Distribuído com o Expresso. Venda interdita. 23
UM JORNAL COMPLETO
ncias 2013 especial Moda e Tendê
Jornal do Centro 09| maio | 2013
01 2013. primavera/verão 20 não reparar nas coleções de sugestõess… algumas sugestões… ue começa a tornar-se impossível é que Vista-se a rigor e venha conhecer para grandes aventuras a verdadepadrões, ões, estão por todo o lado… Embora o tempo não esteja a luz, os brilhos, as riscas, os As cores fortes, os contrastes,
as elaas ara elas Tendências para eles e para SUPLEME
ostos go a todos os gostos Padrões para o print animal, e As flores, o estilo étnico e tribalista, 2013 adrões vão marcar a primavera/verão tantos outros padrões looks. e trazer muito movimento aos
pág. 10 > À CONVERSA pág. 14 > REGIÃO
A Ganga está na moda p pa uma peça a ganga é para Num look total ou apenas usar!
E NÃO PODE SER
Blazer adapta-se ao estilo ma formais, a looks mais form Os blazers, facilmente associados ad ariadas e nas mais aria aparecem em estilos descontraídos
JORNAL DO CENTRO , EDIÇÃO 582 DE 09
DE MAIO DE 2013
cortes, ou cortes.
ESTE SUPLEMENTO
É PARTE INTEGRANTE
DO SEMANÁRIO
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Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
Nesta Ne esta edição
Paulo Neto
| Telefone: 232 437 461
Paulo Neto
Semanário 9 a 15 de maio de 2013
pág. 06 > ABERTURA
MUNICÍPIO DE MORTÁGUA .
Riscas e mais riscas saias as riscas verticais Nas calças, nos casacos, nas quer “ganhar” uns cenestão em todo o lado. Para quem boa solução. O preto e brantímetros, esta pode ser uma nas riscas como em muitas co é a cor mais vista não só outras peças.
NTO
VENDIDO SEPARADAMENTE
estará mais viva que nunca! A atmosfera dos “Sixties” e vibranesta coleção com cores frescas O regresso dos “Anos 60” invadem os motivos gráem ‘A’, as típicas minissaias e tes. Vestidos e casacos de corte ficos. Use e conjugue. Arrisque!
DIRETOR
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
l cla cl t claro ul fforte, azu azul Oa nt en g d entre ugado, conju e conjugado, estaçç or da estação co si, é a cor
Ano 12 N.º 582
pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 26 > DESPORTO
1 Euro
pág. 28 > CULTURA pág. 32 > EM FOCO pág. 33 > SAÚDE pág. 37 > CLASSIFICADOS
Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·
novo p
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
pág. 39 > CLUBE DO LEITOR
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co Agora ço xxx re 0,80 Euros
pág. 17 > ECONOMIA
Novo acordo ortográfico
redacao@jornaldocentro.pt
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“Este Núcleo Museológico, engrandeceu o concelho e o distrito a nível social e cultural”
∑ Leonídio Monteiro, presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, a propósito da Casa da Ínsua
| págs. 6, 7 e 8
2
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praçapública r
palavras
deles
Quem vem a seguir não vai fazer mais ou melhor: terá de fazer completamente diferente”
últimos tempos tinha existido uma relação fraterna e muito amistosa entre a Casa da Ínsua e a autarquia e eu reitero que é um casamento para durar uma vida inteira”
rO objectivo é alar- rO mais emblemático gar a área definida de investigação do Núcleo Museológico à academia, às universidades, aos estudiosos”
Carlos Marta
Leonídio Monteiro
José Arimateia
Presidente da Comunidade Intermunicipal Dão Lafões (Cinfereência de imprensa, 2 de maio)
Presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, em entrevista ao Jornal do Centro
Administrador do Turismo - Visabeira, acerca do núcleo museológico da Casa da Ínsua
são os mapas. O levantamento cartográfico da região de Cuiabá e Mato Grosso. Estamos a falar de mapas de 1720 a 1780, até século XIX, do levantamento exaustivo em termos de fauna e de flora. ” Andreia Rodrigues Diretora da Casa da Ínsua, em entrevista ao Jornal do Centro
“Parece que nem tudo está perdido.” (Hélder Amaral)
Editorial
Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
A agenda da semana marca-se pelo Projecto de Resolução 688/XII a ser votado na Assembleia da República a 8 deste mês, que põe em causa algumas das competências legalmente atribuídas aos Politécnicos, nomeadamente no que concerne à atribuição de grau de mestrado. Este projecto criou uma onda de indignação e foi severamente criticado por elementos da sociedade civil local naquilo que serão as possíveis consequências e alcance desta medida. A AIRV, pela boca do seu presidente João Cotta, que é concomitantemente presidente do Conselho Geral do IPV – o que desagrada ao deputado Hélder Amaral, vá-se lá saber por quê – levantou a lebre. O IPV idem, pela acção do seu presidente, Fernando Sebastião. O candidato pelo PS a Viseu, José Junqueiro actuou de imediato no parlamento, reunindo com presidentes de outros politécnicos e deputados ligados à Educação. Em Viseu, deu uma conferência de imprensa na qual, entre outros mimos referiu: “um governo sem coragem encomenda ao seu próprio grupo parlamen-
Opinião
r Nestes
tar um projecto de resolução para limitar a capacidade de formação no politécnico. Os deputados do PSD e do CDS em Viseu não têm emenda e o candidato à câmara também não porque se refugiou no silêncio medroso, muito medroso porque não ousou emitir opinião. Recentemente exonerado não quer de qualquer maneira entrar em conflito com o seu próprio governo. Eu acho isso lamentável.”
Almeida Henriques, o candidato a Viseu pelo PSD, telefonou a Nuno Crato, ministro da tutela, que o terá sossegado sobre os efeitos da medida, acautelando – como se isso fosse plausível com aquela redacção inicial – a posição do politécnico de Viseu. Porém, também e em boa verdade, Nuno Crato, refém dos ministérios da Economia e das Finanças, pouco mais fará do que aquilo que aqueles lhe permitirem fazer. Além disso, Almeida Henriques, com o seu inefável director-de-campanha-deputado Pedro Alves, reuniu com Fernando Sebastião na passada 3ª feira para: Hipótese A: O descansar acerca do âmbito da medida; Hipótese B: Lhe transmitir que Viseu fica de fora;
Hipótese C: Lhe pedir para não “fazer ondas”; Hipótese D: Garantir que o Projecto de Resolução terá nova redacção. ---» riscar a que não interessa… pela nossa parte riscaríamos as três primeiras por hipotéticas falácias, deixando a última por descargo de consciência e benefício de dúvida… Hélder Amaral, o deputado corajoso, incendiou-se com toda esta polémica, telefonou a este humilde escriba, muito agitado e prometeu (cumprindo) emitir um comunicado acerca da sua inequívoca posição (adiante publicado). Em suma, nele afirma que a resolução é uma boa medida que vai favorecer toda a gente, que o IPV tem andado a dormir “à sombra da bananeira”, citamos: “Não é hoje uma instituição de referência no País”, a culpa é de Almeida Henriques e de José Junqueiro por aquilo que não fizeram ou fizeram no passado. Quanto a João Cotta, preocupa-se por ele ser “presidente de muitos organismos” – o que nos deu azo a telefonar ao visado a perguntar quanto ganha por tais “tachos” para receber a resposta enfática: “Zerovírgula-zero!”. Acalme-se pois Hélder
Amaral, e parafraseando-o: “Parece que nem tudo está perdido.” Entretanto, o deputado centrista reuniu no domingo com o seu estadomaior para decidir que é-mas-não-éainda-candidato à CMV. Aguarda-se a saída deste esfíngico e misterioso impasse. O Expresso marca os seus 40 anos com uma presença em Viseu de 7 a 19 deste mês. O Jornal do Centro foi seu media partner. O seu director recebeu, naturalmente, convite para todas as actividades. Por uma questão de coerência não esteve presente nas do dia 7, porque fazê-lo debaixo do mesmo tecto com Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação convidada, era esquecer o mal que esta política fez ao sector que tutelou, aos Alunos e aos Professores deste país. Não pertencemos à classe maioritária dos “curtos de memória” que por aí pululam. Não obstante este manifesto, os nossos parabéns ao Expresso, uma referência incontornável do jornalismo português, desde Janeiro de 1973.
Sirvamos
O último 1º de Maio passou, com dispersos discursos, sem que em Portugal tal dia ou facto fosse notado. Este dia, excepção feita a 1974, nunca assumiu grande relevância contrariamente ao que acontece noutros países. A reverência agradecida dos poucos que podem trabalhar consubstancia uma lógica de David Santiago dependências e subserviências várias, objectivadas por uma menorização do papel do factor trabalho. A paradoxal importância do PCP, aliada a uma CGTP politizada, garante a institucionalização do conflito entre classe operária e patronato, que acaba por politizar a acção dos trabalhadores numa lógica conflitual que passa para a socieda-
de como mera questiúncula política. Por outro lado, pese a minha inconsistência sociológica, diria que o caciquismo do século XIX e o provincianismo beato do Estado Novo deixaram um lastro de reminiscências ainda hoje patentes nas relações socioprofissionais. Tais factos e heranças diminuem fatalmente a importância relativa do trabalho na sociedade. Vivemos “entroikados” entre a insustentabilidade e definhar do Estado Social e o empobrecimento por via da desvalorização do factor trabalho, onde cortar passou a significar poupar. Como tal, seria expectável uma reacção (não me refiro à reactividade vanguardista) ou resistência por parte da classe trabalha-
dora. Ao invés tivemos um 1º de Maio com a participação, quase somente, de reformados que lutam contra a perda de direitos e oportunidades dos seus filhos e netos. Estes reformados sentem-se suficientemente livres e desprendidos, porque esquecidos, para poderem participar e lutar contra o estado a que chegámos. Já os seus filhos e netos devem sentir-se agradecidos por poderem trabalhar 10 horas por dia em troca de um mísero salário. Os que trabalham. No 1º de Maio de 74 um representante sindical dos trabalhadores dizia: “Qual era a protecção à família, tão apregoada célula do corporativismo fascista? Que apoio tinham e têm os operários reforma-
dos? O sol, o ar, a água da fonte e o banco de jardim. Éramos prisioneiros na nossa terra, libertemo-nos agora apoiando e conduzindo o MFA.” Hoje assistimos a uma luta despudorada contra a família. Os reformados tinham o sol, ar e água. Em breve, além do sol e ar, com a água privatizada, talvez tenham de ficar pelo fontanário. Se éramos prisioneiros na nossa terra, hoje somo-lo desconhecendo quem nos aprisiona, numa terra que, se outrora afincadamente defendida por Salazar, hoje cobardemente alienada por quem nos governa. Agora o lema seria: “Sirvamos agora apoiando e conduzindo Gaspar representante da Troika!”.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
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números
estrelas
1000 O número de pessoas que participaram na terceira edição da caminhada “Enraízate no Desporto”, realizada em Mangualde no feriado do dia 1 de maio, organizada pelo Centro de Apoio Pedagógico Raiz dos Saberes, com o apoio da Câmara Municipal.
Importa-se de responder?
Hélder Amaral Deputado do CDS/PP
Expresso
O deputado centrista, ao criticar o IPV que é hoje uma âncora do Ensino Superior do distrito, está a trilhar um caminho demagógico e lesivo para a região, sem que se perceba muito bem o alcance e significado da sua posição.
Na comemoração do seu 40º aniversário está em Viseu com um conjunto de actividades centradas na temática da Educação.
Umas caminhadas, menos sal na comida, algum exercício físico, não tanto quanto gostaria, não fumo e faço os exames de rotina uma vez por ano.
Felisberto Figueiredo
Emília Dias
Professor
Diretora executiva da APPACDM Viseu
Algum controlo na alimentação, nomeadamente ingerindo poucas gorduras e dentro do possível controlando o peso. Vou ao médico para realizar análises de controlo. Mas como enfermeira alerto exatamente para o controlo do peso, uma alimentação com poucas gorduras e exercício físico, nomeadamente caminhadas.
O coração, como órgão nobre, merece toda a minha atenção. Neste âmbito é já uma prática pessoal e familiar o uso muito moderado de sal, com muita regularidade tenho o cuidado de medir a pressão arterial e faço “check up” com a periodicidade recomendada pelo meu médico. Há, no entanto, algo onde não cumpro com a mesma regularidade - o exercício físico. Será aqui o meu maior “pecado”. Ana Paula Pina
Elisa Melo
Professora
Enfermeira
João Cotta Presidente da AIRV
Os deputados eleitos pelo PS tomaram uma inequívoca posição no tocante ao polémico Projecto de Resolução 688/XII que poria em causa competências dos Politécnicos.
Maio é o Mês do Coração. Que cuidados tem com o seu coração? O único cuidado que tenho é fazer bem às pessoas, de resto sou um bocado desleixado, não me preocupo muito e ele vai-se aguentando.
Opinião
José Junqueiro Elza Pais Acácio Pinto
Viseu pela positiva – Estejamos atentos! A vontade do povo é a base da democracia. Através das eleições escolhemos os nossos autarcas, os nossos deputados e quem nos governa. Mas não chega! A vontade do povo tem também de ser expressa através da participação cívica dos cidadãos, suportada pela comunicação social livre e independente. A realidade Portuguesa mostra a necessidade de uma sociedade civil forte e participativa, para controlar os erros e os excessos cometidos pela classe política. Os partidos são essenciais à democracia representativa. No entanto eles têm uma determinada lógica de funcionamento, por vezes indiferente ao mérito, que afasta muitos cidadãos
válidos da vida política. Os países desenvolvidos têm sociedades civis fortes. Em Portugal ainda não é assim. Os Governos e os partidos políticos em Portugal vivem muito mal com a participação crítica da sociedade civil. Encaram-na como uma ameaça e não como um contributo para melhores decisões. Os partidos toleram mal quem tem ideias diferentes e quer lutar por elas. Nós não somos todos iguais, não existem os bons de um lado e os maus do outro. Somos todos Portugueses e todos temos inteligência para pensar. Dizer mal da classe política e “lavar as mãos” dos problemas não é solução. Como diz o povo, “quem quer
vai, quem não quer manda”. Devemos organizar-nos em movimentos de cidadãos ou em associações, para defendermos os nossos interesses coletivos, nacionais ou regionais. Temos de contar connosco, com a nossa determinação, com a nossa força para defendermos aquilo que é importante. A região de Viseu tem várias causas importantes. Uma delas é a do ensino superior público. O Instituto Politécnico de Viseu, o seu prestígio, o seu impacto regional, as suas competências são estratégicos e fundamentais para Viseu. Os Viseenses têm de ter uma atitude de rigor, de exigência para com o IPV. Mas têm
de defender até às últimas instâncias as capacidades do IPV, pois ele é o fator principal de atratividade do talento, de investigação aplicada e investimento para a nossa região. Esta semana vai a discussão na Assembleia da República um projeto que pretende rever as missões dos Politécnicos e das Universidades. Estamos de acordo que existem aspetos a clarificar. Mas o referido projeto é perigosamente vago. Pairam ameaças graves sobre as competências do IPV! Temos de estar atentos a esta discussão e avaliar o que votam e quem vota o quê. Não podemos voltar a perder por omissão ou falta de comparência.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 09 | maio | 2013
Coisas do tempo da Velha Senhora Regressaram esta semana ao calendário escolar os “exames da 4ªclasse”. No tempo da velha senhora, e antes de serem abolidos em 1974, representavam uma etapa muito importante na vida de crianças e ou adolescentes. Mesmo que o cenário fosse o abandono escolar a seguir a eles, o facto de se ser aprovado, parecia conter um valor acrescido de mérito pessoal, como se se provasse que se estava pronto para a vida. Olhan-
do para os alunos que esta semana são chamados a exame, a maturidade evidenciada está muito distante daquela que os nossos pais demonstram nas suas recordações. O exame não era para todos, o professor pretendia sempre fazer boa figura e escolhia os que o deixariam bem representado, só ia a exame quem tinha reunido condições para tal. Os menos capazes continuavam na escola até reunir os conhecimentos necessários,
fazendo com que alguns alunos só chegassem ao exame já com idade bem superior aos 10 anos, não havia exceções, se se sabia passava-se, se não se sabia chumbava-se, e só se ganhava o canudo da 4ªclasse com muito esforço e dedicação, aprendendo-se o significado de mérito e recompensa. Nessa altura, a preocupação maior dos pais, era que os meninos pudessem exibir uns sapatos novos e as meninas tivessem vesti-
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
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Comprida e torta Muita e muita porta Travessas e ruelas Quelhas, casas novas, casas velhas Casebres, palacetes Cântaros, tachos, panelas Bombas, estalos, foguetes Dedais, agulhas, alfinetes Sementes de nabiça e rabanetes… (Ricardo Sandro, Viseu 1973) Bem, por onde começar, afinal de contas todas as histórias têm um início. Sabem como é… só pensamos na vida quando a sombra da morte se apodera da alma. Volta e meia, ainda recordo aquele profeta do passado, de feições serenas e sorriso terno, que
Tiragem média
Oh, minha Rua Direita… nunca eu te vi tão torta!
Opinião
ali marcava presença todos os dias à mesma hora, no mesmo recanto, de tanto encanto, da Rua Direita. Rua estreita, como todas as ruas da vida, que hoje não passa de depósito, devoluto, de memórias perdidas e, mesmo que não acreditem, posso garantir, do fundo das minhas recordações, que teve comércio, rostos, almas, milhares de histórias que atravessaram cada número de cada porta e jamais o facto de ser torta lhe conferiu defeito. Hoje, de forma mais nítida, recordo aquele olhar breve e fugaz que desvendava, em poucos segundos, toda a história de uma vida… de olhos limpos que reflectiam a sua alma e nela era fácil perceber várias cicatrizes de amargu-
ra, de sacrifício, de felicidade e de alegria de viver, de tempos áureos. Nesse olhar resistia um pequeno brilho de esperança, o tom era ligeiro mas de esperança! Desnecessária era a crise, essa palavra malvada que inventaram para acabar com o pouco que ali restava. O pai tinha-lhe transmitido a incumbência de continuar, sem desistir, mas com honra, o negócio da família. E como dizem as leis do chão o que é prometido no leito, antes do último adeus, deve ser cumprido com a força do mundo. Mas as nuvens pesadas, de um futuro incerto, trouxeram as novas centralidades, deram à luz os “palácios do consumismo”. Os clientes fugiram, atraídos como mosquitos para os néon,
Um dia, quem sabe?
