resistências às transformações, foram notórias numa fase inicial”, afirmou. “Tivemos que envolver as pessoas, de diferentes profissões, graus de responsabilidades e após essa fase inicial chegámos à conclusão que as diferentes atividades, muitas delas mais técnicas, foram encaixando como um puzzle”. Um dos objetivos da Modernização Administrativa é fomentar a mudança comportamental dos colaboradores da administração pública, e esse foi o foco do trabalho do município, “aliámos a estratégia global da organização com a estratégia de gestão do conhecimento, criámos incentivos de estímulo para a participação dos colaboradores”. A introdução do programa foi feita de forma gradual, “começámos por criar o

balcão único, serviços online, entre outros serviços”. As várias transformações implementadas pela Modernização Administrativa e ao nível do domínio informático levou o município do Seixal a investir numa nova plataforma online. “Constatamos que a intranet, plataforma online de informação que tínhamos, já não respondia às necessidades atuais. Criámos assim a “Wiki”, onde toda a informação está guardada e acessível aos trabalhadores”. Para além de uma “fonte de armazenamento” de informação, a Wiki, potenciou a mudança comportamental dos trabalhadores. “O que pretendemos é a interação de todos, onde podem dar a opinião, de forma a melhorar o trabalho da Câmara”. Para Célia Pestana a adoção do projeto de “Modernização Administrativa” foi também uma forma de sublinhar que “a administração local tem pessoas competentes precisamos é de uma liderança ativa”.

José Tribolet, presidente da direção do Instituto Nacional de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), apresentou na ação o Plano global estratégico de racionalização e redução das tecnologias de informação e comunicação (PGERRTIC) e as tecnologias de informação e comunicação (TIC) na administração local. O PGERRTIC foi um programa pedido pelo Governo e que visa congratular a dinâmica de trabalho, a melhoria da administração pública central e local, potenciar as TIC, na mudança e modernização administrativa, e estimular o crescimento económico com o objetivo de racionalizar e reduzir custos. Para José Tribolet, a implementação destas mudanças têm que ser feita de uma forma racional e deixou na sua apresentação várias soluções. “ É fundamental uma arquitetura de informação, um plano que esclareça as necessidades e sobretudo as medidas a tomar”, afirmou. “Para criar uma rede informática é importante que se perceba de que forma cada entidade pode colaborar, é preciso fazer um desenho, uma arquitetura de informação. Antes de criar qualquer coisa é preciso que se saiba o que se vai criar e com quem se vai interagir”. Sublinhando a necessidade de as várias entidades comunicarem entre si “as várias entidades têm que dar o seu contributo, de nada serve criar uma rede sem que todos estejam interligados, corre-se o risco

de se perder informação, faltar informação e pior que tudo gastar dinheiro de forma irresponsável”. José Tribolet alertou ainda para o uso racional das base de dados, dando primazia à sua recolha, atualização e validação. “A falta de atualização de bases de dados é um problema grave e que atrasa em muito esta modernização administrativa. Há bases de dados que não são alteradas há anos e a isso chama-se perder dinheiro, porque foram gastos milhares de euros para que fossem criadas e hoje estão vazias e desatualizadas”. José Tribolet referiu ainda a importância de aliar as universidades a este processo de modernização, “ponham as universidades a trabalhar em conjunto com as entidades, ponham-nos a trabalhar em redes informáticas, em base de dados. É uma ajuda fundamental e que merece ser explorada”. No seu discurso, salientou que o papel das infraestruturas informáticas são “a “casa das máquinas” para o bom funcionamento da administração pública”. Alertando para a falta de recursos que as CIM podem apresentar, “as CIM não vão ter dinheiro para ter infraestruturas informáticas sustentáveis, por isso é fundamental que existam infraestruturas centrais eficientes e com colaboradores capazes e que trabalhem em prol do desenvolvimento e da modernização”.


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Jornal do Centro 28 | fevereiro | 2013

à conversa

entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

“Estamos todos os dias a aplicar um milhão de euros na região” Quais, em traços gerais, as áreas de intervenção deste órgão a que preside, a CCDRC?

O próprio nome quase que dá a resposta: é uma entidade pública que tem por missão coordenar e desenvolver um determinado território. É essa a nossa vocação e razão de ser. Qual é o nosso território? Um conjunto de 100 concelhos que são apoiados com os fundos comunitários através do nosso programa operacional. O nosso trabalho diário aqui é o de puxar por estes 100 concelhos, por estes cerca de 2 milhões 327 mil habitantes numa óptica de evolução positiva, do ponto de vista de qualidade de vida, de investimento, de sustentabilidade e de estímulo às dinâmicas positivas que queremos que existam cada vez mais na região, de esbatimento de assimetrias territoriais, que também são muito fortes no contexto da actual Região Centro. Por isso, de um lado, existe a CCDRC propriamente dita onde temos componentes de ordenamento de território, porque criar sustentabilidade quer também dizer ter boa gestão de solos, temos uma área de ambiente, que se preocupa com os impactos ambientais e com o acompanhamento também do que é a qualidade ambiental na região, temos uma rede de monitorização da qualidade do ar, com dados que são públicos, temos uma área de fiscalização para garantir que há cumprimento integral de todos os aspectos regulamentares, nomeadamente na área ambiental, temos uma área de apoio às autarquias e às comunidades intermunicipais, com forte componente jurídica e também financeira. Por exemplo, as freguesias têm algumas fragilidades e cada vez recebemos mais solicitações para apoio do ponto de vista técnico. Depois temos uma área de pensa-

mento, mais de médio prazo e de desenvolvimento regional, propriamente dito. Estas são as valências principais da CCDRC que estão desmultiplicadas no próprio território. Veja-se este mapa. É um território vasto onde estão os 100 concelhos. Encontra um alfinete em cada concelho que eu já visitei. Já fiz mais de metade dos concelhos. Hoje vou terminar o dia em Idanha à Nova. Acho que presidir à CCDRC é muito ter esta lógica de proximidade ao território, ir ao local, ouvir os agentes no seu próprio contexto, o que nos ajuda a perceber os seus anseios, as suas expectativas, como é que podemos alavancar dinâmicas de crescimento nesse território. Concluo então, que não é apenas um homem de gabinete…

Acabei de lho tentar comprovar da forma mais visível, com grande dedicação pessoal, quer em número de horas, quer em desgaste físico, mas sempre com o maior prazer. Para eu já ter visitado institucionalmente mais de 50 concelhos, quer dizer que estou a visitar dois por semana e já não estou a contar com visitas a concelhos onde já estive anteriormente. Tenho procurado manter essa cadência por achar que é por essa via que se encontram as melhores soluções, e por isso mesmo, a própria CCDRC, para além de ter os seus espaços em Coimbra, onde está a sede, tem também divisões sub-regionais. Naturalmente que uma delas em Viseu, mas também em Aveiro, Leiria, Castelo Branco, Guarda. Temos estas front-offices disponíveis para o serviço da Região numa lógica de proximidade. A outra componente que se interliga com esta é a circunstância de, em simultâneo, presidir à CCDRC e presidir também ao Programa Operacional, à estrutu-

ra de gestão do programa operacional Mais Centro. É um programa operacional que está desenhado para 2007-2013 e tem uma disponibilidade total de mil e setecentos milhões de euros de Fundos Comunitários à disposição da Região através deste programa operacional regional. Para ter uma ideia do que isto representa em termos de alocação de meios para a Região, várias métricas podem ser usadas mas a que é mais simples de entender significa que estamos todos os dias, e em 2013 queremos continuar nesse ritmo, a aplicar um milhão de euros em cada dia, na Região, de fundos estruturais. Nos tempos que correm é um recurso inestimável e faz toda a diferença do mundo ter esta cadência de aplicação de fundos estruturais, seja junto de agentes públicos, seja junto de agentes privados. Mas é preciso também entender que a CCDRC não se esgota na gestão dos fundos estruturais. Estamos a terminar a aplicação de um ciclo de fundos estruturais com grande sucesso na região, com taxas de execução, das maiores a nível nacional, em termos deste tipo de fundos. A nível regional somos aquela que apresenta maior taxa de execução e isso é também mérito dos promotores, da equipa de gestão que está aqui instalada e dos promotores, que fazem a diferença. São eles que fazem os projectos. Se não houvesse bons promotores com bons projectos, não conseguíamos ter esta cadência de aplicação. Quando me fala em promotores, estamos a falar de empresários, autarquias…

Sim, de empresários, de autarquias, associações de municípios, IPSS’s, portanto qualquer entidade, dentro do Mais Centro. Depois há medidas para o sector público, outras mais direccio-

nadas para o sector privado, mas diria que todos os agentes regionais que têm projectos relevantes podem tê-los apoiados, enquadrados em sede de Mais Centro. Estou a falar de Centros de Saúde também e aí já é a própria ARS a promotora de candidaturas, temos intervenções em escolas, em zonas industriais. Temos apoios directos ao investimento feitos por empresas e grupos de empresas e, muito recentemente, vale a pena dizê-lo aqui e até tendo em conta o território geográfico de intervenção do vosso jornal, em estreita sintonia com o Governo foi lançado o programa VALORIZAR. É um programa de discriminação positiva centrado nos terri-

tórios do interior, que tem uma série de medidas disponíveis e uma delas é uma medida de estímulo a uma micro empresa que queira fazer um investimento no interior. É levar a óptica da coesão territorial construída através da discriminação positiva até ao extremo, e ainda bem que assim é, porque desta tal Região Centro com 100 concelhos, tenho pela primeira vez uma medida que estimula o investimento por parte de micro empresas em metade do território: 59 concelhos são elegíveis e há os remanescentes 41 que não são elegíveis, porque sendo concelhos do litoral, se entende que não têm tanta necessidade deste tipo de apoio. Fico muito conten-

te por ter sido possível desenhar esta medida que já está a aceitar candidaturas desde o dia 18 de fevereiro. E já tem muitas candidaturas?

Estamos a começar a receber as primeiras, estamos agora a divulgar… E têm mais ou menos um tecto?

Temos. Esta medida é particularmente ajustada às circunstâncias. Estamos em momentos difíceis, em que há taxas de desemprego elevadas. Apesar de a Região Centro ser a região do país com menor taxa de desemprego, eu não fico feliz, porque ela, ainda assim é alta, mas somos a região


PEDRO SARAIVA | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 28| fevereiro | 2013

Pedro Saraiva. Um beirão de Coimbra com suas raízes na Guarda, catedrático da Universidade de Coimbra, na área da engenharia química e administrador da Sociedade Portuguesa de Inovação, Pedro Saraiva, foi deputado do PSD, é presidente do conselho consultivo do Clube de Empresários de Coimbra e membro do conselho consultivo do Exploratório Infante Dom Henrique e da comissão de estratégia da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica. É ainda membro do Conselho para a Qualidade e Avaliação do Instituto Politécnico de Castelo Branco e foi vice-reitor e pró-reitor da Universidade de Coimbra. Entre outros, também exerceu o cargo de membro do conselho de administração do Biocant (Centro de Inovação em Biotecnologia) e foi consultor da Presidência da República para o Ensino Superior, entre 2006 e 2009. que aguentou melhor o embate da crise, desse ponto de vista. Somos também uma região que exporta mais do que aquilo que importa. Sempre foi assim e há motivos para ter orgulho nesta Região Centro, mas, ainda assim, há uma taxa de desemprego muito elevada e há dificuldade em haver atractividade em determinados territórios. Esta medida é muito simples, visa apoiar um pequeno investimento de uma micro empresa do interior, desde que isso se traduza na criação de um posto de trabalho que seja. Trata-se de micro empresas com menos de 10 trabalhadores e que terão um sistema específico de incentivos à sua disposição, muito des-

complicado, o formulário é muito simples de preencher, são sete páginas. A análise e também muito expedita e célere, justamente porque queremos por esta via, e agora respondo à outra parte da questão, poder vir a apoiar com 7,5 milhões de euros 750 projectos de micro empresas no interior. Quer dizer também, que não é nenhum projecto per si que vai criar muitos postos de trabalho, mas se tudo correr como esperamos e, agora, só depende da dinâmica de adesão dos promotores, nós não podemos substituir-nos à dinâmica das micro empresas, tentámos criar um sistema muito ajustado à sua própria realidade, estaremos a criar 750 postos de trabalho em micro empresas do interior da Região Centro e portanto acho que é uma medida que está muito bem desenhada à luz do actual contexto em que vivemos e também da realidade da Região Centro onde há ainda muitas assimetrias territoriais e com medidas de discriminação positiva deste tipo estamos a atenuar a intensidade dessas assimetrias. Este é um exemplo concreto de um dos sistemas de incentivos que acabámos de lançar e que cruza muito a perspectiva do desenvolvimento económico com a compaginação do desenvolvimento económico e coesão territorial. Estamos todos de parabéns. O Governo incluído e o secretário de estado Almeida Henriques foi um dos grandes dinamizadores deste programa a nível nacional. Nós estamos a ser grandes embaixadores desta mesma medida a nível regional, indo também para o território, disponibilizandonos junto das associações empresariais, apelando também ao contributo dos órgãos de comunicação social, porque sabemos bem que as micro empresas têm mais dificuldade em aceder à informação. Precisam de ser encorajadas, perder o medo. É um sistema simples e todos estaremos disponíveis para ajudar as micro empresas a fazerem candidaturas ao programa Valorizar. Então o Programa Valorizar é um dos macro objectivos que se propõe alcançar neste seu mandato?

Já está neste momento no terreno, desde o dia 18 de Fevereiro e vem complemen-

tar uma lacuna. Nas outras áreas tradicionais de sistemas de incentivos ainda temos também possibilidade de acolher candidaturas. Está em aberto e qualquer empresa pode candidatarse. Esta é uma nova medida com esse cariz de novidade e uma novidade muito ajustada a uma realidade que me preocupa muito a mim e a muita gente que conhece a Região Centro, que é a necessidade de criar uma Região Centro mais coesa do ponto de vista territorial. Naturalmente que no caso concreto de Dão-Lafões, estamos a falar de uma sub região que está dentro dos territórios que o VALORIZAR abarca, através desses sistema de incentivos específicos, sendo grandes as nossas expectativas para a Dão-Lafões, esperando que apresentem um número muito significativo de candidaturas. Este veículo complementa todos os outros em que estamos a dar grande prioridade ao estímulo, ao investimento, à criação de riqueza, criação de postos de trabalho e acréscimo de exportações. São prioridades nacionais e objectivos desdobrados a nível regional, com um ponto de partida que nos pode considerar orgulhosos, que é estarmos a falar de uma região, contrariamente ao todo nacional, que já nos habituou, de há muito a esta data, a exportar mais do que aquilo que importa. O que nos proporciona elementos interessantes para querer ir ainda mais longe em termos de ambição futura… Estamos ainda a falar dos quadros comunitários vigentes ou estamos já a falar dos próximos quadros comunitários?

Nalguns casos, estamos a fazer a ponte entre uma coisa e outra. Por exemplo. Este Programa VALORIZAR, se correr bem em 2013, provavelmente, teremos aí fundamentação para que em 20142020 seja o tipo de medida a replicar, vendo aqui um piloto que possa crescer no futuro… Disse-me “se correr bem”. Se correr mal só poderá ser imputável aos promotores e à sua falta de empenhamento…

Eu sou um optimista nato. Quero admitir que vai correr bem. Do nosso lado vai ser feito um esforço enorme nesse sentido. A máquina está toda montada. Só pode

correr mal se não houver um volume de adesão que justifique até um reforço eventual da verba no futuro. Vamos agora testar a procura. Como é uma iniciativa nova, ela está devidamente desenhada a pensar nas necessidades concretas do destinatário, a tal micro empresa do interior, e tudo faremos para que haja uma adesão muito forte. Isso poderá ser uma forma de atrair investimento para a região Dão-Lafões?

Também para a Dão-Lafões e para qualquer um dos 59 concelhos que são elegíveis e na expectativa de com isso esbater as assimetrias. Para fazer um pouco a ponte entre o presente e o futuro, há um outro elemento que cada vez mais nos deixa optimistas em relação ao futuro, que passou relativamente desapercebido mas que não pode deixar de orgulhar quem vive conscientemente na Região Centro: Nós, no final de 2012, fomos reconhecidos no contexto europeu como sendo a Região Centro uma das regiões mais inovadoras da União Europeia. Há, digamos, um campeonato regional da inovação, que é monitorizado periodicamente, de 3 em 3 anos por uma entidade internacional e nós pela primeira vez conseguimos este feito, que é um feito muito difícil de alcançar. Em que se centra, fundamental e essencialmente, essa inovação?

