Jornal do Centro - Ed574

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UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 14 a 20 de março de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 13 > EDUCAÇÃO

Ano 11 N.º 574 1 Euro

pág. 16 > DESPORTO pág. 18 > CULTURA pág. 20 > EM FOCO pág. 25 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 27 > CLUBE DO LEITOR

·

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 21 > SAÚDE

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pág. 14 > ECONOMIA

Novo acordo ortográfico

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“O Dão tem argumentos de qualidade para chegar à elite das regiões vinhateiras mundiais”

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Paulo Neto

∑ Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, em entrevista ao Jornal do Centro

| págs. 8 e 9


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Jornal do Centro 14 | março | 2013

praçapública r

r

palavras

deles

Arlindo Cunha Presidente da Comissão Vitivinícola da Região do Dão, em entrevista ao Jornal do Centro

Editorial

Ermida Rebelo Presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu

Rui Almeida Ex-treinador do Viseu 2001

Feliciano Barreiras Duarte Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

Uma questão de liderança / a “cabazada”…

Em Viseu, o PSD parece estar refém de si próprio e dos múltiplos e difusos interesses. Rua s crê -se o Papa deste Vaticano cheio de Paulo Neto cardeais desenDiretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt contrados. Já percebemos à exaustão que o autarca convive mal com a sua futura e próxima saída de funções, dando até a entender – embora não o creiamos – que não vislumbra vida activa para além do Rossio. Por isso, tem tecido uma teia de constrangimentos em seu redor e em torno da escolha do seu sucessor, tão nociva para a boa saúde do partido, quanto inquinadora de uma dinâmica vital para os dias que se aproximam. O PSD já tem o ónus nacional da governação. Algumas das consequências daí oriundas vão ser pagas já nas próximas autárquicas. Em Viseu, acrescem as guerrilhas de bastidores que vão tirando credibilidade a um partido com três décadas de poder local. Ruas não pode ser candidato – para seu mor desgosto. Porém, quer impor um “seu”

Opinião

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r

Quando for reorTinha 40 novas Exceptuando talvez É um amargo de a Borgonha, não é fácil ganizada a rede boca sair sem saber lojas do Cidadão para encontrar outra região oncológica, espero que se cumpriria ou não os abrir e orçamento para 4” do mundo onde se Viseu venha no mapa” objetivos propostos” pode abrir uma garrafa com 50 ou 60 anos… com um vinho lá dentro em excelente estado!”

candidato. Uma espécie de robot com telecomando à distância? A não ser assim, a política é: “Depois de mim, o dilúvio!”. E para o PSD, o dilúvio é a vitória do PS. Reprovado pelo mais elementar senso comum, Américo Nunes. Mal- encarada a abnegada candidatura de Almeida Henriques que não iria a “fretes”. Teste de popularidade falhado por Cesário… Ruas aceitará talvez a candidatura de uma 4ª ou 5ª figura, mas numa lista ferida de morte pela imposição da presença de vereadores do actual executivo. Neste enredo, a concelhia de Guilherme Almeida está mais-que-muda. Por sua vez, na conjuntura actual e mesmo perante as devastadoras sondagens, a sobrevivência autárquica deste vereador obriga-o a ir numa lista em 2º, máximo 3º lugar. O problema é não haver muito quem o queira… A dado momento o PSD não tem candidato do aparelho, do sistema, e Mota Faria afoita-se perfilando-se para a “missão”. Para já resguarda-se no “silêncio de ouro”. O PSD, com alguma miopia, não olha para fora do seu círculo de interesses de capela, onde, com justeza e rigor, podia vislumbrar o “bom candidato”. Entretanto, Ruas dispara para todos os lados e, cego pela ira quando ouve o nome de Carlos Marta, de Tondela, da CIM Dão

Lafões – casos evidentes de dinâmica de sucesso – começa a levar com o efeito de boomerang e/ou ricochete. E tão desacreditado se auto-tornou que já se ouvem em sussurro os suspiros de quantos anseiam vê-lo partir. Perante este descrédito, uma ponderada voz começa a ouvir-se, a do vice-presidente da câmara de Tondela, vice da distrital e membro da comissão Nacional, José António de Jesus, numa cada vez mais lógica liderança a uma distrital angustiada, capaz de impor ordem numa concelhia de baia curta e argola perra. Perante tanto descrédito e tão fratricida guerrilha civil, José Junqueiro singra à bolina, decidido, sem tiros nem atoardas, antes primando pelos consensos. Ademais, a Ruas grato pela preciosa ajuda que lhe está a conceder. Já há quem diga que se o candidato não for o “tal”, ainda se poderá ver o edil a correr as freguesias de braço dado com Junqueiro… Claro que nesse contexto, os deuses suicidar-se-iam de gozo, no Parnaso! A imprensa regional e nacional tem dado eco das últimas atitudes de Fernando Ruas. Ele próprio tornado refém de suas fúrias, numa réstia de sensatez, tornar-se-á afónico para o próximo semestre. No CDS… bom no CDS… um passo em frente e dois atrás. Hélder Amaral conta es-

pingardas e, de repente, apercebe-se de que as poucas no arsenal só têm baioneta e coronha, faltando-lhes o essencial: gatilho, cano e mira. Ou seja… para pouco servem! Na sequência das últimas declarações de Fernando Ruas acerca das mudanças de nomes, concretamente do da CIM Dão Lafões, Carlos Marta, presidente da comunidade, convocou uma reunião extraordinária com carácter de urgência, no passado dia 11. Aí, perante os autarcas dos 14 municípios, Marta apresentou a proposta de alteração do nome requerida por Ruas: CIM Região de Viseu. Resultado: 13 votos contra; 1 a favor. De seguida, numa estrondoso bofetada de sedosa luva branca, Marta propôs a alteração do nome para CIM Viseu Dão Lafões. Resultado: 14 votos a favor… Clamorosa derrota de Ruas, do presidente da autarquia viseense e da Associação Nacional de Municípios, que antes de agir como divisionista deveria agir como líder consubstanciador e congregador de energias para a comunidade, ao invés de guerras de Alecrim e Manjerona, desprovidas de sentido, bom senso, ponderação e sensatez. Neste portentoso remate, a bola chutada pelo autarca tondelense furou as malhas e provou que Ruas, afinal, não é adversário para Marta.

Grândola, terra da...ignorância

Desde cedo me senti um filho nostálgico do período revolucionário que não vivenciei - fui concebido 10 anos depois. Desde miúdo sinto os pêlos eriçarem cada vez que ouço temas como o “Grândola” ou “Os Vampiros”. De todas as vezes que vi o tele-filme “Até Amanhã Camaradas”, inspirado no livro homónimo de Álvaro Cunhal, lamentei, não ter sido uma daquelas personagens imbuídas de bravura e desprendimento. Sempre que ouvi a música dedicada a Che Guevara quando este partiu de Cuba, senti-me eu próprio um revolucionário desvanecido por ter perdido o comboio do tempo. Ainda hoje, quando leio ou ouço personagens como César das Neves, trepa em mim um sentimento próximo da estirpe

sanguinária de alguns dos regimes postos em prática por muitos destes revolucionários, cuja coragem sempre admirei. Este “flashback” nostálgico vem a propósito da moda, entretanto viral, de se cantar o “Grândola” sempre que algum membro do Governo tenta proferir uma palavra em público. Deixo de parte o ridículo de Relvas querer falar num clube, ironicamente denominado como sendo “dos pensadores”, ou a tentativa de discursar no ISCTE sobre a imprensa, contra a liberdade da qual tanto tem lutado, talvez para usufruir de “sábados mais descansados”. Considero, especialmente no momento que vivemos, fundamental que as pessoas possam

usufruir do direito de se manifestarem contra o atentado social, económico, político e moral de que estão a ser alvo. É em meu entender uma questão indiscutível. Mais discutível é que as pessoas que entoam o “Grândola” conheçam o real significado e circunstância de tal letra. Ver jovens, instrumentalizados, cantar uma música cuja letra não conseguem perceber dentro de um espírito democrático é confrangedor. Dá a sensação que o 25 de Novembro não serviu para nada. Estarei provavelmente a exagerar. Muitos dos jovens que vimos testar a sua aptidão musical desconhecem o que foi o PREC ou o 25 de Novembro. Mas é absolutamente irritante ver sempre as mesmas

caras. Caras que confundem significado com imitação. Que não distinguem manifestação de arruaça. Incapacitadas para perceber o que é uma declaração com valor social e político daquilo que é pura falta de educação. Este tipo de atitudes, sempre que replicadas, retiram o efeito inicialmente conseguido quando o “Grândola” foi cantado no parlamento. É o que na guerra se apelida de manobra de diversão. Desloca os olhares para o acessório. Esta banalização leva a que se desacreditem as muitas pessoas capazes de compreender a real importância de se fazer frente a um novo PREC, entretanto reabilitado pelas instituições internacionais ao serviço da geofinança. David Santiago


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

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números

estrelas

13-1

Resu ltado da votação sobre o nome proposto por Ruas para a CIM Dão Lafões: 13 contra; 1 a favor...

Importa-se de responder?

Arlindo Cunha Presidente da Comissão Vitivinícola da Região do Dão

Pela sua liderança e objetivos bem definidos para o futuro do vinho do Dão.

Pela forma inequivocamente democrática e escorreita como liderou o desiderato do seu colega Fernando Ruas no tocante à futura designação da CIM Viseu Dão Lafões...

O meu pai representa um exemplo, o meu objetivo de vida. Quero aprender com os erros dele, sobressair às suas virtudes, continuar o seu legado e amar toda a gente como ele me ama!

Albino Cabral

Artur Neves

Empresário

Estudante

Foi a pessoa que mais me complicou a vida, nem é bom recordar. Como eu gostava que ele fosse como o pai dos meus filhos, um verdadeiro homem, pai, amigo, confidente, os filhos são os olhos dele.

O meu pai é uma das bases pilares da minha personalidade e do meu sucesso profissional. Todo o amor, compreensão, companheirismo e dedicação que recebi desde sempre, fazem de mim uma pessoa melhor.

Teresa Dias

Ricardo Lourenço

Empresária

Médico dentista

João Cotta Presidente da AIRV

A Cáritas Diocesana de Viseu arrancou em fevereiro com o “Escolhas Acertadas”. O projeto, destinado a promover a inclusão de crianças em jovens, vai apoiar mais de 200 pessoas de cinco bairros camarários do concelho de Viseu.

O que significa a figura do pai na sua vida? Representa uma base de ensinamento de vida, uma referência de vida, um apoio constante uma vez que sabemos que está sempre presente. Alguém que não nos deixa cair, dado que nos mostra sempre qual os nossos possíveis caminhos para podermos atingir os nosso objetivos próprios.

Opinião

José Borges Presidente da Cáritas Diocesana de Viseu

Carlos Marta Presidente da CIM Dão Lafões

Viseu pela positiva - Os professores motores da mudança Participei no passado sábado dia 9 de Março numa conferência sobre a aprendizagem do empreendedorismo, organizada pela nossa Comunidade Intermunicipal. A CIM, em parceria com os seus parceiros nucleares AIRV e IPV estão a criar a rede Regional de Empreendedorismo. Esta rede pode ser a revolução silenciosa nas escolas da nossa região e a forma de semear nos cidadãos o desejo de moldar o futuro. Esta conferência não era possível, há 2 ou 3 anos atrás, a um sábado, com tanta participação. Na plateia estavam mais de 200 professores de diversos níveis de ensino, que enchiam completamente o anfiteatro da Escola Su-

perior de Tecnologia de Viseu. Aquela assistência tão qualificada, tão interessada e numerosa transformou este evento num dos mais importantes em que participei. Os professores são agentes da mudança, educam, ensinam e treinam. São líderes de opinião, são exemplos para os alunos. Foi emocionante ver como a nossa região está a mudar e os professores estão a ser motores desta mudança. O tema do empreendedorismo foi compreendido pelos professores como indispensável para o seu futuro e dos seus alunos. Os professores são os treinadores dos alunos no desenvolvimento das competências empreendedoras: a capacidade de co-

mandar a sua própria vida, de questionar, de desafiar ortodoxias, de decidir, de adaptação à mudança, de correr riscos calculados, da ambição saudável, de superar o fracasso, de trabalho com método, do trabalho de equipa. O que nos leva a empreender é a necessidade! O desconforto leva-nos a empreender. A necessidade económica, a necessidade de realização, a necessidade de participação cívica levanos a empreender, a querer criar algo único. Todos podemos ser empreendedores. O empreendedorismo significa a afirmação positiva perante a vida, a vontade de deixar um legado, de produzir resultados e ter reconhecimento. Pode ser a criação de uma empre-

sa, pode ser a melhoria dentro de uma empresa, numa escola ou organização pública, pode ser a escrita de um livro, pode ser a nossa participação cívica na comunidade. A nossa região precisa que os cidadãos sejam empreendedores. Temos todas as necessidades para que isso aconteça. A necessidade de criar emprego, de fixar e desenvolver talentos, de criar riqueza, de participação cívica, de não deixarmos que os outros decidam tudo por nós, a necessidade de aumentarmos a nossa auto-estima coletiva. O futuro depende apenas de nós. A CIM está a fazer um excelente trabalho. Os professores deram um excelente exemplo.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596 tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte

Jornal do Centro 14 | março | 2013

Afinal…

Não há dia em que não nos amofinemos com o tipo de vida que para nós escolhemos e para o qual vamos, a descer. Ralhamos, indignamonos, fazemos um terrível escarcéu mas, por vezes, falta que metamos a “mão na consciência”. Assim, há pouco tempo atrás, poucos se deram ao trabalho de questionar, ou mesmo agradecer, a quem quer que fosse, o quase fausto em que se vivia. Para os mais velhos o que se passou era quase obsceno pois que viver sem trabalhar, sem esforço, é obra do Mafarrico, que estabelece as coisas de forma a levar a perdição aos Homens. «Onde está o encanto da vida sem que haja es-

forço»? Como se pode passar pela vida sem Dar? Sem produzir? Sem contribuir? O apodrecimento e a modorra em que, latargicamente, se caiu, obliterou os processos primários de manutenção social, escorvando o declínio (sempre de aguardo e presente) e para onde, à mais pequena distração, todos vamos num movimento simplético, a descer. Uns arrastam os outros. Quase ninguém escapa e as excepções vêm a ser, naturalmente, aqueles contra quem tanto se vozeou no próximo pós 25 d’ Abril e que, segundo diziam, teria sido um dos motivos maiores da origem dessa revolu-

ção: As grandes fortunas, que projectam enormes assimetrias. Há dias anunciaram na televisão, no noticiário, com destaque de honraria, o lugar que três dos nossos cidadãos ocupam no ranking das fortunas mundiais. Fica-se pasmado. Qualquer dos anunciados prosperou exactamente no lago cálido, venenoso e borbulhante que a revolução preparou. Nunca houve semelhante assimetria social. Nunca o País teve, noutros tempos, um tão grande distanciamento entre os mais ricos e os mais pobres. E, portanto, não há que estar com meias conversas:

ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

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O vício do Poder

Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

Distribuição Vasp

Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

A Lei da Limitação de Mandatos Autárquicos trouxe um frenesim interessante a este ano de eleições autárquicas. Observar este jogo da cadeira do poder é puro entretenimento, se nos conseguirmos distanciar da ideia de que este jogo implica o futuro governativo local, e é de extrema importância no rumo do país. Os autarcas

impedidos pela lei, mas “agarrados” ao Poder, uns por convicção e empenho, outros por notório vício e ganância, empreendem este ano uma gincana que lhes permita obter o poder de outras cadeiras. Temos candidatos a Câmaras vizinhas, candidatos às novas freguesias, trocas de primeiros por segundos, um sem fim de estra-

tégias que confirmam que o Poder, depois de provado é viciante, e larga-lo parece não ser opção. Eu acredito (ou quero acreditar) que a frase feita de que os políticos são todos iguais ainda tem várias excepções à regra, e que em alguns casos esta lei foi injusta para quem sempre correu por gosto e convicção, e para a população

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Sobre a Política local

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

1. Sobre “Pôr a pata em cima”: A última Assembleia Municipal foi peculiar. Fernando Ruas, refém do seu vocabulário habitual, afirmou que pretendia alterar o nome da Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões para CIM Região de Viseu. Até aqui nada de anormal, não fosse o pormenor de o Mayor de Viseu se ter esquecido de consultar os restantes 13 municípios da comunidade, avançando que caso o nome não seja alterado não exclui a possibilidade de sair da estrutura. É nestas alturas que temos de dar valor ao enraizado espírito democrático que rege os nossos representantes. Ainda na mesma assembleia e no mesmo plano político, o autarca Ruas indicou que ia pedir uma

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

audiência ministerial para debater a denominação do centro hospitalar “Qualquer Coisa” - Viseu. Caso a decisão final fosse de Fernando Ruas, o autarca optaria por um nome que não magoe ninguém. A razão está do lado do nosso presidente, quem nunca se sentiu magoado por um substantivo, que atire o primeiro modificador preposicional do nome apositivo [o leitor mais sensível que me perdoe o recurso à TLEBS]. Apenas os tondelenses, PSD e PS de Tondela [peço desculpa, se algum Viseense se sentiu magoado ao ler o nome da localidade, mas na realidade não há outra forma de a mencionar] não se sentem magoados com a designação, considerando as palavras de Ruas uma afronta originada

por alguma “azia” e uma “visão totalitária”. Para o Viseense comum fica por esclarecer: Qual a pertinência de se entrar nestas guerras em fim de mandato? Será que o medo de ser sucedido por Carlos Marta está a reduzir o discernimento de um autarca em fim de linha ou estamos perante um simples caso de má vizinhança? 2. Sobre a Tese do Mestre: Nas últimas semanas, o vereador Guilherme Almeida, foi notícia nos principais órgãos de comunicação social nacionais e não pelos melhores motivos. Em causa está um alegado plágio da tese de mestrado que deu origem à magna obra “Os Desafios das Cidades”.

