Jornal do Centro - Ed577

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UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 4 a 10 de abril de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO

Ano 12 N.º 577 1 Euro

pág. 18 > DESPORTO pág. 20 > CULTURA pág. 22 > EM FOCO pág. 24 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 27 > CLUBE DO LEITOR

·

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 23 > SAÚDE

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pág. 16 > ECONOMIA

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O outro lado da Queima do Judas

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Paulo Neto

| págs. 6 e 7


2

Jornal do Centro 04 | abril | 2013

praçapública rDepois um Autarca rSe é uma lei que se rÉ a metáfora da trai- rO Cortiço era mais

palavras

deles Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

tem a dimensão dos afetos que tem de saber gerir, que o obriga a uma disponibilidade constante, a uma proximidade e tolerância que são tão importantes quantos a sua capacidade para agir e acrescentar!”

pretende moralizadora, no sentido de evitar a perpetuação da mesma pessoa num cargo, concordo. Se é uma lei para punir só autarcas, presidentes de câmaras e presidentes de juntas, então estamos perante uma aberração” (Acerca da Lei de Limitação de Mandato)

António Borges

José Mário Cardoso

Presidente da Câmara Municipal de Resende, em entrevista ao Jornal do Centro

Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, em entrevista ao Jornal do Centro

ção, daqueles que nos do que um restauranprometem, daqueles que te onde se vai para com falinhas mansas nos comer” chamam e nos explicam as coisas mais absurdas do mundo e levam a que o povo nelas acredite, quando, no fim de contas, são os políticos, é a alta finança… a temática não falta para o Judas” José Rui ACERT - Trigo Limpo, em entrevista ao Jornal do Centro

Alberto Correia Antropólogo, em declarações ao Jornal do Centro

Os Passos da Cruz... Rasgou-se o céu e dele caiu sombra e chuva neste dia de Páscoa, palavra oriunda do hebraico “pessach” e que significa passagem. A Páscoa, no ritual cristão simboliza a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte na cruz. É uma quadra repleta de simbolismo, de dor, mortificação e esperança. A esperança vem de espera. Aquilo que os portugueses mais fazem e ainda não perderam de todo. Esperança de se livrarem dos vendilhões do templo, dos trauliteiros, dos vendedores de banha da cobra e de ilusões, dos vigaristas, dos comentadores e demais artistas. Esperança num futuro sem abutres a pairar no céu. Esperança num futuro pacificado e amistoso, sem angústias, nem receios, nem pesadelos, nem políticos de fraca extracção e baixo coturno. O português é crente por natureza. Paciente de seu estado. Pacífico de seu estar. Brando de seus costumes. Talvez por isso tenha assim governantes… E tolere todas as patifarias e descaramentos. Talvez creia no valor etimológico da “passagem” ou dos tempos passageiros que nos tomam, aviltam e amarguram. E se hoje quase tudo que é malévolo advém dos políticos que nos governam, na sua insciência ou incompetência (ou na sua ciente competência a soldo de inconfessados fins), porque continuar a acreditar neles, a votar neles, a elegê-los? Hoje, paradoxalmente, os partidos políticos e os batalhões que os integram e engrossam, são o cancro das democracias. Mas não há democracia sem partidos, nem políticos, nem povo que livremente os sufrague. Será que o povo português ao fim destes 39 anos de democracia ainda não está suficientemente esclarecido para votar em consciência? Para distinguir trigo de joio? A verdade da mentira? Os charlatões, embusteiros, fariseus, impostores do

cidadão sério? O parlapatão usa a palavra para enganar. Hoje, as técnicas do embuste, sustentadas nos meios de difusão de massas, da besta fazem bestial e do bestial besta, num ápice. E aquele que mente com eloquência, convicção e sedução – essa forma de induzir alguém ao cometimento de actos alheios à sua vontade por palavras ou actos enganosos – é hoje admirado, respeitado, venerado. Porém, venerar é vocábulo oriundo da deusa do amor, Vénus, também transmissora das doenças com seu nome, as venéreas. E elas são uma praga, e eles, os venerados, que nos enganam, são um vírus, uma epidemia mortífera, que nos rouba a esperança e faz da espera um absurdo, porque Godot nunca chega e Alcácer Quibir já foi há 435 anos, Sebastião não regressou e o Messias perdeu-se numas brumas de um distante e irado inverno. Mas um tal Gonçalo Anes de Bandarra que terá visto a luz em Trancoso por volta de 1500, sapateiro de seu mester diário e visionário de suas mortas horas, já dizia… Vejo posta toda a gente trabalhando sem comer. Vejo os mortos a correr, e os vivos jazer somente. O pobre morrendo à míngua. Outros têm a arca cheia. Chove na praça e na areia, como água de seringa.

E se rematava de prevenção e solução a tanto mal Este sonho que sonhei é verdade muito certa, que lá da Ilha Encoberta vos há-de chegar este Rei.

Pois aqui, hoje e agora, apesar das profecias e dos profetas, vive-se um tempo de desespero, tal modo de não esperar, tempo tão sei lei nem grei, que apetece perguntar, como Alegre um dia fez:

Pergunto ao vento que passa notícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz.

E a noite cresce por dentro dos homens do meu país. Peço notícias ao vento e o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas.

Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa.

Levam sonhos deixam mágoas ai rios do meu país minha pátria à flor das águas para onde vais? Ninguém diz. Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu país. Pergunto à gente que passa por que vai de olhos no chão. Silêncio -- é tudo o que tem quem vive na servidão. Vi florir os verdes ramos direitos e ao céu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados. E o vento não me diz nada ninguém diz nada de novo. Vi minha pátria pregada nos braços em cruz do povo. Vi minha pátria na margem dos rios que vão pró mar como quem ama a viagem mas tem sempre de ficar. Vi navios a partir (minha pátria à flor das águas) vi minha pátria florir (verdes folhas verdes mágoas). Há quem te queira ignorada e fale pátria em teu nome. Eu vi-te crucificada nos braços negros da fome. E o vento não me diz nada só o silêncio persiste. Vi minha pátria parada à beira de um rio triste. Ninguém diz nada de novo se notícias vou pedindo nas mãos vazias do povo vi minha pátria florindo.

Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não.

E por fim, no nosso lírico ecumenismo lembramo-nos de acabar com um brasileiro de estimação, Carlos Drummond de Andrade, e seu poema Intimação… Abre em nome da lei. Em nome de que lei? Acaso lei sem nome? Em nome de que nome cujo agora me some se em sonho o soletrei? Abre em nome do rei. Em nome de que rei é a porta arrombada para entrar o aguazil que na destra um papel sinistramente branco traz, e ao ombro o fuzil? Abre em nome de til. Abre em nome de abrir, em nome de poderes cujo vago pseudónimo não é de conferir: cifra oblíqua na bula ou dobra na cogula de inexistente frei. Abre em nome da lei. Abre sem nome e lei. Abre mesmo sem rei. Abre sózinho ou grei. Não, não abras; à força de intimar-te repara: eu já te desventrei.


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números

estrelas

200

Um exemplo de dinâmica, carisma e capacidade de envolver toda a comunidade na arte de fazer teatro.

Os envolvidos na concepção, música e coreografia da Queima do Judas, em Tondela.

Importa-se de responder?

Confrontada com um filho portador de autismo, criou a APPDA Viseu que hoje se alargou a todo o distrito, Covilhã e Guarda e festeja uma década.

Que me recorde, foi uma de muito mau gosto. Que a minha avó tinha morrido...

Gonçalo Félix

Carlos Lucas

Estudante

Empresário

Nunca me contaram nenhuma, ou se contaram nunca cheguei a descobrir...

Não me recordo, já foram muitas...

Carlos Oliveira

Daniel Morgado

Manobrador

Tecnólogo de Comunicação

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

O primeiro médico do Centro Hospitalar Tondela-Viseu a concluir o seu doutoramento na especialidade de Medicina Interna, aos 37 anos.

Qual foi a melhor mentira que já lhe contaram a 1 de abril? A maior mentira que me pregaram nesse dia foi quando um amigo meu me disse que tinha os bilhetes para irmos os dois ver o Sporting - Benfica e eu acreditei. Mas, afinal era mentira.

Opinião

Luís Costa Matos Médico no Centro Hospitalar Tondela-Viseu

Prazeres Domingues Presidente da Direção da APPDA Viseu

José Rui ACERT - Trigo Limpo

Habemus homem do povo II O regresso do filho pródigo é por estes dias expressão muito usada, não porque liturgicamente seja o seu tempo, mas porque há (inexplicavelmente para mim) uma percentagem da população que a usa para descrever o regresso de José Sócrates. É verdade que a importância da sua pessoa dentro do Partido Socialista e nas suas conquistas recentes, é de uma grandeza relevante, mas infelizmente para a história do país, tanto a sua permanência como o seu regresso avivam a memória de uma época em que somos postos à prova como nunca, uma

espécie de Pragas do Egipto; podemos até identificar três que por si só arrasam os crentes mais fiéis: a descoberta dos grandes buracos financeiros, a ajuda externa e a austeridade. Talvez a culpa não possa ser personificada num só, e seja o resultado de vários, mas no fim pagamos todos. O regresso de José Sócrates abalou os nossos dias e provocou uma euforia estranha um pouco por todo o lado, eu considero que lhe foi dada mais atenção do que aquela que merecia. Mas afinal a montanha pariu um rato, principalmente para aqueles que tinham

esperança de que ele admitisse e explicasse algumas coisas e até talvez pedisse desculpa pela sua gigantesca falta de honestidade, omitindo a verdade dos números e a dimensão do problema, arrastando-nos penosamente e inconscientes para um abismo inevitável. José Sócrates não ressuscitou, foi só mais do mesmo. Pelo contrário, a Igreja de Roma vai ressuscitando a olhos vistos, o Papa é já presença diária nos telejornais, pelas melhores razões e pelas razões certas, a maior delas a humildade, que faz muita falta a José Sócrates e a grande

parte da classe política. O Papa Francisco aproveitou a Quaresma para relembrar a palavra de Jesus Cristo, e fê-lo à sua imagem, levando a sua presença e acções aos mais desfavorecidos, sempre despojado de roupagens ricas e jóias, mostrando que cumpre a sua “igreja para os pobres”, estando incluídos os pobres de espírito. É agora além de um dos homens mais poderosos, um verdadeiro homem do povo e para o povo, José Sócrates é o homem afastado do povo, e que continua completamente alheio da sua responsabilidade.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Há “qualquer coisa”… de negro, no ar! O exercício crítico de opinião num cenário de política local marcada pelo marasmo de ideias e pela rotineira persistência dos habituais actores em palco eleição após eleição, mandato após mandato, torna-se ao fim de algum tempo cansativo e só possível graças a um exagerado recurso à imaginação. Ora, não mudando as variáveis nem o discurso qualquer crítica corre o risco de cair em saco roto. Já o mesmo não aconteceu a Napoleão Bonaparte quando numa das suas batalhas e no calor da refrega, disse ao seu Estado Maior: - “(…) quando o inimigo está executando um movimento em falso, nós devemos ter o cuidado de não interrompê-lo”. Ciente destes riscos, como fugir

ao assunto se outro assunto não há? Falar dos candidatos autárquicos seria uma possibilidade mas para já que diferença fará falar nesse tema? Aguarde-se pelas ideias, pelas propostas e pelas equipas e logo se verá se temos assunto! E, o que resta? Deixe-se então as locais e passemos às regionais… sejamos mais claros e sobretudo factuais. Passo a explicar. Se alguém pensava que as questões relativas à “Comunidade Intermunicipal “, agora rebaptizada de “Viseu, Dão-Lafões” por proposta de Carlos Marta arrumava o assunto, está “rotundamente” enganado. Na cabeça de Fernando Ruas continua a necessidade de “arrumar a “Cava de Viriato” em Viseu até ao fim da legislatura. Neste sentido

está aí mais um “braço de ferro” - ver notícia n’O Público de 28 de Março a págs 6 - agora como Presidente da ANMP (Associação Nacional dos Municípios Portugueses) com o apoio e conivência do socialista Rui Solheiro, do executivo da Associação, vem falar em “inconstitucionalidade” do diploma que cria as “CIMs” que, no quadro das atribuições e competências, se assume como uma “qualquer coisa”, uma autarquia “modelo B”, para a qual não conta o voto directo dos eleitores. Ora, de facto, Ruas tem toda a razão: na Constituição da República não consta o enquadramento das CIM, o que está previsto mesmo é uma regionalização e não consta que a organização deste poder seja um modelo de regionalização,

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Sílvia Vermelho Politóloga

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Para emprego jovem, salário jovem? Ser desempregada/o é uma condição inerente a 40% da população jovem. Não é difícil sequer prever que este número está “arredondado por baixo”, pois as/os jovens são quem menos incentivos têm para estarem inscritas/os no Centro de Emprego, não tendo direito a prestações sociais nem respostas adequadas ao seu nível de formação. Ainda assim, o Centro de Emprego voltou a reunir as esperanças de

toda uma geração, pois estou em crer que tenha havido um aumento de inscrições (ou reinscrições) para permitir o acesso a muitos dos “programas” de promoção do “emprego jovem”. Eu não sei que coisa é essa do emprego jovem, mas não é coisa de agora. Sócrates também queria promover o emprego jovem, por isso eu calculo que isso do emprego jovem fosse uma experiência práti-

ca do seu porreirismo doutrinário. Com Passos Coelho, que é mais da linha do relvismo, o emprego jovem parece-me a experiência prática do laboratório dos salários baixos de António Borges. Tiago Ramalho e João Leal, com 21 e 22 anos, foram nomeados técnicos especialistas, pelo Gabinete de Carlos Moedas, para “acompanhamento de execução de medidas do memorando”. A Assessoria

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

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Opinião

Reclamar de quê? Tem aumentado, substantivamente, a toma de medicamentos prescritos para tratamento de doenças do foro psíquico. Anti depressivos, sobretudo, têm vindo a ser alvo de procura por indicação médica, ou por aconselhamento de um amigo, vizinho, ou mesmo companheiro de trabalho. Mas, é minha convicção pessoal de que muitos de nós precisámos de tomar medicação e desde há muitos anos atrás. Uma coisa bem forte que nos tivesse impedido de ir às urnas votar para virmos a ser “governados” por gente desta extracção e, depois, reclamar disso mesmo, porque não se está satisfeito. Sempre teremos de reclamar. É a nossa natureza que o impele. E, é a insatisfação que tem feito, para o bem e para o mal, com que aconteça a evolução, a inovação, a busca

pelo contraste e pelo destaque. É a escorva que tem determinado as grandes mudanças e, simultaneamente, a responsável pelas maiores desgraças que vêm acontecendo à humanidade. Mas também é essa insatisfação que determina o estado de ansiedade que muitos não aguentam e, por tal, têm de tomar ou decisões (ou medicamentos) porque há situações que não são passíveis de convívio. O estreito, alcantilado e afunilado caminho por onde nos vêm conduzindo aqueles que ajudámos a pôr no mando da Nação é, desde há muito, insuportável. Não se pode viver em paz aceitando que as leis nos constranjam ao invés de estarem ao serviço de quem o merece e que nos mintam dizendo que as medidas que tomam servem para ajudar, en-

quanto me aumentam o irs, o iva, o imi o imposto de selo e outros, fazendo: . que se permita que a justiça seja o inverso do que a define e que essa inversão esteja coberta pela própria lei; .que os criminosos passem impunes por manobras dilatórias e se paguem fortunas descabidas em coimas; .que se pague a alguns deputados para debitarem discursos sujos, malcriados, ética e deontologicamente inaceitáveis, dando um exemplo péssimo e evidenciando a sua falta de qualidade para representar quem os elegeu; .que o comunicação social esteja ao serviço sectário e servida por gente sem escrúpulos; .que seja quase pecado ser-se dono, proprietário, possuidor do