O ranking usa um conjunto de indicadores que analisam um território. Que tipo de produção de conhecimento é que está a acontecer nesta região? Que tipo de conversão de conhecimento em valor económico é que sucede? Qual é o tipo de investimento que as empresas já estão a fazer na área da inovação? Eu diria que é o reconhecimento de muitas apostas que se levaram a fazer há 10, 20 anos atrás em incubadoras de empresas, em parques de ciência e de tecnologia, em aproximação entre instituições de ensino superior e o mundo económico. O despertar também das empresas para investirem cada vez mais nas áreas da inovação, no desenvolvimento da investigação e desenvolvimento tecnológico. É a resultante de toda esta capacidade para trabalhar-

mos nestas áreas e em conjunto. Cada vez mais vejo na região gente a trabalhar em parceria estreita com outras entidades. E isto explica como é que conseguimos este resultado fantástico e a subida de divisão. Porque há 4 divisões no campeonato europeu de inovação tecnológica e nós, em 2012, não só passámos a estar no Top 100, mas também passámos à 2ª divisão deste campeonato. E porque é que isto faz bem a ponte entre passado, presente e futuro? Porque estar bem na inovação quer dizer que eu estou bem no caminho das outras vertentes. A inovação antecipa o crescimento económico. Se eu estou bem na frente da inovação, isso significa que no futuro isso vai ter tradução em termos de volumes de investimento, crescimento económico e de postos de trabalho, por um lado. Por outro lado, significa também que para 2014/2020 devemos continuar a trabalhar nesta tecla e ambicionar estar um dia na 1ª divisão do campeonato de inovação regional. Decorre daqui o fomentar desta colaboração entre as empresas e o ensino superior para estarmos mais capacitados e interventivos no terreno?

Sem dúvida nenhuma. E essa assenta na linha das grandes prioridades em que estamos a trabalhar para 2014/2020, que se desenvolvem à volta de um mote que adoptámos e se chamar CRER 20 20, com duplo sentido, há aqui o jogo de um acrónimo e também uma convicção: Acreditamos no futuro da Região Centro, mas acreditamos que isso passa por reforços de competitividade, crer numa competitividade responsável, estruturante e resiliente. Porque tem a ver com uma competitividade que visa criar qualidade de vida, sustentabilidade ao longo do tempo e robustez para enfrentar algumas tempestades que possam surgir pela frente, em termos de contexto macro-económico nacional e internacional. E portanto, a linha de rumo que temos vindo a traçar nesta dinâmica de discussão muito participada, é desde logo a aposta neste desígnio central para a região, com esse mesmo duplo significado, e depois queremos que todos sejam bem-vindos à discus-

são. E por isso mesmo, no site da CCDRC pode clicar em CRER 20 20 e dar a sua própria opinião: “Eu acho que se podia fazer mais isto ou mais aquilo…” E estamos a receber várias dezenas de contributos, muito singelos mas muito relevantes através desse canal de comunicação aberta. 20 20 pode ser até 2020 e uma classificação máxima?

Não me tinha lembrado dessa terceira leitura, mas ao aproximarmo-nos de ambições deste tipo, como queremos estar na linha da frente, a prazo, não me comprometo com uma dead line específica, pois sei como é difícil subir à primeira divisão do campeonato europeu da inovação regional, mas é que nós estamos já a falar de escalas de exigência muito elevadas e são essas que nos permitem acreditar num bom futuro para a região e para aqueles que queiram aqui habitar e conviver. E tem sido muito gratificante constatar, ao longo destes meses, que a região está amadurecida para perceber a relevância destas mensagens. Os parceiros têm aderido, nós temos conversado imenso com instituições de ensino superior, instituições de interface, autarquias, empresários, associações empresariais e há um ambiente propício à interacção e ao diálogo, nas reuniões que temos mantido, nas conclusões a que temos vindo a chegar, que me deixa estar optimista relativamente à capacitação que já existe na região para construir este mesmo futuro com ambição. CRER 20 20, entre muitas outras coisas, terá que aumentar forçosamente a qualificação da oferta de trabalho…

Terá que aumentar duas coisas: a qualificação da população – isso explica parte das dificuldades com que o país se confronta hoje, continuamos a ter um capital humano muito menos qualificado do que a generalidade dos países com os quais nos queremos comparar. A região não pode deixar de querer ir muito mais longe do ponto de vista do nível de habilitações literárias dos seus cidadãos: ter 40% da população entre os 30 e os 34 anos com com formação superior terminada até 2020…


10 À CONVERSA | PEDRO SARAIVA Porém, não é propício o contexto, com os cortes sucessivos e generalizados no ensino superior…

O ensino superior tem sido um bom exemplo de solidariedade com o momento difícil que o país atravessa. Agora, logo que este método crie outro tipo de condições, temos que pensar com que tipo de recursos vamos conseguir vencer a necessidade de grande crescimento na qualificação da nossa população. Essa é uma área. Obviamente que tudo isto só acontecerá se tivermos bons projectos empresariais. Isso significa trabalhar noutros tabuleiros. Um é o do empreendedorismo, tema que me é particularmente grato. Temos cada vez mais gente que cria bons projectos e os

leva para a frente, concretizando-os e criando postos de trabalho e complementarmente, a necessidade que há também de apoiar e de estimular quem, estando já no terreno, quer expandir a sua actividade, abrir novos mercados, desenvolver novos produtos… Estes são temas que já estão no topo das actuais prioridades, mas estarão cada vez mais, em 2014/2020, de forma reforçada na agenda das coisas que a região vai ter que encarar com muita convicção. A região está cada vez mais preparada para esse desígnio, essa orientação e é também para isso que a CCDRC quer trabalhar e colaborar, ser vista cada vez mais como o parceiro na sua missão ao dispor da região, para que ela possa ultrapassar com sucesso esses mesmos desafios. Por isso mesmo, depois de uma reflexão interna, lançámos recentemente o que chamámos o “O Nos-

so Nónio – Crer no Centro de Portugal”. É um livro de bolso para cada colaborador da CCDRC saber o que é que nos move, como é que queremos ser vistos, como é que queremos ser um motor da coordenação e do desenvolvimento da Região Centro. É pois, mais uma forma de comunicação. E a Região Dão Lafões?

É uma região com dinâmicas muito interessantes, com ingredientes muito fortes à luz das prioridades que já aqui definimos e onde encontramos muitos bons exemplos concretos, desde a agricultura e alguns dos produtos endógenos que são referência em qualquer parte do mundo. Estou a lembrar-me da maçã Bra-

vo de Esmolfe, o vinho e a marca Dão que está cada vez mais bem lançada nos mercados internacionais como marca de referência. Dão Lafões nunca deixou de ser uma zona industrializada e com algumas das maiores e melhores empresas da região, abertas a mercados internacionais e a contribuir para este bom desempenho de exportações emanadas a partir da Região Centro. Há em múltiplos sectores de actividade empresas que são os melhores embaixadores da região e estão situadas na Dão Lafões. E a região tem que ter consciência disso. Tem que ter orgulho na sua capacidade de criação de riqueza. No actual contexto da reorganização das NUTS III, houve a preocupação de na Região Centro reorganizar um mapa que criasse sub-regiões cada vez mais fortes. No caso da Dão-Lafões, a dimensão e o leque de agentes já existen-

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tes, manteve a região como já se encontrava, porque ela já tinha os ingredientes necessários para enfrentar os desafios do futuro. Chegámos de forma consensualizada a um mapa muito estabilizado com 8 NUTS III, todas elas com valências de ensino superior no seu próprio território. É importante enfrentar o futuro jogando com esses trunfos. DãoLafões não é excepção, tem dimensão crítica, tem um Instituto Politécnico cada vez mais próximo da sociedade, tem pois, também, do ponto de vista de produção e de transferência de conhecimento capacidade para o fazer… Dão-Lafões é uma região que fica, em termos populacionais bem posicionada, com 267 mil ha-

vindo a trabalhar um pouco nesse sentido, com o movimento associativo empresarial. Do ponto de vista de outros indicadores que acho essenciais no plano populacional – e já vimos que a Dão-Lafões é uma região forte – é no nosso mapa, também, uma das sub-regiões que exporta mais de mil milhões de euros por ano, o que mostra que tem um conjunto de empresas a trabalhar muito para o mercado internacional. Há muitos casos sintomáticos de como a Dão-Lafões pode e deve continuar a ajudar-nos neste imperativo regional e nacional de exportar cada vez mais e substituir importações por produtos nacionais, que é outra forma de criar saldo positivo da balança co-

mos toda a actividade termal que é uma referência absoluta na Dão-Lafões. Há a convicção que Dão-Lafões também está muito alinhada enquanto sub-região com os domínios que acreditamos vão fazer a diferença na afirmação da Região Centro no mundo. Eu próprio, enquanto pessoa que tem a responsabilidade máxima de pensar e trabalhar para esta fantástica região, acredito muito em Dão-Lafões-Lafões como sendo uma sub-região que nos vai ajudar imenso em todo este conjunto de desafios muito interessantes que temos pela frente. Para concluir, deixa-nos uma palavra de estímulo aos nossos empresários e investidores?

fazer por isso. Precisamos da boa ajuda de toda a gente para perceber as dificuldades actuais, mas que isso sirva sobretudo de estímulo para querer fazer futuro. E fazer futuro trabalhando em conjunto, mais do que estritamente para o seu pequeno umbigo. E é esse movimento fantástico de congregação de vontades que eu sinto que a Região está amadurecida para desenhar e a DãoLafões também, porque há interacções que não existiam há vinte anos atrás, ambições que não existiam. Se alguém me dissesse há vinte anos atrás que a Região Centro ia ser uma das 100 mais inovadoras da Europa, não acreditaria. Estamos no bom caminho e queria transmitir esse sinal de esperança e de

bitantes. A maior sub-região com que ficaremos é a de Coimbra com 460 mil habitantes, temos Aveiro com 370 mil, depois está Leiria, a oeste e a seguir vem DãoLafões, que está mais ou menos a meio da tabela em termos populacionais.

mercial e no que diz respeito a valências do ensino superior, conta com mais de sete mil alunos, mostrando que está bem dotada desse capital humano jovem. Para ter estes alunos terá naturalmente um ratio de docentes e de investigadores adequado. Esperamos muito da Dão Lafões nesta capacidade de geração de conhecimentos, de investigação e de desenvolvimento tecnológico. É uma das sub-regiões em que a Região Centro acredita imenso, para enfrentar quer o presente, quer os desafios que se oferecem para 2014/2020, até do ponto de vista de alguns domínios diferenciadores, consideramos que a fileira agrícola, a fileira florestal, turismo, as tecnologias da informação e da comunicação… são domínios onde a Região Centro já se diferencia e pode continuar a diferenciar-se. E ao falar em saúde e bem-estar, te-

Com certeza! Aos empresários, aos investidores e à população em geral: O nosso grande desafio, que temos vindo a vencer passo a passo, mas com passos decisivos e determinantes, é um desafio colectivo de nos sentirmos todos mobilizados para construir soluções e trabalharmos em conjunto na definição, construção e implementação dessas mesmas soluções. Neste período de 2014/2020, devem-se mobilizar os 2 milhões e 300 mil habitantes da Região Centro. Eu devo demitir-me da ideia de que alguém vai fazer o futuro por mim. Deixo uma mensagem de esperança, esta região é muito forte, andou por aqui o nosso Viriato, o que é um orgulho. Já passámos por muitas coisas difíceis. Depois das Tormentas há sempre uma Boa Esperança. O Cabo das Tormentas só se tornou no da Boa Esperança porque alguém o dobrou. Há que

optimismo bem fundamentado. Não estou a querer criar ilusões de que tudo está bem. Não está e nem me sinto confortável com taxas de desemprego superiores a 10%, embora sendo das menores do país. Ir à luta e travar batalhas difíceis que somos capazes de ganhar. Há empresas a ganhá-las e o cidadão comum deve contribuir com um pequeno gesto que pode ajudar a fazer a diferença. Fala-se muito da necessidade de aumentar o saldo da balança comercial. Eu, como consumidor, quando vou a um supermercado e escolho comprar uma maçã de origem nacional ou não nacional estou modestamente a contribuir ou não para um objectivo colectivo. E é nesse sentido que entendo que ninguém se deve excluir de dar o seu melhor em prol do futuro da Região Centro e de Portugal.

Estamos a falar da Dão-Lafões que comporta 14 municípios, mas temos também a Associação de Municípios do Douro Sul e Cim Douro-Sul que têm mais 10 municípios. Também estão sob alçada da CCDEC?

Sim, desde que abarquem os 100 concelhos integrantes da minha região. Era saudável, não impondo nenhum tipo de solução, que houvesse algum tipo de convergência entre as áreas de abrangência geográfica do movimento associativo empresarial e o que é a região e o que são as suas sub-regiões. Mas percebemos que há lógicas instaladas e um passado a respeitar. Temos



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região A Câmara Municipal de Mangualde tem aberto a consulta e discussão pública até 4 de abril o novo Plano Diretor Municipal (PDM) do concelho. “As diferentes entidades que constituem a Comissão Técnica de Acompanhamento da revisão do PDM limitam a inclusão de solo como urbano. É fundamental consciencializar para esta realidade, porque nem todos os terrenos têm que ser urbanos, são cada vez mais precisos terrenos para a agricultura e para a floresta”, adianta a autarquia numa nota enviada à imprensa, dando conta das principais alterações no plano de revisão do PDM do

concelho de Mangualde. A mesma nota refere que “existem muitas casas para vender ou alugar e, nesse sentido, urge travar a nova construção, é essencial a recuperação de edifícios antigos”. “O nosso património histórico tem de ser preservado e valorizado”, conclui. Neste processo de consulta, quem não estiver de acordo com o enquadramento dos seus prédios na revisão do PDM em curso, poderá efetuar uma participação/sugestão/pedido de esclarecimento por escrito, através de impresso próprio, na página da internet da câmara ou pessoalmente nos serviços (gabinete do PDM). EA

Ciclo de conferências socialistas O candidato do PS à Câmara de S. Pedro do Sul nas próximas eleições autarquicas, Vitor Figueiredo vai promover um ciclo de conferências, denominado “Um Novo Futuro Para S. Pedro do Sul”, com o objetivo de discutir ideias e analisar os “problemas estruturais do concelho e pro-

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curar soluções, que sejam a base da construção do programa eleitoral do Partido Socialista”, anunciou em conferência de imprensa. A primeira conferência está marcada para o dia 2 de março e será subordinada ao tema “Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural”. EA

DR

Novo PDM de Mangualde preserva terrenos agrícolas

A Anúncio aconteceu durante uma reunião regional do Conselho Consultivo da CAP

Autarca de Moimenta quer construir quatro barragens de regadio Objetivo ∑ Aproximar as barragens da área a regar de modo a reduzir o custo dos sistemas de rega O presidente da Câmara de Moimenta da Beira quer avançar com a construção de quatro pequenas barragens de regadio no concelho, próximas das manchas dos pomares, de modo a permitir que a produção de maçã aumente de forma significativa. “O objetivo passa por aproximar as barragens da área a regar, de modo a reduzir o custo dos sistemas de rega”, explicou José Eduardo Ferreira. As barragens serão construídas na freguesia de Pêra Velha e Caria. E duas na freguesia de Le-

omil. A proposta, que pode sofrer alterações, já foi feita ao Ministério da Agricultura e, em poucos anos, a ideia passará por “colocar as produções com as mesmas condições dos competidores”. Com a construção destas estruturas, o autarca espera que o concelho aumente em 30 por cento a produção de maça. “Moimenta da Beira e os concelhos limítrofes são responsáveis por cerca de metade da produção nacional de maça. Contudo, não conseguiremos dar resposta à produção que o país precisa, se não

criarmos os mesmos instrumentos que os nossos competidores estrangeiros”, referiu o autarca. Os custos para a construção destas quatro barragens de regadio ainda não estão definidos. Segundo José Eduardo Ferreira, “sairá mais barato do que a construção de apenas uma grande barragem” contudo, o JC sabe que a obra não avança sem o apoio do QREN. As barragens vão proporcionar uma série de mais valias, nomeadamente nos locais onde não se produz maça por falta de água. Do ponto de vista

ambiental, e numa altura em que se esgotam as águas subterrâneas, “terá um grande impacto, na medida em que a água das chuvas de inverno será usada no verão”. O anúncio foi feito recentemente, durante uma reunião regional do Conselho Consultivo da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) que se realizou pela primeira vez em Moimenta da Beira, e que juntou cerca de 40 organizações agrícolas da região do Douro e Trás-os-Montes. Tiago Virgílio Pereira