O poder local é o último reduto da Democracia Os partidos políticos com assento parlamentar, do BE ao CDS-PP, foram bem claros quanto à sua posição de voto relativamente à petição apresentada pelo MIRE Movimento Independente para a Representatividade Eleitoral, com vista à alteração do artigo 151 da Constituição de modo a permitir a candidatura de movimentos de cidadãs/ãos independentes à Assembleia da República. É a velha técnica

do quadrado – protegemos as nossas costas, deixai-vos estar de fora. O deputado António Filipe foi mais longe e procurou explicar que só os partidos são estruturas responsabilizáveis porque têm um programa de governo, usando a expressão popular “quem quer ser lobo tem de vestir a pele” para finalizar o seu raciocínio. Pela boca morre o peixe, digo eu, mantendo o registo, porque, de facto, de-

monstra bem o que esta élite personifica, face a uma sociedade portuguesa feita rebanho, – o lobo. Ao condenar, mais uma vez, o Poder Central ao clientelismo e ao compadrio do costume, por via do bipartidarismo assente num sistema eleitoral que se manterá, esta posição do Parlamento faz com que tenhamos de valorizar ainda mais a única esfera do poder onde, apesar dos obstáculos, temos algu-


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Isto é o resultado do laborioso esforço de muitos dos nossos republicanos democratas no período pós revolucionário e o que se sente, vê, sabe e adivinha é a súmula resultante do nanismo primordial de um povo crente, de boa fé, mas preguiçoso e, por vezes, arrogante no seu desprezo por terceiros e no autismo ensimesmado a que se reverteu. Ontem, uma mulher de meia-idade, pançuda, de cabelo curto, pintado, estava a meio de um corredor de supermercado com os punhos cravados nas ilhargas da

cintura, com um ar distraído, olhos postos no fundo do corredor, sem dar conta que estorvava a quem queria passar. Fiz menção de “furar” pelo diminuído espaço restante, dando a perceber essa intenção de forma clara. Não se arredou. Tive de me fazer magro e escapar antes que ela me dissesse: - É gordo? Não passa? É que ainda tenho em memória essa mesma frase dita por uma outra pacóvia que, estando de carro parado em segunda fila, calcando uma passadeira e a estor-

var, tal me arremessou, por lhe ter apitado a anunciar a minha passagem. E o que apetece fazer nestas ocasiões? Deixar, naturalmente, extravasar o rancor acumulado e doentio, pegar num cavalo-marinho e descê-lo no nadegueiro seboso de tal gente com fremência e denodo. Mas, o remorso também nos incomoda e ainda mais quando se tem consciência de um certo tipo de pequenez e da sua paupérrima origem que, pedogenicamente, se expande. Afinal… foi assim que sempre aqui se

viveu, se vive e se viverá. No futuro de forma mais ufana. Resta-me lembrar, alertando, que num corpo saudável a doença não prospera facilmente. E que as bactérias e vírus estão sempre à espreita, prontos a desmanchar a saúde para crescerem, por vezes, sem remissão ou forma de reversão, e que uma Nação é um Corpo, e que tem de estar são, e que para tal é preciso erradicar os focos de doença e infecção.

a quem afecta. Algo na natureza deste comportamento obsessivo é estranhamente perturbador, alguns autarcas confirmam a ideia de que o que mais importa na sua eleição, é a ascensão a um lugar onde possam continuar a exercer as conhecidas “influências” que lhes permitem fazer o que querem, como querem, e ao preço que lhes convém, com luva incluída. In-

felizmente, talvez sejam mais do que aqueles que o país poderia suportar, e na sua maioria apesar de expostas as suas ilegalidades e ligações a redes tentaculares coroadas de abuso de poder, ficam impunes e regozijamse por isso na praça pública. Uma espécie de tiranos à medida e imagem deste país que no fundo é democrático, calmo, livre e desenvolvido. E não

fosse talvez um pouco dessas características, e o facto de serem autarcas, e teríamos mini Chávez e mini Kim Yong Un, porque a raiz do comportamento deles é exactamente a mesma. É assustador pensar que alguns destes autarcas ressabiados com o que esta lei lhes impôs estão empenhados em conseguir outro tipo de cadeiras, com mais poder, e iremos ver muitos

deles como deputados, secretários de estado ou até ministros na próxima eleição da Assembleia da República. Há então um grupo de políticos em que são todos iguaizinhos, e independentes de qualquer ideologia que não seja a sua, aquela que lhes traga o maior beneficio pessoal. Mas dito isto há uma verdade incontornável, somos nós que votamos neles.

Mais uma vez a oposição, à excepção do histerismo demissionário do B.E, ficou muda. A ironia aqui reside no facto do alegado original ser da autoria da própria esposa do vereador, que é docente no IPV. A confirmarem-se os factos relatados, se algum dia o plágio for encarado como uma facada no sagrado matrimónio, muito provavelmente, Guilherme virá nos livros; por seu lado Guilherme Almeida que fez carreira nas jotas, esteve no associativismo estudantil e é líder do aparelho partidário local [por tanto uma réplica de Relvas à escala beirã], sofre pelo menos uma facada na sua ambição po-

lítica, quem, no próximo outono, aceitará ombrear com este senhor numa lista? Apesar do caso ter deixado estilhaços no PSD local, no IPV, no ISCTE e na CMV, até ao momento, Guilherme Almeida tem todas as razões para não entrar em pânico, afinal de contas a decisão final está nas mãos da academia. Exacto, o leitor acertou, o juiz deste caso é o mesmo instituto que lhe conferiu o grau académico. Ironia? Não, apenas uma característica lusa. Partindo do princípio que dificilmente alguém decidirá contra “a casa” em causa própria, o assunto está resolvido. Um brinde ao mestre.

3. Sobre a irrelevância de “ser da” ou “ser de”: Caro leitor, Fernando Ruas será presidente “de câmara” ou “da Câmara”? Se o leitor for viseense, responderá que Fernando Ruas é o presidente da câmara; se o leitor não fizer ideia de quem seja Fernando Ruas, nem faça ideia do que é Viseu, responderá que Fernando Ruas é presidente de câmara. A presidência da República, a poucos meses das autárquicas, reparou que o “da” passou a ser “de”. Confuso? Só na óptica do eleitor. Do ponto de vista do dinossauro em exercício é indiferente. Para muitos Tiranus Rex autárquicos, alguns entretanto transformados em

Tiranus Réu, a limitação dos mandatos é entendida como uma pausa forçada na carreira. Traduzindo a ideia para português suave: Os dinossauros, nos próximos quatro anos, deixarão a “sua” cadeira a um testa-de-ferro, que irá preparar o caminho para o regresso, em ombros, do líder original. Parece uma história soviética? Nada disso caro leitor é apenas mais uma idiossincrasia da Terceira República Portuguesa, nada demais.

lítica de Lisboa. As concelhias e estruturas regionais de um partido são as salas de ensaio do espectáculo da política da III República, as universidades autárquicas, as Jotas intrometidas nas Escolas Secundárias, todas essas estruturas desconcentradas dos Partidos tradicionais vão formando novos membros da Guarda do Leviatã, novos protectores do Polvo, novos devotos dessas estruturas “responsabilizáveis” que são os partidos. É por isto que isto não cai. Está bem seguro.

Mas com térmitas, tenho confiança que isto vai lá. Os movimentos independentes às eleições autárquicas podem muito bem representar a esperança de um povo que se pretende libertar deste sequestro partidário. Enfraquecendo os resultados eleitorais dos partidos e, consequentemente, o seu poder no município ou na região, enfraquecem-se as redes de influência que estes monopolizam. As pessoas desse município ou dessa região terão cada vez menos

medo de falar e de denunciar, pois dependerão cada vez menos do polvo que, como num feudo, “compra” a opinião popular, o voto e o silêncio por via de empregos, trabalho remunerado, empreitadas alocadas, promessas, compra de serviços à empresa x ou y, modificações de última hora ao PDM, etc. Quando ao Governo, às CCDR, às CIM, às Empresas e aos Bancos do costume faltarem os amigos nos Municípios, isto cairá, sim.

Pedro Calheiros

Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com

em Portugal ma influência – o poder local. Os movimentos independentes às Autárquicas podem muito bem as térmitas de que precisamos. Enfraquecendo as raízes de instalação geográfica do Leviatã, enfraquecemos o monstro. O Estado – ou quem dele conta tomou – verá enfraquecido o seu sistema tentacular. Temos, por tradição francófona, uma imiscuição entre o Poder Local e o Poder Central, sendo o Poder Local considerado um “trampolim” para as altas esferas da po-

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura

Loja polémica esta do Cidadão A Loja do Cidadão de Viseu abriu a 20 de Dezembro de 2000… Em média, a Loja do Cidadão de Viseu fazia 800 mil atendimentos anuais a cidadãos. Recorrendo a um pouco de história, o conceito de Loja do Cidadão foi implementado por Fausto Correia quando secretário de Estado da Administração Pública e Modernização Administrativa de Jorge Coelho, no XIII Governo Constitucional que teve como primeiro-ministro António Guterres. A primeira Loja do Cidadão abriu em 1999. O conceito: “A Loja do Cidadão é um conceito inovador de prestação de serviços públicos, reunindo no mesmo espaço várias entidades públicas e privadas, com o objetivo de facilitar a relação dos cidadãos e das empresas com a Administração Pública. Além de proporcionar uma maior conforto e comodidade aos utentes, permitindo tratar de vários assuntos num mesmo espaço, com ganhos de tempo e de custos de deslocação, as lojas também permitem partilhar recursos, infraestruturas e plataformas,

potenciando a eficiência e redução de custos do Estado Português. “ – refere no site. No fundo, a Loja do Cidadão, dentro do lema “one stop shop”, seguia o exemplo das grandes superfícies ou dos centros comerciais, congregando num espaço único o maior número de serviços públicos e privados, para uma melhor prestação de serviços ao utente, alargando os horários até às 19H30 e trabalhando no sábado até às 15h00. A primeira Loja do Cidadão – Laranjeiras, Lisboa – abriu ao público em 1999. Em Fevereiro de 2012 – últimos dados referenciados no site – existem 33 Lojas do Cidadão em funcionamento. O actual secretário de Estado Feliciano Barreiras Duarte afirmou ao nosso jornal que quando tomou posse “tinha 40 novas Lojas do Cidadão para abrir e orçamento para 4.” A Loja do Cidadão, independentemente da sua eficácia, tornou-se, ao que parece, um peso do ponto de vista financeiro. Custos de abertura próximos do milhão de euros de algumas

dessas estruturas, rendas superiores a 600 mil euros anuais, nalguns casos, acrescidos das despesas normais de funcionamento, começaram a criar problemas de sustentabilidade ao erário público. Porém, no site oficial, pode ler-se: “A Loja do Cidadão é hoje uma das marcas mais distintivas na relação dos cidadãos com a Administração Pública. Em finais de 2011 atingiram os 100 milhões de atendimentos prestados, elevados índices de procura (existindo alternativas) que revelam a preferência dos cidadãos por este modelo de prestação de serviços públicos, com avaliações consistentes e geralmente positivas. Além de terem melhorado a qualidade do atendimento, com benefícios claros para os utentes, as Lojas também contribuem para a optimização de custos: • Reduzindo o número de repartições e postos locais, que se multiplicam em rendas e custos de infraestrutura; • Partilhando infraestruturas, plataformas e software entre algumas das entidades presentes; • Beneficiando da pre-

sença de entidades privadas, que contribuem para a sustentabilidade do modelo ao cobrir 33% das despesas totais…” No fundo, e perante esta dualidade de pontos de vista, qual é a realidade da Loja do Cidadão…? Qual será o seu futuro…? Duas incógnitas. Em Viseu, as águas andam encapeladas com a recente contratação de Ana Luísa Basto, uma professora oriunda de São Pedro do Sul, para o lugar de coordenadora local, substituindo Victor Carvalho. Segundo o que apurámos, esta contratação que ainda não saiu em DR, foi acarinhada pelo secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa, por eventual sugestão de Daniel Martins. Lembramos que Daniel Martins foi presidente da Comissão Política Concelhia do PS de São Pedro do Sul e seu candidato à Assembleia Municipal local, lugar e candidatura de que se retirou ao ter sido nomeado pelo referido SE seu assessor, funções que já terá cessado. Este quadro da AMA, Agência para a Modernização Administrativa é um dos nomes fo-

cados com influência nesta contratação. Polémicas à parte, a Loja do Cidadão de Viseu tem vindo a perder serviços. Por outro lado, funcionários que pediram o anonimato referem o sofrível ambiente que atualmente ali se vive. Um utente chegou a afirmar-nos: “Se isto é a modernização administrativa eu prefiro a antiga administração!”. Acresce que os funcionários que operam nesta Loja usufruem de um suplemento remuneratório em função da diferenciação horária. A 12/09/2012, o deputado Hélder Amaral, do CDS/ PP, questionou o ministro da tutela, Miguel Relvas acerca, entre outros, dos serviços perdidos e ainda acerca da nova coordenadora, com as dúvidas seguintes: “O preenchimento do lugar de coordenador corresponde, em alguma medida, às alterações dos balcões ou à reestruturação a efetuar?”; “Tendo em consideração todas as conjeturas aqui presentes, como justifica Vossa Excelência o preenchimento do lugar em causa?”

Na resposta aos serviços perdidos a tutela afirma: “Não resulta, portanto, para a Loja de Viseu, nenhuma perda de serviços ou entidades, mas antes a saída de uns e a entrada de outros, o que, de resto, é normal suceder numa rede composta de 36 Lojas de Cidadão.” Referentemente à coordenadora Ana Luísa Bastos responde: “No caso da coordenadora recentemente contratada, optou-se, após a ponderação de cinco CV distintos, de trabalhadores da Loja do Cidadão e de outros que o não eram, pela forma prevista na alínea c) do artigo anterior, ou seja, a mobilidade, porquanto a pessoa em causa tinha já um vínculo ao Estado, tendo vindo auferir exatamente a mesma retribuição que auferia no seu lugar de origem.” O Jornal do Centro tentou falar com a Coordenação Nacional, sem êxito, com Ana Luísa Basto, coordenadora local, que solicitou envio de e-mail, e com Daniel Martins, sem sucesso. Paulo Neto


Jornal do Centro

LOJA DO CIDADÃO DE VISEU | ABERTURA 7

14| março | 2013

Vais embora, Caixa Geral de Depósitos? Ao longo dos anos, a Loja do Cidadão de Viseu tem perdido inúmeros serviços. “O executivo da Câmara Municipal de Viseu começou por recusar, em 2005, a proposta de aumento do valor do arrendamento mensal de 1100 euros para 1600 euros mensais, dos dois espaços que teve abertos e acabou por abandonar os balcões de atendimento da autarquia e dos Serviços Municipalizados”, escreveu o Jornal do Centro, em setembro de 2012. Segundo fonte relacionada com a Loja do Cidadão, “a Câmara Municipal nunca foi uma loja âncora. Mas de facto, era um serviço que credibilizava a instituição e que ao perder-se, fez perder muitos clientes”. O ba lc ão dos C T TCorreios de Portugal, que também desapareceu, era uma mais-valia Publicidade

da Loja do Cidadão. “Esta sim, era uma loja âncora e quando desapareceu os problemas aumentaram exponencialmente”, garantiu. Ao passear pelos corredores da Loja do Cidadão repara-se que o frequente entra e sai de pessoas é mera ilusão. Segundo Paulo Soares, reformado de 67 anos, “o espaço já foi concorrido, mas o encerramento de lojas afastou as pessoas, que não vêm à Loja do Cidadão por causa da PT ou da EDP”. “Quem acompanha o percurso da Loja do Cidadão apercebe-se que, desde sempre, existiram problemas estruturais graves. Foi um projeto que nasceu com dificuldades. A grande falha da Loja do Cidadão de Viseu é que está formatada como as Lojas das grandes cidades e do litoral do país e não está adequada à realidade. É

inconcebível pensar-se que, numa cidade do interior como é Viseu, não exista um balcão relacionado com agricultura”, relatou a mesma fonte. Quem parece ter também as malas feitas para partir é a Caixa Geral de Depósitos. A garantia é dada por fonte do banco em Viseu, que acrescenta: “no dia 22 de março já não estamos cá”. Esta informação é negada pelo responsável do Gabinete de Imprensa da Caixa Geral de Depósitos. “Não tem qualquer fundamento a informação de que Caixa irá encerrar a sua agência da Loja do Cidadão em Viseu até ao final do mês. Qualquer novidade que haja sobre esta matéria, será transmitida, com antecedência, aos seus clientes e do público em geral.” Tiago Virgílio Pereira