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Corri muitas vezes o risco de me chamarem de reacionário e de me apontarem como saudosista pela forma como via e vejo as coisas, mas sempre tentando fazê-lo pela minha própria cabeça e afastando a baba que nos vai juntando em ambíguas atitudes e desnaturadas omissões. Dei conta, nestes anos que venho vivendo desde a minha juventude, de alterações tão profundas no comportamento das gentes, sem que sejam pensadas e sempre à bolina dos ventos que sopram das bochechas dos políticos e fazedores de opinião, que, de facto, me vou sentindo nostálgico e tentado, cada vez mais, a estabelecer paralelos entre o que era a sociedade de “an-
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Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Opinião
Associação Portuguesa de Imprensa
Sílvia Vermelho União Portuguesa da Imprensa Regional
Politóloga
tes” e a de agora e sinto falta de: . Chegar a uma loja e ser atendido com aprumo e cortesia; . Entrar num local, dar os bons dias (salvar as pessoas!) e ser respondido, sem que me olhem como se seja um extraterrestre; . De que se assuma que um bandido, seja ele o que for, político ou mero carteirista, deve ser penalizado e expiar os seus erros; . Pessoas a pensarem que uma sociedade pode ser feliz e próspera se se acabar com os pobres e não com os ricos; . Ouvir o meu Pai a dizer-me que a ambição é boa quando tem limites, mas que deve ser estrangulada pela moral;
. Sentir que a autoridade a continha e lhe era legitimada pela grei, pela Lei e pelos magistrados; . Saber que havia uma “consciência nacional” capaz de dar aos rafeiros que a queriam morder um biqueiro orientador; . Ver que os pais não aturavam birras aos filhos, os punham em boa ordem e lhes davam rumo no ser e no querer, sem tréguas e destemor pelas modas, pelo exibicionismo e elevando os nossos antepassados como gente de exemplo para todo o mundo; . Ver os professores contidos nas suas crenças políticas e sem quererem influenciar as cabecitas crentes e admira-
Resgatar a esperança Em meados de Abril, estive na Emídio Navarro, em Viseu, a falar com um grupo de jovens do Ensino Secundário que participava numa Sessão de Selecção Nacional do Parlamento Europeu dos Jovens, um projecto que me é muito querido e do qual fiz parte durante oito anos. A comissão “Emprego e Assuntos Sociais” tinha a difícil missão de resolver o problema do desemprego jo-
vem e de ponderar o papel do empreendedorismo nessa demanda. A minha missão, por sua vez, era partilhar alguma informação e algumas ideias que pudessem vir a ser úteis para que o grupo de jovens pudesse cumprir a sua árdua tarefa de redigir uma moção que fizesse desaparecer a situação de desemprego de 1/4 das/os jovens na Europa. Com o grupo, partilhei alguma in-
formação e reflecti muitos dos assuntos que já tenho abordado por aqui, e a reacção foi simultaneamente preocupante e engraçada. Fiquei a sentir-me atrapalhada quando, no fim da conversa, havia um ambiente de desolação na sala, impossível de não se dar conta! “Então não há esperança?” Não dei respostas – nem apresentei esta conclusão que o grupo formulou
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do novo da costureira, levassem lenço lavado para não estarem ranhosos, e que fossem extremamente educados e respeitosos, senão levavam uma coça quando chegassem a casa. O Professor era a entidade maior e o chumbo era responsabilidade única e exclusiva do aluno. Hoje em dia, o professor é questionado relativamente às suas capacidades mas pouco quanto aos seus recursos, é-lhe apontada a maior parte da culpa do insucesso dos alunos quando apenas é
responsável por uma parte, é obrigado a comemorar exageradamente os sucessos mas não pode punir os erros. Hoje em dia, nada é culpa do aluno, aparecendo justificações de todo o tipo: défices de atenção, ansiedade, hiperatividade, famílias e ambientes disfuncionais, incapacidade dos professores, más condições, etc. e etc. Todas estas desculpas, podem ser parte do problema, mas não são nem de longe a sua totalidade. Criamos uma geração de preguiçosos, que não tem qual-
quer entendimento do que é trabalhar para conseguir algo, porque tem quase tudo, e nem se consegue aperceber que lhe falta o essencial, a educação. Nessa educação, como na vida, têm de existir testes e castigos, para que de maneira pavloviana (e já esquecida) os alunos sejam capazes de optar pelo esforço para obter o prémio, reconhecendo em si o valor da dedicação ou o peso da culpa no fracasso. Não vejo mal nenhum no regresso dos exames da 4ªclasse, antes
pelo contrário, fazem mais sentido agora do que alguma vez fizeram, e talvez façam maravilhas por coisas que muito preocupam os pais: a responsabilização no percurso escolar, experiência a lidar com situações de teste, o confronto e aceitação do fracasso, o respeito e entendimento de regras de conduta e comportamento, e o controlo de ansiedades e emoções. Por vezes, avançar pode significar retomar coisas do tempo da velha senhora, mesmo que nos custe a admitir.
para o comodismo do ar condicionado, para as promoções, cartões, cupões e milhões de tralhas, tarecos e restantes artefactos pósmodernos que não servem para mais nada que não seja agradar a pantomineiros ou gastar dinheiro que as caixas MB voluntariosamente cospem a troco de 4 dígitos. A partir desse dia, a calçada da rua, ficou cativa da solidão. E as almas que resistiram ficaram abandonadas tendo apenas por companhia as contas do senhor Mexia, o CEO da eléctrica, e de Zeinal, o Brava, dos Telefones, aos quais jamais haviam posto a vista em cima. O antigo funcionário, de fiel e zelosa alma, com mais de 20 anos de casa, foi incentivado a procurar lá fora o conforto que já nem para ele tirava da loja. Há momentos em que, na solidão da noite, ainda
se culpa por não ter aproveitado a oportunidade, dos dourados idos de 90, para se modernizar como eles dizem lá na Associação. Ou de ter seguido os conselhos do filho formado em gestão em Coimbra. Mas outra interrogação logo surge, será que se o tivesse feito não teria apenas adiado a agonia… afinal de contas os vizinhos de comércio também pereceram, neste combate desigual. Ele sabe que está condenado pela doença, mas qual seria o prazer de morrer da cura? A culpa dele é curta, pensa para os seus botões, pois também ninguém o ouve quando de dedo em riste enumera os verdadeiros culpados. A esses pavões, de sapatos brilhantes, gravata garrida, gel no cabelo e peito depilado que cheios de chavões e soluções não souberam equilibrar
as políticas. Tanta vez o seu velho pai, um conservador dos sete costados, lhe houvera dito que a vida é virtuosa para quem sabe conjugar equilíbrios. Volta e meia, em jeito de desafio, questiona os amigos: “Olhe, diga-me… do que nos valeu a modernidade da treta do Mercado 2 de Maio? E não ficámos sós! Podem não ver por aqui clientes mas venham cá à noite. Os agarrados andam aí todos. Vazios? Oh, amigo nestas coisas não há buracos negros… há sempre alguma coisa que os preenche! E a Policia, o que dizer da falta de autoridade. Andam aí, parecem uns extra terrestes a cavalgar nos brinquedos da miudagem. Só visto! Mas vão à vossa vida, não se prendam aqui a quem já tudo teve e hoje pouco lhe resta. Sabem, eu tenho esperança que um dia a cidade vai
ser dos viseenses, tanto dos que a sentem, como dos que a vivem e ainda dos que do ar dela precisam para respirar. No dia seguinte ao caos seremos de novo capazes de redesenhar a alegria, o fervilhar de vida nesta Rua Direita, de perceber o erro do passado e apontar novos caminhos de futuro. Tenho filhos, todos formados e emigrados para a terra das oportunidades, sabe? Vou até onde a saúde me deixar aguentar isto… e quando no Rossio tivermos quem, com a cidade, seja capaz de pensar o comércio, a cultura, o turismo, o emprego e o desenvolvimento com equilíbrio, nesse dia talvez os obrigue na mesma promessa que fiz a meu pai. Tenho essa esperança, mas se assim não for, olhe, procurem-me no inferno… pior do que esta rua não deve ser!
doras dos que lhes entregaram para educar; . Não ser violentado, por todo o lado, com homens de gestos esquisitos e olhares voluptuosos sobre mim, causando asco e reacção contra uma sociedade que idolatra estas e outras minorias; . Constatar que os meus impostos eram bem empregues, geridos por gente honesta, competente e com espírito de serviço público; . Poder entender como se pode dizer que os políticos ganham muito e se aplaudem os Cristianos Ronaldos, Mourinhos e etc, bem assim como os administradores de empresas públicas que delapidam o património e põem os lucros empresariais acima do bemestar dos seus legítimos donos;
. Constatar que os dirigentes, de toda a natureza e em todos os sectores da vida da nossa sociedade, eram gente tendencialmente exemplar e que quando punham o “pé na poça” alguém vinha “curar a chaga”; . Acreditar em quem nos governa, nos padres que nos confessam, nos professores dos nossos filhos, nos directores de serviços, nos bancos onde temos as migalhas em risco, dos juízes e na justiça, na equidade social entre minorias e desvalidos, no nosso vizinho…, enfim ! Viver sem receios dos outros por saber que havia quem e como os regulasse.
trituradora de ideias frescas, arejadas e garante da propaganda castradora de princípios. Uma “bela” maquina onde chafurdam a quase totalidade das “estrelas” que pululam nas nossas estações televisivas. A belíssima calçada da baía de Luanda foi arrancada por ser “símbolo” do colonialismo português. Bom, o facto de ter sido carregada em navios cubanos e levadas as pedras para Cuba é assunto de irrelevante interesse. Na verdade, se ela lá tivesse continuado, ainda hoje seria bonita, com todas as envolvências alteradas. Mas… os cubanos não a teriam por lá…! Pode ser que um dia…
Não basta acometer ao passado os pecados que o enformaram. É preciso extrair-lhe
as virtudes, que eram muitas, e não permitiam que a mole de gente que nos assaltou de todas as formas - moral, financeira e economicamente (de outra forma não teriam conseguido ter o que hoje alcançaram) - mantendo em permanente cataplasma e esterilizados os meios e ferramentas com que se lidava nos órgãos de decisão. Sempre o exemplo veio de cima e esse foi o vírus que provocou a pandemia. Gente ser moral, sem pudor, sem princípios, ao serviço de credos, seitas e interesses ocultos foi eleita, reeleita, e perdurou no tempo e nos cargos alterando e quebrando as peias que os tolhiam, mudando leis, descaracterizando as Forças Armadas, desautorizando as Forças de Segurança e mantendo uma máquina
em forma de pergunta – mas, ainda que tenha conduzido a conversa num tom de cepticismo perante as políticas públicas que têm vindo a ser tomadas, não era minha intenção abalar a garra de um grupo de jovens que tinha uma missão tão importante pela frente. Assim, depois da reflexão, procurei recentrar as atenções da conversa nas soluções. E dei ênfase ao plural. As soluções são múltiplas. Com certeza que abrir um negócio, na acepção mais comum do “empreendedorismo jovem”,
será uma solução – para alguns e algumas. Para outras/os, tal nem deverá ser ponderado. Somos todas/os muito diferentes, e formamo-nos com competências e capacidades diferentes, ora para executar, ora para criar, ora para liderar, ora para seguir. Uniformizar respostas, e promover o empreendedorismo jovem como única resposta ao desemprego, é uma fantasia injusta. Depois, pensar que um negócio é um empreendimento ao alcance de qualquer um/a, independentemente do tamanho do seu pé-de-meia, é
uma fantasia ainda maior. E, finalmente, quando se promove o empreendedorismo de iniciativa empresarial, promovese a mesma lógica de produção/consumo a que assistimos nos últimos decénios – fazer produtos inovadores para consumidoras/es arrojadas/os comprarem. Mas quem vai ter dinheiro para continuar na saga do supérfluo que o fim do século XX inaugurou? E se a superfluidade pode ser, de facto, subjectiva ao nível de uma série de coisas, há algo em que a necessidade nunca
vai ser discutível – água e comida. E, por isso, a empreender, estas são boas áreas para fazer boas coisas – incluindo tomar as rédeas de modelos cooperativos nas nossas comunidades, ao nível da satisfação das nossas necessidades básicas e de quem nos rodeia. Urge resgatar a esperança da prisão do irrealismo pós-moderno, trazê-la para a realidade, e ser conservador/a na única coisa que se deve ser quando partimos para a mudança – na preservação do planeta e, com ele, da espécie humana.
Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
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abertura
texto e fotos ∑ Paulo Neto
“Quer-se que todas as pessoas interajam com a Casa da Ínsua” Inserida nesta perspectiva do Núcleo Museológico da Casa da Ínsua, como se tornou esta estrutura uma mais-valia para o concelho?
É indiscutível que de há quatro anos até agora, desde que a Casa da Ínsua foi inaugurada nesta vertente de hotel de charme, Penalva do Castelo tornou-se um concelho mais rico, dada a grandiosidade desta casa e a quantidade de pessoas que por aqui têm passado, quer nacionais quer estrangeiras, que nos honraram com a sua presença, daqui saíram muito admiradas com este património valiosíssimo e como embaixadores que longe levaram a mensagem. Uma dessas pessoas que aqui esteve, um académico, fez uma conferência na Holanda relatada por um professor universitário que a ela assistiu e trouxe o relato de quão bem Penalva foi ali falada, ao referir que na Casa da Ínsua tinha sido “pas-
tor por um dia”, tendo achado essa experiência enriquecedora e fantástica na sua vida. Realidade que nós não valorizamos pois é um contexto diário. A Casa da Ínsua, neste aspecto social e agora com o Núcleo Museológico, vem ainda reforçar mais toda esta vertente, tendo em conta que, quer a nível de escolas, de universidades, de estudiosos, quer a nível internacional, quem quiser estudar a história do Brasil na sua plenitude, especialmente de Cuiabá e Mato Grosso, terá que aqui vir para o fazer com a profundidade exigida. A Casa da Ínsua, com este Núcleo Museológico, engrandeceu o concelho e o distrito a nível social e cultural, tornando-se numa atracção que irá beneficiar Penalva do Castelo e a região. Qual a diferença entre o antes e o depois do surgimento deste conceito de hotel de charme?
associei à sua estadia neste hotel. Há uma dinâmica crescente e uma interacção entre a Casa da Ínsua e a autarquia que tem sido muito benéfica para ambas. Mas e verbalizando desta forma a situação, no “antes” há um total fechamento e no “depois” uma completa abertura deste espaço ao exterior…
A
Leonídio Monteiro, presidente da câmara de Penalva do Castelo O conceito deste hotel traz associada a visita de muitas pessoas, que ficam aqui hospedadas e
se passeiam pelo concelho. Ainda hoje vi um grupo de turistas estrangeiros em Penalva e logo
Antigamente e até há 40 anos, a Casa da Ínsua dava muito emprego a todas as pessoas aqui à volta e que apareciam aqui para trabalhar. Nos últimos 30 anos a situação modificou-se completamente e era um espaço familiar, íntimo e privado que não estava direccionado para a comunidade sendo difícil cá entrar. Neste momento é o contrário: abertura total e quer-se que todas as pessoas interajam com a Casa da Ínsua, que venham à Casa da Ínsua, para fazer eventos ou
para usufruir deste paraíso na terra, tendo um almoço agradável, uma tarde, um dia aqui na quinta, acompanhando as actividades agrícolas, quer na parte vinícola, quer na dos lacticínios ou da fruticultura. No futuro, esta boa relação que existe entre a Casa da Ínsua e a autarquia está acautelada, vai continuar ou ser posta em causa?
Estou convicto de que sim. Ainda no dia da inauguração do Núcleo Museológico, o engenheiro Joaquim Losaba ll me referia que nestes últimos tempos tinha existido uma relação fraterna e muito amistosa entre a Casa da Ínsua e a autarquia e eu reitero que é um casamento para durar uma vida inteira. É um dos nossos ex-libris e uma das riquezas de Penalva do Castelo, que dignifica o concelho, a região e o país.
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NÚCLEO MUSEOLÓGICO DA CASA DA ÍNSUA | ABERTURA 7
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“Há uma ligação objectiva e afectiva entre esta Casa e as pessoas que ainda hoje vivem na Ínsua e em Penalva do Castelo” José Arimateia, administrador do Turismo da Visabeira
Eu quero fazer esse trajecto. Estimule-me…
Qual a colaboração prestada pelo Museu Nacional de Arte Antiga na criação deste Núcleo Museológico?
Andreia Rodrigues (AR), directora da Casa da Ínsua: Foi uma das partes mais importantes em todo o processo. Nós tínhamos todo o espólio para expor mas faltava-nos o apoio técnico e científico que nos foi dado pelo Museu Nacional de Arte Antiga. Foi uma colaboração muito feliz e profícua. A quem está aberto este espaço?
José Arimateia (JA), administrador do Turismo da Visabeira: Está aberto aos nossos hóspedes e a todos quantos nos queiram visitar de uma forma espontânea, de acordo com os nossos horários (ver em caixa) e marcação prévia. No caso dos nossos hóspedes, de acordo com o horário determinado com a direcção da Casa.
A José Arimateia, administrador do Turismo da Visabeira
Estão também abertos às Escolas, Academias, Universidades?
Claro. O objectivo é alargar a área definida de investigação do Núcleo Museológico à academia, às universidades, aos estudiosos, promovendo este espaço perante os historiadores que trabalham sobre os finais do século XVIII e XIX, a relevância de todo o exaustivo levantamento cartográfico, da fauna e da flora do Brasil. AR: eu diria que atinge três públicos-alvo. Em primeira instância os nossos hóspedes, num complemento à própria oferta turística; depois os núcleos de investigação que têm de ser profundamente trabalhados e finalmente os curiosos e leigos que queiram aprofundar a sua cultura. Nunca a entidade proprietária pensou na criação de um prémio nacional/ internacional de estímulo à investigação no acervo aqui
A Andreia Rodrigues (AR), directora da Casa da Ínsua centrado, a nível de mestrados e doutoramentos?
JA: O Núcleo está pronto desde Dezembro. É muito recente. Estamos a dar os primeiros passos. Os nossos desígnios, que vão ser acompanhados muito de perto pelo Museu Nacional de Arte Antiga, que já é um parceiro do Grupo Visabeira na divulgação deste Núcleo, vai permitir per-
ceber os passos a dar e para onde vamos conduzir esta concreta realidade. Vamos abrir para nos recentrarmos e focarmos naquilo que são os nossos objectivos, cientes da sua importância histórica e patrimonial. Este Núcleo Museológico propõe o quê?
AR: O mais emblemático são os mapas. O levanta-
mento cartográfico da região de Cuiabá e Mato Grosso. Estamos a falar de mapas de 1720 a 1780, até século XIX, do levantamento exaustivo em termos de fauna e de flora. Esta foi uma exposição chamariz no Museu de Arte Antiga, em Outubro e Novembro, onde foi dado um lamiré do que poderia ser o Núcleo Museológico. Depois pro-
pomos uma breve história da família Albuquerque e da importância da Casa da Ínsua no desenvolvimento de toda esta região. No contexto do espaço expositivo propõem um trajecto polifacetado com cinco temas bem centrados: um trajecto político, social, cultural, científico e filosófico. Imagine-me investigador.