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SĂ TĂƒO | LAMEGO | REGIĂƒO 13

28| fevereiro | 2013

O antigo edifĂ­cio do centro de saĂşde de SĂĄtĂŁo vai receber o posto territorial da GNR, devendo para tal ser ampliado e adaptado ainda este ano. O presidente da Câmara, Alexandre Vaz lembra que “a GNR estĂĄ instalada hĂĄ vĂĄrias dĂŠcadas num edifĂ­cio do municĂ­pio, uma antiga capela do Solar dos Albuquerque que nĂŁo reĂşne o mĂ­nimo de condiçþesâ€?. Uma vez desocupado o antigo edifĂ­cio do centro de saĂşde no centro da vila, a Câmara decidiu aproveitar os apoios do Quadro de ReferĂŞncia EstratĂŠgico Nacional (QREN) e do MinistĂŠrio da Administração Interna para instalar convenientemente a GNR. O concurso pĂşblico para as obras de ampliação e adaptação do edifĂ­-

cio jå foi realizado, com um valor base de cerca de um milhão de euros, tendo a candidatura mais baixa sido de 738 mil euros. Posteriormente terå de ser aberto um outro concurso para o mobiliårio e a componente informåtica. Caso o processo venha a decorrer normalmente, o autarca, Alexandre Vaz estima que as obras possam começar em maio ou junho, estando concluídas um ano e meio depois. Este projeto faz parte do pacote de 20 protocolos assinados na semana passada entre o MinistÊrio da Administração Interna e 17 autarquias, no âmbito do programa de reabilitação de edifícios para as forças e serviços de segurança, apoiado pelo QREN. EA

Lamego aposta na requalificação do centro histĂłrico “Viver Lamegoâ€?∑ Projeto orçado em 10 milhĂľes ĂŠ comparticipado pelo QREN No inĂ­cio do prĂłximo ano vai ser possĂ­vel percorrer a pĂŠ o “eixo Barrocoâ€?, em Lamego, composto pelas histĂłricas avenidas Dr. Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixeira. As obras jĂĄ arrancaram, num investimento superior a 2,5 milhĂľes de euros, e pretendem garantir a requalificação e a valorização paisagĂ­stica desta zona da cidade. Esta intervenção integra um projeto pĂşblico de regeneração urbana –“ Viver Lamegoâ€? – que a Câmara de Lamego tem em execução em parceria com associaçþes e escolas do concelho. Orçado em 10 milhĂľes de euros e comparticipado pelo QREN, o “Viver

do os jovens. A intervenção no eixo Barroco vai olhar para o futuro, mas tambĂŠm vai ler o passado nas suas mĂşltiplas etapas. Acredito que revolucionarĂĄ a qualidade de vida da cidadeâ€?, explicou Francisco Lopes, presidente da autarquia lamecense. Na apresentação pĂşblica do projeto, o secretĂĄrio de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, realçou a importância de aplicar bem os fundos comunitĂĄrios: “Os fundos comunitĂĄrios sĂŁo o Ăşnico instrumento que hoje o Governo pode utilizarâ€?, afirmou,

DR

GNR de SĂĄtĂŁo vai para o antigo centro de saĂşde

A

Francisco Lopes e Almeida Henriques visitaram algumas intervençþes do projeto “Viver Lamegoâ€? Lamegoâ€? integra trabalhos jĂĄ executados na rua da Olaria e Encostinha e outras intervençþes, mais avançadas, no Bairro do Castelo e no Largo da Feira, com o objetivo de potenciar a componente turĂ­stica e comercial da cidade.

“ E ste projeto n a s ce da necessidade de requalificar o nosso centro urbano. Queremos a criação de valor econĂłmico e de condiçþes de inclusĂŁo social que combata a desertificação e ajude a fixar a população, sobretu-

Tiago VirgĂ­lio Pereira

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Jornal do Centro

14 REGIÃO | CASTRO DAIRE | VISEU | TONDELA

28 | fevereiro | 2013

Opinião

Dia do autarca celebrado em Castro Daire

Rica carne picada!

Homenagem∑ Cinco personalidades destacadas este ano

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FISCALIZAÇÃO

DR

A Câmara de Castro Daire assinalou no domingo, o seu Dia do Autarca. Com estas comemorações que vão já na quarta edição, o executivo de Fernando Carneiro pretende prestar uma homenagem a todos os antigos e atuais autarcas, que servem o concelho. Nas celebrações do Dia do Autarca de 2013 forma homenageadas: a título póstumo, António Augusto Pinto Vicente e José Inácio Carneiro; e ainda Rui Ferreira Marques, José Mões e Secundino da Silva Carvalho. Na sessão solene, realizada no Centro Municipal de Cultura, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Carneiro,

A Cerimónia decorreu no Centro Municipal de Cultura referiu que este “é um evento transversal a toda a comunidade castrense onde são homenageadas personalidades de todos os quadrantes políticos e com diversas ideologias. O autarca salientou ainda “o referencial que representa cada autarca para aqueles que o elege-

ram”, acrescentando que “esta proximidade com as pessoas e o conhecimento das suas necessidades e expectativas são uma das maiores características de cada autarca que marcam a diferença para com os outros políticos”.

Viseu. Durante o fim de semana, a PSP efetuou operações de fiscalização rodoviária, no âmbito da condução sob influência de álcool. Nesse sentido, no dia 23, pelas 22h15, a PSP deteve, em Viseu, um homem de 34 anos, com taxa de alcoolemia de 2,50 gramas de álcool por litro de sangue. No domingo, mais três indivíduos com 58, 35 e 22 anos, acusaram 1, 49 g/l; 1,44g/l e 1,56g/l respetivamente. Durante a operação, foram fiscalizados 160 automóveis.

Emília Amaral

BUSCAS/ DETENÇÃO

Tondela. No âmbito de diligências de inquérito, o Destacamento Territorial da GNR de Santa Comba Dão efetuou, no dia 25, três buscas domiciliárias nas localidades de Tonda e Póvoa do Meio - Tondela, por suspeita de existirem naqueles locais, materiais provenientes de várias ocorrências de furto. Foram apreendidos 2 reboques, 1 tampa saneamento em ferro fundido com as inscrições “CMT”, 1 contentor de lixo em metal de cor cinzento, com características iguais aos existentes na Ecopista, 1 rolo de rede metálica vulgarmente conhecida por malha sol, 1 máquina de sulfatar em cobre, 226 blocos de cimento, 8 prumos metálicos, 1 motor de rega, 1 caçadeira de calibre 12 com 2 canos sobrepostos, 1 cartucho deflagrado do mesmo calibre e vários cartões multibanco. Foi detido um indivíduo por posse de arma de fogo proibida. A GNR continua a investigar o caso.

As crises alimentares parecem suceder-se em catadupa. Se o problema da BSE (vacas loucas) produziu uma imensidão de documentos, orientações e decisões no sentido de permitir desenvolver um sistema de segurança alimentar adequado à resolução do problema, a recente celeuma com a carne de vaca/ cavalo veio pôr a nu as debilidades do sistema. Muito se tem escrito sobre o assunto. A presença de carne de cavalo parece ser vestigial e o seu consumo não afecta o ser humano. No entanto, a fraude detectada demonstra que o sistema é muito permissivo. Nos momentos de estrangulamento económico e financeiro, muitas famílias têm vindo a apostar em refeições fáceis de confeccionar, com rentabilidade acrescida. A utilização massiva da carne picada é disso um notório exemplo. Após a divulgação do estudo desenvolvido pela DECO, que arrasa por completo a qualidade da carne picada, muitas questões se poderão levantar. Do ponto de vista da segurança alimentar, os resultados obtidos devem ser analisados numa vertente microbiológica e no processo de conservação da carne. Num total de 34 amostras recolhidas em talhos da grande Lisboa e do grande Porto, 25% das amostras continham Salmonella, Listeria monocytogenes e 35% encontravam-se contaminadas com microrganismos de origem fecal (oriundos das fezes), com especial destaque para a E coli. Se para algumas pessoas estes nomes pouco acrescentam, importa elucidar que são os microrganismos patogénicos mais frequentes de encontrar nas toxinfecções alimentares. Se a presença desta vasta e preocupante quantidade de microrganismos é por muitos considerada intolerável, a ocorrência de sulfitos e seus derivados a figurarem nos rótulos com os códigos de E220 a E228, veio alarmar muita gente e muitos órgãos. Os sulfitos são utilizados na indústria alimentar como conservantes, em doses máximas até 150mg/Kg de produto, uma vez que retardam o desenvolvimento microbiano, revelando ainda capacidade antioxidante, inibindo os processos oxidativos (escu-

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

recimento dos alimentos). A sua utilização até à data encontra-se restringida aos produtos hortícolas e frutas frescas, congeladas, secadas, aos cereais, açúcares, xaropes e bebidas fermentadas, com especial destaque para o vinho. Segundo esse estudo, a sua presença encontravase numa concentração muito elevada, o que conduz a situações de dores de cabeça, náuseas, problemas cutâneos e digestivos para os consumidores. A juntar a este possível flagelo, importa ainda referir que a existência de proteína de baixo valor nutricional derivada do tecido conjuntivo (branco) assumia proporções superiores a 20%. Assim, tudo indica que a ementa está completa. Várias entidades com responsabilidade no sector já vieram a terreiro referir que o estudo não é representativo, que o controlo da cadeia alimentar está assegurado e que aparentemente esta é uma amostra bastante distinta do panorama nacional. Todos nós desejamos que assim seja. No entanto, creio que alguns devem ter as orelhas a ferver, e bem! Não será muito difícil alvitrar que estas carnes picadas hipoteticamente já têm algum tempo, foram manuseadas em condições higiénicas débeis, conservadas provavelmente durante muito tempo a temperaturas muito superiores a +2ºC, tendo levado um banho de sulfitos para lhes conferir uma aparente frescura. Com o propósito de não sermos surpreendidos em nossas casas com estes presentes, é recomendável a escolha das peças de carne a picar in loco. Estas devem denotar um odor neutro, cor vermelha viva, sem zonas escuras. A picadora necessita de se apresentar limpa e higienizada. A sua confecção deverá ocorrer o mais rápido possível, com tempos de cozedura (ferver) pelo menos de 30 minutos. Muito mais se poderia verter. Por agora, ficamos por aqui a aguardar novidades. Acautelem-se.


Jornal do Centro

REGIÃO 15

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“Foral novo” de D. Manuel foi há 500 anos

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fim de abril. O que se celebra então de tão importante neste tempo histórico que ainda hoje faz mover os concelhos? O 500 ano da reforma dos forais, conduzida pelo rei D. Manuel I, que representou uma reforma de fôlego, entre 1495 e 1520 e mudou o espaço político do reino. Para o historiador viseense, João Inês Vaz “tratou-se de uma grande reorganização administrativa do país em sentido único, quer dizer, no sentido da centralização do poder”. “Esses forais novos extinguiram alguns concelhos, criaram outros e levaram a uma reorganização efetiva da administração do país, no sentido da centralização e do poder. Os forais manuelinos mais não são mais do que uma lista de impostos que as pessoas passaram a pagar ao rei”, acrescenta. Em ano de reorganização administrativa, o historiador diz que independente da tomada do poder pelo rei na altura, foi uma reforma corajosa e em nada se pode comparar com o que está a acontecer atualmente: “Nessa altura havia coragem para fazer as coisas e nesta altura o Governo não tem coragem para fazer nada efetivo. Tem medo das eleições e o rei não era eleito. Uma verdadeira reforma administrativa

tinha que partir do estudo da história”, refere. O historiador partilha da opinião de outros críticos, de que, apesar de proliferarem eventos da data histórica por todo o país, a maioria deles organizados pelas autarquias, não se estuda com rigor a história de cada concelho. O quadro apresentado ao lado resulta de um contacto feito a cada câmara municipal. Poucas foram as que deram a informação pretendida na hora e outras não chegaram mesmo a responder. João Inês Vaz acrescenta que algumas autarquias estão a esquecer-se de forais que também foram outorgados por D. Manuel I e dá o exemplo de Viseu: “Espero que Viseu não se esqueça do Foral de Barreiro (hoje zona de Vildemoinhos), do Foral dos Coutos de Santa Eulália e do oral de Ranhados, por exemplo”, todos outorgados por D. Manuel. A deficiente informação sobre a matéria escasseia também nas escolas. Durante o cortejo de Carnaval de Viseu, o Jornal do Centro perguntou a vários alunos se sabiam porque se disfarcavam este ano de rei ou de rainha da corte. Nenhum soube responder. Na sala de aula, o assunto não tinha ainda sido tema de análise. Emília Amaral

A Foral de D. Manuel I à cidade de Viseu em 15 de dezembro de 1513 Forais Manuelinos (distrito de Viseu) Concelhos

Foral

Armamar

“Destruido por um incêndio no edifício da Câmara”

Ano

Carregal do Sal

Oliveira do Conde

1516

Castro Daire

Alva, Cabril, Castro Daire, Couto da Ermida, Moção, Mões,

1514

Parada-Meã, Pinheiro, Reriz Cinfães

São Cristóvão de Nogueira,

1513

Tendais, Ferreiros de Tendais, Sanfins Lamego

Foral dado à cidade de Lamego (original na Torre do Tombo)

Mangualde

Terras de Tavares, Terras de Azurara

1514

Moimenta da Beira

Caria, Pêra (hoje freguesia de Peravelha)

1514

Mortágua

Mortágua

1514

Nelas

Foral de Senhorim

1514

Oliveira de Frades

Não tem

Penalva do Castelo

Castelo de Penalva

Penedono

Foral Pena do Dono

1512

Resende

S. Martinho de Mouros, Aregos, Resende

1514

Santa Comba Dão

Mosteiro, Óvoa, Pinheiro de Ázere, Santa Comba Dão, São

1514

João de Areias

Fonte: 24 câmara municipais do distrito de Viseu e outras

A Câmara Municipal de Viseu divulgou um vasto programa que assinala ao longo do ano de 2013 os 500 anos da outorgação do Foral de D. Manuel I à cidade, através de um leque de ações, inseridas na programação cultural do município: 6º. Festival de Música da Primavera, Festival de Teatro Jovem, Marchas dos Santos Populares, ciclo de conferências; exposições; concertos; edições municipa is (sendo a Agenda 2013 o primeiro suporte gráfico editado), entre outras. O primeiro evento foi o desfile de Carnaval das escolas do primeiro ciclo do concelho, a 9 de fevereiro. No distrito, tal como Viseu, também o município de Cinfães está a celebrar os 500 anos da atribuição do foral de D. Manuel à vila. Penedono já assinalou a data no ano passado, altura em que o foral Pena do Dono completou 500 anos. No entanto, a maioria dos forais novos atribuídos por D. Manuel I àquele que é hoje o distrito de Viseu completa 500 anos apenas em 2014. Por todo o país celebra-se o “foral novo” de D. Manuel I com exposições e diversos eventos. A exposição “o foral novoregistos que contam histórias” está na Torre do Tombo, em Lisboa, até ao

DR

Reorganização administrativa ∑ O distrito de Viseu nessa época

S. João da Pesqueira

S. João da Pesqueira, Castanheiro do Sul

S. Pedro do Sul

Santa Cruz da Trapa, Sul

1514

Sátão

Silvã, Ladário (hoje aldeia de Sátão)

1514

Sernancelhe

Foral de D. Manuel I a Sernancelhe

1514

Tabuaço

Valença do Mosteiro de S. Pedro das Águias, Terra do Távo-

1514

ra, Castanheiro Tarouca

Castro Rei (hoje Tarouca), Ucanha, Mondim da Beira

Tondela

Terras de Besteiros

Vila Nova de Paiva

Fráguas

1514

Viseu

Novo Foral de Viseu

1513

Vouzela

Foral de Lafões

514


Jornal do Centro

16

28 | fevereiro | 2013

educação&formação É o melhor de Viseu a matemática

Emília Amaral

Olimpíadas∑ Pedro Coelho foi o único selecionado no distrito para a final em Albufeira

As Olimpíadas Portuguesas de Matemática são um concurso de problemas de matemática que se realiza anualmente e no qual podem participar os alunos dos diferentes ciclos do ensino básico e do secundário. O principal objectivo da Sociedade Portuguesa de Matemática é promover e incentivar o gosto pela matemática. O concurso tem três eliminatórias. Na fase final estão 90 alunos do norte, centro e sul do país divididos pelas categorias júnior (6.º e 7.º anos), A (8.º e 9.º anos) e B (10.º, 11.º e 12.º anos). Publicidade