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daí a reclamação de inconstitucionalidade, para além do esvaziamento das freguesias. Não me admirava nada que o “preço” do “apoio entusiástico” à candidatura de Almeida Henriques a Viseu, que só os “eleitos” descortinaram, ainda pudesse vir a sofrer de algumas entorses, designadamente, com um pedido de fiscalização da constitucionalidade do diploma que oficializa as CIMs para criar alguns engulhos a quem lhe fez “engolir” o Almeida Henriques. Pior só mesmo o Cunhal quando teve que engolir o “sapo“ Mário Soares - tapem a foto e votem, disse ele aos camaradas. Curiosa esta posição de Fernando Ruas que pelos vistos teme que Carlos Marta ganhe com a CIM a dimensão regional que ele nunca teve, quanto mais

nacional, além daquela que o cargo que ocupou lhe ofereceu por inerência própria. Quem em 23 anos de mandato não conseguiu, imaginem bem, reunir uma única vez a Assembleia Distrital de repente preocupar-se com a constitucionalidade da CIM só tem paralelo com a quantidade de geminações que levou a cabo no mesmo período e dos quais não é conhecido um único resultado visível que seja no concelho além das viagens que realizou e das prendas que daí possa ter trazido. Porque não propõe na próxima Assembleia Municipal que a ADDLAP (Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva), presidida pelo seu activo tóxico do Executivo, mude de designação para ADVDLAP (Associação de Desenvolvimento de Viseu, Dão Lafões e Alto Paiva)? Tem receio que a

ideia possa ser considerada plágio em relação às CIM´s? Mais curioso é ver que este mesmo Presidente da ANMP defendia numa entrevista à Agência Lusa difundida a 18 de Maio de 2011 que a regionalização “nunca fez tanto sentido”, porque “cada vez mais o Estado é centralista”, que “a regionalização nunca foi tão precisa, considerando que muitas das pessoas que foram contra o processo estão cada vez mais a mudar de opinião”. Nota-se demasiado! Agora, procurem uma cadeira e sentem-se! Durante a sessão de abertura do XX Congresso da ANMP em Santarém em 29 de Setembro de 2012, cujos discursos do Presidente é provável que também venham a ser publicados em livro, Fernando Ruas “defendeu uma Reorganização Administrativa do Território, que contemple a criação de áreas

metropolitanas e o fortalecimento das comunidades intermunicipais”. Talvez no “prefácio” venha tudo explicado. Um ano depois, em 2013, as CIM´s afinal são inconstitucionais! Será que o Presidente da Câmara de Viseu não consegue chegar a acordo com o Presidente da ANMP?!... Mais, e permitam a especulação, nem me admirava que só para causar ainda mais engulhos a quem de direito, viesse recuperar a ideia da GAMVIS (Grande Área Metropolitana de Viseu) com a qual também em tempos esteve plenamente de acordo. Se assim for, Carlos Marta que deu de barato a candidatura à CMV, a favor do entusiástico candidato de Ruas, será sem dúvida alguma, com a experiência que já leva da CIM e logo que esta seja extinta, o melhor candidato à presidência da GAMVIS.

do Secretário de Estado acrescenta: “é por serem jovens que ganham um salário abaixo do praticado nos gabinetes ministeriais”. A primeira vez que li isto quis invocar o princípio constitucional que diz que não pode haver discriminação em função da idade. Depois lembreime que no nº 2 do artigo 13 da CRP, que estabelece o Princípio da Igualdade, não há nenhuma referência a “idade”. Talvez porque dessa confusão com a idade mínima para votar ou talvez por esqueci-

mento. Na onda de indignação que sucedeu à notícia dos dois jovens especialistas, não li nada sobre o quão errado e desprezível era afirmar-se que alguém recebia um salário abaixo do praticado por ser jovem. Li, sim, imensos comentários sobre o escândalo de nomear dois recém-licenciados (com nomes simpáticos: frangos, fedelhos, putos de fraldas…). Parece que a generalidade da população vê uma incompatibilidade entre ter 21 anos e ser especialista. E isto

é tão errado. Tal como é perfeitamente possível alguém de 70 anos não saber de nada de nada, é possível a uma pessoa de 20 saber muito de uma coisa. O que não devia ser possível era que alguém, para o desempenho de uma mesma função, ganhasse menos por ser jovem. E se essa frase tivesse “mulher”, em vez de jovem? Ou “deficiente”? Atrever-se-iam? A verdade é que a idade é, aparentemente, uma razão de discriminação pacífica para a generalidade da população. Por-

que desaparece? Porque o salário baixo é uma praxe na vida activa? Não sei se eles são especialistas – sabemos que os Governos também não se preocupam muito com isso. Mas eu preocupome quando uma afirmação como a que aqui referi é normalizada. É que o nº 1 do artigo 13 ainda afirmava que todas/ os tínhamos a mesma dignidade social. Mesmo as/os jovens. A la Brecht, restame dizer: “Primeiro, eles vieram atrás das/os jovens”.

que quer que seja; . que se definhe a qualidade do ensino; . que despeçam professores; . que atulhem as turmas de alunos; .que se constranja o acesso à aculturação académica através de cinturas financeiras; . que se diminua o número de camas nos hospitais e os cuidados médicos;. .que me diminua o vencimento, quando merecido, ou a pensão para a qual se descontou uma vida; . que se restrinja o livre trânsito com subidas de preços de combustíveis e passagens; . que me impeçam de, respeitosamente, manifestar o meu desagrado, a minha indignação sobre, e em qualquer situação; . que se esbanje o erário público em “tretas” desnecessárias como campos de futebol, estradas e autoestradas, aeroportos inúteis, polidesportivos, semá-

foros e negociatas conectas; . que maltratem, por desprezo e omissão aqueles que lavraram o solo onde hoje semeamos e deem melhores condições de vida a bandidos de toda a natureza, nacionais e estrangeiros, nas cadeias, preterindo os Nossos idosos; . que nos tratem como mentecaptos

acarneirados que tudo suportam, com o beneplácito de quem jurou defender o Povo. Os políticos são nossos inimigos. Têm feito por prová-lo ao longo dos últimos anos. Levam os seus concidadãos a acreditar neles e depois fazem aquilo mesmo com que os que os burlões

garantem a sua subsistência. O avanço desta horda foi preparado pela forçada ideia de democracia que nos souberam impor e o esteio que se lhe contrapunha foi, a propósito, estilhaçado e chamase Ordem. Também acolitado pela Moral, Educação, Honestidade, Civismo, Humanismo, Altruísmo e Bom Senso. É com estas “ferramentas” que se molda o futuro que almejamos. Elas são o alicerce para a sanidade e felicidade e o antídoto contra a praga que nos come carne e ossos. A reclamar, que o façamos pelo incremento dessas virtudes e da reconstrução de um edifício moral sólido, transversal, impermeável à lepra que se vai estendendo através da contaminação perpetrada pelos compadrios partidários, de seitas, clubísticos ou de outra natureza. Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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abertura

texto e fotos ∑ Paulo Neto

“Fazemos recair sobre esta figura, simbolicamente, os males que nos atormentam” Sábado dia 3, à tarde, em Tondela, a acompanhar os ensaios para a Queima do Judas fomos falar com José Rui, da ACERT, a entidade cultural e recreativa de Tondela implementadora deste evento. O que é que temos aqui?

Concretamente uma celebração do teatro. Mas mais que uma celebração do teatro, a sua ligação com a comunidade. E também, procurando fazer um espectáculo que reflecte o próprio conceito e a matriz da ACERT. Por um lado, desenvolvimento artístico, mas onde a contemporaneidade está sempre associada à tradição. A tradição não no sentido da repetição mecânica nem olhada como museu ou fóssil, mas como motor para criar inputs imaginativos, criativos, transformadores, de forma a envolver estra gente tão bonita… Quantas pessoas estão envolvidas?

200 pessoas, de todas as faixas etárias, mas, de uma forma particular 90% são jovens, aqui de Tondela, do concelho e do distrito porém, coisa interessante, o Judas, cada vez mais, quando chegadas as férias, traz amigos dos grandes centros e está a mostrar uma coisa interessante que é: os alunos daqui que estão na universidade escolhem o período de férias e trazem os amigos dos grandes centros para participarem neste espectáculo. Por outro lado, temos casos incríveis, como por exemplo as viagens de finalistas das escolas que se organizam de forma a estarem na semana da fabricação do Judas. Isto quer dizer, para nós, que por um lado há uma força muito grande para futuro, porque a ACERT não vive de dinossauros, não tem pessoas com um sentido de posse relativamente ao projec-

to, mas têm sim um sentido de partilha muito grande. E sentimos que entre estes jovens e estas pessoas estará o futuro da ACERT, no ponto de vista de se inquietarem, de transformarem a ACERT permanentemente, com inquietação e renovação, passando, inclusive a tratar-nos ou a vivificarnos com as suas dúvidas. O seu posicionamento na vida também renova em nós, pessoas que estamos na ACERT desde a origem, e ensina-nos a redimensionar o mundo, a não ficarmos nos nossos circuitos fechados.

O Judas é hoje, já não a metáfora da traição ou ainda a metáfora da traição?

É a metáfora da traição, daqueles que nos prometem, daqueles que com falinhas mansas nos chamam e nos explicam as coisas mais absurdas do mundo e levam a que o povo nelas acredite, quando, no fim de contas, são os políticos, é a alta finança… a temática não falta para o Judas. Há tanto, neste momento, em termos mundiais a atormentar a vida dos povos que realmente este Judas quando arde devia fazer sentir o seu calor em cada um dos espectadores e em cada uma das entidades que o provocam, chamuscandoas com o seu ardor. Paixão, ira, fogo e ainda simbolicamente uma catarse…

Sim é uma catarse, uma

Zé Rui diga-me com toda a clareza e sem papas na língua, esse recado é para quem?

Quantas horas de trabalho estão aqui?

É um recado que se estende a muita gente e assentará nalgumas cabeças. Lamentamos imenso que e por exemplo o Trigo Limpo que já estreou vários espectáculos em Viseu e por todo o país, não tenha convites da autarquia para termos uma acção mais continuada e mais estendida pela cidade.

Muitíssimas horas. Uma semana intensiva com 200 pessoas quer dizer que um espectáculo desta natureza, se fosse com uma companhia, duraria seis, sete meses a produzir. E logo, o que é que acontece?

Temos hoje perante nós, como vítima, o Judas Iscariote, um dos discípulos nãoalinhados, o que traiu por 30 dinheiros…

Sim, não-alinhado e que nós, simbolicamente, ao longo destes anos vamos transformando naquilo que nos inquieta, não a nível local mas nacional, mundial. Ou seja, fazemos recair sobre esta figura, simbolicamente, os males que nos atormentam.

mensão. Mas também trabalhámos para isso.

catarse porque no momento final temos um refrão que é cantado inúmeras vezes e que exalta tanto o público como os actores, no instante da queima. E isto quer dizer que o público ganha o protagonismo no final do espectáculo, o que é muito interessante para nós. Queimamos também alguns fantasmas nossos?

Mais do que fantasmas algum sebastianismo. Queimamos também o sentimento que temos de algum regresso a coisas que pensávamos que nunca mais nos poderiam suceder. E quem é que finalmente recebe os 30 dinheiros?

Julgo que são tantos a receber estes 30 dinheiros, tantos no sentido de uma minoria, tantos no sentido de várias entidades, mas tão poucos no sentido de uma maioria, de um povo que trabalha, que luta, deseja um futuro que merece pelo que faz, pelo que transforma, pelo que produz e que necessitava de um outro tratamento de respeito por parte de todos estes Judas.

A ACERT pegou nesta tradição que já estava entrosada aqui na localidade?

Sim. Ela já vem dos anos 20. Começou com um tal Batatinha, uma figura típica, atarracada, que não tinha profissão, fazia biscates e que se juntava com um grupo de carolas para fazer o Judas, representado à frente da Igreja. E este Batatinha que nós não conhecemos nem existe em fotografias continua a estar dentro de nós, e é também uma homenagem a essa figura popular de quem não existem escritos, só memória. A Queima do Judas, em Tondela, redimensionou-se e neste momento, ultrapassou esse âmbito muito restrito do Batatinha para ser um espectáculo com dimensão nacional…

É um espectáculo nacional, a este nível e sem qualquer tipo de pretensiosismos, mas pelo tipo de envolvimento de participantes e pelo público que ocorre a uma cidade do interior como Tondela e que chega a cinco mil pessoas, ou seja, ultrapassa a população da cidade… ganhou essa di-

É o espectáculo aqui, neste campo de jogos do Agrupamento de Escolas de Tondela, com um final onde há a celebração com o público. É uma dramaturgia, é uma história ficcionada, todos os anos de forma nova, uma intriga onde se desenrola a Queima. Uma história inovada, carregada de simbolismo e ficção, mas que remete para uma descodificação do público, não linear, não personalizamos os personagens e deixamos também que seja o público, sujeito inteligente e crítico a fazer a sua descodificação pessoal. O público adere?

Adere muito a este acontecimento que é já muito mais que um evento da ACERT, um evento da comunidade, com apropriação da comunidade. Compreende a mensagem e vive pois a mensagem transmitida?

Sim. Acho que o público, tal como nós, espera por este dia para a tal catarse, uma catarse também de identificação com a sua cidade e com a sua região. Como sabe, a ACERT e o Trigo Limpo não têm uma visão redutora da sua actividade. Trabalha em Tondela mas é do mundo. Felizmente a cultura tem esse dom de não trabalhar fechados e não tem esse regionalismo caduco, esse provincianismo caduco que leva a que a minha terra ande a competir com a outra…

Será que isso se prende com a vossa qualidade artística ou se prende com o faco de serem de Tondela?

Se for pelo facto de sermos de Tondela seria atroz, seria intelectualmente uma coisa muito baixa… Mas não é de todo impensável?

Penso que é um absurdo, para já. Penso, isso sim que quando estou a criticar, não é a Câmara propriamente dita, porque ela assume publicamente o reconhecimento pelo nosso trabalho quando lá fazemos espectáculos, agora, efectivamente, vamos fazer espectáculos ao IPJ, a outras salas de Viseu, às escolas, etc. e não estou a aproveitar uma contradição que agora existiu ou uma picardia, mas estou apenas a dizer: é tão bom ver “n” participantes da cidade de Viseu neste acontecimento, da mesma forma que a ACERT, à sua maneira, é de Viseu. Quando em qualquer parte do país se fala: a ACERT, ah, a ACERT é de Tondela, é de Viseu! Isso é um orgulho para nós e para a nossa região. Por isso, é mesquinho acirrarem-nos. A cultura e a arte têm um papel fundamental no descontar deste sentido pseudo regionalista. O regionalismo é a sinergia entre vários agentes: a imprensa, as empresas, o ensino, o território numa conjugação interessante e desinteressada.


