Jornal do Centro - Ed580

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 25 de abril a 1 de maio de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 10 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO

Ano 12 N.º 580

pág. 21 > EDUCAÇÃO pág. 26 > DESPORTO

1 Euro

pág. 28 > CULTURA pág. 30 > EM FOCO Publicidade

pág. 33 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

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Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 31 > SAÚDE

| Telefone: 232 437 461

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pág. 22 > ECONOMIA

Novo acordo ortográfico

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O “gigante” acordou

Micaela Costa

∑ 2005/2013 - Das distritais à competição profissional | páginas 6 a 10

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a outra Aprend o país n língua falada é onde


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Jornal do Centro 25 | abril | 2013

praçapública rNão me lembro de rO CERV irá traba- rHá medidas especí- rHá muitas associa-

palavras

deles Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Opinião

João Cotta Presidente da AIRV

nos juntarmos todos lhar em cooperação por uma causa há mui- com todos os agentes culturais e com as to tempo” autarquias para que, com poucos recursos, se possa tornar a região de Viseu uma referência cultural nacional e internacional”

ficas que vão ser desenvolvidas pelo Governo e, portanto, pode ser um facilitador do acesso aos meios que ainda estão à disposição de qualquer empresário que queira investir na região Centro e, neste caso, na NUT’s 3 de Viseu Dão Lafões”

Pedro Ruas

João Cotta

Pedro Saraiva

Vice-presidente do Académico de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

Presidente do Conselho Empresarial da Região de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, em entrevista ao Jornal do Centro

ções que estão hoje no terreno mas que têm pouca expressão, que trabalham pouco para os sócios, com pouco associativismo”

Gualter Mirandez Presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

25 de Abril quase quarentão! E como o tempo passa, já trinta e nove anos decorreram sobre a revolução de 1974… À época, seriam as causas produtoras de tal efeito de maior ou menor monta que as circunstâncias hoje, em 2013, vividas pelos portugueses? A guerra colonial tem um peso opressivo na História contemporânea do nosso país. Foi a génese da revolução. Se a nossa participação na Iª Grande Guerra teve o seu relevo à proporção da nossa dimensão, já a “neutralidade” no IIº conflito nos manteve numa edulcorada paz, pendular entre as simpatias de Salazar por Hitler e Mussolini e a imperiosidade de manter uma ilusória isenção perante os ingleses, aliados de há séculos, por vezes mais hostis que os verdadeiros inimigos. Economia “oblige”, a Grã-Bretanha sempre

apreciou o vinho do Porto… Os vizinhos espanhóis não precisaram de ir à guerra. Austeros e audazes como “toreros” fizeram-na em casa e dizimaram-se entre 1936 e 1939, com um saldo de quatrocentos mil mortos em combate, um milhão de presos e cem mil execuções. Toda a Europa, no século XX e após o atentado de 28 de Junho de 1914, perpretado pelo estudante sérvio Gavrilo Princip que vitimou o arquiduque Francisco Fernando e esposa, Sofia Chotek, foi um continente a construir-se para se destruir. Até ao presente, de forma belicosa e sangrenta. Doravante, desagregando-se paulatina e mortiferamente, como um prédio de 27 andares, a quem querem acrescentar mais 9 quando já toda a construção se esboroa, vendo-se caliça pelos ares e pelos buracos, a fragi-

lidade do adobe da construção. Em Viseu, Almeida Henriques e José Junqueiro começam sua digladiação para a autarquia local. Um deles será o próximo presidente. Há que elucidar eleitores da validade, oportunidade, premência, necessidade, inovação e diferença das suas propostas. Ambos são homens experientes com créditos validados por anos de parlamento e passagens pela governação. Etariamente separados por menos de uma década são-no também pela formação académica nas áreas de direito e ensino, respectivamente. Em comum, serem viseenses e candidatos empenhados em preservar aquilo que de bom o concelho tem, acrescendo-o do que lhe falta: emprego, indústria, modernidade, inovação e abertura para o exterior. Ambos são capa-

zes. A lista que apresentarem será um dos mais relevantes factores diferenciadores. Se a de José Junqueiro carreará naturalmente toda a novidade, a de Almeida Henriques só se condenará se apresentar para o futuro de Viseu o seu passado. Isso será um erro crasso. Veremos, logo aqui e neste primeiro assalto, a força do candidato perante as imposições do “aparelho”. Hoje, os partidos políticos são, em geral, uma lura demasiado esconsa para os laparotos que nela se querem acolher. Os lugares, nas autarquias, se não ocupados por espírito de missão, são cobiçados para garantir poder, visibilidade, protagonismo… estatuto a que muitos nunca se guindariam se e pelas suas qualidades pessoais, profissionais, competência e mérito fossem sufragados…

Viseu pela positiva – As virtudes éticas Tive recentemente a oportunidade de apresentar um livro sobre ética empresarial e sustentabilidade. O referido livro, escrito pelo Padre Pedro Regojo, é muito rico de conteúdo e tive a oportunidade de ler sobre este tema, com uma profundidade maior. A ética é uma ciência, um ramo da filosofia que estuda as ações humanas, sua influência sobre os outros e sobre nós próprios. O autor do livro chega a um conjunto de conclusões importantes. Vivemos momentos de descrédito na ética pois a mesma falhou. Mas porquê? A primeira razão é muitas organizações têm uma visão utilitarista da ética, muito mais para mostrar do que para praticar. A se-

gunda razão tem a ver com a falta de virtudes éticas dos dirigentes. A história mostra-nos a ineficácia de ter normas éticas que não são praticadas. Segundo o autor, a ética das organizações tem 3 aspetos fundamentais: os fins da organização, os princípios éticos e as virtudes éticas dos dirigentes. Os 3 fins das organizações são as principais referências éticas dos dirigentes: económicos, sociais e humanos. Os fins devem assegurar a sustentabilidade das organizações. O fim último, aquele que elimina as dúvidas em caso de conflito de interesses, deve ser o bem comum. As normas e princípios éticos são os valores que unem as pesso-

as de uma organização. Devem ser praticados para serem seguidos e interiorizados. Estamos a falar dos princípios da subsidiariedade, participação, solidariedade, gratuidade, da justiça entre outros. Mas o mais importante são as virtudes éticas dos dirigentes, a prudência, a temperança, a justiça e a fortaleza. De elas derivam outras virtudes como a lealdade, a verdade, a transparência ou a humildade. A prudência faznos tomar melhores decisões, a temperança faz-nos querer fins maiores e não os fins imediatos, a justiça faz-nos dar aos outros aquilo que eles merecem e a fortaleza faz-nos ter a firmeza para superar desafios difíceis.

Quantas decisões tomámos que seriam melhores se atendêssemos estes princípios? Os momentos são de descrença na ética. A quase totalidade das fraudes que ocorrem no Mundo tem a ver com a falta de virtudes éticas dos dirigentes, pois normas e regulamentos existem. Com o livro do Padre Regojo aprendemos que podemos mudar e melhorar as nossas decisões. O homem é um ser dotado de vontade e é dono dos seus atos. A ética nos nossos comportamentos pratica-se e reforça-se. O nosso exemplo influencia os atos dos outros. Vamos dar o exemplo para podermos exigir mais dos outros.


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 25| abril | 2013

números

estrelas

112 30

A idade da Associação Comercial do Distrito de Viseu

António Borges Presidente da Câmara Municipal de Resende

CERV Conselho Empresarial da Região de Viseu

Académico de Viseu Futebol Clube

O Académico de Viseu está de parabéns depois de ter regressado às competições profissionais de futebol.

A união da Associação Comercial com a AIRV dará ao CERV uma nova força para enfrentar as realidades atuais do mercado económico.

As Cavacas de Resende foram homenageadas com uma festa à altura da sua superior qualidade gastronómica, de acordo com o ex-libris que já são para aquele concelho.

A idade da Associação Empresarial da região de Viseu

Importa-se de responder?

Que mais valia representa para si o recém criado Conselho Empresarial da Região de Viseu?

A criação do Conselho Empresarial da Região de Viseu vem preencher uma lacuna grave que existia na concertação da capacidade reivindicativa da nossa região. É uma questão que tem mais de 20 anos e que só agora foi possível congregar. Para este movimento contribuiu de forma decisiva a conjuntura atual e o empenhamento dos dirigentes associativos de ambas as associações, que, vencendo desconfianças e protagonismos balofos, souberam corporizar uma frente comum, Paulo Simões que saberá, estou certo, encontrar os caminhos mais adequaGestor dos para a nossa região sem perder de vista o próximo Quadro Comunitário 2014-2020.

Há pouco mais de um ano escrevia um artigo exatamente a falar da necessidade de as principais associações se poderem juntar. Portanto, foi uma atitude positiva das associações e de outras que se irão juntar. [Este novo organismo] permite que a região comece a ficar com um interlocutor que defenda melhor os seus interesses. Vejo as instituições a organizarem-se para capacitar a região, a fazer com que ela tenha mais peso e uma voz única. Só não dará certo se as pessoas não quiseAlfredo Simões rem que dê certo. Economista/professor da Escola Superior de Tecnologia do IPV

As parcerias são sempre para o bem de todos, das pessoas, da cidade e da região. São duas associações que se unem, e devem entrar outras, porque esse é o caminho correto para apoiar as empresas na concretização dos seus projetos.

Ricardo Matias

Eduardo Pinto Gestor

Empresário

Opinião

Viseu tinha muito comércio que tem decaído, é um facto. Quanto às indústrias, a região tem empresas de referência nacional. Deduzo que se se unem é porque têm expectativas de melhorarem o que está. Mas a melhor maneira de saber dos resultados é definir objetivos que sejam mensuráveis e não sejam apenas intenções. Faço votos que se possam medir daqui a um ano os resultados e a satisfação dos respetivos associados.

É a Primavera!

A primavera desabrochou envergonhada. A antecâmara do verão irrompeu, mesmo assim, com força suficiente para fazer esquecer a invernosa chuva. As flores podem finalmente “fotossintetizar”, as abelhas polinizar, os alérgicos espirrar, as teenagers combinar os seus micro shorts com tachas e o acne facial ainda bem presente, as menos teenagers, que por meninice mal vivida ou ainda não esquecida, combinar os mesmos micro shorts com pernas pouco adequadas a tamanha coragem. No lado masculino poder-se-ão ver as calças e calções com cores inspiradas em “Alice no

país das maravilhas”. O Facebook (FB) é inundado por fotografias, tiradas por fetichistas ou podologistas em potência, de pés na praia. Jovens e menos jovens que aproveitam para passear ou ir à praia fazem, necessariamente, a reportagem fotográfica logo escarrapachada no FB e demais redes socias. Chegámos a um tempo em que a vida privada não deixou apenas de o ser. Pacheco Pereira tem alertado, em tom temerário, para o Big Brother em que o sistema fiscal, os bancos e a via-verde transformaram a sociedade, e tudo o que isso implica na vida de todos nós. Mas o proble-

ma é quando as próprias pessoas não querem e pelos vistos não sabem viver fora deste Big Brother auto-infligido. Como qualquer liberal, sempre tive grandes dificuldades para aceitar a intromissão do estado e sucedâneas instituições naquilo que deve pertencer ao conceito estrito com que observo a definição de vida privada. Porém, aos olhos da visão desta fulgurante cultura pós-modernista, esta é uma postura reaccionária. As várias gerações adaptaram-se à onda, ora porque criadoras da mesma, ora porque filhas do progressismo saloio que impera entre nós.

Não há hoje quem deixe de colocar no FB o início, término e atribulações das suas relações amorosas. Ninguém pode comer num restaurante da moda sem compatibilizar o prato, ainda por degustar, e o Instagram. Ir de férias sem fazer um “countdown” no FB até à partida, com actualizações diárias durante as mesmas, e a colocação de um albúm com 50 fotos no final, poderá significar que, possivelmente, não foi a lado nenhum e tenha, na verdade, passado os últimos 12 dias fechado em casa. Comentava recentemente que a voracidade dos tempos que correm

não se compadecem com a reflexão daquilo em que nos transformámos. Hoje assistimos a uma “cor-de-rorarização” da vida social, onde aqueles que não se mostram não passam de falhados outsiders ultrapassados social e culturalmente. Ninguém tem apreço por aquilo que deveria ser a sua esfera privada optando por, as mais das vezes, partilhar aquilo que a ninguém poderá interessar. Quando São Pedro tomar litium e o verão aparecer, seremos, seguramente, inundados por rabos, pernas e músculos “solarizados”. David Santiago


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Jornal do Centro 25 | abril | 2013

Liberdade em Sernancelhe Tem hoje lugar, com início pelas 9h em Sernancelhe, mais um excelente programa comemorativo do 25 de Abril. Para quem nunca nos visitou neste dia, não entende o porquê de ser apontado desde há alguns anos, como o que de melhor se faz em celebração de liberdade e em homenagem à data e aos seus diretos intervenientes. O dia começa sempre com Guarda de Honra pelo Corpo de Bombeiros Voluntários, seguindo-se o hastear da Bandeira Nacional acompanhada solenemente pela Banda Musical 81 de Ferreirim.

É também neste dia que por tradição se distingue com a Medalha Municipal de Mérito, pessoas coletivas ou singulares, que pelo seu contributo em campos de notável importância, justificam este reconhecimento; todos aqueles a quem esta distinção já foi atribuída marcam presença no ano seguinte exibindo ao peito o brilho do ano anterior. Se nas últimas comemorações o restante programa foi digno de opiniões e comentários a nível nacional, com presenças como o Dr. Marinho Pinto Bastonário da Ordem dos Advogados,

ou Dom Manuel da Silva Martins Bispo Emérito de Setúbal (que também hoje marcará presença), para nomear apenas alguns e sem qualquer desmérito de todos os outros, também este ano primamos por um programa de soberba qualidade, distinção e prestígio. Teremos a apresentação do livro “À Sombra de Mestre Aquilino na Casa Grande de Romarigães” pelo próprio autor, o Dr. Manuel de Lima Bastos, intervenções e apreciações da obra pelo Dr. Miguel Veiga e Dom Manuel da Silva Martins,

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Opinião Serviços Administrativos

Paga-se caro o laxismo

Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

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Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

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Fui, de autocaravana, passar o fim-de-semana na zona da raia, lá, para os lados de Sabugal, onde terras e gentes ainda têm muito de genuíno, de são e uma invejável vida social, adubada pela comunhão de uma cultura sentida e vivida por todos. Atendendo aos custos da circulação em autoestrada decidi fazer a viagem pelas estradas antigas, hoje ditas de secundárias, poupando a classe 2 que teria de pagar nos correios, com todas as trapalhadas que isso implica. Foi um pesadelo viageiro.

Opinião

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Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

IP5, A25 e A23 tocam nas estradas velhas e alteraram-lhe os percursos. Mas, não há placas indicadoras dos sentidos das localidades. Entra-se nas já abundantes rotundas (com horrorosos mamarrachos a orná-las) à procura de indicações que não existem. Os autarcas gastaram o dinheiro em semáforos, rotundas e lombas e nada sobrou para as ditas placas. Anda-se perdido em terminais de estradas, à deriva, na magra esperança de encontrar alguém a quem se peça uma dica, em locais cada vez mais des-

povoados. Em todas as localidades o piso está tolhido por enormes maciços que destroem amortecedores e sinoblocos, provocam dores de costas e um desconforto tamanho. Eles são uma consequência do incumprimento dos limites de velocidade a que se deve circular nas localidades e que já tinha obrigado a gastos na sinalização luminosa. Resultado: fugi das portagens e meti-me numa estrada em que circular é uma aventura. Dou conta de que há por aí um grupo de pes-

Um pensamento por uma outra Assembleia! Estimado leitor, por certo que se recorda das inúmeras vezes em que já cumpriu o dever cívico de eleger os seus representantes na Assembleia Municipal (AM) mas acredito não andar longe da verdade se afirmar que não foi vez nenhuma assistir ao desempenho desses mesmos deputados eleitos para esse órgão deliberativo da autarquia local. Eu, confesso, fui uma vez, aguentei meia hora e compreendo porque não encontra o eleitor motivo para que se dê a tal deprimente experiência. Assistir a uma AM pode ser uma experiência profundamente reveladora das causas do marasmo em que se encontra a gestão da cidade. Senão vejamos, an-

tes da Ordem de Trabalhos, os munícipes têm o direito de expor durante alguns curtos minutos os seus problemas, perante os olhares displicentes da plateia de deputados mas, no caso de haver desconfiança de que a intervenção pode colocar em causa a maioria dominante na Assembleia, são frequentes as estratégias para os silenciar ou desacreditar. Na prática, voltam de lá como entraram, sem respostas! Segue-se o debate e aí a ideia chave parece ser a de que a AM não serve para encontrar a melhor solução de problemas da cidade, mas apenas para o tirocínio retórico dos seus deputados e alguns ganhariam valor acrescentado se optassem pelo

voto de silêncio. A retórica oca sobre assuntos concretos leva a que o debate degenere frequentemente em inúteis disputas partidárias, cujo único objectivo parece ser a afirmação da força de cada grupo partidário. Os repetentes procuram exibir a propaganda da banha da cobra de forma a mostrar que as suas capacidades oratórias estão ainda afinadas. Os mais novos, procuram afirmar-se pelas palavras (e outros pela soberba e vaidade), sem todavia cometerem o erro de manifestarem uma ideia própria com o receio de condenarem à partida a sua carreira partidária. Todo este folclore não passa de uma dança de modo a determinar qual o macho

Também fácil de entender No meu texto anterior, aqui, procurei fazer uma reflexão sobre a economia do salário, que aqui continuo. Se as aprendizagens e a História são algo absolutamente essencial para políticas públicas melhoradas, a devida inserção nos respectivos contextos sociais – portanto, uma análise contemporânea – não o é menos. E, por isso, para além de tudo aquilo que aprendemos acerca

das crises de 29, 73, dos pós-guerra, etc., é preciso ter presente que os anos 80 representam o fim de algo que também não era tão antiga quanto isso – a economia do salário. Uns cento e cinquenta anos de capitalismo, e outras formas de organização económica também baseadas no trabalho como factor de produção inalienável, conheceram, nos avanços tecnológicos do final do século XX, o seu fim. Começa

aí a preconização do que será a “sociedade sem postos de trabalho”. A robótica e a informática deram o pontapé de saída, a telemática foi o catalisador. Somos perfeitamente capazes de verificar, no nosso dia-a-dia, o quanto as pessoas têm vindo a ser substituídas – nas portagens, nas caixas de supermercado ou nos serviços públicos. Mas sabemos que muito mais do que nos habituámos a conhecer poderia já ter