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Jornal do Centro 14 | março | 2013

à conversa

entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

“Infelizmente o produtor, que é sempre quem tem a maior parte do trabalho e do risco, é o que fica com a parte mais pequena do valor acrescentado” Arlindo Marques da Cunha, nasceu em Tábua, São João da Boa Vista a 15 de Novembro de 1950. Depois de se licenciar em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, obteve uma pósgraduação em Economia Agrária, pela Universidade de Reading, no Reino Unido, a que se seguiu um Mestrado e um Doutoramento na mesma Universidade em Economia e Politica Agroalimentar. Iniciou a sua carreira profissional como técnico da Comissão de Coordenação da Região do Norte (CCDRN), em 1976. Paralelamente, leccionou na Universidade Católica Portuguesa-Porto, em cuja Faculdade de Economia e Gestão é professor associado convidado, tendo também leccionado no Curso de Pós Graduação em Assuntos Europeus na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É membro da Associação Portuguesa de Economia Agrária, da Associação Europeia de Economistas Agrários e Membro do Conselho Editorial da Revista Espanhola de Economia Agrária e Recursos Naturais. Militante do PSD desde 1974, foi secretário de Estado (19861990) e ministro (1990-1994) da Agricultura, sob a chefia de Cavaco Silva. Foi sob o seu exercício que o Conselho de Ministros da Agricultura da U.E. aprovou a primeira grande reforma da Política Agrícola Comum, em 1992. Foi deputado ao Parlamento Europeu, entre 1994 e 2003, exercendo funções como vice-presidente da Comissão Parlamentar da Agricultura e representante do Parlamento nas negociações da Organização Mundial do Comércio. Voltou a funções governativas como ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente (2004), nomeado por Durão Barroso. Entre os restantes cargos que exerceu, foi presidente da CCRDN, entre 2003 e 2004, e presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Reabilitação Urbana Porto Vivo (2004-2010) e do Conselho de Administração da Fundação Hispano-Portuguesa Rei Afonso Henriques (2006-2010). É vitivinicultor na Região Demarcada do Dão e presidente da respectiva Comissão Vitivinícola desde Novembro de 2010. Foi agraciado como Grande Oficial da Ordem do Mérito Agrícola pelo Governo Francês (2003), com a Ordem de Grande Oficial do Infante D. Henrique (2009) e com a Medalha de Mérito-Grau Ouro- da Cidade do Porto (2012). Concretamente o que é este organismo a que preside: Comissão Vitivinícola Regional do Dão, e de que meios materiais e humanos dispõe?

A CVR do Dão é uma associação privada de carácter interprofissional, à qual compete realizar três objectivos principais de interesse comum, no quadro da legislação vigente: certificação e garantia da qualidade dos produtos vínicos da Região (Denominações de Origem Protegida Dão e Lafões e Indicação Geográfica Protegida Terras do Dão); promoção genérica desses produtos nos mercados interno e externos; organização dos interesses económicos associados ao negócio do vinho. Até recentemente as Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR) eram controladas pelo Estado,

que nomeava as respectivas direcções. Com a legislação aprovada em 2004 pelo governo de Durão Barroso, os agentes económicos seus associados passaram a ser os responsáveis exclusivos pela sua gestão. A CVR do Dão foi das últimas a aplicar a nova legislação. Tenho a honra de ser o primeiro presidente desta centenária região vitivinícola a ser eleito pelos Agentes económicos da fileira. As CVR´s vivem dos serviços prestados aos associados, não tendo qualquer financiamento público, a não ser no quadro de projectos específicos de promoção interna ou externa dos seus vinhos. Para o ano de 2013 o nosso orçamento é de 1,7 milhões de euros. Apesar de termos uma situação financeira equilibrada,

os meios de que dispomos são relativamente exíguos face às responsabilidades que são exigidas às CVR´s. No Programa de Actividades para 2013 são enfatizados 3 pontos. Vamos ao 1º: reforço da promoção e marketing através da promoção no Mercado Interno da União Europeia; o da Rota do Vinho do Dão e o Programa de Promoção do Enoturismo e do Vinho do Dão. Promover é a palavra de ordem: quer clarificar cada um destes itens, recordando por exemplo que o da Rota dos Vinhos do Dão já se arrasta, sem êxito, há anos…

Com certeza. Com os financiamentos que temos em perspectiva, temos um orçamento de 750 mil euros para promoção. Ou seja, cerca de 45% do nosso orçamento total para este ano. A promoção no mercado interno da U.E. é um projecto que visa essencialmente o reforço da internacionalização, mediante apoio aos produtores para apresentarem os seus vinhos em feiras, certames e provas em vários países da U.E., assim como trazer cá importadores e jornalistas especializados. Com o Turismo do Centro de Portugal temos um programa diversificado de acções, que vai da promoção junto das grandes superfícies e restaurantes, até acções de formação e sensibilização junto das escolas de hotelaria e turismo, participação em certames profissionais, ou ainda divulgação junto dos consumidores em geral, através dos media. A Rota dos Vinhos é uma ideia antiga, que foi objecto de uma tentativa de concretização no início deste século, mas nunca concretizada. Temos trabalhado com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro no sentido de o projecto da Rota dos Vinhos do Dão vir a ser financiado no âmbito do Programa Operacional Mais Centro, já nos próximos meses. Com

a Rota, estaremos a proporcionar aos nossos produtores mais uma ferramenta de promoção e venda dos seus vinhos em condições vantajosas, pois não têm que pagar a margem ao distribuidor. Será também um importante instrumento de valorização e promoção territorial.

a um grupo muito selecto de grandes gurus da crítica vínica, que foi um enorme sucesso. Permito-me ainda sublinhar que hoje em dia não é preciso ser grande para exportar. Temos é que ser capazes de encontrar parcerias entre produtores e empresas para

modernização e inovação. Como pretendem concretizar esses objectivos?

Essa é uma questão central do nosso mandato: a racionalização da gestão e a simplificação de procedimentos. Estamos na fase final de implementação do SIVDão, que é uma plataforma elec-

O 2º ponto centra-se na estratégia promocional dos vinhos do Dão nos mercados interno, externos com exploração de mercados emergentes. Quais as iniciativas e os mercados emergentes previstos?

Juntando o Mercado Interno da U.E. com a promoção em Países Terceiros, temos desenvolvido e previsto acções em mercados como Angola, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Rússia, Suíça, França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, Bélgica e Países Nórdicos. Os mercados emerg e n tes – no sentido de mercados que não têm uma cultura tradicional de beber vinho e onde existe um grande potencial de aumento do consumo – em que temos trabalhado são Angola, Brasil, Rússia e Polónia. Mas esperamos futuramente desenvolver também acções promocionais noutros mercados, designadamente no Chinês, que é um mercado heterogéneo, difícil e ainda muito pouco conhecido. Ainda no passado mês de Dezembro realizámos uma prova de tintos velhos do Dão em S. Paulo, dirigida

ganhar escala e conhecer e chegar aos mercados externos. Com as acções de promoção que tem organizado, a CVRDão tem proporcionado aos produtores aderentes a possibilidade de conhecer potenciais importadores. E vários destes contactos têm sido concretizados em negócio. O 3º ponto visa uma maior

trónica através da qual os Agentes Económicos associados da CVR podem resolver todo o tipo de assuntos, desde a encomenda de selos, até ao pedido de certificados de origem para exportação, autorizações de engarrafamento, pedido e resultados de análises, movimentos de armazém


ARLINDO CUNHA | À CONVERSA 9

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verificação de existências e, em geral, todo o tipo de procedimentos relacionados com a certificação dos vinhos. E, sob proposta da Direcção, o Conselho Geral da CVR (órgão que representa os interesses dos Associados) aprovou no passado mês de Dezembro uma revisão do Estatuto da Região Demarcada, que se encontrava já desfasado da realidade em múltiplos aspectos, assim como uma alteração do Regulamento Interno da CVR, com um vasto conjunto de mudanças aos procedimentos internos para a certificação dos vinhos, a fim de que esta seja menos onerosa para os produtores e mais célere. À escala vínica planetária, o Dão está no Top 10? Genericamente, em que posição?

Sentimentalmente é para nós a primeira, como não poderia deixar de ser! Mas, para o bem e para o mal, o mundo não se limita ao que é a nossa percepção dele! Temos que ter o realismo e a honestidade

intelectual de assumir que não integramos esse núcleo galáctico de regiões vinhateiras em cujo topo estarão certamente a Borgonha, Bordéus, ou o Champagne. Somos uma região pequena em Portugal e que à escala universal é pequeníssima e ainda muito pouco conhecida. Aliás, exceptuando os vinhos licorosos Porto e Madeira, os vinhos portugueses são, infelizmente, muito mal conhecidos lá fora. Só há relativamente pouco tempo, com a criação da Viniportugal (que gere um orçamento anual de 10 milhões de euros, essencialmente financiados por uma taxa parafiscal paga pelos produtores), é que Portugal começou a fazer um trabalho estruturado e sustentado de promoção em mercados selectivos. Esta estratégia promocional faz-se actualmente sob a bandeira Wines of Portugal – a world of difference. Decorrente das funções que exerço na CVRDão, presido actualmente à Assembleia Geral da Viniportugal, enquanto representante da ANDOVI (Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícola). Mas, n ã o te n h o qualquer dúvida de que o Dão tem bons argumentos de qualidade

para chegar à elite das regiões vinhateiras mundiais no futuro. Mas faltam muitas outras coisas para lá chegar…a começar pelo poder e organização empresarial, os recursos para fazer um marketing eficaz e uma capacidade de mobilização colectiva capaz de superar a portuguesíssima cultura individualista… As palavras-chave que pretendem impor em termos de marketing são: Dão, berço da Touriga Nacional, Vinhos de carácter, elegância e longevidade… - O que é exactamente a Touriga Nacional? - O que dá carácter a um vinho? - E elegância? - E longevidade?

Eu não sou enólogo; mas sendo economista, produtor, consumidor e enófilo, tenho a minha própria vivência e experiência. Neste contexto, posso testemunhar que as castas Touriga Nacional e o Encruzado, ambas originárias da Região, produzem aqui vinhos diferentes do que dão noutras regiões, proporcionando a produção de vinhos de primeira grandeza: a Touriga-Nacional, com vinhos de aroma intenso - onde predominam os violáceos tão típicos das Tourigas do Dão - e elevada complexidade; e o Encruzado com vinhos de um notável equilíbrio álcool-acidez e mineralidade. O que torna estes vinhos tão especiais é aquilo que designamos por terroir; ou seja uma conjugação de castas, clima e solo. O

carácter e a elegância decorrem duma conjugação de factores, de que se destacam a cor, os aromas e a frescura de boca, incluído a acidez e os taninos. Ou seja, depois de beber um vinho destes ficamos com ele retido na nossa memória selectiva por nos ter impressionado muito favoravelmente. A longevidade é outro ex-libris dos vinhos do Dão, fruto, precisamente, dessas suas características diferenciadoras. Temos utilizado precisamente esta característica dos vinhos do Dão como uma das suas imagens de marca promocional. Na verdade, exceptuando talvez a Borgonha, não é fácil encontrar outra região do mundo onde se pode abrir uma garrafa com 50 ou 60 anos…. com um vinho lá dentro em excelente estado! Quando vendemos um vinho no mercado externo por 2,5 euros e ele é comercializado, produto final por 20 euros, estamos a contribuir para a riqueza do país importador e muito pouco para a do país produtor. Concorda com o conceito de exportar cá dentro?

Infelizmente o produtor, que é sempre quem tem a maior parte do trabalho e do risco, é o que fica com a parte mais pequena do valor acrescentado. A situação que refere ocorre em alguns países, em cujos mercados não existe concorrência, ou onde as taxas alfandegárias são muito elevadas. Mas também se passa cá dentro algo parecido, como por exemplo a política de preços de certos restaurantes, onde se paga mais por uma garrafa de vinho de média-gama do que pela comida propriamente dita. Exportar cá dentro significaria ter o mercado interno como alvo, no pressuposto de que não haveria tanta exploração do produtor e os preços seriam compensadores. Infelizmente a actual crise económica vai exactamente no sentido contrário, com os produtores a ter de procurar os mercados externos para sobreviver, face à estagnação e mesmo retrocesso do mercado interno. Sendo esta uma região de minifúndio e estando profundamente implantadas nela as Adegas Cooperativas, como

vê o seu futuro?

Vejo com um misto de apreensão e confiança. Apreensão porque as actuais cooperativas foram pensadas para os mercados locais, regionais e raramente nacionais. Com o acelerar da globalização, a maior parte delas não se conseguiu adaptar aos novos padrões de concorrência e às novas exigências de escala dos mercados internacionais. Têm que ser ajudadas, através de políticas públicas que premeiem e ajudem devidamente projectos de fusões, concentrações ou outras formas de integração ou cooperação, com tal objectivo. Isto já devia ter sido feito com os fundos do desenvolvimento rural. Mas, infelizmente, o anterior governo fez orelhas moucas às propostas que lhe foram feitas pelas próprias organizações cooperativas. Espero que o actual governo tenha outra lucidez, já que está a preparar o programa de desenvolvimento rural para o período de 2014 a 2020. Se isto não for feito a maior parte delas vai desaparecer, perdendo-se, assim, o aproveitamento do considerável potencial económico produtivo das pequenas e médias explorações, já que mais nenhum outro tipo de organização económica tem vocação e versatilidade para mobilizar esses recursos. Até porque as cooperativas representam cerca de metade do vinho produzido nesta Região. Mas tenho confiança em que, quer da parte das autoridades, quer da dos dirigentes cooperativos, será possível desenhar uma estratégia de acção no sentido de apoiar as cooperativas, para lhe permitir evoluir de uma situação em que fazem concorrência umas às outras nos mesmos territórios, para soluções de integração para a comercialização, quer de produtos, quer de factores de produção, que lhes dariam uma posição negocial substancialmente diferente no mercado global, com outro poder negocial perante as estruturas da grande distribuição alimentar. O mundo está a mudar muito depressa e o nosso país atravessa uma profunda crise económica. Como vê neste contexto o futuro do vinho do Dão?

É sabido que o Dão teve

dificuldades de adaptação à concorrências das novas regiões produtoras de vinhos de mesa após a adesão à Comunidade Económica Europeia em 1986. Após um trabalho profundo de reestruturação das vinhas e dos vinhos, começou a reagir em meados da década de 1990. É no contexto deste ressurgimento que o Dão tem desde há uns anos a esta parte vindo a merecer o consenso dos críticos e peritos nacionais e internacionais pela diferenciação e elevado patamar de qualidade dos seus vinhos. Em 2012 arrecadou mais de uma centena de medalhas nos quatro mais prestigiados certames internacionais como sejam o Concurso Mundial de Bruxelas, o Decanter Wine Awards, o International Wine Challenge e o International Wine and Spirits Competition. E ainda recentemente os vinhos do Dão representaram mais de 15% dos vinhos portugueses com mais de 90 pontos na conceituada prova anual do crítico Robert Parker, onde se apresentou a prova cerca de meio milhar de vinhos de todas as regiões portuguesas. A minha experiência dizme que a qualidade é o primeiro atributo para o sucesso económico-comercial. Mantendo este patamar e uma boa relação qualidade-preço, julgo que temos preenchidos os principais requisitos para triunfar no mercado e merecer um reconhecimento mais geral e mais positivo por parte dos consumidores – que são quem, em última instância, determina o sucesso ou o insucesso no mercado. Estas são, naturalmente, razões necessárias, mas não suficientes, do sucesso. Entre estas últimas existem, designadamente, as que têm a ver com a estrutura empresarial e a capacidade organizacional dos produtores, empresas e cooperativas, para montarem soluções eficazes de comercialização. A chave do sucesso passa por um compromisso estratégico entre estes interesses, que são os esteios de qualquer região vitivinícola, assim como pelo intransigente cumprimento da missão de velar pela qualidade dos produtos, única via de criação colectiva de valor para todos.