Jornal do Centro 04| abril | 2013

QUEIMA DO JUDAS | ACERT | TONDELA | ABERTURA 7 Opinião

A “Queima do Judas” A busca das origens

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

Os já raros rituais da “Queima do Judas” que ainda prevalecem por aí fora constituem-se hoje, no geral, como divertidos instrumentos que propiciam o encontro de uma comunidade consigo própria e que, apropriando agora o conceito de festa, se tornam atracção para as comunidades vizinhas que a ela acorrem. Centrados na noite de Sábado dito de Aleluia tais rituais perderam, parece, o elemento matricial de raiz religiosa cristã que mantiveram provavelmente durante séculos e a figura simbólica de Judas Iscariotes, o Apóstolo que traiu Cristo, seu Mestre, não é agora mais do que a personificação de uma qualquer personagem ou entidade que protagoniza o mal, qualquer que seja o entendimento que dele se tenha. E, em jeito de catarse colectiva, o sacrifício da morte pelo fogo que persiste da longínqua origem, ora sofrido pela figura burlesca do antropomorfo assimilado a Judas, não representa mais do que a libertação dos males assim exorcisados e a restituição de um tempo apaziguado, propício a uma ordem nova e segura. (Na mística cristã, Cristo é a vítima, o Cordeiro imolado que toma sobre si os pecados dos homens possibilitandolhes deste modo a redenção). E a própria figura do “testamento” que em determinado momento integrou um mais antigo rito de morte pelo fogo mais não é, também, do que uma forma de enunciar a desordem e os subjacentes conflitos que habitualmente se geram no seio das comunidades para, finalmente, sem vinganças pessoais, sem prevalecerem ten-

sões ora desajustadas e perturbadoras, uma vez proclamada a sua origem e natureza, seguir em paz a vida da gente. Assumida a “Queima do Judas” como tradição vinda de longínqua idade, tem a Antropologia intentado uma explicação para este fenómeno que atravessa a História e as diversas culturas onde, em vez do Iscariotes, a vítima personifica outra entidade, às vezes assimilada ao Inverno, também ela susceptível de comportar-se como vítima em necessário sacrifício. E por esta razão se vai mais longe em busca das raízes deste singular fenómeno, pelo menos aos cultos agrários do Neolítico, quando vítimas humanas, num primeiro tempo, eram sacrificadas pelo fogo, provavelmente antes que tivessem sido escolhidos como vítimas os animais, bois ou cordeiros, que arderam, como propiciatório holocausto, nos altares dos cerimoniais ditos pagãos, uns e outros carregando sobre si quanto de mal se gerara no seio de uma inquieta comunidade de homens deste modo regenerada. As comunidades cristãs, católicas ou ortodoxas, receberam de velhas culturas estes rituais que celebravam tanto a regeneração dos homens como a regeneração dos campos no dealbar da Primavera, no início de um novo ciclo solar e transfiguraram-nos fazendo deles, como fizeram com as fogueiras do solstício, durante séculos, instrumentos eficazes de uma catequese que entretanto adopta novos padrões enquanto os velhos cerimoniais vestem inocentes roupagens de pura ludicidade.


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Jornal do Centro 04 | abril | 2013

em fim de mandato Nota: Esta rubrica iniciou-se na edição 576 de 28 de março

entrevistas e fotos ∑ Paulo Neto

“Resende voltou a estar no mapa” António Manuel Leitão Borges, 56 anos, engenheiro civil, natural da vila de Resende, Presidente da Câmara desde 9 de Janeiro de 2002, depois de no mandato anterior ser eleito vereador, pelo Partido Socialista. Que mudou em Resende com a sua gestão?

O que me parece importante sublinhar é que regressámos ao mapa. Resende voltou a estar no mapa. As décadas anteriores tinham sido muito resignadas e cinzentas e há agora a nossa marca a partir de valores e referências que revisitámos e atualizámos, que sempre foram nossas, mas que precisavam de ser absorvidas internamente, até redescobertas. Enfrentámos lógicas muito conservadoras do ponto de vista político e social e um concelho que economicamente não construía o seu horizonte. Fizemos muito investimento. Reintegrámos o Douro como elemento estruturante no processo de desenvolvimento, valorizámos fortemente a base produtiva local (e não foi só a cereja) e acima de tudo cortámos com o passado no que respeita a um trabalho na autarquia que tem que tratar o cidadão por igual. Quais as três linhas estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?

Fizemos tanto e em tantos domínios que não é fácil, e às vezes não é justo isolar a atividade municipal dessa maneira. Tudo acaba por se interligar e representar as oportunidades e a qualificação dos cidadãos. Quando chegámos à Câmara no início de 2002, as redes de água e saneamento cobriam o concelho em cerca de 20% das suas necessidades. Hoje esse valor está acima dos 80%. Está enterrado ninguém vê, mas é impossível aplicar políticas de saúde, de preservação ambiental ou mesmo de or-

denamento de território sem começar por aí! Também não vale a pena encher a boca a falar das pessoas se, depois a escola logo à nascença é um fator de aprofundamento das diferenças de classe, porque uns têm condições de ir à escola, e serem qualificados, e outros desde que praticamente nasceram ficam afastados dessas oportunidades. Fizemos com o impulso dos governos do PS um trabalho único. Na abertura do próximo ano escolar entra em funcionamento o último centro escolar que falta instalar. Equipamentos completamente novos do pré-escolar ao secundário, que representam sobretudo um novo projeto educativo com igualdade de acesso e igualdade de tratamento, independentemente de origem social ou da condição económica. No ranking nacional, no que diz respeito à educação, estávamos no penúltimo lugar. Hoje o concelho tem taxas de escolarização, a todos os níveis, acima da média nacional. Construímos redes com respostas importantes nas políticas sociais (mais três Lares em S. Martinho, Felgueiras e S. Romão), forçámos a ideia de coesão territorial interna numa lógica de que todos têm o direito de acesso a tudo, sem que isso represente dispersão de meios ou repetição de soluções. Cada freguesia foi um vértice dessa cadeia de respostas de proximidade e de aposta numa nova vocação territorial. No desporto (com o novo Estádio, as Piscinas Cobertas, em Resende, os Pavilhões Gimnodesportivos em S. Martinho, Anreade e Freigil), na educação (com os Centros Escolares de Resende, S. Martinho e S. Cipriano) na valorização ambiental (com o Parque Fluvial de Porto de Rei, a Marina de Aregos, os Parques da Panchorra e da Lagariça e agora Parque Fluvial do Bernardo), ou ainda os novos Centros de Saúde

cidadania a muitos níveis fruto da desinformação, do desconhecimento e de uma boa formação. Nada que também não seja obrigação dos responsáveis políticos alterar! Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?

de Resende e S. Martinho de Mouros, o novo Quartel da GNR, a Loja do Cidadão, o novo Parque Urbano, o novo Fórum Municipal, os Centros interpretativos da Cereja, do Montemuro ou da Cerâmica... seriam páginas a descrever importantes intervenções e investimento de uma década única nesse domínio. Incomparável! No domínio imaterial a Festa da Cereja é hoje uma das grandes romarias do Norte de Portugal. Talvez valha apenas acrescentar a operação de aquisição das Termas de Caldas de Aregos. A contrapartida para a instalação do Parque da Alagoa de D. João, num investimento de 45 milhões de euros nas energias renováveis, fez com que a Câmara passasse a deter 15% da empresa produtora. Trocámos esses activos pelas Termas, por todo o seu património (que é propriedade dos resendenses) e pelo direito de concessão e exploração para os próximos quarenta anos. Não saiu um tostão do Município e passámos a deter uma posição dominante numa área estruturante e essencial para o desenvolvimento do concelho.

Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?

Lisboa é Lisboa, mas não gostaria de cair na tentação de correr tudo pela mesma medida, como muitos fazem com os Presidentes de Câmara e com o Poder Local em geral. A proximidade com as pessoas obriga-nos a uma disponibilidade constante e todos os problemas são problemas e não há uns maiores que os outros. Depois um Autarca tem a dimensão dos afetos que tem de saber gerir, que o obriga a uma disponibilidade constante, a uma proximidade e tolerância que são tão importantes quantos a sua capacidade para agir e acrescentar! Não quero com isto dizer que não haja alguns governantes e até responsáveis da Administração Central que desenvolvem essa permanente atenção e valorizam o Poder Local e a sua autonomia, não só como imperativo constitucional mas também como instrumento de desenvolvimento do País. Mas o momento que atravessamos é, talvez o pior neste domínio! Qual foi para si o maior político nacional destes últimos 20

anos?

O Partido Socialista tem tido a sorte de ter grandes Secretários Gerais que têm mudado muito a vida política nacional. Mais atrás Mário Soares e nestas duas últimas décadas com António Guterres, José Sócrates e agora com António José Seguro. Nesse aspeto José Sócrates, pelo que fez e lançou como bases do futuro no seu Governo maioritário - a educação, as energias renováveis, as infra-estruturas tecnológicas, por exemplo - é uma figura de grande expressão e referência políticas. Ele, juntamente, com José Manuel Durão Barroso, sobretudo pelo cargo de Presidente da Comissão Europeia! Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?

Um Presidente em algumas coisas pode ser comparado a muitos treinadores... de bestial a besta! Muitas pessoas avaliam as políticas públicas e respectivos desempenhos não tanto por aquilo que representam para todos mas por aquilo que diretamente usufruem ou é só para eles. Há um enorme défice de

A minha formação na área de engenharia faz-me conviver com essa situação de maneira diferente. Sempre foi assim. Houve sempre para mim mais uma obra para fazer ao virar de mais uma esquina. Mas só são importantes se nos ajudarem a transformar a vida das pessoas e a acrescentar modernidade e oportunidades. A ligação Resende-Bigorne, que teve vários chumbos ambientais, continua a ser uma prioridade. Tivemos que ser nós na Câmara, num protocolo com as Estradas de Portugal, a fazer o projecto. Uma responsabilidade do Governo Central, mas cujos problemas só foram ultrapassados porque metemos os pés ao caminho. Importância pelo meu envolvimento e participação, não digo de autor mas quase, e pela importância para Resende de uma concretização próxima. Mas o desenvolvimento do recurso termal de Caldas de Aregos - o grande pilar do futuro económico de Resende - não é menos importante! Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu a nível nacional, regional e local?

Só nos desiludimos com quem criamos ilusões, não foi o meu caso. Que vai fazer depois de terminar o mandato?

Daqui até outubro honrar os compromissos e as obrigações com os resendenses. É isso que conta!... O futuro a Deus pertence, é assim que o nosso povo costuma responder. E não faz sentido responder doutra forma, da minha parte. Uma coisa de cada vez!


ANTÓNIO BORGES | JOSÉ MÁRIO CARDOSO | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 04| abril | 2013

“Há gente que se deixa deslumbrar pelo poder e, quando a subida é meteórica, deixam de sentir o pé na terra” José Mário de Almeida Cardoso, 63 anos, Quadro Superior da Direcção Geral de Contribuições e Impostos, Natural de Vila da Ponte, iniciou a atividade como autarca em 3 de Janeiro de 1990. Que mudou em Sernancelhe com a sua gestão?

Longe do cinzentismo de outrora, hoje, Sernancelhe é um concelho feito de gente com muita autoestima, intensa participação cívica nos destinos da sua terra, consciente dos seus recursos endógenos que os tem valorizado e otimizado, e do seu vasto património material e imaterial, o qual tem sabido projetar, tendo-o como modelo de conduta para o futuro. A melhor obra que deixo é comprovada pelo estudo independente do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, da Universidade da Beira Interior, que coloca o Concelho de Sernancelhe na posição 179, entre 308 Municípios do País e em 10º no Distrito de Viseu (só ultrapassado pelos concelhos que são cidades), e que teve em conta indicadores como equipamentos culturais, infraestruturas básicas, despesas com a cultura, despesas com o ambiente e dinamismo económico das empresas locais. Quais as três linhas estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?

Planear, organizar e moralizar: planear o seu espaço territorial e a sua atividade, disciplinando a sua vida autárquica; organizar os seus serviços, tornando-os eficazes ao serviço das populações e eficientes com custos mínimos; moralizar – fazer bem tudo aquilo que é da sua responsabilidade e da competên-

cia qua a lei lhe confere, concretamente a gestão cuidadosa, rigorosa dos seus recursos e exigindo a cada entidade (Administração Central) e a cada munícipe o que lhes compete fazer. Pa rece-me que estes três princípios têm criado uma consciência cívica participativa em todo o seu espaço mun icipa l, en ra i zada n a ideia de que os sernancelhenses são também autores e atores das políticas municipais e não apenas destinatários e espectadores. Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?

Proximidade e afetividade. Dois princípios que levam a um mundo sem fim de virtualidades, destacando uma disciplina democraticamente consentida, pilar da construção do futuro em qualquer sociedade – princípio atualmente tão esquecido. Qual foi para si o maior político nacional destes últimos 20 anos?

Professor Cavaco Silva. O político que mais v i sitou Ser n a ncel he ; duas vezes como candidato a Presidente da República, numa das quais teve início a sua campanha eleitoral (ano 2005), outra como Presidente

da República e uma outra como Primeiro-Ministro. Diz bem da sua sensibilidade para com as terras do Interior cuja voz tem mais dificuldade em se fazer ouvir. Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?

A macrocefalia do Terreiro do Paço. Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?

Sinto-me gratificado pelo que f iz, mas com certeza que sinto que muito fica por fazer. Por isso, não sei especificar qual das obras fica por fazer, que são tantas, e que

corresponderiam ao desejo de ser eu a fazê-las. Concorda com a Lei de Limitação de Mandatos?

Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu, a nível nacional, regional e local?

Se é u m a lei que se pretende moralizadora, no sentido de evitar a perpetuação da mesma pessoa num cargo, concordo. Se é uma lei para punir só autarcas, presidentes de câmaras e presidentes de juntas, então estamos perante uma aberração.

C o m o e m q u a lq u e r partido político há gente que se deixa deslumbrar pelo poder e, quando a subida é meteórica, deixam de sentir o pé na terra. A arrogância, o sobranceirismo e a presunção infundada são comuns a este tipo de políticos.

O que é para si fazer política?

Que vai fazer depois de terminar o mandato?

Não sei! Não estive nem estou na autarquia para fazer políticas. Apenas para fazer obras e ao serviço das populações.

Gozar a reforma que adqu i ri como quad ro das Finanças, se entretanto os cortes não aumentarem.