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Jornal do Centro 25| abril | 2013

encerrando com Dr. José Mário Cardoso Presidente do Município de Sernancelhe, que tem primado ao longo dos anos por proferir palavras emocionadas e sentidas, e que apesar dos seus quase 24 anos de poder se destaca pelo cultivo permanente das máximas de Abril, a liberdade, a democratização e o desenvolvimento. Seguir-se-á um momento musical pela Academia de Música de Sernancelhe e Orquestra Filarmonia das Beiras, com os solistas André Cardoso ao piano e Paulo de Carvalho na voz. Este programa terminará com um almoço aberto a quem nos der a honra da sua

visita, onde se poderá degustar da melhor gastronomia das Terras do Demo. Os discursos e intervenções são sempre memoráveis, despojados de partidarismos, inflamados de sentimentos de Abril, e recordando os ideais que levaram à Revolução, lembranças necessárias para que em tempos revoltos como os que vivemos, nunca esqueçamos o preço que a liberdade não devia ter, mas sim o valor que lhe devemos dar. Os discursos da Presidente da Assembleia Municipal têm sido recorrentemente elogiados tanto à esquerda como à direita pelo afastamento da sua militância parti-

dária, e pela recordação emocionada de muitos dos valores de Abril que julga sonegados ou pouco praticados, mostrando a todos que nos visitam que a liberdade é algo que ainda impera neste concelho, algo que é prezado e dignificado na sua expressão máxima. No dia 25 de Abril de 1974 eu ainda não era nascida, mas o meu pai, respondendo à questão de onde estava nessa madrugada, enche o peito e humedecemse-lhe os olhos, vestido de verde e de G3 a tiracolo esperava pelo desfecho estacionado em Santa Margarida, se por um lado o pacifismo com que se deu a revolução

apenas o levou a rumar ao Aeroporto de Lisboa para fazer segurança durante o dia 25, a vontade de liberdade e exigência de novos valores foi planeada e concretizada por outros companheiros de armas como o seu Comandante de Companhia que viria a ser Capitão de Abril, chamando para si (timidamente mas merecidamente) uma luta que ainda hoje lhe assenta que nem uma luva. Sou assim também, uma filha da revolução, reconhecendo-lhe um valor sem preço, orgulhosa que a minha terra o lembre e o renove a cada ano. Parabéns Sernancelhe!

soas ufanas no propósito de espalhar a “boa nova” quanto ao local onde se fazem operações policiais. No facebook são feitos comentários com linguagem imprópria sobre os homens que a sociedade investiu de autoridade e a quem paga (embora mal!) para fazer cumprir o que os nossos legisladores dimanam fartamente e muitas vezes, digamos, inconsequente. Esta forma sempre contestatária de estar na vida tem consequências que todos nós pagamos. O facto de não se aceitar o que a lei determina e ter-se a ideia de que se pode espezinhar a ordem criada pelo quadro legal existente é uma atitude acívica, irrespon-

sável, altamente egoísta e perturbadora do que se deseja como ordem social. O não acatar os limites de velocidade, reagir contra as formas que as autoridades têm de fazer prevalecer a lei e denegrir o seu trabalho é um comportamento que sai muito caro a todos nós e, sobretudo, desagradável a quem cumpre, pois tem de suportar os custos económicos e o desconforto dos limitadores de velocidade, entre outras coisas. Faz lembrar o mal que se devem ter sentido os Cipriotas que pouparam dinheiro durante a sua vida, privando-se de coisas a que os outros não se privaram e que depois tiveram de ficar sem uma boa

fatia do seu aforro para pagar os desmandos dos “estoira-vergas” seus vizinhos. Ao que se chegou por todo o lado…! As cifras da sinistralidade contrariam os esforços e demonstram que a repressão tem de ser aos comportamentos desviados, visando o reposicionamento moral e cívico das pessoas e a sua consciencialização, parecendo esta tarefa cada vez mais difícil com o alarido que os “desviados” fazem na sua constante luta contra a ordem instituída, o bem comum e a coabitação saudável. Quem souber como se deve fazer para que se consciencializem as pessoas a cumprir, a acatar a lei e o primado

do bem comum, que o faça. Mas depressa, que o navio já vai com o calado a bater no fundo. A solução que preconizo não agrada, por certo, a quem entende estar dispensado de obrigações com terceiros. As autoridades que cumpram essa sua obrigação já que o poder político lho impõe, ou que se acabe com a autoridade para que cada um, anarquicamente, faça o que lhe dê na real-gana. A não ser assim, pois que cada Guarda, Polícia ou elemento das Forças Armadas aja da forma que mais lhe apetecer ou lhe for favorável.

dominante da sessão. A grande massa, é constituído pelos presidentes das Juntas de Freguesia que, não tem ideias próprias, limitam-se a fazerem barulho e votarem quando recebem ordens do partido para o fazer. Um grande número deles, salvo uma ou outra honrosa excepção, contentase com senhas de presença, o vencimento (aumentado) da Junta e uma ou outra mordomia. Apesar da Constituição e restante legislação (por ex. a Lei nº 169/99) atribuírem às AM o papel de principal órgão autárquico do município, a verdade é que se foi criando um sistema autárquico muito centrado no Presidente da Câmara, encarando a AM como um apêndice, onde tudo passa por cau-

sa das maiorias políticas, “abafando” este órgão e as importantes atribuições que detém (como o do escrutínio e fiscalização do Executivo camarário ou a aprovação das mais significativas deliberações - Orçamento e Plano Anual de Actividades) não são suficientemente exercitadas pela maior parte dos deputados municipais. A legislação acima citada prevê, por exemplo, a constituição de Comissões ou Grupos de trabalho para tratar assuntos específicos e ainda a possibilidade de serem feitas perguntas ou requerimentos à Câmara. Quantas foram criadas ao longo deste mandato? Quantos requerimentos foram apresentados e tiveram consequência? Pois, é mesmo esse nú-

mero que estão a pensar! E, já agora, sabem quem é o Presidente da AM? É preciso dizer mais alguma coisa? Esta AM vive numa espécie de clandestinidade, por ano há 4 ou 5 sessões ordinárias (e porque não realizá-las descentralizadamente pelas freguesias obrigando os deputados a melhor conhecer a realidade e problemas locais?), as actas só estão disponíveis tarde e a más horas (ver página web da CMV e procure as actas de 2013), não são permitidas marcações de participação via net, não há uma newsletter que dê noticia dos trabalhos produzidos, não existe nenhuma comissão (por ex: Emprego e Economia, Urbanismo ou Contratos Públicos, Acompanhamento da Execução do PDM, nem qualquer ou-

tra), que se saiba os grupos municipais não têm qualquer tipo de apoio técnico/ administrativo para o seu trabalho, não há uma sala mesmo pequena que lhes seja atribuída, não têm qualquer espaço na página web da Câmara, apesar de terem sido eleitos, ou seja, está reduzida ao grau zero de funcionalidade, uma espécie de poço sem fundo tão ao gosto de quem, nestes 24 anos, nos tem governado. Até quando os eleitores de Viseu vão continuar sem direito a transmissão áudiovídeo, via web, das sessões da AM? É de admirar que a actividade da AM seja pois ignorada pela esmagadora maioria da população da cidade? E, até quando assim vai ser? É aos viseenses que, em Outubro próximo, cabe a resposta!

terminado. Se pensarmos em todas as coisas que o mundo já poderia ser e que não é, vemos que tudo isso está intimamente ligado com a manutenção do poder. Se a tecnologia é um factor de produção, então, quem a detém, cria obstáculos à sua vulgarização e acesso. Temos, neste momento, tecnologia suficientemente avançada para assegurar, por exemplo, a produção de energia sem recorrer a combustíveis fósseis. Mas como o Sol ainda

não tem dono, não interessa abdicar do petróleo. É que o petróleo tem donos e a propriedade é, ironicamente, um dos maiores obstáculos à liberdade. Assim, interessa aos detentores do capital a manutenção do factor trabalho, atrasando-se, deste modo, os avanços tecnológicos através de meios burocráticos e legais como as patentes ou os tributos. As patentes privatizam o conhecimento, algo que desde o início dos tempos era, usando uma expressão que

nos é próxima, património imaterial da Humanidade. Mas conseguimos essa perversão – a apropriação da evolução da espécie como factor de produção. E, para lhe podermos ter acesso, necessitamos do salário, para poder comprar, arrendar, alugar ou utilizar de qualquer forma o conhecimento humano. A economia do salário foi a resposta das élites à democratização do Poder. A Revolução Industrial foi uma engenhosa resposta às Revoluções Atlânticas. O

desbloqueio dos direitos políticos veio a afirmar uma nova forma de poder – a vedação da autonomia da sobrevivência. Que podemos nós fazer sem um salário? Mas onde arranjar um salário numa economia que cada vez tem menos postos de trabalho reais? Se a tecnologia faz com que precisemos de trabalhar menos, porque estamos tão obcecadas/os com a criação de postos de trabalho? A quem interessa fazer-nos crer que o mundo não está a mudar?

Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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25 | abril | 2013

abertura

textos e fotos ∑ Micaela Costa

Um clube que quer continuar a fazer história... O gigante acordou! Este é o grito de guerra que entoa na cidade de Viseu depois de no passado domingo, 21, o Académico de Viseu ter carimbado a subida às competições profissionais de futebol. O Académico de Viseu Futebol Clube, como hoje é conhecido surge em 2005 pelas mãos de António Albino, atual presidente do clube e fervoroso adepto do “antigo” Académico. Do “novo” clube, não se pode dissociar a história, e o historial, do então Clube Académico de Futebol (CAF). Fundado em 1917, por um grupo de alunos do Liceu e do Colégio da Via-Sacra, o CAF desde cedo trouxe à cidade o orgulho e o espírito típi-

co de uma grande equipa de futebol. Muitos são os que recordam com saudade as tardes de bola com o Fontelo de casa cheia. Desportivamente, o passado do Clube Académico de Futebol foi glorioso. O Académico era, então, mais que um clube da cidade, um clube de toda uma região. A história do CAF teve os seus momentos altos com várias presenças na então 1ª Divisão Nacional. Não há adepto academista que não se recorde, por exemplo, da vitória conquistada no velho Alvalade, frente ao Sporting, num jogo onde o golo da vitória foi apontado por “Águas”, nome por que era conhecido Carlos Marta. Esse mesmo, o atual presidente da

câmara de Tondela. Mas em 2005, dividas que ascendiam a 1 milhão de euros obrigaram o clube a declarar insolvência e perder grande parte dos escalões que tinha em várias modalidades. “Novo” Académico. É aqui, que entra António Albino, atual presidente do Académico de Viseu Futebol Clube e principal responsável pelo regresso do gigante após tempos conturbados da história do clube. Empresário de profissão foi quem desde sempre deu a cara por um projeto que, sem ser pacífico, possibilitou que das cinzas de um clube falido, e numa fusão com o Farminhão, fizesse renascer o espírito “acade-

mista” onde muitos viseenses ainda reveem o então extinto e saudoso Clube Académico de Futebol. Com os direitos desportivos do Farminhão, o Académico de V i seu F utebol Clube queimou etapas. Começou logo pela Divisão de Honra, a principal nas competições distritais de futebol e cedo se assumiu como um clube que queria voltar a ver respeitado. D e s d e 2 0 0 5 , a té a o passado domingo, o Académico de Viseu Futebol Clube trilhou um caminho de sucesso, mas também de alguns desaires. Normais numa estrutura que foi fazendo também, toda ela, a sua aprendizagem num meio

onde os mais inexperientes, grande parte das vezes, pagam pesadas faturas. Em 8 anos de mandato, esta é a quarta subida de divisão que comemora. Será esta subida às competições profissionais, seguramente, a mais saborosa de todas, até pela importância que a rodeia. Por estes dias, Viseu, e o Académico, voltaram a ser falados em todo o país, mas pelas melhores razões. O regresso e o futuro. O clube, e os seus dirigentes, procuram um caminho de sustentabilidade que permita que a presença nas competições prof issionais não seja coisa efémera, e de sobe

e desce. Cabeça no lugar e pés bem assentes na terra, não se cansam de o dizer. Sabem que só um clube credível pode ser apetecível para potenciais patrocinadores. Nisso também António Albino soube marcar a diferença, quando fez questão de aprovar nos novos estatutos do clube, a responsabilização dos seus dirigentes por potenciais dívidas que fossem feitas em nome do clube. Mas o passado, em particular os últimos anos, foram também uma lição de que dificilmente poderá o Académico sobreviver a novo episódio de desvario financeiro e de megalomanias que os cofres não possam suportar.


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ACADÉMICO CAMPEÃO | ABERTURA 7

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O desafio do Sugestões profissionalismo Dia da Mãe Subida obriga a obras no estádio Ao regressar ao patamar do futebol profissional, o Académico de Viseu vai ficar obrigado a receber os adversários na próxima época num estádio com as condições exigidas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). O vice-presidente do Académico, Pedro Ruas assume que nesta altura “não há condições para ter 12 mil pessoas” e que vão ter de ser gastos “alguns milhares de euros” no interior do equipamento. Sem querer avançar com pormenores já que a estrutura vai em breve ser vistoriada pela LPFP, o responsável avança que “Câmara já mostrou disponibilidade para colaborar” uma vez que o estádio é municipal. A época vai ter prazos de adaptação, mas existem obras que à partida são imediatas: ∑ Novas coberturas nas bancadas. ∑ Requalificação dos balneários. ∑ Melhorias na iluminação. EA

Presença na Segunda Liga requer constituição de SAD Outras das alterações causadas pela presença do clube na competição profissional de futebol diz respeito à constituição de uma SAD num segundo ano consecutivo de permanência. Pedro Ruas afirma que neste âmbito a direção está “inclinada para uma sociedade por quotas”, até porque “há um certo trauma com a SAD” e “também não acreditamos que se justifique uma Sociedade Anónima Desportiva”. A vontade de manter o clube “nas mãos” dos sócios é outra das justificações para a escolha por parte do Académico de Viseu. “A nossa perspetiva é que o clube detenha a totalidade do que é a quota da sociedade, porque não queremos que caia em mãos alheias. Queremos que até ao fim os sócios, em Assembleia Geral, dominem a vida do clube e só com a sociedade por quotas é que isso possível”.

Restruturação da orgânica do clube e apoios financeiros Também o clube terá que sofrer uma restruturação que seja capaz de sustentar todo o trabalho que a subida ao escalão profissional vai implicar. António Albino, presidente do Académico de Viseu, explica que o clube está a “viver um momento de euforia e de reflexão” e que terá de “ponderar muito calmamente o futuro. Temos que pensar quem nos pode ajudar. Precisamos de mais gente a trabalhar em prol do clube e temos muito a melhorar”. Pedro Ruas, vice presidente, sublinha a necessidade de “os empresários de Viseu olharem para o esforço que tem sido feito”. Acrescentando que “todos nós, agentes económicos, temos a ganhar com um clube noutro patamar e os comerciantes começam a notar isso. E está na atura de perceberem que só apoiando este clube podem dinamizar uma cidade do interior que não tem assim tanta industria e que precisa de ter projetos galvanizadores e o Académico de Viseu é sem duvida um projeto galvanizador.


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8 ABERTURA | ACADÉMICO CAMPEÃO

Momentos de glória

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Tem a palavra

Pedro Ruas Vice-presidente do Académico de Viseu Futebol Clube

“O Académico de Viseu voltou a trazer o orgulho Beirão” 1.

Entrou no Académico há dois anos. Que significado tem para si pertencer a este clube?

Em primeiro lugar foi uma surpresa enorme. Apesar de ter participado em alguns jogos e frequentar o Fontelo, nunca fui ligado ao futebol e confesso que comecei a gostar deste desporto há pouco tempo. Quando entrei havia uma perspetiva muito negativa em se ser dirigente do Académico e na altura muitas pessoas me diziam que eu não o devia fazer. Mas a verdade é que eu não podia recusar o convite do presidente, porque é um homem em quem eu acredito e vou manter-me com ele, enquanto ele cá estiver.

2.

3. 4.

Neste mandato subiram duas vezes…

E isso é um grande orgulho para mim, poder pertencer a esta história que o clube já fez. E agora estamos a viver alguns sentimentos estranhos e quanto mais alto subimos mais responsabilidades temos. E o futuro deste clube é o que Viseu quiser. O Académico é sem dúvida um embaixador da região da Beira Alta e não só. Em vários países o nome do Académico está presente, em Genebra, em Toronto, na Alemanha, Austrália, Angola… E isso é muito gratificante e espero que os viseenses comecem a perceber que têm que apoiar a equipa da cidade e têm razões para confiar.

Equipa que marcou a diferença?...

Sem dúvida, esta equipa só conseguiu subir porque tem carácter e porque são muito mais que jogadores da bola.

Que apoios ainda faltam ao Académico de Viseu?

Está na altura de os empresários de Viseu olharem para o esforço que tem sido feito. Porque todos nós, agentes económicos, temos a ganhar com um clube noutro patamar e os comerciantes começam a notar isso. E está na altura de perceberem que só apoiando este clube podem dinamizar uma cidade do interior que não tem assim tanta industria e que precisa de ter projetos galvanizadores . E o Académico de Viseu é sem duvida um projeto galvanizador. E não me lembro de nos juntarmos todos por uma causa há muito tempo. O Académico voltou a trazer o orgulho beirão.



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à conversa “Vou continuar sempre com a mesma humildade, transparência e vontade”

entrevista e fotos ∑ Micaela Costa

António Albino, empresário de profissão, é o atual presidente do Académico de Viseu e principal responsável pelo regresso do clube após tempos conturbados da sua história. Convicto de que só com os “pés bem assentes na terra” e que com a “ajuda de todos” esta súbida foi possível, acredita que pelo clube, que tão bem conhece desde os 10 anos de idade, tudo vale a pena. Como era o “antigo” Académico de Viseu que tanto recorda?

Conheço o Académico desde os meus 10 anos e foi com este Académico que tive as maiores alegrias e as maiores tristezas. Quando me apercebi do mau momento do CAF, isso entristeceu-me muito, porque era o fim de um grande clube, que sempre adorei e estimei, e aquele fim foi como que se estivesse a perder algo que era meu. E essa perda fez-me acreditar e graças ao apoio de muitas pessoas segui em frente. Antes de presidente era um grande adepto…

Um adepto que não perdia um jogo e ia sempre com a família ver os jogos a todo o lado. Até que chega a presidente.

Nunca sonhei ser presidente do Académico. Mas a vida leva muitas voltas e decidi abraçar este projeto. Houve muita gente que desistiu, mas eu continuei e sempre disse: “quem quer acompanha-me, quem não quiser pode ficar pelo caminho”! Quando passa a liderar o clube, era CAF. Como surge a mudança do nome?

Desde o inicio, e quando se discutia o nome, sempre disse que queria Académico de Viseu. Haviam várias opções, mas eu

sempre disse que só ficaria no Académico se fosse Académico de Viseu, porque sempre acompanhei para todo o país o Académico, e é com este nome que eu me revejo.

Isso é algo que para já não vou prometer. Costumo dizer que quando chego à terceira divisão, pela primeira vez, tenho que ser repetente e à segunda subo. Quando chego à II B sou estreante não posso prometer nada, e acabei por descer. Voltei à II B e aí tracei a meta de querer subir, ainda este ano, e assim foi. Agora é com calma!

Em que se “agarrou” para poder relançar o Académico?

Antes do CAF falir houveram várias reuniões e havia pessoas que diziam, “então senhor Albino, agora vamos ficar sem futebol?”, e eu sempre disse que de tudo faria para não acabar com o futebol. Entretanto agarrámos-nos a várias instituições como o Farminhão, o Vil de Moinhos, o Social de Lamas e o único que nos deu garantias foi o Farminhão. Acabámos por ocupar o lugar deles e hoje só temos a agradecer-lhes por acreditarem em nós.

Ao longo deste ano houveram alterações, nomeadamente no treinador. Qual a influência na equipa?