AR: Tem ali o trajecto político de uma determinada sincronia da História de Portugal e do Brasil, com relevo de acções políticas na colonização, povoamento e desenvolvimento do Brasil e riqueza de Portugal. O que foi levado daqui para lá ao nível de usos, costumes, tradições, gastronomia, toponímia, etc. E o contrário, a troca de influências, aquilo que veio para cá. Há ali, em termos sociais, o modus operandi de toda uma época em termos laborais, oficinais, de produtividade e geração de recursos e de riqueza… Porém há uma linha cronológica muito abrangente que vai desde o século XVIII à actualidade. São 300 anos que vão desde a colonização do Brasil até à nomeação pelo Marquês de Pombal do governador Luís de Albuquerque, sem perder de vista a Casa da Ínsua e o seu relevante papel para o desenvolvimento da região. A Casa da Ínsua é uma realidade porque Luís de Albuquerque foi governador de duas capitanias no Brasil e lá arranjou fortuna para a sua concretização e realidade. A perspectiva cultural, no fundo resulta da abrangência de tudo, a fauna, a flora, a cartografia as oficinas, a escultura, a pintura, o desenho, a arte industrial, a própria agricultura. Em termos científicos o valor histórico é incalculável. A maquinaria das oficinas, o pioneirismo em termos de electricidade que veio potenciar o desenvolvimento de uma série de engenhos, de maquinaria com um ferramental global e todo recuperado. Era um amontado de ferrovelho que recuperámos e tornámos em peças de estudo. Tivemos a colaboração de senhores da aldeia que aqui trabalharam noutros tempos e que nos indicaram o sentido das máquinas e a direcção da sua exposição, numa correlação
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8 ABERTURA | NÚCLEO MUSEOLÓGICO DA CASA DA ÍNSUA interessante com artesãos locais. JA: Deixe-me acentuar essa perspectiva. Há uma ligação objectiva e afectiva entre esta Casa e as pessoas que ainda hoje vivem na Ínsua e em Penalva do Castelo. Isso é absolutamente visível e as pessoas sentem isto como deles, sentem orgulho. Há uma pertença que permite perceber a presença da Casa na região à sua volta. É um marco da paisagem, mas também um lugar mágico e quase de culto que marcou as suas vidas. Isso é fundamental. Este espaço não lhes está fechado. É também um espaço deles. AR: O Grupo Visabeira, nesta transição, conduz do fechamento inatingível e de uma relação quase de amor-ódio, a uma abertura de um hotel de charme e a uma abertura do espaço à comunidade. As pessoas aproximaram-se muito da Casa da Ínsua. Existe uma imensa curiosidade. JA: Proporcionamos concertos, cinema, etc. As primeiras a vir são as pessoas de Penalva do Castelo, que gostam da sua terra, têm orgulho neste equipamento e apreciam aquilo que foi todo este trabalho aqui feito. Isso é crucial e também motivo de nosso orgulho. AR: No aspecto filosófico, releva-se do casamento entre todas as outras ópticas, no subjacente ao “saber” aqui mostrado e demonstrado aos olhos de todos. Está transversal a tudo.
de interesse diferenciados, que sejam focos de interesse para atracção e cativação do hóspede, que é o nosso cliente. Temos vários programas. Por exemplo, o dia com o pastor, que é diferenciador e foi uma criação nossa. É uma experiência, algo de distinto e acrescentador de valor a quem a vive. Nomeadamente para hóspedes oriundos de meios urbanos, com filhos que nunca viram uma ovelhinha, com a possibilidade de conversar com um pastor e de o acompanhar, ouvindo sobre o seu trabalho e sobre o modo de fazer. Temos work-shops de queijos, de compotas… que é a possibilidade de a pessoa fazer o queijo ou o doce, dentro das máximas condições de higiene e segurança. Nos vinhos pode envolver-se na apanha da uva em contacto directo com a ruralidade, no lagar, na pisa da uva, como se fazia antigamente durante a época das vindimas. Há provas de vinhos da Casa para permitir às pessoas perceberem quais as diversas essências,
Há aqui além de tudo já referido, um hotel de charme 5 estrelas, com uma oferta alargada… Quais as vossas propostas?
JA: A nossa luta, desde que aqui estamos, reside na inovação. Não temos um mero palácio que foi recuperado. Procuramos que essa recuperação seja acompanhada por uma capacidade, uma iniciativa, uma dinâmica capaz de gerar todos os meses pontos
queijos com sabores distintíssimos em função da espécie de cardo utilizada. O leite é o mesmo, a queijeira é a mesma, o modo de fabricação é análogo, o que muda é o cardo. A Escola Superior Agrária do IPV foi nossa parceira e o professor Paulo Barracosa esteve connosco nesta organização. Se eu quiser vir almoçar ou jantar à Casa da Ínsua qual a vossa oferta gastronómica e preços?
é plenamente tradicional com um apontamento de sofisticação conferido pelo empratamento. É à base de bacalhau, cabrito, vitela, cabidela de galo, migas, cogumelos, castanha, maçã Bravo de Esmolfe… JA: …No fundo uma apologia dos produtos endógenos desde o queijo, ao requeijão, ao azeite, à maçã, às compotas, ao mel… numa recriação elegante e perfeita da cozinha tradicional portuguesa.
AR: A nossa cozinha
E preços?
AR: O preço médio oscila entre os 20/25 euros. Com entrada, sopa, prato principal, pão, sobremesa e vinho Casa da Ínsua.
Horário De 4.ª feira a Domingo 10.00h-12.30h / 14.00h-17.30h Encerrado ao público à 2.ª feira e 3ª feira. Ingresso Bilhete Normal 3,00 €
Temos a recepção, a brasiliana ou sala dos mapas, a sala da família e as oficinas de serralharia…
AR: Sim, exactamente, acrescentando-lhe ainda, junto às piscinas, a fábrica de gelo que é parte integrante deste percurso.
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mais ou menos técnicas, de acordo com o envolvimento do enólogo. Jantares vínicos de degustação dos diferentes néctares… AR: Aconteceu na semana passada um jantar inteiramente dedicado ao queijo, que era o rei da ementa, acompanhado com o cardo, que não é muito comum ser utilizado na cozinha, mas ousámos e foi um êxito. Sendo o cardo uma mesma planta, existem várias sub espécies com sabores distintos que conferem aos queijos confeccionados uma diferença gustativa muito grande. Provámos quatro tipos de
Descontos Bilhete Família filhos menores ( 13 – 18 anos) desde que acompanhados por um dos pais – 2,00 € Portadores do Cartão Visabeira Exclusive – 2,00€ Isenções . Entrada gratuita aos hóspedes da cadeia Montebelo Hotels . Crianças até aos 12 anos . Investigadores, jornalistas e profissionais de turismo (devidamente credenciados).
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em fim de mandato Nota: Esta rubrica iniciou-se na edição 576 de 28 de março
entrevistas ∑ Paulo Neto
“Os políticos dos últimos 20 anos de todos os partidos esqueceram-se de prever e planear o futuro” Carlos Manuel Marta Gonçalves, 56 anos, Professor de Educação Física é natural de Tondela. Iniciou a sua atividade como autarca a 8 de janeiro de 2001.
Que mudou em Tondela com a sua gestão?
Nós procuramos em 1º lugar continuar as políticas dos executivos anteriores, que tiveram sempre como linha orientadora, o desenvolvimento global e harmonioso de todo o Concelho, ou seja, a qualidade de vida e o progresso deveria chegar a todas as aldeias vilas e cidades. Deste modo, foi possível nestes últimos 12 anos criar condições e concretizar investimentos estruturantes nas mais diversas áreas: desporto/cultura/ambiente/património/educação/ acessibilidades/requalificação urbana/ação social e habitação, que fazem hoje do nosso território um espaço onde todos gostam de viver e trabalhar. Quais as três linhas estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?
DR
Em primeiro lugar o trabalho de equipa. Neste domínio em diálogo permanente com as nossas freguesias, movimento associativo, instituições públicas e privadas e população ajudamos a concretizar sonhos e ambições de muitos anos, e desta forma conseguimos que Tondela, seja hoje uma boa referência da nossa região. Em 2º lugar a nossa gestão não se limitou apenas e só à construção de infraestruturas, mas igualmente no criar de condições para captação de novas empresas e desta forma criar emprego e ri-
queza, sem naturalmente nunca esquecer aqueles que tinham e têm mais dificuldade, como sejam as crianças, jovens, idosos, os mais pobres e os portadores de deficiência; Em 3º lugar um Concelho aberto e plural que respeite e estimule a diferença. Ao mesmo tempo deixar que a sociedade civil tenha oportunidade de apresentar e fazer projetos que contribuam para o desenvolvimento e por isso o respeito total pela liberdade e autonomia do nosso movimento associativo/desportivo/ recreativo/cultural/humanitário e social.
As pessoas e instituições quando têm um problema vão ter em primeiro lugar com o presidente da junta e depois com o presidente da Câmara e isso significa que sabem que eles (as) os compreendem e tudo farão para resolver os seus diferentes problemas.
Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?
Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?
A proximidade do poder local às populações e às instituições é seguramente a grande diferença entre os dois poderes.
Naturalmente que não ter os recursos financeiros necessários para concretizar todos os projetos que gostaríamos de ter le-
Qual foi para si o maior político nacional destes últimos 20 anos?
É muito difícil responder a essa pergunta. Os políticos dos últimos 20 anos de todos os partidos esqueceram-se de prever e planear o futuro. Só pensaram no presente.
vado por diante. Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?
A 3ª fase do Parque do Parque Urbano - Zona Ribeirinha, junto à ponte de Tondela e Estaleiro Municipal. Temos o projeto concluído e o investimento atinge os 3 milhões de euros. A crise económica, financeira e os cortes nos fundos do QREN impediram a concretização deste projeto tal como tínhamos planeado. Concorda com a Lei de Limitação de Mandatos?
Estou totalmente de acordo com a limitação de mandatos. Não apenas para os presidentes de Câmara e Presidentes de Juntas de Freguesia, mas para todos os cargos políticos sem exceção, inclusive cargos nas instituições que recebam
recursos financeiros com subvenções do Estado.
humanismo, personalidade e carácter.
O que é para si fazer política?
Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu, a nível nacional, regional e local?
Servir com honra as populações mas igualmente a possibilidade de contribuir com o nosso trabalho, competência e disponibilidade para o desenvolvimento, progresso e bemestar da comunidade. Que mais aprecia e menos gosta no actual governa?
Aprecio muito a coragem de governar o país num tempo tão difícil como este. Há muito que digo que os três principais partidos deviam fazer uma coligação nacional para salvação do país. Qual para si o melhor político português desde 1974. Porquê?
Francisco Sá Carneiro, pela visão estratégica,
Neste domínio não tive ilusões nem desilusões… os políticos são homens e mulheres por isso portugueses (as), com defeitos e virtudes que todos nós conhecemos. Se voltasse ao início do seu mandato que erro não cometeria?
Cometi “erros”…seguramente, agora é tarde para os revelar. Importa o que fizemos bem e foi muito. Sinto-me de consciência tranquila. Que vai fazer depois de terminar o mandato?
Vou voltar a ser um cidadão livre e empenhado na comunidade.
CARLOS MARTA | HERNANI ALMEIDA | À CONVERSA 11
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“Transformar um Concelho pequeno e ainda com algumas características feudais numa terra moderna” to, o Governo comunica mal e não tem conseguido explicar que as dificuldades, que são temporárias, e o esforço terão reflexos num futuro melhor para os nossos filhos.
Hernâni Pinto da Fonseca e Almeida, 57 anos, empresário, é natural de Armamar. Iniciou a sua atividade como autarca em 1976.
Se voltasse ao início do seu mandato que erro não cometeria?
Todos os políticos e todos os gestores erram. Penso que ao longo da minha vida tomei mais vezes a decisão certa do que a decisão errada. Errar é humano e ninguém está livre de errar involuntariamente.
Quais as três linhas estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?
A contenção na despesa corrente da autarquia; a captação de investimentos com forte retorno para Armamar, casos dos investimentos da REN e da EDP Renováveis e; a modernização do Concelho ao nível das infraestruturas e equipamentos que colocámos ao serviço dos munícipes e que muito contribuíram para a melhoria da sua qualidade de vida, colocandonos ao nível dos Concelhos do litoral.
Que vai fazer depois de terminar o mandato?
Está fora do meu horizonte exercer qualquer cargo público mas estarei ligado ao setor privado no País e nos PALOP. Tenho as melhores relações com os países de língua portuguesa e devido à minha forte ligação a Moçambique gostaria de ajudar aquele País em alguns projetos importantes para aqueles povos.
Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?
A maior proximidade com as pessoas é indiscutível e muito importante. A possibilidade da gestão territorial mais ágil, menos onerosa e com menos carga burocrática. A capacidade de planear e desenvolver Obra com menos custos.
Que mudou em Armamar com a sua gestão?
Qual foi para si o maior político nacional destes últimos vinte anos?
Aníbal Cavaco Silva. Foi um excelente Primeiro-ministro e como Presidente da República tudo tem feito para manter a estabilidade política no País. Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?
Transformar um Concelho pequeno e ainda com algumas características feudais numa terra moderna, desenvolvida e com qualidade de vida
próxima dos mais desenvolvidos. Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?
O Auditório Municipal, que só não está construído por causa do período difícil que o País atravessa, apesar de a autarquia ter
capacidade para o fazer. A ligação à A24, iniciada e não concluída mas que espero que ainda conheça desenvolvimentos antes do fim do meu mandato. Concorda com a Lei de Limitação de Mandatos?
Sim, mas devia ser apli-
cada a todos os órgãos de soberania incluindo a Assembleia da República.
nos conhecem e servir o País a que tenho a honra de pertencer.
O que é para si fazer política?
Que mais aprecia e menos gosta no atual governo?
É a mais nobre das funções. É servir com humildade, nobreza e responsabilidade as pessoas que
Acho que o Primeiroministro tem conduzido a governação com coragem e tenacidade. No entan-
Mudou muito a qualidade de vida dos munícipes. Em Armamar há hoje melhor educação, mais equipamentos de apoio social, mais apoio à atividade cultural, melhores redes de comunicação a fazer mexer a atividade económica do município. Armamar multiplicou por cinco a sua riqueza durante a minha gestão. Os serviços da autarquia funcionam bem com poucos funcionários e com capacidade que valorize o bem-estar da população. Aproveito para desejar a todos os munícipes de Armamar e a todos os habitantes do Distrito de Viseu um futuro melhor. Pela parte que me toca foi com muita honra que servi o meu Concelho e, porque não, o Distrito a que tenho a honra de pertencer.
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região Barões da Sé “chocados” com vazio da Rua Direita 18º Encontro∑ Desta vez juntaram-se 35 nas bicas para o encontro anual Ao encontro nas Bicas já chegam hoje três gerações. Mas são todos “Barões da Sé”. Este sábado voltou a acontecer o tradicional encontro anual que juntou 35 barões, o mais novo com 12 anos e o mais velho passou a casa dos 55 anos. Nun-
ca vêm todos porque são mais de 50, mas a maioria reúne-se anualmente neste mês de maio. Foi há 18 anos que oficializaram o grupo “Barões da Sé”, mas deramlhe o nome há décadas. Em comum têm o facto de ter vivido na zona da
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A Homens que cresceram no centro histórico de Viseu lançam todos os anos um olhar crítico para àquela zona da cidade Sé de Viseu. O lema do encontro é “uma amizade para vida” de quem viveu a infância e a adolescência no centro histórico, mas também de quem pretende defender aquela zona da cidade, que nas últimas décadas sofreu grandes alterações. No sábado repetiu-se o “grande dia”. Alguns deles participaram num jogo de futebol durante a tarde. Ao cair do dia juntaram-se nas bicas e, depois da foto oficial nas escadinhas da tia iva, seguiram para o jantar passando “uma noite na Sé”. A par das longas conversas sobre as novidades do tempo presente de cada barão, hoje a viver em lugares diferentes da cidade ou do país, e as recordações do passado, juntos na zona da Sé de Viseu, a noite serve para um olhar geral pelo centro histórico e, este ano, a Rua Direita mereceu um olhar especial. “Descemos e subimos a Rua Di reita porque este ano jantámos num restaurante ao fundo da rua e ficou um sentimento até de nostalgia por não encontrarmos nin-
guém”, afirmou Adelino Figueiredo. Acácio Braguês diz-se mesmo “chocado” por recordar uma rua “cheia de vida” e hoje encontrá-la “cada vez pior, tudo fechado, sem gente e casas a cair”. Neste sentimento de “desilusão”, o barão Acácio Braguês sugere um “projeto concertado” que leve lojas de marca à Rua Direita. “Há tanta coisa que se pode fazer. Quando íamos a pé por ali abaixo falámos que só se inverte [a desertificação] daquela rua com a abertura de lojas de grandes marcas e não é preciso grandes lojas, são espaços pequenos mas de marca”, sugeriu Acácio Braguês dando o exemplo do centro histórico de Braga. Os pais de Tiago Nascimento conceberam a “casa d a b o n e c a ”, uma das lojas c o m e rc i a i s mais emblemáticas daquela zona. É p or t a nto u m filho do centro histórico. Ele, o irmão e o sobrinho são hoje barões presentes no
encontro anual. A “falta de gente” este ano constatada na Rua Direita e a “desertificação” daquela zona leva Tiago Nascimento a sugerir “uma política integrada da cidade para pensar o centro histórico”, alertando que não basta realizar atividades pontuais como hoje acontece com os ‘jardins efémeros’ por exemplo. “Primeiro não mora lá ninguém, segundo falta comércio, terceiro falta uma política integrada que fixe moradores e que dê incentivos aos comerciantes de modo a que se instalem. Nós nascemos ali, conhecemos o terreno e sentimos isso”, reforçou.
E s te â n g u lo de ve r o centro h istórico de Viseu “de uma forma que outras pessoas não vêm” como reconheceu Adelino Figueiredo leva a que os Barões da Sé todos os anos reforcem a motivação para manter esta voz em defesa do centro histórico e admitam que do grupo de amigos possam em breve surgir novas atividades. Este ano, pela primeira vez, desafiaram o grupo “jabardões do Viso” que cultivam o mesmo espírito, para uma partida amigável de futebol no relvado do Instituto Politécnico de Viseu. Emília Amaral
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14 REGIÃO
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Opinião
De mãos dadas
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
A Mais de 60% da produção de maçã no Douro Sul perdida devido à geada
Produtores de maçã escrevem à ministra Agravante ∑ Preços “exorbitantes” levaram produtores a não fazer seguros A Associação de fruticultores da Beira Távaro (AFBT) decidiu pedir uma audiência à ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, para abordar o problema da perda da produção de maçã na região do Douro Sul. Estima-se que mais de 60% da produção de maçã no Douro Sul se tenha perdido devido à geada dos dias 28 e 29 de abril e ao efeito de baixas temperaturas como há 15 anos não se registavam, chegando a atingir 4,4 graus negativos em alguns locais. O pedido seguiu na terça-feira por carta. O presidente da AFBT, Humberto Matos revela a situação registada nos seis concelhos (Armamar, Tarouca, Lamego,
Moimenta da Beira, Sernancelhe e Penedono) pode causar “o colapso de muitos agricultores”, ao lembrar que a gravidade da situação não está só na “agressividade que a geada provocou” na produção da maçã, “há uma outra gravidade que dá plena razão para pedir ajudar: os produtores foram vedados” ao acesso ao seguro de colheita” para a campanha de 2013. “As companhias seguradoras, à última hora, resolveram fazer seguro de colheitas a preços exorbitantes e limitadores. E não aceitaram propostas de seguro de colheitas para muito boa gente”, explica. Humberto Matos lembra que já em março tinham alertado o secretário de Estado da Agri-
foto legenda A reunião do Nobre Senado e uma homenagem a Aquilino Ribeiro, seu patrono gastronómico, foram os ‘ingredientes’ do Capítulo da Primavera da Confraria Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, que decorreu no Solar do Vinho do Dão, em Viseu. José Ernesto Silva continua à frente do Almoxarifado, tendo António Lopes Pires como Grão-mestre e António Botelho Pinto como Conferente-Mor.