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Com um brilho no olhar e um sorriso de felicidade por ser o único aluno do distrito de Viseu a participar na fase final (nacional) das Olimpíadas Portuguesas de Matemática 2013, Pedro Miguel Pires Coelho, de 12 anos, estudante do Colégio Imaculada da Conceição - Viseu (CIC) assume-se “surpreendido” por ser ele a representar Viseu e mais “nervoso” pela responsabilidade acrescida: “Não estava a contar ir, mas agora é uma responsabilidade”. Pedro Coelho prepara-se agora para rumar até Albufeira, onde nos dias 14, 15, 16 e 17 de março, irá juntar-se aos 90 finalistas de todo o país e assim disputar o melhor lugar na sua categoria (júnior). Para o Pedro seria “muito bom” trazer a medalha

para Viseu, mas a participação traz-lhe outras maisvalias. “Permite conhecer outros lugares e conhecer outros alunos, acho que vai ser bom”, acrescenta. Pedro Coelho, natural de Viseu, frequenta o CIC desde o 5º Ano do Ensino Básico. Sempre participou nas Olimpíadas, nunca tinha sido apurado, este ano considerou a prova “mais fácil”. No público e no privado tem sido um aluno de exceção a todas as disciplinas. Tímido, de poucas palavras, mas sempre sorridente, encolhe os ombros quando se lhe pergunta o que faz para ser bom aluno. Já sobre a técnica e o segredo para o mérito comprovado a matemática tem a resposta na ponta da língua. “Não é um segredo, apenas gosto, não se torna uma obrigação é

até engraçado. É um desafio para mim ter de resolver os problemas mais difíceis”, responde. Ainda não sabe o que quer ser no futuro, mas termina com uma mensagem para o presente dos estudantes: “Pratiquem mais porque hoje, mais do que nunca, há exercícios em todo o lado”. A diretora de Turma, Patrícia Ferreira adianta que o CIC tem vindo a apostar nas disciplinas de matemática e de português, no sentido de “preparar os alunos o melhor possível. Essa preparação especial passa por incluir as duas áreas em ações extracurriculares do colégio, através do clube CIC mat, em aulas suplementares e colocando exercícios nas plataformas da escola. Emília Amaral

Formação em bordados O Museu Etno-gráfico de Várzea de Calde, em parceria com o Cearte (Centro de Formação Profissional do Artesanato) e a Coo-perativa do Linho de Várzea de Calde está a promover até 18 de março o Curso de Bordados Tradicionais PortuguePublicidade

ses. O curso visa potenciar a formação na identificação e caraterização dos principais bordados portugueses, dando a conhecer o percurso histórico de cada um deles e desenvolvendo técnicas tradicionais de elaboração de diversos pontos. EA


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EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO 17

28| fevereiro | 2013

Escola Infante D. Henrique aposta na formação de pais e professores “Pais e professores em Formação/Ação”∑ Aproxima encarregados de educação à escola. Grande adesão nas sessões mostra balanço positivo

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cheguei a esta escola, há 20 anos, senti que havia a preocupação dos diretores de turma e do diretor João Caiado, do ‘agora’ Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, em desenvolver estratégias para aproximar os pais da escola. Foi esta conjugação de vontades e parcerias que fomos desenvolvendo que nos levou a este caminho”, explicou Maria Martins, docente de Educação Musical e coordenadora do projeto. “Pais e Professores em Formação/Ação” é inovador na medida em que reconhece que “não só os pais precisam de formação, mas também a escola”. Reuniram-se representantes de pais de todas as turmas e decidiu-se quais as temáticas a abordar em cada sessão mensal. A 13ª aconteceu no passado dia 23 e debateu-se a problemática da droga. O bullying é o tema em discussão na pró-

xima sessão, que contará com o contributo de profissionais especializados. Maria Martins faz um balanço “muito positivo”. A Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) é parceira no projeto. Segundo o docente Alberto Cartagena, “os pais são fundamentais na educação dos filhos pelo que, a formação e a participação na vida escolar vai ser determinante no sucesso dos alunos”. Em jeito de conclusão, Martinho Loureiro, presidente da Associação de Pais da Escola Infante D. Henrique, realçou o espírito de entreajuda e partilha. “Todos ganhamos com os momentos de discussão e partilha de ideias. Aprender com a experiência e saber dos convidados torna este projeto único e essencial”. Tiago Virgílio Pereira

A Coordenadores e participantes do projeto “Pais e Professores em Formação/Ação” É no novo e moderno auditório da escola que se realizam as sessões. O espaço tem capacidade para 100 lugares e tem sido pequeno para albergar tantos interessados. “É uma obra que muito nos orgulha e que serve na perfeição os interesses da escola”, referiu João Caiado, diretor do Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique.

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Tiago Virgílio Pereira

Depois de realizado um estudo prévio, assente na realidade da escola Infante D. Henrique, em Repeses, Viseu, e direcionado aos encarregados de educação, em que se concluiu que os pais não participavam ativamente nas atividades escolares e num maior acompanhamento dos educandos devido à falta de tempo, ao desencontro de horários entre a escola e atividade laboral, à falta de conhecimento para uma melhor intervenção e à utilização recorrente de uma linguagem especifica e técnica, nasceu, em 2010, o projeto “Pais e Professores em Formação/Ação” para suprir estes e outros entraves e desenvolver estratégias para aproximar os pais da escola. “Todas as realidades escolares vivem o mesmo drama: o pouco envolvimento das famílias relativo à realidade escolar. Contudo, desde que


Jornal do Centro

18 EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO

28 | fevereiro | 2013

Câmara de Vouzela compensa alunos do ensino superior

Novos métodos de iniciação à leitura-escrita em seminário A Escola Superior de Educação Jean Piaget do Campus Universitário de Viseu vai promover o seminário “Novas Metodologias de Iniciação à Leitura-Escrita”, dia 9 de março, entre as 9h00 e as 17h00. Para a organização, “a questão da iniciação à leitura e à escrita é uma temática que ganha, inclusivamente, um novo fôlego, à medida que se torna evidente a relação entre algumas metodologias e problemas como a dislexia e a disgrafia”. No seminário mestres e estudantes de mestrado de áreas como a Educação Básica (1.º Ciclo), a Educação Especial ou a Música — principais destinatários desta iniciativa — irão aprender um novo método de leitura-escrita que utiliza e incorpora conhecimentos das neurociências e dos meios informáticos. Neste seminário con-

duzido pelo especialista, Alberto Barros de Sousa, os formandos tomarão contacto com novos modos de aprendizagem da leitura e escrita, processos e procedimentos de uma aprendizagem adequada, benefícios de uma aprendizagem centrada na descoberta, bem como estratégias de ação sobre problemas de dislexia e disgrafia. Do programa fazem parte temáticas como: metodologia audiovisual; caraterísticas da escrita e da leitura; compreensão da leitura; neuropsicologia da fala-leitura-escrita; dislexias; métodos de leitura, entre outros. A inscrição deverá ser feita até 2 de março. A entrada é livre para alunos e antigos alunos do Instituto Piaget, e tem um valor de cinco euros para profissionais e estudantes de outras instituições.

Tiago Virgílio Pereira

A Câmara Municipal de Vouzela atribuiu oito bolsas de estudo a alunos do ensino superior relativas ao letivo letivo em curso. A deliberação foi aprovada na reunião de câmara de 15 de fevereiro. As bolsas situam-se entre os 75 e os 125 euros mensais e foram concedidas mediante critérios de notas obtidas e

rendimentos familiares. O incentivo da autarquia tem como objetivo possibilitar uma “efetiva igualdade de oportunidades no sucesso escolar dos alunos do concelho e de assegurar a continuidade dos estudos a alunos com dificuldades financeiras”, adianta a vereadora da Educação, Eugénia Liz em nota enviada à imprensa. “Estamos conscientes das dificuldades financeiras que algumas famílias do concelho atravessam, por isso estes subsídios são encarados por este executivo como fundamentais, na medida em que proporcionam apoio àqueles que, não obstante a situação financeira da família, pretendem concluir a sua formação profissional”, considera a autarca. EA

CONCURSO “JOVENS CIENTISTAS E INVESTIGADORES” DÁ PRÉMIOS ATÉ 5 MIL EUROS

A Plateia constituída por individualidades e estudantes atenta à apresentação

“Projeto 80” apresentado em Viseu ESAM∑ Foi o palco escolhido para dar a conhecer a iniciativa que visa dinamizar o movimento associativo e promover a educação para a sustentabilidade Sob o slogan “o mundo está a pedir o teu oitenta”, a Escola Secundária Alves Martins (ESAM), em Viseu, foi o palco escolhido para a primeira apresentação a nível nacional do “Projeto 80”. João Grancho, secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, marcou presença no evento que decorreu sem apupos. O “Projeto 80” é um programa de âmbito nacional, de dinamização do movimento associativo nas escolas que procura promover a educação para a sustentabilidade, empreendedorismo e cidadania democrática. Em Viseu, profissionais de diferentes áreas debruçaram-se sobre as temáticas de responsabilidade social e de cidadania, gestão eficiente de recursos e ambiente. Adelino Pinto, diretor da ESAM, mostrou-se muito

agradado com a escolha da escola para a apresentação da iniciativa. “Costumo dizer que Lisboa e Viseu distam 300 quilómetros e que por esse motivo é difícil que a cidade seja escolhida para a apresentação de projetos desta importância. Fico feliz que se tenham lembrado de nós”, referiu durante a intervenção direcionada para uma plateia de cerca de 200 estudantes. A ESAM tem preocupações ambientais e de cidadania e tem vindo a desenvolver ações de sensibilização com o Centro Hospitalar Tondela/Viseu e o Clube Bioterra. Podem candidatar-se ao “Projeto 80” as associações de estudantes do ensino básico e secundário que desenvolvam um ou mais projetos de sustentabilidade que promovam a gestão eficien-

te de recursos, a diminuição da pegada carbónica e hídrica, a biodiversidade, o empreendedorismo, a economia verde e a inovação social, bem como o voluntariado ou outras formas de cidadania e participação pública. As candidaturas decorrem até ao dia 31 de maio. A primeira fase termina a 15 de março. A segunda fase vai ter um roadshow do projeto, em que serão visitadas escolas das capitais de distrito do país. O “projeto 80” é promovido pelo Governo, em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção Geral da Educação, do Instituto Português do Desporto e Juventude, a Quercus e o Green Project Awards. E apoiada pela ADENE, Amb3E e Sociedade Ponto Verde. Tiago Virgílio Pereira

Estão abertas as inscrições para a 21ª edição do concurso “Jovens Cientistas e Investigadores”, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). O objetivo passa por promover os ideais da cooperação e do intercâmbio entre jovens cientistas e investigadores e estimular o aparecimento de jovens talentos nas áreas da ciência, tecnologia, investigação e inovação. Destina-se a todos os estudantes a frequentar o ensino básico, secundário ou primeiro ano do ensino superior, com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos. Pretende incentivar fomentar o espírito competitivo nos jovens, através da realização de projectos/ trabalhos científicos inovadores, integrados em processos educativos regulares. Os projetos devem enquadrar-se numa das áreas de estudo: Biologia, Ciências da Terra, Ciências do Ambiente, Ciências Médicas, Ciências Sociais, Economia, Engenharias, Física, Informática/Ciências da Computação, Matemática e Química. E devem ser submetidos online até ao dia 19 de abril. Os trabalhos vencedores recebem prémios que variam entre os 1.500 e os 5.000 euros.

CURSO DE APICULTURA EM MANGUALDE Mangualde vai acolher um curso de apicultura de 7 de março a 16 de junho. A formação, organizada por Harald Hafner com o apoio da Câmara Municipal, irá decorrer no auditório da autarquia e na Quinta do Modorno em horário pós laboral. A atividade alvo deste curso, a apicultura (ciência, ou arte, da criação de abelhas com ferrão), é reconhecida como uma via empreendedora de criação de sustentabilidade económica familiar. Harald Hafner, que participará no curso, é um apicultor austríaco há muito radicado em Portugal.


Textos: Micaela Costa | Grafismo: Marcos Rebelo

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ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 572 DE 28 DE FEVEREIRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

suplemento Casas Remodeladas, Energias Renováveis & Eficiência Energética


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REQUALIFICAR É A SOLUÇÃO

PORQUÊ MUDAR DE CASA SE A PODE RENOVAR?

Remodelar, reconstruir, recuperar, reRemodel abilitar e reutilizar são os cinco “r’s” que re norteiam o trabalho da Viskott. Esta empresa, situada na Quinta da empr Lon Longra, na estrada Viseu-Sátão, te tem uma longa experiência, e presta todo o tipo de serviço, na área da remodelação e reconstrução civil para habitações e espaços comerciais. Renovação de interiores, alteração de pavimento, pintura de edifícios, colocação de tetos falsos, renovação de fachadas, isolamento térmico, impermeabilização e renovação de telhados são algumas das obras que a empresa leva a cabo. José Custódio, responsável pela empresa, explica que a remodelação de uma habitação é uma boa “Mu opção. “Muitas vezes aquilo que procuramos numa num casa nova, pode ser feito na casa onde habitamos. O isolamento tér-

Procurar casa nova ou construir casa de raiz começa a deixar de ser a primeira opção para quem procura um espaço para viver. A divergência entre as casas novas e usadas, a diferença ao nível dos impostos e as dificuldades em aceder pessoas. a créditos são alguns dos fatores que deixam na dúvida milhares de pessoas Comprar e remodelar casas antigas ou simplesmente dar um novo ar à casa onde já se habita passam a ser a escolha de eleição. Por um lado pelo aspeto económico e por outro porque, muitas vezes, as alterações à atual habitação são o suficiente para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. A escolha de um isolamento adequado, transformar espaços pequenos em espaços mais amplos, privilegiar a luz solar e adotar compor tamentos sustentáveis, são algumas das práticas fundamentais que deve v ter em conta, se está a pensar em ter um “novo” espaço para viver. h e deixamos no Instale-se de forma confor tável e fique atento às dicas que lh lhe suplemento desta semana!

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mico, por exemplo, pode ser a resolução para o problema das elevadas contas da luz”. Para José Custódio a reabilitação de habitações e espaços comerciais é “adaptar o espaço, de forma mais económica e personalizada”. O responsável lembra ainda que “ao remodelar uma habitação, ou um espaço comercial, é fundamental que se opte por soluções sustentáveis e eficientes, como é o caso da impermeabilização ou o isolamento térmico”. Para isso a Viskott elabora estudos que elucidam os clientes quanto aos gastos e sobretudo quanto ao valor que podem poupar com uma remodelação consciente, disponibilizando uma vasta gama de produtos e materiais. A Viskott está no mercado nacional desde 2004 e começa agora a entrar no mercado francês. “Trabalhamos há vários anos na construção, a crise não nos assusta, ajuda-nos a querer fazer mais e até a procurar outros mercados, como é o caso da França”, explica José Custódio.



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ENERGIAS RENOVÁVEIS NO “NOVO” LAR Ao remodelar a casa ou o espaço comercial é importante que dê alguma atenção aos sistemas de aquecimento e arrefecimento do local. As opções sustentáveis, como as energias renováveis, são as grandes aliadas para a nova etapa. O f a t o r e c o n ó mi c o, a p r e ve n ç ã o e o c ui d a d o c o m o meio ambiente são o mote para que na hora de escolher se opte por opções mais amigas do ambiente e da sua car teira. E x i s t e m i n ú m e r a s v a n t a g e n s e m e s c o l h e r a s e n e rgias renováveis, deixamos algumas: - Podem ser consideradas inesgotáveis à escala humana comparando aos combustíveis fósseis; - O s e u im p a c t o a m b i e n t a l é m e n o r d o q u e o p r o v o cado pelas fontes de energia com origem nos comb u s t í v e i s f ó s s e i s ( c a r v ã o , p e t r ó l e o e g á s ), u m a v e z que não produzem dióxido de carbono ou outros ga-

s e s c o m “e f e i t o d e e s t u f a”; - Oferecem menos riscos do que a energia nuclear; - Permitem a criação de novos postos de trabalho (investimentos em zonas desfavor e c i d a s ); - Permitem reduzir as emissões de CO2, melhorando a qualidade de vida (um ar mais l i m p o ); - Reduzem a dependência energética da nossa sociedade face aos combustíveis fósseis; - C o n f e r e m a u t o n o mi a e n e r g é t i c a a u m p a í s , uma vez que a sua utilização não depende da impor tação de combustíveis fósseis; - Conduzem à investigação de novas tecnologias que permitam uma melhor eficiência energética.