Entendi que com o outro treinador não cumpríamos os nossos objetivos, isto porque tínhamos ideias diferentes, ele queria estabilizar o clube e eu achava que tínhamos que mostrar mais e dar mais. Acabámos por juntar à equipa o Filipe Moreira, sempre com objetivo da subida.

Houve sem dúvida uma grande evolução que hoje culmina com uma nova subida…

O Filipe Moreira, na receção da equipa na Câmara Municipal de Viseu, referia que só com a força de vontade do presidente se conseguia chegar aqui. Onde se arranja essa força?

Sim, sem dúvida. Na altura fomos para a distrital, mas eu queria mais e não me estava a ver sempre na distrital. O primeiro ano subimos à terceira, ao terceiro ano subimos à II B, depois voltamos a descer e aqui começaram a apontar o dedo à direção e isso entristeceume porque sempre demos tudo. Recordo-me do empate em Oliveira do Bairro que nos fez descer, mas voltámos a acreditar e logo no ano seguinte voltámos a subir à II B.

Não há nenhum homem sozinho que consiga fazer muito. Sem o apoio dos meus colaboradores e equipa técnica não conseguia fazer nada e para eles uma palavra de apresso e agradecimento pela força que me dão. No futebol, como na vida, não conseguimos atingir metas sozinhos. O Filipe Moreira vai continuar a ser o treinador?

Quando o Académico entrou em insolvência era na II B que estava. Era objetivo manter, pelo menos, essa divisão?

Eu sempre disse aos sócios que colocaria o Académico novamente na II B e sem dívidas, sabia que seria difícil porque a divida ascendia 1 milhão de euros. Mas com determinação e vontade conseguimos e hoje estamos a subir à Segunda Liga a um

Como é que se sente agora que cumpriu o que tinha prometido?

aqui. Sempre com o mesmo empenho e sobretudo com sonhos, porque se não andarmos no mundo com sonhos, não vale a pena.

O mesmo homem de sempre. Com a mesma humildade e vontade que tive até

Agora, certamente que o sonho passa a ser outro…

passo da I Divisão.

Isso são coisas que ainda não se podem falar, ainda é segredo! Até porque ainda não conversámos, ainda não sei a opinião dele e aquilo que ele quer. Isto é um casamento e o namoro já está feito, mas para que haja casamento há muito a preparar. Este domingo é o último jogo, embora que com a subida garantida. Será cer-

tamente de festa…

Sim, sem dúvida. Será um domingo de festa, de consagração. Um jogo que espero que encha o estádio, os bilhetes são baratos! O apoio dos viseenses tem sido fundamental?

Muito importante. Mas o Académico não é só Viseu, derivado à sua história. No passado domingo vi pessoas de Guimarães que foram ver o jogo. Em Genebra, por exemplo, também há um Académico de Viseu e estamos a congregar esforços para todos juntos gerarmos receitas. Estão a chegar as eleições, em Maio…

E nós vamos concorrer e estamos já a preparar tudo com muita cautela. Estamos focados nas eleições, conto com o apoio de todos e posso dizer que não vamos com ideias abstratas ou que não se possam concretizar. Como disse, vou continuar sempre com a mesma humildade, transparência e vontade. E como vai ser o futuro do Académico?

O futuro a Deus pertence. As responsabilidades vão ser maiores, vão ser enormes! Mas a nossa conduta, como dirigentes, vai continuar a ser a mesma. Temos que ter as bases sólidas, “não dar um passo maior que a perna” e assim vamos fazer. Não vou entrar em loucuras, embora se costume dizer na gíria que “de locos todos temos um pouco”! Que mensagem gostaria de deixar?

Para além de apelar à comparência de todos no Fontelo já este domingo, queria deixar uma mensagem aos antigos sócios do ex-CAF, para que retomassem a sua atividade como sócios. Pois é preciso acreditar.



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região tarquia. Desta forma, o município pretende ajudar no combate à pobreza e exclusão social, distribuindo roupas, calçado e brinquedos pelos agregados familiares e indivíduos mais carenciados, e também proteger o meio ambiente. Os contentores serão colocados em pontos do concelho “com significativa afluência”.

A SSEMBLEIA MUNICIPAL DE VISEU EDITAL -------- ANTÓNIO JOAQUIM ALMEIDA HENRIQUES, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VISEU, dá conhecimento público da realização da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Viseu, a levar a efeito no DIA 26 DE ABRIL , às 9.00 horas, no Solar dos Peixotos, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: ------------------------------------------------------------------------------------

ORDEM DE TRABALHOS: 1- Informação do Senhor Presidente da Câmara Municipal sobre a “ATIVIDADE MUNICIPAL”, nos termos da alínea e) do nº1 do artigo 53º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei 5 – A/2002, de 11 de janeiro.

2- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU PARA 2013-REVISÃO Nº1”, nos termos e para efeitos do disposto no artigo 53º, nº 2 alínea b) da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro. 3- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA,SANEAMENTO E PISCINAS DE VISEU PARA 2013 – REVISÃO Nº1”, nos termos e para efeitos do disposto na alínea b) do nº 2 do artigo 53º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro. 4- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “RELATÓRIO DE GESTÃO E DOCUMENTOS FINANCEIROS DA C.M.V. E DOS S.M.A.S.,REFERENTES AO EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2012”, nos termos e para efeitos do disposto na alínea c) do nº2 do artigo 53º) da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5A/2002, de 11 de janeiro. 5- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “REGULAMENTO DO SERVIÇO DE DISTRIBUÍÇÃO DE ÁGUA DO CONCELHO DE VISEU- SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA,SANEAMENTO E PISCINAS DE VISEU”, nos termos e para efeitos do disposto na alínea a) do nº 2 do artigo53º da Lei nº169/99 de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro. 6- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “sobre “REGULAMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DO CONCELHO DE VISEUSERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA,SANEAMENTO E PISCINAS DE VISEU”, nos termos e para efeitos do disposto na alínea a) do nº 2 do artigo 53ºda Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro. 7- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “HABISOLVIS -E.M., EMPRESA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO SOCIAL – DESIGNAÇÃO E REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS” nos termos e para efeitos do disposto no artigo 53º, nº 2 , alínea l) da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5A/2002, de 11 de janeiro. 8- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre ”CONVÉNIO DE COOPERAÇÃO TERRITORIAL QUE CRIA O ORGANISMO DE COOPERAÇÃO TERRITORIAL-REDE DE CIDADES CENCYL” nos termos e para efeitos do disposto no artigo 53º, nº 2, alínea m) da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro.

9- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre ”AMRPB-ASSOCIAÇÃO DE MUNICIPIOS DA REGIÃO DO PLANALTO BEIRÃO-ADESÃO CONDICIONADA À NOVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RECOLHA E TRANSPORTE A DESTINO FINAL DE R.S.U.,LAVAGEM,MANUTENÇÃO,FORNECIMENTO E COLOCAÇÃO DE CONTENTORES NOS MUNICIPIOS DO PLANALTO BEIRÃO “nos termos e para efeitos do disposto no artigo 53º nº2, alínea q) da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei 5 – A/2002, de 11 de janeiro. 10- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “REGULAMENTO DE PUBLICIDADE E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO DO MUNICIPIO DE VISEU”, nos termos e para efeitos do disposto no artigo 53º, nº2, alínea a) da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro. 11- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “REGULAMENTO DOS PERÍODOS DE ABERTURA E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICPIO DE VISEU” nos termos e para efeitos do disposto no artigo 53º, nº2, alínea a) da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro. 12- Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal sobre “REGULAMENTO DE TABELA E TAXAS,LICENÇAS E OUTRAS RECEITAS DO MUNICIPIO DE VISEU” nos termos e para efeitos disposto no artigo 53º, nº 2, alíneas a) e e) da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

Com os melhores cumprimentos. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL,

(António Joaquim Almeida Henriques)

“Rota das Catedrais”∑ Projeto nacional anunciado em 2011 continua no papel O cónego Orla ndo Paiva, responsável pelo Cabido da Sé de Viseu alerta que é necessário realizar obras com urgência na catedral, nomeadamente “da r uma nova consistência à cobertura, que vai deixando cair água” no inverno. A Sé de Viseu fa z parte do projeto “Rota das Catedra is” que, através de um protocolo assinado com a Direção Regional de Cu lt u ra do Cent ro, previa uma intervenç ão de requ a l i f ic aç ão orç ad a em cerca de 2, 4 milhões de euros, financiados em 80 % a fundo perdido (QREN), estimandose que as obras arrancassem em 2011 e estivessem concluídas em 2015. Hoje, quem visita o museu de arte sacra, onde se encontram algumas das peças mais valiosas de arte sacra portuguesa, apercebese de infiltrações nas paredes. Na catedral há um altar escorado à espera de obras, a par de outras situações urgentes. Dois a nos depois , Orlando Paiva lamenta que não se tenham iniciado as obras na Sé previstas no protocolo assinado em março de 2011. No entanto, o responsável está esperançado que comecem em breve, porque a Sé de Viseu está entre as três intervenções do país mais urgentes. “Os projetos estão feitos, a diretora regional garantiu-me que seria mesmo para avançar”, contou. Ta m b é m o p r e s i -

A Responsável pelo Cabido da Sé alertou que é necessário realizar obras urgentes dente da Câmara, Fernando Ruas confirmou essa prioridade dada recentemente pela diretora regional da Cu lt u ra do Centro num encontro que juntou ainda o Bispo da diocese, D. Ilídio L ea nd ro. O auta rca adia ntou que o projeto foi modulado e a primeira fase da inter venção vai ava nçar em breve. Fernando Ruas lamentou que o “Rota das Catedrais” ainda não tenha arrancado em nenhuma catedral do país, criticando o facto de se ter anunciado um projeto que não é concretizável. “Alguém acha que há alguma possibilidade de haver um projeto europeu que possa apoiar todas as catedrais ao mesmo tempo em Portugal? Não é possível”, questionou ao considerar, no entanto, o Rota das Catedrais “importantíssimo”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Procolo com a Câmara garante portas abertas

Emília Amaral

O concelho de Tarouca vai passar a ter contentores para recolha de roupa, calçado e brinquedos usados. Com esta campanha, a Câmara Municipal pretende a ajudar os cidadãos mais carenciados. “Após a passagem pelo processo de triagem, tudo o que é recolhido e cujo estado não seja passível de ser distribuído, será reciclado”, explica uma nota de imprensa da au-

Cobertura da Sé de Viseu “vai deixando cair água”

Arquivo

Tarouca promove campanha de reutilização

∑ A Câmara de Viseu volta a apoiar o Cabido da Sé Catedral com uma verba anual de sete mil euros, que permitirá ao museu de arte sacra Tesouro-Museu da Catedral estar aberto e ter uma funcionária. Através de um protocolo celebrado na quinta-feira, dia 18, entre a autarquia e o Cabido da Sé de Viseu, a comunidade pré-escolar e escolar do primeiro ciclo do ensino básico do concelho e os idosos poderão visitar gratuitamente o Tesouro-Museu da Catedral. Os portadores dos cartões municipais da juventude e sénior também serão beneficiados. Durante a cerimónia, o cónego Orlando Paiva explicou que, apesar das “centenas muito largas de visitantes” que o museu tem todos os anos, esse é um número que não permite pagar a uma funcionária para que esteja aberto. “O número de pessoas que visita este museu não dá a possibilidade de pagar a um funcionário que temos no museu. Se a Câmara não tivesse apoiado, não tínhamos possibilidade de ter este espaço maravilhoso aberto porque não havia condições mínimas”, sublinhou o cónego, divulgando que 50 grupos de crianças, jovens e idosos puderam usufruir gratuitamente do espaço em 2012. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, disse que a “situação financeira equilibrada” da autarquia permite dar este tipo de ajuda. EA


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TONDELA | CINFÃES | RESENDE | CASTRO DAIRE | REGIÃO 13

25| abril | 2013

A Serra de Montemuro

Dificuldades nas comunicações móveis voltam à ordem do dia Pergunta∑ Partido “Os Verdes” questiona o Governo sobre falhas sentidas em Cinfães, Resende e Castro Daire Os concelhos de Cinfães, Castro Daire e Resende, no norte do distrito de Viseu continuam a queixar-se da falta de cobertura da rede móvel das várias operadoras de comunicação e de acesso à internet. A reclamação não é de agora. Desde moções da Câmara e da Assembleia Municipal de Cinfães, a petições, já aconteceu de tudo. Em 2011, a população da freguesia de Gralheira, diziase “farta” de não poder falar ao telemóvel, devido à falta de rede e protestava contra a má qualidade no sinal de televisão e no acesso à internet, chegando a ameaçar boicotar as eleições presidenciais. Na semana passada, o grupo parlamentar “Os Verdes” anunciou ter questionado o Governo sobre as dificuldades de acesso a comunicações móveis sentidas nalguns concelhos de áreas, montanhosas dos distritos de Viseu e Aveiro, referindo-se concretamente aos concelhos de Castro Daire, Cinfães, Resende, e Arouca. “Os Verdes” referem na pergunta entregue na Assembleia da República que têm chegado ao partido várias queixas da população relativas ao “agravamento das dificuldades de acesso às comunicações de voz e internet móvel.

O grupo parlamentar questiona o Governo se tem conhecimento deste problema e “qual a taxa de cobertura real das operadoras” nestes concelhos. A falta de cobertura da rede móvel é mais sentida na Serra de Montemuro que abrange os concelhos de Cinfães, Resende, Castro Daire, Lamego (distrito de Viseu) e Arouca (distrito de Aveiro), mas também nas zonas urbanas e ao longo da EN321. Os Bombeiros Voluntários de Cinfães (BVC) confirmam que se trata de um problema diário. O operador central dos BVC conta ao Jornal do Centro que “por vezes, o que vale são os rádios transmissores” para resolverem situações de urgência. Vários populares relatam que as operadoras “têm vindo a prometer a colocação de uma antena que nunca chegou e agora já admitem que nunca virá, o que afeta nomeadamente a atividade empresarial da região. “Há automobilistas que no inverno ficam presos na neve e limitados em termos de comunicações, lembra o presidente da Câmara de Cinfães, Pereira Pinto O Teatro Regional da Serra do Montemuro (TRSM) que mantém a sua residência artística há vários anos na Aldeia de Campo Ben-

feito, confirma as dificuldades sentidas com a falta de sinal das redes móveis. “Aqui toda a gente tem que ter rede fixa de telefone, porque na verdade não há telemóvel, só se apanha em alguns sítios da serra”, adianta o diretor do TRSM Eduardo Correia. Para o encenador a companhia “já está habituada a viver sem telemóvel”, o problema põe-se quando cada novo projeto leva até Campo Benfeito colaboradores do país e do estrangeiro “ a contar com o telemóvel para a sua atividade diária”. Em Resende, o problema está prestes a ser ultrapassado. O presidente da Câmara, António Borges atribui a baixa de qualidade das redes móveis dos últimos tempos às obras de instalação da infraestrutura de banda larga: “Dentro de poucas semanas estaremos com rede de informação de banda larga”. Resende integra-se no projeto Redes de Nova Geração anunciadas em 2009, pelo então ministro da Economia Mário Lino (PS) para 44 concelhos de zonas rurais do Norte do país. Mas o autarca de Cinfães lembra que desse projeto só irão beneficiar os utilizadores ao longo do rio Douro. Emília Amaral

A Câmara de Tondela adquiriu o antigo quartel dos bombeiros voluntários, por 100 mil euros, para transformar o antigo edifício numa casa mortuária destinada a todas as confissões religiosas. A cerimónia de escritura pública com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela, para aquisição do antigo quartel, decorreu na segunda-feira, dia 22, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O presidente da Câmara de Tondela, Carlos Ma r ta , adm itiu que a construção da casa mortuária é uma obra reclamada pela população, uma vez que, atualmente, o espaço usado para esse fim é a capela de Santa Eufémia. O autarca justificou que o edifício desativado há mais de 20 anos, encontra-se muito perto

DR

Arquivo

Tondela vai ter casa mortuária

da igreja matriz, no centro da cidade, por isso ser o local “adequado para se poder fazer esta construção”. Logo que o projeto este-

ja concluído, será lançada a obra, orçada em 200 mil euros. Do novo projeto restará a fachada pela sua história, garantiu Carlos Marta. EA

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14 REGIÃO | MANGUALDE | CARREGAL DO SAL | MOIMENTA DA BEIRA | VISEU

25 | abril | 2013

Opinião

Alimentária 2013

Mangualde. A GNR deteve um homem de 68 anos por estar a pescar ilegalmente em Darei, concelho de Mangualde. O homem, detido na segundafeira à tarde pelo Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Mangualde, estava a “pescar bogas em época de defeso”. A GNR apreendeu-lhe 1,5 quilogramas de bogas, que foram postas em liberdade, uma cana de pesca, um camaroeiro e uma mala de pesca com diverso material.

DETENÇÃO

Carregal do Sal. A GNR deteve um homem de 27 anos suspeito de tráfico de droga, na madrugada de domingo, em Carregal do Sal. Segundo a GNR, o homem foi detido durante um patrulhamento noturno do Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Santa Comba Dão, tendolhes sido apreendidas 12 doses de haxixe.

DETENÇÃO

Carregal do Sal. Um homem de 83 anos morreu ao início da tarde de segunda-feira na sequência de um acidente com um trator, em Sobral.O acidente ocorreu pouco antes das 13h30, tendo o trator capotado. Ao local deslocaramse oito bombeiros, apoiados por duas viaturas.

Nuno André Ferreira (arquivo)

DETENÇÃO

Infantuna espera pela sede prometida Problema∑ Tuna de Viseu de mãos atadas para desenvolver novos projetos A Infantuna Cidade de Viseu reivindica há anos uma sede própria para poder desenvolver o seu projeto cultural e, embora tenha sido prometida pela autarquia, o espaço continua por desbloquear. A tuna é hoje reconhecida como uma embaixadora da cidade, da região e do país, através das suas atuações e dos prémios que tem conquistado nos mais variados eventos nacionais e internacionais. Em 2010, no ano das comemorações dos 20 anos da tuna, o seu porta-voz, José Costa anunciou em entrevista ao Jornal do Centro que a Infantuna iria ter a sua sede no centro histórico, citando uma garantia que tinha

sido dada pelo presidente, Fernando Ruas. Na semana passada foi publicado um texto na página do facebook, onde se podia ler: “amigos e viseenses a Infantuna necessita de uma sede para desenvolver, ainda mais, as suas atividades culturais. Debatemo-nos hoje, após 22 anos de existência, com muitas dificuldades para incrementar a escola de música, dar início à Infantuninha, trabalhar mais por Viseu e mostrar à comunidade o que já conquistámos para vós”. José Costa adianta que “o reconhecimento só por si justifica a cedência do espaço”, não se entendendo o atraso no cumprimento da promessa. Para o porta-voz da In-

fantuna, o centro histórico continua a ser o lugar próprio para a criação da sede. “Lembro que a Infantuna traja como o primeiro duque de Viseu (Infante D. Henrique) e penso que, por todo o trabalho desenvolvido, a sede enquadra-se naquela zona, podendo ser um espaço de atração para os viseenses e para quem nos visita”, refere. Depois de ter vencido recentemente mais um prémio, o primeiro lugar no Festival de Tunas de Santarém, organizado pela Scalabituna, e, ainda, os prémios Tuna Mais Tuna e Melhor Solista, a Infantuna prepara-se para lançar um novo CD de originais. Emília Amaral

DESALOJADO

Moimenta da Beira. Três pessoas ficaram adesalojadas, na sequência de um incêndio ocorrido na sexta-feira, numa casa em Vide, no concelho de Moimenta da Beira. Ao incêndio deslocaram-se 14 bombeiros dos Voluntários de Moimenta da Beira, apoiados por quatro viaturas.