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14 | março | 2013

região Quadro das autárquicas quase fechado Viseu ∑ Mais de 40 candidatos às 24 câmaras já conhecidos A menos de sete meses das próximas eleições autárquicas, previstas para outubro, já são conhecidos mais de 40 candidatos às 24 Câmaras municipais do distrito de Viseu. Entre estes contam-se duas coligações confirmadas do PSD/CDS-PP (Lamego e Nelas) e uma candidatura do Movimento Independente de Vouzela. O distrito de Viseu é composto atualmente por 15 Câmaras geridas por autarcas eleitos nas listas do PSD (Lamego, Nelas e Penalva do Castelo em coligação PSD/CDS-PP) e nove pelo Partido Socialista que nas últimas autárquicas de 2009 juntou cinco câmaras às quatro que já governava. Este ano, num processo atípico em relação aos anteriores, resultante da aplicação da Lei de Limitação de Mandatos, 12 dos 24 atuais presidentes vão ter de sair por força da legislação. Todos os restantes 12 presidentes vão avançar com uma recandidatura em outubro. Quanto ao perfil dos novos candidatos, destaca-se o facto de grande parte serem os atuais vice-presidentes dos executivos. No quadro socialista realçam-se as candidaturas de alguns presidentes das concelhias do partido. Numa eleição em que qualquer independente pode arriscar uma candidatura, está anunciada apenas a do Movimento Independente O movimento independente “Não Desistimos de Viver Aqui! – Vouzela” depois de terminado o ‘casamento’ com os socialistas em 2009. De acordo com a última atualização efetuada pelo Jornal do Centro junto das organizações distritais e de algumas fontes próximas do processo, fica-se a saber que o PS é o partido com o dossier mais avançado, estando por fechar apenas os de Vouzela e de Penedono. No PSD, o silêncio da comissão política distrital, -que insiste em apresentar os candidatos “em princípio no final deste mês”, segundo o presidenPublicidade

te, Mota Faria-, vai permitindo que se avancem com alguns nomes na praça pública como é o caso de Viseu, enquanto em outros concelhos são os próprios candidatos a assumir a candidatura, como aconteceu em Oliveira de Frades e Lamego. Nesta altura, Mota Faria confirma apenas seis candidatos (Lamego, Nelas, Penedono, Oliveira de Frades, Sátão e S. João da Pesqueira. O CDS-PP revela que estão criadas as condições para anunciar “em breve” os candidatos às 24 câmaras de Viseu. “Mais de metade do distrito está definido”, avança o presidente da Comissão Política Distrital, Hélder Amaral, ao confirmar as coligações em Lamego e Nelas e a deixar a ideia de que os processos de coligação em Mangualde e Tabuaço estarão praticamente confirmados. Os comunistas avançam com uma data posterior a 15 de abril para anunciar as candidaturas às 24 autarquias do distrito, sempre em processos de coligação (CDU) e com uma certeza: “o objetivo central é concorrer a todas as câmaras e assembleias municipais”, afirma o coordenador do PCP no distrito de Viseu, João Abreu. Em Viseu, a CDU não lidera nenhuma câmara e tem quatro deputados nas Assembleias Municipais de Armamar (3) e Tondela (1). Em 2009 conquistou duas freguesias, Real, em Penalva do Castelo e a junta de Armamar. Para João Abreu “é também um objetivo ganhar mais freguesias apesar da redução do número de freguesias” e “dar um contributo positivo para a discussão dos problemas reais”. Maio é o mês apontado pelo Bloco de Esquerda (BE) para dar a conhecer os candidatos no distrito de Viseu. O porta-voz do BE, Carlos Vieira adianta ao Jornal do Centro que o processo “está numa fase de preparação”, mas “ainda não há candidatos definidos”. Emília Amaral

Eleições Autarquicas 2013 Concelhos Armamar Carregal do Sal Castro Daire Cinfães Lamego Mangualde Moimenta da Beira Mortágua Nelas Oliveira de Frades Penalva do Castelo Penedono

Candidatos 2013

Presidentes Atuais

PS

PSD

Hernâni Almeida (PSD): sai Atílio Nunes (PSD): sai

Américo Moreira

José Carlos Fonseca

Rogério Abrantes

Vasco Jorge

Fernando Carneiro Fernando Carneiro (PS) Armando Mourisco José Pereira Pinto (PS): sai Manuel Ferreira Francisco Lopes (PSD/ CDS-PP) João Azevedo (PS) João Azevedo José Eduardo Ferreira (PS Afonso Abrantes (PS): sai Isaura Pedro (PSD/ CDS-PP) Luís Vasconcelos (PSD) Leonídio Monteiro (PSD): sai Carlos Esteves (PSD)

José Eduardo Ferreira João Fonseca Borges da Silva Porfírio Carvalho Francisco Carvalho Eugénio Proença (?)

Francisco Lopes Coligação PSD/CDS-PP Isabel Martins Coligação PSD/CDS(?) está aberta coligação PSD/CDS-PP Filipe Valente Isaura Pedro Coligação PSD/CDS-PP Luís Vasconcelos Em aberta coligação PSD/CDS-PP Carlos Esteves

António Borges (PS): sai João Lourenço (PSD)

Manuel Trindade Leonel Gouveia

João Lourenço

S. João da Pesqueira

José Fontão Tulha (PSD)

João Oliveira

José Fontão Tulha

S. Pedro do Sul

António Carlos Figueiredo (PSD): sai Alexandre Vaz (PSD)

Vitor Figueiredo Nuno Bártolo

José Sousa/Adriano Azevedo (?) Alexandre Vaz

Vitor Figueiredo

Carlos Silva

Tabuaço

Mário Cardoso (PSD): sai João Ribeiro (PS)

Tarouca

Mário Ferreira (PS): sai

José Amaro

Resende Santa Comba Dão

Sátão Sernancelhe

João Ribeiro

Tondela

Carlos Marta (PSD): sai

Cílio Correia

José António Jesus

José Morgado (PS):

José Morgado

José Mota

Viseu

Fernando Ruas (PSD): sai Telmo Antunes (PSD): sai

José Junqueiro João Ferreira (?)

Manuel Oliva

Coligação PSD/CDS-PP

Vila Nova de Paiva

Vouzela

CDS

Carlos Amaral

Rui Ladeira

∑ S. Pedro do Sul. Concelhia do PSD escolheu o vereador, José Sousa, mas a distrital do partido deve optar pelo vice-presidente da autarquia, Andriano Azevedo, na reunião de sábado marcada para aprovação de novas candidaturas. ∑ Carregal do Sal. A possibilidade de uma coligação esteve em cima da mesa, mas alegados desentendimentos entre o PSD e o CDS-PP terão feito abortar a candidatura.


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TONDELA | VISEU | CINFÃES | REGIÃO 11

14| março | 2013

no sentido Coimbra-Viseu. O veículo despistado invadiu a faixa de circulação contrária e colidiu frontalmente com outro automóvel, em que seguiam quatro pessoas, que ficaram gravemente feridas e foram transportadas para o Hospital de Viseu.

Primeiro passeio de BTT marca celebrações do Dia da Unidade

ACIDENTE

Tondela. Um morto e quatro feridos graves é o balanço de um acidente de trânsito ocorrido no final da tarde de domingo, no IP3, na zona de Tondela. O acidente, uma colisão entre dois veículos ligeiros, ocorreu às 17h40. O coma nda nte dos Bombeiros Voluntários de Tondela, Carlos Jorge, referiu que o acidente foi provocado pelo despiste do veículo conduzido pela vítima mortal, um militar da GNR, de 51 anos, que seguia Publicidade

DETIDO

V iseu. O Nú c l e o d e Investigação Cri m in a l do Destaca mento Territorial de Viseu, deteve, no dia 9, um indivíduo de 49 anos de idade, por ofensas à integridade física grave. O homem agrediu a excompanheira e o filho, de 38 e 18 anos de idade, respetivamente. Foi apreendida uma catana, um x-ato e um bastão extensível. O arguido foi presente ao Tribunal Judicial de Viseu e foi-lhe aplicada prisão preventiva como medida de coação.

O primeiro passeio BTT/RI 14 e as tradicionais cerimónias militares são os pontos altos do Dia da Unidade do Regimento de Infantaria nº 14, que vão acontecer de 16 a 24 de março, em Viseu. O passeio, marcado para o dia 24, às 09h00, começa e termina no RI 14 e terá um percurso de 40 quilómetros. Pretende estimular e incentivar a utilização da bicicleta como um saudável instrumento lúdico e desportivo que permite o contato direto com a natureza e

DR

RI 14∑ Diversas atividades agendadas de 16 a 24 de março

A Cerimónias militares marcadas para dis 19 todo o meio envolvente. No dia 19, acontecem as cerimónias militares. De 16 a 24 o regimento está de portas abertas. Na vertente cultural, o Teatro Viriato recebe a Infantuna de Viseu e o grupo “Ad Libitum” de Coimbra, no

dia 17, a partir das 17h30. No mesmo dia, às 10h00, realiza-se a prova pedestre “Viriatos 13”, inserida no calendário da Associação de Atletismo de Viseu. Tiago Virgílio Pereira

BANCO DE VOLUNTARIADO DE CINFÃES DISTRIBUI BRINQUEDOS NA PÁSCOA O B a n c o d e Vo l u n t a r i a d o d e Cinfães vai distribuir, durante a época da Páscoa, os brinquedos que recolheu no ano passado, na campanha de Natal. “Esta distribuição tardia deve-se ao facto de o material recolhido na campanha realizada no Natal ter sido insuficiente face às necessidades detetadas”, justifica a Câmara de Cinfães. A campanha reverte a favor de crianças até aos 12 anos, que se encontrem em acompanhamento pelas equipas multidisciplinares de Rendimento Social de Inserção e pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Cinfães.

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Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU

14 | março | 2013

A bota e a perdigota Os sucessivos casos despoletados com a utilização de carne de cavalo parecem ter aberto uma vez mais a temível Caixa de Pandora. De uma aparente fraude que se prendia com a utilização de carne de cavalo, em substituição da de vaca, passámos para a descoberta dos indesejáveis anti-inflamatórios nas amostras analisadas. Bela surpresa! A substância detectada e administrada aos cavalos é a fenilbutazona, que se encontra proibida de utilizar em animais com destino ao consumo humano. Segundos os especialistas, trata-se de um poderoso anti-inflamatório, utilizado também na medicina humana quando as restantes terapias já não produzem efeito. Neste episódio, talvez o possamos apelidar como “a dose de cavalo”. Segundo informação da ASAE, a detecção de carne de cavalo em alimentos com a menção de vaca, situava-se entre 1% a 5% em produtos processadas. Até à data, em Portugal foram já retiradas 75 toneladas de produtos onde se suspeitava da sua utilização. Neste momento, engendra-se nos bastidores o destino a dar a estes bens alimentares. A sua doação a instituições de caridade parece ser uma forte probabilidade. Muitos advogam que, em face da actual conjuntura, a decisão é no mínimo justa, desde que a qualidade dos produtos se encontre assegurada. Outros consideramna injusta. A adensar este episódio, e deixando de lado o caso da qualidade da carne picada, foram também detectadas contaminações por microrganismos de origem fecal (fezes), em particular E. coli, em tartes de amêndoa e chocolate, comercializadas pela cadeia IKEA, na China. O grupo sueco apressou-se a retirar das prateleiras estes produtos em 22 países. Pelos vistos, os problemas de segurança alimentar atingem como sempre

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

uma dimensão mundial. Talvez seja oportuno relembrar o longínquo epicentro no Oriente da gripe das aves ou a sua recente reincidência por terras mexicanas, bem como a utilização nitrofuranos nos frangos que praticamente dizimou a fileira avícola em Portugal. Por cá, as autoridades com responsabilidade na matéria afirmam que, em face da reduzida percentagem de carne de cavalo onde foi detectada esta substância, o perigo da sua ingestão para a saúde humana é diminuto. Se este paupérrimo cenário incomoda alguns com responsabilidade na matéria, muitos encontram-se em sobressalto. O que falta descobrir? A resposta é simples. Onde estão os recursos financeiros necessários para tudo isto? Se a cadeia alimentar está controlada, e estes são apenas pequenos incidentes, não vale a pena adensar os problemas. A juntar a esta situação, que provavelmente demanda com urgência a definição de novos crivos em toda a cadeia, as organizações de produtores pecuários reclamam o pagamento da comparticipação do Estado, um montante de 11 milhões de euros, refente à campanha de 2012, no âmbito da sanidade animal. Segundo os mesmos, poder-se-á ainda mencionar que se encontra por definir o novo modelo para a prestação de serviços da sanidade animal para o ano de 2013. Os episódios atrás referidos vêm por em causa toda a cadeia alimentar, desde a produção, passando pela transformação, comércio e exportação. Para que todo o sistema esteja controlado, falta algo escasso nos nossos dias: dinheiro, para que a bota bata com a perdigota.

Cáritas lança projeto para jovens de cinco bairros sociais “Escolhas Acertadas” ∑ Sede numa casa do bairro municipal recuperada pela Câmara de Viseu A Cáritas Diocesana de Viseu arrancou em fevereiro com o projeto “Escolhas Acertadas”, destinado a promover a inclusão de crianças e jovens, que vai apoiar mais de 200 pessoas de cinco bairros camarários do concelho de Viseu: o bairro municipal, o bairro da Balsa, o bairro 1º de Maio, o bairro da pomba e o bairro da Aguieira. O projeto – o único aprovado pelo Governo no distrito de Viseu – integra-se no programa nacional de intervenção social ‘Escolhas 5ª Geração’, e está a ser desenvolvido pela Cáritas em conjunto com 14 entidades parceiras, a partir da sua sede estrategicamente criada no bairro municipal (ver caixa). “A ideia é que consigamos atingir 75 participantes diretos (crianças e jovens entre os seis e os 24 anos) que estejam em situação de exclusão na escola, propícios a comportamentos de risco como toxicodependência, tráfico de droga, crime, etc., e 200 pessoas de toda a envolvente”, adianta a coordenadora do projeto, Ana Pinto. Embora toda a dinâmica do projeto se concentre na sua sede, Ana Pinto adianta que o objetivo é descentralizar a intervenção, através da realização de atividades nos diferentes bairros, que passam pelo apoio ao estudo, desporto, informática, iniciativas dirigidas aos

foto legenda Cerca de 100 mulheres, quase todas de Repeses, Viseu, celebraram o Dia Internacional da Mulher de forma diferente. As mulheres assistem à celebração de uma missa, uma tradição que conta já 24 anos. Depois da missa, jantam, dançam e confraternizam.

Emília Amaral

Opinião

A Único projeto aprovado no distrito de Viseu pais, dança, teatro, fotografia e outras: “Por exemplo atividades no âmbito da saúde, já que um dos problemas nestes jovens são os comportamentos sexuais de risco, e o apoio ao encaminhamento e procura de emprego”. O presidente da Cáritas de Viseu, José Borges acrescenta que a candidatura foi feita “precisamente a pensar nesta lapso que havia nos bairros sociais”, lembrando que o objetivo é integrar os jovens na sociedade “incentivando-os a irem à escola”, ao mesmo tempo que “criou mais quatro postos de trabalho”. Mediador comunitário.

Uma das particularidades do programa é exigir um mediador comunitário na equipa do projeto que vai ajudar ao levantamento de casos a necessitarem de ajuda. António Pinto, de 31 anos, morador no bairro da Balsa onde reside uma forte comunidade cigana, foi a escolha da Cáritas para

o projeto. Abandonou a escola depois de completar o 9º ano em regime noturno, para ingressar na vida de feirante. Casado, pais de dois filhos, António Pinto estava desempregado e agarrou a ideia “ de bom grado”. “Dou-me muito bem no bairro e sinto que posso ajudar muita gente na exclusão social, principalmente a nível escolar e em outras precaridades. Vai ser muito importante para eles e sobretudo para as crianças”, revela. Ao “desafio” de ajudar a integrar a sua comunidade cigana, António Pinto tem agora emprego e o compromisso de fazer o 12º ano. José Borges mostra-se satisfeito pela Cáritas ver “finalmente” o projeto aprovado, só lamenta trataremse de ações a prazo. “São projetos de terreno essenciais, porque os técnicos contactam muito com as famílias, só que, quando dominam bem a situação acabam. É quase que deitar dinheiro fora”, conclui. Emília Amaral

Projetos locais no bairro municipal

∑ A autarquia está a demolir o velho bairro social para construir novas habitações, mas vai manter algumas das casas para desenvolver projetos locais. Uma dessas recuperações foi já efetuada para a atual sede do projeto ‘Escolhas Acertadas’. A futura sede da Cáritas pode também vir a ser construída naquele bairro. José Borges confirma que “há um projeto de intenções para que a câmara possa vir a ceder o terreno”.