Jornal do Centro

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região Opinião

Japão, mais um destino

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

como principais destinos o Reino Unido, a Espanha, a Holanda, a Alemanha, o Kuwait e a Rússia. O Japão é responsável por uma cota de 10%. A recente iniciativa com destino ao Japão teve também o propósito de desbloquear algumas das situações que se encontravam pendentes no sector Objetivo é dar a conhecer aos alunos o ensino superior politécnico das carnes. Assim, parecem estar agora reunidas as condições necessárias para a exportação de carne de suíno e aves. Provavelmente uma grande aposta no sector dos transformados. Ao dirigirmos e orientarmos investimento estrangeiro muito específico para Portugal, estamos por certo a procurar incrementar mais-valias, não só nas quaVisitas∑ IPV conta passarem pelas várias escolas mais de mil alunos lidades do tomate como também fomentar acréscimos na actual produção A décima edição dos dente do IPV, Fernando colas mais de mil visitanpara valores das 100-110 to“Dias Abertos” do Ins- Sebastião. tes. Os alunos assistem neladas/hectare, como os A jornada pretende a aulas e palestras sobre tituto Politécnico de que se verificam na CaliViseu (IPV) está a decor- “proporcionar aos convi- os cursos, realizam exfórnia. rer amanhã, dia 5. “Um dados um conhecimen- periências em laboratóAssim, parece notório que mais uma vez este pePolitécnico de braços to mais aprofundado e rios, participam em inúqueno País é alvo de um bem abertos recebe alu- abrangente do quotidiano meras atividades lúdicocrescente interesse internos, professores e psicó- do ensino superior” atra- pedagógicas e percorrem nacional. logos de escolas secun- vés de uma visita guiada espaços de interatividaUma vez que novas pordárias, profissionais e do ao Campus Politécnico e de, exposições, centros tas foram abertas, novos mercados foram conquisensino básico (9º ano), às escolas superiores do de informática, de dotados, importa acarinhar e guiando-os a uma viagem IPV em plena atividade cumentação e de inforproteger correctamente esinesquecível pelo admi- académica . mação, pavilhões oficitas actividades. No entanrável mundo do ensino O presidente do IPV nais e diversas outras to, o sector vai dando notas superior”, refere o presi- conta passarem nas es- valências”. de algum incómodo, face à previsível redução do apoio à produção dos 2100 euros para os 179 euros/hectare, a CDS ANUNCIA que acrescem custos enerCANDIDATOS EM géticos excessivos para uma indústria que conVILA NOVA DE PAIVA centra a sua laboração em 2 meses. E SANTA COMBA Se este é um filão a extem”, assumindo que a A aldeia de ValonguiHugo Trindade, atuplorar, urge então preseral presidente da Casa do var correctamente este sec- nho, em Resende esteve estrada que ruiu “vai dePovo de Vila Nova de tor e encetar desde já uma isolada durante quatro morar algumas semanas campanha, um lobby alar- dias devido ao desaba- a ser reposta”. Paiva, é o candidato do gado e consensual para evi- mento de uma estrada na Os habitantes de VaCDS-PP à Câmara Mutar uma situação em tudo nicipal daquele conceidêntica ao que aconteceu passada sexta-feira, por longuinho estiveram desde sexta-feira de manhã lho, nas eleições autárcom a beterraba sacarina. causa do mau tempo. O presidente da Câma- sem acesso de carro a ouquicas de outubro. Aliados já temos! Os investimentos estran- ra Municipal de Resende, tros pontos da freguesia O anúncio foi feito geiros de dimensão, erigi- António Borges anunciou de Barrô. “A pluviosidade esta semana pela distridos em Portugal, conduzital do CDS-PP que conrão por certo ao desenvol- no fecho da edição do excecional que se tem feifirmou ainda a candidavimento de uma teia que Jornal do Centro (20h00 to sentir deixou os terretura à Câmara de Santa importa urdir correcta- de terça-feira) que estava nos saturados e a estrada mente para aguentar as pos- “por horas a abertura de foi-se degradando. PriComba Dão, de Manuela síveis pressões europeias e uma via alternativa em meiro, abriu-se uma fenAlves, atual vereadora internacionais a desenhar. independente no execuMais um trilho a desbra- Valonguinho, aproveitan- da e, em horas, acabou do alguns caminhos de por ceder”, sustentou o tivo do social-democravar, não? terra batida que já exis- autarca. EA ta, João Lourenço. DR

Quinhentos anos de história unem e solidificam as relações entre Portugal e o Japão. Em termos alimentares, este é um dos países que mais demanda e impõe níveis de exigência e requisitos aos produtos que consome. Em Dezembro de 2012, numa acção diplomática, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, coadjuvado pela AICEP (Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa) e a PortugalFoods, desenvolveram um périplo junto dos países do Golfo Pérsico (Omã, Dubai, Kuwait, Emirados Árabes Unidos). Esta iniciativa tinha como alvo a presença no SIAL (Salão de Alimentação do Médio Oriente) de um conjunto de produtores do ramo agrícola e agro-alimentar que foram mostrar o que de melhor por cá se faz. Os prémios alcançados no referido certame granjearam interesse e notoriedade. Esta iniciativa foi posteriormente secundada por uma visita a Portugal de entidades desses países para desenvolverem e arquitectarem negócios nestas áreas. Segundo se consta, muitos empresários do sector agrícola e agro-alimentar ficaram surpreendidos com o impetuoso interesse manifestado. A vontade de apostarem na agricultura e passarem e deter empresas transformadoras era notória. As propostas apresentadas estavam por certo bem alicerçadas em estratégias muito bem delineadas e estudadas. Um dos seus propósitos era poderem controlar toda a cadeia, assegurando deste modo a entrega de bens alimentares onde, em termos agrícolas, pouco se produz. Se Portugal passou a ser apetecível para os Árabes, igual propensão parecem ter vislumbrado os Japoneses, que se preparam para investir na fileira do tomate. Portugal já há algum tempo dá cartas nesta fileira. Nos últimos 10 anos, investiramse 60 milhões de euros na indústria transformadora. Em 2012, tornamo-nos o 4º maior exportador de tomate transformado. Produzimos em 14.000 hectares, 1.2 milhões de toneladas, a que corresponde um volume de negócios de 250 milhões euros/ano. Esta actividade envolve 6.500 postos de trabalho, na forma directa e indirecta. Exportamos 95% da produção, tendo

A

“Dias Abertos no Politécnico de Viseu

Mau tempo isolou Valonguinho

ASSALTO

Vseu. Um homem de 45 anos foi atacado por dois criminosos à saída de um restaurante na madrugada do passado sábado, 30 de março. Sob ameaça de uma navalha obrigaram a vítima a entrar no carro e, posteriormente, a levantar 100 euros numa caixa multibanco, na Quinta da Carreira. Os assaltantes acabaram por ser detidos em flagrante pela PSP. Foram apreendidos aos detidos duas navalhas um telemóvel e 139 euros. Depois de presentes ao juiz, ficaram a aguardar julgamento em liberdade.

DETENÇÃO

Viseu A Polícia de Segurança Pública de Viseu anunciou a detenção de três homens por conduzirem sob o efeito de álcool e condução ilegal. Um dos detidos, de 21 anos, ao ser sujeito ao teste de alcoolemia revelou uma taxa de 1,90 gramas de álcool por litro de sangue e tinha sido interveniente num acidente de viação, despistando-se. Um outro homem revelou uma taxa 1,31. A PSP deteve ainda um individuo de 51 anos por conduzir um veículo motorizado sem estar devidamente habilitado.

DETENÇÃO

Viseu A PSP de Viseu anunciou a detenção de um jovem de 23 anos, na terça-feira, dia 26 de março, quando este se encontrava a vender droga na cidade e tinha em sua posse 621 doses de estupefacientes. A detenção ocorreu no âmbito da ação de combate ao tráfico/consumo de estupefacientes da polícia. De acordo com a PSP, o suspeito quando foi detido tinha na sua posse 384 embalagens individuais de cocaína e 237 embalagens heroína. “Para além do produto estupefaciente foram também apreendidos dinheiro e um telemóvel”.


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Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU

04 | abril | 2013

Passaporte para a autonomia à distância de uma assinatura Autismo ∑ APPDA de Viseu espera há 10 anos pela assinatura de um protocolo com a Segurança Social que lhe garanta autonomia financeira

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dores e lá vamos fazendo mais um ano”.

DR

Passaram 10 anos. Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Viseu (APPDAV) está a comemorar o seu décimo aniversário até ao dia 12 de abril. Autismo é designado como uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização e de comportamento. O país ainda não tem estudos feitos sobre o número de crianças com o síndrome. No mundo, estima-se que um em cada 150 tenha perturbações do espetro, às vezes difíceis de diagnosticar. Em 1993 , Prazeres Domingues viu-se confrontada com a realidade de ter um filho com aut ismo e sem meios para o ajudar. Cinco anos mais tarde, criou o núcleo de Viseu da APPDA de Coimbra. A sua ambição era constituir uma associação independente no distrito, mas não conseguia reunir cinco pais, os suficientes para criar a comissão instaladora e foram precisos mais cinco anos para nascer a 2 de abril de 2003 a APPDA de Viseu. “Um longo caminho já se percorreu”, reconhece a presidente da APPDAV, Prazeres Domingues ao anunciar que “hoje estão referenciadas 167 crianças no distrito (duas na Guarda e duas na Covilhã), apoia direta mente na

AAPPDA de Viseu comemorou o décimo aniversária na passada terça-feira. associação 53 crianças, disponibiliza consultas, terapias e outro tipo de intervenção, presta serviço nas escolas e apoio domiciliária, organiza ateliers e atividades que vão da equitação à natação… tudo graças a “um grande envolvimento da Associação, das famílias e da comunidade que colaboraram na sensibilização desta problemática”. “A i m a g e m q u e a APPDA criou na comunidade já permite às pessoas acreditarem que é uma boa causa para apoiar e investir”, reconhece. Mas se há sonhos realizados, outros projetos estão por realizar. Em causa, responde Prazeres Domingues a falta de autonomia financeira da APPDAV. Há mais de 10 anos que a direção luta pela assinatura de um protocolo com a Segurança Social (SS) que lhe garantia o financiamen-

to necessário à sua estabilidade, nomeadamente a criação de uma sede própria e a contratação de técnicos. “Andamos todos os anos nisto, a formar estagiários neste e naquele método, nesta e naquela terapia e, quando os técnicos estão a funcionar bem, vão embora, porque não temos dinheiro para lhes pagar e isto acaba por ser um dos grandes problemas da APPDA”, refere Prazeres Domingues. A responsável não consegue entender como é que a SS fecha a porta a um projeto desta natureza quando são financiados outros projetos com milhões de euros, ao avançar que a atribuição de uma verba de 50 mil euros por ano seria suficiente para regularizar os problemas financeiros da APPDA Viseu. E como sobreviveu 10 anos uma instituição desta

natureza, instalada numa ala do segundo piso do edifício do departamento de psiquiatria do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV), em Abraveses? Através de um protocolo com o CHTV que cede instalações, assegura as consultas e cede técnicos especializados; com patrocínios de empresas locais e das autarquias; com a apresentação de projetos e graças ao envolvimento dos pais e da comunidade que garante um elevado número de voluntários ao serviço da associação. Aniversário. A APPDAV apagou 10 velas na terçafeira à noite, durante um convívio que serviu tam-

bém para assinalar o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo. Juntou no Anfiteatro do Orfeão de Viseu crianças, jovens e pais da APPDA, mas também voluntários, padrinhos e parceiros do projeto. Todos vestidos de azul assistiram a um espetáculo de artistas que se entregaram sem qualquer contrapartida. Tratou-se de uma injeção de motivação para dar continuidade ao projeto, mas prazeres Domingues teme pelo futuro: “Às vezes, desanima-se e há momentos em que pensamos fechar a associação, mas depois vemos chegar novos pais, novos voluntários e novos patrocina-

Realidade no terreno. A atividade desenvolvida ao longo dos 10 anos pela APPDAV “permite que hoje as crianças sejam diagnosticadas mais cedo”, assume Prazeres Domingues. Mas a realidade é que nos dias de hoje “ainda continua a haver muitos jovens que andam anos e anos perdidos com diagnósticos errados e que tarde chegam a ter o diagnóstico certo”. Do cruzamento de dados possível até ago ra, a responsável conta que “Castro Daire é o concelho [do distrito de Viseu] com mais crianças diagnosticadas” com autismo (30), seguido do concelho de Lamego. Por outro lado, o concelho de Sátão regista apenas uma criança referenciada. “Era interessante investigar esta realidade. Às vezes fazem-se tantos estudos sobre a mesma matéria que poucos resultados dão e esquece-se esta realidade”, alerta a presidente da APPDAV. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

“O nascimento de um filho com autismo em 1993 ,feznos procurar, a mim e ao meu marido, sobre o que podíamos fazer por ele e criámos o núcleo juntamente com o dr. Paulo Santos. O projeto foi crescendo e está aí... Prazeres Domingues Fundadora da APPDA Viseu


Jornal do Centro

10º ANIVERSÁRIO APPDA VISEU | REGIÃO 13

04| abril | 2013

Atividades da APPDA de segunda a sábado

Programa Comemorativo 10º aniversário

APPDA em números

A APPDA Viseu funciona no 2º andar do edifício do Departamento de Psiquiatria, em Abraveses, através de um protocolo assinado com o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, institutição que cede também alguns técnicos.

Dia 6 de abril

1998

Atividades

∑ Equitação ∑ Natação

∑ Terapia ocupacional ∑ Ensina + ∑ Treino de competên-

cias sociais ∑ Treino de autonomia ∑ Formação intensiva de pais ∑ Ateliers ∑ Saídas para a comunidade ∑ Deslocação de técnicos a escolas ∑ Apoio domiciliário

Frases

∑ “Os meninos com autismo deixados sozinhos não aprendem” ∑ “Impressiona ver crianças capazes de evoluir e as famílias não terem condições para essas crianças terem a intervenção devida” ∑ “A intervenção precoce faz a diferença no autismo. Quando cegam com 22 anos, trabalhamos Publicidade

com eles, mas pouco já se consegue fazer” ∑ “Para os meninos com autismo, o mundo já é um caos”

Balanço de 10 anos da APPDA numa frase:

∑ “Sentimos que está muita coisa feita, mas que ainda está muita coisa para fazer”

∑ Entre as 10h00 e as

17h00, no Rossio de Viseu, comemora-se o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo (2 de abril). Às 10h00 começam as atividades desportivas, animações e pinturas. Das 14h00 às 15h00 atuam o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Abraveses, o grupo Os Lavradores de Cubos de Mangualde, o grupo coral do Tribunal de Viseu “Cant’habilius”. Às 15h00 decorre a cerimónia oficial com a presença de entidades públicas, seguindo-se a atuação da Banda Filarmónica Verdi Cambrense. Ao longo do dia vai decorrer uma cremesse e uma feira de produtos naturais. Neste dia, a Câmara de Viseu vai estar iluminada com lâmpadas azuis (a cor do autismo). A direção da APPDA desafia a população a vestir uma

peça de roupa azul, acender uma vela ou uma lâmpada azul pelo autismo e a participar no programa de atividades.

Dia 12 de abril ∑

Pel a s 2 1 h 0 0 , n a Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, decorre a II Gala do Rotary Club de Viseu em que o lucro de bilheteira (bilhete cinco euros) reverta para a APPDA e para o Centro Hípico de Rio de Loba, instituição que também apoia a APPDA. Atuam em palco nesta gala, a partir das 21h00, o grupo de canto USAVIS, Filipa Peixoto Pereira com canções de sempre, o grupo musical composto pela professora de canto Ecaterina Neagu e outros músicos, o Grupo Coral Mozart, o grupo Tranglomango, os “Pauliteiritos de Abraveses” e o grupo de fados Glória Paiva. Publicidade

Ano da constitutição do núcleo da APPDA Viseu

2003 Ano da criação da APPDA Viseu como associação independente, tornando-se a quarta criada a nível nacional. Hoje existem 10 associações no país a trabalhar pelo autismo.

2012 Ano da constituição do Núcleo do Douro da APPDA Viseu, com sede em Armamar, em instalações sedidas para autarquia que canalisou também uma funcionária para apoiar o novo organismo, em atividade desde janeiro.

167 O número de cria nças com autismo apoiadas pela APPDA Viseu (a maioria do distrito de Viseu, duas da Covilhão e duas da Guarda).

53 O número de crianças com autismo que têm terapia e intervenção direta na sede da APPDA Viseu. São 104 as que ali vão à consulta ou têm outro tipo de intervenção.

1/150 Estima-se que uma em cada 150 crianças tem perturbações do espetro do autismo, às vezes com traços ligeiros difíceis de diagnosticar.