Curso intensivo de artes cénicas A Câmara de Viseu está a promover mais uma edição do Curso Intensivo de Artes Cénicas, com o objetivo de dar formação aos participantes da 14.ª edição do Festival de Teatro Jovem.

“Pretende-se, assim, apostar no crescimento qualitativo dos grupos de teatro de Viseu, através da formação nas diversas áreas do discurso dramático”, justifica a autarquia, numa nota de imprensa.

Os “workshops”, gratuitos decorrem até sábado e têm como temas a direção artística e encenação, a iluminação de cena e a cenografia e os figurinos. O Festival de Teatro Jovem realiza-se em maio.

De 14 a 17 de Abril decorreu na FIL, em Lisboa, o Salão Internacional de Alimentação, Hotelaria e Tecnologia para a Indústria Alimentar. Trata-se da maior feira do sector na Península Ibérica, que integra já o grupo das quatro mais importantes na Europa. Sob o lema “Novos compradores, Novos mercados, Novas oportunidades”, o certame foi visitado por 25 mil profissionais da área. Recebeu 2 mil compradores, oriundos de países como a Austrália, Canadá, EUA, Estónia, Japão, México, Israel e Rússia. Oitocentas empresas nacionais fizeram questão de estar presentes nesta vitrina, sendo responsáveis por 70% dos expositores. Os restantes 30% eram oriundos da Coreia do Sul, Argentina, China, Quénia e Paquistão, com destaque particular para o Brasil, convidado e parceiro deste escaparate. Dos anos em que palmilhei este espaço, uma das conclusões que retinha, ano após ano, era a sensação de estar em Espanha, dada a quantidade de expositores presentes. Falava-se portinhol! Desde a nossa entrada na CEE, actual UE, Espanha foi, e ainda é, o nosso principal parceiro, de onde muito importamos e para onde pouco exportamos. A jovial mutação agora operada mostra, de forma inequívoca, que a visão periférica e peninsular passou a assumir um formato e dimensão mundial. Não terá sido este um dos clamorosos erros estratégicos que perpetuamos durante décadas? No mesmo espaço decorreu também o primeiro fórum de internacionalização do sector agro-alimentar para estudar, potenciar e melhorar as exportações nacionais. Se esta estratégia é crucial para a economia portuguesa, interessa referir que 60% das matérias-primas utilizadas nesta indústria são importadas. Neste sentido, todas as medidas que venham a ser adoptadas deverão ter também como alvo este êmbo-

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

lo do processo. A criação de organizações (clusters) de correcta dimensão que integrem e agreguem todas as valências da cadeia é um processo que importa implementar e consolidar. Os aspectos relacionados com a inovação foram também acarinhados. Assim, o espaço FOOD I&D, onde foram apresentados 80 novos produtos alimentares (muitos deles com uma base tecnológica, um ADN lusitano) foi muito visitado. Para muitos, o caminho da exportação é um dado adquirido, mas talvez seja prudente observar e meditar sobre o nosso e mais recente comportamento alimentar. Em 2012, o consumo médio dos portugueses atingiu o valor de 1835 euros/ ano, com a alimentação a sugar 80% do bolo. As idas ao supermercado conduziram a um aumento do consumo em 32% de produtos frescos: carne, peixe, fruta, legumes, charcutaria e queijo. Em produtos como os ovos, cereais, pão e bebidas quentes, o acréscimo foi de 5% e no dito segmento do prazer (gelados, chocolate e bolachas) o seu valor atingiu os 2%. Estes dados apontam no sentido de se estar a assistir à brutal diminuição do consumo alimentar fora de casa. No ano transacto, 40% do total da comida consumida foi já confeccionada em casa. Em 2009, este valor ficou-se pelos míseros 27%. A adopção da nova taxa de IVA na restauração, de 23%, veio alterar comportamentos, amputando e decepando muitos restaurantes. Voltar ao formato inicial é uma experiência não a ponderar mas sim a executar. Arrecadar-se-iam mais impostos e fomentar-se-ia uma economia que gravita em seu redor. Esta não anda, arrasta-se. É fácil de constatar que o sector agro-alimentar


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especial

Termas, Saúde & Bem-estar O estado físico e mental de cada um de nós é uma peça fundamental para o sucesso e, sobretudo, para o saudável convívio com o outro. O desporto, a alimentação, a diversão, o tempo para nós próprios, o estilo de vida saudável, o ginásio, o cinema, a música, a dança, o sorriso e a boa disposição são alguns dos “segredos” para uma vida mais feliz e, sobretudo, mais descomplicada. Perceber os nossos limites, adequar hábitos de vida à nossa própria vida e ao ritmo do dia-a-dia de cada um são atos que podem fazer, e muitas vezes fazem, a diferença. Por vezes, o excesso de trabalho ou a preocupação com o outro tende a que nos esqueçamos de nós, mas é aqui que reside o maior problema. Para que o nosso contributo para com o outro seja dado da melhor forma a primeira coisa que temos a fazer é cuidar de nós, só assim poderemos cuidar do outro. Muitas vezes a nossa atitude perante a vida, perante o confronto com problemas, com situações menos boas, resultado de um dia-a-dia stressante, de correria e de consequências “empurradas” pelas palavras “crise”, “desemprego”, “desanimo”, “desistência”, “tristeza”, e tantas, tantas outras, passa pela forma como encaramos e adequamos o nosso pensamento. No suplemento desta semana deixamos-lhe alguns truques e dicas para que “aprenda” a cuidar da sua saúde, valorize o seu bem-estar e aproveite todos os minutos da sua vida. Instale-se de forma confortável e disfrute.

Aproveitamos para lhe desejar um dia feliz!


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16 ESPECIAL | TERMAS, SAÚDE & BEM-ESTAR

25 | abril | 2013

Para que nos possamos sentir bem connosco e com o outro é fundamental que estejamos felizes. Mas, numa altura em que tudo parece querer mostrar-nos o contrário a diferença está naqueles que ainda acreditam. A ciência confirma-o, o corpo afirma-o e a mente agradece: o pensamento positivo faz toda a diferença e para melhor. No amor, na cura de uma doença ou na progressão profissional. O otimismo é uma das chaves da felicidade. Luís Rojas Marcos, psiquiatra espanhol radicado nos EUA, autor do livro ‘A Força do Otimismo’ (Esfera dos Livros) e professor na Universidade de Nova Iorque, onde concluiu também um doutoramento em Ciências Médicas explicou à revista Ativa que “ser otimista é uma questão de sobrevivência”. Acrescentou ainda que “os otimistas fazem mais amor – por isso geram e criam filhos otimistas – e têm uma atitude próativa na busca do seu bemestar”. Na sua obra, Rojas Marcos dá algumas estratégias para fomentar esta atitude e ser mais feliz: Arregace as mangas e seja pró-activo. Para o autor os otimistas fazem com que as coisas aconteçam, revertem as circunstâncias

a seu favor. No seu livro o psiquiatra explica ainda que, num projeto dirigido por Martin Seligman nos finais da década de 80, dividiram-se os candidatos a vendedores de seguros de uma companhia em grupos: os ‘otimistas’, os ‘pessimistas’ e os ‘comandos especiais’. Os últimos tinham chumbado nas provas de aptidão mas a sua confiança era tão grande que se recusavam a renderse perante um ‘não’ de um possível comprador. A verdade é que foram superiores aos ‘otimistas’ em 26% e aos ‘pessimistas’ em 57%. Conclusão? Quem toma a iniciativa sem medo do fracasso tem mais tendência para aceitar propostas, seja a nível de trabalho ou a nível pessoal. “As pessoas que esperam conseguir aquilo a que aspiram tendem a trabalhar mais tempo e mais

somos felizes, o que sentimos é que iremos ser felizes amanhã. São estas expectativas que nos fazem saltar de manhã com vontade, porque sabemos que nesse dia iremos conseguir realizar um objetivo. Ajudam-nos a sentir seguros e confiantes no nosso ir e vir.”

intensamente”, acrescenta Rojas Marcos. Ria para exorcizar a tristeza. Fazer humor em momentos de desconforto e rir até na adversidade são modos de exorcizar a tristeza e o sofrimento. Também há razões biológicas para procurarmos a boa disposição: o riso despoleta a produção de serotonina, que, para além de proporcionar bem-estar físico, baixa os níveis de cortisol,

a hormona do stresse. Respeite-se! abaixo o complexo de culpa. A culpa é um dos maiores mecanismos de controlo social, mas também um dos sentimentos que mais envenenam a felicidade. O psiquiatra chama-lhe a ‘tirania do deveria’: um conjunto de pensamentos negativos que minam a nossa autoconfiança. “Isto acontece quando a pessoa pensa que é absolutamente obrigada a ser, sentir ou comportar-se de maneira utópica, incompatível com a sua personalidade, com a situação ou simplesmente impossível de realizar para qualquer ser humano. Expectativas irracionais e inatingíveis costumam alimentar sentimentos de fracasso, de culpa, de desmoralização e até de ódio em relação a si mesmo.” Tenha objetivos e expectativas positivas. Os otimistas são pessoas que esperam que as coisas lhes corram bem mas que também se predispõem a isso. A esperança na felicidade futura é mais importante do que a sorte que se tem na vida presente, revela o escritor e filósofo espanhol José Marías. “Quando dizemos que

Ame perdidamente e deixe-se amar. As pessoas que têm um parceiro, família ou grupo íntimo de amizades sentem um nível de satisfação muito maior do que os que vivem sozinhos, como revelam centenas de investigações. A paixão leva o cérebro a produzir substâncias, como a dopamina, que proporcionam sentimentos de euforia, felicidade e bemestar. Diz Rojas Marcos que “as relações estáveis de carinho não só constituem uma fonte de satisfação na vida como são um antídoto muito eficaz contra os efeitos nocivos de todo o tipo de desgraças”. Dê mais importância aos pequenos prazeres. São os pequenos prazeres quotidianos que ajudam a melhorar o estado de espírito. É o que revela um inquérito da revista ‘Time’ e um estudo recente do psicólogo e economista Daniel Kahneman. Os momentos de alegria moderada beneficiam a memória, a resolução criativa de situações, a tomada de decisões, a aprendizagem, a motivação e os nossos relacionamentos. Aprender a apreciar as pequenas alegrias faz-nos perceber que, afinal, a vida pode ser uma experiência gratificante e positiva.

F. Nogueira Martins Nuno Nogueira Martins Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia Qta do Seminário - VISEU• Marcação: 232 426 021 963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

A cor, tam bém é uma ter apia!

Pensamento positivo é a “alma do negócio”!

Vermelho - É bom para fortalecer a energia física e estimular a atividade mental. Use-a no hall de entrada já que é um tom com boas vibrações a quem entra em casa. Vista roupa desta cor quando se sentir em baixa e cansada, sempre a espevita esp evita um pouco. Laranja - É ideal para se sentir mais sociável e minorar a solidão. No trabalho, não deixe de ter alguns apontamentos nesta cor para lhe dar algum otimismo quando se sentir mais desanimada, desiludida. Amarelo - Estimula a criatividade e sentimo-nos mais confiantes. Se tiver uma reunião importante, um teste ou exame aos seus conhecimentos, use um pouco de amarelo para explorar ao máximo as suas capacidades. Verde - Acalma, ajuda a meditação, apazigua os sentimentos de frustração e ira. Na sala de estar ajuda a criar um ambiente de tranquilidade. Se acordar de manhã muito irritadiça vista uma peça de roupa verde ou então ponha um acessório neste tom para a acalmar.


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TERMAS, SAÚDE & BEM-ESTAR | ESPECIAL 17

25| abril | 2013

Alimentação saudável significa bem-estar Alimentação saudável, saúde, bem-estar e nutrição, são palavras que cada vez mais nos preocupam. Contudo, o fácil acesso à informação, através dos meios de comunicação social e da internet, trouxe-nos mais e melhores conhecimentos relativamente a estas temáticas e, como consequência, tornou-nos mais atentos e exigentes quanto à satisfação das nossas preocupações e necessidades. Se manter boas práticas à mesa e no dia-a-dia parecem ser tarefas que ocupam tempo e sobretudo a carteira, saiba que pode combater estas e outras ideias com práticas saudáveis e de baixo custo. Dicas para uma alimentação e estilo de vida mais saudável:

1. Tomar o pequeno-almoço todos os dias; 2. Comer 5 porções de fruta ou legumes por dia; 3. Não estar mais de 3h30 sem comer; 4. Ler sempre o rótulo dos produtos comprados; 5. Fazer exercício físico três vezes por semana; 6. Manter o organismo sempre hidratado; 7. Planear as refeições semanalmente 8. Confecionar alimentos com menos sal, gordura e açúcar.

Alie práticas saudáveis audáveis ao orçamento orçamen reduzido A maioria das pessoas tem a ideia (errada) de que a reeducação alimentar é sinal de gastar muito dinheiro e muito tempo. Isso não é verdade e o ideal é ter dedicação e ser criativo. É possível escolher alimentos mais práticos e saudáveis e dentro do orçamento sem gastar mais do que o habitual. 1. Faça a lista de compras antes de ir ao supermercado. Não vá às compras antes das refeições ou quando está com fome, isso vai fazer com que lhe apeteça comprar mais coisas do que aquilo que realmente precisa. 2. Compre pouca quantidade das frutas que gosta, pois a fruta estraga-se com facilidade. O ideal é comprálas toda a semana (preste atenção aos dias de promoção no supermercado). 3. Alterne a compra das proteínas (carne, frango, peixe e ovo), de acordo com os valores e com as promoções que encontrar. 4 . P ref i ra fr uta e hortícolas da época, são

mais nutrititritivos e normalrmalmente mais baratos. 5. Acorde corde minutos mais ra fazer cedo para o café da manhã em casa, pois assim o valor gasto com tação alimentação eduz na rua reduz te e bastante ue ter uma refeição consegue mais cuidada. 6. Faça as contas e não se esqueça de incluir os pequenos gastos (com biscoitos, chocolates, refrigerantes) na rua. 7. Faça um plano de gastos com os alimentos para ter uma noção de quanto está a gastar e a quantos locais precisou de ir para fazer as compras. No final, pode aprimorar a tarefa de fazer as compras, reduzindo o gasto de tempo e de dinheiro. 8. Evite levar as crianças às compras. 9. Consulte os rótulos das embalagens e não se

verificar o esqueça de verif prazo de valip pr azo d dade. dad

10.

Escolha Es carne e p e i xe mais económ nómicos, escolha os o que m tenham menos peles e gordug visíve ras visíveis. 11. Não se esqueça 11 esque de consumir leguminosas, pois são boas alternativas ou complementos à carne, peixe e ovos. 12. Escolha embalagens de tamanho familiar e divida-as em casa em doses individuais. 13. Evite os alimentos processados, ricos em gordura e sal. 14. Evite o consumo de alimentos açucarados. 15. Não se esqueça de ingerir sopa no início das refeições. Com o estômago “forrado” sentirá menos apetite para o prato principal. 16. Evite fazer refeições

fora de casa. Mas quando as fizer, evite as entradas, fritos e assados com muita gordura, pois constituem uma fonte extra de calorias. 17. Procure levar consigo alimentos de casa para as refeições intercalares, como a merenda da manhã e/ou da tarde, evitando assim recorrer a snacks. Levar uma sandes preparada previamente em casa é mais barato do que comprá-la num café ou pastelaria. 18. Se almoçar ou jantar fora de casa, poderá também procurar levar já preparado para consumo (ex. sandes com carne/peixe/ ovo e produtos hortícolas) ou aquecer no local de trabalho (se este tiver microondas). 19. Beba no mínimo 1,5L de água por dia. Leve uma garrafa de água de casa, assim evita ter que comprar em locais onde seja mais cara. 20. Coma diariamente alimentos de todos os grupos da Roda dos alimentos e varie ao máximo.


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18 ESPECIAL | TERMAS, SAÚDE & BEM-ESTAR

25 | abril | 2013

Pequenos hábitos marcam grandes diferenças

Opinião

Sérgio Nicola Nutricionista

ternativas saudáveis habitue-se a levar uma sandes e uma peça de fruta de casa. O trabalho que dá estabelecer este hábito é bem compensado pelo benefício na saúde a longo prazo.

Há pequenas atitudes e comportamentos que podem, em muitos casos, marcar a diferença. Na sua saúde e no seu bem-estar os pormenores podem tornar-se marcas de mudança e resoluções para grandes “problemas”.

Perder peso vs perder gordura M i l hões de pesso as por todo o mundo fazem “dieta”, ou melhor dizendo, seguem um regime alimentar com redução calórica, pois “dieta”, todo o ser huma no faz e representa tudo aquilo que i n ger i mos , cont udo só uma pequena percentagem perde peso atingindo o seu objectivo e desses só uma pequeníssima percentagem consegue manter o peso alcançado durante o ano seguinte. A isto nós nutricion istas cha ma mos de “dietas iô-iô” ou “diet a s d a m o d a ”, c o m consequências nefa sta s pa ra a saúde , ainda recentemente, nu m a i nvest igação publ ic ad a no “ Jou rna l of t he A merica n Dietetic Association” verificou-se que estes ciclos de perca e ganho de peso enfraquecem o nosso sistema imunitário, tornandonos mais vulneráveis às doenças. Isto porque perder peso é uma coisa e perder gordura é outra completamente diferente. Fisiologica mente, num processo de perca de peso, o nosso orga n ismo perde 20% de massa gorda e 8 0 % m a ssa m a g ra (água + músculo), ou seja, em 5Kg perdidos, 1kg é perdido em tecido adiposo e 4Kg são perd idos em á g u a e músculo. Quando recuperamos o peso, dif icilmente recuperamos a massa magra perdida e o aumento é quase na totalidade em tecido adiposo. Por este mot ivo sempre que sofremos oscilações de peso com este tipo de dietas, altera-

mos a nossa composição corporal, aumenta ndo sig n i f icat ivamente a percentagem de m a ssa gorda e a s gorduras localizadas além do volume corpora l. Esta relação pode contudo ser melhorada se o processo de reeducação alimentar for acompanhado por actividade física diária (nunca inferior a 1h). Não obstante, a actividade física por si só é insuficiente na grande maioria das situações, além de que, muitas pessoas, pelos mais variados motivos, não têm possibilidades de a realizar, por isso, somente com o apoio de tratamentos localizados, durante processo de perca de peso, é que é possível termos uma redução efectiva dos índices de gordura corporal e eliminarmos as tão indesejadas gorduras localizadas. Esses t rata mentos podem ser Ultra-sons, correntes de Kotz , drenagens linfáticas, radiofrequência, lipoaspiração UltraShape, entre outros, aplicados de acordo com as necessidades individuais de cada um . A sua acção localizada e direccionada somente pa ra a zona a tratar, em sinergia com a reeducação alimentar e a actividade física reg u la r, per m ite-nos atingir elevado nível de satisfação no final do programa tratamento. Na Clínica de Saúde São Mateus, pro curamos atingir estas sinergias, e garantir o melhor resultado possível, presente e futuro a quem nos procura.