DR
to da distribuição e, por outro e de suma importância, a redução dos preços a pagar pela produção nacional. O culto do que é nacional é algo que se encontra bem enraizado entre nós. Os vinhos são um claro exemplo do que se descreve. Os néctares estrangeiros têm bastante dificuldade em se imporem nestas terras. A indústria cervejeira ou das águas são outros exemplos bem conseguidos. A par desta rejubilada iniciativa, o grupo Jerónimo Martins, numa atitude sensata, alargou por mais um ano o protocolo que estabeleceu com os produtores, com o propósito de efectuar pagamentos a 10 dias. Esta medida permite injectar dinheiro nas depauperadas tesourarias de muitos produtores. Talvez o Estado vaticine seguir este trilho! Que belo tónico à económica, não? O grupo Sonae, numa derivação da sua política, lançou-se agora na agricultura, no Vale da Vilariça, tendo em vista a produção de pêssegos, numa área de 50 hectares. Estes movimentos há muito já deveriam estar no terreno motivando e incrementado a produção nacional. Relativamente às importações, não será prudente equacionarem-se inspecções a todos os produtos que aqui entram aos magotes? Ainda não ouviram os relatos das “pedras” que são meticulosamente colocadas para obstaculizar a entrada dos nossos produtos? Qual é a sua finalidade? Será proteccionismo ou patriotismo? Não sei. O que aqui se advoga não é a utilização dos mesmos procedimentos, mas tão só a possível fiscalização de tudo o que está a entrar. Os cofres das finanças não ficariam mais abastados? Importa agora é aglutinar intervenientes e fazer crescer este movimento. De mãos dadas a economia só pode florescer.
DR
Os problemas económicos que nos importunam todos os dias têm vindo a fazer cada vez mais vítimas, em especial nas franjas desprotegidas e debilitadas. A escassez de dinheiro já conduziu à redução do valor gasto com o cabaz alimentar, originando um défice no aporte de nutrientes indispensáveis a uma correcta alimentação. Daqui a algumas décadas, vamos assistir, por certo, ao despoletar de mais um grupo de doenças, motivada por este fenómeno, com acrescidas despesas para o sistema nacional de saúde. As exportações nacionais têm vindo paulatinamente a diversificar os seus espaços geográficos de actuação. A delegação portuguesa que acompanhou a Senhora Ministra da Agricultura na deslocação ao SIAM (salão internacional de agricultura de Marrocos) conjectura bons negócios. Trata-se do maior certame agrícola e agro-alimentar do continente africano e em especial do Magreb. O acordo agora assinado entre Portugal e Marrocos visa melhorar a nossa capacidade de penetração nesse imenso espaço. Resumindo, “Uma lança em África”. No feriado de 1 de Maio, vários foram os espaços comerciais a aderirem aos descontos imediatos, sem os atropelos de há um ano. Os descontos recaíram nos produtos de primeira necessidade ou nos de elevada rotação e fáceis de repor. Tudo dependia do espaço a visitar. Já há algum tempo que se tem vindo a fazer referência neste espaço à necessidade de se fomentar um entendimento entre todos os intervenientes da cadeia alimentar, por forma a içarem-se relações sadias e duradouras. Neste sentido, é com agrado que registamos a aliança agora conseguida através da elaboração do código de conduta e de boas práticas comerciais promovido entre os produtores e a distribuição. O documento em causa permitirá estimular e privilegiar, por um lado, a produção nacional, o eficaz e correcto abastecimen-
cultura para o problema, não tendo havido qualquer resposta para a situação. O diretor regional de Agricultura e Pescas do Norte, já se deslocou a Moimenta da Beira para reunir com organizações de produtores e visitar os pomares. Humberto Matos revela que foram deixadas garantias de ajuda por parte do responsável. A przodução de maçã na região Douro Sul ocupa uma área de 3.750 hectares com 1.780 produtores. Os seis concelhos produzem metade da maçã que o país consome o equivalente a 100 mil toneladas ano. Moimenta da Beira é o concelho que regista maior produção, perto de 70%. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
ACIDENTE
Viseu. Um acidente na autoestrada A24, entre Viseu e Lamego, provocou dois mortos e dois feridos. A colisão entre dois veículos ligeiros de mercadorias ocorreu no sábado, cerca das 17h40, na zona de Vil de Soito, no sentido Viseu–Lamego. As vítimas mortais tinham 54 e 42 anos, este último foi transportado para o Hospital de Viseu ainda com vida mas acabou por não resistir.
ACIDENTE
Sernancelhe. Um tá x i que transportava idosos a caminho da feira quinzenal de Sernancelhe e um camião carregado de lenha chocaram, na variante entre Sarzeda e Sernancelhe, na quintafeira de manhã. Do acidente resultaram cinco feridos. Ao local deslocaram-se os bombeiros de Moimenta da Beira, de Sernancelhe e de Penedono, a ambulância de Suporte Imediato de Vida de Lamego, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Viseu e a GNR, num total de 24 operacionais e dez veículos.
Jornal do Centro
VISEU | REGIÃO 15
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Centenário de Álvaro Cunhal assinalado em Viseu Penalva do Castelo e Viseu∑ Exposição e colóquio evocativo marcam programa As comemorações de maio do centenário de Álvaro Cunhal no distrito de Viseu arrancaram na passada quinta-feira, dia 2 com a inauguração da exposição “A Vida, o pensamento e a luta de Álvaro Cunhal”, na Biblioteca Municipal de Penalva do Castelo. A mostra estará patente ao público até dia 18. Na mesma são retratados momentos marcantes da vida do político: infância, juventude, vida na clandestini-
dade, prisões, julgamentos, a revolução de Abril, entre outros. São igualmente referenciados aspetos da sua criação literária e plástica, bem como do seu pensamento. A acompanhar esta exposição está uma mostra de livros e desenhos da autoria de Álvaro Cunhal. Já em Viseu, a presença das mulheres na obra de Álvaro Cunhal, será abordada num colóquio evocativo do centenário de Álva-
ro Cunhal, sexta-feira, dia 10, pelas 21h00, no auditório da FNAC Viseu. Para falar das diferentes vertentes propostas para o colóquio foram convidados Regina Marques, professora universitária, ativista dos direitos das mulheres e dirigente nacional do MDM, José Pessoa, técnico do Museu de Lamego, fotógrafo de arte, companheiro de vivências e lutas de Álvaro Cunhal, Filomena Pires, professora, Publicidade
JS assinala aniversário de Almeida Henriques
Em jeito de pré-campanha eleitoral para as eleições autárquicas, a Juventude Socialista de Viseu reuniu-se no domingo à porta do Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu e soprou as velas de um bolo de aniversário que tinha a foto de Almeida Henriques, ex-secretário de Estado da Economia. A lmeida Hen riques, agora candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Viseu fez 52 anos no domingo, dia 5. Os jovens socialistas admitiram que a iniciativa “era realizada de forma irónica em que quiseram alertar para “os maus resultados do seu trabalho no Governo”, nomeadamente no que respeita ao desemprego. “Não queremos que este seja o próximo presidente da Câmara Municipal de Viseu”, afirmaram os jovens socialistas, esclarecendo que as velas acesas e sopradas “representavam os desempregados portugueses”. Almeida Henriques co-
mentou a iniciativa ao Jornal do Centro da mesma forma que respondeu à concelhia da JS no facebook: “Agradeço também aos jovens socialistas terem-se dado ao trabalho de mandarem confecionar um bolo com a minha cara cantando os parabéns, fico sensibilizado por tanta atenção”. Quanto à mensagem, Almeida Henriques responde que “erraram o alvo”. “Deviam ter olhado para os responsáveis do vosso Partido (PS) que conduziram Portugal ao limiar da bancarrota. Acreditem que trabalhar honestamente implica muito esforço, sigam antes os bons exemplos, trabalhem honestamente, com abnegação, deem o melhor de vós, a política é uma missão nobre, colocada ao serviço dos outros, não é profissão, nunca se esqueçam do bem comum, talvez assim se transformem em homens e mulheres reconhecidos e respeitados na sociedade”, concluiu. EA
dinamizadora cultural, ativista dos direitos das mulheres e coordenadora das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal, no Distrito de Viseu. As comemorações do centenário de Álvaro Cunhal arrancaram em janeiro com uma cerimónia em Lisboa e vão prolongarse durante um ano com atividades descentralizadas por todo o país. Emília Amaral
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Jornal do Centro
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educação&formação Declaração, Hélder Amaral,Acerca de PJR 688-XII-2ª // 2013.05.03 1. Os grupos parlamentares do CDS-PP e do PSD apresentaram o Projeto de Resolução n.º 688/XII, que “recomenda ao Governo que tome medidas no sentido de clarificar a missão das diferentes instituições de ensino superior e articular a oferta formativa no ensino superior”. O objetivo desse projeto de resolução é claro: num momento em que é necessário consolidar a rede de ensino superior, composta por dois subsistemas (universitário e politécnico), é igualmente necessário proceder antes a uma clarificação das missões das instituições de ensino desses dois subsistemas. Sem essa clarificação, naturalmente que seria impossível uma adequada articulação da oferta formativa no ensino superior em Portugal.
3. Acerca do projeto de resolução n.º 688/XII/2ª, importa esclarecer que não há, da parte dos Deputados do CDS-PP, qualquer intenção de retirar um ensino que inclua cursos de mestrado aos Institutos Politécnicos. Assim, qualquer interpretação, compreensão ou afirmação em contrário é totalmente alarmista, e não decorre da leitura do texto.
2. O ensino superior politécnico tem características únicas e apresenta maisvalias que não podem ser oferecidas pelas universidades – uma abordagem profissionalizante, uma aproximação ao tecido empresarial das comunidades onde se insere, e uma ofer-
4. Acresce que a ambição do Governo e dos Deputados do CDS-PP é que a relevância do ensino superior politécnico saia reforçada deste processo de clarificação, para além de uma melhor articulação da rede. Exemplo dessa aposta na missão dos institu-
ta educativa que prepara especificamente para a entrada no mercado de trabalho. Deste modo, a existência de um sistema binário (i.e. uma rede de ensino que engloba os dois subsistemas) é uma especificidade da nossa rede de ensino superior, o que garante a Portugal elevados níveis de qualidade na formação da vertente profissionalizante.
tos politécnicos é, concretamente, a criação de cursos superiores de apenas dois anos, exclusivamente nos institutos politécnicos. Esses cursos serão tecnológicos e particularmente dirigidos aos alunos do ensino profissional, tendo uma forte componente de formação em contexto de trabalho virada para a realidade regional. Assim, estes cursos resultam no repensar dos Cursos de Especialização Tecnológica (CET), que já existem, mas que não são cursos superiores. Deste modo, estes novos cursos de ciclo curto serão cursos superiores de nível 5 (os CET são de apenas nível 4), e oferecerão uma formação de forte ligação aos tecidos culturais, sociais e económicos.
considerar esta proposta “muito válida”, sublinhando que a mesma se encontra alinhada com a estratégia das instituições em conseguir atrair mais estudantes.
6. É firme convicção do CDS-PP que esse reforço nas competências do ensino superior politécnico terá um impacto muito positivo para os alunos, para as instituições e para as regiões onde estas se inserem. Para os alunos, porque terão maior diversidade de oferta educativa à saída do ensino profissional. Para as instituições, que através deste alargamento do acesso ao ensino superior conseguirão atrair mais alunos. E para as regiões, porque verão reforçado o papel dos seus institutos politécnicos enquanto motores de desenvolvimen5. Esta aposta do Governo, to regional, promovendo que é explícita no reforçar uma maior aproximação das competências dos insti- com os agentes locais e o tetutos politécnicos, tem sido, cido empresarial. de resto, bem acolhida jun7. Isto dito, no caso concreto do sector. Como é público, foi o próprio Professor to do Instituto Politécnico Joaquim Mourato, presiden- de Viseu (IPV), não identifite do Conselho Coordena- camos qualquer razão para dor dos Institutos Superio- a comunidade, a direção da res Politécnicos (CCISP), a instituição de ensino supe-
rior ou os representantes dos agentes empresariais da região (nomeadamente a AIRV - Associação Empresarial da Região de Viseu) recearem a retirada dos cursos de mestrado, a perda de relevância do IPV no contexto da rede de ensino superior ou a diminuição do número de estudantes. Sem prejuízo, devemos estar atentos - e estaremos - à ação do governo. 8. Mas há razões para a comunidade viseense se questionar por que razão o IPV não é hoje uma instituição de referência no País – e devia sê-lo. Vejamos: num passado recente, pela mão do Dep. José Ribeiro e Castro, à data Presidente da Comissão de Educação, perdeu-se a oportunidade de mostrar ao País, através do Parlamento, o carro elétrico produzido pelo IPV, iniciativa cancelada abruptamente, por alegada pressão de um partido político. Importa ainda hoje saber quem e porquê. E a comunidade deve também perguntar ao candidato José Junqueiro o que fez enquanto governante para a existência de uma Universidade
Pública em Viseu – recordando aqui que foi promessa de António Guterres, enquanto Primeiro-ministro. Igual questão deve ser colocada ao candidato Almeida Henriques: quando se discutiu a criação da Universidade de Viseu, o que fez enquanto Presidente da AIRV, do CEC (Conselho Empresarial do Centro) e da Assembleia Municipal de Viseu? A comunidade tem ainda de saber como e porque é que foi reduzida a importância do pólo de Viseu da Universidade Católica ou porque alguns dos cursos da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget Viseu não passaram do papel. Registo como sinal positivo a reação do atual Presidente do IPV, e do atual Presidente da AIRV, que é ao mesmo tempo membro do Conselho Geral do Politécnico e de muitos outros organismos… Parece que nem tudo está perdido. É preciso reforçar o papel do IPV como um dos motores do desenvolvimento do distrito de Viseu. Esse é, e sempre foi, o compromisso do CDS-PP.
Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu pela positiva Tomada de posição face ao Projeto de Resolução 688/XII O Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), em reunião extraordinária convocada para o efeito, apreciou o projeto de Resolução 688/XII que irá ser discutido na Assembleia da República no dia 8 de Maio. O referido documento propõe rever as missões dos Politécnicos e das Universidades. O Conselho Geral concorda com a necessidade de clarificação deste sistema binário. O referido projeto de resolução é, no entanto, demasiado generalista e vago, o que o torna muito vulnerável ao eventual desconhecimento por parte de alguns deputados da realidade dos factos. O IPV tem feito um trabalho notável de afirmação a nível nacional e regional. Esta evolução aproximou e em alguns casos ultrapas-
sou, o nível qualitativo das Universidades. Senão vejamos alguns factos sobre a atividade do IPV: • O IPV hoje oferece 17 Cursos de Especialização Tecnológica (CETs), 38 licenciaturas e 29 mestrados, com uma oferta abrangente, de elevada qualidade, com cursos de referência a nível nacional. • Cerca de 6.000 alunos frequentam o IPV, sendo 55% da nossa região e 44% estudantes trabalhadores. Caso não existisse o IPV, 35% dos alunos não poderiam frequentar o ensino superior. • O IPV tem hoje 380 docentes dos quais 130 são doutorados (34%) e 162 estão em doutoramento (43%). Desta forma, em breve 77% dos docentes do IPV serão doutorados, um rácio igual ou
superior às universidades. Este elevado grau de qualificação permitirá gerar uma capacidade notável de produção de conhecimento, indispensável para atrair talento e para apoiar as empresas. • O IPV tem investigação aplicada e produção científica crescentes e relevantes: - Possui um centro de investigação, financiado pela FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia). - Tem 10 projetos financiados pela FCT no valor global de 735 500 euros. - Tem 5 projetos de investigação aplicada em parceria com empresas, financiados pelo QREN e PRODER no valor de 750 000 euros. - Em 2012 produziu 569 publicações científicas (em livros e revistas científicas). • No IPV um aluno custa,
em média, ao Estado 2.400 euros enquanto numa Universidade custa 3.000 euros. No IPV o peso do custo do pessoal docente nos custos funcionamento é de 77%, inferior à média nacional de 80%. Em resumo, o IPV tem hoje uma grande capacidade científica, um elevado impacto regional e uma gestão avançadas. O seu futuro tem de passar pela sua evolução para um modelo de Universidade de Ciências Aplicadas e não por qualquer retrocesso. Por tudo isto, por aquilo que a região necessita do IPV, o Conselho Geral entende que esta instituição não pode perder competências. O reforço das competências do IPV através da requalificação dos CET´s em cursos superiores de curta
duração é um caminho positivo mas, em caso algum, se podem perder quaisquer outras competências como os mestrados. Caso tal acontecesse seria o definhar do ensino superior público em Viseu. O Conselho Geral entende que o IPV tem de continuar o seu caminho rumo à excelência, com base em critérios de mérito, ambição e rigor. O Conselho Geral entende que o ensino superior público em Viseu tem de ser sempre uma prioridade estratégica política. O IPV é a nossa instituição de ensino superior de referência, com a qual todo o nosso futuro educativo terá de ser construído. O Conselho Geral regozija-se com as tomadas de posição dos principais partidos políticos e da AIRV a
nível regional, no sentido da defesa e reforço das competências do IPV. O Conselho Geral acredita na capacidade dos nossos deputados, na sua atenção permanente à realidade de Viseu e na sua defesa dos interesses da região que os elegeu. A promoção e reforço das competências do IPV é um objetivo estratégico que deve unir todos. O Conselho Geral deseja que os interesses da Região de Viseu sejam defendidos e que os receios manifestados, face a este projeto de resolução, por este órgão e por diversas entidades regionais se venham mostrar infundados. Esta tomada de posição foi aprovada por unanimidade em reunião do Conselho Geral do dia 07/05/2013. O Conselho Geral do IPV
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economia Autarca alerta para mudanças radicais na gestão dos territórios CIM’S ∑ Novas competências “permitem gestão em rede com ganhos de eficiência em alguns setores” O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões, Carlos Marta, admitiu que a redução de verbas comunitárias disponíveis para apoio às iniciativas locais vai provocar uma “alteração profunda” na forma de gerir os municípios, sendo necessário seguir um novo modelo de intervenção. O também presidente da
Câmara de Tondela há 12 anos, está de saída da vida autárquica em consequência da Lei de Limitação de Mandatos, mas reconheceu em conferência de imprensa que não sabe se hoje está preparado para “o novo desafio que aí vem do ponto de vista da filosofia de intervenção das entidades públicas nas comunidades”. De uma coisa Carlos Marta tem
a certeza: “Estes anos todos, muita da nossa intervenção foi fazer aquilo que era básico e isso vai acabar porque não vai haver recursos financeiros. Quem vem a seguir não fará nem mais nem melhor. Terá que fazer completamente diferente”. O presidente da CIM Dão Lafões abordou a necessidade de alteração da gestão municipal e regional quan-
do apresentava o resultando das contas de 2012 da CIM Dão Lafões, que fecharam com um resultado positivo de 392 mil euros. “Significam que estamos a fazer também neste domínio uma boa gestão e um bom exemplo do que deve ser seguido por outras instituições”, registou o autarca. O relatório de contas foi aprovado por unanimidade
em assembleia intermunicipal que decorreu em Nelas no dia 28 de abril. Na ocasião foi igualmente aprovado o mapa de pessoal da CIM Dão Lafões. A CIM funciona atualmente com 10 colaboradores, mas Carlos Marta admite que as novas competências previstas para as CIM’s “é natural que exijam mais funcionários”, mas, esclare-
ce o autarca, a Dão Lafões tem uma estratégia definida para esse campo: “A CIM Dão Lafões tem solicitado aos municípios pessoas que queiram deslocar-se dos municípios para a CIM... primeiro vai buscar funcionários às autarquias e só depois abre concurso. Essa tem sido a nossa política e vamos segui-la”. Emília Amaral
∑ A CIM Dão Lafões vai alargar à comunidade o projeto de ideias de negócio que tem vindo a ser desenvolvido nas escolas dos 14 municípios. No ano passado, a CIM Dão Lafões colocou no terreno o projeto “Escolas Empreendedoras”, que tem como objetivo estratégico fomentar o empreendedorismo nas comunidades escolares, tornando os jovens mais criativos, audazes e avessos ao risco. Este projeto continua no terreno este ano e de forma mais abrangente, mas Carlos Marta esclareceu que a CIM Dão Lafões pretende que “as pessoas que estão fora das escolas tenham a oportunidade de apresentar as suas ideias e visão de criação de riqueza”. Esta é a última novidade da Rede Regional de Empreendedorismo da CIM Dão Lafões que tem vindo a realizar diversas ações, como as Oficinas de Criatividade Publicidade
e Geração de Ideias, a Plataforma de Apoio aos Empreendedores ou a Escolas Empreendedoras. Carlos Marta falava na apresentação da segunda edição do projeto Escolas Empreendedoras. “Começámos nas escolas, porque é nas escolas que tudo começa e agora queremos ir mais longe, chegando à restante comunidade, ou seja, dar oportunidade às pessoas que estão fora da escola de terem capacitação, terem formação e puderem apresentar as suas ideias e a sua visão”, avançou. De acordo com o autarca, trata-se de uma forma de empreendedores apresentarem “novos projetos que possam trazer mais-valia ao território, através da realização de um trabalho em rede. Para tal as pessoas têm à disposição “uma porta de entrada”, que são as sedes das associações Comercial e Empresa-
Emília Amaral
Empreendedorismo ∑ Projeto ideias de negócio abre à comunidade em 2013
rial, as associações locais e as escolas de ensino superior, onde se podem dirigir para apresentar as suas ideias, sendo depois encaminhadas para a rede. Carlos Marta sublinhou que “existem muitos mecanismos de apoio, não só nacionais como comunitários, para apoiar iniciativas empresariais”.