CHAMILAR SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS E ECONÓMICAS As energias renováveis são, nos dias de hoje, um assunto incontornável. É por todos sabido que com o aumento da eletricidade, e do gás natural, os consumidores foram obrigadas a rever o tipo de aquecimento. A Chamilar conquistou uma forte presença no mercado da biomassa, sendo esta a única renovável que apresenta um balanço económico positivo derivado aos seus benefícios ambientais. Foi fundada em 1988, inicialmente orientada para o fabrico de fogões de sala standart, lareiras e recuperadores de calor. Mais tarde a empresa alargou a sua atividade e apostou na importação e distribuição de energias renováveis. Atualmente apresenta uma vasta gama de ser viços e produtos sempre com o selo das energias renováveis, como é o caso do aquecimento central, energia solar, caldeiras de biomassa e salamandras a lenha e pellets. Nos dias que correm, a palavra poupança está muito presente na mente dos consumidores. “Para aquecer uma habitação, com pellets ou lenha, é cerca de duas a três vezes mais económico do que aquecer com gasóleo ou gás. Comparado o aumento dos custos de gasóleo, gás e eletricidade, o preço dos pellets têm-se mantido constante. O conforto e a funcionalidade dos nossos produtos simplificam a gestão energética da habitação, reduzindo o custo de consumo, e melhorando a qualidade de vida”, explica Andreia Oliveira, responsável pelo departamento de comunicação e marketing da Chamilar. “Ao investir num equipamento a pellets ou a lenha, consegue-se amortizar o investimento no prazo de 2 anos”, acrescenta. A Chamilar “ trabalha com uma equipa qualificada e competente, melhorando continuamente a qualidade dos ser viços prest ados, desde o primeiro cont acto com o cliente até à concretização da sua necessidade”, explica Andreia Oliveira. Disponibiliza um ser viço de revenda que é apoiado e Publicidade

acompanhado por uma equipa de comerciais, “a nossa rede de revendedores est á presente nas principais cidades e regiões do país”. São instaladores profissionais, qualificados e a Chamilar oferece-lhes todo o apoio que necessitam para garantir a qualidade do serviço de instalação e assistência técnica”. Um serviço de apoio e acompanhamento ao cliente final, assistido por um engenheiro, que faz o levantamento da obra, elaborando orçamentos adequados a cada caso. E ainda, um serviço de assistência técnica, que permite dar garantias aos equipamentos vendidos, assim como acompanhar o desempenho dos produtos. A instalação do equipamento deve ser efetuada num lugar idóneo a permitir as operações normais, de abertura e manutenção do mesmo.

O ambiente deve ser: - Predisposto às condições ambientais de funcionamento - Dotado de alimentação eléctrica 230V 50 Hz (EN73-23) - Predisposto com sistema adequado de evacuação dos fumos - Dotado de ventilação externa - Dotado de sistema de ligação à terra conforme CE

Cuidados a ter: - O equipamento deve ser ligado a uma conduta de fumos, ou a uma conduta vertical que possa descarregar os fumos no ponto mais alto da moradia - Os fumos são sempre derivados de combustão de essências da madeira, portanto se saem em contacto ou próximo as paredes podem sujá-las - Prestar atenção porque, por serem pouco visíveis mas muito quentes e provocam queimaduras em contacto - Antes de posicionar o equipamento, deve-se realizar o furo para a passagem dos tubos de fumos e o furo para a tomada de ar externo


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FUTURVERDE É A ESCOLHA AMIGA DO AMBIENTE A Futur verde é uma empres da região de sa Viseu criada em V 2 0 10 , n a á r e a das energ energias renováveis enquan soluções de enquanto aqu aquecimento. A ideia surge com a necessidade de aproveitarem todo o material que é usado para fazer queimadas. “Sempre “Sempr me perguntei porque é que as pessoas fazem queimadas. queim A verdade m é que podemos reaproveitar esse material para outros fins, como aquecimento”, explica António um dos responsáveis pela empresa. “Ao apro aproveitar os resíduqu são a origem os do quintal, desde relva, podas que do pelletes, podemos investir numa m máquina e assim produzir para utilizarmos no aquecimento. aquecime Não existe desculpa, só estraga quem quer”, ac acrescenta. produ A Futurverde parte então da produção de pellets para a sua comercialização, passando passan igualmente pela venda de todo o equipamento nnecessário para sistemas de aquecimento, granulado granuladores e trituradores para produção de pellets. “Procu “Procuramos oferecer a ao cliente soluções económicas para aquecimento do-

3. Escolha bem os móveis. Quando for tro car de móveis, opte por peças feitas de maneira sustentável e tente dar um novo uso para a peça antiga. Se não lhe for dar uso, ofereça ou venda a alguém. S e não for possível reutilizar o móvel antigo, tente encaminhar diretamente para a Remodelar também significa reciclagem. adotar novos hábitos! 1. Plante. Jardins, hortas e vasos de plantas são importantes para melhorar a qualidade do ar do ambiente. Por isso, plantar é importante para deixar uma casa mais sustentável. Opte por plantas oriundas da zona/país onde mora, pois vão apresentar um desenvolvimento melhor e menos cuidados, principalmente se forem as árvores. Já as hortas melhoram também a qualidade da alimentação. 2. Evite o uso de ar condicionado. Opte por deixar as janelas abertas ou usar o ventilador. Os aparelhos de ar condicionado utilizam muita energia para funcionar. Uma dica também é desligar o aparelho cerca de uma hora antes de sair do local, já que nesse tempo o ar permanecerá fresco.

4. Opte por lâmpadas LED. Troque as lâmpadas p o r lu ze s d e L E D. P o d e m ser mais caras, mas apresent am uma economia de até 40% em relação às lâmpadas fluorescentes e de até 88% com as lâmpadas incandescentes. Além disso, as luzes LED duram cerca de cinco anos a mais que os outros dois modelos. 5. Na casa de banho. Uma mudança simples é escolher um autoclismo com duas opções de quantidade de água liberada por descarga, pois ajuda a diminuir o consumo deste recurso. 6 . Fa ç a a m a n u t e n ção da sua casa. Pequenos vazamentos de água ou frestas de ar podem aumentar gastos com água e energia.

7. Pinte o seu telha do de branco. A iniciativa fa z com que os raios solares sejam refletidos, diminuindo o calor dentro da construção. Além disso, várias pesquisas mostram que a iniciativa pode ajudar a diminuir o aquecimento global. 8 . P r ivile gie os ele trodomésticos de baixo consumo. Quando for comprar eletrodomésticos, escolha modelos que gastem pouca energia. Os eletrodomésticos estão, na sua grande maioria, sinalizados com selos de eficiência. 9 . R e u t ili z e a á g u a . Um sistema de reutilização da água da chuva exige obras, mas o resultado final compensa. Pode reutilizar a água para lavar as calçadas e carros, por exemplo. 10. Melhore a ilumi nação natural. Mantenha as cortinas abertas durante o dia e posicione móveis de uma maneira favorável. Por exemplo, coloque as escrivaninhas perto das janelas, lateralmente, sendo possível utilizar a luz do sol. Assim, se gasta menos energia elétrica

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méstico ou industrial”. “Esta é uma solução principalmente quem quiser poupar”, afirma António. “Está provado que os pelletes a nível económico custam 1/3 do gasóleo e 1/2 do gás. Em relação à matéria-prima não falta, pois a biomassa renova-se todos os anos”. A Futurverde possui uma vasta gama de produtos que proporcionam uma solução rentável e acima de tudo amiga do ambiente. O produto chave da empresa são as pellets, uma matéria orgânica essencialmente proveniente de resíduos florestais, de limpeza de matas, de jardins ou pomares, bem como dos resíduos de serrações. Dado o seu grau de compressão possui um grande poder calorífico. Pelas suas pequenas dimensões e pela otimização permitida pelos queimadores, que apenas queimam a quantidade necessária para manter uma determinada temperatura, permite consumos reduzidos e baixa quantidade de cinzas. “Os desperdícios são variados e evitamos o abate de árvores para aquecimento, evitamos os incêndios por descuido, limpamos as matas fazendo a prevenção, emitimos menos CO2, porque ao fazer queimadas no verão também libertamos sem proveito”, afirma António. Atualmente, a Futurverde, comercializa para todo o país, tendo igualmente agentes no estrangeiro.


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DECORAR O “NOVO” ESPAÇO Depois do espaço reconstruido, de forma eficiente e sustentável, recorrendo a energias renováveis, só falta o toque final, a decoração. A escolha dos cortinados, dos candeeiros, das mesas e das cadeiras e de tantos outros objetos pode tornar o “novo” espaço completamente diferente. E, também neste processo, é importante que as escolhas sejam as mais acertadas. O primeiro aspeto que deve ter em conta na decoração de interiores é a cor escolhida. Deve ter em conta a divisão onde a vai aplicar, as cores claras ajudam a tornar as divisões maiores porque refletem a luz, mas pode optar por pintar uma parede de cor diferente para dar um toque de originalidade. Pode ainda pintar ou aplicar rodapés da mesma cor da parede para aumentar a ilusão do tamanho da casa. Se optar por cores claras nas paredes pode optar por móveis escuros para contras-

tar e inovar com móveis de cores diferentes como o vermelho, o verde e o rosa. Para dar toques de cor pode utilizar a quadros e tapetes coloridos, pode ainda recorrer a mantas, almofadas e acessórios de cores vibrantes. Na decoração de cozinhas deve escolher móveis de cores neutros, eletrodomésticos da mesma gama e depois brincar com acessórios coloridos como frascos de diferentes cores, para dar um toque de originalidade pode aplicar na parede azulejos de cores coloridas. Nos quartos escolha um édredon colorido que combine com os tapetes e com os acessórios, os móveis devem ser no mesmo tom, mas pode ter um móvel estilo mais vintage de uma cor diferente, as cortinas nos quartos ajudam a tornar a divisão mais acolhedora. Na casa de banho deve optar por cores claras, mas atenção o branco é mais difícil de limpar, pode escolher acessórios e toalhas coloridas que combinem com o estilo do resto da casa.

DECORAÇÃO PERSONALIZADA COM A MARTEUS A Marteus, é uma empresa no ramo da decoração, embora disponibilize atendimento na loja, situada na estrada da Ramalhosa, em Gumirães, Viseu, a Marteus destaca-se pelo trabalho personalizado, através dos ser viços de decoração ao domicílio. Américo Mar tins, proprietário da empresa, vai a casa dos clientes há mais de trinta anos. “Levamos a casa várias soluções, para que possam escolher a que melhor se enquadra no espaço pretendido. Esta é uma for-

ma de o cliente ter um ser viço personalizado e diferente do habitual”. A Mar teus tem uma vasta gama de produtos para decoraç ão, desde papel de parede, móveis p or medida, tapetes, cor tinados, iluminação, sofás, colchões e tantos outros. Para além da venda de soluções de decoração a Marteus faz ainda restauros. “Se formos a casa de um cliente que tenha móveis antigos, mas que possam ser rea-

proveitados, fazemos a restauração”. A mérico M ar tins relembra ainda que na hora de escolher cores e tecidos é preciso ter em conta a luz e o tamanho das divisões. Quanto às tendências a resposta é mais difícil, “depende sempre dos gostos do cliente, não há uma tendência única. A cor bege continua a ser a grande escolha, embora nem sempre se enquadre e a mistura do clássico com o moderno é uma tendência do agrado de muitos clientes”.


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economia Exportações valem 61% do volume de negócios do grupo Vista Alegre Atlantis

Projetos em Tabuaço e Penedono criam mais de 200 postos de trabalho Investimento de 97 milhões∑ Concessão experimental das minas de tunsténio e de ouro O presidente da Câmara de Penedono, Carlos E steve s , con siderou q u e o i n ve s t i m e n to anunciado para as minas de ouro de Santo António é “uma oport u n id ade pa r a o de s e nvolv i m e nto e c o nómico local”. “A a s s i n a t u r a d o contrato de concessão experimental das minas de Santo António, na Granja, deixa-nos recheados de expectativas. São uma oportunidade para o desenvolvimento económi-

co local”, referiu. A empresa canadiana Colt Resources e o Governo assinam cont r atos de conce s s ão experimental das minas de tungsténio em Tabuaço e de ouro em Penedono, num investimento que ronda os 97 milhões de euros. Estes dois projetos d a Colt R e sou rce s empresa que se dedica à prospeção, exploração e desenvolv i mento de projetos mineiros - permitirão criar mais de 200 em-

pregos diretos e mais de mil indiretos. O autarca de Penedono sublinha que “e ste é u m pro jeto objetivo, com c r e d i b i l i d a d e ”, q u e traz ao concelho “g ra nde s ex p e c t at ivas” para os próximos quatro anos. “Como sou um otimista, quero acreditar que muita coisa boa se irá passar. Pela informação que tenho, vão cria r-se muitos postos de t raba l ho, que começarão a fazer-se

sentir dentro de ano e meio”, revelou. Ca rlos E steves explicou que o concelho a que preside tem uma t a x a de de sempre go semel h a nte à méd i a naciona l, padecendo também de algum despovoamento. “Este novo investimento n a s m i n a s de ou ro de Sa nto A ntó n io, desativadas há cerca de 60 anos, terá i n f luência positiva n a s u ste nt a bi l id ade da região”, concluiu. LUSA

As exportações representaram, em 2012, 61% do volume de negócio do Grupo Vista Alegre Atlantis (VAA), anunciou hoje a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). No exercício de 2012, as vendas da VAA ascenderam aos 54,2 milhões de euros (um aumento de 0,6% face ao ano anterior). O motor deste crescimento foi uma vez mais o mercado externo, no qual as vendas aumentaram 7,4%. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do Grupo VAA atingiu os 2,5 milhões de euros, um crescimento de 152% face ao valor de um milhão de euros registado em 2011. Este é o segundo ano consecutivo em que a área de exportação do Grupo VAA ultrapassa a performance do mercado nacional, em resultado do redireccionamento da actividade do grupo para os Publicidade

mercados externos. O principal mercado de destino das exportações da VAA foi França, seguida de Espanha, Itália e Brasil. Realce para França, que ultrapassa Espanha como principal destino de exportação, e mercado no qual as vendas foram canalizadas para o segmento de luxo. Em Itália, as vendas da VAA quase triplicaram. Já o mercado brasileiro representou 4,5% do total das vendas do Grupo, e cresceu 26% em 2012, tendo o centro de distribuição próprio entrado em funcionamento apenas em Julho. O ano de 2012 foi assim um ano de continuidade do projecto de internacionalização da VAA, com a inauguração de 2 showrooms, um em Nova Iorque e outro na Índia; duas novas lojas, na Tunísia e Bielorrússia, e vários pontos de venda no Reino Unido através da parceria estabelecida com a cadeia retalhista House of Fraser.


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Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Madalena Malva Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu malva@estv.ipv.pt

Todos nós já vimos em séries ou filmes o extraordinário hábito, implementado em algumas sociedades, da venda de garagem. A ideia de base é simples: vender o que já não é necessário. Todos nós temos em casa roupa, objetos em bom estado que já não utilizamos! O princípio é básico e consiste em ve n d e r to d o s e s s e s objetos por u m pre ço simbólico de forma informal, normalmente no ja rd i m de casa , a todos os que estiverem interessados, normalmente aos vizinhos. E m Por t u g a l , p or norma não temos esse h ábito, embora todos con heça mos feiras de objetos em segunda mão, velharias, populares, entre outras. As pequenas iniciativas de venda particular, talvez por uma questão cultural, ou mesmo outra, não têm grande impacto e são frequentadas por u m nú mero re st r ito de pessoas. No entanto, a atual conjuntura económica, conduzirá à consciência de que o pla neta n ão a g uenta o at u a l ritmo de consumo, o que por sua vez conduzirá, à necessária e imperativa, mudança de hábitos. Alguns portugueses já recorrem a sites de produtos em segunda mão pa ra compra r e vender objetos, assim como a lojas de produtos em segunda mão, que começa m a su r-

gir em todas as cidades do país - em Viseu con heço pelo menos duas! E x i s te m z o n a s d o país ondes as vendas d e g a r a ge m e s t ã o a conquista r o seu espaço e o seu mercado. Estas vendas surgem em zonas do país com elevado número de estrangeiros residentes, pois estes são de um modo geral mais “desempoeirados” do que nós e não tem aqueles complexos, os que inibem este tipo de iniciativas. Claro, que para q u e m v ive c id a d e s , n o m e a d a m e n te , e m apartamentos é difícil se não impossível realizar estas vendas. As limitações são man i festa mente desi ncentivadoras. Neste contexto, o das lim itações “nat u ra is” a iniciativa pode ser de “âmbito global” e cont a r com o ap oio do mu n icípio pa ra a d i spon ibi l i zação de espaço e infraestruturas que permitam estes e outras iniciativas coletivas e sociais. Por sugestão, Viseu conta com um espaço particular e carismático para este t ip o d e e ve n to s – o “a nt i go” m e rc ado é um local privilegiado, pela sua localização e história. Para que esta e outras iniciativas tenham sucesso o principal fator é o mesmo de todas as demais – A SUA PA RT ICI PAÇÃO E COLABOR AÇÃO. Boa sorte!