1- Uma maçã por dia afasta o médico de casa Já os antigos o diziam e a ciência só veio comprová-lo. O consumo regular de maçã com casca tem imensos benefícios para a saúde. A maçã contém cerca de 85% de água, 10% de hidratos de carbono, 0,5% de proteínas, vitaminas do complexo B, vitaminas A e C, sais minerais e fibras que são um auxiliar precioso na prevenção das hemorroidas e do cancro do cólon, por exemplo. Também ajuda a reduzir os níveis de colesterol, o risco de doenças cardíacas e a formação de radicais livres. E ainda contribui para manter o cérebro em forma devido à presença de ácido fosfórico em forma facilmente digerível. Tudo graças aos seus nutrientes.

2- Fugir da rotina é bom para o cérebro Os estudos científicos têm vindo a sugerir que mais do que o número de neurónios o que importa são as associações que estes fazem entre si. Estimular o circuito neuronal é por isso muito importante, até porque as sinapses (ligações entre neurónios) não diminuem com a idade como parece acontecer com os neurónios. E nem é preciso fazer desportos radicais ou tornar-se nómada para combater a rotina. Bastam gestos tão simples como: - Mudar a estação de rádio com que acorda de manhã - Comprar outro jornal, numa banca diferente - Pôr gasolina noutra bomba, variar os caminhos que faz para o emprego. - Experimentar um prato novo todos os meses - Mudar a disposição dos móveis da sala ou do quarto. - Aprender uma língua nova - Ter amigos de idades, raças e estratos sociais diferentes. - Ir ao cinema, ao teatro, ver exposições.

3- Vá de escadas, esqueça o elevador Já se sabia que o exercício é bom para a saúde, o que ainda não se tinha comprovado cientificamente é que a ausência de atividade física pode mesmo estar na origem de muitas doenças crónicas, como as cardiovasculares e a diabetes. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association concluiu que bastam duas semanas de inatividade para aumentar o risco de doença. É fundamental ativar o metabolismo, ajudar o corpo a eliminar as gorduras e glicose que circulam no sistema e que de outra forma se podem acumular de forma perniciosa (e silenciosa). Se não tem tempo para caminhadas ou para ginásios, passa o dia sentada e vai de carro para o trabalho e para casa, pelo menos substitua o elevador pelas escadas: subir dois degraus de cada vez estimula os músculos das pernas e os glúteos. Vantagem adicional: se fizer isto no trabalho irá parecer extremamente ocupada e produtiva.

4- Repense os seus hábitos alimentares Como quase tudo, a comida é uma questão cultural. Comemos pão com manteiga e café com leite ao pequeno-almoço sem questionar por uma questão de hábito. Os ingleses fazem o mesmo com as salsichas e o bacon. Melhorar os hábitos alimentares é das coisas mais difíceis porque esbarra com décadas de hábitos enraizados. Costumamos ler dezenas de conselhos sobre alimentação que parecem impraticáveis apenas por preguiça. Dois exemplos: - Comer frutos secos ao pequenoalmoço. Claro que não é muito prático estar a usar o quebra-nozes quando está com pressa para sair de casa, mas se já tiver um frasco com frutos secos na cozinha, não custa nada tirar um punhado e comer antes de sair. Também pode levar alguns consigo na carteira para ter disponível um snack saudável e cheio de ómega 3 ao longo do dia. - Deixar de comer bolos ao lanche. Se nos cafés que frequenta não há al-

5 - Tome decisões na altura certa. A flutuação hormonal feminina tem vantagens e desvantagens. O ideal é conhecê-la para poder usá-la a seu favor. Na semana antes da ovulação os níveis de estrogénio aumentam tornando-nos mais criativas e emocionais. A testosterona também sobe contribuindo para ficarmos mais assertivas e confiantes. Assim, a semana e meia a seguir à menstruação é a altura ideal para trabalhar em projetos que requeiram mais criatividade ou coragem. Já quanto às decisões da esfera emocional, é melhor deixar para outra altura porque corre o risco de reagir de forma desproporcional e precipitada. Outra boa ideia é habituar-se a fazer planeamentos mensais. Escolha o dia da lua nova para fazer um ritual em que simultaneamente faz um balanço do mês anterior e estabelece objetivos para o mês seguinte. Isto vai ajudá-la a perspetivar a sua vida de maneira diferente.

6 - Oiça música quando fizer exercício Se costuma ouvir música enquanto faz jogging ou corre na passadeira do ginásio continue a fazê-lo. Investigações recentes sugerem que esta pode ter um impacto muito positivo no rendimento desportivo. O segredo está no ritmo (as batidas da música por minuto), que deve ser o mais semelhante possível for ao do coração. Mas nada como experimentar tipos de música diferente e ver quais, na prática, a deixam mais motivada. Para fazer yoga o ideal seriam músicas com batidas de 50 a 76 bpm; para andar, de 95 a 120, e para correr, de 125 a 160. A título de exemplo a canção ‘I’m Gonna Run to You’ do Bryan Adams tem 135bpm. Uma pesquisa no Google com o nome das músicas seguido de bpm dá-lha na maioria das vezes esta informação.


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TERMAS, SAÚDE & BEM-ESTAR | ESPECIAL 19

25| abril | 2013

“Saúde pela água” A saúde e bem-estar são dois termos que invariavelmente andam de “mãos dadas”. Se por um lado se procura o bem-estar pela saúde, por outro mantem-se a saúde através do bem-estar. As termas são um bom exemplo disso mesmo, se tempos havia em que se recorria às estâncias termais apenas para benefícios de saúde, hoje em dia procuram-se também para alcançar o bem-estar, recorrendo a terapias relaxantes e, claro, saudáveis. Os principais benefícios, das termas, resultam de uma significativa diminuição da dor, uma clara melhoria da mobilidade, a baixa de consumo de medicamentos e uma conquista sensível de confiança e autonomia. Os tratamentos termais constituem uma importante ferramenta terapêutica, alicerçada em séculos de experiência de utilização e em inúmeros estudos de investigação científica que demonstram a sua eficácia. O distrito de Viseu disponibiliza seis estâncias termais e, segundo a Associação Termas de Portugal, receberam, em 2012, 28.817 mil aquistas.

Termas de São Pedro do Sul

Emília Amaral

Para além de todos os serviços disponibilizados na área termal, as Termas de São Pedro do Sul estão a desenvolver uma linda de dermocosmética que deverá estar disponível no mercado nacional e internacional no final do ano.

Sangemil A estância localizada em Lageosa do Dão, Tondela, está situada num vale com características únicas que permite aos utentes realizar os tratamentos, mas também disfrutar da natureza. As termas de Sangemil têm como principal indicação terapêutica as patologias de foro reumatológico e algumas patologias de músculo-esqueléticas e de artropatias resultantes de acidentes de aviação, de trabalho ou outros, e ainda na fase de cuidados pré e pós-operatório. Como segunda indicação destina-se estas águas às patologias das vias respiratórias superiores.

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20 ESPECIAL | TERMAS, SAÚDE & BEM-ESTAR

Caldas de Felgueiras As termas das Caldas de Felgueiras, situadas no concelho de Nelas, estão vocacionadas para o tratamento de doenças do foro respiratório, como asma, bronquite, rinite e sinusite, e músculo-esquelético, como a osteoartrose e a reabilitação articular e muscular, com bons resultados nas artropatias traumáticas, particularmente no pós-operatório ortopédico. Ao nível do bem-estar, tem como particularidade um programa de estética e beleza entre as diversificadas ofertas.

Alcafache As Termas Sulfursas de Alcafache oferecem propriedades únicas no tratamento das vias respiratórias, várias doenças de pele, de reumatismos crónicos, doenças músculo-esqueléticas, na recuperação de dificuldades motoras, colites e colecistopatias crónicas. A estância termal aposta ainda em programas de bem-estar, nomeadamente nos spas termal de algoterapia, spa de vinoterapia, spa termal de tradições do oriente e massagem sensorial com velas.

25 | abril | 2013

Caldas de Aregos A quinta mais visitada do país e a segunda no distrito de Viseu, a estância termal de Caldas do Aregos, em Resende, revelou-se nos últimos anos um lugar de destaque na área do termalismo e bem-estar. Para além dos tratamentos terapêutico-medicinais, a Companhia de Águas de Caldas de Aregos, tem explorado as potencialidades destas águas na componente de lazer e bem-estar.

Carvalhal Situadas no concelho de Castro Daire, as Termas de Carvalhal, são indicadas para o tratamento de problemas como afeções das vias respiratórias, do aparelho digestivo, reumáticas e músculo esqueléticas, doenças de pele e patologias dermatológicas. O complexo termal é procurado, sobretudo, pelas indicações terapêuticas, mas cada vez mais as campanhas de bem-estar são um incentivo para novos e habituais clientes. O pacote “doce relaxamento” é a grande novidade para este ano, onde, ao longo dos três dias, os clientes podem usufruir de diferentes massagens.


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25| abril | 2013

educação&formação Escola Superior de Educação de Viseu Comemora 30º Aniversário A Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) comemora o seu 30º aniversário no próximo dia 30 de abril de 2013. A cerimónia comemorativa terá lugar no período da tarde, na ESEV, com a sessão de abertura pelas 15:00 horas, seguindo-se o painel “30 anos ESEV: testemunhos e memórias para o futuro”, que contará com os testemunhos da Professora Doutora Avelina Rainho, do Dr. Manuel Teodósio e do Sr. Eduardo Vasconcelos, em representação dos professores, alunos e funcionários que passaram pela Escola e deixaram marcas. Um momento de partilha de memórias, revivendo o passado no presente, mas com reflexões sobre o futuro. De seg uida , a ta rde contará com a conferên-

cia “Desafios ao ensino”, proferida pelo Professor Doutor Adriano Moreira, Presidente do Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa, personalidade de reconhecido e elevado mérito nacional que nos trará um contributo verdadeiramente enriquecedor para o entendimento dos desafios que se apresentam ao ensino. Por fim, os participantes serão convidados a visitar a exposição documental “ESEV momentos com história: percursos identitários”, propondo um olhar sobre a história da ESEV. Um programa diversificado, dirigido a toda a comunidade educativa para comemorar 30 anos que têm marcado o ensino superior politécnico em Viseu e em Portugal.

PS contra obras paradas nas escolas Resposta ∑ Reavaliação da Parque Escolar deixa de fora seis escolas do distrito Os deputados do PS eleitos por Viseu lamentam que continuem paradas as obras de requalificação das escolas do distrito que estavam previstas e planeadas há mais de dois anos, em articulação com as autarquias. “A situação é grave e revela que para este Governo o investimento na educação e qualificação dos portugueses não é uma prioridade”, comentam. Os deputados José Junqueiro, Elza Pais e Acácio Pinto, que a 29 de novembro de 2012 tinham perguntado ao Ministério da Educação quais as escolas do distrito que iriam receber obras de requalificação durante este ano reve-

lam em comunicado que, na resposta recebida, não existe “nem uma palavra de esperança para as escolas e respetivas comunidades educativas da secundária de São Pedro do Sul, Felismina Alcântara (Mangualde), Latino Coelho (Lamego), Joaquim Dias Rebelo (Moimenta da Beira), Viriato e Grão Vasco (Viseu) ”, que continuarão “tal qual como estão e sem as respetivas obras de requalificação”. Na resposta do gabinete do ministro da Educação e Ciência é explicado que, “na sequência das reconhecidas dificuldades financeiras do país, e por expressas orientações governamentais, a

DR

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Emília Amaral

A Escola Profissional Mariana Seixas de Viseu. “Nariz humano”

A Escola Básica João de Barros, em Viseu. “Um coração feito de muitos corações”

A Escola Básica João de Barros, em Viseu terminou na sexta-feira a semana de atividades dedicada à operação Nariz Vermelho com a construção de “Um coração feito de muitos corações”. Alunos e professores construíram um coração humano no Campo de Jogos da escola e vestiram-se de vermelho num dia especial. No mesmo dia, a Escola Profissional Mariana Seixas de Viseu propõe-se construir um “Nariz humano”, na rotunda junto à Escola Profissional Mariana Seixas. A operação Nariz vermelho visa angariar fundos e “continuar a levar alegria às crianças hospitalizadas” em todo o país. EA

Parque Escolar E.P.E. reavaliou o plano de investimentos que estava em curso”. Por isso, em agosto de 2011, “suspendeu todos os novos procedimentos de formação de contratos de empreitada, complementares ou conexos àqueles, relativos a intervenções em todas as escolas incluídas na fase 4 do programa e a 34 escolas da fase 3, cujas empreitadas ainda não haviam sido consignadas”. No que respeita a escolas incluídas na fase 3, “está em curso a empreitada na escola básica e secundária de Oliveira de Frades, prevendo-se que o seu término ocorra até ao final do primeiro se-

mestre de 2013”, mas, relativamente às intervenções nas escolas secundárias de S. Pedro do Sul e Latino Coelho, que tinham sido suspensas, “não está prevista qualquer execução de obra durante 2013”, informa. Os deputados do PS lembram que a falta de requalificação tem merecido “uma grande preocupação por parte das diversas comunidades educativas, nalguns casos a nível de segurança, de higiene e de relação pedagógica que se vive nesses estabelecimentos, que só não é mais grave devido ao forte empenhamento dos profissionais de educação e da comunidade”. EA/Lusa


Jornal do Centro

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25 | abril | 2013

economia

fotos ∑ Paulo Neto

A Região Centro vai ter oito organismos iguais ao que foi constituído em Visue

Empresários e comerciantes de Viseu juntam-se em organismo regional Desde sexta-feira que está oficialmente constituído o Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV). O novo organismo resulta da união de forças da Associação Empresarial da Região de Viseu com a Associação Comercial do Distrito e pretende ser a voz do setor empresarial da região Viseu Dão Lafões junto do poder político, do en-

sino e da cultura. O presidente do CERV, João Cotta - empossado durante a cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais, que decorreu na Associação Comercial, onde irá funcionar a sede do novo organismo associativo -, anunciou que os empresários terão uma entidade “mais representativa”, “mais forte, com maior po-

der negocial”, onde “todos os setores estão representados”. O dirigente recordou que o novo modelo de organização associativa “foi impulsionado” pelo ex-secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques e a sua criação liderada pelo Conselho Empresarial do Centro (CEC). Na sua opinião, a situação

de crise que o país atravessa “exige espírito de missão e de sacrifício e que o todo seja colocado acima das partes”. O empresário considera que a realidade atual exige “formas de organização e modelos de negócio diferentes”, podendo o CERV ter um papel essencial a esse nível. Para o presidente do CEC, José Couto, o objeti-

vo é criar na Região Centro oito destes organismos regionais, no âmbito da reorganização administrativa do território em curso, que obrigará as associações empresariais a relacionaremse mais estreitamente com as Comunidade Intermunicipais (CIM). O novo CERV pretende trabalhar em conjunto com o Instituto de Empre-

go e Formação Profissional, a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões e os autarcas que as integram, os agentes culturais e os estabelecimentos de ensino, sendo o objetivo imediato “rapidamente convidar outras associações empresariais regionais”. Emília Amaral

Órgãos sociais do Conselho Empresarial da Região de Viseu

A

Presidente direção: João Cotta

A Vice-presidente direção: Gualter Mirandez

A Presidente da

Assembleia Geral: José Coelho

A

Vice-presidente da Assembleia Geral: Carlos Alberto Mendes

A

Presidente do Conselho Fiscal: Elísio Oliveira

A Vice-presidente do Conselho Fiscal: Manuel Oliveira


Jornal do Centro

CONSELHO EMPRESARIAL DA REGIÃO DE VISEU | ECONOMIA 23

25 | abril | 2013

“O CERV é inclusivo, virado para o futuro e tem ambição”

“Não há formatos únicos, cada sub-região está a traçar o seu caminho”

João Cotta, presidente da AIRV passa a partir de agora a presidir ao CERV, Conselho Empresarial da Região de Viseu.

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva

Que representa esta fusão?

Representa a cúpula associativa empresarial da nossa região e irá dar forte representatividade ao nosso tecido empresarial e à Região de ViseuDão Lafões. Sempre foi um objetivo dos dirigentes associativos e conseguimos concretizá-lo. O CERV é, a partir de hoje, o parceiro de ligação do poder político, do ensino, da cultura com as empresas. O CERV é a associação das Associações empresariais da Região Viseu-Dão Lafões. Integra para já a ACV e a AIRV mas queremos rapidamente convidar as outras associações empresarias da nossa região a aderirem a este projeto. Quais os objectivos gerais do CERV?

O CERV é inclusivo, virado para o futuro e tem ambição. Com os mesmos recursos queremos fazer mais, servindo os empresários e a região. Com o CERV, Viseu Dão Lafões terá uma associação empresarial mais representativa e com uma legitimidade ainda mais reforçada. Os empresários terão uma entidade mais forte, com maior poder negocial diante do poder político regional e nacional. Do comércio à indústria, dos serviços ao agroalimentar, do turismo à floresta todos os setores estão representados no CERV. Os empresários são verdadeiros heróis. O contexto muito difícil, a retração do mercado, a carga fiscal que nos sufoca exigem formas de organização e modelos de negócio diferentes. Com o CERV queremos dar o exemplo, mostrar que o caminho é a agregação, a dimensão, a cooperação. Como nada vai ser como dantes, teremos de fazer as coisas de forma como nunca fizemos antes. O desemprego é um grave problema atual no nosso País e em toda a Europa. As empresas são as criadoras de emprego. O Estado empregador terminou. O desemprego combate-se pelo investimento com estratégia, pela qualificação que gera competitividade, pelo empreendedorismo qualificado, pela criação de territórios atrativos para a fixação de talentos e de empresas. O CERV quer receber competências da Administração Central, para que os serviços sejam mais fáceis e acessíveis para as empresas. Os licenciamentos, os apoios ao investimento e a formação profissional devem estar muito próximos as empresas. Por esta razão o CERV quer estar qualificado nestes e noutros domínios. Temos de descentralizar Portugal para aumentar a sua atratividade, competitividade e combater as assimetrias nacionais.

O modelo tradicional das associações tal como o da Associação Comercial do Distrito de Viseu tem os dias contados ou já não faz sentido nesta fase da economia local e regional?

Quais os parceiros privilegiados do CERV para atingir tal desiderato?