Dentro nas novidades para 2013 está também o Campo de Férias de Empreendedorismo. Entre 2 e 6 de julho, 40 jovens reúnem-se no Bioparque de S. Pedro do Sul em regime residencial para “partilhar ideias e iniciativas que lhes permitam ganhar capacidade para o futuro”, sublinhou o secretário executivo da CIM Dão Lafões, Nuno
Martinho. Os jovens (15/18 anos) vão ser acompanhados por monitores experientes de uma escola de empreendedorismo em workshops, oficinas de criatividade e jogos criativos. O projeto “Escolas Empreendedoras” arrancou em 2011/2012, envolvendo cerca de 1.500 alunos e 89 professores de 38 escolas. Este ano “a
adesão tem sido excecional”, envolvendo cerca de 2.200 alunos e 120 professores de 42 escolas. No âmbito do projeto “Escolas Empreendedoras” terá lugar no dia 11 de maio, na Escola Secundária Alves Martins (Viseu), a Expo-Empresas Junior, que envolve 23 turmas do 3.º ciclo. Para o dia 25 de maio está marcada a Feira de Empreendedorismo Júnior, que envolve 17 turmas do 2.º ciclo e decorrerá no Parque Aquilino Ribeiro (Viseu). O Concurso Intermunicipal de Ideias de Negócio está agendado para o dia 7 de junho, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, onde serão apresentadas mais de 130 ideias de alunos do secundário e profissional, dos 14 municípios que compõem a CIM Dão Lafões. Emília Amaral
Jornal do Centro
18 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
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CÂMARA DE VOUZELA DEIXA DE ESTAR EM DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
O empresário e a função da contabilidade
Isabel Martins
O sucesso e a sobrevivência de uma qualquer empresa dependem da sua capacidade para gerar lucros, de forma sustentável, a médio e longo prazo. Para alcançar objetivos que se traduzam em resultados positivos o empresário deve estar consciente da posição económico-financeira da empresa e das alterações que decorrem ao longo do tempo. A formação de lucros não é algo que ocorra de forma acidental. Para além da intuição para o negócio, o empresário/ empreendedor deve efetuar um cuidado planeamento e ter uma capacidade efetiva de gestão. Deve dominar as ferramentas básicas de gestão, usar dados fiáveis na elaboração dos mapas económico-financeiros e conhecer as técnicas de análise destes mapas (rácios, mapas comparativos, etc.). Isto é, deve deter os conhecimentos mínimos para a assunção das suas responsabilidades – a prestação de contas são responsabilidade sua, decorrente da legislação aplicável (Código das Sociedades Comerciais e legislação de caráter fiscal). As ferramentas básicas de gestão são indispensáveis para que o empresário conheça periodicamente a sua situação financeira, permitindo-lhe diagnosticar problemas económico-financeiros e evitar que se transformem em sérias ameaças para a empresa. Ora, em muitas das pequenas empresas o Contabilista é o único técnico superior que detém informação valiosa sobre o desempenho económico-financeiro da empresa que deverá transmitir, atempadamente, ao empresário. Eis o desafio diário do Contabilistas – parceiro na decisão, conselheiro (descodificando a informação para a gestão, tornando-a “amigável”),
agente consolidação da economia das empresas e, indiretamente, do próprio país. O TOC deve apoiar gestão das empresas portuguesas, proactivamente, fornecendo sinais de alerta de crise empresarial, em tempo útil. A função do Contabilista (Técnico Oficial de Contas) vai muito para além da mera execução da Contabilidade. O profissional atual tem de ser um elemento preponderante na vida das empresas, um profissional qualificado que se atualiza diariamente. Aliás, deve colocar uma maior ênfase na capacidade da contabilidade avaliar o desempenho económico-financeiro da empresa e não apenas na satisfação das obrigações de caráter fiscal. Um TOC, com conhecimentos sólidos e com um bom desempenho da sua atividade, acrescenta valor a qualquer empresa, potenciando a sua viabilidade económico-financeira. Um empresário inteligente e moderno nunca dispensará o conselho deste profissional especializado em Contabilidade e da Fiscalidade. A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas exige que o TOC efetue formação contínua como indicador de qualidade e garantia de um serviço responsável e eticamente correto. Também supervisiona a qualidade do serviço prestado aos seus clientes através de auditorias periódicas. Esta preocupação de controlo de qualidade inicia-se aquando da definição dos conteúdos da formação académica dos futuros profissionais (licenciatura), certificando os cursos que possibilitam a “base académica” para a inscrição na Ordem, como é o caso do Curso de Contabilidade e Administração da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV.
Micaela Costa
Docente de Contabilidade e Auditoria na ESTGV
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Nelson Mota (proprietário da Casa Arouquesa), Benjamim Amaral (Aromas do Dão) e Álvaro de Castro (Quinta de Saes e Quinta da Pelada)
Casa Arouquesa “palco” do jantar vínico G15 Evento∑ Vinhos e gastronomia são o mote do grupo “de 15 amigos” O restaurante Casa Arouquesa, em Viseu, foi palco de mais um encontro do G15, que decorreu na segunda-feira, 6. Com o objetivo de “melhorar a relação entre o vinho e a gastronomia”, o G15 une alguns produtores e restaurantes selecionados e organiza todos os meses um jantar vínico onde são dados a provar, aos presentes, as iguarias do restaurante, bem como o vinho do produtor selecionado. Definem-se como um grupo de “15 amigos”, que
em comum têm o gosto pela gastronomia e, nesse sentido, espaços de restauração, da qual um dos restaurantes mais conceituados da cidade de Viseu, faz parte, a Casa Arouquesa. À parte dos quinze proprietários, existe a Aromas Do Dão, empresa que fornece também 15 vinhos de 15 produtores. A receção aos convidados decorreu no espaço exterior ao restaurante, onde vários petiscos tradicionais “aguçaram” o apetite para o jantar, propriamente dito, que viria
a seguir, com as especialidades da casa. Para acompanhar um vinho Quinta de Saes e Quinta da Pelada. No encontro compareceram várias personalidades da cidade como o ex-secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques (candidato à Câmara de Viseu), vários proprietários dos restantes restaurantes do G15, os treinadores, Vítor Paneira e Filipe Moreira, entre muitos outros convidados. Micaela Costa
Oliveira de Frades recebe 2ª edição da Flea Market Decorre no próximo dia 18, a segunda edição do Flea Market na Praça do CineTeatro Dr. Morgado, em Oliveira de Frades. Organizada pelo município em parceria com o projeto “Começardozero” e a ACROF, a Flea Market, é uma feira de trocas e venda de produtos em segunda mão, artesanato, produtos da terra, alimentos e bebidas
confecionadas ou mesmo de exposição de projetos individuais ou coletivos. A animação da segunda edição da Flea Market será feita através de vários concertos: Grutera, Viola Arranjada e Gin Sónico, bem como de workshop de malabarismo, de aulas abertas de dança, de teatro para a família “P de Poesia” e de atividades para as crianças (pintu-
ras faciais e modelagem de balões) que irão dinamizar o Museu Municipal,o Cineteatro Dr. Morgado e a sua zona envolvente. Para participar na feira é necessário preencher um formulário de inscrição (www.cm-ofrades.com) e enviar para o e-mail fleamarketofrades@gmail.com. As inscrições estão abertas até ao dia 17 de maio. MC
A Câmara de Vouzela anunciou, na segundafeira, 6, ter deixado de fazer parte do grupo de 53 municípios portugueses que estavam em situação de desequilíbrio financeiro. Segundo o vereador responsável pelo pelouro financeiro, Luís Alcides Melo, esse era um dos objetivos traçados para este mandato, que foi alcançado em abril. O vereador referiu que, atualmente, “o município de Vouzela deixou de cumprir cinco dos requisitos que o penalizavam, faltando-lhe apenas regularizar o limite de endividamento”. Acrescentando que falta apenas a confirmação formal da Direção Geral das Autarquias Locais. O documento de prestação de contas relativo ao ano passado foi levado à última Assembleia Municipal e aprovado por unanimidade. De acordo com este documento, “foi registada a melhor execução orçamental da última década, com 93% do lado da receita e 88% do lado da despesa”, tendose ainda verificado “uma redução na despesa total de 4,2%, sendo que a receita total cobriu integralmente a despesa do ano, gerando um saldo de gerência de 880 mil euros”. No que respeita às dívidas a fornecedores, a autarquia está a pagar a 15 dias. “Neste mandato, a Câmara Municipal registou uma redução em custos de pessoal de 25%, uma redução no número de colaboradores em 35%, uma redução dos prazos médios de pagamento em 60% e uma redução de 88,5% nas dívidas a terceiros”, sublinhou Luís Alcides Melo. O vereador acrescentou que, “em pouco mais de três anos, a dívida de médio e longo prazo sofreu uma diminuição que ultrapassa os 21,5%, representando uma redução de três milhões e setenta e oito mil euros”. MC/Lusa
Micaela Costa
Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 582 DE 09 DE MAIO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
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Jornal do Centro 09 | maio | 2013
SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA
“Levo a certeza de ter procurado cumprir o meu dever” 24 anos a liderar um município. Quando se chega, qual é a primeira coisa que se faz? A primeira coisa que se faz é começar a planear de acordo com algumas prioridades que estão identificadas. Depois ao longo dos anos e dos planos de atividade anuais ir fazendo as retificações que se entendam necessárias em função dos recursos e até de alguns dados que vão surgindo. Que prioridades foram essas? A primeira prioridade foram as infraestruturas básicas, o abastecimento de água às populações. A segunda prioridade foi a proteção e valorização da mancha florestal, como recurso endógeno mais importante. Iniciámos um programa de política local e hoje vemos que foi uma grande aposta e que tem tido um impacto económico muito positivo. Por fim, e ao mesmo tempo que estávamos a pensar nas obras e nas infraestruturas, não esquecemos que tudo o que fazíamos tinha de ser para as pessoas. Fomos talvez dos primeiros municípios que teve uma Assistente Social a trabalhar nos quadros. E isso foi muito importante, pois identificámos muitos problemas que até aí se desconheciam,a partir daqui o município passou a ter outra responsabilidade social. Nos primeiros mandatos deparou-se com o problema da perda da indústria… Foram momentos angustiantes. É muito doloroso ver desaparecer, em dois três anos, praticamente toda a indústria tradicional. As serrações fecharam, as cerâmicas entraram em convulsão, tínhamos a fiação, que era um grande empregador, e nessa altura eu temi que o concelho entrasse numa crise social complicada. Mas felizmente conseguimos dar a volta, fizemos ações de formação e trabalhámos muito com o Ministério de Trabalho e conseguimos aguentar o primeiro impacto, até que tivemos capacidade para abrir outras portas. Que portas foram essas? Foi preciso olhar para outros setores mais inovadores, não deixar cair o setor tradicional, sobretudo a área das madeiras. Começámos também a ter alguns empregadores na área dos medicamentos, tivemos logo no início um importante investidor na área da cerâmica e depois fomos fazendo um caminho, ao ponto de termos o nosso parque industrial completo e chegámos mesmo a fazer algumas ampliações. No mês de março apresentámos apenas 7,52% de desemprego, numa altura destas é quase um milagre! Passa de dificuldades na indústria para um Parque Industrial, do qual se orgulha. Naturalmente que sim. Mas a nossa indústria não está centralizada no Parque Industrial. No Parque temos cerca de 450 postos de trabalho, o que é bastante bom e com vencimentos em dia, que isso é o mais importante. São empresas exportadoras, que inovaram e que por isso tenho naturalmente muito orgulho, sobretudo naqueles empresários que têm conseguido crescer, não só na faturação como no número de postos de trabalho. No seu discurso nota-se uma grande pre-
ocupação com as pessoas. Na base de qualquer cidadão está a educação. O que foi feito nessa área? Quando iniciei funções o ensino primário era um parente pobre do sistema de ensino e eu tomei a iniciativa de criar um orçamento de escola. O nosso parque escolar esteve sempre com boas condições, fomos dos primei-ros municípios a aderir ao programa da informatização, equipando as escolas do 1ºCiclo com computadores ligados à Internet e no ano passado construímos o Centro Educativo, que junta o Pré-Escolar, o 1º Ciclo e anexada uma Creche, o que faz com que todos tenham as mesmas condições de trabalho, de aprendizagem, as mesmas opor tunidades de sucesso escolar. Nos outros níveis de ensino temos um programa que se chama “Da Escola, Agarra a Vida”, onde o município suporta todos os custos com a chamada orientação escolar e profissional, a partir do 8º ano, através de várias ações. E este trabalho conduz a que durante anos sucessivos não tenhamos um caso de abandono escolar.
Falamos aqui de um cuidado especial com a área social. Aqui, o que foi feito? Eu diria que tudo. Quando chegámos a Santa Casa da Misericórdia estava a começar a cons-
truir um lar de idosos e foi com a nossa presidência que se fez o financiamento e depois entrou em funcionamento. Criaram-se cerca de duas centenas de postos de trabalho, demos resposta na área da infância, do apoio à família, através de protocolos com a Misericórdia. Criaram-se serviços para a terceira idade, desde lar, apoio domiciliário, centros de dia. Temos uma Unidade de Cuidados Continuados, a Fundação Balmar, outra IPSS que trabalha com a terceira idade, e procurámos desenvolver as respostas sociais em estreita coordenação com as instituições. Hoje o concelho tem respostas sociais em quantidade e qualidade que muitos gostariam de ter. Portanto, ao longo destes 24 anos foi dando muito às pessoas. E as pessoas, o que lhe deram a si? Estive sempre muito empenhado em tudo o que era a vida desta terra, que não sendo minha eu adotei. Mas nunca fiquei à espera que me dessem alguma coisa. Mas levo a certeza de ter procurado cumprir o meu dever,fazê-lo com honradez, não enganando as pessoas com falsas promessas e assumi todos os compromissos que tive com elas. E a maior recompensa que levo é que ao longo destes anos, sempre tive os melhores resultados
eleitorais e estas últimas eleições foram o reflexo disso mesmo, com mais de 60%. O que mais quero que as pessoas me deem é o sentimento de que fui útil para elas.
Ficou alguma coisa por dar? Daquilo que podia, não ficou nada por dar. Sinto que não fiz tudo o que gostava, que cometi erros que não deveria ter feito, mas na minha consciência o balanço é muito positivo. E parto de consciência tranquila para outra etapa da minha vida. No Dia do Município terá uma exposição ccom a retrospetiva destes 24 anos. Qua Quando entrar e vir todas aquelas fotografias,o que é que vai sentir? fotografia Vou sentir senti alguma nostalgia de tanta coisa ajudámos a construir, a fazer, porque isto que ajudám foi feito por equipas não só de responsáveis políticos. Vou sentir nostalgia porque sempre me entreguei ccom grande dedicação, empenho e paixão ao progresso p da minha Terra e na área financeira acho a que tive um papel determinante porque não é fácil arranjar os milhões de euros que se inves investiram neste município só com o orçamento municipal. mu O que va vai fazer a partir de agora? Vou olhar mais para mim, para a minha família. Não vou ficar parado, porque não gosto de ficar à espera espe que as coisas aconteçam. O meu que deveria candidatar-me à Aspartido entende ente Municipal, para naturalmente continuar sembleia Mu a dar o meu contributo cívico. Pela minha parte ainda não tomei tom uma decisão, também quero auscultar a minh minha família e no momento certo decididecisão será tomada tendo presente a mesrei. A decisã ma ideia de sempre: servir o interesse público. O que go gostaria de dizer a todos aquetrabalharam consigo ao longo les que tr destes anos? ano Uma expressão expr muito beirã, “bem-haja”! Pela forma como se empenharam naquilo que foi o cumpriment cumprimento dos objetivos do município, pela forma como sempre me trataram. E já agora um pedido de ddesculpa se uma vez ou outra não fui tão agradável agra como o que estavam à espea todas as equipas, a todos os ra. Um abraço ab traba trabalhadores, aos que se aposentaram e também aqueles que já não estão connosco mas que fizeram parte desta grande família durante este ciclo que está a terminar. Que última mensagem gostaria de deixar aos seus munícipes? A mensagem que gostaria de deixar é a seguinte: nós atravessamos momentos muito difíceis neste país, e com reflexos no nosso município,mas não nos podemos ressignar, porque isso é o pior que pode ac acontecer. Temos que continuar a luta tar pelos nossos direitos e sobretudo po por aquilo que fomos capazes de criar e qque agora nos querem tirar. Temos de batalhar para não perder a qualidade de vida que tanto no nos custou a conseguir, unindo-nos na sua defesa, independentemente das cores e das opiniões.