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educação&formação

Tiago Virgílio Pereira

Alunos de Viseu premiados

A Presidente da junta de Cavernães diz que a solução da EP não resolve o problema

Alunos de Mundão promovem abaixo assinado sobre EN229

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Problema∑ Semáforos continuam desligados A Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas de Mundão, em Viseu promoveu um abaixo-assinado a exigir a ligação dos semáforos de limitação de velocidade e que sejam pintadas as passagens para peões, na Estrada Nacional (EN) 229, em Cavernães. A “indignação” dos alunos surgiu depois da morte do colega, Pedro Sousa, de 10 anos, em 20 de janeiro, atropelado por um veículo ligeiro de mercadorias, quando atravessava a estrada para ir para casa, depois de sair do autocarro escolar. As reivindicações arrastam-se desde 2010, após o acidente, o presidente da Junta de Freguesia de Cavernães reuniu-se com delegados do Ministério Público, para que estes reforcem a pressão junto da Estradas de Portugal (EP) para ligar os semáforos de limitação de velocidade, colocados há três anos na Estrada Nacional (EN) 229, mas até agora nada aconteceu. “Esta iniciativa pretende promover uma ação positi-

va e de sensibilização contra a passividade e ineficácia de quem se devia preocupar com a gravidade dos desastres rodoviários e não parece incomodarse mesmo nada, pois estes erros custam dinheiro aos contribuintes, mas custam sobretudo vidas”, lê-se no documento que já foi enviado à Estradas de Portugal, entidade diretamente responsável pela estrada, mas também a autarcas, deputados eleitos por Viseu, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e Comandante da GNR de Viseu. A Associação de Estudantes adianta que o “trágico acidente” serviu para os alunos se mobilizarem “numa campanha que obrigue as EP a um esforço de segurança nessa estrada e mais concretamente em Cavernães”. Os estudantes recordam que a EN229 é muito usada por pessoas dos concelhos de Sátão, Vila Nova de Paiva, Tarouca, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono, Tabuaço e S. João da Pesqueira, no dis-

A Escola Mariana Seixas foi uma das instituições premiadas no “V Concurso de Inovação e Empreendedorismo GPS”, que decorreu na passada quinta-feira, no Instituto Politécnico de Viseu (IPV). A ideia dos alunos viseenses foi a vencedora na categoria de ensino secundário, com o melhor projeto, “Print it”, uma impressora 3D que pretende fornecer serviços de criação e impressão de objetos. O concurso, uma iniciativa do Grupo GPS Educação e Formação, que contou este ano com o apoio da Escola Profissional Mariana Seixas, recebeu 25 candidaturas, provenientes de 23 escolas do grupo GPS e teve como principal objetivo “fomentar o empreendedorismo, a inovação e a criatividade dos jovens”, premiando as melhores ideias de

trito de Viseu, assim como de Aguiar da Beira e Trancoso, no distrito da Guarda, “quer nas deslocações para a cidade de Viseu, quer como acesso às autoestradas A24 e A25”. A diretora do Agrupamento de Escolas de Mundão, Benvinda Silva afirma que a iniciativa partiu dos estudantes num gesto de indignação pela morte do colega, mas contou com o apoio da direção do Agrupamento e dos professores das escolas, por considerarem tratar-se de “um problema”. O presidente da junta de Cavernães revela que recebeu no final da semana passado uma comunicação da EP a informar que a ligação dos semáforos “está a ser contratualizada com a EDP”. No entanto, para o autarca a solução é um “adiar do problema” já que os semáforos não têm informação para peões, apenas para automobilistas e as passadeiras não vão ser pintadas. Emília Amaral

projetos “aplicados a setores impulsionadores para o futuro da economia”, explicou Gonçalo Ginestal, diretor da Escola Mariana Seixas. A iniciativa pretendeu ainda “promover o espírito de iniciativa e de dinamismo”. Na categoria ensino básico destacaram-se o Colégio Oriente, de Lisboa, com “Uma caneta para a vida”, um marcador ecológico, feito a partir de materiais utilizados no dia-a-dia e inovador ao nível do recarregamento de tinta e distinguidos com a Menção Responsabilidade Ambiental e Social e a Menção Apresentação. Ainda no ensino básico, o Instituto Vasco da Gama, de Ansião, com a Menção Inovação. Já na categoria ensino secundário, saíram vencedores a Escola Profissional Mariana Seixas, a Escola Profissional e Artística

da Marinha Grande com a Menção Inovação, o Instituto Técnico-Profissional da Figueira da Foz com a Menção Responsabilidade Ambiental e Social, o Externato D. Fuas Roupinho, da Nazaré, com a Menção Apresentação e o Colégio Santo André, de Mafra, com a Menção Sustentabilidade Económica. O júri de ambas as categorias era composto por personalidades e entidades ligadas aos setores económico, social e académico, como o Instituto Politécnico de Viseu, a Associação Comercial do Distrito de Viseu, o IAPMEI, o Grupo Visabeira, a Câmara Municipal de Viseu, a Comunidade Intermunicipal da Região Dão-Lafões, a Associação Empresarial de Viseu, o Centro de Emprego de Viseu e o Instituto Piaget de Viseu. MC


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economia FEIRA DE ANTIGUIDADES EM MANGUALDE

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

A Feira de Antiguidades chega domingo, dia 17, a Mangualde. O Largo do Rossio acolhe durante todo o dia, a tradicionalmente designada feira de velharias que tem como objetivo a venda de artigos usados, que se possam considerar velharias ou antiguidades. É uma forma de criar novas oportunidades de negócio. Como é habitual, terá entre 15 a 20 expositores. Até ao fim do ano, esta feira repetir-se-á nos dias 16 e 21 de julho, 18 e 31 de agosto, 1 de setembro e 15 de dezembro.

“Marca” de Viseu Região - contributos para o debate

VISAR PROMOVE WORKSHOP DE DEFESA PESSOAL Defesa pessoal é o próximo workshop promovido pela Visar, e enquadra-se nas celebrações do 15º aniversário. O evento decorre no próximo dia 25, às 19h00, no ginásio da Escola Grão Vasco, e conta com a presença do Mestre José da Fonseca Oliveira, 6º Dan de Karate, com 35 anos de experiência. Contextualizar a defesa pessoal como um conhecimento profissional próprio e indispensável à formação individual, abrangendo conteúdos cognitivos, psicomotores e afetivos, são objetivos deste workshop. A defesa pessoal é a forma mais básica que possuímos: os nossos instintos naturais de sobrevivência, perante uma agressão permitir-nos-ão reagir de forma correta e eficaz, e na mesma proporção de força perante determinada ameaça. Em 2013, a Visar promove 15 eventos. O mais recente aconteceu no Hotel Montebelo, em Viseu, em que se debateu o orçamento de estado para 2013. Para mais informações e inscrições, os interessados deverão contactar a organização através do 232 416 689 ou pelo email marta.oliveira@visar.pt

Viseu junta-se à “Portugal Restaurant Week” Casa da Ínsua e Montebelo∑ Chefes preparam menu exclusivo por 20 euros O distrito de Viseu junta-se à maior iniciativa gastronómica do país, a primeira edição do “Portugal Restaurant Week”, que irá decorrer a partir de hoje e até dia 24, em cerca de 150 restaurantes de luxo do país. Viseu estará representado com dois restaurantes: o da Casa Ínsua, em Penalva do Castelo, e o do Hotel Montebelo, em Viseu. O “Restaurant Week” é uma

iniciativa que acontece em várias capitais europeias e que chegou, em 2009, a Portuga l com várias edições regionais (Lisboa, Porto, Cascais e Loulé). Pela primeira vez, a iniciativa alarga-se a todo o país para a primeira edição do “Portugal Restaurant Week”. O método será o mesmo, durante dez dias, os chefes de restaurantes de luxo vão preparar um menu exclusivo para a inicia-

tiva, a um preço único de 20 euros, que inclui entrada, prato principal e sobremesa. O evento tem ainda uma vertente de responsabilidade social associada, pelo que por cada refeição servida é sempre oferecido um euro a reconhecidas associações e instituições nacionais. Neste caso, as verbas irão reverter para o Movimento Mulheres de Vermelho e para a Associação Corações com Coroa.

A competitividade dos territórios é cada vez mais perspetivada a partir de cidades âncora em concertação com a região envolvente. Um pilar estruturante desta ideia é uma especialização produtiva diferenciadora, baseada nas vantagens comparadas locais que necessariamente estão associadas a recursos endógenos. Neste sentido, a proposta da Câmara Municipal de Viseu de alterar a designação (e sede) da Comunidade Inter Municipal da Região Dão-Lafões para CIM da Região de Viseu, pese embora eventuais incompreensões iniciais, é pertinente, podendo contribuir para potencializar melhor um ativo geoeconómico com cerca de 300 mil habitantes. Coincidentemente, num gesto salutar nesta “Idade de mudança”, o presidente da Associação Comercial de Viseu trouxe a debate a questão da “Marca Viseu”. É vital refletir este conceito de modo a melhor concretizá-lo e assim contribuir-se proactivamente para uma estratégia de crescimento socioeconómico sustentável de Viseu-Região, implementada e catalisada pelos diferentes agentes de desenvolvimento, incluindo associações, empresas e autarquias. A integraçãointeração destes em prol deste desígnio significa economias de escala nas áreas de comercialização e marketing, economias externas, melhoria da produtividade e valorização de outros setores. A conceção de Marca no contexto das cidadesterritórios não pode ser redutoramente simbólica, uma imagem instituída “superficialmente” por marketing, “um traço de personalidade reconheci-

Pedro Baila Antunes Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu baila@estv.ipv.pt

do”, porque temos bom vinho e gastronomia ou porque somos acolhedores. De igual modo, o slogan “A Melhor Cidade para Viver”, ainda que seja retumbante e colha reconhecimento, é territorialmente cingido e epidérmico, não resultando de uma força motriz geradora e disseminadora de riqueza. A “Marca” de ViseuRegião terá de emanar de um modelo dinâmico de crescimento, sustentado na atividade económica, que impulsione a criação de valor acrescentado, articulada em torno de um ou mais produtos ou setores regionais. Não pode ser um fim em si mesmo, terá que ser também uma via de sustentação do próprio modelo. A multidiversificada fileira florestal é de há muito entendida como um cluster prioritário para Portugal, tem peso no setor primário e estende-se à indústria e mesmo aos serviços. Um cluster com potencialidades industriais é tanto mais relevante quando se começa a falar da reindustrialização europeia. Viseu-Região, por razões facilmente fundamentadas, tem um potencial expressivo para se poder constituir como (o) polo nacional de desenvolvimento do cluster floresta. Em “consórcio” com este setor, e igualmente colados à imagem Verde que a Cidade-Região projeta, outros setores poderão ser fomentados, como a agricultura, incluindo o vinho, as energias alternativas, o termalismo (eventualmente reposicionado para abarcar um púbico mais ativo e jovem), para além de outras tipologias de turismo associadas à natureza, ao património e aos eventos.


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 15

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Fim de semana gastronómico em Moimenta da Beira

Javali com castanhas, tarte de maçã e um trago degustado de um “Terras do Demo - Olho de Perdiz”, espumante leve, borbulhante e de paladar frutado. É a ementa de quatro restaurantes do concelho para o fim de semana gastronómico de 29, 30 e 31 de Março: “Moinhos da Tia Antoninha”, “Peto Real (Hotel Verdeal)”, “Pico do Meio-Dia” e “Prato Dourado”. O programa assume também uma vertente cultural com visitas gratuitas à “Fundação Aquilino Ribeiro”, em Soutosa, no sáPublicidade

bado. A iniciativa decorre dos “Fins de Semana Gastronómicos”, que uma vez mais a “Turismo Porto e Norte de Portugal” promove nesta região do país, que integra o concelho de Moimenta da Beira. O objetivo é aproveitar a rica gastronomia tradicional e os seus produtos endógenos para afirmar o município e a região no contexto turístico e conseguir que se transformem e consolidem como ‘destino de férias’ para nacionais ou estrangeiros, em qualquer período do ano.

Adega de Mangualde em festa 50 anos∑ Comemorações, até ao final do ano, incidem na responsabilidade social e na sustentabilidade ambiental A Adega Cooperativa de Mangualde está a comemorar os 50 anos de atividade. Para assinalar a data está a desenvolver, até ao final ano, várias atividades para associados e amigos. A responsabilidade social e a sustentabilidade ambiental são as grandes preocupações da direção da cooperativa de Mangualde nestas comemorações. (comente) Uma das atividades na

área da responsabilidade social prende-se com a criação de rótulos desenhados por crianças da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Viseu. As 50 garrafas de vinho (uma por cada década), rotuladas pelas crianças, serão leiloadas e os fundos revertem para a APPACDM. A criação de um vinho

e a Campanha Verde são duas das atividades que realçam a aposta da Adega Cooperativa de Mangualde n a s u ste nt a bi l id ade ambiental. O vinho, Flor de Mangualde, será produzido em vinhas em montanha com baixo rendimento por hectare. O tratamento das águas residuais para posterior utilização na rega dos jardins, bem como encaminhamento de cartão e ou-

tros resíduos para centros autorizados, são práticas de sustentabilidade que a direção quer manter. Ações de sensibilização sobre viticultura, um jantar vinícola, uma noite cultural, arraial beirão, congresso temático e a criação de um eco-museu, são algumas das atividades que a Adega Cooperativa vai desenvolver. Micaela Costa

Noivas desfilam na Quinta do Barreiro Decorre domingo, 17, um desfile de noivas na Quinta do Barreiro em Viseu. O evento, com início

às 14h30, visa divulgar as criações das estilistas, Estela Silva, Teresa Macário e Maria do Castelo. Os

presentes têm ainda a possibilidade de assistir a exposições e degustares várias iguarias da região.

No desfile de noivas estará presente a miss Portugal, Tânia Costa e o cantor Ricardo Azevedo.


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desporto EVENTO “SÁTÃO COM DESPORTO E SAÚDE” TEM NOVA DATA

Segunda Liga P J 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 30 31 31 30 31

1 Belenenses 75 2 Arouca 53 3 Sporting B 51 4 Leixões 50 5 Santa Clara 49 6 Oliveirense 49 7 FC Porto B 47 8 Desp. Aves 46 9 Penafiel 46 10Benfica B 45 11 U. Madeira 44 12Portimonense 44 13Tondela 44 14Naval 39 15Feirense 36 16Atlético CP 34 17Marítimo B 34 18SC Braga B 29 19Trofense 28 20Sp. Covilhã 26 21Guimarães B 23 22Freamunde 21

V 23 15 13 13 13 13 12 11 13 12 10 12 12 9 9 9 10 7 6 5 4 4

E 6 8 12 11 10 10 11 13 7 9 14 8 8 12 9 7 4 10 10 11 11 9

D GMGS 2 57 24 8 48 34 6 47 33 7 35 26 8 46 35 8 43 36 8 39 33 7 35 34 11 33 29 10 51 40 7 36 32 11 42 41 11 39 39 10 40 42 13 43 48 15 35 47 17 28 35 13 27 37 15 24 42 15 27 41 15 14 34 18 27 54

31ª Jornada Portimonense Marítimo B Sp. Covilhã Atlético Desp. Aves Guimarães B Leixões Oliveirense Tondela Penafiel Sporting B

1-2 3-0 1-2 2-2 1-1 0-2 1-0 2-1 1-2 2-1 1-3

Belenenses Trofense FC Porto B Freamunde U. Madeira Benfica B Arouca Sp. Braga B Feirense Naval 1º Maio Santa Clara

-

Guimarães B Atlético Desp. Aves Leixões Marítimo B Arouca Penafiel Oliveirense Sp. Covilhã Portimonense Sporting B

Segunda Div. CENTRO 1 Cinfães 2 Ac. Viseu 3 Sp. Espinho 4 Operário 5 Pampilhosa 6 Benfica CB 7 Anadia 8 Sousense 9 Coimbrões 10 S. João Ver 11 Nogueirense 12 Tourizense 13 Cesarense 14 Lusitânia 15 Bustelo 16 Tocha

P 47 44 38 37 36 36 33 33 32 32 28 24 22 20 19 12

J 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23

V 13 12 10 10 10 9 10 8 7 9 7 6 5 4 3 2

E 8 8 8 7 6 9 3 9 11 5 7 6 7 8 10 6

D GMGS 2 43 18 3 32 16 5 28 22 6 35 27 7 35 30 5 35 26 10 23 27 6 29 24 5 30 29 9 29 31 9 23 27 11 20 26 11 17 29 11 31 41 10 18 32 15 18 41

23ª Jornada Ac. Viseu Anadia Cesarense Coimbrões Lusitânia Operário S. João Ver Tocha

3-0 0-1 0-0 1-1 0-3 1-0 2-5 0-1

Sp. Bustelo Benfica CB Pampilhosa Cinfães Sp. Espinho Nogueirense Sousense Tourizense

24ª Jornada Nogueirense Benfica CB Cinfães Coimbrões Pampilhosa Sousense Sp. Bustelo Tourizense

-

Lusitânia Cesarense Tocha Sp. Espinho Operário Anadia S. João Ver Ac. Viseu

DR

32ª Jornada Feirense FC Porto B Tondela Belenenses Freamunde Trofense Benfica B Naval 1º Maio Santa Clara U. Madeira Sp. Braga B

A Académico de Viseu vence e lança aviso ao Cinfães, a duas jornadas das duas equipa se defronatrem Futebol

Tondela continua mau momento e Académico “cola-se” ao Cinfães Jogos ∑ Tondela - Desportivo das Aves (domingo à 11h15); Tourizense - Académico de Viseu e Cinfães - Tocha (domingo, às 15h00) O Tondela voltou a somar mais uma derrota no campeonato. Apesar do bom desempen ho da equipa tondelense na estreia na segunda liga, as últimas quatro jornadas não têm corrido de feição à formação de Vítor Paneira, que deixou escapar 12 pontos. No passado fim de semana, o Tondela podia ter aproveitado o deslize do segundo classificado, Arouca - que perdeu frente ao Leixões (1-0) e reduzir a desvantagem que os separa, mas assim não aconteceu e desperdiçou os três pontos. O treinador do CD. Tondela afirmou que a

equipa “não está com a mesma confiança e clareza de há uns tempos atrás”, o que acaba por se refletir nos resultados. Apesar da equipa da casa se ter adiantado no marcador, o golo não foi suficiente para arrecadar a vitória frente ao Feirense (1-2) no passado domingo. O técnico da formação de Tondela afirma que a equipa tem que continuar a trabalhar para melhorar os resultados. “É preciso continuar a trabalhar com os jogadores de forma a motivá-los”. Os tondelenses mantêm os 44 pontos e ocupam a 13ª posição.