São diversos e cito alguns sectoriais. Com o Instituto de Emprego queremos estudar formas organizativas que tornem a formação profissional ainda mais eficaz para a competitividade empresarial e para a criação de emprego. O CERV pugnará por políticas fiscais e outras que promovam o desenvolvimento e o investimento no interior. Um dos interlocutores fundamentais do CERV serão os autarcas. Os autarcas do futuro terão de ser também eles aglutinadores, promotores determinados do desenvolvimento económico, social e cultural dos seus territórios. Os autarcas já deram o exemplo com a constituição da CIM, pois também eles entenderam a importância da coesão regional. Com o CERV os autarcas e a CIM terão uma voz única das empresas mais forte, mais preparada e mais coesa. Queremos estabelecer estratégias de desenvolvimento territorial comuns, que permitam a captação do investimento e do talento. Com as autarquias queremos promover políticas que favoreçam o comércio, a fixação de pessoas nos centros urbanos, as dinâmicas necessárias para recuperar a vivacidade humana e económica das cidades. O CERV irá trabalhar em cooperação com todos os agentes culturais e com as autarquias para que, com poucos recursos, se possa tornar a região de Viseu uma referência cultural nacional e internacional. O progresso da Região de Viseu- Dão Lafões depende da sua coesão regional e de estratégias comuns. O ensino é outro pilar fundamental. A região de Viseu, as suas empresas, os seus jovens, necessitam de um IPV liderante, de excelência, aberto ao mundo. O mundo é fonte de inovação, de evolução, de prestígio e de exigência. O ensino e em particular o ensino superior têm também de evoluir no sentido da dimensão, da excelência e da ligação às empresas. O CERV quer fomentar a ligação entre o ensino e as empresas, através de programas de formação e de investigação aplicada. PN

Eu diria que sai reforçado com este tipo de soluções [do Conselho Empresarial da Região de Viseu] que podem ter até geometrias diferentes consoante cada uma das partes da Região Centro. Há é uma maior coerência de representatividade nas várias escalas territoriais, isto é, temos um Conselho Empresarial do Centro que é nosso interlocutor quando temos que discutir temas à escolha da Região Centro, mas depois temos as tais oito NUT’s 3 (Unidades Territoriais). O que está a acontecer de forma muito positiva e espontânea e com muito boa vontade dos agentes, é criar formas de representatividade do movimento associativo à escala de cada sub-região, sendo que este é um agente muito interessante dessa evolução, porque hoje (sexta-feira, dia 19 de abril) estivemos aqui a assistir ao aparecimento do Conselho

Empresarial da Região de Viseu que passa a ser um interlocutor para a discussão das temáticas do desenvolvimento regional e do desenvolvimento económico, quando olhamos para Viseu Dão Lafões. Se em alguns casos quer dizer junção de associações já existentes, noutros casos, está a querer representar federações de associações. É um formato para replicar em outras NUT’s?

Não há formatos únicos, cada sub-região está a traçar o seu caminho. Mas é um novo caminho para o associativismo?

É a consolidação de uma rota de interação e de aproximação do que já existia e que agora tem aqui mais um empurrãozinho,

na justa medida em que estamos a pensar em 2014/2020 (data do novo Quadro Comunitário). Estamos a querer envolver o movimento associativo na definição das prioridades que têm que ser sempre muito centradas na competitividade, na economia e no emprego, nas óticas do desenvolvimento regional e sub-regional e criou-se felizmente um contexto muito favorável para que este passo fosse dado. Por sua vez, o movimento associativo já tinha feito uma trajetória de interação, de aproximação e de convergência, o que tem facilitado imenso. Uma das queixas feita pelos microempresários, sobretudo comerciantes, era a falta de resposta da Associação Comercial a muitas das suas dificuldades. Isso pode agora ser colmatado?

Esperamos muito que estas novas estruturas venham criar outro tipo de dinâmica, mas para todo o tipo de empresários. Há medidas específicas que vão ser desenvolvidas pelo Governo e, portanto, pode ser um facilitador do acesso aos meios que ainda estão à disposição de qualquer empresário que queira investir na região Centro e, neste caso, na NUT’s 3 de Viseu Dão Lafões. EA

“Há demasiadas associações e pouco associativismo” PresidentedaAssociaçãoComercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez O que traz de novo aos comerciantes do distrito este recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu?

Vai permitir acima de tudo ganhar maior escala, ganhar maior músculo em termos associativos e dou um exemplo: Na comunidade intermunicipal só pode ter assento uma associação empresarial, logo à partida iriamos ter um problema grave. Qual era a associação que iria representar todo o movimento associativo? Este novo organismo vai exatamente resolver esse problema. Depois, temos um conjunto de programas a que nos podemos candidatar para o próximo QREN em que, ganhando esta escala, tudo se torna mais fácil. A nível político, falando a uma única voz teremos também outras oportunidades. É o “empurrão” que se tornava

necessário?

Nós vamos continuar a representar as micro e as pequenas empresas que é a força motriz da Associação Comercial. Agora, tivemos que nos agregar a outras associações para ganhar escala e ter uma outra força de representação que hoje entendemos não ter. Mas um novo organismo, com outros objetivos, não pode fazer desaparecer a associação comercial?

Pelo contrário. Eu entendo que, com este novo organismo, estou a defender o futuro da Associação. Há que repensar o modelo associativo?

Há que repensar porque há demasiadas associações e pouco associativismo. Quer dizer, há muitas associações que estão hoje no terreno mas que têm pouca expressão, que trabalham pouco para os sócios, com pouco associativismo. Hoje, com esta nova estrutura, têm capacidade de se

integrar nesta nova associação e também ganhar escala. O Conselho Empresarial da Região de Viseu está aberto à entrada de novas associações do distrito?

Exatamente. Já estamos a contactá-las, já temos manifestações de interesse, o que me dá ideia que estamos a criar um grande organismo de defesa dos interesses dos comerciantes. Acredita na sua adesão?

Não têm outro destino, nem têm outra forma de trabalhar. Para terem expressão e defenderem bem os interesses dos seus associados terão de estar aqui representadas. EA


Jornal do Centro

24 ECONOMIA | AHRESP - E Depois da Troika?

25 | abril | 2013

“A situação vivida na restauração é insustentável”

Que se passa com a restauração, em Portugal?

A situação vivida na restauração é insustentável e assiste-se ao encerramento de muitas das maiores referências do sector por todo o País, estando em causa muitas das marcas e referencias gastronómicas que fizeram e contribuíram de forma decisiva para a elevação da “Gastronomia, Património Nacional”, estando agora em causa a manutenção desta importante distinção. Que espera a AHRESP deste Governo?

Não chega agora aqui chegados, baixar o IVA da restauração o que esperamos todos os empresários e portugueses é que do grupo inter-ministerial constituído no seio do Governo, possam sair verdadeiras decisões quer do lado da fiscalidade, quer do lado dos vários custos de contexto, que se traduzam em verdadeiras “tábuas de salvação” para o que resta ainda do sector. Em que fundamentos assentaram estas Jornadas?

Considerando a importância que os sectores da Hotelaria e da Restauração e Bebidas representam para o Turismo e para a economia; que o sector do Turismo é líder de exportações, caminho que é visto como solução para a crise que se vive, com um contributo positivo de 8,1 mil milhões de euros para a balança corrente e uma taxa de cobertura de 274% relativo a importações de turismo; que estes sectores, a par da economia nacional, atravessam uma das maiores crises de que há memória; que o nosso país está sob um programa de assistência financeira, que, ao invés do desejável, se está a traduzir na falência das empresas, no enfraquecimento do poder de compra dos consumidores e no exponencial aumen-

to dos números do desemprego; que as estratégias políticas que têm sido empreendidas e seguidas pelo Governo, se têm revelado incapazes de inverter o actual estado da economia, permitindo que o excesso de austeridade pressione os défices e acentue a recessão; a asfixia a que estão sujeitas as empresas destes sectores, pela demasiada regulação e pelo incomportável peso dos custos de contexto gerados por mais de uma centena de impostos e taxas, seja em termos fiscais, parafiscais e paratributários, o que não encontra paralelo em qualquer outra actividade económica; que, desde o dia 1 de Janeiro de 2012, a taxa do IVA na Restauração aumentou 77%, ou seja de 13% para 23%, transformando-se num imposto não só penalizador, como punitivo, colocando-nos numa posição desfavorável face a concorrentes como Espanha, Itália ou França, e condenando as nossas empresas ao encerramento e à destruição de milhares de postos de trabalho; a necessidade de se empreenderem medidas financeiras de apoio ao investimento e incentivo à competitividade das empresas destes sectores;a necessidade de se criar um ambiente favorável às empresas, nas mais diversas áreas, desde a laboral ao arrendamento, que as coloque no centro das prioridades das políticas do Governo; o potencial que estes sectores têm, como poucos, para alavancar a economia nacional; a imperiosa necessidade de restabelecer a confiança nos agentes económicos; o importante papel do Governo, no sentido de romper com o passado e tomar medidas estruturais que impulsionem a nossa economia e que sirvam de estímulo ao investimento e ao empreendedorismo; que não há mais tempo sem que se empreendam essas medidas, sob pena de se entrar numa espiral recessiva sem retorno; a recente nomeação do Grupo de Trabalho Interministerial para a avaliação da situação económico-financeira específica e dos custos de contexto dos sectores da hotelaria, restauração e similares, que terá, em colaboração com as associações representantes do sector, que promover a urgente revisão e diminuição da carga fiscal e burocrática que impera sobre as nossas empresas, com destaque para a Taxa do IVA nos serviços de alimentação e be-

bidas; que a AHRESP focou nas suas Jornadas de 2013 a reforma da agenda estratégica para o sector, foram, através da participação de mais de 900 congressistas e quase duas dezenas de reputados especialistas, ilustres moderadores e comentadores dos oportunos temas das Jornadas AHRESP 2013, retiradas imperiosas conclusões, para imediata implementação. Quais foram essas imperiosas conclusões a apresentar ao Governo?

1. Cumprir com as recomendações da União Europeia, aplicando, de imediato, a taxa reduzida de IVA aos sectores de forte intensidade de mão-de-obra, nomeadamente aos serviços de alimentação e bebidas, tornando possível que as nossas empresas contribuam para o aumento das receitas fiscais, e possam gerar novos postos de trabalho; 2. Parar as constantes alterações legislativas, e cargas burocráticas, no domínio dos sistemas informáticos de facturação e dos documentos de transporte de mercadorias, que induzem em erro, instalam a confusão e motivam onerosos custos de actualização para as empresas; 3. Eliminar o Pagamento Especial por Conta e o IRC para as micro e pequenas empresas, substituindo-se pela aplicação dos Índices Sectoriais, mais justos, adequados e simples, a exemplo de práticas já aplicadas em outros países que nos são próximos; 4. Travar e repudiar a proliferação de taxas municipais, reduzindo o seu leque e impondo limites àquelas que necessariamente têm de subsistir, não permitindo a criação de outras, como é o caso da “Taxa Turística”; 5. Reduzir os custos de contexto com que se deparam os sectores da Hotelaria e da Restauração e Bebidas, como disso são exemplo os incomportáveis preços dos serviços de energia, gás e água, por via da alteração dos res-

pectivos regimes; 6. Realizar junto das associações representativas consulta prévia sempre que esteja em causa qualquer alteração legislativa, devendo sempre ser pensada e desenvolvida em cooperação, e ao mesmo tempo contemplar um estudo económico-financeiro quanto ao seu impacto na economia e nas próprias empresas; 7. Permitir que qualquer legislação que seja absolutamente necessária seja passível de ser aplicada pelos próprios agentes económicos, sem necessidade de recurso à contratação de entidades externas, que oneram a rentabilidade das empresas; 8. Permitir que a AHRESP, enquanto associação representativa dos empregadores destes sectores tenha, pela sua representatividade e credibilidade, um papel fundamental na autorregulação e no contributo da regulação da actividade; 9. Prosseguir a adequação da legislação laboral à actividade eco-

nómica, privilegiando o entendimento entre os parceiros sociais, através da negociação colectiva, impondo-se a sua extensão através da publicação das respectivas portarias; 10. Alterar urgentemente o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), autonomizando-o em relação ao arrendamento habitacional, valorizando o conceito de estabelecimento, por forma a atender às especificidades dos estabelecimentos abertos ao público; 11. Exigir uma resposta adequada do sistema financeiro junto do mundo empresarial, especialmente no que concerne ao apoio às PME’s, que vêem os acessos negados por aplicação de condições draconianas; 12. Lançar novas linhas de apoio às PME’s, simplificando as suas condições, por forma a permitirem uma efectiva sustentabilidade e rentabilidade dos negócios e preparando o futuro Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, permitindo que chegue a todas as empresas, em especial às micro e pequenas, tornando-o verdadeiramente eficaz e ao serviço do desenvolvimento da nossa economia. Paulo Neto

Paulo Neto

Jorge Loureiro, Presidente da Delegação da AHRESP-Viseu, falou com o Jornal do Centro sobre as Jornadas AHRESP 13, e principais conclusões decorrentes da temática: “Hotelaria, Restauração e Bebidas – E Depois da Troika?” decorridas a 15 e 16 de Abril, em Lisboa, visando travar “com a máxima urgência a situação de descalabro em que se encontra o sector em Portugal.”



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Jornal do Centro 25 | abril | 2013

desporto Segunda Liga V 26 19 17 15 14 13 14 14 14 14 14 13 10 12 11 13 10 11 9 6 7 5

E 6 8 12 13 13 16 12 12 12 11 9 11 17 8 10 13 11 5 11 15 10 13

D GMGS 4 67 29 10 56 38 8 44 29 9 54 38 10 64 39 8 41 38 11 49 46 10 47 43 11 51 36 12 40 40 14 45 39 13 44 49 10 37 35 17 42 51 16 50 52 11 48 41 15 34 41 21 32 46 17 34 49 16 34 45 20 41 45 18 21 63

37ª Jornada Penafiel Oliveirense Marítimo B Leixões Sporting B Arouca Atlético Freamunde Guimarães B Sp. Covilhã Trofense

1-1 1-3 1-1 2-1 2-0 1-0 0-2 2-2 0-0 4-1 3-0

Portimonense Tondela Benfica B FC Porto B U. Madeira Feirense Naval 1º Maio Santa Clara Desp. Aves Belenenses Sp. Braga B

38ª Jornada Desp. Aves Leixões Belenenses Benfica B Feirense Naval 1º Maio Portimonense Sp. Braga B Tondela U. Madeira Santa Clara

-

Sporting B Penafiel Atlético Arouca Freamunde Trofense Oliveirense Marítimo B Sp. Covilhã Guimarães B FC Porto B

Segunda Div. CENTRO 1 Ac. Viseu 2 Cinfães 3 Sp. Espinho 4 Pampilhosa 5 Operário 6 Benfica CB 7 Sousense 8 Anadia 9 Coimbrões 10 S. João Ver 11 Nogueirense 12 Tourizense 13 Cesarense 14 Lusitânia 15 Bustelo 16 Tocha

P 55 52 48 46 45 45 40 40 37 37 35 34 33 28 28 19

J 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29

V 15 14 13 13 12 12 10 12 8 10 9 8 8 6 5 3

E 10 10 9 7 9 9 10 4 13 7 8 10 9 10 13 10

D GMGS 4 43 20 5 49 28 7 36 27 9 42 34 8 42 30 8 42 31 9 35 31 13 31 34 8 34 35 12 34 38 12 32 34 11 25 28 12 28 35 13 37 48 11 29 38 16 24 46

29ª Jornada AD Nogueirense Anadia Benf. C. Branco Cesarense Lusitânia Operário Pampilhosa S. João Ver

3-3 2-9 4-0 4-0 1-1 2-2 1-1 1-1

Sp. Bustelo Tocha Sp. Espinho Coimbrões Tourizense Cinfães Sousense Ac. Viseu

30ª Jornada Ac. Viseu Cinfães Coimbrões Sousense Sp. Bustelo Sp. Espinho Tocha Tourizense

-

Anadia Lusitânia Operário C. Branco Pampilhosa S. João Ver Cesarense Nogueirense

Natação

Viseenses sagram-se tetra campeões A equipa de Natação do Académico de Viseu venceu pelo quarto ano consecutivo o Campeonato de Clubes da Associação de Natação de Aveiro, revalidando o título num torneio disputado em Viseu, no passado fim de semana, 20 e 21, no Complexo de Piscinas do Fontelo. Durante o fim-de-semana passaram pelo Fontelo grandes nadadores, de entre os quais se pode destacar Diogo Carvalho, o melhor nadador Português da atualidade e já com duas Olimpíadas no seu palmarés, que competiu pelo Galitos de Aveiro, equipa que ocupou o segundo lugar do pódio. Na prova disputada em Viseu, em duas jornadas, a equipa academista foi quase sempre o líder da tabela classificativa. Os nadadores de Viseu garantiram a vitória na última prova, já no domingo, 21, onde Pedro Santos e João Teixeira, primeiro e segundo lugar, respetivamente, na prova de 800 Livres, nadando Pedro Santos em 8,50,14s e João Teixeira em 8,53,18s. A turma de Aveiro teve em Diogo Carvalho a sua grande “arma”, pois venceu as quatro provas que nadou. Já a equipa viseense teve em Margarida Domingos o esteio, que lhe valeu também quatro vitórias,

DR

P J 36 37 37 37 37 37 37 36 37 37 37 37 37 37 37 37 36 37 37 37 37 36

1 Belenenses 84 2 Arouca 65 3 Leixões 63 4 Sporting B 58 5 Benfica B 55 6 Desp. Aves 55 7 Santa Clara 54 8 Oliveirense 54 9 Portimonense 54 10Penafiel 53 11 Tondela 51 12FC Porto B 50 13U. Madeira 47 14Atlético CP 44 15Feirense 43 16Naval 40 17SC Braga B 39 18Marítimo B 38 19Trofense 38 20Sp. Covilhã 33 21Freamunde 31 22Guimarães B 28

juntando ainda as duas provas de estafeta, que resultaram também em vitória para o Ac.Viseu, das quais também fez parte. A primeira grande “jogada” do fim de semana, foi a aposta em Madalena Machado na prova de 200 Mariposa, somando logo 15 pontos para Viseu, com a excelente marca de 2,31,49s. Em bom plano e a realizar das melhores épocas no Académico de Viseu, esteve Ana Francisca, que conseguiu marcar sempre os adversários diretos, fazendo ainda a diferença na prova de 50 Livres, no ultimo dia de competição. A primeira jornada terminou com os 800 Li-

vres femininos, com Inês Sampaio a “faturar” para o Académico de Viseu, vencendo a prova com grande margem. Com esta vitória, os Academistas usavam os 2 pontos à maior sobre o segundo classificado, para passar para a liderança, ficando a equipa de Viseu com 1 ponto de vantagem para o segundo dia. A derradeira jornada iniciou-se com o Ac.Viseu na liderança com 197 pontos e o Galitos de Aveiro no segundo posto, com 196 pontos. A tarefa deste segundo dia adivinhava-se dura, começando a jornada logo com a vitória de Diogo Carvalho para o Galitos, nos

200 Mariposa. O segundo posto foi do Académico, pela mão de Alessandro Carvalho. As coisas não melhoraram nos 100 Mariposa femininos, quando a vitória voltou a sorrir aos de Aveiro. Por esta altura já os Viseenses tinham perdido a liderança. Com a prova de Bruços e com a vitória estrondosa de Margarida Domingos, os Academistas agarraram novamente a liderança do campeonato e não mais a deixaram. Foi depois a gestão da vantagem até final e um trabalho de equipa fenomenal, que culminou com o tão desejado Tetra campeonato. Diogo Moura com o ex-

celente desempenho nos 200 Costas, fez também a diferença a favor do Viseu, pois derrotou o mais direto adversário em termos de classificação colectiva, e ainda cravou um tempo de grande qualidade ao seu palmarés, 2,11,93s. Humberto Fonseca, treinador, era o espelho da satisfação Academista, “é o resultado de muito trabalho destes atletas, que trabalham de forma inequívoca em prol de um Clube, de uma modalidade e acima de tudo, de uma cidade. Estou orgulhoso por orientar esta equipa, e numa altura em que me preparo para fazer dez épocas seguidas como treinador principal deste clube, só posso estar satisfeito por esta soma de 4 títulos consecutivos, conseguido com atletas que estiveram nas quatro vitórias, mas com dois ou três estreantes.” Os Academistas vão agora começar a preparar a época de Verão, participando no próximo fim de semana em dois Torneios de Cadetes, os jovens da formação do Ac.Viseu. No Sábado dia 27 disputam o Torneio do S.C.Espinho e no Domingo 28, deslocamse a Cantanhede, onde vão participar na primeira etapa do Circuito de Cadetes, da A.N.Coimbra.