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educação&formação Mortágua divulga oferta formativa

Lamego: uma montra de oportunidades em três dias

Mortágua recebe a partir de amanhã, dia 5 a “inFORMA’13 - Feira de Informação Escolar e Profissional, promovida pela Câmara de Mortágua, no âmbito do projeto “Da Escola, Agarra a Vida”. O evento decorre no Centro de Animação Cultural, entre as 10h00 e as 17h00. Ao todo, 15 organismos, universidades e outras entidades divulgam a oferta educativa e formativa dirigida a alunos do Ensino Básico, Secundário e Profissional. “Esta ação tem como objetivo proporcionar um conhecimento mais alargado das diversas entidades de oferta de educaPublicidade

ção/formação existentes, assim como da sua oferta formativa para o ano letivo de 2013-2014 “, adianta a autarquia numa nota à imprensa. Na inFORMA, os alunos podem obter, de forma direta e presencial, informação e esclarecimento sobre a oferta dos cursos ministrados em cada estabelecimento de ensino/formação, mas também sobre as condições de ingresso, programas curriculares, incentivos, saídas profissionais, associados a cada curso, proporcionando, assim, um conhecimento mais alargado sobre as opções que os jovens podem seguir.

A cidade de Lamego volta a receber, a partir de quarta-feira, a 4ª Montra de Oportunidades, numa organização conjunta da Câmara Municipal e do Centro de Informação Europe Direct de Lamego, em colaboração com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Casa do Pessoal do Hospital de Proximidade. Durante três dias (10, 11 e 12 de abril), no Pavilhão Álvaro Magalhães, a montra de oportunidades vai dar destaque a três temas considerados pela organização como “centrais e de relevância para o atual contexto socioeconómico”: Educação/formação/emprego e saúde/bem-estar aos quais se acrescenta o fator social. “As temáticas para a 4ª Montra de Oportunidades refletem a necessidade de divulgar soluções e respostas de formação, qualificação, emprego e saúde, no atual contexto socioeconómico que vivemos no país e particularmente na região, incentivando o desenvolvimento humano”, salientou a organização durante a apresentação do evento. Com esta iniciativa, a organização pretende “criar um espaço de informação e sensibilização da população e dos diversos agentes de edu-

DR

DR

Temas ∑ Educação, formação, emprego, saúde e bem-estar e Exposocial

A Pavilhão Alvaro Magalhães é o local onde vai decorrer o certame dias 10,11 e 12 de abril

cação, de formação e empresariais, para os desafios e oportunidades que se colocam ao nível da educação e da formação”. E, assim possibilitar “à população ativa o conhecimento da oferta formativa existente na região, na perspetiva de aumento das respetivas qualificações”. O dia 10 é dedicado à temática da educação/ formação, sendo constituída por uma feira de orientação vocacional e profissional, workshop’s e atividades no âmbito da juventude. O objetivo é dar a conhecer mais de perto aos jovens o leque de escolhas formativas com vista à sua futura formação e possibilitar à população ativa o conheci-

mento da oferta existente na região, para o aumento das respetivas qualificações e para a divulgação do que melhor se faz no meio escolar. O segundo dia da montra, 11 de abril foi escolhido para o tema saúde e bem-estar, no sentido de poder ali “abordar soluções inovadoras para os problemas sociais”, ao divulgar os serviços, as respostas e os produtos ao alcance da população e realçar a importância do bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Dentro desta temática, decorrem as I Jornadas de Saúde do Douro, dedicadas ao tema “Cidadania numa Sociedade em Crise”, composto por três painéis focalizados

na crise social nas suas diversas dimensões e intervenientes. O último dia foi escolhido para organizar a Exposocial, em que o objetivo é “promover o debate acerca dos impactos da crise multidimensional em públicos desfavorecidos”, apresentando-se uma montra diversificada de entidades que compõem o sector social e empresarial do norte e centro do país e, ao mesmo tempo, expor as suas experiências, atividades socioculturais desenvolvidas pelos colaboradores/clientes, com um programa definido das atuações. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Jornadas de empreendedorismo Primavera das profissões A Escola Secundária de S. Pedro do Sul promove, na terça-feira, dia 9, a partir das 8h30, as Jornadas do Ensino Profissional e Empreendedorismo. A iniciativa conta com painéis temáticos, uma sessão sobre “A Importância do Te-

cido Socioeconómico na Formação dos Jovens”, e uma exposição de cursos profissionais. A segunda parte das jornadas conta com um painel sobre empreendedorismo relatado na primeira pessoa.

A Escola Profissional Mariana Seixas está a promover e a dinamizar a Primavera das Profissões, inserida num conjunto alargado de ações de fidelização, divulgação e de captação de alunos para o próximo ano letivo. Ao longo dos próxi-

mos meses centenas de alunos acompanhados por professores e pelos serviços de psicologia e orientação das suas escolas de origem, terão a oportunidade de visitar e conhecer de uma forma mais aprofundada o projeto educativo da EPMS.



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economia “O Cortiço” pede insolvência

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A A marca “Cortiço” vai manter-se no mesmo espaço com outra filosofia Sentimento de perda. Este é o sentimento de maioria das pessoas que vê desaparecer um ex-líbris de Viseu. O antropólogo, Alberto Correia, lembra que, “quando hoje se fala da marca Viseu, esta é uma marca que, dentro do quadro da gastronomia e do património, trouxe pioneirismo, qualidade e inovação” ao sector. Dom Z eferi no, seu fundador assim conhecido, andou pelas aldeias da região na pesquisa da arte culinária, no levantamento de usos e costumes, na investigação de receitas antigas que os idosos ainda guardavam

da tradição oral. Destas colheitas resultaram pratos para uma ementa que se tornou célebre dentro e fora do país. Para Alberto Correia “O Cortiço era mais do que um restaurante onde se vai para comer”. O especialista destaca o trabalho do fundador, D. Zeferino, que assumiu o papel de verdadeiro empreendedor no setor da restauração. “Ele era um homem do teatro, era um ator na forma como servia os clientes, em ambiente de convivialidade”, descreve ao lembrar que cada frequentador ficava com “memórias das refeições”, refeições es-

sas que transformava em “tertúlias e encontros”. Recebeu vários prémios em Portugal e no estrangeiro. D. Zeferino partiu, mas a tradição manteve-se, embora nos últimos anos “desgastada”, reconhecem alguns clientes. Ao longo de décadas “O Cortiço” fez parte de todos os roteiros nacionais e internacionais, foi frequentado por atores, escritores, políticos, turistas... pessoas que faziam dele a sua casa, testemunhados com as centenas de mensagens afixadas nas paredes em pedra. Emília Amaral

DR

O espaço considerado mais representativo da gastronomia beirã, o restaurante “O Cortiço” localizado na zona antiga de Viseu e com quase 50 anos de história, pediu a declaração de insolvência no final de fevereiro. O anúncio da insolvência coincidiu com o encerramento temporário do restaurante, chegando a pensar-se que seria o fecho em definitivo do espaço, mas as portas reabriram na semana passada, depois de o seu proprietário ter regressado de Paris onde “O Cortiço” esteve a participar na Semana da Gastronomia Portuguesa. Serafim Campos adianta que o pedido de insolvência foi um “último recurso”, depois de reconhecer que “não havia retorno”. A crise instalada no setor da restauração “agravou-se” com o aumento do IVA para 23 por cento no setor. Segundo o empresário, a decisão do Governo fez com que “o Cortiço e outros restaurantes não consigam sobreviver”. E “O Cortiço” tal como se conhece vai mesmo desaparecer. Serafim Campos explica que a empresa detentora do estabelecimento desaparece, mas fica a marca Cortiço “no mesmo espaço, mas com uma nova filosofia para se conseguir aguentar”.

Emília Amaral

Crise∑ Restaurante de Viseu, “cartaz turístico” da região não aguentou o “peso” do IVA

Mangualde melhora relações económicas com a Bulgária

Fortalecer o investimento mútuo, a cooperação comercial e económica entre os seus membros são os objetivos do Acordo de Cooperação Conjunta, assinado pela Câmara de Comércio e Indústria de Yambol (Bulgária) e a Associação Empresarial de Mangualde. O protocolo, assinado no passado dia 21 de março, visa melhorarem as relações económicas e comerciais numa interajuda entre os dois países. Além disso, sempre que possí-

vel e apropriado, cada uma das partes irá ajudar a outra a participar em exposições nacionais, feiras internacionais, exposições, feiras económicas e técnicas, simpósios, conferências e outros eventos similares que ocorrem em ambos os países, com o objetivo de fortalecer a cooperação económica. Este Acordo de Cooperação Conjunta já em vigor é válido por um período indeterminado, salvo se qualquer uma das partes solicitar a sua rescisão.


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 17

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Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Paloma Cabañas Dir. Recursos Humanos, Huf Portuguesa, Lda. Docente da cadeira de Gestão de Recursos Humanos IPV

Moda desportiva na “Rox” em Viseu

Que valorizamos quando recrutamos?

Hoje, e apesar da conjuntura actual, a selecção e recrutamento de pessoas representam, cada vez mais, um processo estratégico nas equipas e organizações. Ju nto à proc u ra dos grandes talentos técnicos se procura a capacidade de integrar uma equipa, o espírito de serviço, o foco na consecução de objectivos quer individuais, quer colectivos, ao mesmo tempo que se valoriza aquelas pessoas que demonstrem vontade e capacidade de aprender e desenvolver-se. O recrutamento, independentemente do trabalho que se faça anteriormente, é uma ciência pouco exacta, já que, sempre é possível acabarmos por seleccionar uma pessoa que não encaixe, na sua totalidade, na nossa equipa ou organização. Para diminuir a probabilidade de insucesso, deveríamos concentrar-nos em avaliar, sobretudo, o carácter dos candidatos. Enquanto a competência técnica pode ser mais facilmente aprendida, desenvolvida ou treinada, o comportamento e a atitude são mais complicados de mudar. Neste sentido, seria aconselhável, procurar perfis que se sintam confortáveis com a nossa filosofia ou cultura, e que contribuam para o equilíbrio e complementaridade das equipas. Todavia, recrutar é uma tarefa que exige alguma continuidade e que não termina no simples acto de seleccionar

alguém. Trata-se de um processo dividido em três fases: Seleccionar – o melhor elemento para a nossa equipa e organização; Formar e Desenvolver – competências transversais e estratégicas, necessárias para o sucesso e por último, Liderar – de forma a motivar e gerir o desempenho de forma apropriada acrescentando valor e marcando a diferença. Tornar-se relevante que no processo de recrutamento não avaliemos as pessoas somente através dos seus méritos técnicos, é vital que con sideremos como as pessoas funcionam quando integradas em equipas ou em organizações com umas características muito determinadas, pelo que, a comunicação, os princípios, valores e ética individual de cada um dos possíveis candidatos são tão importantes como as qualidades técnicas dos mesmos. Se tivermos as pessoas certas ao nosso lado, aquelas que revelam uma elevada motivação intrínseca, cujos valores e princípios estão alinhados com os da organização, a nossa organização ganhará, marcará a diferença. Se somos capazes de escolher as melhores máquinas, a matériaprima mais vantajosa o mercado mais adequado, não será que deveríamos investir mais em seleccionar o nosso principal recurso, as pessoas?

Continuar a apostar numa marca em que os clientes confiam é o objetivo do novo espaço comercial, “Rox”, na Avenida Alberto Sampaio, em Viseu. A loj a , q u e d i s p o nibiliza peças de roupa desportiva, num look mais “casual”, é para o proprietário, Ilídio Rodrigues, uma aposta numa marca que os clientes já conhecem e em que confiam, tendo em conta a relação de qualidade/preço”. Há 10 anos que a Rox era representada num dos espaços comerciais de I lídio Rod rig ues, mas devido à falência

AUTARQUIAS DE SANTA COMBA E MOIMENTA VÃO PODER CONTRARIR EMPRÉSTIMOS As candidaturas das câmaras de Santa Comba Dão e Moimenta da Beira ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) foram aprovadas pelo Governo. Esta deliberação permite aos municípios contraírem empréstimos de 3,6 e 2,4 milhões de euros, respetivamente. O PAEL foi criado para proceder à regularização do pagamento de dívidas dos municípios a fornecedores vencidas há mais de 90 dias, registadas na Direção-geral das Autarquias Locais (DGAL), à data de 31 de março de 2012. Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Câmara de Santa Comba Dão, João Lourenço, considerou que a aprovação desta candidatura “era fundamental para pôr as contas do município em ordem”. Para o presidente da Câmara de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira, a aprovação da candidatura ao PAEL “vem facilitar a vida do município, pois tem um juro mais baixo”.

Micaela Costa

Espaço comercial∑ Marca espanhola é referência no vestuário e acessórios

A A loja localiza-se na Avenida Alberto Sampaio, nº 59 do franchising da marca, teve de pôr f im à sua comercialização. A confiança dos clientes acabou por levar Ilídio Rodrigues a “arranjar outra alternativa e con-

tinuar a dinamizar a marca”. “Já tinhamos o espaço montado, os clientes continuavam a procurar a marca e por isso achámos que fazia todo

o sentido voltar a representá-la”, conclui. A “Rox” está aberta de segunda a sábado, das 9hoo às 19h00 e domingo das 14h00 às 19h00.

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Jornal do Centro 04 | abril | 2013

desporto MOIMENTA NA TAÇA SÓCIOS DE MÉRITO “GILBERTO CARVALHO”

P J 33 33 34 34 33 33 33 33 34 34 33 34 33 33 33 33 33 32 33 33 33 33

V 24 17 14 13 13 14 13 13 14 13 12 13 10 10 11 10 11 7 6 5 4 5

E 6 8 12 14 13 9 11 11 8 10 11 8 15 13 7 10 4 11 11 13 12 9

D GMGS 3 59 27 8 52 36 8 38 29 7 41 37 7 48 36 10 58 42 9 46 36 9 43 37 12 38 35 11 48 43 10 39 35 13 41 45 8 37 34 10 43 44 15 37 47 13 45 48 18 29 37 14 27 39 16 24 43 15 27 41 17 16 39 19 31 57

33ª Jornada Portimonense Arouca Guimarães B Marítimo B Oliveirense Penafiel Atlético Desp. Aves Leixões Sp. Covilhã Sporting B

4-0 3-2 2-2 1-0 0-0 2-0 1-0 2-0 1-0 0-0 1-3

Tondela Freamunde Naval 1º Maio FC Porto B Trofense Belenenses Santa Clara Sp. Braga B U. Madeira Feirense Benfica B

34ª Jornada Belenenses Naval 1º Maio Santa Clara U. Madeira Benfica B Desp. Aves FC Porto B Feirense Freamunde Sp. Braga B Tondela

-

Guimarães B Sporting B Marítimo B Penafiel Oliveirense Portimonense Arouca Atlético Trofense Sp. Covilhã Leixões

Segunda Div. CENTRO 1 Ac. Viseu 2 Cinfães 3 Pampilhosa 4 Sp. Espinho 5 Operário 6 Sousense 7 Benfica CB 8 S. João Ver 9 Anadia 10 Coimbrões 11 Tourizense 12 Nogueirense 13 Cesarense 14 Bustelo 15 Lusitânia 16 Tocha

P 50 48 45 45 40 39 36 36 33 33 31 31 29 26 20 15

J 26 26 26 26 26 26 25 26 26 26 26 26 26 26 25 26

V 14 13 13 12 11 10 9 10 10 7 8 8 7 5 4 2

E 8 9 6 9 7 9 9 6 3 12 7 7 8 11 8 9

D GMGS 4 38 19 4 45 24 7 41 31 5 34 24 8 37 29 7 34 28 7 36 30 10 32 35 13 25 33 7 32 34 11 24 28 11 28 33 11 23 33 10 24 34 13 32 47 15 21 44