Domingo, recebem o Desportivo das Aves, 8º classificado, e em caso de vitória o Tondela pode voltar a subir na tabela e “dar a volta por cima”, como adiantou Vítor Paneira. O treinador disse ainda que agora o importante é “pensar nos próximos jogos”. Na segunda divisão centro destaque para a equipa academista que encurtou a distância em relação ao primeiro classificado, Cinfães. Com a vitória do passado fim de semana por três bolas a zero, frente ao Bustelo, o Académico de Viseu está agora a apenas três pontos do

adversário direto. Já o Cinfães não foi além de um empate (11) frente ao Coimbrões e deu espaço aos academistas para somarem pontos a duas jornadas de as duas equipas se defrontarem. Contudo o Cin f ães continua a liderar a tabela com 47 pontos, seguido do Académico de Viseu com 44. Domingo, pelas 15h00, joga-se a 24ª jornada, com o Cinfães a receber o último classificado, Tocha e o Académico de Viseu desloca-se à casa do Tourizense, 12º classificado. Micaela Costa

Devido às condições meteorológicas adversas, o evento desportivo “Sátão com Desporto e Saúde”, agendado para o passado domingo, 10, foi adiado para o dia 14 de abril, mantendose todo o programa. O evento, organizado pelo município de Sátão, com a colaboração do Centro de Saúde de Sátão, visa “incentivar cada vez mais as pessoas para a prática desportiva e convencê-las dos seus benefícios para a saúde e bem-estar físico e psíquico” e ainda “incentivar as pessoas para a prática de desporto ao ar livre”, explicou a organização em comunicado. Do programa “Sátão com Desporto e Saúde”, fazem parte várias atividades: uma caminhada com um percurso de cerca de 6 Km (dificuldade baixa/ média), uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio da obesidade com a avaliação da Tensão Arterial, Glicémia e Índice de Massa Corporal, por parte de técnicos especializados da Unidade Móvel de Saúde.

FÉRIAS DESPORTIVAS EM ARMAMAR Decorre entre os dias 18 e 23, mais uma edição do programa Páscoa férias Desportivas no municipio de Armamar. Natação, ténis de mesa, rapel, insuf láveis, torneios de futebol e de polo aquático, são algumas das atividades de que os mais novos podem disfrutar. A semana das férias desportivas, termina com uma caminhada no sábado se as condições meteorológicas o permitirem. Esta caminhada é aberta ao público em geral e no final a Junta de Freguesia da Folgosa, local da chegada, oferece o almoço aos participantes. As inscrições estão abertas na Piscina Coberta de Armamar até ao primeiro dia do programa, Segunda-feira, 18, e têm um custo de 15 euros por criança.


MODALIDADES | DESPORTO 17

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Rui Almeida fora do Viseu 2001 Decisão ∑ Direção dispensa treinador a pensar na fase final do campeonato

Penedono pode fazer a “dobradinha” O Grupo Desportivo e Cultural de Penedono tem a possibilidade de fazer a “dobradinha” se vencer a final da Taça Distrital, sábado 16, no Pavilhão do Inatel em Viseu pelas 18h00. O jogo frente à formação dos Unidos da Estação dá a possibilidade às novas campeãs distritais de arrecadarem mais um título.

No pa ssado dom i ngo, 9, a formação de Penedono venceu a Casa Benf ica de Pesqueira, goleando o último clas-

sificado por 16 a 1, uma vitória que deu a possibilidade à eqipa de Penedono de ultrapassar, na reta f inal, a equipa

dos Unidos da Estação e ga ra nti rem o tít u lo de campeão distrital de Seniores Femininos da Associação de Futebol (AF) de Viseu 2012/2013. As novas campeãs term i na ra m com o ciclo vitorioso do clube de São Pedro do Sul que, nas últimas seis temporadas, liderou a tabela. MC

Rali

Viseenses em Castelo Branco DR

A equipa sénior de futsal do Viseu 2001 ficou esta semana sem o treinador Rui Almeida. Segundo a direção, clube e treinador chegaram a acordo no sentido de terminarem o “vínculo que os unia”. Porém, o ex-técnico fala em decisão tomada pela direção. “Apenas foi-me informado que eu já não seria mais o treinador do Viseu 2001”. O ex-treinador estava ligado ao Viseu 2001 há cerca de 5 anos, 3 dos quais enquanto treinador principal da equipa sénior de futsal e também com funções nas camadas de formação. Rui Almeida não esconde a tristeza de ter sido afastado da equipa a poucas jornadas do final do campeonato. “É um amargo de boca sair sem nunca chegar a saber se cumpriria ou não os objetivos propostos”. Paulo Lopes, presidente da direção, explica que esta decisão se prende com a procura de um treinador “com um perfil diferente e que acrescente mais qualidade”. A fase decisiva que o clube atravessa e os jogos importantes das próximas jornadas são, para Paulo Lopes, a causa desta decisão. “Os resultados são importantes e estamos numa fase decisiva. Nas próximas jornadas defrontamos clubes que estão no topo da tabela e achámos que esta era a melhor decisão”. Por outro lado, o extreinador do Viseu 2001 refere que as últimas jornadas foram positivas. “Em dezembro estávamos a 12 pontos do pri-

Futsal Feminino

A

Ligado ao clube há cerca de cinco anos, 3 dos quais como treinador meiro lugar, agora estávamos apenas a quatro. Quando poucos acreditavam demos a volta e estávamos a passar um bom momento”. O ex-mister diz aceitar a decisão embora não concorde, “vou respeitar, aceito mas não concordo com a decisão, mas quem manda é a direção”. Para Paulo Lopes esta “foi a decisão mais difícil da história do clube”, “pela amizade dedicação, honestidade e amor que o mister sempre teve ao Viseu 2001, acrescentou o presidente. Rui Almeida sublinha a paixão pelas funções que desempenhava. “Quando deixamos de fazer o que gostamos sentimo-nos tristes, especialmente numa atividade onde criámos laços de amizade”. A direção convidouo a fazer parte da estrutura do clube, “em funções a definir, na próxima época”, assunto que o ex-treinador diz não fazer parte das suas preocupações neste momento. “Já não tenho qualquer ligação com o clube e para já não penso em colaborações futuras”. Micaela Costa

Decorreu no passado sábado, 9, o Rali de Castelo Branco, prova do Open de Ralis. David Azevedo jovem piloto viseense acabou por desistir da prova após a quarta especial, devido a uma avaria na direção assistida do Peugeot 205 MI16. O mau tempo e os

troços muito sujos tornaram a prova bastante difícil mas, até ao momento do abandono, a dupla David Azevedo/Francisco Brites, fez um rali que correspondeu às expectativas. O piloto de Viseu, navegado pelo seu pai, chegou a ocupar o 5º lugar no Re-

gional Centro, o 3º lugar dentro da sua categoria e o 20º lugar da classificação geral do Open. V i s e u e ste t a m b ém representado no R a li Sprint, prova integrada no Rali de Castelo Branco, com duas equipas: José Lopes/Pedro Vaz e Rúben Lopes/Alexandre

Marques. Rúben Lopes foi obrigado a desistir, após a 1ª Especial, no seu Ford Escort MK1, já o seu pai, José Lopes conseguiu levar o Lancia Delta Integrale até um excelente 4º lugar, obtendo tempos muito bons entre os participantes. MC

CONVITE No dia 16 de março (sábado), pelas 17 horas, na Pousada de Viseu, vou apresentar oficialmente a minha candidatura, pelo Partido Socialista, à Câmara Municipal de Viseu. O secretário-geral do PS, António José Seguro, aceitou acompanhar-nos neste momento tão importante e decisivo para o futuro do nosso concelho, pelo que a sua presença seria uma honra para todos nós. Viseu conta com todos. Viseu conta consigo para ter mais emprego e melhor futuro!

http://josejunqueiro2013viseu.blogspot.pt


D “Gerações” em Mangualde

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culturas expos

Arcas da memória

Destaque

João Mateus – O gesto da despedida Ao jeito de homenagem

Até dia 31 de março Exposição de escultura “Coisas da Natureza”, de Adelino Cunha.

VISEU ∑ FNAC Até dia 1 de abril Exposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto. TONDELA ∑ Mercado Velho Até dia 28 de março XI Exposição coletiva de arte popular do concelho de Tondela.

José Alfredo

Até dia 31 de março Exposição de desenho “Aldeia Estúpida”, de Luís Belo.

Até dia 31 de março Exposição de pintura “Verso e Reverso 2”, de Irene Decorações.

António Oliveira ajuda a “Reinventar o Circo!” Teatro Viriato ∑ De 18 a 22 de março, pela companhia Radar 360º O Teatro Viriato recebe uma oficina de malabarismo e equilíbrio, de 18 a 22 de março, denominada “Reinventar o Circo!”, sob a orientação de António Oliveira, pela companhia Radar 360º. Depois do sucesso da primeira edição da oficina, António Oliveira regressa ao teatro viseense para, através de jogos de malabarismo e equilíbrio, procurar explorar com os participantes os limites da gravidade

dos objetos e dos corpos, aprofundando as diferentes perspetivas sobre a forma como são vistos e utilizados os objetos que nos rodeiam. A oficina, das 10h00 às 12h00 e das 14h30 às 17h30, é dirigida para crianças e jovens dos 10 aos 14 anos. Com lotação de 14 participantes e um custo de 15 euros. Como discipli n a , o malabarismo desenvolve a concentração, estimula a coordenação motora, aumenta o sen-

tido rítmico dos praticantes e desenvolve a autoconfiança, constituindo um desafio constante ao praticante uma vez que explora o controlo físico, a persistência, a concentração, a inteligência racional e os reflexos instintivos. No f inal da of icina, dia 23, pelas 11h00, haverá uma apresentação informal ao público geral do trabalho desenvolvido.

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h30, 00h10* Snitch - infiltrado (CB) (Digital)

16h15, 19h00, 21h40, 00h30* Argo (M12) (Digital)

Die Hard: Nunca é bom dia para morrer (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h20, 15h25, 17h30 Zarafa VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h00, 23h50* Guia para um final feliz (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h55, 21h10, 00h05* Aguenta-te aos 40! (M12) (Digital)

14 | março | 2013

Mangualde acolhe até 30 de abril a mostra de pintura e desenho de Daniel Barreiros intitulada “Gerações”. Os trabalhos estarão em exposição na Biblioteca Municipal. A entrada é livre.

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até dia 31 de março Exposição de artesanato “Artesanato Sobral”, de Regina e Acácio Sobral.

Jornal do Centro

Sessões diárias às 13h50, 16h45, 21h20, 00h15* OZ: O grande poderoso (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h35, 19h10, 21h50, 00h25* Jack o caçador de gigantes (CB) (Digital) Sessões diárias às 13h30,

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h50, 16h10, 18h30, 21h50, 00h30* Tudo por um bebé (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h00, 19h30, 22h00, 00h20*

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 13h30, 16h25, 21h15, 00h10* OZ: O grande poderoso (M12) (Digital 3D)

João Mateus, o Dr. Mateus, para os amigos que sempre o tratavam com respeito, não teve tempo de despedir-se de nós quando partiu para a sua última viagem. Fomos nós, os amigos, despedir-nos dele. Alguns não foram, não souberam, que tempo lhe não sobrou para avisar. Estava um dia frio e chovia. Chovia muito. Mas ele já não sentia as inclemências que só acontecem debaixo deste céu cinzento que nos cobre. Na serenidade da partida, porque ele ia sereno, dizia quem o viu e a mim também me pareceu que assim seguia, nesse ignorado caminho que vagueia pelo longínquo azul de cujas paisagens jamais tivemos um qualquer retrato, já não pôde olhar para trás, dizer “bom dia” como sempre fazia nas manhãs da cidade, quando vagabundeava nesta estranha terra dos homens que todos têm percorrido com tão pouca demora. Não levou nada consigo, me pareceu. Apenas umas flores. Vi um pequeno ramo de flores amarelas dentro do caixão. E outros ramos que lhe puseram ao redor. E uma roupa elegante. Que lhe ficava bem para a viagem. Que lhe ficaria bem nos termos dela. Demorada, se era, a viagem, isso não sei. Do amigo fica-nos uma comovida saudade. Lembrá-lo-emos nos seus pas-

Vigarista à vista (CB) (Digital) Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h30, 18h45* As fantásticas aventuras de Tad VP (CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h15, 18h50, 21h30, 00h05* Jack o caçador de gigantes (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h00, 23h30* O último desafio (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h35, 19h10, 21h40, 00h15*

Legenda: *sexta e sábado

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

sos ligeiros, imerso às vezes nos seus pensamentos. Lembrá-lo-emos na mesa do Café onde permanece o seu lugar vazio, o jornal pousado com notícias de que já não precisa de saber. Lembrá-lo-emos numa mesa de confrades, numa mesa de qualquer reunião, numa mesa de Congresso, de Jornadas, numa cadeira de vária plateia, a mão no ar, e uma palavra sempre, uma palavra que era sempre a favor de uma causa só de bem, de uma causa da cidade, da República ou do Rei. Navegando na NET como se fora carrossel. Longo dossier, o seu curriculum, nesse ofício de notário ou de juiz que às vezes também foi, político com assento na Magna Assembleia, paladino do desporto, generoso fundador de Associações onde serviu e eu me lembro da Proviseu, do préstimo que cumpriu, do Conservatório de Música que dela se desprende como braço, dos Amigos do Museu de Grão Vasco que lhe mereceram apaixonada devoção e de outras causas, tantas, que eu não sei. Não faz mal. Se lhe pedirem contas, leva tudo organizado nos papéis daquela pasta que sempre transportava.

Estreia da semana

Vigarista à vista – Diana é

uma mulher imatura e endividada que encontra uma rápida solução para os seus problemas financeiros, quando um cartão de crédito vai parar por acidente às suas mãos. Para o utilizar e resolver as suas dificuldades económicas, Diana terá que assumir a identidade do dono do cartão, Sandy Bigelow Patterson, um homem bem intencionado e controlado, que agora terá que confrontar Diana e evitar que ela destrua a sua vida com o seu plano ilegal.


Jornal do Centro 14| março | 2013

culturas Variedades

D Comédia visual no Ribeiro Conceição

O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, recebe Gregor Wollny, num espetáculo de comédia visual, no sábado, dia 16, às 21h30. O preço varia entre os 5 e os 24 euros.

O som e a fúria

Destaque

Workshop de fotografia O município de Sátão, em parceria com a United Events, promove, no próximo dia 23, um workshop de fotografia, na Casa da Cultura, das 10h00 às 18h00, ministrado pelo fotógrafo André Filipe Flor Figueiredo. O workshop é dirigido a todos os amantes de fotografia, profissionais ou amadores, e terá uma componente teórica e outra prática. Os interessados devem fazer a sua inscrição através do número de telemóvel 964474360, dos números de telefone 232980007 e 232980000 ou ainda através do correio eletrónico geral@unitedevents.pt e casa.cultura@cm-satao.pt, até 20 de março. O preço é de vinte e cinco euros, com almoço incluído.

“Festival de Clarinetes do Dão” no fim de semana O “4.º Festival de Clarinetes do Dão”, realiza-se este fim de semana, em Santa Comba Dão e, pela primeira vez, em Carregal do Sal. Trata-se de um evento que tem vindo a impor-se a nível nacional e internacional, quer pela qualidade do ensino que é ministrado nas masterclasses aos amantes do clarinete, mas também pela qualidade dos concertos para o público em geral. O evento é promovido pela classe de clarinetes do Conservatório de Música e Artes do Dão (CMAD).