Futsal Feminino

Contas complicadas na subida à I Divisão No Nacional de Futebol Feminino, Fase de Promoção, o Viseu 2001 perdeu no Valadares Gaia por 5 a 1 e viu as contas da subida ficarem mais difíceis. Frente a uma candidata

aos dois lugares de acesso à I Divisão, o Viseu 2001 averbou a segunda derrota nesta fase final, depois do desaire na primeira jornada frente ao Freamunde. As viseenses estão ago-

ra na quarta posição com 6 pontos, a 3 do Freamunde que é terceiro com 9, enquanto o Gaia é segundo com 9 também. Na frente, e depois de uma vitória por 5 a 0 fren-

te ao Ferreirense, segue a equipa do A-dos-Francos com 12 pontos, que assim se vai assumindo como a principal candidata à vitória nesta fase e que vai somando por vitórias todos

os jogos já realizados. Na próxima jornada, a 5ª desta fase final, o Viseu 2001 recebe as líderes do campeonato no que será um teste complicado às capacidades das viseenses.


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Jornal do Centro

DESPORTO | MODALIDADES

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Futsal

Futsal

Viseu 2001 em etapa decisiva Classificação ∑ Após o empate com o CRECOR a equipa viseense tem agora três jogos para ainda sonhar com a súbida O Viseu 2001 empatou a 2 golos com o CRECOR e complicou as contas da subida à I Divisão Nacional de Futsal. Em partida da 23ª jornada da II Divisão, série A, os viseenses não conseguiram a vitória que lhes permitiria continuar no segundo lugar da classificação, e em posição de promoção ao principal escalão. Entrou mal no jogo a equipa viseense que se

viu a perder por 2 a 0 no final dos primeiros 20 minutos. Frente a uma equipa que se apresentou em Viseu com esperanças de também poder ainda subir de divisão, o Viseu 2001 acabaria por ainda chegar ao empate, com o golo que valeu um ponto a ser apontado a escassos 37 segundos do final. Um resultado que acabou por fazer com que o Viseu 2001 descesse para a 3ª posição, com menos um

ponto que o Póvoa Futsal que venceu de forma surpreendente no recinto do líder Boavista por 3 a 1. Agora, e quando faltam apenas 3 jogos para o final do campeonato, o Viseu 2001 volta a ficar na desconfortável posição de estar dependente de terceiros para as contas da subida. Na próxima jornada, dia 4 de maio, os viseenses deslocam-se ao Covão Lobo, para depois

receberem, no dia 18, o Desportivo das Aves, e na última jornada vão jogar ao Paredes. São três encontros que os viseenses precisam ganhar, e esperar por uma “escorregadela” do Póvoa. Poveiros que têm dois jogos, na teoria, mais fáceis nas próximas duas jornadas, mas que na ronda final jogam no CRECOR no que poderá vir a ser um jogo determinante nas contas finais do campeonato.

Emoção na fase final da divisão de honra Na Divisão de Honra de Futsal em Viseu, a última jornada promete ser de grandes emoções. Há várias jornadas que se sabe que o campeão é o Sporting de Lamego, mas por decidir, até ao último apito do campeonato, está saber quem será a equipa que vai acompanhar os lamecenses na subida à III Divisão Nacional. Nesta altura, à entrada para a última jornada, há três equipas com hipóteses de terminar em segundo lugar: Casa do Benfica de Castro Daire (45), Pedreles (44) e Sever (43). Pedreles que na penúltima jornada do campeonato consentiu um inesperado empate a 3 golos no recinto do último classificado, o Ribeiradio, e as-

sim cedeu o segundo lugar da geral à CB Castro Daire, equipa agora melhor posicionada para garantir a subida. Em caso de vitória, a Casa do Benfica garante, automaticamente a promoção, e pouco importarão os resultados que o Pedreles consiga frente ao Pesqueira e do Sever com o Armamar. Matematicamente estas duas equipas ainda podem chegar ao segundo lugar, mas a Casa do Benfica de Castro Daire tem a vantagem preciosa de apenas depender de si própria nesta última jornada. Recebe o Ribeiradio, último classificado, mas que nesta jornada acabou por comprometer as aspirações do Pedreles, então apontado como grande favorito à subida.


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culturas expos

Arcas da memória

Destaque

Muda – Artesabores & Design (Proposta Para Uma Visita)

DE FRADES

∑ Museu Municipal Até dia 30 de abril Exposição de pintura «Realismo Abstrato» de Wilfred Hildonen

VISEU ∑ FNAC Até dia 30 de abril Exposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto.

Micaela Costa

OLIVEIRA

A Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo presidui à inauguração

Inaugurado Núcleo Museológico Casa da ínsua Criação ∑ Visabeira Turismo e Museu Nacional de Arte Antiga asseguram acervo patrimonial Foi inaugurado na terça feira, 23 , o Núcleo Museológico que visa preservar a memória da Casa da Ínsua, antiga casa senhorial, situada em Penalva do Castelo. A presidir a inauguração este o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes que na sua intervenção realçou a importância do núcleo no turismo. “Traz uma dimensão muito importante para o turismo e apesar de tudo é uma atividade económica que gera emprego e riqueza ”.

O Núcleo Museológico da Casa da Ínsua resulta de um projeto de requalificação de um importante acervo patrimonial classificado e surge da parceria entre a Visabeira Turismo e o Museu de Arte Antiga. O espólio, agora preservado, permite seguir a par e passo a centenária história da Casa da Ínsua, unidade hoteleira de charme de características únicas no país e um ponto de referência para toda a Região Centro. O acervo patrimonial passa agora a estar ao al-

cance de investigadores e do público em geral e permite aos visitantes “viajar” pela história de uma casa senhorial, que começa num antigo armazém, onde se podem ver depósitos de cereais reabilitados, local que serve de Receção ao Núcleo. No antigo lagar dá-se “vida” à Sala da Família, onde estão dispostos artefactos, escritos e mapas. Pode ainda visitar-se a Sala Braziliana, com ilustrações do século XVIII, a Serralharia e a Fábrica do Gelo.

sempre (M12) (Digital)

23h50* Ladrões com Estilo (CB) (Digital)

Esquecido (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40 Os Croods VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21hoo, 00h15* Comboio noturno para Lisboa (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h10, 23h40* Celeste e Jesse para

Sessões diárias às 13h20, 16h05, 18h50, 21h35, 00h20* Esquecido (CB) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h10, 00h10* Um refúgio para a vida (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h20, 00h00* G.I. Joe: Retaliação (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 00h10* Homem de Ferro 3 (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h00, 21h40,

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h30, 00h15*

Ali, ao cimo da Rua Dr. Luís Ferreira que habitualmente designamos Rua do Comércio, via que o renovo oitocentista abriu como mais directa porta para o coração do Centro Histórico, dando, logo ali de boca para a velha Praça que se diz de D. Duarte, onde sediou a Casa do Senado e que foi lugar de festa e de mercado, abriu, ao n.º 116, (Há quanto tempo, que eu não vi no Roteiro da cidade?), um encantatório espaço de comércio onde a gente vai gostar de entrar mesmo que não tenha nada para comprar. Vale a pena olhar de fora esse equilíbrio de fachada onde se desenha o frescor de uma arte de há cem anos. Mas é melhor entrar. E antes ainda de olhar o que há nas prateleiras, vale a pena reparar no mobiliário do salão que percorre, harmonioso, elegante devido à proporção e ao lavrado que nos mostra a sua talha, a altura dos muros em redor onde entra, mansa, uma luz doce coada pelas cores do vitral. Há depois, na arquitectura de interior, um aposento que tem ar mais reservado, uma espécie de coroa do salão onde resta a graça extrema de um balcão antigo, espelhos, cómodos assentos de puída pele, memórias intensas que ali se sentem, damas que entraram e fecharam a sombrinha, cavalheiros de bengala e de chapéu que experimentam sapatos de verniz, o jeito estudado de um cerimonioso vendedor. E então, se entrarmos mesmo para ver, descobriremos um lugar reinventado, jeito de Alice, as prateleiras

(dom.), 14h10, 16h30 Gladiadores (CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h20, 00h30* Fintar o Amor (CB) (Digital)

Sessões diárias às 22h00, 00h20* A idade da loucura (M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h40, 18h50, 21h50, 00h00* Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme (CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h10, 19h20, 21h40, 23h50* Nome de código: Paulette (M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*

Legenda: *sexta e sábado

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

antigas dos armários que mantêm a quentura da madeira estão cheias, afinal, volumes e cores, sabores, passo a passo a descoberta, o que agora ali existe é genuinamente português, são padrões de prestígio, as mãos estendem-se, cativam-se, guarda-se um saco de papel, o gesto de despedida. E prometemos voltar. “MUDA – Artesabores & Design”, que é agora o nome do lugar. Na verdade não sabemos, de pronto, se ali voltaremos a entrar. Contingente que é o nosso tempo!... Quando marcado por um cartaz dizendo “Obras”. Que às vezes significa dizer “Fim”. Eu achava que ali deveríamos tornar, um dia, quando a velha casa que em breve irá fechar, que o tempo a gastou, é natural, de novo se abrir. Porque ali se oferece um campo de memória. O tempo dourado da “Sapataria Elegante”, nascida em 1830, não sabemos em que pouso e que ali se implantou um dia, dirigida por José das Neves Matos e Filhos, Sucessores, medalhas de ouro trazidas como palmarés das Exposições realizadas durante o 1.º Congresso Beirão, em 1921 e nas outras exposições dos Congressos que vieram a seguir. Fica este anseio. De duas letras, um dia, por convite, num Roteiro da Cidade, porque de lugares assim se constrói a teia de um Museu.

Estreia da semana


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culturas O som e a fúria

Destaque

Ana Lúcia Gomes, dança e reconhecimento internacional Com dezoito anos, aluna do primeiro ano de Biologia na FCUP, Ana Lúcia Gomes distinguiu-se no bailado ao receber o prémio da International Dance Teachers Association, em Londres. Fomos à Academia de Dança de Viseu falar com a jovem bailarina e com a sua professora, Giselle Brites que nasceu na África do Sul e é directora da instituição.

Não. Passei por outras escolas, tive outras professoras mas estou com a Giselle há muitos anos, com muita satisfação e proveito. Surgiu espontaneamente, este gosto. Eu era muito pequenina, fui experimentando, gostei e continuei, sempre muito acarinhada pelos pais, pela família, pela irmã, por toda a gente. Há alguém na família ligada à dança?

Giselle, há quantos anos está neste métier?

Não. Fui a primeira.

Mais ou menos vinte e um anos.

Que estudos a Ana faz e que estudos prevê fazer a fim de dar sequência a esta sua competência?

Aqui, com a Academia?

Não, a Academia existe há dezoito anos, a fazer em outubro.

Não pretendo seguir a dança como saída profissional, apesar de a levar muito a sério. Abriu-me caminho para um segundo plano da minha vida, algo que possa vir a fazer um dia mais tarde. A dança é-me essencial.

Porquê professora de dança?

Porque gosto muito. Fiz meus estudos de dança na África do Sul e em Londres, vindo depois para Portugal.

Que estudos há ainda a fazer e que outros estudos faz?

Quem temos aqui connosco?

Estou no primeiro ano de Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Estou a gostar e pretendo fazer disso a minha vida conciliando com a dança, que nunca será um hobby, antes um segundo plano, até porque com os dois prémios que ganhei tenho um reconhecimento das minhas capacidades.

Temos uma aluna minha de dança jazz e ballet clássico, a Ana Lúcia Gomes Rodrigues, que tem dezoito anos e estuda comigo há sete anos…

Paulo Neto

Ana Lúcia, o que aconteceu?

Ganhei um prémio internacional de dança, este ano, em Março, vindo de Londres e devido a uma nota que obtive num exame há um ano atrás, o International Dance Teachers Association.

Mas como é que interliga a dança e a biologia?

É muito simples. A biologia é o estudo da vida e para nos examinar, a mim desenvolvido por mim e a dança uma sua possível Como surge a candidatura a e às minhas colegas, temos pela Giselle, que é a inter- expressão estética. Tudo este galardão? um exame, um programa, mediária entre mim, a Es- se concilia se tivermos méNão há candidatura ne- exercícios… De acordo cola e os programas a cum- todo e organização. Semnhuma. Basicamente, o com a nota obtida temos prir. pre os tive na vida e espeque temos de fazer é ten- um prémio para valorizaro mesmo melhorá-los. A tar obter a nota mais alta ção do nosso trabalho… Como surge a dança na sua faculdade é muito imporvida? nos exames. Não concorri tante mas não abandono a a nada, fui recompensada Qual o significado deste Surgiu há muito tempo dança. Continuarei a estuprémio num início de carrei- atrás. Pratico dança desde dar com a Giselle. pelas prestações no exame, ra? os quatro anos. que me permitiam passar para o nível seguinte. As Tem um grande signifiAté aqui era uma diletante desta arte. Este prémio abriu Sempre nesta Academia? pessoas vêm de Londres cado ao nível do trabalho

A “Portugalidade” numa ida a Lisboa – parte I No último fim-de-semana lá fui eu à capital tuga com o objetivo de fazer o exame de cultura geral para o acesso à carreira diplomática. Um exame que era tudo menos de cultura geral, com perguntas como: “quantas vezes foi eleito Roosevelt?”; “aquando da questão coimbrã, Antero de Quental travou um duelo com que conhecido escritor?”; “a planta Welwitschia Mirabilis é uma planta que se pode encontrar no sudoeste de que país?”. Diz a minha mãe que aprendeu (numa época em que estudar significava empinar os rios e as serras de trás para a frente e de frente para trás) isto no 4º ano. Ora, eu não sabia isto e duvido que muita gente da minha idade (24 anos) saiba. O que me leva a pensar que o Ministério dos Negócios Estrangeiros Português (MNE) quer recrutar pessoas de 65 anos quando há tanto desemprego jovem. Não tenho dúvidas de que só pessoas já muito vividas passariam naquele exame. Enfim, admito que o Estado português (aqui o MNE) tenha uma noção algo diferente da minha no que toca à “cultura geral”. E, já agora, quanto à realidade do sistema educativo do nosso país, já que se baseou num sistema do tempo dos meus pais. Mas a odisseia à la portuguesa não fica por aqui. O comboio que tomei, para a viagem de regresso, parte da calatraviana Gare do Oriente. Uma maravilha, uma obra do Calatrava! O leitor experimente fazer o seguinte: saia das garagens

Maria da Graça Canto Moniz

e passe pelas estreitas passagens a tresandar a urina e, ao entrar no hall, passe por entre a lástima de mendigos, vagabundos e semabrigo que por ali pernoitam. E passam o dia. Sujos na maioria, bêbados quantos deles, esfarrapados, a imagem real da miséria nacional. Mas, sr. leitor, suba à plataforma onde surgem os comboios. Num dia de chuva e vento é uma delícia: as bátegas laterais vão atingi-lo, por não haver proteção do espetacular teto envidraçado, e onde a chuva vertical o molha igualmente, a escorrer, porque tudo aquilo está em erosão, desenhado por um arquitecto que julgava que estávamos num Marrocos seco ou desenhava excentricidades espampanantes para um País de camelos. Espere pelo comboio, tente encontrar a sua carruagem, fiado na informação que lhe deram que era a primeira e cruzese, em tropel, com as horas desenfreadas de passageiros que, quais baratas tontas esvoaçam entre malas e sacos, por nunca se saber onde é que vai estacionar o quê. Como tudo aquilo parece em burlesco a cena ferroviária de As Férias do Senhor Hulot. Aquela gare é ideal para uma coisa só: emigrar. Aliás, as redondezas da Gare (sem contar com as luxuosas torres da parte junto ao rio), com armazéns abandonados e vandalizados que outrora albergaram grandes indústrias, sugerem isso mesmo.

que consigo. Pratico em média duas horas por dia e Pretendo progredir e sin- cultivo os géneros moderto-me muito incentivada a nos. Pratiquei ballet clássifazer melhor. Falta-me um co, acabei os graus que tigrau para terminar os graus nha a cumprir mas resolvi principais. Depois há saí- ir noutro sentido, o moderdas profissionais. Mas para no, de há dois anos a esta já, apenas quero ser melhor, data. esforçar-me, interessar-me. Paulo Neto E este prémio fez-me ver algumas perspectivas futuras. Quais são elas?


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em foco Cavacas atraíram milhares de visitantesa Resende

No passado sábado, a Adega Cooperativa Mangualde realizou um jantar vínico que decorreu no Solar do Vinho do Dão, num ambiente de grande festa, animado pelo Grupo Musicando. Esta iniciativa inseriu-se num vasto programa de festividades alusivas ao cinquentenário da cooperativa. Aos 140 amigos do vinho que nesta noite decidiram dar corpo a este segundo jantar vínico promovido pela Adega Cooperativa de Mangualde, foi ainda oferecida uma formação sobre a iniciação à prova.

O doce genuíno e típico de Resende, as Cavacas, voltaram a ser servidas neste domingo, dia 21 de abril, no Pavilhão Multiusos de Caldas de Aregos, numa iniciativa da Câmara Municipal de Resende em conjunto com a Dólmen – Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega, CRL e Companhia das Águas, E.M., S. A. O certame acolheu cerca de duas dezenas de vendedores/produtores que comercializaram e promoveram o famoso doce tradicional, entre música popular e passeios turísticos no rio Douro, traduzindo-se num grande sucesso com milhares de visitantes e centenas de quilos de cavacas vendidas.