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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA
Exposição “Mortágua - Uma Construção Para Todos” D a n d o c o nt i n u i d a d e a o c i c l o d e ex p o s i ç õ e s “Sentir a Terra”, que tem assinalado o Dia do Município, neste dia abrirá ao público a E xposição “Mor tágua - Uma Constr ução Para Todos”. Trata-se de uma exposição de natureza docum e nt a l e foto g r á f i c a q u e c o n s t i t u i u m a c ro n o -
logia dos pr incipais momentos e acontecimentos qu e ma rca ra m a v ida do concelho, nas vár ias á reas de ação municipal, desde 199 0 até à atualidade. Através desta retrospetiva pretende-se proporcionar ao público um olhar sobre a evolução do
concelho, sobretudo nestas últimas duas décadas, em ter mos de equipa mentos constr uídos, i n f r a e s t r u t u r a s e o b r a s e x e c u t a d a s, p r o j e t o s desenvolvidos, eventos realizados (de iniciativa mu nicipal e ou tras e ntidades), e ntre ou tras referências.
Duas décadas de crescimento Ao longo das últimas duas décadas foram construídos mais de duas dezenas de equipamentos públicos e sociais, indispensáveis à qualidade de vida da população e ao desenvolvimento integrado do concelho: Parque Industrial, Quartel da GNR, Quartel dos Bombeiros, Bairro Social, Centro de Animação Cultural, Piscinas Municipais, Pavilhão Gimnodesportivo, Mercado Municipal, Biblioteca Municipal, Centro de Saúde, Ninho de Empresas, Centro Educativo, entre outros.
Procedeu-se ao arrelvamento e remodelação geral do Campo de Jogos da Gandarada (Mortágua) e Campo de Jogos Juiz de Fora (Vale de Açores). Construíramse dois novos Campos de Ténis e um Mini-Campo relvado.
Na área da Juventude é de referir a promoção de programas de ocupação dos tempos livres dos jovens e simultaneamente de apoio às famílias, nas férias de verão (Férias Ativas e JEF - Jovens Estudantes em Férias); a criação da Conta Crescente Jovem ( conta-poupança a favor dos jovens, atribuída desde o nascimento até à maioridade); a isenção de taxas para construção de habitação própria de jovens casais (172 casais jovens beneficiados, até ao final de 2012, representando um apoio global do Município no montante de 225 982,39 euros).
O Município investiu fortemente na educação, em todos os níveis de ensino, mas em especial no Pré-Escolar e 1 º Ciclo do Ensino Básico, com o objetivo de promover o acesso de todos à educação, a igualdade de oportunidades e condições de sucesso escolar para todos. Promoveu-se a generalização do Pré-Escolar, implementaram-se os Serviços de Apoio à Família (Refeição Escolar e Prolongamento de Horário),apoiaram-se investimentos de ampliação e requalificação do parque escolar, apoiaram-se os alunos na aquisição de material escolar, promoveu-se a oferta de Atividades de Enriquecimento Curricular (Desporto, Inglês e Música), introduziram-se as Novas Tecnologias de Informação no Pré-Escolar e 1ºCiclo do Ensino Básico, atribuíram-se Bolsas de Estudo para jovens a frequentar o Ensino Superior, criaram-se programas de Orientação Escolar e Profissional e de promoção do sucesso escolar (Projeto “Da Escola, Agarra a Vida”). Medidas que foram reforçadas nos últimos quatro anos: gratuitidade das refeições para todas as crianças do Pré-Escolar e 1º Ciclo; comparticipação na aquisição de manuais escolares no 1º Ciclo; transportes escolares gratuitos para todas as crianças do Pré-Escolar e 1ºCiclo. Nos últimos dez anos (2002-2012) o investimento na Educação ascendeu a mais de 15 milhões de euros, sendo de destacar a construção do Centro Educativo e Creche, a funcionar desde o ano letivo 2011-2012, que representou o maior investimento municipal de sempre.
As políticas sociais estiveram desde sempre no centro da atividade municipal, tendo como objetivo a promoção dos direitos fundamentais dos cidadãos, a coesão social e a proteção dos setores mais frágeis da sociedade. O ano de 1995, com o arranque do projeto “Ao Encontro De...”, marcou uma verdadeira “revolução social” no concelho. Este projeto-piloto a nível nacional deu início a uma abordagem integrada das questões da pobreza e exclusão social, através de uma aposta na prevenção, no trabalho em parceria e em rede, envolvendo Município e Instituições Locais e Regionais (que tem hoje continuidade na Rede Social). Construiu-se o Bairro Social da Gandarada (58 fogos sociais), realizaram-se intervenções de reabilitação habitacional nas povoações que permitiram melhorar a situação de cerca de uma centena de pessoas, apoiaram-se as Instituições de Solidariedade Social do Concelho, tanto a nível de construção de equipamentos sociais (Lar da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua, Escola de Cães-Guia para Cegos (única a nível nacional), Centro Social da Fundação Balmar, Lar Residencial e Centro de Atividades Ocupacionais para Pessoas Portadoras de Deficiência da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua), como ao nível do alargamento das respostas sociais e do seu funcionamento.
Na Saúde destaca-se o apoio dado à construção do Centro de Saúde e da Unidade de Cuidados Continuados (uma contrapartida exigida pelo Município pela cedência do terreno para implantação do Centro de Saúde), o apoio ao funcionamento do Centro de Saúde e suas extensões, a criação da Unidade Móvel de Saúde (projeto pioneiro a nível da Região Centro)
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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA
A nível de infraestruturas básicas, a prioridade foi a generalização do fornecimento de água ao concelho, um objectivo que teve como data marcante o ano de 1992, quando entrou em funcionamento o sistema de captação a partir da Albufeira da Aguieira. Até essa altura a taxa de cobertura da rede pública de abastecimento rondava apenas os 30%. Construíram-se reservatórios, estações elevatórias, muitos quilómetros de condutas adutoras e elevatórias e de redes de abastecimento e distribuição, respondendo ao crescimento urbano e habitacional. Atualmente a taxa de cobertura com rede pública de água é de 99,9%, valor que está muito acima da média nacional. Desde cedo o município assumiu o desafio de dotar todo o concelho de uma rede pública de Saneamento Básico, numa perspetiva da melhoria da qualidade de vida das populações mas também de preservação do ambiente, executando sempre redes de drenagem com os respectivos sistemas de tratamento. Atualmente a taxa de cobertura com rede pública de saneamento é de 75%, e continuam a ser executadas novas redes de drenagem. Ao longo destes anos o Município seguiu uma estratégia de desenvolvimento sustentado do concelho, numa visão integrada e com objetivos muito claros: revitalizar, diversificar e apoiar o tecido empresarial local; reforçar a competitividade do concelho; favorecer a iniciativa empresarial, fomentar o empreendedorismo e a criação de emprego qualificado; investir no desenvolvimento turístico; construir infraestruturas e equipamentos que potenciem e facilitem o investimento.
Ampliou-se e infraestruturou-se o Parque Industrial e criaram-se outros três pólos industriais distribuídos pelo concelho. Atualmente estão instaladas no concelho algumas das maiores empresas do distrito, com forte vocação exportadora, ligadas aos setores Farmacêutico, Cerâmica de faiança, Madeiras, Biomassa, produção de pellets,energias renováveis. E encontra-se aprovado o Plano de Pormenor de Expansão do Parque Industrial que prevê uma nova área de expansão de 50 hectares. Criou-se um Ninho de Empresas, uma estrutura de incentivo e apoio à iniciativa empresarial e ao empreendedorismo, nomeadamente dos jovens, facilitando o arranque ou desenvolvimento dos seus projetos e ideias de negócio. Promoveu-se a qualificação da malha viária de articulação intra e intermunicipal, fundamentais para a mobilidade, qualidade de vida e desenvolvimento integrado do concelho. Investiu-se na valorização urbana do concelho, numa perspetiva de melhoria da qualidade de vida das populações e gestão equilibrada do território, através da qualificação dos espaços urbanos, a beneficiação de infraestruturas, a criação de zonas verdes e ajardinadas, e um ordenamento cada vez mais exigente e cuidadoso.
A Floresta é a maior riqueza do concelho, a seguir às suas Gentes, produzindo rendimento, bem estar social e criando emprego. Consciente da sua importância ambiental, económica e social, o Município desenvolveu ao longo dos anos um Programa Integrado de Preservação e Valorização da Mancha Florestal do concelho, com o objetivo de garantir a sustentabilidade da floresta e o seu potencial produtivo. Investiu-se na criação de acessibilidades à floresta, na construção de pontos de água, na vigilância florestal, no apoio aos Bombeiros, às Juntas de Freguesia e Associações Locais, na sensibilização dos proprietários florestais, dos jovens e das populações. Foram construídos cerca de 2 mil quilómetros de caminhos florestais e 79 pontos de água, implementou-se um programa municipal de Vigilância Florestal, que funciona nos meses de verão, 24 horas sobre 24 horas e com cobertura de todo o concelho. Um trabalho reconhecido a nível nacional, sendo Mortágua apontado como um caso único e um exemplo na área da prevenção florestal.
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especial
Moda e Tendências 2013
Embora o tempo não esteja para grandes aventuras a verdade é que começa a tornar-se impossível não reparar nas coleções de primavera/verão 2013. As cores fortes, os contrastes, a luz, os brilhos, as riscas, os padrões, estão por todo o lado… Vista-se a rigor e venha conhecer algumas sugestões…
Tendências para eles e para elas A atmosfera dos “Sixties” estará mais viva que nunca! O regresso dos “Anos 60” invadem esta coleção com cores frescas e vibrantes. Vestidos e casacos de corte em ‘A’, as típicas minissaias e os motivos gráficos. Use e conjugue. Arrisque!
Riscas e mais riscas Nas calças, nos casacos, nas saias as riscas verticais estão em todo o lado. Para quem quer “ganhar” uns centímetros, esta pode ser uma boa solução. O preto e branco é a cor mais vista não só nas riscas como em muitas outras peças.
Padrões para todos os gostos As flores, o estilo étnico e tribalista, o print animal, e tantos outros padrões vão marcar a primavera/verão 2013 e trazer muito movimento aos looks.
O azul forte, claro e conjugado, entre si, é a cor da estação
A Ganga está na moda Num look total ou apenas uma peça a ganga é para usar!
Blazer adapta-se ao estilo Os blazers, facilmente associados a looks mais formais, aparecem em estilos descontraídos e nas mais ariadas cortes, ou cortes.
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24 ESPECIAL | MODA E TENDÊNCIAS 2013
Para elas
Transparências e rendas Tal como na estação passada as transparências e as rendas marcam os looks.
Brilhos Com maior ou menor destaque, esta estação o brilho veio para ficar. As lantejoulas, os tons metálicos e o dourado estão em todas as peças.
Sapatos e conforto Esta coleção trouxe velhos conhecidos. Os sapatos em bico de salto agulha regressam e com looks mais sofisticados ou descontraídos - o preto e o nude são as cores eleitas. Sandálias ou sapatos de apertar no tornozelo, ou as tão conhecidas alpargatas, vão andar por aí!
Óculos de todos os feitios Para além de um acessório são também importantes para a saúde dos olhos. Para o verão 2013 são várias as opções e modelos que são tendência. Os mais procurados são os mais coloridos, com lentes espelhadas, os formatos clássicos ou retró (como é o caso do estilo aviador), com espaço também para as armações trabalhadas com o dourado e a transparência.
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Unhas pintadas é obrigatório A moda dos brilhos e metalizados chegam também às unhas. Redondas, com verniz de gel, ou gel, com desenhos ou lisas, ou de várias cores, esta estação as unhas são para pintar!
Carteiras e Bijuteria As cores fortes, as inspirações étnicas e as “pedras preciosas” vão fazer parte dos acessórios desta estação. As franjas regressam em peso e completam qualquer look simples.
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Cabelo Para esta estação a grande tendência do tamanho do cabelo é o corte médio, nomeadamente o corte de 8/9 centímetros abaixo dos ombros. Ainda dentro do médio, mas para os cabelos um pouco mais compridos a tendência é o escadeado ou escadeado em camadas e aposta-se no corte “bob ondulado”, uma forte tendência para este verão. Os anos 20 também marcam presença nos cabelos com a tendência de corte ”Pixie”, que ganhou fama nos anos 60. Os cabelos compridos querem-se com um ar natural e luminoso, que deve ser liso ou com ondas suaves. Cores: As cores da tendência são os diferentes tons de loiro, o vermelho e o castanho com nuances de caramelo e amêndoa. Publicidade
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Jornal do Centro 09| maio | 2013
MODA E TENDÊNCIAS 2013 | ESPECIAL 25
Crianças
Para eles
Os mais pequenos vão acompanhar a moda dos mais crescidos. Riscas, cores, flores, padrões e print animal marcam os looks dos mais novos. A ganga será presença obrigatória, assim como pequenos apontamentos de napa.
Fatos O corte continua a seguir as linhas tradicionais. No que toca a cores este ano os tons nude, e diferentes, marcam presença nos momentos mais formais do homem.
Óculos de todos os feitios Também no masculino os óculos se pautam pelo diferente, cor e lente espelhada. O tipo “mascara” invade as coleções primavera/verão 2013.
Sapatos O conforto e a elegância vão andar de “mãos dadas” nesta estação. As alpargatas, invadem a estação em cores e texturas criativas e o sapato estilo ingês quer-se colorido.
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desporto Segunda Liga P J 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 38 39 39 39 39 39 38
1 Belenenses 88 2 Arouca 67 3 Leixões 65 4 Portimonense 60 5 Sporting B 60 6 Benfica B 59 7 Desp. Aves 59 8 Santa Clara 58 9 Oliveirense 57 10Penafiel 54 11 U. Madeira 53 12Tondela 53 13FC Porto B 51 14Feirense 49 15Atlético CP 44 16SC Braga B 43 17Naval 42 18Marítimo B 40 19Trofense 39 20Sp. Covilhã 34 21Freamunde 31 22Guimarães B 29
V 27 19 17 16 15 15 14 15 15 14 12 14 13 13 12 11 13 11 9 6 7 5
E 7 10 14 12 15 14 17 13 12 12 17 11 12 10 8 12 15 7 12 16 10 14
D GMGS 5 70 37 10 58 43 8 46 32 11 56 45 9 56 42 10 68 51 8 44 40 11 53 44 12 51 46 13 42 40 10 42 39 14 48 53 14 47 47 16 55 58 19 43 57 15 37 46 11 49 48 21 33 45 18 36 52 17 36 51 22 43 71 19 24 50
1-2 1-1 1-2 0-3 1-1 2-3 1-2 1-1 0-1 1-3 1-1
Feirense Leixões Santa Clara Portimonense Tondela Benfica B Desp. Aves Naval 1º Maio U. Madeira Sp. Braga B Belenenses
Micaela Costa
39ª Jornada FC Porto B Guimarães B Penafiel Sp. Covilhã Sporting B Trofense Oliveirense Arouca Atlético Freamunde Marítimo B
Futsal 40ª Jornada Benfica B Desp. Aves Feirense Naval 1º Maio Sp. Braga B Tondela Leixões Penafiel Portimonense U. Madeira Belenenses
-
FC Porto B Sp. Covilhã Trofense Freamunde Santa Clara Atlético Sporting B Oliveirense Guimarães B Marítimo B Arouca
Pedreles vence taça da AF Viseu O Pedreles (Moimenta da Beira) sagrou-se, no passado sábado, 3, vencedor da taça de futsal da Associação de Futebol de Viseu (AFV). Com as bancadas cheias
e um ambiente de festa, o jogo, que decorreu em Penedono, foi bem disputado pelas duas equipas. Entrou melhor o Pedreles, e até marcou primeiro, mas o Sever reagiu bem e che-
gou ao empate ainda na primeira parte, na transformação de um livre. Na segunda parte entrou melhor a equipa de Moimenta da Beira que se adiantou no marcador.
O Pedreles, a perder por duas bolas a uma, continuava a atacar e rapidamente chegou à igualdade e depois à vantagem, fechando o resultado final a seu favor em 3 a 2.
O Pedreles inscreve o seu nome na lista de vencedores e sucede ao Rio de Moinhos, vencedor no ano passado. Micaela Costa
Voleibol
Bárbara Gomes, atleta do CARDES de Barbeita, é uma das 12 convocadas que viajaram esta semana para Subotica, na Sérvia. A jovem viseense participou em vários estágios da seleção nacional e já tinha integrado o Publicidade
12 da seleção de cadetes que jogou o apuramento para o europeu. Agora, na equipa de juniores, volta a vestir a camisola de Portugal. Em jogo, a poule europeia de Qualificação para o Campeonato do Mundo
2013, de voleibol, que termina amanhã, 12. Portugal defronta as equipas da Sérvia, Dinamarca, França e Bélgica, e apenas a vencedora da série garante o apuramento, onde se juntará às vencedoras das restantes três séries e à
equipa da República Checa, organizadora do campeonato, e da campeã europeia em título, a seleção da Turquia. A fase final será disputada, de 21 a 30 de junho, nas cidades checas de Brno e Prostejov. MC
Gil Peres (arquivo)
Atleta viseense nos juniores femininos da Seleção Nacional
MODALIDADES | DESPORTO 27
Jornal do Centro 09| maio | 2013
Futsal
Futebol
AJAB de Tabuaço na corrida para a subida
Equipas de Viseu com má sorte na III Divisão
No Nacional de Futsal da II Divisão, série A, a AJAB de Tabuaço está na corrida por uma eventual subida à I Divisão. A duas jornadas do final do campeonato, a formação do Norte do distrito subiu ao terceiro lugar depois da vitória por 5 a 1 no Macedense e está agora apenas a dois pontos do Póvoa Futsal, equipa que ocupa a segunda posição na geral. Já o Viseu 2001, com a derrota no Covão Lobo por 4 a 1, caiu para o 7º lugar, já a 4 pontos do Póvoa, e praticamente só um
milagre pode valer aos viseenses. A próxima jornada, a penúltima do campeonato, vai jogar-se apenas no próximo dia 18 de maio. O Viseu 2001 recebe o Desportivo da Aves enquanto a AJAB de Tabuaço joga no seu pavilhão com a Associação da Mata, numa jornada onde as equipas de Viseu precisam vencer e esperar que o Póvoa Futsal possa perder pontos no jogo com o Cohaemato, e assim adiar todas as decisões da subida para a última jornada. MC
Futebol | II Divisão Nacional
Campeão Turbo O Académico de Viseu defronta o Chaves, amanhã, 10, no primeiro jogo de apuramento de campeão da 2ª Divisão, no estádio do Restelo, em Lisboa. Ao contrário do que estava inicialmente previsto a fase de apuramento, em formato competição turbo, termina já no domingo, 12, devido a uma alteração na forma como se disputa o apuramento. O Campeão Nacional será encontrado em apenas três jogos, entre amanhã e domingo - recorde-se que anteriormente eram seis jornadas e terminaria apenas a 16 de junho.