DR

Vamos fazer vendas de garagem?

A O objetivo é alargar o Mercado dos Produtos Locais que decorre no último sábado do mês

Câmara de Tondela prepara projeto para diminuir terrenos abandonados Ideia ∑ Banco de terras ou cedência de gratuita de terrenos são hipóteses em cima da mesa A Câmara Municipal de Tondela pondera partir para a criação de um banco de terras no concelho ou, em alternativa, criar um projeto que permita disponibilizar terrenos agrícolas de forma gratuita a jovens que queiram investir na agricultura. A ideia surge na sequência do sucesso alcançado com o mercado de rua “Ao’Sabor” a decorrer todos os quartos sábados do mês, junto ao edifício dos Paços do Concelho, onde produtores locais podem escoar a sua produção agrícola. O vereador responsável pelo pelouro dos mercados e feiras, Pedro Adão adiantou ao Jornal do Centro no final da III

edição do Mercado dos Produtos Locais, que o sucesso da iniciativa “dá para perceber que é uma aposta certeira”, pela adesão dos produtores, pela adesão dos clientes e pela nova dinâmica dada a um espaço da cidade pouco procurado: “Os próprios comerciantes ganharam com a iniciativa”. Pedro Adão contou que o número de produtores tem vindo a crescer de mês para mês. O evento arrancou com 15 participantes em dezembro de 2012 e, no sábado passado, já estiveram 36, prevendo-se que o mercado de rua de março ultrapasse os 40 produtores locais. “Temos uma feira à segunda, mas este merca-

do de rua vai ao encontro do tipo de cliente que não tem oportunidade de ir à feira semanal e encontra ali, ao sábado, o que procura”, reforça o vereador. Pedro Adão anuncia que o evento “Ao’Sabor” é o início de um projeto mais alargado que a autarquia está a desenvolver para o sector. “A ideia é incentivar os produtores a produzirem mais, diminuir o desemprego através da criação de novos projetos e diminuir o número de terrenos abandonados no concelho”, referiu. Com o alargamento do projeto do Mercado de Produtos Locais, a Câmara pretende a médio prazo pôr estes produtores a abastecer clientes

“dentro e fora do concelho” a preços mais baixos. A curto pra zo, o “Ao’Sabor” poder vir a ser alargado a outras ruas da cidade de forma a permitir que mais agricultores possam vender os seus produtos. Além dos habituais produtores agrícolas e artesãos, o município decidiu convidar uma freguesia a participar em cada edição, servindo assim como promoção do seu pequeno território. O próximo certame decorre no último sábado de março, dia 30, véspera de domingo de Páscoa. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 27

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PSA Mangualde cria terceiro turno com 300 novos empregos diretos Produção ∑ Aumentará 36 por cento face a 2012 A Direção do Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA anuncia a criação de uma terceira equipa com 300 novos postos de trabalho diretos, a partir de Abril de 2013 e no mínimo até ao fim do corrente ano, de forma a responder à previsão das encomendas. Esta decisão foi oficialmente tomada dia 21 de Fevereiro pelo Grupo PSA, com base nas perspectivas de evolução do mercado dos modelos fabricados em Mangualde, o Citroën Berlingo e o Peugeot ParPublicidade

tner. Estes modelos são líderes de mercado em toda a Europa no seu segmento. Em Portugal, os dois modelos são líderes com mais de 50% de quota neste segmento, que já representa quase metade das vendas de veículos comerciais ligeiros no nosso país. Com a criação destes 300 novos postos de trabalho diretos, a empresa passa a empregar 1150 colaboradores e a ter como referência uma produção de 285 veículos por dia. Estes novos colaboradores serão valorizados com 60.000

horas de formação. PSA Mangualde quer assim honrar o compromisso social em que privilegia o recrutamento de colaboradores que no passado já trabalharam na empresa. O recrutamento começará de imediato, a formação irá decorrer durante os meses de Março e Abril e a normal laboração da equipa no dia 29 de Abril. O programa de referência anual para 2013 passa a ser de 60.000 veículos, refletindo um aumento de

A João Matosinho e Elísio Oliveira são porta-voz de boas novas produção de 36% relativamente a 2012, ano em que foram produzidos 43.940 veículos. O valor das vendas anuais deverá ultra-

passar os 500 Milhões de euros sendo aproximadamente 95% para exportação. Além do impulso para o

emprego e o tecido económico da região, este anúncio representa um incremento importante da produção nacional.


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desporto Segunda Liga V 21 13 14 12 11 12 11 11 12 12 11 10 9 9 9 8 9 6 5 5 4 4

E 6 12 8 10 12 8 10 10 7 7 8 11 13 11 6 9 4 10 10 10 11 7

29ª Jornada Leixões Penafiel Atlético Oliveirense Portimonense Sporting B Tondela Desp. Aves Guimarães B Sp. Covilhã U. Madeira

1-0 2-0 1-1 2-3 2-1 5-1 1-5 1-0 1-1 3-0

Benfica B FC Porto B Arouca Santa Clara Marítimo B Freamunde Belenenses Naval 1º Maio Sp. Braga B Trofense Feirense

30ª Jornada Naval 1º Maio Benfica B FC Porto B U. Madeira Arouca Belenenses Feirense Trofense Freamunde Santa Clara Sp. Braga B

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Leixões Portimonense Sporting B Tondela Marítimo B Desp. Aves Oliveirense Atlético Sp. Covilhã Guimarães B Penafiel

APRESENTAÇÃO DE JOGOS DESPORTIVOS Decorre hoje, dia 28, a cerimónia pública de apresentação dos VII Jogos Desportivos do Concelho de Lamego. A iniciativa vai ter lugar no salão nobre da autarquia, a partir das 18h00. A oitava edição decorre entre os meses de março a junho.

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Segunda Div. CENTRO

D GMGS 2 54 23 4 46 29 7 45 32 7 34 26 6 34 32 9 38 35 8 42 34 8 39 34 10 40 38 10 30 25 10 48 39 8 36 32 7 33 31 9 39 40 14 31 42 12 40 45 16 24 32 12 23 34 14 25 38 14 21 37 13 14 31 18 24 51

1 Cinfães 2 Ac. Viseu 3 Sp. Espinho 4 Operário 5 Anadia 6 S. João Ver 7 Pampilhosa 8 Bendica CB 9 Sousense 10 Coimbrões 11 Nogueirense 12 Tourizense 13 Cesarense 14 Bustelo 15 Lusitânia 16 Tocha

P 43 40 37 34 33 32 32 30 29 27 27 21 20 18 15 11

J 21 21 21 21 21 21 21 21 21 20 21 21 21 21 20 21

V 12 11 10 9 10 9 9 7 7 6 7 5 5 3 3 2

E 7 7 7 7 3 5 5 9 8 9 6 6 5 9 6 5

D GMGS 2 39 17 3 28 15 4 26 17 5 34 22 8 23 21 7 26 24 7 30 30 5 32 25 6 23 21 5 27 28 8 22 25 10 19 24 11 16 28 9 15 26 11 24 39 14 15 37

21ª Jornada Ac. Viseu Anadia Cesarense Cinfães Coimbrões S. João Ver Sp. Espinho Tocha

DR

P J 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 28 29 29 28 29

1 Belenenses 69 2 Sporting B 51 3 Arouca 50 4 Leixões 46 5 Desp. Aves 45 6 Tondela 44 7 Santa Clara 43 8 Oliveirense 43 9 Portimonense 43 10Penafiel 43 11 Benfica B 41 12FC Porto B 41 13U. Madeira 40 14Naval 38 15Atlético CP 33 16Feirense 33 17Marítimo B 31 18SC Braga B 26 19Sp. Covilhã 25 20Trofense 25 21Guimarães B 23 22Freamunde 19

A Lance do único golo dos tondeleses, aos 45 minutos. Futebol

Benfica CB Nogueirense Lusitânia Tourizense Sp. Bustelo Pampilhosa Operário Sousense

22ª Jornada Nogueirense Benfica CB Cinfães Lusitânia Pampilhosa Sousense Sp. Bustelo Tourizense

Antevisão da próxima jornada Jogos∑ U. Madeira-Tondela (domingo, 11h15); Sousense-Académico (domingo, 15h00); Cinfães-Sp Espinho (domingo, 15h00) O Tondela vai defrontar o União da Madeira, 13º classificado e quer acumular pontos, depois das duas derrodas sofridas nos últimos encontros. Frente ao Belenenses, primeiro classificado, os tondelenses sofreram uma pesada derrota por 5-1, na 29º jornada o que veio atrapalhar as contas da equipa de Tondela, que desceu para a sexta posição. Antes do descanso, já o Tondela perdia por três, mas reduziu a desvantagem com a marcação de uma grande penalidade em cima do minuto

1-1 0-1 1-2 2-0 1-1 2-2 1-2 1-4

45, convertida por Fonseca. No segundo tempo, a expulsão de Barros (76’) complicou ainda mais a tarefa ao Tondela, que viu o Belenenses marcar mais dois golos nos últimos cinco minutos do encontro. A equipa de Vítor Paneira mantêm-se com 44 pontos, a seis do Arouca, com 50. Domingo, pelas 11h15, o Tondela vai à Choupana defrontar o União da Madeira. A 22ª jornada da II Divisão Centro joga-se domingo pelas 15h00. O Académico deslocase a casa do Sousense. A

equipa academista com 40 pontos, mantem-se em segundo lugar, a três do Cinfães. No passado fim de semana, o Fontelo recebeu um importante jogo que colocou frente a frente o Académico de Viseu e o Benfica e Castelo Branco. A equipa viseense não arrecadou os ambicionados três pontos e acabou por empatar (1-1). Os encarnados, mostraram-se determinados a vencer no Fontelo e acabaram mesmo por inaugurar o marcador aos sete minutos. A igualdade sur-

giu aos 10 minutos, com Tiago Gonçalves a rematar de cabeça para o fundo da baliza dos albicastrenses. O Cinfães continua a liderar a tabela da II Divisão Centro e arrecadou três pontos frente ao Tourizense (2-0). Esta vitória deixa o Cinfães com uma vantagem de três pontos em relação ao Académico. Dom i ngo, no estádio Municipal Professor Cerveira Pinto, o Cinfães recebe o terceiro classificado, Sporting de Espinho, pelas 15h00.

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Cesarense S. João Ver Sp. Espinho Operário Anadia Ac. Viseu Tocha Coimbrões

VISEU 2001 PODE SUBIR À I DIVISÃO O Viseu 2001 garantiu o primeiro lugar na série C do Campeonato Naciona de Promoção em futebol feminino, após ter derrotado o Cadima por 2-1. Garantiu ainda a possibilidade de subir à I Divisão com a presença na Fase Final. No ano de estreia da equipa feminina do Viseu 2001 na competição, este é um ótimo resultado. À I Divisão sobem as duas equipas classificadas na Fase Final, um mini-campeonato a duas mãos, entre as vencedoras de cada uma das quatro séries.


MODALIDADES | DESPORTO 29

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Futsal

Viseu 2001 regressa às vitórias Depois de ter desperdiçado dois pontos no último jogo caseiro, o Viseu 2001 deslocava-se a Leiria com a ambição de somar os 3 pontos e tentar recuperar na tabela classif icativa. O jogo começou da melhor forma para os viseenses com Miguel logo aos 30 segundos a aproveitar um erro da defensiva local, inaugurando assim o marcador. A primeira parte foi muito tática. O Viseu 2001 geriu a posse de bola mas não contra atacava. Com muita paciência conseguiu conservar a vantagem até ao intervalo. Na segunda parte o Viseu voltou a entrar muito bem. Cláudio no primeiro minuto arrancou de forma fulgurante executando um excelente golo e ampliando a vantagem. Sucede que no minuto seguinte os locais reduziram para 1-2. O Viseu 2001 dispôs de algumas oportunidades mas não logrou marcar mais golos. Os visitados jogaram 5 minutos com guarda redes avançado e com os viseenses tapados com 5 faltas durante o mesmo período. A defensiva viseense evitou cometer faltas e ganhou mais 3 pontos com todo o mérito, permitindo subir ao 3.º lugar da classificação. A equipa de arbitraPublicidade

gem de Leiria pareceunos infeliz neste jogo. De facto, o critério de nomeação de equipas de arbitragem da mesma associação de futebol do clube visitado (neste caso a AD Mata) numa fase em que começa a decidir-se o campeonato parece-nos prejudicial para todos os intervenientes a começar para a própria equipa de arbitragem. Por mais sérios que sejam tais elementos pareceram-nos discutíveis várias decisões: ao Viseu 2001 foram apontadas 4 faltas na primeira parte (precocemente), na segunda parte foram apontadas 5 (também precocemente). Não oferece dúvidas que pelo menos metade delas foram mal assinaladas. A faltarem cerca de 2 minutos para o fim Cláudio no lado direito faz o passe e isola dois colegas. O Sr. árbitro interrompe o jogo para marcar falta sobre Cláudio quando ficavam dois viseenses para zero jogadores do Mata. O Viseu 2001 foi literalmente encostado às cordas. O próx i mo jogo do Viseu 2001 para o Campeonato será no próximo Domingo dia 3 de Março no Pav. do Colégio da Via Sacra contra a AJAB - Tabuaço - um derby distrital que se espera emocionante.

A Prova realizada na cidade de Lamego reuniu cerca de 250 jovens Natação

Torneio põe à prova jovens nadadores Objetivo ∑ A prova permitiu aos atletas ganharem experiência em competição Os jovens nadadores de Lamego estão de parabéns. Conseguiram excelentes prestações durante a primeira jornada do Torneio de Natação Professor Afonso Saldanha que decorreu no início de fevereiro nas Piscinas Cobertas de Lamego. Esta competição, associada ao circuito municipal de escolas de natação, tem uma vertente mais lúdica e é

dirigida a alunos mais novos. A prova realizada na cidade de Lamego reuniu cerca de 250 jovens e centenas de acompanhantes que “levaram uma excelente imagem da organização e uma ótima impressão das condições de realização destes eventos nesta infraestrutura desportiva”. A sessão inaugural do Torneio de Natação

Professor Afonso Saldanha foi aproveitada pelos jovens nadadores que integram as classes de Aprendizagem e Aperfeiçoamento da Escola Municipal de Natação de Lamego para “começarem a ter uma primeira experiência na vertente de competição, preparando-se para a progressão natural enquanto nadadores”. E m si mu lt â ne o, a s

mães dos atletas também f izeram questão de trabalhar em prol do sucesso organizativo desta iniciativa, colocando os seus dotes culinários ao serviço do bar de apoio que esteve aberto ao público durante a organização deste evento. No final, as receitas obtidas reverteram a favor da Escola Municipal de Natação.


Jornal do Centro

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em foco Festa dos Saberes e Sabores do Douro Realizou-se em S. João da Pesqueira, coração do Douro vinhateiro, a Festa dos Saberes e Sabores do Douro. O primeiro fim de semana - 23 e 24 - contou com almoço regional, a atuação da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de S. João da Pesqueira, rancho folclórico e encontro de bandas. O certame continua no fim de semana de 2 e 3 e 9/10 de março. Estão previstos encontros de ranchos e concertinas e grupos de cantares. O salão de exposições da Feira de Artesanato e gastronomia abre às 09h00 e encerra às 18h00.

Sabores da Madeira invadem Viseu

Tiago Virgílio Pereira

Abriu ao público, no passado dia 21, a Academia da Poncha. O bar aposta na poncha, bebida típica madeirense, como ex-líbris. Contudo, disponibiliza todas as bebidas de um qualquer tradicional bar. Decorado com utensílios típicos da ilha, a Academia da Poncha define-se como um espaço rústico e inovador na cidade de Viseu. O espaço situase na zona histórica, antigo Galeria Bar. Segundo Carlos Lucas e Gonçalo Soares, proprietários, o objetivo passa por “cativar todos os viseenses com Poncha de qualidade superior”.