DR

II Jantar Vínico da Adega de Mangualde

DR

Paulo Neto

Tomada de posse do CERV


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25| abril | 2013

saúde e bem-estar Ginástica terapêutica ganha adeptos em Viseu A ginástica terapêutica, tem sido descrita como o exercício revolucionário da década, pois não tem contra indicações, nem é condicionante o fator idade nem a sua condição física. Através de mesas motorizadas, os praticantes da modalidade, disfrutam, sem acarretar grande fadiga muscular, da prática de exercícios físico, uma vez que são as máquinas que sustêm completamente o peso do corpo, facilitando assim os músculos a não encontrarem resistência. A ginástica passiva/ativa-assistida, tem benefícios em situações de fribromialigia, artrites, reumatismo, osteoporose, artroses, lúpus, depres-

são, problemas respiratórios, nevralgias, esclerose múltipla, Parkinson, recuperação de A.V.C., próteses varizes, doentes cardiovasculares, dormência e formigueiros dos membros superiores e inferiores e outras patologias músculo esqueléticas e neurológicas. Teresa Dias, uma apaixonada pela área da saúde e sobretudo pelas pessoas e pelo bem-estar, deitou mãos à obra e, em outubro do ano passado, abriu em Viseu, na Av. Almirante Afonso Cerqueira, nº 65— 1º S, um espaço acolhedor e que tem feito as delicias daqueles que procuram uma prática desportiva com resultados e sobretudo adequado às capacidades físicas de quem não

Micaela Costa

Resultados∑ Através do auxílio de máquinas a modalidade permite a prática do exercício físico, sem grande esforço

A

Teresa Dias, proprietária do espaço “Ginástica Terapêutica, na Av. Almirante Afonso Cerqueira pode frequentar, ou não gosta, dos convencionais ginásios. Este tipo de ginástica, apesar de estar indicado para utentes que não possam, de alguma forma, recorrer à prática de exercício que implique maior esforço, pode ser prati-

SOS VOZ AMIGA

800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS

cado por qualquer pessoa, como explica Teresa Dias. “Vem aqui muita gente mais velha, que tem algumas dificuldades em frequentar um ginásio “normal”, ou que simplesmente prefere algo mais calmo, mas também temos muita gente nova que

optam por este tipo de atividade física”. Este conceito permite obter resultados rápidos no aspeto de fortalecimento muscular com utilização de alteres, pesos nos membros inferiores, correção da silhueta, abdominais intensos, entre

outros, mantendo sempre a coluna vertebral em posição correta melhorando ou prevenindo futuros problemas. Melhora o sistema nervoso (alivia o stress, depressão e tensão muscular), promove uma melhoria na circulação sanguínea, melhora a condição física e perda de peso, fortalece e tonifica os músculos e permite uma maior agilidade e flexibilidade articular. A Ginástica terapêutica decorre de segunda a sexta das 8h00 às 21h00. Para mais informações contactar através do 232 425 853 ou 960 159 707 e ainda na página da internet www.ginasticaterapeutica.com.pt. Micaela Costa


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32 SAÚDE

25 | abril | 2013

Ações descentralizadas de educação para a saúde A Câmara Municipal de Viseu e o Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões iniciaram na semana passada um conjunto de ações descentralizadas na área da educação e da saúde que vão prolongarse até novembro.

A iniciativa integra-se na sétima edição do programa Atividade Sénior promovido pela autarquia e desenvolve-se em todas as freguesias do concelho. A próxima sessão vai decorrer na Junta de Freguesia de Rio de

Loba, na segunda-feira, às 17h00. O programa conta já com 1300 seniores inscritos e mais de 60 turmas. “A sétima edição da Atividade Sénior continua a assumir uma importância crescente na melhoria da quali-

Opinião

Tenha um sorriso perfeito!

O sorriso do seu filho (II) dade de vida dos seniores viseenses permitindo minorar os efeitos do envelhecimento, através da oferta de uma atividade física regular e orientada por técnicos especializados, “justifica a autarquia numa nota à imprensa. EA

Centro de juventude mantém consultas de psicologia e nutrição O Centro Municipal da Juventude de Viseu (CMJV) vai continuar a disponibilizar consultas gratuitas de psicologia clínica e nutrição aos jovens viseenses. Os interessados em participar nas referidas consultas devem fazer a sua marcação através do número 232427494, da linha

verde 800207059 ou pelo email cmjovem@cmviseu.pt. O CMJV funciona na

Sala Escadinhas de Santo Agostinho desde dezembro de 2012. Nos primeiros três meses deste ano

recebeu cerca de 2700 utilizadores, que usufruíram as várias valências disponibilizadas aos frequentadores: acesso gratuito à internet equipado com um posto para cidadãos invisuais, uma sala ciber-estúdio com acesso wireless e sala de formação e de reuniões para associações juvenis. EA

Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt

A primeira consulta A primeira visita ao médico dentista deve ser aos 6 meses, mas é a partir dos 3 anos que se podem avaliar eventuais problemas. Esta 1ª consulta pode incluir uma radiografia panorâmica, a observação clínica e uma conversa sobre os cuidados em termos de alimentação e higiene. Se a criança não apresentar cáries, a consulta pode repetir-se de 8 em 8 meses. Prevenção Várias são as técnicas da Medicina Dentária que oferecem protecção extra. Destaca-se o selante que sela as fissuras do dente, liberta flúor e reduz a percentagem de cáries. Aplica-se em dentes definitivos (molares e pré-molares) assim que nascem e é indicado em especial para os 1º molares, quando estes ainda estão em erupção, por volta dos 6 anos de idade. Tem uma duração limitada e por isso requer consultas de vigilância. Outra medida é a aplicação de flúor no consultório, que se que se deve realizar de 6 em 6 meses até à idade adulta. Existem ainda testes de saliva para avaliar a percentagem de bactérias, em crianças com incidência de cárie. Tratamentos Os dentes de leite devem ser tratados quando

tem cárie, uma vez que esta poderá provocar dor e inflamação e afectar os dentes definitivos que vão nascer posteriormente. São feitas restaurações e caso haja necessidade de tirar o dente, deve-se manter o espaço deste dente, que será necessário para uma boa oclusão mais tarde. Na generalidade dos casos, os aparelhos fixos são colocados quando a quase totalidade dos dentes definitivos está presente, aos 12 ou 13 anos, no entanto existem algumas excepções. Na dentição mista, os aparelhos funcionais são uma boa opção. Conselhos úteis para o seu filho ir ao dentista… sem medos: - Leve o seu filho a um médico dentista especialista no tratamento em crianças (odontopediatra) - Transmita uma imagem positiva do odontopediatra - Controle a sua ansiedade e evite relatar más experiências - Nunca omita ou minta sobre uma ida ao dentista - No consultório siga as indicações do médico dentista - Deixe o médico dentista esclarecer as questões da criança - Leve o seu filho a consultas de prevenção


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CLASSIFICADOS 33

25| abril | 2013

EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192 2ª Publicação

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Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167 Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

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Estucador Ref. 587941905 - Tempo Completo - Viseu

Ajudante Cabeleireira Ref. 587998045- Tempo Completo - Nelas

Padeiro Ref. 588073565 – Tempo Completo - Viseu

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Indiferenciado Ref. 588066845- Tempo Completo - Viseu

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Cortador Carnes Verdes Ref. 588047645 - Tempo Completo – Viseu Servente Construção Civil Ref. 588080365 - Tempo Completo – Viseu

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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- T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00€ 967 826 082 - T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755 - Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755 - Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018 - Andar moradia T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082 - Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira,

aquecimento 600,00€ 232 425 755 - Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755 - Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€ 917 921 823 - Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018

- Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00€ 967 826 082 - Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755


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Maria Olívia Pereira, 62 anos. Natural e residente em Serrazes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 21 de abril, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Serrazes.

INSTITUCIONAIS

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 1ª Publicação

Olinda do Carmo Vieira, 82 anos, viúva. Natural de Tarouca e residente em Valverde, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 18 de abril, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

1ª Publicação

Maria de Lurdes Pinheiro Faustino, 50 anos. Natural e residente em Lalim, Lamego. O funeral realizou-se no dia 24 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lalim. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Angelina Lourenço Maurício, 47 anos, solteira. Natural de Calde e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de abril, pelas 11.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Adelino pereira Vaz, 69 anos, casado. Natural de Ponte de Lima e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Abraveses. António Mateus, 82 anos, viúvo. Natural e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de abril, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Abraveses.

(Jornal do Centro - N.º 580 de 25.04.2013)

Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Lucinda da Encarnação Paiva, 80 anos, viúva. Natural de Fragosela e residente em Fragosela de Baixo. O funeral realizou-se no dia 19 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Prime.

1ª Publicação

Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268

(Jornal do Centro - N.º 580 de 25.04.2013)

OBITUÁRIO (Jornal do Centro - N.º 580 de 25.04.2013)

Maria da Graça Ribeiro Gonçalves, 62 anos. Natural de Mangualde e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Maria Esmeralda Pinto, 83 anos, viúva. Natural e residente em Parada, Póvoa de Santo Amaro. O funeral realizouse no dia 21 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Parada. Manuel Alves, 92 anos, viúvo. Natural e residente em Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de abril, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Santos Evos. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952

Isménia Ascensão Ferreira, 74 anos, casada. Natural e resi- Rosa Rodrigues da Costa, 95 anos. Natural de campo e redente em Canedo do Mato, Mangualde. O funeral realizou- sidente em Moselos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 se no dia 18 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitério do Campo. de Mangualde. Maria dos Prazeres Santos, 92 anos, viúva. Natural e residente José Augusto Saraiva Pinto, 50 anos, casado. Natu- em Travanca de Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia ral de Quintela de Azurara, Mangualde e residente em 18 de abril, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Luxemburgo. O funeral realizou-se no dia 19 de abril, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara. Maria Antónia Fresco Trindade, 74 anos, casada. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de abril, Manuel Domingos da Cruz, 78 anos, viúvo. Natural de pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Vila Chã de Sá, Viseu e residente em Lobelhe do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 23 de abril, pelas Ricardo Duarte da Fonseca, 75 anos, casado. Natural e resi17.30 horas, para o cemitério de Lobelhe do Mato. dente em Cabril, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 22 de abril, pelas 13.30 horas, para o cemitério de Cabril. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Abílio Simões Fontes, 88 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. António Ribeiro da Mariana, 69 anos, casado. Natural e residente em Quintela, Queirã, Vouzela. O funeral realizou- Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. se no dia 16 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério Viseu Tel. 232 423 131 de Queirã.

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(Jornal do Centro - N.º 580 de 25.04.2013)


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clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

Opinião

Da Tribuna da FSM 2013? A resposta a estas questões é afirmativa. Não terá chegado o momento de olhar o futuro e procurar uma nova estratégia e uma nova visão mais profissional para este tipo de certames definindo com rigor custos, parcerias e objectivos? E para quando a realização de uma feira de agricultura, produtos endógenos, gastronomia e uma outra que seja afirmativa

∑ Projeto TEIP diferencia Mundão

Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

NESTA EDIÇÃO suplemento

Textos: Andreia Mota

e

Grafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 528 DE 27 DE ABRIL DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

úde Sa & r Bem-esta

Semanário 27 de abril a 03 de maio de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 13 > SUPLEMENTO pág. 19 > ECONOMIA pág. 20 > DESPORTO pág. 22 > CULTURA pág. 25 > EM FOCO pág. 26 > SAÚDE pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 29 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

1,00 Euro

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∑ “As pessoas devem ter noção que

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

P bli id d

| Telefone: 232 437 461

(Benvinda Silva)

Ano 11 N.º 528

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

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·

www.jornaldocentro.pt |

Mortágua é uma mais-valia para o concelho” (Paulo Gomes) ∑ Guilherme Almeida toma posse na concelhia do PSD ∑ Frequentadores da Ecopista queixam-se da falta de wc’s e bebedouros ∑ Central hidroelétrica inaugurada em Tondela ∑ Um piano e um violoncelo... André e Sanja... um Concerto ∑ Teatro para crianças e adultos em Viseu e Lamego

Mega agrupamentos agitam escolas de Viseu

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cussão]. No entanto, esta postura não deixa de conter os seus riscos. Tanto para o CDS como para a cidade existe o risco de serem os últimos a entrar em campo e sem garantias de conseguir apresentar ideias ou caras novas [na época em que a actividade política entrou em descrédito total, encontrar caras frescas poderá revelar-se uma tarefa digna de iluminados], e todos sabemos que eleições sem rceira opção vává uma terceira ão sempre eleilida serão xas. ções coxas.

NOVOS PARCEIROS

Paulo Neto

1. O novo CDS-PP: A evidência do leitor estar com estas páginas na mão faz-me ter a certeza que escrevo para um público informado. O facto do amigo aliar a sua perspicácia a um elevado nível cultural é a garantia de que não se sentiu surpreendido com nenhuma das escolhas autárquicas até agora apresentadas. O sorriso de ironia que esboçou ao ler a última frase dá-me a certeza que dificilmente ficará “encantado” com as ideias ou programas eleitorais que os referidos candidatos irão apresentar. O leitor, inteligente como sempre, neste momento pensa para os seus botões: Esta juventude anda louca, o Miguel esqueceu Hélder Amaral? A minha resposta é simples: Exactamente… nada disso… muito antes pelo contrário. Hélder é que esqueceu o candidato. Nestas autárquicas, o CDS decidiu avançar no campo das ideias [pensamento] antes de irromper pelo campo dos rostos [pose]. O CDS parece disposto a fazer diferente, por oposição ao que tem sido habitual. Segundo a linha de raciocínio democrata-cristã, o habitual é o que aparentemente nos volta a ser proposto tanto por socialistas como por sociais-democratas. Este fazer diferente, segundo o CDS, é: “(…) apresentar em primeiro lugar o seu projecto para a cidade e depois então encontrar as pessoas certas para darem forma ao projecto. O objectivo desta nova forma de abordagem é responder a todos que exigem um concelho atractivo e uma cidade moderna (…) Viseu precisa, portanto, de renovação, de políticos comprometidos com causas e com as populações (…)” Numa primeira análise parece um bom ponto de partida, na medida em que o combate político deve emergir do campo das ideias [a cidade necessita de ideias e dis-

EDIÇÃO 528 | 27 DE ABRIL DE 2012

LAZER DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 10 DIFERENÇAS)

2. Expovis: José Junqueiro recebeu com surpresa a notícia do cancelamento das feiras “Movelar” e da “Viseu Noivas”. Eu recebi com surpresa o facto de elas ainda existirem. Segundo sei, estamos a falar de duas feiras deficitárias às quais o tecido comercial de Viseu pouco aderia. Vamos a factos: a “Movelar” funcionava como pré-reserva para a Feira de S. Mateus [FSM]; os industriais de Passos de Ferreira condicionavam a sua participação à obrigação da Expovis assegurar um lugar na FSM. Perante este cenário impunhase parar e pensar uma estratégia diferente do ponto de vista organizativo e económico/financeiro. Uma cabeça economicista pensaria: Não poderá, tal como já acontece, a FSM assegurar a realização de uma mostra de mobiliário com industriais do ramo de Viseu, Paredes e Paços de Ferreira? Já a “Viseu Noiva” não poderá ser integrada na FSM, sem prejuízo para ninguém e como reforço da oferta

das potencialidades da região de Viseu, no campo do termalismo e turismo de saúde? Não é chegada a altura de sabermos o que podemos esperar de cada candidato relativamente à Expovis e ao futuro da FSM para lá de 2013? 3. Lugar do Capitão: Amigos pedem-me informação sobre Viseu, qual o melhor dia para visitar a cidade de Viriato? Onde ir? Eu penso um bocado e sugiro a noite. É melhor visitar Viseu fora de horas, se for numa noite de quinta-feira é excepcional. Os meus amigos alfacinhas franzem o nariz e pensam que ensandeci, que perdi o juízo, que estar longe do mar abalou a pouca sanidade que me restava. Nada disso, a explicação é bem mais prosaica, às quintas à noite há Jazz no Lugar do Capitão. Qualquer cidade civilizada tem um sítio com Jazz ao vivo, Viseu felizmente tem o Capitão.

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Hoje, dia 25 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 11ºC. Amanhã, 26 de abril, aguaceiros. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 9ºC. Sábado, 27 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 4ºC. Domingo, 28 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 29 de abril, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 3ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Quinta, 25 abril

Diamantes de Sangue

Comemorações

S. Pedro do Sul ∑ 9h00, sede da Associação C. R. de Arcozelo. Caminhada da Liberdade, organizada pelo PS que irá percorrer a Rota de S. João de Jerusalém. Moimenta da Beira ∑ 11h30, Paços do Concelho. Homenagem a Amadeu Baptista Ferro, um democrata, anti-fascista recentemente desaparecido. Viseu ∑ 11h00, Freguesia de Calde. Sessão extraordinária da Asssembleia Municipal, comemorativa dos 39 anos do 25 de Abril.

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Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Arquivo

Sernancelhe ∑ 9h30, Paços do Concelho. Homenagem ao escritor Aquilino Ribeiro, com a apresentação de um livro inspirado na sua obra, na presença do bispo D. Manuel Martins, Miguel Veiga e o antigo presidente da Assembleia da Republica, Barbosa de Melo. Momento musical pelos alunos da Academia de Música de Sernancelhe e um concerto da Orquestra das Beiras com o pianista André Cardoso e o músico Paulo de Carvalho.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

A Fim-de-semana gastronómico com programa cultural comemorativo dos 500 anos do Foral de Cinfães

Gastronomia de Cinfães à prova durante três dias Objetivo ∑ Câmara e Turismo divulgam pratos típicos e vinhos como “produtos de excelência” Esta sexta-feira, sábado e domingo, quem optar por almoçar ou jantar em Cinfães vai encontrar nas ementas da maioria dos restaurantes “pratos obrigatórios” como arroz de aba ou os tradicionais “matulos” para a sobremesa. É a gastronomia e o vinho do concelho do norte do distrito de Viseu no seu melhor. Nove restaurantes e cinco empreendimentos turísticos do concelho de Cinfães promovem de 26 a 28 um fim de semana gastro-

nómico, numa ação organizada pela Câmara Municipal e a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. A iniciativa, que oferece descontos em refeições típicas e alojamento local, visa “promover a gastronomia e os vinhos do concelho como produtos de excelência, alavancando dessa maneira a procura turística”, adianta a autarquia em comunicado. A organização propõe em paralelo um programa de animação cultu-

ral durante esse f imde-semana, com destaque para o espetáculo do dia 27, às 21hoo, junto à Loja de Turismo, da Cinfania com o coro e orquestra municipal de sopros e o corpo municipal de dança popular. Este concerto insere-se no programa comemorativo dos 500 anos do Foral de Cinfães. No domingo, dia 28 realiza-se no Largo da Fonte dos Amores, um festiva l de folclore a partir das 15h00. Emília Amaral

1. O 25 de Abril foi há 39 anos. Nestas quase quatro décadas, três resgates. As duas primeiras intervenções do FMI, em 1977 e 83, ainda se podem atribuir às verduras da terceira república, mas a bancarrota de 2011 — depois do dilúvio de fundos comunitários e de receitas das privatizações -, deve-se integralmente à corrupção e incompetência das elites políticas e económicas. 2. Quando há notícias de uma viagem das elites portuguesas a Angola há quem se interrogue: “mas afinal eles vão lá ensinar ou aprender?” Estas “trocas pedagógicas” entre os dois países lusófonos têm bom e têm mau. Bom é o trabalho do jornalista angolano Rafael Marques. Mau é o processo que nove generais angolanos lhe moveram a ele e a Bárbara Bulhosa, da editora Tinta-da-China, por causa de “Diamantes de Sangue”. Este livro descreve a desumanidade com que são tratadas as populações das regiões diamantíferas, onde até as estradas são privatizadas pelas companhias e vedadas ao trânsito particular. O livro documenta 109 casos de tortura e/ou assassinato. Um caso contado no livro: como as estradas que servem Ngongo Ngola e Tximbulagi foram privatizadas, as pessoas têm que atravessar o rio Cuango numa bóia amarrada por uma corda a uma árvore em cada margem. Esta bóia leva oito pessoas numa travessia precária e perigosa que tem que ser feita na zona com a corrente mais forte por aí não haver jacarés. Os desastres mortais são frequentes. Os generais angolanos, ao exigirem em tribunal uma indemnização de 300 mil euros, estão acima de tudo a fazer um aviso à edição portuguesa — se publicarem coisas destas, têm dissabores no futuro. Quem ama a liberdade deve-lhes responder tornando este livro um best-seller. Lê-lo é ficar a saber como funciona a cleptocracia angolana, lê-lo é afirmar a liberdade de expressão que conquistámos com o 25 de Abril.


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