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O fim das belas adormecidas na indústria entretenimento? Maria da Graça Canto Moniz

Carlos Mendes e Miguel Coelho em noite de jazz “Quintas ao Jazz” ∑ Até abril, espetáculos no Lugar do Capitão O guitarrista Carlos Mendes e o contrabaixista Miguel Ângelo Coelho, atuam hoje, dia 14, no Lugar do Capitão, em Viseu, a partir das 21h30, integrando a programação da iniciativa “Quintas ao Jazz”. O guitarrista Carlos Mendes, compositor e pedagogo reconhecido, gravou recentemente com o seu quarteto o álbum de estreia “Estórias”, editado pela Numérica. O contrabaixista Miguel Ângelo Coelho, músico completo e eclético, que colabora regularmente com

um sem número de projetos e músicos de elite de diferentes estilos, une versatilidade e criatividade em perfeita simbiose com a guitarra de Mendes. A iniciativa “Quintas ao Jazz” resulta de uma parceria entre o Lugar do Capitão, que para além de bar funciona como um espaço de programação cultural gratuita de forma regular, e a Associação Cultural Gira Sol Azul, responsável pelo desenho da programação desta iniciativa. A primeira temporada das “Quintas ao Jazz”, decorre até final de abril e

pretende dinamizar a programação cultural nocturna e artística da região de Viseu e cultivar um género musical com pouca tradição na cidade. Em cada concerto, os protagonistas irão proporcionar uma viagem em tom intimista pelas sonoridades melódicas, harmónicas e ritmicas do jazz, com uma vertente de improvisação que tão bem caracteriza este género musical, permitindo desmistificar algumas ideias preconcebidas acerca do Jazz, como sendo o carácter elitista.

A triologia de Stieg Larsson e os “Hunger Games”, de Suzanne Collins, são relatos de duas áreas do entretenimento (a primeira literatura e a segunda cinema) com um ponto comum: personagens do sexo feminino velozes, de raciocínio rápido, resolutamente corajosos e impulsionados por desejos misteriosos que os tornam apelativos e enigmáticos. Cercadas por predadores, estas mu l heres rapidamente desenvolvem habi lidades pa ra so breviverem; atravessam fronteiras e desaf iam todos os que as vêm como presas fáceis. Mas, ao contrário do normal nos seus h o m ólo g o s d o s e xo masculino, estão comprometidas com causas sociais e mudanças políticas, temperam os seus objetivos violentos com justiça e misericórdia (penso, por exemplo, no “Kill Bill”, de Quentin Tarantino). Não digo que antes não existiam heroínas: basta pensar na princesa Scheherazade que usa da na rrativa para encantar o Rei Shahyr’s ou Gretel que atira a bruxa canibal para uma fornalha. Mas houve uma modificação a par da acentuada emancipação da mulher no último século. Já lá vão os tempos

descritos por Simone de Beauvoir: “Na música e história, o jovem é visto como o aventureiro que, em busca da mulher, mata dragões e gigantes; a mulher, essa, está trancada numa torre, num palácio, num jardim, numa caverna, à espera.” Será que nos despedimos destas belas donzelas adormecidas nos programas de entretenimento? Acho que sim. Recentemente, temos a Maya, do “Zero Dark Thirty”, uma agente da CIA obcecada com a captura de Bin Laden que tremelica em momentos de tortura mas nunca perde a determinação em capturar e punir os terroristas; Carrie Mathison, da fabulosa série “Segurança Nacional”, também obcecada na busca do terrorista Abu Nazir mas que até se apaixona por um alegado terrorista. Na música, lembro-me de Lady Gaga que não usa armas mas, com um aspeto meio dúbio, tem essa missão social de nos querer levar para um mundo melhor (com uma série de projetos sociais junto da juventude) apesar de ter nascido assim (na música “born this way”). Outras heroínas que encaixam no estilo são Lara Croft e a Alice do Resident Evil.

Variedades

Museu de Lamego assinala centenário de “O Ritual da Primavera” O Museu de Lamego assinala no sábado, dia 16, pelas 15h30, o centésimo aniversário de “O Ritual da Primavera”, da autoria de Igor Stravinsky, com uma audição comentada

e ilustrada. Assumida como uma das mais importantes obras sinfónicas do século XX, “O Ritual da Primavera” encerra uma trilogia de bailados que

Stravinsky compôs para a companhia dos Ballets Russes, de Sergei Diaghilev. Há 100 anos, com coreografia do bailarino Vaslav Nijinksy, a nova obra

estreava em Paris (29 de maio de 1913) e procurava de novos sons, ritmos, harmonias, continuando ainda hoje a influenciar gerações de compositores. A entrada é livre. TVP

“O Gigante” em Vila Nova de Paiva O Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, recebe a peça de teatro “O Gigante”, do Teatro Regional da Serra de Montemuro, hoje, dia 14, em duas sessões às 10h30 e 14h00. Durante cerca de uma hora, a peça conta a história de um avô só e sem forças para lutar.

Afastado das gentes deste local, vê-se agora com uma criança nos seus braços para cuidar, educar, ajudar e crescer. Uma Criança que vive num outro universo. Um universo de traquinices, onde tudo é possível, onde tudo é diferente da realidade. Uma criança que procura ainda a sua identidade.


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Jornal do Centro 14 | março | 2013

em foco II Feira do Fumeiro do Demo atrai centenas de pessoas Vila Nova de Paiva concretizou com sucesso, no passado dia 10, a segunda edição da Feira do Fumeiro do Demo com o apoio da ADDLAP e da Junta de Freguesia de Touro. O Parque Urbano desta freguesia foi o palco desta iniciativa que pretendeu promover e divulgar os produtos regionais de qualidade e dinamizar a economia local. As condições atmosféricas adversas não demoveram as largas centenas de pessoas que vieram degustar e comprar o típico fumeiro, o pão caseiro, os queijos, os licores, os doces, o mel e os legumes de produtores locais e de outros pontos do país. O artesanato também se fez representar por artesãos locais e do distrito de Viseu.

O auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV recebeu cerca de 200 professores que ouviram dicas de especialistas sobre “Educação para o Empreendedorismo”. De um modo geral, os palestrantes transmitiram a ideia partilhada por João Cotta, presidente da AIRV. “Os docentes têm a capacidade de influenciar a vida de um aluno e mudar o futuro de uma região”. Publicidade

Tiago Virgílio Pereira

Tiago Virgílio Pereira

200 professores no “Colóquio de Educação para o Empreendedorismo”

Mirtilo, uma oportunidade que ninguém quis perder A Aula Magna do IPV acolheu a “Jornada do Mirtilo – uma janela de oportunidades”, iniciativa direcionada aos produtores e potenciais interessados na produção de mirtilo, que responderam à chamada esgotando a lotação do auditório. O evento resultou de uma organização em parceria entre a Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga (AGIM) e Espaço Visual – Consultores de Engenharia Agronómica.


Jornal do Centro

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saúde e bem-estar Saúde oral e leitura juntam-se em projeto da Biblioteca de Mortágua A Biblioteca Municipal de Mortágua vai desenvolver um projeto de promoção da leitura e saúde oral, no âmbito do Programa SOBE – Saúde Oral e Leitura, uma iniciativa conjunta da Direção Geral da Saúde, do Plano Nacional de Leitura e da Rede de Bibliotecas Escolares. Na sessão de apresentação, que decorreu na passada sexta-feira, dia 8, ficou a saber-se que o projeto, com a duração de dois anos (2013-

201 4), visa estimular nas cria nças hábitos de higiene oral, através de visitas e palestras de profissionais da área de odontologia, histórias, teatro de fantoches e jogos educativos so bre o tema, promovendo a literacia e ao mesmo tempo a sensibilização para os cuidados efetivos de saúde oral, nas crianças e nas famílias. A ocasião serviu também para apresentar a mascote do projeto, o “Trinca Livros”, pelos

vários estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas de Mortágua. A m a s c o te , c r i ad a pela Biblioteca Municipal, vai assim dar cara ao projeto. Os autores da iniciativa reconheram que “a alegria e o entusiasmo com que [a mascote] foi recebida pelas crianças, deu para perceber que já se formou uma empatia com aquela figura divertida e sorri(dente)”. Emília Amaral

DR

Ideia∑ Estimular nas crianças hábitos de higiene oral

A Iniciativa decorre durante dois anos com alunos do agrupamento de escolas


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22 SAÚDE

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Tem a palavra

Unidade de radioterapia adiada Resposta∑ Ministério da Saúde responde aos socialistas e reune com autarca de Viseu, Fernando Ruas O Governo anunciou que não será criada em breve a unidade de radioterapia no Centro Hospitalar de Tondela – Viseu (CHTV). “A t e n d e n d o à a u sência de rede de referenciação oncológica dev idamente implementado; inexistência, no CHTV, de um serviço de oncologia médica capacitado” e ao “elevado custo associado a tais equipamentos, num contexto de assistência económ ica e financeira, torna-se inviável, por agora, a criação da unidade de radioterapia no Centro Hospitalar de Tondela – Viseu”. Esta é a resposta do gabinete do ministro da Saúde à perg unta colocada pelos deputados do Partido Socialista eleitos por Viseu, José Junqueiro, Acácio Pinto e Elza Pais. Na última reunião da Assembleia Municipal de Viseu, foi aprovado, por unanimidade, pedir novamente esclarecimentos ao Go-

verno sobre a unidade de radioterapia, mostrando-se aquele órgão autárquico unânime na necessidade de pôr em funcionamento a valência no Hospital S. Teotónio. As justif icações apresentadas pelo Governo foram contestadas pelo deputado do PS, José Junqueiro. “O ministro, nega a con st r uç ão do Centro Oncológico no Hospital Central, em Viseu, contrariando a Entidade Reg ul adora pa ra a Saúde (ERS), que reconhece a cidade como o melhor local para colocar este equipamento. E o PSD, para se desculpar, quer confundir o c o n c e ito d e ‘c e n t r o oncológico’ com o de, apenas, ‘radioterapia’ e invoca novamente o passado para iludir a fa lta de coragem em olhar para o futuro”, c o m e n to u Jo s é Ju n queiro em comunicado à imprensa. Já na sexta-feira, dia 8, o presidente da Câm a ra de Vi seu , Fer-

n a ndo Rua s , d isse à agência Lusa ter ob tido a garantia do ministro da Saúde de que o concelho continua a ser considerado a melhor localização para a instalação de um novo centro de radioterapia na região centro. Ferna ndo Ruas esteve reunido com o gover n a nte , tendo recebido a i n formação de que só dep oi s de conc lu íd a a rede de referenciação oncológica é que será possível saber se é necessário um novo centro de radioterapia na região. O autarca do PSD questionou o g ove r n a n te s o b r e a possibilidade que tem sido falada de o centro de radioterapia f icar no Centro Hospitalar da Cova da Beira e não em Viseu, tendo recebido a resposta de que “não conhecia nenhuma decisão, por punho dele, para outra qualquer localização”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

“Quando for reorganizada a rede oncológica, espero que Viseu venha no mapa”

1.

Ermida Rebelo O MinistériodaSaúdeconfirmouadecisãodeadiaroprocessoda criação de uma unidade de radioterapia no Hospital de Viseu?

Presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu

Tudo o que sei é através da comunicação social, ao Centro Hospitalar não chegou nenhum documento oficial sobre este assunto. Sabia que, atendendo aos constrangimentos económicos do Programa de Assistência Económica e Financeira, por agora, seria inviável a criação do centro oncológico em Viseu. É um argumento que compreendo, agora, não posso aceitar é que esse argumento não sirva para outros sítios.

2. 3.

Quer concretizar?

Se amanhã abrir num outro sito da região centro que não em Viseu, aí já não consigo compreender. Espero que, quando a situação financeira permitir a abertura de um centro oncológico, venha a ser e Viseu.

Quais são os argumentos para reivindicar isso?

Só em 2011/2012, passa de 200, o número de doentes a serem encaminhados de Viseu para Coimbra. Não estamos a falar em sessões, estamos a falar de doentes que se multiplicam por números de sessões. Compreendo a situação mas, quando ultrapassada, Viseu tem que ser referenciado como primeira linha. O hospital tem escala e pode receber doentes de outras localidades, nomeadamente do distrito de Guarda, o que faria aumentar a escala. Em termos de recursos humanos e em termos de instalações saberá adaptar-se a essa exigência. Quando for reorganizada a rede oncológica, espero que Viseu venha no mapa. É preciso ter em conta que Viseu faz o diagnóstico, faz o tratamento cirúrgico, a quimioterapia e os doentes só não são tratados aqui na sua plenitude, pela falta de radioterapia, quando necessária, tudo o resto é feito aqui no hospital. EA


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SAÚDE 23

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Obras Sociais recebem projeto “Pequeno Sorriso” Público∑ Iniciativa destina-se a crianças entre os três e os seis anos de idade Inicia-se amanhã, 15, o projeto “Pequenos sorrisos”, uma iniciativa dinamizada por alunos da Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSA), que frequentam o 25.º Curso de Licenciatura em Enfermagem. A iniciativa visa realizar sessões de educação para a saúde com o objetivo de incutir hábitos saudáveis de higiene oral e alimentação, otimizar as relações sociais entre as crianças e o meio envolvente, bem como promover a autoestima dos mais novos. O projeto decorre nas Obras Sociais do Pessoal da câmara municipal

A Alunos de enfermagem e a educadora Elisete Bastos na 1.ª reunião de trabalho e serviços municipalizados de Viseu e tem como público-alvo as crianças da educação pré-escolar, com idades compre-

endidas entre os 3 e os 6 anos. Os f ut u ros en fermeiros acompan ham ta mbém as educado -

ras e as auxiliares de educação n a prestação de cuidados e na dinamização de atividades lúdicas.


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24 SAÚDE & BEM-ESTAR

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Opinião

Cuide da sua saúde oral! Damiana Fernandes Higienista Oral – CMDV FRESH UP

A carie e a gengivite são evitadas se não houver a acumulação e placa bacteriana e formação de tártaro. A forma mais eficaz de evitar as doenças anteriormente referidas é adotando uma boa higiene oral. Para tal, é necessário fazer fio dentário e escovar diariamente e em certos casos deve complementar-se com o uso de escovilhão e bochechos adequados ao problema. As escovas de dentes mais aconselháveis são as escovas de dureza macia a média para realizarem uma melhor remoção da placa bacteriana e não provocar trauma gengival que acontece quando se utiliza uma escova dura. A cabeça da escova deve ser pequena pois consegue atingir mais facilmente todas as áreas da boca incluindo os dentes posteriores de difícil acesso. As escovas eléctricas são uma boa alternativa quando utilizadas correctamente, estas podem fazer um trabalho melhor na escovagem dos dentes, particularmente para pessoas que têm dificuldades em escovar ou com menos destreza manual. Ambas as escovas (convencional ou eléctrica) devem ser trocadas quando apresentarem os filamentos tortos. A pasta dentífrica deve ser adaptada a cada caso. Actualmente existe uma grande variedade de pastas dentífricas adequadas a várias situações. Tal como a pasta dentífrica cada caso é um caso e existe uma grande variedade de elixires. No que diz respeito a crianças estas devem realizar diariamente um bochecho com flúor de forma a evitar a cárie dentária que é mais prevalente em crianças..

Obras na Unidade de Cuidados Continuados retomadas em breve Sernancelhe∑ Falência do empreiteiro comprometeu processo As obras de construção da Unidade de Cuidados Continuados de Sernancelhe devem ser retomadas em breve, depois de meses paradas devido à falência do empreiteiro. A Unidade de Cuidados Continuados de longa duração terá 30 camas e representa um investimento de cerca de dois milhões de euros. “A nossa obra está em fase de conclusão. Neste momento está parada, porque o empreiteiro foi à falência e tivemos de arranjar um novo, com quem estamos em negociações”, adiantou à agência Lusa o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe, Mário Pinto.