A alteração deve-se à solicitação apresentada pelos três clubes participantes (Desportivo de Chaves, Académico de Viseu e Farense), à Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em cima da mesa esteve o pedido dos dirigentes dos clubes para encontrar uma solução que evitasse o prolongamento da época desportiva com o objetivo de reduzir custos e não sujeitar os atletas a um ritmo competitivo tão duro. Os clubes pediram e a FPF fez-lhes a vontade. Os academistas voltam a jogar no domingo, pelas 17h00, frente ao Farense.
Assembleia Geral - Académico de Viseu
∑ Académico de Viseu reúne em Assembleia-geral a 14 de junho. A constituição de uma SAD é um dos temas na ordem de trabalhos. Sobre o assunto, Pedro Ruas, vice-presidente do clube, já havia afirmado, em entrevista ao Jornal do Centro, que a direção está “inclinada para uma sociedade por quotas”, até porque “há um certo trauma com a SAD” e “também não acreditamos que se justifique uma Sociedade Anónima Desportiva”. A vontade de manter o clube “nas mãos” dos sócios é outra das justificações para a escolha por parte do Académico de Viseu. “A nossa perspetiva é que o clube detenha a totalidade do que é a quota da sociedade, porque não queremos que caia em mãos alheias. Queremos que até ao fim os sócios, em Assembleia Geral, dominem a vida do clube e só com a sociedade por quotas é que isso possível”. MC
Uma completa razia nas equipas de Viseu que participaram este ano no Campeonato Nacional de Futebol da III Divisão. Eram cinco equipas em prova, e ficaram zero apuradas para o novo Campeonato Nacional de Seniores. A época não correu bem logo na primeira fase em que quatro – Sampedrense, Oliveira de Frades e Parada, na série C, e Mortágua Publicidade
na série D – ficaram logo pelo caminho, condenadas à despromoção aos distritais de Viseu. A esperança residia no Penalva do Castelo que conseguiu terminar entre os seis da frente na série C e assim ter a possibilidade de lutar pelos dois primeiros lugares, os tais que apuravam as equipas para a nova competição Nacional, mas a segunda
fase tem sido desastrosa e a quatro jogos do final a equipa está já virtualmente despromovida. A descida destas cinco equipas que vai ter, igualmente consequências na Divisão de Honra de Viseu, já que obriga a que sejam nada mais nada menos que sete as formações que vão ser obrigadas a descer para a I Divisão Distrital. Uma situação pouco ou
nada habitual, mas motivada pelas alterações previstas nos quadros competitivos nacionais e na criação do novo Campeonato Nacional de Seniores onde na próxima temporada o distrito terá apenas duas equipas: o Cinfães, já apurado porque jogava na II Divisão, e também o novo campeão distrital de Viseu: Lusitano de Vildemoinhos ou Castro Daire. MC
D Noite de fado em Carregal do Sal
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culturas expos MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves De 4 a 31 de maio, a exposição de fotografia «Luzes», de José dos Santos.
∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves De 2 a 25 de maio, a exposição «Barrigas de Mamã», de Elisabete Nunes Sousa.
MOIMENTA DA BEIRA ∑ Biblioteca Municipal Até dia 17 de maio Exposição da obra de Aquilino Ribeiro em elmos e cilindros, de Manuel Vaz
OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades Até dia 16 de junho exposição de fotografia, “Project Llull”, de José Crúzio
LAMEGO ∑ Museu de Lamego Até dia 30 de maio, exposição de fotografia, “10 Regiões Vinhateiras Europeias Património da Humanidade”
Arcas da memória
Destaque
XIV Festival de Teatro Jovem está de regresso
Sessões diárias às 21h50, 00h10* Ladrões com Estilo (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50* Esquecido (M12) (Digital)
Sardoal – A vila jardim e os leques floridos
Andei pelo Sardoal há breves dias, rompera já há algum tempo a Primavera mas as chuvas tardias e o vento frio que batia sobre o morro, não deixara ainda rebentar as flores que devem agora estar já a abrir do amEvento∑ Teatro amador a concurso até dia 31 de maio no Auditório Mirita Casimiro paro das varandas, dos vãos de janelas e dos remates das sacadas pontuando de graça e de cor o casario da vila que Está a decorrer até dia 31, instituições. jovens, com o sentido de apelidaram de “Vila-jardim”. o XIV Festival de Teatro O elenco dos grupos a dar maior visibilidade ao E o nome fica-lhe bem e esse Jovem, no Auditório Miri- concurso são constituídos, trabalho desenvolvido no quase místico florir de rosas ta Casimiro, em Viseu. maioritariamente, por jo- campo teatral pelos gru- na paisagem, votiva devoO festival, uma inicia- vens com idade até aos 30 pos de jovens das escolas ção, quase podia dizer-se, à e associações, em que se esmoler rainha que as cartiva de âmbito concelhio, anos. conta com a participação O grande objetivo do encontram integrados, e regava no regaço para delas de grupos de teatro ama- evento, que vai já na 14ª tendo em vista a desco- fazer pão de pobres, a Santa dor existentes no municí- edição, visa a promoção berta de novos valores no Rainha Isabel que terá dado, diz uma velha tradição, fopio de Viseu, pertencen- de uma política assente e para o teatro. ral à vila. tes a escolas, associações na valorização e apoio às Da vila lembro a paisaMicaela Costa gem verde e cinza olhada do culturais e organismos/ iniciativas culturais dos Adro da Igreja, a brancura das casas e as molduras ocre das portas e janelas, as flores a nascer, a renda de fer9 [quinta-feira] 21h30 13 [segunda-feira] 21h30 ro das varandas, a Travessa O Foral Manuelino de Viseu Monólogos da Vagina (SevenUP - Grupo de Teatro da (Molhe de Grelos - AJAPA - Associa- do Senhor dos Aflitos subindo a ladeira, a Igreja Matriz Escola Prof issional Mariana Sei- ção Juvenil Azeredo Perdigão) e a pintura gótica do Mesxas) tre de Sardoal que nos faz 14 [terça-feira] 21h30 evocar a de Viseu. E depois 10 [sexta-feira] 21h30 CircuLAR - o meu lar é o Circo os “leques” que disso queria Os Piratas (TRIBAL - Grupo de Teatro de Passos só falar. Ninguém lhes conhece a história. Ninguém (Os iniciados - Associação de Pais de Silgueiros) sabe de inventor. Lembrame Encarregados de Educação da Esse as mulheres de Andreus cola Básica João de Barros - Mar15 [quarta-feira] 14h30 e a memória delas que vai João Porcalhão zovelos) além de cem anos. Lembra(Os Vigilantes - Associação de Pais da se o antigo tempo das ceifei11 [sábado] 21h30 Escola nº4 de Viseu - Balsa) ras, entreténs com palha coO Jardim dos Amores 21h00 brindo as horas do descanso, (Projeto ComUnidade - Zunzun Comissário de Polícia, de Gervásio Lo- raparigas novas aprendenAssociação Cultural bato do e depois o abandono da arte de onde não vinha pão (ABC do Teatro Colégio da Via-Sacra) para viver. Rita Clara, Luísa 12 [domingo] 18h00 de Jesus Falcão, Georgina Máscara (Anti) Criminosa 16 [quinta-feira] 21h30 Fernandes, Gracinda Frade, (Visiunarte Ateliês - Associação Os Piratas uma cadeia que, com a últiCultural Social e Recreativa de San(Colombina e Arlequim - Escala Dr. ma se partiu. Mas agora há tiago ) Azeredo Perdigão Abraveses) Célia Belém. Já alguém es-
Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h30, 00h25* Homem de Ferro 3 (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Um refúgio para a vida (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h20, 23h40* Fogo contra fogo (M16) (Digital)
09 | maio | 2013
Espetáculo com o Grupo de Cordas e o Grupo de Fados “Canto da Noite” da seção de Fados da Associação Académica de Coimbra, sábado, dia 11, às 21h30 , no Centro Cultural de Carregal do Sal.
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40 Os Croods VP (M6) (Digital)
Jornal do Centro
Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h2o, 00h00* Transe (M16) (Digital)
Gladiadores (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h00, 23h45* Esquecido (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20* Assalto à Casa Branca (CB) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 16h45, 19h00, 21h20, 23h35* O grande dia (M12) (Digital)
Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 18h40
Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 22h00, 00h30*
Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme (M12) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
creveu que “é forte como a palha o espírito desta artesã” que tomou como missão o resgate da memória das antigas fazedoras de leques, mulheres sempre, que os inventaram, talvez para atiçar o lume da lareira, talvez para arrefecer o rosto em dias de calor. A palha do centeio deve ter sido a matéria primeira. E talvez não. Célia Belém, como as antigas companheiras, vai hoje pela beira dos caminhos, no findar de Maio, no começo do mês de Junho, e corta as longas hastes de “palanco”, como ali se diz, uma espécie de aveia selvagem, o “balanco”, (avena sativa L., sterilis), de cujos caules faz os pequenos feixes que, depois, em horas demoradas, retiradas as palhas, uma a uma se vão unindo com o jeito sábio das mãos da artesã que manobra o fio vermelho que alegre o cabo do leque que se enrola. De palhas dizia-se que eram 115 ou 135, mas ela guarda o número no olhar, na medida empírica da mão. Depois cozem-se com linha e agulha as palhas do leque que se estende, aqui e além trapinhos aos quadrados, coloridos, que ficam presos, a adejar, recortam-se as pontas, em bicos e a obra-prima tornou-se também brasão da vila, prenda graciosa para enleio de mulher ou tão só memória num alegre assento de cadeira.
Estreia da semana
Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 00h10* Homem de Ferro 3 (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 14h50, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50* Nome de código: Paulette (M12) (Digital) Legenda: *sexta e sábado
Assalto à Casa Branca – Um emocionante thriller de ação do aclamado realizador Antoine Fuqua (Dia de Treino), quando um grupo de terroristas invade a Casa Branca e aprisiona o Presidente dos Estados Unidos, a única salvação vem de um antigo agente dos Serviços Secretos.
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culturas
D Concerto filarmónico na Fundação Lapa do Lobo
Jornal do Centro 09 | maio | 2013
Concerto filarmónico da Sociedade Filarmónica “Fraternidade” de São João de Areias, domingo, às 18h00, no Anfiteatro e Jardim Fundação Lapa do Lobo, em Canas de Senhorim.
O som e a fúria
Destaque
Maria da Graça Canto Moniz
Micaela Costa
Uma ditadura interior
A Carlos Marta, Américo Nunes e Paulo Ribeiro apresentaram o projeto no Teatro Viriato
“Viseu A” anima centro da cidade durante 24 horas Iniciativa∑ Várias artes performativas invadem a cidade ao longo do dia 1 de junho “Viseu a 01 do 06” vai trazer arte e cultura ao centro da cidade de Viseu durante as 24 horas do dia 1 de junho. A iniciativa, apresentada na segunda-feira, 6, e promovida pelo Teatro Viriato, conta com seis espetáculos de várias artes performativas que ao longo do dia, vão animar largos e praças, num convite à redescoberta do território. A dança, o teatro, a música, o novo circo e o funambulismo vai invadir Viseu, desde o Parque Aquilino Ribeiro, passando pela Praça da República e pelo Adro da Sé até ao Largo Mouzinho de Albuquerque. A primeira experiência será “Esta cidade é minha e eu quero viver nela”, às 00h00 de sábado. Um manifesto poético criado por Joana Craveiro, do Teatro do Vestido, e construído a partir das vivências do quotidiano e dos espaços da cidade de Viseu. Os intérpretes conduzem, a partir do Teatro Viriato, os espectadores pelas ruas, desvendando as memórias da cidade, “numa espécie de visita guiada”, referiu Paulo Ribeiro.
Das 10h00 às 19h00, o “Viseu a 01 do 06”, marca presença no Rossio com “Uma Carta Coreográfica”, um olhar de Madalena Victorino sobre o movimento, o corpo e a dança. Dez artistas interagem e convidam a uma visita coreográfica ao próprio corpo, com ideias, sons, imagens e histórias. O Parque Aquilino Ribeiro recebe, às 16h00, uma performance da cooperativa PIA – Projetos de Intervenção Artística. “Passagem” convida à contemplação de “um fascinante mundo novo de enorme poesia visual”, com recurso ao teatro físico em andas e à máscara. Depois, na Praça D. Duarte, a companhia francesa Les Blues de Travail apresentará “Le voyage de noces”, pelas 18h00. Segundo Paulo Ribeiro, consiste num “passeio turbulento e hilariante protagonizado por um casal atípico, um cão embalsamado e um Fiat 500 caprichoso”. À noite, o Adro da Sé acolherá, pelas 21h00, “Uma linha no céu…lembrando João Torto”, com Olivier Roustan, “um francês que é uma refe-
rência do funambulismo internacional”. Paulo Ribeiro contou que Olivier Roustan fará a travessia entre a Igreja da Misericórdia e a Sé em cima de uma corda, ao som de um repertório tocado pela Banda Filarmónica de Ribafeita e por alguns músicos do Conservatório Regional de Música de Viseu, orientados pelos Drumming. O dia de festa acabará com a “Orquestra todos”, um projeto nascido em Lisboa e que apresenta “músicos fantásticos de origens diferentes, com instrumentos clássicos e outros que eles inventaram”, acrescentou. O diretor do Teatro Viriato explicou que, ste projeto “pretende afirmar-se como uma marca distintiva e contagiante, com evidente impacto na promoção da região”, e convida à participação “os habitantes da cidade, de todas as idades e quadrantes, assim como comerciantes, agentes turísticos e o tecido empresarial local, para que se transforme numa enorme experiência de qualidade cultural e contemporânea”.
Ddepois deste dia de festa, o projeto irá “extravasar para concelhos vizinhos”, criando “projetos com as comunidades, baseados na relação com os materiais, com as problemáticas e com os imaginários resgatados da região”, e serão convidadas “companhias nacionais e estrangeiras para transformar espaço público deste território em cenário para os seus espetáculos”. O “Viseu a 01 do 06” é um projeto que envolve cerca de 300 mil euros e foi candidatado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, presidida por Carlos Marta, ao Programa Operacional Regional do Centro. Carlos Marta explicou que a CIM vai dar a comparticipação nacional do projeto – 20%, cerca de 60 mil euros – porque os 14 municípios que a integram, “num trabalho de rede e de grande cooperação, perceberam que era importante este financiamento”, para mostrar as potencialidades da região e “o talento, a criatividade e a inovação” dos seus artistas. Micaela Costa
Em Portugal, o quarto poder (além dos outros três) tem vindo a perder imensa legitimidade. Ou seja: já se fez melhor jornalismo. E não me refiro só ao jornalismo televisivo, falo do geral. Lêem-se, ouvem-se e vêem-se peças jornalísticas com pouca fundamentação, recorrendo a uma só fonte, quando sabemos que em todos os assuntos há sempre um reverso da medalha. Pensemos, por exemplo, nas reportagens dos incêndios. Só se mostra umas chaminhas, umas velhinhas a chorar, os bens que perderam e não se faz nenhuma contextualização dos incêndios que estão a tratar. E as perguntas?: “como se sente?”; “perdeu muita coisa?”; “o que vai fazer?”. Recentemente, lembro-me de dois casos que me deixaram profundamente irritada: a notícia do jornal “i” de que um ex-colega do avô do Vítor Gaspar esteve na manifestação da UGT, do passado dia 1 de Maio. Não vale a pena sublinhar o valor deste tipo de informação porque ele é, na verdade, inexistente…E os restantes ministros? Há investigar isso senão… Senão o quê?! A segunda foi, na passada sexta-feira, quando liguei a televisão à hora de almoço (só tenho os quatro canais por razões de “hierarquia” paternal) e me deparei com uma peça jorna lística extraordinária: andavam eles a cirandar pela Rua Augusta, em Lisboa, e
a questionar (a palavra correta é explorar) a reação das pessoas à nova nota de 5 euros. O jornalista não andava com meias medidas, era até bastante direto sobre aquilo que andava a investigar: “olhe, vou agora tirar a nova nota de 5 euros para ver a sua reação”. Adorava que me perguntassem a porque das duas, uma: ou virava costas ou reagia exageradamente. Até era capaz de me tornar VIP por causa disso. Esta exploração do sentimento alheio, este sensacionalismo, tem uma razão: a competitividade. Não só há mais jornalistas do que vagas como, também, os próprios meios de comunicação se tornaram mais competitivos. A internet, claro está, não ajudou grande coisa. É a competitividade que leva a que, por vezes, a informação seja manipulada na procura de maior tempo de antena. O sensacionalismo vive de sentimentos, é visto em notícias de carácter violento ou, quando não as há, inventa-se um qualquer sentimento violento (na nova nota de 5 euros, porque não?) que desvirtua completamente o storytelling dos factos. Numa época dita democrática, em que podíamos aprender tanto, mas tanto, com a quantidade de informação que circula parece que vivemos numa ditadura interior que, além de bloquear o nosso desenvolvimento pessoal, bloqueia, sobretudo, o nosso país.
Jornal do Centro 09| maio | 2013
culturas Variedades
D II Festival de Humor em Oliveira de Frades
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Oliveira de Frades recebe a 10 e 11 o II Festival de Humor “ShOw RIR”, no Cine-Teatro Dr. Morgado, promovido pela Cãmara Municipal. No âmbito do festival decorre ainda a exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Ribeiro, patente no hall de entrada do Cine-Teatro.
Variedades
Destaque
O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) de Viseu promove esta quinta-feira, dia 9, na Galeria de Exposições, às 21h00, uma tertúlia subordinada ao tema “Liberdade de Imprensa… O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Porquê?”. Amadeu Araújo, jornalista, António José Coelho, editor, Catarina Frias, jornalista / Original TV, Fernando Figueiredo, autor do blog “Viseu, Senhora da Beira”, João Silva / Nuno Cabral – Escola TV, José Faro, professor, Rui Bondoso, assessor de imprensa, Sérgio Soares – jornalista /Lusa e Vitor Santos, crítico de desporto, prometem uma noite de debate, moderado por Joaquim Alexandre, autor do blog Blog “Olho de Gato” com uma crónica semanal no Jornal do Centro à qual dá o mesmo nome.