26ª Jornada Ac. Viseu Anadia Cesarense S. João Ver Sp. Espinho Tocha Lusitânia Operário

3-0 0-2 2-1 1-1 3-1 1-1 0-3 2-0

Cinfães Sp. Bustelo Sousense Tourizense Nogueirense Coimbrões Pampilhosa Benfica CB

27ª Jornada Benfica CB Cinfães Coimbrões Pampilhosa Sousense Sp. Bustelo Tocha Tourizense

-

Lusitânia S. João Ver Ac. Viseu Nogueirense Operário Cesarense Sp. Espinho Anadia

Micaela Costa

Segunda Liga 1 Belenenses 78 2 Arouca 59 3 Leixões 54 4 Desp. Aves 53 5 Sporting B 52 6 Benfica B 51 7 Santa Clara 50 8 Oliveirense 50 9 Penafiel 50 10Portimonense 49 11 FC Porto B 47 12Tondela 47 13U. Madeira 45 14Naval 43 15Atlético CP 40 16Feirense 40 17Marítimo B 37 18SC Braga B 30 19Trofense 29 20Sp. Covilhã 28 21Guimarães B 24 22Freamunde 24

A A quatro jogos do final do campeonato Académico lidera a Segunda Divisão Centro Futebol

Subida à II Liga vai ser discutida ao sprint Jogos ∑ Académico - Tocha ; Anadia - Cinfães (domingo, 7, pelas 16h00) O passado fim de semana proporcionou uma reviravolta na liderança da série Centro da II Divisão. O Académico de Viseu venceu e está agora na frente da classificação com mais dois pontos que o Cinfães que é segundo. A faltarem apenas quatro jogos para terminar o campeonato, a equipa viseense relançou a corrida à subida de divisão e depende agora apenas de si própria para conseguir a tão ambicionada promoção às competições profissionais de futebol. A 26ª jornada correu de feição aos academistas

que venceram por 2 a 1 na difícil deslocação a Gaia, onde defrontaram o Coimbrões, enquanto o então líder Cinfães perdia em casa com o São João de Ver (12). Este domingo, o Académ ico recebe o Tocha, último classificado, mas não tem por isso um adversário a menosprezar. O Tocha, no passado fim de semana, empatou com o Espinho (3º classificado) a um golo e deixou os seus adversários mais longe da equipa de Viseu. Na primeira volta o Académico foi à Tocha e venceu a partida, resulta-

do que certamente vai querer repetir no Fontelo. Na jornada seguinte (28ª) os academistas voltam a jogar em casa frente ao 4º classificado Sp. Espinho, num jogo que poderá ser de capital importância para as contas finais. Recorde-se que até agora a equipa viseense ainda não perdeu nenhum jogo em casa (apenas com o Portimonense para a Taça de Portugal) e regista a melhor defesa e o terceiro melhor ataque da série Centro da II Divisão. Ainda este domingo, o Cinfães vai a Anadia, defrontar o 9º classificado,

que tem menos 15 pontos que a equipa do norte do distrito e a quem, na primeira volta em casa, ganhou por duas bolas a uma. Os cinfanenses são o melhor ataque com 45 golos marcados nos 26 jogos já disputados. Uma reta final, “recheada” de emoções e para já a correr bem aos academistas, pois mesmo que o Cinfães ganhe os quatro jogos, o Académico está numa posição de vantagem e pode dar-se “ao luxo” de empatar um jogo, desde que ganhe os outros três. Micaela Costa

Automóveis

Viseenses no campeonato de Offroad José Cruz e Hugo Lopes, pai e filho, são dois pilotos de Viseu que competem no campeonato de Offroad, e que vão voltar a repetir a experiência este ano. O campeonato deveria arrancar este fim de semana, mas a prova foi cancelada pelo que o início da temporada fica adiado para Castelo Branco, em maio. José Cruz vai continuar a conduzir os mais de 400 cavalos do Peugeot 306 T16,

na agora denominada Divisão dos Super Cars, a antiga Divisão 1, enquanto Hugo Lopes vai também manter a sua participação na Iniciação, para pilotos entre os 13 e os 16 anos, e de novo ao volante do Peugeot 106. Pai e filho têm em agenda a participação em todas as provas do campeonato. Depois de na temporada passada ter feito apenas algumas provas, já que a aquisição do Peugeot aconteceu

com a temporada já a decorrer, a intenção do piloto viseense é este ano estar em todas as provas, sejam em piso de terra – autocross – quer em piso misto – rallycross. Quanto a Hugo Lopes, o jovem piloto viseense, já por duas vezes vice-campeão na Iniciação, quer este ano chegar ao título que lhe escapou nas duas edições anteriores. Hugo Lopes vai continuar a conduzir o Peugeot 106

preparado pela Automotorsport. Um carro fiável com o qual o piloto viseense acredita que pode ser campeão. A cumprir 16 anos, Hugo Lopes tem esta temporada a última na Iniciação, estando já nos projectos da equipa o salto para outra categoria competitiva já no próximo ano, mas até lá, os objectivos passam por se sagrar campeão na Iniciação no campeonato de offroad.

O Moimenta da Beira é o primeiro finalista apurado para a edição de 2013 da Taça Sócios de Mérito – “Gilberto Carvalho” da Associação de Futebol de Viseu. Em partida das meiasfinais, o atual segundo classificado da Divisão de Honra, eliminou a Desportiva de Sátão no desempate por grandes penalidades. Venceu por 4 a 1 após uma igualdade a um golo no final dos 90 minutos. O Moimenta da Beira fica agora à espera do que vai acontecer na outra meia-final, entre Castro Daire e Ferreira D´Aves, marcada para o próximo dia 1 de maio, para saber quem vai defrontar na final, ainda sem data marcada, e que deverá ser realizada no estádio do Fontelo, em Viseu.

FUTSAL VISEU 2001 QUER VENCER EM CASA O Viseu 2001 joga este dom i n go a 2 1ª jor n ada frente à formação de Coimbra, Centro Social S. João, 11º classificado com 24 pontos. As duas equipas estão separadas por 7 pontos com vantagem para a equipa viseense, que ocupa o 8º lugar. Na primeira volta foram os Conimbricenses a levar a melhor e venceram o Viseu 2001 por quatro bolas a uma. Na jornada anterior os viseenses perderam por 5-1 frente ao líder Boavista. Numa fase final do campeonato, e a faltarem seis jogos, a conquista dos 3 pontos é fundamental para atingir o objetivo de ainda chegar aos lugares cimeiros. Na luta pelo segundo lugar, que também dá subida à I Divisão, os viseenses estão a cinco pontos do Lameirinhas, da Guarda. O jogo, domingo, no Pavilhão do Colégio da Via Sacra, decorre pelas 17h00. MC


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Jornal do Centro 04| abril | 2013

Futebol

Esperança “alargada” A notícia avançada esta semana pela Liga Portuguesa de Futebol, com a possibilidade da criação de uma “liguilha”, pode dar um novo alento ao Clube Desportivo de Tondela, nesta fase final do campeonato da II Liga. A ideia surge no seguimento do já conhecido aumento do número de clubes na I Liga, que passam a ser 18 já na próxima época, e que se prepara para ser debatido em assembleia geral. A decisão em cima da mesa passa por integrar diretamente o Boavista na I Liga e fazer disputar uma “liguilha” para pre-

encher a 18.º vaga. Um minitorneio no final da época, envolvendo o 15.º e o 16.º classificados da I Liga, e o terceiro e o quarto classificados da II Liga, excetuando as equipas B. Em causa está um eventual convite ao Boavista, depois da recente decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol em anular todos os castigos com que o clube do Bessa havia sido punido. Uma decisão que pode vir a relançar o interesse nesta fase final do campeonato da II Liga. O líder Belenenses já carimbou a subida à liga profissional, o Arouca

Gil Peres / Arquivo

Alargamento ∑ Primeira liga com 18 clubes pode premiar terceiro e quarto classificados da II Liga

A Aumento do número de clubes pode alimenta a esperança dos tondelenses continua bem posicionado para garantir a segunda vaga, ao Tondela abre-se a janela de oportunidades para “agarrar” o terceiro ou quarto lugar, tarefa que pode ser conseguida. Domingo, 7, os tonde-

lenses defrontam, em casa, o agora 3º classificado Leixões que soma mais sete pontos que a formação de Vítor Paneira, uma possível vitória encurtará a distância quer do Leixões, quer do

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Ténis de Mesa

Atletas de Mundão com boa prestação no Torneio Cidade de Gaia Decorreu nos dias 23 e 24 de março o Torneio Cidade de Gaia em Ténis de Mesa. A Associação de Pais e Encarregados de Educação do AE Mundão esteve por 12 atletas - 2 iniciados, 3 infantis, 4 cadetes e 3 juniores. No dia 23 estiveram em prova os iniciados e cadetes, com excelentes resultados. No escalão de iniciados (até 9 anos) os 2 atletas presentes, que pela primeira vez estiveram num torneio desta envergadura, deixaram boas indicações para o futuro, sendo de salientar o 19º lugar alcançado pelo jovem Rui Filipe, que lhe permitiu amealhar 12 pontos para o ranking nacional. No escalão de Cadetes a APEE do AE Mundão esteve representado por quatro atletas, o destaque desta participação, vai para os atletas Miguel Pereira

e Rodrigo Mendes que conseguiram ultrapassar a fase de grupos. Na 2ª fase o Rodrigo Mendes não conseguiu ultrapassar o Ricardo Couto (novelense), tendo perdido por 3-1. No caso do Miguel Pereira começou por derrotar um forte jogador do S. Cibrão por 3-1 e perdeu com o Paulo Silva (Novelense), que é o nº 2 do ranking nacional. Com este resultado, o Miguel Pereira conseguiu amealhar mais 12 pontos para o ranking nacional e alcançou o 19º lugar, resultado muito bom face ao número de participantes. Já no dia 24 , decorreram as provas de infantis (três atletas) e juniores (seis atletas). No escalão de infantis os atletas de Mundão foram todos eliminados na fase de grupo, no enta nto, demon straram desempenho e a vontade em aprender

mais neste evento. No escalão de Juniores, apesar do excelente nível de jogo demonstrado pelos seis representantes de mundão apenas três passar a m à 2 ª f a s e (Jo r ge Loureiro, Miguel Pereira e Rodrigo Mendes). No entanto, um sorteio menos favorável, que os colocou frente a atletas do top Nacional evitou que chegassem além da 1ª ronda a eliminar, não sem que dessem luta aos adversários valorizando a sua vitória e reforçando a posição e imagem que os atletas de Mundão começam a ter a nível Nacional. Ao longo dos dois dias de prova os atletas de Mundão foram acompanhados pelo treinador Filipe Lima que contou com a colaboração do Jorge Loureiro na orientação dos iniciados e do delegado Carlos Alberto.

4º classificado, Desportivo das Aves (53). A nove jornadas do final do campeonato, e caso a “liguilha” seja aprovada em regime extraordinário de preenchimento de vaga, estes últimos jo-

gos podem ficar marcados por uma boa oportunidade para os 3º e 4º classificados de poderem também lutar pela promoção. A “liguilha” a ser aprovada vai disputar-se por eliminatórias, sendo a primeira jogada entre o 15º do primeiro escalão e o quarto do segundo, e o 16º da I Liga e o terceiro da II Liga. Os vencedores desses dois jogos defrontam-se numa segunda eliminatória final, cujo vencedor garantirá a 18ª vaga no campeonato principal. Micaela Costa


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culturas expos

Arcas da memória

Destaque

Com Comer e beber Uma arte do efémero

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Museu Municipal Até dia 30 de abril Exposição de pintura «Realismo Abstrato» de Wilfred Hildonen

VISEU ∑ FNAC Até dia 30 de abril Exposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto.

A Objetivo dos agentes é “cultivar” um género musical com pouca tradição na cidade

∑ IPJ

Trio Tangerine abre “Quintas ao Jazz” de abril

Até dia 19 de abril Exposição de escultura Artesanato em torgas, de Arlindo Pereira

TONDELA ∑ Agrupamento de Escolas / Cândido de Figueiredo

Até dia 26 de abril Exposição de fotografia “A mulher no desporto”, de Gil Peres e Nuno André Ferreira

Sucesso”∑ Evento do Lugar do Capitão e da Gira Sol Azul Um mês depois de terem começado as “Quintas ao Jazz”, da responsabilidade do Lugar do Capitão e da Associação Cultural Gira Sol Azul, a iniciativa tem-se revelado “um sucesso”, quer em termos de programação, quer em termos de aceitação por parte do público, revela a organização. Neste mês de abril, as “Quintas ao Jazz” prosseguem no lugar com a participação de quatro

grupos musicais. Cabe ao trio Tangerine abrir a programação, esta noite de quinta-feira. Será o primeiro concerto deste colectivo que se inspirou na famosa música “Tangerine” de Victor Schertzinger para se identificar enquanto trio. O grupo é composto pelo guitarrista Leonardo Outeiro, pela saxofonista Ana Bento e pela vocalista e trompetista Catarina Almeida. Segue-se na próxima

quinta-feira, dia 11 o concerto de Carlos Peninha Trio. Dia 18 é a vez de Joaquim Rodrigues Duo e, dia 25, Combo Avançado Gira Sol Azul. A ideia “Quintas ao Jazz” surgiu da vontade dos dois agentes culturais de dinamizar a programação cultural nocturna e artística da região e “cultivar um género musical com pouca tradição na cidade de Viseu”.

22h00, 00h30* Os Croods VP (M6) (Digital)

Um refúgio para a vida (M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h25* Vigarista à vista (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 00h00* Nómada (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 23h50* O Expatriado (CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h30, 00h10* G.I. Joe: Retaliação (M16) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h20, 13h20, 15h35, 17h50, 21h40, 23h55* A idade da loucura (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00, 16h35, 19h20, 21h50, 00h25* G.I. Joe: Retaliação (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h45, 21h30, 00h15* Comboio noturno para Lisboa (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 14h20, 16h45, 19h20,

Sessões diárias às 13h40, 15h50, 18h00, 21h20, 23h40* Ladrões com Estilo (CB) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h00* OZ: O grande poderoso (M12) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h10, 23h50*

O gesto de Eva no Paraíso colhendo a maçã que serve a Adão é porventura o gesto simbólico da mulher que atravessa a história servindo, na reserva do lar, o alimento da família que se multiplica. Mas é então um trabalho nobre o trabalho da mulher que reparte tarefas com o esposo guerreiro e caçador, mais tarde condutor de carros e arados. O leite e o mel dos sonhos de abundância, o pão moído nas voltas de uma mó tardiamente inventada, raízes, sementes, peixes do rio e do mar, aves do céu, animais da terra, frutas de mil espécies… tornaramse a cadeia alimentar que suporta a vida multiplicada por gerações como os seus elos se entrelaçam no longo devir. O lume aceso, um vaso de barro fumegando, a escudela servida amorosamente, constituem-se como índices de cultura, anúncios de todos os gestos ligados à transformação dos alimentos, uma arte do efémero, todavia de continuada renovação. A oficina ficou oficina para sempre. E a mesa ocupou todos os tempos e lugares. Os actos de comer e de beber seguiram o curso da vida dos homens governado pelo sol e pelas estações do ano. O pão de cada dia preenche o eterno retorno dos trabalhos e dos dias onde a rotura benfazeja se introduz. E acontece a festa, então. Festa dos campos semeados, das primícias de verão, das colheitas do Outono. Festas dos ciclos de in-

Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h35, 19h00 Os Croods VP (M6) (Digital 3D)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

verno. O Natal. O Carnaval. Festas de Santos patronos. Festa de gados fecundos, de uvas maduras. Festa de soldado retornado da guerra. De baptizado. De bodas de noivos. De bodo de pobres. O pão e o vinho multiplicam-se em espécies, desdobra-se o engenho da mulher que outra vez governa o espaço de uma cozinha generosa e imensa. À volta da mesa os homens encontram-se para juramentos de paz. Pão cozido a lenha nos fornos antigos, odores de carnes despertando gulas sobre brasido de carvalho, castanhas cozidas em púcaras de barro, porosas, padelas negras de carnes avinhadas, batatas que lembram o suor do seu cultivo, especiarias vindas de longe e depois familiares, segredos de molhos, frutas de saborosas caldas, doces de ovos embalados na finura de papéis recortados, toalha branca escondendo almoço de campónios, louças finas ou pratas reluzentes cobrindo manjares de fidalgos e de príncipes… obras da mão da mulher a maior parte das vezes, milénios de trabalho somado, herança, património supremo oferecido tão generosamente ao nosso modo de ser tão mal agradecido, tantas vezes, e perdulário. Vamos ter cuidado com a herança.