Dirigentes Assocativos da Diáspora numa visita de trabalho em Viseu No dia 24, iniciou-se o Curso Mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora, que conta com dirigentes associativos oriundos de 13 países da Europa. O evento, foi organizado pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira, Grão Vasco, com o alto patrocínio do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. A abertura oficial do evento ocorreu no auditório do IPDJ de Viseu e contou com José Ernesto, almoxarife da confraria, José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu e Natália Mendes, em representação do IPDJ de Viseu, bem como os representantes do Instituto Politécnico de Viseu e da Entidade Regional de Turismo do Centro. Realizaram-se visitas de trabalho a algumas instituições onde houve contataram com diferentes realidades e experiências, conhecimento e informação diversa, que os deixou muito entusiasmados pelas ferramentas e conhecimentos que poderão levar e por em prática nas comunidades dos diferentes países de onde são oriundos.



D “et al.” apresentado em Viseu

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culturas expos

Arcas da memória

Destaque

A cor amarela das mimosas A minha homenagem a Pierre-Auguste Renoir

Até dia 31 de março Exposição de desenho “Aldeia Estúpida”, de Luís Belo.

Até dia 31 de março Exposição de pintura “Verso e Reverso 2”, de Irene Decorações. VISEU ∑ FNAC Até dia 1 de abril Exposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto.

“A Viagem” cruza o tradicional e o contemporâneo Projeto com a comunidade∑ Teatro Viriato, em Viseu, no sábado, às 21h30, e domingo, às 16h00 Criar um espetáculo em que a dança e as músicas tradicionais se cruzam com a música e a dança contemporâneas é a proposta da coreógrafa Filipa Francisco. O desafio foi lançado pelo Teatro Viriato ao Rancho Folclórico de Torredeita, que comemora 50 anos de atividade. “A Viagem” sobe ao palco do Teatro Viriato, em Viseu, no sábado, dia 2, a partir das 21h30 e domingo, às 16h00.

“A Viagem” é o nome de um projeto com a comunidade que está em circulação há um ano. “Já trabalhámos com outros grupos folclóricos e, ao longo destas últimas duas semanas, estivemos em Viseu, em horário pós-laboral, a trabalhar com o Rancho Folclórico de Torredeita”, explicou a coreógrafa. A peça de dança “casa” igualmente profissionais e amadores na medida em que, vão subir ao pal-

co 18 músicos e 14 bailarinos do Rancho e dois bailarinos e um diretor musical profissional. “Durante os ensaios, tem sido bastante interessante ver a entrega das pessoas e descobrir novos talentos. Esta é uma bela coreografia, com muita força, que pode ser vista por todos os públicos: os amantes do tradicional e do contemporâneo”, concluiu Filipa Francisco.

VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h10, 15h10, 17h10 Zarafa VP (CB) (Digital)

(M12) (Digital)

Die Hard: Nunca é bom dia para morrer (M12) (Digital)

17h00, 19h30, 22h00, 00h20* Die Hard: Nunca é bom dia para morrer (M12) (Digital)

Sessões diárias às 19h10, 21h50, 00h20* Cidade dividida (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 17h25, 20h50*, 22h00 Django Libertado (M16) (Digital)

Sessões diárias às 17h45 A vida de Pi (M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 21h30 Argo (M12) (Digital)

SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 28 de fevereiro Exposição de lenços emoldurados, presépios, marafonas e caixas “Marcas de Portugal”, da autoria de Matilde Santos.

roteiro cinemas Sessões diárias às 14h40, 17h55, 21h20, 00h15* Aguenta-te aos 40! (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 00h10* Lincoln (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO

Sessões diárias às 13h50, 16h35 Guia para um final feliz

28 | fevereiro | 2013

O livro “et al.”, de Fátima Almeida, será apresentado na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva, em Viseu, no sábado, dia 2, pelas 16h00. A apresentação do livro ficará a cargo de Maria de Jesus Cabral.

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de março Exposição de escultura “Coisas da Natureza”, de Adelino Cunha.

Até dia 31 de março Exposição de artesanato “Artesanato Sobral”, de Regina e Acácio Sobral.

Jornal do Centro

Sessões diárias às 19h20, 21h40, 00h00*

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 21h40, 00h30* Força anti-crime (M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h25* O Impossível (M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10* (*Dom.), 14h00, 16h15, 18h30 A bicharada contra ataca VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30,

Sessões diárias às 13h40,

Nesta natureza torturada, a dos homens e de outros seres vivos, por fatais desencontros, vê-se, fora do tempo, o rebentar serôdio das mimosas e dos pessegueiros, vê-se a angústia dos poucos lavradores que ainda nos restam temendo as geadas que poderão matar os frutos ao nascer. Ainda demora a Primavera, quentura de lãs como véstia para os caminhos onde a chuva cai gelada e esse espanto das mimosas abertas e essa memória de um tempo de infância, as procissões dos rapazes da minha idade cortando pernadas delas para os Ramos e aquela festa de cor, de amarelo, de um iridescente amarelo como mancha especiosa de um sol original e agora as mimosas rebentando, não sei se elas adivinham esta tristeza dos homens que corre por aí, não sei se elas vieram, tão cedo, desabrochar à beira dos caminhos para os alegrar, para dizer que ainda vale a pena ter esperança a quem tão pouco crê. E os pessegueiros. A leveza do tom róseo da sua cor, a impossível leveza daquela cor tal como a recordo das manhãs antigas da vinha de meu pai, manhãs luminosas como aquelas que só Adão deve ter atravessado no tempo, que tempo não pode chamar-se, como nós chamamos, ao tempo em que passeava com Eva de mão dada no Jardim que Javé plantara e lhe oferecera e de que nos lembramos quando descobrimos a rés-

16h30, 21h20, 00h10* Criaturas maravilhosas (CB) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

tia de mimosas na berma dos caminhos ou uma cesta de sumarentos frutos sobre a mesa do meio dia. Era meu fito, falando das mimosas, dos revérberos da luz que as embriaga, da intensidade da cor que as conforma, dizer que o meu texto era uma homenagem a Pierre-Auguste Renoir, ao lirismo doce das suas telas, à alegria que ele nos faz sentir quando olhamos as linhas harmoniosas das paisagens que compõe, os enlevados gestos das crianças, a inocente sensualidade das raparigas que se banham na limpidez dos lagos ou enxugam os cabelos ao sol. Homenagem, sim, ao pintor que a vida torturou, o corpo macerado que conhecemos das fotografias antigas, mãos e pés desfeitos pela doença, os pincéis presos com tiras de gaze nas mãos tolhidas, os pacientes gestos de Aline, que tivera de ser uma mulher enamorada, as dores esquecidas e as telas que continuavam a encher-se de sol e os lagos onde a luz tremeluzia e as crianças que vestia de azul e as raparigas divertidas de Montmartre ou de Fontainebleau. E a cesta com sumarentos frutos que o filho lhe trouxe como presente e os últimos gestos, trágicos e belos, do pincel molhado que já não pôde pintar novo quadro. A minha homenagem a Renoir neste tempo tão sofrido.

Estreia da semana

Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 23h55* Quarta divisão (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h20, 21h50, 00h15* O último desafio (CB) (Digital)

Zarafa – Debaixo de uma árvore

Legenda: *sexta e sábado

baobá, um velho conta uma história às crianças que o rodeiam: a história da amizade eterna entre Maki, um rapazinho de 10 anos, e Zarafa, uma girafa órfã, um presente do Paxá do Egipto ao Rei de França, Carlos X .


Jornal do Centro 28| fevereiro | 2013

culturas Teatro

D Curso de Bordados Tradicionais Portugueses

A Casa de Lavoura e Oficina do Linho, Museu Etno-gráfico de Várzea de Calde, em parceria com o Cearte (Centro de Formação Profissional do Artesanato) e a Cooperativa do Linho de Várzea de Calde promove até dia 18 de março o Curso de Bordados Tradicionais Portugueses, com a duração de 50 horas e em horário pós laboral.

O som e a fúria

Destaque

Uma história tomada de assalto pelos americanos

“Preocupo-me, logo existo!” no Teatro Ribeiro Conceição Ao longo de 01h15, Diogo Infante vai-se metamorfoseando em oito personagens distintas, que se podem encontrar atualmente em muitas cidades ocidentais, apresentadas de forma caleidoscópica num confronto direto com o público, onde tabus e o absurdo de uma certa modernidade são expostos. “Preocupome, logo existo!”, chega no sábado, dia 2, ao Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, a partir das 21h30. A universalidade do discurso e dos paradigmas que representa, torna os textos de Bogosian profundamente atuais e pertinentes. A apatia generalizada, a ausência e/ou a contradição dos discursos, a ganância, a violência, o sexo, as drogas, a religião, a banalidade do quotidiano, e a procura de sentidos para a vida, são temas visados pelas suas personagens. Todas usam o artifício do discurso direto para desabafar as suas frustrações e o público pode facilmente reconhecê-las ou identificar-se com elas. O bilhete tem um custo único de 10 euros.

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Portugal, Portugueses Uma Identidade Nacional José Manuel Sobral ∑ Um académico viseense José Manuel Sobral é um viseense nascido em 1952. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Trabalhou na pesquisa de terreno do projecto “Vocabulário do Português Fundamental” e foi membro da equipa de investigação do “Atlas Linguístico da Europa” e do “Atlas Linguístico e Etnográfico de Portugal e da Galiza” no antigo Centro de Estudos Filológicos, depois Centro de Linguística das Universidades de Lis-

boa. Exerceu o cargo de Assistente de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa entre 1977-1984. Em 1984 entrou para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde é hoje Investigador Auxiliar. Doutorou-se em Antropologia pelo ISCTE em 1993. Dedica-se ao estudo das estruturas sociais, e, no campo dos estudos rurais, tem analisado os processos envolvidos nas políticas do património.

Posteriormente debruçou-se sobre o nacionalismo, que começou por estuda r nas suas diversas teorias. O seu último livro “Portugal, Portugueses – Uma Identidade Nacional”, edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, investiga o “estudo da formação e reprodução da identidade nacional portuguesa” e vai ser brevemente apresentado em Viseu, no dia 22 de março às 21h30 no Hotel Montebelo. Paulo Neto

Domingo, 24 de fevereiro foi noite de óscares. Vou arriscar dizer que me faltava ver o thriller do Ben Affleck, “Argo”, para ter a certeza que vai ganhar a categoria de melhor filme. Primeiro, porque é o filme que tem açambarcado mais prémios; segundo, porque é um filme de propaganda americana (quer dizer, CIA e Hollywood), um filme do politicamente correto. Mas, “Argo” é uma fraude. Por três razões: primeira, está cheio de erros históricos, segundo, quase que demoniza o povo iraniano e, terceiro, a sua natureza propagandística – é uma historiazinha bonitinha que faz com que os membros do público se sintam como se só eles soubessem algo – sobre esse bicho estranho que é o povo Muçulmano – que a maioria do mundo não sabe. Enfim, é mais uma achega para o nosso vício em finais felizes. Mas, também, para verdades nuas e cruas, já basta a vida, dirão alguns leitores. “Argo” é uma historiazinha bonitinha de um agente da CIA, Tony Mendez (Ben Affleck), que monta um plano fantabulástico para salvar seis diplomatas americanos (escondidos na embaixada do Canadá) que escaparam a uma invasão do povo iraniano à embaixada dos EUA, no Irão revolucionário de 1979. A conclusão? A CIA é uma agência de espionagem do caraças e, sim, os Canadianos são um povo porreiro. Nada de mais errado. O plano foi todo engendrado pelo Canadá, disse recentemente o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, no poder em 1979. Enfim, nada surpreendente de um esta-

Maria da Graça Canto Moniz

do que tem uma capacidade incrível de tomar de assalto aquilo que não é seu. Segundo, “Argo” dá ao espectador Ocidental um curso introdutório sobre a natureza do povo iraniano, como se de uma espécie de conto de fadas se tratasse. Não só do regime, mas do povo em si: um bando de barbudos histéricos e irracionais. O ponto é: eles são os vilões. Todos eles, não há um que nos valha. No início do filme, em que se pretende apresentar o contexto histórico, há uma intençãozinha de revelar o imperialismo Norte-Americano mas logo logo é abafada. Nada mais se podia esperar de um Ben Affleck que, diz o mexerico, queria ocupar o lugar, em breve vago, do senador John Kerry. Seria instrutivo saber mais sobre por que os estudantes iranianos estavam enraivecidos com os EUA? Poderia ser útil explicar que nem todos os iranianos eram fundamentalistas islâmicos que apoiaram o Aiatolá Ruhollah Khomeini? Ou que a revolução originalmente incluía liberais democratas, feministas, nacionalistas, socialistas e de trabalhadores? Mesmo que a intenção do filme não seja o tratamento da revolução, os personagens iranianos poderiam ter sido retratados de forma mais soft, deixando espaço para nuances. Mas Argo é o que é: um thriller pipoca que não se quer “perder” nesses detalhes. Claro, o melhor filme do ano.

Variedades

Biblioteca de Mortágua celebra 9º aniversário

As Aventuras de Tintin O Segredo do Licorne na FNAC

A Biblioteca Municipal de Mortágua celebra o nono aniversário, hoje, dia 28. A efeméride vai ser assinalada com uma tertúlia de poesia, pelas 21h00, que contará com a presença do poeta Arnaldo Silva e a parti-

A FNAC Viseu homenageia Hergé, o autor de banda desenhada que faleceu há 30 anos, e apresenta uma das mais emblemáticas aventuras de Tintim, o repórter intrépido criado pelo belga, imortalizado no século XX como um ícone de

cipação especial de José Machado Lopes, como convidado. O público vai poder assistir à leitura de poemas, alguns deles musicados, que fazem parte da vasta obra poética do autor, e a uma conversa

animada em torno das palavras. Arnaldo Silva nasceu em 1949, em Cedofeita, na cidade do Porto, onde completou o curso complementar dos liceus, tendo frequentado as Faculdades de Direi-

to, em Coimbra, e a de Filosofia, no Porto. Foi cronista / colaborador do Jornal de Notícias, durante sete anos, desenvolvendo contatos com romancistas, poetas, pintores, músicos e escultores. TVP

coragem e determinação. Da banda desenhada à imprensa, da rádio à televisão e ao teatro e agora no cinema. O filme As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne, realizado por Steven Spielberg, “roda” amanhã, dia 1, pelas 18h00.


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saúde e bem-estar

Tiago Virgílio Pereira

foto legenda

O Centro Hospitalar Tondela/Viseu recebeu as II jornadas de Médicos Internos de Viseu. A iniciativa foi promovida pela comissão dos internos e pela direção do internato médico. Neste altura, há 170 médicos internos a tirar formação. Ermida Rebelo (na foto), presidente do concelho de administração referiu que “esta é uma oportunidade para os médicos, que não estão nos quadros, mostrarem o trabalho de internato”. TVP

Utentes do Centro notificados Os utentes que estão há mais de três anos sem frequentar o centro de saúde a que pertencem já estão a ser notificados por carta para informar se pretendem manter a sua inscrição ativa. O aviso foi hoje feito pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), que esclarece que este contacto insere-se no processo de reorganização e atualização das listas de utentes dos médicos de medicina geral e familiar. A partir do momento em que recebe a carta, o utente, se o desejar, deve comunicar a sua vontade de perma-

necer inscrito no centro de saúde, podendo fazê-lo presencialmente, por telefone ou por outro meio, diz ainda a ARSC. “Apenas os utentes que não efetuem qualquer contacto ao fim de 90 dias após o envio da carta deixarão de ter médico de família, passando o seu lugar a ser ocupado no ficheiro do clínico por novo utente”, adianta a ARSC. EA

DECO DEFENDE CARNE PICADA SÓ À VISTA DO CONSUMIDOR A DECO desaconselhou o consumo de carne picada vendida a granel por considerar que esta pode causar problemas de saúde pública e reivindicou maior fiscalização por parte da ASAE e nova legislação para os talhos. A associação de defesa do consumidor fez um estudo com base em amostras de carne picada vendida a granel em 34 talhos das zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto e referiu “resultados alarmantes” na área da saúde pública e da higiene e conservação. Outro dos problemas detetados tem a ver com a higiene e conservação do produto estudado. A DECO defende que seja retomada a prática da década de 90 em que a carne só podia ser picada à vista e a pedido do consumidor.