O mágico português mais premiado e distinguido de sempre apresenta, esta sexta-feira, dia 10, em Mortágua, o seu novo espetáculo “Luís de Matos Chaos”. Depois de uma passagem pelo distrito de Viseu já este ano, com o “Chaos” de casa cheia no Teatro Viriato, Luís de Matos promete uma grande jornada no Centro de Animação Cultural de Mortágua, às 21h30. Em “Luís de Matos Ch aos” os m a i s
A Evento que junta autarquia e mais seis parceiros decorre de 16 a 19 de maio
Festa dos Museus abre as portas da cultura à cidade Viseu∑ Iniciativa da Câmara reune 12 espaços museológicos A Câmara de Viseu chamou este ano seis parceiros para repetir a Festa dos Museus de 16 a 19 deste mês, fazendo com que uma dúzia de espaços museológicos do concelho se apresentem nos quatro dias com as portas abertas de forma especial e assinalem como ponto alto o Dia Internacional dos Museus, 18 de maio. “Podemos concluir com facilidade que temos uma estrutura museológica que nos orgulha”, afirmou o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, durante a conferência de imprensa de apresentação da Festa dos Museus. No âmbito da Festa serão realizadas atividades em todos os espaços da rede municipal, nomea-
damente o Museu Almeida Moreira, o Museu do Quartzo, a Casa da Lavoura/Oficina do Linho, a Capela do Solar dos Condes de Prime, o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e a Coleção Arqueológica José Coelho. Ao evento juntam-se os parceiros, realizando-se também iniciativas nos núcleos museológicos da Diocese de Viseu e do Regimento de Infantaria 14, nos museus de Grão Vasco, da Misericórdia, de Silgueiros e no Tesouro da Sé. Da programação dos quatro dias destaca-se o Dia Internacional dos Museus, em que as várias estruturas com entrada gratuita estarão abertas até às
23h30, com diferentes atividades desde concertos a visitas animadas, (expeto o Museu de Várzea de Calde). A iniciativa “Almeida Moreira convida”, com uma visita animada pela associação cultural Zunzum e um concerto na varanda do Museu Almeida Moreira, que poderá ser ouvido nas ruas próximas são duas das propostas para este dia. A novidade desta edição é a criação de um passaporte que dá informação sobre todos os museus. A passagem por cada museu vale um carimbo, podendo depois o passaporte ser guardado como recordação, de acordo com o objetivo da autarquia. Emília Amaral
Núcleo museológico do RIV pode passar para a Rua Direita
∑ O presidente da Câmara, Fernando Ruas propôs aos responsáveis pelo Regimento de Infantaria 14 de Viseu (RIV) que o núcleo museológico que se encontra aberto ao público no quartel de Repeses passasse para o edifício do Centro de Recrutamento do Exército, na Rua Direita. Durante a apresentação da Festa dos Museus, à qual o RIV também se associou este ano como parceiro, Fernando Ruas lembrou que o RIV dispõe de um espólio significativo que “se estivesse no centro da cidade ficaria mais acessível e mais disponível para ser visitado”. “É uma pena que não esteja mais visível”, reforçou. O núcleo museológico do RIV vai estar de portas abertas durante este período da Festa dos Museus, podendo ali conhecer-se desde a história do conhecido RI14, aos homens de Viseu que participaram na I Guerra Mundial, a realidade do 25 de abril ou mesmo os ilustres que passaram pelo Regimento de Infantaria e que hoje têm uma sala reservada para a sua memória.
estra n hos elementos interagem de forma mágica e surpreendente. Os 90 minutos de espetáculo são uma combinação única da imaginação coletiva de todos os que nele participam e que permite ter sensações, sentimentos e reações muito diferentes. Aquando do seu espetáculo em Viseu, Luís de Matos revelou ao Jornal do Centro que o fascínio do caos é a vida de cada um de nós que o levaram a tal criação. EA
Teatro
DR
Tertúlia sobre liberdade de imprensa no IPDJ
“Chaos” de Luís de Matos apresentado em Mortágua
Emília Amaral
O Festival de peso mais antigo de Portugal e um dos 15 mais antigos do mundo em actividadeque decorre todos os anos em Mangualde está de regresso a 11 Janeiro de 2014. A 20ª edição do Hardmetalfest será composto por duas grandes bandas vindas do estrangeiro,em estreia em Portugal. Os finlandeses Convulse e os alemães Desaster são as grandes atracções, tal como o regresso a Mangualde dos Mataratos e Switchtense que estão a fazer furor na Europa.
Emília Amaral
Mangualde Hardmetalfest garantido para 2014
“Adalberto Silva Silva” sobe ao Teatro Viriato O espetáculo “Adalberto Silva Silva – um espetáculo de realidade” com texto de Jacinto Lucas Pires e interpretação de Ivo Alexandre vai estar esta noite de quinta-feira, dia 9, no palco do Teatro Viriato, em Viseu, às 22h00. Uma comédia em formato de bolso sobre o desejo, o sonho e os chamados problemas práticos. A crítica revela que é um espetáculo em for-
mato de noticiário para rir a sério. Em Palco, Adalberto é o célebre desconhecido, o triste homem comum, um tipo que de tão anormal se apalhaça dos modos mais surpreendentes. Adalberto é um solitário e tímido comum dos mortais que se apaixona perdidamente por uma desconhecida no supermercado e conta a sua história de teleponto e auricular.
Jornal do Centro
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09 | maio | 2013
em foco
Micaela Costa
Casa Arouquesa recebe jantar do G15
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Jornal do Centro
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09| maio | 2013
saúde e bem-estar Projeto para daltónicos apresentado em Viseu Inserido no seminário “Acessibilidades, Educação, Cor… um uníssono pela inclusão”, que decorreu na passada quinta-feira, 2, foi apresentado o ColorADD, um sistema de identificação de cores. O projeto, da autoria do designer português, Miguel Neiva, consiste na representação das cores através de símbolos gráficos, desenvolvidos com base nas três cores primárias (vermelho, azul e amarelo). A ideia surge pela necessidade de Miguel Neiva querer criar algo que ajudasse os daltónicos, atendendo às dificuldades sentidas
no dia-a-dia: 90% tem de pedir ajuda para comprar roupa, 73,2% já sentiu embaraço por a cor escolhida não ser a melhor e 41,5% tem dificuldade ao nível da integração social. Desde finais de 2010, o ColorA DD, e st á já implementado em mais de 40 âmbitos diferentes e pode ser encontrado em material didático (lápis de cor e jogos), nas tiras da triagem , em medicamentos de alguns hospitais, nas linhas do metro, nos têxteis, em tintas e em contentores do lixo, entre outras áreas. Para o autor este código universal de identificação de cores para daltónicos
Micaela Costa
Objetivo∑ ColorADD consiste na representação das cores através de símbolos e já foi implementado em lápis de cor, medicamentos, linhas de metro entre outros.
A Miguel Neiva, designer português, é o autor do projeto deve ser alvo de “uma recomendação de boa prática” e não ser obrigatório por lei. Em declarações aos
jornalistas, Miguel Neiva contou já ter sido várias vezes abordado sobre a possibilidade de ser criada legislação que torne
obrigatório o uso do código ColorADD, mesmo fora de Portugal. “Já estive na Comissão Europeia, no governo brasileiro,
concretamente com grupos de decisores e com várias comissões. Quero é que isto surja pela vontade de uma comunidade global, não pela imposição de um governo”, frisou. O investigador avançou que, para julho, estão previstas algumas ações no Parlamento Europeu com o objetivo de “sensibilizar todos os eurodeputados dos 28 países, toda uma comunidade que anda à volta da Comissão Europeia, para uma necessidade sobre a qual as pessoas não eram sensíveis”. Micaela Costa
Jornal do Centro
34 SAÚDE
09 | maio | 2013
Caminhada em Viseu alerta para a fibromialgia Um grupo de jovens p or t adore s de f ibro mialgia organiza uma camin hada em Viseu, dia 1 2 deste mês, para assinalar o Dia para a Sensibilização da Fibromialgia. A caminhada vai decorrer pelo Parque Aquilino Ribeiro, estando o ponto de encontro marcado para as
15h30, em frente à Câmara Municipal. Fibrom ia lgia é u ma doença reumática crónica e incapacitante registada como uma forma g rave de reu m at ismo que, além das articulações, atinge músculos, tendões, e mesmo a fisiologia do cérebro. Este grupo de jovens
acrescenta que a doença “não deforma fisicamente mas prejudica a qualidade de vida, o desempenho profissional e social devido às dores, falta de sono reparador e ao cansaço físico e psíquico”. A f ibrom ia lg ia a fe ta homens, mulheres e crianças de todas as ida-
des, mas estima-se que da população atingida, entre 80% a 90% sejam mulheres entre os 20 e os 50 anos. Esta doença que afeta entre dois a oito por cento da população adulta foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde em 1992 como uma doença reumática. EA
Câmara de Sátão promove desporto para a saúde A Câmara Municipal iciipall izar a de Sátão vai realizar segunda edição do evenporto to “Sátão com Desporto ingo, e Saúde”, no domingo, dia 12, às 9h00, no Largo de S. Bernardo, naa vila rama de Sátão. Do programa ividaconstam várias atividades: uma caminhadaa com rca de um percurso de cerca ificulseis quilómetros (dificul), uma dade baixa/ média), aula de grupo ao ar livre e sidade um rastreio da obesidade a Tencom a avaliação da mia e são Arterial, Glicémia orpoÍndice de Massa Corpocnicos ral, por parte de técnicos especializados da Unidade Móvel de Saúde.. tende A autarquia pretende atuita com esta ação gratuita es “inpara os participantes centivar as pessoass para rto ao a prática do desporto us bear livre e para os seus
nefícios saúde”, nefí fícios i na saúd úde”, justifica numa no nota ta à imprensa. EA
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SAÚDE 35
09| maio | 2013
Opinião
Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt
De que forma é possivel corrigir o desalinhamento dentário?
Ortodontia A movimentação de dentes desalinhados é o tratamento de eleição por não ser evasivo. Tal é possível com o auxílio de um aparelho dentário. Para colocar aparelho dentário também é fundamental que tenha um osso maxilar e mandibular em boa quantidade e qualidade para que seja possível exercer as forças suficientes para endireitar os dentes. É um tratamento demorado, uma vez que são forças que vão ser exercidas nos dentes para os endireitar e têm que ser feitas de uma forma muito lenta para
não os lesar. Qua nto ao facto de ser inestético, actualmente já existem brackets transparentes, em vez dos metálicos, e em certos casos é possível colocar o aparelho na parte palatina e lingual dos dentes, isto é na parte de trás dos dentes, sem que se perceba que tem aparelho dentário. O tratamento ortodôntico para endireitar os dentes, normalmente é o t rata mento de eleição, se a pessoa em questão reunir as condições necessárias para tal, uma vez que mantém intactos os dentes naturais.
F. Nogueira Martins Nuno Nogueira Martins Médicos Especialistas
Obstetrícia e Ginecologia Qta do Seminário - VISEU• Marcação: 232 426 021 963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958
Prótese Fixa É também possível, em determinados casos, coloca r coroas ou faceta s (capa s de cerâmica) para corrig i r o desa l i n h a mento dent á r io , qu a ndo este não é muito severo. No enta nto, pa ra este tipo de reabilitação é necessário desga st a r os dente s n at u ra i s pa ra que poster ior mente estes a s p o s s a m r e c e b e r. A s coroas ou facetas são cimentadas (coladas) aos dentes. Em todos os tratamentos os cuidados de higiene oral e as visitas periódicas a o M é d i c o D e n t ista são essenciais.
Jornal do Centro
36 SAÚDE
09 | maio | 2013
“A prevenção secundária de doença cardiovascular” é o principal objetivo do projeto “Passaporte para a Vida”, desenvolvido pelos enfermeiros do Departamento de Cardiologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. O projeto consiste na “realização mensal de uma consulta de enfermagem na qual são convocados doentes que já sofreram de doença cardíaca”, como explicou Melania Rodrigues, uma das responsáveis pelo projeto. “Nessa consulta são rastreados fatores de risco como a hipertensão arterial, excesso de peso e diabetes. Após o rastreio faz-se um ensino em grupo na qual se pretende elucidar sobre
SOS VOZ AMIGA
800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS
Micaela Costa
Passaporte para a vida elucida doentes cardiacos
A Departamento de cardiologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu os fatores de risco e sobre os cuidados a ter no regresso a casa do doente acamado, bem como cuidados com a alimentação”, acrescentou Melania Rodrigues. Estas consultas, do “Passapor te pa ra a
vida”, decorrem no piso 4 do Centro Hospitalar, uma vez por mês. Ainda no âmbito das comemorações do mês do coração, o mesmo departamento está a organizar uma caminhada para o próximo dia 26
de maio, dois rastreios nas escolas Grão Vasco e Jean Piaget e ações de sensibilização de fatores de risco, também nos estabelecimentos de ensino. Micaela Costa
Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 37
09| maio | 2013
EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
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(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
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Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Estucador Ref. 587941905 - Tempo Completo - Viseu Ladrilhador Ref. 588084008 – Tempo Completo - Viseu Carpinteiro Cofragemj Ref. 588084051- Tempo Completo - Viseu
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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
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Jornal do Centro
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09 | maio | 2013
INSTITUCIONAIS 1ª Publicação
2ª Publicação
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(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013) 1ª Publicação
1ª Publicação
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
OBITUÁRIO Álvaro Andrade dos Santos, 77 anos. Natural de Chãs de Tavares e residente em Guimarães de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 09.30 horas, para o cemitério de Chãs de Tavares.
1ª Publicação
Laurentina Anjos Martins, 79 anos, viúva. Natural e residente em Mourilhe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 6 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mesquitela. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Maria do Carmo, 85 anos, viúva. Natural e residente em Reigoso, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 5 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Reigoso. Maria Fernanda Ramos de Castro, 79 anos, viúva. Natural de Cambra e residente em São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 11.00 horas, para o crematório de Santiago, em Viseu. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 António de Oliveira, 76 anos. Natural de Celorico da Beira e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Ranhados. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 José Leandro de Almeida, 66 anos, viúvo. Natural e residente em Moselos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério do Campo. (Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)
Regina de Oliveira Sequeira da Costa, 81 anos. Natural e residente em Repeses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de maio, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Repeses. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
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09| maio | 2013
clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
FOTO DA SEMANA
HÁ UM ANO EDIÇÃO 530 | 11 DE MAIO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR
Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
Semanário 11 a 17 de maio de 2012
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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO pág. 15 > ECONOMIA pág. 17 > ESPECIAL pág. 20 > DESPORTO pág. 22 > CULTURA pág. 24 > EM FOCO pág. 25 > SAÚDE pág. 29 > CLASSIFICADOS pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
| Telefone: 232 437 461
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Ano 11 N.º 530
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP
Uma novidade: “a criação do Conselho Empresarial da Região de Viseu, congregando inicialmente a AIRV e a Associação Comercial...” João Cotta, presidente da AIRV em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9
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Nuno André Ferreira
No largo da Feira Franca, uma simulação imperfeita da Torre de Pisa. À espera que caia?
exclusiva
redacao@jornaldocentro.pt
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www.jornaldocentro.pt |
∑ A realidade da pequena criminalidade em Viseu
∑ “Mais vale uma grama de exemplo do que um quilo de exortação” (João Cotta)
∑ UGT pede mais dois anos de
discriminação positiva ∑ ADDLAP assina contratos com promotores públicos e privados ∑ Dão de 2011 “excecional” ∑ Sernancelhe promove cultura da castanha ∑ Tondela vestiu-se de festa para receber chama olímpica ∑ Utentes contra falta de oftalmologista ∑ Produtos da terra de Mangualde vão à feira
João Costa
NOVOS PARCEIROS
Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt
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JORNAL DO CENTRO 09 | MAIO | 2013
Hoje, dia 9 de maio, aguaceiros fracos. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 6ºC. Amanhã, 10 de maio, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 6ºC. Sábado, 11 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 18 e mínima de 5ºC. Domingo, 12 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC. Segunda, 13 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 22ºC e mínima de 11ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Quinta, 9 maio
Sexta, 10 maio
S. Pedro do Sul ∑ Abertura do IX Encontro Cultural S. Cristóvão de Lafões “Cister: por entre História e Imaginário”, às 10h00, no Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões. O encontro decorre durante dois dias, organizado pela Associação dos Amigos do Mosteiro de São Cristóvão de Lafões e o Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu.
Sexta, 10 maio
S. Pedro do Sul ∑ Primeiras Jornadas da Misericórdia de Penalva do Castelo subordinadas ao tema “Unidos pela Fé no Apoio e Intervenção Social e Educacional”, na Casa da Insua. Publicidade
O legado Rui Duarte Silva / Expresso
Viseu ∑ O município comemora o Dia da Europa (9 de maio) na Praça da República, a partir das 14h00, com várias atividades desde jogos e contos tradicionais da UE a uma sessão de dança para conhecer as músicas e aprender passos das danças tradicionais da UE.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
A A exposição foi inaugurada na terça-feira
Exposição sobre os 40 anos do Expresso está em Viseu Rossio∑ Até dia 19 a mostra fotográfica permite recordar grandes acontecimentos das quatro décadas O presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão e o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, inauguraram na terçafeira, a exposição “Expresso 40 anos”, com as imagens dos principais acontecimentos das últimas quatro décadas. A mostra fotográfica que assinala os 40 anos do semanário português está patente na Praça da República (Rossio) até dia 19 de maio, permitindo aos visitantes passar em revista alguns
desses momentos mais marcantes, começando pelos últimos dias da guerra colonial e a Revolução de Abril, passando por crises políticas e económicas que fazem lembrar o presente, como as várias passagens do FMI por Portugal. Francisco Pinto Balsemão realçou na cerimónia de abertura da exposição que o Expresso nasceu em Lisboa mas sempre foi um jornal de âmbito nacional daí estar a percorrer as prin-
cipais cidades do país “mostrando, através de imagens que “o Expresso publicou um pouco da história de Portugal e do mundo”. Tal como aconteceu nos quatro distritos por onde já passou a exposição “Expresso 40 anos” e ocorreram as “Conferências Expresso”, no distrito de Viseu as duas próximas edições do jornal, publicadas a 11 e 18 de maio, serão alvo de um desconto de 40% e vendidas a 1,80 euros.
A estrear a sua nova imagem gráfica, o Diário de Viseu saiu com uma sumarenta primeira página com Fernando Ruas em discurso directo: “Há muitos a quererem que volte daqui a 4 anos”. Os dois pontos principais desta entrevista saída em 2 de Maio foram o “regresso” e o “legado” do dr. Ruas. 1. Sobre o “regresso” não há nada de novo a dizer. O que escrevi aqui nesta coluna em 4 de Janeiro, ainda não havia candidato oficial do PSD, mantém actualidade. Transcrevo-o: “o dr. Ruas não se cansa de repetir que regressa em 2017. Ora, perante esta sombra, como é que Almeida Henriques vai convencer as pessoas que é um candidato a sério e não alguém que só quer tomar conta da “quinta” durante quatro anos?” 2. O “legado” e a avaliação do que fez é agora a principal preocupação do dr. Ruas. Está a fazer isso através de entrevistas e a edição de livros. A ansiedade perante o juízo da história faz parte da natureza humana, essa ansiedade não percebe que têm que ser outros e não o próprio a fazerem essa avaliação. Fica já aqui o meu juízo objectivo sobre o trabalho do dr. Ruas: ele foi um bom presidente da câmara, fez coisas bem, fez coisas mal, mas fez muito mais coisas bem que coisas mal. Note-se: esta avaliação positiva já tem em conta este último mandato, o mais fraco dos seis. Valha a verdade, estes últimos anos da oposição socialista, com a deserção maciça da lista de Ginestal, foram ainda piores. O eleitorado viseense vai votar no candidato que lhe der melhores garantias que as coisas vão continuar a funcionar bem, sem rupturas nem aventureirismos. Ora, Almeida Henriques precisa de romper muito mais com o “legado” do dr. Ruas do que José Junqueiro. É que o candidato do PSD precisa de se assumir como um candidato a presidente da câmara e não como um guardador da “quinta” por quatro anos. Não lhe vai ser fácil desatar este nó.