Estreia da semana

Sessões diárias às 14h40, 17h00, 19h25, 22h00, 00h30* A idade da loucura (M12) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

O Expatriado – Um ex-agente secreto tenta reaproximar-se da filha, uma tarefa que vai ser dificultada pela sua assistente que é na realidade uma assassina destinada a matá-lo.


Jornal do Centro 04| abril | 2013

culturas

D Jorge Palma em Lamego

O teatro Ribeiro Conceição recebe sábado pelas 21h30, Jorge Palma acompanhado por um músico muito especial, o seu filho, Vicente Palma. Uma tour acústica, criada especificamente para espaços que permitam um maior intimismo.

O som e a fúria

Destaque

Teatro Viriato aposta nos “regressos”

Será que tenho andado enganada? Maria da Graça Canto Moniz

Micaela Costa

Programação∑ Vários artistas voltam a Viseu e o centro histórico recebe um espetáculo de dinamização O diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, anunciou na terça-feira, 2, a programação para o quadrimestre abril/julho, fortemente marcada por um conjunto de regressos. “Uma série de artistas que marcaram o Teatro Viriato vão voltar. Apresentamos uma programação que não é de todo emergente, mas ao mesmo tempo não é comercial”, sustentou. Na sua opinião, a programação dos próximos quatro meses apresenta “valores seguros”, trazendo “artistas que têm provas mais que dadas”. Entre os regressos estão Henrique Rodovalho, Tom Zé, Olga Roriz, o Teatro Meridional e o Teatro do Vestido. O arranque da programação dos próximos quatro meses acontece já no sábado, com “Wilde”, uma coprodução de Jorge Andrade, do teatro mala voadora e o coreógrafo Miguel Pereira. Uma crítica social extravagante, carregada de ironia, para esquecer os dias negros. Ainda no âmbito do teatro, o Teatro Viriato acolhe, a 20 de abril, a peça “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão”. No ano

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A Paulo Ribeiro, diretor-geral e de programação do Teatro Viriato apresenta programação para abril/julho em que o Teatro Meridional comemora os seus 20 anos de existência, Miguel Seabra escolheu encenar uma história onde a simplicidade e a dimensão afetiva são o esteio da representação. A dança estará presente através de coreógrafos de renome e coreografias distintas: “Shelters” (11 de maio), Céu na Boca (18 de maio) e a “Sagração da Primavera” (15 de junho). Divino Suspiro, apresentada em pa rcer ia com o Festival de Música da primavera (12 de abril), Miguel Moreira (16 de maio), Osso Vaid o s o ( 1 3 d e j u n h o) ,

Lokomotov (19 de junho), Tom Zé (10 de julho) e 20 Fingers “De Mozart a Chico Buarque” (12 de julho), são os músicos e projetos musicais que ocupam o Teatro Viriato nos próximos meses, distribuidos pela sala e pelo café-concerto. Paulo Ribeiro, anunciou ainda que estão a pre p a r a r, p a r a j u nho, um espetáculo de dinamização do centro histórico da cidade de Viseu, que terá continuidade durante o próximo ano. “Vamos concretizar algo que nós sempre ambicionámos e que tem a ver com uma política

de extroversão. Trata-se de um projeto que tentei iniciar em 2007, levando o Teatro Viriato a sair portas fora e a habitar e dinamizar, de forma forte e original, o centro histórico” da cidade de Viseu, explicou. O projeto intitulado ‘Viseu a…’ vai ser uma realidade, porque conseguiram financiamento com a aprovação de uma candidatura ao Quadro Comunitário de Referência Estratégica Nacional, em que “a Comunidade Intermunicipal Dão Lafões foi motor e parceiro essencial”. Micaela Costa / Lusa

Sempre fui um bocado crítica desta “coisa” da sociedade em rede. Mas será que tenho andado enganada? Será que estes gadgets, a tecnologia e a internet desenvolvem os nossos espíritos em vez de fazerem de nós preguiçosos, solitários e mesmo estúpidos? Certo é que a Internet não faz parte do nosso cérebro mas, na prática, hoje em dia – e é essa a tendência –, a diferença entre um saber enciclopédico e uma conexão à Internet móvel é residual. A internet é um disco duro externo ao nosso cérebro mas que anda por aí, a pairar no a r, à distâ ncia de u m clique que nos dá poderes quase sobre humanos em vários domínios do conhecimento. Disto já não há dúvidas. Um a da s m a iores modif icações que a Internet (e ferramentas como o Google, o Facebook e o Evernote) provoca no Homem situase ao nível das suas capacidades cognitivas, da sua maneira de pensar e de comunicar. Há vários estudos científicos que insinuam que a internet desenvolve a nossa inteligência porque for t a lece a lg u n s circuitos neuronais permitindo-nos fazer mais com o cérebro mas gastando menos energia. É

como a orientação de um Personal Trainer: aprendemos a levantar mais peso, com menos esforço. Mas a Internet afeta a nossa capacidade de concentração e, sobretudo, a nossa capacidade de ref lexão ao tra nsforma r a nossa inteligência, meditativa ou contemplativa, numa nova espécie de inteligência utilitária. A informação é ta nta , tão abundante e tão minuciosa que facilmente dispersamos de um assunto para o outro, pulamos de um pedaço de informação para o outro e, algures no meio, perdemos a nossa capacidade de reflexão. Mas, numa perspetiva de longo prazo e mesmo h i stór ic a e st a re volução é um só mais um passo na evolução humana comparável à aquisição da linguagem, da ciência, dos telefones, da calculadora e da Enciclopédia Britânica cujo ponto em comum é a expansão do espírito humano e o acesso corrente a uma quantidade enorme de informação de outro modo impossível. Hoje, todas estas “invenções” fazem parte da nossa vida e do nosso quotidiano e, daqui por uns anos, também va i ser a ssi m com os smart phones, com os Ipad’s e afins.

Tiago Rodrigues. Lançada em 2007, a rev ista “B oa Un ião”, p r e te n d e s e r u m e s paço de i n for m ação, esclarecimento e discussão sobre cultura . Com a revista co-

laboram empresários, governantes, artistas e académicos, quer nacion a i s , quer loc a i s , que cr uza m os seus olhares sobre temas ligados às Artes e à Cultura.

Literatura

Revista “Boa União” já tem 5ª edição online A revista de a r tes e c u l t u r a d o Te a t r o Vi riato “Boa Un ião”, ed itou m a is u m número, mas ao contrá rio das a nterio res edições será apen a s d i s p o n i bi l i z a d a

em formato digital, no site of icial do Teatro Viriato. Para este quinto desaf io, uma ref lexão sobre a circulação d o s a r t i s t a s e s o br e o m apa d a s e st r ut uras culturais do país,

“a su a su stent aç ão e orientação pragmática estratégica, com vista à sua sobrevivência e afirmação inequívoca do território”. Colaboram nesta ediç ão Ca r i n a M a r t i n s ,

Ca rlos Fer n a ndes , Cláudia Dias, Fernando Giestas, João Teixeira Lopes, João Sousa Cardoso, José Crúzio, José Maria Vieira Mendes, Tiago Bartolomeu Costa, Tiago Guedes e


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em foco Stargym reabre com novo conceito

Micaela Costa

Aliar os conceitos de ginásio e nutrição é o objetivo do remodelado ginásio Stargym. No domínio da nutrição propõe consultas e acompanhamento, não só com o objectivo de emagrecimento, mas sobretudo de tonificação. Para além da possibilidade de frequentar um circuito de manutenção, disponibiliza ainda aulas de grupo, como bodybalance, pilates e outros. O Stargym aposta ainda na criação do conceito “Starkids” através de aulas de dança, com o objectivo de melhorar a coordenação e concentração dos mais novos. O ginásio que é exclusivo para mulheres, situado frente ao Hotel Montebelo, em Marzovelos, está aberto de segunda a sexta das 8h15 às 20h30 e ao sábado apenas para “Starkids”.

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Jornal do Centro

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saúde e bem-estar Nova Unidade de Saúde Familiar abre em Viseu Entrou em funcionamento na passada seg u nda-fei ra , dia 1 de abr i l , a nova Un id ade de Saúde Familiar (USF) Alves Martins, em Viseu. Com ma is esta u n idade a la rgase para seis o número de USF a funcionar no concelho de Viseu, sendo já nove as USF em funcionamento na área de influência da ACES Dão Lafões. A USF Alves Martins, a funcionar no Centro de Saúde 1, passa a prestar cuidados de saúde a cerca de 14.400 utentes, dos quais 1.473 passam a ter médico de família atribuído, de acordo com os dados fornecidos pela Administração Regional de Saúde do

Centro (ARSC). Sob a orientação da coordenadora Lia Cardoso, a USF Alves Martins dispõe de oito méd icos , oito en fermeiros e seis assistentes técnicos. Vai funcionar de segunda sexta-feira, entre as 8h00 e as 20h00. “A USF c o n t a c o m uma equipa disponível para prestar cuidados de saúde personalizados à população inscrita”, adianta a ARC do Centro numa nota à imprensa. Desses cuidados contam-se consultas programadas, atendimento de situações de doença ag uda em todo o horário de funcionamento, cuidados de enfermagem e cui-

Arquivo

Valência∑ USF Alves Martins funciona no conhecido “edifício da caixa” para 14.400 utentes do concelho

A Nova unidade aposta nos cuidados de saúde personalizados dados domiciliários. “Constituída por profissionais experientes, a equipa comprometese a dar resposta a to-

SOS VOZ AMIGA

800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS

das as solicitações, sejam de índole médica ou de enfermagem, no próprio dia e durante todo o horário de fun-

cionamento”, refere a ARSC. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

UNIDADE MÓVEL REGRESSA EM SÁTÃO A Unidade Móvel de Saúde de Sátão reiniciou a sua atividade no dia 25 de março, com prestação de serviços no âmbito da promoção e vigilância da saúde e da prestação de apoio psicossocial. Na área da Saúde a unidade presta cuidados clínicos básicos, como a triagem e controlo de tensão arterial, glicémia, índice de massa corporal e ainda pequenos pensos. No âmbito do apoio psicossocial, o serviço descentralizado pretende identificar e avaliar situações de vulnerabilidade e ou risco social e fazer o respetivo encaminhamento. Serão também dinamizadas ações de educação para a saúde e bem-estar onde se pretende chamar a atenção para os benefícios de uma alimentação saudável, apara o perigo do tabagismo ativo e passivo e para os perigos do consumo de álcool, entre outras. EA


Jornal do Centro

24 SAÚDE

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Enfermeiros do CHTV reivindicam igualdade de direitos

Paulo Macedo fecha a porta à unidade de radioterapia

DR

Declarações ∑ Ministro da Saúde confirmou deliberação na inauguração do Hospital de Lamego

Mais de três dezenas de enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho concentraram-se, dia 27 de março, em frente ao hospital de Viseu, para reivindicarem igualdade de direitos relativamente aos seus colegas com Contrato de Trabalho em Funções Públicas. A agência Lusa revela que depois de um plenário realizado durante a manhã e de tentarem entregar um abaixo-assinado ao conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu, os enfermeiros deslocaramse para a entrada do edifício, levando faixas com as inscrições “Pela igualdade de direitos” e “Enfermeiros em luta”. “Neste hospital, como noutros do país, os enfer-

meiros que têm Contrato Individual de Trabalho são remunerados abaixo dos 1.201,48 euros”, que é a remuneração mínima no Serviço Nacional de Saúde para 35 horas semanais de trabalho, explicou à Lusa Alfredo Gomes, da direção regional da Beira Alta do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Segundo o dirigente sindical, cerca de 300 en fermeiros do Centro Hospitalar Tondela Viseu, ou seja, quase metade, têm Contrato Individual de Trabalho, o que gera “desigualdades nos serviços”. O abaixo-assinado foi enviado para o conselho de administração, juntamente com um documento jurídico. EA

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse em Lamego não estar prevista a abertura de uma unidade de radioterapia no Hospital de Viseu, garantindo que o Governo está concentrado em “definir prioridades”. À margem da inauguração do Hospital de Proximidade de Lamego, Paulo Macedo lembrou os investimentos previstos e em curso, nomeadamente o hospital de Amarante, o Centro de Reabilitação de Gaia e o Centro Materno Infantil do Porto, acrescentando: “Não temos previsto outros investimentos desta grandeza. É uma questão de prioridade, não pode-

mos ter tudo em todo o lado”, frisou. A ministra da Saúde do Governo do PS, Ana Jorge, terá deixado concluído, em 2011, o processo para a construção do Centro Oncológico, uma unidade para apoiar todos os doentes oncológicos da região envolvente, nomeadamente dos distritos de Viseu e Guarda. O presidente do Conselho de Administrração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) Ermida Rebelo, por várias vezes, reforçou a necessidade daquele equipamento. No início de março, Os deputados socialis-

tas eleitos por Viseu tinham questionado o Ministério da Saúde sobre este assunto, tendo recebido a resposta de que se “torna inviável, por agora, a criação da unidade de radioterapia no CHTV”. Os argumentos dados foram a “ausência de rede de referenciação oncológica devidamente implementada”, a “inexistência, no Centro Hospitalar Tondela Viseu, de um serviço de oncologia médica capacitado” e o “elevado custo associado a tais equipamentos, num contexto de assistência económica e financeira”.

Moção da CIM

∑ O conselho executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões aprovou por unanimidade uma moção de apoio à criação da unidade de radioterapia e medicina nuclear. A moção, apresentada pelo presidente da CIM, Carlos Marta, durante uma reunião que decorreu no dia 25 de março, propõe ao Ministério da Saúde que “crie no mais curto espaço de tempo possível uma unidade de radioterapia e medicina nuclear, no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, acompanhada do investimento necessário ao pleno funcionamento da mesma, num investimento estimado de quatro milhões de euros (em infraEmília Amaral estruturas e equipamentos)”.


Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 25

04| abril | 2013

EMPREGO

IMOBILIÁRIO

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

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cialmente, pesados - com CAM); disponibilidade para deslocações no estrangeiro (europa) e permanência de 6 meses; experiência anterior relevante em empresas prestadores de serviço para operadores de telecomunicações fixas. Técnico de controlo de qualidade Ref. 588014425 – Oliveira de Frades Pretende-se inspetor de qualidade e segurança ambiental (QSA) com experiencia na área de inspeção e

Técnico de vendas Ref. 587886729 – Santa Comba Dão Com ou sem experiencia, para venda porta-a-porta. Estucador Ref. 57883929 - Mortágua Candidato com experiencia em

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gesso projetado Engenheiro civil – construção de estradas Ref. 587967546 – Mortágua Pretende-se candidato com experiencia em obras públicas

Completo – Penalva Castelo Cortador Carnes Verdes Refª 588047645- Tempo Completo – Viseu Calceteiro Refª 588038545- Tempo Completo – Viseu

KEs/d

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CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

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- T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755

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- T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Trabalhador indiferenciado Ref. 587994466 – Tondela Com ou sem experiencia. Para trabalho em serração de madeiras

- T1 dpx - jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018

- T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Técnico de vendas Ref. 587930405 – São Pedro do Sul Para venda de espaços publicitários Com viatura Própria

- T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755


Jornal do Centro

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04 | abril | 2013

INSTITUCIONAIS

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2ª Publicação

2ª Publicação

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Miguel da Fonseca, 77 anos. Natural e residente em Travanca, Armamar. O funeral realizou-se no dia 3 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitĂŠrio de Travanca. JosĂŠ Maria Guedes da Silva, 62 anos, casado. Natural e residente em Vila Seca, Armamar. O funeral realizou-se no dia 3 de abril, pelas 18.30 horas, para o cemitĂŠrio de Vila Seca. AgĂŞncia FunerĂĄria Igreja Armamar Tel. 254 855 231

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(Jornal do Centro - N.Âş 577 de 04.04.2013)

Agência Funeråria Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Palmira do CÊu Costa, 79 anos, solteira. Natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de março, pelas 14.30 horas, para o cemitÊrio de Mangualde. Maria Ascensão Cabral, 83 anos, viúva. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitÊrio local. Ramiro dos Santos, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Fornos de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitÊrio de Fornos de Maceira Dão. Agência Funeråria Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

AgĂŞncia FunerĂĄria Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009

EXECUĂ‡ĂƒO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA Processo NÂş. 471/09.0TBLMG Execução Para Pagamento de Quantia Certa N/Referencia: P.I. n.Âş 64/09 Data: 22/03/2013 Exequente: Caixa de CrĂŠdito AgrĂ­cola MĂştuo de Tarouca, CRL. Executado: Jaime LuĂ­s do Carmo Lopes e Outra.

Camila Maria Henriques, 84 anos, viúva. Natural e residente em Nespereira, Pinheiro de Lafþes, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 30 de março, pelas 17.00 horas, para o cemitÊrio de Pinheiro de Lafþes.

ANĂšNCIO 2ÂŞ Publicação

Nos autos acima identificados foi designado o dia 16 de Maio de 2013 pelas 14H00, no Tribunal Judicial de Lamego, para a abertura de propostas que sejam entregues atĂŠ ao momento na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens imĂłveis: Bens a vender: Verba 1: PrĂŠdio rĂşstico sito em Cadornel, freguesia e concelho de Tarouca, constituĂ­do por pinhal e mato com 8000m2,inscrito na matriz sob o artigo 2990Âş e descrito sob o n.Âş2605/20021205. Confronta de Norte com herdeiros de Isaura de Melo; Sul e Nascente com Carlos Alberto Aranha Gouveia; Poente com Joaquim Vitorino Teixeira. Verba 2: PrĂŠdio rĂşstico sito em Courela, freguesia e concelho de Tarouca, constituĂ­do por pinhal e mato com 4540m2, inscrito na matriz sob o artigo 2672Âş e descrito sob o n.Âş 2604/20021205. Confronta de Norte com caminho; Sul com Manuel Pereira Pinto; Nascente com herdeiros de HorĂĄcio da Silva e Poente com Amadeu FeijĂł.

2ª Publicação

Maria EmĂ­lia de Almeida, 84 anos, viĂşva. Natural e residente em Alva, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitĂŠrio de Alva.

Irene da Encarnação, 83 anos, viúva. Natural e residente em Carvalhal Redondo, Nelas. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitÊrio de Carvalhal Redondo.

AmÊrico Alves Agente de Execução CÊdula 3394

(Jornal do Centro - N.Âş 577 de 04.04.2013)

JosÊ da Rocha Peiximinho, 84 anos, casado. Natural e residente em Mosteirô, Pepim, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 27 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitÊrio de Pepim.

Verba 1: Valor base: 970,00â‚Ź; Valor mĂ­nimo das propostas: 679,00â‚Ź Verba 2: Valor base: 560,00â‚Ź; Valor MĂ­nimo das Propostas: 392,00â‚Ź . Penhorados a Jaime LuĂ­s do Carmo Lopes e Maria Fernanda do Carmo Carvalho, Lugar de Mataduço, 3610 Arguedeira, Tarouca. É fiel depositĂĄrio Jaime LuĂ­s do Carmo Lopes que o deverĂĄ mostrar a pedido. As propostas enviadas pelo correio deverĂŁo conter, sob cominação de nĂŁo serem consideradas, fotocĂłpia do bilhete de identidade e nĂşmero de contribuinte do proponente e/ou seu legal representante, bem como telefone de contacto. Os proponentes devem juntar Ă sua proposta, como caução, um cheque visado, Ă ordem do agente de execução no montante correspondente a 5 % do valor base dos bens, ou garantia bancĂĄria no mesmo valor. Sendo a proponente pessoa colectiva, deverĂĄ a referida proposta ser acompanhada por documento onde se possa aferir, sem margem para dĂşvidas, que quem a representa tem poderes para o acto. Houve reclamação de crĂŠditos por parte do Banco Popular Portugal, SA. EstĂĄ pendente oposição Ă execução EstĂĄ pendente oposição Ă penhora

NĂŁo NĂŁo

O Agente de Execução,

(AmĂŠrico Alves) (Jornal do Centro - N.Âş 577 de 04.04.2013)

Maria da Piedade, 99 anos, viúva. Natural e residente em Póvoa, Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitÊrio de Arcozelo das Maias. JosÊ Jesus, 78 anos, solteiro. Natural e residente em Paredes de Gravo, Pinheiro de Lafþes, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitÊrio de Pinheiro de Lafþes. Agência Funeråria Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Albertina Nunes, 99 anos, viúva. Natural e residente em Campo, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 26 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitÊrio de Manhouce. Maria JosÊ Gomes Riba, 76 anos, solteira. Natural e residente em Malfeitoso, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 28 de março, pelas 9.30 horas, para o cemitÊrio de Manhouce. JosÊ Soares, 84 anos, casado. Natural e residente em Gralheira, São Cristóvão de Lafþes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 30 de março, pelas 10.00 horas, para o cemitÊrio de São Cristóvão de Lafþes. Manuel Gonçalves, 86 anos, viúvo. Natural e residente em Sernadinha, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 30 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitÊrio de Manhouce. Agência Funeråria Loureiro de Lafþes, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 Filomena Pereira, 88 anos, viúva. Natural de Ferreirim, Lamego e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitÊrio de Granja Nova, Tarouca. Agência Funeråria Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Maria do CÊu Lourdes Lourenço, 78 anos, casada. Natural de Silgueiros e residente em Passos, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 15.30 horas, para o cemitÊrio de Silgueiros. Silvino de Jesus Ferreira, 69 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente em Aval, Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 16.30 horas, para o cemitÊrio de Bodiosa.

1ª Publicação

Agência Funeråria Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Clara Fernanda Marques Filipe, 65 anos, solteira. Natural de Tondela e residente em São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de março, pelas 16.30 horas, para o cemitÊrio de São Pedro de France. à lvaro do Amaral, 91 anos, viúvo. Natural de São Miguel de Vila Boa, Såtão e residente em Outeiro, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitÊrio de São Miguel de Vila Boa, Såtão. Agência Funeråria Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 577 de 04.04.2013)

(Jornal do Centro - N.Âş 577 de 04.04.2013)


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04| abril | 2013

clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

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Paulo Neto

Semanário 05 a 12 de abril de 2012 Ano 11 N.º 525

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

“Um mútuo consentimento de mim para comigo”

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 15 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ESPECIAL SEGURANÇA pág. 20 > ECONOMIA pág. 22 > ESPECIAL VIAGENS pág. 24 > DESPORTO pág. 28 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

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www.jornaldocentro.pt |

∑ Sérgio Godinho, em concerto no Teatro Viriato ∑ Entrevista exclusiva ao Jornal do Centro

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Nuno André Ferreira

| páginas 8 e 9

∑ Prevaricação a quanto obrigas... (Mangualde: Expresidente da Câmara e chefe de gabinete suspeitos de desvio de documentos)

∑ Vendedores acusados pelo Ministério Público ∑ Homem atira-se à água para apanhar peixe e morre sob o olhar incrédulo do filho

∑ Chuva intensa e granizo provocam o caos na cidade ∑ Presidente da AIRV quer uma “estratégia comum” para Viseu

∑ Sabão ao peso é novidade em Viseu

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EDIÇÃO 525 | 05 DE ABRIL DE 2012 Publicidade

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HÁ UM ANO

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UM JORNAL COMPLETO

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| Telefone: 232 437 461

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Paulo Neto

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Até que a mão nos doa... A 50 metros a montante da casa do presidente da câmara de Viseu, floresce a cada dia que passa esta lixeira de obra a céu aberto, com silvados enormes onde, felizes, pululam ratazanas do tamanho de coelhos. Como é possível tal compactuação e laxismo de uma autarquia e junta de freguesia? A qualidade de vida em Viseu, ou uma bela loira a cheirar mal dos pés? Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt


tempo

JORNAL DO CENTRO 04 | ABRIL | 2013

Hoje, dia 4 de abril, aguaceiros. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 5ºC. Amanhã, 5 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 2ºC. Sábado, 6 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 1ºC. Domingo, 7 de abril, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 8 de abril, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 0ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda Quinta, 4 abril

Porreiro, pá!

Mangualde ∑ Ciclo de debates “A ovinicultura de leite/ queijo”, às 14h00, no auditório da Câmara Municipal.

Sexta, 5 abril Viseu ∑ Seminário “Tendências da Gestão de Recursos Humanos”, 19h00, auditório do Eedificio Soima, com Fernando Mateus e Paulo Lima. Mortágua ∑ Nova edição da inFORMA - Feira de Informação Escolar e Profissional, no Centro de Animação Cultural | entre as 10h00 e as 7h30. Uma iniciativa promovida pelo município de Mortágua, no âmbito do Projeto “Da Escola, Agarra a Vida”.

Sábado, 6 abril Viseu ∑ 1º Fórum das Mulheres Socialistas, às 14h30, na Pousada de Viseu, organizada pelo Departamento Federativo das Mulheres Socialistas. Visa motivar as mulheres para a participação ativa na política autárquica.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Olho de Gato

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

A Vinhos, produção látea, horticultura, financiamentos e qualificação, temas em análise

“Viseu e a balança alimentar - contributos para a Europa” Parceria ∑ Iniciativa da AIRV e do Jornal do centro A Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), em parceria com o Jornal do Centro promovem no próximo dia 12, a conferência “Viseu e a Balança Alimentar - Contributos para o Futuro”. A iniciativa tem início às 17h45, no Hotel Montebelo em Viseu e conta com a participação de vários especialistas no tema. Após a abertura da conferência pelo presidente da AIRV João Cotta e da presentação dos objetivos do evento, por João Paulo Gouveia, professor na Escola Superior Agrária (ESAV) do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), o presidente da Comissão Vitivinícola

Regional do Dão, Arlindo Cunha dá “ Contributos dos vinhos para a balança alimentar”. João Madanelo, da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE) fala das “Novas perspetivas para os produtos lácteos”, seguindo-se o tema “Oportunidades na horticultura nacional”, com a participação de Domingos Almeida, professor da Universidade do Porto. Os “Apoios públicos ao financiamento de empresas” é outro dos temas agendados para a conferência, que conta com o presidente do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP)

Luís Souto Barreiros, para analisar a problemática. Marta Moreira da McDonalds, vai falar da “Qualificação de fornecedores nacionais - A perspetiva de uma multinacional”, terminando a primeira parte do encontro com a apresentação de dois projetos de investigação aplicada da ESAV: “CARDOP” e “AquaSense”. Segue-se o debate da conferência, antes da sessão de encerramento em que irá participar a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas. Emília Amaral

Mário Soares contou a Joaquim Vieira o que aconteceu quando, em 24 de Janeiro de 2011, no dia a seguir às últimas presidenciais, foi chamado a S. Bento por Sócrates: «Eu chego e o gajo estava radiante, bem disposto. E a primeira coisa que me diz foi: “Ó Mário, acabámos com aquele [insulto].” E eu disse: “Eh pá, não gosto disso, palavra que não gosto disso, não é bonito, não diga isso.” “Eh pá, mas ele estava na merda, eu nunca o vi assim. (…) Mas agora isto mudou tudo, vou fazer uma grande aproximação aos gajos do PSD”. E eu fico a olhar para o gajo e digo: “Ó Sócrates, eu acho que você tem grandes méritos. Mas não pode continuar a fazer buracos (...)”» Onde está “insulto” a Manuel Alegre, também se pode ler “piiiiii!”. Este excerto do livro “Mário Soares, Uma Vida” mostra um momento de sintonia emocional entre José Sócrates e Cavaco Silva. Cavaco adorou que Alegre tivesse tido menos de 20% dos votos. Sócrates também. Mas há mais sintonias entre Sócrates e o actual inquilino do Palácio de Belém: (i) Cavaco e Sócrates foram os únicos primeiros-ministros da terceira república com maiorias absolutas monopartidárias, (ii) foram ambos autoritários e sem capacidade de diálogo e (iii) foram ambos objecto de culto de personalidade nos seus partidos. O regresso de Sócrates, em plena quaresma, foi o pré-lançamento da sua candidatura às presidenciais de 2016. Assim como aqui, com muita antecedência, se explicou que a candidatura de Manuel Alegre era a melhor maneira da esquerda facilitar a vida a Cavaco Silva, o mesmo se faz agora a três anos das próximas presidenciais: a candidatura do principal responsável pela bancarrota portuguesa de 2011 facilita a vida à direita. Em Bruxelas, Durão Barroso esfrega as mãos de contente. Há-de querer, depois, retribuir com gratidão o célebre abraço e o célebre «porreiro, pá!»

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Apresentação dos mercados dos países bálticos Esta quinta-feira, dia 4, a Associação Empresarial da Região e Viseu (AIRV), realiza, às 18h00, no Expobeiras, uma sessão de apresentação dos mercados dos países Bálticos - Estónia, Letónia e Lituânia. O objetivo é dar a conhecer novos mercados aos empresários da região. As repúblicas bálticas da Estónia, Letónia e Lituânia, recuperaram em 1991 a sua independência da União Soviética, sofren-

do mudanças impressionantes na sua organização económica, e em 2004 aderiram à União Europeia. Até 2007, o crescimento das repúblicas bálticas foi superior a cinco por cento ao ano. Depois de um forte reajuste na economia durante os anos de 2008 e 2009, devido a um crescimento que chegou a ultrapassar os 10 por cento ao ano e que provocou fortes desajustamentos, as três repúblicas retomaram um saudável crescimento,

“configurando o conjunto destas três repúblicas como uma oportunidade de mercado muito interessante a explorar”, revela a AIRV em comunicado. O mercado da Estónia, com Marin Mottus, embaixadora da Estónia, o mercado da Letónia, com Alda Vanaga, embaixadora da Letónia e o mercado da Lituânia, com Laura Tupe, conselheira Embaixada da Lituânia são os temas em análise ao longo da tarde.


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