Jornal do Centro

SAÚDE 35

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Insónias aumentam risco de ataques cardíacos Após ter sido confirmado que os problemas de sono estão diretamente relacionados com a depressão e ansiedade, um novo estudo publicado pela Associação Americana de Cardiologia e, divulgado pelo Centro de Terapias Chinesas em Portugal, revela que os episódios de insónia recorrentes aumentam consideravelmente o risco de ataques

PERCURSOS PEDESTRES EM VOUZELA A Câmara de Vouzela promove este ano nove percursos pedestres. O objetivo da autarquia é incentivar para a prática de exercício físico e, ao mesmo tempo, divulgar o património natural, arquitetónico e arqueológico do concelho. O primeiro percurso realiza-se a 30 de março, no “Caminho de S. Miguel do Mato”.

cardíacos em pessoas saudáveis. A investigação, que decorreu durante 11 anos e

envolveu 52.610 candidatos adultos, confirmou que as pessoas com dificuldade em adormecer na

maioria das noites apresentavam um risco 45% maior de sofrer ataques cardíacos. Os voluntários que relataram dificuldades em dormir uma noite inteira apresentaram um risco aumentado de 30% e os que acordavam com um sentimento de cansaço mais do que uma vez por semana foram associados a um risco 27% mais elevado de ataque cardíaco.


Jornal do Centro

36 SAÚDE & BEM-ESTAR

28 | fevereiro | 2013

Opinião

Dentes Manchados e Amarelados – O que fazer? Pedro Carvalho Gomes CMDV Supreme Smile

O problema As manchas superficiais devem-se ao chá, café, tabaco e desaparecem com uma boa higiene oral. As intrínsecas surgem durante a formação dos dentes, por deficiências vitamínicas ou metabólicas ou devido a alguns medicamentos. A cor natural dos den-

tes, quando amarelada, também afecta a estética do sorriso. Soluções Microabrasão - Método que consiste no jacteamento de pequenos cristais sobre a superfície dentária, possibilita ndo a remoção de pequenas manchas in-

trínsecas fazendo um polimento da zona da mancha. Não é um tratamento muito duradouro. Branqueamento Dentário - Método que permite a alteração da cor natural dos dentes sem os danif icar. Pode ser rea l i zado no con su ltór io, em que u m gel

branqueador é aplicado nos dentes e activado por uma luz de uma lâmpada própria. É feito em apenas uma hora e dá óptimos resultados. Também pode ser realizado em casa, através da aplicação diária de uma goteira com gel, durante uma hora e meia por dia ou à noite enquanto

dorme, ao longo de uma a duas semanas. Os dentes ficarão sempre naturalmente mais bra ncos , desde que a pessoa não fume, nem abuse de alimentos que pigmentem os dentes, como por exemplo o vinho tinto, molhos e café. Este tratamento pode implicar a substituição

de eventuais tratamentos dentários por outros que possuam a nova cor dos dentes. A utilização de pastas de branqueamento dentário só por si só não tem eficácia, e o seu uso regular danifica a estrutura dentária pelo facto de conter elementos abrasivos.


Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 37

28| fevereiro | 2013

EMPREGO

“Lacha” Cadela para doação

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca Ref. 587820907 Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Idade: 14 meses Cor: Castanho Arraçada de Podengo

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Vacinas em dia

Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819

T. 932 492 626

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Técnico de vendas Ref. 587930405 – São Pedro do Sul Para venda de espaços publicitários Com viatura Própria

Técnico de comunicações Ref. 587968105 – Castro Daire. Com carta de condução (preferencialmente, pesados - com CAM); disponibilidade para deslocações no estran-

geiro (europa) e permanência de 6 meses; experiência anterior relevante em empresas prestadores de serviço para operadores de telecomunicações fixas.

Serralheiro mecânico Ref. 5879964825 – Oliveira de Frades Com experiência

Américo Alves Agente de Execução Cédula 3394

Eletromecânico de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela. Com experiencia em reparação de eletrodomésticos Canalizador Ref. 587948990 – Tondela Com experiencia.

Trabalhador indiferenciado Ref. 587963305 – Tondela Com ou sem experiencia. Para trabalho sem serração de madeiras Cabeleireiro Ref. 587968585 – Tondela Com experiencia. Prensador de casacos Ref. 587839124 – Carregal do Sal

Com experiencia a chefiar a secção Estucador Ref. 587883929 – Mortágua Com experiencia em gesso projetado. Técnico de vendas Ref. 587886729 – Santa Comba Dão. Com ou sem experiencia, para venda porta-a-porta.

ANÚNCIO Nos autos acima identificados foi designado o dia 20 de Março de 2013 pelas 14H00, no Tribunal Judicial de Moimenta da Beira, para a abertura de propostas que sejam entregues até ao momento na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens imóveis:

Motorista de pesados -mercadorias Ref. 587963267 – Santa Comba Dão Com experiencia de pesado com grua.

Verba 1: Prédio rústico sito no Lugar de Quintal dos Poços, freguesia de Souto, Penedono,

Empregado de balcão Ref. 587973746 – Mortágua Boa capacidade de relacionamento com o público

Precisa-se Comercial c/ experiência no ramo imobiliário.

CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Operador Serragem Pedra Ref. 587912774 - Tempo Completo - Viseu

Estucador Ref. 587941905 – Tempo Completo - Viseu

Cortador Carnes Verdes Ref. 587947785 - Tempo Completo - Mangualde

Empregado de Mesa Ref. 587966845- Tempo Completo - Viseu

Condutor Máquina Escavação Ref. 587968171 Tempo Completo - Mangualde

Engenheiro Sistemas Informática Ref. 587958045 - Tempo Completo – Mangualde

Técnico Manutenção Informática Ref. 587968444 - Tempo Completo – Mangualde

Pedreiro Ref. 587971609- Tempo Completo – Mangualde

1ª Publicação

EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA Processo Nº. 320/06.0TBMBR Execução Para Pagamento de Quantia Certa N/Referencia: P.I. n.º 160/06 Data: 25/02/2013 Exequente: Manuel Salgado & Irmão, Lda. e Outros Executado: António Manuel Costa Sobral

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Cortador de carnes verdes Ref. 587877191 – Tondela Com experiencia

INSTITUCIONAIS

Telefone: 232 439 040

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

constituído por cultura, fruteiras e amendoeira, com 340m2, onde se encontra implantada uma construção urbana, mas que ainda não está licenciada. Confronta de Norte e Nascente com João do Carmo Costa; Sul e Poente com caminho. Inscrito na matriz sob o artigo 64º e descrito na Conservatória do Registo Predial de Penedono sob o n.º 1112. Valor base: € 105.000,00 (sendo o valor a anunciar de € 73.500,00).

Verba 2: Prédio urbano sito no Lugar do Chão do Senhor, freguesia de Castainço, Penedono, constituído por uma casa de 2 pavimentos e terreno, com 163m2 cobertos e 877m2 descobertos. Confronta de Norte com bens do Casal, Sul com António Domingos Moreira, Nascente com Rua e Poente com bens da Fábrica da Igreja. Inscrito na matriz sob o artigo 351º e descrito sob o n.º 274.)

Valor base: € 67.750,00€ (sendo o valor a anunciar de € 47.425,00). Em relação às propostas, não serão aceites todas as que forem de valor inferior a 70% do valor base do bem em causa. Penhorados a António Manuel Costa Sobral, residente na Rua das Poças, Lugar do Souto, 3630401 Penedono. É fiel depositário António Manuel Costa Sobral, que os deverá mostrar a pedido. As propostas enviadas pelo correio deverão conter, sob cominação de não serem consideradas, fotocópia do bilhete de identidade e número de contribuinte do proponente e/ou seu legal representante, bem como telefone de contacto. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do solicitador de execução no montante correspondente a 20 % do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. Sendo a proponente pessoa colectiva, deverá a referida proposta ser acompanhada por documento onde se possa aferir, sem margem para dúvidas, que quem a representa tem poderes para o acto. Houve reclamação de créditos por parte da Caixa Geral de Depósitos, SA., e Instituto de Solidariedade e Segurança Social, IP e Gomesindo Pires. Está pendente oposição à execução Está pendente oposição à penhora

Sim Não O Agente de Execução, (Américo Alves)

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

1ª Publicação

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

Cavalheiro, 44 anos, divorciado, a viver no estrangeiro, procura mulher até aos 40 anos para futuro compromisso.

1ª Publicação

Assunto sério. Contacto: 0041762944550 (Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)


Jornal do Centro

38 CLASSIFICADOS

NECROLOGIA

28 | fevereiro | 2013

INSTITUCIONAIS

Laurinda de Almeida, 91 anos, casada. Natural de Courinha, Mões, Castro Daire e residente em Ribolhinhos, Mamouros, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 23 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mamouros. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238

1ª Publicação

Eduardo Duarte Monteiro, 88 anos, casado. Natural e residente em Codeçais, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 16 de fevereiro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Codeçais. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 Antónia do Carmo Nunes, 91 anos, viúva. Natural de Beijós, Carregal do Sal e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 22 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde. Maria da Glória Coelho, 91 anos, viúva. Natural de Fragosela, Viseu e residente em Ançada, Mangualde. O funeral realizouse no dia 22 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Maria Teresa Jesus Loureiro, 59 anos. Natural de Tibaldinho, Alcafache e residente em Canedo do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 26 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 José Anacleto Santos, 80 anos, casado. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério local. 1ª Publicação

Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097 Lourenço Francisco Carreiro, 86 anos, casado. Natural de Vilarinho, Valadares e residente em Covêlo, Valadares, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 25 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Covêlo. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 João Teixeira dos Santos, 70 anos, casado. Natural e residente em Vila Chã da Beira, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vila Chã da Beira. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Manuel Castro Ribeiro, 77 anos, casado. Natural de Salzedas, Tarouca e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria Pires, 99 anos, viúva. Natural de Lamegal, Pinhel e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lamegal. José Rodrigues Pinto, 68 anos, casado. Natural de São João de Lourosa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses. António Marques, 85 anos, casado. Natural e residente em Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Leopoldina Gonçalves de Matos, 89 anos, viúva. Natural e residente em Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Maria Rosa Santos Nogueira, 87 anos, viúva. Natural e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)


Jornal do Centro 28| fevereiro | 2013

clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

FOTO DA SEMANA

HÁ UM ANO EDIÇÃO 520 | 2 DE MARÇO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 2 a 8 de março de 2012

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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ECONOMIA pág. 20 > DESPORTO pág. 23 > EM FOCO pág. 24 > CULTURA pág. 26 > SAÚDE pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 29 > EMPREGO pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461

·

Ano 10 N.º 520

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

redacao@jornaldocentro.pt

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www.jornaldocentro.pt |

“Há 12 comissões na Assembleia da República e apenas uma é presidida por uma mulher”

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Nuno André Ferreira

Viseu, ∑ Elza Pais, deputada do PS pelo distrito de Dia em entrevista ao Jornal do Centro no âmbito do Internacional da Mulher | páginas 8 e 9

∑ Crise: Bombeiros de Viseu no “fio da navalha” ∑ “Sempre fui uma voz ativa ao nível da cidadania” (Elza Pais)

∑ Maioria chumba proposta do PS para criar orçamento João Cardoso

participativo (Assembleia Municipal de Viseu)

A mendicidade chega-nos de longe e encontra-se todos os dias às portas de mini-mercados, cafés, pastelarias, talhos e mesmo no seu interior. São sempre os mesmos rostos, numa estranha identidade com pedintes “organizados” oriundos de certos países da Europa do Leste. Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt

∑ Vices do CCDRC escolhidos em Viseu ∑ Cadeia de Viseu vai passar para o Campo ∑ Eulália Teixeira vai a julgamento ∑ “O McDonald’s é um elemento dinamizador da economia local” (Rui Moiteiro)

∑ Visabeira lança um novo projeto em Moçambique ∑ Guilherme Almeida e José Moreira disputam concelhia do PSD


tempo

JORNAL DO CENTRO 28 | FEVEREIRO | 2013

Hoje, dia 28 de fevereiro, aguaceiros. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 1ºC. Amanhã, 1 de março, éu pouco nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 0ºC. Sábado, 2 de março, céu muito nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 2ºC. Domingo, 3 de março, céu muito nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 3ºC. Segunda, 4 de março, chuva. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 5ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Quinta, 28

Imagens e palavras

Viseu ∑ Reunião ordinária da Assembleia Municipal de Viseu, às 14h00, no Solar dos Peixotos.

Castro Daire ∑ Início das comemorações dos 135 anos dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire.

Sábado, 2 de março

Viseu ∑ “Venha Casar Connosco” é o tema do evento que decorre durante dois dias na Pousada de Viseu, dedicado aos serviços de casamento, em parceria com empresas selecionadas do distrito. Viseu ∑ 3ª edição do “CAFÉ COM...” da Juventude Socialista de Viseu, às 21h30, no Hotel Príncipe Perfeito, com José Junqueiro, Miguel Ginestal e Joaquim Alexandre Rodrigues. Viseu

∑ A Câmara de Viseu

apresenta o livro “et al.”, da autoria de Fátima Almeida, com chancela das Edições Esgotadas, às 16h00, na Biblioteca Municipal. Publicidade

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt Nuno André Ferreira (arquivo)

Sexta, 1 de março

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

A Viseu: Buzinão e marcha lenta no centro da cidade, às 18h00

Luta contra as portagens de novo na rua Protesto∑ Ação nacional dia 1 de março As comissões de utentes das antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador), convocaram para amanhã, dia 1 de março um protesto nacional pelo fim das portagens que, alegam, empobrecer as pessoas, as empresas e o Estado. Francisco Almeida, em representação das comissões de utentes das A23/ A24/A25 (as duas últimas, vias que atravessam o distrito de Viseu) adianta que “o protesto assumirá as formas que cada comissão de utentes entender: pode acontecer que não seja igual em todo o

lado, mas será sempre feito na rua e em espaços públicos”. Ao todo estão agendadas 10 ações de protesto no centro e norte do país. Em Viseu haverá um Buzinão e marcha lenta no centro da cidade, com início às 18h00, na Avenida da Europa. “O objetivo é pôr fim às portagens, ponto, paragrafo, travessão”, lembra Francisco Almeida ao adiantar os três argumentos para tal reivindicação: a falta de alternativas às ex-SCUT, o facto de o Produto Interno Bruto (PIB) estar abaixo da média na-

cional e a realidade destas regiões “deprimidas e altamente desfavorecidas” com fraco poder de compra. O porta-voz acrescenta que as portagens estão a asfixiar as empresas, a “empurrar muitos trabalhadores para o desemprego e a desgraçar os rendimentos familiares”. “Sou abordado com frequência pelas empresas, na rua e no café por pessoas que me procuram a pedir para continuar esta luta até que se acabem com as portagens”, termina. Emília Amaral

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Costuma-se dizer que “uma imagem vale mais que mil palavras” mas, se “Guernica” de Pablo Picasso deu origem a uma enorme biblioteca, já os milhões de fotografias de comida publicadas diariamente no Instagram, em vez de mil palavras, suscitam só uma: “braagghhhh!” “Uma imagem vale mais que mil palavras” será uma síntese que não acredita no espírito de síntese? Uma comparação de poder? Não parece. Tanto há imagens poderosas como não. O mesmo com as palavras. Imagens ou palavras são ideias que se consumam dentro da cabeça. “Ver” uma imagem é ter um pensamento sobre ela, e esse pensamento não existe sem palavras, o processamento de ideias dentro do nosso cérebro não se faz com bits, fazse com palavras. Daí decorre que, quem tiver mais vocabulário, tem necessariamente mais ideias. É por isso que o eduquês, ao fugir dos autores clássicos, ao procurar nas aulas uma linguagem similar à dos alunos, retira-lhes vocabulário, estreita-lhes o seu mundo interior, diminui-lhes a possibilidade de gerarem ideias. Um parêntesis para dizer do meu desapontamento com a incapacidade do actual ministro em combater o eduquês. Nuno Crato, ao contrário do que sempre escreveu e teorizou, chegado ao governo, em vez de focar as escolas no “produto” (os conteúdos que os alunos têm que aprender), fá-las gastar cada vez mais energias no “processo” (burocracia, centralismo, nevoeiro regulamentar). Mas regresse-se à dialética imagem-palavra: um dos cartazes do filme galego “Crebinsky” (com recente estreia nacional na Acert e no Cine Clube de Viseu) mostra uma “vaca com periscópio” ou, dito de outra forma, um “submarino com tetas”. “Submarino com tetas”, três palavras somente, mas — como “as palavras são como as cerejas” podem chegar às mil palavras, às mil ideias, às mil milhões, aos submarinos, ao mais célebre militante do CDS: Jacinto Leite Capelo Rego.


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