As obras pararam no verão do ano passado, mas devem ser retomadas em breve, de forma a que a Unidade de Cuidados Continuados possa ficar a funcionar até ao final do ano. “Depois de o novo empreiteiro pegar na obra, deve ter trabalho para três meses. Exteriormente, está tudo pronto, faltam os acabamentos”, explicou. Mário Pinto considerou que esta obra é muito importante não só para o concelho do norte do distrito de Viseu, mas para toda a região, onde existe uma lacuna ao nível destes serviços. “Espero é, depois de a obra concluída, não

ter problemas para assinar o protocolo com o Ministério da Saúde. Mas o Governo tomou o compromisso de todas as unidades que estão prontas e em fase de conclusão estarem a funcionar até 31 de dezembro, portanto, terão de assinar os protocolos”, acrescentou. Em fevereiro, a Assembleia da República aprovou uma resolução que recomenda ao Governo a abertura e funcionamento das unidades de cuidados continuados já concluídas ou em fase de conclusão, a partir do início deste ano, entre as quais se encontra a de Sernancelhe. Emília Amaral/Lusa

TERMAS DE SANGEMIL ABREM ESTA SEXTA PARA NOVA ÉPOCA A abertura oficial da época 2013 das Termas de Sangemil, em Lajeosa do Dão, Tondela está marcada para sexta-feira, dia 15, às 10h30. O presidente do conselho de administração da estância termal, Miguel Rodrigues adianta que as termas de Sangemil estão “apostadas em ser, cada vez mais, uma referência no panorama regional”. Para esta época, o responsável revela que o objetivo é “a fidelização dos seus termalistas, por um lado e, por outro, ir de encontro a novas valências destinadas a novos públicos”. As Caldas de Sangemil têm como primeira indicação terapêutica as patologias do foro reumatológico e algumas patologias músculo-esqueléticas e de artropatias resultantes de acidentes de viação, de trabalho ou outros, e ainda na fase de cuidados pré e pós operatórios. Como segunda indicação, destina-se esta água às patologias das vias respiratórias superiores (ORL).


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CLASSIFICADOS 25

14| março | 2013

EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907 Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222 Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029 Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Pedreiro Ref. 587884761 – Oliveira de Frades. Com experiência em acabamentos, para trabalhar na zona de lisboa e arredores Serralheiro mecânico Ref. 587964825

– Oliveira de Frades Com experiencia na área. Cortador de carnes verdes Ref. 587984445 – Castro Daire Com experiencia.

publicitários Com viatura Própria

Serralheiro civil Ref. 587968997 – Oliveira de Frades Com experiencia na área. Técnico de vendas Ref. 587930405 – São Pedro do Sul. Para venda de espaços

Cozinheiro Ref. 587985925 – São Pedro do Sul Com experiencia

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Cabeleireiro Ref. 587968585 – Tondela Com experiencia.

Candidato com experiencia em gesso projetado

Outras costureiras, bordadeiras e trabalhadores similares Ref. 587839124 – Carregal do Sal

Secretário de administração Ref. 587961484 – Mortágua Requer excelentes conhecimentos de inglês, e informática na vertente de utilizador

Estucador Ref. 57883929 - Mortágua

Engenheiro civil – constru-

ção de estradas Ref. 587967546 – Mortágua Pretende-se candidato com experiencia em obras públicas

Outros guias intérpretes e trabalhadores similares Ref. 588000967 – Tondela Pretende-se candidato para acompanhante de turistas em espaço rural

Desenhador criador industrial. Ref. 587968081 – Carregal do Sal Pretende-se designer gráfico estrutural e equipamento

Técnico de vendas Ref. 587886729 – Santa Comba Dão Com ou sem experiencia, para venda porta-a-porta.

CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Padeiro Ref. 587989945 - Tempo Completo - Viseu

Estucador Ref. 587941905 – Tempo Completo - Viseu

Empregado de Mesa Ref. 587966845 - Tempo Completo - Viseu

Empregado de Mesa Ref. 587973589 - Tempo Completo – Mangualde

Condutor Máquina Escavação Ref. 587968171 Tempo Completo - Mangualde

Cortador Carnes Verdes Ref. 587970646 - Tempo Completo - Viseu

Servente Florestal Ref. 587990085 - Tempo Completo – Viseu

Técnico Manutenção Informática Ref. 587968444 - Tempo Completo – Mangualde

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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Jornal do Centro

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14 | março | 2013

OBITUÁRIO Francisco da Silva Ferreira, 71 anos, casado. Natural de Orgens e residente em Tondelinha de Orgens, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Orgens.

Joaquim Santos, 77 anos, casado. Natural e residente em Vila Nova, Armamar. O funeral realizou-se no dia 13 de março, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vila Nova.

Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009

Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231

Maria da Costa neves, 81 anos, viúva. Natural e residente em Vilarinho, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no Maria Alda Cardoso Albernaz, 90 anos, viúva. Natural e dia 8 de março, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Oliresidente em Farminhão, Viseu. O funeral realizou-se no veira de Frades. dia 10 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Farminhão. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Maria Correia Natal Dias, 78 anos, casada. Natural de Farminhão e residente em Escoras, Torredeita. O funeral reaBernardino de Oliveira, 90 anos, casado. Natural e residen- lizou-se no dia 11 de março, pelas 17.00 horas, para o cete em Sernadinha, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral mitério de Torredeita. realizou-se no dia 3 de março, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Manhouce. Laurinda Marques, 90 anos, viúva. Natural de Queirã, Maria Eduarda Ataíde Sá Melo Amaral Marques Teixeira, 87 Vouzela e residente em Igarei, Queirã. O funeral realizouanos, viúva. Natural de Passos de Carvalhais, e residente se no dia 13 de março, pelas 15.30 horas, para o cemitério em Eiras, santa Cruz da Trapa, São Pedro do Sul. O fune- de Queirã. ral realizou-se no dia 5 de março, pelas 15.00 horas, para Agência Funerária Amaral & Sobrinho, Lda. o cemitério de Santa Cruz da Trapa. Viseu Tel. 232 415 578 Maria Celeste da Silva Gonçalves, 68 anos, viúva. Natural e residente em Caria, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 6 de março, pelas 10.00 horas, para Abílio Rodrigues Caiado, 88 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia o cemitério de Moçamedes. 7 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Maria do Carmo Correia, 81 anos, solteira. Natural e residente Abraveses. em Serrazes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 13 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Serrazes. Cecília Rosa de Jesus Ferreira de Matos, 72 anos, casada. Natural de Viseu e residente em Ranhados. O funeral reaAgência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. lizou-se no dia 11 de março, pelas 16.00 horas, para o ceS. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 mitério de Ranhados.

Maria de Jesus, 88 anos, viúva. Natural e residente em Tibalde, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 7 de março, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão, Mangualde. Gabriela Abrantes Domingos, 28 anos, casada. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 7 de março, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara, Mangualde. José Fernandes, 91 anos, viúvo. Natural e residente em Vila Garcia, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 7 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fagilde. Luísa da Conceição Henriques, 85 anos, casada. Natural de Lobão da Beira, Tondela e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde. Daniel Marques Moreira, 88 anos, casado. Natural e residente em Mourilhe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 11 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mesquitela, Mangualde. João Rodrigues da Silva, 87 anos, viúvo. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

Abel Maria Gouveia, 62 anos, divorciado. Natural de Lazarim, Lamego e residente em Arneirós, Lamego. O funeral realizou-se no dia 11 de março, pelas 17.00 horas, para o Emília de Jesus, 83 anos, viúva. Natural e residente em Ne- cemitério de Lazarim. las. O funeral realizou-se no dia 11 de março, pelas 17.00 Agência Funerária Maria O. Borges Duarte horas, para o cemitério local. Tarouca Tel. 254 679 721

Aires Soares Ferreira, 76 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Cima. O funeral realizouse no dia 12 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

INSTITUCIONAIS 1ª Publicação 1ª Publicação 1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 574 de 14.03.2013)

(Jornal do Centro - N.º 574 de 14.03.2013)

(Jornal do Centro - N.º 574 de 14.03.2013)


Jornal do Centro 14| março | 2013

clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

FOTO DA SEMANA

EDIÇÃO 522 | 16 DE MARÇO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 16 a 21 de março de 2012

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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > ECONOMIA pág. 16 > ESPECIAL pág. 18 > EDUCAÇÃO pág. 19 > DESPORTO pág. 22 > EM FOCO pág. 26 > CULTURA pág. 26 > SAÚDE pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

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Ano 10 N.º 522

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

redacao@jornaldocentro.pt

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www.jornaldocentro.pt |

A praga da seca... ∑ Gado, floresta, fruticultura e viticultura são

os sectores mais afetados no distrito, com consequências

irreparáveis | páginas 6 e 7

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Nuno André Ferreira

| Telefone: 232 437 461

∑ Câmara de Tondela trava fogos na serra do Caramulo Marco Santos

∑ “Se tivessem criado seguro de rendimento, não estava agora ninguém a reclamar subsídios” (António Lopes, presidente da ACGBA)

∑ Ruas quer vigilância apertada aos vendedores ambulantes ∑ Portugal é cada vez mais apetecível para os ingleses ∑ Câmara e comerciantes preparam plano para

O vandalismo é hoje uma nefasta realidade. Um pouco por toda a parte são destruídos, deteriorados, partidos, arrancados, candeeiros de iluminação pública, placas de informação urbana e de trânsito e, como aqui se vê, à saída da Cava do Viriato para entrar na Estrada Velha de Abraveses, o espelho que tanto jeito dá aos utentes motorizados, foi pura e simplesmente partido à pedrada ou de qualquer outra violenta forma. Sendo efeito, quais serão as causas deste crescendo de violência, até agora direccionados apenas a objectos?

comércio de Mortágua

∑ “II Encontro Nacional de Concertinas” em Sernancelhe ∑ Unidade de Cuidados Continuados abre finalmente

Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt

em Mangualde

FOTO DA SEMANA

LAZER DIFERENÇAS 3D (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)

SUDOKU António Figueiredo

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“Esta foto foi tirada em Silgueiros, mais precisamente na estrada que liga Loureiro a Falorca. Como se pode ver, várias árvores de grande porte estão há vários anos completamente tombadas para a via pública, atravessando-a na totalidade. Um perigo iminente para quem ali passa, estando a falar mesmo de crianças que passam a pé diariamente para irem para a escola. É de lamentar ninguém fazer nada, ou estão há espera que seja tarde demais para alguém? Isto porque pelo menos a Proteção Civil de Viseu já tem conhecimento há mais de um mês.” Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt

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Hoje, dia 14 de março, nublado. Temperatura måxima de 11ºC e mínima de -2ºC. Amanhã, 15 de março, muito nublado. Temperatura måxima de 10ºC e mínima de 0ºC. Såbado, 16 de março, chuva moderada. Temperatura måxima de 9ºC e mínima de 5ºC. Domingo, 17 de março, chuva moderada. Temperatura måxima de 12ºC e mínima de 3ºC. Segunda, 18 de março, chuva moderada. Temperatura måxima de 7ºC e mínima de 2ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecolĂłgica de base vegetal

∑agenda Sexta, 15

Mangualde ∑ Dia Mundial do Consumidor assinalado em Mangualde, com uma sessĂŁo de esclarecimento para consumidores sobre a mudança de comercializador de eletricidade e gĂĄs natural, Ă s 14h30, no auditĂłrio da Câmara Municipal.

SĂĄbado, 16

Viseu ∑ O secretĂĄrio-geral do PS, AntĂłnio JosĂŠ Seguro particia na apresentação pĂşblica da candidatura de JosĂŠ Junqueiro Ă CĂ mara de Viseu nas prĂłximas eleiçþes autĂĄrquicas, Ă s 17h00, nos claustros da Pousada de Viseu.

Domingo, 17

Lamego ∑ Percurso Pedestre Rota das Aldeias Perdidas, Ă s 8h15, concentração na Avenida Visconde Guedes Teixeira. Viseu ∑ A iniciativa ‘Viva a Vida’ do Jornal Correio da ManhĂŁ vai ter uma grande festa, Ă s 14h00, no Multiusos, em associação com a Câmara de Viseu.

Olho de Gato

Defesa da floresta debatida em Castro Daire

ConcessĂŁo Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Semana florestal ∑ SeminĂĄrio encerra cinco dias de debate A Semana Florestal de Castro Daire, a decorrer desde segunda-feira, encerra amanhĂŁ, dia 15, com o VIII seminĂĄrio “Floresta Sem Fronteiras no Montemuro e Paivaâ€?, marcado para as 9h00, no AuditĂłrio do Centro Municipal de Cultura. Neste SeminĂĄrio, organizado pela Câmara Municipal, vĂŁo ser abordados ao longo da manhĂŁ, essencialmente temas relacionados com a defesa da floresta contra incĂŞndios. O “sistema de defesa da floresta contra incĂŞndios: consequĂŞncias do incumprimento de medidas preventivasâ€? e o “papel dos bombeiros e da população na prevenção e combate aos incĂŞndios florestaisâ€? sĂŁo os temas principais em anĂĄlise. Durante a sessĂŁo serĂĄ ainda abordada “higiene e segurança do trabalho agrĂ­cola, florestal e apĂ­colaâ€?.

Para a autarquia de Castro Daire, “a realização de todas estas açþes tem como objetivo obter, por um lado, a sensibilização de todos os participantes para a importância dos espaços florestais na multiplicidade dos seus usos e funçþes e para a responsabilidade coletiva na sua proteção e valorização, atravĂŠs de um melhor conhecimento do que ĂŠ a florestaâ€?. E, “por outro obter tambĂŠm a sensibilização dos jovens para as mais corretas prĂĄticas ambientais, apontando para a importância da floresta e sua preservaçãoâ€?. De acordo com o comunicado da Câmara Municipal, desta forma estĂĄ a apostar-se “numa faixa etĂĄria que estĂĄ em formaçãoâ€?, remetendo para “um conjunto de prĂĄticas que, com certeza, serĂŁo interiorizadas por todosâ€?.

Ao longo da semana decorreram diferentes açþes de sensibilização em defesa da f loresta. Destaque para a plantação de espĂŠcies autĂłctones e aromĂĄticas na EB2,3, na EBI de MĂľes e na Escola SecundĂĄria de Castro Daire, com a participação dos alunos daquelas escolas, na terçafeira. A par do percurso pedestre “Trilho dos Carvalhosâ€?, localizado em Gosende, que decorreu na quarta-feira, onde se realizaram atividades relacionadas com a floresta, com os alunos da EB2,3 de Castro Daire, e ainda para o espetĂĄculo mĂşsico-teatral “O Tobias e a Florestaâ€?, dirigido aos alunos do prĂŠ-escolar do agrupamento de escolas de Castro Daire, que sensibiliza e apela Ă conservação da natureza. EmĂ­lia Amaral

PASSATEMPO DIA DO PAI: O Jornal do Centro e o INATEL oferecem um voucher de uma noite para a duas pessoas no INATEL Vila Ruiva Hotel**** ou no INATEL Palace São Pedro do Sul Hotel****. Para ganhar, envie um email atÊ dia 15 de março às 16h00 para sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt com uma frase que contenha as seguintes palavras: JORNAL DO CENTRO, DIA DO PAI e INATEL.

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O vencedor serå informado no dia 18 de março para usufruir do voucher. Voucher limitado aos assinantes do Jornal do Centro.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

1. Umberto Eco, para explicar o truque retĂłrico da concessĂŁo, exemplifica com cĂŁes, mas aqui, nesta coluna, isso tem que ser feito com gatos. Imagine que queria argumentar a favor dos gatos. Seria assim: ÂŤos gatos afiam as unhas nos sofĂĄs, ficam caros em comida e veterinĂĄrio, o pĂŞlo deles espalha-se e causa alergiasÂť (nesta fase da argumentação estava ganho o coração dos inimigos dos gatos), ÂŤmas os gatos sĂŁo uma Ăłptima companhia, as crianças adoram-nos, eles sĂŁo muito limpos, um gato no colo ĂŠ o melhor antistress do mundoÂť. É persuasivo, nĂŁo acha? Contra os gatos trocava-se a ordem: começava-se por conceder que eles sĂŁo uma Ăłptima companhia, que as crianças os adoram, que eles sĂŁo muito limpos e que um gato no colo ĂŠ um magnĂ­fico anti-stress. A seguir, atardĂĄvamo-nos nos argumentos contra: unhas perigosas, sofĂĄs desfeitos, contas no supermercado e no veterinĂĄrio, casa cheia de pĂŞlo, tosses alĂŠrgicas. Conceder f u ncion a . Na s telev isĂľes que apoiam o governo, lembra Eco, ĂŠ assim que se faz. Primeiro dĂĄ-se a voz Ă oposição sobre uma qualquer controvĂŠrsia e depois termina-se a notĂ­cia dando voz ao governo. NĂŁo ĂŠ preciso calar a oposição, basta pĂ´-la a falar em primeiro lugar. A razĂŁo fica sempre com quem produz os Ăşltimos argumentos. 2. Quando as coisas nĂŁo saem bem Ă primeira, regressa-se ao assunto. Quanto mais nĂŁo seja por exaustĂŁo dos interlocutores, hĂĄ que ser o Ăşltimo a falar. É o que dr. Ruas estĂĄ agora a fazer depois daquele desastroso “Centro Hospitalar ‘Qualquer-coisa’-Viseuâ€? que deixou Tondela ofendidĂ­ssima. No Facebook, esta guerra de baptizados e rebaptizados foi uma festa. A “propostaâ€? de nome mais hilariante que surgiu foi “Centro Hospitalar de Viselaâ€?. Enfim... faça-se uma concessĂŁo: se o ministro trouxer para Viseu a radioterapia, ele que fique com a Ăşltima palavra, isto ĂŠ, que faça o baptizado que quiser.


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